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Direito Administrativo – Atos Administrativos

(CESPE/PGM - Campo Grande - MS/2019)


01) A administração pública poderá revogar atos administrativos que possuam vício que os torne ilegais,
ainda que o ato revogatório não tenha sido determinado pelo Poder Judiciário.
Comentário:

Anulação Revogação
Ocorre por ser um ato que exorbite os limites da Ocorre por não ser mais conveniente ou
legalidade; oportuno, porém é considerado um ato legal;
Pode ser discricionário ou vinculado; O ato precisa ser discricionário;
Se sujeita ao exame do Poder Judiciário,
Não se sujeita ao exame do Poder Judiciário, mas
mediante provocação, e também ao da
apenas ao da Administração.
Administração.
Efeito retroativo ou Ex-Tunc. Efeito prospectivo ou Ex-Nunc.

Resumo sobre revogação e anulação:

Extinção dos atos administrativos


Revogação
A administração pública pode revogar ato próprio discricionário, ainda que perfeitamente legal,
simplesmente pelo fato de não mais o considerar conveniente ou oportuno.
A revogação de um ato administrativo normativo, quando parcial, denomina-se derrogação.
Os atos administrativos sujeitam-se ao exame do Poder Judiciário no que diz respeito aos aspectos de
legalidade, mas não nos critérios de conveniência e oportunidade.
Não podem ser revogados (Ex Nunc) os atos administrativos:
* Que já exauriram seus efeitos.
* Enunciativos, também denominados "meros atos administrativos", como certidões e atestados.
* Vinculados;
* Que geram direitos adquiridos;
* Editados em desconformidade com a lei;
* Integrantes de um procedimento administrativo;
* Que se exauriram as competências relativamente ao objeto do ato;
* Complexos;
A revogação é um ato discricionário que incide apenas sobre atos discricionários.
Anulação
A anulação retira do mundo jurídico atos ilegais e produzem efeitos retroativos ou ex tunc.
Ato administrativo praticado fora dos padrões de legalidade e que exorbite os limites definidos e
previstos em lei é denominado ato ilegal.
Considerando um ato administrativo o qual, contaminado por vício, tornou-se ilegal, ressalvada a
apreciação judicial e respeitados os direitos adquiridos, a Administração pode anulá-lo, porque dele
não se originam direitos.
A administração pública deve anular seus próprios atos quando eivados de vício de legalidade, respeitados
os direitos adquiridos.
O ato discricionário praticado por autoridade incompetente, ou realizado por forma diversa da prevista
em lei é ilegítimo e nulo.

Gabarito: Errado.
(VUNESP/Prefeitura de Guarulhos - SP/2019)
02) Assinale a alternativa que contém exemplo de um ato administrativo enunciativo.
A) Regimento
B) Portaria
C) Autorização
D) Certidão
E) Ofício
Comentário:

Atos enunciativos
Os atos enunciativos são atos administrativos que declaram, a pedido do interessado, uma situação
jurídica preexistente relativa a um particular, mas não contém uma manifestação de vontade da
Administração Pública.
Certidão
A expedição de uma certidão pela Administração Pública pode ser caracterizada como um ato

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administrativo declaratório.
Com relação às espécies de atos administrativos, são considerados atos administrativos enunciativos a
certidão e o parecer.
Atestado
Atestado é o ato que comprova fatos ou situações transitórias que não constem de arquivos públicos.
Entre as espécies de atos administrativos, os atestados são classificados como enunciativos, porque seu
conteúdo expressa a existência de certo fato jurídico.
Parecer
Parecer é o ato pelo qual os órgãos consultivos da administração emitem opinião sobre assuntos técnicos
ou jurídicos de sua competência, podendo ter o caráter vinculante.
Parecer é ato opinativo, podendo ser vinculante pelo qual os órgãos consultivos da administração pública
emitem opinião sobre assuntos técnicos ou jurídicos de sua competência.
Apostila
Apostilas são Atos enunciativos ou declaratórios de uma situação anterior criada por lei. Nesse caso,
não cria um direito, mas reconhece a existência de um direito criado por norma legal.

