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OBJECTIVO GERAL

Compreender como funciona a suspensão, revogação, alteração e extinção do acto


administrativo.
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

 Estudar as causas que levam a suspensão,revogação,alteração e extinção dos


actos administrativos.

 Analisar as consequências da suspensão ,revogação,alteração,e extinção dos


actos administrativos.

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INTRODUÇÃO

Este trabalho foi realizado no âmbito da cadeira de Contencioso Administrativo,


que pertence ao plano de estudo do curso da licenciatura de direito(4º ano, 1º semestre )
no corrente ano letivo 2022/2023 com o objetivo de falar suscitamente sobre o tema = A
Extinção revogação, alteração e suspensão dos actos administrativos.

Com este tema o nosso primeiro objetivo foi de recolher toda informação
importante para este tema e seleciona-la devidamente de forma a não prescindir do
indispensável e prescindir do que não tem importância devida.

Depois tivemos a necessidade em dividir o trabalho em partes distintas, para que


conseguíssemos fazer um trabalho claro ,e consequentemente uma melhor apresentação
e compreensão do nosso tema.

Assim sendo numa primeira parte falamos sobre os actos administrativos,


mencionando a sua origem, evolução, e os seus tipos de elementos, numa segunda parte
fazemos o enquadramento com os conceitos acima já mencionados e por fim faremos a
conclusão do trabalho do trabalho realizado.

Devemos por última, mencionar que a realização deste trabalho consultamos


vários manuais de direito administrativo, e ainda as bibliografias mencionadas pelo
docente da cadeira e não só, bem como os nosso apontamentos tirados no decorrer das
nossas aulas.

Problemática

A nossa problemática gira em torno da seguinte pergunta: como se desenvolve a


alteração, extinção ,e revogação dos actos administrativos?

Justificativa

Com este trabalho buscamos entender, os actos administrativos bem como conhecer e
entender como ocorre o processo de alteração, revogação e extinção dos actos
administrativos, baseando um doutrinas muito conhecidas realidade jurídica angolana.

OBJECTIVO GERAL

 Compreender como funciona a suspensão, revogação, alteração e extinção do


acto administrativo.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

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 Estudar as causas que levam a suspensão,revogação,alteração e extinção dos
actos administrativos.

 Analisar as consequências da suspensão ,revogação,alteração,e extinção dos


actos administrativos.

1. CAPÍTULO-ACTOS ADMINISTRATIVOS

Conceitos

De acordo Feitas de Amaral o acto administrativo é o acto jurídico unilateral


praticado por um órgão da administrativo no exercício do poder administrativo e que
visa a produção de efeito jurídico sobre uma situação individual num caso concreto.
Para Marcelo Caetano acto administrativo é a conduta voluntária de um órgão da
administração, que no exemplo de um poder público e para a prossecução de interesses
posto por lei a seu cargo produza efeitos Jurídicos num caso concreto.
2. CAPITULO- A Extinção do Acto Administrativo
CONCEITO
E quando o beneficiário deixa de cumprir os requisitos que deveria permanecer
atendendo, como exigência para a manutenção do ato e de seus efeitos.
Os actos administrativos podem ser extintos através das seguintes formas:
anulação, a revogação, e a convalidação.
Convalidação e o acto administrativo que suprime um defeito de acto
administrativo anteriormente editado, retroagindo seus efeitos a partir da data da edição
do acto administrativo convalidado.

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Um ato administrativo pode ser anulado a pedido do interessado, ou por iniciativa
da administração, e podem ser anulados por quem o praticou, pelo seu superior
hierárquico e, caso o fundamento da invalidade seja a incompetência para a pratica do
acto.

2.2.Revogação, Alteração e suspensão e extinção dos actos administrativos

2.2.1.Noção

Baseando-se na abordagem de Marcelo Caetano no seu livro intitulado Manual


de Direito Administrativo(pg. 530 e 532). Os actos administrativos pode deixar de
vigorar por se ter esgotado na execução seu conteúdo, por terem deixado de se verificar
os pressupostos da sua aplicação, por haver decorrido o tempo previsto para a produção
dos seus efeitos(caducidade) por ter sido substituído por outro acto de conteúdo
diversos… Não é dos casos normais de extinção do acto que vamos ocupa-nos agora,
mas sim daqueles casos em que seja produzido um novo acto administrativo destinado a
destruir o permitir a fazer cessar os seus efeitos para o futuro.

