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DECRETO: atos normativos exclusivos do chefe do Os atos negociais são editados em situações nas quais
executivo; o ordenamento jurídico exige que o particular obtenha
anuência prévia da administração para realizar determinada
REGULAMENTO: visa especificar mandamentos atividade de interesse dele, ou exercer determinado direito. É
previstos ou não em leis; necessário ter em conta que sempre deverá o ato negocial –
assim como qualquer ato administrativo- ter como finalidade a
REGIMENTO: tem força normativa interna e visa reger satisfação do interesse público, ainda que este possa coincidir
funcionamento de órgãos; com um interesse do particular que solicitou o ato.
Como se vê, não cabe cogitar a existência de
RESOLUÇAO: expedidos pelas altas autoridades do imperatividade, coercitividade ou autoexecutoriedade nos atos
executivo para regulamentar matéria exclusiva. negociais. O administrado solicita à administração
consentimento para exercer determinada atividade, ou requer
DELIBERAÇAO: decisões tomadas por órgãos o reconhecimento de um direito; a administração, caso o ato
colegiados. requerido atenda ao interesse público, defere o pedido do
administrado.
Deve ficar claro que um ato negocial não é um
contrato, e sim manifestação unilateral da administração
2. ATOS ORDINATORIOS
(provocada mediante requerimento u solicitação do
particular), coincidente com a pretensão do particular.
Visa disciplinar o funcionamento da Administração e
Os atos negociais podem ser:
a conduta de seus agentes. São atos administrativos internos,
endereçados aos servidores públicos, que veiculam
a) Vinculados: são aqueles que reconhecem um direito
determinações concernentes ao adequado desempenho de suas
subjetivo do particular. Uma vez demonstrado pelo particular,
funções.
em seu requerimento, que estão atendidos todos os requisitos
Os atos ordinatórios têm fundamento no poder
previstos em lei para a obtenção do ato, não há escolha para a
hierárquico e somente vinculam os servidores que se
administração: o ato terá que ser praticado conforme a lei
encontrem subordinados à autoridade que os expediu. Não
determina.
atingem os administrados. Não atingem os administrados; não
criam para eles direitos e obrigações.
b) Discricionários: são aqueles que podem, ou não, ser
editados, conforme juízo de oportunidade e conveniência
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DIREITO ADMINISTRATIVO- ATOS ADMINISTRATIVOS II
VISTO: é a declaração de legitimidade de certo ato Atos discricionários: praticados com liberdade pelo
praticado pela própria Administração como forma de administrador. Ou seja, são aqueles que a Administração pode
exequibilidade; praticar com certa liberdade de escolha de seu conteúdo,
destinatário, conveniência, oportunidade e modo de execução.
HOMOLOGAÇAO: análise da conveniência e legalidade
de ato praticado pelos seus órgãos como forma de lhe dar b) Quanto ao destinatário:
eficácia;
Atos gerais: dirigidos a coletividade em geral. Tem
DISPENSA: ato administrativo que exime o particular do
finalidade normativa, atingindo uma gama de pessoas que
cumprimento de determinada obrigação até então exigida
estejam na mesma situação jurídica nele estabelecida. Por ter
por lei. Ex. Dispensa de prestação do serviço militar;
natureza erga omnes (aplicabilidade coletiva) não pode ser
objeto de impugnação individual.
RENUNCIA: ato administrativo pelo qual o poder Público
extingue unilateralmente um direito próprio, liberando
Atos individuais: dirigidos a pessoa certa e determinada,
definitivamente a pessoa obrigada perante a Administração
criando situações jurídicas individuais. Por gerar direitos
Pública. A sua principal característica é a irreversibilidade
subjetivos (direitos individuais) podem ser objeto de
depois de consumada.
contestação por seu titular.
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Ato composto: nasce da manifestação de vontade de um Como a anulação retira do mundo jurídico atos com
órgão ou agente, mas depende de outra vontade que o ratifique defeito de validade, ela retroagem seus efeitos ao momento da
para produzir efeitos e tornar-se exequível. prática do ato (ex tunc).
