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Olá, aluno!

Bem-vindo ao estudo para o Exame de Ordem! Preparamos todo esse material para você
não só com muito carinho, mas também com muita métrica e especificidade, garantindo que
você terá em mãos um conteúdo direcionado e distribuído de forma inteligente.

Com esse material, você estudará diariamente, de modo que, ao final do curso, você
esteja apto a ser aprovado no Exame de Ordem, e que esta seja a sua última OAB. Sabemos
que é um grande desafio, mas quando falamos de aprovação, o CERS é o melhor. E, por isso,
vamos honrar nosso compromisso com vocês

Lembre-se de, após o estudo, realizar as questões que separamos para você. Você pode
ainda complementar seu estudo com a leitura da lei seca.

Vamos juntos rumo à aprovação!

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PODERES ADMINISTRATIVOS

PODERES ADMINISTRATIVOS
O exercício da função administrativa, pelo Estado, exige a necessidade de algumas prerrogativas e
poderes para viabilizá-la. Todos eles encerram prerrogativas de autoridade e por isso, só podem ser
exercidas nos limites da lei.

Estes poderes não são poderes em si mesmos, mas sim instrumentos que auxiliam os órgãos e
entidades administrativas para a execução das atividades.

São irrenunciáveis, por isso, o administrador não pode deles dispor conforme a sua vontade.
ABUSO DE PODER

O exercício das prerrogativas conferidas à Administração Pública para que alcance o fim público fora
dos limites legais ou contrário à finalidade precípua, configura abuso de poder.

É um vício de competência que ocorre


quando o agente, exorbita ou extrapola
EXCESSO DE PODER
O abuso de poder é gênero que a competência que lhe foi atribuída.

se desdobra em duas espécies: O desvio de poder ocorre quando o


agente estatal pratica ato contrário à
DESVIO DE PODER
finalidade.

PODERES EM ESPÉCIE
PODER VINCULADO
Relaciona-se com a prática de atos vinculado, ou seja, atos cuja forma de execução está inteiramente
definida na lei, não permitindo juízo de conveniência e nem de oportunidade.

PODER DISCRICIONÁRIO
Confere prerrogativa para a prática de atos discricionários, isto é, atos cuja execução admite certa
margem de flexibilidade, mas sempre dentro dos limites legais, atendendo aos interesses coletivos.

O poder vinculado também fundamenta a prática de atos discricionários especificamente no que tange
aos aspectos vinculados do ato.

PODER HIERÁRQUICO

Trata-se de atribuição concedida ao administrador para organizar, distribuir e principalmente escalonar


as funções de seus órgãos.

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ATENÇÃO! Não há hierarquia entre diferentes pessoas jurídicas.
Dar ordens

Permite o exercício de Fiscalizar

determinadas prerrogativas: Aplicar sanções aos servidores


ATENÇÃO! Delegar competências

Revisar de ofício os atos dos servidores

PODER DISCIPLINAR

É a possibilidade de a Administração Pública aplicar sanções àqueles que submetidos à sua ordem
administrativa interna, comentem infrações.

Quando a Administração resolve punir as infrações funcionais de


seus servidores, faz uso tanto do poder disciplinar quanto do poder
ATENÇÃO!
hierárquico. E quando pune apenas os particulares com vínculo
específico só incide o poder disciplinar.

PODER NORMATIVO

É o poder, conferido à Administração Pública, de expedir atos administrativos gerais e abstratos com
efeitos erga omnes. Não se trata de poder que permite a edição de leis, mas apenas permite a edição
de normas que facilitam a compreensão e execução das leis.

É mais amplo que o poder Regulamentar.

PODER REGULAMENTAR

É considerado uma espécie do poder normativo, mas o poder regulamentar, especificamente, é


inerente e privativo do chefe do Poder Executivo.

Regulamentos executivos: são regras editadas pelo chefe do


Poder Executivo para possibilitar a fiel execução das leis. Não criam
novos direitos e obrigações.

Decretos Autônomos: são atos normativos primários que podem


Se materializa na edição de:
dispor sobre: (i) organização e funcionamento da administração
federal, quando não implicar aumento de despesas nem criação ou
extinção de órgãos; e (ii) extinção de funções ou cargos públicos
quando vagos.

