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TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
Livro Eletrônico
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
Dicler Ferreira
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
IPTU – Parte I.. ....................................................................................................................................................................8
Introdução aos Tributos Municipais. . ....................................................................................................................8
Limitações da Competência Tributária. ...............................................................................................................11
Características Doutrinárias do IPTU. ................................................................................................................13
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
Dicler Ferreira
Apresentação
Querido(a) aluno(a), eu me chamo Dicler Forestieri Ferreira, atualmente ministro aulas
de Direito Civil, Direito Penal, Direito Empresarial e Legislação Tributária Municipal aqui no
Gran Cursos.
Ocupei, por nove anos e meio, o cargo de Auditor-Fiscal Tributário do Município de São
Paulo (ISS-SP). Fui aprovado em SP no concurso de 2006 e entrei em exercício no ano de
2007. Antes deste concurso também exerci o cargo de Auditor-Fiscal de Tributos do Estado da
Paraíba (ICMS-PB – concurso em 2006) e fui oficial da Marinha do Brasil durante doze anos
e meio; além de ter sido aprovado em 6o lugar para o concurso de Auditor-Fiscal de Tributos
do Estado do Rio Grande do Sul (ICMS-RS - 2006).
Após algum tempo somente dando aulas, retomei os estudos e fui aprovado em 16º lugar
no TCE-AM em 2015 (Auditor-Substituto de Conselheiro) e em 2º lugar no TCM-Rio (Tribunal
de Contas do Município do Rio de Janeiro) em 2015/2016 (Conselheiro-Substituto), cargo
que ocupo atualmente.
Por ter sido aprovado em alguns excelentes concursos, creio ter condições de lhe dizer
qual a melhor forma para conseguir tal sucesso. Entretanto, nem só de glórias é feita a vida
de um “concurseiro”, pois também fiquei reprovado em outros treze concursos. Ou seja, creio
que também sei o que não deve ser feito para ser reprovado.
Além de ter escrito dois livros de Direito Penal, sou coautor de dois livros de questões
comentadas de Direito Civil, um da antiga banca CESPE/UnB, atual CEBRASPE, e outro da
Fundação Carlos Chagas.
Com isso, espero poder ajudá-lo nessa árdua caminhada que é a preparação para con-
cursos públicos.
Sobre o edital publicado em 22/05/2023, o conteúdo programático de Legislação Especí-
fica abrange os seguintes tópicos:
1. Tributos de Competência do Município e sua regulamentação na Constituição Federal
de 1988, nas leis complementares de caráter nacional pertinentes e na legislação tributária
do Município do Rio de Janeiro.
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IPTU – Parte I
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IPTU – Parte I
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Metodologia
Sempre que possível a abordagem dos assuntos será feita respeitando-se a hierarquia/
abrangência das normas.
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IPTU – Parte I
Dicler Ferreira
Mensagem de Motivação
Antes de começarmos, tenho uma mensagem para você que está trilhando essa difícil
jornada que é estudar para concursos públicos. Acredite que é possível. Mesmo nos mo-
mentos de cansaço e estresse, continue acreditando e estude muito, pois o resultado final é
recompensador.
Veja as imagens a seguir:
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
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É muito bom ver o seu nome na lista e dentro da quantidade de vagas. Alguns acham que
isso é muito difícil e estão certos. Mas não é impossível. Vejam um exemplo:
Se eu fui aprovado em um concurso com apenas duas vagas na ampla concorrência, você
também pode ser aprovado, basta fazer por onde e acreditar.
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IPTU – Parte I
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IPTU – PARTE I
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos:
I – impostos;
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
Um pouco mais adiante, no art. 149 -A da CF, observamos mais uma espécie de tributo.
Trata-se da COSIP (Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública)
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IPTU – Parte I
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Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir Contribuição, na forma das respec-
tivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de con-
sumo de energia elétrica
Além da COSIP, os Municípios, juntamente com os outros entes, podem instituir uma outra
contribuição, conforme prevê o art. 149, §1º da CF. Trata-se da Contribuição para o Custeio
do Regime Próprio de Previdência dos Servidores Municipais.
Art. 149, § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus
servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja
alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.
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IPTU – Parte I
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CURIOSIDADE
Você já ouviu falar sobre o IVVC?
O Imposto sobre Vendas a Varejo de Combustíveis Líquidos e Gasosos (IVVC) é um ex-
tinto imposto brasileiro.
Era um imposto municipal, ou seja, somente os municípios tinham competência para
instituí-lo (Art.156, IV, da Constituição Federal). O IVVC estava previsto na redação original da
Constituição de 1988, mas foi extinto pela Emenda Constituicional n. 3, de 1993.
O IVVC tinha como fato gerador a venda, a varejo, de combustíveis líquidos ou gasosos,
exceto vendas de óleo diesel e gás liquefeito para uso domiciliar.
Os contribuintes do imposto eram as pessoas físicas ou pessoas jurídicas que vendiam
combustíveis líquidos ou gasosos a varejo.
A alíquota utilizada era estabelecida pelo legislador municipal, mas não poderia ser su-
perior a três por cento. A base de cálculo era o preço de venda, a varejo, dos combustíveis
líquidos ou gasosos.
A função do IVVC era tipicamente fiscal. Sua finalidade era a obtenção de recursos finan-
ceiros para os municípios.
