Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação Inicial 01
Conceito de Tributos 03
Natureza Jurídica Específica dos Tributos 16
Classificação dos Tributos 24
Espécies Tributárias 43
Impostos 43
Taxas 51
Contribuições de Melhoria 79
Contribuições Especiais 90
Empréstimos Compulsórios 125
Questões Propostas 132
Gabaritos 169
Qualquer dúvida que surgir, peço que a envie o mais breve possível ao
nosso fórum de dúvidas para que ela seja sanada e não ocorram atrasos em
seus estudos. Seguem ainda os meus dois e-mails:
aluisioalneto@gmail.com
www.facebook.com/aluisioalneto
www.facebook.com/prosatributaria
Conceito de Tributo
Não há nada mais elementar em direito tributário do que conhecer o que vem
a ser um tributo, bem como suas características e espécies. Saber isso é o
mesmo que saber o que é uma bola para um jogo de futebol.
Iniciaremos essa aula com o conceito do que ver a ser tributo. Para tanto,
devemos ter inicialmente em mente que existem uma variedade de definições
presentes tanto na doutrina quanto na jurisprudência do nosso país, podendo
definir esse, digamos, coração do direito tributário de diversas formas.
Os vários conceitos que podemos extrair dos homens que fazem o direito
tributário do nosso país não são muito relevantes para concurso
individualmente falando, mas sim aquele que consta no Código Tributário
Nacional, que é a definição que todos os doutrinadores e juristas, de um jeito
ou de outro, “mudam” para criar um conceito próprio.
(A) a compulsoriedade.
A alternativa “c” evidencia uma das principais características dos tributos: não
são instituídos para punir a prática de atos ilícitos. Quanto à alternativa “d”,
vale a mesma explicação dada à alternativa “a”. Por fim, a alternativa “e”
também está incorreta, uma vez que a atividade administrativa de cobrança
de qualquer tributo é sempre vinculada.
1. PRESTAÇAO COMPULSÓRIA
Assim, podemos dizer que, quanto aos tributos e à sua exigibilidade, temos
que uma das suas características fundamentais se funda na coercibilidade do
cumprimento da prestação frente ao Estado tributante.
Quase que regra geral, essa satisfação é realizada por meio da entrega de
moeda/dinheiro ou de outro meio que faça as vezes desta (cheque,
transferência bancária, ordem de pagamento, entre outras).
Veja o que nos diz o CTN em seu artigo 162, quanto ao pagamento do crédito
tributário, uma das hipóteses de extinção do crédito tributário:
Como exemplo para o termo “ou em cujo valor nela se possa exprimir”,
temos os chamados títulos da dívida pública, que podem vir a ser utilizados
como forma de pagamento de créditos tributários, embora existam
divergências quanto a isso no meio doutrinário e jurisprudencial.
Quanto ao tributo, nada pode ser feito. Circulou, pagou. Regra geral, já que
pode haver hipóteses de isenção ou imunidade para a operação, o que afasta
a obrigação de pagamento do tributo.
Mesmo que oriunda de uma atividade ilícita, a renda auferida está sujeita à
incidência do IR, uma vez que houve o seu fato gerador (qual seja, a
circulação de mercadorias), qual seja: auferir renda. Assim, igualmente a
todos os trabalhadores que auferem renda em razão da labuta diária, o
“prezado” traficante também está obrigado ao pagamento do IR.
Caso o nobre traficante deixe de entregar sua declaração anual de IR, ficará
sujeito a multa em razão do não cumprimento de uma obrigação tributária
acessória, que é uma punição. Mas, mais uma vez, a punição não é em razão
do ato ilícito de traficar entorpecentes, e sim por não cumprir uma obrigação
instrumental, qual seja, entregar declaração anual de rendimentos. (Agora
fiquei pensando com meus botões: como seria atender, lá na Delegacia da
RFB, os traficantes de Jaboatão e região...)
4. INSTITUÍDO EM LEI
Todo e qualquer tributo deve ser sempre criado por meio de lei ou
instrumento normativo que faça as vezes dessa, tendo a mesma força
normativa, como é o caso das medidas provisórias e das lei delegadas.
Jamais por ato normativo infralegal.
