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Imposto sobre grandes fortunas / Imposto residual / Imposto

extraordinário de guerra.

Quais tributos os entes poderão criar?

TRIBUTOS União Estados DF Municípios


Impostos CF 153: CF 155: CF 155: CF 156:
II, IE, IR, IPVA IPVA ISS
Base legal: CF 145 a 162. IPI, IOF, ICMS ICMS IPTU
ITR, IGR ITCD ITCD ITBI
1. CONCEITO DE TRIBUTO:
CF 154: CF 156:
i. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória Imposto ISS
paga em moeda ou cujo nela se possa exprimir (...) residual IPTU
Todo tributo é pago em pecúnia. ITBI
Imposto
Porém, há uma exceção: o tributo poderá ser pago por dação extraord.
em pagamento de bem imóvel se houver lei específica do ente de guerra
competente autorizando esta forma de pagamento.
Cont. de CF 145, II e Comum Comum Comum
Assim, a dação NÃO é uma opção do contribuinte. Melhoria III:
Dação em pagamento de bem móvel é fraude ao sistema Competên
licitatório, portanto, não é permitido. cia
Comum!
ii. (...) que não constitua sanção por ato ilícito: Cont. CF 149: CF 149, CF 149, CF 149,
Especiais Cont.de §1°: §1°: §1°:
Nenhum tributo pode ser exigido como forma de punir o Seguridad
contribuinte. e Social Cont. Cont. Cont.
Não poderá ser exigido tributo de atividade ilícita. Porém, os Previd. Previd. de Previd. de
frutos oriundos da atividade ilícita poderão ser tributados. Ex.: CIDF - de comp. do comp. do
a renda recebida pelo traficante, por exemplo, poderá ser Cont. de comp. servidor servidor
tributada (não importa onde o contribuinte ganhou dinheiro). Intervenç. do
de servidor CF 149-A: CF 149-A:
iii. (...) previsto em LEI: Domínio Cont. Cont.
Econômic. sobre sobre
Não existe tributo sem lei anterior que o defina. Ilumin. Ilumin.
Cont. Pública. Pública.
iv. (...) mediante atividade VINCULADA da
administração público: sobre
categoria
A atividade da administração pública estará vinculada na lei, Profission.
não existe conveniência e oportunidade no tocante a tributos.
CF 149,
§1°:
Cont.
Tributo é um gênero que apresenta 05 espécies tributárias: Previdenc.
de comp.
I. Imposto do
II. Taxa servidor
III. Contribuição de melhoria Emprést. CF 148:
IV. Contribuição especial Compuls. APENAS
V. Empréstimo compulsório UNIÃO!

2. Competência Tributária:

Quem poderá criar estes tributos?


APENAS a União também poderá criar um NOVO
CF = não cria tributo! imposto.
A CF outorga poder para os entes federativos criarem tributos: Entes que poderão criar uma nova fonte de custeio para seguridade
União, DF, Estados e Municípios. social: APENAS A UNIÃO!!!
→ UNIÃO CF 195, §4°. § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a
garantir a manutenção ou expansão da seguridade social,
Impostos: Imposto de importação/ Imposto de exportação/
obedecido o disposto no art. 154, I.
Imposto sobre a renda/ Imposto sobre Produtos Industrializados/
Imposto sobre operação financeira/ Imposto territorial rural/
→ Características da competência tributária: Nem sempre será preciso do poder legislativo, o poder executivo
também poderá atuar no direito tributário.
I. Indelegável:
• Mitigações ao princípio da legalidade:
Nenhum ente poderá delegar para outro ente a O poder executivo pode atuar diretamente no direito tributário.
competência legislativa de criação ou majoração de
tributo. 1. O poder executivo poderá, mediante decreto ou portaria,
alterar as alíquotas dos impostos:
Porém, a capacidade ativa tributária
PODERÁ ser delegada para outra PJ de i. II (impostos de importação)
direito público e poderá ser revogada a ii. IE (impostos de exportação)
qualquer tempo. iii. IOF (imposto sobre operações financeiras)
iv. IPI (imposto sobre produtos industrializados)
A capacidade ativa tributária é a competência
administrativa para fiscalizar, executar leis e CF 153, §1°. É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições
arrecadar. e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos
enumerados nos incisos I, II, IV e V.
CTN 7°. A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das
funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, Estes tributos são conhecidos como tributos extrafiscais, pois eles
serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, servem para regular o mercado. Por isso o executivo poderá alterar
conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos as suas alíquotas.
termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.
2. O Executivo poderá, mediante medida provisória, criar ou
II. Irrenunciável majorar tributos, desde que o poder Executivo atenda a
III. Imprescritível 02 requisitos cumulativos:
IV. Facultativa
a. Que o tributo a ser criado ou majorado por medida
3. Limitações que os criadores de tributo devem respeitar: provisória seja criado por Lei Ordinária.

Atenção! b. Que a medida provisória seja convertida em lei no mesmo


exercício de sua edição.
Cai muito!!
CF 62, §2°. Medida provisória que implique instituição ou
As limitações servem para limitar a cobrança do ente e são majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV,
divididas entre: V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se
- Princípio e Imunidade. houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi
editada.
Base legal: CF 150 a 152.
Medida Provisória NÃO poderá atuar em matéria
reservada a Lei Complementar (CF 62, §1°, III).

3. O Poder Executivo poderá, mediante decreto ou portaria,


Regra geral: os entes competentes irão criar, majorar, reduzir ou atualizar a base de cálculo de qualquer tributo, desde que
extinguir tributo por meio de LEI ORDINÁRIA. a atualização seja conforme os indexadores nacionais.
CF 150, I. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao CTN 97, §2°. Não constitui majoração de tributo, para os fins do
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário
aos Municípios: da respectiva base de cálculo.
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; Súmula 160 STJ. É DEFESO, AO MUNICIPIO, ATUALIZAR O IPTU,
CTN 97. Somente a lei pode estabelecer: MEDIANTE DECRETO, EM PERCENTUAL SUPERIOR AO INDICE
OFICIAL DE CORREÇÃO MONETARIA.
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
4. O STF poderá, mediante decreto ou portaria, alterar o
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o prazo de pagamento.
disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;

