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Legislação Tributária Estadual

Prof. Wilson Tavares

Sumário

SUMÁRIO ............................................................................................................... 2
1- ESTRUTURA NORMATIVA OBJETO DO NOSSO ESTUDO ..................................... 3
2 - BREVE HISTÓRICO DO ICMS. ........................................................................... 6
3 - CONCEITO DO ICMS ........................................................................................ 7
3.1 - Revisão Tributos Diretos e Indiretos ................................................................... 8
3.2 - Não Cumulatividade ........................................................................................ 11
3.3 - A isenção ou não-incidência ............................................................................. 14
3.4 - Seletividade ................................................................................................... 18
3.5 – Vinculação da arrecadação do Tributo - Revisão ................................................. 21
4- IMUNIDADE ESPECÍFICA DO ICMS ................................................................. 22
5- OUTRAS IMUNIDADES QUE ABRANGEM O ICMS ............................................. 24
6- RESOLUÇÕES DO SENADO FEDERAL ............................................................... 29
7- IPI NA BASE DE CÁLCULO DO ICMS ..................................................................... 37
7.1 - Exemplo da forma de calcular o IPI/ICMS .......................................................... 38
8- A IMPORTÂNCIA DA LEI COMPLEMENTAR PARA O ICMS ................................ 39
9- ICMS E ISS - FORN DE MERC COM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ......................... 43
9.1 - Serviço de Bufê .............................................................................................. 45
9.2 - Empreiteira e o fornecimento de vigas. .............................................................. 45
9.3 - Material fornecido pelo prestador do serviço. ...................................................... 46
9.4 - Tarifa de hospedagem. Alimentação/Gorjeta inclusa ............................................ 47
9.5 - Peças e partes empregadas .............................................................................. 49
9.6 - ISS – Streaming ............................................................................................. 50
9.7 - Composição gráfica ......................................................................................... 51
9.8 - Remédio Manipulado ....................................................................................... 52
9.9 - Software e ISS ............................................................................................... 53
9.10 – Outras jurisprudências importantes ................................................................ 54
RESUMÃO ........................................................................................................... 55
10- LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS .............................................................. 56
11- EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DENTRO DA TEORIA............................................. 79
11- QUESTÕES COMPLEMENTARES ..................................................................... 87
12- GABARITO .................................................................................................... 99
13- REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO .................................................................. 103
CADERNO DE QUESTÕES ................................................................................... 103

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1- Estrutura Normativa Objeto do nosso estudo


Arcabouço jurídico geral do concurso SEFAZ:
1. Art. 155, I, II e III CRFB/88;
2. Lei Complementar nº 87/96 (Lei Kandir);
3. Código Tributário Nacional (CTN);
4. Lei Complementar Federal nº 24/75;
5. Código Tributário Estadual e atualizações Pós Edital

No estudo de Direito Tributário, vimos que o CTN, em seu art. 5º e o art. 145 da CF
adotaram a Teoria Tripartite. Ou seja, os tributos são divididos em 3 espécies: impostos,
taxas e contribuições de melhoria.
Entretanto, há uma corrente que defende que as espécies tributárias existentes são 5
(Teoria Pentapartida), incluindo, além das já mencionadas, os empréstimos
compulsórios e as contribuições especiais, definidos no art. 145 e 149 da CF,
respectivamente.
O STF adota em suas decisões a Teoria Pentapartida e é a teoria amplamente cobrada
em provas de concurso público.
No entanto, temos que tomar CUIDADO! Se for perguntado quais são as espécies
tributárias “de acordo com o CTN”, lembre-se de que são apenas três!

Imposto

Taxa
Teoria Tripartida
(CTN)
Contribuição de
Espécies de tributos melhoria

Teoria PENTApartida
(STF) Empréstimos
Compulsórios

Contribuições especiais

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Os tributos estaduais serão objeto de estudo do nosso curso. TODOS os dispositivos


legais previstos no Código Tributário Estadual serão explicados. Os artigos serão
revisados por meio de esquemas resumidos para melhor compreensão do conteúdo.
Além disso, o curso deixará disponível centenas de questões de concursos das
principais bancas do país e questões inéditas, todas as questões serão comentadas.
Sendo assim, vamos iniciar nosso estudo pelos impostos.
Vejamos o que diz a CF/88 sobre os impostos de competência dos Estados e do Distrito
Federal:

ICMS
IPVA

ITCMD

Compete aos E + DF
impostos
A constituição federal em seu Art. 155 define quais impostos são de competência dos
estados. Logo em seguida, a Constituição Federal traz os princípios aplicáveis a todos os
estados e DF referente ao ITCD, ICMS e IPVA.
A competência tributária é a atribuição dada pela Constituição Federal aos entes
políticos do Estado (União, governos estaduais, Municípios e Distrito Federal) da
prerrogativa de instituir os tributos.
Entretanto, a Constituição Federal de 1988 outorgou a cada um desses entes,
determinados tributos próprios, para que eles pudessem fazer frente as suas despesas.
Essa outorga é denominada "competência tributária".

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Por exemplo, a Constituição Federal outorgou poderes para que cada Estado institua o
seu ICMS, bem como defina as regras de sua incidência, tais como definição de alíquotas,
contribuintes e responsáveis.
A tabela abaixo mostra a competência de cada ente para a instituição de cada imposto
previsto na Constituição Federal.
União Estados e *DF Municípios
II, IE, IPI, IOF, IR, ITR, IGF IPVA, ICMS, ITCD ISS, ITBI, IPTU

1. FCC - AFTM (SJRP)


Diversas são as teorias acerca dos tipos de tributos, por exemplo, a teoria
a) quadripartida, que separa os tributos entre aqueles sobre a renda, sobre a
propriedade, sobre consumo e sobre as operações financeiras.
b) pentapartida, que separa os tributos em impostos, taxas, contribuições de melhoria,
empréstimos compulsórios e contribuições especiais.
c) tripartida, que separa os tributos entre aqueles aplicados pela União, pelos Estados
e pelos Municípios.
d) bipartida, que separa os tributos em nacionais e internacionais.
e) única, que trata tributos como sanções pecuniárias por atos ilícitos.
Resolução:
 Para o CTN - Teoria Tripartite: Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria.
 Para a Doutrina majoritária e o STF - Teoria Pentapartida: Impostos, Taxas,
Contribuições de Melhoria, Empréstimos Compulsórios e as Contribuições Especiais.
B

Questões importantes: #1908157 #1016793

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2 - Breve Histórico do ICMS.


ICMS surgiu depois da unificação de 6 impostos.

1. Impostos sobre Circulação de mercadorias


2. Imposto único sobre Minerais
3. Imposto único sobre Combustíveis líquidos e gasosos
4. Imposto único sobre Energia Elétrica
5. Imposto único sobre Transportes
6. Imposto único sobre Comunicação

O ICMS foi criado pela atual Constituição de 1988. Devido à complexidade resultante
dessa fusão, o constituinte dedicou bastante atenção ao referido tributo. Vamos iniciar
nossos estudos pelos conceitos gerais do ICMS previsto na Constituição Federal.

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3 - CONCEITO DO ICMS

Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações


de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda
que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

O ICMS é um dos principais responsáveis pela arrecadação no Brasil, junto com o IR e


o IPI. Portanto, imposto indiscutivelmente fiscal.

Além disso, algumas características do ICMS:


1. O ICMS é não cumulativo e poderá ser seletivo em função da essencialidade
do produto.
A característica da seletividade possibilita a extrafiscalidade, como função secundária,
do ICMS.
Justamente por essa complexidade é que o constituinte trouxe muitos incisos no art.
155, §2º, e também os legisladores editaram duas Leis Complementares:
 a Lei 87/1996, a famosa Lei Kandir (traz normas gerais sobre fato gerador, base
de cálculo, contribuintes e o regime de substituição tributária) e
 a Lei 24/1975, que dispõe sobre convênios, incentivos e isenções.
Além disso tudo. Temos o código tributário estadual. Ou seja, há vários dispositivos
importantes que o candidato precisa saber para conseguir uma boa nota na prova. O
curso será organizado de forma a ser um facilitador no seu processo de aprendizado.

Questões importantes: #745884

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Vamos para os dispositivos constitucionais, mas antes uma questão para esquentar.

2. (FCC/ AFRM / Pref. Teresina) O ICMS é um imposto


a) não seletivo, não cumulativo e direto.
b) seletivo, cumulativo e indireto.
c) não seletivo, cumulativo e indireto.
d) seletivo, não cumulativo e direto.
e) seletivo, não cumulativo e indireto.
Resolução:
Seletivo: PODE variar em função da essencialidade do produto.
Não cumulativo: seu montante cobrado nas operações anteriores pode ser
compensado nas prestações subsequentes.
Indireto: seu encargo financeiro pode ser transferido para um terceiro alheio à lei
tributária.
O ICMS é um imposto indireto, possuindo contribuinte de fato e de direito, e real,
incide sobre a res, a coisa.
E

Questões importantes: #1756710 #1877246 #2036549

3.1 - Revisão Tributos Diretos e Indiretos


Tributos indiretos: são tributos nos quais o contribuinte de direito não é o mesmo
que paga o tributo (contribuinte de fato), nessa classificação, o encargo financeiro do
tributo indireto é transferido para um terceiro, que arca com todo ônus tributário.
Representam essa classificação, via de regra, os tributos incidentes sobre o consumo e
os IVAs. Ex: ISS, IPI, ICMS, PIS, COFINS.

Tributos diretos: são tributos em que o contribuinte de fato coincide com o


contribuinte de direito. Aquele que paga o tributo é o mesmo que a lei estipulou como
sujeito passivo da obrigação tributária. Ex: IR, ITCMD, ITBI, etc.

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3. (TRF - 2ª Região/Juiz Federal)


Entre as opções abaixo, assinale aquela que lista apenas impostos que são,
classicamente e pela sua natureza, classificados como INDIRETOS:
a) Imposto de Resposta, IPI e COFINS.
b) ICMS, FUNRURAL e taxa judiciária.
c) Imposto de Renda, IPVA e IPTU.
d) IPTU, ICMS e transmissão causa mortis.
e) IPI, ICMS e ISS.
Resolução:
a) Imposto de Resposta, IPI e COFINS. (imposto pessoal direto, extrafiscal indireto, fiscal
direto)
b) ICMS, FUNRURAL e taxa judiciária. (imposto real indireto, fiscal indireto, extrafiscal
direto)
c) Imposto de Renda, IPVA e IPTU. (pessoal direto, fiscal direto, fiscal direto)
d) IPTU, ICMS e transmissão causa mortis. (fiscal direto, real indireto, pessoal direto)
e) IPI, ICMS e ISS (fiscal indireto, real indireto, fiscal indireto)
Caso necessário, faça uma revisão no seu material de Direito Tributário nos assuntos
“definições e características gerais do Tributo”.
E

Questões importantes: #1521682 #2030401

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Quanto à possibilidade de repercussão do encargo econômico-financeiro:


Indireto: são tributos que, em virtude de sua configuração jurídica, permitem
translação do seu encargo econômico-financeiro para uma pessoa diferente daquela
definida em lei como sujeito passivo.
 Ex: ICMS, pois o contribuinte repassa ao consumidor o ônus econômico-
financeiro.
Direto: são os tributos que não permitem a transferência do ônus econômico-
financeiro, de forma que a pessoa definida em lei como sujeito passivo é a mesma que
sofre o impacto econômico-financeiro do tributo.
 Ex: Imposto sobre a renda, pois não há previsão de transferência do ônus
financeiro a outra pessoa.
Quanto aos aspectos objetivos e subjetivos da hipótese de incidência:
Real: são tributos que incidem sobre as coisas e não levam em consideração aspectos
pessoais do sujeito passivo.
 Ex: IPVA, pois incide sobre a propriedade do veículo automotor, não importando
nenhuma característica pessoal do sujeito passivo. O ICMS também é real, já que leva em
consideração as mercadorias e serviços.
Pessoal: são tributos que incidem de forma subjetiva, ou seja, consideram aspectos
pessoais do contribuinte.
 Ex: Imposto sobre a renda, visto que leva em consideração a quantidade de
dependentes, despesas com saúde e educação etc.

4. CEBRASPE (CESPE) - Auditor-Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ RS)/2019


O ICMS é espécie tributária que pode ser classificada como um imposto
a) direto e especial, que deverá ser seletivo.
b) indireto e real, que poderá ser seletivo.
c) direto e pessoal, que deverá ser seletivo.
d) indireto e pessoal, que poderá ser seletivo.
e) direto e real, que poderá ser seletivo.

ICMS É indireto e real! Poderá ser seletivo.


B

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3.2 - Não Cumulatividade

CF/88 Art. 155 §2.º O imposto previsto no inciso II (ICMS) atenderá ao seguinte:
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante
cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;
A não cumulatividade é uma determinação constitucional prevista no art. 155, §2º,I.
Importante entendermos a regra desse princípio. A exceção vem logo depois.
Toda vez que a mercadoria é comprada e revendida, o valor do imposto que foi pago
na compra será descontado (creditado) do valor do imposto devido na revenda.
Vamos olhar nosso exemplo ilustrado:
“B” compra uma mercadoria “X” de “A”.
B revende a C essa mesma mercadoria.
O valor que B pagou de imposto será creditado do valor total devido ao estado.
Mas para isso, deve vender também com ICMS essa mercadoria.

Preço Merc. X = $1000


Alíquota ICMS = 17%

B pagou a A = $1000
Creditou $170

B revendeu por $1500


ICMS = 17% x $1500 = $255
A recolheu aos cofres
Mas B tem crédito de $170
públicos = $170
portanto recolheu aos cofres
públicos = $255 - $170 = $85

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Esse é o princípio da não-cumulatividade


Veja que o governo recebeu os $255 referentes a última venda ao consumidor.
Entretanto, recebeu ao longo da cadeia.
Na primeira operação recebeu os $170 do vendedor A. Depois recebeu mais $85 do
vendedor B. Se houvesse cumulatividade, o governo teria recebido os $170 do vendedor
A mais os $255 do vendedor B, totalizando $425.
A regra geral é que o imposto seja plurifásico para justificar a compensação entre
débitos e créditos.
Periodicamente, faz-se uma comparação entre os débitos e créditos. Caso os débitos
sejam superiores aos créditos, o contribuinte deve recolher a diferença aos cofres
públicos. Caso os créditos sejam maiores, a diferença pode ser compensada
posteriormente ou mesmo, cumpridos determinados requisitos, ser objeto de
ressarcimento.

5. ( AFRE-SC) Assinale a alternativa correta, quanto ao ICMS:


a) O ICMS é um imposto não-cumulativo.
b) O ICMS é um imposto de competência exclusiva dos Estados.
c) O ICMS é um imposto cumulativo, não podendo ser compensado.
d) O ICMS, por incidir em cada etapa da circulação de mercadoria, dispensa a emissão
de nota ou cupom fiscal.
e) O ICMS é um imposto que pode ser tanto cumulativo como não-cumulativo.
Resolução:
§ 2.º O imposto previsto no inciso II (ICMS) atenderá ao seguinte:
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante
cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;

Questão bem fácil. Mas não se engane aluno. Teremos um aprofundamento maior no
estudo do princípio da não cumulatividade.
A

Questões importantes: #1802968 #1784090 #1862611 #1896391

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Todavia, em certas ocasiões, é possível que uma ou algumas das fases de circulação da
mercadoria não seja onerada com o ICMS. É o caso quando se tem a isenção ou não
incidência. Professor, quando não seguimos a regra?
É quando a revenda não possui ICMS! Vamos a previsão Constitucional

CF/88 Art. 155 § 2.º, II - A isenção ou não-incidência, salvo determinação em


contrário da legislação:
 não implicará crédito para compensação com o montante devido nas
operações ou prestações seguintes;
 acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;

Salvo determinação em
contrário da legislação

ICMS
Isento ou Não-Incidente

Não implica em Anula crédito de


crédito operações anteriores

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3.3 - A isenção ou não-incidência


Com os exemplos abaixo, conseguiremos entender a regra e as exceções desse
importante dispositivo.
Vamos para o primeiro exemplo: compra de mercadorias isentas.
EXEMPLO 1: compra de mercadorias isentas do ICMS para revenda.

A B

Mercadoria (entrada) R$ 1000,00


Mercadoria R$ 1000,00
ICMS crédito R$ 0,00
ICMS débito => isenção
Isenção na entrada NÃO gera crédito

Nesse caso, aconteceu a anulação do crédito relativo às operações anteriores.


Em regra, a isenção ou não incidência acarretará a anulação do crédito relativo às
operações anteriores.
Vamos exemplificar os termos do inciso II, §2º, art. 155, CRFB/88.
“A isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da legislação,
não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações
ou prestações seguintes;”
Vamos para o exemplo número 2!!!

EXEMPLO 2: nas compras com destaque do ICMS, caso a venda seja isenta de ICMS,
não poderá se creditar o imposto destacado na NFe de compra.
Imagine que a empresa B tenha comprado a mercadoria e tenha lançado em sua
contabilidade um crédito do ICMS.
Contudo, a empresa B vende para a pessoa C com isenção de ICMS. Nesta eventual
hipótese de houver sido creditado o ICMS, a empresa B deverá ser estornar o crédito do
ICMS. Como mostra o esquema abaixo.

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Venda Venda
Alíquota = 17% Com isenção

A
B C

Mercadoria R$ 1000,00
ICMS débito R$ 170,00
Mercadoria (entrada) R$ 1000,00

ICMS crédito >>> ANULADO


ICMS na entrada NÃO gera crédito

EXEMPLO 3: Venda isenta, mas com previsão em Legislação de manutenção do


Crédito.
ATENÇÃO para exceção da exceção!
A legislação pode definir situações em que o crédito não será anulado, nesse caso onde
houver autorização legislativa: o crédito do imposto cobrado na operação anterior
poderá ser mantido para compensar com outras operações tributadas.

