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R. S.

VIEIRA – DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO

PODERES ADMINISTRATIVOS

CONCEITO
 Os poderes administrativos são instrumentos utilizados pela administração pública para realização do bem
comum. São tidos como “poderes-deveres”, já que muito embora conceda certo grau de “poder” ao
administrador, são exercidos em prol da coletividade. Podem ser usados de forma isolada ou cumulativa
∟ Vale destacar que tais poderes se ramificam a partir de dois princípios essenciais a
Administração Pública, sendo eles os PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE
PÚBLICO SOBRE O PRIVADO e PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DOS
INTERESSES PÚBLICOS. Podem ser usados de forma isolada ou cumulativa.

CLASSIFICAÇÃO

PODER VINCULADO & PODER DISCRICIONÁRIO

PODER VINCULADO (ATO VINCULADO) - Se tratando de tal poder, o administrador não tem margem de agir
(ou deixar de agir) segundo seu bel prazer, já que o legislador traçou de forma prévia todas as diretrizes a serem
observadas em determinado ato. Assim sendo, quando falado em poder vinculado, entende-se, a grosso modo, o
“vínculo que o administrador possui com determinada norma que rege determinados atos”, devendo o administrador

seguir tal rito sem dele se desviar e sendo um mero executor da vontade legal. (ATENÇÃO)*

PODER DISCRICIONÁRIO (ATO DISCRICIONÁRIO) – Quando tratado do poder-dever em questão, nas


hipóteses em que o administrador possuir certa margem de decisão, uma espécie de “liberdade” nas tomadas de
decisão, temos o poder discricionário sendo aplicado ao caso. Vale ressaltar que ainda que possua certa margem
de agir, é preciso que tais decisões não firam os princípios que regem a Administração Pública, sejam os expressos

na CRFB/88 ou qualquer outro (implícitos ou constantes em legislação esparsa). (ATENÇÃO)*


∟ Ainda que considerados como “poderes-deveres” da Administração Pública,
ambos estão mais atrelados a questões de restrição dos atos do administrador do
que aos demais poderes-deveres do administrador enquanto representante do
Estado.
PODER DISCIPLINAR

 A finalidade de tal poder está em apurar e aplicar sanções administrativas a infrações funcionais cometidas por
agentes públicos ou qualquer pessoa que esteja submetido aos regramentos internos da Administração Pública.

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R. S. VIEIRA – DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO

∟ É de grande importância destacar que o poder de punição utilizado pela


Administração Pública em tais casos não podem ser confundido com o poder
punitivo do Estado (este representado pelo Poder Judiciário: Civil e Penal).

∟ Nos casos em que a punição administrativa se fizer necessário contra aqueles


não submetidos as regras internas da administração, tais medidas são aplicadas
não pelo poder em comento, mas sim pelo Poder de Polícia.

PODER HIERÁRQUICO
O poder hierárquico está relacionado as condições de subordinação e coordenação existente entre os mais variados
órgãos e agentes da Administração Pública. O poder em questão não é derivado, ou melhor, dependente de lei.
∟ É válido comentar que o poder em questão permite: dar ordens, fiscalizar,
controlar, aplicar sanções, delegar e avocar. (ATENÇÃO)*
 a delegação pode ocorrer fora da estrutura hierárquica, entretanto, a
avocação não.

PODER REGULAMENTAR/NORMATIVO
A grosso modo, quando se trata do Poder Regulamentar, tal poder trata da capacidade do Executivo de editar atos
normativos gerais e abstratos. É bom destacar que há uma diferenciação na nomenclatura do poder em questão,
sendo ela:

 Poder Normativo = poder do executivo de forma ampla.


 Poder Regulamentar = poder privativo do Chefe do Executivo.

Quando se trata do Poder Regulamentar e de seu caráter privado em relação ao Chefe do Executivo, os mesmos

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