Há uma diferença entre estas duas hipóteses. Na primeira- que chamámos de


destruição de acto anterior- declara-se este sem efeito, pretendendo-se que tudo que se
passa na ordem jurídica como se ele não tivesse exibido, o órgão administrativo
procura influir no passado a fim de, quando possível, apagar os traços deixados pelo
acto durante o período da sua vigência.

Nem sempre esse objetivo se consegue facilmente, por não se poder regressar no
tempo e desfazer os factos ocorridos, ainda que se anulem perduráveis .

Na segunda hipótese a que chamamos de cassação dos efeitos o acto


administrativo, esta em vigor com Aptidão ainda para produzir efeitos a Administração
deseja apenas fazer cessar a vigência do acto,respeitando o passado e impedido que
dele resultem novos efeitos para o futuro.

Em qualquer das hipóteses há,pós,uma intervenção da Administração que


mediante um acto administrativo, denominado revogação, extingue outro acto
administrativo anteriormente praticado e ainda em vigor, desta forma de extinção do
acto administrativo que vamos tratar.(Robim de Andrade). Revogação dos actos
administrativos 1969.

Não se deve confundir acto revogativo com um novo acto com conteúdo diferente
e porventura contraditório ao do acto anterior: Este é um novo acto administrativo, que
substitui outro acto anterior, dispondo para o futuro em termos opostos aos fixados
neste. O acto anterior produziu os seus efeitos e deixa de vigorar porque o seu lugar foi
tomado por outro acto que implicitamente o revogou.Ora o acto revogado tem por
objetivo direto e licito destruir ou fazer cessar os efeitos do acto revogado em si próprio
o substituir. Todavia ,na medida em que no acto contrário haja uma revogação implícita.

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2.2.2.Revogação

Chama-se revogação no nosso direito, ao acto administrativo que tem por objetivo
construir ou fazer cessar os efeitos de outro acto administrativo anterior praticado pelo
mesmo órgão ou por um seu delegado ou subalterno.

De Cordo ao professor Sérgio Ferreira (livro de direito administrativo pag


337) revogação é o acto administrativo que se destina a extinguir os efeitos de outros
actos administrativos anterior.

Com a pratica da revogação, ou acto revogatório, extinguem-se os efeitos


jurídicos do acto revogado.

Os seus efeitos recaem sobre um acto anteriormente praticado, não se concebendo


a sua prática desligada desse acto pré-existente.

O conteúdo da revogação é a extinção dos efeitos juridicos produzidos pelo acto


revogado ouse se preferir é a decisão de extinguir esses efeitos.

O Objetivo da revogação é sempre o acto revogado justamente porque a


revogação é um acto secundário um dos mais importantes actos sobre os actos..

É fundamental sublinhar que à revogação é ela mesma um acto administrativo:


como tal são-lhe aplicáveis todas as regras e princípios característicos do regime
jurídico dos actos administrativos.

2.2.3 Figuras Afins

Da revogação há que distinguir certas figuras afins.

a) Em primeiro lugar, devem distinguir-se da revogação aqueles casos em que, a


Administração pratica um acto administrativo de conteúdo contrário ao de
um acto anteriormente praticado.
b) Em segundo lugar, não devem ser confundidos com a revogação aqueles casos
em que é declarada a caducidade de um acto administrativo anterior.
c) Em terceiro lugar, também não devem ser confundidos com a revogação os
casos em que a Administração declara a inexistência, ou a nulidade, de um
acto administrativo anterior.
d) Em quarto lugar, há que distinguir da revogação a suspensão de um acto
administrativo anterior, o conteúdo do acto de suspensão é a mera paralisação
temporária da eficácia do acto administrativo.
e) Em quinto lugar, a ratificação de erros materiais ou a declaração de acto
administrativo anterior não constituem igualmente casos de revogação.