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6. (FCC/ AFRE-MA)
De acordo com a Constituição Federal e com a Lei Complementar no 87/1996, a
isenção ou não-incidência do ICMS:
a) implicará, salvo disposição da legislação em contrário, vedação ao crédito para
compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes, exceto
quando se tratar de operações que destinem álcool carburante e seus derivados a outros
Estados.
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores, exceto quando
houver determinação em contrário da legislação.
c) implicará, necessariamente, vedação ao crédito para compensação com o montante
devido nas operações ou prestações seguintes.
d) acarretará, necessariamente, a anulação do crédito relativo às operações
anteriores, inclusive quando se tratar de operações que destinem mercadorias para o
exterior.
e) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores, inclusive quando
se tratar de operações com o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos.
Resolução:
Item A) ERRADO. A operação interestadual com combustível é imune ao ICMS quando
for revenda em operações interestadual.

B) CERTO CF Art. 155 § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte


II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores.

Item C) ERRADO. A isenção ou não-incidência pode implicar em crédito para


compensação se permitido pela legislação.

Item d) ERRADO. Na exportação há crédito de ICMS

Item E) ERRADO. Vamos estudar em momento propício. Mas já vai absorvendo.


Não se estornam créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a ser objeto de
operações ou prestações destinadas ao exterior ou de operações com o papel destinado à
impressão de livros, jornais e periódicos.
B

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Exemplo de questão que exige um aprofundamento maior.

7. (FGV/SEFIN-RO/2018) Sobre o princípio da não-cumulatividade do


ICMS, assinale a afirmativa correta.
a) O ICMS incidente sobre a energia elétrica consumida pelas empresas de
telecomunicação, que promovem processo industrial por equiparação, não pode ser
creditado para abatimento do imposto devido quando da prestação dos serviços.
b) O direito ao crédito para compensação com o montante devido nas operações
seguintes é garantido, ainda que a saída da mercadoria seja isenta ou não tributada.
c) O direito de o estabelecimento utilizar o crédito de ICMS extingue-se depois de
decorridos cinco anos contados da data de emissão do documento.
d) O direito ao crédito das mercadorias destinadas ao uso ou ao consumo do
estabelecimento, nele entradas, é garantido.
e) Ao comerciante, ainda que de boa-fé, é vedado aproveitar os créditos de ICMS
decorrentes de nota fiscal posteriormente declarada inidônea.
Resolução
O princípio da não cumulatividade será aprofundado durante o curso. Essa questão é
apenas mostrar o que teremos pela frente.
De acordo com o art. 23, par. único, da Lei Kandir (LC 87/96), o direito de utilizar
o crédito extingue-se depois de decorridos cinco anos contados da data de
emissão do documento.

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3.4 - Seletividade
O princípio da seletividade ou a técnica de tributação da seletividade objetiva, de forma
indireta, graduar a carga tributária do imposto de acordo com a capacidade contributiva
dos consumidores, tendo em vista que consiste na previsão de alíquotas conforme a
natureza ou a finalidade dos bens, produtos ou mercadorias.
A essencialidade do produto realmente constitui critério para diferenciação das
alíquotas, que homenageia e concretiza o princípio da capacidade contributiva. Isso
porque os produtos essenciais são consumidos por toda a população, enquanto os
produtos supérfluos são consumidos apenas por aqueles que, já tendo satisfeito suas
necessidades essenciais, dispõem de recursos adicionais para tanto
O ICMS “poderá ser seletivo”.
A seletividade em função da essencialidade das mercadorias e serviços, no caso do
ICMS, é um princípio orientador (não impositivo) diferentemente do que ocorre com
o IPI. Vale mencionar que a seletividade do ICMS é facultativa – posição doutrinária
dominante –, enquanto a seletividade do IPI é obrigatória.

JURISPRUDÊNCIA ATUAL e NOVA REGRA NO CTN:


O STF declarou a inconstitucionalidade das previsões de alíquotas sobre as
operações de energia elétrica e serviços de telecomunicação EM PATAMAR SUPERIOR
ao das OPERAÇÕES EM GERAL, considerada a essencialidade dos bens e serviços.
A corrente vencedora do STF, mesmo considerando outros elementos, além da
essencialidade do serviço ou do produto, inexiste razão para se submeter, como
regra, a energia elétrica e o serviço de telecomunicação seja qual for seu consumidor
ou mesmo o nível de consumo à alíquota de ICMS maior do que aquela incidente
sobre as operações em geral, QUANDO ADOTADA A SELETIVIDADE, sob pena de
violar a eficácia negativa do preceito constitucional em questão, ao estabelecer a
mesma elevada alíquota que incide sobre produtos supérfluos para serviço e
produto de primeira ordem de essencialidade, atentando, assim, contra o conteúdo
mínimo da seletividade.
O legislador expandiu a decisão do STF e trouxe que operações com:
 COMBUSTÍVEIS, O GÁS NATURAL, A ENERGIA ELÉTRICA, AS COMUNICAÇÕES E
O TRANSPORTE COLETIVO
 são considerados bens e serviços essenciais e indispensáveis,
 que não podem ser tratados como supérfluos.

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E não podem ser tratados combustíveis, o gás natural,


como supérfluos
a energia elétrica,
são considerados bens e as comunicações
serviços essenciais e
indispensáveis
e o transporte coletivo

Para fins de  é vedada a fixação de alíquotas sobre as operações referidas no caput deste
incidência do artigo em patamar superior ao das operações em geral, considerada a
ICMS essencialidade dos bens e serviços; (Incluído pela LC nº 194/ 2022)
 - é facultada ao ente federativo competente a aplicação de alíquotas
reduzidas em relação aos bens referidos no caput deste artigo, como forma de
beneficiar os consumidores em geral; e (Incluído pela LC nº 194/2022)
 - é vedada a fixação de alíquotas reduzidas de que trata o inciso II deste
parágrafo, para os combustíveis, a energia elétrica e o gás natural, em
percentual superior ao da alíquota vigente por ocasião da publicação deste
artigo.

CTN Art. 18-A. Para fins da incidência do imposto de que trata o inciso II do caput
do art. 155 da Constituição Federal, os combustíveis, o gás natural, a energia
elétrica, as comunicações e o transporte coletivo são considerados bens e
serviços essenciais e indispensáveis, que não podem ser tratados como supérfluos.
Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo:
I - é vedada a fixação de alíquotas sobre as operações referidas no caput
deste artigo em patamar superior ao das operações em geral, considerada a
essencialidade dos bens e serviços; (Incluído pela LC nº 194/ 2022)
II - é facultada ao ente federativo competente a aplicação de alíquotas reduzidas
em relação aos bens referidos no caput deste artigo, como forma de beneficiar os
consumidores em geral; e (Incluído pela LC nº 194/ 2022)
III - é vedada a fixação de alíquotas reduzidas de que trata o inciso II deste
parágrafo, para os combustíveis, a energia elétrica e o gás natural, em
percentual superior ao da alíquota vigente por ocasião da publicação deste
artigo.

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8. CEBRASPE (CESPE) - AFRE (SEFAZ AL)


No que concerne ao Sistema Tributário Nacional, julgue o item subsecutivo.
A seletividade em razão da essencialidade do bem é obrigatória tanto para o IPI quanto
para o ICMS.
( ) Certo ( ) Errado

SELETIVO

IPI ICMS
DEVE PODE

Errado

9. (FUNCAB/ISS SALVADOR)
O princípio tributário da seletividade aplica-se ao:
a) IOF b) ITR c) PIS d) ICMS e) IR
Princípio da Seletividade:
"O objetivo final do princípio é conseguir, de maneira indireta, graduar a carga
tributária do imposto de acordo com a capacidade contributiva dos consumidores, uma
vez que os produtos essenciais são consumidos por todas as classes sociais, devendo,
justamente por isso, estar sujeitos a uma suave ou inexistente carga tributária.
Já os gêneros supérfluos são resumidamente consumidos apenas (ou, ao menos,
principalmente) pelas classes sociais mais privilegiadas, devendo ser tributados de
uma maneira mais gravosa." Ricardo Alexandre
D

Questões importantes: #113078 #1991722 #1921485 #1877225

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3.5 – Vinculação da arrecadação do Tributo - Revisão


Os impostos são tributos não vinculados que incidem sobre manifestações de
riqueza do sujeito passivo.
Um resumo desses conceitos é apresentado a seguir:
– fato gerador é uma atividade estatal específica
Tributo vinculado
 (ex: taxas)
Tributo não – independe de qualquer contraprestação estatal.
vinculado  (ex: impostos)
Tributo de – despesas determinadas
arrecadação
vinculada  (ex: empréstimos compulsórios)

Tributo arrecadação – não possui despesas determinadas


não vinculada  (ex: impostos)

CTN Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.
Os impostos se sustentam sobre a ideia da solidariedade social, visto que quem
manifesta riqueza é obrigado a contribuir com o estado para a consecução do bem
comum.

10. CEBRASPE (CESPE) - AFRE (SEFAZ AL)/2020


A respeito da competência tributária e do conceito e da classificação dos tributos,
julgue o item a seguir. Os impostos são tributos não vinculados cuja obrigação tem
como fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal
específica relativa ao contribuinte.
( ) Certo ( ) Errado
Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Essa característica de não vinculação o difere das contribuições de melhoria e das
taxas, porquanto, essas, vinculam-se a uma contraprestação por parte da administração
pública.
Certo
Questões importantes: #2015270 #2029190 #1143443 #477741

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4- Imunidade específica do ICMS

Para algumas operações e prestações é constitucionalmente vedada a incidência do


ICMS. Vamos estudar as imunidades que se aplicam ao ICMS.

Exportações com manutenção do crédito.

Operação interestadual com petróleo e seus derivados, e


energia elétrica.

Ouro considerado Ativo Financeiro.

Serviço de Comunicação de recepção livre e gratuita.

É importante conhecer a literalidade do art. 155, § 2º, inciso X, CRFB/88 para provas
mais literais. Vou mostrar o dispositivo e fazer uma breve explicação ao final.

a) Não incidirá ICMS: sobre operações que destinem mercadorias para o


exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a
manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações
e prestações anteriores;

Obs.: O que se quer nesse caso é exportar mercadorias e não impostos.

b) Não incidirá ICMS: sobre operações que destinem a outros Estados, petróleo,
inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia
elétrica;

Obs.: A imunidade analisada pelo STF não se aplica a todo e qualquer derivado de
petróleo, mas somente aos combustíveis líquidos, gasosos e lubrificantes. Ex: O STF refutou
a tese de que o fato de o polietileno ser derivado do petróleo.

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c) Não incidirá ICMS: sobre o ouro, quando ATIVO FINANCEIRO;


Obs.: A regra é mera reafirmação do que já consta no art. 153, §5.º da CF/88. A regra
impede que incida qualquer tributo sobre o ouro, quando o ouro é definido em lei como
ativo financeiro ou instrumento cambial, salvo o IOF devido na operação de origem.
d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão
sonora e radiodifusão de sons e imagens de recepção livre e gratuita;

Obs.: a cobrança do ICMS sobre a prestação do serviço de comunicação somente faz


sentido quando é feita a título oneroso.
 Os serviços de radiodifusão sonora => Rádio
 Os serviços de radiodifusão de sons e imagens => Televisão
Apenas a recepção livre e gratuita (Rádio e TV abertas) são imunes.

11. (FCC/ COPERGAS PE/Adaptada)


De acordo com a Constituição Federal, o imposto sobre operações relativas à circulação
de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação – ICMS (...)
a) não incide sobre operações que destinem energia elétrica a outros contribuintes,
nem sobre operações que destinem mercadorias para o exterior.
b) incide sobre operações que destinem brincos e anéis de ouro a outros Estados, mas
não incide sobre serviços prestados a destinatários no exterior.
c) incide nas prestações de serviço de comunicação, nas modalidades de radiodifusão
de sons e imagens de recepção livre e gratuita.
Resolução:
A) ERRADO. A imunidade do art. 155, §2º, X, "b" impede a tributação da energia
elétrica comercializada a outro contribuinte localizado em OUTRO ESTADO. A
alternativa não trouxe esse detalhe. A segunda parte, relativa à exportação, está correta.
B) CERTA. O ouro só é imune ao ICMS quando for ativo financeiro ou instrumento
cambial, art. 153, §5º.
C) ERRADO. Na forma gratuita há imunidade. Só se exige nos casos onerosos.
B

Questões importantes: #1896391 #1892489 #1736954 #1877225

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5- Outras Imunidades que abrangem o ICMS

a) Não incide sobre os livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua


impressão.

De fato, a educação é o meio pelo qual um povo se desenvolve, e a CF entende isso,


imunizando os livros e jornais da cobrança de impostos. Mas veja bem, impostos! Ok?
Porém, desde já devemos ficar atentos, a bancas gostam de explorar decisões com
repercussão geral em provas de concurso.
No que tange ao ICMS e às demais imunidades tributárias, deve se atentar para a nova
súmula vinculante:
Súmula Vinculante 57 "A imunidade tributária constante do art. 150, VI, d, da
CF/88 aplica-se à importação e comercialização, no mercado interno, do livro
eletrônico (e-book) e dos suportes exclusivamente utilizados para fixá-los,
como leitores de livros eletrônicos (e-readers), ainda que possuam
funcionalidades acessórias"

A imunidade tributária constante do artigo 150, VI, “d”, da Constituição Federal, aplica-
se ao livro eletrônico (e-book), inclusive aos suportes exclusivamente utilizados para
fixá-lo;
A imunidade tributária da alínea “d” do inciso VI do artigo 150 da Constituição Federal
alcança componentes eletrônicos destinados exclusivamente a integrar unidades
didáticas com fascículos.

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12. (FGV/Pref. Salvador -Especialista em Direito/ Adaptada)


A Editora WW Ltda. publica livros impressos e livros eletrônicos (e-books), além de
comercializar aparelhos eletrônicos especializados em leitura de obras digitais (e-
readers).
O sócio-gerente dessa editora, diante da dúvida quanto à incidência de imunidade
tributária objetiva sobre os itens por ela publicados e comercializados, consulta
Roberto, advogado tributarista, a respeito do tema.
Levando em conta a Constituição da República e a jurisprudência consolidada do
Supremo Tribunal Federal, assinale a opção que apresenta a resposta de Roberto.
a) A imunidade objetiva abarca livros impressos e livros eletrônicos, mas não alcança
aparelhos eletrônicos especializados em leitura de obras digitais.
b) A imunidade objetiva abarca apenas e tão somente livros impressos.
c) A imunidade objetiva abrange livros impressos, livros eletrônicos e aparelhos
eletrônicos especializados em leitura de obras digitais.
d) A imunidade objetiva abrange livros eletrônicos e aparelhos eletrônicos
especializados em leitura de obras digitais. Quanto aos livros impressos, a hipótese é de
mera isenção legal.
e) A imunidade subjetiva abrange livros impressos, livros eletrônicos e aparelhos
eletrônicos especializados em leitura de obras digitais.
Resolução: A imunidade subjetiva é aquela que leva em conta características de
uma pessoa física ou de uma pessoa jurídica (ex: partidos políticos), ao passo que a
imunidade objetiva leva em conta características de bens (Ex: Livros).
Logo, a questão é um caso de imunidade objetiva, visando a garantir a liberdade de
expressão do pensamento e da imprensa. Abrange livros, jornais e periódicos,
independentemente de seu conteúdo, e o papel utilizado para sua impressão.
Por fim, o item C se fundamenta na seguinte decisão do STF:
A imunidade tributária constante do art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal (CF),
aplica-se ao livro eletrônico (“e-book”), inclusive aos suportes exclusivamente
utilizados para fixá-lo.
C

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b) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras


musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral
interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos
digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas
de leitura a laser.

Os itens (a) e (b) se referem às imunidades cultural e fonográfica. Livros e


relacionados, fonogramas e videofonogramas brasileiros são imunes ao ICMS.

fonogramas e videofonogramas musicais


produzidos no Brasil

contendo obras musicais ou literomusicais de


autores brasileiros e/ou obras em geral
União, Estados, DF e interpretadas por artistas brasileiros
Municípios não podem
instituir IMPOSTOS
sobre bem como os suportes materiais ou arquivos
digitais que os contenham

salvo na etapa de replicação industrial de mídias


ópticas de leitura a laser

CUIDADO: essa nova regra somente imuniza a música que possua elementos de
conexão nacional: ser de autor brasileiro ou interpretada por artista brasileiro. Em
ambos casos, para gozar da imunidade, o fonograma ou videofonograma deve ser
necessariamente produzido no Brasil.
Um fonograma é uma gravação de som de uma interpretação musical. Videofonograma
é a gravação de som e imagem de uma interpretação musical. Suportes materiais de
fonogramas e videofonogramas são os CDs, DVDs e Blu-Rays. Na categoria de arquivos
digitais estão as músicas baixadas na internet, aplicativo de música para celulares
(exemplo: AppStore), etc.
Atenção à ressalva! A replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser nada
mais é que o processo industrial de multiplicação da matriz do CD ou DVD em cópias
idênticas, que pode ser tributado normalmente.

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13. (VUNESP/ Procurador Jurídico )


A Constituição Federal, dentre outras hipóteses que prevê, veda a instituição de
impostos sobre fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil,
contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral
interpretadas por artistas brasileiros, bem como os suportes materiais ou arquivos
digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de
leitura a laser. Referida vedação consiste em hipótese de:
a) imunidade genérica.
b) imunidade específica.
c) imunidade recíproca.
d) isenção constitucionalmente garantida.
e) remissão constitucionalmente admitida.
Resolução: Quando a CF traz algum dispositivo que vede a tributação de algum fato,
estamos diante de uma imunidade tributária. Imunidade é o dispositivo constitucional
que veda a tributação de uma pessoa, de uma atividade ou de um bem. A doutrina
clássica define imunidade como sendo uma regra de não incidência constitucionalmente
qualificada.
As imunidades podem ser divididas em:
I) Imunidades genéricas: são aquelas previstas pelo texto constitucional para atingir
inúmeros tributos ao mesmo tempo.
II) Imunidades específicas: são aquelas previstas pela CF apenas para determinado
tributo, de maneira pontual e específica.
Exemplos de imunidade genérica:
Imunidade Genérica Recíproca. Imunidade Genérica de Templos
Imunidade Genérica de Partidos Políticos e suas Fundações, Entidades Sindicais de
Trabalhadores, Instituições de Assistência Social e de Educação
Imunidade Genérica de Livros, Jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão
Imunidade Genérica de fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil

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Exemplos de imunidade específica:


Imunidade de contribuições especiais – Art. 149, § 2. º, inciso I
Imunidade de IPI – Art. 153, § 3º, inciso III
Imunidade de ITR – Art. 153, § 4º, inciso II
Imunidade de ICMS – Art. 155, § 2º, inciso X
Imunidade de ITBI – Art. 156, § 2º, inciso I
Imunidade de contribuições especiais sociais para custeio da seguridade social –
Art.195, § 7º, da CF

“Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à


União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre o
patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros.”

