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Espécies de Tributos, são 05: Empréstimo compulsório, impostos, taxas, contribuições

(sociais, de domínio econômico -CIDE, de interesse em categoria econômica


profissional e para custeio de iluminação pública – CIP) e contribuição de melhoria.

UNIÃO art. 153 UNIÃO art. ESTADO art. DISTRITO MUNICÍPIO art.
154 155 FEDERAL 156
IPI Imp. Extr. IPVA IPVA ISS
Guerra
II Imposto ITCMD ITCMD ITBI
residual
IE ICMS ICMS IPTU
IOF ISS
IR ITBI
ITR IPTU
IGF
TAXA TAXA TAXA TAXA
EMPRÉSTIMO
COMPULSÓRIO
CONTRIBUIÇÃO CONTRIBUIÇÃO CONTRIBUIÇÃO CONTRIBUIÇÃO
SOCIAL SOCIAL SOCIAL SOCIAL
SERVIDOR SERVIDOR SERVIDOR SERVIDOR
PÚBLICO PÚBLICO PÚBLICO PÚBLICO
CONTRIBUIÇÃO CONTRIBUIÇÃO CONTRIBUIÇÃO
SOCIAL SOCIAL SOCIAL
CONTRIBUIÇÃO CONTRIBUIÇÃO CONTRIBUIÇÃO CONTRIBUIÇÃO
DE MELHORIA DE MELHORIA DE MELHORIA DE MELHORIA
CIDE
CIP CIP CIP

Em regra, no que tange as contribuições especiais (sociais, de intervenção no domínio


econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas), a União detém
competência para criá-las, exceto:
- as contribuições sociais previdenciárias do servidor público (o ente a que pertencer o
servidor terá a competência) - art.149, §1º, CF.
- CIP (para o custeio de serviço de iluminação pública) – Municípios e DF – art. 149 -A.

Via de regra os tributos são criados por Lei Ordinária. Os que são criados por Lei
Complementar são 04: Empréstimo Compulsório, Contribuição social residual, Imposto
residual, Imposto sobre grandes fortunas.
Atenção: Medida Provisória tem força de lei, mas não é lei.
Art. 62, §1º, CF. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da
República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei,
devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
§1º. É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
I- Relativa a:
a) Nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e
direito eleitoral;
b) Direito penal, processual penal e processual civil;
c) Organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e
a garantia de seus membros;
d) Planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamentos e créditos
adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, §3º (a
abertura de crédito extraordinários somente será admitida para
atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade pública).
II- que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou
qualquer outro ativo financeiro;
III- reservada a lei complementar
IV- já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e
pendente de sanção ou veto do Presidente da República.

Regra Matriz de Incidência Tributária:


Critério material:
A hipótese de incidência tributária representa o momento abstrato, previsto em lei,
hábil a deflagrar a relação jurídico-tributária. Enseja o nascimento do episódio jurídico-
tributário.
Para Vittorio Cassone, significa a “descrição que a lei faz de um fato tributário que,
quando ocorrer, fará nascer a obrigação tributária (obrigação de o sujeito passivo ter
de pagar ao sujeito ativo o tributo correspondente).
O fato gerador é a materialização da hipótese de incidência, representando o
momento concreto de sua realização, que se opõe à abstração do paradigma legal que
o antecede.
Quando o fato gerador ocorre ele é chamado de fato jurídico tributário. Tem VERBO +
COMPLEMENTO. Exemplo: SER proprietário de veículo automotor.
O fato gerador define a natureza jurídica do tributo.
Art. 4º. CTN – a natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo
fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificada:
I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.

Critério temporal:
Momento em que ocorreu o fato gerador. Exemplo: (IPVA) 1º de janeiro para carros
usados ou momento da aquisição (carro novo).

Critério espacial: local onde ocorre o fato gerador. Exemplo: Estado onde o veículo
estiver licenciado.