2.2.4.Espécie de Revogação

As espécies de revogação podem apurar-se a luz de diversos critérios, dos


quais destacam-se quatrim:

1. Quanto a iniciativa: revogação pode ser espontânea (ou oficiosa): é


praticada pelo órgão competente independente de qualquer solicitação neste

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sentido; Ou provocada (art. 81° CPA), é motivada por um requerimento do
interessado, dirigido a um órgão com competência revogatória.
2. Quanto ao autor: a revogação pode ser feita pelo próprio autor do acto
revogado está-se perante a retratação, ou por órgão administrativo
diferente, o acto revogatório é pratica pelo superior hierárquico do autor do
acto revogatório ou pelo delegante, relativamente a actos anteriormente
praticados por um subalterno ou por um delegado.
3. C) Quanto ao fundamento: a revogação pode-se basear-se na
ilegalidade(ou anulação graciosa) com ela visa-se reintegrar a ordem
jurídica violada, suprimindo-se a infração cometida com a pratica de um acto
ilegal; ou na inconveniência do acto que é seu objeto, a pratica do acto
revogatório encontra a sua razão por ser um juízo de mérito, isto é, numa
nova valoração de interesse público feito pelo órgão competente,
independentemente de qualquer juízo de legalidade sobre o acto objeto de
revogação.
4. c). O conteúdo da revogação, que consiste na extinção dos efeitos dos
actos revogados, pode revestir uma de duas modalidades: a mera cessação,
ad futurum, dos efeitos jurídicos dos actos revogados-é a denominada
revogação ab-rogatória- ou a destruição total dos efeitos jurídicos do acto
revogado, mesmo dos que tenham sido produzidos no passado- é a chamada
revogação anulatória.

Diz-se que a eficiência da revogação ab-rogatória é “ex nunc” (desde


agora), e a revogação anulatória, tem eficiência “ ex tunc” (desde então).

Assim, a revogação ab-rogatória ajusta-se aos casos em que o órgão


Administrativo competente muda de critério e resolva extinguir um anterior por
considerar inconveniente, ao passo que a revogação anulatória é revogada pela lei
para os casos em que o acto a revogar tenha sido praticado com ilegalidade.

2.2.5.Regime da Revogabilidade dos actos administrativos

Pode se afirmar que entre nós vigora 9 princípio da revogabilidade dos


actos administrativos, nos termos da qual a Administração Pública dispõe da
faculdade de extinguir os efeitos juridicos de um acto que anteriormente praticou,
desde que o repute ilegal ou inconveniente.

Com que limites, porem?

A este propósito há a distinguir dois tipos de situações: casos de revogação


impossível e casos de revogação proibida.

a) Os casos de revogação impossível


Neste caso a revogação não pode produzir-se, nem logica nem juridicamente.
Casos que impossibilitam(art. 82° CPA)
 É impossível revogação de actos inexistentes ou de actos nulos;
 É impossível a revogação de actoa cujo efeito já tenham sido destruído,
seja através de anulação contencioso, seja através de revogação
anulatoria;

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 É impossível a revogação de actos integralmente executados;
 É também impossível a revogação de actos caducados.

b) Os casos de revogação proibida


Diferentemente outras situações há em que a Administração não
deparando já com uma impossibilidade absoluta de navegação, não deve todavia
sob pena de ilegalidade revogar actos que haja anteriormente praticado.

São fundamentalmente duas as situações que, importam referir.


 A Administração não deve revogar aqueles actos que tinham sido
praticado no exercício de poderes vinculados e em estrita obediência
de imposição lega. Há contudo algumas exceções nomeadamente, são
revogáveis os actos vinculados se conferirem direitos renunciáveis
e os titulares destes validamente renunciarem a esses direitos .

 Também não devem ser objeto de revogação os actos constitutivos de


direitos que tinham sido legalmente praticados pela administração
pública, ainda que no uso de poderes discricionário assim o
determinam com efeito principio da segurança nas relações jurídicas
e a própria lei expressa.

2.2.6. Competência para a Revogação


Pertence ao autor do acto, aos seus superiores hierárquico (salvo, por
iniciativa) ao delegante e, excecional e nos casos previstos na lei, ao órgão que
exercer tutela revogatória(art 85°CPA).
A lê não confere ao órgão competente numa matéria o poder revogar o
acto viciado de incompetência relativa praticado nessa matéria por outro órgão.
Julgamos que faz mal, pois deveria ser também possível ao titular da
competência disposta, com fundamento na invasão desta pelo órgão
incompetente, revogar o acto administrativo praticado por por este órgão. Não
pareca razoável que apenas lhe assista a possibilidade recorrer de tal acto.

