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Legislação para Engenharia – JUR 116

Dr. José Luiz de Moura Filho- Professor


Adjunto, UFSM

zecamoura@hotmail.com/
UNIDADE 3 – OS TRIBUTOS

1.1 – Impostos

1.2 – Taxas

1.3 – Contribuições e Empréstimos compulsórios

1.4 – Contribuição de Melhoria


CF - Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

 LC 101 - Art. 11. Constituem requisitos essenciais da


responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e
efetiva arrecadação de todos os tributos da competência
constitucional do ente da Federação.

 CF - Art. 158. Pertencem aos Municípios:


 IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do
imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
(interestadual e intermunicipal) e de comunicação.
 CTN - Art. 3º - Tributo é toda prestação pecuniária
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir,
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada.

 CF - Art. 5º - II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de


fazer alguma coisa senão em virtude de lei.

 CF - Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas


ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios:
 I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.
 Princípios

 O Princípio da Igualdade ou Isonomia (artigo 150, II da CF) – que proíbe a instituição


 de tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
 proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles
 exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou
 direitos.
 - O Princípio da Anterioridade (artigo 150, III, b da CF) - que estabelece que é vedada a
 cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei
 que os instituiu ou aumentou.
 - O Princípio da Irretroatividade (artigo 150, III, a da CF) - que estabelece que é vedada
 a cobrança de tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência
 da lei que os houver instituído ou aumentado.
 - O Princípio da Vedação ao Confisco (artigo 150, IV da CF) é vedada a utilização de
 tributo com efeito de confisco. Exemplo: aplicar uma alíquota de 50% sobre o valor
 venal do imóvel para cálculos o IPTU devido pelo proprietário do imóvel urbano.
 - E o Princípio da Liberdade de Tráfego (artigo 150, V da CF) é vedada a cobrança de
 tributos que estabeleça limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos
 interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de
 vias conservadas pelo Poder Público;
 IMPOSTOS

 Os impostos incidem alternativamente sobre três situações:


patrimônio, rendimentos e atividade econômica do contribuinte e geram
caixa para o Estado e, muito importante, não possuem destinação específica,
ou seja, a receita da arrecadação não possui destinação específica prevista
em Lei.

 Art. 145. ...


 § 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à
administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei,
o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
 Art. 150. É vedado à União, Estados e Municípios:
 VI - instituir impostos sobre:
 a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; b) templos de
qualquer culto; c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos
políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; d)
livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

 CF - Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente


da República poderá adotar medidas provisórias, com força de
lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
 § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
III – reservada a lei complementar.
EMPRÉSTIMOS
COMPULSÓRIOS E
CONTRIBUIÇÕES
 Art. 148 - A União, mediante lei complementar, poderá instituir
 Empréstimo Compulsório:

 I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de


calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;

 II - no caso de investimento público de caráter urgente e de


relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, b
(é o princípio da anterioridade, o tributo somente poderá ser
cobrado no exercício financeiro seguinte à sua instituição).
EMPRÉSTIMOS
COMPULSÓRIOS E
CONTRIBUIÇÕES
 Art. 15 - Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode
instituir empréstimos compulsórios:

 I - guerra externa, ou sua iminência;


 II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de
atender com os recursos orçamentários disponíveis;
 III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.

 Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do


empréstimo e as condições de seu resgate, observando, no que for
aplicável, o disposto nesta Lei.
EMPRÉSTIMOS
COMPULSÓRIOS E
CONTRIBUIÇÕES
 Art. 149 - Compete exclusivamente à União instituir contribuições
sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das
categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146,
III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no Art. 195, § 6º,
relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

 § 1º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão


contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em
benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40,
cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores
titulares de cargos efetivos da União.
EMPRÉSTIMOS
COMPULSÓRIOS E
 CONTRIBUIÇÕES
Art. 195 - A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de
 forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos
 orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das
 seguintes contribuições sociais:
 I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da
 lei, incidentes sobre:
 a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados,
 a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo
 empregatício;
 b) a receita ou o faturamento;
 c) o lucro;
 II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não
 incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral
 de previdência social de que trata o art. 201;
 III - sobre a receita de concursos de prognósticos;
 IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele
 equiparar.
TAXAS E CONTRIBUIÇAO DE
MELHORIA

O art. 145, II da CF autoriza a cobrança


de taxas “em razão do exercício do poder
de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos
e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
postos a sua disposição”.
TAXAS E CONTRIBUIÇAO DE
MELHORIA
 Art. 78. Considera-se poder de polícia a atividade da
administração pública que, limitando ou disciplinando
direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de interesse público
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à
tranquilidade pública ou respeito à propriedade e aos
direitos individuais ou coletivos.
TAXAS E CONTRIBUIÇAO DE
MELHORIA
 Não é qualquer serviço público que é tributado por taxa. Só os
específicos e divisíveis:

 1) Específico: contrário de genérico, quando pode ser destacado em


unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade
pública. Pode ser identificado.
 Exemplo: artigo 21, X da CF – manter o serviço postal é serviço
público específico de competência da União.

 2) Divisível: quando suscetível de utilização, separadamente, por


parte de cada um de seus usuários, tem que haver a possibilidade de
cálculo proporcional para cada usuário, quem usa mais, paga mais.
TAXAS E CONTRIBUIÇAO DE
MELHORIA
 Art. 81 - A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados,
 pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
 atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra
 valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite
 individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
 Art. 82 - A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes
 requisitos mínimos:
 I - publicação prévia dos seguintes elementos:
 a) memorial descritivo do projeto;
 b) orçamento do custo da obra;
 c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela
 contribuição;
 d) delimitação da zona beneficiada;
 e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda
 a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
 II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação, pelos
 interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;
 III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento
 da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação
 judicial.
TAXAS E CONTRIBUIÇAO DE
MELHORIA
§ 1º - A contribuição relativa a cada imóvel será
determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a
que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis
situados na zona beneficiada em função dos respectivos
fatores individuais de valorização.

§ 2º - Por ocasião do respectivo lançamento, cada


contribuinte deverá ser notificado do montante da
contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e
dos elementos que integraram o respectivo cálculo.

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