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1° BIMESTRE
SUMÁRIO
AULA 01
- Relação entre: ESTADO (sentido amplo) e CONTRIBUINTE com deveres de: dar, fa-
zer ou não fazer
- Direito tributário é um ramo do direito público que regulamenta a relação entre ES-
TADO e CONTRIBUINTE
- regulamenta os tributos
AULA 02
Tributos
1- Impostos
2 – Taxas
3 – Contribuições de melhorias
4 – Empréstimos compulsórios
5 – Contribuições especiais
- conceito de tributo: código tributário nacional – artigo 3°. Tributo é toda pres-
tação pecuniária compulsório, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir,
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante ati-
vidade administrativa complementar vinculada.
Competência tributária
- “criar” tributos (impostos; taxas; contribuições de melhorias; empréstimos
compulsórios; contribuições especiais)
- lei ou medida provisória
- quem pode legislar no BR são: união – estados – municípios e distrito federal
(ENTES POLÍTICOS entes políticos podem legislar)
- sempre que falar em competência estará se referindo a CF
- competência tributária é a criação de tributos pelos entes políticos previstos na
CF
- competência criar tributos u e m DF CF (autorizar)
- criação dos tributos é faculdade/facultativo
- quem cria é a Lei ou medida provisória
- quem autoriza a criação de tributos é a CF
- artigo 153 CF, VII – prevê impostos sobre grandes fortunas mas não foi cri-
ado até hoje
- cada ente político pode criar os tributos específicos competência tributária é
indelegável (intransferível) jamais poderá passar o tributo para outro ente
AULA 03
Capacidade tributária
- administrar fiscalizar/gerenciar/cobrar tributos
- geralmente quem tem a competência tem a capacidade
- ou seja, a união pode criar o imposto X e irá fiscalizar o mesmo| o Estado pode
criar o imposto Y e irá fiscalizar o mesmo| o Município pode criar o imposto A e
irá fiscalizar o mesmo| Distrito Federal pode criar o imposto B e irá fiscalizar o
mesmo
- PORÉM a capacidade poderá ser delegável/transferível
- somente pode transferir para outra pessoa jurídica de direito público 100%
dos casos para uma AUTARQUIA (artigo 7° CTN)
- Ex: IBAMA (autarquia) pede mais dinheiro para a União (a qual não tem), então
a UNIÃO cria (competência) um tributo para o IBAMA e transfere a capacidade
de administrar ao IBAMA (podendo administrar o tributo)
I. Classificação de competências
i. Privativa
1. União
- poder constituinte originário determinou que esses seriam
os impostos
- impostos da União artigo 153 CF
- Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou
nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a
títulos ou valores mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
AULA 04
ii. Comum/Concorrente
- aquela competência que pode ser da união, dos estados, dos mu-
nicípios ou do distrito federal
- podem criar taxas ou contribuições de melhoria
- artigo 145, II e III da CF
- as taxas e contribuições serão devidas E/OU pela união E/OU
pelos estados E/OU dos municípios E/OU do distrito federal, mas
cada qual realizando a sua respectiva atividade
iii. Cumulativa
- acumula – soma
1 - DF pode instituir impostos do Estados (155) e Municípios
(147)
- se refere a impostos
2 – Territórios
- estão ligados a união, uma forma de descentralização geográfica
ou territorial da união
- atualmente não existem territórios no Brasil
- se o território for liso (sem municípios) os impostos serão de
forma cumulativa em favor da união (federal, estatudal, e munici-
pal)
- se o território for com municípios a união fica com os impostos
estaduais e federais
4 – Exclusiva
- serve apenas para os empréstimos compulsórios
- competência exclusiva da união
- artigo 148
5 – Extraordinária
- situação fora do comum
- extra = guerra externa será tratada pela união
- pode estar acontecendo ou prestes a acontecer (iminente)
- a união poderá instituir um tributo extraordinário (fora do co-
mum)
- imposto
- imposto que não está previsto (que não é comum)
- imposto extraordinário de guerra
- artigo 154, II CF
- com o fim da guerra o imposto gradativamente será sessado/fi-
nalizado (em até 5 anos)
- [...] compreendidos ou não em sua competência tributária co-
brará o imposto de guerra com base em seus próprios impostos do
artigo 153 – IIG – IRG – MAS poderá pegar qualquer outro im-
posto como base (sendo os estados ou municípios) o qual será
pago para união
- ex: pagará o IPVA para o Estado e + o IPVAG (de guerra) para
União
- esse imposto de guerra acaba um dia
- não é bis in idem seria apenas se cobrar 2 vezes O MESMO
tributo
Privativo:
União artigo 153.
Estados. artigo 155
Município artigo 156
DF artigos 155 + 147
6 – Residual
- artigo 154 I CF
- imposto (também se aplica a contribuições sociais, mas isso será
mais para frente tratado em aula)
- possibilidade da união instituir outros impostos além dos que
ela já tem
- competência residual se refere a criação de novos impostos
- pode instituir impostos não previstos no artigo 153
- precisa cumprir alguns requisitos:
i. Lei complementar
ii. Não cumulativos
iii. Não pode ter fato gerador e base de calculo igual
aos outro impostos
- novos impostos
AULA 05
Princípios
- são considerados pelo STF direito fundamental (direito mínimo/essen-
cial/necessário em favor do contribuinte)
- STF adota a tese ampliativa os princípios tributários são considerados cláu-
sulas pétreas (emenda constitucional não pode extinguir do ordenamento jurí-
dico esses direitos) estão nos artigos 150 e 151 da CF (além de ter outros es-
palhados pela CF, com eficácia em todos os dispositivos da CF)
I. Princípio da Legalidade
- artigo 150 os Entes políticos NÃO podem fazer
I- Exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça exigir ou au-
mentar
- artigo 62 §2° medida provisória irá instituir ou majorar
- para criar ou aumentar tributos é necessário lei ou medida provisória,
ao passo que, para diminuir ou extinguir precisa de lei ou medida provi-
sória sendo utilizada a mesma forma (lei lei | medida provisória
medida provisória)
i. Lei
Ordinária
- é a regra utilizar
Complementar
- somente utilizada em situações excepcionais
- artigo 146
- Cabe a lei complementar
I- dispor sobre o conflito de competência, em matéria tributária, entre a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
- caso ocorra conflito é buscado auxilio em lei complementar
Corrente majoritária:
- deve estabelecer os 3 incisos
- função tricotômica
- fundamentação do caput do artigo 146 “cabe a lei complementar”
1 lei complementar que estabelece sobre tudo, pois tem função tri-
cotômica
- artigo 148
- instituição dos empréstimos compulsórios
- precisa de Lei complementar
- artigo 154, I
- novos impostos
- precisa de Lei complementar
ii. Alíquotas
- % (por cento)
- alguns tributos tem 2 alíquotas
- sendo uma mínima e outra máxima
- lei ou medida provisória que define os valores das alíquota
- em alguns casos as alíquotas podem ser alteradas por decreto
- mas esse decreto não poderá passar do mínimo e do máximo
- ex: mínimo 5% - máximo 20% (poderá andar dentro de 5 a 20%
- tem caráter de urgência e emergência econômica, então por isso
poderá ser por meio de decreto
I – imposto de importação
II- imposto de exportação
III- imposto sobre produtos industrializados
IV- imposto sobre operações financeira
AULA 06
LEI
- não pode criar lei tributária que pegue as pessoas de surpresa
- quando a lei é publicada sua eficácia somente poderá ser no ano se-
guinte
- também deverá ter a contagem de 90 dias (noventena) 90 dias da
data da publicação da lei
- a lei precisa da virada de ano e de 90 dias, caso chegue dia 1 do ano se-
guinte e não tenha os 90 dias não irá ter eficácia
- ex: publicação 08/03/22 90 dias 08/06/22 somente terá eficácia
01/01/23
- tem que ter virada + 90, sendo assim
- publicação 10/11/2022 90 dias em 10/02/2023 nesse dia terá efi-
cácia também (pois tem os 90 dias e mais a virada)
1- Regra:
-todos os impostos tem esse regra
- artigo 150, III, b, c
2- Exceção:
- II – IE e IOF não adianta esperar a virada do ano ou 90 dias para re-
solver o problema no dia da publicação da lei ela já tem eficácia, pois
tem emergência econômica
- IEG urgência na defesa da soberania nacional não da pra esperar
para ter recursos para guerra no dia em que é publicada tem eficácia
