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Legislação Tributária Estadual comum aos Estados Aula 07

Aula 07: IPVA (Disposições comuns a


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Sumário
SUMÁRIO ..................................................................................................................................................2

IPVA .........................................................................................................................................................3

IPVA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.................................................................................................................... 3


PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AO IPVA ...................................................................................... 6
CARACTERÍSTICAS DO IPVA ............................................................................................................................ 13
ESPECÍFICIDADES DO IPVA .............................................................................................................................. 14

QUESTÕES COMENTADAS............................................................................................................... 19

LISTA DE QUESTÕES............................................................................................................................... 30

GABARITO .............................................................................................................................................. 36

RESUMO DIRECIONADO ......................................................................................................................... 37

IPVA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL ............................................................................................................... 37

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IPVA

Dentre os impostos estaduais, o IPVA é aquele que é mais tranquilo e, também, o de mais fácil
visualização no nosso dia a dia. Embora o ICMS esteja intimamente ligado às nossas atividades diárias, a sua
complexidade torna o estudo um pouco abstrato.

Veremos os aspectos gerais do IPVA e algumas específicidades que se aplicam a vários Estados.

IPVA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Antes de analisarmos as especificidades relativas ao IPVA na legislação alagoana é importante que


tenhamos em mente as disposições da Constituição Federal relativas a esse imposto. Além disso, é
fundamental compreender a sistemática do imposto. Provavelmente, aqueles que possuem carro já conhecem
um pouco como funciona esse imposto, principalmente no início de cada ano.
O IPVA é um imposto sobre o patrimônio no qual incide sobre o veículo automotor. Por curiosidade, o
IPVA tem origem na antiga Taxa Rodoviária Única (TRU) que era cobrada pela União durante o regime militar.
A diferença primordial entre eles é que a TRU era vinculada aos gastos com transportes ao passo que o IPVA
por ser um imposto não teria uma arrecadação vinculada. Por isso, ao ver estradas e ruas esburacadas não
reclame por pagar um IPVA tão caro e esse recurso não ser utilizado para manutenção e conservação da malha
viária. O IPVA é um imposto e assim como os outros impostos sua arrecadação não é vinculada a um gasto
específico. Ou seja, o valor que você para de IPVA serve para custear todos os serviços públicos prestados pela
Administração Pública e não especificamente para a manutenção e a conservação de ruas e estradas.

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

III - propriedade de veículos automotores (IPVA).

§ 6º O imposto previsto no inciso III:

I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal;

II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização;

Conforme adiantado, o IPVA é um imposto sobre o patrimônio que tem como fato gerador a propriedade
de veículo automotor.

Ressalta-se que, até hoje, o Senado Federal não editou a RESOLUÇÃO que determina as alíquotas
mínimas para o IPVA, portanto, os Estados estão livres para definirem as alíquotas do IPVA. Para
conhecimento, consta no Senado Federal o Projeto de Resolução nº 15, de 2017, para estabelecimento das

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alíquotas mínimas do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) conforme o tipo dos
veículos, nos termos do art. 155, § 6º, inciso I, da Constituição Federal.

(VUNESP – Pref. Itapevi – 2019)


Pertence aos Municípios 50% do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos
automotores licenciados em seus territórios. No que se refere ao imposto em questão, é correto afirmar que
suas alíquotas mínimas são fixadas
a) pela Constituição Federal.

b) por lei complementar.

c) pelo Senado Federal.

d) por lei ordinária estadual.

e) por decreto legislativo.

RESOLUÇÃO:

Conforme determina a Constituição Federal, o IPVA terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal.
Ressalto que, até o momento, o Senado Federal não editou a RESOLUÇÃO que determina as alíquotas mínimas
para o IPVA. Portanto, os Estados estão livres para definirem as alíquotas do IPVA
RESPOSTA: C

Ademais, pela própria Constituição Federal, podemos observar que as alíquotas podem ser diferenciadas
de acordo com dois fatores: tipo ou utilização. No entanto, ele é um imposto vinculado ao veículo automotor.
Dessa maneira, ele não leva em consideração a capacidade contributiva do contribuinte. Baseado nisso, o
Supremo Tribunal Federal(STF) tem o entendimento que não há tributo progressivo quando as alíquotas são
diferenciadas segundo critérios que não levam em consideração a capacidade contributiva. Ou seja, não há
progressividade quando as alíquotas são diferenciadas em função do tipo e da utilização dos veículos.

Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituí-lo

Imposto sobre propriedade de veículos automotores


IPVA
Alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal

Poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização

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Tipo
ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS
Utilização

Para finalizar o estudo dos aspectos constitucionais relativos ao IPVA, vamos conferir como é feita a
repartição de receitas desse imposto para com os Municípios.

Art. 158. Pertencem aos Municípios:

III - cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos
automotores licenciados em seus territórios;

Observa-se que metade do imposto recolhido pelos Estados é repassado para os Município em que os
veículos automotores são licenciados. Ademais, ressalta-se que não há repartição de receitas do IPVA pelo
Distrito Federal, visto que este não é dividido em Municípios.

Estados 50%
Repartição do IPVA
Municípios 50%

Vimos as disposições constitucionais diretamente relacionadas ao IPVA. Conforme pode ser observado, as
disposições constitucionais relativas ao IPVA são bem tranquilas.

Dessa maneira, vou aproveitar para aprofundar um pouco mais o nosso estudo do IPVA.

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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AO IPVA

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

Não pode haver a exigência ou o aumento de IPVA sem lei que o estabeleça. Nesse caso, estamos
tratando do princípio da legalidade.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

Veremos que o IPVA é um imposto real, ou seja, que há incidência tributária sobre o bem(veículo). Dessa
maneira, a tributação é objetiva e não deve considerar aspectos pessoais. Logo, contribuintes em iguais
condições de contribuir não podem ter tratamento diferente.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:

III - cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou
aumentado;

Não é possível que seja instituída uma lei que cobre o IPVA relativo aos fatos geradores anteriores ao
início da vigência da lei passados. Supondo que determinado estado brasileiro não tenha instituído ainda o
IPVA, ele não pode instituir o IPVA em 2020 e cobrar o imposto relativo aos anos anteriores. A mesma ideia é
válida para a hipótese de aumento do IPVA. Esse é o princípio da irretroatividade!

Ressalto que, nessa suposição, não poderia ser cobrado também o IPVA relativo ao ano de 2020,
conforme veremos a seguir.

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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:

III - cobrar tributos:

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;

Conforme adiantei, o IPVA não pode ser cobrado no mesmo ano em que ele é instituído ou aumentado.
Ou seja, o IPVA instituído ou aumentado em 2020 só poderá exigido a partir de 2021. Esse é o princípio da
anterioridade (anual).

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:

III - cobrar tributos:

b) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou,
observado o disposto na alínea b;

§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a
vedação do inciso III, c,(Princípio da Anterioridade Nonagesimal) não se aplica aos tributos previstos nos arts.
148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III(IPVA),
e 156, I.