A grande fonte de arrecadação sobre os derivados de petróleo, no entanto, não foi deixada
pelo Brasil. Além da incidência do IPI, sobre os produtos industrializados, e do ICMS, sobre
mercadoria, conceitos em que os derivados de petróleo se encaixam, hoje se cobra ainda o
CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) especificamente sobre os deriva-
dos em petróleo.
Em síntese, para que possamos começar efetivamente, a tabela a seguir demonstra os
tributos municipais que serão estudados no decorrer do curso:
TRIBUTOS MUNICIPAIS
CM – Contribuição de Melhoria
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IPTU – Parte I
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Letra d.
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IPTU – Parte I
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Art. 3º Os impostos municipais não incidem sobre:
I – o patrimônio ou os serviços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (imu-
nidade recíproca)
II – os templos de qualquer culto; (imunidade religiosa)
III – o patrimônio ou os serviços dos partidos políticos inclusive suas funções, das entidades sindi-
cais dos trabalhadores e das instituições de educação e de assistência social,sem fins lucrativos,
atendidos os seguintes requisitos: (imunidade privada)
1. não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título;
2. aplicarem, integralmente, no país os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais;
3. manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades ca-
pazes de assegurar sua exatidão.
§ 1º O disposto neste artigo não exclui a atribuição, por lei, às entidades nele referidas da condição
de responsáveis pelos tributos que lhes caiba reter na fonte e não as dispensa da prática de atos,
previstos em lei, assecuratórios do cumprimento de obrigações tributárias por terceiros.
§ 2º O dispositivo no inciso I (imunidade recíproca) não se aplica ao patrimônio e aos serviços rela-
cionados com a exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis e empreen-
dimentos privados, ou que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário,
nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente a bem imóvel.
§ 3º - A não incidência referida nos incisos II e III (imunidades religiosa e privada) compreende
somente o patrimônio e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades
neles mencionadas.
§ 4º Os impostos municipais incidem sobre o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com
a exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos
privados realizados em território municipal pela União, Estados ou Municípios, diretamente por
entidade de administração indireta ou mediante concessão ou permissão, assim como em que
haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário.
§ 5º Os requisitos condicionadores da não incidência deverão ser comprovados perante a repartição
fiscal competente, na forma pelo Poder Executivo.
Art. 4º O dispositivo no inciso I do art. 3º (imunidade recíproca) observados os seus parágrafos
1º, 2º, 3º, e 5º, e extensivo às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, que se refere
ao patrimônio e aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou delas decorrentes.
Art. 5º A falta de cumprimento dos requisitos do inciso III do art. 3º (imunidade privada), ou das
disposições do seu § 1º, implicará a suspensão do benefício.
Art. 6º É vedado ao Município.
I - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua
procedência ou destino; (Princípio da Não Diferenciação)
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional; ou função por eles exercida, in-
dependente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos. (Princípio da Isonomia
ou Igualdade)
Vale ressaltar um assunto que foi recentemente cobrado pela Banca FGV na prova dis-
cursiva para a SEFAZ-MG.
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IPTU – Parte I
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Trata-se de um imposto:
• Real: incide sobre uma coisa (propriedade imobiliária urbana) e, por isso, não pode ser
basear na capacidade contributiva da pessoa, pois esta característica atinge os impostos
pessoais;
• Direto: o próprio contribuinte é quem suporta o encargo financeiro da tributação (não há
repercussão econômica);
• Fiscal: a função precípua deste imposto é a arrecadação (imposto fiscal). Vale ressaltar,
no entanto, que, em alguns casos, ele poderá assumir também um caráter extrafiscal
(forma de estimular o cumprimento da função social da propriedade), como é o caso do
IPTU progressivo no tempo;
• Progressivo: pode ser progressivo no tempo caso a propriedade não esteja cumprindo
sua função social (art. 182, § 4º da CF), além de poder ser progressivo em razão do valor
do imóvel (art. 156, § 1º, I da CF);
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
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• Periódico ou Continuado: significa que seu fato gerador se dá de forma duradoura e es-
tável, bem como de forma periódica. Ele leva um período para se completar, geralmente
de um ano.
Ainda no art. 156 da CF, são destacadas três características inerentes ao IPTU e que são
muito cobradas em provas de concursos.
Veja a seguir:
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto
previsto no inciso I poderá:
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e
II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
1. Progressividade em razão do valor venal do imóvel: veremos que, quanto maior for o
valor venal do imóvel, maior será o acréscimo que deverá ser adicionado ao valor do IPTU;
2. Diferenciação de alíquota de acordo com a localização do imóvel: um município pode,
por exemplo, usar alíquotas maiores para imóveis localizados em bairros mais nobres;
3. Diferenciação de alíquota de acordo com o uso do imóvel: um município pode, por
exemplo, usar alíquotas maiores para imóveis que não tenham uso residencial.
Veja que essas três características não são obrigatórias, pois o dispositivo utiliza a palavra
poderá. Sendo assim, a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro adotou em sua legislação as
características 1 (Progressividade em razão do valor venal do imóvel) e 3 (Diferenciação de
alíquota de acordo com o uso do imóvel).
Também prevê o art. 156 da CF, em observância ao Princípio da Função Social da Pro-
priedade, a possibilidade de cobrança do IPTU progressivo no tempo, juntamente com o art.
