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Abstract: The family environment, the first social space in which the child participates,
offers the child an aggregate baggage of affection, learning through observation of
behaviors and attitudes forming their subjectivity, this results from a socially structured
and organized environment. However, in a maladjusted environment, this child's
experiences will be quite different than previously described. The aim of this study was
to analyze and discuss from published articles about the development or aggravation
of Challenging Oppositional Disorder and the influences that the environments in
which the child participates provides. The results showed that the social environment
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FABE - Faculdade Bertioga
profpauladuarte.educacao@gmail.com
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FABE - Faculdade Bertioga
fabiola.gracia@hotmail.com
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FABE - Faculdade Bertioga
Profpaula-faustino@bol.com.br
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can develop or aggravate TOD, especially in children with other comorbidities. The
approach method used was the systemic one and the research method the
bibliographic one. This is a subject that requires further research to clarify the subject
to all who interact with children who have this psychological disorder.
Keywords: Challenging Oppositional Disorder. Family environment. Experiences.
1 INTRODUÇÃO
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pesquisas Ferreira; Wiezzel (2005) salientam que o ambiente familiar é o primeiro
núcleo social em que a criança é inserida, assim reflete grande importância na
formação da personalidade. É no seio familiar que a criança inicia seu
desenvolvimento e suas relações interpessoais e, ao longo de toda vida, experimenta
o processo de construção de si mesmo. Quando há uma desorganização familiar, a
criança deixa de vivenciar certos comportamentos e atitudes como boas referências
a serem seguidas, que pode resultar na reprodução de certos comportamentos e
atitudes negativas com a qual convivem.
O objetivo deste estudo é discutir sobre como as influências que o ambiente,
bem como, as interações sociais sobre as crianças contribuem para o
desenvolvimento ou agravamento do Transtorno Opositivo Desafiador.
Em consonância com diversos autores, Teixeira (2014);.traz importantes
contribuições em seu livro O Reizinho da Casa, nele o autor utiliza de uma linguagem
acessiva, sendo este, um “Manual para pais de crianças opositivas, desafiadoras e
desobedientes”, podendo inclusive servir de subsídios teóricos a professores, além
de fomentar as discussões acerca do assunto. Neste sentido, considerando o
conteúdo do material, buscamos investigar o comportamento e meio social que
convivem crianças diagnosticadas com TOD possibilitando ações preventivas e,
quando necessário, intervenções junto à criança e a família visando uma melhor
interação em seu meio social.
O artigo inicia-se com uma da Introdução sobre o tema. Apresenta-se logo após
uma Metodologia de abordagem sistêmica e qualitativa com análise valorativa de
artigos acerca do assunto. Segue depois os Resultados e Discussão com um breve
recorte sobre a educação especial, seu amparo legal previsto na Lei de diretrizes e
bases 9.394/96, além do documento MEC/SECADI o qual considera que o indivíduo
que possui o Transtorno Opositivo Desafiador deve ser trabalhado em uma concepção
inclusiva. O conceito que a literatura traz sobre o Transtorno Opositivo Desafiador e a
ocorrência de outras comorbidades associadas, além dos impactos que um ambiente
socialmente negativo no desenvolvimento ou agravamento deste transtorno
psicológico. A pesquisa realizada com base em artigos publicados sobre Transtorno
Opositivo Desafiador, buscando encontrar subsídios teóricos com relação ao
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desenvolvimento ou agravamento do TOD mediante as influencias do ambiente e das
interações sociais. O procedimento se deu na busca dos artigos observando
publicações no Brasil em português com títulos com o nome do transtorno sem
restrições de datas e leitura interpretativa relacionando as contribuições dos referidos
artigos com os comportamentos apresentados em indivíduos que possuem o
transtorno e aos que associam a outras comorbidades como TDAH, por exemplo. Em
seguida, apresentam-se as Conclusões e Referências.
2 RESULTADOS
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idade escolar e o Transtorno de Personalidade Antissocial manifesta-se
exclusivamente no sujeito adulto.
