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extraordinário de guerra.
2. Competência Tributária:
• Anterioridade nonagesimal:
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território - Ser mantido ou instituído pelo Poder Público
nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a
Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, - Não entrar na concorrência privada
admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o - Não cobrar taxa ou tarifa pelo serviço público prestado.
equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes
regiões do País; A CF é omissa quanto a questão dessa imunidade se estender para
empresas públicas e sociedades de economia mista.
CF 151. É vedado à União:
Porém, o STF já concedeu aos Correios, a INFRAR e à Casa da
II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, Moeda, desde que elas:
do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e
os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis - Prestem serviço público
superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;
- em caráter de monopólio
A União não poderá conceder a isenção de tributos que não são de b) templos de qualquer culto;
sua competência.
Imunidade que visa tutelar a liberdade religiosa.
CF 151. É vedado à União:
Todo patrimônio, renda ou serviço que estejam em nome do
III – instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do templo, NÃO serão cobrados impostos, mediante uma condição:
Distrito Federal ou dos Municípios.
Que este patrimônio, renda ou serviço seja revertido ao
cumprimento da finalidade essencial do templo: disseminação da
palavra de Deus (CF 150, §4°).
São específicas para um caso concreto e dizem respeito a qualquer Desde que...
espécie tributária e estão espalhadas por toda a constituição.
CTN 14: não distribuir renda, não enviar dinheiro ao exterior, não
Exemplo: cumprir com as obrigações acessórias.
Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o - O domicílio fiscal de quem deve cumprir a obrigação.
imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art.
→ Obrigação tributária:
150, VI, “c”, da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis
seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram
A. Quais serão as obrigações a que poderá estar sujeito
constituídas.
aquele que realiza o fato gerador?
→ Imunidade genérica objetiva:
Aquele que realiza o fato gerador poderá estar sujeito a:
Não poderá ser exigido imposto sobre...
I. Obrigação Principal:
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
A obrigação principal sempre será constituída em uma obrigação
Desde que, eles: de pagar:
Para pagar tributo, é necessário que seja realizado um fato gerador: CTN 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito
realização no mundo real da hipótese de incidência. público, titular da competência para exigir o seu cumprimento.
- Contribuinte: será aquele que realizará diretamente o Independentemente de ser preso, de ser aquele que não pode ter
fato gerador (fato descrito na norma). uma empresa em razão de sentença falimentar condenatória...
- Responsável: será um terceiro (não será aquele que Independentemente de ter constituído sociedade de fato.
realizou o fato gerador, mas um 3° que, em razão do vínculo com o
CTN 126. A capacidade tributária passiva independe:
fato gerador, a lei lhe atribuirá o dever de pagar.
I - da capacidade civil das pessoas naturais;
C. Contrato particular pode alterar o sujeito passivo?
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem
Contrato particular pode ser oposto contra o fisco?
privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou
R: NÃO!!! profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;
CTN 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando
particulares, relativas à responsabilidade pelo que configure uma unidade econômica ou profissional.
pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda
G. Domicílio fiscal - aonde se exigirá o cumprimento de uma
Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo
obrigação?
das obrigações tributárias correspondentes.
Regra geral: o domicílio fiscal será aquele informado/declarado
D. Existe a possibilidade de ocorrer solidariedade no dever
pelo sujeito passivo.
de pagar tributo?
PF: Local de residência. Se não tiver residência ou ela for incerta e
É possível uma pessoa pagar tributo em conjunto com outra?
não sabida: local de trabalho.
R: Sim!!! Serão solidariamente obrigadas as pessoas que
PJ: local de sua sede ou local do estabelecimento onde ocorreu o
tenham interesse comum sobre o fato.
fato gerador.
CTN 124, I. São solidariamente obrigadas:
CTN 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se
constitua o fato gerador da obrigação principal; como tal:
II - as pessoas expressamente designadas por lei. I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou,
sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não atividade;
comporta benefício de ordem.