182, § 4º, II da CF:
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano
diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado
ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I – parcelamento ou edificação compulsórios;
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IPTU – Parte I
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II – imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III – desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais
e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
Ou seja, o IPTU progressivo no tempo é uma das medidas que tem por finalidade desesti-
mular a manutenção de propriedades improdutivas, sendo possível o aumento sucessivo da
alíquota até o limite de 15%, conforme previsão no art. 7º do Estatuto das Cidades.
Pelo art. 182, § 4º, da CF, percebe-se que o Poder Público municipal, para se fazer cumprir
a Função Social da Propriedade, não pode adotar diretamente a cobrança do IPTU progressivo
no tempo, devendo obedecer às fases estabelecidas nos incisos, ou seja, após não serem
cumpridas as regras do parcelamento, edificação ou utilização compulsórios.
Ainda é importante salientar que a situação do IPTU progressivo no tempo deve ser regu-
lada por cada município em sua respectiva legislação.
Segue uma tabela resumo sobre as características constitucionais do IPTU:
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IPTU – Parte I
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Conforme previsão no art. 156, § 1º, da CF, as duas inovações introduzidas são constitucionais.
Letra c.
Novidade!
Ainda sobre as características constitucionais do IPTU, temos o art. 156, § 1º-A, da CF,
incluído pela Emenda Constitucional n. 116, de 2022, que estendeu a imunidade religiosa
acarretando não incidência de IPTU quando os imóveis utilizados pelos templos de qualquer
culto não sejam de sua propriedade, mas decorram de contrato locatício. Vejamos:
§ 1º-A O imposto previsto no inciso I do caput deste artigo não incide sobre templos de qualquer
culto, ainda que as entidades abrangidas pela imunidade de que trata a alínea “b” do inciso VI do
caput do art. 150 desta Constituição sejam apenas locatárias do bem imóvel.
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana
tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou
por acessão física, como definido na Lei Civil, localizado na zona urbana do Município.
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IPTU – Parte I
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Analisando o final do art. 32 do CTN, percebe-se que o Direito Tributário “pega emprestado”
alguns conceitos do Direito Civil. Dessa forma, faz-se necessário esclarecermos o que vem
a ser bem imóvel por natureza e bem imóvel por acessão física.
• Bem imóvel por natureza: é o solo, o terreno, ou seja, representa a parte territorial do IPTU.
• Bem imóvel por acessão física: é tudo que adere ao solo através da ação humana, tal
como as construções, ou seja, é a parte predial do IPTU.
Veja o art. 79 do Código Civil:
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil ou o seu
possuidor a qualquer título.
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IPTU – Parte I
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JURISPRUDÊNCIA
Na esteira dos prudentes do direito com assento no Colendo Superior Tribunal de Jus-
tiça, em que pese a expressão “possuidor a qualquer título” contida no art. 32 do CTN, a
obrigação tributária do IPTU não pode recair sob qualquer possuidor. Nesse contexto, a
posse apta a gerar a obrigação tributária é aquela qualificada pelo animus domini, ou seja,
a que efetivamente esteja em vias de ser transformada em propriedade, seja por meio
da promessa de compra e venda, seja pela posse ad usucapionem. (Resp 1091198/PR)
Ainda no art. 32, temos a definição do que vem a ser área urbana no § 1º:
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal;
observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois)
dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
I – meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II – abastecimento de água;
III – sistema de esgotos sanitários;
IV – rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
V – escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel
considerado.
Podemos concluir que, se o local definido em lei municipal tiver, pelo menos, dois dos me-
lhoramentos citados, trata-se de uma zona urbana, caso contrário, trata-se de uma zona rural.
Tenha atenção com as inúmeras “pegadinhas” que podem ser feitas pela banca examinadora.
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IPTU – Parte I
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Como a coleta de lixo não é um melhoramento a ser considerado na definição de área urbana,
podemos eliminar as alternativas A, C e E. Além disso, a alternativa D cita o posto policial que
também está errado.
Dessa forma, a única alternativa que apresenta melhoramentos definidos no art. 32, § 1º, do
CTN é a B.
Letra b.
A definição de área urbana sobre a qual recai o IPTU não fica limitada a esses melhoramen-
tos, pois também pode ser considerada a área urbanizável ou de expansão urbana, conforme
prevê o art. 32, § 2º do CTN:
As zonas de expansão urbana são áreas contíguas às zonas urbanas, de baixa densida-
de populacional, dedicadas a atividades rurais e destinadas como reserva para a expansão
urbana numa projeção de vinte anos.
Perceba que, para as áreas localizadas na zona de expansão urbana serem consideradas
urbanas, não há necessidade de possuirem, no mínimo, os dois melhoramentos citados no
art. 32, § 1º do CTN. Inclusive, esse é o entendimento do STJ.
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IPTU – Parte I
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JURISPRUDÊNCIA
Súmula 626 do STJ: A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área considerada pela
lei local como urbanizável ou de expansão urbana não está condicionada à existência
dos melhoramentos elencados no art. 32, § 1º, do CTN.
Nota-se que temos como base de cálculo do IPTU o valor venal do imóvel (VVI). Tal valor
é atribuído pela prefeitura com base em diversos fatores, dentre eles a localização do imóvel,
o padrão (pobre e rico), etc.
