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Rocha
SEFAZ-AC - Legislação Tributária do
Estado do Acre - 2023 (Pós-Edital)
Autor:
Eduardo Da Rocha, Fábio Dutra,
Rafael Rocha (Caverna) , Equipe
Legislação Específica Estratégia
Concursos
29 de Dezembro de 2023
1 – Introdução ................................................................................................................. 2
2 – O ITCMD na Constituição Federal e na visão do STF ............................................ 3
3 – Da Competência e da Incidência ............................................................................ 8
4 – Momento da Ocorrência do Fato Gerador ........................................................... 18
5 – Da Não Incidência e da Isenção ............................................................................ 21
6 – Sujeição Passiva ...................................................................................................... 28
7 – Base de Cálculo e Alíquota .................................................................................... 33
8 – Da Constituição do Crédito Tributário, da Avaliação Administrativa, do
Lançamento, dos Prazos de Recolhimento e da Fiscalização .................................... 44
9 – Penalidades ............................................................................................................. 52
10 – Do Parcelamento .................................................................................................. 58
11 – Das Obrigações de Terceiros .............................................................................. 61
12 – Bateria de Questões ............................................................................................. 65
13 – Lista de Questões ................................................................................................. 73
14 - Gabarito ................................................................................................................. 78
15 - Bibliografia............................................................................................................. 79
1 – INTRODUÇÃO
A nossa presente aula vai tratar do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de
Quaisquer Bens ou Direitos. Chamado de ITCMD, ITCD (ficaremos com essa, pois é a que está na
nossa lei), ITD, ICD e IHD.
Costumo dizer que esse imposto é “8 ou 80”. Ou você paga muito feliz (por receber uma
doação, por exemplo) ou muito triste (em decorrência do óbito de algum parente muito próximo ou
de uma separação).
No Brasil o ITCMD é cobrado desde a época de D. João VI. Em 1809, foi criada a décima de
heranças e legados, a sisa dos bens de raiz e a meia sisa dos escravos (5% sobre o valor do escravo
herdado ou doado), tendo sido consideradas as primeiras formas de tributação sobre a transmissão
da propriedade. Ainda há alguns advogados “da velha guarda” que se referem ao ITCMD como sisa.
Ao longo das nossas Constituições houve diversas alterações nos impostos sobre a transmissão
da propriedade. Com a promulgação da atual Carta Magna de 1988, houve a manutenção do previsto
no texto constitucional antecessor, relativamente à competência estadual e distrital para a exação
sobre a transmissão causa mortis e inter vivos a título gratuito (doação) de bens imóveis, abarcando
inclusive a tributação dos bens móveis. Aos Municípios foi conferida a competência para tributar as
transmissões imobiliárias inter vivos a título oneroso (que, antes da atual Constituição, também
estavam sujeita à tributação pelo Estado).
Diferentemente do ICMS, que possui diversos dispositivos no texto constitucional, o ITCMD
possui pouca coisa prevista na nossa Carta Magna. Vejamos.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I – transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos.
§ 1º O imposto previsto no inciso I:
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação
do bem, ou ao Distrito Federal;
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar
o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal;
2) arrolamento: forma mais simples e rápida de partilhar os bens do falecido onde alguns atos
processuais realizados no inventário são dispensados (depende da concordância dos herdeiros
quanto à partilha dos bens).
Feita essa diferenciação, vamos a um resumo do que dispõe o § 1º do art. 155, da CF/88:
BENS SUJEITO ATIVO
Estado (ou DF) onde estiver situado o
Imóveis (e respectivos
bem (regra válida para transmissões causa
direitos)
mortis ou por doação
Na doação: Estado (ou DF) onde tiver
Móveis, títulos e
domicílio o doador
créditos (e respectivos
direitos) Na transmissão causa mortis: Estado
(ou DF) onde se processar a sucessão
No caso de bem móvel a regra muda. O imposto será devido ao Estado do domicílio do doador
(nas transmissões por doação, obviamente) ou onde se processar o inventário ou arrolamento
(nas transmissões causa mortis).
Exemplo) Dimulé, morador de Porto Acre-AC, doou um carro licenciado no Rio de Janeiro-RJ a
um amigo, morador de Porto Velho-RO. Qual é o Estado competente para exigir o ITCMD ?
Como o doador está no AC, será esse o Estado competente para cobrar e fiscalizar o ITCMD.
Exemplo) Dimulé, morador de Niterói-RJ, recebeu de herança após o falecimento de seu irmão,
que morava em Sena Madureira-AC (onde foi realizado o inventário), um carro licenciado em
Palmas-TO. Qual é o Estado competente para exigir o ITCMD ?
Como o inventário foi realizado no AC, será esse o Estado competente para cobrar e fiscalizar
o ITCMD.
III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar:
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior;
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário
processado no exterior;
Em relação a esse tema, é muito importante conhecer que os Estados e o Distrito Federal
sempre legislaram sobre o assunto de forma plena, com base na competência concorrente prevista
no art. 24, I, c/c parágrafo 3º, da CF/88. Todavia, no dia 26/02/21, o Supremo concluiu o julgamento
do RE 851.108/SP, sob o rito da repercussão geral, no qual se discutia a possibilidade de os Estados
instituírem o ITCD sobre recebimento (doações e heranças) provenientes do exterior, ante a
inexistência de lei complementar sobre o tema, com base na já referida competência concorrente.
A matéria foi objeto do tema 825, tendo sido fixada a seguinte tese: “é vedado aos Estados e ao
Distrito Federal instituir o ITCD nas hipóteses referidas no art. 155, § 1º, III, da Constituição Federal
sem a intervenção da lei complementar exigida pelo referido dispositivo constitucional”.
O que a maioria do Egrégio Tribunal entendeu foi que a lei complementar a que se refere o art.
155, § 1º, III, da CF/88, não trata de normas gerais e, por isso, não haveria que se falar no uso da
competência concorrente pelos Estados. Ou seja, seria uma lei necessária a tratar de um assunto
específico que foi reservado à lei complementar pelo texto constitucional. Diferente, por exemplo,
da lei complementar a que se refere o art. 146, III, da CF/88, que trata de normas gerais.
Quanto à modulação de efeitos da decisão, também por maioria, ficou decidido que o acórdão
produzirá efeitos a contar de sua publicação, ressalvando as ações ajuizadas pendentes de
julgamento. Ou seja, os contribuintes que possuíam ações ajuizadas sobre a matéria, cujo mérito
ainda esteja pendente de análise judicial, terão direito a pleitear a repetição do indébito tributário.
Ok, o STF decidiu isso mesmo, mas guie-se, sempre, pelo que estiver previsto na legislação
tributária. A nossa disciplina é “legislação tributária estadual”. Se o dispositivo não foi revogado,
ele segue válido. Siga essa orientação para qualquer aula de qualquer curso de legislação tributária
estadual. “Ah, tem uma súmula do STF ou do STJ que é diferente do que está previsto na legislação”.
Fique com a legislação, SEMPRE !
O Senado Federal, por meio da Resolução 09/92, estipulou a alíquota máxima de 8% para o
ITCMD.
Por fim, vamos dar uma olhada em alguns entendimentos do STF acerca do nosso imposto
(para fins de prova objetiva, relevância quase nula).
Principais Súmulas do STF:
112: O imposto de transmissão causa mortis é devido pela alíquota vigente ao tempo da
abertura da sucessão.
113: O imposto de transmissão causa mortis é calculado sobre o valor dos bens na data da
avaliação.
114: O imposto de transmissão causa mortis não é exigível antes da homologação do cálculo.
115: Sobre os honorários do advogado contratado pelo inventariante, com a homologação do
juiz, não incide o imposto de transmissão causa mortis.
331: É legítima a incidência do imposto de transmissão causa mortis no inventário por morte
presumida.
590: Calcula-se o imposto de transmissão causa mortis sobre o saldo credor da promessa de
compra e venda de imóvel, no momento da abertura da sucessão do promitente vendedor.
3 – DA COMPETÊNCIA E DA INCIDÊNCIA
A partir de agora, vamos “embarcar” na legislação acreana (ainda que o novo acordo
ortográfico diga que o correto é “acriano”, há uma lei estadual que definiu a forma “acreano” como
o gentílico oficial local), de fato.
Para o estudo no ITCMD, precisaremos abordar – ainda que de forma superficial – alguns
pontos do Direito Civil. Já na incidência precisamos definir alguns institutos para melhor esclarecer
os dispositivos.
a) Sucessão legítima: é a que decorre da lei (Código Civil, no caso). Ocorre quando não há um
testamento válido deixado pelo de cujus.
b) Sucessão testamentária: como já diz o nome, é aquela na qual o de cujus deixa um
testamento (ato de última vontade).
c) Sucessão provisória: é aquela processada nos termos dos arts. 26 a 36 do Código Civil (CC).
Basicamente, ela se dá quando há a declaração de ausência de determinada pessoa. É uma
presunção de que tal pessoa faleceu.
Vemos, portanto, que de acordo com o art. 2º, I, qualquer uma das espécies de transmissões
causa mortis ensejará a incidência do imposto. Importante destacar que o parágrafo 6º dispõe que,
caso de aparecimento do ausente, fica assegurada a restituição do imposto recolhido em
decorrência de sucessão provisória. Ou seja, se a pessoa dada como ausente – nos termos do art. 22
do CC – retornar, naturalmente, a sucessão provisória que foi processada perde o sentido (afinal o
ausente está vivo). Nesse caso, serão restituídos a ele os bens partilhados (art. 36 do CC) e o imposto
pago também será restituído aos herdeiros.
