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Matéria: Legislação Tributária Municipal – Parte Geral

 
Professor: Marcelo Tannuri
Legislação Tributária Municipal – Parte Geral
Teoria e Exercícios
Prof. Marcelo Tannuri

APRESENTAÇÃO

Olá, futuros Auditores Fiscais, Fiscais de rendas ou qualquer outro nome


que a carreira de Fiscal de Tributos municipais possa receber!

Vocês já devem me conhecer de outras “praças”.


É com grande prazer que passo a fazer parte dessa equipe inovadora e
competente do Curso Exponencial!
Este material foi construído com o objetivo de garantir a sua
preparação completa para os próximos concursos fiscais municipais na
disciplina de Legislação Tributária Municipal (parte geral).

Você provavelmente está recebendo essa aula por ter comprado o curso
de uma municipalidade específica. Não se preocupe: falaremos do seu
município a partir da aula 4.
Abordarei tudo que você precisa saber sobre os tributos municipais, com
atenção especial aos seus pontos de tangência com os outros ramos do
direito: tributário, administrativo, constitucional e civil. No “frigir dos
ovos”, você estará pronto para vencer na disciplina de legislação e para
acertar as questões mais esperadas nessas outras disciplinas, uma vez que
suas tangências estarão bem solidificadas.
Não espere muito blá-blá-blá. Serei sempre muito objetivo para
respeitar o seu tempo de estudo, que não pode ser desperdiçado.
Para um desempenho vencedor na disciplina de legislação tributária
municipal, você precisará deste material e dos vídeos que fazem parte do
curso. Ambos os materiais são completos, mas foram feitos com didáticas
muito diferentes, de modo que um supra as dúvidas eventualmente causadas
pelo outro. É claro que ainda sobrarão algumas dúvidas, principalmente para
os melhores candidatos. Estarei aqui para te ajudar com elas.

Neste parte do curso, tratamos da parte geral da disciplina. Você


precisará também estudar a parte específica, de acordo com o munícipio do
concurso que você pretende prestar.
As partes específicas são elaboradas às vésperas dos editais e das
autorizações.
Para aqueles que não me conhecem, vou me apresentar.
Meu nome é Marcelo Tannuri. Mestre e graduado em Direito e
engenheiro químico (POLI-USP). Sou, atualmente, Auditor-Fiscal Tributário
Municipal da Prefeitura de São Paulo. Fui aprovado também em outros
concursos, dentre eles ISS-Jundiaí (empatado na primeira colocação) e ICMS-
PB. Tenho muita experiência em concursos públicos, tendo ministrado as

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disciplinas de Direito Tributário, Legislação Tributária Municipal e Legislação


Tributária Estadual (de diversos estados e municípios). Trabalhei na
fiscalização tributária propriamente dita mas, neste momento, minhas
principais atividades são responder as consultas tributárias encaminhadas ao
município e elaborar manifestações aos Projetos de Lei em matéria tributária,
que tramitam pela Câmara Municipal de São Paulo.

O curso foi concebido em parceria com meu amigo Paulo Dantas,


engenheiro eletrônico formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica
(ITA) e bacharel em Direito pela USP (Largo de São Francisco). Ele foi
Auditor-Fiscal Tributário Municipal da Prefeitura de São Paulo (aprovado
em 1º lugar no último concurso – ISS-SP 2007). O Paulo se afastou do
mundo dos concursos, mas merece os créditos autorais.
Tenho um método de estudo muito pessoal, que me levou à
aprovação no meu primeiro grande concurso (ICMS-PB) com apenas 102
dias de dedicação. O meu papel precípuo aqui não é te ensinar a estudar.
Mas fica tranquilo, depois de assistir a todos os vídeos, você terá
compreendido como se faz para assimilar todas as disciplinas de forma
eficiente.
Para um bom desempenho na prova, você precisará conhecer a “Lei
Seca” (sem trocadilhos alcoólicos), saber interpretá-la e estar em dia com
as últimas decisões jurisprudenciais. Não se preocupe, até o final do curso
você estará com toda a matéria na “ponta da língua”.
Enfim, chega de papo e vamos à aula!

Abraços a todos e bons estudos!


Marcelo Tannuri

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No quadro abaixo segue o programa do nosso curso. Os temas são


apresentados conforme o edital do último concurso, mas em ordem diferente,
com objetivos didáticos.

Aula Conteúdo

00 ISS na Constituição Federal (PDF)

01 ISS na legislação Complementar (PDF e vídeos)

02 ITBI na Constituição Federal, na legislação complementar e aspectos


civis. (PDF e vídeos)

03 IPTU na Constituição Federal, na legislação complementar e aspectos


civis. (PDF e vídeos)

* O cronograma da parte específica será postado em arquivo


apartado.

Finalmente, hora de nos aventurarmos! Tenha uma boa aula! J

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Aula Zero – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)

Sumário

1.  O  ISS  na  Constituição  Federal  .....................................................................................  5  


2.  O  ISS  NA  LEI  COMPLEMENTAR  Nº  116/2003  ...............................................................  7  
2.1  FATO  GERADOR  E  INCIDÊNCIA  ..........................................................................................  7  
2.1.1  Alterações  na  lista  de  serviços  trazidas  pela  LC  157/2016  .............................................  33  

Exercícios  Propostos  sobre  ISS  ......................................................................................  39  


GABARITO  ....................................................................................................................  46  

1. O ISS na Constituição Federal

O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (o “famoso” ISS, ou


ISSQN) é um dos impostos de competência tributária municipal.
Nas maiores cidades brasileiras é o tributo municipal de maior
importância, superando, em muitos casos, a arrecadação do IPTU. Serve de
termômetro para a atividade econômica do município, já que, numa economia
aquecida, a prestação de serviços cresce e, consequentemente, aumenta a
arrecadação do ISS. O inverso ocorre numa economia estagnada.
Vejamos o que diz a Constituição Federal sobre o ISS:

Constituição Federal

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:


I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso,
de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos
reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art.
155, II, definidos em lei complementar.
(...)

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§3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste


artigo, cabe à lei complementar:
I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;
II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o
exterior.
III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos e
benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

O art. 156, III, da Constituição já traz duas informações fundamentais


a respeito do ISS:
• Os serviços já tributáveis pelo ICMS (serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação) não podem ser
tributáveis pelo ISS. Com isso, procura-se evitar a bitributação (dois
entes exigirem tributos de um mesmo sujeito passivo sobre um
mesmo fato gerador).
• Os serviços tributáveis pelo ISS, apesar de serem de qualquer natureza,
devem ser aqueles definidos em lei complementar. Ou seja, a lei
complementar deve enumerar quais os serviços sujeitos à incidência do
ISS. Assim, em princípio, os serviços que estivessem fora dela, não
poderiam ser tributados pelo ISS. Comentaremos mais à frente
como essa limitação é driblada pelos fiscos.

O §3º do art. 156 define mais atribuições para a lei complementar do


ISS, quais sejam:
• Fixar suas alíquotas máximas (obedecendo ao princípio tributário do
não-confisco) e mínimas (evitando a chamada “guerra fiscal” entre
os municípios, por meio da qual se procura atrair empresas para se
estabelecerem em seus territórios – gerando emprego e renda – em
troca da concessão de incentivos fiscais).
A “guerra fiscal”, na maioria das situações, é nociva, porque, ao fim
do período de concessão de benefícios fiscais, as empresas se
transferem para outro município que lhes conceda maiores benefícios.
No fim das contas, pouca receita tributária acaba sendo gerada para os
municípios em que se instalam.
• Excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior
(demonstrando o intuito de incentivar as exportações).
• Regular a forma e as condições como isenções, incentivos e
benefícios fiscais serão concedidos e revogados. Eis mais um
mecanismo para evitar a “guerra fiscal”.

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A lei complementar que veio para disciplinar o ISS foi a Lei


Complementar nº 116/2003 (LC 116/03). Veremos, todavia, que, apesar
de fixar alíquota máxima, essa lei inicialmente não fixou alíquota mínima.
A LC 116/03 também não regulou, inicialmente, a forma e as condições
como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados,
como demandava a Constituição Federal.
Já observando esses problemas, a Emenda Constitucional nº 37/2002
incluiu o artigo 88 no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
(ADCT) a determinação de que a alíquota mínima do ISS seria de 2 %. O
tema já está superado pela LC 157/2016, mas você deve conhecer
esse histórico porque provavelmente aparecerá na sua prova. O tema
será discutido a fundo nas próximas aulas.

2. O ISS NA LEI COMPLEMENTAR Nº 116/2003

2.1 FATO GERADOR E INCIDÊNCIA

Vejamos o que diz o artigo 1º da Lei Complementar Federal nº


116/2003:

Lei Complementar Federal nº 116/2003

Art. 1º O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de


competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato
gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda

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que esses não se constituam como atividade preponderante do


prestador.

§1º O imposto incide também sobre o serviço proveniente do


exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do
País.

§2º Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os


serviços nela mencionados não ficam sujeitos ao Imposto Sobre
Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação – ICMS, ainda que sua prestação envolva
fornecimento de mercadorias.

§3º O imposto de que trata esta Lei Complementar incide ainda


sobre os serviços prestados mediante a utilização de bens e
serviços públicos explorados economicamente mediante
autorização, permissão ou concessão, com o pagamento de tarifa,
preço ou pedágio pelo usuário final do serviço.

§4º A incidência do imposto não depende da denominação dada


ao serviço prestado.

A LC 116/2003 define como fato gerador do ISS a prestação dos


serviços constantes da lista anexa à Lei, ainda que esses não se constituam
como atividade preponderante do prestador. O §4º do artigo 1º ainda
alerta que a incidência do imposto não depende da denominação dada ao
serviço prestado.
Assim, em princípio, não importa o tipo de empresa (se é de comércio ou
de serviços), seu objeto social ou a denominação que se dá ao serviço
prestado. Se o fisco conseguir comprovar que o serviço prestado enquadra-se
em um dos itens da lista de serviços da LC 116/2003, é devido o ISS.
Alguns contribuintes tentam “ingenuamente” burlar a incidência do ISS
alterando a denominação de seu serviço para algo que não esteja previsto na
lista da LC 116/03. Essa estratégia é muito fraca, tendo em vista que basta
que o fisco encontre elementos para enquadrar aquele serviço como um dos
itens da lista para exigir o ISS.

Vejamos, então, quais os serviços constantes da lista anexa à LC


116/03 e, portanto, sujeitos à incidência do ISS.

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Lei Complementar Federal nº 116/2003

LISTA DE SERVIÇOS ANEXA À LC 116/03 (as novidades


implementadas pela LC 157/2016 estão em azul)

1 – Serviços de informática e congêneres.

1.01 – Análise e desenvolvimento de sistemas.


1.02 – Programação.
1.03 – Processamento de dados e congêneres.
1.04 – Elaboração de programas de computadores, inclusive de
jogos eletrônicos.
1.03 - Processamento, armazenamento ou hospedagem de dados,
textos, imagens, vídeos, páginas eletrônicas, aplicativos e
sistemas de informação, entre outros formatos, e congêneres.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
1.04 - Elaboração de programas de computadores, inclusive de
jogos eletrônicos, independentemente da arquitetura construtiva
da máquina em que o programa será executado, incluindo tablets,
smartphones e congêneres. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 157, de 2016)
1.05 – Licenciamento ou cessão de direito de uso de programas
de computação.
1.06 – Assessoria e consultoria em informática.
1.07 – Suporte técnico em informática, inclusive instalação,
configuração e manutenção de programas de computação e
bancos de dados.
1.08 – Planejamento, confecção, manutenção e atualização de
páginas eletrônicas.
1.09 - Disponibilização, sem cessão definitiva, de conteúdos de
áudio, vídeo, imagem e texto por meio da internet, respeitada a
imunidade de livros, jornais e periódicos (exceto a distribuição de
conteúdos pelas prestadoras de Serviço de Acesso Condicionado,
de que trata a Lei no 12.485, de 12 de setembro de 2011, sujeita
ao ICMS). (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)

2 – Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer


natureza.
2.01 – Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer

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natureza.

