Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Este estatuto permite aos actores do comércio internacional gozar de uma relação privilegiada com
as autoridades de vários territórios. O alargamento da possibilidade de adesão a este estatuto para os
despachantes e transitários resulta da necessidade de se “adequar e alargar o programa de OEA, com a
participação de outros intervenientes da cadeia logística, que representam baixo grau de risco nas suas
operações comerciais”.
Os despachantes e os transitários que queiram obter a certificação de OEA devem, entre outros requisitos,
“possuir um histórico do cumprimento das obrigações aduaneiras e fiscais, ter uma contabilidade compatível
com os princípios contábeis em vigor no País e operado por intermédio de um sistema de gestão informático,
bem como apresentar solvabilidade financeira comprovada”, lê-se no referido despacho, assinado pela
ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa.
O programa de OEA visa, fundamentalmente, proporcionar maior agilidade no fluxo do comércio internacional,
permitir a adesão crescente de operadores económicos, inclusive pequenas e médias empresas e estabelecer
acordos de reconhecimento mútuo que atendam aos interesses do País.
Aos operadores certificados são concedidos benefícios específicos, com vista à facilitação dos procedimentos
aduaneiros no País, podendo ser concedidos de acordo com a modalidade de certificação, função do operador
na cadeia logística ou com o grau de conformidade.
2
A obtenção da certificação como Operador Económico Autorizado permite, de igual modo, tratamento
prioritário, personalizado e célere no processo de desalfandegamento de mercadorias, bem como, participar
da formulação de propostas para a alteração da legislação e dos procedimentos aduaneiros que visem o
aperfeiçoamento do Estatuto de OEA.
De modo geral, o OEA é um programa de certificação internacional para empresas, criado pela Organização
Mundial das Alfândegas (OMA). Em Angola é gerido pelo Ministério das Finanças, através da Administração
Geral Tributária. Podem concorrer à certificação do programa OEA os seguintes intervenientes da cadeia
logística: Importadores, Exportadores, Despachantes Oficiais e Transitários.
Entretanto para a admissão como OEA, os agentes económicos têm de preencher um requerimento de
certificação, responder ao questionário de auto-avaliação, preencher o relatório complementar de validação,
bem como, apresentar a inscrição no registo de importadores, exportadores, despachantes ou transitários,
emitido pelo Ministério da Indústria e Comércio. O operador deve, igualmente, apresentar o comprovativo de
regularidade fiscal, por meio de certidão de não devedor, e o comprovativo da actuação como interveniente
em actividade passível de certificação como OEA, pelo período mínimo de 24 meses.
Cumprido com os requisitos acima referidos, o certificado de OEA é emitido por um período de 3 anos,
podendo ser renovado a pedido do titular, desde que a AGT confirme que se mantêm as obrigações e os
critérios exigidos por ocasião da concessão do certificado.
Desde o início da sua implementação em Angola, em Novembro de 2019, estão certificados no programa
OEA 41 operadores, dos quais, empresas do sector petrolífero, construção, automóvel, agrícola, bebidas,
farmacêutico, bem como, empresas do sector de tecnologia de informação, do sector alimentar, entre outros.
3
JOGOS DE FORTUNA OU AZAR
TRIBUTAÇÃO NO SECTOR DOS JOGOS MAIS EFICAZ
“Com o incremento da regulamentação do sector, bem como, das acções de fiscalização, que visam dentre
outros, o combate à proliferação do jogo ilícito, a ludopatia, e a promoção da melhoria da eficácia e eficiência
no recebimento de impostos do sector de jogos e, consequentemente, a maximização das receitas públicas,
auguramos alcançar a meta fiscal prevista no OGE”, informou Paulo Ringote.
e ao ISJ quatro declarações de imposto num mesmo exercício fiscal, ao contrário do regime geral, em que as
empresas apresentam apenas a declaração anual de imposto”, explicou Paulo Ringote.
OS DESAFIOS DO ISJ
Quanto aos grandes desafios do Instituto de Supervisão de Jogos, Paulo Ringote informou que se cingem em
“garantir o cumprimento escrupuloso das leis por parte das entidades exploradoras, garantindo assim, uma
exploração responsável da actividade, que redunde na arrecadação de receitas para o Estado”.