Uma vez previsto em lei que cria o tributo, a atividade de cobrança nasce
juntamente com este, cabendo às autoridades administrativas efetivarem o
animus mecanis da cobrança. Não cabe à autoridade ponderar juízos de valor
ou equidade na hora de lançar e cobrar valores previstos em lei.
( ) Certo ( ) Errado
A natureza jurídica específica dos tributos pode ser verificada pelo que nos
diz o CTN em seu artigo 4º, cuja redação é a seguinte:
c) da denominação.
Mais uma questão que cobrou apenas a pura e simples literalidade do que
consta nos artigos do CTN, mas dessa vez o constante no artigo 4º, que
trata da natureza jurídica específica dos tributos e dos fatores que serão
Observe que, para os impostos ditos residuais (artigo 154, I), esses deverão
sempre ter fato gerador e base de cálculo DIFERENTES dos já previstos
para outros impostos. Diante do que determina a CF/88, para a
definição da natureza jurídica de um tributo, faz-se necessário o
As contribuições sociais, por exemplo, têm como uma das suas principais
características a previsão legal do destino a ser dado ao montante dos
valores arrecadados com elas. Exemplo disso é a Contribuição Social sobre
o lucro líquido (CSLL), a ser utilizada para o financiamento da seguridade
social. Esse tributo tem ainda como fato gerador o lucro auferido pelas
pessoas jurídicas, a mesma hipótese de incidência prevista para o imposto
sobre a renda das pessoas jurídicas (IRPJ). Sem que se saiba o destino a
ser dado à arrecadação de cada um dos tributos, não é possível definir a
natureza de cada um, uma vez que o fato gerador, nas duas situações, é
idêntico.
Para o IR, uma vez que se trata de um imposto, não teremos destinação
específica do produto da sua arrecadação, uma vez que os impostos
possuem caráter não vinculado (não dependem de uma contraprestação do
Estado), e entre os quais se inclui o IR.
Impostos;
Contribuições de melhoria;
Contribuições especiais;
Empréstimos compulsórios.
I - impostos;
Dessa maneira, o artigo 145 da CF/88 não é norma exaustiva das espécies
tributárias atualmente existentes, mas um mero dispositivo de atribuição de
competência tributária comum. Assim, podemos resumir os elementos
tributários constantes nas duas teorias na seguinte figura:
Por sua vez, devemos citar que existem ainda mais duas teorias: a bipartite,
que sustenta a tese apenas da existência de duas espécies tributarias
(impostos e taxas) e a quadripartite, que sustenta a existência de apenas
quatro espécies tributárias nacionais (impostos, taxas, empréstimos
compulsórios e contribuições – sem distinguir essas últimas em de melhoria
e em especiais).
Por fim, como você deve ter notado, tributo é termo genérico, enquanto as
espécies tributárias são termos específicos. Não confunda os conceitos de
tributo e imposto, já que são conceitos diferentes. Este está contido
naquele.
Empréstimos Compulsórios;
Contribuições de Melhoria;
Contribuições Sociais;
Contribuições de Melhoria;
Contribuição Previdenciária.
Por fim, quanto aos Municípios e ao Distrito Federal, este no exercício de sua
competência cumulativa municipal, temos os seguintes tributos:
Contribuições de Melhoria;
Contribuição Previdenciária.
a) de melhoria.
Por exemplo, as taxas têm como fato gerador uma atividade estatal específica
relativa ao contribuinte, somente por meio do qual esse tributo poderá ser
cobrado. Nesse caso, sempre será devida uma contraprestação por parte do
Ente político instituidor em razão da contraprestação pecuniária do sujeito
passivo.
Veja o que nos diz o artigo 77 do CTN, prevendo a hipótese de incidência das
taxas, tanto das taxas de polícia quanto das de serviços, subespécies da
espécie taxa:
Os tributos podem ser classificados também tomando por base o destino a ser
dado ao produto da sua arrecadação, hipótese em que falamos de tributos de
arrecadação vinculada e tributos de arrecadação não vinculada.
A regra é geral por que apenas a CF/88 pode prever casos de vinculação de
receitas de impostos, sendo vedada qualquer ação por meio de legislação
Veja o que nos diz o STF sobre a vinculação de impostos fora das hipóteses
de exceção previstas na CF/88:
“Art. 98 (...)
a) o imposto.
b) a taxa.
c) a contribuição de melhoria.
d) o empréstimo compulsório.
e) as contribuições especiais.