3 – Serviços prestados mediante locação, cessão de direito


de uso e congêneres.
3.01 – (VETADO)
3.02 – Cessão de direito de uso de marcas e de sinais de
propaganda.
3.03 – Exploração de salões de festas, centro de convenções,
escritórios virtuais, stands, quadras esportivas, estádios, ginásios,
auditórios, casas de espetáculos, parques de diversões, canchas e
congêneres, para realização de eventos ou negócios de qualquer
natureza.
3.04 – Locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem
ou permissão de uso, compartilhado ou não, de ferrovia, rodovia,
postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza.
3.05 – Cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras
estruturas de uso temporário.

4 – Serviços de saúde, assistência médica e congêneres.


4.01 – Medicina e biomedicina.
4.02 – Análises clínicas, patologia, eletricidade médica,
radioterapia, quimioterapia, ultra-sonografia, ressonância
magnética, radiologia, tomografia e congêneres.
4.03 – Hospitais, clínicas, laboratórios, sanatórios, manicômios,
casas de saúde, prontos-socorros, ambulatórios e congêneres.
4.04 – Instrumentação cirúrgica.
4.05 – Acupuntura.
4.06 – Enfermagem, inclusive serviços auxiliares.
4.07 – Serviços farmacêuticos.
4.08 – Terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia.
4.09 – Terapias de qualquer espécie destinadas ao tratamento
físico, orgânico e mental.
4.10 – Nutrição.
4.11 – Obstetrícia.
4.12 – Odontologia.
4.13 – Ortóptica.
4.14 – Próteses sob encomenda.

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4.15 – Psicanálise.
4.16 – Psicologia.
4.17 – Casas de repouso e de recuperação, creches, asilos e
congêneres.
4.18 – Inseminação artificial, fertilização in vitro e congêneres.
4.19 – Bancos de sangue, leite, pele, olhos, óvulos, sêmen e
congêneres.
4.20 – Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e materiais
biológicos de qualquer espécie.
4.21 – Unidade de atendimento, assistência ou tratamento móvel
e congêneres.
4.22 – Planos de medicina de grupo ou individual e convênios
para prestação de assistência médica, hospitalar, odontológica e
congêneres.
4.23 – Outros planos de saúde que se cumpram através de
serviços de terceiros contratados, credenciados, cooperados ou
apenas pagos pelo operador do plano mediante indicação do
beneficiário.

5 – Serviços de medicina e assistência veterinária e


congêneres.
5.01 – Medicina veterinária e zootecnia.
5.02 – Hospitais, clínicas, ambulatórios, prontos-socorros e
congêneres, na área veterinária.
5.03 – Laboratórios de análise na área veterinária.
5.04 – Inseminação artificial, fertilização in vitro e congêneres.
5.05 – Bancos de sangue e de órgãos e congêneres.
5.06 – Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e materiais
biológicos de qualquer espécie.
5.07 – Unidade de atendimento, assistência ou tratamento móvel
e congêneres.
5.08 – Guarda, tratamento, amestramento, embelezamento,
alojamento e congêneres.
5.09 – Planos de atendimento e assistência médico-veterinária.

6 – Serviços de cuidados pessoais, estética, atividades


físicas e congêneres.
6.01 – Barbearia, cabeleireiros, manicuros, pedicuros e

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congêneres.
6.02 – Esteticistas, tratamento de pele, depilação e congêneres.
6.03 – Banhos, duchas, sauna, massagens e congêneres.
6.04 – Ginástica, dança, esportes, natação, artes marciais e
demais atividades físicas.
6.05 – Centros de emagrecimento, spa e congêneres.
6.06 - Aplicação de tatuagens, piercings e congêneres. (Incluído
pela Lei Complementar nº 157, de 2016)

7 – Serviços relativos a engenharia, arquitetura, geologia,


urbanismo, construção civil, manutenção, limpeza, meio
ambiente, saneamento e congêneres.
7.01 – Engenharia, agronomia, agrimensura, arquitetura,
geologia, urbanismo, paisagismo e congêneres.
7.02 – Execução, por administração, empreitada ou
subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica
e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração
de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem,
pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de
produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de
mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do
local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS).
7.03 – Elaboração de planos diretores, estudos de viabilidade,
estudos organizacionais e outros, relacionados com obras e
serviços de engenharia; elaboração de anteprojetos, projetos
básicos e projetos executivos para trabalhos de engenharia.
7.04 – Demolição.
7.05 – Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas,
pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de
mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora
do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao
ICMS).
7.06 – Colocação e instalação de tapetes, carpetes, assoalhos,
cortinas, revestimentos de parede, vidros, divisórias, placas de
gesso e congêneres, com material fornecido pelo tomador do
serviço.
7.07 – Recuperação, raspagem, polimento e lustração de pisos e
congêneres.
7.08 – Calafetação.
7.09 – Varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento,
reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros

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resíduos quaisquer.
7.10 – Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros
públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e
congêneres.
7.11 – Decoração e jardinagem, inclusive corte e poda de árvores.
7.12 – Controle e tratamento de efluentes de qualquer natureza e
de agentes físicos, químicos e biológicos.
7.13 – Dedetização, desinfecção, desinsetização, imunização,
higienização, desratização, pulverização e congêneres.
7.14 – (VETADO)
7.15 – (VETADO)
7.16 – Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e
congêneres.
7.16 - Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação,
reparação de solo, plantio, silagem, colheita, corte e
descascamento de árvores, silvicultura, exploração florestal e dos
serviços congêneres indissociáveis da formação, manutenção e
colheita de florestas, para quaisquer fins e por quaisquer
meios. (Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
7.17 – Escoramento, contenção de encostas e serviços
congêneres.
7.18 – Limpeza e dragagem de rios, portos, canais, baías, lagos,
lagoas, represas, açudes e congêneres.
7.19 – Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de
engenharia, arquitetura e urbanismo.
7.20 – Aerofotogrametria (inclusive interpretação), cartografia,
mapeamento, levantamentos topográficos, batimétricos,
geográficos, geodésicos, geológicos, geofísicos e congêneres.
7.21 – Pesquisa, perfuração, cimentação, mergulho, perfilagem,
concretação, testemunhagem, pescaria, estimulação e outros
serviços relacionados com a exploração e explotação de petróleo,
gás natural e de outros recursos minerais.
7.22 – Nucleação e bombardeamento de nuvens e congêneres.

8 – Serviços de educação, ensino, orientação pedagógica e


educacional, instrução, treinamento e avaliação pessoal de
qualquer grau ou natureza.
8.01 – Ensino regular pré-escolar, fundamental, médio e superior.
8.02 – Instrução, treinamento, orientação pedagógica e

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educacional, avaliação de conhecimentos de qualquer natureza.

9 – Serviços relativos a hospedagem, turismo, viagens e


congêneres.
9.01 – Hospedagem de qualquer natureza em hotéis, apart-
service condominiais, flat, apart-hotéis, hotéis residência,
residence-service, suite service, hotelaria marítima, motéis,
pensões e congêneres; ocupação por temporada com
fornecimento de serviço (o valor da alimentação e gorjeta,
quando incluído no preço da diária, fica sujeito ao Imposto
Sobre Serviços).
9.02 – Agenciamento, organização, promoção, intermediação e
execução de programas de turismo, passeios, viagens, excursões,
hospedagens e congêneres.
9.03 – Guias de turismo.

10 – Serviços de intermediação e congêneres.


10.01 – Agenciamento, corretagem ou intermediação de câmbio,
de seguros, de cartões de crédito, de planos de saúde e de planos
de previdência privada.
10.02 – Agenciamento, corretagem ou intermediação de títulos
em geral, valores mobiliários e contratos quaisquer.
10.03 – Agenciamento, corretagem ou intermediação de direitos
de propriedade industrial, artística ou literária.
10.04 – Agenciamento, corretagem ou intermediação de contratos
de arrendamento mercantil (leasing), de franquia (franchising) e
de faturização (factoring).
10.05 – Agenciamento, corretagem ou intermediação de bens
móveis ou imóveis, não abrangidos em outros itens ou subitens,
inclusive aqueles realizados no âmbito de Bolsas de Mercadorias e
Futuros, por quaisquer meios.
10.06 – Agenciamento marítimo.
10.07 – Agenciamento de notícias.
10.08 – Agenciamento de publicidade e propaganda, inclusive o
agenciamento de veiculação por quaisquer meios.
10.09 – Representação de qualquer natureza, inclusive comercial.
10.10 – Distribuição de bens de terceiros.

11 – Serviços de guarda, estacionamento, armazenamento,

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vigilância e congêneres.
11.01 – Guarda e estacionamento de veículos terrestres
automotores, de aeronaves e de embarcações.
11.02 – Vigilância, segurança ou monitoramento de bens e
pessoas.
11.02 - Vigilância, segurança ou monitoramento de bens, pessoas
e semoventes. (Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de
2016)
11.03 – Escolta, inclusive de veículos e cargas.
11.04 – Armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e
guarda de bens de qualquer espécie.

12 – Serviços de diversões, lazer, entretenimento e


congêneres.
12.01 – Espetáculos teatrais.
12.02 – Exibições cinematográficas.
12.03 – Espetáculos circenses.
12.04 – Programas de auditório.
12.05 – Parques de diversões, centros de lazer e congêneres.
12.06 – Boates, taxi-dancing e congêneres.
12.07 – Shows, ballet, danças, desfiles, bailes, óperas, concertos,
recitais, festivais e congêneres.
12.08 – Feiras, exposições, congressos e congêneres.
12.09 – Bilhares, boliches e diversões eletrônicas ou não.
12.10 – Corridas e competições de animais.
12.11 – Competições esportivas ou de destreza física ou
intelectual, com ou sem a participação do espectador.
12.12 – Execução de música.
12.13 – Produção, mediante ou sem encomenda prévia, de
eventos, espetáculos, entrevistas, shows, ballet, danças, desfiles,
bailes, teatros, óperas, concertos, recitais, festivais e congêneres.
12.14 – Fornecimento de música para ambientes fechados ou não,
mediante transmissão por qualquer processo.
12.15 – Desfiles de blocos carnavalescos ou folclóricos, trios
elétricos e congêneres.
12.16 – Exibição de filmes, entrevistas, musicais, espetáculos,
shows, concertos, desfiles, óperas, competições esportivas, de

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destreza intelectual ou congêneres.


12.17 – Recreação e animação, inclusive em festas e eventos de
qualquer natureza.