O ISJ tem, ainda, o desafio de apoiar os apostadores para garantir a prática do jogo responsável, em todas as
modalidades de jogos.
A tudo isto deve-se acrescer as actividades de supervisão e fiscalização das entidades exploradoras em todas
as províncias do País. Importa referir que, nos termos da legislação em vigor, a actividade de jogos de fortuna
ou azar “consiste no arriscar de somas monetárias ou objectos de valor pecuniário, sobre resultados futuros
ou incertos, onde o apuramento do resultado depende exclusivamente da sorte ou azar dos jogadores que
neles participam, permitindo assim a transferência de valores entre os participantes”. O ISJ tem por missão
“apoiar o Executivo na definição da política económica nos domínios da exploração da indústria de jogos,
com vista a obtenção de receitas públicas e geração de empregos, por via da supervisão, regulamentação,
fiscalização e acompanhamento de toda actividade, assim como na definição de politica pública consistente
nos domínios da manutenção da ordem pública, protecção dos interesses dos jogadores e do seu património,
bem como na prevenção e combate ao branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e proliferação
de armas de destruição em massa”.
5
6.a REGIÃO TRIBUTÁRIA
SERVIÇO TRIBUTÁRIO DA SEXTA REGIÃO REGISTA AUMENTO DE 93% DE
NOVOS CONTRIBUINTES
A 6.a Região Tributária, afecta à Administração Geral Tributária (AGT), que compreende as províncias do
Cunene e Cuando Cubango, registou um aumento de 93 % de novos contribuintes cadastrados no 1.o semestre
de 2022 em relação ao período homólogo de 2021. Entre os principais factores que motivaram este aumento
destaca-se o levantamento da cerca sanitária, a nível do País, o que permitiu a retoma do contacto com
empresas e particulares.
A informação foi avançada pelo director da 6.a Região Tributária, Hélio N’zage, em entrevista à Folha Tributária.
Na ocasião, explicou que “o total de novos contribuintes cadastrados, no 1.o semestre de 2022, foi de 13 741. Este
aumento surge por conta do registo massivo dos contribuintes que estavam na informalidade e passaram
agora para a formalidade”.
De forma a melhorar o atendimento aos contribuintes, o responsável revelou que a “AGT tem apostado
na formação dos seus funcionários, no sentido de muni-los com as melhores competências para o efeito.
Outrossim, existe a nível da AGT o Programa de Excelência no Atendimento ao Contribuinte que agrupa várias
acções de capacitação destinadas a todos os funcionários, incluindo gestores” reiterou.
Por outro lado, Hélio N’zage sublinhou que a 6.a Região Tributária tem realizado várias campanhas de
sensibilização nas comunidades, bem como nos órgãos de informação de forma a aumentar a literacia
tributária naquela região. “As campanhas de sensibilização são feitas de porta-em-porta e nos órgãos de
comunicação, fundamentalmente nas rádios. Temos andado de casa-em-casa para fazer os registos dos
imóveis dos contribuintes, cadastrar e sensibilizá-los sobre aquilo que são os impostos e as formas de
pagamentos”, disse.
Em relação aos desafios da 6.a Região Tributária, o director da 6.a Região Tributária referiu que o aumento da
literacia tributária dos contribuintes e o alargamento da rede de atendimento através da construção de mais
postos são dos principais desafios da actual direcção.
“Nas províncias que integram a 6.a Região Tributária existem muitas localidades distantes e, por isso, temos
o desafio de abrirmos postos fiscais nestas localidades, como por exemplo no Cuíto Cuanavale, no Cuando
Cubango, ou no município do Cuvelai, no Cunene. Desta forma poderemos dialogar com os contribuintes,
fazer mais registos de imóveis, registo das actividades dos contribuintes e assim aumentar as receitas da
própria região”, avançou.
Na componente aduaneira, é a reabertura do Posto Aduaneiro do Buabuata que deverá contribuir para um
melhor controlo da actividade tributável a nível das fronteiras. A Administração Geral Tributária tem aumentado
a vigilância ao longo da orla marítima “reforçando o patrulhamento com a Polícia Fiscal e Aduaneira e a de
Guarda Fronteira de forma a impedir a entrada de infractores. Tudo isto é feito no sentido de olharmos para
aquilo que é a visão da AGT que, inicialmente, é a arrecadação de impostos e de melhorar, substancialmente,
o controlo das fronteiras”, afirmou o director regional.
