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LEGISLAÇÃO

TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I

Livro Eletrônico
 

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
Dicler Ferreira

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
IPTU – Parte I.. ....................................................................................................................................................................8
Introdução aos Tributos Municipais. . ....................................................................................................................8
Limitações da Competência Tributária. ...............................................................................................................11
Características Doutrinárias do IPTU. ................................................................................................................13

O IPTU na Constituição Federal de 1988. ..........................................................................................................14


O IPTU no Código Tributário Nacional. ...............................................................................................................16
O IPTU no STF...................................................................................................................................................................21
O IPTU no STJ....................................................................................................................................................................23
Resumo................................................................................................................................................................................27
Questões Comentadas em Aula.. ............................................................................................................................31
Questões de Concurso................................................................................................................................................34
Gabarito...............................................................................................................................................................................43
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................44

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
Dicler Ferreira

Apresentação
Querido(a) aluno(a), eu me chamo Dicler Forestieri Ferreira, atualmente ministro aulas
de Direito Civil, Direito Penal, Direito Empresarial e Legislação Tributária Municipal aqui no
Gran Cursos.
Ocupei, por nove anos e meio, o cargo de Auditor-Fiscal Tributário do Município de São
Paulo (ISS-SP). Fui aprovado em SP no concurso de 2006 e entrei em exercício no ano de
2007. Antes deste concurso também exerci o cargo de Auditor-Fiscal de Tributos do Estado da
Paraíba (ICMS-PB – concurso em 2006) e fui oficial da Marinha do Brasil durante doze anos
e meio; além de ter sido aprovado em 6o lugar para o concurso de Auditor-Fiscal de Tributos
do Estado do Rio Grande do Sul (ICMS-RS - 2006).
Após algum tempo somente dando aulas, retomei os estudos e fui aprovado em 16º lugar
no TCE-AM em 2015 (Auditor-Substituto de Conselheiro) e em 2º lugar no TCM-Rio (Tribunal
de Contas do Município do Rio de Janeiro) em 2015/2016 (Conselheiro-Substituto), cargo
que ocupo atualmente.
Por ter sido aprovado em alguns excelentes concursos, creio ter condições de lhe dizer
qual a melhor forma para conseguir tal sucesso. Entretanto, nem só de glórias é feita a vida
de um “concurseiro”, pois também fiquei reprovado em outros treze concursos. Ou seja, creio
que também sei o que não deve ser feito para ser reprovado.
Além de ter escrito dois livros de Direito Penal, sou coautor de dois livros de questões
comentadas de Direito Civil, um da antiga banca CESPE/UnB, atual CEBRASPE, e outro da
Fundação Carlos Chagas.

Com isso, espero poder ajudá-lo nessa árdua caminhada que é a preparação para con-
cursos públicos.
Sobre o edital publicado em 22/05/2023, o conteúdo programático de Legislação Especí-
fica abrange os seguintes tópicos:
1. Tributos de Competência do Município e sua regulamentação na Constituição Federal
de 1988, nas leis complementares de caráter nacional pertinentes e na legislação tributária
do Município do Rio de Janeiro.

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2. Limitações da Competência Tributária.


3. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza: Obrigação Principal, fato gerador e in-
cidência, não-incidência. Contribuintes e responsáveis; solidariedade; substituição tributária.
Base de cálculo. Alíquotas. Isenções; incentivos fiscais. Arbitramento e estimativa. Pagamen-
to. Obrigações Acessórias. Infrações e penalidades; multas. Art. 8º a 51-A, Lei Municipal nº
691/1984 do Município do Rio de Janeiro e suas alterações – Código Tributário Municipal.
4. Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana: Obrigação principal, fato ge-
rador e incidência. Sujeito Passivo. Base de cálculo. Alíquotas. Lançamentos. Pagamento.
Isenções, incentivos fiscais. Obrigações acessórias. Penalidades. Art. 52 a 86, Lei Municipal
nº 691/1984 do Município do Rio de Janeiro e suas alterações – Código Tributário Municipal.
5. Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de Direitos a Eles Relativos, Realizada
Inter Vivos, por Ato Oneroso: Obrigação principal, fato gerador e incidência, não incidência.
Sujeito passivo, solidariedade. Base de Cálculo, arbitramento. Alíquotas. Lançamento. Paga-
mento. Isenções. Suspensão. Penalidades. Obrigações acessórias. Art. 3º a 33, Lei Municipal
nº 1.364/1988 do Município do Rio de Janeiro e suas alterações.
6. Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública – COSIP. Lei Municipal nº
5.132/2009.
7. Normas Gerais Tributárias: Campo de aplicação, obrigação tributária, Crédito tributário,
Dívida Ativa, Fiscalização, Penalidades em Geral, Apreensões, Responsabilidade. Art. 161 a
241, Lei Municipal nº 691/1984 do Município do Rio de Janeiro e suas alterações – Código
Tributário Municipal.
8. Atualização monetária dos valores da legislação e dos créditos da Fazenda Pública,
Lei Municipal nº 3.145/2000.
Além disso, também tivemos a parte relativa ao Processo Administrativo Tributário. Vejamos:
Decreto nº 14.602, de 29/02/1996 e suas atualizações.
1. Procedimentos e processos administrativo-tributários: Definição, início, instrução, prepa-
ro. Postulantes. Petições. Atos e termos processuais. Intimação. Prazos. Provas. Nulidades.
2. Procedimento Prévio de Ofício: Início, Exclusão da espontaneidade da parte obrigada
ao cumprimento da legislação. Prazo de conclusão. Denúncia e representação. Termos de
arrecadação e apreensão. Auto de constatação. Nota ou notificação de lançamento. Auto de
Infração. Lançamento Eletrônico de Créditos Tributários Apurados com Base no Sistema da
NFS-e – Nota Carioca. Revisão de ofício de lançamento.
3. Processo Contencioso: Contraditório. Instauração do processo. Impugnação - apresenta-
ção, elementos, pagamento por parte não impugnada, trâmite. Prazos e perempção. Vedação
de utilização da equidade. Primeira Instância e recursos ao julgamento de primeira instância.
Segunda Instância. Instância especial. Eficácia e execução das decisões. Impugnação ao valor
venal de imóveis. Contencioso Relativo aos Lançamentos Eletrônicos de Créditos Tributários
Apurados com Base no Sistema da NFS-e – Nota Carioca.

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4. Procedimento Normativo: Consulta. Reconhecimento de isenção, imunidade e não


incidência. Normatividade das decisões. 5. Procedimentos Especiais: Restituição do Indébi-
to Tributário. Utilização de Indébitos Para Amortização de Créditos Tributários. Revisão de
Elementos Cadastrais de Imóveis. Revisão do Valor Venal de Imóveis em Procedimento Não
Litigioso. Depósito Administrativo. Alegação e Transposição de Pagamento de IPTU e dos
tributos e contribuições administrados pela Coordenadoria do IPTU.
Antes de começarmos, para dirimir qualquer possível dúvida inicial, é importante tecermos
algumas observações a respeito do conteúdo programático:
1) A parte das Taxas cobradas no Município do Rio de Janeiro não foi contemplada no
edital. Sendo assim, caso não haja alteração, não iremos estuda-la. Se, porventura, o tema for
inserido posteriormente no edital, teremos uma aula extra abordando o tema.
2) Dentre as contribuições, somente a COSIP consta no edital. Entretanto, acho pertinente
também abordarmos a Contribuição de Melhoria. Assim, ela será abordada junto com a COSIP.
3) O tema Nota Fiscal de Serviços eletrônica será ministrado por mim. Porém, será objeto
de uma aula específica dentro da disciplina Auditoria Fiscal Eletrônica.
4) O assunto Simples Nacional será ministrado por outro professor.

Característica das Questões de Legislação Tributária


Tendo como referência os concursos para fiscos municipais mais recentes (ISS Manaus,
ISS Criciúma, ISS BH etc.), percebe-se que é comum as bancas mesclarem questões que
cobram a literalidade da lei com questões que apresentam casos práticos para aplicação de
conceitos. Sendo assim, ao longo de nosso curso teremos questões abordando essas duas
características.
Inclusive, como se trata de uma disciplina sem um grande histórico de questões, como
ocorre, por exemplo, em Direito Constitucional ou Contabilidade, muitas vezes eu irei criar
questões para simular como banca pode cobrar determinados conceitos.

Metodologia
Sempre que possível a abordagem dos assuntos será feita respeitando-se a hierarquia/
abrangência das normas.

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A pirâmide acima leva em consideração a hierarquia e a abrangência das normas. Sendo


assim, uma norma geral deve ser estudada antes da norma municipal. Para exemplificar, ao
estudar o IPTU iremos abordar primeiro os dispositivos da CF, posteriormente os do CTN, a
jurisprudência do STF e do STJ e, por último, as normas municipais.
Além disso, tenha em mente as seguintes dicas:
• Leia cada aula pelo menos duas vezes. Na primeira leitura, não conseguimos absorver
todo o conteúdo, e é comum esquecermos muitas coisas. Além disso, somente após a
segunda leitura que conseguimos fixar o que é realmente importante de cada matéria.
• Perceba que os pontos mais importantes são destacados em cores e esquemas gráficos.
• Faça muitos exercícios, e tente criar uma rotina de revisões. Revisar é a melhor forma de
fixar as matérias.
• Procure fazer um planejamento das matérias que você precisa estudar. Tente colocar
matérias mais fáceis misturadas com as mais difíceis. Misturando as fáceis e difíceis,
fica mais fácil superar a dificuldade de estudar diversas disiciplinas, porque quando can-
samos de uma, descansamos com a outra.
• Procure tirar um dia da semana para descanso. Experiência própria, o cansaço só atrapalha.
“Busque sempre fazer hoje um pouco melhor do que você fez ontem. Assim o sucesso
é trilhado.”

Mensagem de Motivação
Antes de começarmos, tenho uma mensagem para você que está trilhando essa difícil
jornada que é estudar para concursos públicos. Acredite que é possível. Mesmo nos mo-
mentos de cansaço e estresse, continue acreditando e estude muito, pois o resultado final é
recompensador.
Veja as imagens a seguir:

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É muito bom ver o seu nome na lista e dentro da quantidade de vagas. Alguns acham que
isso é muito difícil e estão certos. Mas não é impossível. Vejam um exemplo:

Se eu fui aprovado em um concurso com apenas duas vagas na ampla concorrência, você
também pode ser aprovado, basta fazer por onde e acreditar.

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IPTU – PARTE I

Introdução aos Tributos Municipais


Vamos dar início à nossa aula visualizando quais são os tributos que podem ser cobrados
pelos municípios, ou seja, quais são os tributos de competência municipal.
O nosso legislador constituinte atribuiu a todos os entes da Federação (União, Estados,
Distrito Federal e Municípios) a competência para instituir alguns tributos, conforme dispõe
o art. 145 da CF:

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos:
I – impostos;
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

Esquematizando, temos o seguinte:

Um pouco mais adiante, no art. 149 -A da CF, observamos mais uma espécie de tributo.
Trata-se da COSIP (Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública)

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Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir Contribuição, na forma das respec-
tivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de con-
sumo de energia elétrica

Além da COSIP, os Municípios, juntamente com os outros entes, podem instituir uma outra
contribuição, conforme prevê o art. 149, §1º da CF. Trata-se da Contribuição para o Custeio
do Regime Próprio de Previdência dos Servidores Municipais.

Art. 149, § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus
servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja
alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.

E quais são os impostos municipais?


A resposta é dada pelo art. 156 da CF.