13 – Serviços relativos a fonografia, fotografia,


cinematografia e reprografia.
13.01 – (VETADO)
13.02 – Fonografia ou gravação de sons, inclusive trucagem,
dublagem, mixagem e congêneres.
13.03 – Fotografia e cinematografia, inclusive revelação,
ampliação, cópia, reprodução, trucagem e congêneres.
13.04 – Reprografia, microfilmagem e digitalização.
13.05 – Composição gráfica, fotocomposição, clicheria,
zincografia, litografia, fotolitografia.
13.05 - Composição gráfica, inclusive confecção de impressos
gráficos, fotocomposição, clicheria, zincografia, litografia e
fotolitografia, exceto se destinados a posterior operação de
comercialização ou industrialização, ainda que incorporados, de
qualquer forma, a outra mercadoria que deva ser objeto de
posterior circulação, tais como bulas, rótulos, etiquetas, caixas,
cartuchos, embalagens e manuais técnicos e de instrução, quando
ficarão sujeitos ao ICMS. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 157, de 2016)

14 – Serviços relativos a bens de terceiros.


14.01 – Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga,
conserto, restauração, blindagem, manutenção e conservação de
máquinas, veículos, aparelhos, equipamentos, motores,
elevadores ou de qualquer objeto (exceto peças e partes
empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS).
14.02 – Assistência técnica.
14.03 – Recondicionamento de motores (exceto peças e partes
empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS).
14.04 – Recauchutagem ou regeneração de pneus.
14.05 – Restauração, recondicionamento, acondicionamento,
pintura, beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento,
galvanoplastia, anodização, corte, recorte, polimento, plastificação
e congêneres, de objetos quaisquer.
14.05 - Restauração, recondicionamento, acondicionamento,
pintura, beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento,

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galvanoplastia, anodização, corte, recorte, plastificação, costura,


acabamento, polimento e congêneres de objetos
quaisquer. (Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de
2016)
14.06 – Instalação e montagem de aparelhos, máquinas e
equipamentos, inclusive montagem industrial, prestados ao
usuário final, exclusivamente com material por ele fornecido.
14.07 – Colocação de molduras e congêneres.
14.08 – Encadernação, gravação e douração de livros, revistas e
congêneres.
14.09 – Alfaiataria e costura, quando o material for fornecido
pelo usuário final, exceto aviamento.
14.10 – Tinturaria e lavanderia.
14.11 – Tapeçaria e reforma de estofamentos em geral.
14.12 – Funilaria e lanternagem.
14.13 – Carpintaria e serralheria.
14.14 - Guincho intramunicipal, guindaste e içamento. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 157, de 2016)

15 – Serviços relacionados ao setor bancário ou financeiro,


inclusive aqueles prestados por instituições financeiras
autorizadas a funcionar pela União ou por quem de direito.
15.01 – Administração de fundos quaisquer, de consórcio, de
cartão de crédito ou débito e congêneres, de carteira de clientes,
de cheques pré-datados e congêneres.
15.02 – Abertura de contas em geral, inclusive conta-corrente,
conta de investimentos e aplicação e caderneta de poupança, no
País e no exterior, bem como a manutenção das referidas contas
ativas e inativas.
15.03 – Locação e manutenção de cofres particulares, de
terminais eletrônicos, de terminais de atendimento e de bens e
equipamentos em geral.
15.04 – Fornecimento ou emissão de atestados em geral,
inclusive atestado de idoneidade, atestado de capacidade
financeira e congêneres.
15.05 – Cadastro, elaboração de ficha cadastral, renovação
cadastral e congêneres, inclusão ou exclusão no Cadastro de
Emitentes de Cheques sem Fundos – CCF ou em quaisquer outros
bancos cadastrais.

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15.06 – Emissão, reemissão e fornecimento de avisos,


comprovantes e documentos em geral; abono de firmas; coleta e
entrega de documentos, bens e valores; comunicação com outra
agência ou com a administração central; licenciamento eletrônico
de veículos; transferência de veículos; agenciamento fiduciário ou
depositário; devolução de bens em custódia.
15.07 – Acesso, movimentação, atendimento e consulta a contas
em geral, por qualquer meio ou processo, inclusive por telefone,
fac-símile, internet e telex, acesso a terminais de atendimento,
inclusive vinte e quatro horas; acesso a outro banco e a rede
compartilhada; fornecimento de saldo, extrato e demais
informações relativas a contas em geral, por qualquer meio ou
processo.
15.08 – Emissão, reemissão, alteração, cessão, substituição,
cancelamento e registro de contrato de crédito; estudo, análise e
avaliação de operações de crédito; emissão, concessão, alteração
ou contratação de aval, fiança, anuência e congêneres; serviços
relativos a abertura de crédito, para quaisquer fins.
15.09 – Arrendamento mercantil (leasing) de quaisquer bens,
inclusive cessão de direitos e obrigações, substituição de garantia,
alteração, cancelamento e registro de contrato, e demais serviços
relacionados ao arrendamento mercantil (leasing).
15.10 – Serviços relacionados a cobranças, recebimentos ou
pagamentos em geral, de títulos quaisquer, de contas ou carnês,
de câmbio, de tributos e por conta de terceiros, inclusive os
efetuados por meio eletrônico, automático ou por máquinas de
atendimento; fornecimento de posição de cobrança, recebimento
ou pagamento; emissão de carnês, fichas de compensação,
impressos e documentos em geral.
15.11 – Devolução de títulos, protesto de títulos, sustação de
protesto, manutenção de títulos, reapresentação de títulos, e
demais serviços a eles relacionados.
15.12 – Custódia em geral, inclusive de títulos e valores
mobiliários.
15.13 – Serviços relacionados a operações de câmbio em geral,
edição, alteração, prorrogação, cancelamento e baixa de contrato
de câmbio; emissão de registro de exportação ou de crédito;
cobrança ou depósito no exterior; emissão, fornecimento e
cancelamento de cheques de viagem; fornecimento, transferência,
cancelamento e demais serviços relativos a carta de crédito de
importação, exportação e garantias recebidas; envio e
recebimento de mensagens em geral relacionadas a operações de
câmbio.
15.14 – Fornecimento, emissão, reemissão, renovação e

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manutenção de cartão magnético, cartão de crédito, cartão de


débito, cartão salário e congêneres.
15.15 – Compensação de cheques e títulos quaisquer; serviços
relacionados a depósito, inclusive depósito identificado, a saque
de contas quaisquer, por qualquer meio ou processo, inclusive em
terminais eletrônicos e de atendimento.
15.16 – Emissão, reemissão, liquidação, alteração, cancelamento
e baixa de ordens de pagamento, ordens de crédito e similares,
por qualquer meio ou processo; serviços relacionados à
transferência de valores, dados, fundos, pagamentos e similares,
inclusive entre contas em geral.
15.17 – Emissão, fornecimento, devolução, sustação,
cancelamento e oposição de cheques quaisquer, avulso ou por
talão.
15.18 – Serviços relacionados a crédito imobiliário, avaliação e
vistoria de imóvel ou obra, análise técnica e jurídica, emissão,
reemissão, alteração, transferência e renegociação de contrato,
emissão e reemissão do termo de quitação e demais serviços
relacionados a crédito imobiliário.

16 – Serviços de transporte de natureza municipal.


16.01 – Serviços de transporte de natureza municipal.
16.01 - Serviços de transporte coletivo municipal rodoviário,
metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
16.02 - Outros serviços de transporte de natureza municipal.
(Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)

17 – Serviços de apoio técnico, administrativo, jurídico,


contábil, comercial e congêneres.
17.01 – Assessoria ou consultoria de qualquer natureza, não
contida em outros itens desta lista; análise, exame, pesquisa,
coleta, compilação e fornecimento de dados e informações de
qualquer natureza, inclusive cadastro e similares.
17.02 – Datilografia, digitação, estenografia, expediente,
secretaria em geral, resposta audível, redação, edição,
interpretação, revisão, tradução, apoio e infra-estrutura
administrativa e congêneres.
17.03 – Planejamento, coordenação, programação ou organização
técnica, financeira ou administrativa.
17.04 – Recrutamento, agenciamento, seleção e colocação de

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mão-de-obra.
17.05 – Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter
temporário, inclusive de empregados ou trabalhadores, avulsos ou
temporários, contratados pelo prestador de serviço.
17.06 – Propaganda e publicidade, inclusive promoção de vendas,
planejamento de campanhas ou sistemas de publicidade,
elaboração de desenhos, textos e demais materiais publicitários.
17.07 – (VETADO)
17.08 – Franquia (franchising).
17.09 – Perícias, laudos, exames técnicos e análises técnicas.
17.10 – Planejamento, organização e administração de feiras,
exposições, congressos e congêneres.
17.11 – Organização de festas e recepções; bufê (exceto o
fornecimento de alimentação e bebidas, que fica sujeito ao
ICMS).
17.12 – Administração em geral, inclusive de bens e negócios de
terceiros.
17.13 – Leilão e congêneres.
17.14 – Advocacia.
17.15 – Arbitragem de qualquer espécie, inclusive jurídica.
17.16 – Auditoria.
17.17 – Análise de Organização e Métodos.
17.18 – Atuária e cálculos técnicos de qualquer natureza.
17.19 – Contabilidade, inclusive serviços técnicos e auxiliares.
17.20 – Consultoria e assessoria econômica ou financeira.
17.21 – Estatística.
17.22 – Cobrança em geral.
17.23 – Assessoria, análise, avaliação, atendimento, consulta,
cadastro, seleção, gerenciamento de informações, administração
de contas a receber ou a pagar e em geral, relacionados a
operações de faturização (factoring).
17.24 – Apresentação de palestras, conferências, seminários e
congêneres.
17.25 - Inserção de textos, desenhos e outros materiais de
propaganda e publicidade, em qualquer meio (exceto em livros,
jornais, periódicos e nas modalidades de serviços de radiodifusão
sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita).
(Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)

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18 – Serviços de regulação de sinistros vinculados a


contratos de seguros; inspeção e avaliação de riscos para
cobertura de contratos de seguros; prevenção e gerência
de riscos seguráveis e congêneres.
18.01 - Serviços de regulação de sinistros vinculados a contratos
de seguros; inspeção e avaliação de riscos para cobertura de
contratos de seguros; prevenção e gerência de riscos seguráveis e
congêneres.

19 – Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais


produtos de loteria, bingos, cartões, pules ou cupons de
apostas, sorteios, prêmios, inclusive os decorrentes de
títulos de capitalização e congêneres.
19.01 - Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais
produtos de loteria, bingos, cartões, pules ou cupons de apostas,
sorteios, prêmios, inclusive os decorrentes de títulos de
capitalização e congêneres.

20 – Serviços portuários, aeroportuários, ferroportuários,


de terminais rodoviários, ferroviários e metroviários.
20.01 – Serviços portuários, ferroportuários, utilização de porto,
movimentação de passageiros, reboque de embarcações,
rebocador escoteiro, atracação, desatracação, serviços de
praticagem, capatazia, armazenagem de qualquer natureza,
serviços acessórios, movimentação de mercadorias, serviços de
apoio marítimo, de movimentação ao largo, serviços de
armadores, estiva, conferência, logística e congêneres.
20.02 – Serviços aeroportuários, utilização de aeroporto,
movimentação de passageiros, armazenagem de qualquer
natureza, capatazia, movimentação de aeronaves, serviços de
apoio aeroportuários, serviços acessórios, movimentação de
mercadorias, logística e congêneres.
20.03 – Serviços de terminais rodoviários, ferroviários,
metroviários, movimentação de passageiros, mercadorias,
inclusive suas operações, logística e congêneres.

21 – Serviços de registros públicos, cartorários e notariais.


21.01 - Serviços de registros públicos, cartorários e notariais.

22 – Serviços de exploração de rodovia.

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22.01 – Serviços de exploração de rodovia mediante cobrança de


preço ou pedágio dos usuários, envolvendo execução de serviços
de conservação, manutenção, melhoramentos para adequação de
capacidade e segurança de trânsito, operação, monitoração,
assistência aos usuários e outros serviços definidos em contratos,
atos de concessão ou de permissão ou em normas oficiais.

