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Eduardo Da Rocha
SEFAZ-AC - Legislação Tributária do
Estado do Acre - 2023 (Pós-Edital)
Autor:
Eduardo Da Rocha, Fábio Dutra,
Rafael Rocha (Caverna) , Equipe
Legislação Específica Estratégia
Concursos
18 de Janeiro de 2024
Sumário
5 – Alíquotas ................................................................................................................................................ 19
8 – Lançamento ............................................................................................................................................ 24
Gabarito ............................................................................................................................................................ 69
INTRODUÇÃO
Olá, pessoal! Tudo beleza? Preparados para o estudo do IPVA?
A boa notícia de hoje fica por conta da facilidade do estudo desse tributo. Os comandos não trazem
dificuldades para o nosso estudo, apesar de ser um assunto certo na sua prova.
Por ser um assunto simples e fácil, recomendo que decorem ao máximo os dispositivos acerca do assunto
para garantir pontos valiosos na prova.
Preparados???
O IPVA é um imposto estadual que derivou da antiga Taxa Rodoviária Única (TRU), instituída pelo Decreto-
lei 999/69. Com a extinção da TRU em 1986 e a implantação do IPVA o tributo passou à responsabilidade dos
Estados, retirando a competência da União para sua fiscalização e cobrança.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
(...)
(...)
O primeiro ponto a se ressaltar é que o IPVA, por exigência constitucional, deve incidir sobre a propriedade
do veículo automotor. Por propriedade entende-se o direito subjetivo de usar, gozar e dispor do bem e o
direito de retomá-lo de quem injustamente o possua. Por veículo automotor entende-se aquele dotado de
mecanismo de propulsão própria e que sirva para o transporte de pessoas ou coisas ou para a tração de
veículos utilizados para o transporte de pessoas ou coisas.
Ditas essas primeiras observações lhe pergunto: o IPVA incide sobre a propriedade de barcos? E sobre
aeronaves? A princípio sim, correto? Afinal, os barcos e aeronaves possuem propulsão própria e servem para
transportar pessoas e coisas. Entretanto o STF vem reiteradamente afirmando que não há incidência de IPVA
sobre aeronaves e embarcações. Veja:
“EMENTA: Processual civil e tributário. IPVA. Aeronaves e embarcações. Não incidência. Jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal. Vício formal. ausência de indicação da hipótese autorizadora do recurso.
Superação do vício, quando da leitura das razões for possível inferi-la. Agravo regimental a que se nega
provimento.” (RE nº 525.382 AgR, Segunda Turma, julgado em 26/02/2013)
“Mas como assim professor? Por quê?” Para os ministros não há que se fazer uma interpretação literal do
dispositivo constitucional sobre o IPVA, mas sim uma interpretação histórica, que é aquela que busca
entender o contexto, a vontade do legislador.
A verdade é que o contexto da época foi a substituição da TRU, que incidia apenas sobre veículos terrestres,
pelo IPVA. Por isso, segundo o STF, não se havia intenção de tributar outros veículos que não fossem os
abrangidos pela TRU.
Outro argumento trazido é que o art. 158, inc. III da Constituição Federal (assim como o era o art. 23, § 13,
da Constituição anterior) prevê que serão repassados aos Municípios cinquenta por cento do produto da
arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus
territórios, o que somente vale para veículos terrestres uma vez que o registro de aeronaves e embarcações
não é da competência dos municípios ou dos Estados.
No que tange às alíquotas do IPVA, elas ficam a cargo dos Estados, porém limitadas à alíquota mínima fixada
pelo Senado Federal. Tal mitigação tem por objetivo evitar a Guerra Fiscal entre os Estados.
Imagine uma locadora de veículos com uma frota de 10.000 espalhados pelo Brasil. Onde você acha que ela
irá licenciar esses veículos? No Estado em que a alíquota for mais baixa, correto?
Em que pese esse mandamento constitucional, até hoje não foi fixada pelo Senado essa alíquota mínima,
ficando os Estados totalmente livres para fixaram as alíquotas que bem entenderem.
Ainda no que tange às alíquotas, elas podem ser diferenciadas em razão do tipo ou da utilização do veículo,
mas nunca em razão de sua procedência.
Vistos os aspectos constitucionais passemos agora à lei geral do IPVA. Não, espera, não temos uma lei geral
do IPVA. Enquanto temos uma lei geral para o ICMS, a lei Kandir, até hoje não foi editada lei similar para o
Imposto sobre propriedade de veículos automotores. O CTN sequer definiu os fatos geradores desse imposto
uma vez que sua promulgação foi anterior à existência do IPVA (o CTN é de 1966). Na omissão do legislador
complementar cabe à entidade política contemplada com a competência constitucional instituir e cobrar o
imposto. Na superveniência de lei complementar, a lei ordinária, criadora do imposto, perderá eficácia
naquilo que conflitar com aquela.
2 – Fato Gerador
Art. 2º O IPVA tem como fato gerador a propriedade de veículo automotor de qualquer
espécie.
§ 1º Para efeito desta lei complementar, veículo automotor é qualquer veículo terrestre,
aéreo ou aquático, dotado de força motor própria, ainda que complementar.
Já começamos com uma polêmica! Conforme vimos no capítulo anterior, segundo o STF, não incide IPVA
sobre a propriedade de veículos aquáticos e aéreos. Em que pese o posicionamento do STF, a lei acreana
atribuiu incidência a esses veículos, englobando-os no conceito de veículos automotores. E agora? Simples,
fácil, prático e objetivo: não brigue com a sua querida legislação pois daqui a pouco tempo você estará
utilizando-a no dia a dia. Se a banca pedir o posicionamento do STF, não há incidência do ICMS sobre veículos
aquáticos e aéreos. Se nada falar, vá pela lei estadual e afirme que há incidência sobre esses tipos de veículos.
Independente da discussão, não importa se o motor do veículo é “grudado” ou pode ser retirado. Imagine
então um barco em que possamos retirar o motor e acoplá-lo toda vez que formos usá-lo. Haverá incidência
de IPVA? Sim!
No caso específico de veículo de carga e de transporte coletivo de passageiros que forem licenciados em
outro Estado (placa de outro Estado), só haverá incidência a partir do segundo ano em que for utilizado
permanentemente no Acre.
A regra geral é que ocorra o fato gerador no dia 1º de janeiro para veículos usados já licenciados no Acre.
Nos casos em que um veículo usado licenciado em outro Estado é vendido para alguém no AC podem ocorrer
duas situações: não incidir IPVA para este Estado uma vez que houve comprovação de pagamento de IPVA
ao Estado onde o carro estava licenciado ou incidir IPVA para o AC caso não se comprove que foi feito o
recolhimento para o outro Estado. o segundo caso o momento da ocorrência do fato gerador é a data em
que o proprietário ou o responsável pelo pagamento do imposto deveria ter fornecido os dados necessários
à inscrição no Cadastro de Contribuintes do IPVA no Acre.
Exemplo IPVA 1) Arthur, morador do Rio de Janeiro, possui um carro adquirido em 2021 e licenciado naquele
Estado. Pagou devidamente o IPVA nos anos de 2021, 2021 e 2023, ano no qual vendeu o veículo no dia 03
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de fevereiro para o Sr. Dimulé, morador do Acre. Consultando o sistema para fazer a transferência, verificou-
se que realmente o pagamento do ano de 2023 foi realizado aos cofres do RJ e, por isso, não há imposto a
ser recolhido para o Acre nesse ano.
No caso de veículo novo, o momento do fato gerador segue outra regra, não sendo o dia 1º de janeiro, mas
sim a data da aquisição por consumidor final (esse termo é importante!). Explicarei.
Suponha que você tenha adquirido um carro novo em 03 de outubro de 2022. Essa data será o momento do
fato gerador do IPVA por ser um veículo novo. No dia 01 de janeiro de 2023 ocorrerá um novo fato gerador,
pois seu veículo já não é mais considerado novo. Já se uma concessionária adquire um carro novo para
revenda, não há incidência de IPVA, uma vez que para incidir IPVA sobre um carro novo é necessário que o
adquirente seja consumidor final, o que não é o caso da concessionária, pois adquire o veículo com o intuito
de revenda. Mas, se por um acaso, essa concessionária incorporar esse veículo novo ao seu ativo permanente
para ser usado para afazeres administrativos, se tornará consumidora final e nesse momento ocorrerá a
incidência do IPVA (data da incorporação ao ativo permanente de veículo novo).
O momento na importação independe da condição de novo ou usado do veículo: basta que a importação
seja feita por consumidor final para ocorrer o fato gerador do IPVA já no desembaraço aduaneiro. Pode
parecer que não, mas existe uma lógica para isso.
Se o veículo está sendo importado, seja novo ou usado, ele não pagou IPVA naquele ano. Se não pagou e
estiver destinado a consumidor final, a data do desembaraço será escolhida, pois é o momento em que o
veículo passa a existir no território acreano, em uma clara similaridade à regra geral de veículo novo.
Se o veículo for importado por uma revendedora para posterior venda, o IPVA incide quando da primeira
aquisição por consumidor final, ou seja, quando da futura venda. Ora, quando a revendedora adquire um
veículo importado o IPVA só será devido a partir do momento que um consumidor final o adquirir dessa
revendedora.