Exceção: apenas 4 tributos poderão ser criados, majorados,


reduzidos ou extinguidos por LEI COMPLEMENTAR: Os entes competentes, quando do exercício da competência
i. IGF (CF 153, VII) tributária, não poderão tratar os contribuintes iguais de forma
ii. Empréstimo compulsório (CF 148) desigual.
iii. Contribuições sociais residuais (CF 195, §4°) Será também proibido aos entes tratar os contribuintes de forma
iv. Impostos residuais (CF 154, I) desigual em razão de cargo, salário ou proventos.
Entes competentes para criar, majorar, extinguir ou reduzir Base legal: CF 150, III.
tributos precisarão de LEI (poder legislativo) ordinária como regra,
e de lei complementar para exceções.
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido
publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto
Regra geral: a norma tributária não poderá retroagir. Aplica-se a na alínea b;
norma vigente quando da ocorrência do fato gerador. Exemplo:
CF 150, III, a. III - cobrar tributos: No dia 01.12.2020 foi publicada uma lei que majorou a
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da alíquota de IPI de 2% para 4%.
vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; Quando poderá ser exigida a alíquota de 4%?
Exceções – quando a norma poderá retroagir: R: Data da publicação + 90 dias = 01.03.2021.
I. Poderá retroagir lei nova que venha interpretar lei Regra geral: para todo tributo criado ou majorado, somente poderá
mais antiga, desde que a interpretação não venha ser exigido no 1° dia do ano seguinte + 90 dias da publicação.
causar multa ao contribuinte.
Exceção:
CTN 106, I. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
Existem tributos que criados, majorados ou reduzidos, serão
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, exigidos de imediato, ou seja, a partir de sua publicação. São eles:
excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos
interpretados; • II
• IE
II. Poderá retroagir lei nova que venha reduzir ou
• IOF
extinguir multa, desde que não exista trânsito em
• Empréstimo Compulsório de Guerra ou Calamidade
julgado sobre a multa.
• Imposto Extraordinário em Caso de Guerra.
CTN 106, II. tratando-se de ato não definitivamente julgado:
Existem tributos que mesmo que criados ou majorados, só irão
a) quando deixe de defini-lo como infração; aguardar 90 dias. APENAS 90 dias, não precisando aguardar o 1° dia
do ano seguinte:
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista
na lei vigente ao tempo da sua prática. • IPI
• Contribuição de Seguridade Social,
• PIS
• COFINS
Princípio importante! • INSS
• CSLL
Todo tributo que seja criado ou majorado somente poderá • Restabelecimento de CIDI e ICMS Combustíveis.
ser exigido no 1° dia do ANO SEGUINTE daquele que a lei
foi publicada. CF 150, § 1º. A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos
previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do
Se um tributo foi criado dia 1° de agosto de 2019,
inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153,
somente poderá ser exigido seu pagamento no dia 1° de
I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos
janeiro de 2020.
previstos nos arts. 155, III, e 156, I.
CF 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
Existem tributos que mesmo criados ou majorados, só irão
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e respeitar o próximo exercício (próximo ano).
aos Municípios:
• IR
III – cobrar tributos:
• Base de cálculo
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei • IPTU
que os instituiu ou aumentou; • IPVA.

• Anterioridade nonagesimal:

Além de aguardar a anterioridade do exercício, todo tributo


Nenhum ente poderá se utilizar do tributo como ideia de confisco
criado ou majorado, somente poderá ser exigido 90 DIAS após
(impedir a propriedade).
a sua publicação.
Este efeito de confisco é estendido às multas tributárias, que não
Requisitos cumulativos:
poderão ter caráter confiscatório.
Além de aguardar o 1° dia do ano seguinte para ser exigido,
CF 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
deverá aguardar 90 dias da sua publicação também.
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
CF 150, Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao aos Municípios:
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
aos Municípios:

III – cobrar tributos:


É proibido aos entes cobrar tributo que impeça o direito de ir e vir, B. Imunidades genéricas:
seja de pessoas, seja de bens, SALVO a cobrança de pedágio.
Estão localizadas de modo genérico na CF 150, VI e poderão ser
CF 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao apenas de impostos.
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios: CF 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio aos Municípios:
de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a
cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder VI - instituir impostos sobre:
Público; Imunidade genérica recíproca: os entes não poderão cobrar entre
si impostos sobre seus patrimônios, rendas ou serviços.

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;


A união deverá tratar todos os contribuintes de forma uniforme,
SALVO se for para concessão de desenvolvimento econômico de De acordo com a CF 150, §2° e §3°, essa imunidade é estendida para
uma região (Ex.: Zona Franca de Manaus). autarquias (INSS) e fundações públicas, que também não irão pagar
impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, desde que cumpram
CF 151. É vedado à União: os requisitos:

I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território - Ser mantido ou instituído pelo Poder Público
nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a
Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, - Não entrar na concorrência privada
admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o - Não cobrar taxa ou tarifa pelo serviço público prestado.
equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes
regiões do País; A CF é omissa quanto a questão dessa imunidade se estender para
empresas públicas e sociedades de economia mista.
CF 151. É vedado à União:
Porém, o STF já concedeu aos Correios, a INFRAR e à Casa da
II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, Moeda, desde que elas:
do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e
os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis - Prestem serviço público
superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;
- em caráter de monopólio

- e não visem o lucro.

o Imunidades genéricas dos:

A União não poderá conceder a isenção de tributos que não são de b) templos de qualquer culto;
sua competência.
Imunidade que visa tutelar a liberdade religiosa.
CF 151. É vedado à União:
Todo patrimônio, renda ou serviço que estejam em nome do
III – instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do templo, NÃO serão cobrados impostos, mediante uma condição:
Distrito Federal ou dos Municípios.
Que este patrimônio, renda ou serviço seja revertido ao
cumprimento da finalidade essencial do templo: disseminação da
palavra de Deus (CF 150, §4°).

o Imunidade genérica subjetiva:

Os entes não poderão cobrar impostos de:

• Partido Político e suas fundações


→ Conceito: • Sindicato dos trabalhadores
• Entidade de assistência social sem fins lucrativos
É a dispensa constitucional ao poder de tributar. o Irão ter também imunidade específica, no que
tange as contribuições de seguridade social (CF
A imunidade tributária é dividida em 02 espécies
195, §7°).
A. Imunidades específicas: • Entidades de educação.

São específicas para um caso concreto e dizem respeito a qualquer Desde que...
espécie tributária e estão espalhadas por toda a constituição.
CTN 14: não distribuir renda, não enviar dinheiro ao exterior, não
Exemplo: cumprir com as obrigações acessórias.

CF 195, 7°. São isentas de contribuição para a seguridade social as +


entidades beneficentes de assistência social que atendam às
CF 150, §4°: Revertam patrimônio renda ou serviços ao
exigências estabelecidas em lei.
cumprimento de sua finalidade essencial.
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive • A obrigação tributária definirá os aspectos essenciais
suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das para cobrança do crédito tributário:
instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
atendidos os requisitos da lei; - Qual obrigação irei exigir daquele que realizou o fato
gerador...
Obs.: sindicato patronal tem imunidade? Não.
- Quem irá exigir...
Atenção!
- Quem deverá cumprir...
Se qualquer dessas pessoas locar imóvel a 3°, este terá
imunidade. - Se mais de uma pessoa deverá cumprir...

Súmula Vinculante 52: - A capacidade civil daquele que deve cumprir...

Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o - O domicílio fiscal de quem deve cumprir a obrigação.
imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art.
→ Obrigação tributária:
150, VI, “c”, da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis
seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram
A. Quais serão as obrigações a que poderá estar sujeito
constituídas.
aquele que realiza o fato gerador?
→ Imunidade genérica objetiva:
Aquele que realiza o fato gerador poderá estar sujeito a:
Não poderá ser exigido imposto sobre...
I. Obrigação Principal:
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
A obrigação principal sempre será constituída em uma obrigação
Desde que, eles: de pagar:

Transmitam pensamento, tenham ideia formalmente orientada, - Tributo ou


independente do conteúdo, e que não tenham por objeto caráter
- Multa.
iminentemente publicitário.
CTN 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
Súmula 657.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador,
A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da Constituição Federal
tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e
abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de
extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
jornais e periódicos.

Obs.: livro eletrônico e seus leitores também terão imunidade.


II. Obrigação Acessória:
Não poderá ser exigido imposto sobre
Obrigação de fazer ou não fazer (deveres instrumentais). Servirá
CDs ou DVDs produzidos por artistas ou intérpretes brasileiros,
para facilitar o cumprimento da obrigação principal!
SALVO a etapa de replicação.
Exemplo: emitir nota fiscal, fazer balanço contábil.
A replicação NÃO terá imunidade!!!
CTN 112, §2°. A obrigação acessória decorre da legislação tributária
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil
e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela
contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros
previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos
e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem
tributos.
como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham,
salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura O descumprimento de uma obrigação acessória faz nascer a
a laser. obrigação de pagar uma obrigação principal.

§ 3º. A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância,


converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade
pecuniária.

As relações obrigacionais no direito tributário são independentes!

Mesmo alguém que esteja isento ou imune não estará desobrigado


ao cumprimento da obrigação acessória.
→ Conceito:
B. Quem exigirá e quem deve cumprir uma obrigação
Hipótese em incidência é uma norma em abstrato. Para que alguém tributária?
venha a ter a obrigação de pagar tributo, primeiro é necessário que
haja previsão em LEI. O ente competente irá exigir – sujeito ativo.

Para pagar tributo, é necessário que seja realizado um fato gerador: CTN 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito
realização no mundo real da hipótese de incidência. público, titular da competência para exigir o seu cumprimento.

E, assim, surge a obrigação de pagar tributo. O sujeito passivo deverá cumprir.


CTN 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa F. Capacidade passiva tributária:
obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
Poderá ser exigido o cumprimento da obrigação independente da
Será sujeito passivo: o contribuinte ou o responsável. capacidade civil do sujeito.

- Contribuinte: será aquele que realizará diretamente o Independentemente de ser preso, de ser aquele que não pode ter
fato gerador (fato descrito na norma). uma empresa em razão de sentença falimentar condenatória...

- Responsável: será um terceiro (não será aquele que Independentemente de ter constituído sociedade de fato.
realizou o fato gerador, mas um 3° que, em razão do vínculo com o
CTN 126. A capacidade tributária passiva independe:
fato gerador, a lei lhe atribuirá o dever de pagar.
I - da capacidade civil das pessoas naturais;
C. Contrato particular pode alterar o sujeito passivo?
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem
Contrato particular pode ser oposto contra o fisco?
privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou
R: NÃO!!! profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;

CTN 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando
particulares, relativas à responsabilidade pelo que configure uma unidade econômica ou profissional.
pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda
G. Domicílio fiscal - aonde se exigirá o cumprimento de uma
Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo
obrigação?
das obrigações tributárias correspondentes.
Regra geral: o domicílio fiscal será aquele informado/declarado
D. Existe a possibilidade de ocorrer solidariedade no dever
pelo sujeito passivo.
de pagar tributo?
PF: Local de residência. Se não tiver residência ou ela for incerta e
É possível uma pessoa pagar tributo em conjunto com outra?
não sabida: local de trabalho.
R: Sim!!! Serão solidariamente obrigadas as pessoas que
PJ: local de sua sede ou local do estabelecimento onde ocorreu o
tenham interesse comum sobre o fato.
fato gerador.
CTN 124, I. São solidariamente obrigadas:
CTN 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se
constitua o fato gerador da obrigação principal; como tal:

II - as pessoas expressamente designadas por lei. I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou,
sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não atividade;
comporta benefício de ordem.
II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas
Obs.: individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos
que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento;
Solidário: pode-se exigir TODO o valor de qualquer um dos
coobrigados. III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de
suas repartições no território da entidade tributante.
Subsidiário: não podendo exigir de um, irei exigir de outro.
§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em
E. Quais são os efeitos da solidariedade?
qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á como domicílio
O pagamento feito por um aproveita aos demais. tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos
bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à
A isenção ou remissão concedida de forma geral aproveita-se a obrigação.
todos.
§ 2º. A autoridade administrativa pode recusar o domicílio
A isenção ou remissão INDIVIDUAL aproveita-se APENAS eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a
ao INDIVÍDUO beneficiado, mantendo-se os demais fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo
solidários devedores pelo saldo. anterior (desde que justificada).
CTN 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os
efeitos da solidariedade:

I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos


demais;

II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os


obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles,
subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos → LANÇAMENTO:
demais pelo saldo;
O crédito tributário só nasce a partir do lançamento tributário.
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos
obrigados, favorece ou prejudica aos demais. Quem irá constituir o crédito tributário?
O crédito será constituído atráves do LANÇAMENTO! VI – o parcelamento.

→ Formas de constituição do crédito tributário: MOratória

1. Lançamento de ofício: Recurso Administrativo

Ocorrerá quando tão somente a autoridade fazendária irá DEpóstio


trabalhar. LIMinar / Tutela Provisória
- IPTU PARcelamento
- IPVA → MORATÓRIA:
- Taxas É uma medida que, uma vez prevista em lei, irá aumentar o prazo
2. Lançamento por declaração: de pagamento de tributo.

A constituição iniciará pelo contribuinte, o qual informará a A moratória suspende a exigibilidade porque durante o período que
realização do fato gerador e a autoridade fazendária irá foi majorado para que ocorra o pagamento, o fisco não poderá
identificar o sujeito passivo, realizando o cálculo de quanto exigir o crédito tributário.
deve pagar e emitirá a guia. Este aumento de prazo SEMPRE deverá ocorrer por meio de LEI.
- ITCD O aumento de prazo poderá ser concedido de forma geral (para
- ITBI pessoas indeterminadas) ou individual (para pessoas
determinadas, que atendam certos requisitos).
3. Lançamento por homologação:
a. Geral:
Ocorrerá quando tão somente o sujeito passivo/contribuinte
irá trabalhar. Será o sujeito passivo que irá identificar o fato A moratória geral será concedida mediante lei pelo ente
gerador, o quantum, e emitirá a guia para pagar. competente aos tributos de sua competência.

