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Aula 01

TJ-CE (Técnico Jud. - Área Judiciária)


Código de Divisão e Organização
Judiciária 2022 (Pré-Edital)

Autor:
Tiago Zanolla

06 de Janeiro de 2022

.
Índice
1) Da Divisão Judiciária (Arts. 4º ao 20)
..............................................................................................................................................................................................3

2) Da Divisão Judiciária (Arts. 4º ao 20) - Questões Comentadas


..............................................................................................................................................................................................
22

3) Da Divisão Judiciária (Arts. 4º ao 20) - Questões Apresentadas em Aula


..............................................................................................................................................................................................
41

4) Dos Serviços Auxiliares (Arts. 77 a 81 e 96 a 133)


..............................................................................................................................................................................................
51

5) Arts 1º a 20, 77 a 81 e 96 a 133 - Questões Comentadas


..............................................................................................................................................................................................
58

6) Arts 1º a 20, 77 a 81 e 96 a 133 - Lista de Questões


..............................................................................................................................................................................................
82

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

É uma imensa satisfação saber que você aprovou nosso curso e assim recebê-lo em nossa aula 01.
Certamente você fez a escolha certa! Isso será perceptível no decorrer das aulas, na medida em que
formos desenvolvendo os assuntos.

Assim, nós assumimos com você o compromisso de possibilitar uma preparação sólida, por meio de um
material de alto nível e 100% focado em seu concurso. Não espere nada menos do que o nosso melhor!

Hoje, efetivamente, iniciaremos o estudo da Lei n.º 16.397/2017. Para deixar nossa aula mais objetiva,
mais produtiva e menos “enrolativa”, não vou ficar alongando naquilo que é desnecessário para o curso
de legislação. Isso seria extremamente contraproducente. Explico. Nós veremos muitos, mas muitos
conceitos da área do direito processual. Por mais que eu gostaria de detalhar cada um, seria inútil para
fins de concurso público e estaríamos lhe vendendo um curso sem muita utilidade para sua prova. Para
nosso nível de questões (que não é magistratura), o examinador vai cobrar o rito, estrutura e quem faz
o que, e não o significado e aprofundamento de cada item.

Talvez, nas questões de direito processual em específico o examinador cobre alguma coisa
aprofundada, mas, acredite, para a prova de LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA (nossa matéria ☺), você nem
precisa saber o que é um habeas corpus, mandado de injunção, ação monitória ou o significado do vasto
número de competências que veremos ao longo das aulas. Para entender isso por completo, seria
necessário um bom e extenso curso de direito (possivelmente vários meses de estudo). Portanto, mais
uma vez, atenha-se ao rito e não ao ato processual em si.

Assim, vamos trabalhar de forma mais direta, sistematizando o código. Presumo, assim, que nosso
curso será mais didático e produtivo.

Outro fato que merece destaque é que existe um número ínfimo de questões anteriores. Por esse
motivo, a maioria de questões aplicadas serão inéditas.

Era isso.

Mãos à obra!

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DA DIVISÃO JUDICIÁRIA (ART. 4º AO 20-A)


A Lei n.º 16.397/2017 dispõe sobre a organização judiciária do Estado do Ceará, como já sabemos,
trata da estrutura e o funcionamento do Poder Judiciário e de seus serviços auxiliares, observados os
princípios definidos nas Constituições Federal e Estadual.

Mas, o que isso quer dizer?

CRIAÇÃO - Existem requisitos mínimos para a criação de vara judicial ou de comarca;


ALTERAÇÃO - O Judiciário é mutável, está em constante alteração. A população cresce, as
cidades crescem e, naturalmente, a demanda pelo judiciário também. Por isso, o CODJ traça
requisitos para a alteração da organização judiciária;
EXTINÇÃO - Assim como as cidades crescem, elas podem diminuir. Imagine uma cidade que vive
do garimpo e, de repente, a mina é fechada. Haverá um êxodo da população. A cidade que tinha
antes, por exemplo, 50 mil habitantes, passa a ter 20 mil. Naturalmente, a estrutura do judiciário
para atender uma população de 20 mil habitantes é diferente da de 50 mil. Por isso, as unidades
judiciárias e comarcas podem ser extintas1.
CLASSIFICAÇÃO - As comarcas são classificadas de acordo com o movimento forense, densidade
demográfica, rendas públicas, meios de transporte, situação geográfica, extensão territorial e
outros fatores de relevância;
AGRUPAMENTO - Diz respeito à junção de duas ou mais unidades judiciárias em virtude do
movimento forense não comportar unidade autônoma.

Se pudéssemos definir em termos simples, a divisão judiciária limita a atuação de cada magistrado a
determinado espaço geográfico (limita a competência).

Por exemplo, o Tribunal de Justiça do Estado do Ceará exerce legitimamente sua jurisdição no Estado
do Ceará. Naturalmente, pela extensão territorial do estado, este é fracionado para que cada Juiz atue
em determinado território. Assim, um Juiz que atua na cidade de Juazeiro do Norte, exercerá sua
jurisdição nos limites territoriais da Comarca de Juazeiro do Norte.

1
Resolução n. 184/2013 do CNJ.
Art. 9º Os tribunais devem adotar providências necessárias para extinção, transformação ou transferência de
unidades judiciárias e/ou comarcas com distribuição processual inferior a 50% da média de casos novos por
magistrado do respectivo tribunal, no último triênio.

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Essa divisão é importante, pois garante o acesso à justiça pelos jurisdicionados (população). Imagine
como seria difícil ter que ir do interior do estado para a capital.

A divisão judiciário garante o “fracionamento” do território do Estado, garantindo que toda população
tenha acesso ao judiciário (pelo mesmo em tese).

E como o judiciário cearense se divide? O artigo 4º responde:

Art. 4º O território do Estado do Ceará, para fins de administração do Poder Judiciário


estadual, divide-se em comarcas sedes e comarcas vinculadas, as quais, por sua vez, se dividem em
distritos judiciários, na forma descrita no anexo I desta Lei.

Inicialmente, anote esses itens:

COMARCAS SEDE

DIVISÃO
COMARCAS VINCULADAS
JUDICIÁRIA

DISTRITOS JUDICIÁRIOS

Tem bastante coisa para falar sobre esse artigo.

Em primeiro lugar, o fracionamento é unicamente para fins de administração da Justiça. O Poder


Judiciário é apenas um, formando uma só circunscrição2 judiciária para os atos de competência do
Tribunal de Justiça. Assim, a manifestação de um membro (Juiz ou Desembargador) em um processo,
por exemplo, representa a vontade do Judiciário enquanto instituição e não a vontade de cada
Magistrado.

Em segundo lugar, como regra geral, em cada município haverá a sede de uma comarca, entretanto,
nem todas estão implantadas. Quando não implantadas, são chamadas de comarcas vinculadas.

Art. 6º Em cada município haverá sede de comarca, dependendo a sua implantação do cumprimento
dos requisitos estabelecidos nesta Lei, mediante apuração pelo Tribunal de Justiça.

2
CIRCUNSCRIÇÃO – Divisão territorial para fins administrativos.

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Parágrafo único. Os municípios que não forem sedes de comarcas serão qualificados como
comarcas vinculadas, formando com as respectivas sedes uma única jurisdição, observado o disposto
no art. 12 desta Lei.

A diferença é bastante simples e eu quero que você anote aí o conceito de cada um de acordo com o
CODJ:

FRACIONAMENTO CONCEITO
As comarcas constituem circunscrições com unidades judiciárias implantadas,
observados os requisitos estabelecidos nesta Lei, cujos limites corresponderão aos de
COMARCA SEDE
um município, ou aos de um agrupamento de 2 ou mais deles, caso em que um será
considerado a sua sede, figurando os demais como comarcas vinculadas.
As comarcas vinculadas são circunscrições que correspondem aos municípios que
COMARCA não constituem sedes de comarcas, integrando, enquanto nessa condição, a
VINCULADA jurisdição de comarcas implantadas, a cujo juízo ficam afetos os respectivos serviços
judiciais.
DISTRITOS Os distritos judiciários, integrantes das respectivas comarcas, terão a denominação
JUDICIÁRIOS e os limites correspondentes aos da divisão administrativa dos municípios.

Vamos lá!

Quando você vai ao fórum, pode observar diversas varas judiciais (unidades judiciárias implantas). A
depender de onde você mora, uma vara também pode ser chamada de cartório ou de secretaria (igual
aqui no Paraná). A vara é a menor divisão judiciária e é o local em que muito possivelmente você irá
trabalhar. Essa vara tem um Juiz e a atuação dele se limita à competência da respectiva vara. Não pode
ele, por exemplo, se meter em feitos tramitando em outra Vara.

Bem, todas essas varas de um referido município pertencem a uma Comarca Sede. Dependendo do
tamanho do município, este pode contar com distritos e, em alguns casos, temos um ofício de registro
civil de pessoas naturais e um juizado de paz para atender a população daquela extensão territorial
específica.

Também sabemos que não necessariamente cada município é uma comarca instalada. Podemos ter,
por exemplo, agrupamento de municípios e estes formam uma Comarca, a qual levará o nome do
município-sede (em regra, a maior cidade dentre as agrupadas). As comarcas que não são sede de
comarca são comarcas vinculadas.

Vejamos um exemplo:

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Olhando o mapa, podemos observar que ERERÊ é vinculada a comarca de IRACEMA (município sede).
As comarcas de Milhã e Deputado Irapuan Pinheiro são vinculadas a comarca de Solonópole.

Anote os “conceitos-chave” para reconhecer esses itens em prova:

MUNICÍPIOS COM UNIDADES


COMARCAS SEDE
JUDICIÁRIAS INSTALADAS

DIVISÃO MUNICÍPIOS QUE NÃO SÃO COMARCAS


COMARCAS VINCULADAS
JUDICIÁRIA SEDE

DIVISÃO ADMINISTRATIVA INTEGRANTES


DISTRITOS JUDICIÁRIOS
DAS RESPECTIVAS COMARCAS

Comarcas Vinculadas e Distritos

As comarcas vinculadas têm funcionamento especial.

Art. 12. As comarcas vinculadas são circunscrições que correspondem aos municípios que não
constituem sedes de comarcas, integrando, enquanto nessa condição, a jurisdição de comarcas
implantadas, a cujo juízo ficam afetos os respectivos serviços judiciais.

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O Tribunal de Justiça, por deliberação de seu Órgão Especial (falaremos sobre esse importante órgão
logo mais), observados aspectos como a demanda e a disponibilidade de recursos humanos e materiais
determinará a reunião de todos os acervos processuais para tramitação na comarca sede, ou seja,
na prática, os processos tramitarão e ficarão sob a guarda da Comarca Sede.

Na hipótese da comarca sede contar com mais de uma unidade jurisdicional, o acervo
será distribuído entre elas, observados os mesmos critérios para fixação de suas
competências quanto aos demais feitos.

Funciona assim: nas comarcas de juízo único (apenas uma vara), o magistrado atua com
competência plena em todas as matérias. Então, todo o acervo processual tramitará nessa
vara.

Já nas comarcas com mais de uma vara, as competências serão organizadas de acordo com
a divisão judiciária do estado, ou seja, nós podemos ter, por exemplo, uma Vara com
competência criminal e a outro com competência cível (cível, família, juizados, fazenda
pública etc.).

Nessa hipótese, naturalmente, os feitos criminais serão destinados ao juízo criminal e os


feitos cíveis à vara cível.

Nesse caso (reunião dos processos na comarca sede), será assegurado que o protocolo de petições e
documentos, bem como atendimento ao público, expedição de certidões possam ser feitos tanto
na comarca sede quanto na comarca vinculada.

Art. 14. O Tribunal de Justiça adotará providências para assegurar que as comarcas vinculadas sejam
dotadas de recursos humanos e materiais em volume proporcional à demanda, podendo, para tanto,
firmar convênios com os respectivos municípios e outros entes públicos, regulando, por ato normativo
a ser expedido pelo Órgão Especial, as verbas indenizatórias devidas a magistrados e servidores em
razão dos deslocamentos de sua sede.

Apesar dessa possibilidade, as audiências e/ou quaisquer atos processuais que exijam
comparecimento de pessoas em juízo serão realizados obrigatoriamente na comarca vinculada.

Art. 12. [...]


§ 1º O Tribunal de Justiça, por deliberação de seu Órgão Especial, observados aspectos como a demanda
e a disponibilidade de recursos humanos e materiais determinará a reunião de todos os acervos
processuais para tramitação na comarca sede, assegurando, neste caso, que o protocolo de petições e

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documentos, bem como atendimento ao público, expedição de certidões possam ser feitos tanto na
comarca sede quanto na comarca vinculada.
§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, se a comarca sede contar com mais de uma unidade jurisdicional,
o acervo será distribuído entre elas, observados os mesmos critérios para fixação de suas competências
quanto aos demais feitos.
§ 3º As audiências e/ou quaisquer atos processuais que exijam comparecimento de pessoas em juízo
serão realizados obrigatoriamente na comarca vinculada.
§ 4º A extinção, transformação ou transferência de comarcas somente poderão ocorrer mediante Lei.

protocolo de petições
e documentos

Praticados na comarca
atendimento ao
vinculada ou na comarca
público
sede

Prática de atos no caso expedição de certidão


de reunião de processos
na comarca sede
audiências

Praticados na comarca
vinculada qualquer ato que exija
o comparecimento
das pessoas em juízo

Então, as comarcas vinculadas não têm juiz próprio? Isso mesmo, não tem.