Os demais incisos do art. 2º, bem como todos os outros contidos no parágrafo 3º do mesmo
artigo, apenas listam uma série de bens e direitos que se sujeitam à incidência do imposto. Não
decorem isso. Saibam que a incidência do ITCMD se dá em relação a quaisquer bens ou direitos
transmitidos, exceto aqueles previstos dentre as hipóteses de não incidência, que veremos no art.
5º e os direitos reais de garantia, como prevê o art. 3º, V. Reparem que CF/88 em seu art. 156, II,
exclui da incidência do ITBI (incidente sobre transmissões inter vivos, onerosas, de bens imóveis e
seus direitos) os direitos reais de garantia.
E em relação ao ITCMD, há disposição semelhante no texto constitucional ?
Não !!! A CF/88 não exclui da incidência do ITCMD tais direitos, como fez com o ITBI. Mas a lei
acreana o faz.
Vale destacar, ainda, o inciso IV, que fala da incidência do ITCMD sobre o montante acumulado
na provisão constituída com os aportes financeiros realizados em planos de previdência privada e
seguro de pessoas nas modalidades de PGBL, VGBL ou semelhantes, decorrente de resgate
promovido pelos beneficiários em razão do falecimento do participante ou segurado na fase de
diferimento do plano. Ou seja, o imposto não incide sobre o prêmio pago com o falecimento do
autor da herança, mas sim sobre os aportes que ele fez em vida. Essa fase de diferimento
compreende o período entre a data do início do plano, em que são efetivadas as contribuições e
acumulados os juros, até a data contratualmente prevista para início do pagamento do benefício.
O parágrafo 2º traz um nome que pode ter chamado atenção: fideicomisso. Basicamente, o
instituto do fideicomisso – arts. 1.951 a 1.960 do Código Civil - é uma operação em que o “de cujus”
(antes de morrer, é claro) nomeia, por testamento, um herdeiro ou legatário (fiduciário) para
receber parte da herança que posteriormente será repassada a uma terceira pessoa
(fideicomissário). Essa é a instituição do fideicomisso. A substituição de fideicomisso (em que
também ocorre a transmissão de bens), em regra, dar-se-á por ocasião da morte do fiduciário.
Ocorrem dois fatos geradores, em dois momentos distintos: o primeiro no ato em que ocorre a
transmissão dos bens e direitos ao fiduciário (que coincide com o momento da morte do testador)
e o segundo no momento em que ocorrer a transmissão ao fideicomissário, que normalmente se dá
com a morte do fiduciário (ou no termo final do prazo indicado no testamento). Veremos mais
adiante que o fiduciário e o fideicomissário são contribuintes do imposto (o primeiro na instituição
e o segundo na substituição do fideicomisso).
O parágrafo 4º A antecipação da legítima, a herança, o legado, ainda que gravados, e a doação
com encargo sujeitam-se ao imposto como se não o fossem. Ou seja, ainda que recaia sobre os bens
transmitidos por herança ou legado alguma cláusula de incomunicabilidade ou impenhorabilidade,
por exemplo, eles serão tributados pelo ITCMD. Da mesma forma, uma doação com encargo (p.ex.:
eu doo o carro para você, mas toda sexta-feira, você precisará me levar ao médico para fazer minhas
consultas regulares), também será alcançada pelo imposto.
Art. 3º Para efeitos desta Lei Complementar considera-se doação qualquer ato ou fato
em que o doador, por liberalidade, transmite bens, vantagens ou direitos de seu
patrimônio, ao donatário que a aceita, expressa, tácita ou presumidamente, incluindo-se
as doações efetuadas com encargos, ônus e o adiantamento da legítima, em especial nos
casos de:
I – cessão gratuita a qualquer título, inclusive de herança ou legado;
II – revogação ou reversão de doação ou cessão;
III – excesso de meação ou quinhão quando, na divisão do patrimônio comum ou partilha,
em sucessão causa mortis, dissolução de sociedade conjugal ou de união estável,
alteração do regime de bens ou dissolução de condomínio, associação, sociedade
empresarial ou civil, qualquer dos cônjuges, companheiros, herdeiros, condôminos,
associados ou quotistas receber montante que exceda a meação, quinhão, quota ou
fração ideal a que fazem jus;
IV – permuta, quando uma das partes receberem montante que exceda o recebido pela
outra parte;
V – instituição gratuita de quaisquer direitos reais sobre coisa alheia, exceto os de
garantia;
VI – doação do direito de superfície;
VII – transmissão onerosa da propriedade ou a instituição onerosa de direito real em
favor de pessoa que não comprove o pagamento por meio de recursos próprios;
VIII – transmissão onerosa de bem ou direito na situação em que uma pessoa os adquire
de outrem e o pagamento é efetuado por um terceiro que age como interveniente
pagador, expressa ou implicitamente;
IX – o valor recebido em contrato de empréstimo firmado entre ascendente e
descendente ou entre empresa e sócio com ausência de:
O art. 3º fala das doações. Doação é qualquer transmissão inter vivos gratuita de bens móveis,
imóveis e direitos a eles relativos. Memorizem esse conceito em vez de tentar decorar todos os
incisos do dispositivo.
Reparem que a doação consiste num ato em que o doador, por livre e espontânea vontade
(sem esperar nada em troca), transfere bens (ou direitos) a um beneficiário (= donatário). Esse
beneficiário precisa receber o bem, seja de forma expressa, tácita ou presumida. Ou seja, se eu doo
um valor a um terceiro e este recusa, não há que se falar em doação. Por fim, que a doação, ainda
que feita com encargo ou ônus, fica sujeita à incidência do imposto, assim como o adiantamento de
legítima (quando o futuro herdeiro recebe parte de sua herança “antes da hora”).
Exemplo) Dimulé, já adoecido e moribundo, optou por antecipar parte da herança a um de
seus filhos (José), relativamente às cotas de capital social de uma empresa de que ambos eram
sócios, para evitar qualquer prejuízo operacional, em decorrência de seu falecimento (ou um “olho
grande” por parte dos demais herdeiros). Nesse caso, ele antecipa a legítima (ou parte dela) a um
de seus filhos e será devido, nesse momento, o ITCD pela doação. Quando Dimulé vier a falecer, esse
bem será levado à colação (art. 2.002 do Código Civil) para fins de apuração dos quinhões devidos a
cada um dos herdeiros (afinal de contas, José já recebeu parte da herança que lhe cabia).
Também é doação o excesso não oneroso na partilha de patrimônio comum. Esse excesso
pode ser dar por ocasião da partilha de bens, seja num processo de dissolução de sociedade de fato
(por separação/divórcio), seja num processo de inventário. Temos, ainda, a hipótese de extinção do
condomínio. O condomínio é quando duas ou mais pessoas possuem parte (fração ideal) de um
mesmo bem, seja ele móvel ou imóvel. Há uma série de regras sobre o condomínio no Código Civil
(a partir do art. 1.314). Mas basta que vocês entendam a lógica do caso. Ora, se o condomínio for
extinto e cada um sair exatamente com a sua quota-parte, não há que se falar em incidência do ITCD,
pois não há recebimento de valor algum. Reparem que nas transmissões causa mortis e por doação,
o beneficiário – recebedor – sempre “se dá bem” e aumenta o seu patrimônio. No caso da extinção
do condomínio, só haverá benefício em favor de alguém, caso essa pessoa fique com valor maior
que a quota-parte devida, por extinção do condomínio.
Os incisos VII, VIII e XI equiparam à doação os atos praticados, de forma onerosa, em favor de
pessoas sem capacidade financeira.
Exemplo) Dimulé resolve comprar um imóvel no valor de R$ 1.000.000,00 em nome de seu
filho, Júnior, recém-casado para dar uma “força” a ele. Júnior tem 20 anos, está no último ano de
estágio da faculdade, nunca trabalhou na vida e só recebe uma mixaria do estágio. Nesse caso,
Dimulé, para evitar comprar o imóvel e ter que doá-lo, optou por fazer a compra diretamente no
nome do seu filho. Nesse caso, ainda que conste da escritura de compra e venda o nome de Júnior,
o Fisco considerará que houve uma doação de Dimulé para que o imóvel fosse comprado.
Temos, ainda, a renúncia translativa como hipótese de doação. Ao falar da renúncia
translativa, automaticamente, já falaremos da outra espécie de renúncia, que configura uma
situação de não incidência do ITCMD.
Há duas espécies de renúncia: a abdicativa (não incide o ITCMD – art. 5º, I) e a translativa
(incide o ITCMD, por ser uma doação). Na abdicativa, o herdeiro recusa a herança por completo,
sem fazê-lo em relação a determinados bens ou em favor de determinadas pessoas. Ou seja, ele não
renuncia apenas em relação a um ou outro bem e nem em favor de uma determinada pessoa (p.ex.:
um dos filhos renuncia à sua parte num imóvel, em favor da mãe).
Se o herdeiro renunciar em favor de alguém, ou apenas em relação a determinados bens,
presume-se que ele aceitou a sua parte da herança e está a transferindo a terceiro. Nesse caso, há
a renúncia translativa e, consequentemente, incidirá o ITCMD, tanto na transmissão causa mortis
(pela aceitação da herança), quanto na transmissão inter vivos (já que os bens que forem
destinados aos demais herdeiros/meeiro serão tidos como doados pelo herdeiro renunciante).
