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CRÉDITO TRIBUTÁRIO

NOÇÕES INTRODUTÓRIAS ÀS OBRIGAÇÕES


TRIBUTÁRIAS

1. Divide-se em principais e acessórias


2. Nascem com a ocorrência do fato gerador

ORDEM CRONOLÓGICA (CRIAÇÃO E RESOLUÇÃO DA OBRIGAÇÃO DE PAGAR)

1. Hipótese de Incidência
2. Fato Gerador
3. Lançamento
4. Crédito Tributário
Crédito Tributário

Conceito: Prestação pecuniária que o sujeito ativo (fisco) exige do sujeito passivo (contribuinte)
a partir da ocorrência do fato gerador

Momento de Instauração: Nasce com a formalização, mediante: 1) verificação de que fato


gerador ocorreu; 2) a identificação do sujeito passivo e 3) apuração do montante devido.

Dá-se de ofício ou mediante declaração produzida pelo próprio sujeito passivo


LANÇAMENTO

Conceito: Ato administrativo que formaliza o crédito tributário.

Natureza: atividade administrativa vinculada.

Efeitos: ex tunc (retroage à data de ocorrência do fato gerador)

Tipos de lançamento:

1) De ofício ou direto: a declaração da existência da obrigação tributária e a constituição do crédito


tributário ficam a cargo do sujeito passivo. EX: IPTU, IPVA, Taxas etc.
2) Por declaração: o sujeito passivo participa parcialmente da constituição do crédito tributário. EX:
ITCMD (imposto sobre transmissão causa mortis).
3) Por homologação: o sujeito passivo realiza o procedimento administrativo inteiramente, ficando a
cargo do fisco tão apenas homologar (aprovar) a regularidade do documento. EX: Imposto de
Renda (IR).
Suspensão do crédito
tributário
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

I - moratória;

II - o depósito do seu montante integral;

III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário
administrativo;

IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;

VI – o parcelamento.
A moratória e o parcelamento
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: são de créditos já vencidos, ou
seja, dá ao pagador mais tempo
I - moratória; para pagar.
II - o depósito do seu montante integral;

III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário
administrativo;

IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;

VI – o parcelamento.
As outras hipóteses são de
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: crédito que ainda vão vencer,
onde quer se discutir o crédito,
I - moratória; e, para tanto, se paraliza o
II - o depósito do seu montante integral; prazo prescricional

III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário
administrativo;

IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;

VI – o parcelamento.
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

I - moratória;

II - o depósito do seu montante integral;

III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário
administrativo;

IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;

VI – o parcelamento.
Moratória

A moratória é um benefício que implica na dilação de prazo para pagamento do tributo,


podendo ser concedido direta e genericamente por lei (caráter geral - CTN, art. 152, I) ou por
ato administrativo declaratório do cumprimento dos requisitos previstos em lei (caráter
individual - CTN art. 152, II).
Caráter geral vs. individual

Autônoma
CARÁTER GERAL (art. 152,1, a) Gera direito adquirido e
(beneficia a todos que dispensa o oferecimento de
se encontrem em garantias pelo beneficiário
determinada situação -
art. 152, I) Heterônoma
(art. 152,1, b)
Moratória

CARÁTER INDIVIDUAL Não gera direito adquirido e


(depende da pode depender do
comprovação de oferecimento de garantia
condições e requisitos -
art. 152, II)
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

I - moratória;

II - o depósito do seu montante integral;

III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário
administrativo;

IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;

VI – o parcelamento.
O depósito do montante integral

O depósito nada mais é do que uma forma de evitar o acréscimo de juros e multas por meio do
depósito do montante exigido pelo fisco, se eu ganho pego o valor de volta com os juros, e se
perco o depósito é convertido em renda, levando a extinção do crédito tributário
Destaca-se a jurisprudência do STJ:

"O depósito inibitório de ação fiscal (CTN, art. 151) deve ser devolvido ao contribuinte em caso
de este ser vitorioso na ação a ele relativa. Não é lícito ao Fisco apropriar-se de tal depósito a
pretexto de que existem outras dívidas do contribuinte, oriundas de outros tributos. Semelhante
apropriação atenta contra a coisa julgada (CPC, arts. 467 e 468)" (STJ, 1.a T., REsp 297.115/SP,
Rei. Min. Humberto Gomes de Barros, j. 03.04.2001, DJ 04.06.2001, p. 72).
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

I - moratória;

II - o depósito do seu montante integral;

III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário
administrativo;

IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;

VI – o parcelamento.
Reclamações e Recursos

Em suma, em se tratando de processo administrativo fiscal, toda reclamação e todo recurso tem
efeito suspensivo, impedindo, até a decisão final do processo, que a Administração Tributária
promova contra o sujeito passivo litigante qualquer ato de cobrança, bem como que o inscreva
em cadastros de inadimplentes.