Como funciona então? A prestação jurisdicional na comarca vinculada ficará sob a responsabilidade
de juiz titular de unidade instalada na sede, em sistema de rodízio anual onde houver mais de uma,
ou ainda por juiz auxiliar da respectiva Zona Judiciária, mediante prévia designação do Tribunal de
Justiça em quaisquer dos casos.

Art. 13. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a prestação jurisdicional na comarca vinculada
ficará sob a responsabilidade de juiz titular de unidade instalada na sede, em sistema de rodízio anual
onde houver mais de uma, ou ainda por juiz auxiliar da respectiva Zona Judiciária, mediante prévia
designação do Tribunal de Justiça em quaisquer dos casos.
Parágrafo único. A Corregedoria-Geral da Justiça zelará para que o juiz responsável pela comarca
vinculada nela compareça, no mínimo, a cada 15 (quinze) dias, para a realização de audiências e/ou
quaisquer outros atos necessários para uma célere prestação jurisdicional.

Zona Judiciária? Juiz Auxiliar? “Já já” vamos falar disso, segura as pontas aí. Por hora, anote:

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Comarca sede com Juízo O titular pelo tempo


Único que ali atuar

Atuação nas comarcas Comarca sede com mais


Rodízio anual
vinculadas de um juízo

Juiz Auxiliar da respectiva


Zona Judiciária

A Corregedoria-Geral da Justiça zelará para que o juiz responsável pela comarca vinculada nela
compareça, no mínimo, a cada 15 (quinze) dias, para a realização de audiências e/ou quaisquer
outros atos necessários para uma célere prestação jurisdicional.

Fórum não tem nada a ver com comarca instalada comarca vinculada. Aliás, fórum não é um
item da divisão judiciária do estado.

Utilizamos o temo “fórum” para designar o local em que os serviços judiciários do foro
judicial são prestados.

Nós não podemos confundir as comarcas vinculadas com os distritos. Comarcas vinculadas são
municípios, mas não tiverem a respectiva comarca instalada.

Os Distritos, por sua vez, integram as respectivas comarcas, tem a denominação e os limites
correspondentes aos da divisão administrativa dos municípios (um distrito é justamente a divisão
administrativa dos municípios).

Art. 16. Os distritos judiciários que, a critério do Tribunal de Justiça, atendam a adequados requisitos
populacionais e socioeconômicos, contarão com um ofício de registro civil de pessoas naturais, a ser
criado por lei, e um juizado de paz.
§ 1º Nas comarcas de significativa extensão territorial, cada distrito judiciário disporá, no mínimo, de
um registrador civil das pessoas naturais, instituído por lei de iniciativa do Tribunal de Justiça.
§ 2º Os indicadores de que trata o caput serão considerados com base em dados regularmente
divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, na forma do art. 38 da Lei Federal nº
8.935, de 18 de novembro de 1994.

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Um ofício de registro civil de pessoas naturais é o serviço do foro judicial que faz o que o nome indica:
registra as pessoas. E lá que você celebra casamento, registra nascimentos e óbitos. Também pode
reconhecer a autenticidade de sua assinatura, lavara procurações etc.

O juiz de paz, embora o nome possa confundir, não tem nada a ver com os juízes de direito que atuam
nas varas judiciais julgando processo. O Juiz de paz, conforme indicado pela Constituição Federal, é um
cidadão comum, eleito para um mandato de 4 anos e, em síntese, tem como atividade principal celebrar
casamentos.

Nesse contexto, não confunda juiz de paz com um juiz togado.

O Distrito será considerado instalado com a posse da primeira pessoa que desempenhar a delegação de
oficial do registro civil de pessoas naturais.

§ 3º A instalação do distrito judiciário estará consumada com a posse da primeira pessoa que
desempenhar a delegação de oficial do registro civil de pessoas naturais, após a criação da serventia por
lei e provimento mediante aprovação em concurso público de provas e títulos.

Das Comarcas

Voltando a comarca, a implantação depende do cumprimento dos requisitos estabelecidos nesta Lei.
São vários, mas antes, você precisa saber que as comarcas são classificadas em três entrâncias (não
confunda entrância com instância).

Art. 7º As comarcas classificam-se em 3 (três) entrâncias, denominadas: inicial, intermediária e


final, de acordo com o constante do anexo I, observados, para fins de reclassificação, os critérios
previstos no art. 20 desta Lei.

Esse é um assunto MUITO IMPORTANTE para a prova. As questões de CODJ geralmente abarcam
essa classificação.

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INICIAL

ENTRÂNCIAS INTERMEDIÁRIA

FINAL

A classificação e a reclassificação das Comarcas, por entrâncias, dependerão de lei, e obedecerão a


fatores objetivos, relacionados com a extensão territorial, o número de habitantes, o colégio eleitoral,
o movimento forense e a receita tributária, observados os seguintes critérios:

ALTERAÇÃO DA POPULAÇÃO COLÉGIO


MOVIMENTO FORENSE3
ORGANIZAÇÃO MÍNIMA ELEITORAL
Não inferior a
IMPLANTAÇÃO
15.000 60% da e igual ou superior a 50% por juiz5
NOVA COMARCA
população4
ELEVAÇÃO DE
Média anual igual ou superior a 2.200
INICIAL PARA 30.000 e
feitos
INTERMEDIÁRIA
-
ELEVAÇÃO DE
Média anual igual ou superior a 5.000
INTERMEDIÁRIA 100.000 e
feitos
PARA FINAL

3Média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da implantação, daquela registrada, por juiz, no
âmbito do Poder Judiciário do Estado do Ceará
4Os dados sobre a população e o eleitorado serão os oficialmente apurados e divulgados, respectivamente, pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, e pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará.

5
A aferição do número de demandas será feita pela secretaria do juízo a que pertencer a comarca vinculada,
com base no domicílio de, pelo menos, uma das partes envolvidas nos litígios, lavrando-se certidão que será
acompanhada de relatório consolidado dos feitos identificados como relativos à comarca a ser implantada, para
fins de apreciação pelo Tribunal de Justiça.

O Tribunal de Justiça publicará, em sua página eletrônica, anualmente, até o dia 31 de março, resumo do
quantitativo de casos novos ingressados no último triênio, incluído o resultado do ano imediatamente anterior,
estratificado por zona, comarca e unidade, bem como a média, por magistrado, mediador e conciliador, no
âmbito do Poder Judiciário Estadual.

NOTA: Requisitos alterados pela Lei n. 17.119/19

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O quantitativo de casos novos descritos acima poderá ser alterado, mediante Resolução do Pleno do
Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, com a aprovação por 2/3 (dois terços) de seus membros.

Art. 20-A. A eventual elevação de comarca por ato do Tribunal de Justiça, nos termos do § 4.º
do artigo anterior, não impedirá o pagamento da gratificação de estímulo à interiorização – GEI
–, observado o IDHM previsto no art. 20, § 1.º, da Lei n.º 14.786/2010”.

OBS: Lembre-se que essa lei é de iniciativa privativa do Tribunal.

Preenchidos os requisitos, a elevação de comarcas conforme definida no art. 11 será efetivada,


mediante Resolução do Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, com a aprovação por 2/3
(dois terços) de seus membros, sempre que necessário para a melhoria da prestação jurisdicional.

As mudanças de entrâncias efetivadas pelo Tribunal de Justiça serão comunicadas à


Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, acompanhadas da devida fundamentação técnica
e dos critérios utilizados, conforme disposto neste artigo.

Além disso, há uma regra bem específica acerca das comarcas com mais de 50.000 habitantes:

Art. 8º A distribuição das varas e o número de juízes serão proporcionais à efetiva demanda judicial e à
respectiva população, devendo o Tribunal de Justiça zelar para que todas as comarcas que contem com
mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes tenham, pelo menos, 2 (duas) unidades judiciárias.

No caso da IMPLANTAÇÃO E INSTALAÇÃO DE COMARCA NOVA, o Tribunal de Justiça, após a


deliberação do Tribunal Pleno, providenciará o envio de projeto de lei à Assembleia Legislativa, do
qual deverá constar, também, a proposta de criação dos cargos necessários para prover o juízo a ser
implantado, e dos respectivos ofícios extrajudiciais.

• OBS1: A deliberação de instalação e implantação depende do Tribunal Pleno;


• OBS2: Aprovada pelo Plenário, o Tribunal encaminhará diretamente ao Poder Legislativo a
proposta (não precisa passar pelo Executivo, inicialmente);
• OBS3: Após a entrada em vigor da lei que autorizar a implantação de nova comarca, o Tribunal
de Justiça disciplinará, por meio de resolução, as providências necessárias à respectiva
instalação;

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• OBS4: Quando da instalação de nova comarca, os feitos em tramitação que tenham pelo menos
uma das partes com domicílio na jurisdição da unidade a ser implantada, desde que ainda não
julgados, serão encaminhados para a nova sede do juízo, obedecida a legislação processual em
vigor.
• OBS5: Aos juízes das unidades judiciárias que forem elevadas será assegurado o direito de
permanecerem nas respectivas funções até serem removidos ou promovidos, fazendo jus à
percepção da diferença de subsídios;
• OBS6: Por ocasião do pedido de promoção, os juízes de unidades judiciárias que foram elevadas
poderão requerer que esta se efetive nas unidades de que eram titulares, cabendo ao Órgão
Especial, na mesma sessão, deliberar sobre ambas as pretensões;
• OBS7: Na hipótese de deferimento do pedido de manutenção do magistrado na mesma
unidade, o Órgão Especial deliberará, também na mesma sessão, sobre o provimento da
unidade que permanecer vaga, promovendo um dos candidatos remanescentes, observado o
critério originalmente fixado, seja por antiguidade ou merecimento, procedendo, neste último
caso, à recomposição da lista.

A criação, extinção, transformação, reclassificação ou


transferência de comarcas somente poderão ocorrer mediante
Lei.

Depreende-se que as entrâncias se referem ao tamanho da Comarca. Abaixo, vou replicar alguns
exemplos para você ter uma ideia de como funciona, mas, por favor, nem por decreto papal tente
decorar todos eles (sugiro apenas atenção especial as comarcas de entrância final, pois são em menor
quantidade e mais fácil de internalizar).

ENTRÂNCIA INICIAL ➔ Cidades de menor porte;

Comarcas de Entrância Inicial


Comarcas
Comarcas Sedes Distritos
Vinculadas
Acarape - -
Aiuaba - Barra

Alto Santo Baixio Grande, Batoque, Boa Fé, Bom Jesus,


-
Cabrito, Castanhão
Potiretama Canindezinho
Aracatiara, Garças, Icaraí, Lagoa Grande, Moitas, Mosquito,
-
Nascente, Poço, Comprido, Sabiaguaba
Miraíma Brotas, Poço da Onça, Riachão

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Amontada

ENTRÂNCIA INTERMEDIÁRIA ➔ Cidades de médio porte;

Comarcas de Entrância Intermediária


Comarcas
Comarcas Sedes Distritos
Vinculadas
Acaraú - Aranaú, Juritianha, Lagoa do Carneiro
==1928da==

Barra do Ingá, Ebron, Isidoro, Quincoê, Santa Felícia, Santo


Acopiara
Antônio, São Paulinho, Solidão, Trussu
-

Camará, Caponga da Bernarda, Jacaúna, João de Castro,


Aquiraz
Justiniano de Serpa, Patacas, Tapera
-

Barreira dos Vianas, Cabreiro, Córrego dos Fernandes, Jirau,


Aracati
Mata Fresca, Santa Tereza
-

Ideal, Jaguarão, Jenipapeiro, Lagoa de São João, Milton Belo,


Aracoiaba
Pedra Branca, Plácido Martins, Vazantes
-

ENTRÂNCIA FINAL ➔ Cidades de grande porte (não é só Fortaleza).

Comarcas de Entrância Final


Comarcas
Comarcas Sedes Distritos
Vinculadas
Bom Príncipio, Catuana, Guararu, Jurema, Mirambé, Sítios
Caucaia -
Novos, Tucunduba
Baixio das Palmeiras, Bela Vista, Belmonte, Campo Alegre, Dom
Crato -
Quintino, Monte Alverne, Ponta da Serra, Santa Fé, Santa Rosa.
Fortaleza - Antônio Bezerra, Messejana, Mondubim, Parangaba
Juazeiro do Norte - Marrocos, Padre Cícero
Maracanaú - Pajuçara
Aprazível, Aracatiaçu, Bonfim, Caioca, Caracará, Jaibaras,
Sobral - Jordão, Patos, Patriarca, Rafael Arruda, São José do
Torto, Taperuaba

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Zonas judiciárias

As comarcas do interior do Estado serão agrupadas em zonas judiciárias.

À exceção da Comarca de Fortaleza, as comarcas serão agrupadas em zonas judiciárias, todas dotadas
de juízes auxiliares com jurisdição no território respectivo, cuja atuação dependerá de prévia
designação da Presidência do Tribunal de Justiça.

Art. 10. A composição das zonas judiciárias observará, tanto quanto possível, a regionalização para
fins de planejamento que decorrer de legislação estadual.
Parágrafo único. A zona judiciária poderá ter mais de uma sede, de modo a atender à racionalidade e
à eficiência do serviço.

O juiz auxiliar, na prática, é um juiz que substitui outros juízes em casos específicos. O CODJ traz
algumas diferenças entre os juízes auxiliares da comarca de Fortaleza e do interior do estado.

