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Revisão Direito Tributário

SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Crédito tributário: possui liquidez e certeza. Não efetuado o pagamento no prazo legal,
poderá ser exigido judicialmente pelo Fisco.

✓ Suspender significa paralisar temporariamente o direito que a Fazenda Pública tem de


exigir o pagamento do crédito tributário através de qualquer ato de cobrança (inscrição em
dívida ativa /ajuizamento da execução fiscal).

✓Não afasta o cumprimento das obrigações acessórias (151, parágrafo único, CTN);

✓ Direito à certidões de regularidade fiscal (206, CTN).

CAUSAS DE SUSPENSÃO: ROL TAXATIVO (art. 111, I e 141, CTN)

Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:

I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;

II - outorga de isenção;

III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou


tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais
não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua
efetivação ou as respectivas garantias.

OBS: O STJ entende que pedido de compensação na esfera administrativa suspende a


exigibilidade do crédito até a Fazenda Pública analisar o pedido.

RECURSO ESPECIAL. PEDIDO DE COMPENSAÇÃO NA VIA ADMINISTRATIVA.


SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.

1. A exigibilidade do crédito tributário fica suspensa em razão de qualquer impugnação do


contribuinte à cobrança do tributo.

CAUSAS DE SUSPENSÃO: art. 151, CTN.

“MODERECOCOPA”

✓ MOratória;

✓DEpósito do montante integral;


✓REclamações e recursos administrativos;

✓COncessão de tutela de urgência em ação judicial;

✓COncessão de medida liminar em Mandado de segurança;

✓ PArcelamento.

1- MORATÓRIA (152 a 155, CTN): é a dilação legal do prazo para o pagamento do tributo
(reabertura de prazo esgotado – crédito em mora). Logo, uma vez concedida, tem-se a
reabertura do prazo para adimplemento da obrigação tributária.

✓Vantagem ao sujeito passivo: pagar o crédito no futuro sem a incidência de juros de mora
e multa (perdoa a mora – vide 155, CTN)

✓ Depende de Lei formal: 97, VI, CTN

✓Objetivo: recuperar ou estimular o desenvolvimento de determinado

setor ou região.

Em regra abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que


a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente
notificado ao sujeito passivo (154, CTN).

• Créditos definitivamente constituídos: tributo não pago no prazo legal, e portanto exigível
(quando começará a correr o prazo prescricional da Fazenda Pública para ajuizar execução
– art. 174, CTN).

• Lançamento iniciado pela Fazenda Pública e notificado o sujeito passivo: Tributo sujeito a
lançamento por homologação do fisco, que não foi pago antecipadamente pelo contribuinte
no prazo legal, e o fisco lança (já existe a mora, nos termos do artigo 150, CTN).

Não aproveita aos casos de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou do terceiro em
benefício daquele.

✓ Não gera direito adquirido e será revogada de ofício, sempre que se apure que o
beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumpria ou deixou
de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de
juros de mora: I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do
beneficiado, ou de terceiro em benefício daquele; II - sem imposição de penalidade, nos
demais casos (155, CTN).

Moratória X Prorrogação de prazo

• A prorrogação do prazo de pagamento é uma espécie de alteração na data de vencimento


do tributo, e ocorre antes de extinto o prazo original (ou seja, sobre o prazo não
vencido/sem mora). Pode ser concedida por legislação tributária (art. 160, CTN).
• A moratória perdoa a mora de crédito já vencido, e portanto exigível judicialmente. O Fisco
concede novo prazo por lei, suspendendo a exigibilidade e perdoando a mora.

OBS: há quem entenda que toda prorrogação de prazo de pagamento seria uma moratória,
entretanto não há sentido, pois só suspende a exigibilidade de algo que pode ser exigido!
Tributo que ainda não venceu, não pode ser exigido judicialmente pelo fisco. Ademais, a
moratória perdoa a mora, retirando os juros de mora/multa pelo não pagamento no prazo, o
que não acontece na simples mudança da data de pagamento antes de expirar o prazo,
visto que não há que se falar em atraso/mora.

✓ Classificação:

• Moratória geral (152, I, CTN): alcança uma generalidade de pessoas. Autônoma:


concedida pelo ente federativo que possui a competência tributária sobre o tributo.

Heterônoma: Concedida pela União quanto aos tributos de outros entes, desde que
simultaneamente conceda também em relação a tributo federal (art. 152, I, b, CTN).