Da mesma forma, se a revendedora resolver incorporar o veículo ao seu ativo permanente a data da
incorporação será o momento do fato gerador do IPVA, pois ela passa a ser a consumidora final (utilização
do veículo para trabalhos administrativos na concessionária, por exemplo).
Apesar de não mencionar, o inciso III se aplica a veículos novos. Isso porque se for um veículo usado a regra
a ser aplicada é a do inciso VI. Isso porque, como veremos, há isenção de IPVA de veículo apreendido, desde
a data da sua apreensão até a arrematação. Entretanto, o IPVA incidirá em relação ao restante do ano, de
forma proporcional.
Para clarear, imagine um veículo apreendido em 2019 e arrematado em agosto de 2023. Durante esse
período não haverá cobrança de ICMS, mas, quando houver o arremate, o arrematante deverá recolher o
IPVA proporcional de agosto a dezembro de 2023, por ter perdido a isenção.
Exemplo IPVA 2) Arthur possuía isenção de seu veículo por cumprir todos os requisitos previstos na
legislação. Um desses requisitos (hipotético) era comparecer anualmente à Fazenda para demonstrar um
certo tipo de necessidade especial. Ocorre que no dia 10 de agosto, última dia previsto pela legislação para
que ele comparecesse, Arthur deixou de ir. Com o não comparecimento ocorreu o FG do IPVA, uma vez que
houve a perda da isenção.
VII – na data de saída constante da Nota Fiscal de venda da carroceria, quando já acoplada
ao chassi do veículo objeto de encarroçamento; e
A simples saída de chassi não é fato gerador do IPVA. A partir do momento em que se coloca a carroça e o
industrializador dá saída do estabelecimento do conjunto "carroça + chassi" ocorre o fato gerador do IPVA.
Como o IPVA é um imposto real, que incide sobre “a coisa” e não sobre a pessoa do dono, o imposto é
vinculado ao veículo. Desta forma caso haja uma venda o comprovante do pagamento deve ser passado ao
novo dono, que com este comprovará a quitação do imposto mesmo tendo sido pago por outrem.
MOMENTO DO IPVA
Antes de iniciarmos o estudo deste Capítulo é preciso alertá-los que isenção não se confunde com não
incidência.
Na isenção ocorre a incidência do imposto, porém o ente tributante dispensa o pagamento do tributo. Na
não incidência, como o próprio nome sugere, sequer há incidência do imposto.
A diferença técnica explicada não é cobrada em provas de legislação tributária, porém as bancas exploram a
diferença entre casos de isenção e não incidência. Deixando mais claro: afirmam que determinado caso de
isenção é uma não incidência. Assim, saiba distinguir os casos de isenção dos de não incidência e se a banca
chamar um caso de isenção de não incidência marque como falsa a afirmação.
Vamos agora ao estudo primeiramente das isenções. Posteriormente, veremos as não incidências. Farei, ao
final, esquemas para facilitar a memorização.
No primeiro bloco temos isenção para veículos que não circulam em vias públicas. São os veículos agrícolas
ou máquinas usadas na construção civil, com a condição de não trafegarem em vias públicas. Significa dizer
que se o seu proprietário o utilizar para ficar se exibindo nas ruas da cidade de forma usual não terá direito
a isenção.
Temos agora uma isenção diplomática. Os veículos de missões diplomáticas e repartições consulares
permanentes (palavra importante!) acreditados junto ao Governo Brasileiro (indicados pelo MRE) possuem
isenção de IPVA, desde que em seus países seja dado o mesmo tratamento ao Brasil.
III – as ambulâncias;
A isenção das ambulâncias tem um caráter social e não encontra condicionante. Isso é uma informação
importante, pois já houve banca que explorasse o assunto com questão do tipo "assinale a alternativa em
que haja uma isenção incondicionada de IPVA".
Ao contrário das ambulâncias, a isenção para embarcações é condicionada, devendo o pescador ser
profissional, utilizando a embarcação na atividade pesqueira. Além disso, a isenção só é válida para uma
embarcação.
II – deficiência visual – aquela que apresenta acuidade visual igual ou menor que 20/200
(tabela de Snellen) no melhor olho, após a melhor correção, ou campo visual inferior a 20º,
ou ocorrência simultânea de ambas as situações;
II – não sendo o beneficiário habilitado para dirigir, a isenção fica condicionada a que o
veículo seja utilizado em favor do deficiente ou do autista; e
III - será adotado, para fins de limitação da isenção de que trata o inciso
VII do caput, o valor de cento e vinte mil reais, caso a referência de preço máximo do
veículo definida em convênio do CONFAZ para isenção do ICMS seja inferior a este
valor, observado o disposto no § 8º;
VII - veículos usados serão alcançados pelo benefício, desde que o valor
da base de cálculo do IPVA definida na forma do inciso IV do art. 3º não ultrapasse o
valor máximo de que trata o inciso III deste parágrafo;
VIII - não será indeferido o pedido de isenção para veículo usado que
tenha sofrido valorização para valor superior ao admitido para concessão do benefício,
desde que o benefício tenha sido concedido para o mesmo proprietário e veículo no
exercício imediatamente anterior.
O inciso VII traz mais uma isenção com caráter social. Os portadores de algumas necessidades especiais (não
são todas!) possuem isenção de IPVA limitado a um veículo. Chamo bastante atenção ao fato de a legislação
trazer isenção apenas para aqueles com deficiência física, visual, mental severa ou profunda (!!), ou autista.
Tivemos recentemente uma questão cobrada pelo CESPE que afirmava serem isentos os veículos de quem
possui deficiência física leve.
Gostaria também de alertá-lo para o fato de além de o veículo poder ser adquirido pelo portador de
necessidade especial física também pode ser adquirido por curador de quem esteja interditado. Significa
dizer que o curador pode adquirir veículo para uso do interdito e gozar da isenção.
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Além de tudo temos mais 3 condicionantes: (i) a deficiência deve ser comprovada, (ii) a renda mensal do
beneficiário (ou do seu tutor, caso o beneficiário não possua renda) deve ser de até dez salários mínimos e
(iii) o veículo não pode ter valor superior ao limite estabelecido pelo COMFAZ ou R$ 120.000, o que for maior.
Ou seja, caso, por exemplo o COMFAZ defina o valor de R$ 90.000, vale, os R$ 120.000 como limite. Se o
COMFAZ definir R$ 130.000, por exemplo, vale o valor de R$ 130.000.
Outro ponto importante é que se o veículo usado sofrer valorização para um patamar superior ao limite de
preço caso o benefício já tenha sido concedido no não anterior. Ou seja, se X teve o benefício concedido em
2023, não terá seu pedido indeferido em 2024 apenas por conta da valorização.
Como já vimos no Capítulo anterior, se um veículo for apreendido em 2019 e arrematado em agosto de 2023
não haverá incidência de ICMS durante esse período.
Os veículos mais antigos, que normalmente são de propriedade de pessoas mais humildes, gozam de isenção
a partir do ano seguinte àquele que completar 20 anos de fabricação.
§ 7º Na hipótese do inciso X:
Desde que o profissional autônomo comprove essa condição, gozará de isenção o táxi ou moto-táxi, mas
limitado a um veículo por proprietário.
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Art. 12. § 1º As isenções previstas neste artigo, quando não concedidas em caráter geral,
serão efetivadas, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em
requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do
cumprimento dos requisitos para sua concessão.
Quando concedidas em caráter geral, não há necessidade de requerimento para gozar da isenção de IPVA.
Entretanto, quando se tratar de isenções não gerais é necessário requerimento e posterior despacho por
parte da autoridade administrativa reconhecendo a isenção.
Se o motivo pelo qual a isenção cessou, também cessará a isenção. Se um veículo que vinha sendo utilizado
como ambulância passa a ser utilizado como veículo de passeio, a isenção deixa de ser aplicada.
III – sobre a propriedade de veículo automotor de pessoa jurídica de direito público, dos
templos de qualquer culto, dos partidos políticos, das entidades sindicais dos
trabalhadores, bem como das instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos.
Só há incidência do IPVA sobre veículo novo quando ele chegar nas mãos de um consumidor final. Assim, o
veículo “zero” que está na concessionária a espera de um primeiro dono não sofre a incidência do imposto.
Também não incidência no Acre quando o veículo usado tiver placa de outro Estado e o IPVA já tiver sido
quitado naquele ano. Para clarear, imagine que você more em São Paulo e passe no concurso do Acre e seja
nomeado em 2024. Ao transferir a placa do seu veículo de SP para o Acre, se você já tiver recolhido
integralmente o IPVA para SP, não deverá recolher em 2024 IPVA para o Acre. A partir de 2025 sim, você
deverá recolher para o Acre.
Temos também uma não incidência que também está expressa na CF/88, para União, Estados/DF,
Municípios, templos de qualquer culto, partidos políticos, entidades sindicais dos trabalhadores e
instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos.
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Por fim, um veículo apreendido não sofre a incidência do IPVA enquanto não estiver na posse do
contribuinte, ou seja, entre a apreensão e a devolução, desde que haja decisão administrativa ou judicial no
sentido da não incidência.