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Dos Juizados Auxiliares

DOS JUIZADOS AUXILIARES DA COMARCA DE FORTALEZA


Os Juízes de Direito dos Juizados Auxiliares da Comarca de Fortaleza, à exceção dos privativos, atuarão
mediante designação do Diretor do Fórum, observadas as respectivas competências dos juízos nos
quais estiverem desempenhando atribuições de auxílio ou respondência (isso, porque, atuam em
regime de cooperação quando os titulares não estão afastados) e nas demais normas expedidas pelo
Tribunal de Justiça, valendo-se da estrutura funcional daquelas unidades jurisdicionais.

Art. 78. Para o fim de atender situações excepcionais, de modo a garantir


a ininterruptibilidade da prestação jurisdicional, o Juiz Diretor do Fórum da Comarca de
Fortaleza poderá designar os Juízes de Direito dos Juizados Auxiliares para que atuem em
especialidade diversa daquela a que vinculados.

A designação de Juízes de Direito dos Juizados Auxiliares ocorrerá, prioritariamente, nas hipóteses de
vacâncias, licenças médicas por períodos superiores a 30 (trinta) dias, afastamentos para o exercício
de funções administrativas ou convocação por Tribunais quanto aos juízes titulares, como também
para participar de projetos ou programas que tenham por finalidade reduzir taxas de
congestionamento processual (varas que tem muitos processos em andamento) em unidades
específicas ou cumprir metas do Conselho Nacional de Justiça.

Art. 79. Os Juízes de Direito dos Juizados Auxiliares Privativos desempenharão atribuições
exclusivamente nas unidades a que vinculados, independentemente de designação do Diretor
do Fórum, devendo cuidar, por ocasião da elaboração da escala anual, para não programar
férias em períodos coincidentes com os do Juiz Titular.

ANOTE:

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VACÂNCIAS

LICENÇAS MÉDICAS SUPERIORES


A 30 DIAS

PRIORITARIAMENTE
AFASTAMENTO PARA FUNÇÕES
DESIGNAÇÃO DE ADMINISTRATIVAS
JUÍZES DE DIREITO DOS
JUIZADOS AUXILIARES CONVOCAÇÃO POR TRIBUNAIS

CUMPRIR METAS DO CNJ

PARTICIPAR DE PROJETOS OU
PROGRAMAS DE REDUÇÃO DE
TAXA DE CONGESTIONAMENTO

DOS JUIZADOS AUXILIARES DO INTERIOR


Nas Zonas Judiciárias haverá 30 (trinta) Juizados Auxiliares, distribuídos de modo a atender a todo o
território respectivo. O Juiz de Direito do Juizado Auxiliar tem residência na sede da respectiva Zona
Judiciária.

A atuação dos Juízes Auxiliar dar-se-á por designação PRESIDENTE DO TJ nas seguintes hipóteses:

FÉRIAS INDIVIDUAIS
DESIGNAÇÃO DO PRESIDENTE DO TJ

FALTAS

DESIGNAÇÃO DE LICENÇAS
JUÍZES DE DIREITO DOS
JUIZADOS AUXILIARES IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÕES
INTERIOR
VACÂNCIA

COMARCAS VINCULADAS

Art. 97. Compete aos Juízes de Direito dos Juizados Auxiliares substituir, por designação do
Presidente do Tribunal, os titulares de varas ou juizados durantes as férias individuais, faltas,

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licenças, impedimentos e suspeições, no âmbito da respectiva Zona, bem como atuar em razão
de vacância do juízo ou ainda nas comarcas vinculadas.

§ 1º Quando do interesse da justiça, poderão os Juízes de Direito dos Juizados


Auxiliares coadjuvar os Juízes Titulares, na conformidade do que for estabelecido pelo
Presidente do Tribunal de Justiça.

§ 2º Os Juízes de Direito dos Juizados Auxiliares, quando não estiverem respondendo pela
titularidade de qualquer vara ou juizado, funcionarão nas comarcas vinculadas ou em unidades
que registrem maiores taxas de congestionamento, mediante prévia designação.

§ 3º Os Juízes de Direito dos Juizados Auxiliares, quando em substituição, terão


jurisdição plena, respeitadas as normas processuais em vigor.

Anote aí as principais diferenças entre os juízes auxiliares do interior e da capital:

COMARCA DE FORTALEZA DEMAIS COMARCAS


DESIGNAÇÃO Pelo diretor do fórum Pelo Presidente do TJ
HIPÓTESES Substituir, prioritariamente, nas hipóteses de vacâncias, Substituir, os titulares de varas ou
licenças médicas por períodos superiores a 30 dias, juizados durantes as férias individuais,
afastamentos para o exercício de funções faltas, licenças, impedimentos e
administrativas ou convocação por Tribunais quanto aos suspeições, no âmbito da respectiva
juízes titulares, como também para participar de Zona, bem como atuar em razão de
projetos ou programas que tenham por finalidade vacância do juízo ou ainda nas
reduzir taxas de congestionamento processual em comarcas vinculadas.
unidades específicas ou cumprir metas do Conselho
Nacional de Justiça.

DOS JUÍZES SUBSTITUTOS

O Juiz de Direito Substituto terá as mesmas funções, atribuições e competências conferidas aos Juízes
de Direito, e sua jurisdição corresponderá à unidade territorial da comarca para a qual for nomeado.

A substituição dos juízes da Comarca de Fortaleza nos casos de afastamentos, faltas, férias, licenças,
impedimentos e suspeições far-se-á da forma a seguir:

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ORGANIZAÇÃO SUBSTITUIÇÃO
varas especializadas isoladas os juízes serão substituídos por designação do Diretor do Foro;
hipótese de serem apenas 2 (duas) compete reciprocamente, a substituição de um titular pelo outro,
varas especializadas independentemente de designação, salvo nos casos de afastamentos
superiores a 30 (trinta) dias, quando o substituto será designado pelo
Diretor do Foro;
unidades que contem, em regime compete a este a substituição do titular, independentemente de
de atuação privativa, com Juiz de designação e do prazo de afastamento, salvo determinação em
Direito do Juizado Auxiliar, contrário da Diretoria do Foro;
quando existirem mais de 2 (duas) juízes serão substituídos nos casos de faltas, impedimentos,
varas especializadas suspeições e licenças até 30 (trinta) dias, de forma sucessiva e
independentemente de designação, da seguinte forma: o Juiz da 1ª
Vara será substituído pelo Juiz da 2ª Vara; o da 2ª pelo da 3ª, sendo que
o Juiz da última Vara será substituído pelo Juiz da 1ª

Observações:

• Os Juízes dos Juizados Especiais serão substituídos na forma do inciso anterior.


• Nos casos de faltas ou ausências ocasionais do juiz originalmente competente, a atuação do
magistrado em regime de substituição automática deve velar pela ininterruptibilidade da
jurisdição, notadamente diante de casos urgentes, nos quais se apresente risco de perecimento
do direito e, será precedida de certidão exarada pelo Supervisor da Unidade Judiciária
respectiva, a ser acostada aos autos antes da prática de ato pelo substituto, da qual se aviará
cópia à Corregedoria-Geral da Justiça.
• O critério de substituição, regulado no artigo anterior, poderá ser modificado por motivo de
relevante interesse da administração da justiça, competindo ao Diretor do Foro da Capital
alterá-lo.

A forma de substituição é diferente nas comarcas do interior da disposta na Comarca de Fortaleza.

A substituição dos juízes das comarcas do interior nos casos de afastamentos, faltas, férias, licenças,
impedimentos e suspeições far-se-á do seguinte modo (Art. 99):

ORGANIZAÇÃO DA COMARCA SUBSTITUIÇÃO


juízes de comarcas de vara única Serão substituídos por Juiz de Direito do Juizado Auxiliar ou por outro Juiz
da Zona respectiva, designado pelo Presidente do Tribunal
comarcas com 2 (duas)varas Compete, reciprocamente, a substituição de um titular pelo outro,
independentemente de designação, salvo nos casos de afastamentos
superiores a 30 (trinta) dias, quando o substituto será designado pelo
Presidente do Tribunal

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comarcas com 3 (três) ou mais Substituição dar-se-á, de modo sucessivo e independentemente de


varas designação, da seguinte forma: o Juiz da 1ª Vara será substituído pelo Juiz
da 2ª Vara; o da 2ª, pelo da 3ª, sendo que o Juiz da última Vara será
substituído pelo da 1ª, salvo nos casos de afastamentos superiores a 30
(trinta) dias, quando o substituto será designado pelo Presidente do
Tribunal;

Algumas notas sobre a substituição:

• Para efeito de substituição, os Juizados Especiais Cíveis e Criminais são considerados como as
últimas unidades entre as existentes na comarca;
• Por motivo de relevante interesse da administração da justiça, o Presidente do Tribunal de
Justiça poderá dispor de forma diferente da prevista acima para as comarcas com mais de um
juízo, designando outros magistrados em exercício na mesma jurisdição, ou na mesma Zona
Judiciária, conforme o caso, para fins de respondência, recaindo as indicações,
preferencialmente, sobre os Juízes dos Juizados Auxiliares;
• Nos afastamentos superiores a 30 dias, será designado para responder, preferencialmente,
Juiz de Direito do Juizado Auxiliar;
• Nas comarcas de Caucaia, Juazeiro do Norte, Maracanaú, Sobral e Crato, que contam com
unidades especializadas por competências, a substituição automática será regulada por ato do
Tribunal de Justiça, observando-se, tanto quanto possível, a preferência de que magistrados
sejam substituídos por outros da mesma especialidade;
• Nos casos de faltas ou ausências ocasionais do juiz originalmente competente, a atuação do
magistrado em regime de substituição automática deve velar pela ininterruptibilidade da
jurisdição, notadamente diante de casos urgentes, nos quais se apresente risco de perecimento
do direito, e, será precedida de certidão exarada pelo Supervisor da Unidade Judiciária
respectiva, a ser acostada aos autos antes da prática de ato pelo substituto, da qual se aviará
cópia à Corregedoria-Geral da Justiça.

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (TJ-CE – 2018 – IESES) De acordo com o Código de Divisão e Organização Judiciárias do Ceará e
com relação à implantação de comarcas, é correto afirmar:

I. Ser necessária população mínima de 15.000 (quinze mil) habitantes e eleitorado não inferior a 60%
(sessenta por cento) de sua população.

II. Haver registro médio anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da implantação, igual
ou superior a 50% (cinquenta por cento) daquela registrada, por juiz, no âmbito do Poder Judiciário do
Estado do Ceará.

III. Que o Tribunal de Justiça, após a deliberação do Tribunal Pleno, providencie o envio de projeto de
lei à Assembleia Legislativa, do qual deverá constar, também, a proposta de criação dos cargos
necessários para prover o juízo a ser implantado, e dos respectivos ofícios extrajudiciais.

IV. Que após a entrada em vigor da lei que autorizar a implantação de nova comarca, o Tribunal de
Justiça discipline, por meio de resolução, as providências necessárias à respectiva instalação.

Assinale a alternativa correta:

a) Apenas I, III e IV estão corretas.

b) Todas estão corretas.

c) Apenas I e IV estão corretas.

d) Apenas II e III estão corretas.

Comentários

À luz da Lei n. 16.397/2017, vamos analisar as alternativas:

ALTERNATIVA I – Correta.

Art. 17. São requisitos para a implantação de comarcas:

I - população mínima de 15.000 (quinze mil) habitantes e eleitorado não inferior a 60% (sessenta por cento) de sua
população;

ALTERNATIVA II – Correta.

Art. 17. São requisitos para a implantação de comarcas:

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Aula 01 II - haver registrado média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da implantação, igual ou
superior a 50% (cinquenta por cento) daquela registrada, por juiz, no âmbito do Poder Judiciário do Estado do
Ceará.

ALTERNATIVA III – Correta.

Art. 18. Atendidos os requisitos estabelecidos no artigo anterior, o Tribunal de Justiça, após a deliberação do
Tribunal Pleno, providenciará o envio de projeto de lei à Assembleia Legislativa, do qual deverá constar,
também, a proposta de criação dos cargos necessários para prover o juízo a ser implantado, e dos respectivos
ofícios extrajudiciais.

ALTERNATIVA IV – Correta.

Art. 19. Após a entrada em vigor da lei que autorizar a implantação de nova comarca, o Tribunal de Justiça
disciplinará, por meio de resolução, as providências necessárias à respectiva instalação.

GABARITO: Letra B

2. (CESPE – 2008 – TJ-CE)

Considere a seguinte situação hipotética. O prefeito de um município do Ceará reuniu-se com o


presidente do TJCE para tentar viabilizar a implantação de uma comarca em sua cidade em razão da
crescente quantidade de demandas judiciais reprimidas. O município tem uma população de 5.000
habitantes e 800 eleitores inscritos. Nessa situação, o presidente do TJCE, ainda que acolha os
fundamentos do prefeito, não poderá implantar a comarca, pois o município não atende aos requisitos
essenciais estabelecidos em lei para tal implantação.

Comentários

Segundo a lei de organização e divisão judiciárias, são requisitos para implantação de comarca:

Art. 17. São requisitos para a implantação de comarcas:

I - população mínima de 15.000 (quinze mil) habitantes e eleitorado não inferior a 60% (sessenta por cento) de sua
população;

II - haver registrado média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da implantação, igual ou
superior a 50% (cinquenta por cento) daquela registrada, por juiz, no âmbito do Poder Judiciário do Estado do
Ceará.

Portanto, o município não atende os requisitos mínimos essenciais para a implantação da comarca.