ATENÇÃO!! O ICMS é um imposto cobrado sobre a CIRCULAÇÃO de mercadorias e


serviços.
Circulação não está listada acima, logo, essa imunidade não atinge o ICMS quando há
circulação de mercadorias por parte dos entes federativos. Como em geral, governos
estaduais, municipais e federal não prestam serviços de comunicação ou transporte, não
há muito uso dessa imunidade ao tratar do ICMS.
d) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações,
das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de
assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
o §4º - As vedações expressas no item "c" e "d", compreendem somente o
patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das
entidades nelas mencionadas.

Ou seja, circular mercadorias ou prestar serviços que não possuem relação com as
atividades essenciais, haverá tributação pelo ICMS. Imagine uma igreja ou um partido
político que abra uma loja de eletroeletrônicos visando o lucro. Vai pagar o ICMS!!!

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e) É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer


diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua
procedência ou destino.

Não Discriminação baseada em procedência ou destino. A CF estabelece que não


pode um ente federativo, simplesmente porque ele quer, cobrar imposto diferenciado
em razão da procedência de determinado produto ou serviço.
A

6- RESOLUÇÕES DO SENADO FEDERAL


O Senado possui competências importantes no estudo do ICMS, IPVA e ITCD. É de
fundamental importância o aprendizado do quadro abaixo

• Alíquotas interestadual
ICMS • Alíquotas exportação

ICMS • Alíquotas Máximas e MÍNIMAS

ITCMD •Alíquotas Máximas

IPVA •Alíquotas Mínimas

14. FCC - Auditor Fiscal (SEFAZ BA)/Administração, Finanças e Controle


Interno/ Adaptada
Com fundamento na Constituição Federal, o Senado Federal, por iniciativa de um terço
dos senadores e aprovação da maioria absoluta de seus membros, poderá expedir
resolução para
a) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
b) definir os contribuintes do ICMS, dispor sobre substituição tributária e disciplinar o
regime de compensação do referido imposto.
c) fixar as alíquotas máximas e mínimas do imposto municipal sobre serviços de
qualquer natureza e do imposto estadual sobre propriedade de veículos automotores.
d) fixar as alíquotas mínimas do imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de
quaisquer bens ou direitos, e as alíquotas máximas do imposto sobre propriedade
territorial e urbana.
e) estabelecer as alíquotas mínimas, para o imposto sobre operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e

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intermunicipal e de comunicação, nas operações internas.


Resolução:

Gabarito E
APENAS o Senado tem a faculdade de estabelecer alíquotas internas mínimas e
máximas, seguindo a seguinte regra de aprovação, e sempre por Resolução:
Alíquotas Iniciativa Aprovação
(facultativo)
Mínimas 1/3 Senado Maioria Absoluta
Máximas Maioria Absoluta 2/3 Senado
para resolver conflito
específico que envolva
interesse de Estados

Atenção: Se forem alíquotas internas, o Presidente da República não tem


competência alguma, pois isso invadiria a competência dos Estados e DF.
CF/88 Art. 155 § 2.º, V - é facultado ao Senado Federal:
estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução
de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;
fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito
específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da
maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros;

Em resumo temos:
Resolução do Senado
Alíquota ICMS Iniciativa Aprovação
Federal
Interestadual Presidente da
Maioria
Obrigatória República ou 1/3
absoluta
De Exportação do Senado

Maioria
Interna MÍNIMA 1/3 do Senado
absoluta
Interna MÁXIMA Facultativa
para resolver conflito específico que Maioria absoluta 2/3 do Senado
envolva interesse de Estados

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Vamos ter uma aula dedicada apenas as alíquotas de ICMS. No momento exato vamos
conhecer todas as resoluções do Senado sobre o tema e faremos o estudo em conjunto
com as alíquotas previstas no código tributário estadual.
Além disso, faremos um estudo importante sobre “Regras Constitucionais ICMS-
DIFAL”.
Nesse momento, quero apenas que conheça as duas principais alíquotas interestadual
prevista na resolução do Senado 22/89.
Resolução do Senado 22/89
Art. 1° A alíquota do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação, nas operações e prestações interestaduais, será
de doze por cento.
Parágrafo único. Nas operações e prestações realizadas nas Regiões Sul e Sudeste,
destinadas às Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e ao Estado do Espírito
Santo, as alíquotas serão:
II - a partir de 1990, sete por cento.

Com o intuito de favorecer os estados do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e o estado de


Espírito Santo, os Senadores decidiram que nas operações e prestações interestaduais
realizadas nas regiões Sul e Sudeste (menos ES), destinadas a Norte, Nordeste, Centro-
Oeste e ao Espírito Santo a alíquota é 7%.
Isso acaba beneficiando os estados historicamente mais pobres, porque as empresas lá
localizadas recebem a mercadoria carregada de um crédito menor, e na operação ou
prestação subsequente se arrecada um pouco mais.

ALÍQUOTA DO ICMS NAS OPERAÇÕES INTERESTADUAIS é de 12% (REGRA GERAL),


EXCETO nas seguintes situações:
ALÍQUOTA DE 7%

Operações de Estados da
7% NE, NO,
Para estados do
Região Sul, SP, RJ ou CO ou ES
MG

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Vamos a questão que ficará mais claro.

15. (Questão Adaptada)


Analise as seguintes assertivas quanto à aplicação da alíquota interestadual:
I - Sociedade empresária sediada em MG compra mercadoria para revenda de origem
nacional, cujo fornecedor é do estado do RJ.
II - Sociedade empresária sediada em GO compra mercadoria para revenda de origem
nacional, cujo fornecedor é do estado do RJ.
III - Sociedade empresária sediada em GO compra mercadoria para revenda de origem
nacional, cujo fornecedor é do estado do CE.
Em relação à aplicação das alíquotas interestaduais, assinale a alternativa que indique
a sequência correta quanto à aplicação da alíquota interestadual.
a) 12% - 7% - 12%;
b) 12% - 7% - 7%;
c) 7% - 7% - 12%;
d) 7% - 7% - 12%;
Resolução:
ITEM I. sociedade empresária sediada em MG compra mercadoria para revenda de
origem nacional, cujo fornecedor é do estado do RJ. >>> 12%
ITEM II. sociedade empresária sediada em GO compra mercadoria para revenda de
origem nacional, cujo fornecedor é do estado do RJ. >>> 7%
ITEM III. sociedade empresária sediada em GO compra mercadoria para revenda de
origem nacional, cujo fornecedor é do estado do CE. >>> 12%
Previsão importante na Constituição Federal. Faz-se necessário entender que em regra
as alíquotas internas não podem ser menores que a alíquota interestadual. E somente
com uma autorização do CONFAZ essa regra pode ser relativizada.
A

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Vamos conhecer outro dispositivo importante na Constituição Federal que trará mais
clareza quanto a preocupação da Constituição Federal não deixar que aconteça a guerra
fiscal entre os Estados.
Constituição Federal Art. 155, § 2º, inciso VI.
Salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos
CONVÊNIOS no âmbito do CONFAZ as alíquotas internas, nas operações relativas
à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser
inferiores às previstas para as operações interestaduais.

Apesar de a regra geral dizer que as alíquotas internas devem ser maiores ou iguais
as interestaduais, podem os Estados estabelecer alíquotas menores que as
interestaduais, desde que seja por Convênio aprovado pelo CONFAZ.
Com isso meu aluno, você já percebeu que estudar legislação tributária estadual
necessita de um grande empenho e dedicação. A constituição federal dedicou-se a trazer
vários dispositivos para o estudo do ICMS.
Nesta aula 00 a ideia é trazer o assunto em plano geral e os aprofundamentos faremos
no decorrer do nosso curso. Ok? Até agora, você nunca tinha ouvido falar do CONFAZ.
Não é mesmo?
Dentro do estudo do ICMS, mesmo que o edital não seja claro quanto a cobrança da lei
complementar de 24/75, faz-se necessário o estudo dessa importante Lei.
A lei complementar de 24/75 dispõe sobre os convênios para a concessão de
isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias, e dá outras
providências.
É nessa lei que conheceremos o CONFAZ (O Conselho Nacional de Política Fazendária).
Ao longo do nosso curso estudaremos essa importante lei. Quero apenas que conheça a
competência desse Conselho.

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CONFAZ
Compete ao Conselho, promover a celebração de convênios, para efeito de concessão
ou revogação de isenções, incentivos e benefícios fiscais do ICMS e na Lei
Complementar nº 24, de 7 de janeiro de 1975, bem como:
a - promover a celebração de atos visando o exercício das prerrogativas previstas nos
artigos 102 e 199 do CTN, como também sobre outras matérias de interesse dos Estados
e do Distrito Federal;
b - promover a gestão do Sistema Nacional Integrado de Informações Econômico-
Fiscais - SINIEF, para a coleta, elaboração e distribuição de dados básicos essenciais à
formulação de políticas econômico-fiscais e ao aperfeiçoamento permanente das
administrações tributárias;
c - promover estudos com vistas ao aperfeiçoamento da Administração Tributária e do
Sistema Tributário Nacional como mecanismo de desenvolvimento econômico e social,
nos aspectos de inter-relação da tributação federal e da estadual.
A finalidade do CONSELHO é promover ações necessárias à elaboração de políticas e
harmonização de procedimentos e normas inerentes ao exercício da competência
tributária dos Estados e do Distrito Federal na concessão, revogação e regulamentação
de benefícios fiscais referentes ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação
de Serviços (ICMS).

16. (FCC /PGE-MT/adaptada)


De acordo com a Constituição Federal, o ICMS é imposto de competência estadual e
I. poderá suas alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal.
II. poderá ter suas alíquotas máximas fixadas pelo CONFAZ.
III. nunca podem ter alíquota interna menor que alíquota interestadual.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III. b) I . c) II e III. d) I e II. e) III.

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Resolução: Apenas I está correta. O Item II está errado conforme quadro abaixo.
Resolução do Senado
Alíquota ICMS Iniciativa Aprovação
Federal
Interestadual Presidente da
Maioria
Obrigatória República ou 1/3
absoluta
De Exportação do Senado

Maioria
Interna MÍNIMA 1/3 do Senado
absoluta
Interna MÁXIMA Facultativa
para resolver conflito específico que Maioria absoluta 2/3 do Senado
envolva interesse de Estados

O erro do item III está na palavra nunca. Temos que lembrar do Salvo Disposição em
contrário.
Art. 155, § 2º, inciso VI. Salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito
Federal, nos termos CONVÊNIOS no âmbito do CONFAZ as alíquotas internas, nas
operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não
poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais.
B

17. (FCC/SEFAZ-MA/ Adaptada)


De acordo com a Lei Complementar n° 24/1975, serão concedidas ou revogadas, nos
termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, as
a) isenções dos tributos estaduais.
b) concessões de créditos presumidos do ICMS.
c) isenções do ICMS e do IPVA.
d) reduções de base de cálculo e fixação de alíquotas interestaduais mínimas do ICMS.
e) isenções dos impostos estaduais.

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Resolução:
Serão CONCEDIDAS OU REVOGADAS nos termos de convênios celebrados e ratificados
pelos Estados e pelo Distrito Federal:
 As isenções do ICMS;
 A redução da base de cálculo;
 A devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do tributo,
ao contribuinte, a responsável ou a terceiros;
 A concessão de créditos presumidos;
 A quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, dos quais
resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus;
 As prorrogações e às extensões das isenções vigentes nesta data.

Percebeu a importância da Lei Complementar 24/75, que dispõe sobre os convênios


para a concessão de isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de
mercadorias e dá outras providências.
Independente da previsão no edital, para o estudo do ICMS precisamos conhecer um
pouco dessa lei.
Pode ficar tranquilo, ela é bem simples e com poucos artigos.
B

Questões importantes: #867005 #910091 #776422 #1942542

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7- IPI NA BASE DE CÁLCULO DO ICMS

O IPI não integrará a base de cálculo do ICMS.


CRFB/88 | Art. 155. [...]
§ 2º. O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: [...]
XI – não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre
produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e
relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato
gerador dos dois impostos.

Grave a regra nesse momento aluno.


A regra é que o ICMS seja calculado sobre o valor COM IPI.
Sabendo da regra, vamos conhecer as exceções.
Segundo este dispositivo, NÃO INTEGRA A BASE DE CÁLCULO DO ICMS o montante
do imposto sobre produtos industrializados - IPI quando:
1) A operação, realizada entre contribuintes;
2) A operação relativa a produtos destinados a industrialização ou comercialização;
3) Configure fato gerador de ambos os impostos.
Assunto de extrema importância para concursos! Voltaremos a vê-lo quando
falarmos sobre a base de cálculo do ICMS durante o curso. Mas quero que já entenda a
seguinte sistemática.
Para acontecer a exceção (IPI fora da base de cálculo), é necessário que as três
perguntas abaixo tenham a resposta SIM.

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Operação realizada • Sim


entre contribuintes?

Produto é destinado à
industrialização ou • Sim
comercialização?

Operação Configura
Fato Gerador de
• Sim
ambos IPI e ICMS

7.1 - Exemplo da forma de calcular o IPI/ICMS

NOTA FISCAL
PRODUTO: R$1.000,00
Regra IPI: R$100,00
IPI entra na
TOTAL da NF: R$1.100,00
base de cálculo
ICMS = R$1.100,00 X 17%
IPI na ICMS R$187,00
base de
cálculo NOTA FISCAL
PRODUTO: R$1.000,00
Exceção: IPI: R$100,00
IPI fora da TOTAL da NF: R$1.100,00
base de cálculo ICMS = R$1.000,00 X 17%
ICMS R$170,00

Acima temos os dois casos.

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8- A IMPORTÂNCIA DA LEI COMPLEMENTAR PARA O ICMS


Grande parte dos pontos mais polêmicos do ICMS (CF, art. 155, § 2.º, XII) a Constituição
Federal delegou a regulação para a lei complementar de caráter nacional; entre elas
previu a celebração de convênios entre os entes federados como ato-condição para
a concessão e revogação de incentivos e benefícios fiscais (CF, art. 155, § 2.º, XII, g),
entre outras regras de uniformização e pacificação fiscal.

definir seus contribuintes

dispor sobre Substituição Tributária


Cabe à lei complementar

disciplinar o regime de compensação

fixar o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das


prestações de serviços
Regular como isenções, incentivos e benefícios fiscais são
concedidos e ou revogados (CONFAZ)
definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá
uma única vez (ICMS Monofásico)
fixar a Base de Cálculo de modo que o montante do imposto a integre
(ICMS por dentro)
prever casos de manutenção de crédito relativo a remessa para outro
Estado e para o exterior

Excluir da incidência do imposto serviços e produtos nas exportações

XII - cabe à lei complementar:


a) definir seus contribuintes;
A constituição já prevê no art. 146, III da C.F. que cabe lei complementar para definir
os contribuintes. Mesmo assim, o constituinte reforçou o dispositivo constitucional.

XII - cabe à lei complementar:


b) dispor sobre substituição tributária;

A esta matéria da Lei Complementar n°87/96 (Lei Kandir) dedicou grande atenção. A
sistemática da substituição tributária será tratada durante o curso.

XII - cabe à lei complementar:


c) disciplinar o regime de compensação do imposto;

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É a regra do imposto não cumulativo, compensando o valor devido na operação com


os “valores pagos” anteriormente.
XII - cabe à lei complementar:
d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável,
o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de
serviços;

Quando cita “responsável”, a constituição federal está se referindo ao sujeito passivo


da obrigação quer seja contribuinte ou responsável.

XII - cabe à lei complementar:


e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e
outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a";

Esse dispositivo deixou de ter aplicação prática, uma vez que a Emenda Constitucional
42/2003, determinou que qualquer mercadoria ou serviço destinado ao exterior passa
a ser imune.

XII - cabe à lei complementar:


f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro
Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias;

Nós estudamos que a isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário,


acarretará anulação do crédito relativo às operações anteriores. O dispositivo
determina que cabe à lei complementar determinar os casos nos quais não haverá a
referida anulação.

XII - cabe à lei complementar:


g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal,
isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
Este dispositivo determina que somente a lei pode conceder isenção, estabelece que
no caso do ICMS em uma tentativa de eliminar a guerra fiscal entre Estados, esses
benefícios terão que ser concedidos por convênios entre as unidades da Federação.
Esses benefícios terão que ser concedidos por convênios entre as Unidades da
Federação.

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XII - cabe à lei complementar:


h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma
única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o
disposto no inciso X, b;

A doutrina discute se este dispositivo é caso de ICMS Monofásico ou não. O fato é que
você precisa gravar esse dispositivo pois a cobrança é literal.