A maioria dos tributos hoje é lançado por homologação. Poderá ser concedida pela União aos tributos de competência
estadual, distrital e municipal, desde que também conceda
- IR moratória para seus tributos.

- IPI b. Individual:

- ICMS Para concessão de moratória individual, é preciso despacho de


autoridade, pois ela checará se as pessoas têm os requisitos.
- ISS
CTN 152.
- PIS/COFINS
Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever
- ITR expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do
- IOF território da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a
determinada classe ou categoria de sujeitos passivos

CTN 153. A lei que conceda moratória em caráter geral ou autorize


sua concessão em caráter individual especificará, sem prejuízo de
Uma vez tendo o crédito nascido, pode-se suspender a exigibilidade outros requisitos:
do crédito?
I - o prazo de duração do favor;
Sim, nas formas descritas no CTN 151 e apenas essas. O rol é
taxativo!!! II - as condições da concessão do favor em caráter individual;

Suspenção da exigibilidade são formas (modalidades) de evitar A moratória só irá abranger somente os créditos já
que o crédito tributário venha a ser exigido do sujeito passivo. lançados/constituídos.

São modalidades que irão suspender a exigência do crédito. Quem está a dever tributo em razão de sonegação ou fraude, não
poderá se beneficiar de moratória.
CTN 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
A moratória individual NÃO gera direito adquirido, pois depende de
I - moratória; requisitos para sua concessão. Por isso, a moratória pode ser
derrogada de ofício.
II - o depósito do seu montante integral;

III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis → RECURSO ADMINISTRATIVO:


reguladoras do processo tributário administrativo; Para que ocorra a suspensão da exigibilidade, bastará a
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. interposição do recurso administrativo.

V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em Durante o trâmite do procedimento administrativo o recorrente ou
outras espécies de ação judicial; o sujeito passivo não poderá ser executado.
Nenhum valor poderá ser exigido para que seja realizado o recurso V - a prescrição e a decadência;
administrativo (Súmula 21).
VI - a conversão de depósito em renda;
→ DEPÓSITO:
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento
Tendo o sujeito passivo ingressado com ação judicial para nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
questionar o débito tributário e uma vez realizado o depósito,
ocorrerá a suspensão. VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no
§ 2º do artigo 164;
Somente o depósito integral e em dinheiro irá suspender a
exigibilidade do crédito. IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a
definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto
O depósito não é condição de ação (súmula 28). de ação anulatória;

→ LIMINAR/ TUTELA PROVISÓRIA: X - a decisão judicial passada em julgado.

Poderão suspender a exigibilidade. XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e


condições estabelecidas em lei.
→ PARCELAMENTO:
De acordo com o STF, os entes poderão criar NOVAS
É uma concessão mediante lei do ente competente que irá formas de extinção, desde que sejam constitucionais.
aumentar o prazo de pagamento do tributo.
Assim, o rol do artigo 156 não é mais um rol taxativo, e sim
O aumento de prazo ocorrerá de forma fracionada. exemplificativo.
CTN 155-A, §1°. O parcelamento será concedido na forma e 1. PAGAMENTO:
condição estabelecidas em lei específica.
É a modalidade mais aguardada, afinal, o fisco quer receber.
§ 1o Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do
crédito tributário não exclui a incidência de juros e multas. CTN 157. A imposição de penalidade não ilide o pagamento integral
do crédito tributário.
O parcelamento não exclui juros de multa SIM, mas poderá
excluir SIM se a lei traz de forma expressa que mediante a - Sujeito passivo autuado (multado) não poderá escolher
concessão e adesão ao parcelamento o contribuinte terá entre pagar a multa ou o tributo.
corte aos juros de multa.
No Direito Tributário, NÃO existe presunção do
A lei que concede o parcelamento poderá ser geral e individual pagamento! Por isso é tão importante guardar
também. comprovantes.

§ 2o Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as disposições CTN 158. O pagamento de um crédito não importa em presunção
desta Lei, relativas à moratória. de pagamento:

§ 3o Lei específica disporá sobre as condições de parcelamento dos I - quando parcial, das prestações em que se decomponha;
créditos tributários do devedor em recuperação judicial.
II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a
§ 4o A inexistência da lei específica a que se refere o § 3o deste outros tributos.
artigo importa na aplicação das leis gerais de parcelamento do ente
• Onde o pagamento será realizado?
da Federação ao devedor em recuperação judicial, não podendo,
neste caso, ser o prazo de parcelamento inferior ao concedido pela R: No local do domicílio do sujeito passivo.
lei federal específica.
CTN 159. Quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o
pagamento é efetuado na repartição competente do domicílio do
sujeito passivo.

• Qual o prazo para o sujeito passivo pagar?

Salvo disposição expressa em lei, o sujeito passivo terá o prazo de


30 dias após a notificação do lançamento tributário para pagar.

Conceito: CTN 160. Quando a legislação tributária não fixar o tempo do


pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da
Extinção do crédito é expressa modalidade que irá colocar fim ao data em que se considera o sujeito passivo notificado do
crédito tributário. lançamento.
CTN 156. Extinguem o crédito tributário: - O executivo poderá conceder desconto caso ocorra a
antecipação do pagamento, por simples decreto.
I - o pagamento;
Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder desconto
II - a compensação;
pela antecipação do pagamento, nas condições que estabeleça.
III - a transação;
• E se o crédito não for pago dentro do prazo?
IV - remissão;
R: Ocorrerá o acréscimo de juros de mora sem prejuízo do Assim, caso seja disposto na lei, as partes, mediante concessão
acréscimo de multa. mútua, irão por fim ao litígio e extinguir o crédito tributário.

Se a lei não dispuser de forma contrária, os juros de mora serão 4. LEI ESPECÍFICA:
calculados a taxa de 1% ao mês.
A lei específica do ente competente poderá autorizar o
CTN 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é perdão/remissão total ou parcial dos tributos e/ou das multas
acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da devidas pelo sujeito passivo.
falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da
aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou Porém, para que ocorra o perdão, é necessário a existência de
em lei tributária. lei específica.

§ 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora A remissão será instituto que irá perdoar em todo ou em parte
são calculados à taxa de um por cento ao mês. tributo devido pelo contribuinte.