- EC cabível quando houver uma despesa extraordinária (despesa não
prevista) situação de urgência/emergência não precisa da virada
nem dos 90 dias pública e tem eficácia na hora
- artigo 150, §1°
3- Exceção:
- a lei poderá ser publicada em qualquer período do ano e terá validade
apenas na virada do ano
- atinge diretamente as pessoas naturais
- IR –
- alteração de base de calculo do IPTU e IPVA
4- Exceção:
- apenas precisa contar 90 dias
- não precisa da virada do ano
MEDIDA PROVISÓRIA
- medida provisória é publicada em casos de urgência
- só tem força de lei, mas não é lei
- válida por 60 dias, válida por mais 60 dias
- se o congresso não se manifestar ela perde sua eficácia
- se o Congresso Nacional se manifestar positivamente irá converter ela
em lei
- Artigo 62 §2° CF
AULA 07
b) Servidores Públicos
- servidor público tem em todos os entes políticos
- da mesma forma que tributar 1 servidor, deverá tributar os de-
mais
- não pode ter privilégio a titulo federal (ex: todos pagar 27% de
imposto e federal irá pagar 10% NÃO PODE)
AULA 01
- Regulamento da OAB
- Juiz analisa o processo com base nos fatos e fundamentos jurídicos, e quem leva essas
informações até ele é o advogado
1. Outorgante
- cliente
2. Outorgado
- advogado
- em caso da parte não estar próximo para assinar a procuração o advogado po-
derá peticionar urgência tendo 15 + 15 dias para apresentar a procuração
- artigo 5 §1° - O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração,
obrigando-se a apresenta-la no prazo de quinze dias, prorrogável por igual perí-
odo
- renuncia do mandato (basta notificação para a parte, não precisa ser por AR,
não precisa expor o motivo) – caso o cliente não queira mais usa por analogia
essa versão do advogado
- a parte terá 10 dias para procurar novo patrono (ficando o advogado ainda cui-
dando do processo)
- se a parte não arrumar advogado o réu poderá ser revel ou o autor poderá extin-
guir o processo por desistência
- Lei 8.906/94 -> artigo 1° §2° - os atos e contratos constitutivos de pessoas jurí-
dicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos com-
petentes, quando visados por advogados
AULA 02
Mandato
- outorgante – outorgado
- por meio de procuração são concedidos os poderes
- clausula “ad judicia” poder de peticionar poder geral
- caso queira dar mais poderes tem que conceder os poderes especiais
- o advogado pode ou não continuar com o cliente (mais especificado na aula
acima)
Inscrição do advogado
- Estatuto da OAB
- artigo 8° Para inscrição como advogado é necessário:
I- capacidade civil somente poderá o menos de 18 anos ser considerado capaz
civilmente se for emancipado
II- diploma ou certidão de graduação em direito (artigo 23- requisitos: tem que
estar junto a cópia autenticada do respectivo histórico escolar), obtido em insti-
tuição de ensino oficialmente autorizada e credenciada
III- título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro título de eleitor
(mesmo se tiver menos de 18 anos deverá fazer o titulo de eleitor, pois mesmo a
CF falando que não é obrigatório a lei pode obrigar para fins específicos) + qui-
tação do serviço militar (estrangeiro pode se inscrever como advogado mesmo
sem se naturalizar)
- diploma estrangeiro preciso passar pelo processo de “naturalização” pro-
cesso de revalida (artigo 8° §2°)
IV – aprovação no exame da ordem
V- não exercer atividade incompatível com a advocacia
VI- idoneidade moral (não pode aquele que tem crime infamante crime que
provoque para seu autor desonra, má fama ex: falsificação; estelionato;tráfico
de drogas, etc..) ou se tiver sentença penal transitada em julgado – artigo 8° do
Estatuto
VII – prestar compromisso perante o conselho
AULA 03
- quando se indefere a inscrição de uma pessoa por ser uma pessoa inidônea, o conselho
seccional precisa que seja tomada a decisão por 2/3 do conselho (ex: Paraná 30 mem-
bros – precisa de 20 votos favoráveis)
- caso tenha cometido crime infamante, mas tiver feito reabilitação poderá se inscrever
na OAB
Estagiários
- o estagiário de fato de direito em escritório precisa pagar a OAB também
- artigo 9° preencher os requisitos do I, III, V, VI, VII do artigo 8° (I- capaci-
dade civil III- título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro V- não
exercer atividade incompatível com a advocacia VI- idoneidade moral )
- a inscrição do estagiário deverá ser feita na respectiva seccional
- para fornecer estágios profissionais o escritório precisa cumprir os requisitos
que a OAB fornece
- o que o estagiário pode fazer (artigo 29 do Regulamento)
- durante pandemias ou outras situações excepcionais poderá fazer home office
- precisa colocar no contrato a situação do home office para não configurar em-
prego
Inscrição do Advogado
- Regra: a inscrição na seccional principal será onde estiver o escritório profissi-
onal (pagará as anuidade de onde estiver o endereço o escritório) – artigo 10 es-
tatuto
- caso não tenha um endereço profissional será na seccional do domicilio
- no caso de alteração definitiva o advogado pode pedir a transferência da inscri-
ção
I. Inscrição suplementar
- precisará ter a inscrição em outra seccional caso esteja atuando (habitu-
almente) naquela região por mais (+) de 5 causas por ano (6 em diante)
AULA 04
Licença e Cancelamento
I. Licença
- temporário
- requerimento
- atividade incompatível (temporária)
- doença mental curável
II. Cancelamento
- definitivo
- exclusão
- falecimento
- atividade incompatível (definitivo)
- perca de requisitos inscrição
Proibições
I. Total
- não pode advogar
- incompatibilidade
- artigo 28
- chefe do Poder Executivo, membros da mesa do Poder legislativo e
seus substitutos legais
- membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tri-
bunais e conselhos de contas , dos juizados especiais, na justiça de paz,
juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julga-
mento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta
e indireta
- incompatibilidade (são situações em que a pessoa não pode advogar em
hipótese alguma, nem em causa própria, quem ocupa cargo de direção na
mesa não pode advogar em hipótese alguma, mas se for um simples vere-
ador, deputado etc, ele pode advogado, somente não pode contra a admi-
nistração publica da fazenda e a quem faz o seu pagamento) e impedi-
mentos
- direção de órgãos da administração Pública Direta ou Indireta + conces-
sionárias de serviço público
- policial
- militares
- auditor fiscal
- direção e gerência de instituições financeiras (até privados)
i. Exceção
- policial e militar – advocacia em causa própria, para defesa e tu-
tela de direitos pessoais, mediante inscrição especial, vedada so-
ciedade de advogado vedado valor superior aos demais por anui-
dade
ii. Incompatibilidade
- permanece mesmo que ocupante de cargo deixa de exercê-lo
temporariamente
AGU P F N
P F ed
AGU
AULA 05
II. Parcial
- ainda pode advogar
A. Impedimentos
- proibição
- menos em algumas situações
- artigo 30, I do estatuto
- ex: servidor público pode advogar, porém só não pode advogar contra a
fazenda pública que o remunere
- SALVO se ele for professor do curso de direito
- ex: é professor da unicentro no curso de direito, poderá advogar contra
a unicentro (mesmo sendo ela que paga sua remuneração)
- não poderia se fosse professor em outro curso
- Vereados/deputado/senador NÃO PODE advogar contra a adminis-
tração pública direta ou indireta, de qualquer ente politico
Administração pública
- direta: União – Estados – DF - Município
- indireta: autarquias; fundações públicas; empresa públicas; sociedade e
economia mista; agências; consórcio público entidades com vidas
próprias
Advogado empregado
- artigo 18 do estatuto
I. Geral
- o fato do advogado ser empregado não reduz ou exclui sua isenção ou
independência profissional (autonomia)
- advogado não está obrigado a tratar de assuntos pessoais do seu empre-
gador fora da relação de trabalho (fica a critério do advogado escolher se
atende ou não)
II. Jornada
- 8 horas diárias e 40 semanais
- não existe mais o TDE (tempo de dedicação exclusiva)
- artigo 20
- NÃO PODERÁ EXCEDER caso ocorra (artigo 20, §2°) as horas de
serviço extra serão com adicional não inferior a 100% (mínimo é 100%)
- o advogado está em jornada de trabalho a partir do momento em que
está a disposição do empregador (horas in itineres)