XII - cabe à lei complementar:


i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também
na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço

Esse dispositivo veio reforçar a ideia de que as operações de importação são


equiparadas às operações internas.
Outro ponto interessante sobre o ICMS, é que ele é um imposto por dentro. Isso quer
dizer que, quando você compra uma mercadoria, o valor já está embutido no preço.
Utilizaremos a matemática para ilustrar como funciona o imposto por dentro.
Já reparou que quando você compra uma mercadoria em uma loja você não tem
acréscimo do ICMS no momento que chega ao caixa. Isso é devido porque o ICMS já está
embutido no preço.
Vamos citar como exemplo a alíquota genérica de alguns Estados: 17%!
Em uma mercadoria de R$1000,00, você, consumidor final, estará pagando R$170,00
de ICMS sem perceber – por enquanto, ignore a não cumulatividade.
Com esses valores fica fácil visualizar que 17% de R$1000,00 são R$170,00.
Importante perceber que essa não é a alíquota real do imposto ICMS, na verdade essa
é a alíquota nominal.
“Tá complicando!!!” Calma jovem! Vamos entender o que significa isso.
Caso o ICMS não existisse, o produto custaria R$830,00, correto?
Vamos então fazer o caminho inverso e chegar a R$1000,00.

Tente colocar o ICMS de 17% nesse valor.


“Deixa eu fazer aqui... R$830,00 x 1,17 = R$971,10. Opa, deu algo errado!!!
O cálculo que você fez é o do imposto por fora, como é o IPI, por exemplo.
O ICMS é por dentro, é diferente!

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Você tem que descobrir qual a alíquota real que se aplica aos R$830,00 para chegar
aos R$1000,00 que é o preço de venda.
Então eu faço R$1000,00/R$830,00 = X e encontro que X = 1,2048” Perfeito!!!
Agora você “limpa” o número e encontra a alíquota real de 20,48%!
E lembre-se que a alíquota real será sempre maior que a nominal.
Para sair do valor sem ICMS para chegar ao valor com ICMS por dentro. Faremos:
830 = 1000,00
(1-17%)
Durante o curso dedicaremos atenção especial ao cálculo do valor do ICMS. É assunto
que não podemos ter dúvidas.

18. (FCC/AFFE (SEFAZ PI)/ Adaptada)


Em relação ao ICMS, cabe à lei complementar
I. fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na
importação do exterior, de bem, mercadoria ou serviço.
II. regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal,
isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
III. fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o
local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III.
Resolução: Todas corretas, vejamos:

fixar o local das operações relativas à circulação de mercadorias e


complementar

das prestações de serviços


Cabe à lei

Regular como isenções, incentivos e benefícios fiscais são


concedidos e ou revogados (CONFAZ)

fixar a Base de Cálculo de modo que o montante do imposto a


integre (ICMS por dentro)

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9- ICMS E ISS - FORN DE MERC COM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS


A alínea “b” do Art. 155, IX, da CF/88 se refere ao Imposto Sobre Serviço de Qualquer
Natureza (ISS) - Lei Complementar 116/2003. Essa Lei possui uma lista com todos os
serviços que podem ser tributados pelos municípios.
Qualquer serviço que não se encontrar nessa lista e for realizado juntamente com a
entrega de uma mercadoria, será tributado pelo ICMS. Entretanto, se o serviço se
encontrar na lista, será tributado pelo ISS, mesmo que inclua materiais.

7 – Serviços relativos a engenharia, arquitetura, geologia, urbanismo, construção


civil, manutenção, limpeza, meio ambiente, saneamento e congêneres.
7.10 – Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos,
imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres.
7.11 – Decoração e jardinagem, inclusive corte e poda de árvores.

Repare que a lista acima não possui qualquer exceção em seu texto. Logo, os materiais
empregados na prestação desses serviços também serão tributados com o ISS. Além
da própria prestação de serviços.
A legislação prevê vários outros serviços que incluem mercadorias, mas todos esses
serão tributados pelo ISS. Exemplos que mais caem em provas de concursos que não
possuem exceção de ICMS, ou seja, só cobra ISS:
“4.12 – odontologia;
4.14 – próteses sob encomenda;
14.04 – recauchutagem de pneus;
25 – serviços funerários.”

Vamos conhecer algumas situações que teremos a cobrança de ISS e ICMS.


A lista prevista na Lei Complementar 116/03 possui as principais exceções previstas
em seu texto, nas quais os materiais serão tributados com ICMS e os serviços com o ISS.
Abaixo as exceções da LC 116/03. Tente se lembrar das palavras chave marcadas. Não
esqueça do bufê, é constante nas provas de concurso.

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FORNECIMENTO DE MERCADORIAS COM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS


Art. 155, IX, b) O ICMS incidirá também sobre o valor TOTAL da operação, quando
mercadorias forem fornecidas com serviços NÃO compreendidos na competência
tributária dos Municípios.

Serviço PREVISTO na Serviço PREVISTO na Serviço NÃO previsto


LC 116, sem ressalva1 LC 116, com ressalva2 na LC 116 (ISS) – é o caso
que permita ICMS que permita ICMS da alínea b
ISS: mercadoria e ISS: serviço e ICMS: ICMS: mercadoria e
serviço mercadoria serviço

EXS: medicamentos utilizados na prestação de serviço hospitalar; produtos de limpeza


utilizados na prestação de serviços dessa modalidade.
As ressalvas estão nos itens 1.09, 7.02, 7.05, 7.06, 9.01, 13.05, 14.01, 14.03, 14.06,
14.09 17.11, 39.01 da lista anexa da LC 116.

Alguns casos clássicos:


[ISS] Tratamento hospitalar com fornecimento de medicamentos
[ISS] Serviços de salão de beleza e costureira com fornecimento de produtos
[ISS] Fornecimento de alimentos em hotel, incluso na diária; [ICMS + ISS] se
fornecidos “por fora”
[ICMS] Buffet, bares e restaurantes que fornecem bebidas e comidas
Serviço de oficina mecânica [ISS] + Fornecimento de peças [ICMS]

Esses dispositivos são cobrados exaustivamente em provas de concurso. Mas não são
os únicos. Vamos conhecer todos os incisos de modo que não reste dúvida no seu
aprendizado. E deixarei uma tabela para auxiliar na memorização.
Bora lá?

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9.1 - Serviço de Bufê

19. (FCC/Juiz Federal/ Adaptada)


De acordo com o disposto na Lei Complementar n° 87/1996 e na Lei Complementar n°
116/2003, é correto afirmar que o ICMS incide sobre a prestação de serviços de
organização de festas (bufê) e sobre o fornecimento de alimentação e bebidas
nelas servidos?
Resolução: LC 116, LISTA ANEXA, 17.11: Organização de festas e recepções; bufê (exceto
o fornecimento de alimentação e bebidas, que fica sujeito ao ICMS).
ISS-QN

Serviço de Bufê
exceto o fornecimento de
alimentação e bebidas
ICMS
ERRADO

Chamamos atenção para o item 7.02, pois se os materiais foram produzidos pela
empreiteira em local diverso da prestação de serviço, deverá ser tributado pelo ICMS.
Exemplo:

9.2 - Empreiteira e o fornecimento de vigas.

ISS-QN

Construiu a viga na obra


Trouxe a viga pronta
ICMS
Além desses, mais alguns casos especiais:

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9.3 - Material fornecido pelo prestador do serviço.


As operações que envolvem prestação de serviço associado ao fornecimento de
material/mercadoria geralmente confundem muitos contribuintes e tomadores de
serviços quanto à incidência de ISS ou ICMS. No entanto, para a distinção das
operações que ficam sujeitas ao Imposto Sobre Serviços ou ao Imposto Sobre
Circulação de Mercadorias é necessário adotar alguns critérios.
O principal critério a ser adotado é o próprio texto legal. A legislação deve ser o
parâmetro basilar na interpretação das operações e suas respectivas exações.
Com isso, é importante destacar que o critério da predominância das mercadorias na
composição do custo do serviço é absolutamente irrelevante para determinar se há ou
não incidência de ICMS na operação. Ou seja, não é o custo da mão de obra ou dos
materiais em relação ao total da operação que irá determinar se a incidência é do
imposto municipal ou estadual, mas é necessário considerar antes de mais nada a
descrição das operações constantes da lista anexa à LC 116/2003.
Tratando-se propriamente da operação de instalações de materiais com o respectivo
fornecimento, possui ela condição expressa na descrição da atividade, pela lista anexa
à LC nº 116/2003, para a incidência apenas de ISS. Vejamos o subitem correspondente
às situações ora examinadas:
“7.06 – Colocação e instalação de tapetes, carpetes, assoalhos, cortinas,
revestimentos de parede, vidros, divisórias, placas de gesso e congêneres, com
material fornecido pelo tomador do serviço.”
Note-se que a condição, descrita no final do subitem, atribui uma disjunção exclusiva
à operação de instalação, ou seja, haverá incidência única de ISS ou de ICMS.
Exemplificando a situação, se um órgão público, na qualidade de contratante, contrata
uma empresa para fazer instalação de divisórias em sua repartição e oferece o material
a ser utilizado, trata-se de operação que estará sujeita exclusivamente ao ISS. Sendo,
porém, o caso de o material a ser utilizado na instalação for fornecido pela empresa
contratada juntamente com o serviço, trata-se de operação sujeita apenas ao ICMS,
devendo o contratado emitir nota fiscal de venda mercantil.

Colocação e instalação de tapetes, carpetes, assoalhos, cortinas, revestimentos


de parede, vidros, divisórias, placas de gesso e congêneres, com material
fornecido pelo tomador do serviço.

Vamos para um exemplo. Imagine que você chamou o colocador de tapete, e:


 ELE TROUXE O TAPETE, será devido ICMS sobre tudo!

 Se VOCÊ DEU O MATERIAL p/ instalação, a colocação e instalação deverá ser tributado


pelo ISS.

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9.4 - Tarifa de hospedagem. Alimentação/Gorjeta inclusa


A hospedagem é regida por um contrato de natureza mista, abarcando diversos
aspectos de contratos típicos, como a locação de espaço em bem imóvel, a locação de
bens móveis, o fornecimento de alimentos, o depósito necessário das bagagens e a
prestação de serviços diversos, sempre a título oneroso.

Lei do ISS 9.01 – Hospedagem de qualquer natureza em hotéis, apart-service


condominiais, flat, apart-hotéis, hotéis residência, residence-service, suíte service,
hotelaria marítima, motéis, pensões e congêneres; ocupação por temporada com
fornecimento de serviço
 (o valor da alimentação e gorjeta, quando incluído no preço da diária, fica
sujeito ao Imposto Sobre Serviços).

Este item determina que o ICMS será cobrado sobre a alimentação, se a alimentação
não estiver inclusa na diária.
Tarifa de hospedagem
ISS-QN

com alimentação inclusa


com alimentação em separado

ICMS sobre o fornecimento Alimentação


Ou seja, se a alimentação estiver inclusa estará sujeita ao ISS.
Guarde o esquema abaixo:
 Tarifa de hospedagem com alimentação inclusa = ISS sobre tudo
 Tarifa de hospedagem com alimentação em separado = ISS sobre hospedagem e
ICMS sobre alimentação.

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20. (FCC/ SEFAZ-SP)


O Hotel Qbela Praia, localizado no litoral do Estado de São Paulo, possui um restaurante
na cobertura, com vista panorâmica, onde são servidos o café da manhã, o almoço e o
jantar, e também possui serviço de quarto 24 horas, que serve refeições e bebidas com
cardápio e preços diferenciados, e frigobar nos apartamentos de luxo. Considerando
estas informações, NÃO há incidência de ICMS
a) no jantar, serviço no restaurante, desde que o hóspede tenha optado pela tarifa de
hospedagem que incluía o valor da refeição.
b) no café da manhã, servido no quarto, desde que o pagamento seja realizado no dia
de saída do hotel, no momento do fechamento da conta.
c) no almoço, servido no restaurante, desde que o cliente opte pelo buffet de preço
fixo e o pagamento seja realizado no dia da saída do hotel.
d) no almoço, servido no restaurante, desde que os insumos utilizados estejam
sujeitos à isenção do ICMS e as bebidas estejam no regime de substituição tributária.
e) no café da manhã, servido no restaurante, desde que o cliente opte pelo buffet de
preço fixo e as bebidas estejam sujeitas à substituição tributária.
Resolução:
Isso está representado na LC116, que apresenta a famosa lista de serviços que incidem
apenas ISS, dentre as quais, alguns itens incidiriam também o ICMS sobre o material
utilizado (tais quais: reformas de maquinário, motores; material empregado na
construção civil, alimentação do serviço de buffet,).
No caso de serviços de hotelaria, apart-hotel, motel e etc, quando o valor da
alimentação e bebidas estiver incluído no preço da diária só haverá a incidência do ISS.
Já, quando NÃO incluídos, ou seja, quando cobrados a parte, incidirá ICMS.
A

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9.5 - Peças e partes empregadas

14.01 – Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, conserto,


restauração, blindagem, manutenção e conservação de máquinas, veículos,
aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer objeto (exceto
peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS).
14.03 – Recondicionamento de motores (exceto peças e partes empregadas, que
ficam sujeitas ao ICMS).
14.06 -Instalação e montagem de aparelhos, máquinas e equipamentos, inclusive
montagem industrial, prestados ao usuário final.

No serviço do dispositivo acima, via de regra, haverá duas emissões de notas fiscais.

1ª Nota Fiscal => com a prestação de serviço tributada pelo ISS que seria o valor da
mão de obra do serviço realizado
2ª Nota Fiscal =>venda de mercadoria tributada pelo ICMS.

O serviço de instalação e montagem significa execução de atos para fazer funcionar os


aparelhos, máquinas e equipamentos.
Muitas vezes, há necessidade de reunir várias peças que resultem em uma unidade
nova (montagem), para fazer o aparelho ou equipamento funcionar. É preciso que essas
instalações e montagens (aparelho telefônico, máquina elétrica, equipamento sanitário
etc.) sejam executadas a favor de usuários finais e com materiais por eles fornecidos.
Se o prestador do serviço não for alheio à industrialização ou ao fornecimento de
aparelhos, não haverá incidência do ISS, mas incidência do ICMS.

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9.6 - ISS – Streaming

A definição das competências tributárias, especialmente no que se refere aos


potenciais conflitos entre ISS e ICMS, é louvável.
Reduz a insegurança jurídica, todos os custos a ela associados e contribui para
melhorar o ambiente de negócios e incentivar o investimento.

1.09 - Disponibilização, sem cessão definitiva, de conteúdos de áudio, vídeo,


imagem e texto por meio da internet, respeitada a imunidade de livros, jornais e
periódicos (exceto a distribuição de conteúdos pelas prestadoras de Serviço de
Acesso Condicionado, de que trata a Lei no 12.485, de 12 de setembro de 2011,
sujeita ao ICMS). (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)

Esse item tornou possível a cobrança de ISS daqueles serviços de disponibilização de


áudio, vídeo, imagem e texto pela internet, como o Netflix e Spotify, que possibilitam
assistir séries/filmes ou ouvir música online e não realizam a cessão definitiva do
conteúdo para o cliente.
Caso houvesse a cessão definitiva, teríamos a cobrança do ICMS e não ISS.
“E o que seriam essas prestadoras de Serviço de Acesso Condicionado?”
Segundo a ANATEL se tratam de “serviços de telecomunicações de interesse coletivo,
prestado no regime privado, cuja recepção é condicionada à contratação remunerada por
assinantes e destinado à distribuição de conteúdos audiovisuais na forma de pacotes, de
canais de programação nas modalidades avulsa de programação e avulsa de conteúdo
programado e de Canais de Programação de Distribuição Obrigatória, por meio de
tecnologias, processos, meios eletrônicos e protocolos de comunicação quaisquer”.
Como exemplo temos os serviços de TV por assinatura.

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9.7 - Composição gráfica

S. 156/STJ: A prestação de serviço de composição gráfica,


 personalizada e sob encomenda,
 ainda que envolva fornecimento de mercadorias,
 está sujeita, apenas, ao ISS.

Impressão gráfica sob encomenda:


 - Se houver posterior comercialização/industrialização: ICMS

 - Se não houver posterior comercialização/industrialização: ISS

13.05 - Composição gráfica, inclusive confecção de impressos gráficos,


fotocomposição, clicheria, zincografia, litografia e fotolitografia, exceto se
destinados a posterior operação de comercialização ou industrialização, ainda que
incorporados, de qualquer forma, a outra mercadoria que deva ser objeto de
posterior circulação, tais como bulas, rótulos, etiquetas, caixas, cartuchos,
embalagens e manuais técnicos e de instrução, quando ficam sujeitos ao ICMS.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de 2016)

Nesse subitem vemos que sobre os serviços de composição gráfica, inclusive confecção
de impressos gráficos, fotocomposição, clicheria, zincografia, litografia e fotolitografia,
incide o ISS.
Entretanto, se esses materiais gráficos forem destinados a comercialização ou
industrialização vai incidir apenas o ICMS.
Vale ressaltar que mesmo que os materiais sejam parte de uma mercadoria que será
posteriormente comercializada vai incidir apenas o ICMS, é o caso das bulas, etiquetas e
embalagens

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9.8 - Remédio Manipulado


Medicamentos manipulados sob encomenda estão sujeitos à incidência do ISS.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o Imposto sobre Serviços de Qualquer
Natureza (ISS) incide sobre as operações realizadas por farmácias de manipulação que
envolvam o preparo e o fornecimento de medicamentos manipulados sob encomenda.
Incide ISS sobre as operações de venda de medicamentos preparados por farmácias de
manipulação sob encomenda. E incide ICMS sobre as operações de venda de
medicamentos por elas ofertados aos consumidores em prateleira.

Remédio Manipulado:
 - Em prateleira: ICMS
 - Sob encomenda: ISS

Questão: Sobre a jurisprudência dos Tribunais Superiores, julgue o item que


se segue.

Não incide ISSQN sobre as operações de venda de medicamentos preparados por


farmácias de manipulação sob encomenda, conforme decisão recentemente proferida
pelo Supremo Tribunal Federal.
(certo) ou (errado)

Gabarito: ERRADO

A tese de repercussão geral firmada no julgamento foi a seguinte: "No tocante às


farmácias de manipulação, incide o ISS sobre as operações envolvendo o preparo
e o fornecimento de medicamentos encomendados para posterior entrega aos
fregueses, em caráter pessoal, para consumo;
 incide o ICMS sobre os medicamentos de prateleira por elas produzidos,
ofertados ao público consumidor".

