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DIREITO

TRIBUTÁRIO
Repartição da Competência Tributária.
Impostos da União

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO TRIBUTÁRIO
Repartição da Competência Tributária. Impostos da União
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Repartição da Competência Tributária Impostos da União..................................3


Repartição da Competência Tributária.............................................................3
Impostos da União.......................................................................................4
Imposto de Importação (II)..........................................................................6
Imposto de Exportação (IE)........................................................................ 11
Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)........................................ 14
Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF)......................................................... 22
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)............................................... 22
Imposto sobre Renda e Proventos de Qualquer natureza (IR).......................... 28
Imposto sobre as Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou Relativas a
Títulos ou Valores Mobiliários (IOF).............................................................. 31
Questões de Concurso................................................................................ 35
Gabarito................................................................................................... 60
Gabarito Comentado.................................................................................. 61

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Repartição da Competência Tributária. Impostos da União
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REPARTIÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA


IMPOSTOS DA UNIÃO
Repartição da Competência Tributária
A CF/88, nos arts. 153 a 156, destaca quais impostos cada ente político tem

competência para criar.

A divisão (repartição) de tal competência tributária será estudada em nosso

curso pelos tópicos “Impostos da União”, “Impostos Estaduais” e “Impostos Muni-

cipais”.

Observe os esquemas a seguir, que organizam a competência de cada ente. No

momento oportuno, você estudará as peculiaridades de cada um dos impostos:

Impostos de Competência da União


II – Imposto sobre a importação
IE – Imposto sobre a exportação
IR – Imposto sobre a renda
IPI – Imposto sobre produtos industrializados
IOF – Imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários
ITR – Imposto sobre a propriedade territorial rural
IGF – Imposto sobre grandes fortunas
Impostos residuais
IEG – Impostos extraordinários de guerra

Impostos de Competência dos estados e do DF

ITCD – Imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos

ICMS – Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de ser-
viços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior

IPVA – Imposto sobre a propriedade de veículos automotores

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Impostos de competência dos municípios


IPTU – Imposto sobre propriedade a predial e territorial urbana

ITBI – Imposto sobre a transmissão “intervivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imó-
veis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem
como cessão de direitos a sua aquisição

ISSQN – Imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, inciso II,
definidos em lei complementar

Impostos da União
Já vimos que, levando em consideração o art. 146, inciso III, alínea a, da Cons-

tituição Federal, cabe a lei complementar estabelecer normas gerais em matéria

tributária, especialmente sobre a definição de fatos geradores, base de cálculo e

contribuintes dos impostos previstos na Constituição.

A norma mais importante no ordenamento nacional, nesse ponto, é o Código

Tributário Nacional (CTN). Sabemos que, apesar de ser formalmente uma lei ordi-

nária, esse código foi recepcionado pela CF/88 com força de lei complementar em

relação aos dispositivos que versam sobre normas gerais em matéria tributária.

Entretanto, não é apenas o CTN que cumpre esse mister no ordenamento. Po-

demos citar diversas leis tributárias que tratam de normas gerais, como a Lei Com-

plementar n. 87/96, a Lei Complementar n. 24/75 e a Lei Complementar n. 116/03.

Assim, para o exercício da competência tributária atribuída pela Constituição é

necessário que o ente observe, além dos contornos constitucionais, o disposto nas

leis complementares (com estatura complementar) no momento da instituição de

tais tributos por lei.


Em outras palavras, o estudo dos impostos da União deve seguir uma sequência
lógica, começando pela Constituição Federal, passando pelo CTN e chegando, por
fim, em eventuais normas específicas.

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Nosso curso seguirá essa sequência.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL Outorga competência tributária aos entes federados.

Estabelece normas gerais em matéria tributária,


especialmente sobre a definição de fatos geradores,
LEI DE NORMAS GERAIS
base de cálculo e contribuintes dos impostos
previstos na Constituição.

LEI INSTITUIDORA Cria o tributo, devendo obediência à Constituição e


DO TRIBUTO à Lei Complementar de normais gerais.

Antes de mais nada, observe o artigo 153 da Constituição Federal, o qual ou-
torga à União a competência tributária para instituir, por meio de ato normativo
primário, os seguintes impostos:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


I – importação de produtos estrangeiros;
II – exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III – renda e proventos de qualquer natureza;
IV – produtos industrializados;
V – operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários;
VI – propriedade territorial rural;
VII – grandes fortunas, nos termos de lei complementar.

Como se vê, a União possui competência para instituir sete impostos de acordo
com o disposto no artigo 153.
Além disso, tendo em vista o disposto no artigo 154, não deve ser esquecido
que essa mesma União poderá instituir, ainda, impostos no exercício da competên-
cia residual, bem como no exercício da competência extraordinária, cada qual com
suas características peculiares, a saber:

Art. 154. A União poderá instituir:


I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, des-
de que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo
próprios dos discriminados nesta Constituição;

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II – na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, com-


preendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos,
gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

Estudamos as situações presentes no artigo 154 na aula sobre competência

tributária. Nesse momento, vamos nos ater aos impostos expressamente previstos

para a União no artigo 153.

Imposto de Importação (II)

Junto com o Imposto de Exportação, o Imposto de Importação é um dos tribu-

tos que incidem sobre o comércio exterior e, por isso, possui elevada percepção de

extrafiscalidade.

Por ter características marcadamente extrafiscais, o II vem regulado na Cons-

tituição como uma das exceções à submissão de alguns princípios constitucionais

tributários, como a anterioridade de exercício (150, § 1º), a anterioridade nonage-

simal (150, § 1º) e a legalidade (153, § 1º).

O sentido aqui é claro: como sua maior característica é regular mercados (não

arrecadar efetivamente receitas para o ente político), o legislador constituinte op-

tou por dar à administração tributária o poder de alterar as alíquotas do imposto

de acordo com as necessidades do mercado, bem como de exigir essas alterações

imediatamente.

Relembre os dispositivos constitucionais:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à


União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios:
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
III – cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os hou-
ver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou;

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c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Cons-
titucional n. 42, de 19/12/2003.)
§ 1º. A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos
arts. 148, I, 153, I, II, IV e V, e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica
aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V, e 154, II, nem à fixação da
base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 42, de 19/12/2003.)
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I – importação de produtos estrangeiros;
§ 1º. É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites esta-
belecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I,
II, IV e V.

Essas disposições significam que o imposto de importação poderá ter suas alí-
quotas aumentadas e diminuídas por meio de ato normativo infralegal (decreto, por
exemplo) dentro de determinada baliza prevista pela lei. Essa alteração, inclusive,
poderá ser exigida imediatamente sem respeito às restrições da anterioridade.
Fora isso, o Imposto de Importação se submete a todas as outras limitações
constitucionais ao poder de tributar, como a imunidade dos livros, jornais, periódi-
cos e o papel destinado à sua impressão (150, inciso VI, alínea d).

Fato Gerador

O fato gerador (hipótese de incidência) do tributo vem delimitado no CTN, mais

especificamente em seu artigo 19, a saber:

Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estran-


geiros tem como fato gerador a entrada desses no território nacional.

Como se vê, há uma posição no dispositivo que merece ser aclarada: o CTN, em

vez de apenas delimitar a materialidade da incidência do imposto de impor-

tação, faz mais do que isso e ainda apresenta, no mesmo dispositivo, o aspecto

temporal da sua ocorrência.

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Temos, então, um aspecto material: o fato gerador ocorre em face da entra-

da no território nacional de produtos estrangeiros/ bem como um aspecto

temporal: o fato gerador ocorre no momento da entrada dos produtos es-

trangeiros no território nacional.

Assim, a entrada de produtos estrangeiros (destinados ao comércio, para uso

ou consumo, para ativo fixo etc.) no território nacional acarretará a incidência do

tributo.

Note que a “entrada no território nacional” deve ser aquela na qual o produto

se integra à economia nacional, sendo possível que o mero ingresso físico e

temporário de um produto não atraia a incidência do imposto.

A simples entrada de um quadro para exposição temporária em um museu, por

exemplo, mesmo que caracterizado o fato importação, poderá não ensejar a tribu-

tação pelo imposto de importação.

Como se vê, é necessário que a entrada física seja acompanhada de um

viés de integração à economia nacional para fins de caracterização do fato ge-

rador do imposto de importação.

Nem toda importação (entrada de produto estrangeiro no território nacional) é,

portanto, fato gerador do Imposto de Importação.

Não se deve dizer, porém, que é necessário que o produto estrangeiro seja com-

prado por alguém para se integrar à economia nacional, pois não há essa necessi-

dade. A legislação menciona uma situação fática: o ingresso definitivo do produto.

Basta, então, o ingresso, de forma definitiva, para fins de incidência.

Dito isso, é preciso passar à delimitação do aspecto temporal, ou seja, do mo-

mento de ocorrência do fato gerador.

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Há certa controvérsia sobre esse ponto, tendo em vista que o regulamento adu-

aneiro prevê, em seu artigo 73, que tal momento se configura quando da data do

registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despa-

cho para consumo.

A questão do momento da ocorrência é importante para fins da determinação

de que alíquota será utilizada para fins de tributação: a do momento da entrada no

território nacional ou aquela em vigor na data do registro da declaração.

Esse suposto conflito do decreto com o CTN foi submetido ao Poder Judiciário,

que resolveu a controvérsia com a seguinte posição:

TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. MERCADORIA EM TRÂNSITO DES-


TINADA AO PARAGUAI. AVARIA OU EXTRAVIO. ISENÇÃO. IRRESPONSABILI-
DADE DO TRANSPORTADOR. PRECEDENTES.
1. Não obstante o fato gerador do imposto de importação se dê com a entrada
da mercadoria estrangeira em território nacional, torna-se necessária a fixa-
ção de um critério temporal a que se atribua a exatidão e certeza para se com-
pletar o inteiro desenho do fato gerador. Assim, embora o fato gerador do
tributo se dê com a entrada da mercadoria em território nacional, ele
apenas se aperfeiçoa com o registro da Declaração de Importação no
caso de regime comum e, nos termos precisos do parágrafo único, do artigo
1º, do Decreto-Lei n. 37/66, “com a entrada no território nacional a mercado-
ria que contar como tendo sido importada e cuja falta seja apurada pela auto-
ridade aduaneira”.
4. Recurso não conhecido.
(REsp. n. 362.910/PR, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA TURMA, jul-
gado em 16/04/2002, DJ 13/05/2002, p. 161.).

Assim, temos o fato gerador se aperfeiçoando no momento do registro da

Declaração de Importação, para fins de definição da alíquota aplicável.

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Base de Cálculo

A base de cálculo do imposto de importação vem delimitada no artigo 20 do

Código Tributário Nacional:

Art. 20. A base de cálculo do imposto é:


I – quando a alíquota for específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;
II – quando a alíquota for ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar,
alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência,
para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no país;
III – quando se tratar de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço
da arrematação.

Como se vê, há três bases de cálculo distintas para o Imposto de Importação,

a depender da situação relacionada nos incisos do artigo 20 do CTN.

Quando a alíquota for ad valorem (inciso II), teremos a situação comum, na

qual um percentual delimitado pela lei (alíquota) será multiplicado pelo preço do

produto para determinação do valor de tributo devido.

Ou seja, teremos como base de cálculo o preço normal que o produto, ou seu

similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre

concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no país multi-

plicado pela alíquota delimitada.

No caso de termos alíquota específica, determina-se o valor do tributo ao se

multiplicar um valor específico, determinado pela lei, por alguma unidade de quan-

tificação dos bens importados. Por exemplo, se a alíquota específica para a impor-

tação de violões for de R$ 10,00 por unidade, na importação de 10 unidades tere-

mos um imposto devido na monta de R$ 100,00.

Por fim, temos a base de cálculo do imposto de importação quando se tratar de

produto apreendido ou abandonado e levado a leilão. Nesse caso, valor da base de

cálculo será o valor da arrematação.

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Veja, ainda, o artigo 21 do CTN, no ponto relacionado à base de cálculo do Im-

posto de Importação:

Art. 21. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em


lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos
objetivos da política cambial e do comércio exterior.

Com efeito, tal possibilidade de alteração da base de cálculo do tributo não foi

recepcionada pela Constituição de 1988. Apenas continua vigente o ponto que re-

laciona a alteração das alíquotas.

Contribuintes

O artigo 22 do CTN informa que o contribuinte do Imposto de Importação será:

Art. 22. Contribuinte do imposto é:


I – o importador ou quem a lei a ele equiparar;
II – o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados.

Principais Características do II

Exceção ao princípio da anterioridade de exercício.


Exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal.
Exceção ao princípio legalidade no que diz respeito às alíquotas apenas.
Função extrafiscal predominante.

Imposto de Exportação (IE)

Assim como ocorre com o Imposto de Importação, o Imposto sobre a Expor-

tação é um dos tributos que incide sobre o comércio exterior e, por isso, possui

elevada percepção de extrafiscalidade.

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O IE também vem regulado na Constituição como uma das exceções à submis-

são de alguns princípios constitucionais tributários, como a anterioridade de exercí-

cio (150, § 1º), a anterioridade nonagesimal (150, § 1º) e a legalidade (153, § 1º).

Note que, como já reproduzido antes, a Constituição Federal de 1988 denomi-

nou o tributo como imposto sobre a exportação, para o exterior, de produtos na-

cionais ou nacionalizados, de maneira um tanto distinta daquela prevista no CTN.

Fato Gerador

O fato gerador (hipótese de incidência) do tributo vem delimitado no CTN, mais

especificamente em seu artigo 23, a saber:

Art. 23. O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estran-


geiro, de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída
desses do território nacional.

De modo similar ao Imposto de Importação, também no IE o CTN delimita a

materialidade e o momento da ocorrência do fato gerador do tributo.

Assim, as mesmas controvérsias se apresentaram, como no II.

Trazendo o mesmo paralelismo, o regulamento aduaneiro impõe que o fato ge-

rador ocorra no momento do registro de exportação no sistema integrado de Co-

mércio internacional (Siscomex). Note a dicção do RA:

Art. 213. O imposto de exportação tem como fato gerador a saída da mercadoria do


território aduaneiro.
Parágrafo único. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador
na data de registro do registro de exportação no Sistema Integrado de Comércio Exte-
rior (SISCOMEX).

É importante notar que aqui também não é necessário que exista negócio jurídi-
co a embasar a saída do produto. O registro no Siscomex consolida o fato gerador
do imposto.

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Base de Cálculo

A base de cálculo do imposto vem delimitada no artigo 24 do Código Tributário

Nacional:

Art. 24. A base de cálculo do imposto é:


I – quando a alíquota for específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;
II – quando a alíquota for ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar,
alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência.
Parágrafo único. Para os efeitos do inciso II, considera-se a entrega como efetuada no
porto ou lugar da saída do produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes sobre
a operação de exportação e, nas vendas efetuadas a prazo superior aos correntes no
mercado internacional, o custo do financiamento.

Também no Imposto de Importação a base de cálculo dependerá da alíquota.

Se for específica, será a unidade de medida adotada pela lei tributária. Se for ad

valorem, será o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo

da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência.

Veja, ainda, o artigo 26 do CTN, no ponto relacionado à base de cálculo do im-

posto:

Art. 26. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei,
alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-los aos
objetivos da política cambial e do comércio exterior.

Com efeito, tal possibilidade de alteração da base de cálculo do tributo não foi
recepcionada pela Constituição de 1988. Apenas continua vigente o ponto que re-
laciona a alteração das alíquotas.

Contribuintes

O artigo 27 do CTN informa que o contribuinte do imposto será o exportador ou

quem a lei a ele equiparar:

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Art. 27. Contribuinte do imposto é o exportador ou quem a lei a ele equiparar.

Já o regulamento aduaneiro extrapola um pouco a conceituação, mas permane-


ce válido para fins de prova:

Art. 217. É contribuinte do imposto o exportador, assim considerada qualquer pes-


soa que promova a saída de mercadoria do território aduaneiro.

Principais Características do IE

Exceção ao princípio da anterioridade de exercício.


Exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal.
Exceção ao princípio da legalidade no que diz respeito às alíquotas apenas.
Função extrafiscal predominante.

Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)

O ITR, assim como o II e o IE, é um imposto que possui a extrafiscalidade entre
suas características marcantes. Note o dispositivo constitucional que embasa essa
afirmação:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


VI – propriedade territorial rural;
§ 4º. O imposto previsto no inciso VI do caput:
I – será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a
manutenção de propriedades improdutivas.

Como se vê, a ideia básica do ITR é desestimular, por meio de imposição de alí-

quotas progressivas, a manutenção de propriedades improdutivas.

Dessa maneira, o ITR está sujeito a princípios constitucionais tributários, como

a anterioridade e a legalidade, diferentemente do II e do IE, por exemplo.

Além disso, a Constituição trata de outros dois aspectos essenciais desse tributo

em seu art. 153, § 4º, incisos II e III. Observe o artigo em sua literalidade:

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Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


VI – propriedade territorial rural;
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput:
I – será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção
de propriedades improdutivas;
II – não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as ex-
plore o proprietário que não possua outro imóvel;
III – será fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem, na forma
da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de
renúncia fiscal

O inciso II acima traz, de maneira expressa, uma imunidade constitucional

no tocante à incidência do ITR.

As pequenas glebas rurais, definidas pela lei, ficam imunes ao tributo, desde

que as condições ali expostas sejam observadas; ou seja, desde que o proprietário

seja o explorador de sua única propriedade.


Já o inciso III trata de uma situação muito cobrada em prova quanto ao ITR:
a possibilidade da outorga de sua capacidade tributária ativa para o município da
situação do bem.
Assim, ainda que o imposto continue sendo de competência da União, poderá
ser cobrado e fiscalizado pelos municípios que optarem por fazê-lo, na forma da lei,
desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia
fiscal.
Na situação descrita, o município será titular de toda a arrecadação do imposto.
Caso não opte pela situação prevista na Constituição, perceberá apenas 50% do
valor do tributo exigido dos imóveis rurais localizados em seu território, tendo em

conta a leitura do artigo 158 da Constituição:

Art. 158. Pertencem aos municípios:


II – cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a pro-
priedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totali-
dade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III.

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O ITR vem regulado, de modo geral, no Código Tributário Nacional, em seus


artigos 29 a 31.

Art. 29. O imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural tem


como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza,
como definido na lei civil, com localização fora da zona urbana do município.
Art. 30. A base do cálculo do imposto é o valor fundiário.
Art. 31. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio
útil, ou o seu possuidor a qualquer título.