U/E/DF/M
Autarquias e fundações
instituídas pelo Poder
Não incidência de IPVA
Público
Partidos Políticos
Instituições de educação e
de assistência social sem
fins lucrativos
Templos
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4 – Base de Cálculo
Diferentemente do ICMS, a BC do IPVA possui poucos dispositivos, o que torna o assunto bem simples e com
pouca exigência de raciocínio. A legislação do Acre foi bem econômica no assunto. Vamos lá, entender a BC
do IPVA.
Para veículos novos a base de cálculo é bem simples, bastando olhar para o documento fiscal de aquisição.
Atenção ao fato de que opcionais e acessórios também compõem a BC.
Exemplo IPVA 3) Dimulé adquiriu em 10/11/2023 um carro zero em folha após sua esposa ter recebido a
herança pela morte de sua mãe. O carro custou R$ 100.000, mas Dimulé adicionou diversos opcionais que
lhe custaram mais R$ 15.000. A BC do IPVA será de R$ 115.000.
Na importação por consumidor final a BC do IPVA será o valor do documento de importação incluindo
tributos e despesas incidentes no desembaraço, mesmo que ainda não pagos.
A BC do IPVA de veículo adquirido em leilão é muito parecida com a da importação, consistindo do próprio
valor da arrematação mais os tributos e as despesas do arrematante.
Art. 3º. § 1º Na hipótese constantes dos incisos I, II e III a base de cálculo será calculada
em 1/12 (um doze avos) por mês, a partir da data da ocorrência do fato gerador.
O IPVA de veículos novos, importados ou adquiridos em leilão serão recolhidos de maneira proporcional aos
meses restantes no ano. Se você adquirir um veículo novo no dia 15 de outubro, acha justo pagar o IPVA
daquele ano no mesmo montante que quem adquiriu o mesmo carro em janeiro? Não, né? O cálculo deve
ser feito de maneira proporcional. Veja como é simples:
Exemplo IPVA 4) Dimulé adquiriu um veículo novo em 21 de junho de 2023 em uma concessionária por R$
100.000. Para dar um rolé pela cidade e aparecer para as meninas adquiriu opcionais para o veículo que
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totalizam R$ 20.000. Como sabemos, a BC inicial é de R$ 120.000, formada pela soma do valor do veículo e
os opcionais. Entretanto, como adquiriu em junho não é justo que recolha o IPVA referente ao ano completo.
Assim, a BC deve ser reduzida de 5/12 (janeiro a maio), restando apenas 7/12 (junho a dezembro). Calculando
e tendo como alíquota de 2%, temos:
Art. 3º. § 2º No caso de veículo furtado, roubado ou sinistrado com perda total
comprovada, a base de cálculo será reduzida para o valor correspondente a 1/12 (um
doze avos) por mês, contados da data do fato gerador até a data da ocorrência do furto,
roubo ou sinistro.
No caso de veículo furtado, roubado ou sinistrado com perda total, o IPVA também será devido de maneira
proporcional aos meses que o proprietário estava com o veículo.
Exemplo IPVA 5) Caio possui um veículo cujo IPVA relativo ao ano de 2023 totaliza um valor de R$ 1.200.
Ocorre que no mês de junho teve seu veículo roubado e por isso não deve recolher o IPVA referente aos
meses de julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro (6 meses). Desta forma, o IPVA devido
será de apenas de janeiro a junho (6 meses de um total de 12 = 6/12). Se o valor total era de R$ 1.200 para
12 meses, então teremos 6/12 x R$ 1.200 = R$ 600, valor devido a título de IPVA em 2023 por Caio. Se o
veículo for recuperado e devolvido em fevereiro de 2024, o IPVA será devido na razão de 11/12 (fevereiro a
dezembro).
Art. 3º. § 4º No caso de veículo automotor montado por encomenda de consumidor final,
em local diverso do fabricante do chassi, a base de cálculo é o somatório dos valores
constantes dos documentos fiscais relativos à aquisição das partes e aos serviços
prestados.
Vimos que a partir do momento em que se coloca a carroça e o industrializador dá saída do estabelecimento
do conjunto "carroça + chassi" ocorre o fato gerador do IPVA. A BC é a soma de todos os documentos fiscais
das partes e serviços prestados.
Sem dúvida alguma a maior parte da arrecadação do IPVA advém dos veículos usados. Se você possui carro
no Acre sabe que se divulga o valor do imposto devido anualmente em uma tabela elaborada e
disponibilizada aos contribuintes. Essa tabela traz algumas informações dos veículos como marca, modelo e
ano para carros com o intuito de que se identifique o valor do IPVA a recolher. Se você tem uma BMW por
exemplo deve procurar por esse veículo na tabela para achar a BC e quanto irá recolher de IPVA no ano
subsequente.
Art. 3º. § 5º Para efeito de apuração da base de cálculo do Imposto é irrelevante o estado
de conservação do veículo automotor.
Cuidado bem ou não do veículo não altera a sua base de cálculo. Se você tiver um veículo igualzinho ao do
seu irmão irá pagar o mesmo IPVA que ele, mesmo que seu carro esteja todo quebrado, batido e sujo e o
dele esteja novinho em folha.
Usado Tabelado
Valor da arrematação
BC IPVA Leilão + despesas + tributos
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5 – Alíquotas
Felizmente as alíquotas do IPVA do Acre são apenas 3. Assim como o ICMS, não admito que você vá para
uma prova sem saber todas elas. Convenhamos, né, pessoal? São só 3: 0%, 1% e 2%. Quer mais fácil que
isso?
I – dois por cento para veículos de passeio, inclusive de esporte e de corrida, bem como
para camionetas de uso misto e veículos utilitários;
IV – zero para veículos de duas rodas de até cento e setenta cilindradas, de propriedade
de pessoa natural, desde que o proprietário não possua mais de um veículo registrado
em seu nome.
Para o estudo das alíquotas não temos muito o que discutir, bastando realmente decorar as alíquotas de
acordo com o quadrinho que colocarei abaixo.
Apesar disso, tenha atenção ao parágrafo único. Se um veículo estiver enquadrado em uma alíquota, mas no
meio do exercício se enquadrar em outra, o cálculo será feito de forma proporcional.
Exemplo IPVA 6) Gabriel possui uma moto de até 160 cilindradas, mas em julho de 2023 aumentou a
potência da mesma moto para 180 cc. A alíquota utilizada até junho será de 0% e de julho para frente, de
1%.
•regra geral
1%
•veículos de passeio, inclusive de esporte e de corrida, bem como para camionetas de uso
misto e veículos utilitários
2%
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6 – Contribuinte e Responsável
O contribuinte do IPVA é bem simples: o proprietário do veículo. Para efeitos de definição de proprietário,
ao iniciarmos a aula defini como sendo aquele que possui o direito subjetivo de usar, gozar e dispor do bem
e o direito de retomá-lo de quem injustamente o possua.
Os primeiros responsáveis são aqueles que possuem relação com o proprietário do veículo e conhecem a
operação. Assim, ao elegê-los como responsáveis, a legislação faz com que eles “cobrem” o proprietário a
realização do pagamento, sob pena de serem eles cobrados pelo Fisco.
III – o adquirente de veículo gravado com alienação fiduciária ou com reserva de domínio;
O adquirente de veículo com alienação fiduciária ou reserva de domínio não possui a propriedade plena do
veículo, mas somente a posse. Assim, o contribuinte é o proprietário (o banco) e o possuidor o responsável.
No inciso V, apesar de uma redação ruim, o proprietário é a arrendadora, portanto contribuinte. Aquele que
detém a posse é responsável. Entretanto, peço que decorem a mesma redação do dispositivo.
Caso você compre um veículo com IPVA atrasado você será responsável pelos débitos que porventura
existam. Significa dizer que a partir daquele momento você pode ser cobrado e por isso preste atenção ao
comprar aquele carrão quando tomar posse no Acre! Verifique se o IPVA está pago!
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Exemplo IPVA 7) Dimulé adquiriu um Porsche vermelho do Sr. Treta. No momento da aquisição não verificou
que havia R$ 30.000 em aberto de IPVA e por isso passou a ser responsável pelo valor devido a título de
IPVA. A partir do momento da aquisição Dimulé passa a ser contribuinte em relação a futuros IPVA cujos
fatos geradores ainda não ocorreram. Em resumo: Dimulé será contribuinte da aquisição para frente e
responsável da aquisição para trás.
Quando é realizada a venda de um veículo o alienante deve comunicar o negócio ao DETRAN e caso assim
não proceda responderá pelos próximos fatos geradores do IPVA que ocorrerem com o carro já nas mãos do
novo dono, que passa a ser contribuinte dos fatos geradores futuros.
As responsabilidade são solidárias, ou seja, não comportam benefício de ordem. Assim, pode o Fisco cobrar
tanto do responsável eleito quanto do contribuinte, independentemente de ter que cobrar um para somente
depois cobrar o outro. Perceba também que a solidariedade atinge também as punições, ou seja, os
responsáveis podem ser punidos de acordo com a legislação tributária.