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9.9 - Software e ISS


Por decisão unânime, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que é
constitucional a incidência de Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) sobre
contratos de licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computador
(software) desenvolvidos de forma personalizada.
O Tribunal, em sessão virtual, desproveu o Recurso Extraordinário (RE) 688223, com
repercussão geral reconhecida (Tema 590).
Software: - Sempre ISS
STF (ADIs 1945 e 5659) :
 “o licenciamento e a cessão de direito de uso de programas de computação,
sejam esses de qualquer tipo, estão sujeitos ao ISS”

 “Tese “É constitucional a incidência do ISS no licenciamento ou na cessão de


direito de uso de programas de computação desenvolvidos para clientes de forma
personalizada, nos termos do subitem 1.05 da lista anexa à LC nº 116/03”
No caso concreto, segundo o relator, o Tribunal de origem, ao chancelar a incidência
do ISS, não divergiu da orientação do Supremo. A seu ver, não ocorre, no caso, ofensa ao
artigo 155, parágrafo 3º, da Constituição Federal, que veda a incidência de qualquer
outro imposto sobre as operações de comunicação que não o ICMS, pois o serviço
relacionado ao licenciamento do software personalizado, adquirido pela telefônica, não
se confunde com o serviço de telecomunicação.

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9.10 – Outras jurisprudências importantes

Sacolas plásticas fornecidas aos clientes para o transporte ou acondicionamento


de produtos, não geram creditamento de ICMS, em razão do seguinte:
 Se fosse permitido o creditamento de ICMS pela aquisição das sacolas
plásticas seria um estímulo à utilização da sacolas plásticas, o que não pode
acontecer, pois as sacolinhas plásticas têm um alto custo ambiental.
 Os insumos que geram direito ao creditamento são os essenciais a
atividade, e o fornecimento das sacolas plásticas, para acomodação e
transporte de mercadorias pelos consumidores, não é essencial à
comercialização dos produtos por parte dos supermercados. Prova isso o
fato de que diversos supermercados já excluem, voluntariamente, o fornecimento
das sacolas com a finalidade de transporte ou acomodação de produtos.

Questão: Sobre a jurisprudência do STJ, julgue o item que se segue.

Sacolas plásticas fornecidas aos clientes para o transporte ou


acondicionamento de produtos, geram creditamento de ICMS.

(certo) ou (errado)

Gabarito: ERRADO

Sacolas plásticas fornecidas aos clientes para o transporte ou acondicionamento


de produtos, não geram creditamento de ICMS

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RESUMÃO
Segue abaixo quadro resumo para facilitar:
ISS sobre os serviços e ICMS sobre as mercadorias fornecidas
Exceções da LC 116/03
Exceção (incidência do
Caso
ICMS)

7.02 - Obras de construção civil, hidráulica ou elétrica Fornecimento de


mercadorias produzidas pelo
7.05 - Reparação, conservação e reforma de edifícios, prestador de serviços fora do
estradas, pontes, portos e congêneres local da prestação do serviço
14.01 - Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e
recarga, conserto, […] conservação de máquinas
Peças e partes empregadas
(veículos, ou qualquer outro objeto)
14.03 - Recondicionamento de motores
Fornecimento de
17.11 - Organização de festas e recepções; bufê
alimentação e bebidas
9.01 - Hospedagem de qualquer natureza em hotéis, Alimentação e gorjeta
apart-service condominiais, flat, apart-hotéis, hotéis quando não incluído no preço
residência, residence-service, suíte servisse da diária
exceto se destinados a
13.05 - Composição gráfica, inclusive confecção de
posterior operação de
impressos gráficos, fotocomposição, clicheria,
comercialização ou
zincografia, litografia e fotolitografia
industrialização
Exceto a distribuição de
1.09 - Disponibilização, sem cessão definitiva, de
conteúdos pelas prestadoras de
conteúdos de áudio, vídeo, imagem e texto por meio da
Serviço de Acesso
internet
Condicionado
7.06 - Colocação e instalação de tapetes, carpetes,
assoalhos […]com material fornecido pelo tomador
do serviço
14.06 -Instalação e montagem de aparelhos, máquinas
e equipamentos, inclusive montagem industrial, Material fornecido pelo
prestados ao usuário final tomador do serviço.

14.09 – Alfaiataria e costura


39.01 - Serviços de ourivesaria e lapidação.
- Em prateleira: ICMS
Remédio Manipulado:
- Sob encomenda: ISS
Software: - Sempre ISS

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10- Lista de Questões Comentadas

21. FGV - OAB UNIFICADO - Nacional/XXVIII Exame/ Adaptada


O Estado Y lavrou auto de infração em face da pessoa jurídica PJ para cobrança de
créditos de Impostos sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS),
decorrentes da produção e venda de livros eletrônicos. Adicionalmente aos créditos de
ICMS, o Estado Y cobrou o pagamento de multa em decorrência do descumprimento de
obrigação acessória legalmente prevista.

Tendo isso em vista, assinale a afirmativa correta.


a) Há imunidade tributária em relação aos livros eletrônicos; por outro lado, é
incorreta a cobrança da multa pelo descumprimento da obrigação acessória.
b) Há imunidade tributária em relação aos livros eletrônicos; no entanto, tendo em
vista a previsão legal, é correta a cobrança de multa pelo descumprimento da obrigação
acessória.
c) É correta a cobrança do ICMS, uma vez que a imunidade tributária somente abrange
o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos; da mesma forma, é correta
a cobrança de multa pelo descumprimento da obrigação acessória, em vista da previsão
legal.
d) É correta a cobrança do ICMS, uma vez que a imunidade tributária somente abrange
o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos; no entanto, é incorreta a
cobrança da multa pelo descumprimento da obrigação acessória.
Resolução:
Então, os livros eletrônicos contam com imunidade? Ou só em papel?
há imunidade. Só que o pagamento do imposto é o que chamamos de obrigação de
dar, enfim, principal. E inconfundível com a obrigação instrumental ou acessória. Apesar
do nome acessória, no direito tributário, o dever instrumental é autônomo em relação à
principal. Ou seja, apesar de imune, deve apresentar a documentação acessória.

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22. FCC - Auditor Fiscal (SEFAZ BA)/Administração, Finanças e Controle


Interno/ Adaptada
VUNESP - Auditor Fiscal Tributário Municipal (Campinas)/2019/"Sem Edição"
A respeito do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação,
é correto afirmar que
a) deverá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços.
b) as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas
prestações de serviços, não poderão jamais ser inferiores às previstas para as operações
interestaduais.
c) resolução do Senado Federal, aprovada pela maioria absoluta de seus membros,
estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de
exportação.
d) a isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da legislação
implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou
prestações seguintes.
e) tem suas alíquotas fixadas por lei nacional (“Lei Kandir”), de maneira a mitigar os
problemas decorrentes da chamada “guerra fiscal”.
Resolução:
a) A seletividade do ICMS tem caráter facultativo
b) afirmação categórica invalida a assertiva por um motivo: existe uma exceção. Esta
exceção é àquela em que o CONFAZ poderá deliberar em contrário.
c) Correto assertiva teve ainda o cuidado de não incluir as alíquotas das operações
internas, cujo quórum é 2/3 do Senado - e não Maioria Absoluta.
Art. 155º §2º IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da
República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus
membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações,
interestaduais e de exportação;

d) a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações
ou prestações seguintes;
e) terá suas alíquotas fixadas pelo SF
C

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23. (CESPE Órgãos: PGM - Campo Grande – MS Adaptada)


A respeito de impostos de competência municipal, julgue o seguinte item, conforme a
Constituição Federal de 1988, o Código Tributário Nacional e a legislação de regência.
Em se tratando de serviço cuja prestação dependa do fornecimento de mercadorias,
incide ICMS sobre o montante tributável, e não o ISS, de acordo com a Lei Complementar
n.º 116/2003.
( ) Certo ( ) Errado

Basicamente: (para mercadoria e serviços conjuntamente)


Quando está na lista da lei do ISS = incide ISS
Quando não está na lista do ISS = incide ICMS
Quando está na lista do ISS mas a própria lista faz uma exceção quanto ao ICMS = incide
ISS e ICMS
Um sobre o valor do serviço, outro sobre o valor da mercadoria
LC 116 Art. 1 (...)
§ 2 Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela
mencionados não ficam sujeitos ao ICMS, ainda que sua prestação envolva
fornecimento de mercadorias.

ERRADO

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24. FCC Órgãos: Prefeitura de São Luís – MA Adaptada


A “Oficina Mecânica do José” recondiciona motores de veículos. Para realizar essa
prestação de serviços de recondicionamento, empregam-se, com frequência, peças e
partes novas. De acordo com a Lei Complementar federal no 116/03 e com a Lei
Complementar federal no 87/96,
a) a prestação do serviço de recondicionamento de motores está sujeita,
simultaneamente, à incidência do ISSQN e do ICMS, enquanto o fornecimento das partes
e peças empregadas está sujeito apenas à incidência do ISSQN.
b) tanto a prestação do serviço de recondicionamento de motores como as partes e
peças empregadas estão sujeitas à incidência do ICMS.
c) a prestação do serviço de recondicionamento de motores está sujeita à incidência
do ICMS, enquanto o fornecimento das partes e peças empregadas está sujeito à
incidência do ISSQN.
d) tanto a prestação do serviço de recondicionamento de motores como as partes e
peças empregadas estão sujeitas à incidência do ISSQN.
e) a prestação do serviço de recondicionamento de motores está sujeita à incidência
do ISSQN, enquanto o fornecimento das partes e peças empregadas está sujeito à
incidência do ICMS.
Resolução:
LC nº 116/03:
Art. 1º O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos
Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços
constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade
preponderante do prestador.
14.01 – Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, conserto,
restauração, blindagem, manutenção e conservação de máquinas, veículos,
aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer objeto (exceto
peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS).

A lógica é:
Quando está na lista da lei do ISS = incide ISS
Quando não está na lista do ISS = incide ICMS
Quando está na lista do ISS mas a própria lista faz uma exceção quanto ao ICMS = incide
ISS e ICMS
E.

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25. CESPE - DPE-PE Defensor Público - Adaptada


A empresa BETA, operadora de plano privado de saúde, foi notificada pelo fisco
estadual em razão do não recolhimento de ICMS relativo às operações mistas, que
envolvem a prestação de serviços associados ao fornecimento de mercadorias. Em sua
defesa, a empresa alegou que o fisco municipal entende que, nesse caso, incide o imposto
sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN).
Considerando o entendimento majoritário e atual do Supremo Tribunal Federal,
assinale a opção correta, acerca dos impostos que poderão incidir no presente caso.
a) No caso em tela, deve prevalecer a incidência do ICMS, afastando-se a incidência do
ISSQN sobre a operação.
b) Se os serviços prestados pela empresa em questão estiverem previstos na lei
complementar federal que dispõe sobre o ISSQN, prevalecerá a incidência do ISSQN
sobre o ICMS.
c) Incidirá, em regra, o ICMS, podendo haver a incidência do ISSQN se o serviço estiver
previsto na lei complementar federal que dispõe sobre esse tributo, caso em que, para
evitar a bitributação, o valor pago a título de ICMS será deduzido da base de cálculo do
ISSQN.
d) No caso em tela, incidem tanto ICMS como o ISSQN: o ICMS incidirá sobre a parcela
relativa à obrigação de dar e o ISSQN incidirá sobre a parcela referente à obrigação de
fazer.
e) Há de se verificar a atividade preponderante do contribuinte: se a atividade
preponderante for o fornecimento de mercadorias, ele deve ser tributado pelo ICMS; se
for a prestação de serviços, ele será tributado pelo ISSQN.
Resolução:
O art. 155, § 2º, IX, b, da Constituição trata especicamente das operações mistas,
estabelecendo que o ICMS incidirá sobre o valor total da operação, quando
mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência
tributária dos Municípios.

Associando-se tal regra com a do art. 156, III, que diz que os Municípios têm
competência para instituir impostos sobre serviços de qualquer natureza, definidos em
lei complementar, chegamos à conclusão de que as operações mistas em que o serviço
envolvido não está arrolado no anexo da Lei Complementar n. 116/03 se sujeita ao
ICMS, mas, quando estiver arrolado, sujeita-se ao ISS.
Nesse sentido, STF:

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“As operadoras de planos de saúde e de seguro-saúde realizam prestação de


serviço sujeita ao Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN, previsto
no art. 156, III, da CRFB/88".

26. (VUNESP/ Juiz Estadual/ Adaptada)


Assinale a alternativa correta acerca do imposto sobre operações relativas à circulação
de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação (ICMS), segundo a disciplina constitucional que lhe é
conferida.
a) A isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da legislação,
implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou
prestações seguintes.
b) Poderá ser não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado
nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.
c) Será seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços.
d) Incidirá sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa
física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja
a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto
ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da
mercadoria, bem ou serviço.
e) Incidirá sobre operações que destinem mercadorias para o exterior e sobre serviços
prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do
montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores.
Resolução:
Alternativa A) ERRADO. É o contrário da alternativa.

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Salvo determinação em
contrário da legislação

ICMS
Isento ou Não-Incidente

Não implica em Anula crédito de


crédito operações anteriores

Alternativa B) ERRADO. O ICMS SERÁ não cumulativo. Observância Obrigatória.


Alternativa C) ERRADO. O IPI é que será seletivo.
A seletividade do ICMS é facultativa, mas, no IPI, essa seletividade é OBRIGATÓRIA.
Alternativa D) CORRETO. A CF a Constituição Federal determina (art. 155, §2º, IX, a)
a incidência de ICMS sobre a importação de produtos, ainda que o particular não seja
contribuinte do imposto.
Alternativa E) ERRADO. O ICMS não incidirá sobre operações que destinem
mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior,
assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas
operações e prestações anteriores (art. 155, §2º , inciso X, da CF/88).
D

27. (VUNESP/ Procurador Municipal / Adaptada)


A vedação à incidência de impostos sobre fonogramas e videofonogramas musicais
produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros
e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes
materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial
de mídias ópticas de leitura a laser, consiste no que a doutrina denomina como
a) isenção. b) remissão. c) imunidade.
d) hipótese de não incidência diferida.
e) hipótese de incidência diferida.
Resolução:
Exemplo de como as bancas repetem questões, muita das vezes no mesmo ano e para
cargos parecidos.

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Trata-se da imunidade musical. O objetivo foi de tornar acessível a todos, bem como de
combater a pirataria.
A IMUNIDADE se caracteriza p/ ser aquele instituto em que a própria CF delimita a
competência do ente federativo, impedindo-o de definir determinadas situações como
hipóteses de incidência de tributos.
Nesse caso, o próprio desenho das competências tributárias fica redefinido de forma a
obstar a própria atividade legislativa da pessoa tributante. Tem-se uma não incidência
constitucionalmente qualificada, que configura a própria definição de imunidade.
As imunidades são limitações constitucionais ao poder de tributar consistentes na
delimitação da competência tributária constitucionalmente conferida aos entes
políticos.
Na imunidade, por expressa vedação Constitucional, o ente político fica impedido de
tributar determinado tributo.
Art. 150, VI, “e”, Constituição Federal: “Fonogramas e videofonogramas musicais
produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros
e/ou obras em geral interpretadas p/ artistas brasileiros bem como os suportes materiais
ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias
ópticas de leitura a laser”.
C

28. (FCC/SEFAZ-MA/ Adaptada)


A Constituição Federal determina que algumas matérias atinentes ao ICMS sejam
disciplinadas por meio de resolução do Senado Federal. De acordo com as regras
constitucionais, é facultado a essa Casa Legislativa, por meio de resolução,
a) estabelecer as alíquotas mínimas do imposto nas operações internas.
b) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única
vez, qualquer que seja a sua finalidade.
c) disciplinar o regime de compensação do imposto.
d) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado
e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias.
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros
produtos além daqueles já mencionados no texto constitucional.
Resolução:

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RESOLUÇÃO SENADO FEDERAL:

• Alíquotas interestadual
ICMS • Alíquotas exportação

ICMS • Alíquotas Máximas e MÍNIMAS

ITCMD •Alíquotas Máximas

IPVA •Alíquotas Mínimas

As outras alternativas são de competência da Lei Complementar Federal.


A

29. (FCC/ALE-PE CONSULTOR/ Adaptada) Em decorrência de


imunidade tributária, o ICMS NÃO pode ser cobrado em relação:
a) à conferência de bens imóveis ao capital de sociedades, em aumento de capital.
b) à venda de mercadorias tendo como destino partidos políticos, para aplicação direta
na atividade política aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral.
c) a prestações de serviços de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e
de sons e imagens, de recepção livre e gratuita.
d) à importação de bens na modalidade “importação por encomenda” realizadas em
favor de entidade religiosa (templo de qualquer culto).
e) à prestação de serviço de provimento de acesso à internet, na modalidade “Serviço
de Valor Adicionado”.
Resolução: Esta questão trata das imunidades tributárias específicas. E apenas uma
alternativa se refere à vedação de cobrança do imposto estadual.
Para algumas operações e prestações é constitucionalmente, art. 155, § 2º, inciso X,
CRFB/88, vedada a incidência do ICMS. Com efeito, não incidirá ICMS (IMUNIDADE):
Imunidade específica

Exportações com manutenção do crédito.

Operação interestadual com petróleo e seus derivados, e


do ICMS

energia elétrica.

Ouro considerado Ativo Financeiro.

Serviço de Comunicação de recepção livre e gratuita.