Fato Gerador do ITR

O fato gerador do ITR é a aquisição da propriedade, do domínio útil ou da posse


de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localizado fora da zona urbana
do município.

Art. 29. O imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural tem


como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza,
como definido na lei civil, localização fora da zona urbana do município.

A lei civil ali mencionada, geralmente, é o Código Civil Brasileiro, Lei n.

10.406/2002. Inobstante isso, não há, em tal normativo, a definição do que viria a

ser um bem imóvel por natureza. O código apenas traz a definição de bem imó-

vel, de forma ampla, em seu artigo 79:

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificial-
mente.

A melhor doutrina entende que, nesse caso, como a menção do CTN era voltada

ao Código Civil de 1916 – hoje já revogado –, é possível partir dos conceitos ali

estabelecidos para melhor esclarecer a incidência do ITR.

O código anterior entendia que bem imóvel por natureza era o solo, sua su-

perfície, seus acessórios e adjacências naturais, compreendendo árvores e frutos

pendentes, o espaço aéreo e o subsolo.

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Delimitava também que os bens imóveis por acessão física seriam tudo

quanto o homem incorporar permanentemente ao solo, como a semente lançada à

terra, os edifícios e as construções, de modo que não se possa retirar sem destrui-

ção, modificação, fratura ou dano.

Nesse ponto, o importante é entender que o ITR incide apenas sobre bens

imóveis por natureza.

Como regra geral, o critério para a definição da incidência do ITR é o imóvel, por

natureza, estar localizado fora da zona urbana do município. Se o imóvel estiver

localizado na zona urbana, como regra geral, incidirá o IPTU.

Note que, além disso, o IPTU incidirá sobre bens imóveis por natureza ou

acessão física, pelo que o artigo 32 do CTN delimita o conceito de zona urbana,

para fins de incidência do IPTU:

Art. 32. O imposto, de competência dos municípios, sobre a propriedade predial e ter-


ritorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem
imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona
urbana do município.
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei
municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indi-
cados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos
pelo Poder Público:
I – meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II – abastecimento de água;
III – sistema de esgotos sanitários;
IV – rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição
domiciliar;
V – escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) qui-
lômetros do imóvel considerado.
§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão
urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à
habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas
nos termos do parágrafo anterior.

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Ainda que essa seja a regra geral, há exceção, delimitada no artigo 15 do De-

creto-Lei n. 57, de 1966, no que diz respeito à incidência do ITR:

Art. 15. O disposto no art. 32 da Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966, não


abrange o imóvel de que, comprovadamente, seja utilizado em exploração ex-
trativa vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial, incidindo assim, sobre o
mesmo, o ITR e demais tributos com o mesmo cobrados. (Revogação suspensa pela
RSF n. 9, de 2005.)

A jurisprudência já consolidou o entendimento relacionado à validade do dispo-

sitivo anteriormente citado. Assim, para fins de incidência do ITR, precisamos levar

a seguinte posição em consideração durante as provas:

O ITR incide sobre bens imóveis por natureza localizados fora da zona urbana

do município. Entretanto, caso o imóvel esteja localizado dentro da zona urba-

na e seja utilizado em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou

agroindustrial, incidirá sobre ele o ITR.

Base de Cálculo do ITR

O artigo 30 do CTN delimita que a base de cálculo do ITR será o valor fundiário:

Art. 30. A base do cálculo do imposto é o valor fundiário.

A Lei n. 9.393/96, que institui o imposto, delimita forma de cálculo específica

para se descobrir o valor fundiário, levando em consideração diversos aspectos re-

lacionados com o bem imóvel rural.

Entretanto, para provas de Direito Tributário – em cujos editais a lei não for co-

brada expressamente –, entendemos que o conhecimento do disposto no CTN seja

suficiente para a resolução das questões.

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Contribuintes do ITR

O artigo 31 do CTN delimita os contribuintes do ITR:

Art. 31. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil


ou o seu possuidor a qualquer título.

Temos, então, delimitados como possíveis contribuintes o proprietário (aquele


que possui o título de propriedade devidamente registrado no órgão competente),
o titular de seu domínio útil (ou seja, aquele que adquiriu poderes sobre o imó-
vel por meio de enfiteuse ou aforamento, institutos que estão em desuso com a
promulgação do Código Civil de 2002) e seu possuidor a qualquer título (o que
está em posse do imóvel, exercendo alguns dos poderes inerentes à propriedade).
Note que o possuidor precisa ter ânimo de domínio para sua configuração
como contribuinte do imposto, tendo em conta o entendimento do STJ relacionado
à posse do IPTU.

TRIBUTÁRIO. IPTU. CONTRIBUINTE. POSSUIDOR. ART. 34 DO CTN.


1. O IPTU é imposto que tem como contribuinte o proprietário ou o possui-
dor por direito real que exerce a posse com animus definitivo – art. 34
do CTN.
2. O comodatário é possuidor por relação de direito pessoal e, como tal, não é
contribuinte do IPTU do imóvel que ocupa.
3. Não sendo contribuinte o possuidor e confundindo-se, no município, as posi-
ções de proprietário do imóvel e de sujeito ativo para a cobrança do IPTU,
resulta indevido o tributo.
4. Recurso especial improvido.
(REsp. n. 325.489/SP, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, jul-
gado em 19/11/2002, DJ 24/02/2003, p. 217.)

Como se vê, para as provas, o entendimento deve ser bem organizado: se a

questão trouxer assertiva de literalidade, o correto é o entendimento amplo exposto

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no CTN, que atribui a possibilidade de caracterização daquele que detém a posse

como contribuinte.

Caso a questão mencione a posição da jurisprudência, o correto é delimitar que

apenas aquele que detenha a posse com ânimo definitivo se enquadrará no concei-

to de contribuinte.

Por fim, convém mencionar que o STJ entende indevida a cobrança do ITR no

caso de imóvel rural invadido:

TRIBUTÁRIO. ITR. INCIDÊNCIA SOBRE IMÓVEL. INVASÃO DO MOVIMENTO


“SEM TERRA”. PERDA DO DOMÍNIO E DOS DIREITOS INERENTES À PROPRIE-
DADE. IMPOSSIBILIDADE DA SUBSISTÊNCIA DA EXAÇÃO TRIBUTÁRIA. PRIN-
CÍPIO DA PROPORCIONALIDADE. RECURSO ESPECIAL NÃO PROVIDO.
1. Conforme salientado no acórdão recorrido, o Tribunal a quo, no exame da
matéria fática e probatória constante nos autos, explicitou que a recorrida não
se encontraria na posse dos bens de sua propriedade desde 1987.
2. Verifica-se que houve a efetiva violação ao dever constitucional do Estado
de garantir a propriedade da impetrante, configurando-se grave omissão do
seu dever de garantir a observância dos direitos fundamentais da Constituição.
3. Ofende os princípios básicos da razoabilidade e da justiça o fato de o Estado
violar o direito de garantia de propriedade e, concomitantemente, exercer sua
prerrogativa de constituir ônus tributário sobre imóvel expropriado por parti-
culares (proibição do venire contra factum proprium).
4. A propriedade plena pressupõe o domínio, que se subdivide nos poderes de
usar, gozar, dispor e reinvidicar a coisa. Em que pese ser a propriedade um
dos fatos geradores do ITR, essa propriedade não é plena quando o imóvel
encontra-se invadido, pois o proprietário é tolhido das faculdades inerentes ao
domínio sobre o imóvel.
5. Com a invasão do movimento “sem terra”, o direito da recorrida ficou tolhido
de praticamente todos os seus elementos: não há mais posse, possibilidade
de uso ou fruição do bem; consequentemente, não havendo a exploração do

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imóvel, não há, a partir dele, qualquer tipo de geração de renda ou de benefí-
cios para a proprietária.
6. Ocorre que a função social da propriedade se caracteriza pelo fato de o pro-
prietário condicionar o uso e a exploração do imóvel não só de acordo com os
seus interesses particulares e egoísticos, mas pressupõe o condicionamento
do direito de propriedade à satisfação de objetivos para com a sociedade, tais
como a obtenção de um grau de produtividade, o respeito ao meio ambiente,
o pagamento de impostos etc.
7. Sobreleva, nesse ponto, desde o advento da Emenda Constitucional n.
42/2003, o pagamento do ITR como questão inerente à função social da pro-
priedade. O proprietário, por possuir o domínio sobre o imóvel, deve atender
aos objetivos da função social da propriedade; por conseguinte, se não há um
efetivo exercício de domínio, não seria razoável exigir desse proprietário o
cumprimento da sua função social, o que inclui aí a exigência de pagamento
dos impostos reais.
8. Na peculiar situação dos autos, ao considerar-se a privação antecipada da
posse e o esvaziamento dos elementos de propriedade sem o devido êxito do
processo de desapropriação, é inexigível o ITR diante do desaparecimento da
base material do fato gerador e da violação dos referidos princípios da proprie-
dade, da função social e da proporcionalidade.
9. Recurso especial não provido.
(REsp. n. 1.144.982/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA
TURMA, julgado em 13/10/2009, DJe 15/10/2009.)

Principais Características do ITR

Submete-se ao princípio da anterioridade de exercício.


Submete-se ao princípio da anterioridade nonagesimal.
Submete-se ao princípio da legalidade.
Função extrafiscal predominante.

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Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF)

O Imposto sobre Grandes Fortunas vem previsto na Constituição Federal, no

âmbito de competência da União.

Entretanto, até o presente momento, o ente político não exerceu a competência

atribuída pela Lei Maior.

O IGF, assim, não é cobrado no país. Caso a União decida instituir o tributo, ne-

cessariamente, deverá fazê-lo por meio de lei complementar, considerando a parte

final do disposto no art. 153, inciso VII:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


VII – grandes fortunas, nos termos de lei complementar.

Principais Características do IGF

Submete-se ao princípio da anterioridade de exercício.


Submete-se ao princípio da anterioridade nonagesimal.
Submete-se ao princípio da legalidade.
Instituído por lei complementar.

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

O imposto sobre produtos industrializados possui previsão na Constituição Fe-

deral nos seguintes termos:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


IV – produtos industrializados;
§ 3º O imposto previsto no inciso IV:
I – será seletivo, em função da essencialidade do produto;
II – será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o
montante cobrado nas anteriores;
III – não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.

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São três ideias importantes relacionadas ao tributo que o Legislador Constitu-


cional achou por bem delimitar na Lei Maior.
O IPI será seletivo em função da essencialidade do produto, de maneira
impositiva; ou seja, quanto mais essencial o produto industrializado, menor a carga
tributária imposta de IPI.
Note que a imposição da essencialidade para o IPI difere da faculdade constitu-
cional imposta ao ICMS, o qual poderá ser seletivo.
O CTN assim dispôs sobre o tema no que tange o IPI:

Art. 48. O imposto é seletivo em função da essencialidade dos produtos.

O IPI será, ainda, não cumulativo, compensando-se o que for devido em


cada operação com o montante cobrado nas anteriores; ou seja, para cada ope-
ração na cadeia, haverá a imposição de um débito e a outorga de um crédito para
fins de compensação.
Se a indústria A vender determinado produto que sofreu processo de industria-
lização para a indústria B, teremos um valor a ser recolhido de IPI pela indústria
A, o qual acarretará credito para a futura saída do produto da indústria B, impondo
carga tributária, ao  fim e ao cabo, apenas ao valor agregado em cada etapa da
produção.
Note como o CTN regula tal situação:

Art. 49. O imposto é não cumulativo, dispondo a lei de forma que o montante de-
vido resulte da diferença a maior, em determinado período, entre o imposto
referente aos produtos saídos do estabelecimento e o pago relativamente aos
produtos nele entrados.
Parágrafo único. O saldo verificado, em determinado período, em favor do contribuinte
transfere-se para o período ou períodos seguintes.

Por fim, a  incidência do IPI terá que respeitar a imunidade constitucional

sobre produtos industrializados destinados ao exterior, tendo em conta a

redação do art. 153, § 3º, inciso III.

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IPI e Extrafiscalidade

O IPI é um tributo que possui grande viés de extrafiscalidade, pois aumento/

diminuição de sua alíquota gera reflexos importantes no comportamento dos con-

tribuintes, incentivando ou não a indústria.

Por isso, o IPI é um dos impostos que podem ter suas alíquotas alteradas por

ato normativo infralegal, desde que respeitados os limites da lei.

Por outro lado, atualmente, seu viés fiscal também é bastante intenso, pois é o

segundo imposto federal em montante arrecadado no país.

Essa dubiedade do IPI se reflete também nas suas submissões aos princípios

constitucionais tributários. Se, por um lado, é exceção ao princípio da anterioridade

de exercício, deve respeito à anterioridade nonagesimal.

Assim, o IPI pode ter suas alíquotas alteradas por meio de decreto. Entretanto,

no caso de aumento de alíquotas, deverá se submeter à noventena, mas não à an-

terioridade de exercício. Note o seguinte julgado do STF:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. DECRETO. ADEQUAÇÃO.


Surgindo do decreto normatividade abstrata e autônoma, tem-se a adequa-
ção do controle concentrado de constitucionalidade. TRIBUTO. IPI. ALÍQUOTA.
MAJORAÇÃO. EXIGIBILIDADE. A majoração da alíquota do IPI, passí-
vel de ocorrer mediante ato do Poder Executivo – artigo 153, § 1º
–, submete-se ao princípio da anterioridade nonagesimal previsto no
artigo 150, inciso III, alínea c, da Constituição Federal. AÇÃO DIRETA
DE INCONSTITUCIONALIDADE. IPI. MAJORAÇÃO DA ALÍQUOTA. PRINCÍPIO
DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL. LIMINAR. RELEVÂNCIA E RISCO CONFI-
GURADOS. Mostra-se relevante pedido de concessão de medida acauteladora
objetivando afastar a exigibilidade da majoração do Imposto sobre Produtos
Industrializados, promovida mediante decreto, antes de decorridos os noventa
dias previstos no artigo 150, inciso III, alínea c, da Carta da República.

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(ADI n. 4.661 MC, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em
20/10/2011, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-060. DIVULG 22/03/2012. PUBLIC
23/03/2012. RTJ VOL-00222-01. PP-00164.).

IPI e Fato Gerador

O fato gerador do IPI vem regulado, de modo geral, no artigo 46 do CTN:

Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem


como fato gerador:
I – o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;
II – a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51;
III – a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto
que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a fina-
lidade, ou o aperfeiçoe para o consumo.

São três as situações que atraem a incidência do imposto: a importação (no

momento do desembaraço aduaneiro do produto industrializado), a saída do esta-

belecimento industrial ou comercial e a sua arrematação em leilão.

O artigo 4º do Regulamento do IPI define o que vem a ser o processo de indus-

trialização:

Art. 4º.  Caracteriza industrialização qualquer operação que modifique a na-


tureza, o  funcionamento, o  acabamento, a  apresentação ou a finalidade do
produto, ou o aperfeiçoe para consumo, tal como (Lei n. 5.172, de 1966, art. 46,
parágrafo único, e Lei n. 4.502, de 1964, art. 3º, parágrafo único):
I – a que, exercida sobre matérias-primas ou produtos intermediários, importe na ob-
tenção de espécie nova (transformação);
II – a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funciona-
mento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto (beneficiamento);
III – a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo
produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal (montagem);
IV – a que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da embalagem,
ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine
apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento); ou

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V – a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado
ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização (renovação ou recondicio-
namento).
Parágrafo único. São irrelevantes, para caracterizar a operação como industrialização,
o processo utilizado para obtenção do produto e localização e condições das instalações
ou equipamentos empregados.

A própria concepção de industrialização gerou controvérsias quando da incidên-

cia do IPI nos produtos importados. Instado a se manifestar, o STF entendeu ser

possível a incidência do IPI na importação de produtos por pessoa natural para uso

próprio, prestigiando a ideia de isonomia de carga tributária da indústria nacional

com a indústria estrangeira.

IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. IMPORTAÇÃO DE BENS


PARA USO PRÓPRIO. CONSUMIDOR FINAL.
Incide, na importação de bens para uso próprio, o Imposto sobre Produtos
Industrializados, sendo neutro o fato de tratar-se de consumidor final.
(RE n. 723.651, Relator: Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em
04/02/2016, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL. MÉRITO DJe-
164. DIVULG 04/08/2016. PUBLIC 05/08/2016.).

IPI e Base de cálculo

O artigo 47 do CTN regula a base de cálculo do IPI, tendo em conta as situações


delimitadas quando da ocorrência do fato gerador.
Assim, na importação, o IPI será devido pela aplicação da alíquota sobre o pre-
ço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em
uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de
entrada do produto no país, acrescido do montante do II, das taxas exigidas para
a entrada do produto no país e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo

importador ou dele exigíveis.

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Na saída de mercadoria, será o valor da operação de saída da mercadoria. Já

em caso de leilão, a base de cálculo será o preço de arrematação.

Art. 47. A base de cálculo do imposto é:


I – no caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal, como definido no inciso II do
artigo 20, acrescido do montante:
a) do imposto sobre a importação;
b) das taxas exigidas para entrada do produto no país;
c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis;
II – no caso do inciso II do artigo anterior:
a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria;
b) na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço corrente da mercadoria, ou
sua similar, no mercado atacadista da praça do remetente;
III – no caso do inciso III do artigo anterior, o preço da arrematação.

IPI e Contribuintes

Para finalizar o estudo do IPI, temos que ter em mente os contribuintes delimi-

tados pelo CTN, em seu artigo 51:

Art. 51. Contribuinte do imposto é:


I – o importador ou quem a lei a ele equiparar;
II – o industrial ou quem a lei a ele equiparar;
III – o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contri-
buintes definidos no inciso anterior;
IV – o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se contribuinte autônomo
qualquer estabelecimento de importador, industrial, comerciante ou arrematante.

Principais Características do IPI

Exceção ao princípio da anterioridade de exercício.

Submete-se ao princípio da anterioridade nonagesimal.


Exceção ao princípio da legalidade no que diz respeito às alíquotas apenas.
Função extrafiscal preponderante, porém também com função fiscal relevante.

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Imposto sobre Renda e Proventos de Qualquer natureza (IR)

O Imposto sobre Renda e Proventos de Qualquer Natureza é marcadamente

extrafiscal, pelo que, em face da redação do art. 153, § 2º, inciso I, da CF/88, o co-

nhecido Imposto de Renda deverá ser informado pelo critério da progressividade.

Note a redação da norma constitucional:

Art. 153, § 2º O imposto previsto no inciso III:


I – será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da pro-
gressividade, na forma da lei.