GABARITO: Correta

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3. (ESAF – 2002 – TJ-CE – adaptada)

O Código de Divisão e Organização Judiciária do Estado classifica assim as comarcas:

a) Comarcas de primeira, segunda, terceiras entrâncias e de segunda instância.

b) Comarcas de primeira entrância e de segunda instância.

c) Comarcas de entrância inicial, intermediária e especial.

d) Comarcas de entrância inicial, intermediária e final.

e) Comarcas de primeira instância e comarcas especiais.

Comentários

As comarcas são classificadas em entrância inicial, intermediária e final.

Art. 7º As comarcas classificam-se em 3 (três) entrâncias, denominadas: inicial, intermediária e final, [...]

GABARITO: Letra D

4. (Elaborada pelo Professor)

Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção correta no que se refere a organização
judiciária do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

a) O território do Estado do Ceará, para fins de administração do Poder Judiciário estadual, divide-se
em comarcas sedes e comarcas vinculadas, as quais, por sua vez, se dividem em subdistritos judiciários.

b) As comarcas do Estado serão agrupadas em zonas judiciárias.

c) Em cada município haverá sede de comarca, dependendo a sua implantação do cumprimento dos
requisitos estabelecidos na lei de organização e divisão judiciárias, mediante apuração pelo Governo
do Estado.

d) A distribuição das varas e o número de juízes serão proporcionais à efetiva demanda judicial e à
respectiva população, devendo o Tribunal de Justiça zelar para que todas as comarcas que contem com
mais de 30.000 (trinta mil) habitantes tenham, pelo menos, 2 (duas) unidades judiciárias.

e) Os municípios que não forem sedes de comarcas serão qualificados como comarcas vinculadas,
formando com as respectivas sedes uma única jurisdição.

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Comentários

À luz da Lei n.º 16.397/2017, vamos analisar as alternativas:

LETRA A – Errada. Não é subdistritos, mas sim distritos.

Art. 4º O território do Estado do Ceará, para fins de administração do Poder Judiciário


estadual, divide-se em comarcas sedes e comarcas vinculadas, as quais, por sua vez, se dividem em distritos
judiciários, na forma descrita no anexo I desta Lei.

LETRA B – Errada. Somente as comarcas do INTERIOR serão agrupadas em zonas judiciárias.

Art. 5º As comarcas do interior do Estado serão agrupadas em zonas judiciárias.

LETRA C – Errada. A verificação de implantação de comarca é pelo próprio TJ, não pelo governo do
estado.

Art. 6º Em cada município haverá sede de comarca, dependendo a sua implantação do cumprimento dos requisitos
estabelecidos nesta Lei, mediante apuração pelo Tribunal de Justiça.

LETRA D – Errada. Essa é uma regra para quando o município tenha mais de 50 mil habitantes.

Art. 8º A distribuição das varas e o número de juízes serão proporcionais à efetiva demanda judicial e à respectiva
população, devendo o Tribunal de Justiça zelar para que todas as comarcas que contem com mais de 50.000
(cinquenta mil) habitantes tenham, pelo menos, 2 (duas) unidades judiciárias.

LETRA E – Correta.

Art. 12. Parágrafo único. Os municípios que não forem sedes de comarcas serão qualificados como comarcas
vinculadas, formando com as respectivas sedes uma única jurisdição, observado o disposto no art. 12 desta Lei.

GABARITO: Letra E

5. (Elaborada pelo Professor)

Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção correta no que se refere a organização
judiciária do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

a) A composição das zonas judiciárias observará, tanto quanto possível, a centralização para fins de
planejamento que decorrer de legislação estadual.

b) A zona judiciária poderá ter mais de uma sede, de modo a atender à racionalidade e à eficiência do
serviço.

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c) As comarcas constituem circunscrições com unidades judiciárias implantadas, observados os
requisitos estabelecidos em Lei, cujos limites corresponderão aos de um município, ou aos de um
agrupamento de 2 (dois) ou mais deles, caso em que um será considerado a sua sede, figurando os
demais como comarcas não instaladas.

d) À exceção da Comarca de Fortaleza, as comarcas serão agrupadas em zonas judiciárias, todas


dotadas de juízes auxiliares com jurisdição no território respectivo, cuja atuação dependerá de prévia
designação do Diretor do Fórum.

e) No caso das comarcas vinculadas, o Tribunal de Justiça, por deliberação de seu Conselho da
Magistratura, observados aspectos como a demanda e a disponibilidade de recursos humanos e
materiais determinará a reunião de todos os acervos processuais para tramitação na comarca sede,
assegurando, neste caso, que o protocolo de petições e documentos, bem como atendimento ao
público, expedição de certidões possam ser feitos tanto na comarca sede quanto na comarca vinculada.

Comentários

À luz da Lei n.º 16.397/2017, vamos analisar as alternativas:

LETRA A – Errada. A composição das zonas judiciárias visa a regionalização.

Art. 10. A composição das zonas judiciárias observará, tanto quanto possível, a regionalização para fins de
planejamento que decorrer de legislação estadual.

LETRA B – Correta.

Art. 10. Parágrafo único. A zona judiciária poderá ter mais de uma sede, de modo a atender à racionalidade
e à eficiência do serviço.

LETRA C – Errada. A nomenclatura correta é comarcas vinculadas aquelas agrupadas a outras (sempre
se atenha ao nome correto)

Art. 11. As comarcas constituem circunscrições com unidades judiciárias implantadas, observados os requisitos
estabelecidos nesta Lei, cujos limites corresponderão aos de um município, ou aos de um agrupamento de 2 (dois)
ou mais deles, caso em que um será considerado a sua sede, figurando os demais como comarcas vinculadas.

LETRA D – Errada. Na comarca de fortaleza, a designação cabe ao Juiz Diretor do Fórum. Já nas
comarcas do interior, a designação é do Presidente do TJ.

Art. 9º À exceção da Comarca de Fortaleza, as comarcas serão agrupadas em zonas judiciárias, na forma do
anexo II desta Lei, todas dotadas de juízes auxiliares com jurisdição no território respectivo, cuja atuação
dependerá de prévia designação da Presidência do Tribunal de Justiça.

LETRA E – Errada. A deliberação é pelo Órgão Especial.

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Aula 01 Art. 12. § 1º O Tribunal de Justiça, por deliberação de seu Órgão Especial, observados aspectos como a demanda
e a disponibilidade de recursos humanos e materiais determinará a reunião de todos os acervos processuais para
tramitação na comarca sede, assegurando, neste caso, que o protocolo de petições e documentos, bem como
atendimento ao público, expedição de certidões possam ser feitos tanto na comarca sede quanto na comarca
vinculada.

GABARITO: Letra B

6. (Elaborada pelo Professor)

Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção correta no que se refere as Comarcas
Vinculadas.

a) As comarcas vinculadas são circunscrições que correspondem aos municípios que não constituem
sedes de comarcas, integrando, enquanto nessa condição, a jurisdição de comarcas implantadas, a cujo
juízo ficam afetos os respectivos serviços judiciais.

b) As audiências e/ou quaisquer atos processuais que exijam comparecimento de pessoas em juízo serão
realizados obrigatoriamente na comarca sede.

c) A extinção, transformação ou transferência de comarcas somente poderão ocorrer mediante


Resolução do Tribunal Pleno.

d) A Corregedoria-Geral da Justiça zelará para que o juiz responsável pela comarca vinculada nela
compareça, no mínimo, a cada 30 (trinta) dias, para a realização de audiências e/ou quaisquer outros
atos necessários para uma célere prestação jurisdicional.

e) A prestação jurisdicional na comarca vinculada ficará sob a responsabilidade de juiz auxiliar da


respectiva Zona Judiciária, em sistema de rodízio anual onde houver mais de um, ou ainda por juiz
substituto, mediante prévia designação do Tribunal de Justiça em quaisquer dos casos.

Comentários

À luz da Lei n.º 16.397/2017, vamos analisar as alternativas:

LETRA A – Correta.

Art. 12. As comarcas vinculadas são circunscrições que correspondem aos municípios que não constituem sedes de
comarcas, integrando, enquanto nessa condição, a jurisdição de comarcas implantadas, a cujo juízo ficam afetos
os respectivos serviços judiciais.

LETRA B – Errada. As audiências e/ou quaisquer atos processuais que exijam comparecimento de
pessoas em juízo serão realizados obrigatoriamente na comarca vinculada.

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LETRA C – Errada. A extinção, transformação ou transferência de comarcas somente poderão ocorrer
mediante Lei.

LETRA D – Errada.

Parágrafo único. A Corregedoria-Geral da Justiça zelará para que o juiz responsável pela comarca vinculada nela
compareça, no mínimo, a cada 15 (quinze) dias, para a realização de audiências e/ou quaisquer outros atos
necessários para uma célere prestação jurisdicional.

LETRA E – Errada.

Art. 13. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a prestação jurisdicional na comarca vinculada ficará sob a
responsabilidade de juiz titular de unidade instalada na sede, em sistema de rodízio anual onde houver mais de
uma, ou ainda por juiz auxiliar da respectiva Zona Judiciária, mediante prévia designação do Tribunal de Justiça
em quaisquer dos casos.

GABARITO: Letra A

7. (Elaborada pelo Professor)

Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção correta no que se refere a organização
judiciária do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

a) Os distritos judiciários que, a critério do Tribunal de Justiça, atendam a adequados requisitos


populacionais e socioeconômicos, contarão com um ofício de registro civil de pessoas naturais, a ser
criado por lei, e um juizado especial.

b) A instalação do distrito judiciário estará consumada com a posse da primeira pessoa que
desempenhar a delegação de oficial do registro civil de pessoas naturais, após a criação da serventia por
lei e provimento mediante designação em caráter excepcional efetivada pelo Presidente do Tribunal.

c) Atendidos os requisitos estabelecidos no Código de Organização e Divisão Judiciárias, o Tribunal de


Justiça, após a deliberação do Órgão Especial, providenciará o envio de projeto de lei à Assembleia
Legislativa, do qual deverá constar, também, a proposta de criação dos cargos necessários para prover
o juízo a ser implantado, e dos respectivos ofícios extrajudiciais.

d) Após a entrada em vigor da lei que autorizar a implantação de nova comarca, o Tribunal de Justiça
disciplinará, por meio de resolução, as providências necessárias à respectiva instalação.

e) Quando da instalação de nova comarca, os feitos em tramitação que tenham pelo menos uma das
partes com domicílio na jurisdição da unidade a ser implantada, desde que julgados, serão
encaminhados para a nova sede do juízo, obedecida a legislação processual em vigor.

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Comentários

À luz da Lei n.º 16.397/2017, vamos analisar as alternativas:

LETRA A – Errada. Os distritos contarão com um ofício de registro civil de pessoas naturais, a ser criado
por lei, e um juizado de paz.

Art. 16. Os distritos judiciários que, a critério do Tribunal de Justiça, atendam a adequados requisitos
populacionais e socioeconômicos, contarão com um ofício de registro civil de pessoas naturais, a ser criado por lei,
e um juizado de paz.

LETRA B – Errada. O provimento de oficial registrador é mediante concurso público.

Art. 16. § 3º A instalação do distrito judiciário estará consumada com a posse da primeira pessoa que
desempenhar a delegação de oficial do registro civil de pessoas naturais, após a criação da serventia por lei e
provimento mediante aprovação em concurso público de provas e títulos.
==1928da==

LETRA C – Errada. A instalação de comarca depende de aprovação do Tribunal Pleno.

Art. 18. Atendidos os requisitos estabelecidos no artigo anterior, o Tribunal de Justiça, após a deliberação do
Tribunal Pleno, providenciará o envio de projeto de lei à Assembleia Legislativa, do qual deverá constar,
também, a proposta de criação dos cargos necessários para prover o juízo a ser implantado, e dos respectivos
ofícios extrajudiciais.

LETRA D – Correta.

Art. 19. Após a entrada em vigor da lei que autorizar a implantação de nova comarca, o Tribunal de Justiça
disciplinará, por meio de resolução, as providências necessárias à respectiva instalação.

LETRA E – Errada. Os feitos serão encaminhados para a nova sede desde que não julgados.

Art. 19. Parágrafo único. Quando da instalação de nova comarca, os feitos em tramitação que tenham pelo
menos uma das partes com domicílio na jurisdição da unidade a ser implantada, desde que ainda não julgados,
serão encaminhados para a nova sede do juízo, obedecida a legislação processual em vigor.

GABARITO: Letra D

8. (Elaborada pelo Professor)

Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção correta no que se refere a organização
judiciária do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

a) Por motivo de relevante interesse da administração da justiça, o Corregedor-Geral de Justiça poderá


dispor de forma diferente acerca das regras de substituição para as comarcas com mais de um juízo,
designando outros magistrados em exercício na mesma jurisdição, ou na mesma Zona Judiciária,

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conforme o caso, para fins de respondência, recaindo as indicações, preferencialmente, sobre os Juízes
dos Juizados Auxiliares.

b) Nas comarcas do interior, nos afastamentos superiores a 30 dias de Juiz de Direito, será designado
para responder, obrigatoriamente, Juiz de Direito do Juizado Auxiliar;

c) Os serviços auxiliares da justiça são constituídos pelos órgãos que integram os foros judicial,
extrajudicial e arbitral.

d) As Diretorias dos Foros são consideradas como serviços do foro extrajudicial.

e) As secretarias do Tribunal de Justiça são consideradas como serviços do foro judicial.