II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas
Obs.: individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos
que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento;
Solidário: pode-se exigir TODO o valor de qualquer um dos
coobrigados. III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de
suas repartições no território da entidade tributante.
Subsidiário: não podendo exigir de um, irei exigir de outro.
§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em
E. Quais são os efeitos da solidariedade?
qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á como domicílio
O pagamento feito por um aproveita aos demais. tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos
bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à
A isenção ou remissão concedida de forma geral aproveita-se a obrigação.
todos.
§ 2º. A autoridade administrativa pode recusar o domicílio
A isenção ou remissão INDIVIDUAL aproveita-se APENAS eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a
ao INDIVÍDUO beneficiado, mantendo-se os demais fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo
solidários devedores pelo saldo. anterior (desde que justificada).
CTN 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os
efeitos da solidariedade:
A constituição iniciará pelo contribuinte, o qual informará a A moratória suspende a exigibilidade porque durante o período que
realização do fato gerador e a autoridade fazendária irá foi majorado para que ocorra o pagamento, o fisco não poderá
identificar o sujeito passivo, realizando o cálculo de quanto exigir o crédito tributário.
deve pagar e emitirá a guia. Este aumento de prazo SEMPRE deverá ocorrer por meio de LEI.
- ITCD O aumento de prazo poderá ser concedido de forma geral (para
- ITBI pessoas indeterminadas) ou individual (para pessoas
determinadas, que atendam certos requisitos).
3. Lançamento por homologação:
a. Geral:
Ocorrerá quando tão somente o sujeito passivo/contribuinte
irá trabalhar. Será o sujeito passivo que irá identificar o fato A moratória geral será concedida mediante lei pelo ente
gerador, o quantum, e emitirá a guia para pagar. competente aos tributos de sua competência.
A maioria dos tributos hoje é lançado por homologação. Poderá ser concedida pela União aos tributos de competência
estadual, distrital e municipal, desde que também conceda
- IR moratória para seus tributos.
- IPI b. Individual:
Suspenção da exigibilidade são formas (modalidades) de evitar A moratória só irá abranger somente os créditos já
que o crédito tributário venha a ser exigido do sujeito passivo. lançados/constituídos.
São modalidades que irão suspender a exigência do crédito. Quem está a dever tributo em razão de sonegação ou fraude, não
poderá se beneficiar de moratória.
CTN 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
A moratória individual NÃO gera direito adquirido, pois depende de
I - moratória; requisitos para sua concessão. Por isso, a moratória pode ser
derrogada de ofício.
II - o depósito do seu montante integral;
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em Durante o trâmite do procedimento administrativo o recorrente ou
outras espécies de ação judicial; o sujeito passivo não poderá ser executado.
Nenhum valor poderá ser exigido para que seja realizado o recurso V - a prescrição e a decadência;
administrativo (Súmula 21).
VI - a conversão de depósito em renda;
→ DEPÓSITO:
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento
Tendo o sujeito passivo ingressado com ação judicial para nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
questionar o débito tributário e uma vez realizado o depósito,
ocorrerá a suspensão. VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no
§ 2º do artigo 164;
Somente o depósito integral e em dinheiro irá suspender a
exigibilidade do crédito. IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a
definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto
O depósito não é condição de ação (súmula 28). de ação anulatória;
§ 2o Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as disposições CTN 158. O pagamento de um crédito não importa em presunção
desta Lei, relativas à moratória. de pagamento:
§ 3o Lei específica disporá sobre as condições de parcelamento dos I - quando parcial, das prestações em que se decomponha;
créditos tributários do devedor em recuperação judicial.
II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a
§ 4o A inexistência da lei específica a que se refere o § 3o deste outros tributos.
artigo importa na aplicação das leis gerais de parcelamento do ente
• Onde o pagamento será realizado?
da Federação ao devedor em recuperação judicial, não podendo,
neste caso, ser o prazo de parcelamento inferior ao concedido pela R: No local do domicílio do sujeito passivo.
lei federal específica.