Esses três critérios são muito cobrados em prova. As bancas gostam, em espe-

cial, de misturar os conceitos. Preste atenção às definições a seguir:

• Generalidade – elemento subjetivo; todas as pessoas deverão pagar;

• Universalidade – elemento objetivo; todas as rendas serão tributadas;

• Progressividade – gradação da alíquota, que aumentará quanto maior for

a renda.

Além disso, na dicção constitucional, é preciso ter presente, ainda, a definição

dos conceitos que ensejam a tributação: renda e proventos de qualquer natu-

reza.

Renda é o produto oriundo do trabalho, do capital ou de ambos. Tanto

salário quanto juros percebidos por aplicações financeiras serão tributados pelo IR,

assim como a combinação de trabalho e capital, quando o sócio recebe seu lucro.

Já os proventos se caracterizam por exclusão: tudo que agregar ao patrimônio

e não for fruto do trabalho ou do capital, como os valores percebidos em face da

aposentadoria do servidor público.

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Fato Gerador do IR

O CTN, em seu artigo 43, delimita o fato gerador do tributo, a saber:

Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre renda e proventos de qualquer


natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou
jurídica:
I – de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de
ambos;
II – de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimo-
niais não compreendidos no inciso anterior.
§ 1º. A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento,
de localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de
percepção. (Incluído pela LCP n. 104, de 2001.)
§ 2º. Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá
as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência
do imposto referido neste artigo. (Incluído pela LCP n. 104, de 2001.)

Houve muita discussão sobre a distinção entre disponibilidade econômica e dis-

ponibilidade jurídica de renda.

A disponibilidade econômica seria, para a melhor doutrina, sinônimo de dis-

ponibilidade financeira; ou seja, dá-se quando do recebimento efetivo da renda ou

sobre o provento.

Já a disponibilidade jurídica, nas palavras de Hugo de Brito Machado,

Configura-se, em princípio, pelo crédito da renda ou dos proventos. Enquanto a dispo-


nibilidade econômica corresponde ao rendimento realizado, a disponibilidade jurídica
corresponde ao rendimento (ou provento) adquirido, isto é, ao qual o beneficiário tem
título jurídico que lhe permite obter a respectiva realização em dinheiro (p. ex., o juro
ou dividendo creditados).

Atualmente, a tendência é abolir a diferenciação, mas, como a literalidade do

CTN permanece, o ideal é ter o conhecimento dos conceitos e de suas diferencia-

ções para a realização de provas objetivas.

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Base de Cálculo do IR

O CTN define a base de cálculo do imposto de renda em seu artigo 44, a saber:

Art. 44. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido,


da renda ou dos proventos tributáveis.

Contribuintes do IR

O CTN define os contribuintes do imposto de renda em seu artigo 45, a saber:

Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o


artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título,
dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.
Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos
tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhi-
mento lhe caibam.

Como se vê da dicção do parágrafo único, é possível que a lei atribua a condição

de responsável tributário à fonte pagadora, para melhores controle e fiscalização

do tributo, uma vez que, ao atribuir tal responsabilidade, haverá maior concentra-

ção do recolhimento tributário.

Principais Características do IR

Submete-se ao princípio da anterioridade de


exercício.
Exceção ao princípio da anterioridade nonagesi-
mal.
Submete-se ao princípio da legalidade.
Função fiscal.

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Imposto sobre as Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou


Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF)

O IOF, como comumente conhecido, é tributo de característica marcadamente

extrafiscal, pelo que constitui exceção aos princípios da legalidade no que diz res-

peito à alteração de suas alíquotas, da anterioridade de exercício e nonagesimal.

Fato Gerador do IOF

O IOF tem seu fato gerador definido no art. 63 do Código Tributário Nacional,

a saber:

Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e se-


guro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador:
I – quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do
montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposi-
ção do interessado;
II – quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacio-
nal ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição
do interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou
posta à disposição por esse;
III – quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do
documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;
IV – quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, emissão, trans-
missão, pagamento ou resgate desses, na forma da lei aplicável.

Temos, então, quatro materialidades de incidência do IOF, que comportam a

cobrança do imposto em diferentes situações fáticas, porém todas conectadas com

operações eminentemente financeiras.

• operações de crédito;

• operações de câmbio;

• operações de seguro;

• operações que envolvam títulos e valores mobiliários.

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O STF entende, entretanto, que saques realizados em caderneta de poupança

não se equiparam a operações de crédito para efeitos de incidência do IOF. Note a

redação da súmula 664 do Tribunal Maior:

Súmula n. 664
É inconstitucional o inciso V do art. 1º da Lei n. 8.033/90, que instituiu a inci-
dência do imposto nas operações de crédito, câmbio e seguros (IOF) sobre
saques efetuados em caderneta de poupança.

Base de Cálculo do IOF

O CTN, em seu artigo 64, define as bases de cálculo do IOF nos seguintes ter-

mos:

Art. 64. A base de cálculo do imposto é:


I – quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo
o principal e os juros;
II – quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacio-
nal, recebido, entregue ou posto à disposição;
III – quanto às operações de seguro, o montante do prêmio;
IV – quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários:
a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver;
b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa,
como determinar a lei;
c) no pagamento ou resgate, o preço.

Note, antes de tudo, a correlação da base de cálculo com a hipótese de incidên-

cia respectiva, pois a mistura dos conceitos é muito comum em provas de concur-

sos.

Assim, o examinador tende a misturar as definições de base de cálculo com as

materialidades do tributo.

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Exemplo: cobrando, incorretamente, que a base de cálculo do IOF nas operações

com seguros seria o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue

ou posto à disposição.

Tendo bem presente essa correlação, as questões ficam mais simples em provas

objetivas.

Contribuintes do IOF

Na dicção do artigo 66 do Código Tributário Nacional, contribuinte do imposto é

qualquer uma das partes na operação tributada, como dispuser a lei.

Ouro e Tributação pelo IOF

O ouro pode ser caracterizado como mercadoria quando comercializado de modo

comum, em joias, relógios e outras formas de bens móveis. Nesse caso, sofrerá

tributação do ICMS.

Inobstante isso, o ouro também pode ser utilizado como ativo financeiro ou ins-

trumento cambial se respeitar as delimitações legais respectivas.

Quando compramos ouro para aplicações financeiras, ele está sendo tratado

como ativo financeiro e será tributado pelo IOF.

Quando compramos aquele anel de ouro com brilhantes para presentear a pes-

soa amada, o ouro estará sendo tratado como mercadoria e sofrerá tributação

pelo ICMS.

Ouro ativo financeiro, no âmbito de incidência do IOF, tem sua tributação regu-

lada pela Constituição Federal. Note a redação do artigo 153, § 5º.

Art. 153, § 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento
cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V

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do caput deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um


por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes ter-
mos: (Vide Emenda Constitucional n. 3, de 1993.)
I – trinta por cento para o estado, o Distrito Federal ou o território, conforme a origem;
II – setenta por cento para o município de origem.

Assim, a incidência se dará na operação de origem do ativo financeiro ou

instrumento cambial, no município respectivo, com alíquota mínima de 1%

assegurada a transferência na proporção de 30% do montante da arrecada-

ção para o estado, o Distrito Federal ou o território e de 70% do montante

da arrecadação para o ente municipal de origem.

Principais Características do IOF

Exceção ao princípio da anterioridade de exercício.


Exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal.
Exceção ao princípio da legalidade no que diz respeito às alíquotas apenas.
Função extrafiscal predominante.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (FCC/2019/AFAP/ANALISTA DE FOMENTO) De acordo com o Código

Tributário Nacional, a base de cálculo do Imposto sobre a Renda e Proventos de

Qualquer Natureza (IR) é o montante:

a) fixado em pauta elaborada pelo Poder Executivo, desde que publicada, por meio

de decreto ou de portaria interministerial, até 90 dias antes do início do exercício

em relação ao qual ela produzirá seus efeitos.

b) real, arbitrado, ficto ou presumido, da renda ou dos proventos, sejam eles tri-

butáveis ou não.

c) real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis.

d) fixado em pauta fiscal elaborada pelo Poder Executivo, desde que publicada, por

meio de decreto ou de portaria interministerial, até 91 dias antes do início do exer-

cício financeiro em relação ao qual ela deverá produzir seus efeitos.

e) real, presumido ou ficto, declarado ou não pelo contribuinte, excluída, em qual-

quer caso, a possibilidade de seu arbitramento.

Questão 2    (FCC/2019/AFAP/ANALISTA DE FOMENTO) De acordo com o Código

Tributário Nacional, o Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

(IR) tem como fato gerador:

a) a aquisição da disponibilidade de renda, assim entendido o produto do capital

e do trabalho, aí incluída a expectativa de disponibilidade jurídica relacionada ao


recebimento de herança proveniente do exterior, desde que prevista em lei com-

plementar federal.

b) a aquisição da disponibilidade de renda, assim entendidas as espécies de ren-

dimentos expressamente previstas como tal, em ato próprio, emanado do Poder

Executivo Federal.

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c) a expectativa de aquisição, em até três exercícios futuros, de disponibilidade

econômica ou jurídica de renda, ainda que tal disponibilidade não venha a se rea-

lizar.

d) a aquisição da disponibilidade, econômica ou jurídica, de proventos, assim en-

tendidos exclusivamente os acréscimos patrimoniais definidos em decreto federal

publicado em exercício financeiro anterior àquele em que o referido decreto deverá

produzir seus efeitos.

e) a aquisição da disponibilidade, econômica ou jurídica, de renda, assim entendido

o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos.

Questão 3    (FCC/2018/SEFAZ-SC/AUDITOR-FISCAL) De acordo com a Constitui-

ção Federal, aos municípios pertencem 50% do produto da arrecadação do:

a) ITR, relativamente aos imóveis situados em sua área urbana, desde que os mu-

nicípios optem por fiscalizar e cobrar esse imposto.

b) ICMS incidente, especificamente, sobre a prestação de serviços de radiodifusão

livre e aberta em seu território.

c) ITR, relativamente aos imóveis neles situados, desde que optem por não fisca-

lizar nem cobrar esse imposto.

d) ITCMD incidente sobre a transmissão de bens imóveis localizados em seu terri-

tório.

e) IPVA incidente sobre a propriedade de veículos licenciados em seu território,

desde que seu proprietário nele tenha domicílio e o referido veículo tenha menos

de 20 anos de fabricação.

Questão 4    (FCC/2018/SEFAZ-SC/AUDITOR-FISCAL) De acordo com a Constitui-

ção Federal, o IPI, o IR, o ICMS e o ITBI são:

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a) espécies de tributos que obedecem ao princípio da irretroatividade, embora nem

todos obedeçam ao princípio da anterioridade de exercício financeiro.

b) impostos sujeitos ao princípio da legalidade, mas não sujeitos ao princípio da

anterioridade nonagesimal (noventena).

c) espécies de tributos sujeitos ao princípio da isonomia tributária, mas não sujei-

tos ao princípio da anterioridade de exercício financeiro.

d) impostos que podem ter suas alíquotas majoradas, por ato do Poder Executivo

da União, independentemente de apreciação da matéria pelo Congresso Nacional,

no caso de guerra externa ou de sua iminência, cabendo à União o excedente da

receita arrecadada.

e) tributos que podem ter suas alíquotas e bases de cálculo majoradas, por ato do

respectivo Poder Executivo, em caso de o Congresso Nacional não instituir emprés-

timos compulsórios, nas situações decorrentes de calamidade pública.

Questão 5    (FCC/2018/SEFAZ-SC/AUDITOR-FISCAL) Conforme o Código Tributá-

rio Nacional (CTN), no que se refere ao imposto de importação:

a) o fato gerador é o desembaraço aduaneiro em alfândega nacional ou em EADI

(Estação Aduaneira do Interior).

b) a base de cálculo é, quando a alíquota for específica, a unidade de medida ado-

tada pela lei tributária.

c) o contribuinte é o nacional que adquire bens ou mercadorias no exterior, de es-

trangeiro.

d) o fato gerador ocorre no momento em que o negócio jurídico, de compra e ven-

da, esteja definitivamente constituído, nos termos do direito aplicável.

e) a base de cálculo é o valor do produto no mercado varejista regional, posta no

estabelecimento do fornecedor (FOB), em situação de livre concorrência.

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Questão 6    (FCC/2018/PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA/AUDITOR-FISCAL) Relati-

vamente ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), compete à União

instituí-lo (art. 153, caput, inciso VI). De acordo com a Constituição Federal, ainda,

e desde que não implique redução desse imposto ou qualquer outra forma de re-

núncia fiscal, o ITR poderá ser, na forma da lei:

a) instituído, fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem.

b) instituído pelos municípios que assim optarem.

c) fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem.

d) cobrado pelos estados e pelos municípios que assim optarem, de maneira pro-

porcional.

e) fiscalizado, concorrentemente, pela União, pelos estados e pelos municípios que

assim optarem.

Questão 7    (FCC/2017/TRF-5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO) A Constituição Federal,

no Capítulo I de seu Título VI, estabelece as regras relativas ao Sistema Tributário

Nacional. De acordo com as regras desse Capítulo:

a) os estados federados têm competência para instituir o ICMS, o ISS e o IPVA.

b) parte do produto da arrecadação do ITCMD, do ITR e do IPI será entregue a

outros entes federados, conforme estabelecido no texto constitucional.

c) estão sujeitos aos princípios da anterioridade de exercícios e da anterioridade

nonagesimal (noventena) o IR, o IOF e o ITBI.

d) a competência para instituir e cobrar a contribuição de melhoria, a contribuição

para o custeio do serviço de iluminação pública e a contribuição para custeio de

regime de previdência próprio de seus servidores e em benefício deles é, apenas,

dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

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e) a União tem competência para instituir contribuições sociais, de intervenção no

domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas.

Questão 8    (FCC/2016/SEGEP-MA/AUDITOR-FISCAL) De acordo com a Constitui-

ção Federal, o Imposto Territorial Rural é um tributo de competência da União, mas

50% do produto de sua arrecadação pertence aos municípios. Caso, porém, um

município brasileiro opte por fiscalizá-lo e cobrá-lo, na forma da lei, sem reduzir seu

montante e sem adotar qualquer outra forma de renúncia fiscal, caberá a esse mu-

nicípio a integralidade do produto de sua arrecadação. Ciente disso, em dezembro

de 2015, um município brasileiro celebrou convênio com a União, por intermédio da

Secretaria da Receita Federal, que lhe delegou as atribuições de fiscalização (inclu-

sive a de lançamento dos créditos tributários) e de cobrança do ITR, abrindo mão,

também, de eventual competência supletiva da União para fiscalizá-lo e cobrá-lo

enquanto o referido município mantivesse observância de todas as regras legais e

de todas as cláusulas do referido convênio. Com base no CTN, o sujeito ativo da

obrigação tributária principal relativa ao ITR incidente sobre as propriedades terri-

toriais rurais localizadas nesse município será:

a) tanto a União como o município, em solidariedade ativa, relativamente a todos

os créditos tributários constituídos nesse município.

b) apenas o município.

c) aquele que for indicado como sujeito ativo no convênio firmado entre a União e

o município.

d) apenas a União.

e) a União, em relação a 50% dos créditos tributários constituídos nesse município,

e o Município em relação aos outros 50%.

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Questão 9    (FCC/2016/SEGEP-MA/AUDITOR-FISCAL) A empresa de Marcelo está

considerando a hipótese de importar cestas de Natal do exterior para revendê-las

por ocasião das festas de fim de ano. Se efetivamente realizar essas importações,

a empresa terá de recolher todos os tributos incidentes sobre a mercadoria impor-

tada. Não havendo disposição de lei em contrário, e considerando que essa im-

portação será feita em dólares americanos, o valor tributário dessa transação, em

reais, de acordo com o CTN, será apurado mediante:

a) a aplicação da alíquota do imposto correspondente, diretamente sobre o valor

tributário expresso em dólares americanos, tratando-se de incidência de imposto

federal ou estadual que deva ser pago pelo importador, em moeda conversível.

b) sua conversão em moeda nacional, ao  câmbio do dia da notificação da efeti-

vação do lançamento tributário, apenas quando se tratar de impostos estaduais e

municipais.

c) sua conversão em moeda nacional, ao câmbio do dia da ocorrência do fato ge-

rador da obrigação, salvo disposição de lei em contrário.

d) a aplicação da alíquota do tributo correspondente, diretamente sobre o valor

tributário expresso em moeda estrangeira, tratando-se de incidência de tributo fe-

deral que deva ser pago pelo importador em moeda conversível.

e) sua conversão em moeda nacional, ao câmbio do dia da efetivação do lançamen-

to tributário.

Questão 10    (FCC/2016/PREFEITURA DE TERESINA-PI/TÉCNICO DE NÍVEL SU-

PERIOR) A respeito do Imposto sobre Produtos Industrializados é incorreto afir-

mar que:

a) se inclui entre os impostos de competência da União.

b) será seletivo, em função da essencialidade do produto.

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c) terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte

do imposto, na forma da lei.

d) será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com

o montante cobrado nas anteriores.

e) incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.

Questão 11    (FCC/2015/TJ-AL/JUIZ SUBSTITUTO) De acordo com a Constituição

Federal, as operações com ouro sujeitam-se à incidência:

a) do ICMS, exceto quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento

cambial.

b) exclusivamente do IPI, quando definido em lei como ativo financeiro ou instru-

mento cambial.

c) do IOF, exceto quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento

cambial.

d) exclusivamente do IR, quando definido em lei como ativo financeiro ou instru-

mento cambial.

e) do ICMS e do IOF, exceto quando definido em lei como ativo financeiro ou ins-

trumento cambial.

Questão 12    (FCC/2015/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO) Wagner, pequeno empresário,

domiciliado na cidade de Mafra (SC), desejando ampliar seus negócios, pensou

em transformar seu estabelecimento comercial em estabelecimento industrial. Sua

preocupação era ter de pagar um imposto que até então lhe era desconhecido: o

IPI. Para melhor conhecer esse imposto, conversou com alguns amigos que tam-

bém eram proprietários de indústria e cada um deles lhe passou as informações

que tinha sobre esse imposto. Disseram-lhe, por exemplo, que a competência para

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instituí-lo está prevista na Constituição Federal e que, de acordo com o texto cons-

titucional, o IPI:

I – é imposto não cumulativo, compensando-se o que é devido em cada opera-

ção com o montante cobrado nas anteriores, pelo mesmo ou outro estado ou

pelo Distrito Federal.