Art. 6º. § 2º Na hipótese de leilão ou doação de veículo apreendido pelo Poder Público,
quando o valor arrecadado não for suficiente para quitar o imposto, o débito
remanescente será cobrado do proprietário inadimplente, observado o disposto no § 1º
do art. 3º.
Havendo leilão de veículo apreendido, se o valor arrecadado não cobrir os débitos do IPVA, o valor faltante
será cobrado do antigo dono, que é o inadimplente, não passando a dívida para o novo proprietário.
No caso de doação, como não haverá valor arrecadado, a dívida também será cobrada do antigo proprietário
inadimplente.
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7 – Cadastro e Fiscalização
Os dispositivos sobre Cadastro e Fiscalização são bem simples e autoexplicativos, sem qualquer dificuldade
para nosso estudo.
Tanto o DETRAN quando a SEFAZ devem manter cadastro atualizado dos veículos licenciados no Acre.
Art. 7°-A. Nenhum veículo será registrado, inscrito ou matriculado perante as repartições
competentes sem a prova do pagamento do IPVA devido nos anos anteriores e do
exercício corrente, quando restar alguma parcela vencida, ou da circunstância de
imunidade ou isenção.
Para que um veículo seja registrado, inscrito, inspecionado, vistoriado etc. deve ser apresentada prova de
quitação do IPVA ou do gozo de imunidade ou isenção.
Na transferência de outro Estado/DF para o Acre não deve ser realizado novo pagamento do IPVA para o
Acre caso o pagamento tenha sido feito integralmente para o Estado de origem naquele exercício.
Entretanto, caso o veículo tenha gozado de algum benefício fiscal no Estado de origem, deverá recolher o
IPVA ao Acre de maneira proporcional. Assim, se o veículo gozava de isenção no Estado de origem e foi
transferido para o Acre em outubro, deverá recolher IPVA proporcional a outubro, novembro e dezembro.
Parágrafo único. A fiscalização de que trata este artigo será realizada em conformidade
com as disposições legais e de acordo com o que dispuser o convênio firmado entre os
órgãos envolvidos.
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Ao Fisco compete a fiscalização do IPVA, que será feita, obviamente, de acordo com a legislação.
Parágrafo único. Não se aplica a proibição prevista no art. 8º-A, quando autoridade de
trânsito estiver de posse de um Mandado Judicial.
A legislação acreana veda a apreensão de veículos como forma coercitiva de recolhimento do IPVA, se
alinhando ao pensamento do STF. De acordo com o entendimento dos ministros, pelo fato de o IPVA se tratar
de um tributo, não pode ser cobrado de forma coercitiva, ou seja, o Estado não pode apreender como forma
de obriga-lo a pagar o imposto.
Porém, a lei do IPVA do Acre abre exceções: se houver previsão no Código de Trânsito Brasileiro ou em lei
estadual, o que não se encontra de acordo com o entendimento do STF. Além disso, permite a lei a apreensão
em caso de Mandado Judicial.
Embora não se possa apreender o veículo por atraso de IPVA, permite-se notificar ou advertir o condutor.
23
8 – Lançamento
§ 3º Quando a notificação for feita por meio de publicação no Diário Oficial do Estado, o
contribuinte ou interessado será cientificado da publicação na forma estabelecida pelo
Poder Executivo.
Apesar de discussões doutrinárias a respeito do tipo de lançamento do crédito tributário do IPVA, nossa
legislação foi bem clara ao definir a modalidade “homologação”. Por lançamento por homologação entende-
se aquele em que o crédito tributário é constituído sem qualquer atuação do Fisco, cabendo a este
simplesmente homologar ou não o lançamento.
Verificado que o contribuinte ou responsável não recolheu o IPVA ou recolheu a menor, o Fisco irá lançar de
ofício, com os devidos acréscimos para que seja recolhido em até 30 dias.
A notificação pode ser feita por edital, por correio, pessoalmente ou por meio eletrônico.
24
9 – Vencimento e Pagamento
II – em até quatro parcelas, nas datas fixadas em calendário estabelecido pelo órgão
arrecadador, na hipótese do inciso IV, do § 2º, do art. 2º.
§ 2º O pagamento a que se refere o Inciso II poderá ser feito em parcela única e na data de
vencimento da primeira parcela, com redução de dez por cento do valor devido.
O pagamento do IPVA de veículos usados se dá conforme calendário publicado anualmente. Ele pode ser
feito em cota única, com desconto de 10%, ou em até 4 parcelas. No caso de parcelamento, pode o Executivo
definir uma parcela mínima. Assim, se o IPVA devido por um contribuinte é de R$ 1.000, mas o Estado define
uma parcela mínima de R$ 400, não poderá parcelar em 4 vezes, mas sim em 3.
Para os demais casos (veículo novo, importado, arrematado em leilão ou recuperado), o prazo é de 30 dias
da data do evento. Desta forma, se o desembaraço ocorreu dia 01 de outubro, o contribuinte tem 30 dias a
partir dessa ata para recolher o IPVA devido. Atente-se para o fato de o parcelamento só ser permitido para
veículos usados!
25
10 – Penalidades e Acréscimos
II – multa de mora calculada à taxa de 0,11% (onze centésimos por cento) por dia de
atraso, até o máximo acumulado de dez por cento.
Parágrafo único. Caso o índice de que trata o inciso I do caput deixe de ser utilizado, poderá
o Estado substituí-lo, adotando os mesmos índices oficiais usados pela União para
atualização dos débitos de natureza tributária
Não realizando o pagamento até a data de vencimento, correrão juros e multa de mora, além da penalidade.
No que tange aos juros de mora eles serão calculados da seguinte forma:
- Entre o mês do vencimento e o mês do pagamento – SELIC (ou índice que o substitua).
Já a multa de mora será de 0,11% ao dia, mas ao alcançar 10% para de crescer, ou seja, temos um limite de
multa de mora no valor de 10%.
Vejamos agora as penalidades. É um tópico bastante decoreba e por isso elaborarei um esquema para
facilitação.
Art. 14-A. A violação dos dispositivos desta lei complementar sujeita o infrator às seguintes
multas:
26
§ 2º Para cálculo das multas baseadas em UPF/AC, deve ser considerado o seu valor na
data da lavratura do Auto de Infração e Notificação Fiscal.
O primeiro deles é que a multa não exclui o pagamento do imposto. Se o contribuinte deixou de recolher o
imposto e lhe é aplicada multa, deverá recolher a multa mais o imposto que deixou de ser recolhido.
Outro ponto é que se duas infrações forem cometidas, serão aplicadas duas multas, de maneira cumulativa.
O último ponto se refere ao valor da UPF/AC a ser considerado. Como se trata de um valor que varia, deve-
se considerar o valor da UPF/AC no dia da lavratura do Auto de infração e Notificação Fiscal.
A título de curiosidade a UPF/AC em 2023, segundo o Decreto 11.158, de 22 de dezembro de 2022, encontra-
se no valor de R$ 12,42.
Vamos ao esquema.
27
Multas
50% do valor deixar de fornecer documentos ou informações
IPVA do imposto
necessários à inscrição ou alteração do Cadastro
de Contribuintes do IPVA
Com o intuito de incentiva o contribuinte a recolher de maneira mais tempestiva possível as multas, a
legislação traz descontos, que variam ao longo do tempo. Quanto antes a multa for pagar, maior o desconto.
É sempre importante salientar que para que haja o desconto a multa deve ser paga de forma integral e, além
disso, o pagamento implica em renúncia à defesa ou recurso bem como em desistências das impugnações já
interpostas.
Art. 14-B. As multas previstas no artigo anterior serão reduzidas nos seguintes percentuais:
I – setenta por cento, se forem pagas dentro do prazo de trinta dias, contados da
intimação do lançamento de ofício;
II – trinta e cinco por cento, se forem pagas antes da inscrição do débito na dívida ativa
tributária; e
28
III – vinte e cinco por cento, se forem pagas antes do ajuizamento da execução do crédito
tributário.
§ 2º O pagamento efetuado nos termos deste artigo implica renúncia à defesa ou recurso
previsto na legislação e desistência aos já interpostos.
29
§ 2º O Poder Executivo divulgará pelo Diário Oficial, até o último dia do mês subsequente,
o montante do imposto arrecadado e o valor das parcelas transferidas aos Municípios.
Respeitando o mandamento constitucional, a repartição do IPVA no Acre é de 50/50, ou seja, 50% para o
Estado e 50% para o Município onde estiver licenciado, inscrito ou matriculado o veículo. Atente-se para o
fato de os juros e acréscimos moratórios também serem repartidos.
Art. 17. Fica o Poder Executivo autorizado a cancelar créditos tributários relativos ao IPVA
cujo montante atualizado seja igual ou inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais).
Por fim, a lei permite que sejam cancelados débitos inferiores a R$ 50,00 (valor que deve ser atualizado com
o tempo, apesar de a lei não citar por qual índice).
É isso, pessoal. Por hoje é só. Fico por aqui. Foco nos estudos! Falta menos do que faltava para você ser
aprovado!