OBS: Doutrina majoritária se posiciona no sentido de que a moratória heterônoma ofende


flagrantemente a autonomia dos entes federativos (art. 18 da CF). Tramitam 2 projetos de
lei complementar no 526 e 528 de 2018, para revogar o art. 152, I, b, do CTN.

Moratória especial/individual (152, II, CTN): abrange somente um grupo de pessoas dentro
de um dado território. A lei que concedeu a moratória estabelece requisitos/condições,
cabendo ao contribuinte solicitar à administração pública que a ele seja concedida, por meio
da comprovação do preenchimento dos requisitos estipulados. Depende de despacho de
autoridade administrativa concedendo a moratória.

Ex: ser proprietário de imóvel na rua X e ter sido afetado pela enchente.

DEPÓSITO DE SEU MONTANTE INTEGRAL

(ART. 151, II): é realizado em ação judicial em que se pretenda anular o crédito tributário
(discussão da legalidade da cobrança).

✓ É a única modalidade do rol que suspende a incidência de juros e multa: a correção do


valor se dará na conta judicial.

✓ Súmula 112, STJ: “O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se


for integral e em dinheiro.”

✓ O depósito é facultativo para ajuizar a ação, pois condicioná-lo afrontaria o princípio do


acesso à justiça). Súmula Vinculante no 28: “É inconstitucional a exigência de depósito
prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a
exigibilidade de crédito tributário.”

✓ O simples ajuizamento da ação não suspenderá a exigibilidade do crédito!


- RECLAMAÇÕES E RECURSOS NOS TERMOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
TRIBUTÁRIO

(ART. 151, III): é a modalidade de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, em razão


do processo administrativo iniciado com a interposição de uma reclamação ou recurso
administrativo para a discussão da exigência fiscal.

✓Não é possível discutir em processo administrativo a inconstitucionalidade de lei, pois é


prerrogativa do Poder Judiciário.

✓Súmula Vinculante 21: “É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios


de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.” Tal exigência fere os
princípios da ampla defesa, do contraditório e o direito de petição.

CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA OU DE TUTELA


DE URGÊNCIA EM OUTRAS ESPÉCIES DE AÇÃO JUDICIAL (151, IV e V): Será
necessária a CONCESSÃO de uma liminar ou tutela de urgência, o simples pedido não
suspende.

✓ Suspende a exigibilidade do crédito tributário, mas não cessa a correção monetária.

✓Se ajuizar ação judicial, o contribuinte renuncia o direito de recorrer à esfera


administrativa.

Art. 38 da LEF (lei 6830/80): “A discussão judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública só é
admissível em execução, na forma desta Lei, salvo as hipóteses de mandado de segurança,
ação de repetição do indébito ou ação anulatória do ato declarativo da dívida, esta
precedida do depósito preparatório do valor do débito, monetariamente corrigido e acrescido
dos juros e multa de mora e demais encargos”.

Parágrafo Único – “A propositura, pelo contribuinte, da ação prevista neste artigo importa
em renúncia ao poder de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso acaso
interposto.”

PARCELAMENTO (151, VI, e 155-A, CTN): é o instituto que visa à recuperação do crédito
vencido e não pago.

✓É diferente da moratória, pois no parcelamento o crédito vencido é cobrado corrigido


monetariamente, acrescido de juros e multa (em regra).

✓ Equivale a uma confissão de dívida.

Art. 155-A, CTN: O parcelamento será concedido na forma e condição estabelecidas em lei
específica. §1o Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do crédito tributário
não exclui a incidência de juros e multas. Depende de lei específica (155-A, CTN).

✓Permite a obtenção de certidão positiva com efeito de negativa.


✓A ausência de pagamento das parcelas permite ao fisco a cobrança do valor
remanescente da dívida, sem notificação prévia.

Súmula 436 do STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal
constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.

ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA E SIGILOS

Administração tributária (194, CTN): Estrutura da Fazenda Pública relativa à fiscalização e


arrecadação do tributo. É na realidade a atividade que, de forma específica, manifesta a
denominada capacidade tributária ativa.

Fiscalização: Ato de empreender exame e verificação, controlar a execução e o


funcionamento. Submetem-se pessoas físicas ou jurídicas.

Formalidades: princípio documental (segundo qual as diligências e investigações devem ser


reduzidas a escrito e ordenadas logicamente) – art. 196, CTN

Limites:

▪ Súmula 70 do STF: “É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio

coercitivo para cobrança de tributo”.

▪ Súmula 323 do STF: “É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio

coercitivo para pagamento de tributos.”

▪ Súmula 439 do STF: “Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária

quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da

investigação.”