6
FRAUDE E EVASÃO FISCAL
ACORDOS INTERNACIONAIS NO DOMÍNIO FISCAL PREVINEM A EVASÃO
FISCAL
A Administração Geral Tributária (AGT) conta, actualmente, com quatro acordos firmados no domínio da
arrecadação fiscal, sendo “dois para evitar a dupla tributação, um de troca de informação em matéria fiscal e
um acordo intergovernamental”. Todos têm como principal foco o combate à evasão fiscal.
Os dados foram avançados à Folha Tributária pela chefe do Departamento de Intercâmbio Internacional, do
Gabinete de Planeamento Estratégico e Cooperação Internacional (GPECI) da AGT, Elsa Pereira.
“Considerando que a AGT é uma administração que existe há sete anos, temos vindo a empreender esforços
no sentido de aumentar a nossa rede de acordos”, explicou, acrescentando que, no domínio aduaneiro, a AGT
“operacionaliza um Acordo de Assistência Mútua em Matéria Aduaneira e três convenções multilaterais no
âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)”.
Não obstante o escopo dos acordos variarem, todos eles apresentam um denominador comum, “o combate à
fraude e à evasão fiscal que, por sua vez, conduz ao aumento de arrecadação de receitas”, explicou.
Quanto aos protocolos institucionais, Elsa Pereira disse que a AGT tem 16 protocolos firmados que visam, no
essencial, “operacionalizar as trocas de informações, o desenvolvimento conjunto de acções formativas, bem
como a realização conjunta de eventos”.
No âmbito do intercâmbio internacional, a AGT aderiu ao Fórum Africano das Administrações Tributárias
(ATAF), ao Centro Interamericano das Administrações Fiscais (CIAT), ao Quadro Inclusivo-BEPS da Organização
para o Desenvolvimento Económico (OCDE), à Organização Mundial das Alfândegas (OMA) e à Organização
Mundial do Comércio (OMC).
“A troca de experiências com os nossos parceiros internacionais propicia o aumento da eficácia dos serviços
tributários, melhorando, deste modo, a experiência do contribuinte aquando das suas interacções com a AGT.
Tal facto conduz ao aumento de receita”, afirmou.
Segundo Elsa Pereira, a cooperação internacional no domínio da arrecadação fiscal consiste no conjunto de
relações estabelecidas entre as administrações e organizações internacionais tributárias, com o propósito de
promover a partilha de experiências.
“Internamente, as interacções com os parceiros, a coordenação dos processos de negociação, a preparação
de todos os documentos para a assinatura dos instrumentos de cooperação e o monitoramento das acções
nas quais se consubstanciam a cooperação, são levadas a cabo pelo GPECI, através do Departamento de
Intercâmbio e Cooperação Internacional da AGT”, concluiu.
7
COMÉRCIO LÍCITO
INICIATIVA ALFÂNDEGAS VERDES APOSTA NO COMÉRCIO LÍCITO
DE ESPÉCIES PROTEGIDAS
A Organização Mundial das Alfândegas (OMA), em parceria com o Programa das Nações Unidas
para o Ambiente (PNUMA), criou a “Iniciativa Alfândegas Verdes”. O objectivo é o de proteger
a fauna e a flora, da criminalidade ambiental, e tornar mais fluído e seguro o comércio lícito
de espécies protegidas e em vias de extinção, bem como prevenir o comércio ilegal de bens
prejudiciais ao meio ambiente.
“A OMA orientou que todos os países membros desta organização tivessem algum cuidado com
os tipos de mercadorias a importar ou exportar, nomeadamente, as mercadorias cuja escassez
causa problemas ao ecossistema”, frisou, acrescentando que, a OMA pretende implementar esta
iniciativa em todos os países membros até 2023.
8
São parceiros da OMA, no âmbito desta iniciativa, a PNUMA, a Organização para a Proibição
de Armas Químicas e a Interpol. As entidades envolvidas reafirmam o respeito pelos princípios
estabelecidos em várias convenções, nomeadamente, as convenções de Basileia, de Cites, de
Estocolmo, de Montreal, de Rotterdam, bem como a Convenção sobre a Diversidade Biológica.
