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Direito Tributário e Processo

Tributário

Espécies Tributárias: Contribuições


Professor: Rubens Kindlmann

Raquel Balbino Rocha - 83221271115


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Professor Rubens Kindlmann

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rubens@kindlmann.com.br

Rubens Kindlmann

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Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de
intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias
profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas
respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem
prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que
alude o dispositivo.
§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por
meio de lei, contribuições para custeio de regime próprio de previdência
social, cobradas dos servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas,
que poderão ter alíquotas progressivas de acordo com o valor da base de
contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de pensões.
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§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que
trata o caput deste artigo:
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;
II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços;
III - poderão ter alíquotas:
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da
operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro;
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada.
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser
equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei.
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única
vez.
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Contribuições

Sociais De interesse das


CIDE's categorias
profissionais ou
Iluminação
Pública
economicas
Seguridade
art. 149, segunda parte,
Social e §§ 2º, 3º e 4º, CF art. 149, terceira art. 149-A, CF
parte, CF
art. 149, primeira
Nominadas parte, e §§ 2º, 3º e 4º
c/c art. 195, I, II, III, CF

art. 149, primeira parte,


Residuais c/c art. 195, § 4º, CF

Federal: arts. 40 e 149


Funcionalismo Estadual, Municipal,
Público Distrital: arts. 40 e 149, CF

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Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta,
nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes
sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título,
à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição
sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que
trata o art. 201;
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

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§ 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade
social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.

§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada


pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista
as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada
área a gestão de seus recursos.

§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em


lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios.

§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da


seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
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§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou
estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos
noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes
aplicando o disposto no art. 150, III, "b".

§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de


assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.

§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como


os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem
empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de
uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos
termos da lei.
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§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas diferenciadas
em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da
condição estrutural do mercado de trabalho, sendo também autorizada a adoção de bases de cálculo
diferenciadas apenas no caso das alíneas "b" e "c" do inciso I do caput.

§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de
assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os
Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos.

§ 11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior a 60 (sessenta) meses e, na forma de
lei complementar, a remissão e a anistia das contribuições sociais de que tratam a alínea "a" do inciso I e o
inciso II do caput.

§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma
dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas.
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Art. 177, CF (...)
§4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às
atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e
seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos:
I - a alíquota da contribuição poderá ser:
a) diferenciada por produto ou uso;
b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o
disposto no art. 150,III, b;
II - os recursos arrecadados serão destinados:
a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e
seus derivados e derivados de petróleo;
b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do
gás;
c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes.

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Setor de combustíveis: Cide-Combustíveis
Setor Tecnológico: Cide-Remessas
Industria Cinematográfica e Videofonográfica: Condecine
Setor energético: Cide-Energia
Setor Marítimo: Adicional ao frete para renovação da marinha mercante (AFRMM)
Telecomunicações: Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações
(FUST)
Telecomunicações: Fundo para o Desenvolvimento Tecnólógico das
Telecomunicações (FUNTELL)
Setor Rural: Incra
Empresas em Geral: Sistema “S” (SEBRAE, SESC, SENAI, SENAC, SENAT, SESI, SENAR,
SEST, SESCOOP)

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É a Contribuição para conselhos de fiscalização profissional

Os conselhos de fiscalização profissional são autarquias profissionais que fiscalizam


o exercício de profissões regulamentadas, conforme as respectivas leis específicas.
As contribuições devidas a tais conselhos, como os Conselhos Regionais de
Engenharia e Arquitetura (Crea), os Conselhos Regionais de Química (CRQ), os
Conselhos Regionais de Enfermagem (Coren), são chamadas anuidades. Tendo as
anuidades exigidas pelos conselhos de fiscalização profissional natureza Tributária,
classificando-se como contribuições sociais do interesse das categorias profissionais
ou econômicas (art. 149 da CF), submetem-se necessariamente à legalidade, à
irretroatividade e às anterioridades, bem como às demais garantias tributárias.
(Paulsen, Leandro. Curso de direito tributário completo – 8.ed. – São Paulo: Saraiva, 2017.)

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Também são consideradas contribuições do interesse de categorias
econômicas as contribuições destinadas aos novos serviços sociais
autônomos que atendem a setores específicos

Exemplo: as destinadas ao Serviço Social do Transporte (Sest),


Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat), Serviço
Social da Indústria (SESI), Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial (SENAI) criados pela Lei n. 8.706/93.

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Art. 212, CF. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da
receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências,
na manutenção e desenvolvimento do ensino.