23 – Serviços de programação e comunicação visual,


desenho industrial e congêneres.
23.01 – Serviços de programação e comunicação visual, desenho
industrial e congêneres.

24 – Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placas,


sinalização visual, banners, adesivos e congêneres.
24.01 - Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placas,
sinalização visual, banners, adesivos e congêneres.

25 - Serviços funerários.
25.01 – Funerais, inclusive fornecimento de caixão, urna ou
esquifes; aluguel de capela; transporte do corpo cadavérico;
fornecimento de flores, coroas e outros paramentos;
desembaraço de certidão de óbito; fornecimento de véu, essa e
outros adornos; embalsamento, embelezamento, conservação ou
restauração de cadáveres.
25.02 – Cremação de corpos e partes de corpos cadavéricos.
25.02 - Translado intramunicipal e cremação de corpos e partes
de corpos cadavéricos. (Redação dada pela Lei Complementar nº
157, de 2016)
* observe que o “traslado” passa a ser tributado no item 16.02
25.03 – Planos ou convênio funerários.
25.04 – Manutenção e conservação de jazigos e cemitérios.
25.05 - Cessão de uso de espaços em cemitérios para
sepultamento. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)

26 – Serviços de coleta, remessa ou entrega de


correspondências, documentos, objetos, bens ou valores,
inclusive pelos correios e suas agências franqueadas;
courrier e congêneres.
26.01 – Serviços de coleta, remessa ou entrega de
correspondências, documentos, objetos, bens ou valores, inclusive

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pelos correios e suas agências franqueadas; courrier e


congêneres.

27 – Serviços de assistência social.


27.01 – Serviços de assistência social.

28 – Serviços de avaliação de bens e serviços de qualquer


natureza.
28.01 – Serviços de avaliação de bens e serviços de qualquer
natureza.

29 – Serviços de biblioteconomia.
29.01 – Serviços de biblioteconomia.

30 – Serviços de biologia, biotecnologia e química.


30.01 – Serviços de biologia, biotecnologia e química.

31 – Serviços técnicos em edificações, eletrônica,


eletrotécnica, mecânica, telecomunicações e congêneres.
31.01 - Serviços técnicos em edificações, eletrônica, eletrotécnica,
mecânica, telecomunicações e congêneres.

32 – Serviços de desenhos técnicos.


32.01 - Serviços de desenhos técnicos.

33 – Serviços de desembaraço aduaneiro, comissários,


despachantes e congêneres.
33.01 - Serviços de desembaraço aduaneiro, comissários,
despachantes e congêneres.

34 – Serviços de investigações particulares, detetives e


congêneres.
34.01 - Serviços de investigações particulares, detetives e
congêneres.

35 – Serviços de reportagem, assessoria de imprensa,

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jornalismo e relações públicas.


35.01 - Serviços de reportagem, assessoria de imprensa,
jornalismo e relações públicas.

36 – Serviços de meteorologia.
36.01 – Serviços de meteorologia.

37 – Serviços de artistas, atletas, modelos e manequins.


37.01 - Serviços de artistas, atletas, modelos e manequins.

38 – Serviços de museologia.
38.01 – Serviços de museologia.

39 – Serviços de ourivesaria e lapidação.


39.01 - Serviços de ourivesaria e lapidação (quando o material
for fornecido pelo tomador do serviço).

40 – Serviços relativos a obras de arte sob encomenda.


40.01 - Obras de arte sob encomenda.

Obviamente, para fins de concurso, não é necessário memorizar todos os


itens (e subitens) da lista! Basta memorizar aqueles que constituem exceções
às regras gerais, com relação ao local da prestação, com relação ao sujeito
passivo (se há ou não substituição tributária), com relação à base de cálculo,
alíquotas etc. Vale também memorizar os itens acrescentados pela LC
157/2016.

Vamos repetir:
ATENÇÃO! Basta memorizar aqueles que constituem exceções às regras
gerais, com relação ao local da prestação, com relação ao sujeito passivo (se
há ou não substituição tributária), com relação à base de cálculo, alíquotas
etc.

A doutrina e a jurisprudência entendem que a lista de serviços é taxativa


(numerus clausus), ou seja, não admite a incidência do ISS sobre quaisquer
outros serviços que não os expressamente previstos na Lei. No entanto, o
legislador amenizou essa taxatividade ao utilizar-se de expressões como
“congêneres”, “em geral” ou “de qualquer natureza” (note quantas vezes elas

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foram destacadas no texto da lei). Desse modo, acaba-se admitindo a inclusão


de serviços na lista por interpretação extensiva (ou analógica).
Note-se que admitir interpretação extensiva (ou analógica) é diferente de
utilizar a analogia para exigir tributo não previsto em lei (o que seria vedado
pelo CTN, art. 108, §1º). Os serviços “congêneres” são serviços correlatos
àqueles expressamente previstos na lista da LC 116/03 e, portanto, já
dispõem de previsão legal para sua exigência.

A lista de serviços da LC 116/03 é dividida em 40 itens, subdivididos, por


sua vez, em um ou mais subitens. Façamos, então, alguns comentários a
respeito de alguns itens (e subitens) da lista de serviços:
• O subitem 1.05, correspondente ao licenciamento ou cessão de
direito de uso de programas de computação não é um item
pacífico. O programa de computador (software) não é considerado
mercadoria. Portanto, o usuário não compra o software, mas adquire a
licença do direito de uso. Há doutrina e jurisprudência no sentido de
que, sobre os chamados softwares “de prateleira” (disponibilizados ao
consumidor sem qualquer customização), incide somente o ICMS.
Caso o software seja elaborado especificamente para o tomador do
serviço, há incidência somente do ISS (enquadrado no subitem 1.04).

Literalidade exarada pelo STJ: “Os   programas   de   computação,   feitos   por  


empresas   em   larga   escala   e   de   maneira   uniforme   são   mercadorias   de   livre  
comercialização  no  mercado  passíveis  de  incidência  do  ICMS.  Já  os  programas  elaborados  
especialmente   para   certo   usuário   exprimem   verdadeira   prestação   de   serviço   sujeita   a  
ISS”.  

É útil saber: O convênio ICMS 181, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2015


autorizou alguns estados a oferecer redução de base de cálculo de modo
que a carga tributária corresponda ao percentual de, no mínimo, 5%
(cinco por cento) do valor da operação.

• O subitem 3.01 correspondia à locação de bens móveis e foi vetado,


pois o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que o ISS é um
imposto sobre serviços. Num contrato de locação, a obrigação é de
“dar”, não de “fazer”. Portanto, a locação de bens móveis não consistiria
numa prestação de serviços, não estando sujeita à incidência do
ISS.
Além disso, o STF editou a súmula vinculante com a seguinte redação:
“É inconstitucional a incidência do imposto sobre serviços de qualquer natureza -
ISS sobre operações de locação de bens móveis”.
• O subitem 3.04 (locação, sublocação, arrendamento, direito de
passagem ou permissão de uso, compartilhado ou não, de ferrovia,
rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza) segue a
mesma linha do subitem 3.01. Já há uma ADIn tramitando com o intuito
de que este subitem seja declarado inconstitucional, pelas mesmas
razões do subitem 3.01.

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• No subitem 3.03, o termo “escritórios virtuais” se refere aos


escritórios (dispondo de mesas de trabalho, salas de reunião, auditórios,
estacionamento, toda a infra-estrutura de comunicação e informática, e
às vezes até de serviços de secretaria) que podem ser alugados por
empresas ou profissionais autônomos para a realização de reuniões,
negociações ou como ponto de apoio para profissionais que estejam fora
da sede.
• Observem a relação entre os subitens 4.02 (análises clínicas,
patologia, eletricidade médica, radioterapia, quimioterapia, ultra-
sonografia, ressonância magnética, radiologia, tomografia e
congêneres) e 4.20 (coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e
materiais biológicos de qualquer espécie). Podem ser considerados dois
serviços distintos, caso sua prestação seja fracionada entre dois
prestadores ou realizadas em municípios diferentes. É cada vez mais
comum os grandes laboratórios centralizarem as análises dos materiais
coletados em uma única unidade, situada em determinado município,
enquanto mantém vários postos de coleta distribuídos pelos municípios
circunvizinhos. Dessa maneira, consegue aumentar o alcance de seus
serviços ao mesmo tempo em que racionaliza o investimento
(geralmente elevado) em equipamentos de análise (todos concentrados
numa única unidade), diminuindo o tempo ocioso desses aparelhos.
• Os subitens 7.14 e 7.15, que correspondiam a serviços de saneamento
ambiental, inclusive purificação, tratamento, esgotamento
sanitários e congêneres, bem como sobre serviços de tratamento e
purificação de água, foram vetados por se entender que não
atendiam ao interesse público. A tributação poderia comprometer a
universalização do acesso a tais serviços básicos.
• Nos subitens 8.01 e 8.02, obviamente, bem como no subitem 27.01, o
ISS só incide nos serviços prestados por entidades que não se
enquadrem nos requisitos do art. 14 do CTN. Isto é, o ISS só incide
sobre os serviços prestados por aquelas entidades de educação e
assistência social com fins lucrativos. As entidades de educação e
assistência social sem fins lucrativos possuem imunidade
constitucional relativa a impostos sobre seu patrimônio, renda e
serviços relacionados a suas finalidades essenciais.
• No subitem 8.2, os termos “instrução” e “treinamento” abrangem todos
os tipos de cursos livres (de línguas estrangeiras, de informática, de
reforço, auto-escolas etc.).
• O item 10 refere-se aos mais diversos serviços de agenciamento,
corretagem e intermediação. Obviamente, o ISS só incide sobre as
comissões pagas a título de agenciamento, corretagem e
intermediação. Por exemplo, numa contratação de seguro de automóvel
realizado por meio de uma corretora de seguros (prevista no subitem
10.01), o ISS incidirá somente sobre o valor pago a título de
corretagem, não incidindo sobre os valores pagos a título de prêmio
(que ficam sujeitos ao IOF).
• No subitem 12.06, a expressão “taxi-dancing” denomina um tipo de
serviço, hoje bastante raro, encontrado em bailes de dança. O
profissional “taxi-dancer” (em geral, mulher) encontrava-se disponível