Por sua vez, podemos ter tributos com as duas funções (fiscal e extrafiscal),
como é o caso do ICMS e do IPI, que possuem caráter nitidamente
arrecadatório, mas podendo ser utilizado também para regulação da
economia, tendo em vista a previsão de seletividade a eles conferida no texto
constitucional (obrigatória para o IPI e facultativa para o ICMS).
O mesmo ocorre para o ISS, que pode funcionar tanto como imposto direito,
mais comum, quanto como indireto.
Por sua vez, os tributos indiretos são aqueles que permitem o repasse do
ônus da tributação às cadeias posteriores, fazendo repercutir o encargo dos
tributos a outras pessoas.
Por seu turno, não constam no CTN o ITBI, o ITCMD, o IPVA e o IGF, por
serem tributos criados apenas com o advento da CF/88, não tendo sido
previstos à época da edição do Código Tributário Nacional, que é de 1966.
Tudo bem até agora, caro aluno? Espero que sim. Se não, abra o e-mail e
mande algo para mim para que eu tente solucionar sua dúvida, ok? Vamos
em frente! Dessa vez com as espécies tributárias.
Espécies de Tributo
Impostos
Taxas
Contribuições de Melhoria
Contribuições Especiais
Empréstimos Compulsórios
Sendo assim, vamos ao estudo de cada espécie! Esse item da nossa aula, e
do nosso curso, é de fundamental importância, tanto para o aprendizado do
direito tributário quanto para a sua prova.
Impostos
Contudo, o pagamento de IPVA, seja lá em que valor for, não gera aos
contribuintes o direito imediato de obter estradas de boa qualidade.
Pasmem, o Estado pode não utilizar um centavo da arrecadação do IPVA para
colocar um grama de asfalto sequer. E ainda assim estará amparado na
legalidade.
(Questão 09) Consiste na espécie de tributo cuja obrigação tem por fato
gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte. Trata-se do (a)
(A) taxa.
(D) imposto.
(E) tarifa.
Essas ressalvas estão contidas no artigo 167 da CF/88, as quais quero que
grave com muito carinho, caro aluno:
Veja o que diz o STF sobre o tema da não vinculação das receitas
arrecadadas com impostos:
Por sua vez, o STJ diz o seguinte quanto a outro caso de vinculação:
Assim, vemos que os impostos têm como marca o custeio de despesas gerais
ou universais do Estado, não sendo destinados, regra geral, a despesas
previamente estabelecidas. Esse é o chamado princípio da não afetação
dos impostos. Eles não são destinados a nenhuma despesa específica pré-
determinada, exceto os casos que apresentamos, expressamente previstos no
texto da CF/88.
Por sua vez, os impostos podem ser criados por algumas espécies
normativas, sendo mais comum a lei ordinária e a lei complementar. Podem
ainda ser criados por medida provisória ou por lei delegada, atendendo os
requisitos constitucionais e as restrições estabelecidas na CF/88 quanto ao
uso dessas duas espécies normativas. Em especial, não podem, em ambos os
casos, versar sobre matéria reservada à lei complementar.
Para alguns impostos, será sempre exigida lei complementar, como é o caso
do imposto sobre grandes fortunas, de competência da União (art. 153, VII),
e dos impostos residuais previstos na competência tributária residual,
também da União (art. 154, I, da CF/88).
Para o restante dos impostos, é necessário, regra geral, lei ordinária do ente
político competente para instituir o tributo, como é caso da União quanto ao
IR e ao ITR, por exemplo; dos Estados e do Distrito Federal, quanto ao IPVA,
ICMS e ITCMD; e dos Municípios, quanto ao ISS, ao ITBI e ao IPTU.
a) o imposto.
b) a taxa.
c) a contribuição de melhoria.
d) o empréstimo compulsório.
e) as contribuições especiais.
Os impostos atribuídos pela CF/88 a cada ente político são os constantes nos
artigos 153 a 156 da CF/88. Quanto à União:
Por fim, quanto aos Municípios e ao Distrito Federal, este no exercício de sua
competência cumulativa municipal:
Taxas
(A) imposto.
(C) tarifa.
(D) taxa.
Exercício regular do poder de polícia é fato gerador das taxas, conforme nos
diz o artigo 145 da CF/88 que acabamos de visualizar. Assim, resta como
correta a alternativa "d", gabarito da questão.