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica na pendência de DEVIDO = o contribuinte já foi lançado, notificado e não pagou.
consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para A REMISSÃO só pode ocorrer de CRÉDITO QUE JÁ ESTÁ
pagamento do crédito. LANÇADO, que já está DEVIDO pelo contribuinte!
2. COMPENSAÇÃO:
• Quando a remissão poderá ser concedida (em situação
Ocorrerá quando duas pessoas forem credora/devedora ao política econômica):
mesmo tempo.
CTN 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a
Exemplo: O Estado do RS tem um crédito de ICMS para receber conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial
de Cláudio. Porém, Cláudio também tem um crédito de ICMS do crédito tributário, atendendo:
para receber do Estado do RS. Logo, ambos são credores e
I - à situação econômica do sujeito passivo;
devedores uns dos outros.
II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto
Pelo simples fato de 2 pessoas serem credoras e devedoras
a matéria de fato;
ao mesmo tempo, poderá ocorrer esta compensação?
III - à diminuta importância do crédito tributário;
R: Não!!! Pois é necessário a existência de lei
específica do ente competente. IV - a considerações de eqüidade, em relação com as
características pessoais ou materiais do caso;
A compensação só poderá ser realizada nos exatos termos e
condições e mediante as garantias dispostas nesta LEI. V - a condições peculiares a determinada região do território
da entidade tributante.
CTN 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular,
ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito
administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155.
com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito
passivo contra a Fazenda pública. 5. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA:

• Atenção – Crédito sob judice: • Decadência:

Não poderá ser objeto de compensação o crédito que esteja sob É o prazo legal que o fisco terá para constituir/lançar o crédito
judice (que estejam em uma batalha judicial e não tenha liquidez). tributário.

CTN 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento • Prescrição:


de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo,
antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. É o prazo legal que o fisco terá para exigir o crédito tributário.

3. TRANSAÇÃO: CTN 146, III, b): as regras sobre prescrição e decadência são
determinadas mediante LEI COMPLEMENTAR.
Transação é um acordo. Pressupõe concessão mútua.
Esta Lei Complementar é o Código Tributário Nacional (CTN).
Para ocorrer transação no Direito Tributário, é necessário que
haja lei específica, e a transação poderá ocorrer somente nas Não poderão os entes competentes criar normas distintas de
condições expostas na lei. prescrição e decadência (Súmula 08) do que consta no CTN.

No Direito Tributário não existe esfera para → Decadência:


discricionariedade!
É o prazo que o fisco terá para lançar/constituir o crédito tributário.
CTN 171. A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos
CTN 173, I. O prazo que o fisco terá para constituir o crédito
sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação
tributário será de 05 anos, contados a partir...
que, mediante concessões mútuas, importe em determinação de
litígio e consequente extinção de crédito tributário. Regra geral: do 1° dia do ano posterior daquele que ocorreu o fato
gerador.
Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para
autorizar a transação em cada caso.
Exemplo: No dia 15/04/2021, a Lojas Cem praticou o fato gerador
do ICMS (vendeu mercadoria). Porém, apesar disso, a Lojas Cem 11. DAÇÃO EM PAGAMENTO DE BEM IMÓVEL:
não declarou e não pagou o ICMS devido.
A dação em pagamento ocorre quando o credor concorda em
Qual o prazo que o fisco terá para constituir ICMS? extinguir o débito ao receber do devedor uma prestação
diversa da que lhe é devida.
R: O prazo dos 05 anos terá início no dia 1° de janeiro de 2022 e
terá fim em 05 anos, no dia 1° de janeiro de 2027. A Lei Complementar 104/2001 modificou o
Código Tributário Nacional para permitir esse tipo de prática
Assim, o fisco terá até 31.12.2026 para constituir o crédito. nos casos de dívidas fiscais.
Passada esta data, o crédito extingue-se pela decadência.

→ Prescrição:

Prescrição é o prazo que o fisco terá para exigir o crédito tributário


(cobrar).

O prazo será de 05 anos, contados da constituição em definitivo (do


VENCIMENTO do crédito tributário).
→ Conceito:
Exemplo: Cássio tem um carro e, logo, paga IPVA. Seu IPVA vence
em 31 de março de 2021. Porém, Cássio não pagou o IPVA. Logo, São formas que irão impedir que o crédito tributário seja
está em débito com o fisco estadual. constituído.

A partir do dia 1° de abril de 2021, abre-se a contagem dos 05 anos. A exclusão ocorrerá ANTES da constituição do crédito tributário.

No dia 1° de abril de 2026 ocorre a prescrição do crédito tributário. o Formas de exclusão:

Logo, o fisco tem até o dia 31.03.26 para executar o crédito. Isenção ou anistia.

CTN 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em - Isenção: impede a constituição do tributo.
cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. - Anistia: impede a constituição da multa.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe: A) ISENÇÃO TRIBUTÁRIA:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução A isenção sempre será decorrente de lei.
fiscal;
É a lei que regulará as condições, os tributos e os prazos que ficarão
II - pelo protesto judicial; dispensados os contribuintes de pagar tributo.
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; Assim, a isenção é a dispensa LEGAL do poder de tributar.
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que A lei vem dispensar o contribuinte do seu dever de pagar tributo.
importe em reconhecimento do débito pelo devedor.
CTN 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre
6. CONVERSÃO EM RENDA:
decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos
É converter o valor depositado judicialmente para o fisco. Uma para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o
vez ocorrida a conversão, ocorrerá a extinção. prazo de sua duração.

7. PAGAMENTO ANTECIPADO: Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região
do território da entidade tributante, em função de condições a ela
Realizar o pagamento dos tributos sujeitos ao lançamento por peculiares.
homologação.
Via de regra, a isenção não poderá dispensar taxa e contribuição de
8. CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO: melhoria, pois essas espécies serão cobradas ou em decorrência de
um serviço, ou em decorrência de uma obra.
Quero pagar, mas o fisco não quer receber? Ajuízo uma
consignação em pagamento. CTN 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é
extensiva:
9. DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL:
I - às taxas e às contribuições de melhoria;
Entende-se como Decisão Administrativa Irreformável aquela
proferida no contencioso administrativo – em impugnação ou II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.
recurso, por órgãos ou colegiados -, favorável à pretensão do
sujeito passivo, porquanto fulmina total ou parcialmente o Isenção tributária pode ser revogada a qualquer tempo?
crédito tributário. R: Via de regra, a isenção poderá SIM ser revogada a qualquer
10. DECISÃO JUDICIAL COM TRÂNSITO EM JULGADO: tempo.

A demanda e a decisão se tornam indiscutíveis e não mais Salvo aquelas isenções que são concedidas mediante condição e
sujeitas a recurso ou discussão. prazo certo (são as chamadas isenções onerosas).
As isenções onerosas NÃO poderão ser livremente suprimidas. Dispensar o
pagamento de ANISTIA REMISSÃO
Exemplo: MULTA
Cássio quer montar uma fábrica de violão em Campinas. Porém,
Cássio deseja não pagar tributo municipal por 10 anos, já que ele
ANTES do lançamento há regras de EXCLUSÃO.
estará movimento a economia da cidade. Assim, é feito o acordo
com o executivo da cidade. APÓS o lançamento há regras de EXTINÇÃO.

