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FOLHATRIBUTÁRIA

NEWSLETTER MENSAL | EDIÇÃO N.O 52 | AGOSTO 2022


PROGRAMA DE OPERADOR ECONÓMICO AUTORIZADO ALARGADO PARA
DESPACHANTES E TRANSITÁRIOS

Os Despachantes Oficiais e os Transitários podem, a partir de agora, candidatar-se para a obtenção da


certificação como Operador Económico Autorizado (OEA), nos termos do Despacho n.o 2945/22, de 5 de Julho.
O OEA é um estatuto que é atribuído aos agentes económicos que são considerados fiáveis no âmbito das
suas operações aduaneiras.

Este estatuto permite aos actores do comércio internacional gozar de uma relação privilegiada com
as autoridades de vários territórios. O alargamento da possibilidade de adesão a este estatuto para os
despachantes e transitários resulta da necessidade de se “adequar e alargar o programa de OEA, com a
participação de outros intervenientes da cadeia logística, que representam baixo grau de risco nas suas
operações comerciais”.

Os despachantes e os transitários que queiram obter a certificação de OEA devem, entre outros requisitos,
“possuir um histórico do cumprimento das obrigações aduaneiras e fiscais, ter uma contabilidade compatível
com os princípios contábeis em vigor no País e operado por intermédio de um sistema de gestão informático,
bem como apresentar solvabilidade financeira comprovada”, lê-se no referido despacho, assinado pela
ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa.

O Programa Operador Económico Autorizado surge no âmbito da facilitação do comércio e competitividade


do País e das empresas nacionais, em observância dos princípios do Quadro de Normas SAFE, da Organização
Mundial das Alfândegas, que estabelece as directivas de actuação para a melhoria da gestão aduaneira e
criação de um equilíbrio entre a fiscalização aduaneira e a facilitação do comércio lícito.

O programa de OEA visa, fundamentalmente, proporcionar maior agilidade no fluxo do comércio internacional,
permitir a adesão crescente de operadores económicos, inclusive pequenas e médias empresas e estabelecer
acordos de reconhecimento mútuo que atendam aos interesses do País.

Aos operadores certificados são concedidos benefícios específicos, com vista à facilitação dos procedimentos
aduaneiros no País, podendo ser concedidos de acordo com a modalidade de certificação, função do operador
na cadeia logística ou com o grau de conformidade.
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A obtenção da certificação como Operador Económico Autorizado permite, de igual modo, tratamento
prioritário, personalizado e célere no processo de desalfandegamento de mercadorias, bem como, participar
da formulação de propostas para a alteração da legislação e dos procedimentos aduaneiros que visem o
aperfeiçoamento do Estatuto de OEA.

De modo geral, o OEA é um programa de certificação internacional para empresas, criado pela Organização
Mundial das Alfândegas (OMA). Em Angola é gerido pelo Ministério das Finanças, através da Administração
Geral Tributária. Podem concorrer à certificação do programa OEA os seguintes intervenientes da cadeia
logística: Importadores, Exportadores, Despachantes Oficiais e Transitários.

Entretanto para a admissão como OEA, os agentes económicos têm de preencher um requerimento de
certificação, responder ao questionário de auto-avaliação, preencher o relatório complementar de validação,
bem como, apresentar a inscrição no registo de importadores, exportadores, despachantes ou transitários,
emitido pelo Ministério da Indústria e Comércio. O operador deve, igualmente, apresentar o comprovativo de
regularidade fiscal, por meio de certidão de não devedor, e o comprovativo da actuação como interveniente
em actividade passível de certificação como OEA, pelo período mínimo de 24 meses.

Cumprido com os requisitos acima referidos, o certificado de OEA é emitido por um período de 3 anos,
podendo ser renovado a pedido do titular, desde que a AGT confirme que se mantêm as obrigações e os
critérios exigidos por ocasião da concessão do certificado.

Desde o início da sua implementação em Angola, em Novembro de 2019, estão certificados no programa
OEA 41 operadores, dos quais, empresas do sector petrolífero, construção, automóvel, agrícola, bebidas,
farmacêutico, bem como, empresas do sector de tecnologia de informação, do sector alimentar, entre outros.

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JOGOS DE FORTUNA OU AZAR
TRIBUTAÇÃO NO SECTOR DOS JOGOS MAIS EFICAZ

O Instituto de Supervisão de Jogos (ISJ) supervisiona, actualmente, 22 entidades detentoras de licenças


de exploração de actividade de jogos, das quais oito na modalidade de jogos de fortuna ou azar de base
territorial, três entidades exploram os jogos de apostas desportivas e 11 de jogos on-line.
De acordo com o Director-Geral do ISJ, Paulo Ringote, “o aparente reduzido número de licenças deve-se aos
critérios de acesso a este mercado, dado que, nos termos da legislação vigente, o acesso à exploração da
actividade de jogos, deve ser feito por via de contrato administrativo de concessão, com a realização de
concurso público”, esclareceu.
Paulo Ringote explicou ainda que a actividade de jogos, pelas características e riscos associados à sua
exploração e prática, nomeadamente, o “acesso ao jogo por incapazes, ludopatia, tráfico de drogas,
branqueamento de capitais e prostituição, requer atenção especial por parte do Estado, pelo que o direito
de explorar essa actividade é reservado a este mesmo, que pode atribuir a exploração dessa actividade a
terceiros, mediante a celebração de contrato de concessão”.
Relativamente ao volume de actividade, a receita fiscal do 1.o trimestre do corrente exercício foi de Akz
851.016.044,00 (Oitocentos e cinquenta e um milhões e dezasseis mil e quarenta e quatro Kwanzas).