- horário noturno vai das 20h de um dia até as 5h da manhã do outro dia
- artigo 18, §2° poderão ser realizadas em regime presencial/não pre-
sencial ou misto
III. Regimes
- artigo 18, § 2° do Estatuto da OAB
- empregador escolhe se o trabalho do advogado empregado será presen-
cial – não presencial ou misto
- presencial aquele que trabalha presencialmente
- Não presencial aquele que trabalha em tele-trabalho
- mesmo que esporadicamente o empregado que está em regime não pre-
sencial apareça as vezes no trabalho NÃO SERÁ MISTO, continua
sendo não presencial
- Misto aquele que trabalha tanto presencialmente quanto não presen-
cial
IV. Honorários
i. Sucumbenciais
- honorário devidos pela parte que sucumbiu (perdeu)
- são fixados pelo juiz na sentença
- se o empregador do advogado for qualquer empresa 100%
dos honorário de sucumbência serão do advogado empregado
- artigo 21
- ex: o empregador é uma sociedade de advogados honorários
serão divididos entre a sociedade de advogados e o advogado em-
pregado (com percentual a variar de acordo com o contrato de
trabalho estabelecido entre eles)
AULA 06
Honorários
1. Geral
- sumula vinculante n° 47 honorário de advogado tem natureza ali-
mentar
- 1° consequência: impenhorabilidade dos honorários dos advogados
(pois são de natureza alimentar)
- STJ flexibilizou a regra ocorreu de ter um honorário de 6 milhões e
a divida era de 800 mil foi penhorado, pois era um valor exorbitante
- artigo 24 do Estatuto
- 3° consequência: recebe preferencialmente em precatórios
2. Espécies de honorários
i. Por arbitramento
- quando não tem contrato e nem acordo deverá entrar com
uma ação de cobrança para o juiz fixar os honorários
- 22 §2° do Estatuto
- juiz se vale dos critérios do CPC para ver os gastos, trabalhos,
etc que o advogado teve e fixar os honorários
ii. Contratuais
- quando as partes (cliente e advogado) acordam sobre como será
pago os honorários
- caso não seja pactuado como serão pagos, poderão ser pagos:
em 3 vezes 1/3 no inicio do processo – 1/3 na sentença e 1/3
ao final
- artigo 22, §4° o advogado pegará o contrato e juntará ao pro-
cesso, solicitando ao juiz a expedição de 2 alvarás – 1 para o cli-
ente e outros para os honorários do advogado
- artigo 12 do Novo código de ética e disciplina o advogado
irá receber proporcionalmente (se ele recebeu tudo, ele deverá de-
volver uma parte, e se recebeu uma boa parte somente receberá o
resto que lhe é devido)
iii. Sucumbência
- honorários sucumbenciais
- aqueles fixados pelo juiz (quase que exclusivamente em proces-
sos cíveis)
- artigo 85 do CPC
- entre 10% e 20%
a. Advogado dativo
- artigo 22 §1° do Estatuto
- aquele que defende os interesses da pessoa que é juridicamente
necessitada
- quem nomeia é o juiz
- não necessariamente é pobre, mas precisa de assistência judiciá-
ria
- para essa nomeação de advogado dativo a defensoria pública
deve ser incapaz de atender ele
- quem paga os honorários do advogado dativo é o Estado/União,
conforme tabela a ser convencionada pela seccional da região
d. Prazo de prescrição
- 5 anos
- este prazo é destinado ao advogado e ao cliente (via dupla)
- artigo 25
- Advogado conta o prazo a partir do fim da relação entre
advogado e cliente
- conta a partir:
1- vencimento do contrato
2 – do transito em julgado da decisão que fixar os honorários
3 – da ultima ação do serviço extrajudicial
4 – desistência ou transação
5 – renuncia ou revogação do mandato
AULA 1
TÍTULOS DE CRÉDITOS
Período histórico
- surge por conta do período marítimo
a) 1° Período – Italiano
- 1650
- na época era problemático a conversão de moedas
- 1° intenção de título de crédito
- Cautio - banqueiro que ganhava dinheiro com a troca de moedas, pois
faria a conversão e ganharia comissão CAMBIO entregava para
um empregado ir trocar no outro pais (pois teria que realizar viagens)
- não existia um documento para denominar o cautio
- Littera Cambi ideia de letra de cambio sistema do qual o produto
seria vendido em outro local, mas o comprador teria alguém no país de
origem para pagar ao vendedor, assim ficaria na mesma moeda littera
cambi era o documento para comprovar a obrigação de pagar
b) 2° Período – Francês
- 1650 à 1848
- clausula à ordem endosso permite a livre circulação dos títulos de
crédito = transferência
- consolidou os títulos de créditos
c) 3° Período – Alemão
- 1848 a 193
- Ordenação Geral ordenação cambial
- primeiramente foi aplicado apenas na Alemanha depois os outros países
adotaram
d) 4° Período Uniforme
- Lei uniforme dos Cambiais
- Caráter cosmopolitismo
- Quase todos os países acabaram adotando (abrangência internacional)
- utilizada até hoje e não tem restrição
- intenção inicial dos títulos de crédito era realizar o cambio das moedas
B. Literalidade
- quer demonstrar que o que consta no título é o que vale
- não pode ter rasuras ou alterações no título (caso tenha o título perde a
validade)
- o que estiver determinado no título é o que vale
C. Autonomia
- circulação dos títulos ocorre de forma autônoma
- não importa o que aconteceu para trás, isso não tira a validade do título
(ex: o cheque foi passado como pagamento de um negócio foi repas-
sado adiante para várias pessoas, e nesse meio tempo o negócio inicial
foi desfeito, mas o cheque continua sendo válido e poderá circular, inclu-
sive poderá ser executado se não pagar o valor do cheque)
- negócio que deu origem ao título, caso seja frustrado, e o título tenha
circulação não perde a validade
- inopobilidade das exceções pessoais
- obstração
AULA 2
- todos podem ser endossados (mas “ao portador” não precisa de en-
dosso, pois já não tem no nome)
b) Quanto ao modelo
- Livre pode ser em qualquer tipo de papel não tem padrão (ex: le-
tra de câmbio; nota promissória)
- Vinculado deve obedecer o padrão para ter validade (ex: cheque e
duplicata)
c) Quanto à estrutura
- Ordem de pagamento “determina que alguém pague por mim a di-
vida” um terceiro paga a divida ex: cheque – quem faz o paga-
mento é o banco deve ter 3 pessoas envolvidas: 1- a que emite o titulo
– 2- a que recebe o titulo 3 – a que paga o título (ex: letra de cambio;
cheque e duplicata)
- Promessa de pagamento promete diretamente o pagamento, não é
terceirizado o pagamento (ex: nota promissória)
Letra de Câmbio
- 1° título a surgir
- nominal – livre – ordem de pagamento - abstrato
- é um titulo de crédito que é uma ordem de pagamento, abstrato, de modelo li-
vre, nominal e com vencimento à vista ou à prazo
- CAI NA PROVA
- João (brasil - sacador) faz venda com Joaquim (Portugal – vendedor/tomador)
João quer receber em euros e não em reais, então Joaquim pega uma letra
de câmbio que João tinha pendente com Fritz (Alemanha – sacado) Joaquim
receberá de Fritz (com o aceite) para quitar sua venda com João (Fritz poderá
não aceitar pagar então Joaquim volta a cobrar de João para ou receber em $$
ou indicar um novo sacado)
- é de modelo livre, mas tem que ter os requisitos essenciais
I. Requisitos formais
- identificação colocar em letras em destaque o nome (LETRA DE
CÂMBIO)
- mandato puro e simples título abstrato que poderá ser emitido em
qualquer hora, não precisa colocar o motivo ou por que foi realizado
- época do pagamento como depende de outra pessoa realizar o paga-
mento deverá colocar um prazo futuro
- nome do tomador além do nome do sacado e sacador
- data o dia que está sendo emitido
- assinatura do sacador
- local cidade em que se encontra
II. Pagamento
i. à vista ou à apresentação
- vencimento da letra de câmbio é quando ela é apresentada ao
próprio sacado (na hora que apresentar a letra de cambio já re-
cebe)
- pode cobrar até 1 ano da emissão
- ausência de qualquer informação sobre o pagamento presu-
misse que será à vista
III. Saque
- mero ato de emissão da letra de cambio e repasse/entrega para o benefi-
ciário
AULA 03
- Clausulas Adicionais
- toda clausula escrita na letra de cambio é válida
- pode colocar todas, nenhuma ou somente algumas (ou uma), quem emite a le-
tra que escolhe
A. Cláusula não à ordem
- restringir a circulação (principio da cartularidade fica somente em mãos
de quem cobra)
- não permite endosso
- somente poderá realizar a cobrança direta com o sacado
- parte boa: evita que passe de mão em mãos e sabe sempre com quem
está o título de crédito
B. Cláusula de juros
- correção para caso seja cobrado depois do prazo