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:


I – propriedade predial e territorial urbana;
II – transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza
ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição;
III – serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complemen-
tar. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 3, de 1993)
IV – (Revogado pela Emenda Constitucional n. 3, de 1993)

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CURIOSIDADE
Você já ouviu falar sobre o IVVC?
O Imposto sobre Vendas a Varejo de Combustíveis Líquidos e Gasosos (IVVC) é um ex-
tinto imposto brasileiro.
Era um imposto municipal, ou seja, somente os municípios tinham competência para
instituí-lo (Art.156, IV, da Constituição Federal). O IVVC estava previsto na redação original da
Constituição de 1988, mas foi extinto pela Emenda Constituicional n. 3, de 1993.
O IVVC tinha como fato gerador a venda, a varejo, de combustíveis líquidos ou gasosos,
exceto vendas de óleo diesel e gás liquefeito para uso domiciliar.
Os contribuintes do imposto eram as pessoas físicas ou pessoas jurídicas que vendiam
combustíveis líquidos ou gasosos a varejo.
A alíquota utilizada era estabelecida pelo legislador municipal, mas não poderia ser su-
perior a três por cento. A base de cálculo era o preço de venda, a varejo, dos combustíveis
líquidos ou gasosos.
A função do IVVC era tipicamente fiscal. Sua finalidade era a obtenção de recursos finan-
ceiros para os municípios.
A grande fonte de arrecadação sobre os derivados de petróleo, no entanto, não foi deixada
pelo Brasil. Além da incidência do IPI, sobre os produtos industrializados, e do ICMS, sobre
mercadoria, conceitos em que os derivados de petróleo se encaixam, hoje se cobra ainda o
CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) especificamente sobre os deriva-
dos em petróleo.
Em síntese, para que possamos começar efetivamente, a tabela a seguir demonstra os
tributos municipais que serão estudados no decorrer do curso:

TRIBUTOS MUNICIPAIS

ISS – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza

IMPOSTOS IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana

ITBI – Imposto sobre Transmissão “inter vivos” de Bens Imóveis e de


Direitos Reais a eles relativos

Taxas pelo Exercício Regular do Poder de Polícia


TAXAS
Taxas pela Prestação de Serviços Públicos

CM – Contribuição de Melhoria

CONTRIBUIÇÕES COSIP – Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública

CRPPS – Contribuição para o Custeio do Regime Próprio de Previdência


dos Servidores Municipais.

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IPTU – Parte I
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001. (CAIP-IMES/CÂMARA MUNICIPAL DE ATIBAIA-SP/ADVOGADO/2016) Compete aos


Municípios instituir impostos sobre:
I – propriedade predial e territorial urbana.
II – transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza
ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão
de direitos a sua aquisição;
III – serviços de qualquer natureza, inclusive compreendendo os previstos no artigo 155, II
(operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se
iniciem no exterior), definidos em lei complementar.
É correto o que se afirma apenas em:
a) II e III.
b) III.
c) I e III.
d) I e II.

Análise das afirmativas:


I – Certa. Vide art. 156, I da CF.
II – Certa. Vide art. 156, II da CF.
III – Errada. A assertiva mistura conceitos relativos ao ISS e ao ICMS, pois os serviços com-
preendidos no art. 155, II são de competência dos Estados.
Relembremos o art. 156, III da CF.

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:


III – serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complemen-
tar. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 3, de 1993)

Letra d.

Limitações da Competência Tributária


Esse assunto é semelhante ao que você já estudou em Direito Tributário na parte consti-
tucional referente às limitações do poder de tributar (arts. 150 a 152 da CF). Assim, para não
repetir tudo que você já estudou, vou apenas reproduzir os dispositivos do CTMRJ que tratam
do tema e você perceberá que não há qualquer diferença. Para ajudar, coloquei o nome da
imunidade ou do princípio no dispositivo correspondente.

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Art. 3º Os impostos municipais não incidem sobre:
I – o patrimônio ou os serviços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (imu-
nidade recíproca)
II – os templos de qualquer culto; (imunidade religiosa)
III – o patrimônio ou os serviços dos partidos políticos inclusive suas funções, das entidades sindi-
cais dos trabalhadores e das instituições de educação e de assistência social,sem fins lucrativos,
atendidos os seguintes requisitos: (imunidade privada)
1. não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título;
2. aplicarem, integralmente, no país os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais;
3. manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades ca-
pazes de assegurar sua exatidão.
§ 1º O disposto neste artigo não exclui a atribuição, por lei, às entidades nele referidas da condição
de responsáveis pelos tributos que lhes caiba reter na fonte e não as dispensa da prática de atos,
previstos em lei, assecuratórios do cumprimento de obrigações tributárias por terceiros.
§ 2º O dispositivo no inciso I (imunidade recíproca) não se aplica ao patrimônio e aos serviços rela-
cionados com a exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis e empreen-
dimentos privados, ou que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário,
nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente a bem imóvel.
§ 3º - A não incidência referida nos incisos II e III (imunidades religiosa e privada) compreende
somente o patrimônio e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades
neles mencionadas.
§ 4º Os impostos municipais incidem sobre o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com
a exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos
privados realizados em território municipal pela União, Estados ou Municípios, diretamente por
entidade de administração indireta ou mediante concessão ou permissão, assim como em que
haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário.
§ 5º Os requisitos condicionadores da não incidência deverão ser comprovados perante a repartição
fiscal competente, na forma pelo Poder Executivo.
Art. 4º O dispositivo no inciso I do art. 3º (imunidade recíproca) observados os seus parágrafos
1º, 2º, 3º, e 5º, e extensivo às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, que se refere
ao patrimônio e aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou delas decorrentes.
Art. 5º A falta de cumprimento dos requisitos do inciso III do art. 3º (imunidade privada), ou das
disposições do seu § 1º, implicará a suspensão do benefício.
Art. 6º É vedado ao Município.
I - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua
procedência ou destino; (Princípio da Não Diferenciação)
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional; ou função por eles exercida, in-
dependente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos. (Princípio da Isonomia
ou Igualdade)

Vale ressaltar um assunto que foi recentemente cobrado pela Banca FGV na prova dis-
cursiva para a SEFAZ-MG.

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Perceba que a imunidade religiosa (templos de qualquer culto) não é incondicionada, ou


seja, não está sujeita aos três requisitos da imunidade privada. Ou seja, para os templos de
qualquer culto gozarem o benefício da imunidade religiosa, não há necessidade de:
• não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título;
• aplicarem, integralmente, no país os seus recursos na manutenção dos seus objetivos
institucionais;
• manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades
capazes de assegurar sua exatidão.
Por outro lado, tanto a imunidade religiosa, como a imunidade privada compreendem so-
mente o patrimônio e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades
neles mencionadas.

Características Doutrinárias do IPTU

Trata-se de um imposto:
• Real: incide sobre uma coisa (propriedade imobiliária urbana) e, por isso, não pode ser
basear na capacidade contributiva da pessoa, pois esta característica atinge os impostos
pessoais;
• Direto: o próprio contribuinte é quem suporta o encargo financeiro da tributação (não há
repercussão econômica);
• Fiscal: a função precípua deste imposto é a arrecadação (imposto fiscal). Vale ressaltar,
no entanto, que, em alguns casos, ele poderá assumir também um caráter extrafiscal
(forma de estimular o cumprimento da função social da propriedade), como é o caso do
IPTU progressivo no tempo;
• Progressivo: pode ser progressivo no tempo caso a propriedade não esteja cumprindo
sua função social (art. 182, § 4º da CF), além de poder ser progressivo em razão do valor
do imóvel (art. 156, § 1º, I da CF);

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• Periódico ou Continuado: significa que seu fato gerador se dá de forma duradoura e es-
tável, bem como de forma periódica. Ele leva um período para se completar, geralmente
de um ano.

O IPTU na Constituição Federal de 1988


A Constituição Federal estipula a competência municipal para instituir o IPTU através do
art. 156, representado a seguir:

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:


I – propriedade predial e territorial urbana;

Ainda no art. 156 da CF, são destacadas três características inerentes ao IPTU e que são
muito cobradas em provas de concursos.
Veja a seguir:

§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto
previsto no inciso I poderá:
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e
II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

1. Progressividade em razão do valor venal do imóvel: veremos que, quanto maior for o
valor venal do imóvel, maior será o acréscimo que deverá ser adicionado ao valor do IPTU;
2. Diferenciação de alíquota de acordo com a localização do imóvel: um município pode,
por exemplo, usar alíquotas maiores para imóveis localizados em bairros mais nobres;
3. Diferenciação de alíquota de acordo com o uso do imóvel: um município pode, por
exemplo, usar alíquotas maiores para imóveis que não tenham uso residencial.
Veja que essas três características não são obrigatórias, pois o dispositivo utiliza a palavra
poderá. Sendo assim, a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro adotou em sua legislação as
características 1 (Progressividade em razão do valor venal do imóvel) e 3 (Diferenciação de
alíquota de acordo com o uso do imóvel).
Também prevê o art. 156 da CF, em observância ao Princípio da Função Social da Pro-
priedade, a possibilidade de cobrança do IPTU progressivo no tempo, juntamente com o art.
182, § 4º, II da CF:

Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano
diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado
ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I – parcelamento ou edificação compulsórios;

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IPTU – Parte I
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II – imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III – desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais
e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

Ou seja, o IPTU progressivo no tempo é uma das medidas que tem por finalidade desesti-
mular a manutenção de propriedades improdutivas, sendo possível o aumento sucessivo da
alíquota até o limite de 15%, conforme previsão no art. 7º do Estatuto das Cidades.

Do IPTU progressivo no tempo


Art. 7º Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos na forma do caput do
art. 5º desta Lei, ou não sendo cumpridas as etapas previstas no § 5º do art. 5º desta Lei, o Muni-
cípio procederá à aplicação do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU)
progressivo no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos.
§ 1º O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na lei específica a que se refere o
caput do art. 5º desta Lei e não excederá a duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada
a alíquota máxima de quinze por cento.

Pelo art. 182, § 4º, da CF, percebe-se que o Poder Público municipal, para se fazer cumprir
a Função Social da Propriedade, não pode adotar diretamente a cobrança do IPTU progressivo
no tempo, devendo obedecer às fases estabelecidas nos incisos, ou seja, após não serem
cumpridas as regras do parcelamento, edificação ou utilização compulsórios.

FASE 1 FASE 2 FASE 3

Parcelamento ou Desapropriação com


IPTU progressivo
edificação ou utilização pagamento em títulos
no tempo
compulsórios da dívida púbica

Ainda é importante salientar que a situação do IPTU progressivo no tempo deve ser regu-
lada por cada município em sua respectiva legislação.
Segue uma tabela resumo sobre as características constitucionais do IPTU:

CARACTERÍSTICAS CONSTITUCIONAIS DO IPTU

• Progressividade em razão do valor venal do imóvel;


• Diferenciação de alíquota de acordo com a localização do imóvel;
• Diferenciação de alíquota de acordo com o uso do imóvel; e
• Possibilidade de cobrança do IPTU progressivo no tempo.

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IPTU – Parte I
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002. (FGV/TCE-RJ/AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO/2015) O Município Alfa altera


a legislação do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), que, graças
às inovações introduzidas, passa a ter alíquotas (i) diferenciadas pela localização do imóvel;
e (ii) progressivas conforme o valor do imóvel. Nesse contexto, é correto afirmar que:
a) é constitucional a inovação introduzida no item (i), apenas;
b) é constitucional a inovação introduzida no item (ii), apenas;
c) é constitucional a inovação introduzida em ambos os itens;
d) é inconstitucional a inovação introduzida em ambos os itens, pois a diferenciação e a pro-
gressividade de alíquota do IPTU é tema reservado à lei complementar nacional;
e) é inconstitucional a inovação introduzida em ambos os itens, pois nem mesmo por lei com-
plementar se admite a diferenciação e a progressividade de alíquota do IPTU em razão da
localização e do valor do imóvel.

Conforme previsão no art. 156, § 1º, da CF, as duas inovações introduzidas são constitucionais.
Letra c.

Novidade!
Ainda sobre as características constitucionais do IPTU, temos o art. 156, § 1º-A, da CF,
incluído pela Emenda Constitucional n. 116, de 2022, que estendeu a imunidade religiosa
acarretando não incidência de IPTU quando os imóveis utilizados pelos templos de qualquer
culto não sejam de sua propriedade, mas decorram de contrato locatício. Vejamos:

§ 1º-A O imposto previsto no inciso I do caput deste artigo não incide sobre templos de qualquer
culto, ainda que as entidades abrangidas pela imunidade de que trata a alínea “b” do inciso VI do
caput do art. 150 desta Constituição sejam apenas locatárias do bem imóvel.

O IPTU no Código Tributário Nacional


Quando a análise é sobre o Código Tributário Nacional (CTN), são demasiadamente im-
portantes os arts. 32 a 34 reproduzidos a seguir.
Inicialmente merecem destaque e devem ser estudados em conjunto os arts. 32 e 34, pois
um é consequência do outro; ou seja, o fato gerador tem como consequência a identificação
do contribuinte como sujeito passivo.

Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana
tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou
por acessão física, como definido na Lei Civil, localizado na zona urbana do Município.

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Esquematizando o artigo temos o seguinte:

Analisando o final do art. 32 do CTN, percebe-se que o Direito Tributário “pega emprestado”
alguns conceitos do Direito Civil. Dessa forma, faz-se necessário esclarecermos o que vem
a ser bem imóvel por natureza e bem imóvel por acessão física.
• Bem imóvel por natureza: é o solo, o terreno, ou seja, representa a parte territorial do IPTU.
• Bem imóvel por acessão física: é tudo que adere ao solo através da ação humana, tal
como as construções, ou seja, é a parte predial do IPTU.
Veja o art. 79 do Código Civil:

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

Voltando ao art. 34 do CTN:

Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil ou o seu
possuidor a qualquer título.