“Com o incremento da regulamentação do sector, bem como, das acções de fiscalização, que visam dentre
outros, o combate à proliferação do jogo ilícito, a ludopatia, e a promoção da melhoria da eficácia e eficiência
no recebimento de impostos do sector de jogos e, consequentemente, a maximização das receitas públicas,
auguramos alcançar a meta fiscal prevista no OGE”, informou Paulo Ringote.

TRIBUTAÇÃO DA ACTIVIDADE DE JOGOS


De acordo com Paulo Ringote, a tributação da actividade de jogos é “especial”, na medida em que a incidência
objectiva da mesma recai sobre os ganhos das entidades exploradoras – receita bruta, e sobre os ganhos
ou prémios atribuídos aos apostadores. No que toca à incidência subjectiva, o imposto especial de jogos
incide sobre os jogadores que obtenham rendimentos correspondentes aos prémios e sobre as entidades
exploradoras de jogos que obtenham rendimentos correspondentes à receita bruta. Sobre a receita bruta
exclusivamente resultante da exploração de jogos de fortuna ou azar (jogos de casino) é aplicável a taxa de
imposto de 45%. Já sobre os prémios dos jogos de fortuna ou azar incide uma taxa de 15% e aos jogos sociais
é aplicável a taxa de 20% sobre o valor da receita bruta. Estão isentos do pagamento do imposto especial
de jogo os prémios cujos valores sejam iguais ou inferiores a Akz 250.000,00, de base territorial ou on-line,
devendo ser tributado à taxa de 20% os prémios que excedam o referido valor.
“O Imposto Especial de Jogo deve ser liquidado e pago até ao final do mês seguinte ao do trimestre a que
disser respeito. As entidades exploradoras de jogos devem apresentar à Administração Geral Tributária (AGT)
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Paulo Ringote - Director Geral do Instituto de Supervisão de Jogos

e ao ISJ quatro declarações de imposto num mesmo exercício fiscal, ao contrário do regime geral, em que as
empresas apresentam apenas a declaração anual de imposto”, explicou Paulo Ringote.

SANÇÕES À EXPLORAÇÃO ILÍCITA DE JOGOS


As empresas que exercem a actividade de jogos sem prévia autorização do ISJ, dentro ou fora dos locais
legalmente autorizados, são punidas com pena de prisão de até três anos e de multa correspondente.
“Caso sejam apurados, no decurso de acções de inspecção e fiscalização, factos que constituam crimes de
jogos e outros ilícitos penais, o órgão de supervisão de jogos deve proceder à devida participação junto das
entidades competentes nos termos da Lei”, referiu o Director-Geral do ISJ. O ISJ e a AGT têm colaborado na
formação de equipas conjuntas para a fiscalização tributária trimestral e anual das entidades exploradoras
de jogos, com vista a garantir o cumprimento das obrigações declarativas e de pagamento dos tributos a que
estão sujeitos os operadores do sector.
“Além da componente de capacitação técnica dos quadros de ambas as instituições, em matéria dos jogos e
tributação, a interacção entre o ISJ e a AGT tem permitido controlar a importação de equipamentos destinados
à exploração de jogos, visto que os mesmos carecem de autorização para o efeito”, sublinhou.

OS DESAFIOS DO ISJ
Quanto aos grandes desafios do Instituto de Supervisão de Jogos, Paulo Ringote informou que se cingem em
“garantir o cumprimento escrupuloso das leis por parte das entidades exploradoras, garantindo assim, uma
exploração responsável da actividade, que redunde na arrecadação de receitas para o Estado”.
O ISJ tem, ainda, o desafio de apoiar os apostadores para garantir a prática do jogo responsável, em todas as
modalidades de jogos.
A tudo isto deve-se acrescer as actividades de supervisão e fiscalização das entidades exploradoras em todas
as províncias do País. Importa referir que, nos termos da legislação em vigor, a actividade de jogos de fortuna
ou azar “consiste no arriscar de somas monetárias ou objectos de valor pecuniário, sobre resultados futuros
ou incertos, onde o apuramento do resultado depende exclusivamente da sorte ou azar dos jogadores que
neles participam, permitindo assim a transferência de valores entre os participantes”. O ISJ tem por missão
“apoiar o Executivo na definição da política económica nos domínios da exploração da indústria de jogos,
com vista a obtenção de receitas públicas e geração de empregos, por via da supervisão, regulamentação,
fiscalização e acompanhamento de toda actividade, assim como na definição de politica pública consistente
nos domínios da manutenção da ordem pública, protecção dos interesses dos jogadores e do seu património,
bem como na prevenção e combate ao branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e proliferação
de armas de destruição em massa”.

