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SUMÁRIO

ESPÉCIES DE ATO ADMINISTRATIVO ................................................................................................................. 2


ATOS NORMATIVOS....................................................................................................................................... 2
ATOS ORDINATÓRIOS .................................................................................................................................... 2
ATOS NEGOCIAIS ........................................................................................................................................... 3
ATOS ENUNCIATIVOS..................................................................................................................................... 4
ATOS PUNITIVOS............................................................................................................................................ 4
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................... 4
GABARITO ...................................................................................................................................................... 5
ESPÉCIES DE ATO ADMINISTRATIVO
A depender do ato praticado e de seu conteúdo, podemos classificá-los em cinco espécies
distintas:
 NORMATIVOS
 ORDINATORIOS
 NEGOCIAIS
 ENUNCIATIVOS
 PUNTIVOS

ATOS NORMATIVOS
São aqueles que têm caráter abstrato e genérico para viabilizar o cumprimento da lei. Os
atos normativos refletem comandos gerais e abstratos aplicáveis aos administrados que se
enquadrem nas situações descritas. Embora possuam esse caráter de normatividade, eles são
formalmente distintos das leis, não podendo inovar no ordenamento jurídico, uma vez que
possuem o condão apenas de possibilitar a fiel execução das leis.
Como exemplo, podemos citar:
• Decreto: atos normativos exclusivo do chefe do executivo;
• Regulamento: visa especificar mandamentos previstos ou não em leis;
• Regimento: tem força normativa interna e visa reger funcionamento de órgãos;
• Resolução: expedidos pelas altas autoridades do executivo para regulamentar matéria
exclusiva.
• Deliberação: decisões tomadas por órgãos colegiados.

ATOS ORDINATÓRIOS
Os atos ordinatórios são atos internos, direcionados aos órgãos e subordinados, com a
finalidade de disciplinar o funcionamento da administração pública e a atuação funcional de
seus agentes.
Esses atos decorrem do poder hierárquico da administração pública, sendo aplicáveis
somente aos servidores que estiverem hierarquicamente subordinados à autoridade que
exarou o ato. Em regra, não geram efeitos aos particulares.
Também vale observar que os atos ordinatórios são hierarquicamente inferiores aos atos
normativos, isto é, ao expedir um ato ordinatório, a autoridade administrativa deve observar
os ditames traçados pelos atos normativos que tratem dessa matéria.
São exemplos de atos ordinatórios as instruções, as portarias, as circulares internas, as
ordens de serviço, os memorandos, etc.
ATOS ORDINATÓRIOS - COPA DOI
1. Circular
2. Ofício
3. Portaria
4. Aviso
5. Despacho
6. Ordem de serviço
7. Instrução
• Instruções: orientação do subalterno pelo superior hierárquico de como desempenhar
certa função;
• Circulares: ordem escrita e uniforme expedida para determinados funcionários ou
agentes;
• Avisos: atos de titularidade de Ministros em relação ao Ministério;
• Portarias: atos emanados por chefes de órgãos públicos aos seus subalternos
determinando a realização de atos gerais ou especiais;
• Ofícios: Comunicações oficiais realizadas pela Administração a terceiros;
• Despachos administrativos: decisões tomadas pela Administração.

ATOS NEGOCIAIS
Os atos negociais são aqueles praticados em determinadas situações específicas, nas quais
a legislação exige dos particulares uma prévia anuência da administração pública para que
possam praticar licitamente determinada atividade.
São atos de gestão, praticados pela administração sem o caráter de imperatividade,
autoexecutoriedade e coercibilidade, uma vez que a prática de tais atos é feita mediante
solicitação dos administrados.
Assim, os atos negociais refletem uma manifestação unilateral de vontade por parte da
administração pública (não se trata de um contrato, que é um ato bilateral), que consente que
o administrado exerça determinada atividade ou direito.
Em alguns casos, preenchidos os requisitos legais, a prática de tal ato é um dever da
administração (ato vinculado), representando um direito subjetivo do administrado (por
exemplo a licença para dirigir e o alvará para a abertura de um comércio).
Nesses atos negociais vinculados, a administração pública somente reconhece um direito
que o administrado possui, uma vez que o mesmo preenche os requisitos para a prática de tal
ato. Como representam um direito individual do requerente, eles possuem a característica da
definitividade, não podendo ser revogados pela administração pública mediante seu juízo de
conveniência e oportunidade.
Em outras situações, a prática do ato represente um mero interesse do particular (e não
um direito), cabendo à administração pública analisar a conveniência e oportunidade pela
prática ou não do ato (por exemplo, a autorização e a permissão).
Nesses atos negociais discricionários, a prática do ato não representa um direito subjetivo
do administrado, podendo ser negada a prática do ato, ainda que os requisitos legais para a
edição do mesmo hajam sido preenchidos. Como regra, tais atos são classificados como
precários, pois a administração pública poderia revogá-los a qualquer momento, mediante seu
juízo de conveniência e oportunidade, não gerando, a princípio, o direito de indenização para o
particular.
Principais atos negociais:
 1) LICENÇA – ato vinculado e definitivo (não pode ser revogada)
As licenças refletem um direito subjetivo do administrado, como, por exemplo, o alvará
para a abertura de um estabelecimento comercial, a licença para dirigir, a licença para o
exercício da profissão, a licença para construir, etc.
É um ato vinculado e definitivo (não precário) em que a Administração concede ao
Administrado a faculdade de realizar uma atividade. (construir, dirigir, exercer uma profissão,
abrir um estabelecimento comercial).