Terminada essa rápida apresentação das taxas, vamos ao que nos dizem os
normativos constitucionais e os constantes no CTN.
Taxas de Serviço.
O artigo 77 do CTN, importante para fins de estudo das taxas, nos diz o
seguinte quanto a esse tributo:
Observe que o fato gerador das taxas pode ser dividido em duas espécies:
Taxas de Polícia
À segurança;
À higiene;
À ordem;
Aos costumes;
À tranquilidade pública;
Nesse caso acima, a taxa não é devida, vez que não há, sequer, estrutura
administrativa apta a exercer a fiscalização efetiva do contribuinte, ainda que
potencialmente. Não há, sequer, o órgão público encarregado desse mister.
Taxas de Serviço
Esse artigo, nos seus três incisos, possui uma série de conceitos relativos aos
serviços a serem prestados pelo ente político e que podem demandar a
cobrança de taxas, devendo ser bem assimilados por você. Você não faz ideia
de quantas questões de prova de concurso existem apenas utilizando esses
três incisos. E muitas vezes de modo literal.
Atente bem:
Quanto à base de cálculo (base imponível) das taxas, a CF/88 traz o seguinte
normativo:
O §2º acima dispõe que as taxas não poderão ter base de cálculo já
utilizada para os impostos. Assim, o Estado de Pernambuco não pode
instituir, por exemplo, uma taxa sobre licenciamento de veículos que tenha
como base de cálculo o valor venal do veículo, uma vez que este valor já é
base de cálculo do imposto sobre a propriedade de veículos automotores
(IPVA).
Assim, não devem ser adotadas para as taxas bases de calculo ou fatos
geradores já previstos como pertencentes a impostos. Veja o que diz o STF
sobre o tema:
Por exemplo, se o imposto “A” possui três elementos que determinam sua
base de calculo: X, Y, e W; e a taxa “B” possui os seguintes elementos
definidores da sua base de calculo: W, Z e P; não haverá identidade integral
Por exemplo, suponha que a lei citada na Súmula estabeleceu que, para
empresas com patrimônio liquido de até R$ 100.000,00, a taxa será de R$
1.000,00. Para patrimônios líquidos de R$ 100.000,01 em diante, a taxa será
de R$ 2.000,00. Observe que não temos a fixação da taxa em função direta
do patrimônio liquido considerado, sendo esses apenas parâmetros de
referência para se fixar a taxa. Não há a multiplicação de uma alíquota pelo
valor do patrimônio liquido, a exemplo do que ocorre para os impostos.
Se assim não fosse, estaríamos diante de um imposto, qual seja, o IPTU, que
adota essa mesma base de cálculo na apuração do montante a ser cobrado
dos contribuintes.
Além disso, o valor da taxa a ser cobrado, em regra, deve possuir um valor
máximo, vez que, se assim não for fixado, permitirá a desconexão entre o
valor da taxa e o valor suportado pelo estado quando da prestação do
serviço, indo de encontro ao princípio da proporcionalidade.
Veja algumas taxas consideradas inconstitucionais pelo STF e pelo STJ, tendo
em consideração esse ponto de vista:
Para o STF, preço público e tarifa são a mesma coisa - embora alguns autores
entendam ser esta (tarifa) uma espécie daquele (preço público), uma vez que
remuneram a prestação de determinado serviço de caráter público prestado
por concessionárias e permissionárias de serviços públicos.
O ponto chave que distingue a cobrança das taxas e dos preços públicos (e
das tarifas) sobre determinados serviços públicos se refere à natureza do
serviço a ser prestado. Caso o serviço seja considerado como de
Não é demais anotar ainda que tanto a taxa quanto o preço público podem
ser cobrados pelas pessoas jurídicas de direito público, enquanto as pessoas
jurídicas de direito privado somente podem cobrar os preços públicos.
Por fim, quanto ao instituto do pedágio, temos que este remunera serviços
explorados e prestados tanto por pessoas jurídicas de direito público, hipótese
em que estaremos diante de uma taxa, quanto por pessoas jurídicas de
direito privado, situação em que será observada a cobrança de uma tarifa ou
preço público.
a) receita derivada.
b) taxa.