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6.a REGIÃO TRIBUTÁRIA
SERVIÇO TRIBUTÁRIO DA SEXTA REGIÃO REGISTA AUMENTO DE 93% DE
NOVOS CONTRIBUINTES

A 6.a Região Tributária, afecta à Administração Geral Tributária (AGT), que compreende as províncias do
Cunene e Cuando Cubango, registou um aumento de 93 % de novos contribuintes cadastrados no 1.o semestre
de 2022 em relação ao período homólogo de 2021. Entre os principais factores que motivaram este aumento
destaca-se o levantamento da cerca sanitária, a nível do País, o que permitiu a retoma do contacto com
empresas e particulares.

A informação foi avançada pelo director da 6.a Região Tributária, Hélio N’zage, em entrevista à Folha Tributária.
Na ocasião, explicou que “o total de novos contribuintes cadastrados, no 1.o semestre de 2022, foi de 13 741. Este
aumento surge por conta do registo massivo dos contribuintes que estavam na informalidade e passaram
agora para a formalidade”.

De forma a melhorar o atendimento aos contribuintes, o responsável revelou que a “AGT tem apostado
na formação dos seus funcionários, no sentido de muni-los com as melhores competências para o efeito.
Outrossim, existe a nível da AGT o Programa de Excelência no Atendimento ao Contribuinte que agrupa várias
acções de capacitação destinadas a todos os funcionários, incluindo gestores” reiterou.

Por outro lado, Hélio N’zage sublinhou que a 6.a Região Tributária tem realizado várias campanhas de
sensibilização nas comunidades, bem como nos órgãos de informação de forma a aumentar a literacia
tributária naquela região. “As campanhas de sensibilização são feitas de porta-em-porta e nos órgãos de
comunicação, fundamentalmente nas rádios. Temos andado de casa-em-casa para fazer os registos dos
imóveis dos contribuintes, cadastrar e sensibilizá-los sobre aquilo que são os impostos e as formas de
pagamentos”, disse.

Em relação aos desafios da 6.a Região Tributária, o director da 6.a Região Tributária referiu que o aumento da
literacia tributária dos contribuintes e o alargamento da rede de atendimento através da construção de mais
postos são dos principais desafios da actual direcção.

“Nas províncias que integram a 6.a Região Tributária existem muitas localidades distantes e, por isso, temos
o desafio de abrirmos postos fiscais nestas localidades, como por exemplo no Cuíto Cuanavale, no Cuando
Cubango, ou no município do Cuvelai, no Cunene. Desta forma poderemos dialogar com os contribuintes,
fazer mais registos de imóveis, registo das actividades dos contribuintes e assim aumentar as receitas da
própria região”, avançou.

Na componente aduaneira, é a reabertura do Posto Aduaneiro do Buabuata que deverá contribuir para um
melhor controlo da actividade tributável a nível das fronteiras. A Administração Geral Tributária tem aumentado
a vigilância ao longo da orla marítima “reforçando o patrulhamento com a Polícia Fiscal e Aduaneira e a de
Guarda Fronteira de forma a impedir a entrada de infractores. Tudo isto é feito no sentido de olharmos para
aquilo que é a visão da AGT que, inicialmente, é a arrecadação de impostos e de melhorar, substancialmente,
o controlo das fronteiras”, afirmou o director regional.

ESTRUTURA DA 6.A REGIÃO TRIBUTÁRIA


A 6.a Região Tributária, sedeada em Ondjiva, na província do Cunene, é composta por quatro repartições
fiscais, sendo duas no Cunene e igual número no Cuando Cubango. Tem ainda duas delegações, uma em
cada província.
A Região dispõe, de igual modo, de quatro postos fiscais, um em Santa Clara, no Cunene, e três no Cuando
Cubango, nas localidades de Katuitui, Buabuata e Mucussu.

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FRAUDE E EVASÃO FISCAL
ACORDOS INTERNACIONAIS NO DOMÍNIO FISCAL PREVINEM A EVASÃO
FISCAL