Podemos dividir os contribuintes do IPTU em três grandes grupos:


• proprietários: são as pessoas que estão registradas na matrícula do cartório de imóveis;
• titular do domínio útil: é o caso do enfiteuta; e
• possuidor: são as pessoas que têm a posse com animus domini, ou seja, com a intenção
de permanecer definitivamente com o bem.

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Resumidamente temos o seguinte:

Veja a jurisprudência do STJ sobre a posse com animus domini:

JURISPRUDÊNCIA
Na esteira dos prudentes do direito com assento no Colendo Superior Tribunal de Jus-
tiça, em que pese a expressão “possuidor a qualquer título” contida no art. 32 do CTN, a
obrigação tributária do IPTU não pode recair sob qualquer possuidor. Nesse contexto, a
posse apta a gerar a obrigação tributária é aquela qualificada pelo animus domini, ou seja,
a que efetivamente esteja em vias de ser transformada em propriedade, seja por meio
da promessa de compra e venda, seja pela posse ad usucapionem. (Resp 1091198/PR)

Ainda no art. 32, temos a definição do que vem a ser área urbana no § 1º:

§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal;
observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois)
dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
I – meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II – abastecimento de água;
III – sistema de esgotos sanitários;
IV – rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
V – escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel
considerado.

Podemos concluir que, se o local definido em lei municipal tiver, pelo menos, dois dos me-
lhoramentos citados, trata-se de uma zona urbana, caso contrário, trata-se de uma zona rural.
Tenha atenção com as inúmeras “pegadinhas” que podem ser feitas pela banca examinadora.

MELHORAMENTOS QUE NÃO DEVEM SER CONSIDERADOS NA DEFINIÇÃO DA ÁREA URBANA:

• sistema de transporte coletivo;


• distribuição elétrica domiciliar;
• asfaltamento de vias públicas;
• posto policial;
• coleta de lixo.

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003. (ESAF/ISS/RIO DE JANEIRO-RJ/2010) Para efeitos do IPTU, assinale a opção em


que há ao menos dois melhoramentos necessários para que o imóvel seja considerado de
zona urbana.
a) Coleta de lixo e abastecimento de água.
b) Meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais, e escola primária a uma distância
máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.
c) Sistema de esgotos sanitários e coleta de lixo.
d) Rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar, e posto
policial a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.
e) Posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado e
coleta de lixo.

Como a coleta de lixo não é um melhoramento a ser considerado na definição de área urbana,
podemos eliminar as alternativas A, C e E. Além disso, a alternativa D cita o posto policial que
também está errado.
Dessa forma, a única alternativa que apresenta melhoramentos definidos no art. 32, § 1º, do
CTN é a B.
Letra b.

A definição de área urbana sobre a qual recai o IPTU não fica limitada a esses melhoramen-
tos, pois também pode ser considerada a área urbanizável ou de expansão urbana, conforme
prevê o art. 32, § 2º do CTN:

§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana,


constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à
indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do pa-
rágrafo anterior.

As zonas de expansão urbana são áreas contíguas às zonas urbanas, de baixa densida-
de populacional, dedicadas a atividades rurais e destinadas como reserva para a expansão
urbana numa projeção de vinte anos.
Perceba que, para as áreas localizadas na zona de expansão urbana serem consideradas
urbanas, não há necessidade de possuirem, no mínimo, os dois melhoramentos citados no
art. 32, § 1º do CTN. Inclusive, esse é o entendimento do STJ.

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JURISPRUDÊNCIA
Súmula 626 do STJ: A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área considerada pela
lei local como urbanizável ou de expansão urbana não está condicionada à existência
dos melhoramentos elencados no art. 32, § 1º, do CTN.

004. (FGV/ISS/CUIABÁ-MA/AUDITOR-FISCAL/2014/ADAPTADA) Francisco é proprietário


de imóvel localizado em área de expansão urbana constante de loteamento aprovado pelos
órgãos competentes, mas a área não é dotada de nenhum dos cinco melhoramentos que o
Art. 32, § 1º, do Código Tributário Nacional considera necessários (ao menos dois deles) para
que a área possa ser considerada como zona urbana. Nesse cenário, é correto afirmar que o
IPTU sobre o imóvel em questão incide
a) quando presente ao menos um dos cinco melhoramentos indicados no Art. 32, § 1º, do Có-
digo Tributário Nacional.
b) quando presentes ao menos dois dos cinco melhoramentos indicados no Art. 32, § 1º, do
Código Tributário Nacional.
c) quando presentes ao menos três dos cinco melhoramentos indicados no Art. 32, § 1º, do
Código Tributário Nacional.
d) quando presentes ao menos quatro dos cinco melhoramentos indicados no Art. 32, § 1º, do
Código Tributário Nacional.
e) desde logo, pois é inaplicável a exigência dos melhoramentos indicados no Art. 32, § 1º, do
Código Tributário Nacional.

Questão fundamentada na Súmula 626 do STJ.


Letra e.

Prosseguindo, vejamos o art. 33 do CTN:

Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.


Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis
mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, explo-
ração, aformoseamento ou comodidade.

Nota-se que temos como base de cálculo do IPTU o valor venal do imóvel (VVI). Tal valor
é atribuído pela prefeitura com base em diversos fatores, dentre eles a localização do imóvel,
o padrão (pobre e rico), etc.
Para a definição do valor venal não são levados em consideração os bens móveis (per-
tenças) mantidos no imóvel, tais como televisão, sofás, quadros etc.

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IPTU – Parte I
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005. (FGV/ISS-OSASCO/FISCAL TRIBUTÁRIO/2014) O proprietário de um bem imóvel


localizado na zona urbana de determinado Município deve recolher anualmente um tributo
em decorrência dessa propriedade, o IPTU. A base de cálculo desse imposto e o tipo de lan-
çamento são, respectivamente:
a) valor da terra nua e lançamento de ofício;
b) valor venal do imóvel e lançamento por homologação;
c) valor de mercado e lançamento por declaração;
d) valor da terra nua e lançamento por declaração;
e) valor venal do imóvel e lançamento de ofício.

Conforme prevê o art. 33 do CTN, a BC do IPTU é o valor venal do imóvel. Ademais, estudamos
que o tipo de lançamento utilizado, em regra, é o direto ou de ofício.
Letra e.

O IPTU no STF
Cabe também relembrarmos três súmulas do STF que tratam do imposto em questão, o IPTU:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 52: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o
imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constitui-
ção Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais
tais entidades foram constituídas.

A Súmula Vinculante 52 estabelece uma interpretação extensiva da imunidade privada


prevista no art. 150, VI, “c”, da CF.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucra-
tivos, atendidos os requisitos da lei;

006. (VUNESP/PREFEITURA DE MOGI DAS CRUZES-SP/PROCURADOR/2016) O convento


das Irmãzinhas de Santo Afrânio alugou parte de suas instalações para uma escola particular pelo
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valor de R$ 3.000,00 por mês. O produto do aluguel é destinado a uma creche que o convento
mantém para crianças carentes que nela recebem educação formal, religiosa e alimentação.
A prefeitura do município onde se localiza o convento, contudo, está a lhe exigir o imposto
predial e territorial urbano. A exação, em tal situação, é
a) devida, pois a locação é atividade regida pelo direito privado que em nada se confunde com
as atividades essenciais do convento.
b) devida porque, na medida em que o convento celebrou contrato de locação, a isenção de que
gozava em relação ao imposto deixa de se justificar.
c) indevida porque, ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel per-
tencente ao convento, na medida em que o valor dos aluguéis é aplicado nas atividades para
as quais foi constituído.
d) indevida porque as entidades religiosas e assistenciais são anistiadas de qualquer imposto,
em razão do caráter que ostentam, pouco importando se alugam ou não suas propriedades.
e) indevida porque quem deve arcar com o imposto é a escola locatária em razão do contrato
celebrado com o convento.

A questão trata de um caso hipotético em que deve ser aplicada a Súmula Vinculante 52 esta-
belecendo interpretação extensiva à imunidade privada.
Letra c.

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 539 do STF: É constitucional a lei do Município que reduz o imposto predial
urbano sobre imóvel ocupado pela residência do proprietário, que não possua outro.

A Súmula 539 do STF, por sua vez, possibilita que o Município estabeleça uma redução do
imposto predial para proprietários que possuem apenas um imóvel e nele residem. Trata-se
de um estímulo à política pública de moradia e habitação.

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 668 do STF: É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da
emenda constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada
a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana.

Quanto à Súmula 668 do STF, imagine que, antes da EC 29/2000, um determinado mu-
nicípio tenha editado uma lei estabelecendo alíquotas progressivas para o IPTU, sem haver
qualquer relação com a função social da propriedade urbana. Obviamente devemos concluir
que tal lei deve ser declarada inconstitucional.
Entretanto, a pergunta que eu faço para você é: com a declaração de inconstitucionalidade,
os contribuintes estarão dispensados de pagar o IPTU?
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A resposta é negativa. O fato de ter sido declarada inconstitucional a progressividade das


alíquotas não inviabiliza a cobrança do IPTU. De acordo com a teoria da divisibilidade da lei,
somente se deve proferir a inconstitucionalidade das normas viciadas, não devendo estender
o juízo de censura às outras partes da lei. Nesse sentido, a lei municipal só seria inconstitu-
cional no tocante à progressividade das alíquotas, de modo que a solução mais adequada é
manter a exigibilidade do tributo.
Qual será, no entanto, a alíquota que deverá ser paga? Suponha que João possui um imóvel
avaliado em R$ 2 milhões, ele pagará o IPTU com base em qual alíquota?
Declarada inconstitucional a progressividade de alíquota tributária, é devido o tributo calculado
pela alíquota mínima correspondente, de acordo com a destinação do imóvel. Segundo decidiu o
STF, o reconhecimento da inconstitucionalidade da progressividade do IPTU não afasta a cobrança
total do tributo. Esta, no entanto, deve ser realizada pela forma menos gravosa prevista em lei.
O STF firmou a seguinte tese: “Declarada inconstitucional a progressividade de alíquota
tributária, é devido o tributo calculado pela alíquota mínima correspondente, de acordo com
a destinação do imóvel.” STF. Plenário. RE 602347/MG, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em
4/11/2015 (repercussão geral) (Info 806).

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 583 do STF: Promitente-comprador de imóvel residencial transcrito em nome
de autarquia é contribuinte do imposto predial territorial urbano.

Sobre a Súmula 583 do STF, como o promitente-comprador pode ser considerado possui-
dor com animus domini ou titular de domínio útil, então o STF entende que ele é contribuinte
do IPTU em se tratando de imóvel residencial.

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 589 do STF: É inconstitucional a fixação de adicional progressivo do imposto
predial e territorial urbano em função do número de imóveis do contribuinte.

Finalizando este tópico, como o IPTU é um imposto real, o STF entende que é inconstitu-
cional a fixação de adicional progressivo do imposto predial e territorial urbano em função
do número de imóveis do contribuinte. Tal pressuposto está relacionado com a capacidade
contributiva do contribuinte, característica inerente aos impostos pessoais.

O IPTU no STJ
Quase terminando a abordagem geral do IPTU, seguem as súmulas do STJ sobre o assunto:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 160 do STJ: É defeso, ao município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em per-
centual superior ao índice oficial de correção monetária.

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Ou seja, o município só pode atualizar o IPTU, por decreto, respeitando o índice oficial de
correção monetária (índice oficial de inflação).

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 397 do STJ: O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do
carnê ao seu endereço.

No município do Rio de Janeiro, veremos que, além do envio das notificações pelos cor-
reios, os contribuintes também são notificados por edital.

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 399 do STJ: Cabe à legislação municipal estabelecer o sujeito passivo do IPTU.

Veja que o CTN define o contribuinte do Imposto, mas o sujeito passivo é um conceito
mais amplo, que abrange também os responsáveis. Nesse sentido, cabe à legislação muni-
cipal sua definição.

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 614 do STJ: O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação
jurídico-tributária de IPTU e de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir
indébito desses tributos.

Tendo em vista que o locatário não é possuidor com animus domini, então o STJ entende
que ele não tem legitimidade ativa para discutir a relação jurídico-tributária de IPTU e de taxas
referentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito desses tributos.
Outro assunto que tem sido muito cobrado em provas de concursos diz respeito a uma
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) relacionada à incidência de ITR (Impos-
to sobre a Propriedade Territorial Rural) em imóvel localizado na área urbana, mas que seja
utilizado para atividade rural.