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no salão de dança e podia ser convidado para dançar (a dois) por


qualquer cliente. Tal profissional era remunerado pela quantidade de
danças executadas.
• O subitem 13.01 (que se referia à produção, gravação, edição,
legendagem e distribuição de filmes, video-tapes, discos, fitas
cassete, compact disc, digital video disc e congêneres) foi vetado.
O Presidente entendeu que o subitem colocava na incidência do ISS a
gravação e distribuição de filmes, já sujeitas à incidência do ICMS.
Contudo, na hipótese de prestação individualizada do serviço de
gravação de filmes com o fornecimento de mercadorias, isto é,
quando feita por solicitação de outrem ou por encomenda, prevalece,
nesse caso a incidência do ISS.
• O subitem 15.09, referente ao arrendamento mercantil (leasing) é mais
um dos itens polêmicos da lista, objeto de longa batalha judicial
entre o fisco (que cobra o ISS embasado na previsão legal) e os
contribuintes (que alegam a inconstitucionalidade dessa previsão, pois
não querem ser tributados). Atualmente, o STF se posiciona a favor da
constitucionalidade da incidência de ISS sobre os serviços de leasing.
Mas, cuidado: há espécies de leasing que se aparentam ao contrato de
aluguel ou arrendamento, e não se confundem com prestação de
serviço. O tema será discutido de modo aprofundado na próxima aula.
• O subitem 16.01, em princípio, abarca todas as modalidades de
transporte coletivo intramunicipal. Muitos municípios concedem
isenção para esse serviço, tendo em vista o interesse público envolvido.
O antigo item 16 foi dividido de modo a permitir que o 16.01
(transportes coletivos) pudesse ter alíquotas inferiores a 2%, mantendo
a alíquota mínima aos serviços de transportes não coletivos (16.02).
• O subitem 17.07, relativo à prestação de serviços de veiculação e
divulgação de textos, desenhos e outros materiais de
propaganda e publicidade, por qualquer meio foi vetado. O
Presidente da República entendeu que o dispositivo, por sua
generalidade, permitiria, no limite, a incidência do ISS sobre, por
exemplo, mídia impressa, que goza de imunidade constitucional.
• O subitem 17.08 (serviços de franquia – franchising) é mais um item
polêmico da lista. Da mesma maneira que no caso do leasing, também é
objeto de longa batalha judicial entre o fisco e os contribuintes. Além
disso, a jurisprudência está longe de ter um posicionamento unânime,
ou sequer, majoritário. Há várias decisões nos dois sentidos. Enquanto
não se pacifica nenhum entendimento, o fisco segue cobrando o ISS
sobre os serviços de franquia. Vale observar que o ISS incide somente
sobre as taxas e comissões pagas pelo franqueado ao franqueador,
pelo uso do modelo franqueado, e não sobre o faturamento bruto do
franqueado. Sobre o tema, o STF recentemente reconheceu a existência
de repercursão geral. Vamos esperar a decisão da Suprema Corte.
• O subitem 18.01 prevê a incidência do ISS sobre os serviços auxiliares
relacionados a contratos de seguros: regulação de sinistros
vinculados a contratos de seguros; inspeção e avaliação de riscos
para cobertura de contratos de seguros; prevenção e gerência de
riscos seguráveis e congêneres. Dessa maneira, o ISS incide sobre

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esses serviços prestados às companhias seguradoras por outras


empresas, não sobre os contratos de seguro, sujeitos ao IOF.
• O subitem 21.01 (serviços de registros públicos, cartorários e
notariais) não deveria ser um item polêmico, mas é. Mesmo tendo o
STF decidido, em fevereiro de 2008, que é constitucional a incidência de
ISS sobre as atividades notariais e registrais, muitos titulares de
cartórios passaram “um tempão” se recusando a recolher o imposto. Em
um momento intermediário, eles tentaram ser reconhecidos como
profissionais autônomos, mas “não colou”. O cartorário não consegue
prestar seus serviços sem uma verdadeira estrutura empresarial,
motivo pelo qual deve ser tributado no Regime Geral de Tributação (é o
tradicional [Base de Cálculo]x[Alíquota]).
• O subitem 26.01, que abrange os serviços de coleta, remessa ou
entrega de correspondências, documentos, objetos, bens ou
valores, inclusive pelos correios e suas agências franqueadas,
courrier e congêneres, é mais um item polêmico, por conta da inclusão
dos Correios na lista. Os Correios alegaram (durante anos) que têm
direito ao benefício da imunidade recíproca, por serem uma empresa
pública (com todo o capital pertencente à União) prestando um serviço
público. Tal imunidade foi reconhecida pelo STF em sede do RE
601392.

Aproveitando a deixa, comentemos o §3º do artigo 1º da LC 116/03. Esse


dispositivo determina que o ISS incide sobre os serviços prestados
mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados
economicamente mediante autorização, permissão ou concessão, com o
pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço. Logo,
estariam contemplados aqui os serviços notariais e registrais (cartórios –
subitem 21.01), de exploração de rodovias (pedágio - subitem 22.01), de
transporte municipal (ônibus e metrô, por exemplo – subitem 16.01) etc.,
quando explorados por particulares por meio de delegação do Poder Público.

O §2º do artigo 1º disciplina um ponto da maior importância: a relação


entre o ISS e o ICMS, especialmente nos casos em que serviços são
fornecidos juntamente com mercadorias. Esse dispositivo estabelece que,
ressalvadas as exceções expressas na lista, os serviços nela mencionados
não ficam sujeitos ao ICMS, ainda que sua prestação envolva
fornecimento de mercadorias.
Para entender melhor a regra geral, imaginemos a seguinte situação:
prestação de serviços de funerais (subitem 25.01). Conforme expresso na
própria LC 116/03, o fornecimento de caixão, urna ou esquifes, de flores,
coroas e outros paramentos, e de véu, essa e outros adornos ficam sujeitos
somente à incidência do ISS.
Outro exemplo de situação para ilustrar a regra geral: prestação de
serviços de pronto-socorro (subitem 4.03). O fornecimento de remédios e
curativos, por exemplo, ficam sujeitos somente ao ISS (a medicação faz parte
da prestação de serviços).
Há cinco ressalvas previstas na lista de serviços da LC 116/03, que são:

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• Subitem 7.02 – Execução, por administração, empreitada ou


subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica
e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de
poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação,
concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e
equipamentos.
Nesse caso, o fornecimento de mercadorias produzidas pelo
prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços fica
sujeito ao ICMS.
EXEMPLO
Imagine o fornecimento, por parte do prestador, de lajes pré-
moldadas, produzidas fora do local da prestação dos serviços de
construção civil (que é o local da obra). Nessa hipótese, as lajes
estariam sujeitas ao ICMS, enquanto a mão-de-obra estaria sujeita ao
ISS.
Caso as lajes fossem produzidas no próprio local da obra, fiaria tudo
sujeito à incidência do ISS.

• Subitem 7.05 – Reparação, conservação e reforma de edifícios,


estradas, pontes, portos e congêneres.
Nesse caso, da mesma forma que o anterior, o fornecimento de
mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da
prestação dos serviços, fica sujeito ao ICMS.

• Subitem 14.01 – Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e


recarga, conserto, restauração, blindagem, manutenção e
conservação de máquinas, veículos, aparelhos, equipamentos, motores,
elevadores ou de qualquer objeto.
Nesse caso, as peças e partes empregadas ficam sujeitas ao ICMS.
EXEMPLO
Quando do conserto ou revisão de um automóvel, as autopeças
fornecidas pela própria oficina ficam sujeitas ao ICMS, enquanto a mão-
de-obra (e materiais consumíveis, como óleo e outros fluidos) fica
sujeita ao ISS.
Caso as autopeças sejam fornecidas pelo próprio destinatário do
serviço, a oficina não precisa, obviamente, recolher o ICMS sobre elas
incidente, uma vez que ele já foi recolhido quando da compra pelo
destinatário.

• Subitem 14.03 – Recondicionamento de motores.


Nesse caso, da mesma forma que o anterior, as peças e partes
empregadas ficam sujeitas ao ICMS (sujeito à emissão de duas notas
fiscais, uma do município e outra do estado).

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• Subitem 17.11 – Organização de festas e recepções; bufê.


Nesse caso, o fornecimento de alimentação e bebidas fica
sujeito ao ICMS.
EXEMPLO
Numa festa de casamento, no valor cobrado pela empresa que
organiza a festa deve ser identificado o que corresponde aos serviços
(utilização do salão de festas, decoração, garçons, manobristas etc.),
que fica sujeito ao ISS, e o que corresponde ao fornecimento de
alimentação e bebidas, que fica sujeito ao ICMS.
Obviamente, se o tomador do serviço (dono da festa) ficar
encarregado de levar as bebidas, sobre elas não incidirá o ICMS.

Ainda sobre a relação entre ISS e ICMS, vale a pena destacar quatro
situações especiais, nas quais a condição para que incida somente o ISS é
que o serviço seja prestado com o material fornecido pelo tomador do
serviço:
• Subitem 7.06 – Colocação e instalação de tapetes, carpetes,
assoalhos, cortinas, revestimentos de parede, vidros, divisórias,
placas de gesso e congêneres.
• Subitem 14.06 – Instalação e montagem de aparelhos, máquinas e
equipamentos, inclusive montagem industrial, prestados ao usuário
final. Outra condição necessária é que o serviço seja prestado ao
usuário final, não podendo se configurar como uma etapa de
industrialização (ou estaria sujeito ao IPI, não ao ISS).
• Subitem 14.09 – Alfaiataria e costura, prestados ao usuário final.
Nesse caso, o alfaiate e a costureira podem fornecer o aviamento
(botões, elástico, linha etc.), que mesmo assim será considerado
prestação de serviços sujeita ao ISS. Outra condição necessária é que o
serviço seja prestado ao usuário final, não podendo se configurar como
uma etapa de industrialização (ou estaria sujeito ao IPI, não ao ISS).
• Subitem 39.01 - Serviços de ourivesaria e lapidação.

Caso os serviços acima sejam prestados com material fornecido pelo


próprio prestador, não se enquadram na lista de serviços da LC 116/03.
Logo, tanto serviços quanto materiais estariam sujeitos ao ICMS.

Por fim, um último comentário merece ser feito a respeito da relação entre
ISS e ICMS, a respeito do subitem 9.01 da lista de serviços (hospedagem
de qualquer natureza em hotéis, apart-service condominiais, flat, apart-
hotéis, hotéis residência, residence-service, suite service, hotelaria marítima,
motéis, pensões e congêneres; ocupação por temporada com fornecimento de
serviço).
Nos serviços de hospedagem, quando o valor da alimentação e gorjeta é
incluído no preço da diária (como nos sistemas de “pensão completa” ou
all-inclusive, em que o hóspede, ao pagar a diária, pode fazer as refeições à
vontade no restaurante do hotel), fica sujeito somente ao ISS. Quando são

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cobrados à parte, sobre a hospedagem incide ISS e sobre a alimentação e


gorjeta incide ICMS.

ATENÇÃO! Por falar em alimentação, vale lembrar que o fornecimento de


alimentação e bebidas em bares, restaurantes, lanchonetes e
estabelecimentos semelhantes (inclusive os “famosos” 10% de serviços de
garçom) é sujeito somente ao ICMS, pois é considerado circulação de
mercadorias, não prestação de serviços.

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Em resumo, quanto à relação entre ISS e ICMS, teríamos quatro


situações possíveis:
1. Serviços sujeitos à incidência do ICMS (transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação):
SERVIÇOS + MERCADORIAS è ICMS

2. Serviços sujeitos à incidência do ISS, sem ressalvas: regra geral!

SERVIÇOS + MERCADORIAS è ISS

3. Serviços sujeitos à incidência do ISS, com ressalvas:


subitem 7.02 – execução de obras de construção civil, hidráulica e
elétrica;
subitem 7.05 - Reparação, conservação e reforma de edifícios,
estradas, pontes, portos e congêneres;
subitem 14.01 - Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e
recarga, conserto, restauração, blindagem, manutenção e
conservação de máquinas, veículos, aparelhos, equipamentos,
motores, elevadores ou de qualquer objeto;
subitem 14.03 - Recondicionamento de motores;
subitem 17.11 - Organização de festas e recepções; bufê.

SERVIÇOS è ISS
MERCADORIAS è ICMS

4. Serviços não sujeitos ao ISS, seja por não estarem na lista, seja por
não atenderem às condições da lista, como pode ocorrer com:
subitem 7.06 – Colocação e instalação de tapetes, carpetes,
assoalhos, cortinas, revestimentos de parede, vidros, divisórias,
placas de gesso e congêneres.
subitem 14.06 – Instalação e montagem de aparelhos, máquinas e
equipamentos, inclusive montagem industrial, prestados ao usuário
final.
subitem 14.09 – Alfaiataria e costura, prestados ao usuário final.
subitem 39.01 - Serviços de ourivesaria e lapidação.