§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a


contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da
lei. (Vide Lei 9766/98 e Decreto nº 6.003/2006)

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É o desvio da destinação da receita tributária para uma finalidade diversa daquela
que se previu inicialmente

ADCT, Art. 76. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de
2023, 30% (trinta por cento) da arrecadação da União relativa às contribuições sociais,
sem prejuízo do pagamento das despesas do Regime Geral da Previdência Social, às
contribuições de intervenção no domínio econômico e às taxas, já instituídas ou que
vierem a ser criadas até a referida data.
(...)
§ 4º A desvinculação de que trata o caput não se aplica às receitas das contribuições
sociais destinadas ao custeio da seguridade social. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)

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ADCT. Art. 76-A. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro
de 2023, 30% (trinta por cento) das receitas dos Estados e do Distrito Federal relativas a
impostos, taxas e multas, já instituídos ou que vierem a ser criados até a referida data,
seus adicionais e respectivos acréscimos legais, e outras receitas correntes.

ADCT, Art. 76-B. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro
de 2023, 30% (trinta por cento) das receitas dos Municípios relativas a impostos, taxas e
multas, já instituídos ou que vierem a ser criados até a referida data, seus adicionais e
respectivos acréscimos legais, e outras receitas correntes.

Redações dadas pela EC93 de 8/9/2016

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DIREITOS CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. DESVINCULAÇÃO DE RECEITAS DA UNIÃO –
DRU. ART. 76 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS. AUSÊNCIA DE CORRELAÇÃO ENTRE
A ALEGADA INCONSTITUCIONALIDADE DA DRU E O DIREITO À DESONERAÇÃO TRIBUTÁRIA PROPORCIONAL À
DESVINCULAÇÃO. ILEGITIMIDADE PROCESSUAL. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A questão nuclear deste recurso extraordinário não é
se o art. 76 do ADCT ofenderia norma permanente da Constituição da República, mas se, eventual
inconstitucionalidade, conduziria a ter a Recorrente direito à desoneração proporcional à desvinculação
das contribuições sociais recolhidas. 2. Não é possível concluir que, eventual inconstitucionalidade da
desvinculação parcial da receita das contribuições sociais, teria como consequência a devolução ao
contribuinte do montante correspondente ao percentual desvinculado, pois a tributação não seria
inconstitucional ou ilegal, única hipótese autorizadora da repetição do indébito tributário ou o
reconhecimento de inexistência de relação jurídico-tributária. 3. Não tem legitimidade para a causa o
contribuinte que pleiteia judicialmente a restituição ou o não recolhimento proporcional à desvinculação
das receitas de contribuições sociais instituída pelo art. 76 do ADCT, tanto em sua forma originária quanto na
forma das alterações promovidas pelas Emendas Constitucionais n. 27/2000, 42/2003, 56/2007, 59/2009 e
68/2011. Ausente direito líquido e certo para a impetração de mandados de segurança. 4. Negado
provimento ao recurso extraordinário.
(STF, RE 566007 Relator(a): Min. CÁRMENLÚCIA. Pub. 11-02-2015 Órgão Julgador: Tribunal Pleno)

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Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir
contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do
serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I
e III.

Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que


se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.

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CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. RE INTERPOSTO CONTRA DECISÃO PROFERIDA EM AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE ESTADUAL. CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DO SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA
- COSIP. ART. 149-A DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. LEI COMPLEMENTAR 7/2002, DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ,
SANTA CATARINA. COBRANÇA REALIZADA NA FATURA DE ENERGIA ELÉTRICA. UNIVERSO DE CONTRIBUINTES
QUE NÃO COINCIDE COM O DE BENEFICIÁRIOS DO SERVIÇO. BASE DE CÁLCULO QUE LEVA EM
CONSIDERAÇÃO O CUSTO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA E O CONSUMO DE ENERGIA. PROGRESSIVIDADE DA
ALÍQUOTA QUE EXPRESSA O RATEIO DAS DESPESAS INCORRIDAS PELO MUNICÍPIO. OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA
ISONOMIA E DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. INOCORRÊNCIA. EXAÇÃO QUE RESPEITA OS PRINCÍPIOS DA
RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. RECURSO EXTRAORDINÁRIO IMPROVIDO. I - Lei que restringe os
contribuintes da COSIP aos consumidores de energia elétrica do município não ofende o princípio da
isonomia, ante a impossibilidade de se identificar e tributar todos os beneficiários do serviço de iluminação
pública. II - A progressividade da alíquota, que resulta do rateio do custo da iluminação pública entre os
consumidores de energia elétrica, não afronta o princípio da capacidade contributiva. III - Tributo de
caráter sui generis, que não se confunde com um imposto, porque sua receita se destina a finalidade
específica, nem com uma taxa, por não exigir a contraprestação individualizada de um serviço ao
contribuinte. IV - Exação que, ademais, se amolda aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.
V - Recurso extraordinário conhecido e improvido.

(RE 573675, Relator: RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 25/03/2009, REPERCUSSÃO GERAL - PUBLIC 22-05-2009)

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