Atenção aos incisos IV, IX e XIV:
Inciso IV => Permuta. Essa é uma clássica hipótese de incidência do ITBI, caso se refira a bens
imóveis. Mas, aqui, você vai ficar com o ITCMD. Inclusive, nas permutas, a lei determina que a base
de cálculo será a diferença entre imóveis com valores distintos (art. 21, § 14).
Inciso IX => Empréstimo entre ascendente e descendente ou entre empresa e sócio com
ausência de:
a) prazo de devolução do empréstimo;
b) remuneração do capital;
c) correção monetária;
d) registro do contrato de empréstimo;
Nesse caso, na prática, muitos pais dizem emprestar dinheiro para os filhos quando, na
verdade, estão dando o valor. Então, se não houver um contrato devidamente registrado, o Fisco
considerará que é uma elusão fiscal e exigirá o ITCMD.
Inciso XIV => Remissão de dívida. Ideia bem parecida com a do inciso IX. O pai faz o empréstimo
todo certinho, mas, num momento futuro, perdoa a dívida. Ou seja, na verdade, a ideia inicial era a
de dar o dinheiro para o filho. Repare que, aqui, o negócio não precisa ter sido celebrado entre
ascendente e descendente.
Por fim, o parágrafo 3º traz um comando interessante: uma retratação de doação já lavrada e
transcrita/registrada (ou seja, precisa ter sido feita por instrumento público) é tida como nova
doação.
Exemplo) Dimulé faz uma doação, por escritura pública, de seu Porsche para o seu filho
Dimenina que acabou de completar 18 anos. 3 meses depois, Dimenina resolve devolver o carro para
Dimulé, pois ele não queria mais mixaria e comprou sua própria Ferrari. Nesse caso, a retratação da
doação é tida como nova doação, tributada pelo ITCMD, e não uma mera devolução do bem ao
Dimulé.
Art. 8º O imposto de que trata esta Lei Complementar é devido ao Estado do Acre quando:
I – os bens imóveis localizarem-se no seu território;
II – os bens móveis, títulos, créditos, ações, quotas e valores, de qualquer natureza, bem
como dos direitos a eles relativos, forem transmitidos em decorrência de inventário ou
arrolamento processado neste Estado;
III – o herdeiro ou legatário for domiciliado neste Estado, no caso de transmissão de bens
móveis, títulos, créditos, ações, quotas e valores, de qualquer natureza, bem como dos
direitos a eles relativos e:
a) o inventário ou arrolamento tiver sido processado no exterior;
b) o de cujus era residente ou domiciliado no exterior, ainda que o inventário ou
arrolamento tenha sido processado no país;
IV – os bens móveis, títulos, créditos, ações, quotas e valores, de qualquer natureza, bem
como dos direitos a eles relativos, forem transmitidos por pessoa sem residência ou
domicílio no país e o donatário for domiciliado neste Estado.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, também, à transmissão de direitos.
Vamos, agora, à parte tenebrosa da nossa lei complementar. Os inciso I e II do art. 8º apenas
reproduzem dispositivos constitucionais que já vimos. Com base neles, temos o seguinte:
Local
Bens Móveis Onde se processar
inventário ou
(Sucessão) arrolamento
Perceberam que não coloquei nada sobre a sujeição ativa do ITCMD no caso de doação de bens
móveis ? Isso se deve a um simples motivo: não há qualquer previsão nesse sentido na nossa lei.
Confesso que dentre as legislações de mais de 20 Estados (além do DF) que já vi e/ou escrevi, nunca
tinha me deparado com um caso desses. Pior, a lei anterior a essa (LC 271/2013) previa a incidência
normalmente. Não dá para saber se o legislador “deu mole” ou se quis aliviar a tributação em razão
da pandemia da COVID-19 (já que a LC 271 é de dezembro de 2020). Acredito fortemente na primeira
opção. “Ah, professor, será que a banca vai se ligar nesse erro ?”. Não sei, sinceramente. Recomendo
que “guardem na manga” a regra prevista na CF/88, acerca da sujeição ativa na transmissão por
doação de bens móveis.
Vamos, portanto, à novidade:
Em que pese o entendimento do STF fixado no tema 825 de RG, os incisos III e IV preveem a
incidência do imposto em situações envolvendo o exterior.
Assim, com base na legislação acreana (mas guardem a regra da CF/88, como “plano B”),
basta memorizar o esquema abaixo que vocês resolverão todas as questões sobre o assunto.
Bens Local do
Imóveis Bem
Local
Onde se
processar
inventário ou
arrolamento
Bens Móveis
(Sucessão)
Domicílio do Se de cujus no
Herdeiro, exterior ou
Legatário ou inventário no
local da exterior
tranferência
Exemplo) Dimulé, morador de Rio Branco-AC, doou um imóvel localizado em Paris a seu irmão,
morador de São Paulo-SP. Qual é o Estado competente para exigir o ITCMD ?
PEGADINHA ! Não há Estado competente para exigir o ITCMD. Afinal, o imposto é devido ao
Estado da localização do bem imóvel e o doador reside no país. Cuidado com essa situação.
Muita atenção: a banca gosta de confundir casos de não-incidência com os de isenção (que
veremos ao comentar o art. 4º da Lei). Não errem isso na prova, por favor !
Comecemos pelas hipóteses de não incidência:
No inciso I do art. 5º, nenhuma novidade, pois falamos sobre a renúncia abdicativa (ou “pura
e simples”). Vocês se recordam ? Vamos recapitular:
Art. 1.804 - Aceita a herança, torna-se definitiva a sua transmissão ao herdeiro, desde a
abertura da sucessão.
Parágrafo único. A transmissão tem-se por não verificada quando o herdeiro renuncia à
herança;
uma doação da 10 desses equipamentos a uma escola, não haverá incidência do imposto. Isso é algo
raro de vermos nas legislações estaduais.
O inciso III, nós já comentamos: é o caso da extinção de condomínio, quando todos os
condôminos recebem valor equivalente à sua cota-parte. É como numa separação de um casal, em
que ambos os separandos recebam o valor da meação.
O inciso IV traz um caso que é “famoso” nas leis estaduais sobre o ITCMD: o seguro de vida.
A lei acreana – a meu ver, corretamente – deixou de fora da incidência do imposto o
recebimento do capital segurado pelos beneficiários, em razão do falecimento do “de cujus”. Sabem
qual é a lógica disso ? É que o referido capital não é considera um bem do “de cujus” (como os
demais que integram o espólio) que será transmitido aos herdeiros. Ele, desde a formalização do
contrato, é um bem do(s) beneficiário(s).
O inciso V traz mais um caso de não incidência. O espólio é o conjunto de bens, direitos e
obrigações deixados pelo “de cujus”. Ocorre que, a partir da abertura da sucessão, o espólio pode
continuar recebendo frutos. Por exemplo: um aluguel relativo a um imóvel que integre o espólio do
“de cujus” representa uma renda que está sendo gerada após a morte em favor dos herdeiros. Esse
aluguel não é considerado herança para fins de ITCMD, mas sim um rendimento do espólio, uma vez
que o lançamento do imposto deve se reportar à data da ocorrência do fato gerador, que é a data
da abertura da sucessão (= morte).
O inciso VI traz a não incidência do ITCMD sobre a chamada vintena testamentária. “O que é
isso, Rafael ?”. Vamos dar uma rápida bisbilhotada no art. 1.987 do Código Civil:
Art. 1.987 - Salvo disposição testamentária em contrário, o testamenteiro, que não seja
herdeiro ou legatário, terá direito a um prêmio, que, se o testador não o houver fixado,
será de um a cinco por cento, arbitrado pelo juiz, sobre a herança líquida, conforme a
importância dela e maior ou menor dificuldade na execução do testamento;
O inciso VII traz a não incidência sobre vestuário e utensílio agrícola de uso manual, bem como
de móvel, de pequeno valor, e aparelho de uso doméstico que guarneçam as residências familiares.
Muito cuidado, pois todas as outras legislações que fazem menção a tais bens, os enquadram dentre
as hipóteses de isenção.
O inciso VIII prevê a não incidência do ITCMD sobre o valor referente aos honorários do
advogado contratado pelo espólio para processar o inventário.
Por fim, temos a não incidência do inciso IX, na aquisição por usucapião. Esta é uma espécie
de aquisição (de posse ou propriedade) dita originária. Ou seja, não é um terceiro que está
transmitindo o bem para um terceiro. Num julgado antigo o STF falou sobre essa espécie de
aquisição (à época ITBI e ITCD eram “um só” e pertenciam aos Estados/DF):
“IMPOSTO DE TRANSMISSAO DE IMÓVEIS. ALCANCE DAS REGRAS DOS ARTS. 23, INC. I, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL E 35 DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. USUCAPIAO. A OCUPAÇÃO
QUALIFICADA E CONTINUADA QUE GERA O USUCAPIAO NÃO IMPORTA EM TRANSMISSAO DA
PROPRIEDADE DO BEM. A LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA E VEDADA 'ALTERAR A DEFINIÇÃO, O
CONTEUDO E O ALCANCE DOS INSTITUTOS, CONCEITOS E FORMAS DE DIREITO PRIVADO' (ART. 110
DO C.T.N.). REGISTRO DA SENTENÇA DE USUCAPIAO SEM PAGAMENTO DO IMPOSTO DE
TRANSMISSAO. RECURSO PROVIDO, DECLARANDO-SE INCONSTITUCIONAL A LETRA 'H', DO INC. I,
DO ART. 1., DA LEI N. 5.384, DE27.12.66, DO ESTADO DE RIO GRANDE DO SUL.” (RE 94.580/RS, Rel.