SERVIÇOS + MERCADORIAS è ICMS

Para encerrar a análise dos dispositivos da LC 116/03 que tratam de fato


gerador e incidência do ISS, vejamos o que diz o §1º do art. 1º. De acordo

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com o dispositivo, o ISS incide também sobre o serviço proveniente do


exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País.
Trata-se de uma medida que procura equilibrar a competição entre
prestadores de serviço localizados no país e aqueles estabelecidos no
estrangeiro.
Como, via de regra, considera-se como local da prestação o local do
estabelecimento prestador, os prestadores de serviço estabelecidos fora do
País não se sujeitariam ao ISS, e seus custos seriam menores. Assim, seriam
capazes de cobrar preços menores do que os prestadores localizados no país
(que teriam de arcar com o ônus do ISS). Para evitar esse desequilíbrio na
concorrência, a LC 116/03 determina que, mesmo proveniente ou iniciada fora
do País, a prestação de serviços sofre a incidência do ISS. Nesses casos, o
sujeito passivo, como responsável tributário, é o tomador ou intermediário do
serviço (como veremos mais adiante).

2.1.1  Alterações  na  lista  de  serviços  trazidas  pela  LC  157/2016    

Em dezembro de 2016, foi publicada a LC 157/2016 que, entre outras


disposições inseriu e expandiu itens na lista de serviços. É provável que esses
itens apareçam em sua prova, uma vez que o examinador procura verificar se
o candidato está antenado com o que acontece no mundo jurídico.
Na grande maioria, são serviços que já entendíamos se sujeitar ao ISS,
mas que por falta de literalidade, os advogados argumentavam no sentido de
que a lista de serviços é taxativa (em respeito ao princípio da legalidade) e
que eles não poderiam se sujeitar ao ISS por falta de previsão legal.
Esses serviços precisarão de um cuidado especial na sua prova:
1. Se eles surgirem na prova objetiva (de testes): sua resposta
será sempre literal, assumindo que a LC 157/2016 trouxe novas
hipóteses de incidência.
2. Se eles surgirem na prova dissertativa (escrita): você deverá
mostrar senso crítico e, na maioria da situações, apontar que a

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LC157/2016, ao modificar a LC 116/2003, apenas detalhou


incidências que já existiam. Isso será adequadamente analisado
abaixo.

Com essas novas redações, os entendimentos se pacificam para Fatos


Geradores futuros. Mas ficam mantidas brigas em relação a processos de
restituição que ainda podem ser apresentados e em relação às cobranças
anteriores que podem ser impugnadas ou contestadas.
Por isso, vejamos as alterações: As partes escritas em azul correspondem
às redações originais quando apenas modificadas.

1.03 - Processamento, armazenamento ou hospedagem de


dados, textos, imagens, vídeos, páginas eletrônicas, aplicativos
e sistemas de informação, entre outros formatos, e
congêneres.

O item 1.03, na verdade, apenas veio esclarecer o entendimento que já


era considerado vigente pelo fisco, mas combatido pela advocacia. O termo
“processamento” já englobava armazenamento e hospedagem.
Adicionalmente, “dados” já envolvia os conceitos de “textos, imagens, vídeos,
páginas eletrônicas, aplicativos e sistemas de informação, entre outros
formatos”.
1.04 - Elaboração de programas de computadores,
inclusive de jogos eletrônicos, independentemente da
arquitetura construtiva da máquina em que o programa será
executado, incluindo tablets, smartphones e congêneres.

O item 1.04, que também esclarece nosso posicionamento antigo, explica


que “tablets”, “smartphones” e congêneres são tipos de computadores. Assim,
a elaboração de um aplicativo de “Android” ou “iOS” vai se submeter à
incidência do ISS nesse item.
1.09 - Disponibilização, sem cessão definitiva, de
conteúdos de áudio, vídeo, imagem e texto por meio da
internet, respeitada a imunidade de livros, jornais e periódicos
(exceto a distribuição de conteúdos pelas prestadoras de
Serviço de Acesso Condicionado, de que trata a Lei no 12.485,
de 12 de setembro de 2011, sujeita ao ICMS).

O item 1.09 é inteiro novo refere-se aos serviços, por exemplo, do NetFlix
e do Spotify. Até a sua inclusão na lista de serviços, consistia em uma
verdadeira dúvida: era um serviço de comunicação, submetido ao ICMS, ou
era um serviço.
Sempre entendemos ser um serviço, que se enquadraria em outro item. O
posicionamento agora foi ratificado pela LC 157/2016, com a criação de item
específico.

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Mesmo depois da LC 157/2016, ainda há alguns estados da federação


brigando pela arrecadação desse item. Mas entendemos que não há mais
qualquer dúvida.

6.06 - Aplicação de tatuagens, piercings e congêneres.

Assim como o item anterior, é serviço que já entendíamos enquadrável em


“congênere” do item 6.

7.16 - Florestamento, reflorestamento, semeadura,


adubação, reparação de solo, plantio, silagem, colheita, corte e
descascamento de árvores, silvicultura, exploração florestal e
dos serviços congêneres indissociáveis da formação,
manutenção e colheita de florestas, para quaisquer fins e por
quaisquer meios.
Observamos novamente a necessidade de explicitar, por meio da lista de
serviços, algumas atividades congêneres aos serviços de florestamento,
reflorestamento, semeadura e adubação.
Em sua expressão econômica, as novas atividades já seriam consideradas
serviços enquadrados no item 7.16, mas a interpretação meramente jurídica,
“numerus clausus” (restritiva, literal ou taxativa) trouxe a necessidade de
detalhamento para afastar determinadas discussões.

11.02 - Vigilância, segurança ou monitoramento de bens,


pessoas e semoventes.

Semoventes (animais de bando que constituem patrimônio) são e sempre


serão considerados bens. Ou seja, o antigo item de “vigilância de bens” já
incluía os semoventes na interpretação fiscal.
A novidade incluída pela LC 157/2016 veio apenas arrefecer discussões.
Não preciso te dizer que advogados criam mil teses mirabolantes para
defender que semoventes não são bens, afastando a incidência do ISS.

13.05 - Composição gráfica, inclusive confecção de


impressos gráficos, fotocomposição, clicheria, zincografia,
litografia e fotolitografia, exceto se destinados a posterior
operação de comercialização ou industrialização, ainda que
incorporados, de qualquer forma, a outra mercadoria que
deva ser objeto de posterior circulação, tais como bulas,
rótulos, etiquetas, caixas, cartuchos, embalagens e manuais
técnicos e de instrução, quando ficarão sujeitos ao ICMS.

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Aqui, devemos dar um pouquinho mais de atenção. Não pela adição de


confecção de impressos gráficos ou pela fotolitografia, mas pela segunda
parte.
Em recentes julgados (principalmente a partir de 2011 até os dias atuais),
o STF passou a considerar que a industrialização por encomenda,
principalmente quando os insumos são fornecidos pelo próprio prestador do
serviço, se sujeitam ao ICMS, e não ao ISS.
Na hipótese em que a matéria prima é fornecida pelo tomador de serviço,
o entendimento tradicional é de incidência do ISS. Contudo, a jurisprudência
perdeu firmeza o item 13.05.
Nessa situação específica, relativa ao item 13.05, a situação se firmou por
completo com a publicação da LC 157/2016, hipótese em que a incidência do
ICMS (em detrimento do ISS) não mais dependerá da observância de quem
fornece os insumos.
O item 13.05 merece um resumo:
Hipótese de Incidência genérica (do ISS) à Serviços de Composição gráfica, inclusive
confecção de impressos gráficos, fotocomposição, clicheria, zincografia, litografia e
fotolitografia.
O ICMS incidirá no lugar do ISS o produto for destinado a posterior operação de
comercialização ou industrialização ou se for incorporado posteriormente a outra
mercadoria que deva ser objeto de posterior circulação.

14.05 - Restauração, recondicionamento,


acondicionamento, pintura, beneficiamento, lavagem,
secagem, tingimento, galvanoplastia, anodização, corte,
recorte, plastificação, costura, acabamento, polimento e
congêneres de objetos quaisquer.

O item 14.05 faz parte do conjuntos de itens que foi modificado sem
realmente mudar seu alcance. Não havia dúvidas da incidência do ISS sobre
costuras e acabamentos, mas logicamente havia a tentativa, por parte de
advogados tributaristas, de desqualificar as atividades de costura e de
acabamento do enquadramento óbvio em restauração, recondicionamento,
beneficiamento ou em congêneres.

14.14 - Guincho intramunicipal, guindaste e içamento.

O item 14.14 trata de itens também comuns, que referem-se a hipóteses


que já enquadrávamos em outros itens.
Inclusive, antes da LC 157/2016, respondi formalmente em sede de
Processo de Consulta que “guincho intramunicipal” era serviço de transporte,
sujeito ao ISS. O guincho intermunicipal, por sua vez, se sujeitaria ao ICMS.
Eu também respondi oficialmente que o serviço de içamento fazia parte do
serviço de construção civil, compondo a base de cálculo do seu ISS.

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Quando da edição súmula vinculante no 31, surgiu uma corrente que


entendia (ou forçava o entendimento) de que guindastes e içamento seriam
locação de bens móveis, ou seja, fora da incidência do ISS.
Contudo, alugar um guindaste é muito diferente de alugar um automóvel.
Quando você aluga um automóvel, é possível sair dirigindo, basta devolver
nas mesmas condições. Em contrapartida, guindaste e içamento são serviços:
eu não conseguiria operar um guindaste, então não pode ser locação. Paga-se,
na verdade, pelo serviço executado pelo guindaste e guindasteiro.
Sobre as atividades de guindaste e içamento entendíamos que, de acordo
com o contexto da execução, poderiam faz parte dos serviços de construção
civil.

16.01 - Serviços de transporte coletivo municipal


rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros.
16.02 - Outros serviços de transporte de natureza
municipal.

Antes da publicação da LC 157/2016, havia apenas o item 16.01 com a


redação: “Serviços de transporte de natureza municipal”. Com a nova
redação, a Lei separou os transportes coletivos das outras espécies.
MOTIVO: A LC 116 passou a separar os transportes coletivos dos outros
porque, nesse caso, o novo artigo 8o-A permitiu o estabelecimento de
alíquotas mínimas inferiores a 2% no caso de transportes coletivos.
Então, quando tratamos de transportes coletivos, a alíquota pode ser
inferior a 2%. Em outros transportes, a alíquota mínima é de 2%.

17.25 - Inserção de textos, desenhos e outros materiais de


propaganda e publicidade, em qualquer meio (exceto em
livros, jornais, periódicos e nas modalidades de serviços de
radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e
gratuita).
Em sede de solução de consulta, cheguei a defender que a inserção de
propagandas em quaisquer meios” se submetia ao ISS no item 17.06.
Tratava-se de posicionamento adequado para o concurso de auditor fiscal e de
procurador. Mas combatido pela advocacia tributária.
Com a publicação criação do código 17.25 pela LC 157/2016, as dúvidas
foram todas afastadas (mantidas as “brigas” para Fatos Geradores anteriores).

25.02 - Translado intramunicipal e cremação de corpos e


partes de corpos cadavéricos.

O código 25.02 ganhou o “translado intramunicipal” na redação.