Comentários

À luz da Lei n.º 16.397/2017, vamos analisar as alternativas:

LETRA A – Errada. Por motivo de relevante interesse da administração da justiça, o Presidente do


Tribunal de Justiça poderá dispor de forma diferente da prevista acima para as comarcas com mais de
um juízo, designando outros magistrados em exercício na mesma jurisdição, ou na mesma Zona
Judiciária, conforme o caso, para fins de respondência, recaindo as indicações, preferencialmente,
sobre os Juízes dos Juizados Auxiliares;

LETRA B – Errada. Nos afastamentos superiores a 30 dias, será designado para responder,
preferencialmente, Juiz de Direito do Juizado Auxiliar;

LETRA C – Errada. Os serviços auxiliares da justiça são constituídos pelos órgãos que integram os
foros judicial e extrajudicial.

LETRA D – Errada. Vide letra E.

LETRA E – Correta. Os serviços do foro judicial compreendem as secretarias do Tribunal de Justiça, as


Diretorias dos Foros e suas respectivas unidades, assim como as secretarias de unidades judiciárias e
juizados.

GABARITO: Letra E

9. (FGV – 2018 – TJ-AL – adaptada)

Em determinada Comarca do interior do Estado, a Seção local da Ordem dos Advogados do Brasil vem
pleiteando a criação de mais uma Vara, diante do alto número de processos judiciais que tramitam
naquela cidade.

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Consoante dispõe o Código de Organização Judiciária do Estado, a viabilidade de tal pleito depende de:

a) resolução do Tribunal de Justiça, bem como que tenha a Comarca extensão territorial pelo menos
equivalente a 150 km, e que o volume de serviços forenses seja correspondente, no mínimo, à
distribuição de duzentos feitos.

b) resolução do Tribunal de Justiça, bem como que tenha a Comarca população de ao menos 10.000
habitantes, com colégio eleitoral não inferior a 5.000 eleitores, e que o volume de serviços forenses seja
correspondente, no mínimo, à distribuição de duzentos feitos.

c) lei da iniciativa do Poder Legislativo.

d) lei da iniciativa do Tribunal de Justiça.

e) lei da iniciativa do Governador do Estado.

Comentários

A criação de unidades judiciárias depende de lei de iniciativa do TJ.

Art. 3º Compete privativamente ao Tribunal de Justiça do Estado do Ceará a iniciativa de lei que disponha sobre a
organização judiciária estadual e a criação de unidades judiciárias, bem como a elaboração de seu regimento interno,
disciplinando a composição e as atribuições de seus órgãos, o processo e o julgamento dos feitos de sua competência e a
disciplina dos seus serviços.

GABARITO: Letra D.

10. (FGV - 2013 - TJ-AM - adaptada)

A divisão judiciária compreende a criação, alteração e a extinção de unidades judiciárias, sua


classificação e agrupamento, e, para fins de administração do Poder Judiciário, o território do Estado
tem como unidades judiciárias:

I. Distritos.

II. Termos Judiciários.

III. Fóruns Regionais.

IV. Comarcas Sede.

V. Comarcas Vinculadas

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Assinale:

a) os Distritos, as Comarcas Sede e as Comarcas Vinculadas.

b) os Fóruns Regionais, os Distritos e as Comarcas.

c) os Distritos, as Comarcas Sede e os Termos Judiciários.

d) os Fóruns Regionais, as Comarcas Sede e as Comarcas Vinculadas.

e) as Comarcas Sede, os Fóruns Regionais e os Termos Judiciários.

Comentários

O território do Estado do Ceará, para fins de administração do Poder Judiciário estadual, divide-se
em comarcas sedes e comarcas vinculadas, as quais, por sua vez, se dividem em distritos judiciários,
na forma descrita no anexo I desta Lei.

COMARCAS SEDE

DIVISÃO
COMARCAS VINCULADAS
JUDICIÁRIA

DISTRITOS JUDICIÁRIOS

GABARITO: Letra A

11. (FGV - 2013 - TJ-AM - adaptada)

As Comarcas Judiciárias do Estado do Ceará são classificadas em entrâncias, denominadas:

a) Entrância Comum, Entrância Final e Entrância Especial.

b) Primeira, Segunda e Terceira Entrância.

c) Entrância Inicial, Intermediária e Final.

d) Entrância Inicial e Entrância Especial.

e) Entrância Comum e Entrância Final.

Comentários

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As comarcas classificam-se em 3 (três) entrâncias, denominadas: inicial, intermediária e final.

INICIAL

ENTRÂNCIAS INTERMEDIÁRIA

FINAL

GABARITO: Letra C

12. (FGV – 2015 – TJ-BA – adaptada)

Conforme estabelece a Organização e Divisão Judiciária do Estado do Ceará, a classificação e a


reclassificação das Comarcas, por entrâncias, dependerão de lei e obedecerão a fatores objetivos. Na
entrância inicial, deve-se observar, entre outros, o seguinte critério:

a) extensão territorial de até 50 m2

b) população de 100.000 (cem mil) habitantes, residindo, pelo menos, 30% (trinta por cento) na
respectiva sede.

c) aforamento anual de aproximadamente 300 (trezentos) feitos de jurisdição contenciosa.

d) receita tributária superior, no mínimo, ao dobro da exigida para a criação do município.

e) colégio eleitoral correspondente a 60% da população.

Comentários

Segundo a lei estadual, na entrância inicial deve ser observado os seguintes requisitos:

ALTERAÇÃO DA POPULAÇÃO COLÉGIO


MOVIMENTO FORENSE1
ORGANIZAÇÃO MÍNIMA ELEITORAL

1Média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da implantação, daquela registrada, por juiz, no
âmbito do Poder Judiciário do Estado do Ceará

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Não inferior a
IMPLANTAÇÃO
15.000 60% da e igual ou superior a 50% por juiz3
NOVA COMARCA 2
população
ELEVAÇÃO DE
Média anual igual ou superior a 2.220
INICIAL PARA 30.000 e
feitos
INTERMEDIÁRIA
-
ELEVAÇÃO DE
Média anual igual ou superior a 5.000
INTERMEDIÁRIA 100.000 e
feitos
PARA FINAL

O único requisito correto acerca das comarcas de entrância inicial é a LETRA E.

GABARITO: Letra E

13. (FGV – 2015 – TJ-BA – adaptada)

A Lei de Organização e Divisão Judiciária do Estado do Ceará dispõe que, para o exercício das atividades
jurisdicionais, o território do Estado constitui seção judiciária única, fracionada, contudo, para efeitos
da administração da Justiça. Nesse contexto, entende-se como:

a) Subseção Judiciária, o agrupamento de Circunscrições Judiciárias;

b) Região Judiciária, o conjunto das Subseções Judiciárias;

c) Zona Judiciária, todas dotadas de juízes auxiliares com jurisdição no território respectivo, cuja
atuação dependerá de prévia designação da Presidência do Tribunal de Justiça.

d) As comarcas vinculadas constituem circunscrições com unidades judiciárias implantadas, observados


os requisitos estabelecidos nesta Lei, cujos limites corresponderão aos de um município, ou aos de um

2 Os dados sobre a população e o eleitorado serão os oficialmente apurados e divulgados, respectivamente, pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, e pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará.

3
A aferição do número de demandas será feita pela secretaria do juízo a que pertencer a comarca vinculada,
com base no domicílio de, pelo menos, uma das partes envolvidas nos litígios, lavrando-se certidão que será
acompanhada de relatório consolidado dos feitos identificados como relativos à comarca a ser implantada, para
fins de apreciação pelo Tribunal de Justiça.

O Tribunal de Justiça publicará, em sua página eletrônica, anualmente, até o dia 31 de março, resumo do
quantitativo de casos novos ingressados no último triênio, incluído o resultado do ano imediatamente anterior,
estratificado por zona, comarca e unidade, bem como a média, por magistrado, mediador e conciliador, no
âmbito do Poder Judiciário Estadual.

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agrupamento de 2 ou mais deles, caso em que um será considerado a sua sede, figurando os demais
como comarcas vinculadas.

e) As comarcas sede são circunscrições que correspondem aos municípios que não constituem sedes de
comarcas, integrando, enquanto nessa condição, a jurisdição de comarcas implantadas, a cujo juízo
ficam afetos os respectivos serviços judiciais.

Comentários

Vamos corrigir as alternativas:

LETRA A e B – Errada. Comarca Sede, Comarca Vinculada e Distrito.

LETRA C – Correta.

Art. 10. A composição das zonas judiciárias observará, tanto quanto possível, a regionalização para fins de
planejamento que decorrer de legislação estadual.

Parágrafo único. A zona judiciária poderá ter mais de uma sede, de modo a atender à racionalidade e à
eficiência do serviço.

LETRA D – Errada. Esse é o conceito de comarca sede.

Art. 11. As comarcas constituem circunscrições com unidades judiciárias implantadas, observados os
requisitos estabelecidos nesta Lei, cujos limites corresponderão aos de um município, ou aos de um
agrupamento de 2 (dois) ou mais deles, caso em que um será considerado a sua sede, figurando os demais
como comarcas vinculadas.

LETRA E – Errada. Esse é o conceito de comarca vinculada.

Art. 12. As comarcas vinculadas são circunscrições que correspondem aos municípios que não constituem
sedes de comarcas, integrando, enquanto nessa condição, a jurisdição de comarcas implantadas, a cujo
juízo ficam afetos os respectivos serviços judiciais.

GABARITO: Letra C

14. (FGV – 2014 – TJ-RJ - adaptada)

Com os olhos voltados à divisão territorial, para fins de administração da Justiça, pode-se afirmar que:

a) as comarcas sempre equivalem a um Município.

b) as comarcas sempre correspondem a um conjunto de Municípios.

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c) cada Vara corresponde a uma comarca.

d) o distrito será instalado com a posse do Juiz de Paz.

e) as comarcas do interior do Estado serão agrupadas em zonas judiciárias.

Comentários

Vamos analisar uma a uma:

LETRA A e B – Errada. As comarcas constituem circunscrições com unidades judiciárias implantadas,


observados os requisitos estabelecidos nesta Lei, cujos limites corresponderão aos de um município, ou
aos de um agrupamento de 2 (dois) ou mais deles, caso em que um será considerado a sua sede,
figurando os demais como comarcas vinculadas.

LETRA C – Errada. As varas integram as Comarcas. Uma comarca pode ter várias varas judiciais.

LETRA D – Errada. O Distrito será considerado instalado com a posse da primeira pessoa que
desempenhar a delegação de oficial do registro civil de pessoas naturais

LETRA E – Correta. As comarcas do interior do Estado serão agrupadas em zonas judiciárias.

GABARITO: Letra E

15. (FGV – 2015 – TJ-RO - adaptada)

Consoante dispõe o Código de Organização e Divisão Judiciária do Estado do Ceará, é um dos requisitos
essenciais para a implantação de Comarca:

a) a existência de população mínima de cinquenta mil habitantes no Município que sediará a Comarca.

b) a arrecadação anual de tributos estaduais não inferiores a cem vezes a média do salário mínimo
regional.

c) o mínimo de nove mil eleitores inscritos.

d) o volume de serviço forense comprovado pelo juiz da Comarca a que pertence o Município, com o
mínimo de trezentos processos ajuizados no ano anterior.

e) a existência de prédios públicos com capacidade e condições para instalação do Fórum, e residências
oficiais para juiz, Promotor e todos os servidores da Justiça.

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Comentários

Eis os requisitos:

Art. 17. São requisitos para a implantação de comarcas:

I - população mínima de 15.000 (quinze mil) habitantes e eleitorado não inferior a 60% (sessenta por cento)
de sua população;

II - haver registrado média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da implantação, igual ou
superior a 50% (cinquenta por cento) daquela registrada, por juiz, no âmbito do Poder Judiciário do Estado
do Ceará.

A opção que se encaixa é a letra C, pois, segundo o COJE, a população mínima é de 15 mil sendo 60%
de eleitores. 60% de 15 mil é nove mil.

GABARITO: Letra C

16. (FGV – 2015 – TJ-PI - adaptada)

Para fins de divisão e organização do serviço, o Estado do Ceará possui uma divisão judiciária. A esse
respeito, é correto afirmar que:

a) a divisão judiciária somente contempla a organização em instâncias;

b) existem comarcas de entrância final, de entrância intermediária e de entrância inicial;

c) as comarcas são sempre classificadas em duas categorias;

d) as Turmas Recursais são órgãos do Tribunal.

e) somente a Capital do Estado é uma comarca de entrância final.

Comentários

Vamos analisar uma a uma:

LETRA A – Errada. A divisão judiciária somente contempla a organização em ENTRÂNCIAS.

LETRA B – Correta.

Art. 7º As comarcas classificam-se em 3 (três) entrâncias, denominadas: inicial, intermediária e final, de


acordo com o constante do anexo I, observados, para fins de reclassificação, os critérios previstos no art. 20
desta Lei.

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LETRA C – Errada. As comarcas são classificadas em TRÊS ENTRÂNCIAS.

LETRA D – Errada. As Turmas Recursais são órgãos do primeiro grau.

LETRA E – Errada. Além de Fortaleza, existem outras comarcas de entrância final.