- índice de juros
- pode cobrar o juros da maneira que preferir
- Pluralidade de Exemplares
- caso o título seja perdido ou extraviado deverá comunicar o sacador e o sacado
- deverá ser feita uma nova emissão do título (é como se fosse uma 2° via)
- problema: se alguém achasse o título antes do sacador ser avisado e fosse co-
brar do sacado
- na emissão desse novo título poderá alterar a data de pagamento (o qual será
avisado ao sacado para ele ter ciência do qual título está valendo), mas em regra
coloca tudo igual ao primeiro título
I. Aceite
- o sacado que realiza o aceite
a) Natureza
- o aceite é de natureza facultativa
- o sacado não é obrigado a pagar, ele pode aceitar ou negar na
hora da apresentação da letra de cambio pelo tomador
- o aceite deverá ser escrito na letra de câmbio, com a data do
aceite e assinatura (assumiu o papel de devedor principal do ti-
tulo)
- não entrega o título para o sacado com apenas o aceite
- o tomador continua com o título, pois segue o principio da car-
tularidade (quem está com o titulo em mãos poderá cobrar)
- somente entrega ao sacado após receber o pagamento
b) Momento
- momento da apresentação ou caso tenha a clausula de proibição
de aceite antes de determinada data, será somente nesta data
c) Recusa do aceite
- não precisa transcrever a recusa no título
- limitado
- aceite diferenciado (deverá ser expresso na letra
de cambio com assinatura)
- o tomador preenche uma declaração de paga-
mento parcial para ficar com o sacado, como segu-
rança
- permite o sacado de pagar apenas uma parte da
letra de cambio (ex: valor da letra é 6000 mil, paga
apenas 3000 mil, e o tomador irá cobrar o restante
do sacador)
- modificado
- poderá modificar algo na letra, por exemplo a
moeda de pagamento , mas deverá conversar sobre
isso
- pode ou não aceitar essa modificação
II. Endosso
- ato de circulação do titulo
- abre a circulação para mais pessoas
- para passar para outra pessoa o título ele deverá ser endossado
i. Modalidades
a) Endosso em branco
- mera assinatura do documento do tomador beneficiário com
data
- não consegue identificar os co-devedores apenas pela assinatura
(rubrica) então deverá procurar os co-devedores um por um para
identificar quem é
b) Endosso em preto
- assina, com nome completo, dados, data e endereço
- geralmente o mais usado, pois consegue identificar os co-deve-
dores anteriores sem precisar correr atrás como no endosso em
branco
- caso acabe o espaço para assinatura era colado uma folha em
branco para continuar com as identificações do endosso em preto
a. Endosso parcial
- não é permitido
- principio da literalidade o valor é aquele do titulo, não pode
falar que apenas pagará uma parte caso o sacado não pague
- deve ser o valor cheio do título
b. Endosso impróprio
- não transfere o título de tomador
- procuração
- o tomador pode fazer uma procuração para outra pessoa ir reali-
zar a cobrança por ele
- não irá assumir o lugar de tomador, apenas realiza o ato de pe-
gar o dinheiro
- caução
- a letra de cambio poderá ser deixada como garantia em algum
empréstimo
- ela não será deixada a letra de cambio com a empresa
- caso eu não pague o empréstimo a empresa poderá cobrar do sa-
cado, depois do sacador e se não conseguir volta para quem usou
ele como garantia
AULA 04
Nota Promissória
- relação entre sacador e tomador
- não existe uma terceira pessoa
- quem emite a nota promissória é o sacador
- na prática é o tomador, mas LEGALMENTE não é o certo
I. Requisitos
- todos são obrigatórios
a) Denominação
- identificar no papel o nome “nota promissória”
c) Tomador
- identifica o tomador
d) Assinatura
- deverá ter a assinatura do sacador, o qual se compromete em pa-
gar futuramente
e) Data
- data do dia que foi gerada a nota
f) Local
- local onde foi preenchida a nota promissória
b) Lugar
- é possível colocar outro local, mas caso não seja colocado não
tem problema, ela será válida mesmo assim
IV. Prescrição
- prescreve em 3 anos
Cheque
- é uma ordem de pagamento à vista
- LEGALMENTE não pode ser à prazo, mas ocorre na prática
- modelo vinculado
- relação entre: Correntista (sacador) assina cheque para o tomador beneficiário
que cobrará do banco (sacado) que irá cobrar do sacador
- diferença com a letra de cambio não ocorre conversão de moeda
I. Formalidades
- é modelo padronizado que vem pronto do banco
a) Expressão
- tem no cheque o tipo da conta
b) Ordem incondicionada
- não depende de causa para assinar o cheque, poderá ser preen-
chido por qualquer coisa
c) Instituição
d) Data
- tem que preencher a data de preenchimento do cheque
e) Local
- deverá colocar o local de onde foi preenchido o cheque (preen-
che no local onde o correntista estiver, mesmo que o domicílio
seja outro)
f) Assinatura
- deverá ter a assinatura do correntista
V. Cheque cruzado
a) Em branco
- cheque que tem que ser depositado
b) Em preto
- coloca onde o cheque tem que ser depositado
- restringe circulação
b) Praça diferente
- lugar diferente de onde tem a conta
- prazo de 60 dias
IX. Prescrição
- 6 meses
+ 30 dias ou 60 dias
AULA 05
Duplicata
- é uma ordem de pagamento
- título causal precisa de um motivo para ser gerada
- somente ocorre quando tem relação entre empresários
- somente poderá ser gerada em 2 situações:
1- compra e venda mercantil ou
2 – prestação de serviço
- geralmente feito para ganhar tempo
- pode ser feita virtualmente (desde 2018)
I. Partes
i. Sacado
- aquele que compra ou faz o serviço
ii. Sacador
- vendedor
- emite a duplicata
- é o tomador beneficiário também (ele que realiza a cobrança)
II. Requisitos
- tem padrão para ser feita
i. Denominação
- duplicata
ii. Data
- deverá ter a data de emissão e a data de vencimento
- data de emissão obrigatória
- a duplicata ou é à vista ou com data determinada
iii. N° de ordem
- deve ter o n° que é aquela duplicata
- ex: duplicata n° 001 – 050 – 100
- deve ter para identificar e ter controle das duplicatas
- livro de registro de duplicatas livro obrigatório especial (ape-
nas tem as empresas que trabalham com duplicatas)
iv. Fatura
- nota fiscal para fazer conferência (CNPJ)
v. Partes
- identificar as partes de sacador e sacado
- tem local para assinar o aceite
vi. Valor
- tem valor para escrever
- em numerais e por extenso
vii. Local
- local onde foi feita a duplicata
IV. Aceite
i. Aceite Expresso
- aquele que assina no campo específico na duplicata e devolve a
duplicada para o sacador
V. Recusa
- somente com justificativa
- exceções para recusar a duplicata:
1- quando o produto vem avariado (danificado), podendo recusar o pro-
duto e recusar o pagamento da duplicata
- se a danificação ocorreu no transporte quem responde é a transporta-
dora (não pode recusa)
2- vícios sobre a qualidade (ex: não funciona) e quantidade do produto
(ex: pediu 10 produtos e veio 8)
3 – quando extrapola o prazo de entrega/concretização do serviço
VI. Prescrição
i. Sacado/avalista
- 3 anos
- avalista do sacado
ii. Endossantes/avalistas
- 1 ano
- avalista do endossante
VIII. Triplicata
- quando é emitida nova via da duplicata
- podendo ser emitida em caso de extravio ou quando o sacado não de-
volve a duplicata dentro de 10 dias
CONTRATOS EMPRESARIAIS
Princípios
I. Autonomia da vontade
- as partes devem efetivamente conversarem entre si para estabelecer a
redação do próprio contrato
- ex: objeto; forma de pagamento; cláusulas
- contrato de adesão (NÃO tem autonomia)
- dirigismo contratual (equilíbrio contratual) vem para trazer equilí-
brio entre as partes do contrato (ex: quando uma parte está extremante
favorecida)
II. Relatividade
- o contrato estabelecido não gera efeito para terceiros e sim somente en-
tre as partes do contrato
- exceção: teoria da aparência em algumas exceções gera efeitos para
terceiros (ex: empresa que tem frota de veículos; ocorre um acidente o
seguro além de cobrir os estragos do contratante cobre o estrago de ter-
ceiros)
IV. Boa-fé
- um contrato gera direitos e deveres
- ocorre uma troca entre as empresas
- se um não fizer a sua parte o outro não pode cobrar
- ex: não paga e quer exigir o serviço (não pode)
- tem a boa-fé de que as partes vão cumprir seus deveres e obrigações
AULA 06
Elementos Essenciais
I. Consentimento
- entre as partes (2 empresas)
- não necessariamente precisa da redação do contrato em conjunto
II. Objetivo
- bem, prestação de serviços