Para a definição do valor venal não são levados em consideração os bens móveis (per-
tenças) mantidos no imóvel, tais como televisão, sofás, quadros etc.
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IPTU – Parte I
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Conforme prevê o art. 33 do CTN, a BC do IPTU é o valor venal do imóvel. Ademais, estudamos
que o tipo de lançamento utilizado, em regra, é o direto ou de ofício.
Letra e.
O IPTU no STF
Cabe também relembrarmos três súmulas do STF que tratam do imposto em questão, o IPTU:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 52: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o
imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constitui-
ção Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais
tais entidades foram constituídas.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucra-
tivos, atendidos os requisitos da lei;
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
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valor de R$ 3.000,00 por mês. O produto do aluguel é destinado a uma creche que o convento
mantém para crianças carentes que nela recebem educação formal, religiosa e alimentação.
A prefeitura do município onde se localiza o convento, contudo, está a lhe exigir o imposto
predial e territorial urbano. A exação, em tal situação, é
a) devida, pois a locação é atividade regida pelo direito privado que em nada se confunde com
as atividades essenciais do convento.
b) devida porque, na medida em que o convento celebrou contrato de locação, a isenção de que
gozava em relação ao imposto deixa de se justificar.
c) indevida porque, ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel per-
tencente ao convento, na medida em que o valor dos aluguéis é aplicado nas atividades para
as quais foi constituído.
d) indevida porque as entidades religiosas e assistenciais são anistiadas de qualquer imposto,
em razão do caráter que ostentam, pouco importando se alugam ou não suas propriedades.
e) indevida porque quem deve arcar com o imposto é a escola locatária em razão do contrato
celebrado com o convento.
A questão trata de um caso hipotético em que deve ser aplicada a Súmula Vinculante 52 esta-
belecendo interpretação extensiva à imunidade privada.
Letra c.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 539 do STF: É constitucional a lei do Município que reduz o imposto predial
urbano sobre imóvel ocupado pela residência do proprietário, que não possua outro.
A Súmula 539 do STF, por sua vez, possibilita que o Município estabeleça uma redução do
imposto predial para proprietários que possuem apenas um imóvel e nele residem. Trata-se
de um estímulo à política pública de moradia e habitação.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 668 do STF: É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da
emenda constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada
a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana.
Quanto à Súmula 668 do STF, imagine que, antes da EC 29/2000, um determinado mu-
nicípio tenha editado uma lei estabelecendo alíquotas progressivas para o IPTU, sem haver
qualquer relação com a função social da propriedade urbana. Obviamente devemos concluir
que tal lei deve ser declarada inconstitucional.
Entretanto, a pergunta que eu faço para você é: com a declaração de inconstitucionalidade,
os contribuintes estarão dispensados de pagar o IPTU?
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
Dicler Ferreira
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 583 do STF: Promitente-comprador de imóvel residencial transcrito em nome
de autarquia é contribuinte do imposto predial territorial urbano.
Sobre a Súmula 583 do STF, como o promitente-comprador pode ser considerado possui-
dor com animus domini ou titular de domínio útil, então o STF entende que ele é contribuinte
do IPTU em se tratando de imóvel residencial.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 589 do STF: É inconstitucional a fixação de adicional progressivo do imposto
predial e territorial urbano em função do número de imóveis do contribuinte.
Finalizando este tópico, como o IPTU é um imposto real, o STF entende que é inconstitu-
cional a fixação de adicional progressivo do imposto predial e territorial urbano em função
do número de imóveis do contribuinte. Tal pressuposto está relacionado com a capacidade
contributiva do contribuinte, característica inerente aos impostos pessoais.
O IPTU no STJ
Quase terminando a abordagem geral do IPTU, seguem as súmulas do STJ sobre o assunto:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 160 do STJ: É defeso, ao município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em per-
centual superior ao índice oficial de correção monetária.
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
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Ou seja, o município só pode atualizar o IPTU, por decreto, respeitando o índice oficial de
correção monetária (índice oficial de inflação).
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 397 do STJ: O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do
carnê ao seu endereço.
No município do Rio de Janeiro, veremos que, além do envio das notificações pelos cor-
reios, os contribuintes também são notificados por edital.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 399 do STJ: Cabe à legislação municipal estabelecer o sujeito passivo do IPTU.
Veja que o CTN define o contribuinte do Imposto, mas o sujeito passivo é um conceito
mais amplo, que abrange também os responsáveis. Nesse sentido, cabe à legislação muni-
cipal sua definição.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 614 do STJ: O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação
jurídico-tributária de IPTU e de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir
indébito desses tributos.
Tendo em vista que o locatário não é possuidor com animus domini, então o STJ entende
que ele não tem legitimidade ativa para discutir a relação jurídico-tributária de IPTU e de taxas
referentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito desses tributos.
Outro assunto que tem sido muito cobrado em provas de concursos diz respeito a uma
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) relacionada à incidência de ITR (Impos-
to sobre a Propriedade Territorial Rural) em imóvel localizado na área urbana, mas que seja
utilizado para atividade rural.
JURISPRUDÊNCIA
DECISÃO DO STJ
STJ, Primeira Seção – REsp 1.112.646-SP, Rel. Min. Herman Benjamin julgado em
26/08/2009.
