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SUPERIOR EM PSICOLOGIA

DISCIPLINA METODOS E TECNICAS

PROFESSOR (A): PROFa. DRa. FRANCILENE

TEMA: TRANSTORNO OPOSITOR DESAFIADOR (TOD) NO AMBIENTE


ESCOLAR

RECORTE: DESAFIOS E PRECONCEITO ENFRENTADOS POR ALUNOS


QUE TEM ESSE TRANSTORNO

NOME DOS AUTORES

Adevaneia Pereira Marques Lopes 19378718

Isabel Cristina Barbosa Veloso 19378987

Jhennyfer Kaylanne Sousa De Paiva 19378387

TERESINA-PI

NOVEMBRO-2022
INTRODUÇÃO

De maneira geral, os seres humanos, dentro da sua composição, é um


ser dotado de relações desde o seu nascimento, demandando, assim, uma
série de aspectos que fazem parte do seu desenvolvimento afetivo e
psicológico, como carinho, cuidado e atenção. Partindo desse pressuposto,
entende-se que para a sua sobrevivência, os seres humanos precisam
aprender uma série de fatores importantes, que permitem a sua inserção em
sociedade (SOUZA, 2019).

O Transtorno Opositor Desafiador (TOD) é entendido como um distúrbio


de esfera psicossocial que apresenta, nos sujeitos, um comportamento pautado
de maneira sucinta pela agressividade e pelos impulsos destruidor, verbal ou
físico tanto contra outras pessoas como em si próprio (RELVAS, 2010).
Em geral o TOD é reconhecido com a existência de comportamento
negativista, desobediente e hostil com toda a gente que se apresentam como
autoridades, além da incapacidade de o indivíduo assumir as
responsabilidades pelos erros cometidos, colocando, assim, a culpa em outras
pessoas, aspectos que estão diretamente ligados à dificuldade de
aprendizagem dentro do ambiente escolar. As causas do TOD ainda são
desconhecidas, mas cientistas acreditam que é provável ser genéticas,
ambientais e biológicas, em conjunto. O diagnóstico é feito através da
observação do comportamento e sintomas da criança, por um médico
especialista (FARIAS, e tal. 2011).
Os sintomas surgem em vários espaços, mas é na sala de aula e em
casa que este é possível ser mais bem-observados, por essa razão, é de
grande importância que a identificação do TOD seja realizada o quanto antes e
que o tratamento adequado se inicie logo depôs do diagnóstico, para assim
evitar um possível avanço do transtorno que, muito provavelmente, causará
prejuízos significativos em seu desempenho no ambiente escolar, família e
espaços sociais. (Ibid. p. 32-33). O tratamento do TOD visa modificar esses
comportamentos que causam danos e prejuízos ao decorrer de sua vida, na
maior parte dos casos, isso é feito por meio de técnicas de controle do
comportamento e uma abordagem disciplinar com reforço do comportamento
desejado, em alguns casos medicamentos. (GREVET, SALGADO, ZENI.
2007,)
O indivíduo com esse transtorno sofre preconceitos em todo ambiente
frequentado por ela, principalmente no ambiente escolar, recebem bastante
comentários incompreensíveis e as vezes até mesmo maldosos, pois passam a
ser vistas pelos professores e colegas como sujeito difíceis, desobedientes, e
implicantes, sendo considerada quase sempre como mal-educadas, sem
limites e mimadas, por alguns comportamos, e por não se manter concentrada
nas atividades, o professor pedindo-o que a mesma se retire da sala de aula,
que dirija-se à sala da direção, aplicando ainda punições frequentes, na qual é
vetado de brincar, mantida afastada do restante da turma (isolada), ouve gritos,
variadas rotulações negativas e não é compreendida em momento algum.
Sendo assim prejudicada na execução das tarefas, pois há professores
que simplesmente decidem deixá-la na maior da parte de lado, não a
esperando terminar as atividades, não produzindo nenhum tipo de intervenção
que possa ajuda-la na execução das tarefas, e por fim, a criança ainda acaba
sendo considerada como preguiçosa. (RELVAS, 2010). Á vista disso, além de
causar afastamentos por parte de ambos por incompreensão dos fatos, acaba
desenvolvendo situações insatisfatórias. Sendo assim, percebe-se o quão a
sociedade é leiga a respeito de determinados assuntos, como por exemplo, o
TOD. Por ser um transtorno reconhecido há pouco tempo, observa se o total
desconhecimento e despreparo para falar e especialmente lidar com pessoas
que possuem o transtorno (WINNICOTT, 1987). Portanto, a família e a escola
precisam de assistência para aplicar métodos que possa ajudar no
desenvolvimento pessoal desse ser, para assim diversificar habilidades
consideradas essenciais para a interação social ao longo de sua vida.
O presente trabalho tem como objetivos compreender o TOD e de como
vem afetando seu ciclo de vida. Expor os preconceito e desafios enfrentados no
âmbito escolar por alunos que tem o transtorno, incluindo como a escola e
professores podem está auxiliando esse aluno para um melhor desempenho em
sala de aula e convívio social com os colegas; reconhecer os sinais e
comorbidade apresentados, para um diagnóstico e acompanhamento imediato
com o profissional da área.
MATERIAL E METODOS (METODOLOGIA)