A cobrança do valor não pode ter natureza tributária, uma vez que não se
reveste de caráter coercitivo, típico dessa espécie jurídica, sendo ainda regido
por uma relação contratual entre o interessado e o poder público concedente
do espaço.
Por sua vez, também não estamos diante de uma taxa, já que esta também
apresenta caráter obrigatório, sendo cobrado do contribuinte em razão de
uma relação jurídico tributária. Para a instituição de uma taxa, deve existir o
poder de polícia do Estado ou a prestação, efetiva ou potencial, de um serviço
publico especifico e divisível, o que não ocorre quando da cobrança do valor
para uso do espaço público.
Taxas e preço público não se confundem, uma vez que aquela possui
natureza tributária, enquanto estas não possuem essa prerrogativa.
Essa pergunta não é respondida pela CF/88, que apenas se limitou a dizer
isso que consta no inciso III do artigo 145. Quem nos responde essa pergunta
e outras que possam vir a surgir é o Código Tributário Nacional (CTN) e o
Decreto-Lei federal nº 195, de 24 de fevereiro de 1967.
Uma vez que são instituídas para fazer frente ao custo de uma obra pública a
ser realizada pelo Ente político instituidor, as contribuições de melhoria
são tributos vinculados, uma vez que há uma contraprestação estatal junto
ao contribuinte: a obra pública realizada.
Essa é lógica mesmo. Mas não é assim que ocorre em termos financeiros. O
valor arrecadado não é destinado de maneira exclusiva à obra, uma vez que
primeiro a obra é realizada para que depois sejam arrecadados os valores,
regra geral.
Por sua vez, a arrecadação e a cobrança dos valores devem ser feito
posteriormente à realização da obra, ainda que parcial (em alguns casos,
poderá ser cobrada durante a realização da obra pública). Logo, nenhum
- o imóvel "A", que valia R$ 4.000.000,00 antes das obras, teve fator de
absorção do benefício de valorização de 200%, passando a valer R$
12.000.000,00.
- o imóvel "B", que valia R$ 3.000.000,00 antes das obras, teve fator de
absorção do benefício da valorização de 100%, passando a valer R$
6.000.000,00.
- o imóvel "C", que valia R$ 2.000.000,00 antes das obras, teve fator de
absorção do benefício da valorização de 50%, passando a valer R$
3.000.000,00.
(B) os proprietários dos imóveis "A", "B", "C" e "D" deverão pagar
contribuição de melhoria, pois estão na zona beneficiada.
(C) os proprietários dos imóveis "A", "B" e "C" deverão pagar contribuição de
melhoria, desde que a fixação das bases de cálculo e dos fatos geradores
respectivos sejam estabelecidos por lei complementar.
(D) os proprietários dos imóveis "A", "B" e "C", que tiveram seus imóveis
efetivamente valorizados com a obra, deverão ratear integralmente o valor de
custo da obra, com base na área do terreno de cada um deles, cabendo a
cada um o valor de R$ 2.000.000,00.
Contribuições Sociais:
Contribuições Corporativas;
Por sua vez, a COSIP está prevista no artigo 149-A da CF/88, tendo sido
acrescentado pela emenda constitucional nº 39/2003, atribuindo aos
Municípios e ao Distrito Federal a instituição dessa contribuição:
Contribuições Sociais
“Professor, mas esse item fala de impostos, e não de contribuições. Não seria
o caso de as contribuições não terem fato gerador ou base de calculo própria
de impostos já discriminados na CF/88, ao invés de outras contribuições? De
onde você tirou isso?”
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
Guarde bem essas hipóteses, elas são muito importantes para fins de prova.
Observe também que a obrigação de contribuir com a seguridade social é
independente do grau de relação dos colaboradores com os
destinatários dos benefícios.
Da atividade econômica;
Do porte da empresa;
Uma vez que previstas no artigo 149, são, pois, tributos, submetendo-se aos
princípios aplicáveis aos demais tributos, sem exceções, devendo assim ser
instituídos por meio de lei ordinária da União, ente com competência
tributária exclusiva para instituí-los.
Caso assim desejem, os demais entes políticos, por meio de lei própria
poderão instituir regime previdenciário de caráter contributivo e solidário,
mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e
inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial.
Como seu próprio nome nos diz, as contribuições são instituídas para permitir
a intervenção estatal na economia, regulando situações anômalas ou
prevenindo a sua ocorrência danosa na economia nacional, caracterizando-se
como um típico instrumento do Estado intervencionista.