CTN 159. Quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o
pagamento é efetuado na repartição competente do domicílio do
sujeito passivo.
Se a lei não dispuser de forma contrária, os juros de mora serão 4. LEI ESPECÍFICA:
calculados a taxa de 1% ao mês.
A lei específica do ente competente poderá autorizar o
CTN 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é perdão/remissão total ou parcial dos tributos e/ou das multas
acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da devidas pelo sujeito passivo.
falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da
aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou Porém, para que ocorra o perdão, é necessário a existência de
em lei tributária. lei específica.
§ 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora A remissão será instituto que irá perdoar em todo ou em parte
são calculados à taxa de um por cento ao mês. tributo devido pelo contribuinte.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica na pendência de DEVIDO = o contribuinte já foi lançado, notificado e não pagou.
consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para A REMISSÃO só pode ocorrer de CRÉDITO QUE JÁ ESTÁ
pagamento do crédito. LANÇADO, que já está DEVIDO pelo contribuinte!
2. COMPENSAÇÃO:
• Quando a remissão poderá ser concedida (em situação
Ocorrerá quando duas pessoas forem credora/devedora ao política econômica):
mesmo tempo.
CTN 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a
Exemplo: O Estado do RS tem um crédito de ICMS para receber conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial
de Cláudio. Porém, Cláudio também tem um crédito de ICMS do crédito tributário, atendendo:
para receber do Estado do RS. Logo, ambos são credores e
I - à situação econômica do sujeito passivo;
devedores uns dos outros.
II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto
Pelo simples fato de 2 pessoas serem credoras e devedoras
a matéria de fato;
ao mesmo tempo, poderá ocorrer esta compensação?
III - à diminuta importância do crédito tributário;
R: Não!!! Pois é necessário a existência de lei
específica do ente competente. IV - a considerações de eqüidade, em relação com as
características pessoais ou materiais do caso;
A compensação só poderá ser realizada nos exatos termos e
condições e mediante as garantias dispostas nesta LEI. V - a condições peculiares a determinada região do território
da entidade tributante.
CTN 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular,
ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito
administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155.
com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito
passivo contra a Fazenda pública. 5. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA:
Não poderá ser objeto de compensação o crédito que esteja sob É o prazo legal que o fisco terá para constituir/lançar o crédito
judice (que estejam em uma batalha judicial e não tenha liquidez). tributário.
3. TRANSAÇÃO: CTN 146, III, b): as regras sobre prescrição e decadência são
determinadas mediante LEI COMPLEMENTAR.
Transação é um acordo. Pressupõe concessão mútua.
Esta Lei Complementar é o Código Tributário Nacional (CTN).
Para ocorrer transação no Direito Tributário, é necessário que
haja lei específica, e a transação poderá ocorrer somente nas Não poderão os entes competentes criar normas distintas de
condições expostas na lei. prescrição e decadência (Súmula 08) do que consta no CTN.
→ Prescrição:
A partir do dia 1° de abril de 2021, abre-se a contagem dos 05 anos. A exclusão ocorrerá ANTES da constituição do crédito tributário.
Logo, o fisco tem até o dia 31.03.26 para executar o crédito. Isenção ou anistia.
CTN 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em - Isenção: impede a constituição do tributo.
cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. - Anistia: impede a constituição da multa.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe: A) ISENÇÃO TRIBUTÁRIA:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução A isenção sempre será decorrente de lei.
fiscal;
É a lei que regulará as condições, os tributos e os prazos que ficarão
II - pelo protesto judicial; dispensados os contribuintes de pagar tributo.
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; Assim, a isenção é a dispensa LEGAL do poder de tributar.
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que A lei vem dispensar o contribuinte do seu dever de pagar tributo.
importe em reconhecimento do débito pelo devedor.