B) REVOGAÇAO
EXTINÇÃO
E a retirada, do mundo jurídico, de um ato válido,
O ato administrativo permanecerá no mundo jurídico mas que, segundo critério discricionário da administração,
até que seja verificada situação que demonstre algum vício tornou-se inoportuno ou inconveniente. A revogação tem
genético de legalidade ou que simplesmente comprove a sua fundamento no poder discricionário. Ela somente se aplica
desnecessidade superveniente. aos atos discricionários.
Alguns atos ao serem elaborados podem vir
defeituosos no que tange a sua legalidade. Neste caso, a A revogação de atos administrativos configura o
Administração Pública ou o Poder Judiciário são legitimados denominado “controle de mérito”, que incide sobre atos
para declarar a sua extinção por meio da anulação. válidos, sem quaisquer vícios, diferentemente do controle de
Por ser um vício verificado desde o seu nascedouro, ao legalidade ou de legitimidade, que incide sobre atos ilegais ou
ser declarada a sua anulação os efeitos desta retroagem a data ilegítimos, anulando-os.
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Assim, os efeitos da REVOGAÇAO são proativos, prospectivos, “ex nunc”, pois não retroagem, sendo
validas todas as situações atingidas antes da revogação. Se a revogação e total, nomeia-se AB-ROGAÇAO; se parcial, chama-
se DERROGAÇAO.
NÃO PODE SER REVOGADOS:
a) Vinculados
b) Consumados
c) Procedimento administrativo
d) Declaratório
e) Enunciativo
f) Complexos
g) Direito adquirido
STJ possui decisão no sentido de que a licença para construção (ato vinculado), pode ser
revogada em razão de fundamentado interesse publico, com indenização do particular pelos prejuízos comprovados.
Lembrando que isso não e unamime nos Tribunais e nos concursos. Prevalece que atos vinculados não podem ser
revogados, todavia tome nota dessa exceção existente.
Cassação (Recusa a condições): retirada do ato em virtude do descumprimento pelo beneficiário de uma condição imposta
pela Administração.
Caducidade (Lei superveniente): Retirada do ato administrativo em razão da superveniência da norma jurídica que impede a
sua manutenção.
Contraposição ou derrubada (Ato contraditório): retirada em virtude da edição de um ato que impede a manutenção do ato
até então vigente.
Renúncia (Rejeição pelo beneficiário): retirada do ato pela rejeição realizada pelo beneficiário do ato.
Convalidação é o ato jurídico praticado pela Administração Pública para corrigir determinado ato anulável, de forma a
ser mantido no mundo jurídico para que possa permanecer produzindo seus efeitos regulares.
O instituto pode ser utilizado em atos vinculados ou discricionários. A Lei 9784/99 prevê a convalidação, e assim
prescreve:
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos
que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.
Com base na legislação mencionada, podemos entender que a convalidação é uma faculdade concedida a Administração.
Desta forma, o administrador poderá ao constatar um defeito de legalidade anular ou convalidar o ato.
Somente poderá ser objeto de convalidação os atos cujos defeitos forem SANAVEIS, ou seja, se for um vício que recaia
no elemento COMPETENCIA (salvo se for exclusiva) ou FORMA.
Ao ser convalidado, a correção do ato retroage a data de sua elaboração, tendo, assim, efeito ex tunc.
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REGRA: NÃO!!!!!!!
- NULO: quando possuírem vícios insanáveis, ou seja, quando há vício no requisito de finalidade, motivo ou objeto.
Não aceita convalidaçao. Nulidade absoluta.
- ANULAVEL: são aqueles que apresentam defeitos sanáveis, ou seja, possuem vício nos requisitos competência, desde
que esta não seja exclusiva, ou na forma, desde que esta não seja essencial ou substancial ao ato.