A atividade intervencionista por meio das CIDE pode se dar tanto em termos
fiscalizatórios, exercendo o controle sobre determinados setores e situações,
quanto por meio da atividade de fomento a determinados setores da
economia, como forma de incentivo ao seu melhoramento e crescimento.
Diante disso, vemos o nítido caráter extrafiscal do tributo, uma vez que
sua função precípua é a de intervir na economia, regulando, fiscalizando e
planejando-a, e não a função meramente arrecadatória, típica dos impostos.
A função arrecadatória, quando à CIDE, é secundária.
Por sua vez, é um tributo não-vinculado, uma vez que não há uma
contraprestação estatal quando da ocorrência do seu fato gerador. O dever de
pagar o tributo decorre de disposição expressa de lei, que não prevê
nenhuma atividade estatal específica relativa ao contribuinte, como se
observa quanto às taxas e às contribuições de melhoria.
Entretanto, a hipótese de criação por meio de lei ordinária não significa que
as CIDE’s não estejam sujeitas às leis de normas gerais tributárias, estas sim
instituídas por meio de lei complementar e à qual as CIDE’s devem
obediência, conforme prevê o próprio texto do artigo 149: “... observado o
disposto nos arts. 146, III ...”
O artigo 146, III, da CF/88, por sua vez, nos diz o seguinte:
Por sua vez, o inciso II define que a CIDE INCIDIRÁ sobre a importação
de mercadorias ou serviços oriundos do exterior, não dispondo sobre
nenhuma exceção. Assim, em regra, qualquer mercadorias ou serviço
poderá ser tributado com uma CIDE, conforme vier a prever a lei de
instituição.
Por sua vez, a alíquota específica é aquela que toma em consideração valores
relativos ao objeto transacionado, como o peso, volume, unidades, tamanho,
entre outros (R$/Kg, R$/unidade, etc.)
Por fim, cabe também à lei ordinária definir as hipóteses em que a CIDE
incidirá apenas uma única vez, conforme disposto no §4º. Ou seja, somente
uma etapa da circulação ou da produção será onerada pela CIDE, impedindo
a tributação em cascata ou cumulativa.
“Art. 1º (...)
Por exemplo, imagine que uma lei federal tenha estipulado uma determinada
alíquota máxima de 20% para um combustível qualquer. Por meio de ato
próprio, o poder executivo reduziu essa alíquota para 10%, sendo
perfeitamente válido.
Por sua vez, a CIDE-Royalties foi instituída por meio da lei federal nº
10.168/00, instituindo também o Programa de Estimulo à Interação
Universidade-Empresa para o apoio à inovação.
Essas contribuições, por sua vez, são tributos de arrecadação vinculada, uma
vez que toda a receita oriunda da tributação possui uma finalidade específica.
São ainda tributos não-vinculados, uma vez que não há uma
contraprestação por parte do Estado. Por fim, estão sujeitas a todos os
princípios tributários, em especial os da legalidade, irretroatividade,
anterioridade e noventena, uma vez que a parte final do artigo 149,
Contribuição Sindical
“Art. 5º (...)
Essa decisão se alinha ao que pensa o STF em relação à OAB, como pode ser
visto na decisão abaixo:
Diante disso, vamos ao que consta na CF/88 quando à COSIP, incluído pela
emenda constitucional nº 39/02. Essa emenda incluiu o artigo 149-A ao texto
da Carta Federal, cujo texto é o seguinte:
Por fim, veja uma emblemática decisão do STF quanto ao tema, em que
pontos importantes quanto ao novo tributo são tratados:
Não. Não iremos precisar, em tese, da ajuda divina para termos de volta os
valores entregues emprestados “de boa vontade” ao nosso governo. Os
valores arrecadados deverão ser devolvidos posteriormente, uma vez que,
com o próprio nome diz, são empréstimos.
Podemos fazer uma pequena síntese do tema por meio da figura abaixo:
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
A única exceção a essa previsão consta no §1º do mesmo artigo, que assim
nos diz em seu texto:
TRIPARTITE PENTAPARTITE
IMPOSTOS IMPOSTOS
TAXAS TAXAS
CONTRIBUIÇÕES CONTRIBUIÇÕES DE
DE MELHORIA MELHORIA
CONTRIBUIÇÕES
ESPECIAIS
EMPRESTIMOS
COMPULSÓRIOS
Taxas sujeitam-se aos princípios tributários, o que não ocorre com preços
públicos.
