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SEMINÁRIO VI - CONTRIBUIÇÕES
Leitura básica
• CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário: linguagem e método. 8
ed. São Paulo: Noeses, 2021. Item 3.5 (A regra-matriz das contribuições)
do Capítulo 3 da segunda parte.
• BARRETO, Paulo Ayres. Contribuições: regime jurídico, destinação e controle.
3.ed. São Paulo: Noeses, 2020. Capítulos III, IV, VI e VII, VIII e IX.
Leitura complementar
• CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 32 ed. São
Paulo: Noeses, 2022. Capítulo II, item 9 (Contribuições sociais).
• GAMA, Tacio Lacerda. Contribuição de intervenção no domínio econômico. São
Paulo: Quartier Latin. Item 5 (5.1 a 5.5) do Capítulo IX.
• CASTELLANI, Fernando F. Contribuições especiais e sua destinação. São
Paulo: Noeses. Capítulo IV.
• PAULA JUNIOR, Aldo de. O fundamento fático de validade das CIDES e o
controle concentrado de sua constitucionalidade. São Paulo: Noeses. Capítulo
IV.
• TOMÉ, Fabiana Del Padre. Definição do conceito de “insumo” para a não-
cumulatividade do PIS e da COFINS. In: VIII CONGRESSO NACIONAL DE
ESTUDOS TRIBUTÁRIOS DO IBET. São Paulo: Noeses.
• MARTINS, Ives Gandra da Silva. Aspectos polêmicos de PIS-COFINS. São
Paulo: Lex Magister.
• SEHN, Solon. PIS-COFINS, não- cumulatividade e regimes de incidência. São
Paulo: Quartier Latin. Itens 3.1.1.1; 3.1.1.2; 3.1.1.2.2 e 3.1.2.4.
Questões
1. Definir o conceito de “contribuição”. Quais as espécies de contribuição
existentes na CF/88? A destinação do produto da arrecadação tributária é
relevante para a classificação jurídica das contribuições? Se os valores
arrecadados a título de contribuição não forem aplicados na destinação
prescrita na lei, pode o contribuinte requerer restituição do tributo pago? Sob
qual fundamento? Justificar.
As contribuições especiais são espécies autônomas, não se confundem com as
contribuições de melhoria. Para um tributo ser classificado como Contribuição
Especial, a sua arrecadação tem que ser vinculada, ter uma destinação específica, ou
seja, é um tributo finalístico.
A Constituição Federal de 1988 divide as contribuições em três categoras, sendo elas:
Sociais, de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) e as de interesse das
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extras); (ii) terço constitucional; (iii) férias indenizadas; (iv) aviso-prévio indenizado;
(v) adicional de insalubridade; (vi) adicional de periculosidade; (vii) adicional
noturno; (viii) auxílio-educação; (ix) auxílio-creche; (x) auxílio-doença; (xi) salário-
maternidade; (xii) prêmio assiduidade; (xiii) vale-transporte e (xiv) descanso
remunerado. (Vide anexo I).
Salário é a quantia firmada entre as partes, que coincide com os serviços prestados
pelo colaborador. O conceito de rendimentos do trabalho corresponde à remuneração
auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos
que lhe são pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados
a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos
habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste
salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do
empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de
convenção ou de acordo coletivo de trabalho ou de sentença normativa.
Serviços extraordinários (horas extras): Sua incidência ocorre em virtude do caráter
remuneratório da parcela; (ii) Terço Constitucional: Não incidência decorrente do
caráter
apenas indenizatório da parcela; (iii) Férias indenizadas: Não incidência decorrente de
previsão legal (art. 28, §9°, d da Lei 8.212/91). (iv) Aviso prévio indenizado: Não
incidência decorrente do caráter remuneratório, mas, sim, indenizatório da parcela. (v)
Adicional de insalubridade: Incide em virtude do caráter remuneratório da parcela; (vi)
Adicional de periculosidade: Incide em virtude do caráter remuneratório da parcela.;
(vii) Adicional noturno: Incide em virtude do caráter remuneratório da parcela; (ix)
Auxílio-creche: Não incide, conforme previsão da Lei 8.212/91; (x) Auxílio-doença: Não
incidência em decorrência da inexistência do caráter de contraprestação da parcela;
(xi) Salário maternidade: Incidência decorrente de previsão legal (art. 28, §2°, d da Lei
8.212/91); (xii) Prêmio assiduidade: Ganhos eventuais e não integrados ao salário não
integram a base da contribuição (art. 28, par. 9º., “e”, “7”, da Lei 8212/91); (xiii) Vale-
Transporte: (xiv) Vale transporte: De acordo com entendimento do STF, o vale
transporte tem natureza estritamente indenizatória, não incidindo, assim, a
contribuição em tela.
expressiva arrecadação.