GABARITO: Letra B

17. (FGV - 2019 - TJ-CE - adaptada) De acordo com a Lei Estadual nº 16.397/17 do Ceará, que dispõe
sobre a organização judiciária do Estado, compreendendo a estrutura e o funcionamento do Poder
Judiciário e de seus serviços auxiliares, são requisitos para elevação de comarca de entrância
intermediária para a final:

a) população mínima de 40.000 (quarenta mil) habitantes; eleitorado não inferior a 70% (setenta por
cento) de sua população; e média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da elevação,
igual ou superior a 1.200 (um mil e duzentos) feitos;

b) população mínima de 50.000 (cinquenta mil) habitantes; eleitorado não inferior a 60% (sessenta por
cento) de sua população; e média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da elevação,
igual ou superior a 1.100 (um mil e cem) feitos;

c) população mínima de 100.000 (cem mil) habitantes e média anual de casos novos, considerado o
triênio anterior ao da elevação, igual ou superior a 5.000 (quatro mil) feitos;

d) população mínima de 200.000 (duzentos mil) habitantes e eleitorado não inferior a 60% (sessenta
por cento) de sua população; ou média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da
elevação, igual ou superior a 8.000 (oito mil) feitos;

e) população mínima de 300.000 (trezentos mil) habitantes e eleitorado não inferior a 60% (sessenta
por cento) de sua população; ou média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da
elevação, igual ou superior a 10.000 (dez mil) feitos.

COMENTÁRIOS

Eis as condições

ALTERAÇÃO DA POPULAÇÃO COLÉGIO


MOVIMENTO FORENSE
ORGANIZAÇÃO MÍNIMA ELEITORAL
Não inferior a
IMPLANTAÇÃO
15.000 60% da e igual ou superior a 50% por juiz
NOVA COMARCA
população

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ELEVAÇÃO DE
Média anual igual ou superior a 2.220
INICIAL PARA 30.000 e
feitos
INTERMEDIÁRIA
-
ELEVAÇÃO DE
Média anual igual ou superior a 5.000
INTERMEDIÁRIA 100.000 e
feitos
PARA FINAL

GABARITO: Letra B

18. (FGV - 2019 - TJ-CE) A Lei Estadual nº 16.397/17 do Ceará dispõe sobre a organização judiciária
do Estado, compreendendo a estrutura e o funcionamento do Poder Judiciário e de seus serviços
auxiliares.

Em matéria de divisão judiciária, o mencionado diploma legal estabelece que:

a) o território do Estado do Ceará, para fins de administração do Poder Judiciário estadual, divide-se em
comarcas simples e comarcas especiais;

b) os municípios que não forem sedes de comarcas serão qualificados como comarcas vinculadas,
formando com as respectivas sedes uma única jurisdição;

c) as comarcas classificam-se em 3 (três) instâncias, denominadas inicial, intermediária e especial, de


acordo com a efetiva demanda judicial;

d) o Tribunal de Justiça zelará para que todas as comarcas que contem com mais de 100.000 (cem mil)
habitantes tenham, pelo menos, 1 (uma) unidade judiciária;

e) a Comarca de Fortaleza será agrupada em zonas judiciárias dotadas de juízes auxiliares com jurisdição
na Capital, cuja atuação dependerá de designação da Presidência do Tribunal.

COMENTÁRIOS

Vejamos a análise de cada item:

LETRA A – ERRADA. Art. 4º O território do Estado do Ceará, para fins de administração do Poder
Judiciário estadual, divide-se em comarcas sedes e comarcas vinculadas, as quais, por sua vez, se
dividem em distritos judiciários, na forma descrita no anexo I desta Lei.

LETRA B – CORRETA. ART. 6º Parágrafo único. Os municípios que não forem sedes de comarcas serão
qualificados como comarcas vinculadas, formando com as respectivas sedes uma única jurisdição,
observado o disposto no art. 12 desta Lei.

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LETRA C ERRADA. Art. 7º As comarcas classificam-se em 3 (três) entrâncias, denominadas: inicial,
intermediária e final, de acordo com o constante do anexo I, observados, para fins de reclassificação,
os critérios previstos no art. 20 desta Lei.

LETRA D ERRADA. - Art. 8º A distribuição das varas e o número de juízes serão proporcionais à efetiva
demanda judicial e à respectiva população, devendo o Tribunal de Justiça zelar para que todas as
comarcas que contem com mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes tenham, pelo menos, 2 (duas)
unidades judiciárias.

LETRA E ERRADA. - Art. 5º As comarcas do interior do Estado serão agrupadas em zonas judiciárias.

GABARITO: Letra B

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QUESTÕES APRESENTADAS EM AULA

1. (TJ-CE – 2018 – IESES) De acordo com o Código de Divisão e Organização Judiciárias do Ceará e
com relação à implantação de comarcas, é correto afirmar:

I. Ser necessária população mínima de 15.000 (quinze mil) habitantes e eleitorado não inferior a 60%
(sessenta por cento) de sua população.

II. Haver registro médio anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da implantação, igual
ou superior a 50% (cinquenta por cento) daquela registrada, por juiz, no âmbito do Poder Judiciário do
Estado do Ceará.

III. Que o Tribunal de Justiça, após a deliberação do Tribunal Pleno, providencie o envio de projeto de
lei à Assembleia Legislativa, do qual deverá constar, também, a proposta de criação dos cargos
necessários para prover o juízo a ser implantado, e dos respectivos ofícios extrajudiciais.

IV. Que após a entrada em vigor da lei que autorizar a implantação de nova comarca, o Tribunal de
Justiça discipline, por meio de resolução, as providências necessárias à respectiva instalação.

Assinale a alternativa correta:

a) Apenas I, III e IV estão corretas.

b) Todas estão corretas.

c) Apenas I e IV estão corretas.

d) Apenas II e III estão corretas.

2. (CESPE – 2008 – TJ-CE)

Considere a seguinte situação hipotética. O prefeito de um município do Ceará reuniu-se com o


presidente do TJCE para tentar viabilizar a implantação de uma comarca em sua cidade em razão da
crescente quantidade de demandas judiciais reprimidas. O município tem uma população de 5.000
habitantes e 800 eleitores inscritos. Nessa situação, o presidente do TJCE, ainda que acolha os
fundamentos do prefeito, não poderá implantar a comarca, pois o município não atende aos requisitos
essenciais estabelecidos em lei para tal implantação.

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3. (ESAF – 2002 – TJ-CE – adaptada)

O Código de Divisão e Organização Judiciária do Estado classifica assim as comarcas:

a) Comarcas de primeira, segunda, terceiras entrâncias e de segunda instância.

b) Comarcas de primeira entrância e de segunda instância.

c) Comarcas de entrância inicial, intermediária e especial.

d) Comarcas de entrância inicial, intermediária e final.

e) Comarcas de primeira instância e comarcas especiais.

4. (Elaborada pelo Professor)

Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção correta no que se refere a organização
judiciária do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

a) O território do Estado do Ceará, para fins de administração do Poder Judiciário estadual, divide-se
em comarcas sedes e comarcas vinculadas, as quais, por sua vez, se dividem em subdistritos judiciários.

b) As comarcas do Estado serão agrupadas em zonas judiciárias.

c) Em cada município haverá sede de comarca, dependendo a sua implantação do cumprimento dos
requisitos estabelecidos na lei de organização e divisão judiciárias, mediante apuração pelo Governo
do Estado.

d) A distribuição das varas e o número de juízes serão proporcionais à efetiva demanda judicial e à
respectiva população, devendo o Tribunal de Justiça zelar para que todas as comarcas que contem com
mais de 30.000 (trinta mil) habitantes tenham, pelo menos, 2 (duas) unidades judiciárias.

e) Os municípios que não forem sedes de comarcas serão qualificados como comarcas vinculadas,
formando com as respectivas sedes uma única jurisdição.

5. (Elaborada pelo Professor)

Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção correta no que se refere a organização
judiciária do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

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a) A composição das zonas judiciárias observará, tanto quanto possível, a centralização para fins de
planejamento que decorrer de legislação estadual.

b) A zona judiciária poderá ter mais de uma sede, de modo a atender à racionalidade e à eficiência do
serviço.

c) As comarcas constituem circunscrições com unidades judiciárias implantadas, observados os


requisitos estabelecidos em Lei, cujos limites corresponderão aos de um município, ou aos de um
agrupamento de 2 (dois) ou mais deles, caso em que um será considerado a sua sede, figurando os
demais como comarcas não instaladas.

d) À exceção da Comarca de Fortaleza, as comarcas serão agrupadas em zonas judiciárias, todas


dotadas de juízes auxiliares com jurisdição no território respectivo, cuja atuação dependerá de prévia
designação do Diretor do Fórum.

e) No caso das comarcas vinculadas, o Tribunal de Justiça, por deliberação de seu Conselho da
Magistratura, observados aspectos como a demanda e a disponibilidade de recursos humanos e
materiais determinará a reunião de todos os acervos processuais para tramitação na comarca sede,
assegurando, neste caso, que o protocolo de petições e documentos, bem como atendimento ao
público, expedição de certidões possam ser feitos tanto na comarca sede quanto na comarca vinculada.

6. (Elaborada pelo Professor)

Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção correta no que se refere as Comarcas
Vinculadas.

a) As comarcas vinculadas são circunscrições que correspondem aos municípios que não constituem
sedes de comarcas, integrando, enquanto nessa condição, a jurisdição de comarcas implantadas, a cujo
juízo ficam afetos os respectivos serviços judiciais.

b) As audiências e/ou quaisquer atos processuais que exijam comparecimento de pessoas em juízo serão
realizados obrigatoriamente na comarca sede.

c) A extinção, transformação ou transferência de comarcas somente poderão ocorrer mediante


Resolução do Tribunal Pleno.

d) A Corregedoria-Geral da Justiça zelará para que o juiz responsável pela comarca vinculada nela
compareça, no mínimo, a cada 30 (trinta) dias, para a realização de audiências e/ou quaisquer outros
atos necessários para uma célere prestação jurisdicional.

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e) A prestação jurisdicional na comarca vinculada ficará sob a responsabilidade de juiz auxiliar da
respectiva Zona Judiciária, em sistema de rodízio anual onde houver mais de um, ou ainda por juiz
substituto, mediante prévia designação do Tribunal de Justiça em quaisquer dos casos.

7. (Elaborada pelo Professor)

Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção correta no que se refere a organização
judiciária do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

a) Os distritos judiciários que, a critério do Tribunal de Justiça, atendam a adequados requisitos


populacionais e socioeconômicos, contarão com um ofício de registro civil de pessoas naturais, a ser
criado por lei, e um juizado especial.

b) A instalação do distrito judiciário estará consumada com a posse da primeira pessoa que
desempenhar a delegação de oficial do registro civil de pessoas naturais, após a criação da serventia por
lei e provimento mediante designação em caráter excepcional efetivada pelo Presidente do Tribunal.

c) Atendidos os requisitos estabelecidos no Código de Organização e Divisão Judiciárias, o Tribunal de


Justiça, após a deliberação do Órgão Especial, providenciará o envio de projeto de lei à Assembleia
Legislativa, do qual deverá constar, também, a proposta de criação dos cargos necessários para prover
o juízo a ser implantado, e dos respectivos ofícios extrajudiciais.

d) Após a entrada em vigor da lei que autorizar a implantação de nova comarca, o Tribunal de Justiça
disciplinará, por meio de resolução, as providências necessárias à respectiva instalação.

e) Quando da instalação de nova comarca, os feitos em tramitação que tenham pelo menos uma das
partes com domicílio na jurisdição da unidade a ser implantada, desde que julgados, serão
encaminhados para a nova sede do juízo, obedecida a legislação processual em vigor.

8. (Elaborada pelo Professor)

Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção correta no que se refere a organização
judiciária do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

a) Por motivo de relevante interesse da administração da justiça, o Corregedor-Geral de Justiça poderá


dispor de forma diferente acerca das regras de substituição para as comarcas com mais de um juízo,
designando outros magistrados em exercício na mesma jurisdição, ou na mesma Zona Judiciária,
conforme o caso, para fins de respondência, recaindo as indicações, preferencialmente, sobre os Juízes
dos Juizados Auxiliares.

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b) Nas comarcas do interior, nos afastamentos superiores a 30 dias de Juiz de Direito, será designado
para responder, obrigatoriamente, Juiz de Direito do Juizado Auxiliar;

c) Os serviços auxiliares da justiça são constituídos pelos órgãos que integram os foros judicial,
extrajudicial e arbitral.

d) As Diretorias dos Foros são consideradas como serviços do foro extrajudicial.

e) As secretarias do Tribunal de Justiça são consideradas como serviços do foro judicial.

9. (FGV – 2018 – TJ-AL – adaptada)

Em determinada Comarca do interior do Estado, a Seção local da Ordem dos Advogados do Brasil vem
pleiteando a criação de mais uma Vara, diante do alto número de processos judiciais que tramitam
==1928da==

naquela cidade.

Consoante dispõe o Código de Organização Judiciária do Estado, a viabilidade de tal pleito depende de:

a) resolução do Tribunal de Justiça, bem como que tenha a Comarca extensão territorial pelo menos
equivalente a 150 km, e que o volume de serviços forenses seja correspondente, no mínimo, à
distribuição de duzentos feitos.

b) resolução do Tribunal de Justiça, bem como que tenha a Comarca população de ao menos 10.000
habitantes, com colégio eleitoral não inferior a 5.000 eleitores, e que o volume de serviços forenses seja
correspondente, no mínimo, à distribuição de duzentos feitos.

c) lei da iniciativa do Poder Legislativo.

d) lei da iniciativa do Tribunal de Justiça.

e) lei da iniciativa do Governador do Estado.

10. (FGV - 2013 - TJ-AM - adaptada)

A divisão judiciária compreende a criação, alteração e a extinção de unidades judiciárias, sua


classificação e agrupamento, e, para fins de administração do Poder Judiciário, o território do Estado
tem como unidades judiciárias:

I. Distritos.

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II. Termos Judiciários.