Djaci Falcão, Julgamento em 30/08/1984).
Cuidado, pois o CTE-AC (que não está sendo considerado no nosso curso), em seu art. 66, I,
fala da incidência do imposto nesse tipo de aquisição. Mas, na verdade, o CTE trata do ITBI causa
mortis. Duvido que a banca vá exigir o estudo do ITCMD com base no referido Código.
Por fim, vou falar sobre mais uma situação, não prevista expressamente na nossa lei, mas
decorrente do Direito Civil, em que não há que se falar em incidência do ITCMD por não haver
transmissão alguma. É a transferência de bens comuns do casal, de um cônjuge para outro. Cuidado,
pois a transmissão inter vivos entre cônjuges, de bens e direitos que não sejam comuns do casal, em
razão do regime de casamento, é considerada como doação, tributada pelo ITCMD. Nesse caso,
vale dar uma bisbilhotada nos arts. 1.659 (bens excluídos na comunhão parcial de bens) e 1.668
(bens excluídos na comunhão universal de bens).
Exemplo) Paula e Pedro são casados sob o regime da comunhão parcial de bens. Paula, resolve
doar a Pedro o valor de um fundo de investimento, recebido por herança de seu pai. Nesse caso, de
acordo com o art. 1.659, I, do CC, o referido bem não é comum do casal. Assim sendo, sobre o valor
doado, incidirá normalmente o ITCMD.
Passemos aos casos de isenção, previstos no art. 11. Memorizem todos e saibam distinguir as
isenções aplicáveis às transmissões causa mortis daquelas aplicáveis às transmissões por doação !
Irei comentar aqueles que não são autoexplicativos.
Isenções em transmissões causa mortis:
Inciso I: o imóvel, urbano ou rural, avaliado em até R$ 250.000,00, desde que seja o único do
monte-mor partilhável. Vamos aos detalhes:
- a isenção vale para qualquer imóvel (residencial ou não), urbano ou rural, cujo valor total (e
não somente a parte transmitida) seja de até R$ 250.000,00. Além disso, ele deve ser o único imóvel
do monte-partilhável. Ou seja, é possível que a isenção se aplique, mesmo que haja outros bens,
desde que não sejam imóveis.
Inciso II: o montante do espólio quando avaliado em até R$ 50.000,00. Cuidado aqui ! A isenção
é definida com base no valor do espólio e não no valor do monte-partível ou da legítima dos
herdeiros.
Temos o seguinte:
- Espólio (total dos bens comuns que o falecido possuía com a cônjuge)
- Monte-partível ou monte-partilhável (espólio descontada a meação. Ou seja, espólio/2)
- Legítima (monte-partível dividido pelo número de herdeiros)
Atenção, pois essa isenção vale para quaisquer bens. O que interessa é o valor total do espólio.
Inciso IV: a caducidade ou extinção do fideicomisso, com a consolidação da propriedade na
pessoa do fiduciário ou do fideicomissário. Sinceramente, não vejo qualquer chance desse
dispositivo ser cobrado em prova, senão de forma literal. Afinal, seria preciso conhecer as hipóteses
de extinção/caducidade do fideicomisso, previstas no CC. E isso é assunto de direito civil.
Código Civil:
Art. 1.955. O fideicomissário pode renunciar a herança ou o legado, e, neste caso, o
fideicomisso caduca, deixando de ser resolúvel a propriedade do fiduciário, se não
houver disposição contrária do testador.
Inciso V: a doação de imóvel ocupado por família de baixa renda, destinado à regularização
fundiária e urbanística promovida pelo Poder Público, observada as disposições contidas em
regulamento. Aqui também, cabe a observação de que a isenção não se aplica a qualquer doação de
imóvel efetuada em favor de família de baixa renda. Essa transmissão deve ser relacionada com a
política de regularização fundiária e urbanística promovida pelo Poder Público. Além disso, o imóvel
deve ser ocupado pela família. Não é pegar qualquer imóvel, doar para a família de baixa renda e,
no local, ela exercer atividade comercial, por exemplo.
Inciso VII: a doação de imóvel destinado a programa habitacional promovido pelo Poder
Público, destinado a famílias de baixa renda ou em decorrência de calamidade pública observada as
disposições contidas em regulamento. Isenção muita semelhante à anterior, porém ela visa atender
programa habitacional ou situações decorrentes de calamidade pública.
6 – SUJEIÇÃO PASSIVA
Art. 11. São solidariamente obrigados pelo pagamento dos créditos correspondentes as
obrigações tributárias:
I – as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal;
II – o donatário, quanto ao devido pelo doador residente ou domiciliado no país, inclusive
no tocante à doação ou doações anteriores;
III – o doador residente ou domiciliado fora do país, quanto ao devido pelo donatário.
Art. 21. A base de cálculo do ITCMD é o valor de mercado do bem ou direito, transmitidos
ou doados:
I – determinada, prioritariamente, mediante avaliação administrativa procedida pela
Fazenda Pública;
II – determinada, secundariamente, por avaliação judicial, nos casos em que haja
irreversível discordância entre o valor apurado pela Fazenda Pública e o declarado pelo
contribuinte.
§ 1º Não se procederá à avaliação judicial:
I – quando capazes todas as partes e a Fazenda Pública, intimada na forma da lei
processual, concordar expressamente com o valor atribuído aos bens do espólio; ou
II – se os herdeiros concordarem com o valor dos bens apurado pela Fazenda Pública,
mesmo que implicitamente pelo decurso de prazo previsto em regulamento.
Art. 27. A base de cálculo do ITCMD será atualizada monetariamente, a partir da data da
avaliação administrativa ou judicial até a data do lançamento.
Art. 28. A Fazenda Pública Estadual poderá adotar procedimento eletrônico e simplificado
para determinação da base de cálculo e apuração do imposto, conforme legislação
tributária.
A parte inicial sobre a base de cálculo do imposto é pouco interessante para fins de prova.
O art. 21 dispõe que, preferencialmente, ela será estabelecida mediante avaliação
administrativa procedida pela Fazenda Pública. Porém, havendo irreversível discordância entre o
valor apurado pela Fazenda Pública e o declarado pelo contribuinte, ela será determinada,
subsidiariamente, por avaliação judicial.
Ou seja, se todos os herdeiros concordarem com a avalição feita pela Fazenda, não há
necessidade alguma de ser feita a avaliação judicial.
Essa base de cálculo será atualizada da data da avaliação (e não do fato gerador) até a data do
lançamento.
§ 11. Para apuração da base de cálculo prevista no inciso II deste artigo, o contribuinte ou
responsável legal apresentará à Fazenda Pública balanço patrimonial especialmente
levantado para esse fim, avaliando o ativo imobilizado pelo valor real de mercado.
§ 12. A quota ou título que a represente, descrito no inciso II deste artigo, será avaliada
pelo valor patrimonial real, vedada a avaliação pelo valor nominal ou valor patrimonial
contábil.
§ 13. Para efeitos desta Lei Complementar, considera-se:
I - valor nominal: o valor para cada ação no momento de sua emissão, descrito no estatuto
social da pessoa jurídica;
II - valor patrimonial contábil: o resultado da divisão do patrimônio líquido da pessoa
jurídica pelo número de quotas em que se fraciona o capital social desta, levando-se em
conta o valor nominal;
III – valor patrimonial real: o resultado da divisão do patrimônio líquido da pessoa jurídica
pelo número de quotas em que se fraciona o capital social, levando-se em conta o valor
e os preços atualizados de mercado dos ativos e passivos da empresa.
§ 14. Nas permutas, a base de cálculo será a diferença entre imóveis com valores distintos.
§ 15. Nos casos previstos no art. 3º, III, a base de cálculo será o valor que exceda a meação,
quinhão, quota ou fração ideal a que fazem jus.
Art. 34. Na hipótese de avaliação de bem móvel, regra geral, será considerada a cotação
do mercado.
§ 1º Para semoventes, usa-se a cotação de mercado.
§ 2º Para veículos automotores, usa-se prioritariamente, a tabela do IPVA.
Vamos lá. A regra básica da base de cálculo é o valor venal (= valor de venda/de mercado) do
bem - e seus direitos - expresso em moeda nacional. Esse valor será apurado na data da avaliação.
Na sequência, o legislador traz algumas regras específicas para a apuração da base de cálculo
do ITCMD relativa a determinados bens.
I) Imóveis: em se tratando da transmissão de tais bens, a lei paranaense estabeleceu qual será
o valor a ser considerado como base de cálculo e, eventualmente, o valor mínimo, na ausência do
primeiro valor. Vejamos:
a) Imóveis urbanos: a base de cálculo será a mesma utilizada para fins de tributação
pelo IPTU.
b) Imóveis rurais: a base de cálculo será a mesma utilizada para fins de tributação
pelo ITR.
II) Veículos automotores: aqui, a determinação é no sentido de que o valor mínimo será o
utilizado para fins de tributação pelo IPVA.