A Administração Geral Tributária (AGT) conta, actualmente, com quatro acordos firmados no domínio da
arrecadação fiscal, sendo “dois para evitar a dupla tributação, um de troca de informação em matéria fiscal e
um acordo intergovernamental”. Todos têm como principal foco o combate à evasão fiscal.
Os dados foram avançados à Folha Tributária pela chefe do Departamento de Intercâmbio Internacional, do
Gabinete de Planeamento Estratégico e Cooperação Internacional (GPECI) da AGT, Elsa Pereira.
“Considerando que a AGT é uma administração que existe há sete anos, temos vindo a empreender esforços
no sentido de aumentar a nossa rede de acordos”, explicou, acrescentando que, no domínio aduaneiro, a AGT
“operacionaliza um Acordo de Assistência Mútua em Matéria Aduaneira e três convenções multilaterais no
âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)”.
Não obstante o escopo dos acordos variarem, todos eles apresentam um denominador comum, “o combate à
fraude e à evasão fiscal que, por sua vez, conduz ao aumento de arrecadação de receitas”, explicou.
Quanto aos protocolos institucionais, Elsa Pereira disse que a AGT tem 16 protocolos firmados que visam, no
essencial, “operacionalizar as trocas de informações, o desenvolvimento conjunto de acções formativas, bem
como a realização conjunta de eventos”.
No âmbito do intercâmbio internacional, a AGT aderiu ao Fórum Africano das Administrações Tributárias
(ATAF), ao Centro Interamericano das Administrações Fiscais (CIAT), ao Quadro Inclusivo-BEPS da Organização
para o Desenvolvimento Económico (OCDE), à Organização Mundial das Alfândegas (OMA) e à Organização
Mundial do Comércio (OMC).
“A troca de experiências com os nossos parceiros internacionais propicia o aumento da eficácia dos serviços
tributários, melhorando, deste modo, a experiência do contribuinte aquando das suas interacções com a AGT.
Tal facto conduz ao aumento de receita”, afirmou.
Segundo Elsa Pereira, a cooperação internacional no domínio da arrecadação fiscal consiste no conjunto de
relações estabelecidas entre as administrações e organizações internacionais tributárias, com o propósito de
promover a partilha de experiências.
“Internamente, as interacções com os parceiros, a coordenação dos processos de negociação, a preparação
de todos os documentos para a assinatura dos instrumentos de cooperação e o monitoramento das acções
nas quais se consubstanciam a cooperação, são levadas a cabo pelo GPECI, através do Departamento de
Intercâmbio e Cooperação Internacional da AGT”, concluiu.
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COMÉRCIO LÍCITO
INICIATIVA ALFÂNDEGAS VERDES APOSTA NO COMÉRCIO LÍCITO
DE ESPÉCIES PROTEGIDAS

A Organização Mundial das Alfândegas (OMA), em parceria com o Programa das Nações Unidas
para o Ambiente (PNUMA), criou a “Iniciativa Alfândegas Verdes”. O objectivo é o de proteger
a fauna e a flora, da criminalidade ambiental, e tornar mais fluído e seguro o comércio lícito
de espécies protegidas e em vias de extinção, bem como prevenir o comércio ilegal de bens
prejudiciais ao meio ambiente.

Falando à Folha Tributária, Joana Numélia Mendes, técnica do Departamento de Normas e


Procedimentos Aduaneiros (DNPA), da Direcção dos Serviços Aduaneiros da Administração Geral
Tributária (AGT), revelou que a instituição tem trabalhado para dar a conhecer a importância da
“Iniciativa Alfândegas Verdes” a nível dos postos fronteiriços. “A Iniciativa Alfândegas Verdes foi
criada em 2011 e reúne um grupo de organizações internacionais que cooperam no aumento
da capacidade aduaneira para facilitar o comércio legal e prevenir o comércio ilegal de bens
sensíveis ao meio ambiente” explicou.

“A OMA orientou que todos os países membros desta organização tivessem algum cuidado com
os tipos de mercadorias a importar ou exportar, nomeadamente, as mercadorias cuja escassez
causa problemas ao ecossistema”, frisou, acrescentando que, a OMA pretende implementar esta
iniciativa em todos os países membros até 2023.

OBJECTIVO E BENEFÍCIOS DA “INICIATIVA ALFÂNDEGAS VERDES”


Quanto aos principais objectivos desta organização, Joana Numélia Mendes referiu que a
“Iniciativa Alfândegas Verdes” visa, igualmente, controlar a importação, o trânsito aduaneiro e a
exportação de recursos naturais estratégicos e protegidos. Visa, igualmente, facilitar o controlo
transfronteiriço para evitar a entrada, circulação e saída de resíduos danosos à saúde e ao
ambiente”.

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São parceiros da OMA, no âmbito desta iniciativa, a PNUMA, a Organização para a Proibição
de Armas Químicas e a Interpol. As entidades envolvidas reafirmam o respeito pelos princípios
estabelecidos em várias convenções, nomeadamente, as convenções de Basileia, de Cites, de
Estocolmo, de Montreal, de Rotterdam, bem como a Convenção sobre a Diversidade Biológica.

Joana Mendes aponta como exemplo de implementação da iniciativa a importação de papagaios.


“Se algum país quiser importar os papagaios do Congo e se esta mercadoria passar por Angola
em trânsito, o exportador tem de pedir autorização, nos termos da Convenção de Cites, de modo a
averiguar se existe uma população de papagaios que permita a sua comercialização e de seguida
é emitido o chamado Certificado de Cites, tanto do país de origem como o de destino.

As Alfândegas ou a AGT solicitam ao importador o referido certificado e se este não o apresentar,


a Instituição procede à apreensão dos papagaios. Só quando for apresentado o Certificado de
Cites será autorizada a liberação da mercadoria”, explicou.