 2) AUTORIZAÇÃO – ato discricionário e precário (pode ser revogada)


Por meio da autorização o particular obtém a possibilidade de utilizar um bem público ou
de realizar determinada atividade privada, predominantemente de seu interesse, sem,
entretanto, possuir direito subjetivo à prática de tal ato.
 3) PERMISSÃO – ato discricionário e precário (pode ser revogada)
Na permissão o particular necessita da anuência da administração pública para o
exercício de determinada atividade, predominantemente de interesse coletivo.
Atente-se para a diferença principal entre autorização e permissão. Na primeiro, o
interesse predominante é do particular, já na segunda predomina o interesse coletivo.

ATOS ENUNCIATIVOS
Embora exista certa divergência doutrinária em torno dos atos enunciativos, utilizaremos
os conceitos predominantemente adotados em provas.
Os atos enunciativos não traduzem uma manifestação de vontade da administração
pública, são apenas atos que emitem uma opinião, um juízo de valor, que declaram determinada
situação. Esses atos não produzem efeitos jurídicos por si só, sendo dependentes de um outro
ato para tanto. Por exemplo, uma certidão negativa de débitos perante a Fazenda Pública. A
certidão não cria ou extingue o débito, ela não “limpa” ou “suja” o nome da pessoa, ela apenas
demonstra uma situação preexistente.
Os atos enunciativos, desse modo, adquirem seus efeitos em decorrência da lei (e não da
mera atuação administrativa), não sendo passíveis de revogação.
Exemplos de atos enunciativos: certidão, parecer, atestado e apostila,
Certidão: são cópias ou fotocópias fiéis e autenticadas de atos ou fatos constantes em
processo, livros ou documentos que se encontrem na repartição pública;
Atestado: são atos pelos quais a Administração Pública comprova um fato ou uma
situação de que tenha conhecimento por seus órgãos competentes;
Pareceres: são manifestações de órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à sua
consideração.
Apostila: aditamento, complemento, atualização de ato ou contrato.

ATOS PUNITIVOS
São aqueles atos por meio do qual a administração pública aplica uma sanção aos seus
servidores e aos administrados com vínculo jurídico (poder disciplinar) e também aos
administrados em geral (poder de polícia administrativa).
Atos que emanam punições aos particulares e servidores. Assim, podem ser originados do
Poder de Polícia ou do Poder Disciplinar.

EXERCÍCIOS
1. Autorização é o ato pelo qual a administração concorda com um ato jurídico já praticado
por particular em interesse próprio.
Certo ( ) Errado ( )
2. Licença é o ato administrativo bilateral e vinculado por meio do qual a administração
pública faculta ao particular o exercício de determinada atividade.
Certo ( ) Errado ( )
3. Atos enunciativos, como as certidões, os atestados e os pareceres, são aqueles que
atestam ou reconhecem uma situação de fato ou de direito, sem manifestação de vontade
produtora de efeitos por parte da administração pública.
Certo ( ) Errado ( )
4. A autorização é ato administrativo vinculado para a administração pública.
Certo ( ) Errado ( )
5. A licença consiste em um ato administrativo unilateral e discricionário.
Certo ( ) Errado ( )
6. A autorização de serviço público classifica-se como um ato unilateral, discricionário e
precário.
Certo ( ) Errado ( )
7. São exemplos de atos administrativos normativos os decretos, as resoluções e as
circulares.
Certo ( ) Errado ( )
8. Considerando que servidor público de determinada autarquia federal tenha solicitado ao
setor técnico daquela entidade a emissão de parecer para subsidiar sua tomada de
decisão, julgue o item a seguir, acerca dos atos administrativos.
Quanto aos seus efeitos, tal parecer classifica-se como ato administrativo enunciativo.
Certo ( ) Errado ( )
9. A concessão de autorização para porte de arma consiste em ato discricionário e precário
da administração, podendo ser revogada a qualquer momento.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO
1. Errado
2. Errado
3. Certo
4. Errado
5. Errado
6. Certo
7. Errado
8. Certo
9. Certo

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