JURISPRUDÊNCIA
DECISÃO DO STJ
STJ, Primeira Seção – REsp 1.112.646-SP, Rel. Min. Herman Benjamin julgado em
26/08/2009.
EMENTA
TRIBUTÁRIO. IMÓVEL NA ÁREA URBANA. DESTINAÇÃO RURAL. IPTU. NÃO-INCIDÊNCIA.
ART. 15 DO DL 57/1966. RECURSO REPETITIVO. ART. 543-C DO CPC
1. Não incide IPTU, mas ITR, sobre imóvel localizado na área urbana do Município, desde
que comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou
agroindustrial (art. 15 do DL 57/1966).

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2. Recurso Especial provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e da Reso-
lução 8/2008 do STJ.

A base legal para solucionar a questão está no art. 15 do DL 57/1966.

Art. 15 do DL 57/1966 – O disposto no art. 32 da Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966, não abrange
o imóvel de que, comprovadamente, seja utilizado em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária
ou agro-industrial, incidindo assim, sobre o mesmo, o ITR e demais tributos com o mesmo cobrados.

Qual foi o caso que gerou tal decisão?


O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que os proprietários de imóveis situados em
extensão urbana e que desenvolvem atividades extrativa, vegetal, agrária, pecuária ou agroin-
dustrial são isentos do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). O tribunal julgou recurso de
um agricultor de São Bernardo do Campo, no Grande ABC (SP), que questionava a cobrança.
Como o caso foi submetido ao “rito dos recursos repetitivos”, a decisão será empregada nas
demais ações em trâmite que abordem a cobrança.
O produtor, que possui um imóvel na faixa urbana de São Bernardo, onde cultiva uma horta
e eucaliptos, recorreu contra uma resolução da Justiça de São Paulo, que havia considerado
válida a cobrança do IPTU pela prefeitura. Mas os ministros do STJ julgaram que deve ser
cobrado do produtor apenas o Imposto sobre Propriedade Territorial Rural (ITR), da alçada
do governo federal.
Não temos relato desse tipo de situação no Município de São Paulo. Se, porventura, ocorrer,
provavelmente será desrespeitado o Plano Diretor, que é o instrumento que prevê a destinação
adequada do uso e ocupação do solo nas diversas áreas da cidade.

007. (FGV/ISS-NITERÓI/AUDITOR-FISCAL/2015) Um pequeno empresário cultiva, de


forma organizada e comercial, inclusive com empregados, hortaliças para venda, em sua pro-
priedade, que está localizada em área de um Município. A rua onde fica a propriedade consta
da definição de lei municipal, tem meio-fio, conta com abastecimento de água e sistema de
esgotos sanitários, tendo ainda iluminação pública. De acordo com a hipótese apresentada,
sobre a propriedade em questão:

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a) não haverá incidência de nenhum imposto, por conta de imunidade prevista na Constitui-
ção Federal;
b) haverá incidência do IPTU, pois a propriedade está inserida em área da zona urbana muni-
cipal; contando com quatro dos melhoramentos construídos ou mantidos pelo Poder Público,
indicados no CTN;
c) haverá a incidência do ITR, pois o IPTU não incidirá sobre o imóvel urbano que, comprova-
damente, seja utilizado em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial;
d) haverá incidência do IPTU, pois basta a lei municipal estabelecer que determinada área per-
tence à zona urbana para ensejar a cobrança do imposto municipal;
e) haverá a incidência do ITR, pois o imposto federal tem sua receita repartida com o Município.

Questão com fundamento na jurisprudência do STJ reproduzida anteriormente.


Letra c.

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RESUMO
Metodologia utilizada no curso
Sempre que possível a abordagem dos assuntos será feita respeitando-se a hierarquia/
abrangência das normas.

Introdução aos Tributos Municipais


Em síntese, a tabela a seguir demonstra os tributos municipais que serão estudados no
decorrer do curso, com exceção do último:

TRIBUTOS MUNICIPAIS
ISS – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
IMPOSTOS
ITBI – Imposto sobre Transmissão “inter vivos” de Bens Imóveis e de
Direitos Reais a eles relativos
Taxas pelo Exercício Regular do Poder de Polícia
TAXAS
Taxas pela Prestação de Serviços Públicos
CM – Contribuição de Melhoria
COSIP – Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública
CONTRIBUIÇÕES
CRPPS – Contribuição para o Custeio do Regime Próprio de Previdência
dos Servidores Municipais.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
Dicler Ferreira

Características doutrinárias do IPTU

Características constitucionais do IPTU

CARACTERÍSTICAS CONSTITUCIONAIS DO IPTU

• Progressividade em razão do valor venal do imóvel;


• Diferenciação de alíquota de acordo com a localização do imóvel;
• Diferenciação de alíquota de acordo com o uso do imóvel; e
• Possibilidade de cobrança do IPTU progressivo no tempo.

Fato gerador do IPTU


Esquematizando o art. 32 do CTN, temos o seguinte:

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
Dicler Ferreira

Contribuintes do IPTU
Podemos dividir os contribuintes do IPTU em três grandes grupos:
• proprietários: são as pessoas que estão registradas na matrícula do cartório de imóveis;
• titular do domínio útil: é o caso do enfiteuta; e
• possuidor: são as pessoas que têm a posse com animus domini, ou seja, com a intenção
de permanecer definitivamente com o bem.
Resumidamente temos o seguinte:

Definição de Zona Urbana


Entende-se como zona urbana, para os efeitos deste imposto, aquela definida em lei
municipal, observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo
menos dois dos seguintes itens, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
1. meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
2. abastecimento de água;
3. sistema de esgotos sanitários;
4. rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
5. escola pública ou posto de saúde a uma distância máxima de três quilômetros do imó-
vel considerado.

MELHORAMENTOS QUE NÃO DEVEM SER CONSIDERADOS NA DEFINIÇÃO DA ÁREA URBANA:

• sistema de transporte coletivo;


• distribuição elétrica domiciliar;
• asfaltamento de vias públicas;
• posto policial;
• coleta de lixo.

Área Urbanizável ou de Expansão Urbana


A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana,
constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habita-
ção, à indústria ou ao comércio, mesmo que não existam os melhoramentos elencados
anteriormente.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
Dicler Ferreira

Base de Cálculo do IPTU


A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel, não se considerando o valor dos
bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua
utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade.
Jurisprudência do STF e do STJ relativa ao IPTU

Súmula Vinculante 52: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o
imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constitui-
ção Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais
tais entidades foram constituídas.
Súmula 539 do STF: É constitucional a lei do Município que reduz o imposto predial
urbano sobre imóvel ocupado pela residência do proprietário, que não possua outro.
Súmula 668 do STF: É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da
emenda constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada
a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana.
Súmula 583 do STF: Promitente-comprador de imóvel residencial transcrito em nome
de autarquia é contribuinte do imposto predial territorial urbano.
Súmula 589 do STF: É inconstitucional a fixação de adicional progressivo do imposto
predial e territorial urbano em função do número de imóveis do contribuinte.
Súmula 160 do STJ: É defeso, ao município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em per-
centual superior ao índice oficial de correção monetária.
Súmula 397 do STJ: O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do
carnê ao seu endereço.
Súmula 399 do STJ: Cabe à legislação municipal estabelecer o sujeito passivo do IPTU.
Súmula 614 do STJ: O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação
jurídico-tributária de IPTU e de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir
indébito desses tributos.
REsp 1.112.646-SP: Não incide IPTU, mas ITR, sobre imóvel localizado na área urbana
do Município, desde que comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal,
agrícola, pecuária ou agroindustrial (art. 15 do DL 57/1966).

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IPTU – Parte I
Dicler Ferreira

QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (CAIP-IMES/CÂMARA MUNICIPAL DE ATIBAIA-SP/ADVOGADO/2016) Compete aos
Municípios instituir impostos sobre:
I – propriedade predial e territorial urbana.
II – transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza
ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão
de direitos a sua aquisição;
III – serviços de qualquer natureza, inclusive compreendendo os previstos no artigo 155, II
(operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se
iniciem no exterior), definidos em lei complementar.
É correto o que se afirma apenas em:
a) II e III.
b) III.
c) I e III.
d) I e II.
002. (FGV/TCE-RJ/AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO/2015) O Município Alfa altera
a legislação do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), que, graças
às inovações introduzidas, passa a ter alíquotas (i) diferenciadas pela localização do imóvel;
e (ii) progressivas conforme o valor do imóvel. Nesse contexto, é correto afirmar que:
a) é constitucional a inovação introduzida no item (i), apenas;
b) é constitucional a inovação introduzida no item (ii), apenas;
c) é constitucional a inovação introduzida em ambos os itens;
d) é inconstitucional a inovação introduzida em ambos os itens, pois a diferenciação e a pro-
gressividade de alíquota do IPTU é tema reservado à lei complementar nacional;
e) é inconstitucional a inovação introduzida em ambos os itens, pois nem mesmo por lei com-
plementar se admite a diferenciação e a progressividade de alíquota do IPTU em razão da
localização e do valor do imóvel.
003. (ESAF/ISS-RIO DE JANEIRO-RJ/2010) Para efeitos do IPTU, assinale a opção em que há
ao menos dois melhoramentos necessários para que o imóvel seja considerado de zona urbana.
a) Coleta de lixo e abastecimento de água.
b) Meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais, e escola primária a uma distância
máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.
c) Sistema de esgotos sanitários e coleta de lixo.
d) Rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar, e posto
policial a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
Dicler Ferreira

e) Posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado e


coleta de lixo.
004. (FGV/ISS/CUIABÁ-MA/AUDITOR-FISCAL/2014/ADAPTADA) Francisco é proprietário
de imóvel localizado em área de expansão urbana constante de loteamento aprovado pelos
órgãos competentes, mas a área não é dotada de nenhum dos cinco melhoramentos que o
Art. 32, § 1º, do Código Tributário Nacional considera necessários (ao menos dois deles) para
que a área possa ser considerada como zona urbana. Nesse cenário, é correto afirmar que o
IPTU sobre o imóvel em questão incide
a) quando presente ao menos um dos cinco melhoramentos indicados no Art. 32, § 1º, do Có-
digo Tributário Nacional.
b) quando presentes ao menos dois dos cinco melhoramentos indicados no Art. 32, § 1º, do
Código Tributário Nacional.
c) quando presentes ao menos três dos cinco melhoramentos indicados no Art. 32, § 1º, do
Código Tributário Nacional.
d) quando presentes ao menos quatro dos cinco melhoramentos indicados no Art. 32, § 1º, do
Código Tributário Nacional.
e) desde logo, pois é inaplicável a exigência dos melhoramentos indicados no Art. 32, § 1º, do
Código Tributário Nacional.
005. (FGV/ISS-OSASCO/FISCAL TRIBUTÁRIO/2014) O proprietário de um bem imóvel lo-
calizado na zona urbana de determinado Município deve recolher anualmente um tributo em
decorrência dessa propriedade, o IPTU. A base de cálculo desse imposto e o tipo de lança-
mento são, respectivamente:
a) valor da terra nua e lançamento de ofício;
b) valor venal do imóvel e lançamento por homologação;
c) valor de mercado e lançamento por declaração;
d) valor da terra nua e lançamento por declaração;
e) valor venal do imóvel e lançamento de ofício.
006. (VUNESP/PREFEITURA DE MOGI DAS CRUZES-SP/PROCURADOR/2016) O convento
das Irmãzinhas de Santo Afrânio alugou parte de suas instalações para uma escola particu-
lar pelo valor de R$ 3.000,00 por mês. O produto do aluguel é destinado a uma creche que
o convento mantém para crianças carentes que nela recebem educação formal, religiosa e
alimentação. A prefeitura do município onde se localiza o convento, contudo, está a lhe exigir
o imposto predial e territorial urbano. A exação, em tal situação, é
a) devida, pois a locação é atividade regida pelo direito privado que em nada se confunde com
as atividades essenciais do convento.
b) devida porque, na medida em que o convento celebrou contrato de locação, a isenção de que
gozava em relação ao imposto deixa de se justificar.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
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c) indevida porque, ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel per-
tencente ao convento, na medida em que o valor dos aluguéis é aplicado nas atividades para
as quais foi constituído.
d) indevida porque as entidades religiosas e assistenciais são anistiadas de qualquer imposto,
em razão do caráter que ostentam, pouco importando se alugam ou não suas propriedades.
e) indevida porque quem deve arcar com o imposto é a escola locatária em razão do contrato
celebrado com o convento.
007. (FGV/ISS-NITERÓI/AUDITOR-FISCAL/2015) Um pequeno empresário cultiva, de forma
organizada e comercial, inclusive com empregados, hortaliças para venda, em sua proprie-
dade, que está localizada em área de um Município. A rua onde fica a propriedade consta
da definição de lei municipal, tem meio-fio, conta com abastecimento de água e sistema de
esgotos sanitários, tendo ainda iluminação pública. De acordo com a hipótese apresentada,
sobre a propriedade em questão:
a) não haverá incidência de nenhum imposto, por conta de imunidade prevista na Constitui-
ção Federal;
b) haverá incidência do IPTU, pois a propriedade está inserida em área da zona urbana muni-
cipal; contando com quatro dos melhoramentos construídos ou mantidos pelo Poder Público,
indicados no CTN;
c) haverá a incidência do ITR, pois o IPTU não incidirá sobre o imóvel urbano que, comprova-
damente, seja utilizado em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial;
d) haverá incidência do IPTU, pois basta a lei municipal estabelecer que determinada área per-
tence à zona urbana para ensejar a cobrança do imposto municipal;
e) haverá a incidência do ITR, pois o imposto federal tem sua receita repartida com o Município.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
Dicler Ferreira

QUESTÕES DE CONCURSO
008. (CONSULTEC/ILHÉUS-BA/AUDITOR-FISCAL/2016) Compete ao Município instituir
impostos sobre, exceto
a) propriedade de automotores que circulem na área urbana.
b) propriedade predial e territorial urbana.
c) transmissão “intervivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre os imóveis, salvo os de garantia, bem como por cessão
de direitos à sua aquisição.
d) vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel.
e) serviços de qualquer natureza, não compreendidos na competência do Estado, definidos em
lei complementar.

