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Direito Tributário
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Sumário
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1. Conceito de tributo
Art. 3º, do CTN. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Prevista em lei
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ordinária, através do Poder Legislativo. Excepcionalmente, apenas 4 (quatro) tributos deverão ser
criados por meio de lei complementar.
Exceção:
*Para todos verem: esquema.
Lembre-se que a medida provisória não pode atuar em matéria reservada à lei
complementar, logo não poderá criar estes 4 tributos e muito menos editar normas gerais de
direito tributário, como por exemplo: regrais gerais sobre prescrição e decadência (art. 146, III, b
da CF).
2. Competência tributária
A Constituição Federal não cria tributos, mas outorga poderes aos entes (União, Distrito
Federal, Estados e Municípios) para que estes criem.
Poderão ser criadas as seguintes espécies tributárias:
*Para todos verem: esquema.
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Imposto de importação
Imposto de exportação
Imposto de renda
Contribuição
Imposto sobre produtos industrializados
de melhoria
União
Imposto residual
Contribuições sociais
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Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
(...)
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão
da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
Logo, caso lhe seja perguntado em sua prova se o Estado poderá criar um novo tipo de
imposto, bem como se o Município poderá instituir nova fonte de custeio para seguridade social,
afirme que não, visto que tal competência residual será apenas da União.
Por fim, e não menos importante: se tal exigência depende de lei complementar, será
correto você afirmar igualmente que medida provisória não poderá criar novo tipo de imposto e/
ou nova fonte de custeio para seguridade social, visto que, na forma do art. 62, § 1º, III, da
CF/1988, a medida provisória não poderá legislar em matéria reservada à lei complementar.
Após análise da competência da União, vejamos a competência do Distrito Federal.
Assim, observando o disposto na Constituição Federal, em seus arts. 155 e 147 (impostos), 145,
II (taxas), 145, III (contribuição de melhoria), 149, § 1º e 149-A (contribuição do regime
previdenciário de servidor público e contribuição de iluminação pública), são os seguintes tributos
que o Distrito Federal poderá instituir:
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Contribuição previdenciária de
servidor
Contribuições
especiais
Contribuição sobre custeio de
iluminação pública
Vale dizer que, na forma dos arts. 147 e 155 da CF/1988, o Distrito Federal terá
competência cumulativa para instituir os impostos de competência dos Estados e Municípios,
visto que o Distrito Federal não é dividido em Municípios.
Já os Estados, observado o disposto na CF/1988, em seus arts. 155 (impostos), 145, II
(taxas), 145, III (contribuição de melhoria), e 149, § 1º (contribuição do regime previdenciário de
servidor público), poderão instituir os seguintes tributos:
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Imposto sobre
propriedade veicular
Imposto sobre
Impostos transmissão causa mortis
e doação
Contruibuições Contribuição
especiais previdenciária de servidor
Por fim, os Municípios, uma vez observado o disposto na CF/1988, em seus arts. 156
(impostos), 145, II (taxas), 145, III (contribuição de melhoria), 149, § 1º, e 149-A (contribuição do
regime previdenciário de servidor público e contribuição de iluminação pública), poderão instituir
os seguintes tributos:
*Para todos verem: esquema.
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A competência para criar, majorar, excluir e/ou reduzir, esta será indelegável.
STF: alterar prazo de pagamento também poderá ser feito por ato do poder executivo.
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A) fere o princípio da legalidade, pois a majoração da base de cálculo somente pode ser realizada por
meio de lei em sentido formal.
B) está de acordo com o princípio da legalidade, pois a majoração da base de cálculo do IPTU dispensa
a edição de lei em sentido formal.
C) está de acordo com o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da base de cálculo do IPTU
pode ser realizada por meio de decreto.
D) fere o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da base de cálculo do IPTU não dispensa
a edição de lei em sentido formal.
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Por fim, outra questão de grande valia sobre o princípio da anterioridade é a de que a
modificação de prazo para pagamento, mesmo que venha a antecipar a
arrecadação/pagamento, não estará sujeita à anterioridade, na forma da Súm. Vinc. nº 50 do
STF. Logo, a norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se
sujeita ao princípio da anterioridade.
4. Imunidades
*Para todos verem: esquema.
Imunidade Isenção
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4.1. Específicas
Podem ser de qualquer espécie tributária (caso concreto/caso certo). Estão espalhadas
por toda a CF.