Um abraço,
Eduardo da Rocha
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QUESTÕES COMENTADAS
01. (Inédita) O valor da base de cálculo do IPVA é o valor constante do documento fiscal relativo à
aquisição, acrescido do valor de opcional e acessório e das demais despesas relativas à operação quando
se tratar da primeira aquisição de veículo novo por consumidor final. Considere as situações a seguir:
I. Uma motocicleta de 180 cilindradas importada do exterior por consumidor final, sendo sua base de
cálculo, para fins de IPVA, equivalente a R$ 200.000,00, desembaraçada em 01 de abril de 2023.
II. Um automóvel de passeio novo, adquirido por consumidor final em 01 de junho de 2023 pelo valor de
R$ 20.000,00.
O valor do IPVA incidente sobre os veículos indicados nos itens I, II, III, no exercício de 2023, será,
respectivamente, em R$,
Comentários:
(I) Motos possuem, em regra, alíquota de 1%. Multiplicando-se pela base de cálculo temos: 1% x R$ 200.000
= R$ 2.000. Esse é o valor devido pessoal? Não!!! O desembaraço foi em abril e por isso o valor devido deverá
ser proporcional! De abril a dezembro temos 9 meses, então o valor do imposto será 9/12 x R$ 2.000 = R$
1.500.
31
(II) A alíquota para veículos de passeio é de 2%. Multiplicando-se pela base de cálculo temos: 2% x R$ 20.000
= R$ 400. Esse é o valor devido pessoal? Não!!! A aquisição foi em junho e por isso o valor devido deverá ser
proporcional! De junho a dezembro temos 7 meses, então o valor do imposto será 7/12 x R$ 400 = R$ 233,33.
(III) A alíquota para caminhão-trator é de 1%. Multiplicando-se pela base de cálculo temos: 1% x R$ 60.000
= R$ 600. Esse é o valor devido pessoal? Não!!! A aquisição foi em fevereiro e por isso o valor devido deverá
ser proporcional! De fevereiro a dezembro temos 11 meses, então o valor do imposto será 11/12 x R$ 600 =
R$ 550.
Gabarito: Letra C.
I. Em 10/04/23, Pedro, motorista de táxi autônomo, pensando em iniciar uma frota, adquire uma Santana
Quantum, ano 2012.
II. Em 05/06/23, Mário, deficiente físico, adquire, regularmente, seu primeiro veículo terrestre adaptado
à sua condição nos moldes previstos na legislação. Mário possui renda mensal de 8 salários mínimos e o
carro custou R$ 50.000.
III. José, pescador profissional, adquire, em julho de 2023, sua primeira embarcação fabricada em um
estaleiro para utilização na atividade pesqueira com capacidade de carga de 13 toneladas.
Considerando, hipoteticamente, que a lei relativa ao IPVA seja mantida inalterada até 31/12/23 e que os
eventos apresentados se mantenham inalterados até a data citada, as situações tributárias I, II e III serão,
respectivamente, de
Comentários:
32
(II) O portador de necessidades especiais tem direito a isenção de IPVA desde que respeitadas regras
impostas na legislação.
Gabarito: Letra E.
b) É isento do pagamento do IPVA os veículos empregados em serviços agrícolas que usualmente apenas
transitem dentro dos limites das propriedades agrícolas.
c) Quando se tratar da primeira aquisição de veículo novo por consumidor final a base de cálculo é o valor
constante do documento fiscal relativo à aquisição, acrescido do valor de opcional e acessórios.
e) O valor do IPVA compreende tantos doze avos do seu valor anual quantos forem os meses faltantes para
o término do ano civil, na primeira aquisição do veículo por consumidor final.
Comentários:
33
(a) Corretíssimo! Por um acaso o examinador falou algo sobre STF? Não! Se não falou nada, vamos pela
legislação do Acre, que afirma incidir IPVA sobre a propriedade de veículo automotor terrestre, aquático e
aéreo.
Art. 2º O IPVA tem como fato gerador a propriedade de veículo automotor de qualquer
espécie.
§ 1º Para efeito desta lei complementar, veículo automotor é qualquer veículo terrestre,
aéreo ou aquático, dotado de força motor própria, ainda que complementar.
(d) Falso! A alíquota para veículos de passeio é realmente de 2%, mas a alíquota para quadriciclos é de 1%.
(e) Correto. É devido o IPVA de maneira proporcional ao que falta para terminar o exercício quando da
aquisição de veículo novo por consumidor final. Se faltarem 4 meses, a fração será 4/12 do valor do imposto
integral. É o mesmo que dizer que será reduzido dos meses anteriores ao da aquisição.
Gabarito: Letra D.
a) O IPVA do exercício de 2000, calculado sobre o valor da Nota Fiscal de aquisição, deve ser recolhido de
maneira integral ao exercício, não havendo que se falar em IPVA proporcional.
b) João Paulo é o contribuinte do IPVA para o exercício de 2002 e Márcio Augusto é o contribuinte do imposto
para o exercício de 2001.
34
c) O IPVA de 2000 é devido sobre o valor da Nota Fiscal de aquisição e proporcionalmente aos meses
restantes do ano e o imposto de 2001, conforme o valor médio de mercado divulgado em tabela elaborada
por órgão próprio.
d) O IPVA do exercício de 2001 é devido integralmente por João Paulo, cabendo responsabilidade supletiva
a Márcio Augusto, no caso de aquisição sem o comprovante do devido recolhimento.
e) Márcio Augusto deverá recolher o IPVA de 2001 em agosto do mesmo ano, ou seja, no primeiro mês e ano
seguinte ao recolhimento feito por João Paulo no momento da aquisição do veículo.
Comentários:
Antes de comentarmos as alternativas precisamos definir quem é o contribuinte nos anos de 2000, 2001 e
2002.
Ora, o contribuinte do imposto é o proprietário de veículo automotor, terrestre, aquático e aéreo. Então
para sabermos basta vermos quem é o proprietário no momento do fato gerador.
2000 – momento do fato gerador é a data da aquisição do veículo, ou seja, julho de 2000 e o proprietário é
João Paulo, contribuinte então do imposto.
2001 – por se tratar de veículo usado, o momento do fato gerador é o dia 1º de janeiro data em que o
proprietário é João Paulo, contribuinte então do imposto.
2002 – por se tratar de veículo usado, o momento do fato gerador é o dia 1º de janeiro data em que o
proprietário é Márcio Augusto, contribuinte então do imposto uma vez que o carro havia sido vendido a ele
no ano anterior.
(a) Falso. Realmente o contribuinte é João Paulo, mas o recolhimento se dará de maneira proporcional aos
meses restantes no ano.
(c) Correto. Em 2000 o veículo é novo e por isso a base de cálculo é o preço constante na nota fiscal. O valor
devido deve ser calculado de maneira proporcional aos meses que faltam em duodécimos. Já em 2001
veículo é usado e o imposto tem como base o valor divulgado em tabela.
(d) Falso. Apesar de João Paulo ser o contribuinte em 2001, caso a venda seja efetuada sem o pagamento do
imposto Márcio Augusto se tornará solidariamente responsável e não supletivamente.
35
(e) Falso. Examinador inventou uma regra só para ele rs. Não tem nada disso. O IPVA deve ser recolhido por
João Paulo.
Gabarito: Letra C.
c) Não comporta o lançamento por autuação, relativamente ao imposto devido a este Estado.
Comentários:
(a) Falso. Então quer dizer que se eu não registrar meu veículo eu não preciso pagar IPVA? O fato gerador é
a propriedade do veículo automotor, independentemente de registro.
(b) Falso. Absurdo. Exemplo de imunidade são os veículos dos templos e exemplo de isenção são os táxis.
(c) Falso. Não pode ser autuado? Em que mundo o examinador vive?
(e) Correto. O IPVA é um imposto real, que incide sobre a coisa e não sobre a pessoa.
Gabarito: Letra E.
36
Assim sendo, o direito presume a ocorrência do fato gerador. Os casos de presunção legal de ocorrência
de fato gerador do IPVA não incluem o
d) momento do desembaraço aduaneiro de veículo adquirido do exterior por concessionária para revenda.
Comentários:
Apesar de falar com palavras bonitas a questão quer saber qual das alternativas não é o fato gerador do
IPVA. Lembre-se que só há fato gerador quando o veículo estiver em propriedade de um consumidor final.
Na importação por concessionária o fato gerador só ocorrerá se o veículo for para integrar seu ativo
permanente, pois aí sim ela estará atuando como consumidora final. Nos casos em que um consumidor final
importar diretamente um veículo também incidirá IPVA.
Gabarito: Letra D.
Com relação aos impostos de competência do estado do Acre, julgue os itens a seguir.
Comentários:
São vários os momentos do fato gerador do IPVA, inclusive o dia 1º de janeiro. A palavra “sempre” fez a
questão falsa.
Gabarito: Falso.
08. (SEFAZ-AL/CESPE/2002) Por ser um imposto compartilhado, 25% da receita arrecadada pelo IPVA
pertence ao município onde estiver licenciado, inscrito ou matriculado o veículo.
Comentários:
37
Gabarito: Falso.
c) Para o pagamento do IPVA de veículos usados feito antecipadamente, em parcela única, é concedido
desconto.
Comentários:
(c) Correto. Vimos que o pagamento antecipado em parcela única enseja desconto de 10%.