009. (FGV/ISS-NITERÓI/AUDITOR-FISCAL/2015) De acordo com a previsão constitucional,


os entes federativos aptos a instituir contribuição para o custeio do serviço de iluminação
pública são:
a) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, observado o disposto no artigo 150,
II e III, da CF;
b) a União e os Estados, observado o disposto no artigo 150, III, “b” e “c”, da CF;
c) os Municípios, observado o disposto no artigo 150, I e III, da CF;
d) o Distrito Federal e os Municípios, observado o disposto no artigo 150, I e III, da CF;
e) os Estados e os Municípios, observado o disposto no artigo 150, I e III, da CF.

010. (COPESE-UFPI/BOM JESUS-PI/FISCAL DE TRIBUTOS/2015) A competência de instituir


o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza é atribuída:
a) União
b) Estados
c) Estados e Distrito Federal
d) Municípios e Distrito Federal
e) Municípios e Estados

011. (IBEG/DUQUE DE CAXIAS-RJ/AUDITOR-FISCAL/2015) São tributos de competência


municipal:
a) IR, IPI e IOF.
b) Imposto de Importação e Imposto de Exportação.
c) ICMS, IPVA e IPTU.
d) ITBI, ISS e IPTU.
e) IRPF, IOF e ISS.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
Dicler Ferreira

012. (CESPE/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR/2017) Os municípios e o DF


têm competência para instituir contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública,
tributo de caráter sui generis, diferente de imposto e de taxa.
013. (CESPE/PGE-SE/PROCURADOR/2017) Os tributos cuja instituição compete aos
municípios incluem o
a) ITBI, o IPI e o IPVA.
b) ITR, o ITCMD e o IPI.
c) ITBI, o IPVA e o ITCMD.
d) IPTU, o ITR e o ISSQN.
e) IPTU, o ITBI e o ISSQN.
014. (VUNESP/CRBIO-1ª REGIÃO/ADVOGADO/2017) Na forma das respectivas leis, po-
derão instituir contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública
a) a União e os Estados.
b) a União e os Municípios.
c) os Municípios e o Distrito Federal.
d) a União e o Distrito Federal.
e) os Estados e os Municípios.
015. (VUNESP/PREFEITURA DE CUBATÃO/AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS/2012) Compete
ao Município instituir:
a) Imposto Territorial Rural.
b) Imposto de transmissão causa mortis, a qualquer título, por ato oneroso, de bens móveis e
imóveis, por natureza ou acessão física e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia,
bem como cessão de direito a sua aquisição.
c) Imposto Sobre Vendas a Varejo de Combustíveis líquidos e gasosos, óleo diesel e gás de cozinha.
d) Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza não incluídos na competência estadual, face
ao disposto na Constituição da República.
e) Taxas pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos genéricos e indivisíveis pres-
tados ao contribuinte ou postos a sua disposição.
016. (FCC/TCE-AM/AUDITOR SUBSTITUTO/2015) De acordo com o Código Tributário Na-
cional e com a Constituição Federal, o tributo que tem como fato gerador a propriedade, o
domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na
lei civil, localizado na zona urbana do Município denomina-se
a) Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Rural.
b) Contribuição de Melhoria.
c) Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Bens e Direitos.
d) Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana.
e) Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de Direitos a eles relativos.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
Dicler Ferreira

017. (ESAF/ISS-RIO DE JANEIRO-RJ/2010) Sobre o lançamento do IPTU, assinale a op-


ção correta.
a) É por declaração.
b) É por declaração ou por homologação.
c) É de ofício.
d) É por homologação.
e) É por declaração ou de ofício.
018. (FGV/PGM-NITERÓI/PROCURADOR/2014) Com relação à disciplina constitucional do
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), assinale V para a afirmativa
verdadeira e F para a falsa.
( ) Pode ser progressivo no tempo.
( ) Pode ser progressivo em razão do valor do imóvel.
( ) Pode ter alíquota diferente de acordo com a localização e o uso do imóvel.
As afirmativas são, respectivamente,
a) V, V e V.
b) F, V e V.
c) F, F e F.
d) V, F e F.
e) V, V e F.
019. (FGV/ISS-RECIFE/AUDITOR-FISCAL/2014) Em determinado Município da Federação,
foi editada lei fixando alíquotas progressivas do IPTU, em decorrência do número de imóveis
de propriedade do contribuinte. Nesse sentido,
a) a lei é inconstitucional, sendo o IPTU um imposto de natureza real.
b) a lei é constitucional por obedecer ao princípio da função social da propriedade.
c) a lei é constitucional por levar em consideração a capacidade contributiva do contribuinte.
d) a lei é inconstitucional, eis que não leva em consideração a destinação dada aos imóveis.
e) a lei é constitucional, mas terá que ser publicada no exercício anterior ao da vigência das
novas alíquotas.
020. (FCC/ISS/JABOATÃO DOS GUARARAPES–PE/2006) O IPTU (Imposto sobre a proprie-
dade predial e territorial urbana) tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a
posse de bem:
a) imóvel ou móvel, por natureza ou acessão física, como definido na lei tributária, localizado
na zona urbana ou rural.
b) imóvel, por natureza ou acessão jurídica, como definido na lei fiscal, localizado somente na
zona urbanizável do Município, independentemente de sua forma, estrutura ou destinação.
c) imóvel ou móvel, por natureza, por acessão física ou por acessão jurídica, como definido na
lei tributária, localizado na zona urbana ou urbanizável do Município, quando a forma, estrutura
ou destinação se enquadrarem nos critérios fixados em lei.
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
Dicler Ferreira

d) imóvel, por acessão física ou jurídica, como definido na lei civil, localizado na zona urbana,
rural ou urbanizável do Município, tendo sua forma, estrutura ou destinação prevista em lei
e) imóvel, por natureza ou acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana
ou urbanizável do Município, independentemente de sua forma, estrutura ou destinação.
021. (CETRO/ISS-CAMPINAS/2011/ADAPTADA) De acordo com a Consolidação da Le-
gislação Tributária do Município do Rio de Janeiro, que dispõe sobre o Imposto sobre a Pro-
priedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), em relação à hipótese de incidência, assinale a
alternativa correta.
a) O IPTU incide sobre a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou
acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
b) O IPTU incide sobre a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou
acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Estado.
c) O IPTU incide sobre a propriedade urbana, o domínio útil ou a posse de bem imóvel, desde
que por natureza, como definido na lei tributária, localizado na zona urbana do Município.
d) O IPTU incide sobre a propriedade, o domínio útil de bem imóvel, desde que por acessão
física, como definido na lei tributária, localizado na zona urbana do Município ou do Estado.
e) O IPTU incide sobre a propriedade urbana, o domínio útil ou a posse de bem imóvel, desde
que por natureza, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Estado.
022. (VUNESP/TJ-PA/JUIZ/2014) Para fins de instituição e cobrança do imposto sobre a
propriedade predial e territorial urbana (IPTU), exige o Código Tributário Nacional a implemen-
tação, por parte do Poder Público municipal, de pelo menos dois melhoramentos que elenca.
Assinale a alternativa que corretamente traduz esses melhoramentos.
a) Meio-fio ou calçamento, com ou sem canalização de águas pluviais e abastecimento de água.
b) Abastecimento de água e posto de saúde a uma distância mínima de cinco quilômetros do
imóvel considerado.
c) Sistema de esgotos sanitários e rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para
distribuição domiciliar.
d) Sistema de esgotos sanitários e escola primária a uma distância mínima de três quilômetros
do imóvel considerado.
e) Abastecimento de água e escola primária a uma distância mínima de três quilômetros do
imóvel considerado.
023. (FGV/ISS-CUIABÁ/AUDITOR-FISCAL/2016) A respeito do Imposto sobre Propriedade
Predial e Territorial Urbana – IPTU, considerando o disposto na Lei Orgânica do Município
de Cuiabá (LOMC) e o Estatuto da Cidade (Lei n. 10.527/2001), assinale V para a afirmativa
verdadeira e F para a falsa.
( ) Em razão do valor do imóvel, o IPTU poderá ser progressivo.
( ) O imóvel previamente incluído na área abrangida pelo Plano Diretor da Cidade pode ser tri-
butado progressivamente.
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
Dicler Ferreira

( ) Em razão da localização do imóvel, é vedada a instituição de alíquotas diferenciadas.


As afirmativas são, respectivamente,
a) V, F e V.
b) F, F e F.
c) F, V e F.
d) V, V e F.
e) F, F e V.
024. (ISS/BARRA MANSA–RJ/2010) Segundo a legislação em vigor, a base de cálculo
do IPTU é o valor:
a) venal do imóvel;
b) territorial do imóvel;
c) fiscal do imóvel;
d) contábil do imóvel;
e) tributário do imóvel.
025. (FCC/DPE-RS/DEFENSOR PÚBLICO/2014) O Imposto sobre a Propriedade Predial
e Territorial Urbana – IPTU está previsto no Código Tributário Nacional e as disposições des-
te diploma devem ser lidas à luz da Constituição Federal. Com base no atual entendimento
jurisprudencial,
a) a limitação constitucional relativa à anterioridade nonagesimal é aplicável à fixação da base
de cálculo do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana.
b) o imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana,
tem como fato gerador apenas a propriedade, pois a Constituição Federal, ao atribuir aos Mu-
nicípios tal competência, deixou de referir expressamente a posse.
c) pode ser exigido o IPTU nos casos em que a posse é exercida precariamente, bem como nas
demais situações em que, embora envolvam direitos reais, não estejam diretamente correlacio-
nadas com a aquisição da propriedade.
d) a posse apta a gerar a obrigação tributária do Imposto sobre a Propriedade Predial e Terri-
torial Urbana é aquela qualificada pelo animus domini, ou seja, a que efetivamente esteja em
vias de ser transformada em propriedade, seja por meio da promessa de compra e venda, seja
pela posse ad usucapionem.
e) a progressividade do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana será permitida
apenas em relação ao valor venal do imóvel, se assim o quiser o legislador municipal, já que se
trata de sua faculdade.
026. (ESAF/AFRFB/AUDITOR-FISCAL/2012) A progressividade no tempo das alíquotas do
IPTU – imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, de competência dos Municí-
pios e do Distrito Federal, prevista na Constituição Federal, como medida de política pública
que busca dar efetividade à função social da propriedade, caracteriza-se pela

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
IPTU – Parte I
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a) seletividade.
b) parafiscalidade.
c) capacidade contributiva.
d) extrafiscalidade.
e) essencialidade.
027. (CETRO/TJ-RJ/2012) Em relação ao Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU),
é correto afirmar que
a) a simples remessa do carnê para pagamento do IPTU ao endereço do contribuinte configura
notificação de lançamento.
b) o lançamento é feito por homologação.
c) não se admite, como contribuinte, o possuidor do imóvel a qualquer título.
d) tem como função preponderante funcionar como forma direta de intervenção do Estado no
domínio econômico, ou seja, a extrafiscalidade.
e) é inconstitucional a lei do município que reduz o IPTU sobre imóvel ocupado pela residência
do proprietário, que não possua outro.
028. (FGV/ISS-CUIABÁ/AUDITOR-FISCAL/2016) O imóvel X, de propriedade a Igreja
Cristã ABC, é utilizado para escritório e residência de pastores e diáconos da igreja.
Anualmente, a Igreja Cristã recebe o carnê do Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial
Urbana – IPTU referente ao imóvel X.
Sobre a hipótese apresentada, tendo em vista o entendimento do Supremo Tribunal Federal,
assinale a afirmativa correta.
a) Está correto o lançamento do IPTU, tendo em vista que o imóvel é um local para residência,
não se tratando, portanto, de espaço para a prática de atividades religiosas.
b) Não está correto o lançamento do IPTU, uma vez que o carnê do imposto deve ser emitido
mensalmente, sob pena de ferir o princípio da capacidade contributiva.
c) Não está correto o lançamento do IPTU, uma vez que o imóvel goza de imunidade tributária.
d) Não está correto o lançamento do IPTU, tendo em vista que não houve ocorrência do fato
gerador do imposto.
e) Não está correto o lançamento do IPTU, tendo em vista que o contribuinte do imposto são
os pastores e diáconos residentes no imóvel.
029. (FUNRIO/PREF. DE TRINDADE-GO/PROCURADOR/2016) Considerando as regras da
anterioridade e anualidade em matéria tributária relativa ao IPTU, a afirmativa correta é:
a) A alteração de alíquota produz efeitos imediatamente.
b) À majoração da base de cálculo, prevista em lei, se aplica exclusivamente a anterioridade
nonagesimal.
c) A atualização anual da base de cálculo, com base em índices oficiais de inflação, poderá ser
procedida por ato do poder executivo.