A regra tem o efeito de evitar que em matéria tributária seja aplicado o abominável “solve et
repete” (pague e depois reclame), cláusula segundo a qual, mesmo discordando de um valor que
lhe é cobrado, o suposto devedor deveria promover o pagamento e, posteriormente, contestar a
cobrança, pedindo a devolução (repetição)
Recurso intempestivo ou incabível

Para o STJ, o direito de petição aos Poderes Públicos e o consequente dever estatal de se
manifestar sobre a pretensão do peticionante resultam na suspensão da exigibilidade do crédito
tributário enquanto pendente de solução o recurso interposto e não concluído o contencioso
administrativo (EDcl no AgRg no REsp N° 1.401.122/PE, AgRg no Ag 1094144/SP).
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

I - moratória;

II - o depósito do seu montante integral;

III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário
administrativo;

IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;

VI – o parcelamento.
Liminar em mandado de segurança

Disciplinado pela Lei 12.016/2009 o mandado de segurança, em seu art. 7.°, III, determina que,
ao despachar a inicial, o juiz ordenará que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando
houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida.

Portanto a liminar trata-se de medida cautelar com a qual o juiz busca assegurar o resultado
prático do processo, a ser deferida quando presentes dois requisitos essenciais: o periculum in
mora, ou perigo da demora (possibilidade de o tempo prejudicar a eficácia da medida, se ao final
concedida), e o fumus boni juris, ou “fumaça” do bom direito (relevância do fundamento).
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

I - moratória;

II - o depósito do seu montante integral;

III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário
administrativo;

IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;

VI – o parcelamento.
Medida liminar ou de tutela antecipada, em
outras espécies de ação judicial

Conforme o Código de Processo Civil a tutela provisória de urgência é gênero, do qual são
espécies a tutela cautelar e a tutela antecipada, seu art. 300 unifica os requisitos para a
concessão das duas medidas nas quais o interessado precisará demonstrar a probabilidade do
direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

I - moratória;

II - o depósito do seu montante integral;

III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário
administrativo;

IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;

VI – o parcelamento.
Parcelamento

O parcelamento consiste numa medida de política fiscal com a qual o Estado procura recuperar
créditos e criar condições práticas para que os contribuintes que se colocaram numa situação de
inadimplência tenham a possibilidade de voltar para a regularidade, usufruindo os benefícios daí
decorrentes.
Extinção do crédito
tributário
Art. 156. Extinguem o crédito tributário
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
V - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no
artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre
a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos
144 e 149.
Art. 156. Extinguem o crédito tributário
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
V - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no
artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre
a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos
144 e 149.
O Pagamento

● Segundo o art. 157 do Código, a imposição de penalidade não ilide o pagamento integral
do crédito tributário.
● O art. 158, I, do CTN prevê que o pagamento parcial de um crédito não importa presunção
de pagamento das prestações em que se decomponha. No pagamento total (art. 158, II, do
CTN) também não há a presunção em relação a outros créditos referentes ao mesmo ou a
outros tributos.
Mora

● Está em mora o sujeito passivo que não efetuar o pagamento no tempo, lugar e forma
legalmente estabelecidos.
● Em direito tributário, os efeitos da mora são automáticos (mora ex re), não sendo
necessário ao credor tomar qualquer providência para “constituir em mora” o devedor.

Correção monetária é a atualização de um valor em face do fenômeno


inflacionário.
Efeitos Juro é o preço pelo uso do dinheiro alheio.

Multa de mora é a sanção pelo atraso no adimplemento da obrigação.


● DO TERMO INICIAL

Os juros de mora incidem somente a partir do primeiro dia do mês seguinte à data do
vencimento. No que concerne à multa de mora, contudo, a previsão tem sido a incidência a
partir do dia seguinte ao vencimento.

● DA CONSULTA

Conforme se extrai do art. 161, § 2.°, do CTN, enquanto pendente consulta formulada pelo
sujeito passivo dentro do prazo para pagamento do crédito, não haverá fluência dos juros,
nem aplicação de penalidade.