O regime não cumulativo é um regime de tributação em que a empresa poderá se
creditar dos valores de PIS e COFINS recolhidos nas operações anteriores.
A tradução do conceito de não-cumulatividade dado pela Magna Carta ao ICMS e
ao
IPI para as contribuições do PIS e da COFINS como forma de integrar a norma
inserida no §12, do art. 195, ao contexto constitucional, decorre do emprego da
analogia (art. 108, I, do CTN). Pois, não se pode abandonar os conceitos utilizados
pela Magna Carta, afinal não foi por acaso que o texto constitucional incorporou a
expressão ‘serão não cumulativas ao art.195. Na esfera judicial, assim como
administrativa, o conceito de insumo para cálculo de crédito de PIS e COFINS não
está restrito às matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem,
como ocorre com outros tipos de impostos, ou seja, para o contexto tributário do
PIS e COFINS, insumo são todos elementos essenciais a operação, portanto, tudo
que for necessário para a produção ou fabricação dos bens destinados à venda ou
prestação de serviço.
O artigo 17 da Lei 11.033/2004, no entendimento de alguns contribuintes, revogou
tacitamente a vedação de manutenção de créditos constante no artigo 3°, inciso I,
alínea “b” das Leis nº 10.637/2002 e nº 10.833/2003. Por outro lado, o fisco,
sedimentou o entendimento de que a hipótese da Lei nº 11.033/2004 não se aplica
para os fins pretendidos pelos contribuintes no que tange à sistemática de
recolhimento monofásico. Contudo, o entendimento jurisprudencial caminhou para o
lado dos contribuintes sob os seguintes fundamentos: (i) não há incidência da
COFINS e da contribuição para o PIS/Pasep, vez que se aplica alíquota 0 (zero)
nas vendas de produtos adquiridos pela sistemática monofásica, portanto, não há
direito de crédito nessas operações; (ii) o mencionado artigo 17 somente se aplica
para as empresas inseridas no regime de tributação do REPORTO; (ii) o
aproveitamento de créditos pela entrada é incompatível com a incidência
monofásica da COFINS e da contribuição para o PIS/Pasep, vez que não há, nesse
caso, cumulatividade a ser evitada; e (iv) que as Leis º 10.637/2002 e nº
10.833/2003, com as alterações promovidas pela Lei nº 10.685/04 são especiais
em relação à Lei nº 11.033/2004 e, que, portanto, prevalecem em relação a esta
última.
Anexo I
REsp n. 1.230.957/RS
DJ 18/03/2014
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA A CARGO DA EMPRESA. REGIME GERAL DA
PREVIDÊNCIA SOCIAL. DISCUSSÃO A RESPEITO DA INCIDÊNCIA OU NÃO
SOBRE AS SEGUINTES VERBAS: TERÇO CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS;
SALÁRIO MATERNIDADE; SALÁRIO PATERNIDADE; AVISO PRÉVIO INDENIZADO;
IMPORTÂNCIA PAGA NOS QUINZE DIAS QUE ANTECEDEM O AUXÍLIO-DOENÇA.
1.1 Prescrição. O Supremo Tribunal Federal ao apreciar o RE 566.621/RS,
Tribunal Pleno, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 11.10.2011), no regime dos arts. 543-A
e 543-B do CPC (repercussão geral), pacificou entendimento no sentido de que,
“reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC 118/05,
considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tão-somente às ações
ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho
de 2005”. No âmbito desta Corte, a questão em comento foi apreciada no REsp
1.269.570/MG (1ª Seção, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe de 4.6.2012),
submetido ao regime do art. 543-C do CPC, ficando consignado que, “para as ações
ajuizadas a partir de 9.6.2005, aplica-se o art. 3º, da Lei Complementar n. 118/2005,
contando-se o prazo prescricional dos tributos sujeitos a lançamento por homologação
em cinco anos a partir do pagamento antecipado de que trata o art. 150, § 1º, do
CTN”.