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30. (FCC/TCE-PI - Auditor Fiscal de Controle Externo)


- Paulo, de nacionalidade argentina, Antonio, de nacionalidade paraguaia, Mário, de
nacionalidade espanhola, e Eduardo, de nacionalidade peruana, todos residentes no
Brasil, formam um grupo musical, que compõe e executa melodias brasileiras e
estrangeiras. Apresentam-se em todos os Estados brasileiros. Seu trabalho musical é
divulgado de diversas maneiras: apresentações públicas em programas televisivos,
espetáculos abertos ao público em geral, com entrada gratuita, e comercialização de CDs
e DVDs de suas apresentações.
(1) O último DVD desse quarteto, com canções folclóricas andinas, cujas letras e
melodias foram criadas por autores bolivianos residentes no Brasil, foi produzido nos
Estados Unidos.
(2) Antes de Antônio juntar-se ao grupo, Paulo, Mário e Eduardo formaram um trio que
chegou até a produzir, no Rio Grande do Sul, um CD com melodias de autoria de artistas
gaúchos e letras criadas por artistas uruguaios.
(3) Recentemente, o quarteto produziu, no Piauí, um DVD com canções, cujas melodias
foram compostas por autores brasileiros, mas as letras foram com postas por autores
paraguaios.
(4) Antônio produziu um CD, solo, instrumental, na Itália, interpretando apenas
melodias (sem letra) compostas por autores piauienses.
Com base nas afirmações acima e no que dispõe a Constituição Federal a respeito de
imunidades tributárias, são abrangidas por essas imunidades APENAS as situações de
números:
a) 2 e 4. b) 1 e 4. c) 1 e 2. d) 2 e 3. e) 3 e 4.
Resolução:
Resposta pede os itens que representem imunidades. Façamos a análise.
ITEM (1) INCORRETO O último DVD desse quarteto, com canções folclóricas andinas,
cujas letras e melodias foram criadas por autores bolivianos residentes no Brasil, foi
produzido nos Estados Unidos.
Em nada se enquadra nos preceitos constitucionais.
ITEM (2) Antes de Antônio juntar-se ao grupo, Paulo, Mário e Eduardo formaram um
trio que chegou até a produzir, no Rio Grande do Sul, um CD com melodias de autoria de
artistas gaúchos e letras criadas por artistas uruguaios.
Produzido no Brasil com obras de brasileiros, interpretadas por brasileiros.
Item CORRETO - IMUNIDADE.

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ITEM (3) Recentemente, o quarteto produziu, no Piauí, um DVD com canções, cujas
melodias foram compostas por autores brasileiros, mas as letras foram com postas por
autores paraguaios.
Produção brasileira. Apesar de a letra ser de paraguaios, a música é de brasileiros,
condições atendidas. Item CORRETO – IMUNIDADE.
ITEM (4) Antônio produziu um CD, solo, instrumental, na Itália, interpretando apenas
melodias (sem letra) compostas por autores piauienses.
Produzido na Itália. Item ERRADO.
D

31. (FGV/PROCURADOR PAULÍNEA/ Adaptada)


A Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, reserva à lei complementar
disciplinar algumas matérias.
As opções a seguir apresentam hipóteses em que há reserva constitucional de lei
complementar, à exceção de uma.
Assinale-a.
a) Fixar, para efeito da cobrança de ICMS e definição do estabelecimento responsável,
o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviço.
b) Definir os serviços que estarão sujeitos à tributação pelo ISS.
c) Prever casos de manutenção de crédito de ICMS, relativamente à remessa para
outro Estado e à exportação de serviços e mercadorias.
d) Disciplinar o regime de compensação do ICMS.
e) Conceder isenções, incentivos e benefícios fiscais de ICMS pelos Estados.
Resolução:
Art.155, XII, g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito
Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
A Lei Complementar, nesse caso, somente regula a forma como os incentivos e
benefícios relacionados ao ICMS serão concedidos.
Sendo repetitivo: a Lei Complementar não concede benefícios fiscais, somente diz
como serão as reguladas concessões por meio de convênio. Os Estados, por Lei
(ordinária), concederão as isenções, os incentivos e os benefícios fiscais.
A Lei Complementar em questão é a LEI COMPLEMENTAR Nº 24, DE 7 DE JANEIRO DE
1975.
E

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32. (FCC/SEFAZ-MA/ Adaptada)


Considerando as regras constantes da Constituição Federal, o ICMS.
I. terá seu regime de compensação do imposto disciplinado por lei complementar.
II. incide sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de telecomunicação.
III. incidirá sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com
serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios.
IV. será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa
à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante pago nas
anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.
V. terá seu valor calculado, em relação às operações e prestações que destinem bens e
serviços a consumidor final localizado em outro Estado, mediante a aplicação da
alíquota interestadual, quando o destinatário estiver inscrito na repartição fiscal.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I, II e IV. b) III, IV e V. c) I, II e III. d) I, III e V. e) II, IV e V.
Resolução:
I – CORRETA – Art. 155, §2º, XII, c, da CF.
II – CORRETA – Art. 155, II, da CF.
III – CORRETA – Art. 155, §2º, IX, b, da CF.
IV – ERRADA – Art. 155, §2º, I, da CF – o ERRO é dizer “com o montante PAGO nas ...”;
o CORRETO é “com o montante COBRADO nas ...”.
“§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à
circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante COBRADO nas
anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;”
V – ERRADA – Art. 155, §2º, VII, a, da CF – o ERRO está no final da assertiva “quando o
destinatário estiver inscrito na repartição fiscal.” Veja o correto na transcrição do extrato
da CF abaixo:
“VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor
final localizado em outro Estado, adotar-se-á:
a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto;”
C

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33. (FCC/SEFAZ-MA/ Adaptada)


De acordo com a Lei Complementar n° 24/1975, serão concedidas ou revogadas, nos
termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, as
a) isenções dos tributos estaduais.
b) concessões de créditos presumidos do ICMS.
c) isenções do ICMS e do IPVA.
d) reduções de base de cálculo e fixação de alíquotas interestaduais mínimas do ICMS.
e) isenções dos impostos estaduais.
Resolução:
Serão CONCEDIDAS OU REVOGADAS nos termos de convênios celebrados e ratificados
pelos Estados e pelo Distrito Federal
As isenções do ICMS;
A redução da base de cálculo;
A devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do tributo, ao
contribuinte, a responsável ou a terceiros;
A concessão de créditos presumidos;
A quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, dos quais resulte
redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus;
As prorrogações e às extensões das isenções vigentes nesta data.
B

34. (FGV/ISS-CUIABÁ/ Adaptada)


Em relação à incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
sobre operações interestaduais de exportação e importação, analise as afirmativas a
seguir.
I. Cabe ao Senado Federal, por meio de Resolução, estabelecer as alíquotas do ICMS
aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação.
II. Nas operações interestaduais que destinam bens a consumidor final, será aplicada a
alíquota interna do Estado, quando o destinatário for contribuinte do ICMS.
III. Incide ICMS sobre a entrada de bens importados por pessoa física, qualquer que
seja sua finalidade.
Assinale:

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a) se somente a afirmativa II estiver correta.


b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Resolução:
ITEM I CORRETO.
RESOLUÇÃO SENADO FEDERAL:

• Alíquotas interestadual
ICMS • Alíquotas exportação

ICMS • Alíquotas Máximas e MÍNIMAS

ITEM II - INCORRETO
Quando uma operação de venda de mercadoria é realizada entre sujeitos situados em
Estados distintos, em regra, aplica-se a alíquota interestadual do ICMS.
ITEM III CORRETO.
Durante o curso vamos estudar as hipóteses de incidência, mas vamos conhecer desde
já o fato gerador no ICMS-Importação.
É importante notar que a hipótese constitucional é bastante ampla, que o imposto
“incide sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou
jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja sua
finalidade”.
Assim, não interessa a destinação da mercadoria. Incide o ICMS na importação, mesmo
que importado por pessoa física, com habitualidade ou não.
B

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35. (FUNDADET/AFRE-RS)
Os Estados e o Distrito Federal possuem competência para instituir o imposto sobre
operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transportes interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS). Diante disso,
analise as assertivas abaixo:
I. O princípio que prevê “quem tem o poder de tributar tem o poder de isentar” concede
aos Estados e ao Distrito Federal, em matéria de ICMS, plena autonomia para fixar
unilateralmente todas as suas alíquotas e isenções, desde que observados os critérios
de conveniência e oportunidade.
II. Uma das propriedades do imposto é que em qualquer circunstância a sua incidência
é plurifásica. Por exemplo, em se tratando de mercadorias, a incidência do imposto
ocorre em todas as fases de circulação da mercadoria.
III. É inconstitucional a criação de norma unilateralmente por ente federado que
estabeleça tributação diferenciada de mercadorias provenientes de outros estados da
Federação.
Quais estão corretas?
a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas II e III. e) Apenas I e III.
Resolução:
ITEM I - FALSO. Quando se trata estudo ICMS, a CF/1988 não deixa dúvida: Exige que
os incentivos fiscais sejam fixados no âmbito de convênios do CONFAZ.
ITEM I - FALSO. O ICMS está sujeito ao princípio da anterioridade anual, salvo o
restabelecimento das alíquotas no caso da incidência monofásica sobre combustíveis
definidos em lei complementar. Na próxima aula revisaremos o assunto, porém o estudo
do princípio da anterioridade é feito em Direito Tributário. Caso seja necessário, reveja
o tema.
ITEM III - CORRETO Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza,
em razão de sua procedência ou destino.
C

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36. (CS UFG /Proc. Leg. (ALMT)/ -Adaptada)


Proposta legislativa de alteração da legislação tributária em matéria do Imposto de
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) deve observar a seguinte norma
constitucional:
a) a iniciativa é privativa do Chefe do Poder Executivo estadual, na medida em que
poderá representar decréscimo na arrecadação tributária estadual e, por conseguinte,
desequilíbrio fiscal.
b) a veiculação de incentivo de ICMS prescinde de autorização do Conselho Nacional
de Política Fazendária (CONFAZ) quando concedido com vistas ao desenvolvimento
regional, objetivo da República Federativa do Brasil.
c) a fixação da data de pagamento do ICMS deve constar necessariamente do projeto
de lei enviado à Assembleia Legislativa, na medida em que vinculada ao aspecto
temporal do fato gerador do tributo.
d) A concessão de uma isenção do ICMS representará, como regra, óbice ao crédito de
ICMS decorrente da aplicação do princípio constitucional da não cumulatividade,
relativamente às operações anteriores, inclusive no tocante às matérias-primas
utilizadas na industrialização das mercadorias cuja venda esteja beneficiada com a
isenção.
Resolução:
A alternativa A) ERRADA
STF.
“A jurisprudência da Corte é uníssona em negar a exigência de reserva de iniciativa
em matéria tributária, ainda que se cuide de lei que vise à minoração ou revogação de
tributo”, frisou o ministro, que assentou “a inexistência de reserva de iniciativa para leis
de natureza tributária, inclusive as que concedem renúncia fiscal”.
O entendimento também pode ser aplicado aos tributos estaduais.
Assim, a iniciativa de lei que concede desoneração do ICMS não é do Chefe do Poder
Executivo estadual.
A alternativa B) ERRADA
Não é válida a concessão de um incentivo de ICMS sem a autorização de convênio
celebrado pela decisão unânime dos Estados representados no CONFAZ.
A alternativa C) ERRADA
O STF já se manifestou e considerou que não está alcançado pelo princípio da
legalidade tributária a fixação de prazo para pagamento de tributo.

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Para o STF é plenamente possível que o Poder Executivo fixe, por meio de decreto, a
data de recolhimento do tributo, uma vez que tal dado não compõe a obrigação
tributária principal, sendo obrigação acessória, que não precisa ser necessariamente
normatizada via lei em sentido formal.
A alternativa D) CORRETA
Como regra, a isenção conferida sobre a saída da mercadoria (há exceção) inviabiliza
o aproveitamento de crédito do imposto.
D

37. (FCC /Consultoria Legislativa/ Adaptada)


Dias após a promulgação e publicação de Emenda Constitucional ampliando a
possibilidade de cobrança do ICMS para alcançar situações de fato anteriormente não
previstas, a Assembleia Legislativa do Estado recebe proposição oriunda do Poder
Executivo Estadual para a edição de lei que altere a Lei do ICMS local para definir o novo
fato gerador bem como os demais elementos da respectiva hipótese de incidência
tributária. Essa proposição é aprovada, e após sancionada e publicada pelo Governador
do Estado. A nova lei é
a) constitucional, pois com a nova Emenda Constitucional ampliando a competência
tributária do Estado em matéria de ICMS, este tem o dever de instituir a cobrança do
ICMS, sob pena de caracterizar-se um benefício fiscal irregular.
b) constitucional, pois desde que exista a competência tributária definida na
Constituição Federal em matéria de ICMS, o Estado detém a competência para decidir,
mediante lei, se irá ou não promover a cobrança do imposto estadual.
c) inconstitucional, pois no regime do ICMS é necessária a prévia edição da Lei
Complementar para disciplinar os aspectos gerais de cunho nacional do imposto para,
só então, editarem os Estados as leis correspondentes.
d) constitucional, pois na ausência de normas gerais relativas ao ICMS cabe a
competência legislativa plena aos Estados.
e) inconstitucional, pois para o estabelecimento de novas regras do ICMS que possam
trazer efeitos às demais Unidades da Federação é necessária a celebração de convênio
para evitar-se o conflito federativo.
Resolução:
De acordo com a hipótese apresentada, é aprovada uma Emenda Constitucional que
possibilita a previsão de novos fatos geradores para o ICMS. O Poder Executivo
encaminha à Assembleia Legislativa proposição de lei que altera a legislação tributária
estadual, buscando alcançar novas hipóteses de incidência.

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A lei é aprovada e sancionada. A pergunta que fica é: isso pode? Pode não! Pelo menos
no quando falamos do ICMS. Isso porque conforme previsto na Constituição Federal:
Art. 146. Cabe à lei complementar:
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos
discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de
cálculo e contribuintes;

Por isso, está Letra C está correta pois a norma estadual padece de
inconstitucionalidade, por não observar o requisito da norma geral nacional.
C

38. (FGV ALERJ /2017) Em matéria de “guerra fiscal”, é correto afirmar


que:
a) é constitucional lei específica que outorga isenção heterônoma;
b) é inconstitucional lei específica que outorga remissão ou anistia em caráter geral,
mesmo calcada em Convênio Interestadual;
c) é limitado pela Constituição o poder de exoneração fiscal do Estado-Membro e do
Distrito Federal, quando exige Convênio Intergovernamental para tanto;
d) é constitucional lei específica que outorga anistia de multa e juros, mas exige
integralmente o tributo;
e) é constitucional legislação tributária que outorga isenção na venda de aparelhos
para portadores de deficiência auditiva, visual e mental.
Resolução:
"Guerra Fiscal" = Guerra fiscal é a disputa, entre cidades e estados, para ver quem
oferece melhores incentivos para que as empresas se instalem em seus territórios.
ITEM A) INCORRETO
A isenção heterônoma, então, ocorre quando um ente federativo, diferente daquele que
detém a competência para instituir o tributo, concede o benefício fiscal da isenção
tributária.
"Art.151. É vedado à União:
III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios".
ITEM B) INCORRETO

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Se tiver o tal convênio preconizado pela CF em seu art. 155 §2 XII g e regulamentado
pela LC 24/75 autorizando a instituição pelos Estados dessa isenção, então essa lei será
constitucional.
O artigo 150, § 6.º da CF preconiza que qualquer subsídio ou isenção, redução de base de
cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas
ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica.

ITEM C) CORRETO
O entendimento do STF é no sentido de que “a concessão unilateral de benefícios fiscais
relativos ao ICMS sem a prévia celebração de convênio intergovernamental, nos termos
da Lei Complementar 24/1975, afronta a Constituição Federal”.
ITEM D) INCORRETO
A anistia pode sim ser concedida em relação a multa e juros e ainda exigir
integralmente o tributo.
Porém o enunciado diz em relação a "guerra fiscal".
Nessa situação de guerra fiscal a CF preconiza que a concessão unilateral de benefícios
fiscais sem a prévia celebração de convênio intergovernamental afronta a Cf, o artigo
155, parágrafo 2º, inciso XII, letra ‘g’.
ITEM E) INCORRETO
Necessita o convênio intergovernamental (Convênio Confaz) para que essa legislação
seja constitucional.
C

39. (CESPE/TCE-PA/ Adaptada)


No que concerne ao ICMS e às disposições constitucionais pertinentes à concessão de
exonerações fiscais, julgue o item subsecutivo.
A concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais pelos estados depende de
prévia aprovação de convênio interestadual, o que abrange a concessão de diferimento
no pagamento de débitos de imposto sobre operações relativas à circulação de
mercadorias e prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que inexista redução do valor devido
Resolução:

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A jurisprudência do STF nos informa que o mero diferimento do pagamento de débitos


relativos ao ICMS, sem a concessão de qualquer redução do valor devido, não configura
benefício fiscal, de modo que pode ser estabelecido sem convênio prévio.
ERRADO

40. (FGV/ SEFAZ-RJ)


A alíquota do ICMS, aplicável nas operações ou prestações internas, pode ser de 5%
(cinco por cento), se prevista:
a) em resolução do Senado Federal.
b) em convênio interestadual.
c) na lei estadual.
d) na Constituição Federal.
e) na Constituição Estadual.
Resolução:
A alíquota de 5% mencionada pela questão é inferior às alíquotas interestaduais.
Sendo assim, somente deliberação dos Estados e DF poderá ser aprovado tal alíquota.
E essa aprovação se dará na forma de um convênio.
Vejamos o que diz a CF.
“CF Art. 155, § 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de
um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros,
estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de
exportação;
(...)
VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos
do disposto no inciso XII, "g", as alíquotas internas, nas operações relativas à
circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores
às previstas para as operações interestaduais”

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41. (CESPE PGE-BA - Procurador do Estado da Bahia – Adaptada)


A respeito da concessão, pelos entes da Federação, de benefício fiscal em relação ao
ICMS, julgue os itens subsecutivos em Verdadeiro (V) ou Falso (F):
Não há obrigatoriedade de a concessão de benefícios fiscais ser feita por lei
complementar estadual.
Consideram-se benefícios fiscais as imunidades previstas na CF.
De acordo com a CF, cabe a lei complementar regular a forma como, mediante
deliberação dos estados e do DF, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão
concedidos e revogados.
Sendo o ICMS um tributo estadual, a concessão de benefícios fiscais a ele relacionada
deve ser feita por meio de atos administrativos normativos, como decretos.
Por ser um tributo de importância nacional, o ICMS só pode ser concedido pelos entes
da Federação mediante autorização do Senado Federal, ao qual cabe, inclusive,
prescrever suas alíquotas em determinados casos.
Agora assinale a sequência correta.
a) V-F-V-F-F; b) V-F-V-V-F; c) V-F-V-V-V; d) F-F-V-F-F; e) F-F-V-F-V;
Resolução:
Os destaques em vermelho indicam o erro.
ITEM A) VERDADEIRO. Não há obrigatoriedade de a concessão de benefícios fiscais ser
feita por lei complementar estadual.
A concessão depende de convênios conforme disciplinado da Lei Complementar
24/75, recepcionada por imperativo constitucional, alínea “g”, inciso XII, § 2º, art. 155,
CRFB/88.

