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MÓDULO 4
1
ENCARGOS e ACRÉSCIMOS

AULA 19

PARCELAS PREVIDENCIÁRIAS

Art.114 CF/88. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e
seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;

Art.195 CF/88. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições
sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,


incidentes sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer


título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;

(...)

II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo


contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência
social de que trata o art. 201;

Súmula 368/TST. A Justiça do Trabalho é competente para determinar o


recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à
execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em
pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário-
de-contribuição.

OJ 363 SDI-1 /TST. A responsabilidade pelo recolhimento das contribuições social e


fiscal, resultante de condenação judicial referente a verbas remuneratórias, é do
empregador e incide sobre o total da condenação. Contudo, a culpa do empregador
pelo inadimplemento das verbas remuneratórias não exime a responsabilidade do
empregado pelos pagamentos do imposto de renda devido e da contribuição
previdenciária que recaia sobre sua quota-parte.

Art. 43, Lei 8.212/91. Nas ações trabalhistas de que resultar o pagamento de direitos
sujeitos à incidência de contribuição previdenciária, o juiz, sob pena de responsabilidade,
determinará o imediato recolhimento das importâncias devidas à Seguridade Social.

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Súmula 401 /TST. Os descontos previdenciários e fiscais devem ser efetuados pelo
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juízo executório, ainda que a sentença exeqüenda tenha sido omissa sobre a questão,
dado o caráter de ordem pública ostentado pela norma que os disciplina. A ofensa à
coisa julgada somente poderá ser caracterizada na hipótese de o título exeqüendo,
expressamente, afastar a dedução dos valores a título de imposto de renda e de
contribuição previdenciária.

1. Cálculo

Art. 879, §1º-A, CLT. A liquidação abrangerá, também, o cálculo das contribuições
previdenciárias devidas.

Súmula 368, III, TST. Em se tratando de descontos previdenciários, o critério de


apuração encontra-se disciplinado no art. 276, § 4º, do Decreto n º 3.048/99 que
regulamentou a Lei nº 8.212/91 e determina que a contribuição do empregado, no caso
de ações trabalhistas, seja calculada mês a mês, aplicando-se as alíquotas previstas no
art. 198, observado o limite máximo do salário de contribuição.

Art.28, Lei 8.212/91. Entende-se por salário-de-contribuição: I - para o empregado e


trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida
a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o
mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas,
os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste
salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do
empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de
convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa;

Recomenda-se que as parcelas previdenciárias sejam apuradas em planilha


apartada, de forma a prover um demonstrativo organizado e claro, cabendo a
transposição para a planilha principal tão somente dos valores históricos resultantes.

Contribuição do Contribuição do
EMPREGADO EMPREGADOR
Art.195, I, CF/88 Art.195, II, CF/88
Art.20, Lei 8.212/91 Art.22, Lei 8.212/91
apuração mensal apuração mensal
parcelas (Tabela de Incidência) parcelas (Tabela de Incidência)
alíquota de contribuição simples alíquota de contribuição composta
tabela de contribuição mensal tabelas de alíquotas (GILRAT/FPAS)
alíquota em % variável alíquotas em % fixos
limite máximo de contribuição sem limite de contribuição
descontado do crédito do RTE não descontado do crédito do RTE
acréscimos legais moratórios acréscimos legais moratórios

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1. 1. Contribuição do Empregado
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A apuração mês a mês deve, então, seguir os seguintes passos:

1. Somar as parcelas (c/incidência) do mês (pagas + deferidas)  Resultado = Salário


de Contribuição (total)

2. Consultar Tabela Mensal de Contribuição (em vigor no mês da época própria da


parcela) e aplicar alíquota (%)  Resultado = valor INSS devido*

3. Subtrair o valor do INSS recolhido* (presumido ou comprovado no processo) 


Resultado = valor INSS a recolher

4. Subtrair o INSS a recolher do total mensal das parcelas deferidas apuradas

5. Ao INSS a recolher aplicar acréscimos legais

(*) inferior ao limite máximo de contribuição

1. 2. Contribuição do Empregador

Cada empresa, de acordo com sua atividade principal classificada no


CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), possui um código
FPAS (Fundo de Previdência e Assistência Social) e um G IILRAT (Grau de
Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos de Acidentes no
Trabalho). Para consulta, deve-se acessar (internet):

http://www.receita.fazenda.gov.br/previdencia/gfip/gfip4tabelas.htm

A apuração mês a mês deve, então, seguir os seguintes passos:

1. Somar as parcelas (c/incidência) do mês (deferidas)

2. Aplicar o percentual (%) resultante da soma das alíquotas FPAS e GIILRAT


(conforme a atividade da empresa)  resultado: valor INSS a recolher

3. Ao INSS a recolher aplicar acréscimos legais

1.2.1. Contribuição de Terceiros

As contribuições de terceiros são contribuições compulsórias direcionadas às


entidades de prestação de serviço social e de formação profissional, e destinam-se ao
custeio das empresas privadas pertencentes ao sistema “S” (SESI, SENAC, SENAI, SENAR,
etc). A União Federal apenas arrecada tais contribuições e faz o repasse para as empresas
ligadas ao sistema “S”, e, como forma de contraprestação por esse serviço, as empresas
privadas efetuam o pagamento de um pequeno percentual calculado sobre o produto
da arrecadação (§ 1º do artigo 3º da Lei n. 11.457/2007 e artigo 274 do Decreto n.
3.048/99). Essa retribuição pecuniária financia indiretamente a seguridade social, estando
enquadrada pelo legislador infraconstitucional no título “outras receitas” (inciso III do artigo
11 e inciso II do artigo 27 da Lei n. 8.212/91).
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Ante a expressa remissão do § 3º do artigo 114 da CF (atual inciso VIII do artigo 114)
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ao artigo 195, incisos I, letra “a”’ e II, do Texto Constitucional, a competência reconhecida
da Justiça do Trabalho para execução das contribuições previdenciárias não alcança as
Contribuições de Terceiros.

1.3. Acréscimos legais

Art. 879, § 4o, CLT. A atualização do crédito devido à Previdência Social observará os
critérios estabelecidos na legislação previdenciária.

1.3.1. Correção Monetária (até dezembro/94)

Fórmula: Valor original devido x Coeficiente em UFIR (Tabela Mensal de


Recolhimento em Atraso) x Valor da UFIR vigente por ocasião do pagamento

Acesso (internet): http://www2.dataprev.gov.br/pls/sal/pr_sal2_emite_planilha

1.3.2. Juros de Mora

Equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia -


SELIC, para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do primeiro dia
do mês subsequente ao vencimento do prazo até o mês anterior ao do pagamento e de
1% (um por cento) no mês do pagamento. Acesso (internet):
http://www2.dataprev.gov.br/pls/sal/pr_sal2_emite_planilha

1.3.3. Multa de Mora

Calculada à taxa de 0,33% (trinta e três centésimos por cento), por dia de atraso. A
multa será calculada a partir do primeiro dia subsequente ao do vencimento do prazo
previsto para o pagamento do tributo ou da contribuição até o dia em que ocorrer o seu
pagamento. O percentual de multa a ser aplicado fica limitado a 20% (vinte por cento).

1.3.4. Exigibilidade dos acréscimos

Em 03/12/08 foi editada a Medida Provisória nº 449/08, que, em 27/5/09, foi


convertida na Lei nº 11.941/09, fixando alterações no Art. 43 da Lei 8.212/91, dentre elas as
seguintes:

§ 2º. Considera-se ocorrido o fato gerador das contribuições sociais na data da prestação
do serviço.

§ 3º. As contribuições sociais serão apuradas mês a mês, com referência ao período da
prestação de serviços, mediante a aplicação de alíquotas, limites máximos do salário-de-
contribuição e acréscimos legais moratórios vigentes relativamente a cada uma das
competências abrangidas, devendo o recolhimento ser efetuado no mesmo prazo em
que devam ser pagos os créditos encontrados em liquidação de sentença ou em acordo
homologado, sendo que nesse último caso o recolhimento será feito em tantas parcelas
quantas as previstas no acordo, nas mesmas datas em que sejam exigíveis e
proporcionalmente a cada uma delas.

1.3.4.1. Épocas próprias (parcelas) anteriores a 04/3/09

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Parcelas Previdenciárias 5
MÊS POSTERIOR

P1 (+ TR)
P1
Juros de Mora
P2 (+ TR)
P2
(tabela SELIC)
+ Multa de Mora
P3 (+ TR)
P3
P4
P4 (+ TR)

P5
P5 (+ TR)

Decisão Data
Homologatória de
de Cálculo de Cálculo
Liquidação (atualização)

1.3.4.2. Épocas próprias (parcelas) a partir de 04/3/09

Parcelas Previdenciárias

P1 (+ Juros SELIC+ Multa)


P1
P2 (+ Juros SELIC+ Multa)
P2
P3 (+ Juros SELIC+ Multa)
P3
P4 (+ Juros SELIC+ Multa)
P4
P5 P5 (+ Juros SELIC+ Multa)

Decisão Data
Homologatória de
de Cálculo de Cálculo
Liquidação (atualização)

* Sobre o assunto, acessar:

https://www.trt3.jus.br/download/artigos/pdf/234_debitos_contribuicao_previdenciaria.pdf

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AULA 20
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CORREÇÃO MONETÁRIA

No processo trabalhista, consiste no procedimento de atualização dos valores de


parcelas e de créditos apurados em liquidação, com a finalidade de compensar a perda
que sofreu o valor da moeda em determinado período, em razão dos fatos econômicos.

Súmula 211/TST. Juros de Mora e Correção Monetária - Liquidação da Sentença


Trabalhista. Os juros da mora e a correção monetária incluem-se na liquidação, ainda que
omisso o pedido inicial ou a condenação.

Súmula 200/TST. Juros de Mora - Condenação Trabalhista. Os juros da mora incidem


sobre a importância da condenação já corrigida monetariamente.

Art. 39, Lei 8.177/91. Os débitos trabalhistas de qualquer natureza, quando não
satisfeitos pelo empregador nas épocas próprias assim definidas em lei, acordo ou
convenção coletiva, sentença normativa ou cláusula contratual sofrerão juros de mora
equivalentes à TRD acumulada no período compreendido entre a data de vencimento da
obrigação e o seu efetivo pagamento.

BASE de CORREÇÃO MONETÁRIA

Verbas Trabalhistas

1977 Obrigação Reajustável do TN- ORTN

1986 OTN

1989 C.Poupança (TR)

1991 Taxa Referencial Diária -TRD

1993 Taxa Referencial - TR

1.1. Índices de Correção Monetária

Acesso (internet): www.csjt.jus.br Sistemas  Atualização Monetária:

 Tabela Única de Atualização de Débitos Trabalhistas: permite acesso à última


tabela mensal editada e em vigor no mês da consulta  o índice escolhido atualiza
monetariamente do 1º dia do mês/ano referência do índice até o dia limite da
tabela.

 Gerador de Índices Mensais (TR): permite acesso a qualquer tabela já editada:

 (aba) Índices Mês a Mês: permite acesso à tabela relativa à data a ser
indicada pelo usuário na lacuna própria  o índice escolhido atualiza
monetariamente do 1º dia do mês/ano referência do índice até o dia
limite da tabela.

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 (aba) Índices Diários: permite acesso à última tabela mensal editada e
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em vigor no mês da consulta  o índice escolhido atualiza
monetariamente do dia escolhido até o dia limite da tabela.

1.2. Época Própria

1.2.1. Parcelas mensais

Art. 457, § 1º, CLT. Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá
ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.

Súmula 381/TST. O pagamento dos salários até o 5º dia útil do mês subsequente ao
vencido não está sujeito à correção monetária. Se essa data limite for ultrapassada,
incidirá o índice da correção monetária do mês subseqüente ao da prestação dos
serviços, a partir do dia 1º.

1.2.2. Férias concedidas

Art.145, CLT. O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono


referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período.

1.2.3. 13º Salário

Art.1,º Decreto 57.155/65. O pagamento da gratificação salarial, instituída pela Lei


nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as alterações constantes da Lei nº 4.749, de 12 de
agôsto de 1965, será efetuado pelo empregador até o dia 20 de dezembro de cada ano,
tomando-se por base a remuneração devida nesse mês de acôrdo com o tempo de
serviço do empregado no ano em curso.

1.2.4. Parcelas rescisórias

Art. 477, § 6º, CLT. O pagamento das parcelas constantes do instrumento de


rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos:

a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou

b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência


do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento.

1.3. Outros índices

1.3.1. Débitos da União Federal

CORREÇÃO MONETÁRIA / Verbas Trabalhistas

03/3/1991 Índice (TRD / TR)


29/6/2009 Índice Oficial de Remuneração Básica da C. Poupança
(TR)
25/3/2015 Índice de Preço ao Consumidor Amplo - IPCA-E
1.3.2. Contribuição Previdenciária

CORREÇÃO MONETÁRIA/ Parcelas INSS

até 31/12/94 Índice (UFIR)

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1.4. Natureza
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A parcela de correção monetária passa a integrar o principal e assume a mesma
natureza da respectiva parcela trabalhista atualizada (salarial ou indenizatória).

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AULA 21
9
JUROS DE MORA

Parcela devida na liquidação trabalhista judicial, em razão da mora do devedor


quanto ao pagamento ao credor, como compensação pelo uso do capital, de forma a
desestimular o seu inadimplemento, sendo calculada através de taxa percentual sobre o
valor do débito, proporcionalmente ao tempo de inadimplemento.

Súmula 200/TST. Os juros da mora incidem sobre a importância da condenação já


corrigida monetariamente.

Art. 39, § 1°, Lei 8177/91. Aos débitos trabalhistas constantes de condenação pela Justiça
do Trabalho ou decorrentes dos acordos feitos em reclamatória trabalhista, quando não
cumpridos nas condições homologadas ou constantes do termo de conciliação, serão
acrescidos, nos juros de mora previstos no caput juros de um por cento ao mês, contados
do ajuizamento da reclamatória e aplicados pro rata die, ainda que não explicitados na
sentença ou no termo de conciliação.

. 1. Parâmetros de incidência

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2. Cálculo

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2.1. Percentuais decrescentes

2.2. Casos especiais

2.2.1.Indenização por Dano Moral

Súmula 439 /TST. Nas condenações por dano moral, a atualização monetária é
devida a partir da data da decisão de arbitramento ou de alteração do valor. Os juros
incidem desde o ajuizamento da ação, nos termos do art. 883 da CLT.

2.2.2.Massa Falida

Art. 124, Lei 10.101/95. Contra a massa falida não são exigíveis juros vencidos após a
decretação da falência, previstos em lei ou em contrato, se o ativo apurado não bastar
para o pagamento dos credores subordinados.
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2.2.3.Intervenção e Liquidação Extrajudicial (Banco Central)
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Súmula 304 /TST. Os débitos trabalhistas das entidades submetidas aos regimes de
intervenção ou liquidação extrajudicial estão sujeitos a correção monetária desde o
respectivo vencimento até seu efetivo pagamento, sem interrupção ou suspensão, não
incidindo, entretanto, sobre tais débitos, juros de mora.

2.2.4. Parcelas Previdenciárias

(ver estudo sobre Parcelas Previdenciárias)

2.3. Natureza

A parcela de juros de mora passa a integrar o principal, como parcela de natureza


de indenizatória. (OJ 400 SDI-1 /TST)

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AULA 22
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IMPOSTO DE RENDA

Art.46, Lei 8.541/92. O imposto sobre a renda incidente sobre os rendimentos pagos
em cumprimento de decisão judicial será retido na fonte pela pessoa física ou jurídica
obrigada ao pagamento, no momento em que, por qualquer forma, o rendimento se
torne disponível para o beneficiário.

Súmula 368 /TST. A Justiça do Trabalho é competente para determinar o


recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à
execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em
pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário-
de-contribuição.

Súmula 401 /TST. Os descontos previdenciários e fiscais devem ser efetuados pelo
juízo executório, ainda que a sentença exeqüenda tenha sido omissa sobre a questão,
dado o caráter de ordem pública ostentado pela norma que os disciplina. A ofensa à
coisa julgada somente poderá ser caracterizada na hipótese de o título exeqüendo,
expressamente, afastar a dedução dos valores a título de imposto de renda e de
contribuição previdenciária.

OJ 363 SDI 1/TST. A responsabilidade pelo recolhimento das contribuições social e


fiscal, resultante de condenação judicial referente a verbas remuneratórias, é do
empregador e incide sobre o total da condenação. Contudo, a culpa do empregador
pelo inadimplemento das verbas remuneratórias não exime a responsabilidade do
empregado pelos pagamentos do imposto de renda devido e da contribuição
previdenciária que recaia sobre sua quota-parte.

1. Cálculo

Lei 7.713/88 Art. 6º (isenções)

Art. 7º (incidências)

Art.12-A (tributação de RRA)

Art. 25 (deduções na base de cálculo)

Art. 26 (tributação de 13º Salário)

Lei 8.541/92 Art. 46 (decisão judicial)

Decreto 3.000/99 Art. 39 (isenções)

Art. 43, 45, 55 (incidências)

Art. 55 (tributação de RRA)

Art. 77, 78 (deduções na base de cálculo)

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Instrução Normativa SRFB nº 1.127/2011
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Instrução Normativa SRFB nº 1.145/2011

Solução de Divergência nº1/2009 SRFB (férias indenizadas)

Imposto de Renda Pessoa Física

(crédito trabalhista)

base tributável (Tabela de


Incidência)
sistema de tributação s/RRA*
tabela progressiva mensal (alíquota)
limite mínimo de tributação
descontado do crédito do RTE
acréscimos legais moratórios

1.1. Elementos necessários para o cálculo

 Base Mensal Tributável = (Somatório das parcelas com incidência) – (INSS cota
empregado) + Correção Monetária

 Base Total Tributável (BTT) = Somatório das parcelas Base Mensal Tributável relativas
ao período contratual considerado

 N = número de meses com parcela tributável e de 13º salários

1.2. Sistema de Cálculo para Rendimentos Recebidos Acumuladamente*:

1. Dividir BTT por N  Resultado = Base Mensal Média Tributável (BMMT)

2. Consultar Tabela Progressiva Mensal referente ao mês de pagamento do crédito


(ou data do cálculo)  observar: alíquota (percentual) e parcela a deduzir (valor)

3. {[BMMT x (alíquota)] - parcela a deduzir} x N  Resultado = Imposto de Renda Total

2. Momento do Cálculo

O momento adequado para o cálculo, dedução e recolhimento do Imposto de


Renda é a época do pagamento (integral ou parcial) ao Reclamante do seu crédito (cf.
Art. 7º da Lei 7.713/88), tendo em vista o fato gerador definido no Art. 43 do Código
Tributário Nacional - CTN, ou seja, a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica
de renda (produto do trabalho).

Entretanto, é prática comum que tal apuração figure na consolidação dos cálculos
de liquidação. O ideal é que sempre constem discriminados o valor da base total
tributável e a quantidade de parcelas mensais tributáveis, para fim de ulterior apuração
do tributo.

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