O princípio da anterioridade (anual) já protege (um pouco) os contribuintes de possíveis aumentos na


carga tributária. No entanto, com a finalidade de dar maior efetividade a essa proteção, foi instituído pela
Constituição Federal o princípio da anterioridade (nonagesimal). Esse princípio prescreve que a exigência ou
aumento de tributo, além de respeitar o princípio da anterioridade anual, deve respeitar o interregno mínimo
de 90 dias da publicação da Lei. Ou seja, o aumento de IPVA deve respeitar a anterioridade anual e a
anterioridade nonagesimal.

Qual a finalidade do princípio da anterioridade nonagesimal? Evitar que os contribuintes sejam pegos de
surpresa mesmo que haja o respeito à anterioridade anual.
Como assim?? Já pensou uma lei aumentando o IPVA no dia 30 de dezembro para produzir efeitos no de
1º de janeiro do ano seguinte?? Perceba que nesse caso a anterioridade anual é respeitada, mas o contribuinte
sofre o efeito do aumento da carga tributária em um prazo de 02 dias.
Pois bem, a anterioridade nonagesimal visa que o contribuinte não seja surpreendido dentro de um prazo
de 90 dias.

Resumindo: Uma lei que institua ou aumente o IPVA para produzir efeitos no 1º dia do ano subsequente
precisa ser aprovada com um prazo maior que 90 dias para o término do ano.

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Detalhe: Uma lei aprovada com menos de 90 dias para o término do ano é perfeitamente aplicável no
ano seguinte. No entanto, deve ser analisada a data em que o prazo de 90 dias é respeitado. Por exemplo, uma
lei aumentando o IPVA publicada no dia 01 de novembro de 2019 produz seus efeitos regularmente em 2020.
No entanto, não produz efeitos a partir de 1º de janeiro de 2020. Nesse caso deve ser contabilizado os 90 dias
para que ela possa produzir seus efeitos. Nessa situação, ela produziria seus efeitos a partir de 30 de janeiro de
2020.

Apesar de toda essa explicação relativa ao princípio da anterioridade nonagesimal, há uma exceção para
esse princípio em relação ao IPVA. Vamos conferir:

Art. 150. § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154,
II; e a vedação do inciso III, c,(Princípio da Anterioridade Nonagesimal) não se aplica aos tributos previstos
nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155,
III(IPVA), e 156, I.

Traduzindo esse parágrafo primeiro do Art. 150: A anterioridade nonagesimal não se aplica à fixação da
base de cálculo. Ou seja, alterações na base de cálculo que aumentem o valor do IPVA não se submetem ao
Princípio da Anterioridade Nonagesimal.
Chamo sua atenção porque essa exceção é a principal “pegadinha” relativa aos princípios constitucionais
aplicáveis ao IPVA.

Vamos aproveitar para fazer um exercício relativo a esses conceitos!

(CESPE – TJ/BA – 2019)


De acordo com as limitações constitucionais ao poder de tributar, a fixação da base de cálculo do IPVA se
submete à

a) anterioridade nonagesimal, sem necessidade de observância da anterioridade anual.

b) anterioridade anual, sem necessidade de observância da anterioridade nonagesimal.


c) anualidade, sem necessidade de observância da anterioridade nonagesimal.
d) anualidade e à anterioridade anual, sem necessidade de observância da anterioridade nonagesimal.

e) anterioridade anual e à anterioridade nonagesimal, sem necessidade de observância da anualidade.


RESOLUÇÃO:

O IPVA se submete ao princípio da anterioridade anual sem nenhuma exceção. Em relação ao princípio da
anterioridade nonagesimal, a única exceção é a fixação da base de cálculo.

RESPOSTA: B

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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:

IV - utilizar tributo com efeito de confisco;

A exigência do IPVA não pode ter efeito de confisco. Ou seja, o valor cobrado não pode ser tão alto que
configure o confisco do bem.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:

V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou


intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;

A exigência do IPVA não pode ter como finalidade estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens.
Deve haver respeito à Liberdade de Tráfego.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:

VI - instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às
delas decorrentes.

§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços,
relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos
privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o
promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.

Imunidade recíproca que veda a tributação(IPVA) dos veículos de propriedade da União e dos Municípios
de maneira absoluta. Em relação às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,a
vedação é somente em relação aos veículos que estiverem vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas
decorrentes.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:

b) templos de qualquer culto;

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§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os
serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.

Imunidade religiosa que veda a tributação dos veículos de propriedades dos cultos estiverem relacionados
com as finalidades essenciais.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei;

§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os
serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.

Estamos tratando da imunidade prevista para partidos políticos, entidades sindicais dos trabalhadores e
instituições de educação e de assistência social.

Fique atento que a Imunidade é destinada para entidades sindicais dos TRABALHADORES. As bancas
costumam trocar por entidades sindicais dos empregadores.
Por oportuno, conheça(ou reveja) as disposições previstas no Código Tributário Nacional relativas à
isenção dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das
instituições de educação e de assistência social.

CTN,Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:


IV - cobrar imposto sobre:
c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
observados os requisitos fixados na Seção II deste Capítulo;
Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes
requisitos pelas entidades nele referidas:
I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; (Redação
dada pela Lcp nº 104, de 2001)
II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais;
III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de
assegurar sua exatidão.
§ 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º do artigo 9º, a autoridade competente
pode suspender a aplicação do benefício.

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§ 2º Os serviços a que se refere a alínea c do inciso IV do artigo 9º são exclusivamente, os diretamente


relacionados com os objetivos institucionais das entidades de que trata este artigo, previstos nos
respectivos estatutos ou atos constitutivos.

Veja que há 3 requisitos que devem ser cumpridos para que essas entidades possam usufruir da
imunidade tributára prevista na CF.
➔ Não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título;
➔ Aplicarem integralmente, no país, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos
institucionais;
➔ Manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades
capazes de assegurar sua exatidão.
Dessa maneira, podemos esquematizar:

União, os Estados, o Distrito Federal e os


Municípios

Templos de qualquer culto

- Não distribuir qualquer parcela


Imunidade Partidos políticos, inclusive suas fundações do patrimônio;

- Aplicarem integralmente, no
país, os seus recursos na
manutenção dos seus objetivos
Entidades sindicais dos trabalhadores
institucionais;

- Manterem escrituração de suas


receitas e despesas em livros
Instituições de educação e de assistência social,
revestidos de formalidades
sem fins lucrativos
capazes de assegurar sua
exatidão

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Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre
bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

Não Discriminação baseada em procedência ou destino. Os Estados e o Distrito Federal não podem
cobrar imposto diferenciado em razão da procedência de determinado produto ou serviço. Ou seja, não pode
instituir que um veículo fabricado em outro Estado possua uma alíquota maior que o mesmo veículo fabricado
no seu território.

Vamos conferir uma questão relativa a esse assunto.