ITEM B) FALSO Consideram-se benefícios fiscais as imunidades previstas na CF.


Imunidade não é benefício fiscal, e sim limitações constitucionais ao poder de tributar,
consoante seção II, Capítulo I, Título VI da CRFB/88.

ITEM C) VERDADEIRO De acordo com a CF, cabe a lei complementar regular a forma
como, mediante deliberação dos estados e do DF, isenções, incentivos e benefícios fiscais
serão concedidos e revogados.
A concessão depende de convênios conforme disciplinado da Lei Complementar
24/75, recepcionada por imperativo constitucional, alínea “g”, inciso XII, § 2º, art. 155,
CRFB/88.

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ITEM D) FALSO Sendo o ICMS um tributo estadual, a concessão de benefícios fiscais a ele
relacionada deve ser feita por meio de atos administrativos normativos, como decretos.
A concessão depende de convênios conforme disciplinado da Lei Complementar
24/75, recepcionada por imperativo constitucional, alínea “g”, inciso XII, § 2º, art. 155,
CRFB/88.

ITEM E) FALSO Por ser um tributo de importância nacional, o ICMS só pode ser
concedido pelos entes da Federação mediante autorização do Senado Federal, ao qual
cabe, inclusive, prescrever suas alíquotas em determinados casos.
As competências do SF estão relacionadas às alíquotas interestaduais, exportação,
mínimas e máximas internas, consoante, incisos IV e V, § 2º, art. 155, CRFB/88
C

42. (FUNCAB/ISS-SALVADOR)
Sujeita-se à incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS:
a) a execução de quaisquer serviços de reparação, conservação e reforma de edifícios,
com o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do
local da prestação dos serviços.
b) a organização de festas e recepções com o fornecimento de alimentação e bebidas.
c) a prestação de serviço de hospedagem de qualquer natureza em hotéis, apart-
service condominiais, flat, apart-hotel, hotéis residência, residence-service, suite
Service, hotelaria marítima, motéis, pensões e congêneres; ocupação por temporada
com fornecimento de serviço.
d) a prestação de serviços de diversões, lazer, entretenimento e congêneres em
competições esportivas ou de destreza física ou intelectual, desde que tenha a
participação de espectadores.
e) a prestação de serviço de hospedagem em hotéis e a alimentação fornecida em
razão dessa hospedagem, ainda quando não incluída no preço da diária.

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Resolução:ITEM A) Errada
Lista de serviços da LC 116/03:
7.05 – Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e
congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos
serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS).
ITEM B) Errada
Lista de serviços da LC 116/03:
17.11 – Organização de festas e recepções; bufê (exceto o fornecimento de
alimentação e bebidas, que fica sujeito ao ICMS).
ITEM C) CORRETA Não houve nenhuma previsão quanto as exceções. Apesar de não
estarmos no estudo da LC116/03. A resposta correta é a C.
ITEM D) Errada - Essa alternativa é específica do estudo da LC116/03.
ITEM E) Errada a prestação de serviço de hospedagem em hotéis e a alimentação
fornecida em razão dessa hospedagem, ainda quando não incluída no preço da diária.
Vimos que existe uma diferença quando inclui e quando não inclui o fornecimento de
alimentação no preço da diária.
C

43. (FCC/AFRE-RO/ Adaptada)


Sobre a disposição constitucional do ICMS, é INCORRETO afirmar que
a) incide sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa
física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja
a sua finalidade.
b) será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à
circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas
anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou Distrito Federal.
c) não incide sobre operações que destinem mercadorias para o exterior e sobre
serviços prestados a destinatários no exterior.
d) poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços.
e) incide sobre operações que destinem a outros estados petróleo e energia elétrica.
Resolução: Não incide sobre operações que destinem a outros estados petróleo e
energia elétrica.
E

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11- exercícios de fixação dentro da teoria

1. FCC - Auditor Fiscal Tributário Municipal (SJRP)/ Adaptada /


Diversas são as teorias acerca dos tipos de tributos, por exemplo, a teoria
a) quadripartida, que separa os tributos entre aqueles sobre a renda, sobre a
propriedade, sobre consumo e sobre as operações financeiras.
b) pentapartida, que separa os tributos em impostos, taxas, contribuições de melhoria,
empréstimos compulsórios e contribuições especiais.
c) tripartida, que separa os tributos entre aqueles aplicados pela União, pelos Estados
e pelos Municípios.
d) bipartida, que separa os tributos em nacionais e internacionais.
e) única, que trata tributos como sanções pecuniárias por atos ilícitos.

2. (FCC/ Prefeitura de Teresina) O ICMS é um imposto


a) não seletivo, não cumulativo e direto.
b) seletivo, cumulativo e indireto.
c) não seletivo, cumulativo e indireto.
d) seletivo, não cumulativo e direto.
e) seletivo, não cumulativo e indireto.

3. (TRF - 2ª Região/Juiz Federal/) Entre as opções abaixo, assinale


aquela que lista apenas impostos que são, classicamente e pela sua
natureza, classificados como INDIRETOS:
a) Imposto de Resposta, IPI e COFINS.
b) ICMS, FUNRURAL e taxa judiciária.
c) Imposto de Renda, IPVA e IPTU.
d) IPTU, ICMS e transmissão causa mortis.
e) IPI, ICMS e ISS.

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4. CEBRASPE (CESPE) - Auditor-Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ RS)/


Adaptada
O ICMS é espécie tributária que pode ser classificada como um imposto
a) direto e especial, que deverá ser seletivo.
b) indireto e real, que poderá ser seletivo.
c) direto e pessoal, que deverá ser seletivo.
d) indireto e pessoal, que poderá ser seletivo.
e) direto e real, que poderá ser seletivo.

5. (FEPESE/ AFRE-SC/) Assinale a alternativa correta, quanto ao ICMS:


a) O ICMS é um imposto não-cumulativo.
b) O ICMS é um imposto de competência exclusiva dos Estados.
c) O ICMS é um imposto cumulativo, não podendo ser compensado.
d) O ICMS, por incidir em cada etapa da circulação de mercadoria, dispensa a emissão
de nota ou cupom fiscal.
e) O ICMS é um imposto que pode ser tanto cumulativo como não-cumulativo.

6. (FCC/ AFRE-MA/ De acordo com a Constituição Federal e com a Lei


Complementar no 87/1996, a isenção ou não-incidência do ICMS:
a) implicará, salvo disposição da legislação em contrário, vedação ao crédito para
compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes, exceto
quando se tratar de operações que destinem álcool carburante e seus derivados a outros
Estados.
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores, exceto quando
houver determinação em contrário da legislação.
c) implicará, necessariamente, vedação ao crédito para compensação com o montante
devido nas operações ou prestações seguintes.

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7. (FGV/SEFIN-RO/ Adaptada) Sobre o princípio da não-


cumulatividade do ICMS, assinale a afirmativa correta.
a) O ICMS incidente sobre a energia elétrica consumida pelas empresas de
telecomunicação, que promovem processo industrial por equiparação, não pode ser
creditado para abatimento do imposto devido quando da prestação dos serviços.
b) O direito ao crédito para compensação com o montante devido nas operações
seguintes é garantido, ainda que a saída da mercadoria seja isenta ou não tributada.
c) O direito de o estabelecimento utilizar o crédito de ICMS extingue-se depois de
decorridos cinco anos contados da data de emissão do documento.
d) O direito ao crédito das mercadorias destinadas ao uso ou ao consumo do
estabelecimento, nele entradas, é garantido.
e) Ao comerciante, ainda que de boa-fé, é vedado aproveitar os créditos de ICMS
decorrentes de nota fiscal posteriormente declarada inidônea.

8. CEBRASPE (CESPE) - AFRE (SEFAZ AL)/ Adaptada


No que concerne ao Sistema Tributário Nacional, julgue o item subsecutivo.
A seletividade em razão da essencialidade do bem é obrigatória tanto para o IPI quanto
para o ICMS.
( ) Certo ( ) Errado

9. (FUNCAB/ISS SALVADOR/) O princípio tributário da seletividade


aplica-se ao:
a) IOF
b) ITR
c) PIS
d) ICMS
e) IR

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10. CEBRASPE (CESPE) - AFRE (SEFAZ AL)/ Adaptada


A respeito da competência tributária e do conceito e da classificação dos tributos,
julgue o item a seguir.
Os impostos são tributos não vinculados cuja obrigação tem como fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte.
( ) Certo ( ) Errado

11. (FCC/ COPERGAS PE/ - Adaptada)


De acordo com a Constituição Federal, o imposto sobre operações relativas à circulação
de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação – ICMS
(...)
a) não incide sobre operações que destinem energia elétrica a outros contribuintes,
nem sobre operações que destinem mercadorias para o exterior.
b) incide sobre operações que destinem brincos e anéis de ouro a outros Estados, mas
não incide sobre serviços prestados a destinatários no exterior.
c) incide nas prestações de serviço de comunicação, nas modalidades de radiodifusão
de sons e imagens de recepção livre e gratuita.

12. (FGV/Pref. Salvador -Especialista em Direito/)


A Editora WW Ltda. publica livros impressos e livros eletrônicos (e-books), além de
comercializar aparelhos eletrônicos especializados em leitura de obras digitais (e-
readers).
O sócio-gerente dessa editora, diante da dúvida quanto à incidência de imunidade
tributária objetiva sobre os itens por ela publicados e comercializados, consulta
Roberto, advogado tributarista, a respeito do tema.
Levando em conta a Constituição da República e a jurisprudência consolidada do
Supremo Tribunal Federal, assinale a opção que apresenta a resposta de Roberto.
a) A imunidade objetiva abarca livros impressos e livros eletrônicos, mas não alcança
aparelhos eletrônicos especializados em leitura de obras digitais.
b) A imunidade objetiva abarca apenas e tão somente livros impressos.
c) A imunidade objetiva abrange livros impressos, livros eletrônicos e aparelhos
eletrônicos especializados em leitura de obras digitais.

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d) A imunidade objetiva abrange livros eletrônicos e aparelhos eletrônicos


especializados em leitura de obras digitais. Quanto aos livros impressos, a hipótese é de
mera isenção legal.
e) A imunidade subjetiva abrange livros impressos, livros eletrônicos e aparelhos
eletrônicos especializados em leitura de obras digitais.

13. (VUNESP/ Procurador Jurídico / Adaptada)


A Constituição Federal, dentre outras hipóteses que prevê, veda a instituição de
impostos sobre fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil,
contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral
interpretadas por artistas brasileiros, bem como os suportes materiais ou arquivos
digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de
leitura a laser. Referida vedação consiste em hipótese de:
a) imunidade genérica.
b) imunidade específica.
c) imunidade recíproca.
d) isenção constitucionalmente garantida.
e) remissão constitucionalmente admitida.

14. FCC - Auditor Fiscal (SEFAZ BA)/Administração, Finanças e


Controle Interno/ Adaptada
Com fundamento na Constituição Federal, o Senado Federal, por iniciativa de um terço
dos senadores e aprovação da maioria absoluta de seus membros, poderá expedir
resolução para
a) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
b) definir os contribuintes do ICMS, dispor sobre substituição tributária e disciplinar o
regime de compensação do referido imposto.
c) fixar as alíquotas máximas e mínimas do imposto municipal sobre serviços de
qualquer natureza e do imposto estadual sobre propriedade de veículos automotores.
d) fixar as alíquotas mínimas do imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de
quaisquer bens ou direitos, e as alíquotas máximas do imposto sobre propriedade
territorial e urbana.
e) estabelecer as alíquotas mínimas, para o imposto sobre operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação, nas operações internas..

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15. (Questão Adaptada) Analise as seguintes assertivas quanto à


aplicação da alíquota interestadual:
I - sociedade empresária sediada em MG compra mercadoria para revenda de origem
nacional, cujo fornecedor é do estado do RJ.
II - sociedade empresária sediada em GO compra mercadoria para revenda de origem
nacional, cujo fornecedor é do estado do RJ.
III - sociedade empresária sediada em GO compra mercadoria para revenda de origem
nacional, cujo fornecedor é do estado do CE.
Em relação à aplicação das alíquotas interestaduais, assinale a alternativa que indique
a sequência correta quanto à aplicação da alíquota interestadual.
a) 12% - 7% - 12%;
b) 12% - 7% - 7%;
c) 7% - 7% - 12%;
d) 7% - 7% - 12%;

16. (FCC /PGE-MT/ Adaptada /adaptada) De acordo com a


Constituição Federal, o ICMS é imposto de competência estadual e
I. poderá suas alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal.
II. poderá ter suas alíquotas máximas fixadas pelo CONFAZ.
III. nunca podem ter alíquota interna menor que alíquota interestadual.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) I.
c) II e III.
d) I e II.
e) III.

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17. (FCC/SEFAZ-MA/ Adaptada) De acordo com a Lei Complementar n°


24/1975, serão concedidas ou revogadas, nos termos de convênios
celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, as
a) isenções dos tributos estaduais.
b) concessões de créditos presumidos do ICMS.
c) isenções do ICMS e do IPVA.
d) reduções de base de cálculo e fixação de alíquotas interestaduais mínimas do ICMS.
e) isenções dos impostos estaduais.

18. (FCC/AFFE/SEFAZ PI/) Em relação ao ICMS, cabe à lei


complementar
I. fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na
importação do exterior, de bem, mercadoria ou serviço.
II. regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal,
isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
III. fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local
das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III.

19. (FCC/Juiz Federal/ – Adaptada)


De acordo com o disposto na Lei Complementar n° 87/1996 e na Lei Complementar n°
116/2003, o ICMS:
Incide sobre a prestação de serviços de organização de festas (bufê) e sobre o
fornecimento de alimentação e bebidas nelas servidos.
(...) Certo ou errado?

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20. (FCC/ SEFAZ-SP/ Adaptada)


O Hotel Qbela Praia, localizado no litoral do Estado de São Paulo, possui um restaurante
na cobertura, com vista panorâmica, onde são servidos o café da manhã, o almoço e o
jantar, e também possui serviço de quarto 24 horas, que serve refeições e bebidas com
cardápio e preços diferenciados, e frigobar nos apartamentos de luxo. Considerando
estas informações, NÃO há incidência de ICMS
a) no jantar, serviço no restaurante, desde que o hóspede tenha optado pela tarifa de
hospedagem que incluía o valor da refeição.
b) no café da manhã, servido no quarto, desde que o pagamento seja realizado no dia
de saída do hotel, no momento do fechamento da conta.
c) no almoço, servido no restaurante, desde que o cliente opte pelo buffet de preço fixo
e o pagamento seja realizado no dia da saída do hotel.
d) no almoço, servido no restaurante, desde que os insumos utilizados estejam sujeitos
à isenção do ICMS e as bebidas estejam no regime de substituição tributária.
e) no café da manhã, servido no restaurante, desde que o cliente opte pelo buffet de
preço fixo e as bebidas estejam sujeitas à substituição tributária.

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11- Questões Complementares

21. FGV - OAB UNIFICADO - Nacional/XXVIII Exame/ Adaptada


O Estado Y lavrou auto de infração em face da pessoa jurídica PJ para cobrança de
créditos de Impostos sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS),
decorrentes da produção e venda de livros eletrônicos. Adicionalmente aos créditos de
ICMS, o Estado Y cobrou o pagamento de multa em decorrência do descumprimento de
obrigação acessória legalmente prevista.

Tendo isso em vista, assinale a afirmativa correta.


a) Há imunidade tributária em relação aos livros eletrônicos; por outro lado, é
incorreta a cobrança da multa pelo descumprimento da obrigação acessória.
b) Há imunidade tributária em relação aos livros eletrônicos; no entanto, tendo em
vista a previsão legal, é correta a cobrança de multa pelo descumprimento da obrigação
acessória.
c) É correta a cobrança do ICMS, uma vez que a imunidade tributária somente abrange
o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos; da mesma forma, é correta
a cobrança de multa pelo descumprimento da obrigação acessória, em vista da previsão
legal.
d) É correta a cobrança do ICMS, uma vez que a imunidade tributária somente abrange
o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos; no entanto, é incorreta a
cobrança da multa pelo descumprimento da obrigação acessória.

22. VUNESP - AFTM (Campinas)/ Adaptada /


A respeito do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação,
é correto afirmar que
a) deverá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços.
b) as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas
prestações de serviços, não poderão jamais ser inferiores às previstas para as operações
interestaduais.
c) resolução do Senado Federal, aprovada pela maioria absoluta de seus membros,
estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de
exportação.

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d) a isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da legislação


implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou
prestações seguintes.
e) tem suas alíquotas fixadas por lei nacional (“Lei Kandir”), de maneira a mitigar os
problemas decorrentes da chamada “guerra fiscal”.