CTN 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre
6. CONVERSÃO EM RENDA:
decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos
É converter o valor depositado judicialmente para o fisco. Uma para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o
vez ocorrida a conversão, ocorrerá a extinção. prazo de sua duração.
7. PAGAMENTO ANTECIPADO: Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região
do território da entidade tributante, em função de condições a ela
Realizar o pagamento dos tributos sujeitos ao lançamento por peculiares.
homologação.
Via de regra, a isenção não poderá dispensar taxa e contribuição de
8. CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO: melhoria, pois essas espécies serão cobradas ou em decorrência de
um serviço, ou em decorrência de uma obra.
Quero pagar, mas o fisco não quer receber? Ajuízo uma
consignação em pagamento. CTN 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é
extensiva:
9. DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL:
I - às taxas e às contribuições de melhoria;
Entende-se como Decisão Administrativa Irreformável aquela
proferida no contencioso administrativo – em impugnação ou II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.
recurso, por órgãos ou colegiados -, favorável à pretensão do
sujeito passivo, porquanto fulmina total ou parcialmente o Isenção tributária pode ser revogada a qualquer tempo?
crédito tributário. R: Via de regra, a isenção poderá SIM ser revogada a qualquer
10. DECISÃO JUDICIAL COM TRÂNSITO EM JULGADO: tempo.
A demanda e a decisão se tornam indiscutíveis e não mais Salvo aquelas isenções que são concedidas mediante condição e
sujeitas a recurso ou discussão. prazo certo (são as chamadas isenções onerosas).
As isenções onerosas NÃO poderão ser livremente suprimidas. Dispensar o
pagamento de ANISTIA REMISSÃO
Exemplo: MULTA
Cássio quer montar uma fábrica de violão em Campinas. Porém,
Cássio deseja não pagar tributo municipal por 10 anos, já que ele
ANTES do lançamento há regras de EXCLUSÃO.
estará movimento a economia da cidade. Assim, é feito o acordo
com o executivo da cidade. APÓS o lançamento há regras de EXTINÇÃO.
Logo, a isenção de Cássio não poderá ser livremente suprimida, pois → HIPÓTESE:
foi constituída mediante condição e prazo certo.
Alguém que esteja isento ou anistiado:
A isenção tributária (dispensa legal) poderá ser geral ou poderá ser
individual. - isento: dispensado do pagamento de tributo
B) ANISTIA:
Não poderá ser anistiado (dispensado) do pagamento de multa Dentro da execução fiscal, o fisco poderá constranger o
todo ato compreendido como delito penal e ato realizado com contribuinte a pagar o crédito por meio de penhora com qualquer
dolo, fraude ou simulação. bem ou renda, exceto aquele que a lei declare absolutamente
impenhorável.
CTN 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas
anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando: Inclusive poderão ser penhorados os bens ou rendas que
estejam gravados com ônus reais (alienação
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções fiduciária/hipoteca) e ou cláusula de inalienabilidade ou
e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com impenhorabilidade.
dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em
benefício daquele; CTN 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre
determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo
II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas,
conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas. de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou
sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de
A anistia também poderá ser geral ou individual., na forma do CTN
inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da
182.
constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os
ATENÇÃO!! bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.
Qual a diferente entre remissão, isenção e anistia? • Bens ou rendas que a LEI declara serem impenhoráveis:
A fraude será presumida a partir da inscrição em dívida ativa. O pagamento é feito nesta ordem APENAS se houverem
todos estes credores.
CTN 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens
ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com Se não houver um credor de crédito com garantia real, por
a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito exemplo, o credor tributário receberá em 3° lugar.
como dívida ativa.
