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Universidade Católica do Salvador

RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO CIENTÍFICO INTITULADO:

Entre o afeto e a sanção: uma crítica à abordagem punitiva da alienação parental

Docente: Denise Gersen Pinto


Discente: Henrique Batista Silva/200012811

SALVADOR/BA
MAIO DE 2023
RESENHA:

O artigo "Entre o afeto e a sanção: uma crítica à abordagem punitiva da alienação


parental", de autoria de Helena Campos Refosco e Martha Maria Guida Fernandes,
apresenta uma crítica à abordagem punitiva da alienação parental, que é adotada pelo
sistema jurídico brasileiro.

A primeira e segunda parte deste brilhante estudo dirigido pelas autora cujo títulos 1
CONCEITO E CRÍTICA DA SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL/2
IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO, demonstram de
forma efetiva e explicar de forma mais detalhada como ocorre a alienação parental e
suas causas, trazendo citações de diversos autores que expõem a matéria. Dando ao
leitor, uma base solida para que se sinta confortável com o tema a medida que avança na
leitura do artigo.

A alienação parental é um tema complexo e controverso pois, abrange diversas outros


problemas que sustentam este comportamento nocivo ao desenvolvimento do indivíduo
como pessoa e perante a sociedade. A problemática possui seu cerne tão complexo que,
este não se resume apenas na relação bi ou unilateral entre pais e filhos, mas, todos
aqueles que possuem um grau de convívio com a criança afetada por esta situação e
suas influências para que se atenue ainda mais a síndrome, como propriamente trata o
artigo.

As influências mais chamativas são, a questão do abandono da mãe ferida parte esta que
possui bastante peso na relação entre alienador e alienado pois, o sentimento gerado é
de revolta por conta da não provisão das necessidades do lar por parte do
homem/marido, que possui esta responsabilidade. Como consequência deste abandono,
exalta-se para o alienado, os comportamentos e personalidades totalmente incompatíveis
com a realidade sobre o indivíduo escarnecido, contribuindo diretamente para uma
imagem deturpada e longe de ser restaurada.
Sendo assim, o sentimento de vingança e revanchismo cresce nesta relação ao qual o
afetado começa a pender para lado mais “sofrido” e assim rechaça toda e qualquer
possibilidade de aproximação. Desta maneira, a justiça de maneira efetiva propõe,
responsabilização civil e penal para os praticantes desta ação perniciosa além de
restaurar o vínculo com a parte alienada.
A terceira e quarta parte do artigo de título 3 FERRAMENTA
REESTRUTURANTE/4 O AT NASVARAS DE FAMÍLIA. Ambas as partes se
complementam, pois, ao explicar a função do Acompanhante Terapêutico entendemos o
seu papel nas varas de família que são de auxiliar os pacientes e intervir quando for
necessário buscando integrar o sujeito na sociedade e inseri-lo novamente em seu seio
familiar.
Assim, estabelece por meio de ordem judicial ou nomeação um Acompanhante
Terapêutico para desenvolver parâmetros para atender em âmbito do direito civil vara de
família cuidados dos afetados com rotinas de visitas e atividades. Neste sentido o papel
do terapeuta se mostra importante também para a mediação de conflitos entre pai e mãe
e como podem conviver com isso sem que os filhos sejam afetados diretamente, entre
essas intervenções existem elas a marcação de encontros em locais públicos.
As últimas partes deste artigo intituladas de 5 VISITAS FACILITADAS PELO
ACOMPANHANTE TERAPÊUTICO/6 INDAGAÇÕES PRÁTICAS, retrata as
atuações praticas relacionadas ao trabalho do Acompanhante Terapêutico, além de
dissertar sobre as medidas utilizadas pela justiça em caso de alienação parental, entre
elas o mandado de busca e apreensão de filhos em casos extremos de alienação parental
dos quais muitas vezes é necessário o poder de polícia para que sejam tomadas as
devidas providencias.
Em síntese, o artigo disserta de maneira explicativa a alienação parental, a nocividade
deste comportamento e as consequências em crianças e adolescentes acometidos com
esta relação conturbada entre pais.
Por outro lado, apresenta uma parte da justiça que se preocupa e promove medidas para
que sejam amenizadas as situações decorrentes desta relação e a diminuição de futuros
casos. Nota-se, que o papel do AT se destaca de suma importância neste quesito pois, é
uma medida excelente para o combate da alienação parental e reestruturação do
indivíduo além de se mostrar uma abordagem menos conflitiva e muito mais resolutiva
nestes casos.

REFERÊNCIAS:
REFOSCO, H. C.; FERNANDES, M. M. G. Entre o afeto e a sanção: uma crítica à abordagem
punitiva da alienação parental. Revista Direito FGV, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 303-323,
jan./jun. 2016. Disponível em: https://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rdf/article/view/
59195. Acesso em: 28 maio 2023.

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