A Iniciativa Alfândegas Verdes gera vários benefícios para os países envolvidos, a nível social e
ambiental, na medida em que promove o controlo dos processos de importação e exportação de
mercadorias, contribuindo, deste modo, para a redução da criminalidade ambiental, no caso de
produtos perigosos, e a uma maior protecção do ambiente, reduzindo a poluição generalizada.
Permite, ainda, eliminar a produção de armas químicas e respectivos meios de disseminação,
além de facilitar o comércio lícito e seguro de espécies protegidas e em vias de extinção.

ACTUAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES NACIONAIS NA INICIATIVA


A nível nacional, são parceiros na implementação da Iniciativa Alfândegas Verdes o Instituto
Nacional de Gestão Ambiental (INGA), a Agência Nacional de Resíduos (ANR), a Agência Nacional
de Recursos Minerais (ANRM), a Administração Geral Tributária, as Comarcas dos Tribunais
Comuns, o Serviço de Investigação Criminal (SIC), o Instituto Nacional de Biodiversidade e
Conservação (INBC), o Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), a Unidade Nacional de Ozono,
bem como a Agência Nacional de Energia Atómica.

De acordo com Joana Mendes, cada instituição desempenha um papel importante na


implementação da iniciativa. “O INGA, por exemplo, informa a AGT se existe um produto que
está a causar danos à saúde para que esta possa inserir a informação no seu sistema e tomar
as medidas necessárias sempre que verificar a circulação de tal produto. Já a ANR e a ANRM
informam quais os produtos que podem ser exportados e quais os que, de alguma forma, podem
causar danos à saúde”, explicou.

Por outro lado, Joana Mendes apelou à intervenção de todos na protecção do meio ambiente.
“O mundo precisa de todos para que a sociedade se torne livre dos criminosos ambientais e
de forma a evitarmos as consequências que temos estado a sentir, como a seca, as pragas de
gafanhotos e as inundações. Só com a colaboração de todos conseguiremos tornar o comércio
internacional verde”, concluiu.

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PREÇO - RAMAS ANGOLANAS

Tabela 1 - Preços spot do Barril de Petróleo para Agosto/22

As ramas angolanas têm mantido o


padrão de acompanhamento do BRENT
e após sofrer um suave declínio em
Maio, no mês de Junho registou um
forte aumento na média mensal, tendo
alcançado uma média de $121,00 por
barril. O mês de Junho deste ano registou
os preços mais altos da última década,
tendo atingido o máximo de $128.93 o
barril de BRENT, sendo que algumas
ramas angolanas passaram a barreira
$130 dólares por barril. Os preços
actuais do petróleo estão, sem dúvida, a
contribuir positivamente para economia
angolana, que desde o fim de 2021 tem
tido ganhos. No presente ano, até ao
momento, o Kwanza angolano apreciou
pelo menos 20%, resultado dos altos
preços da commodity mais exportada
pelo País, assim como upgrades do
rating de crédito. Permanece por Tabela 2 - Comportamento do preço das ramas angolanas face ao
um cenário optimista, para o prisma Brent - Fonte: SAF vs Platts
económico angolano.

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PREÇOS DO GÁS CONTINUAM A ATINGIR ALTAS HISTÓRICAS

Tabela 3 – Preço diário do gás nos mercados futuros – Fonte: Bloomberg.

RECEITA PETROLÍFERA MÊS DE AGOSTO

EXPORTAÇÃO
O País registou no mês de Julho um total de 33 660 226 barris de petróleo exportados, menos 3,34 milhões
de barris comparando ao mês anterior, representado um decréscimo de aproximadamente 9%. Os Blocos
17, 15 e 32, respectivamente, foram os que mais contribuíram para produção angolana, totalizando 59% das
exportações.

ARRECADAÇÃO
No mês de Agosto, a receita cifrou-se em Kz 584 187 403 343, inferior em Kz 951 912 819 435,72 a receita do
mês passado, um decréscimo de aproximadamente 62%. Este decréscimo aconteceu, pois, houve um ligeiro
decréscimo do preço de petróleo exportado em 7% quando comparado com o mês anterior, não obstante
a isso, no corrente mês, não obtivemos pagamentos de compensação de impostos referentes a exercícios
anteriores.

PRODUÇÃO
Ocorreu um pequeno aumento na produção diária de 1,18 mmbbls/d para 1,19 mmbbls/d totalizando 36 929
893 barris no mês de Julho, segundo dados da Concessionaria Nacional (ANPG).
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?

1
O Grande Contribuinte, cujos proveitos anuais verificados na data de
encerramento de contas do exercício, sejam superiores a
KZ 7 000 000 000,00 (Sete Mil Milhões de Kwanzas), devem proceder
à elaboração de um Dossier de Preços de Transferência, em que
caracterizem as relações e preços praticados com as sociedades
com as quais possuam relações especiais, nos termos do n.o 1 do art.o
12.o do Decreto Presidencial n.o 147/13, de 1 de Outubro que determina
o Estatuto dos Grandes Contribuintes.