(CESPE – TCE/PB – 2014)

Considerando que um estado da Federação pretenda estabelecer alíquota do imposto sobre a propriedade de
veículo automotor (IPVA) para os veículos importados em patamar superior àquela prevista para os veículos
nacionais, assinale a opção correta.

a) O referido estado não poderá realizar a referida cobrança da alíquota em função da limitação de que o tributo
deve ser uniforme em todo o território nacional.

b) O estado em questão não tem competência tributária para estabelecer a diferença tributária entre bens em
razão de sua procedência ou destino.
c) O referido estado possui competência para legislar sobre o IPVA e, portanto, poderá instituir a referida
alíquota diferenciada.
d) O estado em questão não possui competência tributária para estabelecer alíquota de IPVA diferente daquela
prevista pela CF.
e) O estado em apreço não poderá estabelecer a referida alíquota, porque utilizará alíquota de IPVA com a base
de cálculo do imposto de importação.

RESOLUÇÃO:

Conforme Art. 152 da CF, É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença
tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
Resposta: B

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CARACTERÍSTICAS DO IPVA

Apresento as classificações tributárias do IPVA que são abordadas no direito tributário.

Vamos lá?!
➔ Real: É um imposto classificado como real, por ser objetivo, ou seja, não considera as características
pessoais dos contribuintes.

➔ Fiscal: Sua principal finalidade é arrecadar recursos para os cofres das Unidades da Federação.
Lembre-se que o imposto não está vinculado a nenhuma atividade estatal. Dessa maneira, sua
arrecadação visa custear as atividades gerais como educação, saúde, segurança pública, pagamento
de pessoal, etc.

➔ Direto: O ônus da tributação recai sobre o agente causador do fato gerador, ou seja, o próprio
contribuinte arca com carga econômica da tributação. O contribuinte de direito é o contribuinte de
fato.

➔ Lançamento: Em regra, o lançamento do IPVA é feito de Ofício, ou seja, É efetuado pela própria
administração tributária.

Esquematizando:

Real

Fiscal
IPVA é um imposto:
Direto

Em regra, lançado por Ofício

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ESPECÍFICIDADES DO IPVA
Tratamos dos aspectos gerais do IPVA. No entanto, não entramos em detalhes específicos que são
abordados nas diversas legislações estaduais.

Dessa forma, nesse tópico trarei os aspectos que são comuns a todos os Estados. A finalidade é adiantar
alguns tópicos que são recorrentes em provas de legislação tributária relativa ao IPVA.

Para isso, trarei os aspectos relativos à matriz de incidência tributária do IPVA. Abordarei os aspectos com
as características que são comuns a todos os estados.

Aspecto Material Fato Gerador

Aspecto Pessoal Contribuinte

IPVA Aspecto Espacial Local da operação

Aspecto Temporal Momento do fato gerador

Aspecto Quantitativo Base de cálculo x Alíquota

Fato Gerador

O fato gerador do IPVA é a propriedade de veículo automotor. Importante saber que a jurisprudência do
STF enquadrada apenas o veículo automotor terrestre na hipótese de incidência do IPVA. Dessa maneira, não
estaria incluso os veículos aquáticos e aéreos.

Apenas para conhecimento, transcrevo o entendimento do STF sobre a incidência do IPVA em relação às
embarcações e às aeronaves.

Decisão STF no RE 134.509/AM:


“EMENTA: IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (CF, art. 155, III; CF 69, art. 23, III e § 13,
cf. EC 27/85): campo de incidência que não inclui embarcações e aeronaves.

Conforme adiantei, esse é o posicionamento do STF!

No entanto, em prova de legislação tributária, devemos nos ater ao que está previsto na respectiva legislação.

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Por oportuno, informo que as legislações tributárias estaduais incluem os veículos aquáticos e aéreos
como hipótese de incidência do IPVA.
Na sequência, alguns dispositivos de legislações estaduais para corroborar o que estudamos!

Lei do IPVA na BAHIA


Art. 1º O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA, devido anualmente, tem como
fato gerador a propriedade de veículo automotor de qualquer espécie.

Lei do IPVA em Alagoas


Art. 2º O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA incide sobre a propriedade de
veículo automotor de qualquer espécie, sujeito ao registro, matrícula ou licenciamento neste Estado.
Parágrafo único. Para efeito desta lei, veículo automotor é qualquer veículo aéreo, terrestre,
aquático ou anfíbio, dotado de força motriz própria, ainda que complementar ou alternativa de
fonte de energia natural.

Decreto do IPVA no DF
Art. 3º O fato gerador do IPVA é a propriedade, o domínio útil ou a posse legítima de veículo
automotor, registrado e licenciado, inscrito ou matriculado no Distrito Federal, perante as autoridades
de trânsito nas vias terrestres, aquáticas ou aéreas.

Aspecto Pessoal

O contribuinte do IPVA é a pessoa natural ou jurídica proprietária de veículo automotor. Nesse caso,
estamos tratando da legitimidade passiva. A legitimidade ativa pertence ao Estado/DF competente para
instituir o IPVA.

Na sequência, alguns dispositivos de legislações estaduais para corroborar o que estudamos!

Lei do IPVA na Bahia


Art. 8º Contribuinte do imposto é o proprietário do veículo.

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Lei do IPVA em Alagoas


Art. 9º. Contribuinte do imposto é a pessoa natural ou jurídica proprietária de veículo automotor.

Decreto do IPVA no DF
Art. 7º Contribuinte do imposto é a pessoa natural ou jurídica residente ou domiciliada no Distrito
Federal:
I - proprietária, a qualquer título, de veículo automotor sujeito a licenciamento pelos órgãos
competentes;
II - titular do domínio útil do veículo automotor, nos casos de locação e arrendamento mercantil;
III - detentoras da posse legítima do veículo automotor, inclusive quando decorrente de alienação
fiduciária em garantia ou gravado com cláusula de reserva de domínio.

Aspecto Espacial

Em regra, o IPVA é devido no local do domicílio ou da residência do proprietário do veículo. Nesse caso,
devemos considerar o Estado(ou DF) do proprietário do veículo.

No entanto, devemos ficar atento ao que está previsto nas diversas legislações estaduais. Diante da
análise de diversas legislações do IPVA, podemos afirmar melhor que o IPVA é devido no Estado (ou DF) em
que o veículo estiver registrado, matriculado ou licenciado.

Aspecto Temporal

Para veículos usados, o fato gerador do IPVA ocorre periodicamente no dia 1º de janeiro de cada ano.
Fique tento que é primeiro dia do ano! Não é o primeiro dia útil do ano!

Em relação aos veículos novos, o fato gerador ocorre no momento de sua aquisição por consumidor final,
ou seja, na data da alienação do veículo pela concessionária revendedora. Ademais, é plenamente possível que
o fabricante ou o revendedor de veículos decida utilizar um dos veículos novos na realização de suas atividades,
por exemplo test-drive, transporte de funcionários, etc. Pois bem, nesse caso, o momento do fato gerador é a
data da incorporação ao ativo permanente de empresa fabricante ou revendedora. Perceba que é quando o
fabricante ou o revendedor vai passar a utilizar (consumir) o veículo novo.