Exemplo: as entidades de assistência social sem fins lucrativos (por exemplo, Sistema S)
não irão pagar contribuição de seguridade social (Contribuição Patronal, PIS/COFINS).
4.2. Genéricas
Somente de impostos. Estão apenas no artigo abaixo citado e estarão de forma genérica
em nossa Constituição.
São espécies de imunidade genéricas:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - Instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão;
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais
ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas
brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo
na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
4.2.1. Templos
Não haverá incidência de impostos sobre patrimônio, renda ou serviços que estejam em
nome do templo e que sejam revertidos ao cumprimento de sua finalidade essencial na forma do
artigo 150, §4º da CF.
Atenção: art. 156, §1º-A. O imposto previsto no inciso I (IPTU) do caput deste artigo não
incide sobre templos de qualquer culto, ainda que as entidades abrangidas pela imunidade de que
trata a alínea "b" do inciso VI do caput do art. 150 desta Constituição sejam apenas locatárias do
bem imóvel.
4.2.2. Subjetiva
Tal imunidade contempla algumas pessoas, ou seja, observando igualmente o art. 150,
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VI, c, e o art. 150, § 4º, da Carta Magna, os partidos políticos e suas fundações, sindicato dos
trabalhadores, instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos terão direito a
não pagar impostos sobre seus patrimônios, rendas e serviços, desde que observado o
cumprimento da lei e revertido patrimônio, renda e serviços para o cumprimento da finalidade
essencial.
Na forma do art. 150, VI, c, da CF/1988, será vedado aos entes instituir impostos sobre
patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos, atendidos os requisitos da lei. Mas, e se a prova lhe perguntar sobre os sindicatos
patronais? Responda negativamente, visto que esta imunidade abrangerá apenas os sindicatos
dos trabalhadores.
Mas, diferentemente das demais espécies de imunidades genéricas, a Carta Mãe elenca
a necessidade do cumprimento dos requisitos previstos em lei. Quais seriam a lei, o artigo e seus
requisitos? São aqueles dispostos no art. 14 do CTN. Questões envolvendo estes requisitos são
bastante comuns, por exemplo: entidade imune precisa cumprir as obrigações acessórias? A
resposta é positiva. A imunidade dispensará tão somente o cumprimento do dever de pagar
tributo.
Vale ressaltar igualmente que, nesta imunidade, as entidades de assistência social sem
fins lucrativos, na forma do art. 195, § 7º, da CF/1988, também terão imunidade no que tange às
contribuições sociais, tratando-se aqui de clássico exemplo de imunidade específica.
Por fim, no que tange a esta imunidade subjetiva, poderá surgir uma questão: caso as
pessoas imunes venham a locar um imóvel de sua propriedade a empresa privada e utilizem os
valores locatícios para o cumprimento da finalidade essencial, poderão elas gozar desta
imunidade? Sim, na forma da Súm. Vinc. nº 52 e da Súm. nº 724 do STF, continuarão a gozar
desta imunidade genérica.
5. Obrigação tributária
*Para todos verem: esquema.
Pagar tributo
Principal
e/ou multa
Obrigações
Fazer/não fazer
Acessória (nota fiscal, livro
contábil)
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A) O contrato será ineficaz entre as partes, pois transferiu a obrigação de pagar o imposto para pessoa
não prevista em lei.
B) O contrato firmado entre particulares não poderá se opor ao fisco municipal, no que tange à alteração
do sujeito passivo do tributo.
C) O contrato é válido e eficaz, e, por consequência dele, a responsabilidade pelo pagamento do tributo
se tornará solidária, podendo o fisco municipal cobrá-lo de João e/ou de Maria.
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D) No caso de o fisco municipal cobrar o tributo de João, ele não poderá ajuizar ação regressiva em face
de Maria.
Igualmente na forma do artigo 124 do CTN duas ou mais pessoas poderão ser
solidariamente obrigadas ao pagamento de um único tributo? Sim, desde que haja vínculo/
interesse comum na situação que constitua o fato gerador (solidários).
E se uma destas pessoas gozar de isenção tributária em razão de condição especial? Os
demais continuarão devedores pelo saldo devedor de forma solidária, obedecendo o que
disposto no artigo 125, II do CTN.