1.2 Terço constitucional de férias. No que se refere ao adicional de férias relativo
às férias indenizadas, a não incidência de contribuição previdenciária decorre de
expressa previsão legal (art. 28, § 9º, “d”, da Lei 8.212/91 – redação dada pela Lei
9.528/97). Em relação ao adicional de férias concernente às férias gozadas, tal
importância possui natureza indenizatória/compensatória, e não constitui ganho
habitual do empregado, razão pela qual sobre ela não é possível a incidência de
contribuição previdenciária (a cargo da empresa). A Primeira Seção/STJ, no
julgamento do AgRg nos EREsp 957.719/SC (Rel. Min. Cesar Asfor Rocha, DJe de
16.11.2010), ratificando entendimento das Turmas de Direito Público deste Tribunal,
adotou a seguinte orientação: “Jurisprudência das Turmas que compõem a Primeira
Seção desta Corte consolidada no sentido de afastar a contribuição previdenciária do
terço de férias também de empregados celetistas contratados por empresas privadas”.
1.3 Salário maternidade. O salário maternidade tem natureza salarial e a
transferência do encargo à Previdência Social (pela Lei 6.136/74) não tem o condão
de mudar sua natureza. Nos termos do art. 3º da Lei 8.212/91, “a Previdência Social
tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção,
por motivo de incapacidade, idade avançada, tempo de serviço, desemprego
involuntário, encargos de família e reclusão ou morte daqueles de quem dependiam
economicamente”. O fato de não haver prestação de trabalho durante o período de
afastamento da segurada empregada, associado à circunstância de a maternidade ser
amparada por um benefício previdenciário, não autoriza conclusão no sentido de que o
valor recebido tenha natureza indenizatória ou compensatória, ou seja, em razão de
uma contingência (maternidade), paga-se à segurada empregada benefício
previdenciário correspondente ao seu salário, possuindo a verba evidente natureza
salarial. Não é por outra razão que, atualmente, o art. 28, § 2º, da Lei 8.212/91 dispõe
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Anexo II
ARE n. 790.928/PE - RG
DJ 04/09/2014
Princípio da não-cumulatividade. Art. 195, § 12, CF/88. PIS. COFINS. Artigo 3º,
notadamente inciso ii e §§ 1º e 2º, das leis n.s 10.833/2003, 10.637/2002. Artigo 31, §
3º, da lei n. 10.865/2004. Relevância da matéria e transcendência de interesses.
Repercussão geral reconhecida.
Anexo III
AgRg no REsp n. 1.238.358/RS
DJ 27/11/2014
PIS E COFINS. CREDITAMENTO. INSUMOS. ATIVIDADE FIM. MÃO DE OBRA
PESSOA FÍSICA. VEDAÇÃO.
1. Hipótese em que o Tribunal a quo consignou que os valores relativos à mão de obra
empregada no processo produtivo ou na prestação de serviços não se enquadram
dentro da definição de insumos, o que os impossibilitam de serem descontados da
base de cálculo das contribuições PIS e Cofins.
2. “Para fins de creditamento de PIS e Cofins (art. 3º, II, da Leis 10.637/02 e
10.833/03), a ideia de insumos, ainda que na sua acepção mais ampla, está
relacionada com os elementos essenciais à realização da atividade fim da empresa.
Nesse sentido: AgRg no REsp 1.230.441/SC, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia
Filho, Primeira Turma, DJe 18.9.2013” (AgRg no REsp 1.244.507/SC, Rel. Ministro
Benedito Gonçalves, Primeira Turma, julgado em 21.11.2013, DJe 29.11.2013).
3. A mão de obra de pessoa física não gera direito a creditamento, ante a
expressa vedação contida no art. 3º, § 2º, inciso I, das Leis 10.637/2002 e
10.833/2003.
4. Agravo Regimental não provido.
Anexo IV
REsp n. 1.232.697/SC
DJ 14/11/2014
RECURSO ESPECIAL DA FAZENDA NACIONAL: PROCESSUAL CIVIL.