• Se o fato gerador ocorrer no CURSO do processo
Não será fraude se o sujeito passivo, ao vender ou onerar bens ou falimentar:
rendas, conservar em seu patrimônio bens ou rendas suficientes
para o pagamento da dívida tributária. O Credor tributário subirá para o 1°lugar! (CTN 188)
4. Concorrência entre credores frente ao mesmo devedor: Quem irá pagar tributo/ quem será o sujeito passivo?
Se ocorrer concorrência entre credores frente ao mesmo devedor, - O contribuinte ou o responsável.
ou seja, Cauê é um devedor e deve para o fisco e valores salariais
para sua diarista. O contribuinte é aquele que tem relação direta com o fato gerador
(fato descrito na norma/ hipótese de incidência).
Quem receberá primeiro?
O responsável é um terceiro.
Regra geral:
A lei, de modo expresso, poderá atribuir a responsabilidade pelo
1° - Trabalho / acidente de trabalho pagamento de crédito tributário a terceira pessoa (responsável),
desde que exista vínculo dessa pessoa com o fato gerador.
2° - Tributário
A lei poderá excluir a responsabilidade do contribuinte e atribuir
CTN 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual
apenas a esta terceira pessoa, ou manter os dois , lado a lado,
for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os
devedores solidários pelo crédito tributário.
créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de
trabalho. CTN 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode
atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito
Exceção:
tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva
No processo de falência, esta regra mudará! obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou
atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou
Se o fato gerador ocorreu ANTES da falência... parcial da referida obrigação.
Crédito tributário nesse sentido = possibilidade de atribuir a Transfere-se ao adquirente/remitente de bem móvel os tributos
terceiro a responsabilidade por pagamento de tributo ou multa. devidos em função do bem.
→ Responsabilidade tributária: pode ocorrer por CTN 131, I. São pessoalmente responsáveis:
transferência ou por substituição.
I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens
adquiridos ou remidos;
Luísa tem um carro, mas não pagou o IPVA de 2021. Luísa então
a. Por transferência: vende o carro para Marisa.
CTN 130 a 135. Quem deve pagar o IPVA de 2021?
É a mais cobrada! R: Marisa, a adquirente, irá dever o IPVA de 2021 como
responsável.
O CTN 130 diz que: se transfere ao adquirente de bem imóvel todos
os tributos devidos em função da propriedade do bem. De acordo com o STJ, adquirente de bem móvel somente não será
responsável se:
Tributos que podem ser devidos em função da propriedade do
bem: I. Houver, na data da compra, prova de quitação;
II. Adquirir em leilão judicial.
• Impostos: IPTU e ITR;
• Taxa de recolhimento de lixo; O STJ entendeu que se aplicam as mesmas excludentes de
• Contribuição de melhoria. adquirente de bem imóvel a adquirente de bem móvel!
CTN 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato O ato de transferência de bem móvel é a tradição.
gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens
imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços → Responsabilidade por transferência quando do evento
referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam- sucessório:
se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do
O espólio será responsável pelo tributo devido pelo de cujus até a
título a prova de sua quitação.
data da abertura da sucessão.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-
Se após a partilha, ainda restar dívida, os herdeiros serão
rogação ocorre sobre o respectivo preço.
responsáveis pelo pagamento da dívida, nos limites de suas
Exemplo: Lucas é proprietário de um imóvel urbano. Lucas, em respectivas heranças.
razão da propriedade do bem, é notificado para pagar o IPTU de
CTN 131.
2021 e a taxa de lixo de 2021. Porém, Lucas não paga nenhum dos
dois e vende o imóvel urbano para Mirtes. II – o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos
devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação,
O que ocorrerá com os tributos que não foram pagos?
limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado
Serão transferidos para Mirtes, a adquirente. ou da meação.
Assim, o IPTU e a taxa de lixo de 2021 passam a ser devidos por III – o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da
Mirtes, a qual será a responsável (é terceira com ligação ao fato abertura da sucessão.
gerador).
Exemplo:
• Possibilidades em que Mirtes não será responsável:
Guilherme tem 10 apartamentos. Guilherme deve IRPF e veio a
O adquirente de bem imóvel não será responsável se... falecer.
i. Na data da compra houver prova de quitação dos Guilherme tem uma esposa e 02 filhos.
tributos.