II – tem seu impacto reduzido sobre a aquisição de bens de capital pelo contri-

buinte do imposto, na forma estabelecida em Regulamento.

III – pode ter suas alíquotas interestaduais alteradas por meio de Resolução do

Senado Federal.

IV – é imposto seletivo, em função da essencialidade do produto, mas não o é em

função do porte do estabelecimento industrial que promove seu fato gerador.

Está correto o que se afirma em:

a) IV, apenas.

b) I, apenas.

c) I, II, III e IV.

d) I e III, apenas.

e) II e IV, apenas.

Questão 13    (FCC/2015/PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA/AUDITOR DE CONTRO-

LE INTERNO) Considere as seguintes ocorrências tributárias hipotéticas no ano

de 2013.

A União, por meio de lei ordinária, criou mais uma alíquota para tributar o Imposto

de Renda, no percentual de 35%, e publicou essa lei em 18 de dezembro de 2013.

Por meio de decreto do Poder Executivo, publicado em 10 de junho de 2013, a União

também aumentou a alíquota do IPI de determinados produtos, de 10 para 20%.

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Um estado brasileiro aumentou a alíquota do ITCMD, nas transmissões causa mor-

tis, de 5 para 6% e publicou a respectiva lei ordinária em 10 de setembro de 2013.

Um município brasileiro aumentou a base de cálculo do IPTU, mediante atualização

da tabela de valores venais dos imóveis, e publicou essa lei ordinária em 11 de no-

vembro de 2013.

Considerando, especificamente, os princípios constitucionais da anterioridade e da

noventena (anterioridade nonagesimal), é correto afirmar que a cobrança majo-

rada do IR, do IPI, do ITCMD e do IPTU poderá ser feita, respectivamente, a partir

do dia:

a) 19 de março de 2014; 9 de setembro de 2013; 10 de dezembro de 2013; 10 de

fevereiro de 2014.

b) 19 de março de 2014; 1º de janeiro de 2014; 10 de dezembro de 2013; 1º de

janeiro de 2014.

c) 1º de janeiro de 2014; 9 de setembro de 2013; 1º de janeiro de 2014; 1º de

janeiro de 2014.

d) 1º de janeiro de 2014; 1º de janeiro de 2014; 1º de janeiro de 2014; 10 de

fevereiro de 2014.

e) 19 de março de 2014; 1º de janeiro de 2014; 1º de janeiro de 2014; 10 de fe-

vereiro de 2014.

Questão 14    (FCC/2015/TCE-CE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) O ITR:

a) tem a Prefeitura como sujeito ativo da respectiva relação jurídico-tributária,

substituindo-se à União no exercício da função de fiscalização e cobrança desse

imposto.

b) terá a arrecadação repartida entre a União e a Prefeitura, nos casos de essa op-

tar pelo exercício das funções de fiscalização e cobrança desse imposto.

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c) incidirá, em detrimento da cobrança do IPTU, sobre a propriedade localizada em

área urbana utilizada para a exploração extrativa vegetal.

d) será cobrado conjuntamente com o IPTU, de competência municipal, sobre pro-

priedades rurais situadas nas zonas urbanas, definidas em lei municipal, que con-

tem com determinados melhoramentos construídos ou mantidos pelo Poder Público.

e) não pode ser exigido inclusive sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei,

quando as explore o proprietário ou arrendatário que não possua outras proprie-

dades.

Questão 15    (FCC/2015/TJ-RR/JUIZ SUBSTITUTO) Autoridades judiciais, estadu-

ais e federais, conforme o caso, exercendo jurisdição no estado de Roraima, e ten-

do de proferir decisões em cinco processos judiciais distintos, pronunciaram-se das

seguintes maneiras:

I – A cota parte dos municípios do estado de Roraima, na arrecadação do ITCMD,

não é de 25%, mas de 50%.

II – O Imposto de Renda está sujeito ao princípio da anterioridade, mas não ao

princípio da noventena (anterioridade nonagesimal).


III – A substituição tributária com retenção antecipada de imposto não tem previ-

são na Constituição Federal.

IV – A instituição, pelos estados e pelo Distrito Federal, da contribuição para o

custeio do serviço de iluminação pública está sujeita ao princípio da irretroa-

tividade, mas não ao da anterioridade.

V – A majoração da base de cálculo do IPVA não está sujeita ao princípio da no-

ventena (anterioridade nonagesimal), mas a majoração de sua alíquota está.

Com base no que dispõe a Constituição Federal acerca dessa matéria, as autorida-

des judiciais decidiram corretamente em relação às situações descritas nos itens:

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a) I, II, III e IV, apenas.

b) I, II, III, IV e V.

c) I e IV, apenas.

d) II, III e IV, apenas.

e) II e V, apenas.

Questão 16    (FCC/2015/SEFAZ-PE/JULGADOR ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO

DO TESOURO ESTADUAL) Sobre os impostos em espécie, é correto afirmar que:

a) incide ICMS nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de ra-

diodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.

b) o IPI poderá ser não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada

operação com o montante cobrado nas anteriores.

c) o II terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contri-

buinte do imposto.

d) o IR será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a

manutenção de propriedades improdutivas.

e) o IOF não se submete ao princípio da anterioridade, assim como ao princípio da

anterioridade nonagesimal.

Questão 17    (FCC/2015/TCM-GO/PROCURADOR DO MP DE CONTAS) Em confor-

midade com a atribuição de competência tributária feita pela Constituição Federal,

a tributação:

a) das prestações de serviço de comunicação está no campo de incidência do ISS.

b) da transmissão de uma propriedade territorial rural por doação está no campo

de incidência do ITR.

c) das prestações de serviço de transporte intramunicipal está no campo de inci-

dência do ISS.

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d) da transmissão onerosa de veículo automotor, entre irmãos domiciliados na

mesma unidade federada, está no campo de incidência do IPVA.

e) da transmissão intervivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis,

por natureza ou acessão física, está no campo de incidência do ITCMD.

Questão 18    (FCC/2014/MPE-PE/PROMOTOR DE JUSTIÇA) O Presidente da Re-

pública, por meio de Decreto, elevou a alíquota do IPI incidente sobre carro zero.

É correto afirmar que esse ato:

a) é legal, porque somente a lei pode prever a possibilidade de majoração de alí-

quota por ato do Poder Executivo.

b) é inconstitucional, porque essa majoração sempre depende de lei, não podendo

ser praticado por ato do Poder Executivo que não tenha força de lei.

c) é ilegal, porque, para se elevar a alíquota do IPI, é necessário lei ou, pelo me-

nos, medida provisória.

d) é constitucional, desde que essa elevação de alíquota tenha ocorrido dentro de

condições e limites estabelecidos em lei.

e) é constitucional, pois a Constituição autoriza majoração do IPI por ato do Poder

Executivo, sem necessidade de se observar qualquer limite ou condição legal.

Questão 19    (FCC/2014/TRF-4ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Acerca do Imposto sobre

Produtos Industrializados:

a) por ter natureza extrafiscal, é exceção à legalidade, irretroatividade e anteriori-

dades anual e nonagesimal.

b) pode ser instituído ou majorado por ato do Poder Executivo, sendo exceção à

regra da legalidade.

c) é instituído por lei, mas tem as alíquotas incidentes sobre cada produto indus-

trializado fixadas por ato do Poder Executivo, mais especificamente decreto.

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d) é exceção à anterioridade nonagesimal, mas deve obediência à anterioridade

anual.

e) é exceção à anterioridade anual e nonagesimal.

Questão 20    (FCC/2014/TRF-4ª/ANALISTA JUDICIÁRIO) Considerando os crité-

rios de tributação, são tributos com tributação não cumulativa e progressiva, res-

pectivamente:

a) IR e IOF.

b) IOF e ICMS.

c) ICMS e IPI.

d) ICMS e IOF.

e) IPI e IR.

Questão 21    (FCC/2014/TJ-CE/JUIZ SUBSTITUTO) Atendidas as condições e os li-

mites estabelecidos em lei, o IPI, o ICMS, as taxas municipais pelo poder de polícia,

as contribuições de melhoria e o Imposto de Exportação podem ter suas alíquotas

aumentadas, respectivamente, por:

a) lei ordinária, decreto, lei ordinária, decreto e lei ordinária.

b) lei complementar, lei ordinária, decreto, decreto e lei complementar.

c) decreto, lei ordinária, lei ordinária, lei ordinária e decreto.

d) lei ordinária, decreto, lei ordinária, lei ordinária e lei complementar.

e) decreto, lei ordinária, decreto, decreto e lei ordinária.

Questão 22    (FCC/2014/PREFEITURA DE CUIABÁ-MT/PROCURADOR) Procurador

do município de Cuiabá, consultado sobre possibilidades legislativas de iniciativa do

Executivo municipal que propiciassem aumento na arrecadação, elaborou parecer

indicando quais seriam as espécies tributárias de competência do município passíveis

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de serem alteradas. São tributos de competência da União, dos estados e dos mu-

nicípios, respectivamente:

a) imposto sobre a propriedade territorial rural; imposto sobre a prestação de ser-

viços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, inciso II, definidos em

lei ordinária federal; imposto sobre operações relativas à circulação de mercado-

rias.

b) imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou di-

reitos; imposto sobre a transmissão intervivos, a qualquer título, por ato oneroso,

de bens imóveis por acessão física; imposto sobre a propriedade de veículos auto-

motores.

c) impostos extraordinários, no caso de iminência de guerra externa ou interna;

imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana; imposto sobre a prestação

de serviços de comunicação.

d) imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155,

inciso II, definidos em lei complementar; imposto sobre grandes fortunas, nos ter-

mos de lei ordinária federal; imposto sobre a prestação de serviços de transporte

interestadual.

e) imposto sobre operações relativas a valores mobiliários; imposto sobre opera-

ções relativas à circulação de mercadorias; imposto sobre a transmissão intervivos,

a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza.

Questão 23    (FCC/2013/SEFAZ-SP/AGENTE FISCAL DE RENDAS) Possuem com-

petência para instituir o Imposto Sobre Doações e Transmissão causa mortis, Im-

posto Territorial Rural, Impostos sobre Importações e Impostos sobre Serviços de

Qualquer Natureza, respectivamente:

a) estados; municípios; União; estados e Distrito Federal.

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b) municípios; estados e Distrito Federal; União; municípios.

c) estados e Distrito Federal; União; União; Distrito Federal.

d) estados; União; estados e Distrito Federal; municípios.

e) estados; municípios; União; municípios e Distrito Federal.

Questão 24    (FCC/2013/AL-PB/PROCURADOR) Assinale a alternativa que apre-

senta somente um tributo federal, um estadual e um municipal.

a) Imposto sobre transmissão intervivos, a qualquer título, por ato oneroso de di-

reitos reais sobre imóveis; imposto sobre prestação de serviços de comunicação; e

imposto sobre produtos industrializados.

b) Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana; imposto sobre trans-

missão intervivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza

ou acessão física; e imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza.

c) Imposto sobre a importação de produtos estrangeiros; imposto sobre prestação

de serviço de transporte intramunicipal; e imposto sobre a propriedade territorial

rural.

d) Imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou di-

reitos; imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias; e imposto

sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados.

e) Imposto sobre prestação de serviço de comunicação; imposto sobre prestação

de serviço de transporte interestadual ou intermunicipal; e imposto sobre serviços

de qualquer natureza.

Questão 25    (VUNESP/2019/TJ-RS/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE RE-

GISTROS) O Imposto Territorial Rural (ITR), por disposição constitucional, não

incide sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprie-

tário que não possua outro imóvel. Referida disposição consiste em:

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a) fato gerador presumido.

b) imunidade

c) isenção qualificada

d) isenção legal.

e) diferimento.

Questão 26    (VUNESP/2019/PREFEITURA DE ITAPEVI-SP) Assinale a alternativa

que contém o tributo de competência da União.

a) Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana.

b) Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de Direitos a eles Relativos.

c) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias (ST).

d) Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores.

e) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural.

Questão 27    (VUNESP/2018/TJ-SP/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE RE-

GISTROS) A respeito do Imposto sobre Propriedade Territorial Rural (ITR), assinale

alternativa correta.

a) Não há previsão constitucional para a progressividade do ITR.

b) A base de cálculo do ITR é o valor da terra nua.

c) O ITR será fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem, na forma

da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de

renúncia fiscal.

d) O ITR não incide sobre o imóvel declarado como de interesse social para fins de

reforma agrária.

Questão 28    (VUNESP/2016/PREFEITURA DE ROSANA-SP) Caso determinado

município opte, na forma da lei, por fiscalizar e cobrar o Imposto Territorial Rural,

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desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia

fiscal, é correto afirmar que:

a) não poderá fazê-lo, por invadir competência federal constitucionalmente previs-

ta.

b) poderá fazê-lo somente se a União delegar sua competência legislativa a fim de

que o município publique lei instituindo o imposto em seu âmbito territorial.

c) não poderá fazê-lo, salvo se a União renunciar expressamente à competência

que possui.

d) poderá fazê-lo se a União autorizar e desde que o município lhe repasse 50%

da receita que arrecadar.

e) poderá fazê-lo, caso em que terá direito à totalidade dos valores que, a título do

imposto, arrecadar.

Questão 29    (VUNESP/2015/CÂMARA MUNICIPAL DE JABOTICABAL-SP) O im-

posto, de competência da União, cujo fato gerador é a aquisição da disponibilidade

econômica ou jurídica de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho

ou da combinação de ambos; e de proventos de qualquer natureza, assim entendi-


dos os acréscimos patrimoniais não compreendidos anteriormente, é o:

a) Imposto sobre Bens de Capital e da Renda.

b) Imposto sobre Produção e Circulação.

c) Imposto sobre Renda e Proventos de Qualquer Natureza.

d) Imposto sobre Transmissão Intervivos.

e) Imposto sobre Operações Financeiras.

Questão 30    (VUNESP/2014/PREFEITURA DE POÁ-SP/PROCURADOR JURÍDICO)

Entre as limitações que determina ao poder de tributar, a Constituição Federal veda

aos entes tributantes a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que

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haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Tal vedação, que se traduz

no conhecido princípio da anterioridade, contudo, não se aplica a alguns tributos

que a própria Constituição especifica. Assinale a alternativa na qual se identifica um

desses tributos.

a) Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana.

b) Imposto sobre a propriedade de veículos automotores.

c) Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou

valores mobiliários.

d) Empréstimo compulsório, no caso de investimento público de caráter urgente e

de relevante interesse nacional.

e) Contribuição social de intervenção no domínio econômico.

Questão 31    (VUNESP/2014/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP) Em

relação aos tributos e às contribuições para a seguridade social, é correto afir-

mar que:

a) a lei que majorar alíquotas do imposto sobre a renda começa a produzir efeitos

na data de sua publicação.

b) a lei que instituir modificações nas alíquotas do imposto de importação deve

obedecer ao princípio constitucional da anterioridade.

c) somente a União pode instituir novos tributos não previstos na Constituição Fe-

deral por meio de lei complementar, os quais devem obedecer obrigatoriamente ao

princípio da não cumulatividade.

d) as contribuições de melhoria têm o mesmo fato gerador que as taxas, com a

diferença de que todos os contribuintes pagam o mesmo valor.

e) a União, desde que justificado o interesse público, pode instituir isenções nos

impostos de competência dos estados e dos municípios.

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Questão 32    (VUNESP/2014/DESENVOLVE-SP/ADVOGADO) A competência tri-

butária para instituir imposto sobre a propriedade territorial rural pertence:

a) exclusivamente à União.

b) privativamente aos municípios que optarem por fiscalizar e cobrar o imposto, na

forma da lei, conforme determina a Constituição Federal.

c) concorrentemente à União e aos municípios que optarem por fiscalizar e cobrar

o imposto, na forma da lei, conforme determina a Constituição Federal.

d) concorrentemente à União e ao Distrito Federal.

e) residualmente aos Estados e ao Distrito Federal, caso optem por fiscalizar e co-

brar o imposto, na forma da lei, conforme determina a Constituição Federal.

Questão 33    (VUNESP/2014/DESENVOLVE-SP/ADVOGADO) A Constituição Fede-

ral veda a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido pu-

blicada a lei que os instituiu ou aumentou, bem como veda que tal cobrança se dê

antes de decorridos noventa dias da publicação da lei que os instituir ou aumentar.

Tais vedações refletem o que a doutrina, respectivamente, denomina de princípio

da anterioridade e de noventena.

Assinale a alternativa na qual se encontra um tributo que se sujeita à anterioridade,

mas excepciona a noventena.

a) Empréstimo compulsório instituído no caso de investimento público de caráter

urgente e de relevante interesse nacional.

b) Empréstimo compulsório instituído para atender a despesas extraordinárias, de-

correntes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência.

c) Imposto sobre produtos industrializados.

d) Imposto de renda.

e) Contribuição de intervenção no domínio econômico.

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Questão 34    (VUNESP/2014/TJ-SP/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE RE-


GISTROS) Dentro da competência da União, estão os impostos:
a) imposto sobre a propriedade territorial rural, imposto sobre transmissão de bens
imóveis e direitos a eles relativos, imposto sobre a propriedade territorial urbana.
b) imposto sobre produtos industrializados, imposto sobre a propriedade territorial
rural.
c) imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza, imposto sobre a proprie-
dade territorial rural e imposto sobre propriedade de veículos automotores.
d) imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza, imposto sobre a pro-
priedade territorial rural, imposto sobre transmissão de bens imóveis e direitos a
eles relativos.

Questão 35    (CESPE/2019/JOÃO PESSOA-PB/PROCURADOR) A Procuradoria-Ge-


ral do município de João Pessoa foi consultada a respeito da possibilidade de se
aumentar a receita orçamentária decorrente de Imposto Territorial Rural.
Em relação a essa situação hipotética e a tal tributo, é correto afirmar que, de
acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), o município:
a) deverá auferir a totalidade do produto de arrecadação, se optar por promover
sua cobrança e fiscalização.
b) não poderá realizar fiscalização e cobrança, uma vez que o imposto em questão
é tributo federal.
c) poderá deferir ao estado sua cobrança e fiscalização.
d) poderá aumentar a alíquota por lei municipal.
e) poderá instituir renúncia fiscal por meio de lei municipal.

Questão 36    (CESPE/2018/POLÍCIA FEDERAL/PERITO CRIMINAL FEDERAL)

Acerca de crédito tributário, legislação tributária e crime de lavagem de capitais ou

ocultação de bens, direitos e valores, julgue o item que se segue.