III. Preço
- acordado no contrato formas de pagamento
1. FOB
- Free on Board
- se houver dono
- cláusula que determina que as despesas oriundas do contrato são
por conta do comprador
2. CIF
- COST, INSAURE, AND FREIGHT
- o comprador não se incomoda com nada
- ex: frete grátis
Cláusulas Especiais
a) Retrovenda
- tem direito à recomprar o imóvel em até 3 anos
- se não exercer: anulação
b) Venda a contento
- busca aprovação do comprador que “testa” o produto
i. Suspensiva
- celebra o contrato e deixa o produto para deixar, testar
- se gostar compra, se não gostar, devolve e não paga
- ex: colchão massageador
ii. Resolutiva
- compra o produto, paga e se não gostar o vendedor restitui o valor
- devolução e máquina sem dono: risco do comprador
c) Preempção ou preferência
- se não exercer: indenização
- tem a preferência na compra, antes de vender à outro
- bem móveis e imóveis
- Móveis = 180 dias
- Imóveis = 2 anos
I. Contratos de Colaboração
- buscar parceiros empresariais para empresa atuar em outro lugar
a) Comissão mercantil
- continuidade
- parecido com sociedade em conta de participação
- um vende em outra região e ganha comissão
b) Representação comercial
- representante pode ser PF ou PJ
- anota pedidos
i. Pedidos
ii. Produtividade
- geralmente cumpre produtividade mínima prevista em contrato
iii. Instruções
- informações
- representante segue instruções da empresa
iv. Exclusividade
- geralmente é regional
v. Retribuição
- financeira sobre as vendas
AULA 07
ii. Cota
- cota mínima de veículos para vender
- OBS: caso será aberta mais concessionárias em uma localidade
pequena pode ser que a cota mínima não seja atendida, então
sempre é controlado
iv. Fidelidade
- quando tem a venda de veículos, de peças e manutenção com-
pleta
- pode existir:
- não ter mecânica ou peças na loja, somente venda
- ex: Jeep antes, somente tinha a venda e troca de óleo e outra
manutenção mais pesada teria que ir para outra cidade
III. Franquia
- tem 3 sub contratos
i. Engineering
- layout da empresa, deve seguir os padrões estabelecidos
- ex: cor da loja, tamanho, prateleiras, local onde ficará os produ-
tos
- tudo será padronizado
- é uma franquia, então deve seguir o padrão
ii. Management
- treinamento do pessoal
- treinamento padrão para atendimento, procedimento e fabrica-
ção
iii. Marketing
- já vem padrão para campanha publicitária
- vem da matriz a publicação de promoções, produtos e visual
novo
- caso queira realizar propagandas regionais tem que pedir autori-
zação
A. Taxas
- podem colocar cotas de produtos que devem vender
- a remuneração do franquiador por ocorrer: 1 – produtos fixo por pro-
duto 2 – comissão (o contrato determina como será feita a remuneração)
IV. Distribuição
- tem espaço físico
1. Espaço físico com coleta de pedidos
- realiza a distribuição ou entrega do produto além de fazer os pe-
didos de quem solicitar pessoalmente para eles
Contratos Bancários
A. Típicos
- realizados em instituição bancária mesmo
I. Depósito bancário
- conta-corrente
a. Depósito à vista
- disponibilização do valor de forma imediata
- sem prejuízo ou cobrança
- restituição de forma imediata
- saque do valor no ato imediatamente
b. Depósito a pré-aviso
- saque de grandes valores, o quais deve avisar o banco para separar o
dinheiro
- ex: para sacar 5 mil deve avisar o banco e 1 dia depois irá sacar
AULA 01
- Jus postulanti na justiça do trabalho o empregado poderá ajuizar uma ação ele mesmo
(sem advogado)
AULA 02
TRABALHO ESCRAVO
- Não é apenas a ausência de liberdade que faz um trabalhador escravo, mas principal-
mente de dignidade.
- Sem ela, somos apenas instrumentos descartáveis de trabalho. (Nota Pela não limitação
do conceito de trabalho escravo)
I. Escravidão
- A escravidão é a prática social em que um ser humano assume direitos
de propriedade sobre outro designado por escravo, ao qual é imposta tal
condição por meio da força.
- direito de propriedade de um ser humano sobre o outro escravidão
- Há milênios, em todos os cantos do mundo, a escravidão foi uma prática
comum, aceita por diversos povos e inclusive com anuência do Estado.
- Somente a partir do século XIX é que o comércio de pessoas passou a
ser criticado e combatido
i. Formas comuns de se tornar escravo ao longo da história
- Prisioneiro de guerra
- Contração de dívida, paga com trabalho (por um tempo determi-
nado ou pela vida toda)
- Crime, punido com a escravidão
- Se oferecer como escravo, em troca de alimento ou bens para a
salvação de sua família ou comunidade
- Pertencer a povos inimigos ou ser considerado culturalmente in-
ferior
c) Aplicação da lei
- As Normas Internacionais do Trabalho assumem a forma de con-
venções e de recomendações.
- As convenções são tratados internacionais sujeitas a ratificação
por parte de cada um dos estados-membros (EM) da Organização.
- Uma vez ratificada, o EM deve rever as suas legislação e prática
nacionais à luz do texto da respetiva convenção assim como aceitar
um controle internacional da sua aplicação
- Crime em 4 situações:
1- cerceamento de liberdade de se desligar do serviço
2- servidão por dívida
3- condições degradantes de trabalho
4- jornada exaustiva
- Cultura da região?
- O desrespeito à dignidade ou o cerceamento da liberdade não
podem ser encarados como manifestação cultural de um povo,
mas sim como a imposição histórica da vontade dos mais po-
derosos.
- não pode usar a cultura como justificativa
v. Penalidades
- Aplicação de multas
- corte do crédito (banco públicos na hora de empréstimo)
- perda de clientes nos processos trabalhistas e criminais
- expropriação de terras
AULA 03
TERCEIRIZAÇÃO
- terceirizar transferir para outrem (terceiro) uma atividade, serviço, ônus que
lhe incumbe
- No âmbito do Direito do Trabalho terceirizar consiste na possibilidade de con-
tratar terceiro para a realização de atividades de uma empresa ou pessoa física.
Essa contratação pode compreender tanto a produção de bens, como de serviços.
-
- Devidos ao cenário das transformações que se têm operado no mundo do traba-
lho, sobretudo a partir da década de 1990, crescente a utilização de empresas ter-
ceiras.
- Flexibilização das relações de trabalho
- Não havia legislação específica sobre terceirização
- Art. 5 o -C. Não pode figurar como contratada, nos termos do art. 4 o --
- A da Lei 6019/74, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos
últimos dezoito meses, prestado serviços à contratante na qualidade de em-
pregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se os referidos
titulares ou sócios forem aposentados.
- Art. 5 o -D. O empregado que for demitido não poderá prestar serviços
para esta mesma empresa na qualidade de empregado de empresa presta-
dora de serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses, contados a
partir da demissão do empregado
- Artigo 5° - B. O contrato de prestação de serviços conterá:
I - qualificação das partes;
II - especificação do serviço a ser prestado;
III - prazo para realização do serviço, quando for o caso
IV – valor
TRABALHO TEMPORÁRIO
A. Decreto 10.060/2019
- decreto n° 10.060 de 14 de outubro de 2019
- regulamenta a lei 6019 de 3 de janeiro de 1974, que dispõe sobre o tra-
balho temporário
- Art. 2º Para fins do disposto neste Decreto, considera-se trabalho tempo-
rário aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de tra-
balho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de
serviços ou cliente, para atender à necessidade de substituição transitória
de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços.
Parágrafo único. O trabalho temporário não se confunde com a prestação
de serviços a terceiros, de que trata o art. 4º-A da Lei nº 6.019, de 1974.
-
AULA 04
DANO
Dano patrimonial
- Patrimônio é o conjunto de relações jurídicas de natureza econômica, de
titularidade de uma pessoa física, jurídica ou formal.
- Dano patrimonial é a lesão decorrente de prejuízo financeiro causado a
bem jurídico que compõe o patrimônio de uma pessoa.
- é aquele tangível, corpóreo, aquele que pode ser tocado ou incorpóreo
(aquele abstrato; ex: registro da patente de uma empresa)
I. Indenização
- Nos termos do art. 944, caput, CC, que consagra o princípio da
restitutio in integrum, a indenização mede-se pela extensão do
dano, de forma a que reparação possa dar-se de forma integral.