III) Títulos e ações negociadas em bolsas de valores: será considerado o valor da cotação na
data da avaliação. Cuidado: a lei não fala em valor da cotação média, de abertura ou de fechamento
do dia (como preveem algumas legislações)! Um detalhe: caso não haja pregão ou oferta dos
título/ações no dia, será considerado o valor da cotação média no dia ANTERIOR. Se também não
resolver, segue retroagindo até 180 dias antes da data da avaliação.
IV) Ação, quota ou títulos que não tenham sido negociados em bolsas de valores nos últimos
180 dias: será considerado o valor patrimonial data da transmissão. Isso é comum na transmissão
de quotas de capital de empresas de capital fechado. Ou seja, tais quotas não são negociadas em
Bolsas de Valores. Nesse caso, a base de cálculo é o valor patrimonial (e não o nominal) real de cada
quota. Porém, se o patrimônio líquido da empresa for negativo, será considerado o valor nominal
das cotas.
O parágrafo 6º fala da situação em que há excedente de meação, em que o patrimônio
partilhado possui bens e direitos localizados em outras unidades federadas. Segue a forma de
apuração da base de cálculo, nesse caso, abaixo:
Sendo:
I = Valor do imposto a ser calculado
Aliq = Alíquota do imposto
QT = Quinhão Total que coube ao cônjuge donatário
qd = Quinhão atribuído ao cônjuge doador
Im = Valor dos bens imóveis localizados no AC
PC = Patrimônio comum
Art. 1.847 - Calcula-se a legítima sobre o valor dos bens existentes na abertura da
sucessão, abatidas as dívidas e as despesas do funeral, adicionando-se, em seguida, o
valor dos bens sujeitos a colação.
O parágrafo 5º fala que na transmissão de bens que tenha tenham sido adquiridos pelo
transmitente na modalidade de consórcio, a base de cálculo será:
i. o valor integral do bem, quando acobertado por seguro total;
ii. o valor das prestações ou quotas pagas até a data do fato gerador, nas demais hipóteses.
Em regra, quando o bem a ser transmitido está financiado ou consorciado a base de cálculo é
somente o percentual das prestações pagas pelo adquirente do bem. Em casos específicos, mesmo
quando o bem for objeto de consórcio ou financiamento, a base de cálculo será o valor integral do
bem. É o caso dos bens com seguro total. Repare que, nesses casos, o bem está totalmente “pago”
– mesmo não tendo sido quitadas todas as parcelas –, mas porque existe um seguro que garante
aquele bem.
Art. 22. Na transmissão de moeda nacional, seja em espécie, saldo em conta corrente ou
aplicação financeira, inclusive na forma de quotas de fundo de investimento, a base de
cálculo é o valor do montante na data do fato gerador, nas transmissões causa mortis, ou
na data do lançamento, nos casos de doação.
Art. 24. A base de cálculo, nos títulos da dívida pública, é o valor da cotação oficial na data
do fato gerador, nas transmissões causa mortis, ou do lançamento, nos casos de doação.
Sobre os arts. 22 a 24, não há nada especial a considerar. Segue abaixo um esquema:
Art. 26. Nas hipóteses a seguir mencionadas, a base de cálculo do imposto é reduzida,
correspondendo à fração respectivamente indicada do valor de mercado do bem:
I – na transmissão não onerosa do domínio útil: 1/3 (um terço);
II – na transmissão não onerosa do domínio direto: 2/3 (dois terços);
III – na instituição do usufruto por ato não oneroso: 1/3 (um terço);
IV – na transmissão não onerosa da nua-propriedade: 2/3 (dois terços);
V – na extinção do usufruto, quando o nu-proprietário não tenha sido o instituidor: 1/3
(um terço).
impõe a coexistência de dois titulares de direito sobre a coisa: o nu-proprietário (quem detém a nua-
propriedade) e o usufrutuário (quem tem direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos
e rendas produzidos pelo bem). Podemos ter a transferência do usufruto, mantendo-se a
propriedade. Ou então, transfere-se a propriedade e mantém-se o usufruto. O mesmo raciocínio
vale para o domínio útil (seria equivalente ao usufruto) e ao domínio direto (equivalente à nua-
propriedade).
Uma dúvida que alguns alunos têm é a seguinte: quando falamos de instituição do usufruto,
entendemos que o detentor da propriedade plena do imóvel institui o usufruto em favor de terceiro.
Ou seja, o proprietário fica com a nua-propriedade e transmite o usufruto para esse terceiro. Quando
falamos de reserva de usufruto, entendemos que o detentor da propriedade plena do imóvel institui
o usufruto para si próprio, transmitindo a nua-propriedade para terceiro.
Portanto, o proprietário do imóvel institui o usufruto (direito real sobre o imóvel) do bem em
favor de terceiro e opta por ficar com a nua-propriedade. A base de cálculo, nesse caso,
corresponderá a 1/3 do valor venal do imóvel. Todavia, se ele optar pela reserva de usufruto e
efetuar a doação da nua-propriedade, a base de cálculo do imposto corresponderá a 2/3 do valor
venal do imóvel. O parágrafo 2º traz algumas das situações previstas no CC que extinguem o
usufruto. Importante saber que, nem sempre, a referida extinção ocorrerá em razão do falecimento
do usufrutuário. E que, na extinção do usufruto, quando o nu-proprietário não tiver sido o instituidor
(ou seja, um caso em que houve a reserva de usufruto e a doação da nua-propriedade), a base de
cálculo corresponderá a 1/3 do valor venal do imóvel.
Por fim, o parágrafo 3º fala da base de cálculo do ITCMD no caso de promessa de compra e
venda, devidamente registrada. Será ela igual à:
i. parte ainda não paga do valor do bem, sendo transmitente o promitente vendedor;
ii. parte já paga do valor do bem, sendo transmitente o promitente comprador.
II – de 5% (cinco por cento) sobre o valor da base de cálculo que exceder R$ 1.500.000,00
(um milhão e quinhentos mil reais) até R$ 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil
reais);
III – de 6% (seis por cento) sobre o valor da base de cálculo que exceder a R$ 2.500.000,00
(dois milhões e quinhentos mil reais) até R$ 3.500.000,00 (três milhões e quinhentos mil
reais);
IV – de 7% (sete por cento) sobre o valor da base de cálculo que exceder R$ 3.500.000,00
(três milhões e quinhentos mil reais);
V – 8% (oito por cento) para transmissão causa mortis a colaterais.
Parágrafo único. Em caso de sobrepartilha que implique a mudança de faixa de alíquotas,
o imposto será recalculado aplicando-se a alíquota correspondente ao total do monte-
mor, com os acréscimos legais, sem prejuízo da aplicação das penalidades cabíveis.
Sinceramente, duvido que seja pedido para calcularem o imposto causa mortis, por dois
motivos:
i. só me recordo de uma questão em que era preciso calcular o imposto, tendo por base
uma legislação prevendo alíquotas progressivas.
ii. não fica claro na lei, se a base de cálculo, para fins de determinação das faixas de
alíquotas, considera o valor da legítima ou o valor do espólio. Especialmente em razão da
redação do inciso I do art. 29: “de 4% (quatro por cento) sobre o valor da base de cálculo
que exceder R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) até R$ 1.500.000,00 (um milhão e
quinhentos mil reais), observada a isenção prevista no art. 4º, I”. Por que essa tributação
não ocorreria abaixo de 50 mil reais ? Pela isenção ? Mas a isenção tem por base o valor
do espólio. Posso ter um espólio de 500 mil reais sendo transmitido a 10 herdeiros (o que
me daria uma base de cálculo, considerando cada fato gerador, de 50 mil reais).
Exemplo) Suponha que Dimulé receba uma doação no valor de R$ 500.000,00. Qual será o
ITCMD devido ?
Aqui é bem mais simples.
Até 25.000,00: 2%.
Entre 25.000,01 – 100.000,00 (intervalo da faixa: 74.999,99): alíquota de 4%
Entre 100.000,01 – 200.000,00 (intervalo da faixa: 99.999,99): alíquota de 6%
A partir de 200.000,01 (no nosso caso, até R$ 500.000,00): alíquota de 8%
Logo, o ITCMD devido, em reais, é:
(25.000,00 x 0,02) + (74.999,99 x 0,04) + (99.999,99 x 0,06) + (299.999,99 x 0,08) = 500 + 3.000
6.000 + 24.000 = 33.500 reais.
Percebam que, para uma mesma base de cálculo, as doações serão mais oneradas pelo ITCMD
do que as transmissões causa mortis.
Recomendo que pensem da seguinte forma: quem “merece” pagar mais imposto ? O filho que
perdeu o pai e está recebendo uma herança que ele nem pediu (e que, provavelmente, preferiria
nem estar recebendo, pois gostaria de ter o pai por perto) ou o filho que recebeu do pai uma Ferrari
0 Km só porque se formou na faculdade ?
Art. 31. O sujeito passivo deverá requerer a abertura do inventário no prazo máximo de
180 (cento e oitenta) dias contados da data da abertura da sucessão.
Art. 32. O sujeito passivo deverá prestar ao Fisco declaração relativa à ocorrência do fato
gerador do ITCMD e aos bens e direitos transmitidos, contendo todas as informações
indispensáveis à efetivação do lançamento, conforme previsto na legislação.