A) Sendo um caso de isenção pessoal, a lei não exonera Pedro, que permanece obrigado a pagar o saldo
remanescente, descontada a parcela isenta em favor de João.
B) Pedro ficará totalmente exonerado do pagamento, aproveitando-se da isenção em favor de João.
C) O imposto poderá ser cobrado de Pedro ou de João, pois a solidariedade afasta a isenção em favor
deste.
D) Pedro permanece obrigado a pagar integralmente o imposto, nada obstante a isenção em favor de
João.
6. Domicílio tributário
Em regra, o domicílio tributário será aquele eleito pelo sujeito passivo, conforme artigo 127
do CTN.
Se não escolher (fizer opção):
*Para todos verem: esquema.
Local dos
atos/fatos que
Pessoa física Residência Trabalho
deram origem
ao fato gerador
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Pode o domicílio fiscal eleito pelo sujeito passivo ser recusado pelo fisco, desde que o
local escolhido dificulte ou impeça a arrecadação ou fiscalização.
7. Espécies tributárias
Além dos impostos, temos:
a) Taxas: arts. 77 ao 80 do CTN. Competência comum.
• Fato gerador: exercício do poder de polícia (taxa de polícia);
• Fato gerador: serviço público específico e divisível (taxa de serviço);
• Súmulas vinculantes: 19 e 41;
• Não pode ter mesma base de cálculo ou fato gerador idêntico ao de impostos (ver
SV 29 do STF);
• Não se confunde com tarifa (preço público), que não é tributo.
Valorização Lei
Obra de imóvel ordinária do Contribuição
pública do ente de melhoria
contribuinte competente
c) Empréstimos compulsórios: art. 148 da CF/88. Apenas União, por Lei Complementar.
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Hipótese Obrigação
Fato Lançamento Crédito
de tributária
gerador tributário tributário
incidência principal
Conforme art. 144 do CTN, “o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador
da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou
revogada”. Porém, há exceções, previstas no §1º do art. 144 do CTN, em que se aplica a
legislação posterior ao fato gerador.
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Moratória
Depósito integral
Suspensão da
exigibilidade do CT Recurso adm.
Liminar ou tutela
antecipada
Parcelamento
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São situações que impedem a execução fiscal, mas não o lançamento (caso a
exigibilidade esteja suspensa preventivamente).
Algumas súmulas importantes sobre as hipóteses de suspensão da exigibilidade:
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Pagamento
Compensação
Transação
Remissão
Prescrição e decadência
Extinção do
crédito Conversão de depósito em renda
tributário
Pagamento antecipado e a homologação do lançamento
Consignação em pagamento
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A) A cobrança é indevida, pois o crédito tributário foi extinto pelo decurso do prazo decadencial.
B) A cobrança é indevida, pois já teria se consumado o prazo prescricional para propor a ação de
execução fiscal.
C) A cobrança é devida, pois a inscrição em dívida ativa do crédito tributário, em 05/10/2017, suspendeu,
por 180 dias, a contagem do prazo prescricional para propositura da ação de execução fiscal.
D) A cobrança é devida, pois não transcorreram mais de 10 anos entre a ocorrência do fato gerador
(12/10/2007) e a inscrição em dívida ativa do crédito tributário (05/10/2017).
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Isenção Anistia
Dispensa do tributo Dispensa da multa (infração)
Apenas para fatos posteriores Apenas para fatos pretéritos
Exige lei Exige lei
Caráter geral ou individual Caráter geral ou individual
Exclusão do crédito tributário Exclusão do crédito tributário
Saiba:
• As causas de exclusão não dispensam do cumprimento de obrigações acessórias;
• Como regra, a revogação de benefício fiscal, tal como a isenção, exige respeito
às anterioridades, haja vista que tal situação configura majoração indireta de
tributos, conforme STF;
• Isenção condicionada ou por prazo determinado não pode ser livremente
suprimida.
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A defesa mais comum do contribuinte, diante de uma execução fiscal, são os embargos
do devedor.
Os embargos à execução fiscal têm natureza de ação (não de contestação), em que
se permite a produção de provas e ampla discussão sobre o título e o crédito que embasa o
pleito executivo. Tem rito próprio, previsto na Lei de Execução Fiscal (Lei n° 6.830/1980), e
deverá ser distribuída por dependência aos autos da execução fiscal, na forma do art. 914, § 1°,
do CPC. É a primeira opção do contribuinte para defender-se de uma execução.