TRIBUTÁRIO. ART. 535, CPC. FUNDAMENTAÇÃO INSUFICIENTE. SÚMULA N.
284/STF. PIS E COFINS NÃO-CUMULATIVOS. BENS INTEGRANTES DO ATIVO
FIXO/IMOBILIZADO/PERMANENTE. CREDITAMENTO PELOS ENCARGOS DE
DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA NA FORMA DA
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Anexo V
CARF - Acórdão n. 3802003.849
Julgamento: 15/10/2014
COFINS. REGIME NÃO-CUMULATIVO. INSUMOS. UTILIZAÇÃO DE BENS E
SERVIÇOS. CREDITAMENTO. AMPLITUDE DO DIREITO. No regime de incidência
não-cumulativa do PIS/Pasep e da COFINS, as Leis 10.637/02 e 10.833/03 (art. 3º,
inciso II) possibilitam o creditamento tributário pela utilização de bens e serviços como
insumos na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, ou ainda
na prestação de serviços, com algumas ressalvas legais. Diante do modelo prescrito
pelas retrocitadas leis – dadas as limitações impostas ao creditamento pelo texto
normativo – vê-se que o legislador optou por um regime de não-cumulatividade parcial,
onde o termo “insumo”, como é e sempre foi historicamente empregado, nunca se
apresentou de forma isolada, mas sempre associado à prestação de serviços ou como
fator de produção na elaboração de produtos destinados à venda, e, neste caso,
portanto, vinculado ao processo de industrialização. COFINS. REGIME DA NÃO-
CUMULATIVIDADE. CREDITAMENTO DECORRENTE DE CUSTOS E DESPESAS
COM INSUMOS. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA APLICAÇÃO DOS
INSUMOS NO PROCESSO PRODUTIVO OU NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. O
creditamento objeto do regime da não-cumulatividade do PIS/Pasep e da COFINS,
além da necessária observação das exigências legais, requer a perfeita comprovação,
por documentação idônea, dos custos e despesas decorrentes da aquisição de bens e
serviços empregados como insumos na atividade da pessoa jurídica. REGIME DA
NÃO-CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. NÃO-COMPROVAÇÃO. GLOSA. A não-
comprovação dos créditos, referentes à não-cumulatividade, indicados no Dacon,
implica sua glosa por parte da fiscalização. ÁLCOOL PARA OUTROS FINS.
CRÉDITOS. APROVEITAMENTO. RATEIO. As receitas relativas a vendas de álcool
para outros fins que não o carburante são tributadas pelas contribuições sociais no
regime de incidência não-cumulativa, devendo o respectivo crédito, em relação aos
insumos utilizados na produção de álcool, ser apurado proporcionalmente à receita
total do produto. NULIDADE DA DECISÃO DE 1ª INSTÂNCIA. INEXISTÊNCIA. O
julgador não está obrigado a rebater todos os argumentos trazidos no recurso, nem a
esmiuçar exaustivamente seu raciocínio, bastando apenas decidir
fundamentadamente, entendimento já pacificado em nossos tribunais superiores.
Hipótese em que o acórdão recorrido apreciou de forma suficiente os argumentos da
impugnação, ausente vício de motivação ou omissão quanto à matéria suscitada pelo
contribuinte, não há que se falar em nulidade do acórdão recorrido. DESPACHO
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Anexo VI
CARF - Acórdão n. 3802003.849
Julgamento: 19/08/2014
COFINS NÃO CUMULATIVO. CONCEITO DE INSUMOS. APLICAÇÃO CASO A
CASO. Não se aplica, para apuração do insumo de PIS não cumulativo previsto no
inciso II, artigo 3º, Lei n. 10.637/02, o critério estabelecido para insumos do sistema
não cumulativo de IPI/ICMS, uma vez que não importa, no caso das contribuições, se
o insumo consumido obteve ou não algum contato com o produto final comercializado.