2
A Brigada Canina Aduaneira (BCA) foi criada para a prevenção e
combate à prática ilícita, no circuito do comércio internacional, e ao
tráfico ilícito de mercadorias proibidas ou sujeitas a restrições em
todo território nacional. Dispõe de cães com as especialidades de:
detecção de droga (adestrados e certificados na busca e detenção
de narcóticos), detecção de explosivos (adestrados e certificados
na busca e detenção de explosivos e armas de fogo), detecção de
dinheiro (adestrados e certificados na busca e detenção de notas e
moedas).

3
Os serviços de intermediação financeira e seguradora não
constituem prestação de serviços sujeitas à retenção na fonte,
nos termos da alínea f) do n.o 13 do art.o 67.o do CII, alterado pela
Lei n.o 26/20, de 20 de Julho.

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A MINHA OPINIÃO
OS IMPOSTOS E A JUSTIÇA FISCAL
INTERGERACIONAL
Anderson Vitangaiala
Técnico do Centro de Estudos Tributários

A temática da justiça intergeracional tem sido um equilíbrio em torno de variáveis influenciáveis


dos temas referenciados nas últimas décadas positivamente na sustentabilidade fiscal
pela dogmática do direito público, especialmente, intergeracional, designadamente, controlo na
o direito financeiro e fiscal. distribuição da carga fiscal formal e efectiva,
O ponto principal na análise sobre esta matéria previsão de controlo orçamental sobre a
tem recaído na óptica da despesa pública, concessão dos benefícios fiscais (por via
atendendo as implicações futuras que dela do método das receitas fiscais cessantes),
advêm, resultantes do recurso ao endividamento ajustamentos sobre a dedutibilidade de encargos
público. entre pessoas singulares e colectivas (por via da
No plano jurídico financeiro, o ordenamento tributação única sobre estas factispecies fiscais),
jurídico angolano consagrou normas sobre impostos sobre o ambiente e emissões poluentes
justiça intergeracional, optando pela consagração (green tax revolution), entre outros.
de normas categoria princípio, concretamente, Ora, estas variáveis são relevantes, no cenário
o Princípio da Estabilidade Orçamental e o fiscal pós-moderno caracterizado pelo binómio
Princípio da Sustentabilidade Fiscal previstos no Estado-dívida onde os impostos têm servido
Regime Financeiro das Autarquias Locais e na como instrumentos de suporte para acudir as
Lei da Sustentabilidade das Finanças Públicas. metas orçamentais anuais ou plurianuais tendo
A reflexão desta temática não deve encerrar por este nível impacto intergeracional.
somente no prisma da despesa pública, sem Admitimos que haja dificuldade analítica na
considerarmos a importância da receita fiscal mensuração do impacto resultante das opções
enquanto elemento fundamental na ideia da financeiras-orçamentais a longo prazo, por
justiça fiscal intergeracional. consequência, intergeracional e a interligação
O tópico primacial da receita fiscal a fortiori os com as medidas fiscais actuais e no futuro
impostos, no quadro da justiça entre gerações (alargamento da base fiscal, aumento ou redução
incide no reconhecimento dos deveres e direitos de taxas, concorrência fiscal...).
constitucionais, pelo que, o pagamento deste tipo Entretanto, julgamos que o caminho indicado em
de receitas, considerado um dever fundamental1, prol da sustentabilidade fiscal entre gerações
pressupõe uma contrapartida resultante no no sistema fiscal pátrio, seja considerar normas
exercício de direitos, sendo eles fundamentais, categorias princípios, aplicadas a todos os
concretizados, por via de mecanismos casos sobre os quais dispõe sob reserva de
democráticos tornando estes direitos numa ponderação2, por serem flexíveis contrariamente
categoria de todas as gerações. às normas de categorias regras e operam como
Nos últimos anos o sistema fiscal angolano tem razões prima facie em função das razões válidas
sofrido constante mutação em consequência para determinada decisão.
das alterações legislativas nas várias categorias A justiça fiscal intergeracional pressupõe
de impostos, tendo estas medidas o carácter flexibilidade e equilíbrio entre receita fiscal
de continuidade cujos efeitos transcendem as e despesa pública, essencial na protecção
gerações. Nesse sentido, consideramos que das gerações que sobre elas recai o dever
se deve caminhar permanentemente para o constitucional de contribuir.

1. Tese defendida por Casalta Nabais, vide “o dever fundamental de pagar impostos-contributo para a compreensão constitucional do Estado fiscal
contemporâneo”, Editora Almedina, 1998.
2. Para mais desenvolvimentos, Cfr. Gonçalo de Almeida Ribeiro, in O Problema da Tutela Constitucional das Gerações Futuras - Justiça entre Gerações,
Perspectivas Interdisciplinares, Coordenadores Jorge Pereira da Silva e Gonçalo de Almeida Ribeiro, Universidade Católica Editora, 2017.