III. Fóruns Regionais.

IV. Comarcas Sede.

V. Comarcas Vinculadas

Assinale:

a) os Distritos, as Comarcas Sede e as Comarcas Vinculadas.

b) os Fóruns Regionais, os Distritos e as Comarcas.

c) os Distritos, as Comarcas Sede e os Termos Judiciários.

d) os Fóruns Regionais, as Comarcas Sede e as Comarcas Vinculadas.

e) as Comarcas Sede, os Fóruns Regionais e os Termos Judiciários.

11. (FGV - 2013 - TJ-AM - adaptada)

As Comarcas Judiciárias do Estado do Ceará são classificadas em entrâncias, denominadas:

a) Entrância Comum, Entrância Final e Entrância Especial.

b) Primeira, Segunda e Terceira Entrância.

c) Entrância Inicial, Intermediária e Final.

d) Entrância Inicial e Entrância Especial.

e) Entrância Comum e Entrância Final.

12. (FGV – 2015 – TJ-BA – adaptada)

Conforme estabelece a Organização e Divisão Judiciária do Estado do Ceará, a classificação e a


reclassificação das Comarcas, por entrâncias, dependerão de lei e obedecerão a fatores objetivos. Na
entrância inicial, deve-se observar, entre outros, o seguinte critério:

a) extensão territorial de até 50 m2

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b) população de 100.000 (cem mil) habitantes, residindo, pelo menos, 30% (trinta por cento) na
respectiva sede.

c) aforamento anual de aproximadamente 300 (trezentos) feitos de jurisdição contenciosa.

d) receita tributária superior, no mínimo, ao dobro da exigida para a criação do município.

e) colégio eleitoral correspondente a 60% da população.

13. (FGV – 2015 – TJ-BA – adaptada)

A Lei de Organização e Divisão Judiciária do Estado do Ceará dispõe que, para o exercício das atividades
jurisdicionais, o território do Estado constitui seção judiciária única, fracionada, contudo, para efeitos
da administração da Justiça. Nesse contexto, entende-se como:

a) Subseção Judiciária, o agrupamento de Circunscrições Judiciárias;

b) Região Judiciária, o conjunto das Subseções Judiciárias;

c) Zona Judiciária, todas dotadas de juízes auxiliares com jurisdição no território respectivo, cuja
atuação dependerá de prévia designação da Presidência do Tribunal de Justiça.

d) As comarcas vinculadas constituem circunscrições com unidades judiciárias implantadas, observados


os requisitos estabelecidos nesta Lei, cujos limites corresponderão aos de um município, ou aos de um
agrupamento de 2 ou mais deles, caso em que um será considerado a sua sede, figurando os demais
como comarcas vinculadas.

e) As comarcas sede são circunscrições que correspondem aos municípios que não constituem sedes de
comarcas, integrando, enquanto nessa condição, a jurisdição de comarcas implantadas, a cujo juízo
ficam afetos os respectivos serviços judiciais.

14. (FGV – 2014 – TJ-RJ - adaptada)

Com os olhos voltados à divisão territorial, para fins de administração da Justiça, pode-se afirmar que:

a) as comarcas sempre equivalem a um Município.

b) as comarcas sempre correspondem a um conjunto de Municípios.

c) cada Vara corresponde a uma comarca.

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d) o distrito será instalado com a posse do Juiz de Paz.

e) as comarcas do interior do Estado serão agrupadas em zonas judiciárias.

15. (FGV – 2015 – TJ-RO - adaptada)

Consoante dispõe o Código de Organização e Divisão Judiciária do Estado do Ceará, é um dos requisitos
essenciais para a implantação de Comarca:

a) a existência de população mínima de cinquenta mil habitantes no Município que sediará a Comarca.

b) a arrecadação anual de tributos estaduais não inferiores a cem vezes a média do salário mínimo
regional.

c) o mínimo de nove mil eleitores inscritos.

d) o volume de serviço forense comprovado pelo juiz da Comarca a que pertence o Município, com o
mínimo de trezentos processos ajuizados no ano anterior.

e) a existência de prédios públicos com capacidade e condições para instalação do Fórum, e residências
oficiais para juiz, Promotor e todos os servidores da Justiça.

16. (FGV – 2015 – TJ-PI - adaptada)

Para fins de divisão e organização do serviço, o Estado do Ceará possui uma divisão judiciária. A esse
respeito, é correto afirmar que:

a) a divisão judiciária somente contempla a organização em instâncias;

b) existem comarcas de entrância final, de entrância intermediária e de entrância inicial;

c) as comarcas são sempre classificadas em duas categorias;

d) as Turmas Recursais são órgãos do Tribunal.

e) somente a Capital do Estado é uma comarca de entrância final.

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17. (FGV - 2019 - TJ-CE - adaptada) De acordo com a Lei Estadual nº 16.397/17 do Ceará, que dispõe
sobre a organização judiciária do Estado, compreendendo a estrutura e o funcionamento do Poder
Judiciário e de seus serviços auxiliares, são requisitos para elevação de comarca de entrância
intermediária para a final:

a) população mínima de 40.000 (quarenta mil) habitantes; eleitorado não inferior a 70% (setenta por
cento) de sua população; e média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da elevação,
igual ou superior a 1.200 (um mil e duzentos) feitos;

b) população mínima de 50.000 (cinquenta mil) habitantes; eleitorado não inferior a 60% (sessenta por
cento) de sua população; e média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da elevação,
igual ou superior a 1.100 (um mil e cem) feitos;

c) população mínima de 100.000 (cem mil) habitantes e média anual de casos novos, considerado o
triênio anterior ao da elevação, igual ou superior a 5.000 (quatro mil) feitos;

d) população mínima de 200.000 (duzentos mil) habitantes e eleitorado não inferior a 60% (sessenta
por cento) de sua população; ou média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da
elevação, igual ou superior a 8.000 (oito mil) feitos;

e) população mínima de 300.000 (trezentos mil) habitantes e eleitorado não inferior a 60% (sessenta
por cento) de sua população; ou média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da
elevação, igual ou superior a 10.000 (dez mil) feitos.

18. (FGV - 2019 - TJ-CE) A Lei Estadual nº 16.397/17 do Ceará dispõe sobre a organização judiciária
do Estado, compreendendo a estrutura e o funcionamento do Poder Judiciário e de seus serviços
auxiliares.

Em matéria de divisão judiciária, o mencionado diploma legal estabelece que:

a) o território do Estado do Ceará, para fins de administração do Poder Judiciário estadual, divide-se em
comarcas simples e comarcas especiais;

b) os municípios que não forem sedes de comarcas serão qualificados como comarcas vinculadas,
formando com as respectivas sedes uma única jurisdição;

c) as comarcas classificam-se em 3 (três) instâncias, denominadas inicial, intermediária e especial, de


acordo com a efetiva demanda judicial;

d) o Tribunal de Justiça zelará para que todas as comarcas que contem com mais de 100.000 (cem mil)
habitantes tenham, pelo menos, 1 (uma) unidade judiciária;

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e) a Comarca de Fortaleza será agrupada em zonas judiciárias dotadas de juízes auxiliares com jurisdição
na Capital, cuja atuação dependerá de designação da Presidência do Tribunal.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07

B C D E B A D

08 09 10 11 12 13 14

E D A C E C E

15 16 17 18

C B B B

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DOS SERVIÇOS AUXILIARES DA JUSTIÇA (ARTS. 107 A 133)


Os serviços auxiliares da justiça são constituídos pelos órgãos que integram os foros judicial e
extrajudicial.

Serviços do foro Compreendem as secretarias do Tribunal de Justiça, as Diretorias dos Foros e suas
judicial respectivas unidades, assim como as secretarias de unidades judiciárias e juizados.
Nos quais são lavradas as declarações de vontade das partes e executados os atos
decorrentes de legislação sobre notas e registros públicos, compreendem os
tabelionatos de notas, os ofícios de registro de distribuição, os ofícios de registro
Serviços extrajudiciais
de imóveis, os ofícios de registro civil das pessoas naturais, os ofícios de registro de
títulos e documentos e civis das pessoas jurídicas, os ofícios de protestos de títulos
e os ofícios de contratos marítimos.

O CODJ-CE não fala muita coisa sobre os serviços do foro judicial, mas o que “fala”, é muito importante:

Art. 112. Todas as Unidades Judiciárias do Estado do Ceará, efetivamente instaladas e em


funcionamento, contarão com um Supervisor e um Assistente, nomeados em comissão pela Presidência
do Tribunal de Justiça após livre indicação do respectivo Juiz Titular ou, no caso de vacância, pelo Juiz
em respondência, observadas as condições e atribuições fixadas em legislação específica.
Parágrafo único. Na Comarca da Capital, funcionarão Secretarias Judiciárias de 1º Grau, na forma e
com a estrutura previstas na Lei nº 16.208, de 3 de abril de 2017.
Art. 113. Além do Supervisor e do Assistente, cada Unidade Judiciária contará com servidores
ocupantes de cargos de provimento efetivo, integrantes das carreiras do Poder Judiciário, de que trata
a Lei nº 14.786, de 13 de agosto de 2010, em número compatível com a lotação paradigma do juízo, a
ser calculada de acordo com as normas específicas editadas pelo Conselho Nacional de Justiça,
ressalvando-se, quanto aos Oficiais de Justiça, a possibilidade de que estejam lotados nas respectivas
Centrais de Cumprimentos de Mandados.
Art. 114. O Tribunal de Justiça disciplinará a forma de substituição dos ocupantes de cargos de
provimento em comissão.

Em suma,

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Cargos comissionados,
Supervisor
indicados pelo Juiz da Vara e
Efetivamente
nomeados pelo Presidente do
Unidades instaladas
Judiciárias do Assistente TJ
Ceará

Servidores Efetivos

Dos serviços do foro extrajudicial


==1928da==

Os serviços do foro extrajudicial compreendem serventias extrajudiciais notariais e de registro, e são


exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público, na forma da legislação pertinente.

Art. 116. Os direitos, deveres, atribuições, competências e regime disciplinar dos notários e
registradores, bem como os requisitos para o ingresso na atividade notarial e de registro, são os
especificados na Lei Federal nº 8.935, de 18 de novembro de 1994.
Parágrafo único. A responsabilidade disciplinar de notários e registradores será apurada em
procedimento administrativo definido no regimento interno e provimento aplicável à espécie por parte
da Corregedoria-Geral da Justiça.
Art. 117. Extinta a delegação a notário ou a oficial de registro, em razão de quaisquer das hipóteses
previstas no art. 39, da Lei Federal nº 8.935, de 18 de novembro de 1994, o Juiz Diretor do Fórum
designará interino para responder pelo expediente, recaindo a indicação, preferencialmente, sobre o
substituto mais antigo da serventia, dando ciência ao Presidente do Tribunal de Justiça para que seja
realizado o concurso público, na forma prevista no art. 236, § 3º, da Constituição Federal.
Parágrafo único. Verificada a absoluta impossibilidade de nomeação de um substituto para responder
pelo expediente da serventia vaga, o Juiz Diretor do Fórum comunicará o fato ao Corregedor-Geral da
Justiça que, por ato normativo, determinará a anexação provisória das atribuições ao serviço da mesma
natureza mais próximo ou àquele localizado na sede do respectivo município ou de município contíguo.

Dizer que é em caráter privado, não quer dizer que o poder público pode delegar o serviço para qualquer
um. O ingresso é mediante CONCURSO PÚBLICO de provas e títulos.

Art. 118. O Tribunal de Justiça fará aprovar regulamento, disciplinando as condições para realização
do concurso para provimento dos cargos de notários e registradores, a que se refere o artigo anterior.
Art. 120. É livre a escolha do tabelião de notas, qualquer que seja o domicílio das partes ou o lugar de
situação dos bens objeto do ato ou negócio.

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Ademais, quer dizer que o agente delegado administrará a unidade por sua conta e risco devendo, para
tanto, providenciar imóvel, mobiliário e pessoal contratado pelo regime da CLT para as atividades das
serventias.

Art. 122. O gerenciamento administrativo e financeiro dos serviços notariais e de registro é da


responsabilidade exclusiva do respectivo titular, inclusive no que diz respeito às despesas de custeio,
investimento e pessoal, cabendo-lhe estabelecer normas, condições e obrigações relativas à atribuição
de funções e de remuneração de seus prepostos de modo a obter a melhor qualidade na prestação dos
serviços.
Art. 119. A substituição dos notários e registradores e a contratação de prepostos dar-se-ão na forma
da legislação específica.
§ 1º Os titulares dos ofícios de notas e de registros poderão admitir tantos empregados quantos forem
necessários aos serviços do seu ofício, subordinando-se as relações empregatícias à legislação
trabalhista.
§ 2º Em cada serviço notarial ou de registro haverá tantos substitutos, escreventes e auxiliares quantos
forem necessários, a critério de cada notário ou oficial de registro.
§ 3º Os notários e os oficiais de registro encaminharão os nomes dos substitutos por eles escolhidos ao
Juiz Diretor do Fórum, que os fará publicar no Diário da Justiça.
§ 4º Os escreventes poderão praticar somente os atos que o notário ou o oficial de registro autorizar.
§ 5º Os substitutos poderão, simultaneamente com o notário ou o oficial de registro, praticar todos os
atos que lhe sejam próprios.
§ 6º Dentre os substitutos, um deles será designado pelo notário ou oficial de registro para responder
pelo respectivo serviço nas ausências e nos impedimentos do titular.
Parágrafo único. O tabelião de notas não poderá praticar atos de seu ofício fora da comarca para a
qual recebeu delegação, cabendo ao Diretor do Foro e ao Corregedor-Geral da Justiça, de ofício ou
mediante comunicação ou reclamação, providenciarem a apuração da responsabilidade disciplinar.
Art. 121. Cada serviço notarial ou de registro funcionará em um só local, vedada a instalação de
sucursal, observando-se o disposto no artigo anterior.