II – em até quatro parcelas, nas datas fixadas em calendário estabelecido pelo órgão
arrecadador, na hipótese do inciso IV, do § 2º, do art. 2º.
38
§ 2º O pagamento a que se refere o Inciso II poderá ser feito em parcela única e na data de
vencimento da primeira parcela, com redução de dez por cento do valor devido.
(d) Falso. Não há, na legislação, previsão de penalidade de proibição de transacionar com órgão da
Administração do Acre.
Gabarito: Letra D.
( ) São isentos do imposto os ônibus e as embarcações empregados nos serviços públicos de transporte
coletivo, exceto se adquiridos por meio de contrato de arrendamento mercantil (leasing).
a) F, V, F, V.
b) F, F, V, V.
c) V, V, F, F.
d) V, F, V, F.
e) F, F, F, F.
Comentários:
(F) Nem todas as embarcações são isentas. Há requisitos, como ser de pescador profissional.
(F) Os veículos movidos à força motriz elétrica não são isentos no Acre.
(F) A responsabilidade não se presume, sendo apenas aquelas elencadas na lei. Como não há menção na
legislação à responsabilidade das revendedoras, a assertiva está falsa.
Gabarito: Letra E.
39
11. (SEFAZ-RN/ESAF/2005/Adaptada) O STF entendeu que a base econômica do IPVA não abrange as
embarcações e aeronaves, não obstante a legislação do Acre prever a incidência desse imposto sobre tais
meios de transporte.
c) É admitido o parcelamento do IPVA em até 5 parcelas, desde que iguais, mensais e sucessivas.
Comentários:
A única opção que sempre será verdade será a letra (e) uma vez que a isenção do IPVA para veículo de
combate a incêndio não possui limitações como quantidade, por exemplo. Veja o erro das demais:
(a) Falso. Na importação o fato gerador do IPVA só será a data do desembaraço casa o adquirente seja um
consumidor final. Se for uma importadora ou revendedora a data do fato gerador será, respectivamente, a
data da integração ao ativo permanente e a data da aquisição por consumidor final.
(b) Falso. Somente será isento se respeitar as condições e limites fixados na legislação, além de haver a
limitação de 1 veículo por beneficiário.
(d) Falso. As máquinas de emprego na construção civil somente serão isentas se não circularem usualmente
em vias públicas.
40
III – as ambulâncias;
Gabarito: Letra E.
De acordo com a Legislação estadual, o fato gerador do IPVA devido ao Acre considera-se ocorrido, para
efeito de primeira tributação,
a) relativamente aos veículos de passeio novos, nas datas de suas saídas a consumidores finais e,
relativamente à caminhonete usada e ao veículo de passeio usado pelos diretores, nas datas das respectivas
vendas, que foram realizadas a adquirentes domiciliados fora do Estado do Acre.
b) no dia 1º de janeiro do ano em que tiver ocorrido a importação da caminhonete e do veículo de passeio
usado pelos diretores.
c) relativamente à caminhonete usada, na data de sua saída em decorrência de venda feita a consumidor
final, domiciliado no Estado no Acre.
d) na data do desembaraço aduaneiro, relativamente aos oito veículos que foram destinados à revenda.
Comentários:
Quando a empresa importa da Alemanha 01 caminhonete nova, na qualidade de consumidora final, ocorre
o fato gerador na data do desembaraço (letras (a) e (b) falsas). Quando ela vender a caminhonete como
usada posteriormente a data do fato gerador não será mais a venda, mas sim o dia 1º de janeiro. (letra (c)
falsa)
Quando importa 09 veículos de passeio novos para revenda não ocorre o fato gerador, pois este só se dá
quando da venda para consumidor final posteriormente. (letra (d) falsa).
A alternativa correta é a letra (e) uma vez que a partir do momento que ela incorpora o veículo, ela mesma
está se tornando uma consumidora final.
41
Gabarito: Letra E.
I. Estão isentos do pagamento do referido imposto veículos automotores terrestres com mais de 15
(quinze) anos de fabricação e táxis de propriedade de profissionais autônomos.
II. A base de cálculo de veículos importados diretamente do exterior pelo consumidor final é o valor
constante dos documentos de importação, excluídas as despesas aduaneiras.
III. O produto da arrecadação do imposto é dividido entre o Estado (75%) e o município (25%) onde estiver
registrado e licenciado o veículo.
IV. A alíquota do imposto para automóveis movidos a álcool é menor do que aquela incidente sobre
automóveis bicombustíveis, movidos a álcool e/ou gasolina.
V. O adquirente do veículo responde solidariamente pelo imposto anteriormente devido e não pago.
Assinale
Comentários:
(IV) Falso. No Acre não há qualquer diferenciação nas alíquotas baseada no tipo de combustível.
(V) Correto.
Gabarito: Letra E.
b) veículos que, em razão do tipo, a legislação específica proíba trafegar em vias públicas.
e) veículo fabricado especialmente para uso de deficiente físico, ou adaptado para tal finalidade, limitada a
isenção a 2 veículos por proprietário.
Comentários:
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(e) Falso. Realmente existe isenção para veículos para portadores de necessidades especiais, porém é
limitado a 1 por beneficiário e não 2.
Gabarito: Letra B.
a) do desembaraço aduaneiro, em relação a veículo importado do exterior, por meio de trading, por
contribuinte que não seja consumidor final.
Comentários:
(a) e (d) Falsas. Só há fato gerador quando o veículo estiver em propriedade de um consumidor final.
(b) Falso. Quando se tratar de veículo usado o fato gerador será o dia 1º de janeiro. Repare que o examinador
tentou confundir colocando o termo “primeira aquisição”, mas se o veículo é usado não tem para onde correr
ou é 1º de janeiro ou quando da perda da isenção ou não incidência.
(c) Falso. Examinador novamente tentou confundir o candidato. O fato gerador ocorre no momento da perda
da isenção e não sua outorga.
(e) Correto. Se o fabricante, revendedor ou importador ao invés de vender o veículo ficar para si,
incorporando ao seu ativo permanente, esse será o momento da ocorrência do fato gerador.
Gabarito: Letra E.
b) O IPVA incide na data da aquisição do veículo usado, desde que o alienante seja domiciliado neste Estado
e o veículo esteja licenciado neste Estado.
c) É sujeito passivo por substituição tributária do IPVA é o credor fiduciário, no caso de alienação fiduciária
em garantia e o arrendador, no caso de arrendamento mercantil.
d) É pessoalmente responsável pelo pagamento do IPVA o adquirente do veículo, em relação a fato gerador
anterior ao tempo de sua aquisição.
Comentários:
(c) Falso. Não existe substituição tributária para o IPVA na nossa legislação.
(e) Correto.
Gabarito: Letra E.
45
17. (SEFAZ-RO/FGV/2018/Adaptada) Júlio vendeu seu carro a José, deixando de comunicar a venda ao
DETRAN/AC. Só o fez quatro anos mais tarde, quando recebeu citação em processo de execução fiscal,
pelo não pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) do veículo.
Comentários:
Temos um caso clássico de solidariedade, onde não há benefício de ordem. Assim pode-se cobrar tanto de
Júlio quanto de José, sem ordem de preferência.
Gabarito: Letra C.
a) da arrematação.
b) da transação.
c) do desembaraço aduaneiro.
d) do pagamento.
e) da aquisição.
46
Comentários:
Questão bem simples. Se a importação é feita por um consumidor final, o momento é o do desembaraço
aduaneiro.
Gabarito: Letra C.
a) o valor médio de mercado, conforme anualmente divulgado pelo Poder Executivo estadual antes do início
do ano-calendário.
b) o valor constante no documento fiscal de compra do veículo, incluído o valor de opcionais e acessórios.
c) o valor de mercado do modelo do veículo, de acordo com a tabela FIPE vigente à data do fato gerador.
Comentários:
A BC de veículo novo é o valor da nota fiscal de compra incluindo os opcionais e acessórios, mas a BC de
veículo usado é o valor divulgado em tabela anual, que considera o preço médio aferido por publicações
especializadas ou o preço médio de mercado.
Não há que se falar em tabela FIPE, 3% ou 1% como sugerem as alternativas “c”, “d” e “e”.
Gabarito: Letra A.
47
20. (SEFAZ-RS/CESPE/2019) De acordo com a legislação do Acre, no caso de aquisição de veículo novo, o
IPVA incidirá apenas de forma parcial e será
Comentários:
Quando da aquisição de um veículo novo não é justo que se pague o mesmo valor que alguém que possuiu
o carro durante todo o ano. Se você adquirir um veículo em novembro, por exemplo, acha justo pagar o
mesmo valor de IPVA de alguém que possuiu o veículo desde janeiro? Não! Por isso a legislação afirma que
a BC será reduzida de maneira proporcional aos meses que já passaram e o contribuinte ainda não possuía
o veículo usado.
Art. 3º. § 1º Na hipótese constantes dos incisos I, II e III a base de cálculo será calculada
em 1/12 (um doze avos) por mês, a partir da data da ocorrência do fato gerador.