§ 1º Não produzirá efeitos a declaração que não contiver as informações necessárias à
efetivação do lançamento, bem como as declarações realizadas para a simulação do
cálculo do imposto, podendo ser arquivada a qualquer tempo a critério do Fisco.
§ 2º A declaração é obrigatória também nos casos de imunidade, não incidência, isenção
ou suspensão do imposto.
§ 3º A declaração relativa à doação deverá ser prestada pelo donatário ou, caso não
cumprida a obrigação, pelo doador.
§ 4º O sujeito passivo deverá prestar a declaração.
I – no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da:
a) decisão homologatória do cálculo, na transmissão causa mortis que se processe sob o
rito de inventário;
b) sentença homologatória, quando o inventário se processar sob a forma de
arrolamento;
c) sentença de partilha judicial de bens, em especial nos casos de dissolução conjugal,
alteração do regime de bens ou extinção de condomínio;
II – no prazo máximo de 90 (noventa) dias contados da data:
a) do óbito, nas sucessões processadas de forma extrajudicial;
b) em que os bens se tornem passíveis de serem sobrepartilhados, desde que
comprovados os requisitos previstos no Código de Processo Civil;
c) em que ocorrer o fato ou ato jurídico determinante da consolidação da propriedade,
exceto no caso de doação da nua-propriedade;
III – antes da ocorrência da doação, com ou sem a lavratura de instrumento público ou
particular, ainda que fora do Estado do Acre;
IV – na forma e prazos estabelecidos em Portaria do Secretário de Estado da Fazenda, nos
casos previstos no art. 13.
Pessoal, esses prazos e formalidades dos arts. 31 e 32 têm relação direta com as penalidades
que veremos num capítulo específico.
Basicamente, é preciso memorizar alguns prazos, dentre os quais destaco os seguintes:
Art. 40. O imposto, calculado na forma desta Lei Complementar, com os acréscimos
legais, quando for o caso, deverá ser recolhido nos seguintes prazos:
I – nas transmissões causa mortis, o imposto deverá ser recolhido em até 30 (trinta) dias,
contados da notificação, ao sujeito passivo, pela autoridade fazendária;
II – nas transmissões por doação, o imposto deverá ser recolhido:
a) em até 30 (trinta) dias do seu lançamento pela autoridade fazendária e antes da
lavratura do instrumento público;
b) em até 30 (trinta) dias do trânsito em julgado da sentença ou antes da lavratura da
escritura pública, no caso de partilha de bem ou divisão do patrimônio comum;
c) em até 30 (trinta) dias após a lavratura do instrumento particular.
§ 1º Na hipótese de ocorrência de desistência ou renúncia à herança, o imposto deve ser
recolhido no mesmo prazo definido no inciso I.
§ 2º Nas transmissões formalizadas por quaisquer instrumentos, públicos ou particulares,
lavrados fora do Estado, o imposto deverá ser recolhido em até 30 (trinta) dias, contados
da lavratura do ato, do contrato ou da ciência do fato pelo Fisco.
§ 3º A notificação do contribuinte ou responsável legal para o pagamento do imposto,
independente de ordem de preferência, será feita:
Vamos aos prazos para recolhimento do ITCMD, previstos no art. 40. Na verdade, o prazo é
único: 30 dias. O que vai mudar é o momento da sua contagem.
contados da
notificação, ao sujeito
Causa mortis
passivo, pela
autoridade fazendária
contados da
notificação, ao sujeito
passivo, pela
autoridade fazendária,
30 dias no caso de
desistência ou
renúncia à herança
após a lavratura do
instrumento particular
Doação
do trânsito em
julgado da sentença
ou antes da lavratura
da escritura pública,
no caso de partilha
de bem ou divisão
do patrimônio
comum
do seu lançamento
pela autoridade
fazendária e antes da
lavratura do
instrumento público
Porém, se a transmissão for formalizada por qualquer instrumento que tenha sido lavrado fora
do Estado, o imposto deverá ser recolhido em até 30 dias, contados da sua lavratura ou da ciência
do fato pelo Fisco.
Art. 33. A avaliação administrativa da Fazenda Pública para efeitos de apuração da base
de cálculo do ITCMD, sempre que possível, observará os seguintes elementos, dentre
outros, para bens imóveis:
I – forma, dimensão e utilidade;
II – localização;
III – estado de conservação na data da avaliação;
IV – valores das áreas vizinhas ou situadas em zonas economicamente equivalentes;
V – custo unitário de construção para a região;
VI – valores aferidos no mercado imobiliário na data da avaliação;
VII – natureza e a produtividade do solo;
VIII – tipo de edificação;
IX – risco de inundação, desmoronamento, dentre outros, atestados pela Defesa Civil;
X -percentual de terra localizado em Unidades de Preservação Ambiental ou Unidades de
Uso Sustentável declarados em lei;
XI – culturas existentes e número de plantas quando se tratar de cultura permanente,
bem como o valor de jazidas radioativas, térmicas, minerais e outras acessões naturais
que valorizem o imóvel.
Art. 35. Para avaliação de bens imóveis e móveis atípicos, o avaliador da Secretaria de
Estado da Fazenda terá autonomia para definir a melhor metodologia de avaliação e a
forma de apresentação, considerando as particularidades que influenciam no valor, com
observância às disposições contidas em regulamento.
Parágrafo único. Consideram-se bens móveis e imóveis atípicos aqueles que não
comumente encontrados em disponibilidade no mercado, dificultando a determinação
do seu valor de negociação, tais como: postos de gasolina, hotéis e pousadas, escolas e
creches privadas, instalações industriais, galpões de armazenamento, áreas com restrição
legal por tombamento ou limitação de uso e aproveitamento do solo, máquinas agrícolas
e industriais pesadas, balsas e barcos usados, e outros.
Os art. 33, 35 e 36 falam sobre formalidades, relativas à avaliação dos bens, que não vejo maior
relevância para fins de prova. Apenas é válido saber que, caso discorde do arbitramento da base de
cálculo do imposto feito pelo Fisco, o contribuinte poderá apresentar pedido de reavaliação, por
uma única vez, no prazo de 30 dias, contados da data da ciência do laudo de avaliação.
Art. 37. O ITCMD é tributo lançado pela autoridade fiscal tributária, regra geral, com base
na declaração do sujeito passivo e na avaliação judicial ou administrativa dos bens e
direitos transmitidos, conforme previsto no art. 32.
Art. 39. O regulamento deverá definir a forma e os prazos para contestação do valor
apurado ou arbitrado pelo Fisco, concedendo ao contribuinte ou responsável legal o
contraditório e a ampla defesa.
O art. 38 fala das modalidades de lançamento do ITCMD (percebam que não temos o
autolançamento):
a) Regra: por declaração.
b) Exceção: de ofício.
Os parágrafos 6º e 7º são polêmicos (mas você deve considerá-los para sua prova).
O dispositivo extrapola o texto do CTN, ao estipular o marco inicial do prazo decadencial do
ITCMD. Vejamos o que diz a lei geral (CTN):
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5
(cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado;
Perceberam a diferença ? Diversos fiscos estaduais têm exigido o ITCMD referente a fatos
geradores ocorridos a qualquer tempo, inclusive aos que se deram depois de transcorrido o prazo
decadencial, de acordo com a regra do art. 173, I, do CTN. A lei acreana considera que a contagem
do prazo decadencial só é iniciada quando a Fazenda Pública é cientificada da ocorrência do fato
imponível, ficando suspenso até este momento.
O que se questiona aqui é a imposição criada pelo legislador estadual, em desacordo com o
CTN – que é a norma apta a tratar de prescrição e decadência em matéria tributária (art. 146, III,
“b”, da CF/88) –, no sentido de que o sujeito passivo tem a obrigação de dar ciência da ocorrência
do fato imponível, sob pena de o prazo decadencial não ter a sua contagem iniciada.
Mas o que vale para a gente é o que está previsto na lei acreana, certo ? Então vamos ficar
com a literalidade do nosso dispositivo.
Por fim, os arts. 41 e 42 dispõem que os Auditores da Receita Estadual serão responsáveis pela
fiscalização do ITCMD e mencionam as autoridades que poderão designar os referidos fiscais para
exercerem suas atividades. Nada a ensinar. Basta decorar.
9 – PENALIDADES
Art. 43. O descumprimento das obrigações previstas nesta Lei Complementar sujeita o
infrator à aplicação das seguintes penalidades:
I – deixar de requerer a abertura do inventário no prazo previsto no art. 31, multa
equivalente a 200 (duzentas) UPFs;
Art. 31. O sujeito passivo deverá requerer a abertura do inventário no prazo máximo de
180 (cento e oitenta) dias contados da data da abertura da sucessão.
Art. 15, § 2º Fica estabelecido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias ao tabelião, notário,
oficial de registro de imóveis ou seus prepostos para que oficie ao fisco estadual a relação
de desistências de processos de doação ou abandono dos processos de inventário
extrajudicial, sem o pagamento do ITCMD, iniciados sob sua responsabilidade, (...)
Pessoal, o tema “penalidades” quase nunca é cobrado em provas da área fiscal. Pensem em
quantas questões de penalidades relativas ao ICMS vocês já viram nas provas de legislação tributária
estadual. Agora imaginem sobre o ITCMD. A única que me recordo foi uma do ICMS-BA (banca FCC)
de 2019. Duvido que alguém se lembre de ter visto outra (até tem, mas é como “cabeça de
bacalhau”: você nunca viu).