EMENTA
TRIBUTÁRIO. IMÓVEL NA ÁREA URBANA. DESTINAÇÃO RURAL. IPTU. NÃO-INCIDÊNCIA.
ART. 15 DO DL 57/1966. RECURSO REPETITIVO. ART. 543-C DO CPC
1. Não incide IPTU, mas ITR, sobre imóvel localizado na área urbana do Município, desde
que comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou
agroindustrial (art. 15 do DL 57/1966).
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IPTU – Parte I
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2. Recurso Especial provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e da Reso-
lução 8/2008 do STJ.
Art. 15 do DL 57/1966 – O disposto no art. 32 da Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966, não abrange
o imóvel de que, comprovadamente, seja utilizado em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária
ou agro-industrial, incidindo assim, sobre o mesmo, o ITR e demais tributos com o mesmo cobrados.
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IPTU – Parte I
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a) não haverá incidência de nenhum imposto, por conta de imunidade prevista na Constitui-
ção Federal;
b) haverá incidência do IPTU, pois a propriedade está inserida em área da zona urbana muni-
cipal; contando com quatro dos melhoramentos construídos ou mantidos pelo Poder Público,
indicados no CTN;
c) haverá a incidência do ITR, pois o IPTU não incidirá sobre o imóvel urbano que, comprova-
damente, seja utilizado em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial;
d) haverá incidência do IPTU, pois basta a lei municipal estabelecer que determinada área per-
tence à zona urbana para ensejar a cobrança do imposto municipal;
e) haverá a incidência do ITR, pois o imposto federal tem sua receita repartida com o Município.
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IPTU – Parte I
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RESUMO
Metodologia utilizada no curso
Sempre que possível a abordagem dos assuntos será feita respeitando-se a hierarquia/
abrangência das normas.
TRIBUTOS MUNICIPAIS
ISS – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
IMPOSTOS
ITBI – Imposto sobre Transmissão “inter vivos” de Bens Imóveis e de
Direitos Reais a eles relativos
Taxas pelo Exercício Regular do Poder de Polícia
TAXAS
Taxas pela Prestação de Serviços Públicos
CM – Contribuição de Melhoria
COSIP – Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública
CONTRIBUIÇÕES
CRPPS – Contribuição para o Custeio do Regime Próprio de Previdência
dos Servidores Municipais.
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IPTU – Parte I
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Contribuintes do IPTU
Podemos dividir os contribuintes do IPTU em três grandes grupos:
• proprietários: são as pessoas que estão registradas na matrícula do cartório de imóveis;
• titular do domínio útil: é o caso do enfiteuta; e
• possuidor: são as pessoas que têm a posse com animus domini, ou seja, com a intenção
de permanecer definitivamente com o bem.
Resumidamente temos o seguinte:
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IPTU – Parte I
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Súmula Vinculante 52: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o
imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constitui-
ção Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais
tais entidades foram constituídas.
Súmula 539 do STF: É constitucional a lei do Município que reduz o imposto predial
urbano sobre imóvel ocupado pela residência do proprietário, que não possua outro.
Súmula 668 do STF: É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da
emenda constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada
a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana.
Súmula 583 do STF: Promitente-comprador de imóvel residencial transcrito em nome
de autarquia é contribuinte do imposto predial territorial urbano.
Súmula 589 do STF: É inconstitucional a fixação de adicional progressivo do imposto
predial e territorial urbano em função do número de imóveis do contribuinte.
Súmula 160 do STJ: É defeso, ao município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em per-
centual superior ao índice oficial de correção monetária.
Súmula 397 do STJ: O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do
carnê ao seu endereço.
Súmula 399 do STJ: Cabe à legislação municipal estabelecer o sujeito passivo do IPTU.
Súmula 614 do STJ: O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação
jurídico-tributária de IPTU e de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir
indébito desses tributos.
REsp 1.112.646-SP: Não incide IPTU, mas ITR, sobre imóvel localizado na área urbana
do Município, desde que comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal,
agrícola, pecuária ou agroindustrial (art. 15 do DL 57/1966).
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IPTU – Parte I
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c) indevida porque, ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel per-
tencente ao convento, na medida em que o valor dos aluguéis é aplicado nas atividades para
as quais foi constituído.
d) indevida porque as entidades religiosas e assistenciais são anistiadas de qualquer imposto,
em razão do caráter que ostentam, pouco importando se alugam ou não suas propriedades.
e) indevida porque quem deve arcar com o imposto é a escola locatária em razão do contrato
celebrado com o convento.
007. (FGV/ISS-NITERÓI/AUDITOR-FISCAL/2015) Um pequeno empresário cultiva, de forma
organizada e comercial, inclusive com empregados, hortaliças para venda, em sua proprie-
dade, que está localizada em área de um Município. A rua onde fica a propriedade consta
da definição de lei municipal, tem meio-fio, conta com abastecimento de água e sistema de
esgotos sanitários, tendo ainda iluminação pública. De acordo com a hipótese apresentada,
sobre a propriedade em questão:
a) não haverá incidência de nenhum imposto, por conta de imunidade prevista na Constitui-
ção Federal;
b) haverá incidência do IPTU, pois a propriedade está inserida em área da zona urbana muni-
cipal; contando com quatro dos melhoramentos construídos ou mantidos pelo Poder Público,
indicados no CTN;
c) haverá a incidência do ITR, pois o IPTU não incidirá sobre o imóvel urbano que, comprova-
damente, seja utilizado em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial;
d) haverá incidência do IPTU, pois basta a lei municipal estabelecer que determinada área per-
tence à zona urbana para ensejar a cobrança do imposto municipal;
e) haverá a incidência do ITR, pois o imposto federal tem sua receita repartida com o Município.
