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Direito tributário constitucional

1) Sistema Tributário Nacional

a) Conjunto de normas organizadas que disciplina a arrecadação.

b) Art. 145 ao 156 da CRFB

i) Poder de tributar

(1) Soberania.

(2) É o poder de impor a todas as pessoas o dever de contribuir.

ii) Competência tributária

(1) A divisão do poder de tributar. Cada ente tem uma parcela do


poder de tributar. (União, Estados, Municípios e DF). É
exclusiva para os entes da Federação.

iii) Limitações do poder de tributar

(1) STF  Exteriorizam no Sistema Tributário Nacional verdadeiras


garantias de direitos fundamentais – cláusulas pétreas.

(i) Verdadeiro núcleo duro da constituição;

(ii) Não podem ser retiradas ou suprimidas;

(iii) Pode ser aditado ou ampliado;

(a) Espécies

(i) Princípios

1. Servem para disciplinar a incidência do poder de


tributar;

2. Limitações do poder de tributar de conteúdo positivo.

(ii) Imunidades

1. É uma não incidência constitucionalmente qualificada,


de modo que a imunidade venha a ser uma verdadeira
proibição constitucional do poder de tributar.

2. Ausência do poder de tributar.

3. Limitações do poder de tributar de conteúdo negativo.


ii) Art. 146, III, da CRFB

(1) Norma de eficácia limitada – Lei Complementar – Normas Gerais.

(a) Tributos e suas espécies, bem como os impostos previstos na


CRFB no que se refere ao seu Fato Gerador, Base de Cálculo
e Contribuinte; - CTN  Livro I

(b) Obrigação, Lançamento, Crédito, Prescrição e Decadência; -


CTN  Livro II “art. 96 ..”

iii) Qual a natureza do CTN Lei nº 5172/66?

(1) Teoria da recepção – tratamento de Lei Complementar.

(2) Natureza jurídica: Lei Ordinária com tratamento de Lei


Complementar.

iv) Competência concorrente – art. 24, da CRFB

(1) Normas gerais  União

(a) Suplementar  E, M e DF

(2) Competência plena  caso a União não edite normas gerais 


E, M e DF

(a) Caso haja uma edição superveniente da União acerca das


normas gerais, acarretará na suspensão naquilo que for
contrário ao que foi estabelecido nas regras de normas gerias
pela União.

v) Observações

(1) CTN não estabeleceu

(a) ICMS

(i) LC 87/96 – Lei Kandir: estabelece as normas gerais

(b) ISS

(i) LC 116/03 – Normas gerais

(c) IPVA

(i) Não tem Lei complementar estabelecendo normas gerais.


Art. 24, §3º da CRFB.
vi) Tributo

(1) Instrumento de receita

(2) Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em


moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

(a) Prestação pecuniária

(i) Objeto de uma obrigação;

1. Dar  coisa certa

a. Obrigação principal  Tributo

2. Fazer

a. Obrigação acessória: facilitar a fiscalização para que


possa refletir na arrecadação.

3. Não fazer

a. Obrigação acessória: facilitar a fiscalização para que


possa refletir na arrecadação.

(ii) Pecúnia

1. Dinheiro

(b) Compulsória

(c) Em moeda ou cujo valor se exprime  Ex.: Unidade Fiscal


UFIR-RJ

(i) Dação em Pagamento  possibilidade conferida ao


devedor de entregar um bem diverso do inicialmente
devido, desde que o credor concorde;

(ii) LC 104/2001 – Dação em pagamento de bens imóveis, na


forma da lei – art. 156, XI, do CTN.;

1. Crédito tributário, art. 146, III, b, da CRFB  Reserva


de Lei Complementar (CTN)  Normas Gerais 
Crédito  art. 156, do CTN (Causa de Extinção do
Crédito – faculdades – fase de pagamento).

(d) Que não seja sanção de ato ilícito

(i) Isso não significa dizer que a substância econômica,


extraída de uma atividade ilícita não possa ser objeto de
tributação  princípio da “pecúnia non olet” – art. 43, §1º,
do CTN. HC 7444 – STJ.

(ii) IPTU Progressivo no tempo – art. 182, §4º, II, da CRFB

1. Lei 10.257/01 – Estatuto da Cidade

a. Inobservância da função social estabelecida no


plano diretor

i. Lei municipal instituindo o IPTU progressivo

 Quando a pessoa não observa a função


social da propriedade seria um ilícito a
não observação da função social da
propriedade? Seria uma multa?

o Roque Carraza diz que o IPTU


progressivo no tempo é um tributo
extrafiscal, e esses tributos são
regulatórios e não sancionatórios.

 Ex: o fumo do tabaco não é


ilícito, contudo, você paga
mais tributos por consumir
esse produto. Pois, o
objetivo é desestimular o
consumo daquele produto.

 Não. STF entende que é uma exceção


prevista na Constituição.

ii. 1%  2%  4%  8%  15%.

(e) Instituído em lei

(i) Competência autorizada pela CRFB  Lei (Institui) 


Regra: Lei Ordinária.

(ii) Contudo, existem 04 tributos que só poderão ser


instituídos por LC: (E, não podem ser instituídos ou/e
regulados por MP – art. 62, §1º, III, da CRFB //
Interpretação a contrario sensu é possível que uma MP
institua tributos cuja competência é de Lei Ordinária)

1. Empréstimos compulsórios – art. 148, da CRFB;

2. IGF – art. 153, da CRFB;

3. Imposto Residual – art. 154, I, da CRFB;


4. Contribuição Residual da Seguridade – art. 195, §4º, da
CRFB

(f) Atividade de cobrança vinculada

(i) Autoridade administrativa encarregada da cobrança;

(ii) Segurança jurídica.

(iii) MS  Controle de legalidade

1. Abuso de direito

a. Agindo com discricionariedade

(g) Quantas espécies de tributos existem?

(i) Depende.

1. CTN  Teoria tripartite (art. 145, I, II, III, da CRFB e art.


5º, do CTN)

a. Impostos

b. Taxas

c. Contribuições de melhoria

2. CRFB/88  Teoria pentapartite (art. 145, I, II, III e art.


148, 149 e 149-A, todos da CRFB  STF: 05 espécies
tributárias autônomas.

a. Impostos

b. Taxas

c. Contribuição de melhoria

d. Empréstimo compulsório

e. Contribuição especial

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