PODER DE POLÍCIA

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É a atividade da Administração Pública que condiciona ou restringi
Conceito o uso de bens, o exercício de direitos e a prática de atividade
privadas, com vistas a proteger os interesses gerais da coletividade.
É da pessoa federativa à qual a Constituição Republicana de 1988
Competência
conferiu o poder de regular a matéria
Ocorre nos casos em que o particular
necessita obter anuência prévia da
Preventivo Administração Pública para usar
determinados bens ou para exercer
determinadas atividades;
Modalidades
Refere-se à aplicação de sanções
administrativas a particulares pelo
Repressivo
descumprimento de normas de ordem
pública;
Fiscalizadora Visa prevenir eventuais lesões.
Na execução dos atos de polícia, a
Discricionariedade Administração Pública, em regra, possui certa
liberdade de atuação.
É a possibilidade de executar os atos de
forma imediata e direta, independente de
Autoexecutoriedade ordem judicial. Tal atributo apenas existe
Atributos
quando há lei permitindo ou situações
urgentes.
É a possibilidade de as medidas adotadas
pela Administração serem impostas ao
Coercibilidade
administrado, inclusive mediante emprego de
força.

Nem todos os atos de polícia ostentam os atributos da autoexecutoriedade e coercibilidade.

Polícia Judiciária: incide sobre bens (uso


Polícia Administrativa: visa a prevenção e a repressão à da propriedade) e direitos (exercício de
prática de ilícitos criminais, sendo assim, incide sobre liberdades), condicionando esses bens e
pessoas. direitos à busca pelo interesse da
coletividade.

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Institui os limites e condicionamentos ao
Legislação ou
exercício de atividades privadas e ao uso de
Ordem de Polícia:
bens;
É a anuência prévia da Administração Pública
Consentimento de
que ocorre mediante a concessão de licenças
polícia:
Ciclos e autorizações;
É a atividade pela qual a Administração
Fiscalização de
Pública verifica se o particular está cumprindo
polícia:
adequadamente a legislação;
A Administração verifica alguma infração e
Sanção de polícia:
aplica ao particular uma sanção.
O Poder de Polícia só pode ser exercido pelas pessoas jurídicas de
direitos público.
Delegação Porém, algumas atividades materiais de execução podem ser
praticados por particulares, por delegação ou simples contrato de
prestação de serviços.
O prazo prescricional das ações punitivas decorrentes do exercício
Prescrição
do poder de polícia é de 5 (cinco) anos.

DEVERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Para a consecução da finalidade pública, além das prerrogativas, confere-se a Administração Pública
alguns deveres. Elas são espécies de limitações ao Poder Público.
O agente estatal tem o dever de agir diante de situações que exigem
Poder-dever de agir sua atuação.
Nem toda omissão é fonte de ilegalidade.
O agente estatal deve atuar com perfeição técnica e deter bom
Dever de Eficiência rendimento funcional na persecução do fim público, com o menor
gasto possível.
Exige que os atos dos agentes do Estado sejam legítimos, honestos,
Dever de Probidade éticos e de boa-fé, não sendo suficiente o atendimento à lei
formal.
Pode ser realizada internamente, através de órgãos escalonados em
Dever de Prestar Contas graus hierárquicos, ou externamente, feito pelo Poder Legislativo
com auxílio do Tribunal de Contas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO FILHO, JOSÉ DOS SANTOS. MANUAL DE DIREITO ADMINISTRATIVO. 32 ED. SÃO PAULO: ATLAS, 2018.

CARVALHO, MATHEUS. MANUAL DE DIREITO ADMINISTRATIVO. 4 ED. SALVADOR: JUSPODIVM, 2017.

OLIVEIRA, RAFAEL CARVALHO REZENDE. CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO. 6 ED. RIO DE JANEIRO: FORENSE;
SÃO PAULO: MÉTODO, 2018.

DI PIETRO, MARIA SYLVIA ZANELLA. DIREITO ADMINISTRATIVO. 32. ED. REV. ATUAL E AMPL. – RIO DE JANEIRO:
FORENSE, 2019.

ALEXANDRE, RICARDO; DEUS, JOÃO DE. DIREITO ADMINISTRATIVO ESQUEMATIZADO – 1. ED. – RIO DE
JANEIRO: FORENSE; SÃO PAULO: MÉTODO, 2015.

MAZZA, ALEXANDRE. MANUAL DE DIREITO ADMINISTRATIVO – 9. ED. – SÃO PAULO: SARAIVA EDUCAÇÃO, 2019.

MELLO, CELSO ANTONIO BANDEIRA DE. CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO - 34 ED - RIO DE JANEIRO:
FORENSE, 2019.

MEIRELLES, HELY LOPES. DIREITO ADMINISTRATIVO BRASILEIRO. 43. ED. SÃO PAULO: MALHEIROS, 2018

JUSTEN FILHO, MARÇAL. CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO. 3ª ED. SÃO PAULO: SARAIVA, 2008

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