● DA FORMA DE PAGAMENTO

O art. 162 do Código afirma que o pagamento pode ser efetuado em moeda corrente,
cheque ou vale postal; e, nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por
processo mecânico
Art. 156. Extinguem o crédito tributário
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
V - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no
artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre
a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos
144 e 149.
Compensação

Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada
caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com
créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública.

Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os efeitos
deste artigo, a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a
correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da
compensação e a do vencimento.
Art. 156. Extinguem o crédito tributário
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
V - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no
artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre
a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos
144 e 149.
Art. 156. Extinguem o crédito tributário
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
V - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no
artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre
a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos
144 e 149.
Hipóteses de Remissão

As hipóteses de remissão estão dispostas no art. 172, e são:

I - à situação econômica do sujeito passivo;

II - ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato;

III - à diminuta importância do crédito tributário;

IV - a considerações de eqüidade, em relação com as características pessoais ou materiais do


caso;

V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante


Art. 156. Extinguem o crédito tributário
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
V - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no
artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre
a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos
144 e 149.
Decadência

Art. 156, CTN: “extingue o crédito tributário”;


Em ambos os casos (decadência e prescrição) a obrigação não poderá mais ser exigida.
Decadência: quando ocorre a perda do direito de constituir o crédito pelo decurso do
tempo.
Há questionamentos sobre a ideia de que a decadência extingue o crédito tributário,
pois sequer ele foi constituído.
Se a fazenda pública não constitui o crédito dentro do tempo destinado a sua
constituição, ela perde o direito de constituí-lo.
Não há que se falar em suspensão e interrupção da decadência.
Para facilitar a compreensão:

1. ocorrência do fato gerador;


2. existência da obrigação tributária;
3. não ocorreu o lançamento no prazo determinado.

Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 05 (cinco) anos,
contados:
I. do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
II. da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado por vício formal, o lançamento
anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo
nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela
notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento.
Prescrição

A prescrição trata da perda do direito de agir judicialmente, ou seja, ajuizar ação de execução
fiscal.

Para compreender a prescrição, deve-se considerar que:

1. o fato gerador ocorreu;


2. a obrigação existe;
3. ocorreu a constituição do crédito;
4. não foi realizado o pagamento pelo contribuinte até a data do vencimento.;

Diante disso, a cobrança judicial, através da execução fiscal, é o instrumento adequado para
solucionar o problema. Porém, ela deve ser proposta no prazo de 05 (cinco) anos.
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados
da data da sua constituição definitiva.

O prazo prescricional é adotado de modo estratégico, observando as diferentes formas


de pagamento de tributos, cujo prazo para pagamento varia conforme a espécie do
tributo e do tipo de lançamento.

Exemplo: IPTU. Há situações em que ocorre o parcelamento em até 12 vezes ou o


pagamento à vista com desconto.

Vencido o prazo sem que o contribuinte tenha efetivado o pagamento, deverá o fisco, no
prazo de até 05 (cinco) anos, realizar a execução fiscal, inscrevendo o débito em dívida
ativa e cobrando-o judicialmente.
A interrupção da prescrição

Diferentemente da decadência, a prescrição pode ser interrompida. Os casos de interrupção do prazo


prescricional estão enumerados no parágrafo único do art. 174 do CTN da seguinte forma:

"Art. 174. (...)

(...) Parágrafo único. A prescrição se interrompe:

I - pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;

II - pelo protesto judicial;

III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo
devedor".
Consequência da interrupção da prescrição: nas hipóteses em que ocorre a
interrupção, a contagem volta ao início. Assim, se após decorrer dois anos
para efeitos de prescrição e ocorrer a interrupção, a contagem retorna ao
marco inicial. Dessa forma, pode-se dizer que o prazo para a execução fiscal
pode ultrapassar 05 (cinco) anos.

Além disso, importante destacar que “em execução fiscal, a prescrição


ocorrida antes da propositura da ação pode ser decretada de ofício” (Súmula
409, STJ).
Decadência e Prescrição: Tributos Lançados por
Homologação.