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A majoração de alíquotas do imposto sobre produtos industrializados depende de

lei complementar aprovada pelo Congresso Nacional, sendo vedada sua implemen-

tação no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada lei que aumentou

tal tributo.

Questão 37    (CESPE/2017/PREFEITURA DE BELO HORIZONTE-MG/PROCURA-

DOR) Em determinado município, uma associação de produtores rurais solicitou

que o Prefeito editasse lei afastando a incidência do ITR para os munícipes que

tivessem idade igual ou superior a sessenta e cinco anos e fossem proprietários de

pequenas glebas rurais, assim entendidas as propriedades de dimensão inferior a

trezentos hectares. O Prefeito, favorável ao pedido, decidiu consultar a procurado-

ria municipal acerca da viabilidade jurídica dessa norma.

Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta de acordo com as

normas constitucionais e a legislação tributária vigente.

a) O ITR é um imposto da União e, por conseguinte, é vedado atribuir aos municí-

pios, que não detêm competência para legislar sobre essa matéria, a responsabili-

dade por sua fiscalização.

b) Cabe ao município a competência legislativa sobre o ITR, podendo ele instituir

hipóteses de isenção e de não incidência.

c) O ITR é um imposto de competência da União, não podendo o município reduzi-

-lo ou adotar qualquer renúncia fiscal.

d) A CF prevê imunidade fiscal para os proprietários de pequenas glebas rurais que

tenham idade igual ou superior a sessenta e cinco anos.

Questão 38    (CESPE/2017/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR) A

respeito das limitações constitucionais ao poder de tributar, julgue o item que se

segue, de acordo com a interpretação do STF.

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A alteração de alíquotas do imposto de exportação não se submete à reserva cons-

titucional de lei tributária, tornando-se admissível a atribuição dessa prerrogativa a

órgão integrante do Poder Executivo.

Questão 39    (CESPE/2016/PC-PE/DELEGADO) No que diz respeito ao STN, assi-

nale a opção correta.

a) Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal, facultado à administra-

ção tributária identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas

do contribuinte.

b) O imposto sobre produtos industrializados (IPI), além de ser não cumulativo,

será progressivo em função da essencialidade do produto.

c) Lei complementar que estabelece normas gerais em matéria tributária não pode

instituir regime único de arrecadação dos impostos e das contribuições da União,

dos estados, do DF e dos municípios.

d) Compete à União e aos estados federados instituir contribuições sociais que se-

jam de interesse das categorias profissionais.

e) As contribuições sociais e as contribuições de intervenção no domínio econômico

poderão ter alíquotas ad valorem ou específicas: as primeiras têm por base a uni-

dade de medida adotada; as segundas, o faturamento, a receita bruta ou o valor

da operação.

Questão 40    (CESPE/2015/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO) Em referência às noções

básicas de tributos e de seu tratamento contábil, julgue o item a seguir.

Se a alíquota do imposto sobre importação for majorada no mês de janeiro, o au-

mento somente poderá começar a ser cobrado no exercício financeiro subsequente.

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Questão 41    (CESPE/2015/FUB/CONTADOR)

Base de cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do IR (R$)


até 1.903,98 – –
de 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,8
de 2.826,66 até 3.751,05 15 354,8
de 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13
acima de 4.664,68 27 869,36

A tabela apresenta a incidência mensal do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF),

com vigência a partir do mês de abril do ano-calendário de 2015.

Com base nessa tabela, julgue o item seguinte.

A tabela do IRPF é um exemplo de tributação com alíquotas fixas.

Questão 42    (CESPE/2015/FUB/CONTADOR) Julgue o item subsequente, com re-

lação à legislação aplicável aos tributos federais.

O IR e o IPI são exemplos de impostos de competência federal.

Questão 43    (CESPE/2015/CGE-PI/AUDITOR GOVERNAMENTAL) Considerando

as limitações ao poder de tributar, julgue o item seguinte.

O imposto sobre produtos industrializados é exceção ao princípio da anterioridade

nonagesimal, que proíbe a cobrança de tributo antes de decorridos noventa dias da

data da publicação da lei que instituiu ou majorou o tributo em questão.

Questão 44    (CESPE/2015/MPU/ANALISTA) Julgue o item subsequente, relativos

aos tributos e às suas respectivas competências.

A União pode elevar a alíquota do IPI sem depender da aprovação do Congresso

Nacional, mas essa elevação não poderá ser implementada antes de noventa dias

de sua decretação.

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Questão 45    (CESPE/2015/MPU/ANALISTA) Julgue o item subsequente, relativo


aos tributos e às suas respectivas competências.
A arrecadação do imposto sobre propriedade territorial rural pertencerá inteira-
mente ao município quando esse optar por fiscalizá-lo e cobrá-lo, hipótese em que
o município não poderá abrir mão de sua arrecadação integral, vedado qualquer
tipo de renúncia fiscal.

Questão 46    (CESPE/2015/DPU/DEFENSOR PÚBLICO) A respeito das limitações


ao poder de tributar e da competência tributária, julgue o item que se segue.
A União tem competência para instituir o imposto territorial rural, o qual terá como
fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como
definido na lei civil, localizado fora da zona urbana do município, todavia não poderá
esse imposto incidir sobre pequenas glebas rurais exploradas pelo proprietário que
não possua outro imóvel, tratando-se, nesse caso, de uma imunidade específica.

Questão 47    (CESPE/2014/TJ-SE/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE RE-


GISTRO) De acordo com a CF, compete aos municípios instituir impostos sobre:
a) operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobili-
ários.
b) transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos.
c) propriedade territorial rural.
d) transmissão intervivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por
natureza ou acessão física.

e) grandes fortunas.

Questão 48    (INSTITUTO AOCP/2019/UFPB/TECNÓLOGO FORMAÇÃO) Além de

estarem na dimensão de um ente federativo (União, estados ou municípios), os im-

postos são classificados como diretos ou indiretos. Nesse sentido, é correto afir-

mar que:

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a) o ICMS é um imposto estadual direto.

b) o IRPF é um imposto federal indireto.

c) o IPTU é um imposto estadual indireto.

d) o ICMS é um imposto municipal indireto.

e) o IRPF é um imposto federal direto.

Questão 49    (CESGRANRIO/2018/PETROBRAS/AUDITOR JÚNIOR) Nos termos

do Código Tributário Nacional, o fato gerador do imposto de renda é a aquisição da

disponibilidade econômica ou jurídica de renda do:

a) bem isento.
b) patrimônio da União.

c) capital da pessoa física.

d) serviço do município.

e) fornecimento do Estado.

Questão 50    (FGV/CÂMARA DE SALVADOR-BA/ADVOGADO LEGISLATIVO/2018)

Conforme previsto na Constituição da República de 1988, deve obediência integral

aos princípios da legalidade, da anterioridade anual e da anterioridade nonagesimal

o imposto sobre:

a) a propriedade de veículos automotores.

b) a renda e proventos de qualquer natureza.


c) operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobili-

ários.

d) serviços de qualquer natureza.

e) a propriedade territorial urbana.

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GABARITO
1. c 25. b 49. c

2. e 26. e 50. d

3. c 27. c

4. a 28. e

5. b 29. c

6. c 30. c

7. e 31. c

8. b 32. a

9. c 33. d

10. e 34. b

11. a 35. a

12. a 36. E

13. c 37. c

14. c 38. C

15. e 39. a

16. e 40. E

17. c 41. E

18. d 42. C

19. c 43. E

20. e 44. C

21. c 45. C

22. e 46. C

23. c 47. d

24. a 48. e

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (FCC/2019/AFAP/ANALISTA DE FOMENTO) De acordo com o Código

Tributário Nacional, a base de cálculo do Imposto sobre a Renda e Proventos de

Qualquer Natureza (IR) é o montante:

a) fixado em pauta elaborada pelo Poder Executivo, desde que publicada, por meio

de decreto ou de portaria interministerial, até 90 dias antes do início do exercício

em relação ao qual ela produzirá seus efeitos.

b) real, arbitrado, ficto ou presumido, da renda ou dos proventos, sejam eles tri-

butáveis ou não.

c) real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis.

d) fixado em pauta fiscal elaborada pelo Poder Executivo, desde que publicada, por

meio de decreto ou de portaria interministerial, até 91 dias antes do início do exer-

cício financeiro em relação ao qual ela deverá produzir seus efeitos.

e) real, presumido ou ficto, declarado ou não pelo contribuinte, excluída, em qual-

quer caso, a possibilidade de seu arbitramento.

Letra c.

Nos termos do art. 44 do CTN:

Art. 44. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da


renda ou dos proventos tributáveis.

Questão 2    (FCC/2019/AFAP/ANALISTA DE FOMENTO) De acordo com o Código

Tributário Nacional, o Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

(IR) tem como fato gerador:

a) a aquisição da disponibilidade de renda, assim entendido o produto do capital

e do trabalho, aí incluída a expectativa de disponibilidade jurídica relacionada ao

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recebimento de herança proveniente do exterior, desde que prevista em lei com-

plementar federal.

b) a aquisição da disponibilidade de renda, assim entendidas as espécies de ren-

dimentos expressamente previstas como tal, em ato próprio, emanado do Poder

Executivo Federal.

c) a expectativa de aquisição, em até três exercícios futuros, de disponibilidade

econômica ou jurídica de renda, ainda que tal disponibilidade não venha a se rea-

lizar.

d) a aquisição da disponibilidade, econômica ou jurídica, de proventos, assim en-

tendidos exclusivamente os acréscimos patrimoniais definidos em decreto federal

publicado em exercício financeiro anterior àquele em que o referido decreto deverá

produzir seus efeitos.

e) a aquisição da disponibilidade, econômica ou jurídica, de renda, assim entendido

o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos.

Letra e.

Gabarito nos termos do art. 43 do CTN:

Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer


natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
I – de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de
ambos;
II – de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais
não compreendidos no inciso anterior.

Questão 3    (FCC/2018/SEFAZ-SC/AUDITOR-FISCAL) De acordo com a Constitui-

ção Federal, aos municípios pertencem 50% do produto da arrecadação do:

a) ITR, relativamente aos imóveis situados em sua área urbana, desde que os mu-

nicípios optem por fiscalizar e cobrar esse imposto.

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b) ICMS incidente, especificamente, sobre a prestação de serviços de radiodifusão

livre e aberta em seu território.

c) ITR, relativamente aos imóveis neles situados, desde que optem por não fisca-

lizar nem cobrar esse imposto.

d) ITCMD incidente sobre a transmissão de bens imóveis localizados em seu terri-

tório.

e) IPVA incidente sobre a propriedade de veículos licenciados em seu território,

desde que seu proprietário nele tenha domicílio e o referido veículo tenha menos

de 20 anos de fabricação.

Letra c.

Gabarito nos termos do art. 153, § 4º, inciso III, c/c art. 158, inciso II, da CF/88:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


VI – propriedade territorial rural;
§ 4º. O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional n. 42, de 19/12/2003.)
III – será fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem, na forma da lei,
desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 42, de 19/12/2003.) (Regulamento.)
Art. 158. Pertencem aos municípios:
II – cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a pro-
priedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totali-
dade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III. (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 42, de 19/12/2003.) (Regulamento.)

Questão 4    (FCC/2018/SEFAZ-SC/AUDITOR-FISCAL) De acordo com a Constitui-

ção Federal, o IPI, o IR, o ICMS e o ITBI são:

a) espécies de tributos que obedecem ao princípio da irretroatividade, embora nem

todos obedeçam ao princípio da anterioridade de exercício financeiro.

b) impostos sujeitos ao princípio da legalidade, mas não sujeitos ao princípio da

anterioridade nonagesimal (noventena).

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c) espécies de tributos sujeitos ao princípio da isonomia tributária, mas não sujei-

tos ao princípio da anterioridade de exercício financeiro.

d) impostos que podem ter suas alíquotas majoradas, por ato do Poder Executivo

da União, independentemente de apreciação da matéria pelo Congresso Nacional,

no caso de guerra externa ou de sua iminência, cabendo à União o excedente da

receita arrecadada.

e) tributos que podem ter suas alíquotas e bases de cálculo majoradas, por ato do

respectivo Poder Executivo, em caso de o Congresso Nacional não instituir emprés-

timos compulsórios, nas situações decorrentes de calamidade pública.

Letra a.

a) Certa. O IPI é exceção ao princípio da anterioridade anual.

b) Errada. O IR é o único dentre os impostos citados que não se sujeita ao princí-

pio da anterioridade nonagesimal.

c) Errada. Como afirmado nos comentários da letra a, o IPI é o único dentre os

impostos citados que não se sujeita ao princípio da anterioridade anual.

d/e) Erradas. Não há essas previsões na CF/88.

Questão 5    (FCC/2018/SEFAZ-SC/AUDITOR-FISCAL) Conforme o Código Tributá-

rio Nacional (CTN), no que se refere ao imposto de importação:

a) o fato gerador é o desembaraço aduaneiro em alfândega nacional ou em EADI

(Estação Aduaneira do Interior).

b) a base de cálculo é, quando a alíquota for específica, a unidade de medida ado-

tada pela lei tributária.

c) o contribuinte é o nacional que adquire bens ou mercadorias no exterior, de es-

trangeiro.

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d) o fato gerador ocorre no momento em que o negócio jurídico, de compra e ven-

da, esteja definitivamente constituído, nos termos do direito aplicável.

e) a base de cálculo é o valor do produto no mercado varejista regional, posta no

estabelecimento do fornecedor (FOB), em situação de livre concorrência.

Letra b.

a, d) Erradas. Segundo art. 19 do CTN, o fato gerador do Imposto de Importação

é a entrada de produtos estrangeiros no território nacional.

b, e) O art. 20 do CTN prevê a base de cálculo do Imposto de Importação:

Art. 20. A base de cálculo do imposto é:


I – quando a alíquota for específica, a unidade de medida adotada pela lei tri-
butária;
II – quando a alíquota for ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar,
alcançaria, ao tempo da importação ou em uma venda em condições de livre concorrên-
cia, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no país;
III – quando se tratar de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço
da arrematação.

c) Errada. Nos termos do art. 22 do CTN, o contribuinte do imposto de importa-

ção é:

Art. 22. Contribuinte do imposto é:


I – o importador ou quem a lei a ele equiparar;
II – o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados.

Questão 6    (FCC/2018/PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA/AUDITOR-FISCAL) Relati-

vamente ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), compete à União

instituí-lo (art. 153, caput, inciso VI). De acordo com a Constituição Federal, ainda,

e desde que não implique redução desse imposto ou qualquer outra forma de re-

núncia fiscal, o ITR poderá ser, na forma da lei:

a) instituído, fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem.

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b) instituído pelos municípios que assim optarem.

c) fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem.

d) cobrado pelos estados e pelos municípios que assim optarem, de maneira pro-

porcional.

e) fiscalizado, concorrentemente, pela União, pelos estados e pelos municípios que

assim optarem.

Letra c.

Nos termos do art. 153, § 4º, inciso III, CF/88:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


VI – propriedade territorial rural;
§ 4º. O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional n. 42, de 19/12/2003.)
III – será fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem, na forma
da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia
fiscal. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 42, de 19/12/2003.) (Regulamento.)

Questão 7    (FCC/2017/TRF-5ª/ANALISTA JUDICIÁRIO) A Constituição Federal,

no Capítulo I de seu Título VI, estabelece as regras relativas ao Sistema Tributário

Nacional. De acordo com as regras desse Capítulo:

a) os estados federados têm competência para instituir o ICMS, o ISS e o IPVA.

b) parte do produto da arrecadação do ITCMD, do ITR e do IPI será entregue a

outros entes federados, conforme estabelecido no texto constitucional.

c) estão sujeitos aos princípios da anterioridade de exercícios e da anterioridade

nonagesimal (noventena) o IR, o IOF e o ITBI.

d) a competência para instituir e cobrar a contribuição de melhoria, a contribuição

para o custeio do serviço de iluminação pública e a contribuição para custeio de

regime de previdência próprio de seus servidores e em benefício deles é, apenas,

dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

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e) a União tem competência para instituir contribuições sociais, de intervenção no

domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas.

Letra e.

a) Errada. Os estados realmente têm competência para instituir ICMS e IPVA

(art. 155, inciso II e III, CF/88). No entanto, quem detém a competência para ins-

tituir o ISS são os municípios (art. 156, inciso III, CF/88).

b) Errada. Conforme visto no curso: (i) nenhuma parcela do ITCMD é entre-

gue a outros entes federados; (ii) já quanto ao ITR, 50% da sua arrecadação

será destinada aos municípios, de modo que, se o município optar por fiscali-

zar e cobrar o referido imposto, poderá ficar com 100% do seu valor arrecadado

(art. 153, § 4º, inciso III c/c art. 158, inciso II, CF/88); e (iii) quanto ao IPI, (iii.a)

10% do seu valor arrecadado, proporcionalmente às exportações, será re-

passado aos Estados e ao DF (art. 159, inciso II, CF/88) e (iii.b) 49% do seu

valor arrecadado juntamente com o Imposto sobre a Renda, será repassado

para fundos regionais (art. 159, inciso I, CF/88).

c) Errada. Conforme estudado, o IR é exceção ao princípio da anterioridade nona-

gesimal e o IOF é exceção aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal. Já

o ITBI deve respeitar tanto o princípio da anterioridade anual quanto o princípio da

anterioridade nonagesimal.

d) Errada. Todos os entes podem instituir a contribuição de melhoria, nos termos

do art. 145, inciso III, da CF/88 (competência comum); já a competência para

instituir a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública é municipal

e distrital (art. 149-A da CF/88); a competência para instituir a contribuição para

custeio de regime de previdência próprio de seus servidores, por sua vez, cabe a

cada ente político (art. 149, § 1º, da CF/88).

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e) Certa. Nos termos do art, 149, caput, da CF/88:

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de interven-


ção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas,
como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos
arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente
às contribuições a que alude o dispositivo.

Questão 8    (FCC/2016/SEGEP-MA/AUDITOR-FISCAL) De acordo com a Constitui-

ção Federal, o Imposto Territorial Rural é um tributo de competência da União, mas

50% do produto de sua arrecadação pertence aos municípios. Caso, porém, um

município brasileiro opte por fiscalizá-lo e cobrá-lo, na forma da lei, sem reduzir seu

montante e sem adotar qualquer outra forma de renúncia fiscal, caberá a esse mu-

nicípio a integralidade do produto de sua arrecadação. Ciente disso, em dezembro

de 2015, um município brasileiro celebrou convênio com a União, por intermédio da

Secretaria da Receita Federal, que lhe delegou as atribuições de fiscalização (inclu-

sive a de lançamento dos créditos tributários) e de cobrança do ITR, abrindo mão,

também, de eventual competência supletiva da União para fiscalizá-lo e cobrá-lo

enquanto o referido município mantivesse observância de todas as regras legais e

de todas as cláusulas do referido convênio. Com base no CTN, o sujeito ativo da

obrigação tributária principal relativa ao ITR incidente sobre as propriedades terri-

toriais rurais localizadas nesse município será:

a) tanto a União como o município, em solidariedade ativa, relativamente a todos

os créditos tributários constituídos nesse município.

b) apenas o município.

c) aquele que for indicado como sujeito ativo no convênio firmado entre a União e

o município.

d) apenas a União.