Gabarito: Letra B.
d) considerado contribuinte de direito do IPVA, sem incidência de responsabilidade solidária nem subsidiária.
e) considerado contribuinte do IPVA até a data da entrega do veículo ao adquirente, não respondendo por
dívida posterior à transmissão da posse direta.
48
Comentários:
Quando é realizada a venda de um veículo o alienante deve comunicar o negócio ao DETRAN e caso assim
não proceda responderá solidariamente com o comprador.
Gabarito: Letra A.
22. (SEFAZ-RS/CESPE/2019/Adaptada) De acordo com as disposições da Lei do IPVA do Acre a respeito das
alíquotas de IPVA, assinale a opção correta.
a) A alíquota para veículos usados é menor que aquela para veículos novos.
b) A alíquota para veículos movidos a etanol é menor que aquela para veículos movidos a gasolina.
c) A alíquota para veículos automotores considerados de luxo é maior que aquela aplicável aos demais
automóveis.
d) A alíquota para ônibus e caminhões é menor que aquela aplicável a veículos de passeio.
e) Automóveis com menor emissão de poluentes fazem jus à alíquota reduzida, desde que devidamente
certificados pela autoridade de trânsito.
Comentários:
(a), (b), (c) e (e) Falsas. Não há na nossa legislação diferença de alíquotas entre veículos usados ou novos ou
por conta de ser de luxo ou simples ou baseado no tipo de combustível utilizado ou até mesmo diferença de
alíquota para veículos que poluem muito ou pouco o meio ambiente.
(d) Correto. A alíquota para ônibus e caminhões é de 1% enquanto a alíquota de veículos de passeio é de
2%.
Gabarito: Letra D.
49
b) é o contribuinte do tributo.
c) não possui responsabilidade em relação ao valor do imposto, devendo o espólio figurar em dívida ativa.
e) não possui responsabilidade, pois o veículo não está registrado em seu nome no órgão de fiscalização de
trânsito.
Comentários:
Como em 2016 o veículo não era de propriedade de Bruno ele não pode ser considerado contribuinte, porém
de acordo com nossa legislação o possuidor a qualquer título é responsável solidário.
Gabarito: Letra D.
24. (SEFAZ-CE/CESPE/2021) O IPVA não incide sobre os veículos automotores que integrem o patrimônio
das autarquias municipais.
Comentários:
III – sobre a propriedade de veículo automotor de pessoa jurídica de direito público, dos
templos de qualquer culto, dos partidos políticos, das entidades sindicais dos
trabalhadores, bem como das instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos.
Gabarito: Verdadeiro.
25. (SEFAZ-CE/CESPE/2021) Os veículos movidos a motor elétrico são isentos de IPVA, desde que tenham
potência inferior a cinquenta cilindradas.
Comentários:
Gabarito: Falso.
b) o proprietário que alienar ou transferir o veículo, em relação aos débitos posteriores ao registro do
evento.
c) o proprietário do veículo, em relação aos débitos incorridos desde o momento da compra até o momento
da venda.
e) a pessoa que tomar em locação veículo para uso neste Estado, em relação aos fatos geradores ocorridos
nos exercícios anteriores.
Comentários:
(d) Correto.
(e) Falso. A PJ de direito privado será responsável apenas em relação aos fatos geradores ocorridos nos
exercícios em que o veículo estiver sob locação, pois estará em sua posse.
Gabarito: Letra D.
a) automóvel de passeio, rodoviário, utilizado para transporte urbano, suburbano ou interurbano de até oito
pessoas, nas categorias táxi ou aplicativo (transporte contratado por meio de aplicativos), limitado a um
veículo por pessoa.
b) veículo terrestre do tipo ambulância ou de uso no combate a incêndio, desde que sejam veículos
destinados a serviços públicos.
d) embarcação, pertencente a pescador profissional, desde que utilizado em atividade relacionada a pesca e
limitada a um veículo por pessoa.
e) veículo terrestre furtado, roubado ou sinistrado com perda total, a partir do mês seguinte ao da ocorrência
do furto ou roubo até o mês anterior ao de devolução do veículo ao proprietário e da efetiva baixa de
circulação do veículo sinistrado junto ao órgão de trânsito.
Comentários:
(a) Falso. A isenção para motorista de aplicativos não existe. A isenção de táxi só vale para autônomos.
52
(b) Falso. Apesar de presente em vários Estados, não há no Acre isenção para veículos de combate a incêndio.
(d) Correto.
(e) Falso. Apesar de a BC ficar reduzida a 1/12 por mês, não se trata de uma isenção.
Gabarito: Letra D.
28. (SEFAZ-AM/FGV/2022/Adaptada) Um hospital particular no Acre foi autuado pela Receita Estadual
pela falta de recolhimento do IPVA de suas ambulâncias, sob a alegação de que tem tido prejuízo nos
últimos anos.
a) Assiste razão ao hospital, porque se tem tido prejuízo não pode ser obrigado a pagar o IPVA.
b) Não assiste razão ao hospital, pois só as ambulâncias de entidades sem fins lucrativos têm isenção de
IPVA.
e) Não assiste razão ao hospital, pois não há isenção de IPVA para nenhuma ambulância.
Comentários:
III – as ambulâncias;
Gabarito: Letra C.
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c) Não terá isenção, pois claramente cobrará diárias de pelo menos quatro taxis.
Comentários:
§ 7º Na hipótese do inciso X:
Gabarito: Letra A.
30. (SEFAZ-AM/FGV/2022/Adaptada) O governo federal resolve criar uma universidade federal no Acre, e
o faz, tornando-a uma autarquia.
Em relação ao IPVA, assinale a opção que indica a situação tributária dos veículos utilizados nas atividades
essenciais desta universidade.
Comentários:
Questão bem direta, trazendo um caso de não incidência das autarquias. Não confunda os casos de não
incidência com os casos de isenção! São dois institutos completamente diferentes.
III – sobre a propriedade de veículo automotor de pessoa jurídica de direito público, dos
templos de qualquer culto, dos partidos políticos, das entidades sindicais dos
trabalhadores, bem como das instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos.
Gabarito: Letra E.
Comentários:
(a) Falso. Não há previsão de não incidência nesse caso. Há isenção, mas somente se os veículos empregados
em serviços agrícolas que usualmente apenas transitem dentro dos limites das propriedades agrícolas.
(b) Correto.
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III – sobre a propriedade de veículo automotor de pessoa jurídica de direito público, dos
templos de qualquer culto, dos partidos políticos, das entidades sindicais dos
trabalhadores, bem como das instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos.
Gabarito: Letra B.
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LISTA DE QUESTÕES
01. (Inédita) O valor da base de cálculo do IPVA é o valor constante do documento fiscal relativo à
aquisição, acrescido do valor de opcional e acessório e das demais despesas relativas à operação quando
se tratar da primeira aquisição de veículo novo por consumidor final. Considere as situações a seguir:
I. Uma motocicleta de 180 cilindradas importada do exterior por consumidor final, sendo sua base de
cálculo, para fins de IPVA, equivalente a R$ 200.000,00, desembaraçada em 01 de abril de 2023.
II. Um automóvel de passeio novo, adquirido por consumidor final em 01 de junho de 2023 pelo valor de
R$ 20.000,00.
O valor do IPVA incidente sobre os veículos indicados nos itens I, II, III, no exercício de 2023, será,
respectivamente, em R$,
I. Em 10/04/23, Pedro, motorista de táxi autônomo, pensando em iniciar uma frota, adquire uma Santana
Quantum, ano 2012.
II. Em 05/06/23, Mário, deficiente físico, adquire, regularmente, seu primeiro veículo terrestre adaptado
à sua condição nos moldes previstos na legislação. Mário possui renda mensal de 8 salários mínimos e o
carro custou R$ 50.000.
III. José, pescador profissional, adquire, em julho de 2023, sua primeira embarcação fabricada em um
estaleiro para utilização na atividade pesqueira com capacidade de carga de 13 toneladas.
Considerando, hipoteticamente, que a lei relativa ao IPVA seja mantida inalterada até 31/12/23 e que os
eventos apresentados se mantenham inalterados até a data citada, as situações tributárias I, II e III serão,
respectivamente, de
b) É isento do pagamento do IPVA os veículos empregados em serviços agrícolas que usualmente apenas
transitem dentro dos limites das propriedades agrícolas.
c) Quando se tratar da primeira aquisição de veículo novo por consumidor final a base de cálculo é o valor
constante do documento fiscal relativo à aquisição, acrescido do valor de opcional e acessórios.
e) O valor do IPVA compreende tantos doze avos do seu valor anual quantos forem os meses faltantes para
o término do ano civil, na primeira aquisição do veículo por consumidor final.
a) O IPVA do exercício de 2000, calculado sobre o valor da Nota Fiscal de aquisição, deve ser recolhido de
maneira integral ao exercício, não havendo que se falar em IPVA proporcional.
b) João Paulo é o contribuinte do IPVA para o exercício de 2002 e Márcio Augusto é o contribuinte do imposto
para o exercício de 2001.
c) O IPVA de 2000 é devido sobre o valor da Nota Fiscal de aquisição e proporcionalmente aos meses
restantes do ano e o imposto de 2001, conforme o valor médio de mercado divulgado em tabela elaborada
por órgão próprio.
d) O IPVA do exercício de 2001 é devido integralmente por João Paulo, cabendo responsabilidade supletiva
a Márcio Augusto, no caso de aquisição sem o comprovante do devido recolhimento.
e) Márcio Augusto deverá recolher o IPVA de 2001 em agosto do mesmo ano, ou seja, no primeiro mês e ano
seguinte ao recolhimento feito por João Paulo no momento da aquisição do veículo.