A Iniciativa Alfândegas Verdes gera vários benefícios para os países envolvidos, a nível social e
ambiental, na medida em que promove o controlo dos processos de importação e exportação de
mercadorias, contribuindo, deste modo, para a redução da criminalidade ambiental, no caso de
produtos perigosos, e a uma maior protecção do ambiente, reduzindo a poluição generalizada.
Permite, ainda, eliminar a produção de armas químicas e respectivos meios de disseminação,
além de facilitar o comércio lícito e seguro de espécies protegidas e em vias de extinção.
Por outro lado, Joana Mendes apelou à intervenção de todos na protecção do meio ambiente.
“O mundo precisa de todos para que a sociedade se torne livre dos criminosos ambientais e
de forma a evitarmos as consequências que temos estado a sentir, como a seca, as pragas de
gafanhotos e as inundações. Só com a colaboração de todos conseguiremos tornar o comércio
internacional verde”, concluiu.
9
10
PREÇO - RAMAS ANGOLANAS
11
PREÇOS DO GÁS CONTINUAM A ATINGIR ALTAS HISTÓRICAS
EXPORTAÇÃO
O País registou no mês de Julho um total de 33 660 226 barris de petróleo exportados, menos 3,34 milhões
de barris comparando ao mês anterior, representado um decréscimo de aproximadamente 9%. Os Blocos
17, 15 e 32, respectivamente, foram os que mais contribuíram para produção angolana, totalizando 59% das
exportações.
ARRECADAÇÃO
No mês de Agosto, a receita cifrou-se em Kz 584 187 403 343, inferior em Kz 951 912 819 435,72 a receita do
mês passado, um decréscimo de aproximadamente 62%. Este decréscimo aconteceu, pois, houve um ligeiro
decréscimo do preço de petróleo exportado em 7% quando comparado com o mês anterior, não obstante
a isso, no corrente mês, não obtivemos pagamentos de compensação de impostos referentes a exercícios
anteriores.
PRODUÇÃO
Ocorreu um pequeno aumento na produção diária de 1,18 mmbbls/d para 1,19 mmbbls/d totalizando 36 929
893 barris no mês de Julho, segundo dados da Concessionaria Nacional (ANPG).
12
?
1
O Grande Contribuinte, cujos proveitos anuais verificados na data de
encerramento de contas do exercício, sejam superiores a
KZ 7 000 000 000,00 (Sete Mil Milhões de Kwanzas), devem proceder
à elaboração de um Dossier de Preços de Transferência, em que
caracterizem as relações e preços praticados com as sociedades
com as quais possuam relações especiais, nos termos do n.o 1 do art.o
12.o do Decreto Presidencial n.o 147/13, de 1 de Outubro que determina
o Estatuto dos Grandes Contribuintes.
2
A Brigada Canina Aduaneira (BCA) foi criada para a prevenção e
combate à prática ilícita, no circuito do comércio internacional, e ao
tráfico ilícito de mercadorias proibidas ou sujeitas a restrições em
todo território nacional. Dispõe de cães com as especialidades de:
detecção de droga (adestrados e certificados na busca e detenção
de narcóticos), detecção de explosivos (adestrados e certificados
na busca e detenção de explosivos e armas de fogo), detecção de
dinheiro (adestrados e certificados na busca e detenção de notas e
moedas).
3
Os serviços de intermediação financeira e seguradora não
constituem prestação de serviços sujeitas à retenção na fonte,
nos termos da alínea f) do n.o 13 do art.o 67.o do CII, alterado pela
Lei n.o 26/20, de 20 de Julho.
13
A MINHA OPINIÃO
OS IMPOSTOS E A JUSTIÇA FISCAL
INTERGERACIONAL
Anderson Vitangaiala
Técnico do Centro de Estudos Tributários
1. Tese defendida por Casalta Nabais, vide “o dever fundamental de pagar impostos-contributo para a compreensão constitucional do Estado fiscal
contemporâneo”, Editora Almedina, 1998.