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e) a União, em relação a 50% dos créditos tributários constituídos nesse município,

e o Município em relação aos outros 50%.

Letra b.

Segundo o art. 119 do CTN, o sujeito ativo da relação jurídico-tributária é a pessoa

jurídica de direito público titular da competência para exigir o seu cumprimento.

(Veja que não é a pessoa competente para instituir o tributo, até porque tal com-

petência é indelegável.)

No caso do ITR, como estudado, ele é imposto de competência da União, que pode

ser fiscalizado e cobrado pelos municípios, conforme autorização constitucional

constante do art. 153, § 4º, CF/88:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


VI – propriedade territorial rural;
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional n. 42, de 19/12/2003.)
III – será fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem, na forma da lei,
desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 42, de 19/12/2003) (Regulamento.)

Neste caso, optando o município por fiscalizar e cobrar o ITR, ele será o sujeito

ativo da relação jurídico-tributária.

Questão 9    (FCC/2016/SEGEP-MA/AUDITOR-FISCAL) A empresa de Marcelo está

considerando a hipótese de importar cestas de Natal do exterior para revendê-las

por ocasião das festas de fim de ano. Se efetivamente realizar essas importações,

a empresa terá de recolher todos os tributos incidentes sobre a mercadoria impor-

tada. Não havendo disposição de lei em contrário, e considerando que essa im-

portação será feita em dólares americanos, o valor tributário dessa transação, em

reais, de acordo com o CTN, será apurado mediante:

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a) a aplicação da alíquota do imposto correspondente, diretamente sobre o valor

tributário expresso em dólares americanos, tratando-se de incidência de imposto

federal ou estadual que deva ser pago pelo importador, em moeda conversível.
b) sua conversão em moeda nacional, ao  câmbio do dia da notificação da efeti-
vação do lançamento tributário, apenas quando se tratar de impostos estaduais e
municipais.
c) sua conversão em moeda nacional, ao câmbio do dia da ocorrência do fato ge-
rador da obrigação, salvo disposição de lei em contrário.
d) a aplicação da alíquota do tributo correspondente, diretamente sobre o valor
tributário expresso em moeda estrangeira, tratando-se de incidência de tributo fe-
deral que deva ser pago pelo importador em moeda conversível.
e) sua conversão em moeda nacional, ao câmbio do dia da efetivação do lançamen-
to tributário.

Letra c.
Segundo o art. 143 do CTN, quando o valor tributário estiver expresso em moeda
estrangeira, no lançamento será feita a sua conversão em moeda nacional ao câm-
bio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, salvo disposição
legal em contrário.

Questão 10    (FCC/2016/PREFEITURA DE TERESINA-PI/TÉCNICO DE NÍVEL SU-

PERIOR) A respeito do Imposto sobre Produtos Industrializados é incorreto afir-

mar que:

a) se inclui entre os impostos de competência da União.

b) será seletivo, em função da essencialidade do produto.

c) terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte

do imposto, na forma da lei.

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d) será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com

o montante cobrado nas anteriores.

e) incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.

Letra e.

Gabarito conforme o art. 153, § 3º, inciso III, CF/88:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


IV – produtos industrializados;
§ 3º O imposto previsto no inciso IV:
I – será seletivo, em função da essencialidade do produto;
II – será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o
montante cobrado nas anteriores;
III – não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior;
IV – terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo con-
tribuinte do imposto, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 42,
de 19/12/2003.)

Questão 11    (FCC/2015/TJ-AL/JUIZ SUBSTITUTO) De acordo com a Constituição

Federal, as operações com ouro sujeitam-se à incidência:

a) do ICMS, exceto quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento

cambial.

b) exclusivamente do IPI, quando definido em lei como ativo financeiro ou instru-

mento cambial.

c) do IOF, exceto quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento

cambial.

d) exclusivamente do IR, quando definido em lei como ativo financeiro ou instru-

mento cambial.

e) do ICMS e do IOF, exceto quando definido em lei como ativo financeiro ou ins-

trumento cambial.

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Letra a.

Gabarito, nos termos do art. 153, § 5º, da CF/88 c/c art. 155, § 2º, inciso X, alínea

c, da CF/88:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


V – operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
§ 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, su-
jeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do caput deste
artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegu-
rada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: (Vide Emenda
Constitucional n. 3, de 1993.)
Art. 155. Compete aos estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação
dada pela Emenda Constitucional n. 3, de 1993.)
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e
as prestações se iniciem no exterior; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 3,
de 1993.)
X – não incidirá:
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º.

Questão 12    (FCC/2015/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO) Wagner, pequeno empresário,

domiciliado na cidade de Mafra (SC), desejando ampliar seus negócios, pensou

em transformar seu estabelecimento comercial em estabelecimento industrial. Sua

preocupação era ter de pagar um imposto que até então lhe era desconhecido: o

IPI. Para melhor conhecer esse imposto, conversou com alguns amigos que tam-

bém eram proprietários de indústria e cada um deles lhe passou as informações

que tinha sobre esse imposto. Disseram-lhe, por exemplo, que a competência para

instituí-lo está prevista na Constituição Federal e que, de acordo com o texto cons-

titucional, o IPI:

I – é imposto não cumulativo, compensando-se o que é devido em cada opera-

ção com o montante cobrado nas anteriores, pelo mesmo ou outro estado ou

pelo Distrito Federal.

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II – tem seu impacto reduzido sobre a aquisição de bens de capital pelo contri-

buinte do imposto, na forma estabelecida em Regulamento.

III – pode ter suas alíquotas interestaduais alteradas por meio de Resolução do

Senado Federal.

IV – é imposto seletivo, em função da essencialidade do produto, mas não o é em

função do porte do estabelecimento industrial que promove seu fato gerador.

Está correto o que se afirma em:

a) IV, apenas.

b) I, apenas.

c) I, II, III e IV.

d) I e III, apenas.

e) II e IV, apenas.

Letra a.
O art. 153, § 3º da CF/88 dispõe sobre as peculiaridades do IPI:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


IV – produtos industrializados;
§ 3º O imposto previsto no inciso IV:
I – será seletivo, em função da essencialidade do produto;
II – será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o
montante cobrado nas anteriores;
III – não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior;
IV – terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo con-
tribuinte do imposto, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 42,
de 19/12/2003.)

I – Errado. Realmente o IPI é imposto não cumulativo, mas é um tributo federal,
ou seja, é devido à União, não aos estados nem ao DF, como afirmado no item.

II – Errado. O erro deste item é afirmar que o impacto poderá ser reduzido por

regulamento, pois o art. 153, § 3º, inciso IV, da CF/88 prevê que tal redução será

feita na forma da lei.

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III – Errado. Não há alíquotas interestaduais no caso do IPI.

IV – Certo. Nos termos do art. 153, § 3º, inciso I, da CF/88.

Questão 13    (FCC/2015/PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA/AUDITOR DE CONTRO-

LE INTERNO) Considere as seguintes ocorrências tributárias hipotéticas no ano

de 2013.

A União, por meio de lei ordinária, criou mais uma alíquota para tributar o Imposto

de Renda, no percentual de 35%, e publicou essa lei em 18 de dezembro de 2013.

Por meio de decreto do Poder Executivo, publicado em 10 de junho de 2013, a União

também aumentou a alíquota do IPI de determinados produtos, de 10 para 20%.

Um estado brasileiro aumentou a alíquota do ITCMD, nas transmissões causa mor-

tis, de 5 para 6% e publicou a respectiva lei ordinária em 10 de setembro de 2013.

Um município brasileiro aumentou a base de cálculo do IPTU, mediante atualização

da tabela de valores venais dos imóveis, e publicou essa lei ordinária em 11 de no-

vembro de 2013.

Considerando, especificamente, os princípios constitucionais da anterioridade e da

noventena (anterioridade nonagesimal), é correto afirmar que a cobrança majo-

rada do IR, do IPI, do ITCMD e do IPTU poderá ser feita, respectivamente, a partir

do dia:

a) 19 de março de 2014; 9 de setembro de 2013; 10 de dezembro de 2013; 10 de

fevereiro de 2014.

b) 19 de março de 2014; 1º de janeiro de 2014; 10 de dezembro de 2013; 1º de

janeiro de 2014.

c) 1º de janeiro de 2014; 9 de setembro de 2013; 1º de janeiro de 2014; 1º de

janeiro de 2014.

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d) 1º de janeiro de 2014; 1º de janeiro de 2014; 1º de janeiro de 2014; 10 de

fevereiro de 2014.

e) 19 de março de 2014; 1º de janeiro de 2014; 1º de janeiro de 2014; 10 de fe-

vereiro de 2014.

Letra c.

IPI: exceção ao princípio da anterioridade anual; cobrança pode ser majorada a

partir de 9/09/2013.

IR: exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal; cobrança pode ser majora-

da a partir de 1º/01/2014.

ITCMD: respeito ao princípio da anterioridade anual e ao princípio da anterioridade

nonagesimal; cobrança majorada a partir de 1º/01/2014.

IPTU (quanto à base de cálculo): exceção ao princípio da anterioridade nonagesi-

mal; cobrança pode ser majorada a partir de 1/01/2014.

Questão 14    (FCC/2015/TCE-CE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) O ITR:

a) tem a Prefeitura como sujeito ativo da respectiva relação jurídico-tributária,

substituindo-se à União no exercício da função de fiscalização e cobrança desse

imposto.

b) terá a arrecadação repartida entre a União e a Prefeitura, nos casos de essa op-

tar pelo exercício das funções de fiscalização e cobrança desse imposto.

c) incidirá, em detrimento da cobrança do IPTU, sobre a propriedade localizada em

área urbana utilizada para a exploração extrativa vegetal.

d) será cobrado conjuntamente com o IPTU, de competência municipal, sobre pro-

priedades rurais situadas nas zonas urbanas, definidas em lei municipal, que con-

tem com determinados melhoramentos construídos ou mantidos pelo Poder Público.

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e) não pode ser exigido inclusive sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei,

quando as explore o proprietário ou arrendatário que não possua outras proprie-

dades.

Letra c.

a) Errada. O município (não a Prefeitura) é sujeito ativo na relação jurídico-tribu-

tária de cobrança de ITR somente quando o município opte por fiscalizá-lo, con-

forme art. 153, § 4º, inciso III, da CF/88, tendo em vista que o sujeito ativo da

obrigação, nos termos do art. 119 do CTN, “é a pessoa jurídica de direito público,

titular da competência para exigir o seu cumprimento”.

No entanto, caso a União, ente competente para instituir o ITR, realize a sua co-

brança e a sua fiscalização, ela será o sujeito ativo.

b) Errada. Nesse caso, o total do valor arrecadado pertencerá aos municípios.

c) Certa. Em atenção ao Decreto-Lei n. 57/66, que dispõe sobre o ITR:

Art. 15. O disposto no art. 32 da Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966, não abrange o


imóvel que, comprovadamente, seja utilizado em exploração extrativa vegetal, agrícola,
pecuária ou agroindustrial, incidindo, assim, sobre o mesmo o ITR e demais tributos
com o mesmo cobrados.

d) Errada. Não é possível a cobrança de IPTU e de ITR, simultaneamente.

e) Errada. O disposto no art. 153, inciso VI, § 4º, inciso II, da CF/88 não faz tal

previsão quanto ao arrendatário:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


VI – propriedade territorial rural;
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional n. 42, de 19/12/2003.)
II – não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o
proprietário que não possua outro imóvel. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 42,
de 19/12/2003.)

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Questão 15    (FCC/2015/TJ-RR/JUIZ SUBSTITUTO) Autoridades judiciais, estadu-

ais e federais, conforme o caso, exercendo jurisdição no estado de Roraima, e ten-

do de proferir decisões em cinco processos judiciais distintos, pronunciaram-se das

seguintes maneiras:

I – A cota parte dos municípios do estado de Roraima, na arrecadação do ITCMD,

não é de 25%, mas de 50%.

II – O Imposto de Renda está sujeito ao princípio da anterioridade, mas não ao

princípio da noventena (anterioridade nonagesimal).

III – A substituição tributária com retenção antecipada de imposto não tem previ-

são na Constituição Federal.

IV – A instituição, pelos estados e pelo Distrito Federal, da contribuição para o

custeio do serviço de iluminação pública está sujeita ao princípio da irretroa-

tividade, mas não ao da anterioridade.

V – A majoração da base de cálculo do IPVA não está sujeita ao princípio da no-

ventena (anterioridade nonagesimal), mas a majoração de sua alíquota está.

Com base no que dispõe a Constituição Federal acerca dessa matéria, as autorida-

des judiciais decidiram corretamente em relação às situações descritas nos itens:

a) I, II, III e IV, apenas.

b) I, II, III, IV e V.

c) I e IV, apenas.

d) II, III e IV, apenas.

e) II e V, apenas.

Letra e.

I – Errado. A CF/88 não prevê repasse do ITCMD para os municípios.

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II – Certo. O IR é exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal, nos termos

do art. 150, § 1º, da CF/88:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à


União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios:
III – cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou; (Vide Emenda Constitucional n. 3, de 1993.)
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Cons-
titucional n. 42, de 19/12/2003.)
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I,
153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos
previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cál-
culo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 42, de 19/12/2003.)
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
III – renda e proventos de qualquer natureza.

III – Errado. A CF/88 prevê o instituto da substituição tributária no art. 150, § 7º,

da CF/88:

Art. 150, § 7º. A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condi-
ção de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva
ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia
paga, caso não se realize o fato gerador presumido. (Incluído pela Emenda Consti-
tucional n. 3, de 1993.)

IV – Errado. Os entes competentes pela instituição da COSIP são os municípios e o

Distrito Federal, nos termos do art. 149-A, CF/88. Tal tributo se sujeita ao princípio

da irretroatividade e aos princípios da anterioridade nonagesimal e anual.

Art. 149-A. Os municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma


das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o dis-
posto no art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 39, de 2002.)

V – Certo. Conforme art. 150, § 1º transcrito no item II c/c o art. 155, inciso III,

da CF/88:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação


dada pela Emenda Constitucional n. 3, de 1993.)

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III – propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda Constitucional


n. 3, de 1993.)

Questão 16    (FCC/2015/SEFAZ-PE/JULGADOR ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO

DO TESOURO ESTADUAL) Sobre os impostos em espécie, é correto afirmar que:

a) incide ICMS nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de ra-

diodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.

b) o IPI poderá ser não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada

operação com o montante cobrado nas anteriores.

c) o II terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contri-

buinte do imposto.

d) o IR será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a

manutenção de propriedades improdutivas.

e) o IOF não se submete ao princípio da anterioridade, assim como ao princípio da

anterioridade nonagesimal.

Letra e.

a) Errada. Não incide ICMS nas prestações de serviço de comunicação nas moda-

lidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita,

conforme art. 155, § 2º, inciso X, alínea d, da CF/88.

b) Errada. O IPI será não cumulativo, segundo art. 153, § 3º, inciso II, da CF/88,

compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas

anteriores.

c) Errada. O IPI terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital

pelo contribuinte do imposto, na forma da lei, conforme art. 153, § 3º, inciso IV,

da CF/88.

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d) Errada. O ITR será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de modo a desesti-

mular a manutenção de propriedades improdutivas, conforme art. 153, § 4º, inciso


I, da CF/88.
e) Certa. O IOF não se submete ao princípio da anterioridade anual, tampouco ao
princípio da anterioridade nonagesimal, segundo art. 150, § 1º, da CF/88.

Questão 17    (FCC/2015/TCM-GO/PROCURADOR DO MP DE CONTAS) Em confor-


midade com a atribuição de competência tributária feita pela Constituição Federal,
a tributação:
a) das prestações de serviço de comunicação está no campo de incidência do ISS.
b) da transmissão de uma propriedade territorial rural por doação está no campo
de incidência do ITR.
c) das prestações de serviço de transporte intramunicipal está no campo de inci-
dência do ISS.
d) da transmissão onerosa de veículo automotor, entre irmãos domiciliados na
mesma unidade federada, está no campo de incidência do IPVA.
e) da transmissão intervivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis,
por natureza ou acessão física, está no campo de incidência do ITCMD.

Letra c.
a) Errada. Sobre a prestação de serviço de comunicação incide ICMS, conforme
art. 155, inciso II, da CF/88.

b) Errada. O ITR incide sobre a propriedade territorial rural, não sobre a trans-

missão dessa propriedade.

c) Certa. É um serviço que está expressamente previsto na lista anexa à LC n.

116/03. Pontue-se, ainda, que, sobre os serviços de transporte interestadual e in-

termunicipal, incide ICMS, em atenção ao art. 155, inciso II, da CF/88.

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d) Errada. O IPVA incide sobre a propriedade de veículos automotores, conforme


art. 155, inciso III, da CF/88.
e) Errada. Tal transmissão está no campo de incidência do ITBI, conforme art. 156,
inciso II, da CF/88.

Questão 18    (FCC/2014/MPE-PE/PROMOTOR DE JUSTIÇA) O Presidente da Re-


pública, por meio de Decreto, elevou a alíquota do IPI incidente sobre carro zero.
É correto afirmar que esse ato:
a) é legal, porque somente a lei pode prever a possibilidade de majoração de alí-
quota por ato do Poder Executivo.
b) é inconstitucional, porque essa majoração sempre depende de lei, não podendo
ser praticado por ato do Poder Executivo que não tenha força de lei.
c) é ilegal, porque, para se elevar a alíquota do IPI, é necessário lei ou, pelo me-
nos, medida provisória.
d) é constitucional, desde que essa elevação de alíquota tenha ocorrido dentro de
condições e limites estabelecidos em lei.
e) é constitucional, pois a Constituição autoriza majoração do IPI por ato do Poder

Executivo, sem necessidade de se observar qualquer limite ou condição legal.

Letra d.