Requisitos para ser possível o manejo de embargos à execução: garantia do juízo +
prazo de 30 dias.
A LEF determina que não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a
execução, previsão entendida como constitucional pelo STF (embora já existam precedentes do
STJ entendendo possível que seja dispensada a garantia do juízo para o oferecimento dos
embargos à execução se ficar demonstrado que o devedor não possui patrimônio para isso -
REsp 1487772/SE).
Portanto, uma vez realizada a penhora ou o contribuinte vindo a oferecer
bem/dinheiro/fiança/seguro para garantir a execução fiscal, nasce o direito do executado de
elaborar sua defesa através de embargos à execução, alegando todas as matérias de direito e
de fato necessárias para a desconstituição da CDA em razão de ilegalidade ou
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inconstitucionalidade.
O mero ajuizamento dos embargos do devedor não suspenderá a execução fiscal
atacada. Além da garantia do juízo, é preciso que o embargante requeira a suspensão
demonstrando a presença dos requisitos da tutela provisória, com fundamento no art. 919, § 1°,
do CPC/15. Não havendo efeito suspensivo aos embargos, a execução fiscal seguirá
normalmente, em paralelo, inclusive podendo alcançar os atos expropriatórios.
Há também a Exceção de Pré-Executividade (EPE), que não é ação nem recurso, trata-
se de simples petição nos autos da própria execução, que será cabível caso presentes dois
requisitos: desnecessidade de dilação probatória e que a matéria possa ser conhecida de ofício
pelo magistrado, a exemplo da prescrição, decadência ou ilegitimidade da parte. Fundamento na
Súmula 393 do STJ.
Não sendo possível a utilização dos Embargos à Execução Fiscal ou da Exceção de Pré-
Executividade, poderá ainda o contribuinte utilizar-se da Ação Anulatória e/ou Mandado de
Segurança, como defesas excepcionais da execução fiscal.
Ação de consignação em pagamento: é o meio judicial cabível para que o contribuinte
exerça o seu direito de pagar o crédito tributário quando impossibilitado (ou quando criada
qualquer dificuldade) pela autoridade fazendária, em relação ao seu recebimento. Assim, o
objetivo dessa ação é que o contribuinte possa exercer o seu direito de extinguir o crédito
tributário mediante o pagamento. O art. 164 do CTN prevê as possibilidades de cabimento dessa
ação. Portanto: o propósito da ação de consignação é o pagamento do crédito tributário e não a
discussão sobre sua validade/legalidade.
Ação de repetição de indébito tributário: é cabível para restituir o tributo pago
indevidamente ou “a maior”, seja por erro do próprio contribuinte ou do fisco. Pode também ser
chamada de ação de restituição de indébito. É a ação que visa recuperar tributo que não deveria
ter sido pago, evitando o enriquecimento sem causa da administração pública. Trata-se de um
direito do contribuinte, previsto no art. 165 do CTN.
Não é necessário prévio protesto ou requerimento administrativo, podendo ser
diretamente demandado em juízo a restituição. Poderá ser cumulada a ação de repetição de
indébito com a ação anulatória ou declaratória, mas não com o mandado de segurança, uma vez
que possui rito especial que não permite dilação probatória.
Prazo prescricional para o ajuizamento dessa ação: 5 (cinco) anos, contados do
pagamento indevido (data da extinção do crédito), conforme art. 168 do CTN.
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Porém, fixa o art. 169 do CTN o prazo de dois anos de prescrição para a ação anulatória
da decisão administrativa que denegar a restituição.
A legitimidade ativa para requerer a restituição do indébito tributário: será do sujeito
passivo que pagou o tributo, participando da relação jurídico-tributária, enquanto contribuinte ou
responsável.
Portanto, as ações ou meios de defesa mais importantes nessa seara, são:
• Ação declaratória (de inexistência de relação jurídico-tributária);
• Ação anulatória (do ato declarativo da dívida);
• Mandado de segurança (preventivo ou repressivo);
• Embargos à execução fiscal;
• Exceção de pré-executividade (trata-se de simples petição, não é ação);
• Contestação em medida cautelar fiscal;
• Ação de consignação em pagamento;
• Ação de repetição do indébito tributário.