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Trata-se de modificação que inicialmente me pareceu desnecessária, uma


vez que por simples interpretação constitucional, fica clara a incidência do ISS
no subitem 16.02, de transporte municipal, ainda que o objeto transportado
for um cadáver.
Trata-se de mera facilitação para que a lei municipal diferencie as
alíquotas (e para afastar discussões).

25.05 - Cessão de uso de espaços em cemitérios para


sepultamento.

A cessão de uso em espaço de cemitério sempre foi um problema de


interpretação. É aluguel? É contrato de compra e venda? Agora sabemos que é
serviço. E, de fato, não se compra ou aluga um espaço em cemitério sem as
atividades humanas envolvidas de construção de estrutura subterrânea,
manutenção, colocação de corpos e retirada de ossadas (exumação). A LC
157/2016 esclareceu o assunto.

........

Futuro Colega,
Terminamos a aula demonstrativa. O objetivo foi te mostrar como a
legislação tributária será desenvolvida, de modo que você adquira todos os
subsídios necessários para passar no seu concurso sem maiores dores de
cabeça.
O ideal é que você leia atentamente o PDF, assista aos vídeos e invista
muita atenção nos exercícios.
Ahhh.... Antes que me perguntem, coloquei exercícios diferentes no PDF e
nos vídeos. Então, mãos à obra, pois você tem muito material para estudar e
sairá daqui pronto para a aprovação.
A próxima aula trata da totalidade da parte geral do ISS. Portanto, se você
estudou esta aula “demo” direitinho, você poderá iniciar a próxima aula no
tema NÃO INCIDÊNCIA.

Até a parte específica!


Abraços a todos e bons estudos!
Marcelo Tannuri

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Exercícios Propostos sobre ISS

1. Você   estará   pronto(a)   para   resolver   os   exercícios   abaixo   depois   de   estudar   o   material  
completo  sobre  ISS  (inclusive  a  próxima  aula);  
2. O  único  critério  de  escolha  dos  exercícios  do  curso  em  PDF  foi  didática,  isso  faz  com  que  o  
material   contenha   exercícios   um   pouco   mais   antigos,   mas   perfeitamente   atualizados   (e  
adaptados  quando  necessário);  
3. Os   exercícios   do   curso   em   vídeo   foram   escolhidos   entre   as   últimas   provas   de   concursos  
públicos,  trazendo  as  últimas  tendências;  
4. É  importante  que  você  realmente  resolva  e  estude  os  exercícios  de  ambos  os  materiais.  
Desta  forma,  tenho  certeza  de  que  você  estará  em  ótimas  condições  para  a  sua  prova.  

1. (CETRO / AFT Campinas – SP / 2011 – adaptada) De acordo com a Lei


Complementar nº 116/2003 que dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de
Qualquer Natureza (ISSQN), assinale a alternativa correta.
(A) O imposto incide sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja
prestação lá se tenha iniciado.
(B) Ressalvadas as exceções, os serviços mencionados na Lista de Serviços
anexa à Lei nº 12.392/2005, ficam sujeitos ao Imposto Sobre Operações
Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), ainda que sua
prestação envolva fornecimento de mercadorias.
(C) O imposto incide sobre os serviços prestados mediante a utilização de
bens e serviços públicos ou privados explorados economicamente mediante
autorização, permissão ou concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou
pedágio pelo usuário final do serviço.
(D) Ressalvadas as exceções, os serviços mencionados na Lista de Serviços
anexa à Lei nº 12.392/2005, não ficam sujeitos ao ICMS, salvo quando sua
prestação envolva fornecimento de mercadorias.
(E) O imposto incide sobre os serviços prestados mediante a utilização de
serviços públicos e privados explorados economicamente mediante concessão,
com o pagamento de tributo pelo usuário final do serviço.

2. (EMPASIAL / ISS Diadema – SP / 2000) Considerando a competência


atribuída pela constituição aos municípios para instituírem impostos sobre
serviços de qualquer natureza - ISS - assinale a alternativa correta:
(A) Apenas os municípios podem instituir imposto sobre serviços prestados por
particulares.
(B) Os municípios, observado o principio da legalidade dos tributos, poderão
instituir o ISS apenas com relação a serviços não compreendidos na
competência tributária da União ou dos Estados.
(C) Quanto à competência municipal para instituição do ISS, apenas o serviço
de transporte intermunicipal de passageiros fica excluído.

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(D) Quanto à competência municipal para instituição do ISS, apenas os


serviços intermunicipais de transporte de passageiros e comunicações ficam
excluídos.
(E) Quanto à competência dos municípios para a instituição do ISS, apenas os
serviços intermunicipais de comunicação ficam excluídos.

3. (EMPASIAL / ISS Diadema – SP / 2000) As alíquotas do ISS serão


determinadas:
(A) pelo Poder Legislativo dos Municípios e Estados.
(B) pelos Prefeitos dos Municípios.
(C) por lei municipal, até o máximo estabelecido em lei complementar.
(D) pela Câmara dos Vereadores de cada Município, por proposta do Prefeito,
até o valor que se queira.
(E) por ato do Senado Federal.

4. (FJG / ISS-RJ / 2002) A alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de


Qualquer Natureza que pode ser estabelecida, atualmente, pelos municípios
para o serviço de agenciamento, corretagem ou intermediação de câmbio,
seguros e de planos de previdência privada é de:
(A) 5% (cinco por cento).
(B) 2% (dois por cento).
(C) 1% (hum por cento).
(D) 0,5% (meio por cento).

5. (NCE/UFRJ / ISS Várzea Paulista – SP / 2006 – Questão superada, mas


importantíssimo conhecer) A “guerra fiscal” travada em torno do ISSQN fez
com que o Congresso Nacional promulgasse a Emenda Constitucional nº 37,
de 12 de junho de 2002, que alterou o Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias (ADCT). Segundo esta alteração constitucional, ficou vedado aos
Municípios fixar alíquota menor que:
(A) 2% e conceder isenções, incentivos e benefícios fiscais, que resultem,
direta ou indiretamente, na redução da alíquota de 2%.
(B) 2% e conceder isenções, incentivos e benefícios fiscais.
(C) 1% e conceder imunidades.
(D) 2% e maior que 5%.
(E) 1% e maior que 3%.

(CESPE / ISS Teresina – PI / 2008 – adaptada) Com base na legislação


tributária complementar federal relativa ao ISS, julgue os itens seguintes.
6. Considere que determinada empresa, sediada em Barueri e que tem como
atividade a venda de máquinas de fazer cópias de documentos tenha

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promovido, em março de 2008, um curso sobre manutenção de suas


máquinas, com o objetivo de ampliar sua rede de assistência técnica. Nessa
situação, a empresa deve pagar ISS, mesmo que a prestação de serviços não
seja sua atividade preponderante.
7. Uma pessoa que se passar, falsamente, por médica e prestar consultas em
troca de pagamento não será considerada contribuinte do ISS pelos valores
que recebe em razão das consultas, já que está praticando crime.

(CESPE / ISS Ipojuca – PE / 2009 – adaptada) No que se refere ao Imposto


Sobre Serviços de qualquer natureza (ISS), julgue os itens subsequentes.
8. A lista de serviços anexa à Lei Complementar n.º 116/2003, que dispõe
acerca do imposto sobre serviços de qualquer natureza, é taxativa.

(CESPE / ISS Maceió – AL / 2003 – adaptada) Com base na legislação


tributária complementar federal relativa ao ISS, julgue os itens subsequentes.
9. O Imposto Sobre Serviços (ISS) tem como fato gerador a entrada e a saída
de mercadorias de estabelecimentos comerciais.

(CESPE / ISS Teresina – PI / 2008 – adaptada) Com base na legislação


tributária complementar federal relativa ao ISS, julgue os itens seguintes.
10. A receita de uma empresa que explora a concessão de pedágio em
determinada rodovia não tem natureza tributária. Todavia essa empresa está
submetida à legislação nacional que impõe o pagamento do ISS.

11. (FCC / ISS-SP / 2007 – adaptada) Sujeita-se à incidência do ISS a


(A) prestação de serviço de hospedagem, em hotéis, e a alimentação
fornecida em razão dessa hospedagem, ainda quando não-incluída no preço da
diária.
(B) execução, por administração, de obras de construção civil e o
fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do
local de prestação dos serviços.
(C) prestação de serviço de bufê (buffet) e o fornecimento da alimentação e
das bebidas necessárias à prestação desse serviço, quando esse fornecimento
for cobrado concomitantemente com a prestação de serviço.
(D) prestação de qualquer tipo de serviço de alfaiataria e costura para
empresa que vai comercializar as peças de vestuário objeto da prestação de
serviços.
(E) prestação de serviço de funeral e o respectivo fornecimento de caixões,
urnas ou esquifes.

12. (FCC / ISS-SP / 2007 – adaptada) O filho de “A” permaneceu internado


em hospital particular, localizado no município de São Paulo, pelo período de
uma semana. Por ocasião do fechamento da conta hospitalar, depois de o

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paciente ter recebido alta, foram-lhe entregues duas Notas Fiscais (NF), sendo
uma relativa à prestação dos serviços hospitalares, com incidência do ISS, e a
outra referente ao fornecimento dos medicamentos utilizados na prestação de
serviços hospitalares, com incidência do ICMS.
Quanto à emissão desses documentos fiscais, é correto afirmar que,
relativamente à prestação de serviços hospitalares, está
(A) correta a emissão de NF com incidência do ISS, mas está incorreta a
emissão de NF, com incidência do ICMS, relativamente aos medicamentos
fornecidos, pois esse fornecimento, em razão da prestação de serviços
hospitalares, também está sujeito à incidência do ISS.
(B) correta a emissão de NF com incidência do ISS, bem como está correta a
emissão de NF, com incidência do ICMS, relativamente aos medicamentos
fornecidos, pois esse fornecimento, ainda que promovido em razão da
prestação de serviços hospitalares, é sujeito à incidência do ICMS.
(C) incorreta a emissão de NF com incidência do ISS, pois quando existe
fornecimento de mercadorias juntamente com prestação de serviço, previsto
na lista de serviços anexa à Lei Complementar federal 116/03, de 31 de julho
de 2003, tanto a mercadoria como o serviço se sujeitam ao ICMS. Está correta
a emissão de NF, com incidência do ICMS, relativamente aos medicamentos
fornecidos, pois esse fornecimento é sempre sujeito à incidência do ICMS.
(D) incorreta a emissão de NF com incidência do ISS, pois esse serviço não
consta da lista de serviços anexa à Lei Complementar federal 116/03, de 31
de julho de 2003, razão pela qual resulta correta a emissão de NF, com
incidência do ICMS, relativamente aos medicamentos fornecidos, uma vez
que, à míngua de menção expressa de um determinado serviço na referida
lista, esse fornecimento fica sujeito à incidência do ICMS.
(E) incorreta a emissão da NF, bem como em relação aos medicamentos
fornecidos, pois a prestação de serviços hospitalares, incluídos os
medicamentos utilizados nesta prestação, é imune à tributação municipal e
estadual.

13. (NCE/UFRJ / ISS Várzea Paulista – SP / 2006 – adaptada) A prestação de


serviços listados na Lei Complementar Federal nº 116/2003 também pode
envolver fornecimento de mercadorias, como, por exemplo, os serviços
médicos ou de informática, nas quais mercadorias são consumidas juntamente
com a prestação dos serviços. Quando ocorre esta situação, a regra é que o
ISSQN deverá incidir:
(A) somente sobre o valor da mão-de-obra utilizada.
(B) somente sobre o valor das mercadorias.
(C) sobre a metade do valor das mercadorias e a metade do valor da mão-de-
obra.
(D) sobre o valor das mercadorias e da mão-de-obra.
(E) sobre o valor das mercadorias ou da mão-de-obra, o que for maior.