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PSICOLOGIA DO DINHEIRO

FÁTIMA SAMPAIO FERNANDES


Psicóloga da Saúde - CEP N.o 2148

VENDER
Vendemos produtos, trabalhamos em instituições que vendem serviços, que compram produtos e serviços,
fazemos compras de comida, de roupa, de ténis, de sonhos. Vendemo-nos: sou uma boa mãe! Sou um pai
sério! Sou um bom formador. Sou o melhor colaborador de todos os tempos. Sou atraente. Sou inteligente. Sou
divertido. Sou engraçado. Sou tímida. Sou boa pessoa.

Vendemo-nos.

Vendemos quem somos através da forma como vestimos, como falamos, como agimos, como movemos as
mãos e os olhos. Passamos informação. Seduzimos. Convencemos. Manipulamos, por vezes.

O universo das vendas é complexo e, em sentido lato, omnipresente. Se há duas pessoas: há interacção
social, há regras, há códigos de conduta, há a necessidade do Direito, há a troca, há a venda!

Várias formas de venda coexistem. A venda de laranjas, no mercado, existe ao mesmo tempo que a venda de
irreverência num par de jeans rasgados, ou a venda de glamour e jantares em restaurantes luxuosos, algures
numa cidade cara europeia, tudo incluído num frasco de perfume.

Já a quitandeira, de Agostinho Neto (na obra Sagrada Esperança – Renúncia Impossível – Amanhecer, Luanda:
União dos Escritores Angolanos, 2009), vendia laranjas e vendia-se a ela mesma:

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QUITANDEIRA

A quitanda. embebido nos fios de algodão


Muito sol que me cobrem.
e a quitandeira à sombra
da mulemba.
Como o esforço foi oferecido
à segurança das máquinas
– Laranja, minha senhora à beleza das ruas asfaltadas
laranjinha boa! de prédios de vários andares
à comodidade de senhores ricos
a alegria dispersa por cidades
A luz brinca na cidade
e seu quente jogo
de claros e escuros e eu
e a vida brinca me fui confundindo
em corações aflitos com os próprios problemas da existência.
o jogo da cabra-cega.

Aí vão as laranjas
A quitandeira como eu me ofereci ao álcool
que vende fruta para me anestesiar
vende-se. e me entreguei às religiões
para me insensibilizar
e me atordoei para viver.
– Minha senhora
laranja, laranjinha boa!
Tudo tenho dado.

Compra laranjas doces


compra-me também o amargo Até mesmo a minha dor
desta tortura e a poesia dos meus seios nus
da vida sem vida. entreguei-as aos poetas.

Compra-me a infância de espírito Agora vendo-me eu própria.


este botão de rosa – Compra laranjas
que não abriu minha senhora!
princípio impelido ainda para um início. Leva-me para as quitandas da Vida
o meu preço é único:
– sangue.
– Laranja, minha senhora!

Talvez vendendo-me
Esgotaram-se os sorrisos eu me possua.
com que chorava.
Eu já não choro.
– Compra laranjas!
(2009: 54-56)
E aí vão as minhas esperanças
como foi o sangue dos meus filhos
amassado no pó das estradas
enterrados nas roças
e o meu suor
16
Compramos laranjas, compramos vidas, compramos quase-certezas de saúde e sonhos de sucesso. Afirmamos
a nossa força, a nossa determinação, a nossa diferença na escolha de produtos. Nunca compramos só um
produto, compramos a marca e o que a marca nos promete.

Vejamos os slogans de algumas marcas angolanas que nos são familiares:


• Cuca – “Somos Cuca”.
• Blue – “A vida é uma festa”.
• Movicel – “Vamos longe”.
• Unitel – “O próximo mais próximo”.

A Cuca apresenta ainda os slogans derivados do “Somos Cuca”: “Somos Angolanos, Somos Cuca”; “Somos
União”.

Estas marcas vendem mais do que produtos e serviços: apelam ao nosso mais profundo sentido de identidade
e necessidade de pertença. Apelam ainda a aspectos culturais, muito angolanos, muito humanos: o estarmos
juntos e o estarmos em festa.

Vejamos os slogans de algumas marcas internacionais:


• Adidas – Impossible is Nothing. (O impossível é nada.)
• Amazon – Work Hard, Have Fun, Make History. (Trabalha duro, diverte-te, faz história.)
• Apple – Think Different. (Pensa diferente.)
• Coca-Cola – Open Happiness. (Abre a felicidade.)
• Disney – The Happiest Place on Earth. (O lugar mais feliz da Terra.)
• L’Oreal – Because You’re Worth It. (Porque tu mereces.)
• Nike – Just Do It. (Apenas faz.)
• Red Bull — Red Bull Gives You Wings. (Red Bull dá-te asas.)
• Skittles — Taste the Rainbow. (Saboreia o arco-íris.)

Mais uma vez, há um claro apelo à felicidade, à alegria, à diversão, à cor. Há ainda o desafio: pensa diferente,
atreve-te, faz! E a confiança ilimitada nas nossas capacidades e no nosso futuro: não há impossíveis! Escreve
a tua história!

Todas as marcas mencionadas, quer angolanas, quer internacionais, se vendem muito bem.