23. (CESPE Órgãos: PGM - Campo Grande – MS Adaptada)


A respeito de impostos de competência municipal, julgue o seguinte item, conforme a
Constituição Federal de 1988, o Código Tributário Nacional e a legislação de regência.
Em se tratando de serviço cuja prestação dependa do fornecimento de mercadorias,
incide ICMS sobre o montante tributável, e não o ISS, de acordo com a Lei Complementar
n.º 116/2003.
( ) Certo ( ) Errado

24. FCC Órgãos: Prefeitura de São Luís – MA Adaptada


A “Oficina Mecânica do José” recondiciona motores de veículos. Para realizar essa
prestação de serviços de recondicionamento, empregam-se, com frequência, peças e
partes novas. De acordo com a Lei Complementar federal no 116/03 e com a Lei
Complementar federal no 87/96,
a) a prestação do serviço de recondicionamento de motores está sujeita,
simultaneamente, à incidência do ISSQN e do ICMS, enquanto o fornecimento das partes
e peças empregadas está sujeito apenas à incidência do ISSQN.
b) tanto a prestação do serviço de recondicionamento de motores como as partes e
peças empregadas estão sujeitas à incidência do ICMS.
c) a prestação do serviço de recondicionamento de motores está sujeita à incidência
do ICMS, enquanto o fornecimento das partes e peças empregadas está sujeito à
incidência do ISSQN.
d) tanto a prestação do serviço de recondicionamento de motores como as partes e
peças empregadas estão sujeitas à incidência do ISSQN.
e) a prestação do serviço de recondicionamento de motores está sujeita à incidência
do ISSQN, enquanto o fornecimento das partes e peças empregadas está sujeito à
incidência do ICMS.

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25. CESPE - DPE-PE Defensor Público - Adaptada


A empresa BETA, operadora de plano privado de saúde, foi notificada pelo fisco estadual
em razão do não recolhimento de ICMS relativo às operações mistas, que envolvem a
prestação de serviços associados ao fornecimento de mercadorias. Em sua defesa, a
empresa alegou que o fisco municipal entende que, nesse caso, incide o imposto sobre
serviços de qualquer natureza (ISSQN).
Considerando o entendimento majoritário e atual do Supremo Tribunal Federal, assinale
a opção correta, acerca dos impostos que poderão incidir no presente caso.
a) No caso em tela, deve prevalecer a incidência do ICMS, afastando-se a incidência do
ISSQN sobre a operação.
b) Se os serviços prestados pela empresa em questão estiverem previstos na lei
complementar federal que dispõe sobre o ISSQN, prevalecerá a incidência do ISSQN sobre
o ICMS.
c) Incidirá, em regra, o ICMS, podendo haver a incidência do ISSQN se o serviço estiver
previsto na lei complementar federal que dispõe sobre esse tributo, caso em que, para evitar
a bitributação, o valor pago a título de ICMS será deduzido da base de cálculo do ISSQN.
d) No caso em tela, incidem tanto ICMS como o ISSQN: o ICMS incidirá sobre a parcela
relativa à obrigação de dar e o ISSQN incidirá sobre a parcela referente à obrigação de fazer.
e) Há de se verificar a atividade preponderante do contribuinte: se a atividade
preponderante for o fornecimento de mercadorias, ele deve ser tributado pelo ICMS; se for
a prestação de serviços, ele será tributado pelo ISSQN.

26. (VUNESP/ Juiz Estadual/ Adaptada)


Assinale a alternativa correta acerca do imposto sobre operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação (ICMS), segundo a disciplina constitucional que lhe é conferida.
a) A isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da legislação, implicará
crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes.
b) Poderá ser não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas
anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.
c) Será seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços.
d) Incidirá sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física
ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua
finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado
onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem
ou serviço.
e) Incidirá sobre operações que destinem mercadorias para o exterior e sobre serviços
prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do
montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores.

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27. (VUNESP/ Procurador Municipal / Adaptada)


A vedação à incidência de impostos sobre fonogramas e videofonogramas musicais
produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros
e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes
materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial
de mídias ópticas de leitura a laser, consiste no que a doutrina denomina como
a) isenção.
b) remissão.
c) imunidade.
d) hipótese de não incidência diferida.
e) hipótese de incidência diferida.
Exemplo de como as bancas repetem questões, muita das vezes no mesmo ano e para
cargos parecidos.

28. (FCC/SEFAZ-MA/ Adaptada)


A Constituição Federal determina que algumas matérias atinentes ao ICMS sejam
disciplinadas por meio de resolução do Senado Federal. De acordo com as regras
constitucionais, é facultado a essa Casa Legislativa, por meio de resolução,
a) estabelecer as alíquotas mínimas do imposto nas operações internas.
b) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única
vez, qualquer que seja a sua finalidade.
c) disciplinar o regime de compensação do imposto.
d) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado
e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias.
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros
produtos além daqueles já mencionados no texto constitucional.

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29. (FCC/ALE-PE CONSULTOR/ Adaptada)


Em decorrência de imunidade tributária, o ICMS NÃO pode ser cobrado em relação:
a) à conferência de bens imóveis ao capital de sociedades, em aumento de capital.
b) à venda de mercadorias tendo como destino partidos políticos, para aplicação direta
na atividade política aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral.
c) a prestações de serviços de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e
de sons e imagens, de recepção livre e gratuita.
d) à importação de bens na modalidade “importação por encomenda” realizadas em
favor de entidade religiosa (templo de qualquer culto).
e) à prestação de serviço de provimento de acesso à internet, na modalidade “Serviço
de Valor Adicionado”.

30. (FCC/TCE-PI - Auditor Fiscal de Controle Externo/ Adaptada) –


Paulo, de nacionalidade argentina, Antônio, de nacionalidade paraguaia, Mário, de
nacionalidade espanhola, e Eduardo, de nacionalidade peruana, todos residentes no
Brasil, formam um grupo musical, que compõe e executa melodias brasileiras e
estrangeiras. Apresentam-se em todos os Estados brasileiros. Seu trabalho musical é
divulgado de diversas maneiras: apresentações públicas em programas televisivos,
espetáculos abertos ao público em geral, com entrada gratuita, e comercialização de CDs
e DVDs de suas apresentações.
(1) O último DVD desse quarteto, com canções folclóricas andinas, cujas letras e
melodias foram criadas por autores bolivianos residentes no Brasil, foi produzido nos
Estados Unidos.
(2) Antes de Antônio juntar-se ao grupo, Paulo, Mário e Eduardo formaram um trio que
chegou até a produzir, no Rio Grande do Sul, um CD com melodias de autoria de artistas
gaúchos e letras criadas por artistas uruguaios.
(3) Recentemente, o quarteto produziu, no Piauí, um DVD com canções, cujas melodias
foram compostas por autores brasileiros, mas as letras foram com postas por autores
paraguaios.
(4) Antônio produziu um CD, solo, instrumental, na Itália, interpretando apenas
melodias (sem letra) compostas por autores piauienses.
Com base nas afirmações acima e no que dispõe a Constituição Federal a respeito de
imunidades tributárias, são abrangidas por essas imunidades APENAS as situações de
números:
a) 2 e 4. b) 1 e 4. c) 1 e 2. d) 2 e 3. e) 3 e 4.

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31. (FGV/PROCURADOR PAULÍNEA/ Adaptada)


A Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, reserva à lei complementar
disciplinar algumas matérias.
As opções a seguir apresentam hipóteses em que há reserva constitucional de lei
complementar, à exceção de uma.
Assinale-a.
a) Fixar, para efeito da cobrança de ICMS e definição do estabelecimento responsável,
o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviço.
b) Definir os serviços que estarão sujeitos à tributação pelo ISS.
c) Prever casos de manutenção de crédito de ICMS, relativamente à remessa para
outro Estado e à exportação de serviços e mercadorias.
d) Disciplinar o regime de compensação do ICMS.
e) Conceder isenções, incentivos e benefícios fiscais de ICMS pelos Estados.

32. (FCC/SEFAZ-MA/ Adaptada)


Considerando as regras constantes da Constituição Federal, o ICMS.
I. terá seu regime de compensação do imposto disciplinado por lei complementar.
II. incide sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de telecomunicação.
III. incidirá sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com
serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios.
IV. será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa
à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante pago nas
anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.
V. terá seu valor calculado, em relação às operações e prestações que destinem bens e
serviços a consumidor final localizado em outro Estado, mediante a aplicação da
alíquota interestadual, quando o destinatário estiver inscrito na repartição fiscal.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I, II e IV. b) III, IV e V. c) I, II e III. d) I, III e V. e) II, IV e V.

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33. (FCC/SEFAZ-MA/ Adaptada)


De acordo com a Lei Complementar n° 24/1975, serão concedidas ou revogadas, nos
termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, as
a) isenções dos tributos estaduais.
b) concessões de créditos presumidos do ICMS.
c) isenções do ICMS e do IPVA.
d) reduções de base de cálculo e fixação de alíquotas interestaduais mínimas do ICMS.
e) isenções dos impostos estaduais.

34. (FGV/ISS-CUIABÁ/ Adaptada)


Em relação à incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
sobre operações interestaduais de exportação e importação, analise as afirmativas a
seguir.
I. Cabe ao Senado Federal, por meio de Resolução, estabelecer as alíquotas do ICMS
aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação.
II. Nas operações interestaduais que destinam bens a consumidor final, será aplicada a
alíquota interna do Estado, quando o destinatário for contribuinte do ICMS.
III. Incide ICMS sobre a entrada de bens importados por pessoa física, qualquer que
seja sua finalidade.
Assinale:
a) se somente a afirmativa II estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

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35. (FUNDADET/AFRE-RS/ Adaptada)


Os Estados e o Distrito Federal possuem competência para instituir o imposto sobre
operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transportes interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS). Diante disso,
analise as assertivas abaixo:
I. O princípio que prevê “quem tem o poder de tributar tem o poder de isentar” concede
aos Estados e ao Distrito Federal, em matéria de ICMS, plena autonomia para fixar
unilateralmente todas as suas alíquotas e isenções, desde que observados os critérios
de conveniência e oportunidade.
II. Uma das propriedades do imposto é que em qualquer circunstância a sua incidência
é plurifásica. Por exemplo, em se tratando de mercadorias, a incidência do imposto
ocorre em todas as fases de circulação da mercadoria.
III. É inconstitucional a criação de norma unilateralmente por ente federado que
estabeleça tributação diferenciada de mercadorias provenientes de outros estados da
Federação.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) Apenas I e III.

36. (CS UFG /Proc. Leg. (ALMT)/-Adaptada)


Proposta legislativa de alteração da legislação tributária em matéria do Imposto de
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) deve observar a seguinte norma
constitucional:
a) a iniciativa é privativa do Chefe do Poder Executivo estadual, na medida em que
poderá representar decréscimo na arrecadação tributária estadual e, por conseguinte,
desequilíbrio fiscal.
b) a veiculação de incentivo de ICMS prescinde de autorização do Conselho Nacional
de Política Fazendária (CONFAZ) quando concedido com vistas ao desenvolvimento
regional, objetivo da República Federativa do Brasil.
c) a fixação da data de pagamento do ICMS deve constar necessariamente do projeto
de lei enviado à Assembleia Legislativa, na medida em que vinculada ao aspecto
temporal do fato gerador do tributo.

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d) A concessão de uma isenção do ICMS representará, como regra, óbice ao crédito de


ICMS decorrente da aplicação do princípio constitucional da não cumulatividade,
relativamente às operações anteriores, inclusive no tocante às matérias-primas
utilizadas na industrialização das mercadorias cuja venda esteja beneficiada com a
isenção.

37. (FCC /Consultoria Legislativa/ Adaptada)


Dias após a promulgação e publicação de Emenda Constitucional ampliando a
possibilidade de cobrança do ICMS para alcançar situações de fato anteriormente não
previstas, a Assembleia Legislativa do Estado recebe proposição oriunda do Poder
Executivo Estadual para a edição de lei que altere a Lei do ICMS local para definir o novo
fato gerador bem como os demais elementos da respectiva hipótese de incidência
tributária. Essa proposição é aprovada, e após sancionada e publicada pelo Governador
do Estado. A nova lei é
a) constitucional, pois com a nova Emenda Constitucional ampliando a competência
tributária do Estado em matéria de ICMS, este tem o dever de instituir a cobrança do
ICMS, sob pena de caracterizar-se um benefício fiscal irregular.
b) constitucional, pois desde que exista a competência tributária definida na
Constituição Federal em matéria de ICMS, o Estado detém a competência para decidir,
mediante lei, se irá ou não promover a cobrança do imposto estadual.
c) inconstitucional, pois no regime do ICMS é necessária a prévia edição da Lei
Complementar para disciplinar os aspectos gerais de cunho nacional do imposto para,
só então, editarem os Estados as leis correspondentes.
d) constitucional, pois na ausência de normas gerais relativas ao ICMS cabe a
competência legislativa plena aos Estados.
e) inconstitucional, pois para o estabelecimento de novas regras do ICMS que possam
trazer efeitos às demais Unidades da Federação é necessária a celebração de convênio
para evitar-se o conflito federativo.

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38. (FGV ALERJ / Adaptada)


Em matéria de “guerra fiscal”, é correto afirmar que:
a) é constitucional lei específica que outorga isenção heterônoma;
b) é inconstitucional lei específica que outorga remissão ou anistia em caráter geral,
mesmo calcada em Convênio Interestadual;
c) é limitado pela Constituição o poder de exoneração fiscal do Estado-Membro e do
Distrito Federal, quando exige Convênio Intergovernamental para tanto;
d) é constitucional lei específica que outorga anistia de multa e juros, mas exige
integralmente o tributo;
e) é constitucional legislação tributária que outorga isenção na venda de aparelhos
para portadores de deficiência auditiva, visual e mental.
"Guerra Fiscal" = Guerra fiscal é a disputa, entre cidades e estados, para ver quem
oferece melhores incentivos para que as empresas se instalem em seus territórios.

39. (CESPE/TCE-PA/ Adaptada)


No que concerne ao ICMS e às disposições constitucionais pertinentes à concessão de
exonerações fiscais, julgue o item subsecutivo.
A concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais pelos estados depende de
prévia aprovação de convênio interestadual, o que abrange a concessão de diferimento
no pagamento de débitos de imposto sobre operações relativas à circulação de
mercadorias e prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que inexista redução do valor devido

40. (FGV/ SEFAZ-RJ )


A alíquota do ICMS, aplicável nas operações ou prestações internas, pode ser de 5%
(cinco por cento), se prevista:
a) em resolução do Senado Federal.
b) em convênio interestadual.
c) na lei estadual.
d) na Constituição Federal.
e) na Constituição Estadual.

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41. (CESPE PGE-BA - Procurador do Estado da Bahia – Adaptada)


A respeito da concessão, pelos entes da Federação, de benefício fiscal em relação ao
ICMS, julgue os itens subsecutivos em Verdadeiro (V) ou Falso (F):
Não há obrigatoriedade de a concessão de benefícios fiscais ser feita por lei
complementar estadual.
Consideram-se benefícios fiscais as imunidades previstas na CF.
De acordo com a CF, cabe a lei complementar regular a forma como, mediante
deliberação dos estados e do DF, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão
concedidos e revogados.
Sendo o ICMS um tributo estadual, a concessão de benefícios fiscais a ele relacionada
deve ser feita por meio de atos administrativos normativos, como decretos.
Por ser um tributo de importância nacional, o ICMS só pode ser concedido pelos entes
da Federação mediante autorização do Senado Federal, ao qual cabe, inclusive,
prescrever suas alíquotas em determinados casos.
Agora assinale a sequência correta.
a) V-F-V-F-F; b) V-F-V-V-F; c) V-F-V-V-V; d) F-F-V-F-F; e) F-F-V-F-V;

42. (FUNCAB/ISS-SALVADOR/ Adaptada).


Sujeita-se à incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS:
a) a execução de quaisquer serviços de reparação, conservação e reforma de edifícios,
com o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do
local da prestação dos serviços.
b) a organização de festas e recepções com o fornecimento de alimentação e bebidas.
c) a prestação de serviço de hospedagem de qualquer natureza em hotéis, apart-
service condominiais, flat, apart-hotel, hotéis residência, residence-service, suite
Service, hotelaria marítima, motéis, pensões e congêneres; ocupação por temporada
com fornecimento de serviço.
d) a prestação de serviços de diversões, lazer, entretenimento e congêneres em
competições esportivas ou de destreza física ou intelectual, desde que tenha a
participação de espectadores.
e) a prestação de serviço de hospedagem em hotéis e a alimentação fornecida em
razão dessa hospedagem, ainda quando não incluída no preço da diária.

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43. (FCC/AFRE-RO/ Adaptada)


Sobre a disposição constitucional do ICMS, é INCORRETO afirmar que
a) incide sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa
física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja
a sua finalidade.
b) será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à
circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas
anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou Distrito Federal.
c) não incide sobre operações que destinem mercadorias para o exterior e sobre
serviços prestados a destinatários no exterior.
d) poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços.
e) incide sobre operações que destinem a outros estados petróleo e energia elétrica.

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12- Gabarito

................... B ................. E ................ C


................... E ..... ERRADO ................ D
................... E .................A ................ C
................... B .................B ................ C
................... A ................ C .... ERRADO
................... B ..... ERRADO ................ B
................... C ............... E. ................ C
....... ERRADO .................B ................ C
................... D ................ D ................ E
....... CERTO ................ C
................ B .................A
................ C ................ C
................ A ................ D
................ E ................. E
................ A ................ C
................ B .................B
................ B .................B

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13- Referencial Bibliográfico


Fonte: ALEXANDRE, Ricardo. Direito tributário esquematizado. 8. ed. São Paulo:
Método, 2014
Fonte: BORBA, Cláudio. Direito Tributário. 26 ed. Rio de Janeiro: ELSEVIER, 2014.
Código Tributário Nacional – CTN. Disponível em:
http://www.presidencia.gov.br/legislacao.
Fonte: NACIONAL. Constituição da República Federativa do Brasil - CRFB/88.
Disponível em: http://www.presidencia.gov.br/legislacao.
Fonte: NACIONAL. Lei Complementar nº 87/96. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp87.htm.

Caderno de Questões

Aula 01 Jurisprudência ICMS, ICMS Fiscal


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