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um engajamento desta criança a cumprir regras e rotinas pré-definidas pelas pessoas
que fazem parte da sua convivência, pois ela tende a se sentir amparada.
O meio onde a criança está inserida, as regras estabelecidas e a forma de
conduzir a situação conflituosa diante da oposição da criança, se tornam importante
no processo de desenvolvimento desse tipo de comportamento. A criança ou
adolescente que apresenta tais comportamentos pode ter um grande prejuízo na vida
escolar, no meio familiar e social, conforme Teixeira (2014).
2.2 Diagnóstico
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O Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) apresenta comportamentos
opositores leves, moderados e graves comportamentos esses que ocorrem com
frequência em grande parte das crianças e adolescentes. O diagnóstico deste
transtorno é um processo trabalhoso dada a grande variabilidade sintomatológica que
apresenta. Segundo DSM-5 (2017, p 462) encontra-se um critério geral (critério A)
interligado a outros oito critérios para diagnosticar o TOD. Eles são especificados a
seguir:
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Com base nos nestes critérios, o DSM-5 pontua o grau de gravidade, na
condição leve quando os sintomas são observados apenas em um ambiente como
escola, trabalho ou no convívio social, moderado quando os sintomas são observados
em dois ambientes, o Transtorno Opositivo Desafiador é considerado grave quando
os sintomas estão presentes em três ou mais ambientes É importante ressaltar que,
a duração, a intensidade e a frequência desses comportamentos desajustados
precisam ser analisados criteriosamente.
No que concerne o diagnóstico do TDO, o CID10 estabelece que:
3 DISCUSSÃO
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condicionamentos sociais, ambientais e hábitos pessoais e profissionais podem
contribuir positivamente ou negativamente com esta conduta.
O atendimento às crianças que apresentam necessidades educacionais
especiais requer por parte todos os envolvidos, sistemas de ensino, sistemas de
saúde, por meio de equipes multidisciplinares e famílias, um complexo e articulado
contínuo de informações que possam melhorar o processo de ensino e aprendizagem
dessa criança.
Ressalta-se que, nem todo educando que apresenta necessidades
educacionais especiais é atendido pela educação especial. De acordo com Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96, a educação especial é uma
modalidade de ensino destinada a educandos com de necessidades educativas
especiais no campo da aprendizagem, originadas quer de deficiência física, sensorial,
mental ou múltipla, quer de características como altas habilidades, superdotação ou
talentos.
Sendo assim, muitos educandos, segundo a LDB, estão impossibilitados de
serem atendidos pelos especialistas em Atendimento Educacional Especializado
(AEE). Neste contexto, os educandos que apresentam Transtorno Opositivo
Desafiador, não fazem parte do grupo atendido pela Educação Especial, no entanto,
são indivíduos que necessitam de um olhar diferenciado por parte dos educadores e
de todos os indivíduos que fazem parte do processo educacional e de toda sociedade,
pois, ainda de acordo com a LDB, a educação, é dever da família e do Estado,
inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho. Ainda referenciando a LDB, a garantia
de padrão de qualidade a todo e qualquer indivíduo, requer por parte dos educadores,
metodologias diferenciadas para atender a diversidade que se apresenta dentro de
uma sala de aula.
E neste sentido o documento Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) reforça que, a educação inclusiva constitui
um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que
conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação
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à ideia de equidade formal. O referido documento enfatiza o que já foi pontuado por
outros documentos, no que tange o respeito à diversidade.
De acordo com o Manual de Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais
(2014) o Transtorno Opositivo Desafiador é definido como, um padrão de humor
raivoso/irritável, de comportamento questionador/desafiante ou índole vingativa com
duração de pelo menos seis meses. Neste contexto, de acordo com o referido
documento, existe um período mínimo de observação desses comportamentos
desajustados.
Ainda de acordo com o Manual, os primeiros sintomas do Transtorno Opositivo
Desafiador surgem durante os anos de pré-escola e, raramente, mais tarde, após o
início da adolescência.