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IPTU – Parte I
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QUESTÕES DE CONCURSO
008. (CONSULTEC/ILHÉUS-BA/AUDITOR-FISCAL/2016) Compete ao Município instituir
impostos sobre, exceto
a) propriedade de automotores que circulem na área urbana.
b) propriedade predial e territorial urbana.
c) transmissão “intervivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre os imóveis, salvo os de garantia, bem como por cessão
de direitos à sua aquisição.
d) vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel.
e) serviços de qualquer natureza, não compreendidos na competência do Estado, definidos em
lei complementar.
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IPTU – Parte I
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
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d) imóvel, por acessão física ou jurídica, como definido na lei civil, localizado na zona urbana,
rural ou urbanizável do Município, tendo sua forma, estrutura ou destinação prevista em lei
e) imóvel, por natureza ou acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana
ou urbanizável do Município, independentemente de sua forma, estrutura ou destinação.
021. (CETRO/ISS-CAMPINAS/2011/ADAPTADA) De acordo com a Consolidação da Le-
gislação Tributária do Município do Rio de Janeiro, que dispõe sobre o Imposto sobre a Pro-
priedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), em relação à hipótese de incidência, assinale a
alternativa correta.
a) O IPTU incide sobre a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou
acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
b) O IPTU incide sobre a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou
acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Estado.
c) O IPTU incide sobre a propriedade urbana, o domínio útil ou a posse de bem imóvel, desde
que por natureza, como definido na lei tributária, localizado na zona urbana do Município.
d) O IPTU incide sobre a propriedade, o domínio útil de bem imóvel, desde que por acessão
física, como definido na lei tributária, localizado na zona urbana do Município ou do Estado.
e) O IPTU incide sobre a propriedade urbana, o domínio útil ou a posse de bem imóvel, desde
que por natureza, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Estado.
022. (VUNESP/TJ-PA/JUIZ/2014) Para fins de instituição e cobrança do imposto sobre a
propriedade predial e territorial urbana (IPTU), exige o Código Tributário Nacional a implemen-
tação, por parte do Poder Público municipal, de pelo menos dois melhoramentos que elenca.
Assinale a alternativa que corretamente traduz esses melhoramentos.
a) Meio-fio ou calçamento, com ou sem canalização de águas pluviais e abastecimento de água.
b) Abastecimento de água e posto de saúde a uma distância mínima de cinco quilômetros do
imóvel considerado.
c) Sistema de esgotos sanitários e rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para
distribuição domiciliar.
d) Sistema de esgotos sanitários e escola primária a uma distância mínima de três quilômetros
do imóvel considerado.
e) Abastecimento de água e escola primária a uma distância mínima de três quilômetros do
imóvel considerado.
023. (FGV/ISS-CUIABÁ/AUDITOR-FISCAL/2016) A respeito do Imposto sobre Propriedade
Predial e Territorial Urbana – IPTU, considerando o disposto na Lei Orgânica do Município
de Cuiabá (LOMC) e o Estatuto da Cidade (Lei n. 10.527/2001), assinale V para a afirmativa
verdadeira e F para a falsa.
( ) Em razão do valor do imóvel, o IPTU poderá ser progressivo.
( ) O imóvel previamente incluído na área abrangida pelo Plano Diretor da Cidade pode ser tri-
butado progressivamente.
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IPTU – Parte I
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a) seletividade.
b) parafiscalidade.
c) capacidade contributiva.
d) extrafiscalidade.
e) essencialidade.
027. (CETRO/TJ-RJ/2012) Em relação ao Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU),
é correto afirmar que
a) a simples remessa do carnê para pagamento do IPTU ao endereço do contribuinte configura
notificação de lançamento.
b) o lançamento é feito por homologação.
c) não se admite, como contribuinte, o possuidor do imóvel a qualquer título.
d) tem como função preponderante funcionar como forma direta de intervenção do Estado no
domínio econômico, ou seja, a extrafiscalidade.
e) é inconstitucional a lei do município que reduz o IPTU sobre imóvel ocupado pela residência
do proprietário, que não possua outro.
028. (FGV/ISS-CUIABÁ/AUDITOR-FISCAL/2016) O imóvel X, de propriedade a Igreja
Cristã ABC, é utilizado para escritório e residência de pastores e diáconos da igreja.
Anualmente, a Igreja Cristã recebe o carnê do Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial
Urbana – IPTU referente ao imóvel X.
Sobre a hipótese apresentada, tendo em vista o entendimento do Supremo Tribunal Federal,
assinale a afirmativa correta.
a) Está correto o lançamento do IPTU, tendo em vista que o imóvel é um local para residência,
não se tratando, portanto, de espaço para a prática de atividades religiosas.
b) Não está correto o lançamento do IPTU, uma vez que o carnê do imposto deve ser emitido
mensalmente, sob pena de ferir o princípio da capacidade contributiva.
c) Não está correto o lançamento do IPTU, uma vez que o imóvel goza de imunidade tributária.
d) Não está correto o lançamento do IPTU, tendo em vista que não houve ocorrência do fato
gerador do imposto.
e) Não está correto o lançamento do IPTU, tendo em vista que o contribuinte do imposto são
os pastores e diáconos residentes no imóvel.