Gabarito nos termos do art. 153, § 1º, da CF/88, que destaca que o IPI é exceção

ao princípio da legalidade, desde que haja respeito a condições e limites estabele-

cidos em lei:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


IV – produtos industrializados;
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites esta-
belecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II,
IV e V.

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Questão 19    (FCC/2014/TRF-4ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Acerca do Imposto sobre

Produtos Industrializados:

a) por ter natureza extrafiscal, é exceção à legalidade, irretroatividade e anteriori-

dades anual e nonagesimal.

b) pode ser instituído ou majorado por ato do Poder Executivo, sendo exceção à

regra da legalidade.

c) é instituído por lei, mas tem as alíquotas incidentes sobre cada produto indus-

trializado fixadas por ato do Poder Executivo, mais especificamente decreto.

d) é exceção à anterioridade nonagesimal, mas deve obediência à anterioridade

anual.

e) é exceção à anterioridade anual e nonagesimal.

Letra c.

O IPI deve respeitar os princípios da anterioridade nonagesimal e da irretroativida-

de, sendo exceção ao princípio da anterioridade anual.

No que tange o princípio da legalidade, o IPI deve observá-lo quanto à sua institui-

ção. Já no que diz respeito à alteração de suas alíquotas, tal tributo é considerado

exceção ao princípio da legalidade, conforme art. 153, § 1º, da CF/88.

Questão 20    (FCC/2014/TRF-4ª/ANALISTA JUDICIÁRIO) Considerando os crité-

rios de tributação, são tributos com tributação não cumulativa e progressiva, res-

pectivamente:

a) IR e IOF.

b) IOF e ICMS.

c) ICMS e IPI.

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d) ICMS e IOF.

e) IPI e IR.

Letra e.

O IPI é não cumulativo, conforme art. 153, § 3º, inciso II, da CF/88, e o IR é pro-

gressivo, segundo art. 153, § 2º, inciso I, da CF/88.

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


III – renda e proventos de qualquer natureza;
IV – produtos industrializados;
§ 2º O imposto previsto no inciso III:
I – será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressivi-
dade, na forma da lei;
§ 3º O imposto previsto no inciso IV:
II – será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o
montante cobrado nas anteriores.

Questão 21    (FCC/2014/TJ-CE/JUIZ SUBSTITUTO) Atendidas as condições e os li-

mites estabelecidos em lei, o IPI, o ICMS, as taxas municipais pelo poder de polícia,

as contribuições de melhoria e o Imposto de Exportação podem ter suas alíquotas

aumentadas, respectivamente, por:

a) lei ordinária, decreto, lei ordinária, decreto e lei ordinária.

b) lei complementar, lei ordinária, decreto, decreto e lei complementar.

c) decreto, lei ordinária, lei ordinária, lei ordinária e decreto.

d) lei ordinária, decreto, lei ordinária, lei ordinária e lei complementar.

e) decreto, lei ordinária, decreto, decreto e lei ordinária.

Letra c.

O IPI, quanto à alteração de suas alíquotas, é exceção ao princípio da legalidade.

Logo, elas podem ser aumentadas via decreto, conforme art. 153, § 1º, da CF/88:

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Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


I – importação de produtos estrangeiros;
II – exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
IV – produtos industrializados;
V – operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites esta-
belecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II,
IV e V.

Avaliemos, agora, os demais tributos destacados na questão:

ICMS: deve respeito ao princípio da legalidade (lei ordinária).

Taxa: deve respeito ao princípio da legalidade (lei ordinária).

Contribuições de melhoria: deve respeito ao princípio da legalidade (lei ordinária).

Imposto de Exportação: é exceção ao princípio da legalidade (decreto, conforme

artigo supratranscrito).

Questão 22    (FCC/2014/PREFEITURA DE CUIABÁ-MT/PROCURADOR) Procurador

do município de Cuiabá, consultado sobre possibilidades legislativas de iniciativa do

Executivo municipal que propiciassem aumento na arrecadação, elaborou parecer

indicando quais seriam as espécies tributárias de competência do município passí-

veis de serem alteradas. São tributos de competência da União, dos estados e dos

municípios, respectivamente:

a) imposto sobre a propriedade territorial rural; imposto sobre a prestação de ser-


viços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, inciso II, definidos em
lei ordinária federal; imposto sobre operações relativas à circulação de mercado-
rias.
b) imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou di-
reitos; imposto sobre a transmissão intervivos, a qualquer título, por ato oneroso,
de bens imóveis por acessão física; imposto sobre a propriedade de veículos auto-

motores.

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c) impostos extraordinários, no caso de iminência de guerra externa ou interna;

imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana; imposto sobre a prestação

de serviços de comunicação.

d) imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155,

inciso II, definidos em lei complementar; imposto sobre grandes fortunas, nos ter-

mos de lei ordinária federal; imposto sobre a prestação de serviços de transporte

interestadual.

e) imposto sobre operações relativas a valores mobiliários; imposto sobre opera-

ções relativas à circulação de mercadorias; imposto sobre a transmissão intervivos,

a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza.

Letra e.

Gabarito conforme os esquemas a seguir:

Impostos de Competência da União


II – Imposto sobre a importação
IE – Imposto sobre a exportação
IR – Imposto sobre a renda
IPI – Imposto sobre produtos industrializados
IOF – Imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou
valores mobiliários
ITR – Imposto sobre a propriedade territorial rural
IGF – Imposto sobre grandes fortunas, nos termos de lei complementar
Impostos residuais
IEG – Impostos extraordinários de guerra, no caso de guerra externa

Impostos de Competência dos estados e do DF

ITCD – Imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direi-
tos

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ICMS – Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações


de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as ope-
rações e as prestações se iniciem no exterior
IPVA – Imposto sobre a propriedade de veículos automotores

Impostos de competência dos municípios

IPTU – Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana


ITBI – Imposto sobre a transmissão “intervivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de
bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de
garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição
ISSQN – Imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155,
inciso II, definidos em lei complementar

Questão 23    (FCC/2013/SEFAZ-SP/AGENTE FISCAL DE RENDAS) Possuem com-

petência para instituir o Imposto Sobre Doações e Transmissão causa mortis, Im-

posto Territorial Rural, Impostos sobre Importações e Impostos sobre Serviços de

Qualquer Natureza, respectivamente:

a) estados; municípios; União; estados e Distrito Federal.

b) municípios; estados e Distrito Federal; União; municípios.

c) estados e Distrito Federal; União; União; Distrito Federal.

d) estados; União; estados e Distrito Federal; municípios.

e) estados; municípios; União; municípios e Distrito Federal.

Letra c.

Gabarito conforme os esquemas a seguir:

Impostos de Competência da União


II – Imposto sobre a importação
IE – Imposto sobre a exportação
IR – Imposto sobre a renda

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IPI – Imposto sobre produtos industrializados


IOF – Imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários
ITR – Imposto sobre a propriedade territorial rural
IGF – Imposto sobre grandes fortunas
Impostos residuais
IEG – Impostos extraordinários de guerra

Impostos de Competência dos estados e do DF

ITCD – Imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos
ICMS – Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de ser-
viços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior
IPVA – Imposto sobre a propriedade de veículos automotores

Impostos de competência dos municípios

IPTU – Imposto sobre propriedade a predial e territorial urbana


ITBI – Imposto sobre a transmissão “intervivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imó-

veis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem

como cessão de direitos a sua aquisição


ISSQN – Imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, inciso II,

definidos em lei complementar

Os impostos municipais também são de competência do Distrito Federal, em aten-

ção ao art. 147 da CF/88 e ao art. 18, inciso II, do CTN:

Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Ter-


ritório não for dividido em municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao
Distrito Federal cabem os impostos municipais.

Art. 18. Compete:
II – ao Distrito Federal e aos estados não divididos em municípios, instituir, cumu-
lativamente, os impostos atribuídos aos estados e aos municípios.

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Questão 24    (FCC/2013/AL-PB/PROCURADOR) Assinale a alternativa que apre-

senta somente um tributo federal, um estadual e um municipal.

a) Imposto sobre transmissão intervivos, a qualquer título, por ato oneroso de di-

reitos reais sobre imóveis; imposto sobre prestação de serviços de comunicação; e

imposto sobre produtos industrializados.

b) Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana; imposto sobre trans-

missão intervivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza

ou acessão física; e imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza.

c) Imposto sobre a importação de produtos estrangeiros; imposto sobre prestação

de serviço de transporte intramunicipal; e imposto sobre a propriedade territorial

rural.

d) Imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou di-

reitos; imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias; e imposto

sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados.

e) Imposto sobre prestação de serviço de comunicação; imposto sobre prestação

de serviço de transporte interestadual ou intermunicipal; e imposto sobre serviços

de qualquer natureza.

Letra a.

Gabarito conforme os esquemas a seguir:

Impostos de Competência da União


II – Imposto sobre a importação
IE – Imposto sobre a exportação
IR – Imposto sobre a renda
IPI – Imposto sobre produtos industrializados
IOF – Imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários

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ITR – Imposto sobre a propriedade territorial rural


IGF – Imposto sobre grandes fortunas
Impostos residuais
IEG – Impostos extraordinários de guerra

Impostos de Competência dos estados e do DF


ITCD – Imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos
ICMS – Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de ser-
viços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior
IPVA – Imposto sobre a propriedade de veículos automotores

Impostos de competência dos municípios


IPTU
ITBI
ISSQN
(incide sobre serviço de transporte intramunicipal, como previsto na lista anexa à LC n. 116/03)

Questão 25    (VUNESP/2019/TJ-RS/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE RE-


GISTROS) O Imposto Territorial Rural (ITR), por disposição constitucional, não
incide sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprie-
tário que não possua outro imóvel. Referida disposição consiste em:
a) fato gerador presumido.
b) imunidade
c) isenção qualificada
d) isenção legal.
e) diferimento.

Letra b.
Imunidade é hipótese de não incidência constitucionalmente qualificada. Tendo em
vista que a situação da questão está prevista no art. 153, § 4º, inciso II, da CF/88,

refere-se a um caso de imunidade.

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Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


VI – propriedade territorial rural;
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional n. 42, de 19/12/2003.)
II – não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o
proprietário que não possua outro imóvel. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 42,
♦ de 19/12/2003.)

Questão 26    (VUNESP/2019/PREFEITURA DE ITAPEVI-SP) Assinale a alternativa

que contém o tributo de competência da União.

a) Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana.

b) Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de Direitos a eles Relativos.

c) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias (ST).

d) Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores.

e) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural.

Letra e.

Da análise do quadro que segue, é possível identificar os impostos de competência

da União:

Impostos de Competência da União


II – Imposto sobre a importação
IE – Imposto sobre a exportação
IR – Imposto sobre a renda
IPI – Imposto sobre produtos industrializados
IOF – Imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários
ITR – Imposto sobre a propriedade territorial rural
IGF – Imposto sobre grandes fortunas
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a) Errada. O IPTU é imposto de competência municipal (art. 156, inciso I, da

CF/88).
b) Errada. O ITBI é imposto de competência municipal (art. 156, inciso II, da
CF/88).
c) Errada. O ICMS é imposto de competência estadual (art. 155, inciso II, da
CF/88).
d) Errada. O IPVA é imposto de competência estadual (art. 155, inciso III, da
CF/88).
e) Certa. ITR é imposto de competência estadual, nos termos do art. 153, inciso
VI, da CF/88.

Questão 27    (VUNESP/2018/TJ-SP/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE RE-


GISTROS) A respeito do Imposto sobre Propriedade Territorial Rural (ITR), assinale
alternativa correta.
a) Não há previsão constitucional para a progressividade do ITR.
b) A base de cálculo do ITR é o valor da terra nua.
c) O ITR será fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem, na forma
da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de
renúncia fiscal.
d) O ITR não incide sobre o imóvel declarado como de interesse social para fins de
reforma agrária.

Letra c.

Gabarito conforme art. 153, § 4º, da CF/88:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


VI – propriedade territorial rural;
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional n. 42, de 19/12/2003.)

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I  – será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manu-


tenção de propriedades improdutivas; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 42, de
19/12/2003.)
II – não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o
proprietário que não possua outro imóvel; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 42,
de 19/12/2003.)
III – será fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem, na forma
da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de
renúncia fiscal. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 42, de 19/12/2003.) (Regu-
lamento.)

A base de cálculo do ITR, nos termos do art. 30 do CTN, é o valor fundiário.

Além disso, para responder à alternativa que trata da incidência do ITR sobre o

imóvel declarado como de interesse social para fins de reforma agrária, seria ne-

cessário conhecimento da legislação específica do ITR, a  qual dispõe no art.  1º,

§ 1º, da Lei n. 9.393/96:

Art. 1º O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), de apuração anual, tem
como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, lo-
calizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano.
§ 1º. O ITR incide inclusive sobre o imóvel declarado de interesse social para
fins de reforma agrária, enquanto não transferida a propriedade, exceto se hou-
ver imissão prévia na posse.

Questão 28    (VUNESP/2016/PREFEITURA DE ROSANA-SP) Caso determinado

município opte, na forma da lei, por fiscalizar e cobrar o Imposto Territorial Rural,

desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia

fiscal, é correto afirmar que:

a) não poderá fazê-lo, por invadir competência federal constitucionalmente previs-

ta.

b) poderá fazê-lo somente se a União delegar sua competência legislativa a fim de

que o município publique lei instituindo o imposto em seu âmbito territorial.

c) não poderá fazê-lo, salvo se a União renunciar expressamente à competência

que possui.

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d) poderá fazê-lo se a União autorizar e desde que o município lhe repasse 50%

da receita que arrecadar.

e) poderá fazê-lo, caso em que terá direito à totalidade dos valores que, a título do

imposto, arrecadar.

Letra e.

Gabarito nos termos do art. 153, § 4º, inciso III, c/c art. 158, inciso II, da CF/88:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


VI – propriedade territorial rural;
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional n. 42, de 19/12/2003.)
III – será fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem, na forma
da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de
renúncia fiscal. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 42, de 19/12/2003.) (Regu-
lamento.)
Art. 158. Pertencem aos municípios:
II – cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a pro-
priedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totali-
dade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; (Redação dada
pela Emenda Constitucional n. 42, de 19/12/2003.) (Regulamento.)

Questão 29    (VUNESP/2015/CÂMARA MUNICIPAL DE JABOTICABAL-SP) O im-

posto, de competência da União, cujo fato gerador é a aquisição da disponibilidade

econômica ou jurídica de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho

ou da combinação de ambos; e de proventos de qualquer natureza, assim entendi-

dos os acréscimos patrimoniais não compreendidos anteriormente, é o:

a) Imposto sobre Bens de Capital e da Renda.

b) Imposto sobre Produção e Circulação.

c) Imposto sobre Renda e Proventos de Qualquer Natureza.

d) Imposto sobre Transmissão Intervivos.

e) Imposto sobre Operações Financeiras.

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Letra c.

Gabarito conforme art. 43 do CTN:

Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre renda e proventos de qualquer


natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
I – de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de
ambos;
II – de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais
não compreendidos no inciso anterior.

Questão 30    (VUNESP/2014/PREFEITURA DE POÁ-SP/PROCURADOR JURÍDICO)

Entre as limitações que determina ao poder de tributar, a Constituição Federal veda

aos entes tributantes a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que

haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Tal vedação, que se traduz

no conhecido princípio da anterioridade, contudo, não se aplica a alguns tributos

que a própria Constituição especifica. Assinale a alternativa na qual se identifica um

desses tributos.

a) Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana.

b) Imposto sobre a propriedade de veículos automotores.

c) Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou

valores mobiliários.

d) Empréstimo compulsório, no caso de investimento público de caráter urgente e

de relevante interesse nacional.

e) Contribuição social de intervenção no domínio econômico.

Letra c.

A questão trata dos impostos que são exceção ao princípio da anterioridade anual.

Dos tributos listados na questão, é exceção a esse princípio o IOF, nos termos do

art. 150, § 1º, da CF/88:

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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à


União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios:
III – cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os insti-
tuiu ou aumentou; (Vide Emenda Constitucional n. 3, de 1993.)
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Cons-
titucional n. 42, de 19/12/2003.)
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148,
I, 153, I, II, IV e V, e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos
previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V, e 154, II, nem à fixação da base de cálculo
dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação dada pela Emenda Consti-
tucional n. 42, de 19/12/2003.)
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compul-
sórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de
guerra externa ou sua iminência; (EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS EM CASO DE
GUERRA E CALAMIDADE PÚBLICA)
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I – importação de produtos estrangeiros; (II)
II – exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; (IE)
IV – produtos industrializados; (IPI)
V – operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários; (IOF)
Art. 154. A União poderá instituir:
II – na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendi-
dos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente,
cessadas as causas de sua criação. (IEG)

Questão 31    (VUNESP/2014/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP) Em

relação aos tributos e às contribuições para a seguridade social, é correto afir-

mar que:

a) a lei que majorar alíquotas do imposto sobre a renda começa a produzir efeitos

na data de sua publicação.

b) a lei que instituir modificações nas alíquotas do imposto de importação deve

obedecer ao princípio constitucional da anterioridade.

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c) somente a União pode instituir novos tributos não previstos na Constituição Fe-

deral por meio de lei complementar, os quais devem obedecer obrigatoriamente ao

princípio da não cumulatividade.

d) as contribuições de melhoria têm o mesmo fato gerador que as taxas, com a

diferença de que todos os contribuintes pagam o mesmo valor.

e) a União, desde que justificado o interesse público, pode instituir isenções nos

impostos de competência dos estados e dos municípios.

Letra c.

a) Errada. A majoração do IR deve respeito ao princípio da anterioridade anual,

sendo exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal.

b) Errada. Os princípios da anterioridade anual e da anterioridade nonagesimal

não são obrigatórios para o II, nos termos do art. 150, § 1º, da CF/88.

c) Certa. Este é o imposto residual previsto no art. 154, inciso I, da CF/88:

Art. 154. A União poderá instituir:


I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde
que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos
discriminados nesta Constituição.

d) Errada. A contribuição de melhoria, conforme estudado na aula em que trata-


mos das espécies tributárias, tem como fato gerador a valorização imobiliária que
decorre de obra pública, enquanto o fato gerador das taxas pode ser a prestação
de serviço específico e divisível ou o exercício do poder de polícia.
e) Errada. Conforme estudado na aula em que tratamos dos princípios constitu-
cionais tributários, no Brasil é vedada a Isenção Heterônoma, só sendo possível a
concessão de isenção pelo ente competente pela sua instituição.