Nos casos em que o tributo é lançado por homologação - lançado pelo contribuinte para
que a autoridade competente possa homologar que o mesmo foi informado, calculado e
pago de maneira correta - a contagem do prazo de decadência e prescrição se inicia a
partir da ocorrência do fato gerador.
Art. 156. Extinguem o crédito tributário
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
V - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no
artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre
a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos
144 e 149.
Art. 156. Extinguem o crédito tributário
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
V - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no
artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre
a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos
144 e 149.
Art. 156. Extinguem o crédito tributário
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
V - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no
artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre
a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos
144 e 149.
Hipóteses da consignação em pagamento

A primeira hipótese prevista no CTN é a da recusa de recebimento, ou subordinação


deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação
acessória.

A segunda hipótese apontada pelo Código é a da subordinação do recebimento ao


cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal.

A terceira hipótese é a da exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de
tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador.
Art. 156. Extinguem o crédito tributário
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
V - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no
artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre
a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos
144 e 149.
Art. 156. Extinguem o crédito tributário
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
V - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no
artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre
a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos
144 e 149.
Art. 156. Extinguem o crédito tributário
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
V - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no
artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre
a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos
144 e 149.
Pagamento Indevido

Vedação ao enriquecimento ilícito.

Obrigação de restituir é de natureza civil.

Ocorrendo o pagamento indevido, o sujeito passivo terá direito a restituição total ou parcial do
tributo, inclusive os juros de mora e penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de
caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição.
Direito a Restituição - Repetição de Indébito

Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à


restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento,
ressalvado o disposto no §4º do art. 162, nos seguintes casos:
I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido maior que o devido em face da
legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador
efetivamente ocorrido;
II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo
do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo
ao pagamento;
III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.
É parte legítima para requerer a restituição quem provar ter assumido o encargo
financeiro.

Assim como o fisco tem um prazo para fazer o lançamento de tributo que entende devido,
o sujeito passivo tem prazo para requerer na via administrativa a restituição do valor que
entende ter recolhido indevidamente.

O prazo para pleitear a restituição está disposto no art. 168 do CTN:

Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5


(cinco) anos, contados:
I - nas hipóteses dos incisos I e II do art.165, da data da extinção do crédito tributário;
II - na hipótese do inciso III do art. 165, da data em que se tornar definitiva a decisão
administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado,
revogado ou rescindido a decisão condenatória.
Compensação: é possível a compensação quando o tributo é devido periodicamente
(ICMS).

A restituição pode ocorrer de duas formas: administrativa e judicial.

Não havendo dúvidas sobre o assunto discutido, a restituição ocorrerá através da via
administrativa.

Para os casos em que houver dúvidas acerca da restituição, a restituição será pleiteada
judicialmente. Importante atentar-se ao prazo de 5 anos, que é contado a partir da
extinção do Crédito Tributário.
Exclusão do crédito
tributário
Entende-se por exclusão do crédito tributário o impedimento do lançamento do tributo,
quebrando a linha do tempo do fenômeno jurídico tributário, evitando, portanto, o nascimento
do crédito e, consequentemente, a obrigação do pagamento.

Conforme previsto no art. 175 do CTN, somente existem duas hipóteses de exclusão do crédito
tributário, quais sejam a isenção e a anistia.
Art. 175. Excluem o crédito tributário:

I - a isenção;
§ 2 º Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que trata o caput
deste artigo enviarão imediatamente ao juízo a relação discriminada dos bens e
direitos cuja indisponibilidade houverem promovido. (Incluído pela Lcp nº 118, de
2005)

II - a anistia.

Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das


obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja
excluído, ou dela consequente.
Isenção (artigos 176 a 179 do CTN )
A isenção é a “dispensa legal do pagamento do tributo devido”. Este instituto só exclui a exigibilidade do
crédito, continuando a existir o tributo, visto que continua a existir o fato gerador que foi alcançado pela
hipótese de incidência gerando a obrigação tributária.

Assim, o surgimento da isenção ocorre após o surgimento da obrigação tributária e antes do lançamento
do crédito tributário, ou seja, não é lançado o valor devido do tributo a ser pago.

É necessário que seja feito mediante lei específica, estabelecendo as condições, requisitos exigidos,
quais os tributos a que se aplica e sua duração.
Espécies da isenção tributária

Quanto às espécies de isenção, esta poderá ser onerosa ou não onerosa.

A isenção onerosa determina o cumprimento de requisitos pelo contribuinte ou responsável


tributário e concede esta vantagem por um período determinado. Assim, gera direito adquirido,
não podendo ser revogada a qualquer tempo.

Nesse sentido, a súmula 144 do STF aduz: “Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa,
não podem ser livremente suprimidas“.