2.2.7. Os efeitos Jurídicos da Revogação


Os seus efeitos juridicos, a revogação pode ser de dois tipos: revogação
anulatória, retroage, os seus efeitos jurídicos ao momento da prática do acto
revogado, a revogação opera” ex tunc”, aqui tudo se passa, como se o
actobrevogado nunca tivesse existido- o que, é consequência de ilegalidade que
originalmente afectava este acto. E revogação ab-rogatória, aqui respeita-se
os efeitos já produzidos pelo acto inconveniente, apena cessando, para o futuro,
os efeitos que tal acto tivesse em condições de produzir. A revogação só opera “
ex nunc”.
A revogação não produz efeito em relação a aquém solicitou, mas sim em
relação a todos (erga omnes) devendo, portando, os seus efeitos ser acatados
pelo particular interessado, pela administração e por terceiros.

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2.2.8.Alteração dos actos administrativos
Sucede com frequência que o órgão altera o conteúdo de um acto administração anterior,
modificando o deu objectivo ou algum do requisito deste. Se a hipótese não se enquadrar das
figura de reforma, ou da conversão, tem de se entender que se entender que a parte alterada do
acto novo, quer tenha havido adiamento a primitiva declaração, quer subjeção de algum aspecto
do objecto. Deste modo, as alterações ou modificações que não consistem em mera ratificação
de erros de calculo ou de escrita, não produzem efeitos Retractivo: o acto primitivo, não
revogado, produz os seus efeitos até o momento da eficácia da alteração ou modificação nela
introduzida e estas só são válidas se não contrariarem as regras gerais do regime revogação.

2.3 Suspensão do acto administrativo


É a paralisação temporada dos efeitos jurídicos (art. 93°/2 CPA). Um acto
administrativo pode ser suspenso por de três modos:
a) Por efeito da lei ou “ ope legis”: quando ocorrem certos factos que nos termos
da lei produzem automaticamente efeito suspensivo.

b) Por acto fa administração ou suspensão administrativa :


Ocorre quando órgão administrativo para o efeito competente decide, por acto
administrativo, suspender um acto administrativo anterior.
Quem tem a competência para proceder a suspensão administrativa? Vários tipos
de órgãos:
 Os órgãos ativos aquém a lei conferir expressamente o poder de
suspender;
 Os órgãos competentes para revogar, porque “quem pode mais pode
menos”.
 Os órgãos de controlo que disponham o poder do voto suspensivo.
C) A suspensão Jurisdicional ou pelo tribunal administrativo : é: é aquela que
pode ser imposto pelo tribunal administrativo em conexão com um recurso contencioso
de anulação.

2.3.1. Ratificação, Reforma e Conversão do acto Administrativo


Pertencem a categoria dos actos sobre os actos, por isso que seus efeitos juridicos
se vão repercutir sobre o efeitos do acto Ratificado, reformado ou convertido, como e,
por natureza, tais efeitos se produzem-se ex tunc, isto é, retroagem ao momento da
prática do acto c7ja a ilegalidade visa sanar.
Ratificação ou Ratificação sanação- é o acto administrativo pelo qual
o órgão competente decide sanar um acto inválido anteriormente praticado, suprido a
ilegalidade que o vicia.
Reforma- é o acto administrativo pelo qual se conserva de um acto anterior a
parte não afectada de ilegalidade.
Conversão- é o acto administrativo pelo qual se aproveitam os elementos validos
de um acto ilegal para com eles se compor um outro que seja legal.

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Conclusão
Ao cabo dessas explanações temos as seguintes conclusões:

1- Em primeiro lugar dizer que o nosso tema é bastante extenso e, por isso, apenas
referimos estes aspetos do acto administrativo de uma maneira simplificada-.
2- Concluímos que o acto administrativo é o acto jurídico unilateral praticado por
um órgão da administração no exercício do poder administrativo e que visa a
produção efeitos juridicos sobre uma situação individual no caso concreto

A revogação do acto administrativo advém da competência discricionária da


administração Pública, mediante critérios de conveniência ou oportunidade sem efeitos.

Referência bibliografas
 Sérgio Ferreira, (livro de direito administrativo)
 Marcelo Caetano ( Manuel de direito administrativo )
 Freitas do Amaral
 Carlos Feijó ( livro de direito administrativo terceira edição)
 Lei 16A/24/8/1680.
 Decreto lei 16A/07/97
 CRA ( constituição da República de Angola )
 CPA ( Código do processo administrativo)

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