Critério pessoal: sujeito da relação jurídico tributário.


Sujeito ativo: Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público
titular da competência para exigir o seu cumprimento.
Sujeito ativo direto: entes tributantes, detentores de competência tributária.
Sujeito ativo indireto: entes parafiscais – CREA, CRM, entre outros – detentores da
capacidade tributária ativa, ou seja, do poder de arrecadação e fiscalização de tributo.
Fugindo à regra imposta pelo art. 119 – de que a cobrança do tributo deve estar
restrita à pessoa jurídica de direito público - , o STJ vem entendendo que as entidades
privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical
têm capacidade tributária ativa.

Sujeito passivo: Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o
respectivo fato gerador.
II responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra
de disposição expressa de lei.
O contrato entre as partes não opera efeitos perante a Fazenda Pública, mas tão
somente perante aqueles que avençaram cumpri-lo.
IPTU e locatário: No contrato de locação, a obrigação de pagar o IPTU pode ser
atribuída ao locatário; no entanto, tal convenção é irrelevante para o Fisco, que exigirá
o pagamento do imposto do sujeito passivo eleito pela sei, qual seja, como regra, o
proprietário (locador). Este, se quiser, pode acionar aquele, em ação regressivo, na
tentativa de reaver o que antecipou ao Fisco.

Critério quantitativo: base de cálculo e alíquota %.


COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
A competência tributária é a aptidão para criar tributos. O poder de criar tributos é
repartido entre os vários entes políticos, de modo que cada um tem competência para
impor prestações tributárias, dentro da esfera que lhe é assinalada pela Constituição.
O exercício desse poder pode ocorrer a qualquer tempo, o que dota a competência de
imprescritibilidade.

REPASSE DA RECEITA TRIBUTÁRIA OBRIGATÓRIA


O ente pega parte da arrecadação e repassa uma porcentagem para outro.
REPARTIÇÃO DIRETA: é realizada pelo ente político que, sem intermediação, apropria-
se da receita mediante transferência tributária ou diretamente pelo ente dotado de
competência para arrecadação do tributo, tal como ocorre com o IPVA.
REPARTIÇÃO INDIRETA: pressupõe a existência de um fundo de participação ou fundo
compensatório, os quais realizam a divisão do produto da arrecadação entre os
respectivos beneficiários, segundo critérios previamente estabelecidos pela lei.

LIMITES AO PODER DE TRIBUTAR


Princípio da legalidade: Art. 150 CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal:
I- Exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.

Quais são os tributos que podem ser instituídos e majorados por lei complementar:
Empréstimo compulsório, imposto residual, contribuição social residual e IGF.
O poder executivo, por meio de decreto, só pode alterar (majorar ou reduzir) as
alíquotas dos impostos regulatórios de mercado. Quais são eles? IPI, II, IE, IOF.
O poder executivo pode reduzir e restabelecer as alíquotas da CIDE combustível e
ICMS combustível.

Princípio da Anterioridade: 150, III, b e c, CF. Sem prejuízo de outras garantias


asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios: III – cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido
publicada a lei que os instituiu ou aumentado; c) antes de decorridos noventa dias da
data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o
disposto na alínea b.
Exceções à anterioridade do exercício (alínea b):
a) Empréstimo compulsório guerra e calamidade pública;
b) Imposto de Importação
c) Imposto de Exportação
d) Imposto sobre produtos industrializados
e) Imposto sobre operações financeiras
f) Imposto Extraordinário Guerra
g) CIDE combustível
h) ICMS combustível
Exceções à anterioridade nonagesimal (alínea c):
a) Imposto de Importação
b) Imposto de Exportação
c) Imposto de Renda
d) Imposto sobre Operações Financeiras
e) Imposto Extraordinário Guerra
f) Empréstimo Compulsório para Calamidade Pública ou Guerra Externa
g) Alteração na base de cálculo do IPTU e IPVA

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