Logo, a isenção de Cássio não poderá ser livremente suprimida, pois → HIPÓTESE:
foi constituída mediante condição e prazo certo.
Alguém que esteja isento ou anistiado:
A isenção tributária (dispensa legal) poderá ser geral ou poderá ser
individual. - isento: dispensado do pagamento de tributo

• Geral: para pessoas indeterminadas - anistiado: dispensado do pagamento de multa

Estará o isento ou anistiado dispensado do dever de cumprir as


• Individual: para pessoas determinadas que atendam a
obrigações acessórias?
certos requisitos.
o Em se tratando de isenção individual, é R: Não!!! De acordo com o CTN 175, parágrafo único,
necessário despacho da autoridade ainda haverá obrigação de cumprir os deveres de fazer ou não fazer
administrativa, que checará se a pessoa concernentes às obrigações acessórias.
cumpre os requisitos.
CTN 175, § único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o
CTN 179. A isenção, quando não concedida em caráter geral, é cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação
efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente.
administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça
prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos
requisitos previstos em lei ou contrato para sua concessão.

B) ANISTIA:

A anistia será a dispensa legal do pagamento da multa.

Ocorrerá quando lei específica do ente competente irá dispensar o


1. Execução fiscal:
contribuinte do dever de pagar multa.
Se o contribuinte não pagar o crédito tributário por ele devido, via
Ocorrerá ANTES da constituição da multa tributária.
pecúnia ou via dação de pagamento de bem imóvel, ele sofrerá
Quem regula a anistia? uma execução fiscal.

Não poderá ser anistiado (dispensado) do pagamento de multa Dentro da execução fiscal, o fisco poderá constranger o
todo ato compreendido como delito penal e ato realizado com contribuinte a pagar o crédito por meio de penhora com qualquer
dolo, fraude ou simulação. bem ou renda, exceto aquele que a lei declare absolutamente
impenhorável.
CTN 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas
anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando: Inclusive poderão ser penhorados os bens ou rendas que
estejam gravados com ônus reais (alienação
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções fiduciária/hipoteca) e ou cláusula de inalienabilidade ou
e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com impenhorabilidade.
dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em
benefício daquele; CTN 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre
determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo
II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas,
conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas. de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou
sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de
A anistia também poderá ser geral ou individual., na forma do CTN
inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da
182.
constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os
ATENÇÃO!! bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.

Qual a diferente entre remissão, isenção e anistia? • Bens ou rendas que a LEI declara serem impenhoráveis:

Se quero dispensar... I) Rol do artigo 833 do CPC;


II) Único bem imóvel familiar (artigo 1° da Lei
ANTES do APÓS o lançamento 8.009/90)
lançamento a. Exceção: quando a dívida tributária for do
Dispensar o imóvel, por mais que seja um imóvel
pagamento do ISENÇÃO REMISSÃO familiar (único), poderá ocorrer a
TRIBUTO penhora! Ex: IPTU, ITR, taxa de
contribuição de melhoria, taxa de
recolhimento de lixo (Art. 3°, IV, lei Quem deverá ser pago primeiro será:
8.009/90).
1° - Extraconcursal
2. Fraude: 2° - Trabalho/acidente de trabalho
Toda vez que o sujeito passivo que esteja devendo tributo venha 3° - Crédito com garantia real
vender ou onerar seus bens ou rendas com a ideia de não pagar
tributo, será considerada fraude. 4° - Tributário

A fraude será presumida a partir da inscrição em dívida ativa. O pagamento é feito nesta ordem APENAS se houverem
todos estes credores.
CTN 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens
ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com Se não houver um credor de crédito com garantia real, por
a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito exemplo, o credor tributário receberá em 3° lugar.
como dívida ativa.
• Se o fato gerador ocorrer no CURSO do processo
Não será fraude se o sujeito passivo, ao vender ou onerar bens ou falimentar:
rendas, conservar em seu patrimônio bens ou rendas suficientes
para o pagamento da dívida tributária. O Credor tributário subirá para o 1°lugar! (CTN 188)

§ único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem 1° - Tributário


sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total
2° - Extraconcursal
pagamento da dívida inscrita.
3° - Trabalho/acidente de trabalho
3. Indisponibilidade de bens:
4° - Crédito com garantia real
Se o executado (devedor tributário) não pagar e nem apresentar
bens em garantia e não forem encontrados bens suscetíveis a Na falência a multa não é paga junto com o tributo!
penhora, poderá o juízo indispor bens do executado.
A multa será paga de forma distinta do tributo e estará em
Uma vez exauridas as tentativas de encontros de bens, poderá o penúltimo lugar.
juízo indispor bens do executado (Súmula 560 do STJ).
CTN 186, III. a multa tributária prefere apenas aos créditos
Indispor bens é colocar uma “armadilha” para que, caso no futuro subordinados.
o devedor venha movimentar bens ou rendas, eles venham a ficar
indisponíveis.

CTN 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente


citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e
não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a
indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão,
preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que
promovem registros de transferência de bens, especialmente ao
registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do
mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no
âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial.

4. Concorrência entre credores frente ao mesmo devedor: Quem irá pagar tributo/ quem será o sujeito passivo?
Se ocorrer concorrência entre credores frente ao mesmo devedor, - O contribuinte ou o responsável.
ou seja, Cauê é um devedor e deve para o fisco e valores salariais
para sua diarista. O contribuinte é aquele que tem relação direta com o fato gerador
(fato descrito na norma/ hipótese de incidência).
Quem receberá primeiro?
O responsável é um terceiro.
Regra geral:
A lei, de modo expresso, poderá atribuir a responsabilidade pelo
1° - Trabalho / acidente de trabalho pagamento de crédito tributário a terceira pessoa (responsável),
desde que exista vínculo dessa pessoa com o fato gerador.
2° - Tributário
A lei poderá excluir a responsabilidade do contribuinte e atribuir
CTN 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual
apenas a esta terceira pessoa, ou manter os dois , lado a lado,
for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os
devedores solidários pelo crédito tributário.
créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de
trabalho. CTN 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode
atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito
Exceção:
tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva
No processo de falência, esta regra mudará! obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou
atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou
Se o fato gerador ocorreu ANTES da falência... parcial da referida obrigação.
Crédito tributário nesse sentido = possibilidade de atribuir a Transfere-se ao adquirente/remitente de bem móvel os tributos
terceiro a responsabilidade por pagamento de tributo ou multa. devidos em função do bem.