A) o arrolamento de testemunhas (ex-funcionários) para comprovar que não teria havido vendas no
período alegado como fato gerador.
B) a realização de perícia contábil dos seus livros fiscais para comprovar que não teria havido faturamento
no período alegado como fato gerador.
C) o reconhecimento da prescrição do crédito tributário apenas pela análise dos prazos de lançamento e
cobrança judicial.
D) a juntada da declaração de imposto sobre a renda da pessoa jurídica e a escrituração contábil do
exercício fiscal do período alegado como fato gerador para comprovar que a sociedade empresarial teria
tido prejuízo e, por isso, não teria ocorrido o fato gerador das contribuições sociais objeto da cobrança.
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1. Impostos em espécie
1.1. Imposto de renda
A presente espécie tributária será de competência da União, na forma do art. 153, III, da
CF/1988. A União poderá instituir o presente imposto para incidir sobre a renda ou os proventos
de qualquer natureza.
Na forma do art. 43 do CTN, o imposto, de competência da União, sobre a renda e
proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica
ou jurídica: a) de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de
ambos ou b) de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais
não compreendidos no inciso anterior.
Mas como poderíamos conceituar a renda? A renda é o resultado proveniente do trabalho,
do capital ou até mesmo da combinação de ambos. Sempre importante esclarecer que tal renda
não é tributada de forma bruta, visto que ela sempre será analisada após serem realizadas
deduções, ou seja, diluídas as despesas autorizadas na lei. São exemplo de renda o salário,
valores auferidos por meio de locações, aplicações financeiras e comissões (participações em
lucro).
Já os proventos são todos os acréscimos que não estão enquadrados no conceito de
renda. Para alguns doutrinadores, seriam os acréscimos patrimoniais provenientes de uma
atividade que não está sendo executada na atualidade, por exemplo, nas pensões e
aposentadorias.
Igualmente, para o critério de incidência do imposto de renda, torna-se igualmente
importante definir o conceito de disponibilidade econômica e/ou jurídica. A disponibilidade
econômica pressupõe o recebimento/aferimento efeito da renda, ou seja, Guilherme trabalhou e
recebeu 100 mil reais pelo seu trabalho.
Ademais, para efeitos de incidência, nunca é demais ressaltar e ratificar: é necessária a
aquisição, ou seja, o acréscimo da renda no capital de alguém. Tal necessidade é tamanha que
é pacífico o entendimento sobre a não incidência quando do recebimento de renda por meio de
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processo e/ou procedimento indenizatório. Para esses casos, compreende-se que inexiste
acréscimo, mas tão somente uma compensação/ reparação fruto do dano ocorrido.
Justamente pelo cunho indenizatório (caráter de reparação e não de acréscimo), foram
editadas inúmeras súmulas pelo Superior Tribunal de Justiça que compreendem pela não
incidência do imposto de renda, a saber:
a) O pagamento de férias não gozadas por necessidade do serviço não está sujeito à
incidência do imposto de renda (Súm. nº 125 do STJ);
b) O pagamento de licença-prêmio não gozada por necessidade do serviço não está
sujeito ao imposto de renda (Súm. nº 136 do STJ);
c) A indenização recebida pela adesão a programa de incentivo à demissão voluntária
não está sujeita à incidência do imposto de renda (Súm. nº 215 do STJ);
d) São isentas de imposto de renda as indenizações de férias proporcionais e o
respectivo adicional (Súm. nº 386 do STJ);
e) Não incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais (Súm. nº 498
do STJ);
f) É indevida a incidência de imposto de renda sobre o valor da complementação de
aposentadoria pago por entidade de previdência privada e em relação ao resgate
de contribuições recolhidas para referidas entidades patrocinadoras no período de
1º-1-1989 a 31-12-1995, em razão da isenção concedida pelo art. 6º, VII, b, da Lei
nº 7.713/1988, na redação anterior à que lhe foi dada pela Lei nº 9.250/1995 (Súm.
nº 556 do STJ).
Reza o art. 43, § 1º, do CTN que “a incidência do imposto independe da denominação da
receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem
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e da forma de percepção”. Diante disso, independerá da origem da receita, para que ocorra a
incidência do presente imposto. Para muitos, estará aqui, igualmente, a clara manifestação do
princípio da pecunia non olet, ou seja, não importa a origem da receita para que seja exigido o
imposto de renda.