Guilherme tem créditos e dívidas, quem virá a pagar suas dívidas?
A prova se faz mediante certidão negativa.
R: Será realizado o inventário e será verificado o espólio. O espólio
ii. Se adquirir o imóvel em hasta pública, ou seja, será o primeiro responsável pelo pagamento de dívidas tributárias.
através de leilão judicial. Se após a partilha ainda restarem dívidas, os herdeiros serão
responsáveis pelos tributos devidos pelo de cujus até o limite do
Isso porque a responsabilidade sub-roga-se ao preço pago em que herdarem.
leilão. Isso significa que se o valor pago no leilão não suprir o
valor da dívida tributária, essa diferença não poderá ser → CTN 132:
cobrada do adquirente.
Toda empresa resultante de operação societária passará a ser
Logo, a responsabilidade estará limitada ao valor pago em responsável pelos tributos devidos pela antiga unidade.
hasta pública.
CTN 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão,
Eventual saldo pendente somente poderá ser exigido do transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável
antigo proprietário. pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de
direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
→ Dos responsáveis:
Exemplo I: CTN 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que
adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou
Fusão: junção de 02 empresas – Brahma e Antártica. estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a
A Antártica tinha um passivo de 1 bilhão de reais de tributo. respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob
firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao
Houve a fusão entre elas e passaram a ser a Ambev. fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
Assim, quem passará a ser responsável pelos tributos de 1 bilhão I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do
devidos pela Antártica? A Ambev passará a ser a responsável. comércio, indústria ou atividade;
Quem passará a ser responsável pelo passivo de 200 milhões será → Regra de isenção (CTN 133, §1°):
apenas a CEISC. O adquirente não será responsável se adquirir fundo ou
Exemplo III: estabelecimento em processo de falência ou recuperação judicial.
Empresa CEISC LTDA com passivo de 100 milhões de reais. Nos casos de impossibilidade (subsidiariedade) exigir do
contribuinte, poderá ser exigido de terceiros (ex.: pais) que tenham
CEISC se transforma em uma empresa de Capital Aberto: CEISC S/A, o dever de zelo/guarda com o patrimônio a renda alheia.
a qual passa a ser devedora dos 100 milhões.
CTN 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do
Atenção! cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem
solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas
Súmula 554 do STJ. omissões de que forem responsáveis:
Apesar do CTN 132, as MULTAS também serão transferidas, além I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
dos tributos devidos.
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus
“Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da tutelados ou curatelados;
sucessora abrange não apenas os tributos devidos pela sucedida,
mas também as multas moratórias ou punitivas referentes a fatos III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos
geradores ocorridos até a data da sucessão.” devidos por estes;
Toda PJ de Direito privado que for extinta, mas que tem débito V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa
tributário e sua atividade for continuada por sócio remanescente falida ou pelo concordatário;
ou espólio, seja com mesmo CNPJ ou com novo, irá se transferir as
dívidas da empresa privada para a nova empresa. VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício,
pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de eles, em razão do seu ofício;
extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a
exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria
social, ou sob firma individual. de penalidades, às de caráter moratório.
→ CTN 133: → CTN 135, III:
Toda PF ou PJ que adquirir estabelecimento comercial ou fundo de A empresa X realiza fato gerador e deve tributo. Porém, ela não
comércio e continuar com a atividade do estabelecimento ou fundo paga o tributo que deve. Sócio administrador pode ser responsável
que adquiriu, sob o mesmo ou novo CNPJ, responderá pelos pessoal pelos tributos devidos pela empresa que não foram pagos?
tributos do estabelecimento ou fundo adquirido.
Regra: não!
Se não continuar, não tem responsabilidade!