INEXISTENTE: são aqueles que têm aparência de vontade de manifestação da Administração Pública. Como exemplos,
temos o usurpador de função que é o caso em que alguém que não é servidor público pratica atos como se fosse. Do ato
emanado do "usurpador" nenhum efeito se produzirá, sendo essa a principal diferença entre ato nulo e ato inexistente. Outra
distinção relevante entre o ato nulo e o ato inexistente é que este não tem prazo para que a administração ou o Judiciário
declare a sua inexistência e desconstitua os efeitos que ele já produziu, vale dizer, constatada, a qualquer tempo, a prática de
um ato inexistente, será declarada a sua inexistência e serão desconstituídos os efeitos produzidos por esse ato.
Diferentemente, a anulação, regra geral, tem prazo para ser realizada.
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1. O Diretor Administratrivo da Camara Municipal emitiu ato administrativo vinculado que possui vicio de forma. A autoridade
administrativa entende que o interesse publico sera melhor atendido caso o ato seja preservado. Com base na situaçao
hipotetica e na teoria do ato adminsitrativo, e correto arimar:
a) por se tratar de vicio sanavel, sera cabibel a convalidaçao, que produzira efeitos retroativos.
b) em fuçao do principio da legalidade, qualquer ato administrativo viciado deve ser anulado.
d) o ato administrativo deve ser anulado, pois o vivio de forma não e passivel de convalidaçao.
b) a imperatividade constitui na prerrogativa de a Administraçao Publica executar, diretamente, os seus atos, independentemente
da manifestaçao do Poder Judiciario.
c) a presunçao de veracidade não implica na inversao do onus da prova, pois o cidadao tem o dirieto de exigir sempre que a
autoridade publica comprove que esta agindo de acordo com o principio da legalidade.
d) a autoexecutoriedade autoriza a Administraçao a, em determinados casos, utilizar de forma moderada a força para viabilizar a
execuçao do interesse publico.
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b) ainda que o ato tenha sido objeto de impugnação é possível falar-se em convalidação, com o objetivo de aplicar o princípio da
eficiência.
c) à vícios que podem ser sanados e, nestes casos, a convalidação terá efeitos ex nunc.
d) a violação das normas jurídicas causa um vício que só pode ser corrigido com a edição de novo ato, pelo poder Judiciário.
e) é possível convalidar atos com vício no objeto, ou conteúdo, mas apenas quando se tratar de conteúdo plúrimo.
4. Se o Poder Judiciario, no exercício do controle judicial, considerar ilegal determinado ato discricionário praticado pelo
Poder Executivo:
a) poderá anula-lo, inclusive se o considerar apenas inconveniente ou inoportuno, aferindo seu mérito, desde que mediante
provocação de interessado ou legitimado, não podendo nenhuma lesão a direito ser excluída do Poder judiciário.
b) poderá revoga-lo, pois o Poder Judiciario realiza o controle, no exercício da sua atividade jurisdicional, sobre os atos
administrativos editado, no exercício de função administrativa, pelo Poder Executivo.
c) não poderá revoga-lo, sendo possível, entretanto, que o Poder Judiciario revogue ato administrativo discricionário valido por
ele mesmo praticado, em sua função atípica administrativa, atuando como administração.
d) não poderá anula-lo, pois não se admite analise do ato administrativo pelo Poder Judiciario praticado legitimamente pela
Administraçao, pois os poderes são independentes e harmônicos entre si, não podendo haver interferência de um no outro.
5. José, técnico policial de necropsia da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, praticou o chamado abandono de cargo, na
medida em que se ausentou do serviço, sem justa causa, por trinta dias consecutivos. Após regular processo administrativo
disciplinar, lhe foi aplicada a sanção da demissão. No caso em tela, as razões de fato e de direito (e não a exposição dessas
razões) que deram ensejo à prática do ato de demissão representam o elemento ou requisito do ato administrativo denominado:
a) motivação;
b) fundamentação;
c) forma;
d) objeto;
e) motivo.
GABARITO
1-A
2-D
3-E
4-C
5-E