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Em relação aos veículos importados do exterior, considera-se ocorrido o fato gerador na data do seu
desembaraço aduaneiro. Situação similar ao fato gerador do ICMS na importação de mercadorias.

Veículos usados 1º de janeiro de cada exercício

Data da sua alienação para consumidor


MOMENTO DO FATO
Veículos novos final ou quando da incorporação ao
GERADOR ativo

Veículos importados Data do desembaraço aduaneiro

Na sequência, alguns dispositivos de legislações estaduais para corroborar o que estudamos!

Lei do IPVA na Bahia


Art. 1º § 1º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto em 1º de janeiro de cada exercício.
§ 2º Em se tratando de veículo novo, considera-se ocorrido o fato gerador na data da sua alienação
para consumidor final ou quando da incorporação ao ativo por empresa fabricante, revendedora ou
importadora de veículo.
§ 4º Em se tratando de veículo de procedência estrangeira, novo ou usado, importado diretamente por
consumidor final, considera-se ocorrido o fato gerador na data do desembaraço aduaneiro.

Lei do IPVA em Alagoas


Art. 3º O fato gerador do imposto ocorre:
I - para veículo novo, inclusive montado em local diverso do fabricante do chassi:
a) na data de sua aquisição por consumidor final;
b) na data da incorporação ao ativo permanente de empresa fabricante ou revendedora;
II - para veículo usado: no dia primeiro de janeiro de cada exercício;
IV - tratando-se de veículo de procedência estrangeira, para efeito da primeira tributação:
a) na data do desembaraço aduaneiro, quando importado por consumidor final;
b) na data da aquisição por consumidor final, quando importado por empresa revendedora;
c) no momento da incorporação ao ativo permanente da empresa importadora revendedora,
quando importado por esta;

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Decreto do IPVA no DF
Art. 4º Ocorre o fato gerador do imposto:
I - tratando-se de veículo importado do exterior por consumidor final, diretamente ou por meio de
terceiros, na data do desembaraço aduaneiro;
II - tratando-se de veículo usado:
a) licenciado no Distrito Federal, no 1º dia do mês de janeiro de cada ano;
III - tratando-se de veículo de fabricação nacional novo:
a) na data da emissão do documento translativo da propriedade ou da posse legítima do veículo
para consumidor final ou quando da incorporação ao ativo por empresa fabricante ou revendedora de
veículo;

Aspecto Quantitativo

O valor devido de IPVA é representado pela multiplicação da base de cálculo do veículo pela sua
respectiva alíquota. Ressalto que esses dois elementos do aspecto quantitativo são definidos especificamente
em cada Unidade da Federação.

Por oportuno, relembre que as alíquotas definidas pelas Unidades da Federação possuem(deveriam, na
verdade) fixação mínima estabelecida pelo Senado Federal. No entanto, o Senado Federal ainda não realizou
essa definição.

EXEMPLO: A empresa locadora de veículos "Orixás Rent a Car" localizada em Guarajuba (Camaçari-BA),
adquiriu em 31/12/2018, 19 veículos Gol Volkswagen 1.0, todos movidos a gasolina, da Concessionária Bremen
em Salvador-BA. Esses eram os únicos veículos de sua frota. Qual o valor do IPVA equivalente ao exercício de
2019 de cada um desses veículos? (Considere o valor médio de mercado em 2019 de R$36.000,00 cada um e
que a alíquota aplicável para veículos usados é de 3%)

➢ Temos que a Base de Cálculo de cada veículo é R$36.000,00. Além disso, é aplicável a alíquota de 3,0%.
Logo, o IPVA devido em relação a cada veículo: R$36.000,000 x 3,0% = R$1.080,00.

Fim de aula! Hora de colocar em prática o conhecimento adquirido!


Saudações,

Prof. Rabelo

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Questões comentadas
1. FCC – PGE/TO – 2018)

Em 16 de novembro de 2016 foi publicada lei estadual, que produziu efeitos a partir da data de sua publicação,
e que alterou a lei do IPVA de um determinado Estado brasileiro. As alterações promovidas implicaram a fixação
da

I. alíquota das motocicletas em percentual superior ao anteriormente fixado.

II. alíquota dos veículos de carga, tipo caminhão, em percentual inferior ao anteriormente fixado.

III. base de cálculo de veículos de passeio importados do exterior, em valor superior ao anteriormente fixado.

De acordo com a disciplina constitucional, a norma relacionada com a situação mencionada acima, no item

a) I já pôde ser aplicada desde 16 de novembro de 2016.

b) I já pôde ser aplicada desde 1o de janeiro de 2017.


c) II só pôde ser aplicada a partir de 1° de janeiro de 2017.

d) III só pôde ser aplicada a partir de 1° de janeiro de 2017.

e) III só pôde ser aplicada a partir de 15 de fevereiro de 2017.


RESOLUÇÃO:

I. alíquota das motocicletas em percentual superior ao anteriormente fixado.


→ Deve respeitar a anterioridade anual. Logo, só pode ser aplicada a partir de 2017.
→ Deve respeitar a anterioridade nonagesimal. Logo, só pode ser aplicada a partir de 14 de fevereiro de 2017.

II. alíquota dos veículos de carga, tipo caminhão, em percentual inferior ao anteriormente fixado.

→ A redução da carga tributária não se submete ao princípio da anterioridade anual e nonagesimal. A redução
pode ser aplicada a partir de sua publicação.

III. base de cálculo de veículos de passeio importados do exterior, em valor superior ao anteriormente fixado.

→ Deve respeitar a anterioridade anual. Logo, só pode ser aplicada a partir de 2017.

→ Não precisa respeitar a anterioridade nonagesimal.

Logo, só pode ser aplicada a partir de 1º de janeiro de 2017.

Resposta: D

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2. FCC – PGE/MT – 2018)

De acordo com a Constituição Federal, o IPVA é imposto de competência estadual e

I. terá suas alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal.

II. poderá ter suas alíquotas máximas fixadas pelo CONFAZ.

III. poderá ter alíquotas reduzidas quando o veículo não for automotor.

IV. poderá ter alíquotas diferenciadas em função da utilização do veículo.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I, II e IV.
b) I e IV.

c) II e III.

d) I e II.

e) III e IV.
RESOLUÇÃO:

I. terá suas alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal.

→ Verdadeiro.
II. poderá ter suas alíquotas máximas fixadas pelo CONFAZ.
→ Não há previsão de que o CONFAZ poderá fixar alíquotas máximas do IPVA.

III. poderá ter alíquotas reduzidas quando o veículo não for automotor.

→ Não faz sentido tratar de veículo não automotor, visto que o IPVA é um imposto que incide sobre a
propriedade de veículo automotor.
IV. poderá ter alíquotas diferenciadas em função da utilização do veículo.
→ Verdadeiro.