E nós, como podemos ter sucesso nas vendas?


Jeffrey Gitomer, em A Bíblia das vendas (São Paulo, M. Books do Brasil, 2011), apresenta os 10,5 mandamentos
do sucesso em vendas. Cá estão eles:

1. Pense.
A venda está na sua mente.
Prepare-se e saiba que está preparado. Sorria. Confie em si. Não é possível vender tudo a toda a gente, mas é
possível vender. Você só precisa de fazer uma venda. Esta venda. Pelo menos até à próxima venda...

2. Acredite.
Acredite em si, na sua empresa, no seu produto – ou não conseguirá vender.
Apaixone-se pelo que vende e transmita essa paixão ao cliente.

Responda às quatro perguntas “Porque é que”:

I. Porque é que acredito na minha empresa?


II. Porque é que acredito nos meus produtos e serviços?
III. Porque é que acredito em mim mesmo?
IV. Porque é que acredito que será melhor para o meu cliente comprar o meu produto?
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3. Envolva-se.
Desenvolva compatibilidade e envolvimento pessoal.

Faça o cliente sorrir, faça amizade com ele, estabeleça uma conexão, encontre a ligação. O cliente estará a
julgá-lo a partir do primeiro momento em que olhar para si. Lembre-se: “Se todas as condições forem iguais,
as pessoas vão querer fazer negócio com os amigos. E, se as condições não forem tão iguais, elas ainda vão
querer fazer negócios com os amigos” (2011: 14).

4. Descubra.
As pessoas compram pelos seus próprios motivos, não pelos motivos do vendedor. Descubra os motivos
delas primeiro.

Lembre-se: as pessoas não gostam que lhes vendam algo, mas elas adoram comprar! (Como vimos no último
artigo da rubrica “Psicologia do Dinheiro”, sobre a nossa compulsão para comprar.)

Conheça, tanto quanto possível, os motivos dos seus clientes, as suas necessidades, os seus desejos: que
desejos movem o seu cliente? O desejo de possuir, de ganhar, de resolver, de impressionar?

5. Pergunte.
Faça as perguntas certas, que levem o cliente a falar dele mesmo e das suas paixões e desejos. Faça perguntas
originais, diferentes, engraçadas. Leve o cliente a formular uma opinião.

Não faça perguntas óbvias demais, que coloquem o cliente na defensiva. A venda deve ser um prazer.

6. Observe.
Quando estiver com o seu cliente, observe: que objectos ele tem consigo? Que objectos estão na sua sala?
Troféus? Medalhas? Livros? Fotos? Observe. Tire conclusões.

7. Atreva-se.
Tenha a coragem de arriscar.

Você está disposto a arriscar em nome do sucesso? É preciso não ter medo do incerto, do desconhecido, dos
riscos, dos desafios. Viver também é isso. Tente.

8. Assuma.
Se não conseguirmos vender: a responsabilidade é nossa. Mas não há problema. A rejeição é uma excelente
oportunidade para aprendermos e melhorarmos as nossas técnicas e estratégias de vendas.

9. Mereça.
Venda pelo relacionamento. Não pela comissão.

“Se você fizer uma venda, ganhará uma comissão. Se você fizer um amigo, ganhará uma fortuna” (2011: 25).

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10. Prove.
Os testemunhos superam as objecções. Grave os testemunhos em vídeo. Coloque-os na Internet.

“Os testemunhos são provas de que você é quem diz ser, e que o seu produto ou serviço terá o desempenho
que você diz ter” (2011: 27).

10,5. Torne-se.
“Você não se torna um excelente vendedor num dia. Você torna-se um excelente vendedor no dia-a-dia” (2011:
28).

Como em tudo: ser um bom vendedor é um processo, uma conquista.

Na vida, vamos aprendendo a vender, a vender produtos e serviços, mas também a vender a nossa imagem,
os nossos conhecimentos, as nossas capacidades. Não basta que tenhamos habilidades, temos de as saber
dar a conhecer.

Vamos fazer um exercício prático? Pegue em algo que tem aí ao seu lado. Algumas folhas brancas A4, um
lápis, ou outra coisa. Venda esse objecto. Não importa o valor. Pode ser 100 kwanzas. Sorria para o comprador,
convença-o. O que é que vendeu? A folha de papel ou o seu sorriso? O lápis ou a piada que fez ou o jeito como
se aproximou? Conte-me uma das suas aventuras em vendas (IG @consultorio-psicologia-luanda).

A vida é uma aventura, e a venda é uma forma de comunicarmos.

Vamos comunicar mais e melhor?

Força!

Fique bem!

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REGIME GERAL


CALENDÁRIO
 
    
   
  
   

FISCAL
  
 
  
   
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E DE PAGAMENTO 2022

 
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Título: Josemar Dias, Denise Garrocho Panzo, portaldocontribuinte.minfin.gov.ao
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Edição: Tarciso Gourgel, Raúl Dias, Augusto Central de Apoio ao Contribuinte:
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Redacção e Edição:
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(GCI - AGT)

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