Por sua vez, a isenção não onerosa não exige o preenchimento de requisitos para a sua
concessão, não gerando direito adquirido ao contribuinte (Art. 178 CTN).
Anistia (art. 180 do CTN)
Pode-se conceituar a anistia como o perdão legal de infrações cometidas anteriormente à vigência da lei,
impedindo o lançamento da respectiva penalidade pecuniária.É por servir como impeditivo do
procedimento administrativo de lançamento que a anistia é incluída como hipótese de exclusão do
crédito tributário.

Segundo o art. 180 do CTN, o benefício somente pode abranger as infrações cometidas anteriormente à
vigência da lei que a concede. Isso ocorre pois não se pode perdoar infração futura, sob pena de se
formalizar um incentivo legal à desobediência civil.

Existem, portanto, dois marcos temporais que delimitam a possibilidade de concessão de anistia. O
benefício somente pode ser concedido após o cometimento da infração (sob pena de servir de incentivo
à prática de atos ilícitos) e antes do lançamento da penalidade pecuniária, pois se o crédito já está
constituído, a dispensa somente pode ser realizada mediante remissão.
.Os incisos do art. 180 do Código Tributário Nacional trazem casos de proibições de anistia, disciplinando o
primeiro inciso, a vedação desse instituto por “atos qualificados em lei como crimes ou contravenções penais e aos
que, mesmo sem essa qualificação sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por
terceiro em benefício daquele”.

No inciso II, trata do segundo caso de proibição legal, que são “salvo disposição em contrário, às infrações
resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas”.

Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da


lei que a concede, não se aplicando:

I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa
qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por
terceiro em benefício daquele;

II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais


pessoas naturais ou jurídicas.
Garantias e Privilégios
do crédito tributário
O tributo é a principal fonte de receita de qualquer governo, seja ele federal, estadual,
distrital ou municipal. Além disso, boa parte das receitas já estão vinculadas a algum tipo
de despesa: saúde, educação, segurança, infraestrutura, entre vários outros.

Sendo assim, o governo não pode correr o risco de não receber suas receitas, sob pena de
faltar recursos para as áreas prioritárias: saúde, educação e segurança.

Como forma de restringir o risco do não recebimento, nosso Código Tributário Nacional
dispôs sobre as garantias e privilégios do crédito tributário. Desse modo, as garantias e
privilégios do crédito tributário foram criados para reforçar o cumprimento do dever
tributário pelo sujeito passivo.são meios jurídicos que asseguram o direito subjetivo de o
Estado receber o crédito tributário. Por sua vez, os privilégios decorrem da posição de
superioridade que se encontra o crédito tributário com relação aos demais créditos.
● Rol não taxativo: A enumeração das garantias que o CTN atribui ao crédito tributário não
exclui outras que sejam expressamente previstas em lei, em função da natureza ou das
características do tributo a que se refiram (CTN, art. 183). A lista, portanto, não é taxativa.

● Renda e patrimônio do sujeito passivo respondendo pelo crédito tributário: art. 184 do
Código prevê garantia que se fundamenta no princípio geral de direito segundo o qual o
patrimônio e as rendas de determinada pessoa respondem por suas obrigações.

● Existem bens e rendas que são declarados inalienáveis e impenhoráveis diretamente pela
lei. Estes são os únicos que ficam a salvo da responsabilização por dívida tributária do
proprietário. O Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015) prevê a lista de tais bens no
art. 833;

● Presunção de Fraude: presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou


rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por
crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa.
Art. 833. São impenhoráveis:
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado
valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor;
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões,
os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do
devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º
;
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis
ao exercício da profissão do executado;
VI - o seguro de vida;
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou
assistência social;
X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos;
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei;
XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à
execução da obra.
Indisponibilidade dos Bens (“penhora on-line”)

Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem


apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens
penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos,
comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e
entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao
registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do
mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a
ordem judicial. É a denominada “penhora on-line”.
Preferências do Crédito Tributário

As preferências do crédito tributário, como já mencionado, dizem respeito aos privilégios deste
com relação a outros créditos de outras naturezas.

Sendo assim, o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo
de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do
acidente de trabalho. (regra geral)

Entretanto, NA FALÊNCIA:

● o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis


de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite
do valor do bem gravado;
● a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes
da legislação do trabalho; e
● a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados.

A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em


falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento.

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