Resposta: B

3. FGV – AL/RO – 2016)


O Governador do Estado ABC, por meio de Decreto publicado em 29 de dezembro de 2017, alterou a base de
cálculo do IPVA para incorporar a ela a atualização do valor monetário por índices oficiais de correção.

Sobre a referida alteração de base de cálculo, assinale a afirmativa correta.

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a) Somente pode ser feita por intermédio de lei em sentido estrito, mas terá eficácia imediata a partir da data
em que haja sido publicada a lei.
b) Somente pode ser feita por intermédio de lei em sentido estrito, mas somente terá eficácia após decorridos
noventa dias da data em que haja sido publicada a lei.

c) Somente pode ser feita por intermédio de lei em sentido estrito, mas somente terá eficácia no exercício
financeiro seguinte àquele em que haja sido publicada a lei.

d) Embora possa ser feita mediante Decreto, somente poderá ter eficácia depois de decorridos noventa dias da
data em que haja sido publicado o Decreto.

e) Não é reputada majoração de tributo para fins de aplicação do princípio da reserva legal em sentido estrito.
RESOLUÇÃO:

Apesar de não estrar “diretamente” ligado a nossa aula, é importantíssimo sabermos que não constitui
majoração de tributo a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.

Logo, a atualização monetária da base de cálculo do IPVA não precisa obedecer ao princípio da anterioridade
anual. Ademais, lembre-se que a base de cálculo do IPVA já não precisa obedecer ao princípio da anterioridade
nonagesimal.
Pra finalizar, a solução dessa questão está de acordo com o código tributário nacional(CTN):
Lei 5.172/66(CTN), Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:

II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;

§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor
monetário da respectiva base de cálculo.

Resposta: E

4. FCC – SEFAZ/MA – 2016)

A Constituição Federal atribui competência aos Estados para instituir o Imposto sobre Propriedade de Veículos
Automotores − IPVA. De acordo com o texto constitucional, esse imposto terá
a) bases de cálculo reduzidas e alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.

b) alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal.

c) alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal.

d) suas hipóteses de isenção e de não incidência determinadas mediante convênio entre os Estados.

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e) suas hipóteses de isenção determinadas mediante convênio entre os Estados.


RESOLUÇÃO: Devemos analisar a questão de acordo com os dispostivos constitucionais.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

III - propriedade de veículos automotores (IPVA).

§ 6º O imposto previsto no inciso III:

I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal;

II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização;

Resposta: B

5. FCC – PGE/RN – 2014)

Analise os itens abaixo.


I. O IPVA é um imposto de competência dos Estados e do Distrito Federal, mas pode ser instituído pelos
Municípios na ausência de legislação estadual.

II. As alíquotas mínimas para o IPVA são fixadas por Resolução do Senado Federal.
III. O IPVA pode ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e da utilização dos veículos.
IV. O IPVA pode ter alíquotas progressivas em razão do valor venal do veículo, conforme disposição expressa
na Constituição Federal.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) II e IV.
b) I e II.

c) II e III.
d) III e IV.
e) I e III.

RESOLUÇÃO:

I. O IPVA é um imposto de competência dos Estados e do Distrito Federal, mas pode ser instituído pelos
Municípios na ausência de legislação estadual.

ERRADO. A competência tributária é indelegável. Ainda que não haja legislação estadual, os Munícipios não
podem instituir o IPVA.

II. As alíquotas mínimas para o IPVA são fixadas por Resolução do Senado Federal.

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CERTO. Está de acordo com a Constituição Federal, apesar de o Senado Federal não ter exercido tal
competência.
III. O IPVA pode ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e da utilização dos veículos.

CERTO. Está de acordo com a Constituição Federal.

IV. O IPVA pode ter alíquotas progressivas em razão do valor venal do veículo, conforme disposição expressa
na Constituição Federal.

ERRADO. Não há essa previsão na CF para o IPVA.

Resposta: C

6. CESPE – ANTAQ – 2014)

Acerca do imposto sobre a propriedade de veículos automotores, julgue o item abaixo.


Os impostos sobre a propriedade de veículos automotores, conforme jurisprudência do STF, incidem sobre a
propriedade de aeronaves e embarcações.

RESOLUÇÃO:
De acordo com a jurisprudência do STF, não há incidência do IPVA sobre a propriedade de aeronaves e
embarcações.
Resposta: Errada

7. FCC – TCE/PI – 2014)


Um Estado brasileiro, em 11 de novembro de 2013, publicou lei ordinária (Lei no 01/2013) que fixou a base de
cálculo do IPVA para o ano de 2014 relativa a veículos usados. A nova base de cálculo fixada é equivalente à
base de cálculo fixada para o ano de 2013 mais um acréscimo de 6% para todos os veículos automotores
registrados e licenciados no Estado, exceto no que se refere aos veículos movidos exclusivamente a gasolina,
cuja base de cálculo não foi alterada.

A mesma lei (Lei nº 01/2013) alterou a alíquota do IPVA no Estado, passando de 3% para 5% a alíquota aplicável
aos veículos movidos exclusivamente a gasolina.

Considerando as informações acima e os princípios constitucionais em matéria tributária, os efeitos do


aumento da base de cálculo e da alíquota, introduzidos pela Lei nº 01/2013, se aplicam nos fatos geradores
relacionados

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a) aos veículos licenciados naquele Estado, exceto aos movidos exclusivamente a gasolina, desde sua
publicação.
b) a todos os veículos licenciados naquele Estado, a partir de 1º de janeiro de 2014.

c) aos veículos licenciados naquele Estado, exceto aos movidos exclusivamente a gasolina, a partir de 1º de
janeiro de 2014.

d) a todos os veículos licenciados naquele Estado, desde a data de sua publicação.

e) aos veículos licenciados naquele Estado, exceto aos movidos exclusivamente a gasolina, apenas a partir de
10 de fevereiro de 2014.

RESOLUÇÃO:
Um Estado brasileiro, em 11 de novembro de 2013, publicou lei ordinária (Lei no 01/2013) que fixou a base de
cálculo do IPVA para o ano de 2014 relativa a veículos usados. A nova base de cálculo fixada é equivalente à
base de cálculo fixada para o ano de 2013 mais um acréscimo de 6% para todos os veículos automotores
registrados e licenciados no Estado, exceto no que se refere aos veículos movidos exclusivamente a gasolina,
cuja base de cálculo não foi alterada.

A mesma lei (Lei nº 01/2013) alterou a alíquota do IPVA no Estado, passando de 3% para 5% a alíquota aplicável
aos veículos movidos exclusivamente a gasolina.
Majoração da base de cálculo deve obedecer ao princípio da anterioridade anual. No entanto, não precisa
obedecer ao princípio da anterioridade nonagesimal. Logo, os efeitos do aumento da base de cálculo são
aplicáveis a partir de 01 de janeiro de 2014.
Majoração da alíquota deve obedecer ao princípio da anterioridade anual nonagesimal. Logo, os efeitos do
aumento alíquota são aplicáveis a partir de 09 de fevereiro de 2014.