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IPTU – Parte I
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d) A majoração prevista em lei somente poderá produzir seus efeitos no exercício posterior ao
que entrou em vigor a lei, se estiver considerado o reajuste na lei orçamentária anual.
e) A majoração progressiva da alíquota prevista na lei 10.257/2001 deverá ser precedida de lei
específica para cada aumento, observando, todas as leis de reajuste, a anterioridade clássica.
030. (CONSULTEC/PREF. DE ILHEUS-BA/AUDITOR-FISCAL/2016) O Imposto sobre a
Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU - tem como fato gerador
a) a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel, por natureza ou por acessão física,
como definido na lei civil.
b) a posse, o domínio útil ou a posse de bem imóvel, por natureza ou por acessão física, como
definido na lei de Diretrizes Orçamentárias.
c) a posse ou propriedade de bem imóvel.
d) a manutenção de terrenos e imóveis efetivamente habitados.
e) os terrenos onde se encontram o Município de Ilhéus.
031. (INSTITUTO LEGATUS/CÂMARA MUNICIPAL DE BERTOLÍNIA-PI/PROCURADOR/2016)
No que se refere ao IPTU progressivo no tempo, o Estatuto das Cidades (Lei n.), limita a alí-
quota máxima a:
a) 15% (quinze por cento).
b) 5% (cinco por cento).
c) 20% (vinte por cento).
d) 30% (trinta por cento).
e) 10% (dez por cento).
032. (UFMT/DPE-MT/DEFENSOR PÚBLICO/2016) No tocante à aplicação da progressividade
no tempo ao imposto sobre a propriedade territorial urbana (IPTU), é correto afirmar:
a) A progressividade urbanística do IPTU é compreendida como modalidade de tributação ex-
cessiva com efeito semelhante ao confiscatório, uma vez que sua finalidade precípua é retirar
a propriedade imobiliária do particular para transferi-la ao Poder Público Municipal.
b) É medida com função nitidamente fiscal, pois visa aumentar a arrecadação do Município
mediante aumento progressivo das alíquotas do IPTU.
c) A instituição da progressividade no tempo confere ao IPTU uma função extrafiscal para ob-
tenção de certas metas que prevalecem sobre os fins meramente arrecadatórios de recursos
monetários.
d) A cobrança progressiva no tempo do IPTU está relacionada com a função social da proprie-
dade, razão pela qual atinge os proprietários de imóveis com menos tempo de utilização.
e) A progressividade urbanística do IPTU pode ser afastada quando o uso inadequado do imóvel
for justificado pela falta de recursos financeiros de seu proprietário.
033. (FCC/ELETROBRÁS/ADMINISTRAÇÃO/2016) Considere que determinado Município,
em face da queda de arrecadação de tributos que vem experimentando no exercício em curso,

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pretenda ampliar a receita proveniente da cobrança de Imposto Predial e Territorial Urbano −


IPTU. Considerando os preceitos constitucionais que regem a matéria, a Municipalidade poderá
a) aumentar o tributo, independentemente de lei, desde que para o próximo exercício, observan-
do, assim, o princípio da anualidade.
b) aumentar a base de cálculo do imposto, com incidência a partir do exercício seguinte e após
90 dias da edição de lei específica.
c) criar novo tributo, na forma de taxa e com a mesma base de cálculo do IPTU, mediante lei,
observados os princípios da anterioridade e anualidade.
d) estender a cobrança do referido imposto à propriedade territorial rural, mediante lei específica,
com vigência apenas a partir do exercício seguinte à sua publicação.
e) majorar alíquotas, de forma progressiva, com incidência ainda no exercício em curso, desde
que observada a anterioridade de 90 dias.
034. (BIO RIO/PREF. DE BARRA MANSA/ADVOGADO/2016) Identifique as afirmativas a
seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) O IPTU é um imposto de competência municipal, que possui como fato gerador a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bem imóvel, por natureza ou por acessão física, como definido na
lei civil, localizado na zona urbana do Município.
( ) Florentina é proprietária de um terreno que está localizado a quinhentos metros de distância
de uma escola primária e de um posto de saúde, não existindo nenhum outro melhoramento ou
serviço mantido pelo público que sirva a sua casa. Nesse caso, pode-se afirmar que, como o
terreno não encontra-se em zona urbana, a proprietária terá imunidade ao pagamento de IPTU.
( ) É facultado ao Poder Público Municipal, mediante lei específica para área incluída no plano
diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado
ou não utilizado, que promova o seu adequado aproveitamento, sob pena, de além de outras
formas de apenação, ser instituído o IPTU progressivo no tempo.
( ) Ainda quando alugados a terceiros, permanece isento ao pagamento de IPTU o imóvel per-
tencente a uma entidade sindical de trabalhadores, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado
nas atividades essenciais de tal entidade.
( ) O prefeito de determinado município fez a atualização monetária da base de cálculo do IPTU,
por Decreto, que foi publicado em Diário Oficial no dia 1º de dezembro de 2015. Não obstante
a atualização tenha sido feita seguindo rigorosamente o índice oficial de correção monetária,
pode-se afirmar que ocorreu ofensa ao princípio da legalidade tributária, que exige que a majo-
ração de tributos ocorra mediante lei.
Assinale a opção que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo:
a) V – V – F – F – V
b) F – V – V – V – F
c) F – F – F – V – V
d) V – F – V – F – F

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035. (CESPE/MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2017) Um imóvel localizado na área urbana


de determinado município é utilizado por seu proprietário comprovadamente para o exercício
exclusivo de atividades agrícola e pecuária.
Nessa situação hipotética,
a) é cabível apenas a cobrança do ITR, por expressa previsão legal, uma vez que o imóvel é
utilizado em exploração agrícola e pecuária.
b) o IPTU e o ITR serão tributos devidos e cobrados cumulativamente, pois se referem a dois
fatos geradores distintos: o IPTU será devido em razão da propriedade urbana; o ITR será devido
pelo uso de imóvel em atividades agrícola e pecuária.
c) embora sejam devidos, os dois tributos não poderão ser cobrados cumulativamente, pois
ambos incidem sobre o mesmo bem, devendo ser aplicado o princípio da não cumulatividade:
o contribuinte terá o direito de descontar do valor do IPTU devido o montante que for eventual-
mente pago a título de ITR.
d) somente será cabível a cobrança do IPTU, uma vez que o critério aplicado pelo CTN é o da
localização do imóvel, sendo irrelevante a destinação dada por seu proprietário.

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GABARITO

1. d 13. e 25. d
2. c 14. c 26. d
3. b 15. d 27. a
4. e 16. d 28. c
5. e 17. c 29. c
6. c 18. a 30. a
7. c 19. a 31. a
8. a 20. e 32. c
9. d 21. a 33. b
10. d 22. c 34. d
11. d 23. d 35. a
12. C 24. a

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GABARITO COMENTADO
008. (CONSULTEC/ILHÉUS-BA/AUDITOR-FISCAL/2016) Compete ao Município instituir
impostos sobre, exceto
a) propriedade de automotores que circulem na área urbana.
b) propriedade predial e territorial urbana.
c) transmissão “intervivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre os imóveis, salvo os de garantia, bem como por cessão
de direitos à sua aquisição.
d) vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel.
e) serviços de qualquer natureza, não compreendidos na competência do Estado, definidos em
lei complementar.

Perceba que o enunciado da questão termina com a palavra exceto. Ou seja, o examinador quer
um tributo que não seja de competência municipal.
Inicialmente podemos eliminar as alternativas B, C e E que tratam, respectivamente, do IPTU,
do ITBI e do ISS.
A dúvida recai sobre as alternativas A e D. Na alternativa A temos o IPVA que é de competên-
cia Estadual. Na alternativa D temos o IVVC que não existe mais, porém, foi de competência
quando existiu.
A banca apontou a alternativa A como gabarito.
Letra a.

009. (FGV/ISS-NITERÓI/AUDITOR-FISCAL/2015) De acordo com a previsão constitucional,


os entes federativos aptos a instituir contribuição para o custeio do serviço de iluminação
pública são:
a) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, observado o disposto no artigo 150,
II e III, da CF;
b) a União e os Estados, observado o disposto no artigo 150, III, “b” e “c”, da CF;
c) os Municípios, observado o disposto no artigo 150, I e III, da CF;
d) o Distrito Federal e os Municípios, observado o disposto no artigo 150, I e III, da CF;
e) os Estados e os Municípios, observado o disposto no artigo 150, I e III, da CF.

Lembremos do nosso esquema de aula:

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Letra d.

010. (COPESE-UFPI/BOM JESUS-PI/FISCAL DE TRIBUTOS/2015) A competência de instituir


o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza é atribuída:
a) União
b) Estados
c) Estados e Distrito Federal
d) Municípios e Distrito Federal
e) Municípios e Estados

Lembremos do nosso esquema de aula:

Entretanto, não podemos nos esquecer que o DF possui competência hibrida, mesclando a
competência municipal e a estadual.
Letra d.

011. (IBEG/DUQUE DE CAXIAS-RJ/AUDITOR-FISCAL/2015) São tributos de competência


municipal:
a) IR, IPI e IOF.
b) Imposto de Importação e Imposto de Exportação.
c) ICMS, IPVA e IPTU.
d) ITBI, ISS e IPTU.
e) IRPF, IOF e ISS.
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Basta olhar o esquema da questão anterior.


Letra d.

012. (CESPE/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR/2017) Os municípios e o DF


têm competência para instituir contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública,
tributo de caráter sui generis, diferente de imposto e de taxa.

Vide art. 149-A da CF.


Certo.

013. (CESPE/PGE-SE/PROCURADOR/2017) Os tributos cuja instituição compete aos


municípios incluem o
a) ITBI, o IPI e o IPVA.
b) ITR, o ITCMD e o IPI.
c) ITBI, o IPVA e o ITCMD.
d) IPTU, o ITR e o ISSQN.
e) IPTU, o ITBI e o ISSQN.

Perceba que as questões se repetem, mesmo sendo de bancas diferentes.


Basta olhar o esquema da questão 4.
Letra e.

014. (VUNESP/CRBIO-1ª REGIÃO/ADVOGADO/2017) Na forma das respectivas leis, po-


derão instituir contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública
a) a União e os Estados.
b) a União e os Municípios.
c) os Municípios e o Distrito Federal.
d) a União e o Distrito Federal.
e) os Estados e os Municípios.

Lembremos do nosso esquema de aula:

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Letra c.

015. (VUNESP/PREFEITURA DE CUBATÃO/AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS/2012) Compete


ao Município instituir:
a) Imposto Territorial Rural.
b) Imposto de transmissão causa mortis, a qualquer título, por ato oneroso, de bens móveis e
imóveis, por natureza ou acessão física e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia,
bem como cessão de direito a sua aquisição.
c) Imposto Sobre Vendas a Varejo de Combustíveis líquidos e gasosos, óleo diesel e gás de cozinha.
d) Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza não incluídos na competência estadual, face
ao disposto na Constituição da República.
e) Taxas pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos genéricos e indivisíveis pres-
tados ao contribuinte ou postos a sua disposição.