Vejamos um esquema com as infrações e as penalidades:
INFRAÇÃO MULTA
200 UPFs (atenção, pois essa multa é
Não abertura do inventário no prazo
aplicada, ainda que o ITCMD seja recolhido
de 180 dias a contar do óbito
tempestivamente)
i. 100 UPFs: doações extrajudiciais;
ii. 2.100 UPFs por plano de previdência ou
seguro (na hipótese de omissão em
Não apresentação tempestiva da documento entregue ao Fisco): as
declaração do ITCMD sociedades seguradoras autorizadas e
instituições financeiras, nos casos previstos
no art. 13, II (quando são obrigadas a reter
e recolher o imposto);
Por sua vez, o parágrafo 1º, 2º, 3º e 4º trazem disposições gerais sobre as multas. O parágrafo
2º fala das reduções aplicáveis às multas punitivas (ou seja, a redução não se aplica ao total do
crédito tributário, mas apenas ao valor das multas punitivas). São elas:
a) Redução de 50%, se o pagamento ocorrer em até 30 dias da data da ciência da autuação,
desde que não seja apresentada impugnação.
b) Redução de 20%, se o pagamento ocorrer após vencido o prazo acima e até 30 dias contados
da data da ciência do julgamento de 1ª instância que negar provimento à impugnação.
c) Redução de 10%, se o pagamento ocorrer após vencido o prazo acima e até 30 dias contados
data da ciência do julgamento de 2ª instância que negar provimento ao recurso.
O parágrafo 1º traz uma decorebinhas:
ü A aplicação da multa nunca resultará num valor menor que 50 UPFs;
ü Não dispensa o infrator de cumprir a obrigação que tenha sido inobservada (e ensejado
a aplicação da multa);
ü Não é dispensada no caso de pagamento do imposto, caso a infração seja decorrente de
descumprimento de obrigação acessória (foi o que coloquei no quadrinho das multas,
quando mencionei a multa por atraso na abertura do inventário).
10 – DO PARCELAMENTO
Art. 45-A. concessão do parcelamento do crédito tributário não inscrito em dívida ativa
dependerá de requerimento pessoal do interessado dirigido à Secretaria de Estado da
Fazenda.
Parágrafo único. Estando o crédito tributário inscrito em dívida ativa, o pedido de
parcelamento deverá ser dirigido à Procuradoria-Geral do Estado, na forma da Lei
Complementar Estadual nº 316, de 10 de março de 2016.
Art. 46. Em qualquer fase do processo fiscal tendo em vista a origem do crédito tributário
poderá ser autorizado o seu parcelamento.
Art. 49. O sujeito passivo poderá celebrar no máximo dois parcelamentos nos termos
desta Lei Complementar, independentemente do número de parcelas requeridas em
cada parcelamento.
§ 1º Não será autorizado parcelamento de novo crédito tributário se houver parcelas
vencidas do parcelamento anterior.
§ 2º O crédito parcelado não poderá sofrer novo parcelamento nem a inclusão de novos
créditos.
§ 3º A parcela mensal não poderá ter valor inferior a R$ 200,00 (duzentos reais),
ressalvado o caso de ser a última.
Sinceramente, acho pouco provável que seja cobrado algo sobre parcelamento do ITCMD. Este
e o próximo capítulo são os menos relevantes sobre o nosso imposto.
O que você precisa saber sobre o parcelamento do ITCMD ?
Art. 15. Sem o prévio recolhimento integral do imposto, comprovado mediante certidão
de quitação expedida pela Secretaria de Estado da Fazenda, não se fará a lavratura, o
registro ou a averbação, nos termos da lei, dos atos, instrumentos ou títulos relativos à
transmissão de imóveis ou de direitos reais imobiliários, ou à ocorrência de fato ou ato
jurídico determinante da consolidação da propriedade, inclusive formais de partilha e
cartas de adjudicação, bem como os referentes à transmissão de títulos, de créditos, de
ações, de quotas, de valores e de outros bens móveis de qualquer natureza ou de direitos
a eles relativos.
§ 1º Nas doações de bens imóveis processadas na via extrajudicial, havendo herdeiros
necessários, é obrigatória a declaração de que a doação está respeitando a legítima.
§ 2º Fica estabelecido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias ao tabelião, notário, oficial de
registro de imóveis ou seus prepostos para que oficie ao fisco estadual a relação de
desistências de processos de doação ou abandono dos processos de inventário
extrajudicial, sem o pagamento do ITCMD, iniciados sob sua responsabilidade, sendo o
prazo contado a partir da ciência do interessado devidamente habilitado por instrumento
procuratório público ou particular da avaliação da Secretaria de Estado da Fazenda.
§ 3º Nos inventários extrajudiciais são obrigatórios a identificação civil e o endereço
completo, inclusive com o Código de Endereçamento Postal (CEP), de todas as partes,
interessados ou beneficiados pela transmissão ou doação.
Art. 16. Sem o prévio recolhimento do imposto, não se fará a averbação ou registro dos
atos sujeitos à competência da Junta Comercial do Estado do Acre que constituam fato
gerador do imposto.
Parágrafo único. A Junta Comercial do Estado do Estado do Acre enviará, mensalmente,
à Secretaria de Estado da Fazenda informações sobre os atos referidos no caput.
Art. 18. Nos processos por arrolamento comum e sumário, o juízo competente notificará
a Fazenda Pública para ciência e abertura de competente processo administrativo
tributário para apuração do ITCMD ou, conforme o caso, eventual desoneração fiscal.
§ 1º Igual procedimento deve ser adotado para os processos de dissolução conjugal ou
união estável, onde se averiguará eventual excedente à meação.
§ 2º No inventário ou arrolamento por morte de sócio ou acionista de sociedade com fins
lucrativos, a pessoa jurídica fica obrigada a pôr à disposição da Secretaria de Estado da
Fazenda as informações necessárias à apuração dos haveres do sócio ou acionista
falecido.
Art. 19. Serão consignados nos instrumentos públicos, quando ocorrer obrigação de
pagar o imposto antes de sua lavratura, os documentos que comprovem a quitação ou o
reconhecimento de sua desoneração pela Secretaria de Estado da Fazenda.
§ 1º A certidão de quitação terá prazo de validade de 5 (cinco) anos, contados a partir da
emissão da primeira via.
§ 2º Findo o prazo previsto no parágrafo anterior, a certidão perderá seus efeitos.
pessoas relacionadas nos referidos artigos prestem informações ao Fisco do PR sobre situações que
constituam fatos geradores do ITCMD.
“Ah, mas o sujeito passivo não precisa declarar ?”. Sim. Mas nem sempre ele o faz da forma
correta (e, às vezes, nem o faz). As questões de ITCMD praticamente nunca cobram o conhecimento
desses dispositivos relativos às obrigações de terceiros (qualquer que seja a banca). Então não creio
que esse seja um ponto que vocês devam se preocupar muito.
Vamos a um esquema com as obrigações previstas na lei:
Obrigado Obrigação
De acordo com suas atribuições, os
titulares ou responsáveis:
Prestar à SEFAZ, em até 15 dias úteis,
- do Tabelionato de Notas;
quando solicitados, informações referentes
- do Registro de Títulos e
a situações que constituam fato gerador do
Documentos;
ITCMD, bem como exibir à autoridade fiscal
- do Registro Civil das Pessoas
livros, registros, fichas e outros documentos
Jurídicas;
que estiverem em seu poder, bem como
- do Registro de Imóveis;
entregar, se solicitadas, fotocópias ou
- do Registro de Distribuição;
certidões de inteiro teor.
- do Registro Civil das Pessoas
Naturais
i. Não efetuar a lavratura, o registro ou a
averbação, nos termos da lei, dos atos,
instrumentos ou títulos relativos à
transmissão de imóveis ou de direitos reais
imobiliários, ou à ocorrência de fato ou ato
jurídico determinante da consolidação da
propriedade, inclusive formais de partilha e
cartas de adjudicação, bem como os
Tabelião, notário, oficial de registro de referentes à transmissão de títulos, de
imóveis ou seus prepostos créditos, de ações, de quotas, de valores e
de outros bens móveis de qualquer
natureza ou de direitos a eles relativos, sem
o prévio recolhimento integral do imposto,
comprovado mediante certidão de quitação
expedida pela Secretaria de Estado da
Fazenda
12 – BATERIA DE QUESTÕES
Gabarito: Letra A.
03. (SEFAZ-AP/FGV/2010/Adaptada) Assinale uma transmissão que está amparada por isenção do
ITCMD, segundo a lei acreana.
a) ato de renúncia ao legado, quando feito sem ressalva ou condição.
b) sobre o fruto e rendimento do bem do espólio havidos após o falecimento do autor da herança.
c) importância deixada ao testamenteiro, pelo testador, no percentual de 5% sobre a herança
líquida.
d) transmissão causa mortis de vestuário e utensílio agrícola de uso manual, bem como de móvel,
de pequeno valor, e aparelho de uso doméstico que guarneçam as residências familiares.
e) a caducidade ou extinção do fideicomisso, com a consolidação da propriedade na pessoa do
fiduciário ou do fideicomissário.
Comentários:
Gabarito: Letra E.
Comentários:
(a) Correto. Não importa se a sucessão é provisória ou definitiva: ITCMD na cabeça do contribuinte.
(b) Incorreto. O ITCMD incide não importando se a sucessão se deu de maneira testamentária,
legítima, provisória ou definitiva.