Perceba que os veículos movidos exclusivamente a gasolina sofreram apenas majoração de alíquota. Logo, os
efeitos aplicáveis a esses veículos são a partir de 09 de fevereiro de 2014.

Os demais veículos sofreram majoração da base de cálculo apenas. Logo, os efeitos dessa majoração são
aplicáveis a partir de 01 de janeiro de 2014, visto que não há necessidade de observância ao princípio da
anterioridade nonagesimal.

Resposta: C

8. CESPE – TCE/PB – 2014)

Considerando que um estado da Federação pretenda estabelecer alíquota do imposto sobre a propriedade de
veículo automotor (IPVA) para os veículos importados em patamar superior àquela prevista para os veículos
nacionais, assinale a opção correta.

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a) O referido estado não poderá realizar a referida cobrança da alíquota em função da limitação de que o tributo
deve ser uniforme em todo o território nacional.
b) O estado em questão não tem competência tributária para estabelecer a diferença tributária entre bens em
razão de sua procedência ou destino.

c) O referido estado possui competência para legislar sobre o IPVA e, portanto, poderá instituir a referida
alíquota diferenciada.

d) O estado em questão não possui competência tributária para estabelecer alíquota de IPVA diferente daquela
prevista pela CF.

e) O estado em apreço não poderá estabelecer a referida alíquota, porque utilizará alíquota de IPVA com a base
de cálculo do imposto de importação.

RESOLUÇÃO:

Conforme Art. 152 da CF, É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença
tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

Resposta: B

9. CESPE – SEFAZ/RS – 2019)


De acordo com a Lei estadual n.º 8.115/1985 do Rio Grande do Sul, na hipótese de importação de veículo pelo
consumidor, o fato gerador do IPVA ocorre no momento

a) da arrematação.

b) da transação.
c) do desembaraço aduaneiro.

d) do pagamento.
e) da aquisição.
RESOLUÇÃO:

Na importação de veículos, o momento do fato gerador do IPVA é similar ao momento do fato gerador do ICMS
na importação de bens. Ou seja, o momento do fato gerador é a data do desembaraço aduaneiro.
Resposta: C

10. CESPE – SEFAZ/RS – 2019)

De acordo com a legislação estadual do Rio Grande do Sul, a base de cálculo do IPVA incidente sobre veículo
automotor usado é

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a) o valor médio de mercado, conforme anualmente divulgado pelo Poder Executivo estadual antes do início
do ano- calendário.
b) o valor constante no documento fiscal de compra do veículo, incluído o valor de opcionais e acessórios.

c) o valor de mercado do modelo do veículo, de acordo com a tabela FIPE vigente à data do fato gerador.

d) de 3% incidentes sobre o valor constante no documento fiscal, no caso de propriedade de veículos


automotores do tipo automóvel ou camioneta.

e) de 1% incidente sobre o valor de mercado, no caso de propriedade de veículos automotores do tipo


caminhão.

RESOLUÇÃO:
Em regra, para veículos usados a base de cálculo do IPVA considera o valor médio de mercado. Com apenas
essa informação já conseguimos marcar a alternativa correta.

Resposta: A

11.CESPE – SEFAZ/RS – 2019)


O IBAMA é uma autarquia federal que é instituída e mantida pelo poder público e possui como finalidade
essencial o exercício do poder de polícia ambiental. De acordo com a legislação estadual do RS, em relação aos
veículos de propriedade do IBAMA que estejam diretamente vinculados à fiscalização ambiental, a cobrança
de IPVA

a) é devida, pois apenas a União goza de isenção tributária, a qual não é extensível às suas autarquias e
fundações.

b) é devida, pois somente as autarquias e fundações estaduais gozam de imunidade tributária.


c) é dispensada somente se a autarquia mantiver escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos
de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.

d) é indevida, pois se trata de uma hipótese legal de imunidade tributária.

e) é indevida, pois se trata de uma hipótese legal de isenção tributária.


RESOLUÇÃO:

Mais uma vez, perceba que é possível encontrarmos a resposta correta com base nos mandamentos
constitucionais relativos ao IPVA.

No caso, estamos tratando de umas das hipóteses de imunidade tributária previstas na CF.

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CF, Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às
delas decorrentes.

Resposta: D

12. FCC – SEFAZ/SC – 2018)

Eusébio, neste exercício de 2018, adquiriu três motocicletas, todas elas com cilindradas superior a 200 cm3.

A primeira delas (de cor vermelha), que era um veículo usado, fabricado em país estrangeiro, no ano de 2015
(ano em que foi importada), foi comprada no dia 15 de março deste ano, em estabelecimento que comercializa
veículos importados novos e usados, sendo que o referido veículo sempre esteve licenciado em Município do
Estado de Santa Catarina. A segunda (de cor azul), veículo novo, ano de fabricação de 2018, ele importou
diretamente do exterior, sendo que o desembaraço aduaneiro ocorreu em abril de 2018. A terceira (de cor
prata), também veículo novo, de fabricação nacional, foi adquirida diretamente de concessionária de veículos
catarinense, em junho de 2018.

Relativamente às motocicletas acima mencionadas, o fato gerador do IPVA devido no exercício de 2018
ocorreu, em relação à motocicleta de cor

a) prata, em 1o de janeiro de 2018.

b) vermelha, em 15 de março de 2018.


c) azul, na data do desembaraço aduaneiro.
d) vermelha, na data do desembaraço aduaneiro.

e) prata, em 1o de julho de 2018.

RESOLUÇÃO:
Motocicleta vermelha: Perceba que ela é um veículo usado. Assim, segue a regra geral na qual o fato gerador
é 1º de janeiro. Não importa em que momento ela foi adquirida, visto que é um veículo usado.
Motocicleta azul: A importação desta moto aconteceu no dia 23 de abril de 2018, e como se trata de uma
importação realizada por consumidor final a data do fato gerador é o desembaraço aduaneiro.
O contribuinte irá pagar o IPVA de forma proporcional (abril a dezembro).
Motocicleta prata: Motocicleta nova, de fabricação nacional, que foi adquirida por consumidor final no dia 03
junho de 2018 essa é a data do fato gerador.

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O contribuinte irá pagar o IPVA de forma proporcional (junho a dezembro).


* Observação: Comentei sobre o cálculo do IPVA. No entanto, a questão apenas solicita a data da ocorrência
do fato gerador. Vamos focar nisso em relação às alternativas.

Resposta: C

13.FUNDATEC – AFT/Pref. Maçambara – 2019)


Os proprietários de veículos licenciados no Município de Maçambará anualmente recolhem aos cofres públicos
o valor relativo ao Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Em relação, especificamente,
a esses valores, é correto afirmar que:

a) A totalidade do valor recolhido deve ser aplicada em obras viárias.


b) No mínimo, 50% do valor recolhido deve ser aplicado em obras viárias.
c) O Estado efetua o recolhimento e repassa 25% do valor ao Município.

d) O Estado efetua o recolhimento e repassa 50% do valor ao Município.


e) O recolhimento é efetuado pelo Estado, que repassa todo valor recolhido ao Município.