No cotidiano escolar este transtorno é frequentemente conhecido como
Transtorno Opositivo Desafiador, e requer de todos os atores envolvidos no processo
de ensino e aprendizagem desse indivíduo extrema cautela, para que as ações
tomadas para amenizar essas características possam reforçar comportamentos
adequados.
Vale ressaltar que, na maioria dos casos, as famílias também precisam de
muita orientação, pois, apresentam dificuldade em lidar com comportamentos tão
hostis e desafiadores.
Sendo a família o primeiro núcleo social no qual a criança está inserida, ela
pode ser considerada a base do desenvolvimento humano. É a partir desta interação
que a criança estabelece vínculos afetivos que irão contribuir no desenvolvimento da
sua personalidade. Entretanto a falta de estrutura familiar pode desencadear
inúmeras desordens infantis e o Transtorno Opositivo Desafiador está entre eles. Pais
usuários de drogas, falta de regras e limites, violência familiar, pais ausentes ou
negligentes podem favorecer o aparecimento do TOD.
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afeto ao falar, dar bons exemplos, dialogar com a criança, praticar a escuta ativa entre
outros.
Neste sentido, quando os pais e/ou responsáveis e a família de modo geral,
reconhecem e entendem a necessidade da orientação para um melhor
ajustamento/manejo comportamental, possivelmente poderá auxiliá-los para melhor
lidar com a situação.
A dinâmica da sociedade atual conduz pais, educadores, profissionais da
saúde e de outras áreas, por caminhos tortuosos, no que tange o atendimento
adequado às crianças com TOD, uma vez que requer de todos esses atores um olhar
holístico, acerca de todas essas características.
De acordo com Teixeira:
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estão intimamente ligados com questões ambientais, sociais, psicológicas e
biológicas. Para tanto, há necessidade de um diagnóstico preciso, realizado
preferencialmente por uma equipe multidisciplinar, pois, o indivíduo com TOD pode
apresentar comportamentos desajustados em todos ambientes. No entanto, é na
escola e na família que melhor se observa esses comportamentos.
3.1 NA FAMÍLIA
3.2 NA ESCOLA
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e outros fatores que podem contribuir significativamente para o agravamento do
transtorno.
De acordo com Teixeira:
Cada atitude que descrita por Teixeira (2014), reforça a teoria do quanto é
importante o ambiente no qual a criança está inserida, bem como, as relações que ali
se estabelecem.
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CONCLUSÕES
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Por meio das análises realizadas pode-se concluir que uma dinâmica familiar
saudável tem como um de seus pressupostos que este ambiente seja acolhedor,
afetuoso, que valorize e respeite cada etapa do desenvolvimento da criança, além de
considerar o estabelecimento de regras claras e objetivas que auxiliarão a criança a
conviver e se relacionar socialmente, associado as terapias as quais todos
participariam, a criança com o TOD e os pais e/ou responsáveis, que quando
necessário, possibilitará ações preventivas e intervenções junto à criança e a família
resultando em uma melhor interação em seu meio social.
Sugere-se continuidade da pesquisa a fim de obter um estudo mais amplo
sobre as influências para o desenvolvimento ou agravamento do TOD.
REFERÊNCIA
AGOSTINI, Vera Lúcia Miranda Lima; SANTOS, Wenner Daniele Venâncio dos.
TRANSTORNO DESAFIADOR DE OPOSIÇÃO E SUAS COMORBIDADES: UM
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https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1175.pdf. Acesso em: 11.02.19
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Cient. Fac. Educação e Meio Ambiente 5(2): 15-35, jul-dez, 2014. Disponível em:
<http://www.faema.edu.br/revistas/index.php/Revista-FAEMA/article/view/223>.
Acesso em: 15.01.2016.
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UNISANTA LAW AND SOCIAL SCIENCE; VOL. 8, Nº 2 (2019), ISSN 2317-1308 Página 251