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DIREITO TRIBUTÁRIO

Espécies tributárias II

Professor
Ricardo Alexandre

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DIREITO TRIBUTÁRIO
Espécies tributárias II
Prof. Ricardo Alexandre

Principais Características das Espécies Tributárias

Empréstimos compulsórios

1) Se adotada a teoria da tripartição, seria um imposto, com a peculiaridade de ser restituível;


2) Na teoria da Pentapartição – É Espécie Tributária autônoma, regida pelo art. 148 da CF;
3) Fatos geradores e bases de cálculo devem ser definidos na lei complementar instituidora;
4) Só podem ser instituídos pela União - Competência exclusiva e indelegável;
5) A instituição apesar de sempre depender de situações de relevância e urgência, somente pode ser feita
por lei complementar - não cabe Medida Provisória;
6) Hipóteses de instituição:
CF, Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua
iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto
no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa
que fundamentou sua instituição.

CTN, Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios:
I - guerra externa, ou sua iminência;
II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentários
disponíveis;
III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.
Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate,
observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei.

Contribuições especiais

1) Se adotada a teoria da tripartição, seria um imposto, com a peculiaridade de ter arrecadação vinculada;
2) Na teoria da Pentapartição – É Espécie Tributária Autônoma, regida pelos arts. 149 e 149-A da CF.
3) Fatos geradores e bases de cálculo devem ser definidos na lei complementar instituidora;
4) Subdivisão:
CF, Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas
respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195,
§ 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

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5) Exceção à exclusividade da União Federal


CF, art. 149, § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus
servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota
não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.
6) Competência residual para contribuições da seguridade social:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da
lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física
que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
(…)
CF, art. 195, § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da
seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.

CIDE

CF, Art. 177. C tt mm pó da U ã : (…)


§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação
ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá
atender aos seguintes requisitos:

CONTRIBUIÇÕES CORPORATIVAS

CF, Art. 8º. É livre a associação profissional ou d a , b vad g t : (…)


IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada
em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da

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contribuição prevista em lei;

CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA

Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis,
para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de
energia elétrica.

JURISPRUDÊNCIA – Contribuição de Iluminação Pública:


(...)
I – Lei que restringe os contribuintes da COSIP aos consumidores de energia elétrica do município não ofende
o princípio da isonomia, ante a impossibilidade de se identificar e tributar todos os beneficiários do serviço de
iluminação pública.
II – A progressividade da alíquota, que resulta do rateio do custo da iluminação pública entre os consumidores
de energia elétrica, não afronta o princípio da capacidade contributiva.
III – Tributo de caráter sui generis, que não se confunde com um imposto, porque sua receita se destina a
finalidade específica, nem com uma taxa, por não exigir a contraprestação individualizada de um serviço ao
contribuinte.
IV – Exação que, ademais, se amolda aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.
V–R xt a d á h d mp v d ” (P , RE 573.675-SC, rel. Min. Ricardo Lewandowski, j.
25.03.2009, DJe 22.05.2009).

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