Da mesma forma não interessa em que momento do processo de produção o insumo
foi utilizado. Por outro giro, também não se aplica o conceito específico de imposto de
renda que define custo e despesas necessárias. O conceito de insumo para o sistema
não cumulativo do PIS é próprio, sendo que deve ser considerado insumo aquele que
for UTILIZADO direta ou indiretamente pelo contribuinte na produção/fabricação de
produtos/serviços; for INDISPENSÁVEL para a formação do produto/serviço final e for
RELACIONADO ao objeto social do contribuinte. Em virtude destas especificidades, os
insumos devem ser analisados caso a caso. CRÉDITOS DA NÃO-CUMULATIVIDADE
DA COFINS. IMPOSSIBILIDADE. SERVIÇOS DE FUMIGAÇÃO. DESPESAS
INCORRIDAS APÓS O PROCESSO PRODUTIVO. FALTA DE PREVISÃO LEGAL. Os
serviços de capatazia e os serviços de fumigação são despesas operacionais
incorridas quando da exportação dos produtos fabricados pela recorrente, não se
tratando de despesas de armazenagem, nem se amoldando ao conceito de insumo,
respectivamente. A inexistência de previsão legal contida no artigo 3º da Lei n. 10.833,
de 2003 para as referidas despesas impedem o correspondente creditamento de
Cofins. NÃO-CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. APROVEITAMENTO. ÉPOCA. Os
legítimos créditos de Cofins de um determinado mês podem ser utilizados em meses
subsequentes, inclusive quando apurado extemporaneamente, sem necessidade,
neste caso, de alterar o valor a recolher apurado à época do lançamento feito pelo
contribuinte. Recurso Voluntário Provido em Parte. Direito Creditório Reconhecido em
Parte.
Anexo VII
AgRg no REsp 1.051.634/CE
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Anexo VIII
AgRg no Ag n. 1.233.634/PE
DJ 13/10/2011
PIS E COFINS. IMPORTAÇÃO. DEFINIÇÃO DE VALOR ADUANEIRO. OFENSA AO
ART. 535, II, DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA. AFRONTA AOS ARTS. 77 DO
DECRETO 4.543/03 E 110 DO CTN. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO.
SÚMULA 211/STJ. ACÓRDÃO RECORRIDO APOIADO EM MATÉRIA DE CUNHO
EMINENTEMENTE CONSTITUCIONAL. RECURSO ESPECIAL. NÃO CABIMENTO.
AGRAVO NÃO PROVIDO.
1. Não caracteriza ofensa ao art. 535, II, do CPC quando o Tribunal de origem
pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a questão posta nos autos, assentando-
se em fundamentos suficientes para embasar a decisão, não estando, desta forma, o
magistrado obrigado a rebater, um a um, os dispositivos legais trazidos pela parte.
2. “Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da oposição
de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo Tribunal a quo” (Súmula 211/STJ).
3. “A discussão quanto à validade do art. 7º da Lei 10.865/2004, que teria
ampliado o conceito de “valor aduaneiro” utilizado no art. 149, § 2º, III, da Constituição
da República, é matéria constitucional, pelo que não pode ser analisada em Recurso
Módulo Controle da Incidência Tributária
Especial” (RESP 1.055.427/RJ, Rel. Min. Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe
19/12/08).
4. Agravo regimental não provido.
Anexo IX
AgRg no RE n. 632.832/RS
DJ 29/08/2014
CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO. LEI N.
10.168/2000. DESNECESSIDADE DE VINCULAÇÃO DIRETA ENTRE O
CONTRIBUINTE E O BENEFÍCIO PROPORCIONADO PELAS RECEITAS
ARRECADADAS. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal consolidou-se no
sentido de que a Lei n. 10.168/2000 instituiu contribuição de intervenção no domínio
econômico (CIDE). Afigura-se, pois, desnecessária a edição de lei complementar para
sua criação, assim como é prescindível, nos termos da jurisprudência desta Excelsa
Corte, a existência de vinculação direta entre o contribuinte e o benefício
proporcionado pelas receitas tributárias arrecadadas. Agravo regimental conhecido e
não provido.
Anexo X
CARF - Acórdão n° 9303-005.293
Ementa
Assunto: Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE
Período de apuração: 01/01/2007 a 31/12/2008
Decisão
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do
Recurso Especial e, no mérito, por maioria de votos, em negar-lhe provimento,
vencidas as Conselheiras Vanessa Marini Cecconello (Relatora), Tatiana Midori
Migiyama e Érika Costa Camargos Autran, que lhe deram provimento. Designado para
redigir o voto vencedor o Conselheiro Demes Brito. (assinado digitalmente)