Também na forma do art. 43, § 2º, do CTN, compreende-se que: “na hipótese de receita
ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se
dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto”. Assim, teremos a clássica
manifestação da excepcionalidade da regra de territorialidade, visto que, na forma lecionada no
presente parágrafo, rendas provenientes do exterior, de alguém que no Brasil esteja
estabelecido, estarão suscetíveis ao pagamento de imposto de renda. Essa extraterritorialidade
está presente na Lei nº 12.973/2014, mais precisamente no art. 81, bem como nos arts. 3º da
Lei nº 7.713/1998 e 25 da Lei nº 9.249/1995.
*Para todos verem: tabela.
Imposto de renda
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Art. 44 do CTN:
• Montante real;
Base de cálculo • Montante presumido;
• Montante arbitrado.
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O que significa ser não cumulativo? Considerando que o IPI poderá ser exigido em uma
mesma cadeia tributária por mais de uma vez (incidências sucessivas), a não cumulatividade
vem justamente barrar esta incidência sucessiva e cumulada, proporcionando assim proteção
aos contribuintes de fato. Logo, para que estes contribuintes de fato (o consumidor final) não
venham a ser onerados em demasia, será permitida, inclusive, a compensação dos tributos
pagos na entrada do produto com aqueles que deverão ser pagos na saída do produto.
Traz a CF/1988 ainda, no seu art. 153, § 3º, III, que o IPI não incidirá quando houver a
destinação de um produto industrializado para o exterior, lecionando assim importante imunidade
tributária sobre o tema.
*Para todos verem: tabela.
Legalidade Regra, lei ordinária. Poder Executivo poderá alterar alíquotas, art.
153, § 1º, da CF/1988.
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A) Sobre a importação de produto industrializado para o consumo próprio da empresa não ocorrerá a
incidência do IPI.
B) Sobre a exportação de produto industrializado fabricado pela indústria não haverá a incidência do IPI.
C) Quando da saída de produto industrializado da indústria não ocorrerá a incidência do IPI.
D) Quando da primeira revenda de produto industrializado por importador, considerando o já pagamento
do IPI na importação, não ocorrerá a incidência do IPI.
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que a isenção do imposto jamais poderá ser realizada por meio de lei, mas tão somente por meio
de convênio, na forma do art. 155, § 2º, XII, g, da CF/1988, combinado com a LC nº 24/1975.
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A) O Estado do Rio Grande do Sul poderá cobrar ICMS sobre a exportação de mercadorias vendidas
para fora do país.
B) O Estado do Rio Grande do Sul não precisará adotar alíquotas seletivas para a venda de combustíveis
e de energia elétrica.
C) O Estado do Rio Grande do Sul não precisará adotar a não cumulatividade.
D) O Estado do Rio Grande do Sul deverá cobrar o ICMS no processo de importação de mercadorias,
mesmo que estas sejam destinadas para o consumo.
2. Taxas
• Arts. 77 a 80 do CTN;
• Tributo bilateral, contraprestacional ou retributivo;
• Competência comum;
• Vinculado (quanto ao FG);
• 2 fatos geradores:
a) o exercício regular do poder de polícia (art. 78 do CTN);
b) a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
• Serviços singulares (uti singuli): utilização individual e mensurável;
• Específico e divisível;
• Mera disponibilização já torna devida (utilização potencial).
Súmula Vinculante 19: a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos
de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis, não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.
Súmula Vinculante 41: o serviço de iluminação pública não pode ser remunerado
mediante taxa.
Tema 146 STF (RE 576321): a taxa cobrada em razão dos serviços de conservação e
limpeza de logradouros e bens públicos ofende o art. 145, II, da Constituição Federal.
Tema 721 STF (RE 789218): são inconstitucionais a instituição e a cobrança de taxas por
emissão ou remessa de carnês/guias de recolhimento de tributos.
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STF, ADI 2.692: [...] O serviço de segurança pública tem natureza universal, devendo ser
prestado a toda a coletividade ainda que o Estado se veja na contingência de fornecer
condições de segurança a grupo específico. O serviço de segurança deve ser
remunerado mediante impostos, jamais por meio de taxas.
A) o Município de Oabeiros não detém competência tributária para instituir tal contribuição de melhoria.