Súmula 430 do STJ. O mero inadimplemento de tributo pela
O adquirente responderá sozinho e de forma integral se quem empresa não gera responsabilidade automática do sócio
vender não retornar ao mercado em até 06 meses. administrador.
O adquirente responderá subsidiariamente se quem vendeu Exceção:
continuar a explorar qualquer atividade econômica ou retornar em
menos de 06 meses. I. CTN 135, III.
- Responsabilidade subsidiária: primeiro cobra-se de O sócio administrador poderá ser responsável quando:
quem vendeu e se este não tiver, cobra-se do adquirente. comprovado que o administrador cometeu ato com excesso de
poder ou ato que veio a infringir contrato por estatuto social ou ato A lei, portanto, determina a sujeição passiva (dever de pagar) com
que seja uma infração à lei. relação a um fato gerador ainda não ocorrido, mas que, ao que tudo
indica, ocorrerá em momento breve (fato gerador presumido).
CTN 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos Ex.: utilizada nas cadeias de produção-circulação em que há grande
praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato capilaridade na ponta final. Torna eficiente o controle da produção
social ou estatutos: e distribuição de bebida feito nos fabricantes e engarrafadores do
que nos bares onde a bebida é vendida no varejo.
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas
jurídicas de direito privado.
II. Para trás:
II. Quando ocorrer dissolução irregular da empresa.
Na substituição tributária antecedente ou “para trás” ocorre “a
Súmula 435 do STJ. Presume-se dissolvida irregularmente a postergação ou o adiamento do recolhimento do tributo com
empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem relação ao momento pretérito em que ocorre o fato gerador”.
comunicação aos órgãos competentes, legitimando o
redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente. Ex.: obrigação instituída pela lei 9.826/99 que instituiu como
substitutivos tributários do IPI as montadoras de automóveis,
→ Responsabilidade no que tange a denúncia espontânea: relativamente aos alienantes (substituídos) de partes, peças e
componentes de veículos.
Todo sujeito passivo que se delatar/entregar para o fisco, visto que
realizou o fato gerador e não pagou ou declarou/constituiu, estará Há um adiamento do pagamento do imposto, uma vez que na saída
dispensado do pagamento da multa. dos produtos dos estabelecimentos fabricantes de autopeças não
ocorrerá recolhimento do IPI, o qual só será recolhido na saída
A denúncia espontânea é a delação premiada no direito tributário.
futura, das montadoras. Estas recolherão o valor relativo a sua
Para o gozo deste benefício o fato gerador deve ser totalmente operação e à operação anterior (pois não há crédito relativo à
desconhecido do fisco. operação anterior).
CTN 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea CF 150, §7°. A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação
da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto
devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente,
arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga,
tributo dependa de apuração. caso não se realize o fato gerador presumido.
Atenção!
Quando alguém terá de pagar imposto de importação? R: O fato gerador do IR será o acréscimo que ocorrerá
através da renda ou de proventos de qualquer natureza.
R: Quando houver a entrada de produto estrangeiro no Brasil
(não importa se a importação é para consumo, venda ou Renda: produto do trabalho (salário, comissão, hora
industrialização). extra, participação em lucro)
CTN 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação - Capital: aplicações financeiras e valores
de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes locatícios.
no território nacional.
Proventos: aposentadoria.
Quem será o contribuinte deste imposto?
Súmula 498 do STJ. Não haverá IR quando do recebimento de
R: O importador. valores em virtude de condenação por danos morais. Isso porque o
dano moral tem natureza de recomposição/indenização e, logo,
B. IMPOSTOS SOBRE A EXPORTAÇÃO (IE): não há acréscimo.
CF 153. Compete à União instituir impostos sobre: CTN 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição
nacionalizados; da disponibilidade econômica ou jurídica:
i. O imposto será criado por Lei Ordinária. CTN 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a
que se refere o artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa
ii. Só respeitará a anterioridade do exercício (CF 150, condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de
§1°). renda ou dos proventos tributáveis.