→ Responsabilidade tributária: pode ocorrer por CTN 131, I. São pessoalmente responsáveis:
transferência ou por substituição.
I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens
adquiridos ou remidos;

Luísa tem um carro, mas não pagou o IPVA de 2021. Luísa então
a. Por transferência: vende o carro para Marisa.
CTN 130 a 135. Quem deve pagar o IPVA de 2021?
É a mais cobrada! R: Marisa, a adquirente, irá dever o IPVA de 2021 como
responsável.
O CTN 130 diz que: se transfere ao adquirente de bem imóvel todos
os tributos devidos em função da propriedade do bem. De acordo com o STJ, adquirente de bem móvel somente não será
responsável se:
Tributos que podem ser devidos em função da propriedade do
bem: I. Houver, na data da compra, prova de quitação;
II. Adquirir em leilão judicial.
• Impostos: IPTU e ITR;
• Taxa de recolhimento de lixo; O STJ entendeu que se aplicam as mesmas excludentes de
• Contribuição de melhoria. adquirente de bem imóvel a adquirente de bem móvel!

CTN 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato O ato de transferência de bem móvel é a tradição.
gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens
imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços → Responsabilidade por transferência quando do evento
referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam- sucessório:
se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do
O espólio será responsável pelo tributo devido pelo de cujus até a
título a prova de sua quitação.
data da abertura da sucessão.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-
Se após a partilha, ainda restar dívida, os herdeiros serão
rogação ocorre sobre o respectivo preço.
responsáveis pelo pagamento da dívida, nos limites de suas
Exemplo: Lucas é proprietário de um imóvel urbano. Lucas, em respectivas heranças.
razão da propriedade do bem, é notificado para pagar o IPTU de
CTN 131.
2021 e a taxa de lixo de 2021. Porém, Lucas não paga nenhum dos
dois e vende o imóvel urbano para Mirtes. II – o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos
devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação,
O que ocorrerá com os tributos que não foram pagos?
limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado
Serão transferidos para Mirtes, a adquirente. ou da meação.

Assim, o IPTU e a taxa de lixo de 2021 passam a ser devidos por III – o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da
Mirtes, a qual será a responsável (é terceira com ligação ao fato abertura da sucessão.
gerador).
Exemplo:
• Possibilidades em que Mirtes não será responsável:
Guilherme tem 10 apartamentos. Guilherme deve IRPF e veio a
O adquirente de bem imóvel não será responsável se... falecer.

i. Na data da compra houver prova de quitação dos Guilherme tem uma esposa e 02 filhos.
tributos.
Guilherme tem créditos e dívidas, quem virá a pagar suas dívidas?
A prova se faz mediante certidão negativa.
R: Será realizado o inventário e será verificado o espólio. O espólio
ii. Se adquirir o imóvel em hasta pública, ou seja, será o primeiro responsável pelo pagamento de dívidas tributárias.
através de leilão judicial. Se após a partilha ainda restarem dívidas, os herdeiros serão
responsáveis pelos tributos devidos pelo de cujus até o limite do
Isso porque a responsabilidade sub-roga-se ao preço pago em que herdarem.
leilão. Isso significa que se o valor pago no leilão não suprir o
valor da dívida tributária, essa diferença não poderá ser → CTN 132:
cobrada do adquirente.
Toda empresa resultante de operação societária passará a ser
Logo, a responsabilidade estará limitada ao valor pago em responsável pelos tributos devidos pela antiga unidade.
hasta pública.
CTN 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão,
Eventual saldo pendente somente poderá ser exigido do transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável
antigo proprietário. pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de
direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
→ Dos responsáveis:
Exemplo I: CTN 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que
adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou
Fusão: junção de 02 empresas – Brahma e Antártica. estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a
A Antártica tinha um passivo de 1 bilhão de reais de tributo. respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob
firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao
Houve a fusão entre elas e passaram a ser a Ambev. fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:

Assim, quem passará a ser responsável pelos tributos de 1 bilhão I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do
devidos pela Antártica? A Ambev passará a ser a responsável. comércio, indústria ou atividade;

Exemplo II: II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na


exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da
Incorporação: empresas UNISC (passivo de 200 milhões) e CEISC. alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de
comércio, indústria ou profissão.
Através de um ato societário, a CEISC incorpora a UNISC.

Quem passará a ser responsável pelo passivo de 200 milhões será → Regra de isenção (CTN 133, §1°):
apenas a CEISC. O adquirente não será responsável se adquirir fundo ou
Exemplo III: estabelecimento em processo de falência ou recuperação judicial.

Transformação: → CTN 134 – Responsabilidade de terceiros:

Empresa CEISC LTDA com passivo de 100 milhões de reais. Nos casos de impossibilidade (subsidiariedade) exigir do
contribuinte, poderá ser exigido de terceiros (ex.: pais) que tenham
CEISC se transforma em uma empresa de Capital Aberto: CEISC S/A, o dever de zelo/guarda com o patrimônio a renda alheia.
a qual passa a ser devedora dos 100 milhões.
CTN 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do
Atenção! cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem
solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas
Súmula 554 do STJ. omissões de que forem responsáveis:
Apesar do CTN 132, as MULTAS também serão transferidas, além I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
dos tributos devidos.
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus
“Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da tutelados ou curatelados;
sucessora abrange não apenas os tributos devidos pela sucedida,
mas também as multas moratórias ou punitivas referentes a fatos III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos
geradores ocorridos até a data da sucessão.” devidos por estes;

→ CTN 132, § único: IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;

Toda PJ de Direito privado que for extinta, mas que tem débito V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa
tributário e sua atividade for continuada por sócio remanescente falida ou pelo concordatário;
ou espólio, seja com mesmo CNPJ ou com novo, irá se transferir as
dívidas da empresa privada para a nova empresa. VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício,
pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de eles, em razão do seu ofício;
extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a
exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria
social, ou sob firma individual. de penalidades, às de caráter moratório.
→ CTN 133: → CTN 135, III:
Toda PF ou PJ que adquirir estabelecimento comercial ou fundo de A empresa X realiza fato gerador e deve tributo. Porém, ela não
comércio e continuar com a atividade do estabelecimento ou fundo paga o tributo que deve. Sócio administrador pode ser responsável
que adquiriu, sob o mesmo ou novo CNPJ, responderá pelos pessoal pelos tributos devidos pela empresa que não foram pagos?
tributos do estabelecimento ou fundo adquirido.
Regra: não!
Se não continuar, não tem responsabilidade!
Súmula 430 do STJ. O mero inadimplemento de tributo pela
O adquirente responderá sozinho e de forma integral se quem empresa não gera responsabilidade automática do sócio
vender não retornar ao mercado em até 06 meses. administrador.
O adquirente responderá subsidiariamente se quem vendeu Exceção:
continuar a explorar qualquer atividade econômica ou retornar em
menos de 06 meses. I. CTN 135, III.

