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Art. 145. CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos:
I — impostos;
II — taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III — contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
Art. 16, CTN. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Art. 77, CTN. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Par. único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idêntico aos que correspondam a imposto nem ser
calculada em função do capital das empresas.
Classificação e Função dos Tributos
CLASSIFICAÇÃO:
• diretos ou indiretos
• pessoais e reais
• seletivos e não seletivos (essencialidade)
• cumulativos ou não cumulativos
• Ordinários, Residuais ou Extraordinários
Classificação e Função dos Tributos
CLASSIFICAÇÃO:
ORDINÁRIOS
Art. 153, 155 e 156 CF: União, Estados, Distrito Federal e Municípios
Impostos Federais: art. 153, CF (II, IE, IPI, IOF, IR, ITR, IGF)
Impostos Estaduais: art. 155, CF (ICMS, IPVA, ITCMD)
Impostos Municipais: art. 156, CF (ISSQN, ITBI, IPTU)
RESIDUAIS
Art. 154, I, CF: União
EXTRAORDINÁRIOS
Art. 154, II, CF: União (IEG)
Classificação e Função dos Tributos
CLASSIFICAÇÃO:
ORDINÁRIOS
Art. 155. CF. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se
iniciem no exterior;
III - propriedade de veículos automotores.
Art. 182. CF. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal,
conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no
plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,
sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais
e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais;
IPTU
Eduardo Sabbag: “O proprietário é aquele que tem domínio exclusivo do bem, com gozo jurídico,
fruição e disposição do bem imóvel. Aquele que detém o domínio útil, utiliza um dos elementos
de gozo jurídico da propriedade plena, como exemplo, o enfiteuta e o usufrutuário. E, por fim, a
posse para fins de IPTU, refere-se ao possuidor que age como titular fosse do domínio útil, em
posse caracterizada como usucapione.”
Critério Material IPTU
Propriedade: uso, gozo, disposição do bem e o direito de retomá-lo, com título de propriedade
no Registro Imobiliário. (art. 1.228, CC)
Domínio útil: uso, gozo e disposição da coisa, reservado ao titular o domínio do bem. (enfiteuse)
Posse: uso e gozo do bem com animus domini. Possui benefícios do conteúdo econômico do
direito de propriedade exercício. (art. 1.196, CC) Ex.: Usufrutuário.
Critério Material IPTU
Bem imóvel
• Direito de superfície (art. 1369, CC)
L. C. n. 1.508/2003 (CTMRB)
Art. 11. Para os efeitos do Imposto Territorial Urbano, considera-se terreno o solo, sem edificação
ou que contenha:
I - construção provisória que possa ser removida sem destruição ou alteração;
II - construção em andamento ou paralisada;
III - construção em ruínas, em demolição, condenada ou interditada.
Critério Material IPTU
Faixa de domínio
Resolução N. 9/2020 do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit),
assegurado aos Municípios a redução da reserva da faixa não edificável em até cinco metros de
cada lado das rodovias federais em perímetro urbano.
Aires F. Barreto: “O que opera, no caso, é a existência ela propriedade, do domínio útil ou da
posse do imóvel, na data considerada. Pouco importa que o lançamento seja válido por todo
o ano, uma vez que sua mensuração se dá em razão do instante configurado em lei. A ficção
jurídica é, na hipótese, abstrativa do superveniente.”