Ainda lembra o que falamos sobre as taxas não poderem ter base de cálculo
própria das já atribuídas aos impostos? Isso é um mandamento
constitucional, presente no texto do artigo 145, §2º, da nossa CF/88. Por
exemplo, não pode ser base de cálculo de nenhuma taxa o valo venal de um
veículo automotor, uma vez que este já é base de cálculo do IPVA, imposto
de competência dos Estados e do Distrito Federal.
I - impostos;
Essa é a redação literal do artigo 77 do CTN, que nos fala sobre as hipóteses
de incidência das taxas, sendo este tributo previsto na competência comum
de todos os entes políticos, conforme consta no artigo 145, II, da CF/88.
Veja o que diz o texto do artigo:
a) imposto.
b) taxa.
c) contribuição de melhoria.
d) empréstimo compulsório.
e) contribuição parafiscal.
Por fim, temos o empréstimo compulsório, que poderá ser tanto vinculado
como não vinculado, a depender do que dispõe a lei de instituição do
tributo. Cabe ao legislador federal dispor sobre a natureza do novo tributo,
devendo obediência apenas ao que determina a CF/88 em seu artigo 148.
Não seria devida taxa alguma, uma vez que estas são cobradas pelos entes
políticos, e não por pessoas de direito privado. Já o IPI não é devido em
razão da venda de gasolina para os distribuidores, uma vez que não foi dito
na questão que a empresa realiza esse tipo de atividade.
Por sua vez, por expressa disposição constitucional contida no artigo 149,
§2º, I, da CF/88, as contribuições de intervenção no domínio econômico não
incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação.
Por fim, como o seu próprio nome nos diz, a contribuição social sobre o
lucro líquido incidirá apenas sobre o lucro, e não sobre o faturamento,
contábil e tecnicamente diferente daquele.
a) a um tributo.
b) a uma taxa.
d) apenas a um imposto.
E por que a alternativa “a” não está correta? Embora o conceito esteja
correto isoladamente, ele não se refere à divisibilidade da prestação do
serviço público, e sim à coercitividade e à colocação deles à disposição dos
usuários.
A Taxa de Embarque, por sua vez, está regulada, assim como todo tributo,
por meio de lei, mais precisamente, para o caso da taxa, na Lei Federal nº
6.009, de 26 de dezembro de 1973. A taxa está prevista em seu artigo 3º,
I. De acordo com esse inciso, a Taxa de Embarque é aquela devida pela
utilização das instalações e serviços de despacho e embarque da Estação de
Passageiros, e incide sobre o passageiro do transporte aéreo.
A) poderá ser cobrada a partir de 2014, pois, antes disso, sua cobrança é
considerada inconstitucional.
B) é inconstitucional, haja vista que o valor cobrado não tem como base de
cálculo o custo da fiscalização.
Essa questão tem como fundamento apenas o que consta no artigo 145,
§2º, da CF/88, que assim determina:
Por sua vez, de acordo com o artigo 77 do CTN, as taxas cobradas pela
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito
de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular
do poder de polícia (taxa de polícia), ou a utilização, efetiva ou potencial, de
serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à
sua disposição (taxa de serviço).
IMPOSTOS;
TAXAS;
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA;
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS;
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS.
impostos;
taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização,
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis,
prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
Impostos
Taxas
Contribuições de Melhoria
Contribuições Especiais
Empréstimos Compulsórios
De acordo com o texto da própria CF/88, as CIDES são criadas por meio de
lei ordinária da União, não havendo necessidade de utilização de lei
complementar para tanto. Artigo 177, §4º, da CF/88. Assim, resta incorreta
a assertiva apresentada.
1 E 14 C 27 C
2 E 15 C 28 E
3 B 16 E 29 E
4 C 17 A 30 E
5 C 18 B 31 C
6 C 19 E 32 C
7 E 20 C 33 C
8 E 21 C 34 C
9 C 22 E 35 E
10 A 23 C 36 C
11 C 24 E
12 D 25 C
13 E 26 C
www.facebook.com/aluisioalneto
www.facebook.com/prosatributar-
ia