Este trabalho teve como finalidade a realização de um estudo com o


intuito de apresentar o TOD junto com os desafios e preconceito sofridos por
aluno com esse transtorno. O trabalho desenvolvido seguiu os preceitos do
estudo exploratório, por meio de uma pesquisa bibliográfica, que, segundo Gil
(2008, p.50) é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído de
livros e artigos científicos. Nesta Perspectiva, a proposta de Gil (2008) foi
utilizada as seguintes bases de dados: SciELO e Google acadêmico. O período
de busca para essa pesquisa foi realizado no mês de setembro, com intervalo
de tempo entre artigos do ano 2007 a 2020.
Os descritores utilizados ao longo do trabalho foram: TOD, preconceito,
e ambiente escolar. Foram consideradas como critério de inclusão, as
bibliografias em português que abordassem o preconceito do TOD no ambiente
escolar, e foram excluídas aquelas em inglês que não atenderam a temática
sobre o tema proposto. Foi encontrado um total de 16 artigos e dois livros nas
duas bases de dados, mais quando aplicado os critérios de exclusão, foram
descartados dez desses, pois não estava no idioma correto. O operador
Booleanos utilizado neste trabalho foi and, na categoria (and e or).

RESULTADO E DISCUSSÃO

BASES DE DADOS QUANTIDADE CRITERIOS


SCIELO 8 3
GOOGLE ACADÊMICO 9 5
LIVRO 2 1
TOTAL 19 9

Na tabela acima demonstra que foram encontrados oito artigos da base


de dados SciELO e nove artigos do Google acadêmico, ou seja, uma
quantidade de (16 artigos), e dois livros. Somando tudo, dezenove fontes de
estudo para a complementação desse trabalho. Mas quando aplicado os
critérios de avaliação esses números caíram, de acordo com a demonstração
acima, descartado dez e ficando só nove desses.

DISCUSSÃO

O ser humano se relaciona a tudo que o rodeia. No dizer de Gadotti


(2019) “todos os seres, entrosados uns com os outros, estão em perpétua
mudança. ” (GADOTTI, 2019, p. 56) A partir daí sabemos que o ser humano
precisa de vida em família e vida social (escola, vizinhos, igreja, clube etc.) e
contato com outros seres humanos que vão nos transformando na pessoa que
somos. Portanto Toda a pessoa depende da interação com os outros para até
mesmo para se manter viva. Somos animais que estabelecem relações sociais.
O Transtorno Opositor Desafiador ou Transtorno Desafiador de
Oposição é um padrão de comportamento chamado de disruptivos, forma de
liberar impulsos agressivos, tipo de comportamento que prejudica as pessoas
com as quais se convive, criando conflitos não só com as figuras que
representam autoridade como também em relação às regras pré-estabelecidas
(ARAUJO; LOTUFO NETO, 2014).
Os sintomas do Transtorno Opositor Desafiador são similares em ambos
os gêneros, todavia, meninos podem apresentar esses sintomas e
comportamento mais persistentes. Também pode estar diante de crianças com
TDAH. Em geral as crianças começam a apresentar as características no início
da infância, época em que esses comportamentos são esperados.
Manifestando lá por volta dos oito anos de idade e pode ter a idade mais crítica
na adolescência, que é, por excelência, a idade das contradições, da
irritabilidade, do desafio dos limites impostos pelo mundo adulto. (FARIAS, e
tal. 2011).
O tratamento de uma criança ou adolescente com TOD requer uma
equipe especializada que cuide dela a partir de vários aspectos. Segundo
Teixeira (2014).
Tratamento medicamentoso. Antipsicóticos ou
Neurolépticos. Estabilizadores do humor. – Psicoestimulantes.
Antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de
serotonina. Tratamento Psicossocial. Psicoterapia cognitivo
comportamental. Terapia Familiar. Psicoeducação familiar.
Treinamento dos pais. – Psicoeducação Escolar. Intervenções
Escolares (TEIXEIRA, 2014, p. 44-50) ”.