2. Para mais desenvolvimentos, Cfr. Gonçalo de Almeida Ribeiro, in O Problema da Tutela Constitucional das Gerações Futuras - Justiça entre Gerações,
Perspectivas Interdisciplinares, Coordenadores Jorge Pereira da Silva e Gonçalo de Almeida Ribeiro, Universidade Católica Editora, 2017.
14
PSICOLOGIA DO DINHEIRO
VENDER
Vendemos produtos, trabalhamos em instituições que vendem serviços, que compram produtos e serviços,
fazemos compras de comida, de roupa, de ténis, de sonhos. Vendemo-nos: sou uma boa mãe! Sou um pai
sério! Sou um bom formador. Sou o melhor colaborador de todos os tempos. Sou atraente. Sou inteligente. Sou
divertido. Sou engraçado. Sou tímida. Sou boa pessoa.
Vendemo-nos.
Vendemos quem somos através da forma como vestimos, como falamos, como agimos, como movemos as
mãos e os olhos. Passamos informação. Seduzimos. Convencemos. Manipulamos, por vezes.
O universo das vendas é complexo e, em sentido lato, omnipresente. Se há duas pessoas: há interacção
social, há regras, há códigos de conduta, há a necessidade do Direito, há a troca, há a venda!
Várias formas de venda coexistem. A venda de laranjas, no mercado, existe ao mesmo tempo que a venda de
irreverência num par de jeans rasgados, ou a venda de glamour e jantares em restaurantes luxuosos, algures
numa cidade cara europeia, tudo incluído num frasco de perfume.
Já a quitandeira, de Agostinho Neto (na obra Sagrada Esperança – Renúncia Impossível – Amanhecer, Luanda:
União dos Escritores Angolanos, 2009), vendia laranjas e vendia-se a ela mesma:
15
QUITANDEIRA
Aí vão as laranjas
A quitandeira como eu me ofereci ao álcool
que vende fruta para me anestesiar
vende-se. e me entreguei às religiões
para me insensibilizar
e me atordoei para viver.
– Minha senhora
laranja, laranjinha boa!
Tudo tenho dado.
Talvez vendendo-me
Esgotaram-se os sorrisos eu me possua.
com que chorava.
Eu já não choro.
– Compra laranjas!
(2009: 54-56)
E aí vão as minhas esperanças
como foi o sangue dos meus filhos
amassado no pó das estradas
enterrados nas roças
e o meu suor
16
Compramos laranjas, compramos vidas, compramos quase-certezas de saúde e sonhos de sucesso. Afirmamos
a nossa força, a nossa determinação, a nossa diferença na escolha de produtos. Nunca compramos só um
produto, compramos a marca e o que a marca nos promete.
A Cuca apresenta ainda os slogans derivados do “Somos Cuca”: “Somos Angolanos, Somos Cuca”; “Somos
União”.
Estas marcas vendem mais do que produtos e serviços: apelam ao nosso mais profundo sentido de identidade
e necessidade de pertença. Apelam ainda a aspectos culturais, muito angolanos, muito humanos: o estarmos
juntos e o estarmos em festa.
Mais uma vez, há um claro apelo à felicidade, à alegria, à diversão, à cor. Há ainda o desafio: pensa diferente,
atreve-te, faz! E a confiança ilimitada nas nossas capacidades e no nosso futuro: não há impossíveis! Escreve
a tua história!
Todas as marcas mencionadas, quer angolanas, quer internacionais, se vendem muito bem.
1. Pense.
A venda está na sua mente.
Prepare-se e saiba que está preparado. Sorria. Confie em si. Não é possível vender tudo a toda a gente, mas é
possível vender. Você só precisa de fazer uma venda. Esta venda. Pelo menos até à próxima venda...
2. Acredite.
Acredite em si, na sua empresa, no seu produto – ou não conseguirá vender.
Apaixone-se pelo que vende e transmita essa paixão ao cliente.
Faça o cliente sorrir, faça amizade com ele, estabeleça uma conexão, encontre a ligação. O cliente estará a
julgá-lo a partir do primeiro momento em que olhar para si. Lembre-se: “Se todas as condições forem iguais,
as pessoas vão querer fazer negócio com os amigos. E, se as condições não forem tão iguais, elas ainda vão
querer fazer negócios com os amigos” (2011: 14).