(c) Correto. A regra do local para bens imóveis é bem simples: onde ele estiver localizado.
(d) Correto. Se você decorar o esquema não vai errar uma questão de local.
(e) Correto. Pode-se adiantar a parte da legítima ainda em vida através de doação aos herdeiros
necessários. É algo como “não esperar morrer” para dividir. Falamos disso na aula ;)
Gabarito: letra B.
05. (AFRE-MA/FCC/2016) Em 2016, Cássio, domiciliado em Rio Branco/AC, faleceu, deixando sua
esposa Adélia e três filhas: Cristina, Maria e Léa. O total dos bens comuns do casal montava a
importância de R$ 3.060.000,00. De acordo com a legislação civil em vigor na data do óbito, e com
o regime de casamento adotado pelo casal, caberia a Adélia apenas 50% desses bens comuns, a
título de meação, devendo os outros 50% ser divididos igualmente entre as três filhas, de modo a
que cada uma delas recebesse R$ 510.000,00.
Ocorre, todavia, que, feita a partilha, decidiu-se que Adélia receberia bens no valor total de R$
1.600.000,00. Cristina nada recebeu, pois renunciou pura e simplesmente ao quinhão que lhe
caberia como herança, enquanto que Léa ficou com R$ 1.000.000,00, em razão de Maria ter
renunciado a parte de seus bens, em favor da irmã Léa, que os aceitou de bom grado.
O casal não possuía bens imóveis.
Com base nessas informações e na disciplina estabelecida na Lei estadual acreana acerca do
ITCMD, é correto afirmar que
a) a desistência pura e simples de Cristina a seu quinhão não descaracteriza a incidência do ITCMD
sobre ele, devido a título de transmissão causa mortis.
b) o ITCMD devido por Adélia, a título de transmissão causa mortis, incidirá sobre montante de R$
1.600.000,00, quantia por ela recebida.
c) há incidência do ITCMD, devido a título de doação, sobre a importância recebida por Léa, no
montante de R$ 235.000,00.
d) há incidência do ITCMD, devido a título de transmissão causa mortis, sobre a importância de R$
1.000.000,00, recebida por Léa.
e) há incidência do ITCMD, devido a título de transmissão causa mortis, apenas sobre a importância
que coube a Maria na partilha, no importe de R$ 460.000,00.
Comentários:
Um caso prático.
De acordo com a lei civil, a viúva (Adélia) tem direito a receber, a título de meação, metade
do total (R$ 1.530.000,00) e as três filhas (Cristina, Maria e Léa) têm direito a receber 1/3 da outra
metade, o que daria R$ 510.000,00 para cada uma delas.
Mas aí...
Percebam que há uma renúncia adbicativa por parte de Cristina. Então, o novo quinhão que
cabe a cada uma das herdeiras (Maria e Léa) monta em R$ 765.000,00.
e) poderá cobrar ITCMD apenas sobre o imóvel localizado no AC, havendo somente um fato gerador.
Comentários:
Pessoal, os bens deixados são imóveis. Logo, só nos interessa saber a sua localização. Um está
em SC e outro no AC. Já sabemos que somente sobre esse último será devido o ITCMD para o Acre.
Com isso, eliminamos as opções A, B e C.
Para “o 10”, bastava saber que a quantidade de fatos geradores corresponde à quantidade
de herdeiros. Já vimos isso em outra questão. Assim sendo, apesar de ser um imóvel, como temos 4
herdeiros, 4 também serão os fatos geradores.
Gabarito: letra D.
==590be==
07. (AFRE-RJ/FGV/2007) Será objeto de recolhimento do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis
e Doação − ITCMD:
a) A dação em pagamento.
b) A aquisição de imóvel por usucapião..
a) aplicáveis sobre o valor venal dos bens ou direitos objetos da transmissão são as vigentes na data
do pagamento a ser efetuado pelo sujeito passivo.
b) são não-cumulativas.
d) são progressivas.
e) são seletivas.
Comentários:
(a) Incorreto. A alíquota vigente, para qualquer tributo, é a vigente à data da ocorrência do fato
gerador.
(d) Correto.
Gabarito: Letra D.
09. (Inédita/2023) João, casado com Maria, falece e deixa 5 bens imóveis, sendo 3 no Estado do
MS e 2 no AC. O casal possui 3 filhos: Marcos, Pedro e Paulo. Nesse caso, pode-se afirmar que:
a) Há 2 fatos geradores do ITCD causa mortis.
b) Há 3 fatos geradores do ITCD causa mortis.
c) Há 4 fatos geradores do ITCD causa mortis.
d) Há 6 fatos geradores do ITCD causa mortis.
Era preciso saber, apenas, que a quantidade de fatos geradores corresponde à quantidade de
herdeiros dos bens deixados por João (no caso, são três: Marcos, Pedro e Paulo).
Gabarito: Letra B.
b) o doador, na doação.
c) o espólio, na sucessão provisória.
d) o testamenteiro, na sucessão testamentária.
e) o fiduciário, na instituição do fideicomisso.
Comentários:
Bastava saber que os contribuintes serão os recebedores dos bens e direitos transmitidos:
Gabarito: Letra E.
13 – LISTA DE QUESTÕES
03. (SEFAZ-AP/FGV/2010/Adaptada) Assinale uma transmissão que está amparada por isenção do
ITCMD, segundo a lei acreana.
a) ato de renúncia ao legado, quando feito sem ressalva ou condição.
b) sobre o fruto e rendimento do bem do espólio havidos após o falecimento do autor da herança.
c) importância deixada ao testamenteiro, pelo testador, no percentual de 5% sobre a herança
líquida.
d) transmissão causa mortis de vestuário e utensílio agrícola de uso manual, bem como de móvel,
de pequeno valor, e aparelho de uso doméstico que guarneçam as residências familiares.
e) a caducidade ou extinção do fideicomisso, com a consolidação da propriedade na pessoa do
fiduciário ou do fideicomissário.
05. (AFRE-MA/FCC/2016) Em 2016, Cássio, domiciliado em Rio Branco/AC, faleceu, deixando sua
esposa Adélia e três filhas: Cristina, Maria e Léa. O total dos bens comuns do casal montava a
importância de R$ 3.060.000,00. De acordo com a legislação civil em vigor na data do óbito, e com
o regime de casamento adotado pelo casal, caberia a Adélia apenas 50% desses bens comuns, a
título de meação, devendo os outros 50% ser divididos igualmente entre as três filhas, de modo a
que cada uma delas recebesse R$ 510.000,00.
Ocorre, todavia, que, feita a partilha, decidiu-se que Adélia receberia bens no valor total de R$
1.600.000,00. Cristina nada recebeu, pois renunciou pura e simplesmente ao quinhão que lhe
caberia como herança, enquanto que Léa ficou com R$ 1.000.000,00, em razão de Maria ter
renunciado a parte de seus bens, em favor da irmã Léa, que os aceitou de bom grado.
O casal não possuía bens imóveis.
Com base nessas informações e na disciplina estabelecida na Lei estadual acreana acerca do
ITCMD, é correto afirmar que
a) a desistência pura e simples de Cristina a seu quinhão não descaracteriza a incidência do ITCMD
sobre ele, devido a título de transmissão causa mortis.
b) o ITCMD devido por Adélia, a título de transmissão causa mortis, incidirá sobre montante de R$
1.600.000,00, quantia por ela recebida.
c) há incidência do ITCMD, devido a título de doação, sobre a importância recebida por Léa, no
montante de R$ 235.000,00.
d) há incidência do ITCMD, devido a título de transmissão causa mortis, sobre a importância de R$
1.000.000,00, recebida por Léa.
e) há incidência do ITCMD, devido a título de transmissão causa mortis, apenas sobre a importância
que coube a Maria na partilha, no importe de R$ 460.000,00.
d) poderá cobrar ITCMD apenas sobre o imóvel localizado no AC, havendo quatro fatos geradores.
e) poderá cobrar ITCMD apenas sobre o imóvel localizado no AC, havendo somente um fato gerador.
07. (AFRE-RJ/FGV/2007) Será objeto de recolhimento do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis
e Doação − ITCMD:
a) A dação em pagamento.
a) aplicáveis sobre o valor venal dos bens ou direitos objetos da transmissão são as vigentes na data
do pagamento a ser efetuado pelo sujeito passivo.
b) são não-cumulativas.
d) são progressivas.
e) são seletivas.
10. (Inédita/2023) João, casado com Maria, falece e deixa 5 bens imóveis, sendo 3 no Estado do
MS e 2 no AC. O casal possui 3 filhos: Marcos, Pedro e Paulo. Nesse caso, pode-se afirmar que:
a) Há 2 fatos geradores do ITCD causa mortis.
b) Há 3 fatos geradores do ITCD causa mortis.
c) Há 4 fatos geradores do ITCD causa mortis.
d) Há 6 fatos geradores do ITCD causa mortis.
14 - GABARITO
01 A 02 B 03 E 04 B 05 C 06 D 07 E
08 D 09 B 10 E
15 - BIBLIOGRAFIA
ACRE. LEI COMPLEMENTAR Nº 373, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2020 – Dispõe acerca do Imposto sobre
a Transmissão Causa Mortis e Doação, de Quaisquer Bens ou Direitos – ITCMD. Disponível em: <
http://sefaz.acre.gov.br/2021/?p=5118 >