Critério Espacial IPTU
Súmula 626 STJ: A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área considerada pela lei local
como urbanizável ou de expansão urbana não está condicionada à existência dos melhoramentos
elencados no art. 32, § 1º, do CTN. (SÚMULA 626, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/12/2018, DJe
17/12/2018)
Critério Espacial IPTU
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL. IPTU. IMÓVEL LOCALIZADO EM
ÁREA URBANA DESTINADO À EXPLORAÇÃO DE ATIVIDADE EXTRATIVISTA, AGRÍCOLA, PECUÁRIA OU
AGROINDUSTRIAL. NÃO INCIDÊNCIA DO IPTU. PRECEDENTES DO STJ. I - Na origem, trata-se de ação
anulatória de lançamento fiscal para declarar inexistente a relação jurídica-tributária de incidência de IPTU
sobre o imóvel descrito na inicial. Na sentença, julgou-se procedente o pedido. No Tribunal, a sentença foi
mantida. II – No tocante à suposta violação do art. 32, § 2º, do CTN, não assiste razão ao recorrente. O
Superior Tribunal de Justiça, em julgamento submetido ao rito próprio dos recursos especiais repetitivos
(REsp n. 1.112.646/SP, Rel. Ministro Herman Benjamin, Primeira Seção, julgado em 26/8/2009, Dje
28/8/2009), firmou a tese (Tema n. 174/STJ) de acordo com a qual, sobre imóvel localizado na área urbana
do município, comprovadamente destinado à exploração de atividade extrativista, agrícola, pecuária ou
agroindustrial, nos termos do art. 15 do Decreto-Lei n. 57/1966, não incide Imposto Predial e Territorial
Urbano (IPTU), mas sim Imposto Territorial Rural (ITR) (...). Isto posto, no caso sub judice, verifica-se que
os apelados comprovaram a exploração de atividade agrícola no imóvel e apresentaram, a fls. 42/66, o
pagamento de contribuição sindical rural, a realização de projeto e a execução de plantio de mudas das
espécies guanandi e palmeiras (fls. 261), além do recolhimento do Imposto Territorial Rural, relativo ao
imóvel. (...) (AgInt no AREsp 1377458/SP, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA TURMA, julgado em
06/06/2019, DJe 14/06/2019)
Critério Pessoal IPTU
Art. 34. CTN. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou
o seu possuidor a qualquer título.
Súmula Vinculante 52: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel
pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da Constituição Federal,
desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram
constituídas.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
atendidos os requisitos da lei;
Critério Pessoal IPTU
Súmula 399 – STJ: Cabe à legislação municipal estabelecer o sujeito passivo do IPTU. (SÚMULA
399, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 23/09/2009, DJe 07/10/2009)
Súmula 614 – STJ: O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação jurídico-
tributária de IPTU e de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito desses
tributos. (SÚMULA 614, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/05/2018, DJe 14/05/2018)
Critério Pessoal IPTU
L. C. n. 1.508/2003 (CTMRB)
Art. 9º O imposto é devido, a critério da repartição competente:
I - por quem exerça a posse direta do imóvel, sem prejuízo da responsabilidade solidária dos
possuidores indiretos;
II - por qualquer dos possuidores indiretos, sem prejuízo da responsabilidade solidária dos
demais e do possuidor direto.
Parágrafo único. O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana constitui ônus real e
acompanha o imóvel em todos os casos de transmissão de propriedade ou de direitos reais a ele
relativos, por ato "intervivos", doação ou "causa mortis".
Art. 10. O imposto não é devido pelos proprietários, titulares do domínio útil ou possuidores, a
qualquer título, de imóvel construído que, mesmo localizado na zona urbana, seja utilizado,
comprovadamente, em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial.
Critério Pessoal IPTU
L. C. n. 1.508/2003 (CTMRB)
Art. 14. O valor venal do imóvel construído será apurado pela soma do valor do terreno com o
valor de edificação, calculados:
I. pelos valores declarados pelos contribuintes;
II. pelas transações ocorridas nas áreas respectivas;
III - pela avaliação do imóvel considerando:
a) características físicas dos imóveis;
b) localização geral e específicas dos imóveis;
c) equipamentos urbanos existentes.
IV - pelos valores fixados para desapropriação amigável ou judicial na área respectiva;
V - outros dados informativos obtidos pela Administração Municipal.