4. Descubra.
As pessoas compram pelos seus próprios motivos, não pelos motivos do vendedor. Descubra os motivos
delas primeiro.
Lembre-se: as pessoas não gostam que lhes vendam algo, mas elas adoram comprar! (Como vimos no último
artigo da rubrica “Psicologia do Dinheiro”, sobre a nossa compulsão para comprar.)
Conheça, tanto quanto possível, os motivos dos seus clientes, as suas necessidades, os seus desejos: que
desejos movem o seu cliente? O desejo de possuir, de ganhar, de resolver, de impressionar?
5. Pergunte.
Faça as perguntas certas, que levem o cliente a falar dele mesmo e das suas paixões e desejos. Faça perguntas
originais, diferentes, engraçadas. Leve o cliente a formular uma opinião.
Não faça perguntas óbvias demais, que coloquem o cliente na defensiva. A venda deve ser um prazer.
6. Observe.
Quando estiver com o seu cliente, observe: que objectos ele tem consigo? Que objectos estão na sua sala?
Troféus? Medalhas? Livros? Fotos? Observe. Tire conclusões.
7. Atreva-se.
Tenha a coragem de arriscar.
Você está disposto a arriscar em nome do sucesso? É preciso não ter medo do incerto, do desconhecido, dos
riscos, dos desafios. Viver também é isso. Tente.
8. Assuma.
Se não conseguirmos vender: a responsabilidade é nossa. Mas não há problema. A rejeição é uma excelente
oportunidade para aprendermos e melhorarmos as nossas técnicas e estratégias de vendas.
9. Mereça.
Venda pelo relacionamento. Não pela comissão.
“Se você fizer uma venda, ganhará uma comissão. Se você fizer um amigo, ganhará uma fortuna” (2011: 25).
18
10. Prove.
Os testemunhos superam as objecções. Grave os testemunhos em vídeo. Coloque-os na Internet.
“Os testemunhos são provas de que você é quem diz ser, e que o seu produto ou serviço terá o desempenho
que você diz ter” (2011: 27).
10,5. Torne-se.
“Você não se torna um excelente vendedor num dia. Você torna-se um excelente vendedor no dia-a-dia” (2011:
28).
Na vida, vamos aprendendo a vender, a vender produtos e serviços, mas também a vender a nossa imagem,
os nossos conhecimentos, as nossas capacidades. Não basta que tenhamos habilidades, temos de as saber
dar a conhecer.
Vamos fazer um exercício prático? Pegue em algo que tem aí ao seu lado. Algumas folhas brancas A4, um
lápis, ou outra coisa. Venda esse objecto. Não importa o valor. Pode ser 100 kwanzas. Sorria para o comprador,
convença-o. O que é que vendeu? A folha de papel ou o seu sorriso? O lápis ou a piada que fez ou o jeito como
se aproximou? Conte-me uma das suas aventuras em vendas (IG @consultorio-psicologia-luanda).
Força!
Fique bem!
19
REGIME GERAL
CALENDÁRIO
FISCAL
OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS
E DE PAGAMENTO 2022
ório
www.agt.minfin.gov.ao
CLICA AQUI PARA VER
FOLHA TRIBUTÁRIA
A Folha Tributária, com periodicidade mensal, é um meio de comunicação da Administração Geral Tributária, para a
divulgação de informações, notícias, artigos técnicos, eventos com relevância fiscal e aduaneira ou novidades sobre
os seus serviços, dirigida a todos os interessados em matérias tributárias.
FICHA TÉCNICA
Propriedade: Equipa de Trabalho: AGT Digital:
AGT - Administração Geral Tributária Bráulio E. Assis, Fernando Costa, www.agt.minfin.gov.ao
Título: Josemar Dias, Denise Garrocho Panzo, portaldocontribuinte.minfin.gov.ao
Folha Tributária Natacha Nunda, Osvaldo Domingos, apoio.agt@minfin.gov.ao
Edição: Tarciso Gourgel, Raúl Dias, Augusto Central de Apoio ao Contribuinte:
Agosto 2022 - N.o 52 Delgado, Lee Cambeia. +244 923 16 70 10
Redacção e Edição:
Gabinete de Comunicação Institucional
(GCI - AGT)
21