- Nas indenizações por danos patrimoniais, a extensão do dano visa
apurar valor pecuniário que possa substituir o dano causado ao
patrimônio, mediante o critério da equivalência, e sendo o bem
atingido fungível, outro bem de iguais características e valor pode
servir de recomposição do patrimônio atingido
- Se o devedor não puder cumprir a prestação na espécie ajustada,
substituir-se-á pelo seu valor, em moeda corrente (art. 947, CC).
- No Direito do Trabalho, a indenização de aviso prévio não con-
cedido ou do período estabilitário.
Dano Extrapatrimonial
- Antes da Reforma Trabalhista os Danos Morais no Trabalho eram fun-
damentados pelo Código Civil.
- Neste caso usávamos subsidiariamente o CC
- após a REFORMA/17 o dano extrapatrimonial nas relações de trabalho
passou a ser fundamentado pela CLT
i. Dano moral
- é a lesão a direitos de personalidade (dano moral em sen-
tido amplo) e também aquele que causa dor ou sofrimento
(dano moral em sentido estrito) chamado de pretium dolo-
ris.
- São exemplos clássicos de danos morais a morte de um
parente querido (dano moral indireto ou por ricochete) e a
inscrição indevida no cadastro de mal pagadores (dano
moral direto).
- dano direto aquele que atinge diretamente o trabalha-
dor
- dano por ricochete atingiu o trabalhador e atingiu ou-
tros (ex: a família, pois ele (a) era o provedor maior da
casa)
- a pode ajuizar a ação até 2 anos do encerramento do con-
trato e poderá cobrar os últimos 5 anos
II - OMISSÃO
- Ex: quando o empregados humilham outros e o emprega-
dor não toma nenhum atitude.
- Quando o empregado espalha inverdades que comprome-
tem o nome e o conceito da empresa.
- artigo 223 – E
- São responsáveis pelo dano extrapatrimonial todos os que
tenham colaborado para a ofensa ao bem jurídico tutelado,
na proporção da ação ou da omissão.
- Responsabilidade solidária ou subsidiária
- artigo 223 – F
- A reparação por danos extrapatrimoniais pode ser pedida
cumulativamente com a indenização por danos materiais
decorrentes do mesmo ato lesivo.
§ 1 o Se houver cumulação de pedidos, o juízo, ao proferir
a decisão, discriminará os valores das indenizações a título
de danos patrimoniais e das reparações por danos de natu-
reza extrapatrimonial.
§ 2 o A composição das perdas e danos, assim compreen-
didos os lucros cessantes e os danos emergentes, não inter-
fere na avaliação dos danos extrapatrimoniais.
Dano Estético
- O dano estético possui dupla dimensão, repercutindo tanto na esfera ín-
tima do lesionado quanto no âmbito externo a partir de deformidades em
sua compleição física, como por exemplo, a perda de um membro, alguma
doença degenerativa aparente, queimaduras, etc.
- Dependerá de prova pericial médica para sua constatação e aferição, cujo
ônus caberá ao reclamante.
- tem que ter dano estético e aparente
- artigo 223 – G
- Ao apreciar o pedido, o juízo considerará:
I - a natureza do bem jurídico tutelado;
II - a intensidade do sofrimento ou da humilhação;
III - a possibilidade de superação física ou psicológica;
IV - os reflexos pessoais e sociais da ação ou da omissão;
V - a extensão e a duração dos efeitos da ofensa;
VI - as condições em que ocorreu a ofensa ou o prejuízo moral;
VII - o grau de dolo ou culpa;
VIII - a ocorrência de retratação espontânea;
IX - o esforço efetivo para minimizar a ofensa;
X - o perdão, tácito ou expresso;
XI - a situação social e econômica das partes envolvidas;
XII - o grau de publicidade da ofensa.
AULA 05
I. Flexibilização X Desregulamentação
i. Flexibilização
- Oscar Ermida Uriarte:
- Em termos gerais e no âmbito do Direito do Trabalho, a
flexibilidade pode ser definida como eliminação, diminui-
ção, afrouxamento ou adaptação da proteção trabalhista
clássica, com a finalidade – real ou pretensa – de aumentar
o investimento, o emprego ou competitividade da empresa.
(2002, p. 09)
- diminuição da intervenção do Estado
- ocorreu a reforma para flexibilizar as contratações com a
justificativa de aumento de emprego
- Na flexibilização há uma diminuição da intervenção do
Estado, porém ela continua existindo para garantir os direi-
tos básicos e a dignidade do trabalhador.
- Seria possível negociar direitos trabalhistas com conces-
sões bilaterais.
- Acordos Individuais e Acordos e Convenções Coletivas.
- Na flexibilização, são alteradas as regras existentes, dimi-
nuindo a intervenção do Estado, porém garantindo um mí-
nimo indispensável de proteção.
- Ex: Banco de horas - artigo 59 da CLT
§ 6o É lícito o regime de compensação de jornada estabe-
lecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a
compensação no mesmo mês.”
- Flexibilização, poderia ser definida como a possibilidade,
inserida na própria lei existente, de excetuar alguns direitos
trabalhistas, tornando-os maleáveis.
- Em vários artigos, dentre eles o art. 7o, o legislador elenca
direitos constitucionais dos trabalhadores e mostra a impor-
tância da valorização do trabalho.
- Diante de uma constituição protetiva e de difícil alteração
existe um claro limite constitucional à flexibilização, o que
ocorre são tentativas de flexibilizar normas infraconstituci-
onais como a CLT.
- Os direitos fundamentais dos trabalhadores (portanto, di-
reitos indisponíveis em caráter absoluto, insuscetíveis de
renúncia, mesmo em sede coletiva), são os seguintes:
- direitos da personalidade, liberdade ideológica, liberdade
de expressão e de informação, igualdade de oportunidades
e de tratamento, não discriminação, idade mínima de ad-
missão no emprego, salário mínimo, saúde e segurança do
trabalho, proteção contra a despedida injustificada, direito
ao repouso (intervalos, limitação da jornada, repouso se-
manal remunerado e férias), direito de sindicalização, di-
reito de representação dos trabalhadores e sindical na em-
presa, direito à negociação coletiva, direito à greve, direito
ao ambiente de trabalho saudável. (ROMITA, 2007, p.
409).
- No atual ordenamento jurídico brasileiro não há como
prevalecer um sistema trabalhista totalmente desregula-
mentado, visto que várias normas protetoras estão previstas
na Constituição Federal de 1988, bem como a natureza pro-
tecionista do Direito do Trabalho.
- Entretanto, mesmo tendo que obedecer a limites. (Limites
Constitucionais) é possível um sistema flexibilizado.
AULA 06
a) Conceito
- o conjunto de princípios, normas e instituições que regem a ati-
vidade da Justiça do Trabalho, com o objetivo de dar efetividade à
legislação trabalhista e social, assegurar o acesso do trabalhador à
Justiça e dirimir, com justiça, o conflito trabalhista. (Mauro Schi-
avi)
- é o instrumento que materializa a garantia do trabalhador para
adquirir o seu direito
- princípios normas instituições
c) Autonomia DPT
- Para verificar a autonomia de determinado ramo do direito, é ne-
cessário avaliar se tem:
i. princípios próprios
ii. uma legislação específica,
iii. um razoável número d estudos doutrinários
iv. um objeto de estudo próprio.
d) Natureza Jurídica
- Embora haja uma interferência clara de direito público no direito
do trabalho, a natureza jurídica do direito do trabalho ainda perma-
nece sendo de direito privado.
- A natureza jurídica do Direito Processual do Trabalho é do ramo
doDireito Público, por disciplinar uma função estatal – a jurisdição
(contempla regras e princípios de natureza obrigatória, cogente,
imperativa).
- direito material do trabalho é ramo do direito privado
- direito processual do trabalho é ramo do direito público (interesse
do Estado para que se entregue o melhor resultado)
e) Fontes do direito processual do trabalho
i. Materiais
- fato social
- São as fontes potenciais do processo trabalhista, e surgem
do próprio direito material do trabalho
- Acontecimentos sociais em sentido amplo, os fatores
econômicos, os traços culturais, as construções éticas e mo-
rais de uma sociedade, além das nuances políticas
ii. Formais
- lei, costume, jurisprudência, analogia, equidade, princí-
pios gerais do direito
- São o fenômeno de exteriorização final das normas jurí-
dicas, os mecanismos e modalidades mediante os quais o
Direito transparece e se manifesta
- Formais diretas, a lei em sentido genérico - CLT - CPC
- Formais indiretas, doutrina (fundamentos teóricos) e a
jurisprudência (decisões - precedentes
- Formais de explicitação, a analogia e a equidade (costu-
mes e princípios gerais de direito).
i. Oralidade
- tem o condão de simplificar o procedimento, dando uma
maior celeridade ao mesmo e efetividade da jurisdição, so-
lucionando conflitos e realizando a prestação jurisdicional
de maneira eficaz
- a pessoa poderá ir na vara do trabalho e ajuizar SEM ad-
vogado a reclamatória trabalhista
- Art. 840 CLT- A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§ 2o Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em
duas vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário,
observado, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo.