Mnemônicos
Atos Negociais Atos Enunciativos Atos Punitivos Atos Normativos Atos Ordinatórios
H = Homologação. Certidão Multa; Decreto Circulares
A = Autorização. Atestado Interdição REsolução Ofício
V = Visto. Parecer Administrativa; DEliberações Portaria
P = Permissão. Apostila Destruição de REgimento Instrução
A = Aprovação. Coisas. INStrução Aviso
R = Renúncia. normativa Despacho
D = Dispensa. Ordem de serviço
A = Admissão.
L = Licença.
H.A.V.
CAPA MID D.RE.D.RE.INS COPIADO
P.A.R.D.A.L.

Gabarito: Letra D.
(CESPE/MPE-PI/2019)
03) O chefe do Poder Executivo estadual baixou resolução pela qual declarou ser de utilidade pública para
fins de desapropriação determinado imóvel particular, situado no território do respectivo ente federado.
Nessa situação hipotética, o referido ato administrativo foi eivado de vício quanto
A) à forma.
B) à finalidade.
C) ao objeto.
D) ao motivo.
E) à competência.
Comentário:

A declaração de utilidade pública deve ser exteriorizada mediante decreto. No caso da questão, a declaração
de utilidade pública foi formalizada por meio de resolução, o que trata de um vício de forma.

DL. nº 3.365/41, Art. 6º. A declaração de utilidade pública far-se-á por decreto do Presidente da República,
Governador, Interventor ou Prefeito.

Requisitos ou elementos do ato administrativo


Competência Poder legal conferido ao agente público para o desempenho das suas atribuições.
Finalidade O ato é dirigido ao atendimento do interesse público, tem efeito jurídico mediato.
Forma Modo pelo qual o ato se exterioriza ou deve ser apresentado.
Motivo Pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato.
Objeto É o conteúdo do ato, tendo efeito jurídico imediato.
Mnemônico: COMFIFORMOB

Gabarito: Letra A.
(CESPE/TCE-PR/2016)
04) A convalidação por ratificação somente pode ser realizada pelo superior hierárquico do agente que
praticou o ato anterior.
Comentário:

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A ratificação ocorre quando a própria autoridade que emanou o ato viciado o convalida.

Formas de convalidação
Ratificação, reforma ou conversão são meios de convalidação de atos administrativos viciados.
Ratificação
Ratificação é a forma de convalidação apropriada para casos de vício de competência da autoridade que
pratica o ato.
Conversão
Trata-se de instituto utilizado pela Administração Pública para converter um ato inválido em ato de outra
categoria, sendo aproveitado, possuindo efeitos retroativos à data do ato original.
A conversão é o ato administrativo pelo qual a Administração converte um ato inválido em ato de outra
categoria, de maneira a torná-lo válido, com efeitos retroativos à data do ato original.
Reversão ou reforma
Reforma: Quando novo ato administrativo suprime a parte inválida de ato anterior, mantendo sua parte
válida, ou seja, é a alteração/transformação de um ato administrativo originariamente ilegal em outro ato de
grau inferior, porém que atinge os requisitos de legalidade.
A ratificação, a reforma e a conversão são formas em que podemos verificar a convalidação do ato
administrativo.

Gabarito: Errado.
(MPE-SC/MPE-SC/2019)
05) Segundo a teoria quaternária, os atos ilegais referem-se aos atos inexistentes, nulos, anuláveis e
irregulares. Para referida teoria, os atos irregulares são os detentores de defeitos leves passíveis de
convalidação.
Comentário:

Teoria Quaternária
Ausência de elemento indispensável para a formação do ato
Atos Inexistentes
administrativo.
Ato administrativo praticado fora dos padrões de legalidade e
Atos Nulos
que exorbite os limites definidos e previstos em lei.
Ato administrativo que possui defeitos leves passíveis de
Atos Anuláveis
convalidação.
Atos que possuem defeitos levíssimos e sem relevância para a
Atos Irregulares
sua validade.
Fonte: Celso Antônio Bandeira de Mello

Gabarito: Errado.

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