RESOLUÇÃO:

Estados 50%
Repartição do IPVA
Municípios 50%
Resposta: D

14. FUNDATEC – SEFAZ/RS – 2014)

A Lei Estadual que instituiu o Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) prevê, para
algumas entidades, instituições ou pessoas dotadas de personalidade, como condicionante da imunidade do
IPVA, a observância dos seguintes requisitos: (i) não distribuição de qualquer parcela de patrimônio ou de
rendas, a título de lucro ou participação no resultado; (ii) aplicação integral, no País, de recursos na manutenção
de seus objetivos institucionais; e (iii) manutenção de escrituração de receitas e despesas em livros revestidos
de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. Assinale, abaixo, a alternativa que identifica a entidade,

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instituição ou a pessoa que, para o gozo da imunidade do IPVA, nos termos da Lei Estadual, não está obrigada
a observância dos referidos requisitos.
a) Uma instituição de educação, sem fins lucrativos.

b) Um templo religioso.

c) Um partido político.

d) Uma instituição de assistência social, sem fins lucrativos.

e) Um sindicato de trabalhadores.

RESOLUÇÃO:

RESOLUÇÃO: Para poder usufruir do benefício da imunidade algumas instituições precisam cumprir os
seguintes requisitos:

1º- não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a título de lucro ou
participação no seu resultado;

2º- aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais;

3º- manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de
assegurar sua exatidão.
a) ERRADO. É uma das instituições que necessita cumprir os 3 requisitos necessário para poder usufruir do
benefício da imunidade.

b) CORRETO. De fato, o templo religioso não tem necessidade de cumprir os 3 requisitos para ususfruir da
imunidade.
c) ERRADO. É uma das instituições que necessita cumprir os 3 requisitos necessário para poder usufruir do
benefício da imunidade.

d) ERRADO. É uma das instituições que necessita cumprir os 3 requisitos necessário para poder usufruir do
benefício da imunidade.

e) ERRADO. É uma das instituições que necessita cumprir os 3 requisitos necessário para poder usufruir do
benefício da imunidade.

Resposta: B

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Lista de questões
1. FCC – PGE/TO – 2018)

Em 16 de novembro de 2016 foi publicada lei estadual, que produziu efeitos a partir da data de sua publicação,
e que alterou a lei do IPVA de um determinado Estado brasileiro. As alterações promovidas implicaram a fixação
da

I. alíquota das motocicletas em percentual superior ao anteriormente fixado.

II. alíquota dos veículos de carga, tipo caminhão, em percentual inferior ao anteriormente fixado.

III. base de cálculo de veículos de passeio importados do exterior, em valor superior ao anteriormente fixado.

De acordo com a disciplina constitucional, a norma relacionada com a situação mencionada acima, no item

a) I já pôde ser aplicada desde 16 de novembro de 2016.

b) I já pôde ser aplicada desde 1o de janeiro de 2017.


c) II só pôde ser aplicada a partir de 1° de janeiro de 2017.

d) III só pôde ser aplicada a partir de 1° de janeiro de 2017.

e) III só pôde ser aplicada a partir de 15 de fevereiro de 2017.

2. FCC – PGE/MT – 2018)

De acordo com a Constituição Federal, o IPVA é imposto de competência estadual e

I. terá suas alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal.


II. poderá ter suas alíquotas máximas fixadas pelo CONFAZ.

III. poderá ter alíquotas reduzidas quando o veículo não for automotor.

IV. poderá ter alíquotas diferenciadas em função da utilização do veículo.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I, II e IV.

b) I e IV.
c) II e III.
d) I e II.

e) III e IV.

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3. FGV – AL/RO – 2016)

O Governador do Estado ABC, por meio de Decreto publicado em 29 de dezembro de 2017, alterou a base de
cálculo do IPVA para incorporar a ela a atualização do valor monetário por índices oficiais de correção.

Sobre a referida alteração de base de cálculo, assinale a afirmativa correta.

a) Somente pode ser feita por intermédio de lei em sentido estrito, mas terá eficácia imediata a partir da data
em que haja sido publicada a lei.

b) Somente pode ser feita por intermédio de lei em sentido estrito, mas somente terá eficácia após decorridos
noventa dias da data em que haja sido publicada a lei.
c) Somente pode ser feita por intermédio de lei em sentido estrito, mas somente terá eficácia no exercício
financeiro seguinte àquele em que haja sido publicada a lei.

d) Embora possa ser feita mediante Decreto, somente poderá ter eficácia depois de decorridos noventa dias da
data em que haja sido publicado o Decreto.

e) Não é reputada majoração de tributo para fins de aplicação do princípio da reserva legal em sentido estrito.

4. FCC – SEFAZ/MA – 2016)

A Constituição Federal atribui competência aos Estados para instituir o Imposto sobre Propriedade de Veículos
Automotores − IPVA. De acordo com o texto constitucional, esse imposto terá
a) bases de cálculo reduzidas e alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.
b) alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal.

c) alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal.

d) suas hipóteses de isenção e de não incidência determinadas mediante convênio entre os Estados.

e) suas hipóteses de isenção determinadas mediante convênio entre os Estados.

5. FCC – PGE/RN – 2014)

Analise os itens abaixo.


I. O IPVA é um imposto de competência dos Estados e do Distrito Federal, mas pode ser instituído pelos
Municípios na ausência de legislação estadual.

II. As alíquotas mínimas para o IPVA são fixadas por Resolução do Senado Federal.

III. O IPVA pode ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e da utilização dos veículos.

IV. O IPVA pode ter alíquotas progressivas em razão do valor venal do veículo, conforme disposição expressa
na Constituição Federal.

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Está correto o que se afirma APENAS em

a) II e IV.
b) I e II.

c) II e III.

d) III e IV.

e) I e III.

6. CESPE – ANTAQ – 2014)


Acerca do imposto sobre a propriedade de veículos automotores, julgue o item abaixo.

Os impostos sobre a propriedade de veículos automotores, conforme jurisprudência do STF, incidem sobre a
propriedade de aeronaves e embarcações.

7. FCC – TCE/PI – 2014)


Um Estado brasileiro, em 11 de novembro de 2013, publicou lei ordinária (Lei no 01/2013) que fixou a base de
cálculo do IPVA para o ano de 2014 relativa a veículos usados. A nova base de cálculo fixada é equivalente à
base de cálculo fixada para o ano de 2013 mais um acréscimo de 6% para todos os veículos automotores
registrados e licenciados no Estado, exceto no que se refere aos veículos movidos exclusivamente a gasolina,
cuja base de cálculo não foi alterada.
A mesma lei (Lei nº 01/2013) alterou a alíquota do IPVA no Estado, passando de 3% para 5% a alíquota aplicável
aos veículos movidos exclusivamente a gasolina.