Valor da Causa:
Rito ordinário + de 40 SM
Rito sumaríssimo de 2 a 40 SM
Rito sumário menos que 2 SM não cabe recurso)
iii. Proteção/tutela
- visa reduzir desigualdades entre o trabalhador e o empre-
gador. O direito processual do trabalho confere maior pro-
teção ao empregado, visto que é a parte hipossuficiente da
relação de emprego.
- ex: Exigência de depósito recursal somente à emprega-
dora e a possibilidade de petição verbal.
Art. 844 da CLT, que prevê consequências diferentes em
caso de não comparecimento das partes na audiência, re-
sultando apenas no arquivamento da reclamação, em caso
de ausência do reclamante, enquanto a falta do reclamado
importa revelia.
iv. Informalidade
- Basta que a causa de pedir seja compreensiva e não im-
possibilite o direito de defesa. Não é exigido para a petição
inicial os rigorosos requisitos do processo comum, porém
é indispensável como requisito da inicial a existência de
pedido.
- Art. 840 CLT- A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§ 1o Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designa-
ção do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição
dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser
certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a
assinatura do reclamante ou de seu representante
vi. Conciliação
- é basilar do direito processual do trabalho, a busca inces-
sante da conciliação é a mais adequada para a solução cé-
lere de conflitos.
- Em qualquer momento processual é possível fazer acordo.
Ex: Art. 764 CLT e Art. 846. CLT
1) Gramatical ou literal
- por meio da aplicação de regras basilares da gra-
mática, o intérprete entende a norma como a ex-
pressão do sentido literal das palavras nela conti-
das.
- Ex: É vedado ao empregador efetuar anotações
desabonadoras à conduta do empregado em sua
Carteira de Trabalho e Previdência Social. (29, §4º)
2) Lógica
- é um processo mais complexo que o literal, pois
demanda a aplicação de raciocínio lógico e a com-
binação de expressões contidas em diferentes partes
da lei, buscando uma conclusão que atribua sentido
ao texto legal como um todo.
- Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto
neste capítulo: (Capítulo da duração do Trabalho).
3) Histórica
- exige que o intérprete busque os motivos que jus-
tificaram a edição da lei, vinculando a conclusão in-
terpretativa ao processo de formação da norma.
- Ex: exposição de motivos, mensagens, emendas,
as discussões parlamentares
4) Sistemática
- enquanto a interpretação lógica busca sentido den-
tro de um único texto legal, a sistemática avança
para a procura de coerência entre diferentes leis so-
bre a mesma matéria.
- Esta metodologia demanda conhecimento amplo
e tem como fundamento a ideia de que as normas
formam um conjunto que não permite contradições.
- Ex: Art. 855-A. Aplica-se ao processo do trabalho
o incidente de desconsideração da personalidade ju-
rídica previsto nos arts. 133 a 137 da Lei no 13.105,
de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil
5) Teleológica
- a interpretação da norma é realizada com foco nos
fins sociais que ela se propõe a concretizar. É a
busca da finalidade da norma - dos fins sociais e às
exigências do bem comum, resguardando e promo-
vendo a dignidade da pessoa humana e observando
a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade,
a publicidade e a eficiência. VONTADE DA
NORMA - Encontra previsão no art. 5° da Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro -
LINDB e no art. 8° do CPC.
ii. Integração
- A integração é o processo realizado pelo intérprete para
suprir lacunas existentes no ordenamento jurídico, nos ter-
mos do art. 4° da LINDB e do art. 140 do CPC.
- A aplicação subsidiária do Direito Processual Civil no Di-
reito Processual do Trabalho é objeto do art. 769 da CLT,
dispositivo que exige o preenchimento de 2 requisitos cu-
mulativos:
- A existência de lacuna na CLT.
- Art. 769. Nos casos omissos, o direito processual comum
será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, ex-
ceto naquilo em que for incompatível com as normas deste
Título. (Exemplos: qualificação da petição inicial - 319
CPC)
- Art. 15 - CPC Na ausência de normas que regulem pro-
cessos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as dispo-
sições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsi-
diariamente.
- Art. 1° Aplica-se o Código de Processo Civil, subsidiária
e supletivamente, ao Processo do Trabalho, em caso de
omissão e desde que haja compatibilidade com as normas
e princípios do Direito Processual (da Instrução Normativa
39/2016 do TST).
AULA 07
A. RECLAMANTE
- autor
B. RECLAMADA
- réu
Juízes do Trabalho
- Art. 116 CF -" Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz
singular".
- Com a promulgação da Emenda Constitucional 24/99, foi extinta a representação
classista da Justiça do Trabalho em todos os graus de jurisdição.
- Assim, ocorreu a substituição das antigas Juntas de Conciliação e Julgamento
pelas Varas do Trabalho.
AULA 08
- A Jurisdição pode ser definida como a função do Estado de, sempre que provocado, dar
solução impositiva e definitiva aos conflitos.
- jurisdição – solução
- é a função do Estado que sempre que provocado deve dar uma solução impositiva e
definitiva dos conflitos
- o Estado impõe uma decisão definitiva para resolver o conflito, após o transito em
julgado, trazendo uma segurança para as partes
i. Impositiva
- impõe a decisão
ii. Definitiva
- após o transito em julgado
I. Características
i. Inevitabilidade
- a partir do momento que o estado é provocado ele deverá
movimentar o processo
- a solução trazida pelo estado as partes devem obedecer
- provocação resposta solução
ii. Substutividade
- a decisão do estão susbtitui a vontade das partes
- dada a decisão as partes terão que acatar
iii. Definitividade
- faz partes da essência da jurisdição
- a decisão dada pelo estado é definitiva
- tem a segurança que aquele processo se encerrou e não
responderá mais sobre ele
- regra geral: definitividade da decisão
- exceção: ação rescisória
iv. Investidura
- utilizada igual os demais ramos do direito
- quando o poder judiciário escolhe determinados sujeitos,
invesntindo-os do poder jusrisdicional
v. Imparcialidade
- o direito busca a imparcialidade nos julgamentos
- ex: juiz suspeito não pode julgar
vi. Unidade
- jurisdição UNA igual
II. Competência
- é a medida da jurisdição de cada órgão
i. Absoluta
- poderá ser reconhecida de ofício pelo juiz
- material: aquela competência em razão da matéria/as-
sunto
- ex: direito do processo do trabalho
- funcional: função do órgão julgador
- em razão da pessoa: em razão do cargo da pessoa
- ex: foro privilegiado
ii. Relativa
- juiz não pode declarar de ofício quem deverá alegar é re-
clamado
- territorial: os tribunais dividem a competência de julga-
mento de forma territorial
- ex: divisão de comarcas
Decisões judiciais:
- Para a fixação da competência territorial devem prevalecer os critérios obje-
tivos estabelecidos no art. 651, caput e § 3°, da CLT, admitindo-se o ajuiza-
mento da reclamação trabalhista no domicílio do reclamante apenas se este
coincidir com o local da prestação dos serviços ou da contratação. (TST-1-
64.2014.5.14.0006, SBDI- II, rel. Min Douglas Alencar Rodrigues,
12.4.2016).
Valor da Causa
- define o rito
A. Sumário
- Alçada exclusiva da vara, são os processos em que o valor da causa é
inferior ou igual a dois salários mínimos (art. 2°, §2°, Lei 5.584/70).
B. Sumaríssimo
- causas com valor acima de 2 salários mínimos e abaixo de 40 salários
mínimos (art. 852-A a 852-H da CLT).
C. Ordinário
- causas com valor acima de 40 salários mínimos.
- Todas as varas do trabalho têm a mesma competência para qualquer desses procedimen-
tos, sendo os processos distribuídos livremente entre elas.
AULA 9
JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIAS
- A Competência em razão da matéria
A. Empregados
- Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações que envolvam
relações de emprego, assim consideradas as relações de trabalho caracte-
rizadas pela presença dos requisitos previstos nos artigos 2° e 3° da CLT.
B. Trabalhadores autônomos
- A Justiça do Trabalho é competente para apreciar ações ajuizadas por
trabalhadores autônomos em face de seus tomadores de serviços, exceto
as demandas que envolvam a relação entre profissionais liberais e seus
clientes (relações de consumo).