Auxílio de força pública

O art. 200 do CTN permite que as autoridades administrativas requisitem força pública
quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções. Deve-se, contudo,
considerar eventual limitação imposta pela própria Constituição. Art. 197, CTN: Mediante
intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações
de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros:

I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;

II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras; III -


as empresas de administração de bens;

IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;

V - os inventariantes;
VI - os síndicos, comissários e liquidatários;

VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo,
ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informações
quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo
em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

Quebra de Sigilo - o art. 198 veda a divulgação, por parte da Fazenda Pública e de seus
agentes, de informações acerca da situação econômica ou financeira dos contribuintes ou
responsáveis, excetuando apenas os casos (198, §1o e 199, CTN):

✓ Requisição regular de autoridade judiciária no interesse da justiça.

✓Solicitações de autoridade administrativa no curso de processo administrativo

instaurado para apurar infração administrativa tributária.

✓ Permuta de informações entre as fazendas públicas.

Não é vedado à fazenda a divulgação de informações sobre (198, §3o, CTN):

✓ Representações fiscais para fins penais.

✓ Inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública.

✓ Parcelamento ou moratória.

✓ Incentivo, renúncia, benefício ou imunidade de natureza tributária cujo beneficiário

seja pessoa jurídica.

Solicitação de dados bancários diretamente pela Fazenda Pública e Art. 5°, XII, CF (Sigilo
de dados).

Tema 225 da repercussão geral (RE 601314): “O art. 6o da Lei Complementar 105/01 não
ofende o direito ao sigilo bancário, pois realiza a igualdade em relação aos cidadãos, por
meio do princípio da capacidade contributiva, bem como estabelece requisitos objetivos e o
translado do dever de sigilo da esfera bancária para a fiscal”

STF - A corte firmou jurisprudência em 2019 permitindo o compartilhamento dos dados


sigilosos obtidos pela Fazenda Pública, sem autorização judicial aos de órgãos de controle,
como a Unidade de Inteligência Financeira (UIF, antigo Coaf) e Receita Federal, com o
Ministério Público.

Tese 990 da repercussão geral (RE 1.055.941): É constitucional o compartilhamento dos


relatórios de inteligência financeira da UIF e da íntegra do procedimento fiscalizatório da
Receita Federal do Brasil com o Ministério Público e as polícias para fins criminais, sem a
obrigatoriedade de prévia autorização judicial, "devendo ser resguardado o sigilo das
informações em procedimentos formalmente instaurados e sujeitos a posterior controle
jurisdicional". O compartilhamento pela UIF e pela Receita Federal do Brasil deve ser feito
unicamente por meio de comunicações formais, com garantia de sigilo, certificação do
destinatário e estabelecimento de instrumentos efetivos de apuração e correção de
eventuais desvios.

Contribuição de Melhoria (145, II da CF e 81 do CTN):

Tributo que pode ser criado e cobrado pelo ente federado que realizou a obra pública da
qual resultou em valorização imobiliária.

➢ Fato Gerador: valorização imobiliária, decorrente da realização de obra pública.

➢ Base de cálculo: o quantum da valorização imobiliária, tendo como

limite global o custo total da obra pública e limite individual a

valorização de cada imóvel.

➢ Contribuinte: o proprietário do imóvel valorizado com a obra pública. ➢Cobrança: deve


obedecer a área de influência ou zona de

beneficiamento e ser feita pelo ente federado que realizou a obra.

Responsabilidade (solidariedade)

Responsável: é a pessoa escolhida pela lei para responder pela obrigação tributária, pois
tem relação indireta com a situação que constitui o fato gerador (art. 121, parágrafo único,
II, CTN). O legislador visou o efetivo recebimento do tributo em situações onde o
contribuinte se torna pouco acessível à cobrança ou o tributo não puder ser normalmente
pago. Art. 128, CTN (lei 5172/1966): Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode
atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa,
vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do
contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da
referida obrigação.

Por Solidariedade (124, CTN): Existe mais de um devedor obrigado pelo pagamento de toda
a dívida fiscal.

*SEM BENEFÍCIO DE ORDEM: O FISCO PODE COBRAR DE QUALQUER UM DOS CO-


OBRIGADOS, OU DE AMBOS.

➢as pessoas que tenham interesse comum na situação

que constitua o fato gerador da obrigação principal; ➢as pessoas expressamente


designadas por lei.
Efeitos da solidariedade: 125,CTN

➢O pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;

➢A isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada


pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo
saldo;

➢A interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica


aos demais.