Ou seja, a escola sozinha não poderá atuar junto ao aluno se não


houverem outros profissionais que, de acordo com seu trabalho, faça as
intervenções necessárias, visto que até de medicação provavelmente a criança
necessitará.
Vale lembrar que quando o TOD não é tratado, ele pode evoluir, por
exemplo, para o transtorno de conduta. Segundo Valle (2015). Quando o TOD
não é tratado, a evolução para o transtorno de conduta pode ocorrerem até
75% dos casos. Naquelas em que o início dos sintomas se iniciaram antes dos
oito anos de idade, o risco de evolução será maior. O diagnóstico e o
tratamento precoces exercem um papel preventivo importante. (VALLE, 2015,
p. 14).
Ademais, vale ressaltar que indivíduo com esse transtorno sofre
preconceito e discriminação em todo momento de sua vida, passando por
vários desafios instigante, onde é designado com uma variedade de adjetivos
pejorativos presente na interlocução. Este aspecto ocasiona um arcabouço
significativo da existência desse ser no ambiente escolar.
Além do mais, esse aluno é estigmatizado e rotulado com aquele que
tem características diferente da que a sociedade prevê, definindo os atributos
de como tratar esse indivíduo, estabelecendo meios de categorizar, chamando
a de doido e impulsivo, gerando toda a discriminação necessária para-o
prejudicar, Como consequência disso, o aluno com TOD passa a ser rejeitada
e ainda, excluída pelos os amigos de classe e docente. (FACION, 2013, p. 123-
124).
Segundo Ribas (2007). A ausência de conhecimento sobre este assunto,
ou a informação distorcida, é um dos principais motivos para atitudes
preconceituosas. Esclarece também que a ignorância é a principal responsável
por esses preconceitos relacionados às pessoas que têm o transtorno.
CONCLUSÃO

Como vimos, o TOD transtorno opositivo desafiador, é caracterizado por


comportamento desafiador e desobediente a figuras de autoridade. Em
detrimento do transtorno, muitos deles podem ser além de crônicos e não
tratados podem se intensificar, e se tornar outro tipo de psicopatologia mais
avançada. O seu diagnóstico deve ser tratado com uma equipe especializada,
pois são casos variados, nos quais algumas crianças necessitam de
acompanhamento e recursos distintos das outras, dependendo do nível em que
o transtorno se faz presente na vida de cada uma.
Nesse transtorno o preconceito no ambiente escolar está bem visível,
acaba sendo um desafio para os alunos com TOD, pois as crianças com TOD
não aceitam que sejam desafiadoras e oposicionistas, tornando maior chances
de ocorrer preconceitos onde estar acentuado. Concluiu-se que alunos com o
transtorno TOD sofre preconceito de profunda rejeição e exclusão no abito
escolar. Dito isso, é de extrema importância que o ambiente escolar seja
saudável, por isso, a importância de saber lidar com este transtorno, se
informando e não o enxergando apenas como simples atos de rebeldia
acometidos pela criança. Portanto enfatizamos a necessidade de propostas
metodológicas para o trabalho pedagógico com criança com TOD, em que
cada criança possa ser vista como um sujeito singular, único em sua
constituição sócio histórica, assim acabando com os preconceitos vivenciado
por quem tem o transtorno.

REFERÊNCIAS

APA – Apsychiatric Association. Manual Diagnóstico de transtornos mentais


– DSM – 5. Porto Alegre: Artmed, 2014.
ARAÚJO. A. C.; LOTUFO NETO, F. A nova classificação Americana para os
Transtornos Mentais - o DSM-5. Revista Brasileira de Terapia
Comportamental e Cognitiva, 2016.

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possibilidades. Batatais: v.7, n.2, 2017, p. 167.
DSM IV. Mini International Neuropsychiatric Interview. DSM IV. Tradução
para o Português de P. Amorim. 2000.

DA SILVA, Tatiane Cristina Gonçalves. TRANSTORNO OPOSITOR


DESAFIADOR – COMO ENFRENTAR O TOD NA ESCOLA, 2012.

FARIAS, C. S. et al. Transtorno de Conduta na Infância. UNIJALES. 2011.

FACION, J. R. Transtornos do desenvolvimento e do comportamento.


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GOFFMAN, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade


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PAULO, Marta Mantovanelli de; RONDINA, Regina de Cássia. Os Principais


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RELVAS, M. P. Neurociência e transtornos de aprendizagem: as múltiplas


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RIBAS, João Baptista Cintra. O que são pessoas deficientes. 2. ed. São
Paulo: Brasiliense, 1985.

SOUZA, N. V. Transtorno Opositor Desafiador: reflexões a respeito deste


desafio. 2019. 32f. Monografia (Especialização em Psicopedagogia) – AVM
Faculdade Integrada, Universidade Candido Mendes, Rio de Janeiro. 16 mar.
2020.

TEIXEIRA, G. O Reizinho da Casa, Editora Best Seller, 2014.

VALLE, Leonardo. Dicas para lidar com crianças transtorno desafiador


opositor. 2015. p. 14.

WINNICOTT, Donald Woods. Privação e Delinquência. São Paulo: 1987, S.P.

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