- A relação de trabalho autônomo é definida pela ausência de subordinação
jurídica do prestador ao tomador dos serviços. Além disso, o trabalhador
autônomo assume o risco de sua atividade econômica, atuando por conta
própria, o que afasta a presença da alteridade, que é uma característica da
relação de emprego.
- Princípio da Alteridade previsto no artigo 2o da CLT , estabelece que os
riscos da atividade econômica não podem ser transferidos ao empregado
- Um exemplo de trabalho autônomo é aquele prestado pelo empreiteiro
pessoa física art. 652, III, da CLT.
Ex: Encanador, eletricista, jardineiro
- O conflito analisado de acordo com as regras de caráter civil (Consumi-
dor) são as que regulamentam a prestação dos serviços
Ex: defeito no serviço de encanamento.
- A Lei 13.352/2016 Salão Parceiro - Autônomos fazem parceria com pro-
prietário do salão. Competência da JT
E. Trabalhadores avulsos
- O trabalhador avulso é aquele que presta serviços a diversos tomadores
com intermediação obrigatória do sindicato (não portuários) ou do órgão
gestor de mão de obra (portuários).
- A competência da Justiça do Trabalho abrange as ações entre trabalha-
dores avulsos (portuários e não portuários) e a entidade intermediadora ou
o tomador de serviços, conforme disposto nos artigos 643, §3° e 652, V,
da CLT. Art. 643. §3°.
F. Trabalhadores eventuais
- O trabalhador eventual, que presta serviços sem a presença da habituali-
dade, também pode acionar a Justiça do Trabalho para receber os valores
que entende devidos pelo trabalho
G. Trabalhadores temporários
- Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as demandas oriundas
da prestação de serviços por trabalhadores temporários, conforme disposto
no artigo 19 da Lei 6.019/74.
O. Estados Estrangeiros
- É considerada ato de gestão a contratação de trabalhadores no país em
que está situada a representação diplomática, não havendo imunidade, mas
submissão à jurisdição do Estado acreditado.
- Nesse sentido, a jurisprudência do STF e do TST é uníssona no sentido
de que as representações diplomáticas de Estados estrangeiros, situadas no
Brasil, estão submetidas à jurisdição nacional, quanto aos atos de contra-
tação de trabalhadores, sendo a Justiça do Trabalho competente para os
processos relativos a tais atos.
Q. Ações possessórias
- Compete à Justiça do Trabalho apreciar e julgar ações possessórias vin-
culadas à relação de trabalho.
- Ex: as demandas decorrentes do exercício do direito de greve por traba-
lhadores da iniciativa privada.
- Em casos assim, pode ocorrer de o movimento grevista impedir o livre
acesso de trabalhadores e de clientes ao estabelecimento comercial do em-
pregador, conduzindo ao ajuizamento de ação com o objetivo de permitir
o exercício adequado do direito de posse.
- Nesse particular, a competência da Justiça do Trabalho foi confirmada
pelo STF na Súmula Vinculante 23.
- Súmula Vinculante 23. A Justiça do Trabalho é competente para proces-
sar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do di-
reito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.
Foro de Eleição
- Impossibilidade de foro de eleição
- O foro de eleição, previsto no art. 63 do CPC, é incompatível com o processo do
trabalho, uma vez que o trabalhador, sendo hipossuficiente, não possui liberdade
na estipulação do foro mediante negociação equilibrada com o empregador.
- Por isso, cláusulas que envolvam foro de eleição são consideradas nulas
- Segundo a jurisprudência do TST, a nulidade é caracterizada, inclusive, no caso
de cláusula de norma coletiva (acordo ou convenção coletiva de trabalho) que
preveja a possibilidade de foro de eleição.
AULA 10
- art. 5°, LXVIII, da CF – O habeas corpus é a medida cabível sempre que alguém sofrer
ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
ilegalidade ou abuso de poder.
- Até a promulgação da EC 45/04 o STF sustentava que a Justiça do Trabalho não poderia
apreciar habeas corpus, porque não teria competência criminal - Quando um Juiz do Tra-
balho fosse autoridade coatora caberia ao TRF o exame da ação.
- ADI no 3684- da PGR o plenário do STF concedeu medida cautelar, pra afirmar que a
EC no 45 não atribuiu à Justiça do Trabalho competência para processar e julgar ações
penais.
- Falso testemunho - no caso de prisão decretada por juiz do trabalho, pelo fato de a tes-
temunha ter prestado declaração falsa - é crime - Não aprecia na JT
- O habeas corpus tem sido utilizado, para buscar a liberação da CNH e do passaporte de
sócios de empresas executadas, quando tais documentos são retidos com objetivo de for-
çar a quitação do débito exequendo (cabimento)
- Compete ao Juiz do Trabalho julgar habeas corpus no qual a autoridade coatora seja
particular
HABEAS DATA
- ação mandamental destinada à tutela dos direitos de cidadão a frente dos bancos de
dados, a fim de permitir o fornecimento das informações registradas, bem como sua reti-
ficação, em caso de não corresponder à verdade.
- seja o empregado de empresa pública ou de empresa privada tem legitimação para im-
petrar habeas data contra seu empregador.
MANDADO DE SEGURANÇA
Art. 5o, LXIX. conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo,
não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade
ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público.
- Lei no 12.016/2009
- Por direito líquido e certo, a ampla maioria da doutrina entende que se trata daquele que
efetivamente pode ser comprovado imediatamente após a propositura do mandado de se-
gurança, não necessitando, por exemplo, ser comprovado em outro momento processual.
- Já o preventivo tem por finalidade prevenir determinadas ilegalidades que podem vir a
ocorrer, sendo que a partir do momento em que há sua comprovação, um pedido de limi-
nar pode ser deferido.
- Prazo delimitado de 120 dias a partir do momento em que o ofendido tem a ciência do
fato ilícito e afrontoso a seus direitos líquidos e certos.
Hipóteses de cabimento
I. Frente a atos advindos da ações administrativas
- é de competência da própria justiça trabalhista o julgamento de
mandados de segurança que envolvam atos advindos do próprio
tribunal ou de seu presidente, através de seus atos no exercício de
suas funções administrativas.
c) suspensão do ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento rele-
vante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja final-
mente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito,
com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica (art. 7o da Lei
12.016/2009).
- Segundo preceitua o referido artigo, o advogado não pode ser o mesmo para
ambas as partes, persistindo os interesses contrapostos, mas que chegaram a um
consenso, assegurando a independência das partes na manifestação de vontade
que resultou no acordo a se realizar.
AULA 11
- O Ministério Público do Trabalho (MPT) é o ramo do MPU que tem com atribuição
fiscalizar o cumprimento da legislação trabalhista quando houver interesse público, pro-
curando regularizar e mediar as relações entre empregados e empregadores.
Áreas de atuação
- Administração Pública
- Criança e Adolescente
- Fraudes Trabalhistas Meio Ambiente do Trabalho
- Liberdade Sindical Trabalho Escravo Trabalho Portuário e Aquaviário
- Promoção da Igualdade
Cabe ao MPT
- promover a ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho para defesa de
interesses coletivos, quando desrespeitados direitos sociais constitucionalmente
garantidos aos trabalhadores.
- manifestar-se em qualquer fase do processo trabalhista, quando entender exis-
tente interesse público que justifique.
- O MPT pode ser árbitro ou mediador em dissídios coletivos e pode fiscalizar o
direito de greve nas atividades essenciais.
- propor as ações necessárias à defesa dos direitos e interesses dos menores, inca-
pazes e índios decorrentes de relações de trabalho, além de recorrer das decisões
da Justiça do Trabalho tanto nos processos em que for parte como naqueles em
que oficie como fiscal da lei.
- Assim como os demais ramos do MP, o MPT exerce importante papel na reso-
lução administrativa (extrajudicial) de conflitos.
- A partir do recebimento de denúncias, representações, ou por iniciativa própria,
pode instaurar inquéritos civis e outros procedimentos administrativos, notificar
as partes envolvidas para que compareçam a audiências, forneçam documentos e
outras informações necessárias.
Secretaria de Trabalho
- Alguns serviços oferecidos pelo portal do MPTS a empregadores e trabalhadores
são: emissão de carteira de trabalho digital, seguro desemprego, registro de pro-
fissionais, saque do abono salarial e registro de instrumento coletivo de trabalho,
dentre outros.
- Serviços: Realizar Denúncia Trabalhista "Canal de denúncia trabalhista; Denún-
cia trabalhista; Reclamação trabalhista Irregularidades trabalhistas."
- Trabalhador - Empregador e Sindicatos