IMUNIDADE TRIBUTÁRIA (RECÍPROCA)

IMUNIDADE TRIBUTÁRIA: É uma hipótese de não incidência tributária constitucionalmente


qualificada, ou seja, é uma norma negativa de competência descrita na própria Constituição
Federal, que estabelece situações que não podem ser objeto de tributação pelo legislador.

➢Objetivo: conferir efetividade a determinados direitos e garantias fundamentais


reconhecidos e assegurados às pessoas e às instituições.

➢ Status: Garantia individual do contribuinte, Direito subjetivo.

Art. 150, CF: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...)

Imunidade Recíproca: conferida aos entes federados, suas autarquias e fundações públicas
(protege o pacto federativo).

▪ Impostos sobre patrimônio, renda e serviços.

▪ 150, § 2o, CF: § 2o - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva

às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao


patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas
decorrentes.

Empresas públicas e Sociedades de economia mista (Art. 173, § 2o, CF):

As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios


fiscais não extensivos às do setor privado.

▪ STF: estatais que prestam serviço público em regime de monopólio

podem gozar de imunidade tributária (RE 253.472; RE 580.264; RE

601392;

▪ “A imunidade recíproca, prevista no art. 150, VI, a, da Constituição não se estende a


empresa privada arrendatária de imóvel público, quando seja ela exploradora de atividade
econômica com fins lucrativos. Nessa hipótese é constitucional a cobrança do IPTU pelo
Município”.(RE 594.015).

TRIBUTÁRIO. INCIDÊNCIA DO IPTU SOBRE IMÓVEL CEDIDO PELA UNIÃO À PESSOA


JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO. REPERCUSSÃO GERAL NO JULGAMENTO DO RE N.
601.720/RJ. JUÍZO DE RETRATAÇÃO. ART. 543-B, § 3o, DO CPC/1973 (ART. 1.040, II,
DO CPC/2015). I - O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE n. 601.720/RJ, em
repercussão geral (Tema n. 437/STF), firmou a tese de que "incide o Imposto Predial e
Territorial Urbano considerado bem público cedido a pessoa jurídica de direito privado,
sendo esta a devedora". II - Agravo regimental provido para negar provimento ao Recurso
Especial da Empresa Líder Táxi Aéreo S.A. Art. 543-b do CPC/1973 (art. 1.040, II, do
CPC/2015) - STJ; AgRg-REsp 1.381.034.

CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA:

é a atribuição para arrecadar e fiscalizar tributos (art. 119 e 7o do CTN).

➢Com Competência Tributária: ente federado que a CF concedeu o poder de tributar


(sujeito ativo direto).

➢Sem Competência Tributária: quando o ente federado competente pelo tributo delegar as
funções de arrecadar e fiscalizar para outra pessoa de direito público (sujeito ativo indireto).

Competência Tributária

➢ Impostos, taxas e contribuição de melhoria: Todos os entes federativos possuem (145,


CF).

• Impostos federais (153 e 154, CF): II, IE, IPI, IOF, IR, ITR, IGF, IEG, Impostos residuais.

• Impostos estaduais (155, CF): ICMS, ITCMD, IPVA.

• Impostos municipais (156, CF): ISSQN, ITBI, IPTU.

➢ Empréstimos compulsórios: apenas a União.

➢ Contribuições especiais: Em regra a competência é da União (148 e 149, CF).

• A COSIP é de competência municipal (art. 149-A, CF).

• As Contribuições Previdenciárias podem ser instituídas por qualquer ente federativo para
custear regime próprio de previdência dos seus servidores (art. 149, § 1o, CF) .

Espécies de Tributos – Teoria Pentapartite (adotada pelo STF)

• IMPOSTOS

• TAXAS
• CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA

• EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS

• CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS

Art. 145, CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os
seguintes tributos:

I - impostos;

II - taxas, em razão do ou, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

Art. 148, CF. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios:

I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra


externa ou sua iminência;

II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional,


observado o disposto no art. 150, III, b.

PRINCÍPIOS DA IRRETROATIVIDADE, ANTERIORIDADE ANUAL E NONAGESIMAL.

Princ. Irretroatividade da lei: inaplicável aos fatos geradores ocorridos antes do início da
vigência da lei.

*Princ. Anterioridade anual: inaplicável no mesmo exercício financeiro em que haja sido
publicada a lei que criou ou aumentou tributo.

*Princ. Noventena ou Anterioridade nonagesimal: inaplicável antes de decorridos noventa


dias da data em que haja sido publicada a lei que criou ou aumentou tributo.

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