Questão 32    (VUNESP/2014/DESENVOLVE-SP/ADVOGADO) A competência tri-


butária para instituir imposto sobre a propriedade territorial rural pertence:

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a) exclusivamente à União.
b) privativamente aos municípios que optarem por fiscalizar e cobrar o imposto, na
forma da lei, conforme determina a Constituição Federal.
c) concorrentemente à União e aos municípios que optarem por fiscalizar e cobrar
o imposto, na forma da lei, conforme determina a Constituição Federal.
d) concorrentemente à União e ao Distrito Federal.
e) residualmente aos Estados e ao Distrito Federal, caso optem por fiscalizar e co-
brar o imposto, na forma da lei, conforme determina a Constituição Federal.

Letra a.
O ITR é imposto de competência da União, previsto no art. 153, inciso VI, da CF/88
e, como visto no curso, tal competência é indelegável, o que não se confunde com a
possibilidade de o município ser o sujeito ativo da relação jurídico-tributária quando

optar por fiscalizar o cobrar o referido tributo (ITR).

Questão 33    (VUNESP/2014/DESENVOLVE-SP/ADVOGADO) A Constituição Fede-

ral veda a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido pu-

blicada a lei que os instituiu ou aumentou, bem como veda que tal cobrança se dê

antes de decorridos noventa dias da publicação da lei que os instituir ou aumentar.

Tais vedações refletem o que a doutrina, respectivamente, denomina de princípio


da anterioridade e de noventena.

Assinale a alternativa na qual se encontra um tributo que se sujeita à anterioridade,

mas excepciona a noventena.

a) Empréstimo compulsório instituído no caso de investimento público de caráter

urgente e de relevante interesse nacional.

b) Empréstimo compulsório instituído para atender a despesas extraordinárias, de-

correntes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência.

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c) Imposto sobre produtos industrializados.

d) Imposto de renda.

e) Contribuição de intervenção no domínio econômico.

Letra d.

Como visto em aula, é exceção ao princípio da anterioridade anual o Imposto sobre

a Renda, nos termos do art. 150, § 1º, da CF/88.

Questão 34    (VUNESP/2014/TJ-SP/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE RE-

GISTROS) Dentro da competência da União, estão os impostos:

a) imposto sobre a propriedade territorial rural, imposto sobre transmissão de bens

imóveis e direitos a eles relativos, imposto sobre a propriedade territorial urbana.

b) imposto sobre produtos industrializados, imposto sobre a propriedade territorial

rural.

c) imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza, imposto sobre a proprie-

dade territorial rural e imposto sobre propriedade de veículos automotores.

d) imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza, imposto sobre a pro-

priedade territorial rural, imposto sobre transmissão de bens imóveis e direitos a

eles relativos.

Letra b.

Gabarito nos termos do esquema a seguir:

Impostos de Competência da União


II – Imposto sobre a importação
IE – Imposto sobre a exportação
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IPI – Imposto sobre produtos industrializados


IOF – Imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários
ITR – Imposto sobre a propriedade territorial rural
IGF – Imposto sobre grandes fortunas
Impostos residuais
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Questão 35    (CESPE/2019/JOÃO PESSOA-PB/PROCURADOR) A Procuradoria-Ge-


ral do município de João Pessoa foi consultada a respeito da possibilidade de se
aumentar a receita orçamentária decorrente de Imposto Territorial Rural.
Em relação a essa situação hipotética e a tal tributo, é correto afirmar que, de
acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), o município:
a) deverá auferir a totalidade do produto de arrecadação, se optar por promover
sua cobrança e fiscalização.
b) não poderá realizar fiscalização e cobrança, uma vez que o imposto em questão

é tributo federal.

c) poderá deferir ao estado sua cobrança e fiscalização.

d) poderá aumentar a alíquota por lei municipal.

e) poderá instituir renúncia fiscal por meio de lei municipal.

Letra a.

Gabarito nos termos do art. 153, § 4º, inciso III, c/c art. 158, inciso II, da CF/88:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


VI – propriedade territorial rural;
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional n. 42, de 19/12/2003.)
III – será fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem, na forma
da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de
renúncia fiscal. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 42, de 19/12/2003.) (Regu-
lamento.)

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Art. 158. Pertencem aos municípios:


II – cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a pro-
priedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totali-
dade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; (Redação dada
pela Emenda Constitucional n. 42, de 19/12/2003.) (Regulamento.)

Questão 36    (CESPE/2018/POLÍCIA FEDERAL/PERITO CRIMINAL FEDERAL)

Acerca de crédito tributário, legislação tributária e crime de lavagem de capitais ou

ocultação de bens, direitos e valores, julgue o item que se segue.

A majoração de alíquotas do imposto sobre produtos industrializados depende de

lei complementar aprovada pelo Congresso Nacional, sendo vedada sua implemen-

tação no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada lei que aumentou

tal tributo.

Errado.

O IPI é exceção ao princípio da legalidade e ao princípio da anterioridade anual,

devendo respeitar o princípio da anterioridade nonagesimal.

Logo, a majoração de suas alíquotas não precisa se dar por lei ordinária, muito me-

nos lei complementar, nos termos do art. 153, § 1º, da CF/88, e a sua implementa-

ção majorada pode se dar no mesmo exercício financeiro da publicação de decreto/

lei (art. 150, § 1º, da CF/88), desde que respeite o prazo de 90 dias contados da

publicação.

Questão 37    (CESPE/2017/PREFEITURA DE BELO HORIZONTE-MG/PROCURA-

DOR) Em determinado município, uma associação de produtores rurais solicitou

que o Prefeito editasse lei afastando a incidência do ITR para os munícipes que

tivessem idade igual ou superior a sessenta e cinco anos e fossem proprietários de

pequenas glebas rurais, assim entendidas as propriedades de dimensão inferior a

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trezentos hectares. O Prefeito, favorável ao pedido, decidiu consultar a procurado-

ria municipal acerca da viabilidade jurídica dessa norma.

Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta de acordo com as

normas constitucionais e a legislação tributária vigente.

a) O ITR é um imposto da União e, por conseguinte, é vedado atribuir aos municí-

pios, que não detêm competência para legislar sobre essa matéria, a responsabili-

dade por sua fiscalização.

b) Cabe ao município a competência legislativa sobre o ITR, podendo ele instituir

hipóteses de isenção e de não incidência.

c) O ITR é um imposto de competência da União, não podendo o município reduzi-

-lo ou adotar qualquer renúncia fiscal.

d) A CF prevê imunidade fiscal para os proprietários de pequenas glebas rurais que

tenham idade igual ou superior a sessenta e cinco anos.

Letra c.

Gabarito nos termos do art. 153, § 4º, da CF/88:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


VI – propriedade territorial rural;
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional n. 42, de 19/12/2003.)
I  – será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manu-
tenção de propriedades improdutivas; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 42, de
19/12/2003.)
II – não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explo-
re o proprietário que não possua outro imóvel; (Incluído pela Emenda Constitucio-
nal n. 42, de 19/12/2003.)
III – será fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem, na forma
da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de
renúncia fiscal. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 42, de 19/12/2003.) (Regu-
lamento.)

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Questão 38    (CESPE/2017/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR) A

respeito das limitações constitucionais ao poder de tributar, julgue o item que se

segue, de acordo com a interpretação do STF.

A alteração de alíquotas do imposto de exportação não se submete à reserva cons-

titucional de lei tributária, tornando-se admissível a atribuição dessa prerrogativa a

órgão integrante do Poder Executivo.

Certo.

Como visto nesta aula e na aula em que tratamos dos princípios constitucionais

tributários, o Imposto sobre a Exportação é uma das hipóteses de exceção ao prin-

cípio da legalidade, nos termos do art. 153, § 1º, da CF/88:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


I – importação de produtos estrangeiros;
II – exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
IV – produtos industrializados;
V – operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites esta-
belecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II,
IV e V.

Questão 39    (CESPE/2016/PC-PE/DELEGADO) No que diz respeito ao STN, assi-


nale a opção correta.
a) Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal, facultado à administra-
ção tributária identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas
do contribuinte.
b) O imposto sobre produtos industrializados (IPI), além de ser não cumulativo,
será progressivo em função da essencialidade do produto.
c) Lei complementar que estabelece normas gerais em matéria tributária não pode
instituir regime único de arrecadação dos impostos e das contribuições da União,
dos estados, do DF e dos municípios.

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d) Compete à União e aos estados federados instituir contribuições sociais que se-
jam de interesse das categorias profissionais.
e) As contribuições sociais e as contribuições de intervenção no domínio econômico
poderão ter alíquotas ad valorem ou específicas: as primeiras têm por base a uni-
dade de medida adotada; as segundas, o faturamento, a receita bruta ou o valor
da operação.

Letra a.

a) Certa. Nos termos do art. 145, § 1º, da CF/88:

Art. 145, § 1º. Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão gradu-
ados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tribu-
tária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados
os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades
econômicas do contribuinte.

b) Errada. O erro está na afirmação da progressividade, tendo em vista que ele

será seletivo em função da essencialidade do produto, confirme art. 153, § 3º, in-

ciso I, da CF/88:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


IV – produtos industrializados;
§ 3º O imposto previsto no inciso IV:
I – será seletivo, em função da essencialidade do produto.

c) Errada. O parágrafo único do art. 146 prevê que lei complementar que defina

o tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas

de pequeno porte pode instituir regime único de arrecadação dos impostos e das

contribuições da União, dos estados, do DF e dos municípios:

Art. 146. Cabe à lei complementar:


III – estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente so-
bre:
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as
empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do

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imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13,
e da contribuição a que se refere o art. 239. (Incluído pela Emenda Constitucional
n. 42, de 19/12/2003.)
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também pode-
rá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da
União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, observado que: (In-
cluído pela Emenda Constitucional n. 42, de 19/12/2003.)

d) Errada. Conforme art. 149, caput, da CF/88, a instituição de tais contribuições

compete exclusivamente à União:

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de interven-


ção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas,
como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos
arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente
às contribuições a que alude o dispositivo.

e) Errada. Contraria o art. 149, § 2º, da CF/88:

2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata


o caput deste artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 33, de 2001.)
III – poderão ter alíquotas: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 33, de 2001.)
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e,
no caso de importação, o valor aduaneiro; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 33,
de 2001.)
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 33, de 2001.)

Questão 40    (CESPE/2015/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO) Em referência às noções


básicas de tributos e de seu tratamento contábil, julgue o item a seguir.
Se a alíquota do imposto sobre importação for majorada no mês de janeiro, o au-
mento somente poderá começar a ser cobrado no exercício financeiro subsequente.

Errado.
O II está no rol de exceções aos princípios da anterioridade anual e da anteriori-
dade nonagesimal, podendo ser cobrado imediatamente após a publicação da lei.

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Questão 41    (CESPE/2015/FUB/CONTADOR)

Base de cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do IR (R$)


até 1.903,98 – –
de 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,8
de 2.826,66 até 3.751,05 15 354,8
de 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13
acima de 4.664,68 27 869,36

A tabela apresenta a incidência mensal do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF),

com vigência a partir do mês de abril do ano-calendário de 2015.

Com base nessa tabela, julgue o item seguinte.

A tabela do IRPF é um exemplo de tributação com alíquotas fixas.

Errado.

O Imposto de Renda tem alíquotas progressivas, conforme se depreende do art. 153,

§ 2º, da CF/88:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


III – renda e proventos de qualquer natureza;
IV – produtos industrializados;
§ 2º O imposto previsto no inciso III:
I – será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressivi-
dade, na forma da lei.

Questão 42    (CESPE/2015/FUB/CONTADOR) Julgue o item subsequente, com re-

lação à legislação aplicável aos tributos federais.

O IR e o IPI são exemplos de impostos de competência federal.

Certo.

O IR e o IPI são impostos de competência da União, previstos no art. 153, caput,

da CF/88:

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Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


III – renda e proventos de qualquer natureza;
IV – produtos industrializados.

Questão 43    (CESPE/2015/CGE-PI/AUDITOR GOVERNAMENTAL) Considerando


as limitações ao poder de tributar, julgue o item seguinte.
O imposto sobre produtos industrializados é exceção ao princípio da anterioridade
nonagesimal, que proíbe a cobrança de tributo antes de decorridos noventa dias da
data da publicação da lei que instituiu ou majorou o tributo em questão.

Errado.
Na verdade, o IPI é exceção ao princípio da anterioridade anual, conforme se de-
preende da análise do art. 150, § 1º, da CF/88:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à


União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios:
III – cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os insti-
tuiu ou aumentou; (Vide Emenda Constitucional n. 3, de 1993.)
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os ins-
tituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Cons-
titucional n. 42, de 19/12/2003.)
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148,
I, 153, I, II, IV e V, e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos
previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V, e 154, II, nem à fixação da base de cálcu-
lo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 42, de 19/12/2003.)
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
IV – produtos industrializados. (IPI)

Questão 44    (CESPE/2015/MPU/ANALISTA) Julgue o item subsequente, relativos

aos tributos e às suas respectivas competências.

A União pode elevar a alíquota do IPI sem depender da aprovação do Congresso

Nacional, mas essa elevação não poderá ser implementada antes de noventa dias

de sua decretação.

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Certo.

Assertiva correta, tendo em vista que o IPI é exceção ao princípio da legalidade e

ao princípio da anterioridade anual, devendo respeitar, em paralelo, o princípio da

anterioridade nonagesimal.

Questão 45    (CESPE/2015/MPU/ANALISTA) Julgue o item subsequente, relativo

aos tributos e às suas respectivas competências.

A arrecadação do imposto sobre propriedade territorial rural pertencerá inteira-

mente ao município quando esse optar por fiscalizá-lo e cobrá-lo, hipótese em que

o município não poderá abrir mão de sua arrecadação integral, vedado qualquer

tipo de renúncia fiscal.

Certo.

Gabarito nos termos do art. 153, § 4º, inciso III, c/c art. 158, inciso II, da CF/88:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


VI – propriedade territorial rural;
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional n. 42, de 19/12/2003.)
III – será fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem, na forma da lei,
desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 42, de 19/12/2003.) (Regulamento.)
Art. 158. Pertencem aos municípios:
II – cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a pro-
priedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totali-
dade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003.) (Regulamento.)

Questão 46    (CESPE/2015/DPU/DEFENSOR PÚBLICO) A respeito das limitações

ao poder de tributar e da competência tributária, julgue o item que se segue.

A União tem competência para instituir o imposto territorial rural, o qual terá como

fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como

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definido na lei civil, localizado fora da zona urbana do município, todavia não poderá

esse imposto incidir sobre pequenas glebas rurais exploradas pelo proprietário que

não possua outro imóvel, tratando-se, nesse caso, de uma imunidade específica.

Certo.

O fato gerador do ITR está previsto no art. 29 do CTN:

Art. 29. O imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural tem


como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza,
como definido na lei civil, localização fora da zona urbana do município.

A referida imunidade específica está prevista no art. 153, § 4º, inciso II, da CF/88:

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II – não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o
proprietário que não possua outro imóvel; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 42,
de 19/12/2003.)

Questão 47    (CESPE/2014/TJ-SE/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE RE-

GISTRO) De acordo com a CF, compete aos municípios instituir impostos sobre:

a) operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobili-

ários.

b) transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos.

c) propriedade territorial rural.

d) transmissão intervivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por

natureza ou acessão física.

e) grandes fortunas.

Letra d.

Gabarito nos termos do esquema abaixo:

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Impostos de competência dos municípios


IPTU – Imposto sobre propriedade a predial e territorial urbana

ITBI – Imposto sobre a transmissão “intervivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imó-
veis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem
como cessão de direitos a sua aquisição

ISSQN – Imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, inciso II,
definidos em lei complementar

a) Errada. IOF é imposto de competência da União.

b) Errada. ITCD é imposto de competência estadual.

c) Errada. ITR é imposto de competência da União.

d) Certa. ITBI é imposto de competência municipal, previsto no art. 156, inciso I,

da CF/88.

e) Errada. IGF é imposto de competência da União.

Questão 48    (INSTITUTO AOCP/2019/UFPB/TECNÓLOGO FORMAÇÃO) Além de

estarem na dimensão de um ente federativo (União, estados ou municípios), os im-

postos são classificados como diretos ou indiretos. Nesse sentido, é correto afir-

mar que:

a) o ICMS é um imposto estadual direto.


b) o IRPF é um imposto federal indireto.
c) o IPTU é um imposto estadual indireto.
d) o ICMS é um imposto municipal indireto.
e) o IRPF é um imposto federal direto.

Letra e.
a) Errada. O ICMS é um imposto estadual indireto.
b) Errada. O IRPF é um imposto federal direto.

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c) Errada. IPTU é um imposto municipal direto.


d) Errada. O ICMS é um imposto estadual indireto.
e) Certa. O Imposto sobre a Renda de Pessoa Física (IRPF) é um imposto federal
direto, direto, pois, como já estudado em nosso curso, o próprio contribuinte arca
com o ônus financeiro do tributo.

Questão 49    (CESGRANRIO/2018/PETROBRAS/AUDITOR JÚNIOR) Nos termos


do Código Tributário Nacional, o fato gerador do imposto de renda é a aquisição da
disponibilidade econômica ou jurídica de renda do:
a) bem isento.
b) patrimônio da União.
c) capital da pessoa física.
d) serviço do município.

e) fornecimento do Estado.

Letra c.

Gabarito nos termos do art. 43 do CTN:

Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre renda e proventos de qualquer


natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou
jurídica:
I – de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação
de ambos;
II – de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimo-
niais não compreendidos no inciso anterior.

Questão 50    (FGV/CÂMARA DE SALVADOR-BA/ADVOGADO LEGISLATIVO/2018)

Conforme previsto na Constituição da República de 1988, deve obediência integral

aos princípios da legalidade, da anterioridade anual e da anterioridade nonagesimal

o imposto sobre:

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a) a propriedade de veículos automotores.

b) a renda e proventos de qualquer natureza.

c) operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobili-

ários.

d) serviços de qualquer natureza.

e) a propriedade territorial urbana.

Letra d.

a) Errada. A fixação da base de cálculo do IPVA é exceção ao princípio da anterio-

ridade nonagesimal.

b) Errada. O IR é exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal.

c) Errada. O IOF é exceção aos princípios da anterioridade anual e da anteriorida-

de nonagesimal, bem como ao princípio da legalidade.

d) Certa. O ISSQN deve respeito aos princípios constitucionais mencionados.

e) Errada. A fixação da base de cálculo do IPTU é exceção ao princípio da anterio-

ridade nonagesimal.

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