029. (FUNRIO/PREF. DE TRINDADE-GO/PROCURADOR/2016) Considerando as regras da
anterioridade e anualidade em matéria tributária relativa ao IPTU, a afirmativa correta é:
a) A alteração de alíquota produz efeitos imediatamente.
b) À majoração da base de cálculo, prevista em lei, se aplica exclusivamente a anterioridade
nonagesimal.
c) A atualização anual da base de cálculo, com base em índices oficiais de inflação, poderá ser
procedida por ato do poder executivo.
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
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d) A majoração prevista em lei somente poderá produzir seus efeitos no exercício posterior ao
que entrou em vigor a lei, se estiver considerado o reajuste na lei orçamentária anual.
e) A majoração progressiva da alíquota prevista na lei 10.257/2001 deverá ser precedida de lei
específica para cada aumento, observando, todas as leis de reajuste, a anterioridade clássica.
030. (CONSULTEC/PREF. DE ILHEUS-BA/AUDITOR-FISCAL/2016) O Imposto sobre a
Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU - tem como fato gerador
a) a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel, por natureza ou por acessão física,
como definido na lei civil.
b) a posse, o domínio útil ou a posse de bem imóvel, por natureza ou por acessão física, como
definido na lei de Diretrizes Orçamentárias.
c) a posse ou propriedade de bem imóvel.
d) a manutenção de terrenos e imóveis efetivamente habitados.
e) os terrenos onde se encontram o Município de Ilhéus.
031. (INSTITUTO LEGATUS/CÂMARA MUNICIPAL DE BERTOLÍNIA-PI/PROCURADOR/2016)
No que se refere ao IPTU progressivo no tempo, o Estatuto das Cidades (Lei n.), limita a alí-
quota máxima a:
a) 15% (quinze por cento).
b) 5% (cinco por cento).
c) 20% (vinte por cento).
d) 30% (trinta por cento).
e) 10% (dez por cento).
032. (UFMT/DPE-MT/DEFENSOR PÚBLICO/2016) No tocante à aplicação da progressividade
no tempo ao imposto sobre a propriedade territorial urbana (IPTU), é correto afirmar:
a) A progressividade urbanística do IPTU é compreendida como modalidade de tributação ex-
cessiva com efeito semelhante ao confiscatório, uma vez que sua finalidade precípua é retirar
a propriedade imobiliária do particular para transferi-la ao Poder Público Municipal.
b) É medida com função nitidamente fiscal, pois visa aumentar a arrecadação do Município
mediante aumento progressivo das alíquotas do IPTU.
c) A instituição da progressividade no tempo confere ao IPTU uma função extrafiscal para ob-
tenção de certas metas que prevalecem sobre os fins meramente arrecadatórios de recursos
monetários.
d) A cobrança progressiva no tempo do IPTU está relacionada com a função social da proprie-
dade, razão pela qual atinge os proprietários de imóveis com menos tempo de utilização.
e) A progressividade urbanística do IPTU pode ser afastada quando o uso inadequado do imóvel
for justificado pela falta de recursos financeiros de seu proprietário.
033. (FCC/ELETROBRÁS/ADMINISTRAÇÃO/2016) Considere que determinado Município,
em face da queda de arrecadação de tributos que vem experimentando no exercício em curso,
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IPTU – Parte I
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GABARITO
1. d 13. e 25. d
2. c 14. c 26. d
3. b 15. d 27. a
4. e 16. d 28. c
5. e 17. c 29. c
6. c 18. a 30. a
7. c 19. a 31. a
8. a 20. e 32. c
9. d 21. a 33. b
10. d 22. c 34. d
11. d 23. d 35. a
12. C 24. a
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GABARITO COMENTADO
008. (CONSULTEC/ILHÉUS-BA/AUDITOR-FISCAL/2016) Compete ao Município instituir
impostos sobre, exceto
a) propriedade de automotores que circulem na área urbana.
b) propriedade predial e territorial urbana.
c) transmissão “intervivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre os imóveis, salvo os de garantia, bem como por cessão
de direitos à sua aquisição.
d) vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel.
e) serviços de qualquer natureza, não compreendidos na competência do Estado, definidos em
lei complementar.
Perceba que o enunciado da questão termina com a palavra exceto. Ou seja, o examinador quer
um tributo que não seja de competência municipal.
Inicialmente podemos eliminar as alternativas B, C e E que tratam, respectivamente, do IPTU,
do ITBI e do ISS.
A dúvida recai sobre as alternativas A e D. Na alternativa A temos o IPVA que é de competên-
cia Estadual. Na alternativa D temos o IVVC que não existe mais, porém, foi de competência
quando existiu.
A banca apontou a alternativa A como gabarito.
Letra a.
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
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Letra d.
Entretanto, não podemos nos esquecer que o DF possui competência hibrida, mesclando a
competência municipal e a estadual.
Letra d.
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
Dicler Ferreira
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IPTU – Parte I
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Letra c.