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c) Não comporta o lançamento por autuação, relativamente ao imposto devido a este Estado.
Assim sendo, o direito presume a ocorrência do fato gerador. Os casos de presunção legal de ocorrência
de fato gerador do IPVA não incluem o
d) momento do desembaraço aduaneiro de veículo adquirido do exterior por concessionária para revenda.
Com relação aos impostos de competência do estado do Acre, julgue os itens a seguir.
08. (SEFAZ-AL/CESPE/2002) Por ser um imposto compartilhado, 25% da receita arrecadada pelo IPVA
pertence ao município onde estiver licenciado, inscrito ou matriculado o veículo.
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c) Para o pagamento do IPVA de veículos usados feito antecipadamente, em parcela única, é concedido
desconto.
( ) São isentos do imposto os ônibus e as embarcações empregados nos serviços públicos de transporte
coletivo, exceto se adquiridos por meio de contrato de arrendamento mercantil (leasing).
a) F, V, F, V.
b) F, F, V, V.
c) V, V, F, F.
d) V, F, V, F.
e) F, F, F, F.
11. (SEFAZ-RN/ESAF/2005/Adaptada) O STF entendeu que a base econômica do IPVA não abrange as
embarcações e aeronaves, não obstante a legislação do Acre prever a incidência desse imposto sobre tais
meios de transporte.
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c) É admitido o parcelamento do IPVA em até 5 parcelas, desde que iguais, mensais e sucessivas.
De acordo com a Legislação estadual, o fato gerador do IPVA devido ao Acre considera-se ocorrido, para
efeito de primeira tributação,
a) relativamente aos veículos de passeio novos, nas datas de suas saídas a consumidores finais e,
relativamente à caminhonete usada e ao veículo de passeio usado pelos diretores, nas datas das respectivas
vendas, que foram realizadas a adquirentes domiciliados fora do Estado do Acre.
b) no dia 1º de janeiro do ano em que tiver ocorrido a importação da caminhonete e do veículo de passeio
usado pelos diretores.
c) relativamente à caminhonete usada, na data de sua saída em decorrência de venda feita a consumidor
final, domiciliado no Estado no Acre.
d) na data do desembaraço aduaneiro, relativamente aos oito veículos que foram destinados à revenda.
I. Estão isentos do pagamento do referido imposto veículos automotores terrestres com mais de 15
(quinze) anos de fabricação e táxis de propriedade de profissionais autônomos.
II. A base de cálculo de veículos importados diretamente do exterior pelo consumidor final é o valor
constante dos documentos de importação, excluídas as despesas aduaneiras.
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III. O produto da arrecadação do imposto é dividido entre o Estado (75%) e o município (25%) onde estiver
registrado e licenciado o veículo.
IV. A alíquota do imposto para automóveis movidos a álcool é menor do que aquela incidente sobre
automóveis bicombustíveis, movidos a álcool e/ou gasolina.
V. O adquirente do veículo responde solidariamente pelo imposto anteriormente devido e não pago.
Assinale
b) veículos que, em razão do tipo, a legislação específica proíba trafegar em vias públicas.
e) veículo fabricado especialmente para uso de deficiente físico, ou adaptado para tal finalidade, limitada a
isenção a 2 veículos por proprietário.
a) do desembaraço aduaneiro, em relação a veículo importado do exterior, por meio de trading, por
contribuinte que não seja consumidor final.
b) O IPVA incide na data da aquisição do veículo usado, desde que o alienante seja domiciliado neste Estado
e o veículo esteja licenciado neste Estado.
c) É sujeito passivo por substituição tributária do IPVA é o credor fiduciário, no caso de alienação fiduciária
em garantia e o arrendador, no caso de arrendamento mercantil.
d) É pessoalmente responsável pelo pagamento do IPVA o adquirente do veículo, em relação a fato gerador
anterior ao tempo de sua aquisição.
17. (SEFAZ-RO/FGV/2018/Adaptada) Júlio vendeu seu carro a José, deixando de comunicar a venda ao
DETRAN/AC. Só o fez quatro anos mais tarde, quando recebeu citação em processo de execução fiscal,
pelo não pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) do veículo.
a) da arrematação.
b) da transação.
c) do desembaraço aduaneiro.
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d) do pagamento.
e) da aquisição.
a) o valor médio de mercado, conforme anualmente divulgado pelo Poder Executivo estadual antes do início
do ano-calendário.
b) o valor constante no documento fiscal de compra do veículo, incluído o valor de opcionais e acessórios.
c) o valor de mercado do modelo do veículo, de acordo com a tabela FIPE vigente à data do fato gerador.
20. (SEFAZ-RS/CESPE/2019) De acordo com a legislação do Acre, no caso de aquisição de veículo novo, o
IPVA incidirá apenas de forma parcial e será
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d) considerado contribuinte de direito do IPVA, sem incidência de responsabilidade solidária nem subsidiária.
e) considerado contribuinte do IPVA até a data da entrega do veículo ao adquirente, não respondendo por
dívida posterior à transmissão da posse direta.
22. (SEFAZ-RS/CESPE/2019/Adaptada) De acordo com as disposições da Lei do IPVA do Acre a respeito das
alíquotas de IPVA, assinale a opção correta.
a) A alíquota para veículos usados é menor que aquela para veículos novos.
b) A alíquota para veículos movidos a etanol é menor que aquela para veículos movidos a gasolina.
c) A alíquota para veículos automotores considerados de luxo é maior que aquela aplicável aos demais
automóveis.
d) A alíquota para ônibus e caminhões é menor que aquela aplicável a veículos de passeio.
e) Automóveis com menor emissão de poluentes fazem jus à alíquota reduzida, desde que devidamente
certificados pela autoridade de trânsito.
b) é o contribuinte do tributo.
c) não possui responsabilidade em relação ao valor do imposto, devendo o espólio figurar em dívida ativa.
e) não possui responsabilidade, pois o veículo não está registrado em seu nome no órgão de fiscalização de
trânsito.
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24. (SEFAZ-CE/CESPE/2021) O IPVA não incide sobre os veículos automotores que integrem o patrimônio
das autarquias municipais.
25. (SEFAZ-CE/CESPE/2021) Os veículos movidos a motor elétrico são isentos de IPVA, desde que tenham
potência inferior a cinquenta cilindradas.
b) o proprietário que alienar ou transferir o veículo, em relação aos débitos posteriores ao registro do
evento.
c) o proprietário do veículo, em relação aos débitos incorridos desde o momento da compra até o momento
da venda.
e) a pessoa que tomar em locação veículo para uso neste Estado, em relação aos fatos geradores ocorridos
nos exercícios anteriores.
a) automóvel de passeio, rodoviário, utilizado para transporte urbano, suburbano ou interurbano de até oito
pessoas, nas categorias táxi ou aplicativo (transporte contratado por meio de aplicativos), limitado a um
veículo por pessoa.
b) veículo terrestre do tipo ambulância ou de uso no combate a incêndio, desde que sejam veículos
destinados a serviços públicos.
d) embarcação, pertencente a pescador profissional, desde que utilizado em atividade relacionada a pesca e
limitada a um veículo por pessoa.
e) veículo terrestre furtado, roubado ou sinistrado com perda total, a partir do mês seguinte ao da ocorrência
do furto ou roubo até o mês anterior ao de devolução do veículo ao proprietário e da efetiva baixa de
circulação do veículo sinistrado junto ao órgão de trânsito.
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28. (SEFAZ-AM/FGV/2022/Adaptada) Um hospital particular no Acre foi autuado pela Receita Estadual
pela falta de recolhimento do IPVA de suas ambulâncias, sob a alegação de que tem tido prejuízo nos
últimos anos.
a) Assiste razão ao hospital, porque se tem tido prejuízo não pode ser obrigado a pagar o IPVA.
b) Não assiste razão ao hospital, pois só as ambulâncias de entidades sem fins lucrativos têm isenção de
IPVA.
e) Não assiste razão ao hospital, pois não há isenção de IPVA para nenhuma ambulância.
c) Não terá isenção, pois claramente cobrará diárias de pelo menos quatro taxis.
30. (SEFAZ-AM/FGV/2022/Adaptada) O governo federal resolve criar uma universidade federal no Acre, e
o faz, tornando-a uma autarquia.
Em relação ao IPVA, assinale a opção que indica a situação tributária dos veículos utilizados nas atividades
essenciais desta universidade.
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GABARITO
1. C 12. E 23. D
2. E 13. E 24. V
3. D 14. B 25. F
4. C 15. E 26. D
5. E 16. E 27. D
6. D 17. C 28. C
7. F 18. C 29. A
8. F 19. A 30. E
9. D 20. B 31. B
10. E 21. A
11. E 22. D
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