Base de Cálculo e Alíquota IPTU
AIRES BARRETO: “A progressividade de deve ter objetivo, apenas e tão-só, o de servir como
instrumento de mantença e do uso da propriedade em consonância com a função social que lhe
foi constitucionalmente atribuída. Se o texto constitucional assim dispôs, foi para evitar eventuais
abusos e coibir a fúria fiscal dos municípios”
L. C. n. 1.508/2003 (CTMRB)
Art. 12. A base de cálculo do Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana é o valor
venal do imóvel ao qual aplicar-se-ão as seguintes alíquotas:
I – Predial:
a) 0,5% (cinco décimos por cento) para os imóveis residenciais;
b) 2,0% (dois por cento) para os imóveis não residenciais.
II – Territorial: 2,0% (dois por cento).
§ 1º Nenhum lançamento do imposto a que se refere o caput deste artigo, será inferior a 50%
(cinquenta por cento) da Unidade Fiscal do Município de Rio Branco - UFMRB.
§ 2º Será considerada sobra de área, a área territorial excedente a 20 (vinte) vezes a área
construída, sujeitando-se a referida área à tributação prevista no inciso II deste artigo.
L. C. n. 1.508/2003 (CTMRB)
Art. 15. O lançamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbano, sempre que
possível, será feito em conjunto com os demais tributos que recaem sobre o imóvel, tomando-se
por base a situação existente ao encerrar-se o exercício anterior.
Art. 17. O imposto será lançado anualmente, observando-se a situação do imóvel no Cadastro
Fiscal Imobiliário, em 1º de janeiro do ano a que corresponder o lançamento.
Parágrafo único. Tratando-se de obras novas, o imposto será devido a partir do exercício seguinte
àquele de sua conclusão.
Art. 18. Enquanto não extinto o direito da Fazenda Municipal, o lançamento poderá ser revisto,
de ofício.
Súmula 239 – STF: Decisão que declara indevida a cobrança do imposto em determinado
exercício não faz coisa julgada em relação aos posteriores.
Lançamento IPTU
L. C. n. 1.508/2003 (CTMRB)
Art. 20. O lançamento considera-se regularmente notificado ao sujeito passivo com a entrega do
carnê de pagamento, no local do imóvel ou no local por ele indicado, ao contribuinte ou
responsável ou ainda a seus prepostos ou empregados.
§ 1º. Na hipótese da notificação ser feita pelo correio deverá ser precedida de divulgação, a cargo
do Executivo, das datas de entrega nas agências postais dos carnês de pagamento e das suas
correspondentes datas de vencimento.
§ 2º. Para todos os efeitos de direito, no caso do parágrafo anterior e respeitadas as suas
disposições, presume-se feita a notificação do lançamento, e regularmente constituído o crédito
tributário correspondente, 30 (trinta) dias após a entrega dos carnês de pagamento nas agências
postais.
Lançamento IPTU
Súmula 397 – STJ: O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao seu
endereço. (SÚMULA 397, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 23/09/2009, DJe 07/10/2009)
L. C. n. 1.508/2003 (CTMRB)
Art. 25. São isentos do imposto os imóveis:
V - pertencente à viúva ou viúvo, órfão menor ou pessoa inválida para o trabalho em caráter
permanente, reconhecidamente pobre, quando nele resida e desde que não possua outro imóvel
no Município;
VI - pertencente ao contribuinte reconhecidamente pobre e que preencha as seguintes condições:
a) resida no imóvel;
b) não possua outro imóvel no município;
c) a área do terreno não seja superior a 300 m²;
d) a área da construção não ultrapasse 60 m².
§ 1º. Será considerado reconhecidamente pobre o contribuinte cuja renda per capita dos
residentes do imóvel não ultrapasse a 1/3 (um terço) do salário mínimo vigente.
§ 2º. Excepcionalmente, nas hipóteses de tratamento de saúde de um dos residentes do imóvel,
será desconsiderado o valor fixado no § 1º deste artigo para o efeito de reconhecimento de
pobreza. Neste caso, um agente da administração visitará a residência e informarão em relatório as
circunstâncias especiais a justificar o estado de pobreza.