B) a contribuição de melhoria poderia ser cobrada em valor superior à valorização verificada no imóvel de
João.
C) o referido serviço, por não ser específico e divisível, não pode ser remunerado mediante taxa.
D) cabe ao Município a criação de taxas para custeio da segurança pública, bem como a prevenção e o
combate a incêndios.
3. Execução fiscal
É a própria fazenda pública (União, Estados, DF e Municípios) que emite um título
executivo extrajudicial em seu favor, a partir de um crédito tributário, qual seja: a Certidão de
Dívida Ativa (CDA). Com a CDA em mãos, a fazenda pública irá a juízo cobrar seu crédito. Ocorre
que não será uma “execução comum”, como as execuções cíveis do CPC. Existe um
procedimento especial de execução para as fazendas públicas cobrarem seus créditos: a
Execução Fiscal, instituída pela Lei n° 6.830/80, que é conhecida como “LEF” (Lei de Execuções
Fiscais).
Dessa forma, a Execução Fiscal é o rito processual disponível para que os entes públicos
possam buscar a satisfação dos débitos tributários (e também os não tributários) não satisfeitos
administrativamente pelos contribuintes e devedores. Apesar da legislação específica (Lei n°
6.830/80) aplica-se subsidiariamente às execuções fiscais, naquilo que não a contrariar, o
Código de Processo de Civil (CPC/15). A Certidão de Dívida Ativa (CDA) é o título executivo
extrajudicial que lastreia a Execução Fiscal, sem o qual essa não seria possível.
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Súmula nº 392 do STJ: a Fazenda Pública pode substituir a Certidão de Dívida Ativa
(CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro
material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução.
Súmula nº 414 do STJ: a citação por edital na execução fiscal é cabível quando frustradas
as demais modalidades.
Súmula nº 558 do STJ: em ações de execução fiscal, a petição inicial não pode ser
indeferida sob o argumento da falta de indicação do CPF e/ou RG ou CNPJ da parte
executada.
Súmula nº 559 do STJ: em ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da
petição inicial com o demonstrativo do débito, por tratar-se de requisito não previsto no art.
6o da Lei n° 6.830/1980.
Como regra, todos os bens do executado podem ser objeto de penhora, salvo aqueles
impenhoráveis por força de lei. Os bens absolutamente impenhoráveis são aqueles descritos no
art. 833 do CPC/15 (ex: salário, bens de uso pessoal etc.) e na Lei n° 8.009/1990 (bem imóvel
de família).
Porém, na Lei n° 8.009/1990 (art. 3°), temos uma exceção à impenhorabilidade do bem
de família por dívida fiscal, visto que, quando o crédito tributário for oriundo do próprio bem
imóvel, poderá ele ser penhorado para pagamento destes débitos (ex., IPTU, taxa, contribuição
de melhoria).
O que ocorre caso não sejam encontrados bens passíveis de penhora? Nesse caso, o
CTN prevê que o juízo determinará a indisponibilidade de bens, com efeitos em todo território
nacional.
Art. 185-A do CTN. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar
nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens
penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando
a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem
registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às
autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no
âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial.
§ 1º A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valor total exigível,
devendo o juiz determinar o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou
valores que excederem esse limite.
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E se, mesmo após todas as diligências, não se encontrar bens? Ou, ainda, caso não seja
encontrado o executado para citação válida? Nesse caso, estaremos diante da previsão do art.
40 da Lei n° 6830/80, que prevê a suspensão do processo por um ano. Após um ano de
suspensão da execução, será o processo arquivado, e se mais cinco anos após o arquivamento
passarem, continuando sem sucesso a execução, não havendo diligências úteis para a fazenda
pública, haverá ocorrência da prescrição intercorrente, extinguindo o crédito tributário.
A) a citação foi válida, uma vez que, não sendo encontrado o devedor pela via postal, é cabível
imediatamente a citação editalícia.
B) o executado é citado para, no prazo de 15 (quinze) dias, pagar a dívida com os juros e multa de mora
e encargos, ou apresentar contestação.
C) é vedado ao juiz, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente na execução fiscal.
D) é possível a suspensão do curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou encontrados
bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição.
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8–B 9–C 10 – B 11 – B 12 – D 13 – C 14 – D
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