Segue a análise das alternativas:


a) Errada. O ITR é de competência da União.
b) Errada. O ITCMD é de competência estadual.
c) Errada. O IVVC não mais existe.
d) Certa. O ISS é de competência municipal.
e) Errada. Para instituição de taxas, os serviços públicos precisasm ser específicos e divisíveis.
Letra d.

016. (FCC/TCE-AM/AUDITOR SUBSTITUTO/2015) De acordo com o Código Tributário Na-


cional e com a Constituição Federal, o tributo que tem como fato gerador a propriedade, o
domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na
lei civil, localizado na zona urbana do Município denomina-se
a) Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Rural.
b) Contribuição de Melhoria.
c) Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Bens e Direitos.
d) Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana.
e) Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de Direitos a eles relativos.

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A questão tem como base o art. 32, caput, do CTN.

Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana
tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou
por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.

Letra d.

017. (ESAF/ISS-RIO DE JANEIRO-RJ/2010) Sobre o lançamento do IPTU, assinale a op-


ção correta.
a) É por declaração.
b) É por declaração ou por homologação.
c) É de ofício.
d) É por homologação.
e) É por declaração ou de ofício.

O IPTU é um tributo lançado de ofício pelo sujeito ativo, que deve notificar o contribuinte para
que efetue o pagamento ou impugne a cobrança.
Letra c.

018. (FGV/PGM-NITERÓI/PROCURADOR/2014) Com relação à disciplina constitucional do


Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), assinale V para a afirmativa
verdadeira e F para a falsa.
( ) Pode ser progressivo no tempo.
( ) Pode ser progressivo em razão do valor do imóvel.
( ) Pode ter alíquota diferente de acordo com a localização e o uso do imóvel.
As afirmativas são, respectivamente,
a) V, V e V.
b) F, V e V.
c) F, F e F.
d) V, F e F.
e) V, V e F.

Estudamos que o IPTU possui as seguintes características constitucionais:


• Progressividade em razão do valor venal do imóvel;

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• Diferenciação de alíquota de acordo com a localização e o uso do imóvel; e


• Possibilidade de cobrança do IPTU progressivo no tempo.
Com isso, percebemos que todas as alternativas são verdadeiras.
Letra a.

019. (FGV/ISS-RECIFE/AUDITOR-FISCAL/2014) Em determinado Município da Federação,


foi editada lei fixando alíquotas progressivas do IPTU, em decorrência do número de imóveis
de propriedade do contribuinte. Nesse sentido,
a) a lei é inconstitucional, sendo o IPTU um imposto de natureza real.
b) a lei é constitucional por obedecer ao princípio da função social da propriedade.
c) a lei é constitucional por levar em consideração a capacidade contributiva do contribuinte.
d) a lei é inconstitucional, eis que não leva em consideração a destinação dada aos imóveis.
e) a lei é constitucional, mas terá que ser publicada no exercício anterior ao da vigência das
novas alíquotas.

O imposto real é aquele que incide sobre coisas (ex: IPTU, ICMS, IPI etc.), ou seja, as condições
pessoais são irrelevantes. Já no imposto pessoal as condições pessoais, tal como a capacidade
contributiva, são determinantes para a tributação (ex: Imposto de Renda).
Dessa forma, por ser um imposto real (incidente sobre a coisa), o IPTU não pode ser basear
na capacidade contributiva da pessoa, pois esta característica atinge os impostos pessoais.
Letra a.

020. (FCC/ISS/JABOATÃO DOS GUARARAPES–PE/2006) O IPTU (Imposto sobre a proprie-


dade predial e territorial urbana) tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a
posse de bem:
a) imóvel ou móvel, por natureza ou acessão física, como definido na lei tributária, localizado
na zona urbana ou rural.
b) imóvel, por natureza ou acessão jurídica, como definido na lei fiscal, localizado somente na
zona urbanizável do Município, independentemente de sua forma, estrutura ou destinação.
c) imóvel ou móvel, por natureza, por acessão física ou por acessão jurídica, como definido na
lei tributária, localizado na zona urbana ou urbanizável do Município, quando a forma, estrutura
ou destinação se enquadrarem nos critérios fixados em lei.
d) imóvel, por acessão física ou jurídica, como definido na lei civil, localizado na zona urbana,
rural ou urbanizável do Município, tendo sua forma, estrutura ou destinação prevista em lei
e) imóvel, por natureza ou acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana
ou urbanizável do Município, independentemente de sua forma, estrutura ou destinação.

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IPTU – Parte I
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A questão tem como base o art. 32, caput, do CTN.

Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana
tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por
acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.

Letra e.

021. (CETRO/ISS-CAMPINAS/2011/ADAPTADA) De acordo com a Consolidação da Le-


gislação Tributária do Município do Rio de Janeiro, que dispõe sobre o Imposto sobre a Pro-
priedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), em relação à hipótese de incidência, assinale a
alternativa correta.
a) O IPTU incide sobre a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou
acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
b) O IPTU incide sobre a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou
acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Estado.
c) O IPTU incide sobre a propriedade urbana, o domínio útil ou a posse de bem imóvel, desde
que por natureza, como definido na lei tributária, localizado na zona urbana do Município.
d) O IPTU incide sobre a propriedade, o domínio útil de bem imóvel, desde que por acessão
física, como definido na lei tributária, localizado na zona urbana do Município ou do Estado.
e) O IPTU incide sobre a propriedade urbana, o domínio útil ou a posse de bem imóvel, desde
que por natureza, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Estado.

Novamente a questão tem como base o art. 32, caput, do CTN.

Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana
tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou
por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.

Letra a.

022. (VUNESP/TJ-PA/JUIZ/2014) Para fins de instituição e cobrança do imposto sobre a


propriedade predial e territorial urbana (IPTU), exige o Código Tributário Nacional a implemen-
tação, por parte do Poder Público municipal, de pelo menos dois melhoramentos que elenca.
Assinale a alternativa que corretamente traduz esses melhoramentos.
a) Meio-fio ou calçamento, com ou sem canalização de águas pluviais e abastecimento de água.
b) Abastecimento de água e posto de saúde a uma distância mínima de cinco quilômetros do
imóvel considerado.
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IPTU – Parte I
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c) Sistema de esgotos sanitários e rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para
distribuição domiciliar.
d) Sistema de esgotos sanitários e escola primária a uma distância mínima de três quilômetros
do imóvel considerado.
e) Abastecimento de água e escola primária a uma distância mínima de três quilômetros do
imóvel considerado.

Novamente a questão tem como fundamento legal o art. 32, § 1º do CTN.

§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal;
observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois)
dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
I – meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II – abastecimento de água;
III – sistema de esgotos sanitários;
IV – rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
V – escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel
considerado.

Letra c.

023. (FGV/ISS-CUIABÁ/AUDITOR-FISCAL/2016) A respeito do Imposto sobre Propriedade


Predial e Territorial Urbana – IPTU, considerando o disposto na Lei Orgânica do Município
de Cuiabá (LOMC) e o Estatuto da Cidade (Lei n. 10.527/2001), assinale V para a afirmativa
verdadeira e F para a falsa.
( ) Em razão do valor do imóvel, o IPTU poderá ser progressivo.
( ) O imóvel previamente incluído na área abrangida pelo Plano Diretor da Cidade pode ser tri-
butado progressivamente.
( ) Em razão da localização do imóvel, é vedada a instituição de alíquotas diferenciadas.
As afirmativas são, respectivamente,
a) V, F e V.
b) F, F e F.
c) F, V e F.
d) V, V e F.
e) F, F e V.

Análise das afirmativas:


I – Certa. No art. 156, § 1º, I da CF, é destacada a característica citada sobre o IPTU:

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IPTU – Parte I
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Art. 156, § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II,
o imposto previsto no inciso I poderá:
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e

II – Certa. A sua previsão legal está nos arts. 5º e 7º do Estatuto das Cidades.

Art. 5º Lei municipal específica para área incluída no plano diretor poderá determinar o parcela-
mento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado ou
não utilizado, devendo fixar as condições e os prazos para implementação da referida obrigação.
Art. 7º Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos na forma do caput do
art. 5º desta Lei, ou não sendo cumpridas as etapas previstas no § 5º do art. 5º desta Lei, o Muni-
cípio procederá à aplicação do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU)
progressivo no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos.

III – Errada. No art. 156, § 1º, I da CF, é destacada característica sobre o IPTU diversa da citada:

Art. 156, § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II,
o imposto previsto no inciso I poderá:
II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

Letra d.

024. (ISS/BARRA MANSA–RJ/2010) Segundo a legislação em vigor, a base de cálculo


do IPTU é o valor:
a) venal do imóvel;
b) territorial do imóvel;
c) fiscal do imóvel;
d) contábil do imóvel;
e) tributário do imóvel.

Sobre a base de cálculo do IPTU, recordemos o art. 33 do CTN.

Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.


Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis
mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, explora-
ção, aformoseamento ou comodidade.

Letra a.

025. (FCC/DPE-RS/DEFENSOR PÚBLICO/2014) O Imposto sobre a Propriedade Predial


e Territorial Urbana – IPTU está previsto no Código Tributário Nacional e as disposições des-
te diploma devem ser lidas à luz da Constituição Federal. Com base no atual entendimento
jurisprudencial,

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IPTU – Parte I
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a) a limitação constitucional relativa à anterioridade nonagesimal é aplicável à fixação da base


de cálculo do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana.
b) o imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana,
tem como fato gerador apenas a propriedade, pois a Constituição Federal, ao atribuir aos Mu-
nicípios tal competência, deixou de referir expressamente a posse.
c) pode ser exigido o IPTU nos casos em que a posse é exercida precariamente, bem como nas
demais situações em que, embora envolvam direitos reais, não estejam diretamente correlacio-
nadas com a aquisição da propriedade.
d) a posse apta a gerar a obrigação tributária do Imposto sobre a Propriedade Predial e Terri-
torial Urbana é aquela qualificada pelo animus domini, ou seja, a que efetivamente esteja em
vias de ser transformada em propriedade, seja por meio da promessa de compra e venda, seja
pela posse ad usucapionem.
e) a progressividade do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana será permitida
apenas em relação ao valor venal do imóvel, se assim o quiser o legislador municipal, já que se
trata de sua faculdade.

A questão exige um pouco do conhecimento de Direito Tributário.


Análise das alternativas:
a) Errada. A fixação da base de cálculo do IPTU e do IPVA é uma exceção à anterioridade
nonagesimal.
b) Errada. O IPTU tem como fato gerador a posse, o domínio útil e a propriedade de bem imóvel.
Vide art. 32 do CTN.

Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana
tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou
por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.

c) Errada. A posse que enseja o fato gerador do IPTU é aquela exercida com animus domini.
d) Certa. Conforme comentários da alternativa anterior.
e) Errada. Também se admite a progressividade do IPTU para cumprimento da função social
da propriedade.
Letra d.

026. (ESAF/AFRFB/AUDITOR-FISCAL/2012) A progressividade no tempo das alíquotas do


IPTU – imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, de competência dos Municí-
pios e do Distrito Federal, prevista na Constituição Federal, como medida de política pública
que busca dar efetividade à função social da propriedade, caracteriza-se pela
a) seletividade.
b) parafiscalidade.

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c) capacidade contributiva.
d) extrafiscalidade.
e) essencialidade.

O IPTU é primariamente fiscal, ou seja, sua finalidade principal é arrecadar recursos para custear
a atividade estatal. Entretanto, no que tange ao IPTU progressivo no tempo, destaca-se o caráter
extrafiscal, pois tem o objetivo de intervir em uma situação social ou econômica.
Letra d.

027. (CETRO/TJ-RJ/2012) Em relação ao Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU),


é correto afirmar que
a) a simples remessa do carnê para pagamento do IPTU ao endereço do contribuinte configura
notificação de lançamento.
b) o lançamento é feito por homologação.
c) não se admite, como contribuinte, o possuidor do imóvel a qualquer título.
d) tem como função preponderante funcionar como forma direta de intervenção do Estado no
domínio econômico, ou seja, a extrafiscalidade.
e) é inconstitucional a lei do município que reduz o IPTU sobre imóvel ocupado pela residência
do proprietário, que não possua outro.

Análise das alternativas:


a) Certa. Vide Súmula 397 do STJ.

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 397 do STJ: O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do
carnê ao seu endereço.

b) Errada. O lançamento do IPTU é feito de ofício.


c) Errada. O possuidor do imóvel a qualquer título, desde que com animus domini, é considerado
contribuinte do IPTU.
d) Errada. O IPTU é primariamente fiscal, ou seja, sua finalidade principal é arrecadar recursos
para custear a atividade estatal. Entretanto, no que tange ao IPTU progressivo no tempo, desta-
ca-se o caráter extrafiscal, pois tem o objetivo de intervir em uma situação social ou econômica.
e) Errada. Tal lei é perfeitamente constitucional, consistindo em um benefício fiscal. Conforme
Súmula 539 do STF.