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IPTU – Parte I
Dicler Ferreira
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana
tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou
por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
Letra d.
O IPTU é um tributo lançado de ofício pelo sujeito ativo, que deve notificar o contribuinte para
que efetue o pagamento ou impugne a cobrança.
Letra c.
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IPTU – Parte I
Dicler Ferreira
O imposto real é aquele que incide sobre coisas (ex: IPTU, ICMS, IPI etc.), ou seja, as condições
pessoais são irrelevantes. Já no imposto pessoal as condições pessoais, tal como a capacidade
contributiva, são determinantes para a tributação (ex: Imposto de Renda).
Dessa forma, por ser um imposto real (incidente sobre a coisa), o IPTU não pode ser basear
na capacidade contributiva da pessoa, pois esta característica atinge os impostos pessoais.
Letra a.
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IPTU – Parte I
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Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana
tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por
acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
Letra e.
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana
tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou
por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
Letra a.
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IPTU – Parte I
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c) Sistema de esgotos sanitários e rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para
distribuição domiciliar.
d) Sistema de esgotos sanitários e escola primária a uma distância mínima de três quilômetros
do imóvel considerado.
e) Abastecimento de água e escola primária a uma distância mínima de três quilômetros do
imóvel considerado.
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal;
observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois)
dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
I – meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II – abastecimento de água;
III – sistema de esgotos sanitários;
IV – rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
V – escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel
considerado.
Letra c.
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IPTU – Parte I
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Art. 156, § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II,
o imposto previsto no inciso I poderá:
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e
II – Certa. A sua previsão legal está nos arts. 5º e 7º do Estatuto das Cidades.
Art. 5º Lei municipal específica para área incluída no plano diretor poderá determinar o parcela-
mento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado ou
não utilizado, devendo fixar as condições e os prazos para implementação da referida obrigação.
Art. 7º Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos na forma do caput do
art. 5º desta Lei, ou não sendo cumpridas as etapas previstas no § 5º do art. 5º desta Lei, o Muni-
cípio procederá à aplicação do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU)
progressivo no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos.
III – Errada. No art. 156, § 1º, I da CF, é destacada característica sobre o IPTU diversa da citada:
Art. 156, § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II,
o imposto previsto no inciso I poderá:
II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
Letra d.
Letra a.
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Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana
tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou
por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
c) Errada. A posse que enseja o fato gerador do IPTU é aquela exercida com animus domini.
d) Certa. Conforme comentários da alternativa anterior.
e) Errada. Também se admite a progressividade do IPTU para cumprimento da função social
da propriedade.
Letra d.
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c) capacidade contributiva.
d) extrafiscalidade.
e) essencialidade.
O IPTU é primariamente fiscal, ou seja, sua finalidade principal é arrecadar recursos para custear
a atividade estatal. Entretanto, no que tange ao IPTU progressivo no tempo, destaca-se o caráter
extrafiscal, pois tem o objetivo de intervir em uma situação social ou econômica.
Letra d.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 397 do STJ: O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do
carnê ao seu endereço.
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IPTU – Parte I
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JURISPRUDÊNCIA
Súmula 539 do STF: É constitucional a lei do Município que reduz o imposto predial
urbano sobre imóvel ocupado pela residência do proprietário, que não possua outro.
Letra a.
A situação apresentada, segundo entendimento do STF (ARE 694453 DF), é um caso de imuni-
dade tributária, o que impede o lançamento do IPTU.
Letra c.
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c) criar novo tributo, na forma de taxa e com a mesma base de cálculo do IPTU, mediante lei,
observados os princípios da anterioridade e anualidade.
d) estender a cobrança do referido imposto à propriedade territorial rural, mediante lei específica,
com vigência apenas a partir do exercício seguinte à sua publicação.
e) majorar alíquotas, de forma progressiva, com incidência ainda no exercício em curso, desde
que observada a anterioridade de 90 dias.
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IPTU – Parte I
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A questão tem como base a jurisprudência do STJ que se baseia no art. 15 do Decreto-Lei 57/1966.
JURISPRUDÊNCIA
DECISÃO DO STJ
STJ, Primeira Seção – REsp 1.112.646-SP, Rel. Min. Herman Benjamin julgado em
26/08/2009.
EMENTA
TRIBUTÁRIO. IMÓVEL NA ÁREA URBANA. DESTINAÇÃO RURAL. IPTU. NÃO-INCIDÊNCIA.
ART. 15 DO DL 57/1966. RECURSO REPETITIVO. ART. 543-C DO CPC
1. Não incide IPTU, mas ITR, sobre imóvel localizado na área urbana do Município, desde
que comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou
agroindustrial (art. 15 do DL 57/1966).
2. Recurso Especial provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e da Reso-
lução 8/2008 do STJ.
Letra a.
Dicler Ferreira
Ex-Auditor-Fiscal do Estado da Paraíba, Ex-Auditor-Fiscal de Tributos do Município de São Paulo e atual
Conselheiro Substituto do TCM-RJ (aprovado em 2º lugar). Também foi aprovado nos concursos de
Auditor-Fiscal do Estado do Rio Grande do Sul e Conselheiro Substituto do TCE-AM. Ministra aulas das
disciplinas Direito Civil, Direito Penal e Legislação Tributária Municipal.
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