IMPOSTOS MUNICIPAIS
ITBI ≠ ITCMD
Critério Material ITBI
L. C. n. 1.508/2003 (CTMRB)
Art. 30. O Imposto Sobre Transmissão de Propriedade "Inter Vivos", a qualquer título, por ato
oneroso, de bens imóveis e de direitos reais sobre estes tem como fato gerador:
I - a transmissão de bem imóvel por natureza ou por acessão física;
II - a transmissão de direitos reais sobre bens imóveis, exceto os de garantia;
III - a cessão de direitos relativos à aquisição de bens imóveis.
Art. 31. O fato gerador desse imposto ocorrerá no território do Município da situação do bem.
Critério Material ITBI
L. C. n. 1.508/2003 (CTMRB) Art. 32. O imposto incidirá especificamente sobre:
I - a compra e venda;
III - a permuta;
V - a adjudicação;
VI - o valor dos imóveis que, na divisão de patrimônio comum ou na partilha, forem atribuídos a um dos cônjuges
separados ou divorciados, ao cônjuge supérstite ou a qualquer herdeiro, acima da respectiva meação ou quinhão;
VII - as divisões para a extinção de condomínio de bem imóvel, quando for recebida por qualquer condômino quota-
parte material cujo valor seja maior do que o de sua quota-parte ideal;
VIII - o uso, o usufruto e a enfiteuse;
IX - a cessão de direitos do arrematante ou adjudicatário, depois de assinado o auto de arrematação ou adjudicação;
X - a cessão de direitos decorrentes de compromisso de compra e venda e de promessa de cessão;
XI - a cessão de direitos de concessão real de uso e de uso especial;
XII - a cessão de direitos à sucessão;
XIII - a cessão de benfeitorias e construções em terreno compromissado à venda ou alheio;
XIV - a acessão física quando houver pagamento de indenização;
XV - a cessão de direitos possessórios;
XVI - a promessa de transmissão de propriedades, através de compromisso devidamente quitado;
XVII - todos os demais atos onerosos, translativos de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e
constitutivos de direitos reais sobre bens imóveis e demais cessões de direitos a eles relativos.
Critério Material ITBI
Desapropriação:
É um instituto de direito público pelo qual ocorre a retirada compulsória da propriedade mediante
pagamento de indenização, uma forma originária de aquisição da propriedade.
Não há negócio jurídico dentro do Direito Privado.
Usucapião:
Aquisição originária da propriedade, não se trata de transmissão voluntária e onerosa.
Realizada por mandado judicial que determina o registro da propriedade imóvel.
Herança:
Herdeiro passa seu quinhão para outro de forma:
• gratuita – doação: ITCMD
• onerosa – por meio de pagamento: ITBI
Critério Material ITBI
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO TRIBUTÁRIO.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. DEVIDO PROCESSO LEGAL. ITBI. FATO GERADOR. PROMESSA DE
COMPRA E VENDA. 1. A jurisprudência do STF se consolidou no sentido de que suposta ofensa aos
princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e dos limites da coisa
julgada, quando a violação é debatida sob a ótica infraconstitucional, não apresenta repercussão
geral. Precedente: RE-RG 748.371, de relatoria do Ministro Gilmar Mendes, Dje 1º.8.2013. 2. A
transferência do domínio sobre o bem torna-se eficaz a partir do registro público, momento em
que incide o Imposto Sobre Transferência de Bens Imóveis (ITBI), de acordo com a jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal. Logo, a promessa de compra e venda não representa fato gerador
idôneo para propiciar o surgimento de obrigação tributária. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento. (ARE 807255 AgR, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Primeira Turma, julgado em
06/10/2015, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-218 DIVULG 29-10-2015 PUBLIC 03-11-2015)
“Consoante afirmado na decisão, a jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que o fator
gerador do ITBI ocorre com a transferência efetiva da propriedade no cartório de registro de
imóveis” (ARE 825019 AgR, Segunda Turma, j. 01/03/2016)
Critério Material ITBI
APELAÇÃO - MANDADO DE SEGURANÇA - ITBI - Divisão do imóvel em glebas, para fins de extinção
do condomínio de fato – Ajuste amigável e igualitário entre os impetrantes que decorre de ato não
oneroso e que não implicou em aumento de nenhuma das cotas partes, a afastar a incidência do
ITBI – Violação a direito líquido e certo configurada - Sentença que denegou a segurança
reformada – Recurso provido. (TJSP; Apelação Cível 1002799-69.2015.8.26.0132; Relator (a):
Rezende Silveira; Órgão Julgador: 15ª Câmara de Direito Público; Foro de Catanduva - 3ª Vara Cível;
Data do Julgamento: 09/11/2017; Data de Registro: 14/11/2017)
Critério Material ITBI
Súmula 82 - STF: São inconstitucionais o imposto de cessão e a taxa sobre inscrição de promessa
de venda de imóvel, substitutivos do imposto de transmissão, por incidirem sobre ato que não
transfere o domínio.