Considerando as informações acima e os princípios constitucionais em matéria tributária, os efeitos do


aumento da base de cálculo e da alíquota, introduzidos pela Lei nº 01/2013, se aplicam nos fatos geradores
relacionados

a) aos veículos licenciados naquele Estado, exceto aos movidos exclusivamente a gasolina, desde sua
publicação.

b) a todos os veículos licenciados naquele Estado, a partir de 1º de janeiro de 2014.

c) aos veículos licenciados naquele Estado, exceto aos movidos exclusivamente a gasolina, a partir de 1º de
janeiro de 2014.

d) a todos os veículos licenciados naquele Estado, desde a data de sua publicação.

e) aos veículos licenciados naquele Estado, exceto aos movidos exclusivamente a gasolina, apenas a partir de
10 de fevereiro de 2014.

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8. CESPE – TCE/PB – 2014)

Considerando que um estado da Federação pretenda estabelecer alíquota do imposto sobre a propriedade de
veículo automotor (IPVA) para os veículos importados em patamar superior àquela prevista para os veículos
nacionais, assinale a opção correta.

a) O referido estado não poderá realizar a referida cobrança da alíquota em função da limitação de que o tributo
deve ser uniforme em todo o território nacional.

b) O estado em questão não tem competência tributária para estabelecer a diferença tributária entre bens em
razão de sua procedência ou destino.
c) O referido estado possui competência para legislar sobre o IPVA e, portanto, poderá instituir a referida
alíquota diferenciada.

d) O estado em questão não possui competência tributária para estabelecer alíquota de IPVA diferente daquela
prevista pela CF.

e) O estado em apreço não poderá estabelecer a referida alíquota, porque utilizará alíquota de IPVA com a base
de cálculo do imposto de importação.

9. CESPE – SEFAZ/RS – 2019)

De acordo com a Lei estadual n.º 8.115/1985 do Rio Grande do Sul, na hipótese de importação de veículo pelo
consumidor, o fato gerador do IPVA ocorre no momento
a) da arrematação.

b) da transação.

c) do desembaraço aduaneiro.
d) do pagamento.

e) da aquisição.

10. CESPE – SEFAZ/RS – 2019)


De acordo com a legislação estadual do Rio Grande do Sul, a base de cálculo do IPVA incidente sobre veículo
automotor usado é

a) o valor médio de mercado, conforme anualmente divulgado pelo Poder Executivo estadual antes do início
do ano- calendário.

b) o valor constante no documento fiscal de compra do veículo, incluído o valor de opcionais e acessórios.

c) o valor de mercado do modelo do veículo, de acordo com a tabela FIPE vigente à data do fato gerador.

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d) de 3% incidentes sobre o valor constante no documento fiscal, no caso de propriedade de veículos


automotores do tipo automóvel ou camioneta.
e) de 1% incidente sobre o valor de mercado, no caso de propriedade de veículos automotores do tipo
caminhão.

11.CESPE – SEFAZ/RS – 2019)


O IBAMA é uma autarquia federal que é instituída e mantida pelo poder público e possui como finalidade
essencial o exercício do poder de polícia ambiental. De acordo com a legislação estadual do RS, em relação aos
veículos de propriedade do IBAMA que estejam diretamente vinculados à fiscalização ambiental, a cobrança
de IPVA

a) é devida, pois apenas a União goza de isenção tributária, a qual não é extensível às suas autarquias e
fundações.

b) é devida, pois somente as autarquias e fundações estaduais gozam de imunidade tributária.


c) é dispensada somente se a autarquia mantiver escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos
de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.
d) é indevida, pois se trata de uma hipótese legal de imunidade tributária.
e) é indevida, pois se trata de uma hipótese legal de isenção tributária.

12. FCC – SEFAZ/SC – 2018)

Eusébio, neste exercício de 2018, adquiriu três motocicletas, todas elas com cilindradas superior a 200 cm3.

A primeira delas (de cor vermelha), que era um veículo usado, fabricado em país estrangeiro, no ano de 2015
(ano em que foi importada), foi comprada no dia 15 de março deste ano, em estabelecimento que comercializa
veículos importados novos e usados, sendo que o referido veículo sempre esteve licenciado em Município do
Estado de Santa Catarina. A segunda (de cor azul), veículo novo, ano de fabricação de 2018, ele importou
diretamente do exterior, sendo que o desembaraço aduaneiro ocorreu em abril de 2018. A terceira (de cor
prata), também veículo novo, de fabricação nacional, foi adquirida diretamente de concessionária de veículos
catarinense, em junho de 2018.

Relativamente às motocicletas acima mencionadas, o fato gerador do IPVA devido no exercício de 2018
ocorreu, em relação à motocicleta de cor

a) prata, em 1o de janeiro de 2018.

b) vermelha, em 15 de março de 2018.

c) azul, na data do desembaraço aduaneiro.

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d) vermelha, na data do desembaraço aduaneiro.

e) prata, em 1o de julho de 2018.

13.FUNDATEC – AFT/Pref. Maçambara – 2019)


Os proprietários de veículos licenciados no Município de Maçambará anualmente recolhem aos cofres públicos
o valor relativo ao Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Em relação, especificamente,
a esses valores, é correto afirmar que:

a) A totalidade do valor recolhido deve ser aplicada em obras viárias.


b) No mínimo, 50% do valor recolhido deve ser aplicado em obras viárias.

c) O Estado efetua o recolhimento e repassa 25% do valor ao Município.

d) O Estado efetua o recolhimento e repassa 50% do valor ao Município.

e) O recolhimento é efetuado pelo Estado, que repassa todo valor recolhido ao Município.

14. FUNDATEC – SEFAZ/RS – 2014)

A Lei Estadual que instituiu o Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) prevê, para
algumas entidades, instituições ou pessoas dotadas de personalidade, como condicionante da imunidade do
IPVA, a observância dos seguintes requisitos: (i) não distribuição de qualquer parcela de patrimônio ou de
rendas, a título de lucro ou participação no resultado; (ii) aplicação integral, no País, de recursos na manutenção
de seus objetivos institucionais; e (iii) manutenção de escrituração de receitas e despesas em livros revestidos
de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. Assinale, abaixo, a alternativa que identifica a entidade,
instituição ou a pessoa que, para o gozo da imunidade do IPVA, nos termos da Lei Estadual, não está obrigada
a observância dos referidos requisitos.

a) Uma instituição de educação, sem fins lucrativos.

b) Um templo religioso.
c) Um partido político.

d) Uma instituição de assistência social, sem fins lucrativos.

e) Um sindicato de trabalhadores.

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Gabarito
1. D 9. C
2. B 10. A
3. E 11. D
4. B 12. C
5. C 13. D
6. Errada 14. B
7. C
8. B

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Resumo direcionado
IPVA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituí-lo

Imposto sobre propriedade de veículos automotores


IPVA
Alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal

Poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização

Tipo
ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS
Utilização

Estados 50%
Repartição do IPVA
Municípios 50%

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Real

Fiscal
IPVA é um imposto:
Direto

Em regra, lançado por Ofício

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