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14. (FCC / Procurador Manaus – AM / 2006 – adaptada) Considera-se incluído


na base de cálculo do ISS o valor do material (ou peças e partes, ou
alimentação e bebidas, conforme o caso) fornecido pelo prestador de serviços
na seguinte hipótese:
(A) execução de obras de construção civil.
(B) recondicionamento de motores.
(C) confecção de chaveiros, carimbos, placas etc.
(D) conserto e restauração de veículos automotores.
(E) organização de festas e recepções.

15. (FCC / Procurador Manaus – AM / 2006 – adaptada) O contribuinte que


presta serviço e, ao mesmo tempo, fornece mercadoria, com ressalva da
incidência do ICMS na Lista de Serviços, deve recolher aos cofres públicos
(A) o ISS e o ICMS, sobre valores do serviço e mercadoria, respectivamente.
(B) o ISS ou ICMS, podendo optar pela escolha menos gravosa.
(C) somente o ISS.
(D) somente o ICMS.
(E) o ICMS sobre base de cálculo compreensiva dos valores da mercadoria e
do serviço.

(CESPE / ISS Teresina – PI / 2008 – adaptada) Com base na legislação


tributária complementar federal relativa ao ISS, julgue os itens seguintes.
16. Quem presta serviço como trabalhador avulso é contribuinte do ISS,
consoante a regulamentação nacional sobre esse imposto.
17. O membro de conselho consultivo de uma sociedade por ações que recebe
remuneração dessa empresa somente por sua participação nas reuniões do
conselho não precisa pagar ISS relativo a esse serviço.
18. Um arquiteto residente e domiciliado no Município de São Paulo, se for
contratado para elaborar um projeto para construção de um prédio em
Londres, não terá de pagar ISS sobre esse serviço.

19. (FJG / Controlador – RJ / 2002 – adaptada) A Construtora Y, com sede na


Cidade de São Paulo, realiza a construção de uma igreja na cidade de Poá,
onde possui uma filial. No momento de recolher o ISS, fica em dúvida sobre a
hipótese de incidência e sobre a alíquota aplicável, uma vez que esta, na
atividade de construção civil, é de 5% no Município de São Paulo e de 2% no
Município de Poá. Pode-se afirmar que a empresa construtora deverá adotar a
seguinte sistemática para recolher o imposto devido:
(A) pagar 2% do imposto devido ao Município de Poá, onde está sendo
realizada a obra, e a diferença da alíquota devida de 3% ao Município de São
Paulo.

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(B) não pagar o imposto, tendo em vista que a Constituição concede


imunidade aos templos de qualquer culto.
(C) pagar o imposto para o Município de São Paulo, onde está localizada a sua
sede, pela alíquota de 5%.
(D) pagar o imposto para o Município de Poá pela alíquota de 2%.

(CESPE / ISS Teresina – PI / 2008 – adaptada) Com base na legislação


tributária complementar federal relativa ao ISS, julgue os itens seguintes.
20. Considere que um engenheiro residente no Município de São Paulo tenha
aberto um escritório de engenharia, pessoa jurídica, em Guarulhos. Nessa
situação, em razão de sua residência, ele terá de pagar ao município de São
Paulo o ISS relativo aos serviços prestados como pessoa jurídica.
21. Se uma empresa sediada e domiciliada apenas no município de São Paulo,
for contratada para fazer uma demolição no Município do Rio de Janeiro, ela
deverá pagar ao município de São Paulo o ISS correspondente a esse serviço
prestado.

(CESPE / ISS Maceió – AL / 2003 – adaptada) Carlos, advogado, presta


serviços de consultoria e de advocacia civil, como autônomo, a diversas
empresas do Município de São Paulo, não possuindo estabelecimento fixo.
Com base nessa situação hipotética e na legislação tributária do Município de
São Paulo que se encontra em vigor, julgue os itens subseqüentes.
22. Carlos deve ser considerado contribuinte do ISS.

(CESPE / ISS Ipojuca – PE / 2009 – adaptada) No que se refere ao Imposto


Sobre Serviços de qualquer natureza (ISS), julgue os itens subsequentes.
23. O contribuinte do ISS é o prestador do serviço e a sua base de cálculo é o
preço do serviço.

24. (ESAF / ISS Natal – RN / 2001 – adaptada) Considerando as disposições


da legislação tributária do Município de São Paulo relativas ao Imposto Sobre
Serviços (ISS), assinale as proposições abaixo com F para falsa ou V para
verdadeira e, a seguir, indique a opção que contém a seqüência correta.
( ) Para efeito da incidência do ISS, no caso de construção civil, considera-se
local da prestação de serviços o local da obra.
( ) Não são contribuintes do ISS os trabalhadores avulsos.
( ) A base de cálculo do ISS é o preço do serviço.
(A) F, F, V
(B) F, V, F
(C) V, F, V
(D) V, V, F

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(E) V, V, V

25. (Bio Rio / ISS Barra Mansa – RJ / 2010) De acordo com a Lei
Complementar Nº 116/2003, a alíquota máxima do ISS é:
(A) 6% (seis por cento), conforme acordo dos municípios.
(B) 4% (quatro por cento).
(C) 5% (cinco por cento).
(D) 5,5% (cinco por cento e meio).
(E) 7% (sete por cento), conforme acordo dos municípios.

26. (ESAF / ISS-RJ / 2010 – adaptada) O ISSQN tem como fato gerador a
prestação de serviços de, exceto:
(A) publicidade e propaganda.
(B) datilografia e estenografia.
(C) agentes de propriedade industrial.
(D) transporte intermunicipal.
(E) desinfecção e higienização.

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GABARITO

Vide LC 116/03, art. 1º, §1º.

1 A As alternativas C e E foram consideradas incorretas pela banca por terem


incluído o termo “privados” nos serviços sujeitos a autorização, permissão ou
concessão.
A alternativa A está incorreta porque alguns serviços prestados por particulares
podem ser tributados, por exemplo, pelos Estados e pelo Distrito Federal (como
é o caso de serviços de comunicação e de transporte interestadual e
intermunicipal).
A alternativa C está incorreta porque ficam excluídos da competência municipal
para instituição do ISS, além dos serviços de transporte intermunicipal, os
2 B serviços de transporte interestadual e de comunicação.
A alternativa D está incorreta porque ficam excluídos da competência municipal
para instituição do ISS, além dos serviços de transporte intermunicipal e de
comunicação, os serviços de transporte interestadual.
A alternativa E está incorreta porque ficam excluídos da competência municipal
para instituição do ISS, além dos serviços de comunicação, os serviços de
transporte intermunicipal e interestadual.
Como o ISS é um tributo municipal, é a lei municipal que determinará sua(s)
3 C alíquota(s). A lei complementar federal apenas estabelece, como manda a
Constituição Federal, as alíquotas máximas e mínimas.
Vide ADCT, art. 88, I. (antigo tratamento)
4 B
LC 116/03, art. 8-A.
Vide ADCT, art. 88, I e II.
LC 116/03, art. 8-A. O atual tratamento difere do anterior nos serviços que
5 A podem ter alíquotas infeferiores a 2% (entrou transporte coletivo e saiu
demolição) e nas punições às municipalidades que desobedecerem o
mandamento.
A incidência do ISS independe do serviço prestado ser a atividade
6 C
preponderante do prestador. Vide LC 116/03, art. 1º, caput.
A incidência do ISS, uma vez constatada a ocorrência do fato gerador
(prestação de serviços médicos), independe do cumprimento de quaisquer
7 E formalidades ou exigências legais ou administrativas. Como qualquer tributo,
pelo princípio do “Pecunia Non Olet”, o tributo incide mesmo que a atividade
seja ilícita (como o exercício ilegal da medicina).
Conforme vimos, a doutrina e a jurisprudência entendem que a lista de serviços
8 C
da LC 116/03 é taxativa, mas admite interpretação extensiva.
9 E Vide LC 116/03, art. 1º, caput.
Nessa questão, a banca entendeu que a natureza jurídica do pedágio é de tarifa
10 C ou preço público, não de taxa. Polêmicas à parte, a receita de pedágio está
sujeita à incidência do ISS.
A alternativa A está incorreta porque a alimentação fornecida em razão da
11 E hospedagem em hotéis somente está sujeita ao ISS quando incluída no preço
da diária (vide subitem 9.01 da lista).

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A alternativa B está incorreta porque o fornecimento de mercadorias produzidas


pelo prestador de serviços fora do local da obra somente está sujeita ao ICMS
(vide subitem 7.02 da lista).
A alternativa C está incorreta porque a alimentação e as bebidas fornecidas em
razão do serviço de bufê somente está sujeita ao ICMS (vide subitem 17.11 da
lista).
A alternativa D está incorreta porque o serviço de alfaiataria e costura somente
está sujeito ao ISS quando o material for fornecido pelo usuário final, exceto
aviamento (vide subitem 14.09 da lista).
Vide LC 116/03, art. 1º, §2º. Como o serviço de hospitais não contém ressalva
12 A relativa ao ICMS, o ISS incide sobre o serviço e sobre as mercadorias
fornecidas em razão dele.
13 D Vide LC 116/03, art. 1º, §2º.
A alternativa C é a única que não apresenta um serviço que contém ressalva
14 C relativa ao ICMS, incidindo, portanto, o ISS sobre o valor do serviço e das
mercadorias fornecidas em razão dele.
15 A Vide LC 116/03, art. 1º, §2º.
16 E Vide LC 116/03, art. 2º, II.
17 C Vide LC 116/03, art. 2º, II.
18 C Vide LC 116/03, art. 2º, I.
O ISS incidente sobre a prestação de serviços de execução de obras de
construção civil (subitem 7.02 da lista de serviços) é devido integralmente no
19 D
local de execução da obra – no caso, Poá – sendo aplicável a alíquota definida
pelo município. Vide LC 116/03, art. 3º, III.
O ISS incidente sobre serviços de engenharia (subitem 7.01) é devido no local
20 E
do estabelecimento prestador – no caso, Guarulhos.
O ISS incidente sobre a prestação de serviços de demolição (subitem 7.04 da
21 E lista de serviços) é devido integralmente no local da demolição – no caso, o Rio
de Janeiro. Vide LC 116/03, art. 3º, IV.
22 C Vide LC 116/03, art. 1º, caput.
O contribuinte do ISS é o prestador do serviço. Vide LC 116/03, art. 5º.
23 C
A base de cálculo do ISS é o preço do serviço. Vide LC 116/03, art. 7º, caput.
O ISS incidente sobre a prestação de serviços de execução de obras de
construção civil (subitem 7.02 da lista de serviços) é devido integralmente no
local de execução da obra. Vide LC 116/03, art. 3º, III.
24 E
O ISS não incide sobre os serviços prestados por trabalhadores avulsos. Vide
LC 116/03, art. 2º, II.
A base de cálculo do ISS é o preço do serviço. Vide LC 116/03, art. 7º, caput.
25 C Vide LC 116/03, art. 8º, II.
O ISS não incide sobre os serviços de transporte intermunicipal (sujeitos ao
ICMS), mas apenas sobre os serviços de transporte de natureza municipal
26 D
(dentro do território do Município). Vide LC 116/03, item 16 da Lista de Serviços
anexa.

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