- Responsabilidade subsidiária: primeiro cobra-se de O sócio administrador poderá ser responsável quando:
quem vendeu e se este não tiver, cobra-se do adquirente. comprovado que o administrador cometeu ato com excesso de
poder ou ato que veio a infringir contrato por estatuto social ou ato A lei, portanto, determina a sujeição passiva (dever de pagar) com
que seja uma infração à lei. relação a um fato gerador ainda não ocorrido, mas que, ao que tudo
indica, ocorrerá em momento breve (fato gerador presumido).
CTN 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos Ex.: utilizada nas cadeias de produção-circulação em que há grande
praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato capilaridade na ponta final. Torna eficiente o controle da produção
social ou estatutos: e distribuição de bebida feito nos fabricantes e engarrafadores do
que nos bares onde a bebida é vendida no varejo.
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas
jurídicas de direito privado.
II. Para trás:
II. Quando ocorrer dissolução irregular da empresa.
Na substituição tributária antecedente ou “para trás” ocorre “a
Súmula 435 do STJ. Presume-se dissolvida irregularmente a postergação ou o adiamento do recolhimento do tributo com
empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem relação ao momento pretérito em que ocorre o fato gerador”.
comunicação aos órgãos competentes, legitimando o
redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente. Ex.: obrigação instituída pela lei 9.826/99 que instituiu como
substitutivos tributários do IPI as montadoras de automóveis,
→ Responsabilidade no que tange a denúncia espontânea: relativamente aos alienantes (substituídos) de partes, peças e
componentes de veículos.
Todo sujeito passivo que se delatar/entregar para o fisco, visto que
realizou o fato gerador e não pagou ou declarou/constituiu, estará Há um adiamento do pagamento do imposto, uma vez que na saída
dispensado do pagamento da multa. dos produtos dos estabelecimentos fabricantes de autopeças não
ocorrerá recolhimento do IPI, o qual só será recolhido na saída
A denúncia espontânea é a delação premiada no direito tributário.
futura, das montadoras. Estas recolherão o valor relativo a sua
Para o gozo deste benefício o fato gerador deve ser totalmente operação e à operação anterior (pois não há crédito relativo à
desconhecido do fisco. operação anterior).

CTN 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea CF 150, §7°. A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação
da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto
devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente,
arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga,
tributo dependa de apuração. caso não se realize o fato gerador presumido.

Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia


apresentada após o início de qualquer procedimento
administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a
infração.

Atenção!

Súmula 360 do STJ.


Tipos de tributos:
“O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos
sujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados, • Impostos
mas pagos a destempo.” • Taxas
• Contribuições de melhoria
Os tributos sujeitos ao lançamento por homologação, quando
• Contribuição especial
declarados, não se aplica a denúncia espontânea.
• Empréstimo compulsório
Logo, se for declarado e não for pago, não existe mais o
desconhecimento, por isso não se pode usar mais a denúncia
espontânea.
Há Impostos de competência federal, estadual e municipal.

1. IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA FEDERAL:


Conceito: A banca cobra identificação de fato gerador e aspectos
constitucionais.
Conceitua-se responsabilidade por substituição aquela em que
lei tributária atribui o dever jurídico de pagar o tributo a pessoa A. Imposto de Importação (II):
diversa daquela que dá origem ao fato gerador, mas que com ela
possui relação jurídica, assumindo o lugar do contribuinte. • Regras constitucionais:
Pode ocorrer de 02 formas:
i. O imposto de importação poderá ter suas alíquotas
I. Para frente: alteradas pelo Poder Executivo (CF 153, §1°):
majorar, reduzir, restabelecer, zerar.
Responsabilidade por antecipação ou “para frente” é a hipótese na
qual a lei impõe a responsabilidade de pagar antes mesmo do fato
gerador ocorrer, daí ser denominada para frente.
ii. Não respeitará as anterioridades (se majorado, se Toda pessoa que auferir renda, pagará imposto de renda.
reduzido, se restabelecido – poderá ser exigido de
imediato!). Ademais, o IR será progressivo, ou seja, a lei poderá
dispor de um IR calculado conforme a capacidade de
CF 153. Compete à União instituir impostos sobre: quem paga.

I - importação de produtos estrangeiros; • Fato gerador:

Fato gerador: Quando alguém terá de pagar IR?

Quando alguém terá de pagar imposto de importação? R: O fato gerador do IR será o acréscimo que ocorrerá
através da renda ou de proventos de qualquer natureza.
R: Quando houver a entrada de produto estrangeiro no Brasil
(não importa se a importação é para consumo, venda ou Renda: produto do trabalho (salário, comissão, hora
industrialização). extra, participação em lucro)

CTN 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação - Capital: aplicações financeiras e valores
de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes locatícios.
no território nacional.
Proventos: aposentadoria.
Quem será o contribuinte deste imposto?
Súmula 498 do STJ. Não haverá IR quando do recebimento de
R: O importador. valores em virtude de condenação por danos morais. Isso porque o
dano moral tem natureza de recomposição/indenização e, logo,
B. IMPOSTOS SOBRE A EXPORTAÇÃO (IE): não há acréscimo.
CF 153. Compete à União instituir impostos sobre: CTN 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição
nacionalizados; da disponibilidade econômica ou jurídica:

• Aspectos constitucionais: I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho


ou da combinação de ambos;
i. Poderá ter suas alíquotas alteradas pelo Poder II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os
Executivo (CF 153, §1°): majorar, reduzir, acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.
restabelecer, zerar.

ii. Não respeitará as anterioridades (se majorado, se


reduzido, se restabelecido – poderá ser exigido de • CTN 43, 1°.
imediato!).
Para incidência do IR, não importa de onde vem o dinheiro, não
importa a origem do dinheiro.
• Fato gerador:
CTN 43, 1°. A incidência do imposto independe da denominação da
É a saída de produto nacional ou nacionalizado do receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou
território brasileiro. nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção.
- Produto nacionalizado: é o produto que tem peças
• CTN 43, 2°:
estrangeiras, mas é montado no Brasil.
Princípio da extraterritorialidade: mesmo dinheiro advindo do
CTN 23. O imposto, de competência da União, sobre a exportação,
exterior, paga-se IR.
para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados tem
como fato gerador a saída destes do território nacional. CTN 43, 2°. Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do
exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se
C. IMPOSTO DE RENDA:
dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto
Será de competência da União criar impostos sobre a renda. referido neste artigo.

CF 153. Compete à União instituir impostos sobre: • Quem será o contribuinte?

III - renda e proventos de qualquer natureza; R: É o titular da disponibilidade jurídica. Porém, a


responsabilidade poderá ser atribuída a terceiro, na
• Aspectos constitucionais: forma do § único.

i. O imposto será criado por Lei Ordinária. CTN 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a
que se refere o artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa
ii. Só respeitará a anterioridade do exercício (CF 150, condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de
§1°). renda ou dos proventos tributáveis.

Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou


iii. Para cobrança do imposto de renda, a Lei Ordinária
dos proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto
deverá observar a generalidade e universalidade (CF
cuja retenção e recolhimento lhe caibam.
150, §2°).

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