Súmula 326 - STF: É legítima a incidência do imposto de transmissão Inter vivos sobre a
transferência do domínio útil.
Súmula 656 - STF: É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de
transmissão inter vivos de bens imóveis - ITBI com base no valor venal do imóvel.
Critério Material ITBI
Incidência do ITBI na integralização no capital de pessoa jurídica
Art. 156, CF
§ 2° - O imposto previsto no inciso II:
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa
jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de
fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade
preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens
imóveis ou arrendamento mercantil;
Critério Material ITBI
Incidência do ITBI na integralização no capital de pessoa jurídica
Art. 37. CTN. O disposto no artigo anterior não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente tenha
como atividade preponderante a venda ou locação de propriedade imobiliária ou a cessão de
direitos relativos à sua aquisição.
§ 1º Considera-se caracterizada a atividade preponderante referida neste artigo quando mais de
50% (cinquenta por cento) da receita operacional da pessoa jurídica adquirente, nos 2 (dois) anos
anteriores e nos 2 (dois) anos subsequentes à aquisição, decorrer de transações mencionadas
neste artigo.
§ 2º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a aquisição, ou menos de 2 (dois)
anos antes dela, apurar-se-á a preponderância referida no parágrafo anterior levando em conta os
3 (três) primeiros anos seguintes à data da aquisição.
§ 3º Verificada a preponderância referida neste artigo, tornar-se-á devido o imposto, nos termos
da lei vigente à data da aquisição, sobre o valor do bem ou direito nessa data.
Critério Material ITBI
Incidência do ITBI na integralização no capital de pessoa jurídica
Tema 796 - Alcance da imunidade tributária do ITBI, prevista no art. 156, § 2º, I, da Constituição, sobre
imóveis incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica, quando o valor total desses bens excederem o limite
do capital social a ser integralizado.
Súmula 108 - STF: É legítima a incidência do imposto de transmissão "inter vivos" sobre o valor do
imóvel ao tempo da alienação e não da promessa, na conformidade da legislação local.
Súmula 110 - STF: O imposto de transmissão ‘inter vivos’ não incide sobre a construção, ou parte
dela, realizada pelo adquirente, mas sobre o que tiver sido construído ao tempo da alienação do
terreno.
Súmula 470 – STF: O imposto de transmissão ‘inter vivos’ não incide sobre a construção, ou parte
dela, realizada, inequivocamente, pelo promitente comprador, mas sobre o valor do que tiver sido
construído antes da promessa de venda.
Critério Temporal ITBI
Art. 108. CC. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos
negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos
reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.
Art. 1.245. CC. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no
Registro de Imóveis.
§ 1º Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do
imóvel.
DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ITBI. FATO
GERADOR: REGISTRO DA TRANSFERÊNCIA EFETIVA DA PROPRIEDADE. ACÓRDÃO RECORRIDO ALINHADO
COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. 1. Nos termos da jurisprudência
da Corte, o fato gerador do ITBI somente ocorre com a transferência efetiva da propriedade no cartório de
registro de imóveis. Precedentes. 2. (...) (ARE 934091 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira
Turma, julgado em 18/11/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-258 DIVULG 02-12-2016 PUBLIC 05-12-2016)
Critério Pessoal ITBI
Sujeito Passivo:
Art. 42. CTN. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser
a lei.
L. C. n. 1.508/2003 (CTMRB)
Art. 35. O Imposto de Transmissão de Propriedade "Inter Vivos" é devido e, como tal, será pago
integralmente:
I - pelo adquirente do bem, direito ou ação;
II - pelas pessoas jurídicas cujo patrimônio sejam ou estejam incorporados aos imóveis.
Critério Pessoal ITBI
L. C. n. 1.508/2003 (CTMRB)
Art. 36. São responsáveis solidariamente pelo pagamento do imposto devido:
I - o transmitente e o cedente nas transmissões que se efetuarem sem o pagamento do imposto;
II - os oficiais dos Cartórios do Registro de Imóveis e demais serventuários do ofício, desde que o
ato de transmissão tenha sido praticado por eles.
Lei 89.351/94 – Regulamenta o art. 236 da CF, dispondo sobre serviços notariais e de registro.
Art. 30. São deveres dos notários e dos oficiais de registro:
XI - fiscalizar o recolhimento dos impostos incidentes sobre os atos que devem praticar;
Art. 50. A falta de pagamento do Imposto nos prazos fixados sujeitará o contribuinte e/ou responsável:
I - à multa de 2% (dois por cento) sobre o valor do débito atualizado monetariamente, se o pagamento
ocorrer até o último dia útil do exercício do lançamento do imposto;
II - à multa de 10% (dez por cento) sobre o valor do débito atualizado monetariamente, se o pagamento
ocorrer em exercício posterior ao do lançamento do imposto;
III - cobrança de juros moratórios à razão de 1% (um por cento) ao mês, incidente sobre o valor do débito
atualizado monetariamente;
IV – à atualização monetária do débito calculada com base no valor da UFMRB vigente a data da quitação do
tributo;
V - inscrita ou ajuizada a dívida, serão devidos, também, custas e honorários de advogado, na forma da
legislação.
Base de Cálculo e Alíquota ITBI
Art. 38. CTN. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos.
Base de cálculo do ITBI → Art. 38 CTN – É o valor venal dos bens ou direitos
Kiyoshi Harada: o valor venal do imóvel é o preço alcançado nas operações de venda à vista,
consideradas as condições normais do mercado imobiliário.
Base de Cálculo e Alíquota ITBI
L. C. n. 1.508/2003 (CTMRB)
Art. 38. Para efeito de recolhimento do imposto, deverá ser utilizado o valor constante do
instrumento de transmissão ou cessão.
§ 1º. Prevalecerá o valor venal do imóvel apurado no exercício, com base na Planta Genérica de
Valores do Município, ou preço de mercado, quando o valor referido no "caput" for inferior.
(...)
§ 5º. Nos casos de divisão do patrimônio comum, partilha ou extinção de domínio, a base de
cálculo será o valor da fração ideal superior à meação ou à parte ideal.
§ 7º. Nas permutas o imposto será cobrado dos adquirentes permutantes, tomando-se por base
um dos valores permutados, quando iguais, ou o valor maior, quando diferentes.
Art. 52. Sempre que sejam omissos ou não mereçam fé às declarações ou os esclarecimentos
prestados ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo, ou pelo terceiro legalmente obrigado,
mediante processo regular, a Administração Pública poderá arbitrar o valor referido no artigo 37.
Parágrafo único. Caberá arbitramento se o valor do bem imóvel constar de avaliação contraditória
administrativa ou judicial.
Base de Cálculo e Alíquota ITBI
L. C. n. 1.508/2003 (CTMRB)
Art. 39. As alíquotas do imposto são as seguintes: