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Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem

Direito Tributário

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Direito Tributário

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Direito Tributário

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Revisão Turbo | 39° Exame da OAB

Sumário

Aula 10/11/2023 – Turno da noite ................................................................................................ 4


Aula 16/11/2023 – Turno da manhã........................................................................................... 29

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Aula 10/11/2023 – Turno da noite

1. Conceito de tributo

Art. 3º, do CTN. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

*Para todos verem: esquema.

Toda prestação pecuniária compulsória

Paga em moeda, ou cujo valor nela se possa exprimir

Não constitua sanção por ato ilícito

Prevista em lei

1.1. Não constitua sanção por ato ilícito


Tributo não é pena, não poderá ser exigido como forma de punição (sanção política).
Igualmente não se poderá tributar atividade ilícita, entretanto sobre os frutos decorrentes
da atividade ilícita, poderá ocorrer a incidência tributária. Trata-se do princípio da pecunia non
olet.

1.2. Prevista em lei


O tributo sempre deverá ser criado por meio de lei. Via de regra, será criado por lei

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ordinária, através do Poder Legislativo. Excepcionalmente, apenas 4 (quatro) tributos deverão ser
criados por meio de lei complementar.
Exceção:
*Para todos verem: esquema.

Contribuição de Imposto sobre


Empréstimo Imposto
seguridade grandes
compulsório residual
social residual fortunas

Lembre-se que a medida provisória não pode atuar em matéria reservada à lei
complementar, logo não poderá criar estes 4 tributos e muito menos editar normas gerais de
direito tributário, como por exemplo: regrais gerais sobre prescrição e decadência (art. 146, III, b
da CF).

2. Competência tributária
A Constituição Federal não cria tributos, mas outorga poderes aos entes (União, Distrito
Federal, Estados e Municípios) para que estes criem.
Poderão ser criadas as seguintes espécies tributárias:
*Para todos verem: esquema.

Contribuição Contribuições Empréstimo


Impostos Taxas
de melhoria especiais compulsório

Assim, observando o disposto na Constituição Federal, em seus arts. 153 e 154


(impostos), 145, II (taxas), 145, III (contribuição de melhoria), 149 (contribuições especiais) e 148
(empréstimos compulsórios), são os seguintes tributos que a União poderá instituir:

Veja o esquema na página a seguir...

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*Para todos verem: esquema.

Imposto de importação

Imposto de exportação

Imposto de renda

Imposto territorial rural

Impostos Imposto sobre operações financeiras

Taxa Imposto sobre grandes fortunas

Contribuição
Imposto sobre produtos industrializados
de melhoria

Imposto extraordinário de guerra

União
Imposto residual

Contribuições sociais

Contribuição previdenciária de servidor


Contribuições
especiais
Contribuição de intervenção no domínio
econômico
Empréstimo
compulsório
Contribuição de categoria profissional

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Das competências da União anteriormente expostas, duas questões são extremamente


importantes e têm recorrência em provas: será sempre e somente da União a competência para
a criação de novos tipos de impostos (os chamados residuais), bem como das novas
contribuições de seguridade social residuais. E tudo isso somente mediante lei complementar.
Assim, na forma do art. 154, I, da CF/1988, somente a União poderá instituir, mediante lei
complementar, impostos não previstos no art. 153 da Carta Magna, desde que respeitado o
princípio da não cumulatividade e que não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos
discriminados no texto constitucional.
Igualmente, na forma do art. 195 da CF/1988:

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
(...)
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão
da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.

Logo, caso lhe seja perguntado em sua prova se o Estado poderá criar um novo tipo de
imposto, bem como se o Município poderá instituir nova fonte de custeio para seguridade social,
afirme que não, visto que tal competência residual será apenas da União.
Por fim, e não menos importante: se tal exigência depende de lei complementar, será
correto você afirmar igualmente que medida provisória não poderá criar novo tipo de imposto e/
ou nova fonte de custeio para seguridade social, visto que, na forma do art. 62, § 1º, III, da
CF/1988, a medida provisória não poderá legislar em matéria reservada à lei complementar.
Após análise da competência da União, vejamos a competência do Distrito Federal.
Assim, observando o disposto na Constituição Federal, em seus arts. 155 e 147 (impostos), 145,
II (taxas), 145, III (contribuição de melhoria), 149, § 1º e 149-A (contribuição do regime
previdenciário de servidor público e contribuição de iluminação pública), são os seguintes tributos
que o Distrito Federal poderá instituir:

Veja o esquema na página a seguir...

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*Para todos verem: esquema.

Imposto predial territorial urbano

Imposto sobre transmissão de bens


imóveis

Imposto sobre serviços


Impostos
Imposto sobre propriedade veicular
Taxa
Imposto sobre transmissão causa
mortis ou doação
Distrito Contribuição
Federal de melhoria
Imposto sobre circulação de
mercadorias

Contribuição previdenciária de
servidor
Contribuições
especiais
Contribuição sobre custeio de
iluminação pública

Vale dizer que, na forma dos arts. 147 e 155 da CF/1988, o Distrito Federal terá
competência cumulativa para instituir os impostos de competência dos Estados e Municípios,
visto que o Distrito Federal não é dividido em Municípios.
Já os Estados, observado o disposto na CF/1988, em seus arts. 155 (impostos), 145, II
(taxas), 145, III (contribuição de melhoria), e 149, § 1º (contribuição do regime previdenciário de
servidor público), poderão instituir os seguintes tributos:

Veja o esquema na página a seguir...

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*Para todos verem: esquema.

Imposto sobre
propriedade veicular

Imposto sobre
Impostos transmissão causa mortis
e doação

Imposto sobre circulação


Taxa
de mercadorias
Estados
Contribuição de
melhoria

Contruibuições Contribuição
especiais previdenciária de servidor

Por fim, os Municípios, uma vez observado o disposto na CF/1988, em seus arts. 156
(impostos), 145, II (taxas), 145, III (contribuição de melhoria), 149, § 1º, e 149-A (contribuição do
regime previdenciário de servidor público e contribuição de iluminação pública), poderão instituir
os seguintes tributos:
*Para todos verem: esquema.

Imposto predial territorial


urbano

Imposto sobre transmissão


Impostos por ato entre vivos de bem
imóvel (onerosa)

Taxa Imposto sobre serviços


Municípios
Contribuição de
melhoria
Contribuição previdenciária
de servidor
Contruibuições
especiais
Contribuição sobre custeio
de iluminação pública

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2.1. Arrecadação de tributos


A competência tributária será indelegável na forma do artigo 7º. Entretanto, a capacidade
ativa tributária poderá ser delegada do ente competente para outra pessoa jurídica de direito
público.
Assim, lembre-se que poderá ser delegada a capacidade ativa tributária para outra pessoa
jurídica de direito público. Tal delegação consiste na delegação das funções administrativas de:
• Arrecadação;
• Fiscalização;
• Execução das leis.

A competência para criar, majorar, excluir e/ou reduzir, esta será indelegável.

3. Limitações ao poder de tributar


3.1. Princípio da legalidade
A criação, majoração, redução ou extinção de tributo deverá ser feita através de lei.
Mitigações/ exceções:

*Para todos verem: esquema.

Alterar alíquotas II, IE, IPI, IOF


Poder Executivo:
decreto ou portaria
Atualizar base de
Qualquer tributo
cálculo

STF: alterar prazo de pagamento também poderá ser feito por ato do poder executivo.

Resolva a questão a seguir:

1) FGV - 2019 - OAB – 29º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


O Chefe do Executivo do Município X editou o Decreto 123, em que corrige o valor venal dos imóveis
para efeito de cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), de acordo com os índices
inflacionários anuais de correção monetária. No caso narrado, a medida

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A) fere o princípio da legalidade, pois a majoração da base de cálculo somente pode ser realizada por
meio de lei em sentido formal.
B) está de acordo com o princípio da legalidade, pois a majoração da base de cálculo do IPTU dispensa
a edição de lei em sentido formal.
C) está de acordo com o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da base de cálculo do IPTU
pode ser realizada por meio de decreto.
D) fere o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da base de cálculo do IPTU não dispensa
a edição de lei em sentido formal.

3.2. Princípio anterioridade


Tal princípio irá limitar a possibilidade e atividade dos entes competentes de cobrarem os
tributos por eles respectivamente criados ou majorados. Logo, este princípio servirá para
“programar” o contribuinte quando ele deverá e poderá ser exigido dos respectivos tributos, uma
vez realizados os fatos geradores dispostos na norma tributária.
Mas, desde já, lembre-se: como se trata de limitação ao exercício da competência
tributária, ele será observado apenas quando da criação ou majoração de tributo, visto que,
quando se tratar de medida desonerativa (mais favorável) ao contribuinte, tal norma terá
aplicação imediata.
O princípio da anterioridade, com razão precípua da necessidade de evitar a surpresa aos
contribuintes, é compreendido, conforme o texto constitucional, pela anterioridade do exercício e
pela anterioridade nonagesimal.
Reza o art. 150, III, b, da CF/1988 que será vedado aos entes exigir tributo criado ou
majorado no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou.
Já o art. 150, III, c, da CF/1988 estabeleceu que será vedado aos entes exigir tributo criado
ou majorado antes de decorridos 90 (noventa) dias da data em que tenha sido publicada a lei
que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b.
Diante disso, na forma do art. 150, III, b, da CF/1988, todo tributo criado ou majorado
somente poderá ser exigido no primeiro dia do exercício seguinte, ou seja, uma vez publicado,
por exemplo, no ano de 2017, somente poderá ser exigido no primeiro dia do ano de 2018.
E com a finalidade de evitar a surpresa, houve uma alteração no texto constitucional, que
criou o princípio da anterioridade nonagesimal. Assim, na forma do art. 150, III, c, da CF/1988,
todo tributo criado ou majorado, somente poderá ser exigido após 90 (noventa) dias da
publicação.

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Assim, em geral, todos os tributos criados ou majorados deverão aguardar as duas


anterioridades (requisitos cumulativos), ou seja, somente poderão ser exigidos no exercício
seguinte ao de sua publicação, somado a 90 (noventa) dias, igualmente, da publicação.
Por favor, preste atenção: os 90 (noventa) dias não têm o seu cômputo inicial do dia
primeiro de janeiro do ano seguinte da publicação, mas, sim, terá seu início exatamente na data
da publicação.
Entretanto, compreendeu por bem o constituinte reservar a alguns tributos uma
possibilidade de exigência mitigada, justamente para enfrentar o mercado econômico (política
econômica e social) ou a necessidade premente/urgente da exigência do tributo. Assim, na forma
do art. 150, § 1º, da CF/1988, existirão determinados tributos que não precisarão aguardar as
anterioridades, mesmo que criados ou majorados. Assim, a vedação do inc. III, b, não se aplica
aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV, V, e 154, II, da CF/1988 e a vedação do inc.
III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III, V, e 154, II, da CF/1988,
nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I, da CF/1988.
Logo, conforme positivado no parágrafo supraindicado, assim compreendeu o
constituinte:
• Terão exigência imediata, ou seja, mesmo que majorados ou criados, poderão ser
exigidos tão logo publicados: Imposto de Importação, Imposto de Exportação,
Imposto sobre Operações Financeiras, Empréstimo Compulsório de Guerra
Externa ou sua Iminência, Empréstimo Compulsório de Calamidade e Imposto
Extraordinário de Guerra;
• Outrossim, terão exigência, respeitando apenas a anterioridade nonagesimal, ou
seja, 90 (noventa) dias após a sua publicação, sendo, portanto, possível a sua
exigência no mesmo ano de sua publicação: Imposto sobre Produtos
Industrializados, Contribuições Sociais e restabelecimento de CIDE/ICMS
Combustível;
• E terão exigência, respeitando apenas a anterioridade do exercício, ou seja,
podendo ser majorados em 28 de dezembro, publicados em 29 e já exigidos no
dia 1º de janeiro: Imposto de Renda (alíquotas, base de cálculo) e base de cálculo
(apenas) de IPVA e IPTU.

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Por fim, outra questão de grande valia sobre o princípio da anterioridade é a de que a
modificação de prazo para pagamento, mesmo que venha a antecipar a
arrecadação/pagamento, não estará sujeita à anterioridade, na forma da Súm. Vinc. nº 50 do
STF. Logo, a norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se
sujeita ao princípio da anterioridade.

Resolva a questão a seguir:

2) FGV - 2019 - OAB – 29º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


Em 10/11/2020, foi publicada lei ordinária federal que majorava a alíquota de contribuição previdenciária
a ser cobrada do empregador, incidente sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos
ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício.
Diante desse cenário, a nova alíquota poderá ser aplicada:

A) a partir da data da publicação da lei.


B) noventa dias a contar da data da publicação da lei.
C) a partir do primeiro dia do exercício financeiro seguinte.
D) a partir de noventa dias contados do primeiro dia do exercício financeiro seguinte.

4. Imunidades
*Para todos verem: esquema.

Imunidade Isenção

Dispensa legal (norma


Dispensa constitucional ao infraconstitucional) ao poder de
poder de tributar. tributar. Cada ente cria para seus
tributos.

Em regra, poderá ser revogada a


Não pode ser revogada. qualquer a tempo. Exceção:
isenção onerosa (condição e
prazo certo), em razão da
segurança jurídica e do direito
adquirido não poderá ser
revogada a qualquer tempo.

Admite ampla forma de


interpretação.
Apenas admite interpretação
literal.

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Existem dois gêneros (grupos) de imunidades:

4.1. Específicas
Podem ser de qualquer espécie tributária (caso concreto/caso certo). Estão espalhadas
por toda a CF.
Exemplo: as entidades de assistência social sem fins lucrativos (por exemplo, Sistema S)
não irão pagar contribuição de seguridade social (Contribuição Patronal, PIS/COFINS).

4.2. Genéricas
Somente de impostos. Estão apenas no artigo abaixo citado e estarão de forma genérica
em nossa Constituição.
São espécies de imunidade genéricas:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - Instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão;
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais
ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas
brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo
na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.

4.2.1. Templos
Não haverá incidência de impostos sobre patrimônio, renda ou serviços que estejam em
nome do templo e que sejam revertidos ao cumprimento de sua finalidade essencial na forma do
artigo 150, §4º da CF.
Atenção: art. 156, §1º-A. O imposto previsto no inciso I (IPTU) do caput deste artigo não
incide sobre templos de qualquer culto, ainda que as entidades abrangidas pela imunidade de que
trata a alínea "b" do inciso VI do caput do art. 150 desta Constituição sejam apenas locatárias do
bem imóvel.

4.2.2. Subjetiva
Tal imunidade contempla algumas pessoas, ou seja, observando igualmente o art. 150,

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VI, c, e o art. 150, § 4º, da Carta Magna, os partidos políticos e suas fundações, sindicato dos
trabalhadores, instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos terão direito a
não pagar impostos sobre seus patrimônios, rendas e serviços, desde que observado o
cumprimento da lei e revertido patrimônio, renda e serviços para o cumprimento da finalidade
essencial.
Na forma do art. 150, VI, c, da CF/1988, será vedado aos entes instituir impostos sobre
patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos, atendidos os requisitos da lei. Mas, e se a prova lhe perguntar sobre os sindicatos
patronais? Responda negativamente, visto que esta imunidade abrangerá apenas os sindicatos
dos trabalhadores.
Mas, diferentemente das demais espécies de imunidades genéricas, a Carta Mãe elenca
a necessidade do cumprimento dos requisitos previstos em lei. Quais seriam a lei, o artigo e seus
requisitos? São aqueles dispostos no art. 14 do CTN. Questões envolvendo estes requisitos são
bastante comuns, por exemplo: entidade imune precisa cumprir as obrigações acessórias? A
resposta é positiva. A imunidade dispensará tão somente o cumprimento do dever de pagar
tributo.
Vale ressaltar igualmente que, nesta imunidade, as entidades de assistência social sem
fins lucrativos, na forma do art. 195, § 7º, da CF/1988, também terão imunidade no que tange às
contribuições sociais, tratando-se aqui de clássico exemplo de imunidade específica.
Por fim, no que tange a esta imunidade subjetiva, poderá surgir uma questão: caso as
pessoas imunes venham a locar um imóvel de sua propriedade a empresa privada e utilizem os
valores locatícios para o cumprimento da finalidade essencial, poderão elas gozar desta
imunidade? Sim, na forma da Súm. Vinc. nº 52 e da Súm. nº 724 do STF, continuarão a gozar
desta imunidade genérica.

5. Obrigação tributária
*Para todos verem: esquema.

Pagar tributo
Principal
e/ou multa
Obrigações
Fazer/não fazer
Acessória (nota fiscal, livro
contábil)

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As relações obrigacionais são independentes.


Pessoas, instituições imunes e isentas apenas estarão desobrigadas ao cumprimento da
obrigação principal, porém não estarão desobrigadas ao cumprimento das obrigações
acessórias.
O descumprimento de uma obrigação acessória faz nascer uma principal (multa).
Quem irá exigir o cumprimento da obrigação? Ente competente, salvo quando houver
delegação a outro entre.

5.1. Sujeito passivo


Sujeito passivo é quem irá cumprir a obrigação.

* Para todos verem: esquema.

Vínculo direto com o fato


Contibuinte
gerador
Sujeito passivo
Terceiro, porém terá vínculo
com fato gerador e sua
Responsável
responsabilidade deverá
estar em lei expressa

Na forma do artigo 123 do CTN o contrato particular relativo à responsabilidade pelo


pagamento de tributos não poderá ser oposto contra à Fazenda Pública, bem como não poderá
servir para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias
correspondentes.

Resolva a questão a seguir:

3) FGV - 2019 - OAB – 29º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


João e Maria celebraram entre si contrato de locação, sendo João o locador e proprietário do imóvel. No
contrato, eles estipularam que a responsabilidade pelo pagamento do Imposto sobre a Propriedade
Predial e Territorial Urbana (IPTU) do imóvel será de Maria, locatária. Com base nessas informações,
assinale a afirmativa correta.

A) O contrato será ineficaz entre as partes, pois transferiu a obrigação de pagar o imposto para pessoa
não prevista em lei.
B) O contrato firmado entre particulares não poderá se opor ao fisco municipal, no que tange à alteração
do sujeito passivo do tributo.
C) O contrato é válido e eficaz, e, por consequência dele, a responsabilidade pelo pagamento do tributo
se tornará solidária, podendo o fisco municipal cobrá-lo de João e/ou de Maria.

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D) No caso de o fisco municipal cobrar o tributo de João, ele não poderá ajuizar ação regressiva em face
de Maria.

Igualmente na forma do artigo 124 do CTN duas ou mais pessoas poderão ser
solidariamente obrigadas ao pagamento de um único tributo? Sim, desde que haja vínculo/
interesse comum na situação que constitua o fato gerador (solidários).
E se uma destas pessoas gozar de isenção tributária em razão de condição especial? Os
demais continuarão devedores pelo saldo devedor de forma solidária, obedecendo o que
disposto no artigo 125, II do CTN.

Resolva a questão a seguir:

4) FGV - 2019 - OAB – 29º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


João e Pedro são, por lei, contribuintes obrigados solidariamente a pagar determinado tributo. Foi
publicada lei que isenta os ex-combatentes do pagamento de tal tributo, sendo este o caso pessoal
somente de João. Tendo em vista essa situação, assinale a afirmativa correta.

A) Sendo um caso de isenção pessoal, a lei não exonera Pedro, que permanece obrigado a pagar o saldo
remanescente, descontada a parcela isenta em favor de João.
B) Pedro ficará totalmente exonerado do pagamento, aproveitando-se da isenção em favor de João.
C) O imposto poderá ser cobrado de Pedro ou de João, pois a solidariedade afasta a isenção em favor
deste.
D) Pedro permanece obrigado a pagar integralmente o imposto, nada obstante a isenção em favor de
João.

6. Domicílio tributário
Em regra, o domicílio tributário será aquele eleito pelo sujeito passivo, conforme artigo 127
do CTN.
Se não escolher (fizer opção):
*Para todos verem: esquema.

Local dos
atos/fatos que
Pessoa física Residência Trabalho
deram origem
ao fato gerador

Local dos atos/fatos


Pessoa jurídica Sede da empresa que deram origem ao
fato gerador

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Pode o domicílio fiscal eleito pelo sujeito passivo ser recusado pelo fisco, desde que o
local escolhido dificulte ou impeça a arrecadação ou fiscalização.

Resolva a questão a seguir:

5) FGV - 2019 - OAB – 29º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


Considere que Luís é um andarilho civilmente capaz que não elegeu nenhum lugar como seu domicílio
tributário, não tem domicílio civil, nem residência fixa, e não desempenha habitualmente atividades em
endereço certo. A partir da hipótese apresentada, de acordo com o Código Tributário Nacional e no
silêncio de legislação específica, assinale a afirmativa correta.

A) Luís nunca terá domicílio tributário.


B) O domicílio tributário de Luís será o lugar da situação de seus bens ou da ocorrência do fato gerador.
C) O domicílio tributário de Luís será, necessariamente, a sede da entidade tributante.
D) O domicílio tributário de Luís será a residência de seus parentes mais próximos ou o lugar da situação
dos bens de Luís.

7. Espécies tributárias
Além dos impostos, temos:
a) Taxas: arts. 77 ao 80 do CTN. Competência comum.
• Fato gerador: exercício do poder de polícia (taxa de polícia);
• Fato gerador: serviço público específico e divisível (taxa de serviço);
• Súmulas vinculantes: 19 e 41;
• Não pode ter mesma base de cálculo ou fato gerador idêntico ao de impostos (ver
SV 29 do STF);
• Não se confunde com tarifa (preço público), que não é tributo.

b) Contribuição de melhoria: arts. 81 e 82 do CTN. Competência comum.

*Para todos verem: esquema.

Valorização Lei
Obra de imóvel ordinária do Contribuição
pública do ente de melhoria
contribuinte competente

c) Empréstimos compulsórios: art. 148 da CF/88. Apenas União, por Lei Complementar.

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d) Contribuições especiais: arts. 149 e 149-A da CF/88.


Há três subespécies de contribuições de competência da União:
• Contribuições sociais (com destaque para seguridade social, art. 195 da CF);
• Contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE’s);
• Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas.

Há uma subespécie de contribuição de competência da União, Estados, Municípios e


DF: contribuição previdenciária para regime próprio dos servidores públicos, conforme artigo
149, §1° da CF/88. Pode ser progressiva e será cobrada de ativos, aposentados e pensionistas.
Há uma subespécie de contribuição de competência dos Municípios e DF: contribuição
para custeio do serviço de iluminação pública (Cosip), conforme art. 149-A da CF/88.
Quanto às contribuições sociais para a seguridade social (art. 195 da CF), saber:
• Várias fontes de custeio (bases de incidência);
• Anterioridade especial de 90 dias;
• Residuais: competência da União + lei complementar;
• Imunidade para entidades beneficentes de assistência social (sem fins lucrativos);
• Imunidade para receitas de exportação;
• Imunidade para aposentadorias e pensões pelo regime geral (INSS).

Quanto às contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE’s), saber:


• Imunidade para receitas de exportação;
• Cide-combustíveis pode ter alíquota reduzida e restabelecida por ato do Poder
Executivo, respeitando apenas anterioridade nonagesimal.

Resolva a questão a seguir:

6) FGV - 2017 - OAB – 22º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


Por meio da Lei Ordinária nº 123, a União instituiu contribuição não cumulativa destinada a garantir a
expansão da seguridade social, utilizando, para tanto, fato gerador e base de cálculo distintos dos
discriminados na Constituição da República. A referida lei foi publicada em 1º de setembro de 2015, com
entrada em vigor em 2 de janeiro de 2016, determinando o dia 1º de fevereiro do mesmo ano como data
de pagamento. Por considerar indevida a contribuição criada pela União, a pessoa jurídica A, atuante no
ramo de supermercados, não realizou o seu pagamento, razão pela qual, em 5 de julho de 2016, foi
lavrado auto de infração para a sua cobrança. Considerando a situação em comento, assinale a opção
que indica o argumento que poderá ser alegado pela contribuinte para impugnar a referida cobrança.

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Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem
Direito Tributário

A) A nova contribuição viola o princípio da anterioridade nonagesimal.


B) A nova contribuição viola o princípio da anterioridade anual.
C) A nova contribuição somente poderia ser instituída por meio de lei complementar.
D) A Constituição da República veda a instituição de contribuições não cumulativas.

8. Constituição do crédito tributário


A obrigação tributária principal (de pagar) nasce com o fato gerador. Contudo, esse
vínculo obrigacional ainda é um mero dever: incerto, ilíquido e, portanto, inexigível pelo fisco.
Sendo assim, é necessário um procedimento administrativo que “transforme” essa obrigação
tributária em crédito tributário. Então, é preciso dar certeza e liquidez para que a obrigação de
pagar se torne crédito, passando assim a ser exigível.
O que é “exigibilidade”? É a possiblidade de cobrança administrativa pelo fisco.
E como é constituído o crédito? Através do lançamento tributário (art. 142, CTN).
Nessa atividade de lançamento:
1) Determina-se a matéria tributável (certeza);
2) Calcula-se o montante do tributo devido (liquidez);
3) Identifica-se o sujeito passivo (quem deve);
4) Se for o caso, propõe-se multa.

Formaliza-se, assim, o crédito tributário. Portanto: é o lançamento que constitui o crédito


tributário.
Fato gerador = nasce obrigação tributária (incerta, ilíquida e inexigível).
Obrigação tributária + lançamento tributário = crédito tributário (certo, líquido e exigível).

*Para todos verem: esquema.

Hipótese Obrigação
Fato Lançamento Crédito
de tributária
gerador tributário tributário
incidência principal

Conforme art. 144 do CTN, “o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador
da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou
revogada”. Porém, há exceções, previstas no §1º do art. 144 do CTN, em que se aplica a
legislação posterior ao fato gerador.

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Direito Tributário

8.1. Modalidades de lançamento


São três modalidades, tratadas nos arts. 147 ao 150 do CTN.

*Para todos verem: esquema.

Lançamento por Lançamento por


Lançamento de ofício
declaração homologação

Observação: o lançamento de ofício caberá, subsidiariamente, mesmo quando não for a


regra.
É possível a revisão do lançamento, desde que iniciada enquanto não extinto o direito da
Fazenda Pública.
Há, também, situação em que o crédito será constituído sem o lançamento formal:

Súmula nº 436 do STJ: a entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito


fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do
fisco.

9. Suspensão da exigibilidade do crédito


Após constituído o crédito tributário, este estará dotado de exigibilidade. Contudo,
algumas situações suspendem a referida exigibilidade do crédito, impedindo, temporariamente,
a cobrança administrativa ou judicial deste crédito. Essas hipóteses estão listadas no CTN, no
art. 151:
*Para todos verem: esquema.

Moratória

Depósito integral

Suspensão da
exigibilidade do CT Recurso adm.

Liminar ou tutela
antecipada

Parcelamento

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Direito Tributário

São situações que impedem a execução fiscal, mas não o lançamento (caso a
exigibilidade esteja suspensa preventivamente).
Algumas súmulas importantes sobre as hipóteses de suspensão da exigibilidade:

Súmula Vinculante nº 21: é inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento


prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.
Súmula nº 112 STJ: o depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se
for integral e em dinheiro.
Súmula nº 653 STJ: o pedido de parcelamento fiscal, ainda que indeferido, interrompe o
prazo prescricional, pois caracteriza confissão extrajudicial do débito.

Resolva a questão a seguir:

7) FGV - 2019 - OAB – 30º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


No final do ano de 2018, o Município X foi gravemente afetado por fortes chuvas que causaram grandes
estragos na localidade. Em razão disso, a Assembleia Legislativa do Estado Y, em que está localizado o
Município X, aprovou lei estadual ordinária concedendo moratória quanto ao pagamento do Imposto
Predial e Territorial Urbano (IPTU) do ano subsequente, em favor de todos os contribuintes desse imposto
situados no Município X.
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.

A) Lei ordinária não é espécie normativa adequada para concessão de moratória.


B) Lei estadual pode conceder moratória de IPTU, em situação de calamidade pública ou de guerra
externa ou sua iminência.
C) Lei estadual não pode, em nenhuma hipótese, conceder moratória de IPTU.
D) A referida moratória somente poderia ser concedida mediante despacho da autoridade administrativa
em caráter individual.

10. Extinção do crédito tributário


A extinção do crédito tributário representa o fim da relação obrigacional entre o fisco e o
contribuinte. São várias as situações que representam essa extinção, e estão listadas no art. 156
do CTN. É importante saber que já decidiu o STF (ADI 2405/02) pela possibilidade de previsão
de outras formas de extinção do crédito pelos entes federados, desde que não afrontem a CF/88.

Veja a tabela na página a seguir...

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Direito Tributário

*Para todos verem: tabela.

Pagamento

Compensação

Transação

Remissão

Prescrição e decadência
Extinção do
crédito Conversão de depósito em renda
tributário
Pagamento antecipado e a homologação do lançamento

Consignação em pagamento

Decisão administrativa irreformável

Decisão judicial passada em julgado

Dação em pagamento em bens imóveis

Súmulas importantes sobre hipóteses de extinção do crédito:

Súmula nº 213 do STJ: o mandado de segurança constitui ação adequada para a


declaração do direito à compensação tributária.
Súmula nº 460 do STJ: é incabível o mandado de segurança para convalidar a
compensação tributária realizada pelo contribuinte.
Súmula nº 461 do STJ: o contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou
por compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada em
julgado.
Súmula nº 555 do STJ: quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial
quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do
art. 173, I, do CTN, nos casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de
antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa.

As situações da decadência e prescrição tributária são as mais importantes:

*Para todos verem: tabela.


DECADÊNCIA PRESCRIÇÃO
Perda do direito de constituir o crédito Perda da pretensão executória fiscal:
tributário. possibilidade de cobrar o crédito
tributário em juízo.
Lançamento extemporâneo. Execução fiscal extemporânea.

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Direito Tributário

Prazo inicia em 01 de janeiro do ano Prazo inicia na constituição definitiva do


seguinte ao fato gerador (regra) ou na crédito.
data do fato gerador.
Prazo não interrompe. Prazo interrompe.
Arts. 173 e 150, §4º do CTN. Art. 174 do CTN.
05 anos 05 anos
Gera direito à restituição Gera direito à restituição

Momentos do transcurso dos prazos de decadência e da prescrição são diferentes:

Resolva a questão a seguir:

8) FGV - 2019 - OAB – 29º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


A Fazenda Pública apurou que fato gerador, ocorrido em 12/10/2007, referente a um imposto sujeito a
lançamento por declaração, não havia sido comunicado pelo contribuinte ao Fisco. Por isso, efetuou o
lançamento de ofício do tributo em 05/11/2012, tendo sido o contribuinte notificado desse lançamento em
09/11/2012, para pagamento em 30 dias. Não sendo a dívida paga, nem tendo o contribuinte impugnado
o lançamento, a Fazenda Pública inscreveu, em 05/10/2017, o débito em dívida ativa, tendo ajuizado a
ação de execução fiscal em 08/01/2018. Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.

A) A cobrança é indevida, pois o crédito tributário foi extinto pelo decurso do prazo decadencial.
B) A cobrança é indevida, pois já teria se consumado o prazo prescricional para propor a ação de
execução fiscal.
C) A cobrança é devida, pois a inscrição em dívida ativa do crédito tributário, em 05/10/2017, suspendeu,
por 180 dias, a contagem do prazo prescricional para propositura da ação de execução fiscal.
D) A cobrança é devida, pois não transcorreram mais de 10 anos entre a ocorrência do fato gerador
(12/10/2007) e a inscrição em dívida ativa do crédito tributário (05/10/2017).

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11. Exclusão do crédito tributário


Situações de dispensa legal do tributo ou multa, através de lei. Trata-se da isenção e da
anistia, dispostas nos arts. 175 e seguintes do CTN.
*Para todos verem: tabela.

Isenção Anistia
Dispensa do tributo Dispensa da multa (infração)
Apenas para fatos posteriores Apenas para fatos pretéritos
Exige lei Exige lei
Caráter geral ou individual Caráter geral ou individual
Exclusão do crédito tributário Exclusão do crédito tributário

Saiba:
• As causas de exclusão não dispensam do cumprimento de obrigações acessórias;
• Como regra, a revogação de benefício fiscal, tal como a isenção, exige respeito
às anterioridades, haja vista que tal situação configura majoração indireta de
tributos, conforme STF;
• Isenção condicionada ou por prazo determinado não pode ser livremente
suprimida.

12. Ações tributárias


É a própria fazenda pública (União, Estados, DF e Municípios) que emite um título
executivo extrajudicial em seu favor, a partir de um crédito tributário, qual seja: a Certidão de
Dívida Ativa (CDA). Com a CDA em mãos, a fazenda pública irá a juízo cobrar seu crédito.
Existe um procedimento especial de execução para as fazendas públicas cobrarem seus
créditos: a Execução Fiscal, instituída pela Lei 6.830/80, que é conhecida como “LEF” (Lei de
Execuções Fiscais). Apesar da legislação específica, aplica-se subsidiariamente às execuções
fiscais, naquilo que não a contrariar, o Código de Processo de Civil (CPC/15). A Certidão de
Dívida Ativa (CDA) é o título executivo extrajudicial que lastreia a Execução Fiscal, sem o qual
essa não seria possível.
Dito isso, agora abordaremos algumas das mais relevantes ações “antiexacionais”, ou
seja, ações tributárias pró-contribuinte.
Tais ações podem ser classificadas como preventivas, caso manejadas antes do
lançamento tributário (como a ação declaratória ou o mandado de segurança preventivo) ou

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repressivas, caso manejadas após o lançamento (como a ação anulatória e o mandado de


segurança repressivo) e os embargos à execução fiscal.
Atenção:
• Conforme art. 38 da LEF, a propositura, pelo contribuinte, de ação judicial importa
em renúncia ao poder de recorrer na esfera administrativa e desistência do
recurso acaso interposto, para discussão desses créditos. Ou seja, não é possível
discutir um crédito tributário, ao mesmo tempo, na esfera administrativa e judicial;
• A Constituição não exige, como regra, que o contribuinte requeira
administrativamente, primeiro, como condição de acesso ao Poder Judiciário.
Trata-se do princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional, consagrado no
art. 5º, XXXV, da CF/88.

Súmula Vinculante nº 28: É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito


de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito
tributário.

A defesa mais comum do contribuinte, diante de uma execução fiscal, são os embargos
do devedor.
Os embargos à execução fiscal têm natureza de ação (não de contestação), em que
se permite a produção de provas e ampla discussão sobre o título e o crédito que embasa o
pleito executivo. Tem rito próprio, previsto na Lei de Execução Fiscal (Lei n° 6.830/1980), e
deverá ser distribuída por dependência aos autos da execução fiscal, na forma do art. 914, § 1°,
do CPC. É a primeira opção do contribuinte para defender-se de uma execução.
Requisitos para ser possível o manejo de embargos à execução: garantia do juízo +
prazo de 30 dias.
A LEF determina que não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a
execução, previsão entendida como constitucional pelo STF (embora já existam precedentes do
STJ entendendo possível que seja dispensada a garantia do juízo para o oferecimento dos
embargos à execução se ficar demonstrado que o devedor não possui patrimônio para isso -
REsp 1487772/SE).
Portanto, uma vez realizada a penhora ou o contribuinte vindo a oferecer
bem/dinheiro/fiança/seguro para garantir a execução fiscal, nasce o direito do executado de
elaborar sua defesa através de embargos à execução, alegando todas as matérias de direito e
de fato necessárias para a desconstituição da CDA em razão de ilegalidade ou

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inconstitucionalidade.
O mero ajuizamento dos embargos do devedor não suspenderá a execução fiscal
atacada. Além da garantia do juízo, é preciso que o embargante requeira a suspensão
demonstrando a presença dos requisitos da tutela provisória, com fundamento no art. 919, § 1°,
do CPC/15. Não havendo efeito suspensivo aos embargos, a execução fiscal seguirá
normalmente, em paralelo, inclusive podendo alcançar os atos expropriatórios.
Há também a Exceção de Pré-Executividade (EPE), que não é ação nem recurso, trata-
se de simples petição nos autos da própria execução, que será cabível caso presentes dois
requisitos: desnecessidade de dilação probatória e que a matéria possa ser conhecida de ofício
pelo magistrado, a exemplo da prescrição, decadência ou ilegitimidade da parte. Fundamento na
Súmula 393 do STJ.
Não sendo possível a utilização dos Embargos à Execução Fiscal ou da Exceção de Pré-
Executividade, poderá ainda o contribuinte utilizar-se da Ação Anulatória e/ou Mandado de
Segurança, como defesas excepcionais da execução fiscal.
Ação de consignação em pagamento: é o meio judicial cabível para que o contribuinte
exerça o seu direito de pagar o crédito tributário quando impossibilitado (ou quando criada
qualquer dificuldade) pela autoridade fazendária, em relação ao seu recebimento. Assim, o
objetivo dessa ação é que o contribuinte possa exercer o seu direito de extinguir o crédito
tributário mediante o pagamento. O art. 164 do CTN prevê as possibilidades de cabimento dessa
ação. Portanto: o propósito da ação de consignação é o pagamento do crédito tributário e não a
discussão sobre sua validade/legalidade.
Ação de repetição de indébito tributário: é cabível para restituir o tributo pago
indevidamente ou “a maior”, seja por erro do próprio contribuinte ou do fisco. Pode também ser
chamada de ação de restituição de indébito. É a ação que visa recuperar tributo que não deveria
ter sido pago, evitando o enriquecimento sem causa da administração pública. Trata-se de um
direito do contribuinte, previsto no art. 165 do CTN.
Não é necessário prévio protesto ou requerimento administrativo, podendo ser
diretamente demandado em juízo a restituição. Poderá ser cumulada a ação de repetição de
indébito com a ação anulatória ou declaratória, mas não com o mandado de segurança, uma vez
que possui rito especial que não permite dilação probatória.
Prazo prescricional para o ajuizamento dessa ação: 5 (cinco) anos, contados do
pagamento indevido (data da extinção do crédito), conforme art. 168 do CTN.

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Direito Tributário

Súmula 625 do STJ: o pedido administrativo de compensação ou de restituição não


interrompe o prazo prescricional para a ação de repetição de indébito tributário de que
trata o art. 168 do CTN nem o da execução de título judicial contra a Fazenda Pública.

Porém, fixa o art. 169 do CTN o prazo de dois anos de prescrição para a ação anulatória
da decisão administrativa que denegar a restituição.
A legitimidade ativa para requerer a restituição do indébito tributário: será do sujeito
passivo que pagou o tributo, participando da relação jurídico-tributária, enquanto contribuinte ou
responsável.
Portanto, as ações ou meios de defesa mais importantes nessa seara, são:
• Ação declaratória (de inexistência de relação jurídico-tributária);
• Ação anulatória (do ato declarativo da dívida);
• Mandado de segurança (preventivo ou repressivo);
• Embargos à execução fiscal;
• Exceção de pré-executividade (trata-se de simples petição, não é ação);
• Contestação em medida cautelar fiscal;
• Ação de consignação em pagamento;
• Ação de repetição do indébito tributário.

Resolva a questão a seguir:

9) FGV - 2022 - OAB – 35° Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


A sociedade empresária Comércio de Roupas ABC Ltda. deixou passar o prazo para a interposição dos
embargos à execução em ação de execução fiscal ajuizada em agosto de 2021, relativa à cobrança de
PIS e COFINS do período de janeiro a março do ano de 2010 não declarados nem pagos, objetos de
lançamentos de ofício ocorridos em dezembro de 2014 e não impugnados.
Sabendo que a sociedade pretende apresentar uma Exceção de Pré-Executividade visando a afastar a
exigibilidade e extinguir a ação de cobrança, seu advogado, como argumento cabível para esta defesa,
poderá requerer.

A) o arrolamento de testemunhas (ex-funcionários) para comprovar que não teria havido vendas no
período alegado como fato gerador.
B) a realização de perícia contábil dos seus livros fiscais para comprovar que não teria havido faturamento
no período alegado como fato gerador.
C) o reconhecimento da prescrição do crédito tributário apenas pela análise dos prazos de lançamento e
cobrança judicial.
D) a juntada da declaração de imposto sobre a renda da pessoa jurídica e a escrituração contábil do
exercício fiscal do período alegado como fato gerador para comprovar que a sociedade empresarial teria
tido prejuízo e, por isso, não teria ocorrido o fato gerador das contribuições sociais objeto da cobrança.

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Direito Tributário

Aula 16/11/2023 – Turno da manhã

1. Impostos em espécie
1.1. Imposto de renda
A presente espécie tributária será de competência da União, na forma do art. 153, III, da
CF/1988. A União poderá instituir o presente imposto para incidir sobre a renda ou os proventos
de qualquer natureza.
Na forma do art. 43 do CTN, o imposto, de competência da União, sobre a renda e
proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica
ou jurídica: a) de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de
ambos ou b) de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais
não compreendidos no inciso anterior.
Mas como poderíamos conceituar a renda? A renda é o resultado proveniente do trabalho,
do capital ou até mesmo da combinação de ambos. Sempre importante esclarecer que tal renda
não é tributada de forma bruta, visto que ela sempre será analisada após serem realizadas
deduções, ou seja, diluídas as despesas autorizadas na lei. São exemplo de renda o salário,
valores auferidos por meio de locações, aplicações financeiras e comissões (participações em
lucro).
Já os proventos são todos os acréscimos que não estão enquadrados no conceito de
renda. Para alguns doutrinadores, seriam os acréscimos patrimoniais provenientes de uma
atividade que não está sendo executada na atualidade, por exemplo, nas pensões e
aposentadorias.
Igualmente, para o critério de incidência do imposto de renda, torna-se igualmente
importante definir o conceito de disponibilidade econômica e/ou jurídica. A disponibilidade
econômica pressupõe o recebimento/aferimento efeito da renda, ou seja, Guilherme trabalhou e
recebeu 100 mil reais pelo seu trabalho.
Ademais, para efeitos de incidência, nunca é demais ressaltar e ratificar: é necessária a
aquisição, ou seja, o acréscimo da renda no capital de alguém. Tal necessidade é tamanha que
é pacífico o entendimento sobre a não incidência quando do recebimento de renda por meio de

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processo e/ou procedimento indenizatório. Para esses casos, compreende-se que inexiste
acréscimo, mas tão somente uma compensação/ reparação fruto do dano ocorrido.
Justamente pelo cunho indenizatório (caráter de reparação e não de acréscimo), foram
editadas inúmeras súmulas pelo Superior Tribunal de Justiça que compreendem pela não
incidência do imposto de renda, a saber:
a) O pagamento de férias não gozadas por necessidade do serviço não está sujeito à
incidência do imposto de renda (Súm. nº 125 do STJ);
b) O pagamento de licença-prêmio não gozada por necessidade do serviço não está
sujeito ao imposto de renda (Súm. nº 136 do STJ);
c) A indenização recebida pela adesão a programa de incentivo à demissão voluntária
não está sujeita à incidência do imposto de renda (Súm. nº 215 do STJ);
d) São isentas de imposto de renda as indenizações de férias proporcionais e o
respectivo adicional (Súm. nº 386 do STJ);
e) Não incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais (Súm. nº 498
do STJ);
f) É indevida a incidência de imposto de renda sobre o valor da complementação de
aposentadoria pago por entidade de previdência privada e em relação ao resgate
de contribuições recolhidas para referidas entidades patrocinadoras no período de
1º-1-1989 a 31-12-1995, em razão da isenção concedida pelo art. 6º, VII, b, da Lei
nº 7.713/1988, na redação anterior à que lhe foi dada pela Lei nº 9.250/1995 (Súm.
nº 556 do STJ).

Compreendeu o Superior Tribunal de Justiça pela incidência do imposto de renda, pela


ocorrência do acréscimo na renda, quando:
• Incidir o imposto de renda sobre o resultado das aplicações financeiras realizadas
pelas cooperativas (Súm. nº 262 do STJ);
• Incidir imposto de renda sobre os valores percebidos a título de indenização por
horas extraordinárias trabalhadas, ainda que decorrentes de acordo coletivo
(Súm. nº 463 do STJ).

Reza o art. 43, § 1º, do CTN que “a incidência do imposto independe da denominação da
receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem

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e da forma de percepção”. Diante disso, independerá da origem da receita, para que ocorra a
incidência do presente imposto. Para muitos, estará aqui, igualmente, a clara manifestação do
princípio da pecunia non olet, ou seja, não importa a origem da receita para que seja exigido o
imposto de renda.
Também na forma do art. 43, § 2º, do CTN, compreende-se que: “na hipótese de receita
ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se
dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto”. Assim, teremos a clássica
manifestação da excepcionalidade da regra de territorialidade, visto que, na forma lecionada no
presente parágrafo, rendas provenientes do exterior, de alguém que no Brasil esteja
estabelecido, estarão suscetíveis ao pagamento de imposto de renda. Essa extraterritorialidade
está presente na Lei nº 12.973/2014, mais precisamente no art. 81, bem como nos arts. 3º da
Lei nº 7.713/1998 e 25 da Lei nº 9.249/1995.
*Para todos verem: tabela.

Imposto de renda

Art. 153, III, da CF/1988;


Arts. 43 e 45 do CTN;
Norma Lei nº 7.713/1988;
Lei nº 9.250/1995;
Lei nº 8.981/1995;
Lei nº 9.430/1996.

Disponibilidade jurídica ou econômica. Acréscimo:


Fato gerador • Renda (trabalho = salário, comissões, hora extra);
• Renda (capital = investimentos, locações);
• Proventos (aposentadoria).

Legalidade Regra: lei ordinária.

Anterioridade Não respeitará anterioridade nonagesimal – art. 150, § 1º, da


CF/1988.

Lançamento Por homologação.

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Art. 44 do CTN:
• Montante real;
Base de cálculo • Montante presumido;
• Montante arbitrado.

Alíquota 0% até 27,5% (pessoa física).

Sujeito ativo União – art. 153, III, da CF/1988.

Sujeito passivo Contribuinte – auferir renda.

Resolva a questão a seguir:

10) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 39° Exame da OAB


Guilherme é contratado para trabalhar na empresa Ceisc Ltda. Após 3 anos laborando na empresa,
Guilherme acabou por ser demitido da empresa. Quando do pagamento das verbas rescisórias, ele
recebeu os seguintes valores: indenização por horas extras trabalhadas e por danos morais. Sobre o
presente enunciado, responda:

A) Não existe incidência de imposto de renda sobre os valores recebidos.


B) Existe incidência de imposto de renda apenas sobre a indenização por horas extras trabalhadas.
C) Existe incidência de imposto de renda apenas sobre a indenização por danos morais.
D) Existe incidência de imposto de renda sobre ambas as verbas indenizatórias.

1.2. Imposto sobre produto industrializado


A presente espécie tributária será de competência da União, na forma do art. 153, IV, da
CF/1988. Logo, haverá a incidência do presente imposto, uma vez ele instituído pela União
Federal, toda vez que ocorrerem operações com produtos industrializados.
Na forma do art. 46 do CTN, teremos alguns possíveis fatos geradores do IPI. Informa o
referido artigo que: será fato gerador do imposto sobre produto industrializado: a) o seu
desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; b) a sua saída dos
estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51; e c) a sua arrematação, quando
apreendido ou abandonado e levado a leilão.
Torna-se possível a incidência do IPI quando da importação de produto industrializado de
origem estrangeira, visto que a Constituição Federal não estabelece nenhuma distinção entre

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Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem
Direito Tributário

produto nacional e internacional, compreendendo-se, assim, ser possível a incidência do IPI


quando da importação de produto industrializado.
Igualmente, para efeitos de incidência, compreende-se possível que ocorra quando
houver a saída de produto industrializado do estabelecimento do importador, independentemente
se houve qualquer processamento no produto. Tal posição já está, inclusive, avalizada pelo STJ
por meio do REsp. nº 888.852/ES.
Mas, afinal de contas, como definir o conceito de operação de produto industrializado?
Operação será todo negócio capaz de transferir o bem de uma pessoa para outra. Já o produto
será todo aquele bem produzido pelo homem ou até mesmo pela natureza. E, por fim,
industrialização significa modificar e/ou melhorar um produto para que venha a ser consumido.
Assim, observado o critério do par. ún. do art. 46 do CTN, compreende-se que a
industrialização será considerado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que
lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo.
Por fim, também haverá incidência do imposto sobre produtos industrializados toda vez
que ocorrer a arrematação de um produto industrializado, tendo ele sido apreendido ou
abandonado e posto a leilão.
Na forma do art. 150, I, da CF/1988 e/ ou do art. 97 do CTN, o imposto sobre produto
industrializado, em geral, poderá ser criado, majorado, extinto ou reduzido por meio de lei.
Entretanto, na forma do art. 153, § 1º, da CF/1988, poderá o Poder Executivo, por meio
de um decreto ou portaria, alterar as alíquotas do IPI, por tratar-se de um tributo igualmente
extrafiscal, eis que servirá para regular a economia. Assim, poderá o Poder Executivo Federal
majorar, reduzir, zerar, restabelecer as alíquotas do IPI por simples ato executivo.
Igualmente, na forma do art. 150, § 1º, da CF/1988, o imposto sobre produto
industrializado não respeitará a anterioridade do exercício, mas tão somente a nonagesimal.
Assim, eventual majoração poderá ser exigida dentro dos 90 dias da publicação do ato/ norma
que resultou em aumento do tributo.
O imposto sobre produto industrializado, na forma do art. 153, § 3º, I, da CF/1988, será
seletivo, ou seja, será graduado de acordo com a importância do produto. Produtos considerados
supérfluos deverão pagar mais IPI do que aqueles considerados mais essenciais à coletividade.
Também, na forma do art. 153, § 3º, II, da CF/1988, o imposto sobre produto
industrializado será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com
o montante cobrado nas anteriores.

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Direito Tributário

O que significa ser não cumulativo? Considerando que o IPI poderá ser exigido em uma
mesma cadeia tributária por mais de uma vez (incidências sucessivas), a não cumulatividade
vem justamente barrar esta incidência sucessiva e cumulada, proporcionando assim proteção
aos contribuintes de fato. Logo, para que estes contribuintes de fato (o consumidor final) não
venham a ser onerados em demasia, será permitida, inclusive, a compensação dos tributos
pagos na entrada do produto com aqueles que deverão ser pagos na saída do produto.
Traz a CF/1988 ainda, no seu art. 153, § 3º, III, que o IPI não incidirá quando houver a
destinação de um produto industrializado para o exterior, lecionando assim importante imunidade
tributária sobre o tema.
*Para todos verem: tabela.

Imposto sobre produto industrializado

Art. 153, IV, da CF/1988;


Norma Arts. 46 e 51 do CTN;
Lei nº 4.502/1964;
Decreto-lei nº 1.199/1971.

• Saída de produto industrializado de estabelecimento;


Fato gerador • Importação de produto industrializado;
• Arrematação de produto industrializado.

Legalidade Regra, lei ordinária. Poder Executivo poderá alterar alíquotas, art.
153, § 1º, da CF/1988.

Anterioridade Não respeitará anterioridade do exercício – art. 150, § 1º, da


CF/1988.

Lançamento Por homologação.

Art. 47 do CTN: quando o fato gerador for a importação de produto


Base de cálculo industrializado: o preço normal + imposto sobre a importação + das
taxas + encargos cambiais.

• Quando o fato gerador for a saída de um produto


industrializado do estabelecimento: o valor da operação;

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Direito Tributário

• Quando o fato gerador for a arrematação em leilão: preço da


arrematação.

Alíquota Conforme TIPI.

Sujeito ativo União – art. 153, IV, da CF/1988.

Sujeito passivo Contribuinte: importador, produtor/revendedor e arrematante.

Resolva a questão a seguir:

11) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 39° Exame da OAB


Guilherme foi contratado pela indústria Toyota Veículos Ltda. para assessorar o contador da empresa
com a finalidade de verificar a ocorrência do fato gerador do IPI. Sobre o presente assessoramento,
responda a assertiva correta:

A) Sobre a importação de produto industrializado para o consumo próprio da empresa não ocorrerá a
incidência do IPI.
B) Sobre a exportação de produto industrializado fabricado pela indústria não haverá a incidência do IPI.
C) Quando da saída de produto industrializado da indústria não ocorrerá a incidência do IPI.
D) Quando da primeira revenda de produto industrializado por importador, considerando o já pagamento
do IPI na importação, não ocorrerá a incidência do IPI.

1.3. Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços


Igualmente será de competência dos Estados e do Distrito Federal o imposto previsto no
art. 155, II, da Carta Magna, ou seja, aquele que deverá incidir quando da ocorrência da
circulação de mercadorias ou prestação de determinados serviços (ICMS). Ademais, o referido
imposto tem sua regulação geral na LC nº 87/1996 e na LC nº 24/1975.
Ocorrerá fato gerador do ICMS toda vez que ocorrer circulação jurídica de mercadorias,
ou seja, quando ocorrer a modificação de titularidade da propriedade de produtos por meio de
uma atividade de mercancia na forma habitual. Diante disso, compreende-se impossível a
incidência de ICMS quando, por exemplo, do transporte de mercadorias entre filial e matriz de
uma empresa, na forma da Súm. nº 166 do STJ.
Logo, é importante definir, para efeitos de incidência do ICMS, a necessidade da
ocorrência de circulação de mercadoria, ou seja, a modificação da propriedade.

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Direito Tributário

Igualmente, é importante ser demonstrada que, na forma do art. 4º da LC nº 87/1996, a


venda de mercadoria seja de forma habitual. Por essa razão, inclusive, foi editada a Súm. Vinc.
nº 32 do STF, que deixou clara a necessidade de habitualidade para efeitos de incidência do
ICMS.
Também ocorrerá a incidência do ICMS quando da prestação de serviços de transporte
intermunicipal e interestadual, bem como pela prestação dos serviços de comunicação. Aqui se
salienta: para que ocorra a incidência do ICMS, os serviços de comunicação deverão ser
contemplados com o pagamento pelo usuário, por exemplo, televisão a cabo, telefonia celular,
entre outros.
Na forma do art. 155, § 2º, I, da CF/1988 e do art. 19 da LC nº 87/1996, o ICMS será um
tributo não cumulativo e indireto. Logo, o imposto satisfeito na etapa anterior poderá ser
compensado com o da etapa seguinte. Trata-se de um direito constitucional de compensação do
imposto incidente na etapa anterior, que é creditado (abatido/ compensado) na operação
seguinte.
Ainda, na forma da Constituição, reza o art. 155, § 2º, III, que o ICMS poderá ser seletivo,
ou seja, ter suas alíquotas exigidas de acordo com a essencialidade da mercadoria ou do serviço
prestado. Ressalta-se aqui: poderá e não deverá, como ocorre no IPI.
Dispõe o art. 155, § 2º, IX, a, da CF/1988, que o importador de mercadorias, mesmo que
não seja contribuinte habitual, terá que pagar ICMS quando da importação. Diante disso, torna-
se inválida a Súm. nº 660 do STF, mantendo-se apenas a Súm. nº 661 e a Súm. Vinc. nº 48 do
STF.
Já no inc. X do § 2º do art. 155 da CF/1988, serão encontradas algumas imunidades no
que tange ao ICMS. Por exemplo, não incidirá ICMS quando da exportação de mercadorias para
o exterior, podendo inclusive o exportador creditar-se de eventual imposto que venha a sofrer ao
final da cadeia tributária.
Serão sujeitos passivos do ICMS aquelas pessoas previstas no art. 4º da LC nº 87/1996,
ou seja, as pessoas que pratiquem operações relativas à circulação de mercadorias,
importadores de bens de qualquer natureza, prestadores de serviço de transporte
interestadual/intermunicipal e prestadores de serviço de comunicação.
No tocante ao ICMS, é importante referir que se trata do imposto mais complexo previsto
em nossa Constituição Federal, bem como questão sempre lembrada pelo examinador é a de

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que a isenção do imposto jamais poderá ser realizada por meio de lei, mas tão somente por meio
de convênio, na forma do art. 155, § 2º, XII, g, da CF/1988, combinado com a LC nº 24/1975.

*Para todos verem: tabela.

Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços

Art. 155, II, da CF/1988;


Norma LC nº 87/1996;
LC nº 24/1975.

• Circulação de mercadoria: modificação da


titularidade; realizar com modo habitual a atividade;
Fato gerador • Serviço de transporte intermunicipal e interestadual;
• Serviço de comunicação.

Legalidade Regra, lei ordinária.

Anterioridade Regra, respeitará as duas anterioridades.

Lançamento Por homologação.

Base de cálculo Art. 8º da LC nº 87/1996 – quando substituição;


Art. 13º da LC nº 87/1996 – quando contribuinte.

Alíquota • Interna (conforme regulação de cada estado);


• Interestadual.

Sujeito ativo Estado – art. 155, II, da CF/1988.

Sujeito passivo Quem comercializa ou presta os serviços listados


anteriormente.

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Resolva a questão a seguir:

12) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 39° Exame da OAB


O Estado do Rio Grande do Sul, com a ideia de rentabilizar e melhorar a arrecadação do ICMS, resolveu
estabelecer novas regras para os contribuintes localizados no referido estado membro. Dentre as novas
regras estabelecidas, marque a assertiva correta que esteja em conformidade com a Constituição Federal
e o Código Tributário Nacional:

A) O Estado do Rio Grande do Sul poderá cobrar ICMS sobre a exportação de mercadorias vendidas
para fora do país.
B) O Estado do Rio Grande do Sul não precisará adotar alíquotas seletivas para a venda de combustíveis
e de energia elétrica.
C) O Estado do Rio Grande do Sul não precisará adotar a não cumulatividade.
D) O Estado do Rio Grande do Sul deverá cobrar o ICMS no processo de importação de mercadorias,
mesmo que estas sejam destinadas para o consumo.

2. Taxas
• Arts. 77 a 80 do CTN;
• Tributo bilateral, contraprestacional ou retributivo;
• Competência comum;
• Vinculado (quanto ao FG);
• 2 fatos geradores:
a) o exercício regular do poder de polícia (art. 78 do CTN);
b) a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
• Serviços singulares (uti singuli): utilização individual e mensurável;
• Específico e divisível;
• Mera disponibilização já torna devida (utilização potencial).

Súmula Vinculante 19: a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos
de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis, não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.

Súmula Vinculante 41: o serviço de iluminação pública não pode ser remunerado
mediante taxa.

Tema 146 STF (RE 576321): a taxa cobrada em razão dos serviços de conservação e
limpeza de logradouros e bens públicos ofende o art. 145, II, da Constituição Federal.

Tema 721 STF (RE 789218): são inconstitucionais a instituição e a cobrança de taxas por
emissão ou remessa de carnês/guias de recolhimento de tributos.

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STF, ADI 2.692: [...] O serviço de segurança pública tem natureza universal, devendo ser
prestado a toda a coletividade ainda que o Estado se veja na contingência de fornecer
condições de segurança a grupo específico. O serviço de segurança deve ser
remunerado mediante impostos, jamais por meio de taxas.

STF, ADI 4411: [...] impossibilidade de introduzir-se, como obrigação do


contribuinte, taxa visando a prevenção e o combate a incêndios, seja por Estado, seja
por Município.

Resolva a questão a seguir:

13) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 39° Exame da OAB


João Ceisquer recebeu carnê de pagamento de contribuição de melhoria do Município de Oabeiros
referente à obra pública municipal que valorizou seu imóvel.
Verificou, ainda, a discriminação de cobrança de outro valor, identificado como uma “taxa de combate a
sinistros”, criada com o objetivo de ressarcir o erário municipal do custo da manutenção do serviço de
combate a incêndios e de segurança pública, nos termos de nova lei municipal criadora desse tributo.
João lhe consulta como advogado. A respeito desse cenário e à luz do entendimento dominante do
Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que:

A) o Município de Oabeiros não detém competência tributária para instituir tal contribuição de melhoria.
B) a contribuição de melhoria poderia ser cobrada em valor superior à valorização verificada no imóvel de
João.
C) o referido serviço, por não ser específico e divisível, não pode ser remunerado mediante taxa.
D) cabe ao Município a criação de taxas para custeio da segurança pública, bem como a prevenção e o
combate a incêndios.

3. Execução fiscal
É a própria fazenda pública (União, Estados, DF e Municípios) que emite um título
executivo extrajudicial em seu favor, a partir de um crédito tributário, qual seja: a Certidão de
Dívida Ativa (CDA). Com a CDA em mãos, a fazenda pública irá a juízo cobrar seu crédito. Ocorre
que não será uma “execução comum”, como as execuções cíveis do CPC. Existe um
procedimento especial de execução para as fazendas públicas cobrarem seus créditos: a
Execução Fiscal, instituída pela Lei n° 6.830/80, que é conhecida como “LEF” (Lei de Execuções
Fiscais).
Dessa forma, a Execução Fiscal é o rito processual disponível para que os entes públicos
possam buscar a satisfação dos débitos tributários (e também os não tributários) não satisfeitos
administrativamente pelos contribuintes e devedores. Apesar da legislação específica (Lei n°
6.830/80) aplica-se subsidiariamente às execuções fiscais, naquilo que não a contrariar, o
Código de Processo de Civil (CPC/15). A Certidão de Dívida Ativa (CDA) é o título executivo
extrajudicial que lastreia a Execução Fiscal, sem o qual essa não seria possível.

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Súmula nº 392 do STJ: a Fazenda Pública pode substituir a Certidão de Dívida Ativa
(CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro
material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução.
Súmula nº 414 do STJ: a citação por edital na execução fiscal é cabível quando frustradas
as demais modalidades.
Súmula nº 558 do STJ: em ações de execução fiscal, a petição inicial não pode ser
indeferida sob o argumento da falta de indicação do CPF e/ou RG ou CNPJ da parte
executada.
Súmula nº 559 do STJ: em ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da
petição inicial com o demonstrativo do débito, por tratar-se de requisito não previsto no art.
6o da Lei n° 6.830/1980.

Como regra, todos os bens do executado podem ser objeto de penhora, salvo aqueles
impenhoráveis por força de lei. Os bens absolutamente impenhoráveis são aqueles descritos no
art. 833 do CPC/15 (ex: salário, bens de uso pessoal etc.) e na Lei n° 8.009/1990 (bem imóvel
de família).
Porém, na Lei n° 8.009/1990 (art. 3°), temos uma exceção à impenhorabilidade do bem
de família por dívida fiscal, visto que, quando o crédito tributário for oriundo do próprio bem
imóvel, poderá ele ser penhorado para pagamento destes débitos (ex., IPTU, taxa, contribuição
de melhoria).
O que ocorre caso não sejam encontrados bens passíveis de penhora? Nesse caso, o
CTN prevê que o juízo determinará a indisponibilidade de bens, com efeitos em todo território
nacional.
Art. 185-A do CTN. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar
nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens
penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando
a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem
registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às
autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no
âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial.
§ 1º A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valor total exigível,
devendo o juiz determinar o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou
valores que excederem esse limite.

A ordem de indisponibilidade acima prevista só poderá ser deferida após o exaurimento


das diligências na busca por bens penhoráveis, o qual fica caracterizado quando infrutíferos o
pedido de constrição sobre ativos financeiros e a expedição de ofícios aos registros públicos do
domicílio do executado, ao Denatran ou Detran, conforme Súmula nº 560 do STJ.
Sendo encontrado e bloqueado algum bem ou valor, a penhora recairá até o limite do valor
da dívida, levantando-se o bloqueio sobre o valor excedente. Penhorados e avaliados os bens,
estes serão levados à hasta pública (leilão), a fim de satisfazer o crédito da fazenda pública.

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E se, mesmo após todas as diligências, não se encontrar bens? Ou, ainda, caso não seja
encontrado o executado para citação válida? Nesse caso, estaremos diante da previsão do art.
40 da Lei n° 6830/80, que prevê a suspensão do processo por um ano. Após um ano de
suspensão da execução, será o processo arquivado, e se mais cinco anos após o arquivamento
passarem, continuando sem sucesso a execução, não havendo diligências úteis para a fazenda
pública, haverá ocorrência da prescrição intercorrente, extinguindo o crédito tributário.

Resolva a questão a seguir:

14) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 39° Exame da OAB


Em uma execução fiscal ajuizada em face de Carlos Caloteiro o juiz determinou a citação do executado
pela via postal, no endereço indicado pela Fazenda Pública em sua petição inicial.
Frustrada a citação pelos correios, foi de imediato determinada a citação por edital. Após diligências, não
se encontraram bens do executado, determinando o juiz a suspensão do feito. Tomando ciência do feito
nesse ínterim, Carlos lhe procura como advogado.
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta:

A) a citação foi válida, uma vez que, não sendo encontrado o devedor pela via postal, é cabível
imediatamente a citação editalícia.
B) o executado é citado para, no prazo de 15 (quinze) dias, pagar a dívida com os juros e multa de mora
e encargos, ou apresentar contestação.
C) é vedado ao juiz, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente na execução fiscal.
D) é possível a suspensão do curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou encontrados
bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição.

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Gabaritos das questões:

1–C 2–B 3–B 4–A 5–B 6–C 7–C

8–B 9–C 10 – B 11 – B 12 – D 13 – C 14 – D

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