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JURISPRUDÊNCIA
Súmula 539 do STF: É constitucional a lei do Município que reduz o imposto predial
urbano sobre imóvel ocupado pela residência do proprietário, que não possua outro.

Letra a.

028. (FGV/ISS-CUIABÁ/AUDITOR-FISCAL/2016) O imóvel X, de propriedade a Igreja


Cristã ABC, é utilizado para escritório e residência de pastores e diáconos da igreja.
Anualmente, a Igreja Cristã recebe o carnê do Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial
Urbana – IPTU referente ao imóvel X.
Sobre a hipótese apresentada, tendo em vista o entendimento do Supremo Tribunal Federal,
assinale a afirmativa correta.
a) Está correto o lançamento do IPTU, tendo em vista que o imóvel é um local para residência,
não se tratando, portanto, de espaço para a prática de atividades religiosas.
b) Não está correto o lançamento do IPTU, uma vez que o carnê do imposto deve ser emitido
mensalmente, sob pena de ferir o princípio da capacidade contributiva.
c) Não está correto o lançamento do IPTU, uma vez que o imóvel goza de imunidade tributária.
d) Não está correto o lançamento do IPTU, tendo em vista que não houve ocorrência do fato
gerador do imposto.
e) Não está correto o lançamento do IPTU, tendo em vista que o contribuinte do imposto são
os pastores e diáconos residentes no imóvel.

A situação apresentada, segundo entendimento do STF (ARE 694453 DF), é um caso de imuni-
dade tributária, o que impede o lançamento do IPTU.
Letra c.

029. (FUNRIO/PREF. DE TRINDADE-GO/PROCURADOR/2016) Considerando as regras da


anterioridade e anualidade em matéria tributária relativa ao IPTU, a afirmativa correta é:
a) A alteração de alíquota produz efeitos imediatamente.
b) À majoração da base de cálculo, prevista em lei, se aplica exclusivamente a anterioridade
nonagesimal.
c) A atualização anual da base de cálculo, com base em índices oficiais de inflação, poderá ser
procedida por ato do poder executivo.
d) A majoração prevista em lei somente poderá produzir seus efeitos no exercício posterior ao
que entrou em vigor a lei, se estiver considerado o reajuste na lei orçamentária anual.
e) A majoração progressiva da alíquota prevista na lei 10.257/2001 deverá ser precedida de lei
específica para cada aumento, observando, todas as leis de reajuste, a anterioridade clássica.

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IPTU – Parte I
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Análise das alternativas:


a) Errada. A alteração da alíquota do IPTU deve obedecer aos princípios da anterioridade e da
noventena. Ressalta-se que o IPVA e o IPTU não cumprem o princípio da noventena quando se
tratar de aumento de base de cálculo. Obedecem apenas ao princípio da anterioridade.
Ao final da aula temos uma tabela sobre as exceções ao princípio da anterioridade da noventena.
b) Errada. À majoração da base de calculo do IPTU não se aplica a anterioridade nonagesimal.
c) Certa. De acordo com a Súmula 160 do STJ.
d) Errada. Não há tal necessidade.
e) Errada. A Lei 10.257/2001 (Estatuto da Cidade) prevê a possibilidade de majoração da alíquota
em se tratando do IPTU Progressivo no tempo, não havendo necessidade de lei específica para
cada aumento.
Letra c.

030. (CONSULTEC/PREF. DE ILHEUS-BA/AUDITOR-FISCAL/2016) O Imposto sobre a


Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU - tem como fato gerador
a) a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel, por natureza ou por acessão física,
como definido na lei civil.
b) a posse, o domínio útil ou a posse de bem imóvel, por natureza ou por acessão física, como
definido na lei de Diretrizes Orçamentárias.
c) a posse ou propriedade de bem imóvel.
d) a manutenção de terrenos e imóveis efetivamente habitados.
e) os terrenos onde se encontram o Município de Ilhéus.

Questão tranquila com base no art. 32 do CTN.


Letra a.

031. (INSTITUTO LEGATUS/CÂMARA MUNICIPAL DE BERTOLÍNIA-PI/PROCURADOR/2016)


No que se refere ao IPTU progressivo no tempo, o Estatuto das Cidades (Lei n.), limita a alí-
quota máxima a:
a) 15% (quinze por cento).
b) 5% (cinco por cento).
c) 20% (vinte por cento).
d) 30% (trinta por cento).
e) 10% (dez por cento).

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Vide art. 7º, § 1º do Estatuto das Cidades.


Letra a.

032. (UFMT/DPE-MT/DEFENSOR PÚBLICO/2016) No tocante à aplicação da progressividade


no tempo ao imposto sobre a propriedade territorial urbana (IPTU), é correto afirmar:
a) A progressividade urbanística do IPTU é compreendida como modalidade de tributação ex-
cessiva com efeito semelhante ao confiscatório, uma vez que sua finalidade precípua é retirar
a propriedade imobiliária do particular para transferi-la ao Poder Público Municipal.
b) É medida com função nitidamente fiscal, pois visa aumentar a arrecadação do Município
mediante aumento progressivo das alíquotas do IPTU.
c) A instituição da progressividade no tempo confere ao IPTU uma função extrafiscal para ob-
tenção de certas metas que prevalecem sobre os fins meramente arrecadatórios de recursos
monetários.
d) A cobrança progressiva no tempo do IPTU está relacionada com a função social da proprie-
dade, razão pela qual atinge os proprietários de imóveis com menos tempo de utilização.
e) A progressividade urbanística do IPTU pode ser afastada quando o uso inadequado do imóvel
for justificado pela falta de recursos financeiros de seu proprietário.

Análise das alternativas:


a) Errada. A finalidade precípua da progressividade urbanística do IPTU é fazer com que o imóvel
cumpra a sua função social.
b) Errada. É uma medida com função nitidamente extrafiscal.
c) Certa. Conforme comentários da aula.
d) Errada. A cobrança do IPTU progressivo no tempo não tem relação com o tempo de propriedade.
e) Errada. Não há tal possibilidade de afastamento.
Letra c.

033. (FCC/ELETROBRÁS/ADMINISTRAÇÃO/2016) Considere que determinado Município,


em face da queda de arrecadação de tributos que vem experimentando no exercício em curso,
pretenda ampliar a receita proveniente da cobrança de Imposto Predial e Territorial Urbano −
IPTU. Considerando os preceitos constitucionais que regem a matéria, a Municipalidade poderá
a) aumentar o tributo, independentemente de lei, desde que para o próximo exercício, observan-
do, assim, o princípio da anualidade.
b) aumentar a base de cálculo do imposto, com incidência a partir do exercício seguinte e após
90 dias da edição de lei específica.

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c) criar novo tributo, na forma de taxa e com a mesma base de cálculo do IPTU, mediante lei,
observados os princípios da anterioridade e anualidade.
d) estender a cobrança do referido imposto à propriedade territorial rural, mediante lei específica,
com vigência apenas a partir do exercício seguinte à sua publicação.
e) majorar alíquotas, de forma progressiva, com incidência ainda no exercício em curso, desde
que observada a anterioridade de 90 dias.

Análise das alternativas:


a) Errada. Para se aumentar um tributo há necessidade de lei (princípio da legalidade) e de se
observar o princípio da anterioridade.
b) Certa. Sabemos que o aumento da base de cálculo do IPTU não precisa esperar 90 dias por
exceção ao princípio da noventena. Mas se a municipalidade quiser esperar, ela pode?
Com certeza.
Dessa forma, o princípio da anterioridade é obrigatório. Não haveria necessidade de se esperar
90 dias, mas se a Municipalidade quiser esperar, ela pode.
c) Errada. A taxa não pode ter a mesma base de cálculo de um imposto.
d) Errada. Tendo em vista que o ITR é de competência da União, um Município não pode estender
os efeitos de suas leis a esse tributo.
e) Errada. O IPTU não é exceção ao princípio da anterioridade.
Letra b.

034. (BIO RIO/PREF. DE BARRA MANSA/ADVOGADO/2016) Identifique as afirmativas a


seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) O IPTU é um imposto de competência municipal, que possui como fato gerador a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bem imóvel, por natureza ou por acessão física, como definido na
lei civil, localizado na zona urbana do Município.
( ) Florentina é proprietária de um terreno que está localizado a quinhentos metros de distância
de uma escola primária e de um posto de saúde, não existindo nenhum outro melhoramento ou
serviço mantido pelo público que sirva a sua casa. Nesse caso, pode-se afirmar que, como o
terreno não encontra-se em zona urbana, a proprietária terá imunidade ao pagamento de IPTU.
( ) É facultado ao Poder Público Municipal, mediante lei específica para área incluída no plano
diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado
ou não utilizado, que promova o seu adequado aproveitamento, sob pena, de além de outras
formas de apenação, ser instituído o IPTU progressivo no tempo.
( ) Ainda quando alugados a terceiros, permanece isento ao pagamento de IPTU o imóvel per-
tencente a uma entidade sindical de trabalhadores, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado
nas atividades essenciais de tal entidade.

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( ) O prefeito de determinado município fez a atualização monetária da base de cálculo do IPTU,


por Decreto, que foi publicado em Diário Oficial no dia 1º de dezembro de 2015. Não obstante
a atualização tenha sido feita seguindo rigorosamente o índice oficial de correção monetária,
pode-se afirmar que ocorreu ofensa ao princípio da legalidade tributária, que exige que a majo-
ração de tributos ocorra mediante lei.
Assinale a opção que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo:
a) V – V – F – F – V
b) F – V – V – V – F
c) F – F – F – V – V
d) V – F – V – F – F

Análise das afirmativas:


I – Verdadeira. Conforme o art. 32 do CTN.
II – Falsa. Não se trata de uma hipótese de imunidade tributária, mas sim uma hipótese de não
incidência.
III – Verdadeira. Vide art. 182, § 4º da CF.
IV – Falsa. Vide Sumula Vinculante 52 do STF. Trata-se de uma hipótese de imunidade e não
de isenção.
V – Falsa. A Súmula 160 do STJ dispensa a necessidade de lei para efetuar a atualização
monetária.
Letra d.

035. (CESPE/MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2017) Um imóvel localizado na área urbana


de determinado município é utilizado por seu proprietário comprovadamente para o exercício
exclusivo de atividades agrícola e pecuária.
Nessa situação hipotética,
a) é cabível apenas a cobrança do ITR, por expressa previsão legal, uma vez que o imóvel é
utilizado em exploração agrícola e pecuária.
b) o IPTU e o ITR serão tributos devidos e cobrados cumulativamente, pois se referem a dois
fatos geradores distintos: o IPTU será devido em razão da propriedade urbana; o ITR será devido
pelo uso de imóvel em atividades agrícola e pecuária.
c) embora sejam devidos, os dois tributos não poderão ser cobrados cumulativamente, pois
ambos incidem sobre o mesmo bem, devendo ser aplicado o princípio da não cumulatividade:
o contribuinte terá o direito de descontar do valor do IPTU devido o montante que for eventual-
mente pago a título de ITR.
d) somente será cabível a cobrança do IPTU, uma vez que o critério aplicado pelo CTN é o da
localização do imóvel, sendo irrelevante a destinação dada por seu proprietário.

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IPTU – Parte I
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A questão tem como base a jurisprudência do STJ que se baseia no art. 15 do Decreto-Lei 57/1966.

JURISPRUDÊNCIA
DECISÃO DO STJ
STJ, Primeira Seção – REsp 1.112.646-SP, Rel. Min. Herman Benjamin julgado em
26/08/2009.
EMENTA
TRIBUTÁRIO. IMÓVEL NA ÁREA URBANA. DESTINAÇÃO RURAL. IPTU. NÃO-INCIDÊNCIA.
ART. 15 DO DL 57/1966. RECURSO REPETITIVO. ART. 543-C DO CPC
1. Não incide IPTU, mas ITR, sobre imóvel localizado na área urbana do Município, desde
que comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou
agroindustrial (art. 15 do DL 57/1966).
2. Recurso Especial provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e da Reso-
lução 8/2008 do STJ.

Letra a.

Dicler Ferreira
Ex-Auditor-Fiscal do Estado da Paraíba, Ex-Auditor-Fiscal de Tributos do Município de São Paulo e atual
Conselheiro Substituto do TCM-RJ (aprovado em 2º lugar). Também foi aprovado nos concursos de
Auditor-Fiscal do Estado do Rio Grande do Sul e Conselheiro Substituto do TCE-AM. Ministra aulas das
disciplinas Direito Civil, Direito Penal e Legislação Tributária Municipal.

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