Da Remoção dos notários e registradores

Os titulares de ofício de notas e de registros poderão ser removidos para ofícios de igual natureza, da
mesma ou de outra comarca, mediante concurso.

Art. 131. O concurso de remoção consistirá de prova de títulos, a que se poderão habilitar todos os
investidos na delegação há mais de 2 (dois), contados entre a data do efetivo exercício na atividade e a
da publicação do edital.
Parágrafo único. No ato de inscrição, e antes da delegação, o candidato deverá comprovar a
regularidade de sua situação em relação às obrigações trabalhistas, fiscais e previdenciárias,
apresentando as correspondentes certidões negativas.

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Art. 132. No edital do concurso, serão indicados os ofícios vagos e demais informações de acordo com
a presente Lei e com o regulamento aprovado pelo Tribunal Pleno.
Art. 133. Os critérios de valorização dos títulos serão estabelecidos através de resolução do Tribunal de
Justiça e em harmonia com as regras norteadas pelo Conselho Nacional de Justiça.

Da diretoria do foro da capital e dos foros das comarcas do


interior

Logo no início da minha carreira no Judiciário, trabalhei na Direção do Fórum. Na verdade, foram seis
longos anos nesse setor :p

O Juiz Diretor do fórum é uma figura poderosíssima no Judiciário. Apesar de não ter competência
processual e não ter hierarquia sobre os demais juízes, exerce funções administrativas inerentes a um
Diretor de empresa e tem autonomia para gerenciar o prédio do fórum (asseio, limpeza, resolução de
conflito, segurança, organização etc.).

Em cada comarca haverá uma Diretoria do Foro. A escolha do diretor será da seguinte forma:

COMARCA DE Será exercida por um Juiz de Direito em efetivo exercício na Capital, indicado
FORTALEZA pela Presidência do Tribunal, devendo a escolha ser referendada pelo Órgão
Especial do Tribunal de Justiça, admitida a recondução para um período
imediatamente subsequente.

A Vice-Diretoria do Fórum da Comarca de Fortaleza será exercida por um Juiz


de Direito com exercício na Comarca, indicado pela Presidência do Tribunal de
Justiça, devendo a escolha ser referendada pelo Órgão Especial, com
competência para substituir o Diretor nas ausências, impedimentos, licenças e
férias, bem como outras que lhe venham a ser atribuídas em ato normativo
próprio.

As designações do Juiz Diretor e do Vice-Diretor da Comarca da Capital devem


coincidir com o período do mandato do Presidente que os indicou, sendo
permitida a recondução para um único biênio consecutivo.
COMARCAS DE Incumbe ao Juiz de Direito investido em juízo de vara única, como titular
JUÍZO ÚNICO ou interino, o desempenho das atribuições de Diretor do Fórum pelo tempo
que ali exercer suas funções.
COMARCAS DE Será observado rodízio anual entre os magistrados titulares em exercício,
JUÍZO MÚLTIPLO mediante prévia designação da Presidência do Tribunal de Justiça, a
ocorrer até o último dia útil do mês de fevereiro.

PARA FIXAR:

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JUIZ DA CAPITAL INDICADO PELO PRESIDENTE

A ESCOLHA DEVE SER REFERENDADA PELO O.E.

COMARCA DE HAVERÁ UM VICE-DIRETOR ESCOLHIDO NOS


FORTALEZA MESMOS MOLDES

A DESIGNAÇÃO COINCIDIRÁ COM OS MANDATOS


DO PRESIDENTE (2 ANOS)

É PERMITIDO UM ÚNICA RECONDUÇÃO PARA O


JUIZ DIRETOR BIÊNIO CONSECUTIVO
DO FÓRUM

COMARCAS DE PELO ÚNICO JUIZ DA COMARCA PELO TEMPO QUE


JUÍZO ÚNICO ALI ATUAR

RODÍZIO ANUAL ENTRE OS JUÍZES TITULARES


COMARCAS DE
JUÍZO MÚLTIPLO PRÉVIA DESIGNAÇÃO DA PRESIDÊNCIA ATÉ O
ÚLTIMO DIA ÚTIL DE FEVEREIRO

COMARCA DE FORTALEZA - PECULIARIDADES

O Diretor do Fórum da Comarca de Fortaleza será auxiliado por 10 (dez) Juízes de Direito em exercício
na Comarca de Fortaleza, por ele indicados, com a aprovação do Órgão Especial, para desempenhar
as seguintes funções:

Coordenadores de Áreas, que a) Fazenda Pública, Recuperação de Empresas e Falências, Execução


representarão os seguintes Fiscal e Crimes contra a Ordem Tributária, e Registros Públicos;
grupos de varas
b) Cíveis;

c) Família e Sucessões;

d) Infância e Juventude;

e) Criminais, de Delitos de Tráfico de Drogas, de Execuções Penais e


Corregedoria dos Presídios, Juízo Militar, Penas Alternativas e Júri;

f) Juizados Especiais Cíveis; Criminais; da Fazenda Pública e Juizado de


Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher;
Unidades administrativas a) Supervisor da Central de Cumprimento de Mandados Judiciais;

b) Supervisor da Distribuição;

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c) Ouvidor-Geral;

d) Coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania.

COMARCAS DO INTERIOR – PECULIARIEDADES

Como você observou, na comarca de Fortaleza, haverá um Vice-Diretor para substituir o Diretor.

Nas comarcas do interior, não há um vice-diretor, mas também necessitará de substituto (até porque o
Juiz Diretor também é filho de Deus e hora ou outro se afastará das atividades).

COMARCAS COM Em casos de afastamentos do Diretor do Fórum, a qualquer título, por período
DUAS VARAS superior a 5 (cinco) dias, responderá interinamente pelas funções,
independentemente de designação, o outro magistrado em exercício na mesma
jurisdição, ou, quando não houver, o que for designado para responder pelo
juízo do qual o Diretor é titular
COMARCAS COM Em casos de afastamentos do Diretor do Fórum, a qualquer título, por
MAIS DE DUAS período superior a 5 (cinco) dias, responderá interinamente pelas funções,
VARAS independentemente de designação, o magistrado investido há mais
tempo na titularidade de unidade judiciária na respectiva circunscrição,
seguindo-se a ordem de acordo com tal critério de modo a assegurar o
desempenho ininterrupto da Direção.

E nas comarcas de um único juízo, como funciona?

Boa pergunta, mas o CODJ é omisso com essa informação. Se o código não fala, não cai na prova, OK?

FUNÇÕES DOS JUÍZES DIRETORES

Por fim, falta tratar das funções dos juízes diretores dos fóruns:

Juiz Diretor do Foro da Capital (Art. 102) Juiz Diretor do Foro das Comarcas do Interior (Art.
105)
I - superintender a administração e polícia das I - superintender o serviço judiciário da comarca;
instalações físicas do Fórum e das demais unidades do
Poder Judiciário na jurisdição da Comarca de
Fortaleza, à exceção do Fórum das Turmas Recursais,
que contará com direção própria, ressalvada a
II - ministrar instruções ou ordens aos servidores e
atribuição dos Juízes de Direito quanto à polícia das
auxiliares da justiça, sem prejuízo das atribuições, se
audiências e sessões do Tribunal do Júri;
houver, dos demais juízes da comarca;
II - presidir, diariamente, a distribuição dos feitos na III - comunicar-se diretamente com quaisquer outras
Comarca de Fortaleza, para o que se valerá do auxílio autoridades públicas federais, estaduais ou
municipais, quando tiver de tratar de assuntos

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do magistrado que vier a indicar para o desempenho relacionados com matéria administrativa do
de tal atribuição; interesse do Foro da comarca;
III - conceder férias e licenças aos magistrados e IV - tomar conhecimento das indicações de
servidores lotados no Fórum da Capital; substitutos de notários e oficiais de registro para os
casos de faltas e impedimentos, observado o
IV - abrir, rubricar e encerrar livros dos titulares dos disposto no art. 119 desta Lei, garantindo a
ofícios extrajudiciais da Comarca de Fortaleza; publicidade devida;
V - elaborar, durante a primeira quinzena do mês de V- proceder à lotação de servidores nas unidades sob
novembro de cada ano, a escala de férias dos sua competência, bem assim modificá-la, de acordo
magistrados e encaminhá-la à Presidência do Tribunal com a necessidade do serviço;
de Justiça;
VI - elaborar a escala de plantões judiciários e VI - decidir reclamações e aplicar, quando cabíveis,
promover a sua divulgação; sanções disciplinares por atos praticados
por servidores de Justiça, notários, oficiais de
registro e juízes de paz;
VII - requisitar da autoridade competente a força VII - abrir, numerar, rubricar e encerrar os livros
policial necessária aos serviços de segurança do prédio utilizados na secretaria administrativa do Foro;
do Fórum;
VIII - designar magistrado em substituição ao titular, VIII - tomar providências de ordem administrativa
nos casos de férias, licenças, afastamentos, que digam respeito à fiscalização, disciplina e
impedimentos e suspeições, observado o disposto no regularidade dos serviços forenses;
art. 80, desta Lei;
IX -proceder à lotação de servidores nas unidades sob IX - presidir a distribuição dos feitos;
sua competência, bem assim modificá-la, de acordo
com a necessidade do serviço; X - requisitar ao Tribunal de Justiça o fornecimento
de material de expediente, móveis e utensílios
necessários ao serviço judiciário.
X - aplicar, quando cabíveis, sanções disciplinares a
servidores de Justiça, notários, registradores e a juízes
de paz;
XI - remeter mensalmente ao setor competente do
Tribunal de Justiça a frequência dos servidores;
XII - movimentar os servidores nos diversos serviços
da Diretoria do Fórum;
XIII - desempenhar atribuições delegadas pelo
Presidente do Tribunal de Justiça;
XIV - apresentar, até 15 (quinze) dias antes da abertura
dos trabalhos judiciários, circunstanciado relatório à
Presidência do Tribunal de Justiça, a respeito das
atividades judiciárias do ano, das medidas adotadas,
dos serviços realizados e do grau de eficiência revelado
por juízes e servidores.

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Questões Comentadas

1. (TJ-CE – 2018 – IESES) De acordo com o Código de Divisão e Organização Judiciárias do Ceará e
com relação à implantação de comarcas, é correto afirmar:

I. Ser necessária população mínima de 15.000 (quinze mil) habitantes e eleitorado não inferior a 60%
(sessenta por cento) de sua população.

II. Haver registro médio anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da implantação, igual
ou superior a 50% (cinquenta por cento) daquela registrada, por juiz, no âmbito do Poder Judiciário do
Estado do Ceará.

III. Que o Tribunal de Justiça, após a deliberação do Tribunal Pleno, providencie o envio de projeto de
lei à Assembleia Legislativa, do qual deverá constar, também, a proposta de criação dos cargos
necessários para prover o juízo a ser implantado, e dos respectivos ofícios extrajudiciais.

IV. Que após a entrada em vigor da lei que autorizar a implantação de nova comarca, o Tribunal de
Justiça discipline, por meio de resolução, as providências necessárias à respectiva instalação.

Assinale a alternativa correta:

a) Apenas I, III e IV estão corretas.

b) Todas estão corretas.

c) Apenas I e IV estão corretas.

d) Apenas II e III estão corretas.

Comentários

À luz da Lei n. 16.397/2017, vamos analisar as alternativas:

ALTERNATIVA I – Correta.

Art. 17. São requisitos para a implantação de comarcas:

I - população mínima de 15.000 (quinze mil) habitantes e eleitorado não inferior a 60%
(sessenta por cento) de sua população;

ALTERNATIVA II – Correta.

Art. 17. São requisitos para a implantação de comarcas:

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II - haver registrado média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da
implantação, igual ou superior a 50% (cinquenta por cento) daquela registrada, por juiz, no
âmbito do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

ALTERNATIVA III – Correta.

Art. 18. Atendidos os requisitos estabelecidos no artigo anterior, o Tribunal de Justiça, após a
deliberação do Tribunal Pleno, providenciará o envio de projeto de lei à Assembleia Legislativa,
do qual deverá constar, também, a proposta de criação dos cargos necessários para prover o
juízo a ser implantado, e dos respectivos ofícios extrajudiciais.

ALTERNATIVA IV – Correta.

Art. 19. Após a entrada em vigor da lei que autorizar a implantação de nova comarca, o
Tribunal de Justiça disciplinará, por meio de resolução, as providências necessárias à respectiva
instalação.

GABARITO: Letra B

(CESPE – 2008 – TJ-CE)

Considere a seguinte situação hipotética. O prefeito de um município do Ceará reuniu-se com o


presidente do TJCE para tentar viabilizar a implantação de uma comarca em sua cidade em razão da
crescente quantidade de demandas judiciais reprimidas. O município tem uma população de 5.000
habitantes e 800 eleitores inscritos. Nessa situação, o presidente do TJCE, ainda que acolha os
fundamentos do prefeito, não poderá implantar a comarca, pois o município não atende aos requisitos
essenciais estabelecidos em lei para tal implantação.

Comentários

Segundo a lei de organização e divisão judiciárias, são requisitos para implantação de comarca:

Art. 17. São requisitos para a implantação de comarcas:

I - população mínima de 15.000 (quinze mil) habitantes e eleitorado não inferior a 60%
(sessenta por cento) de sua população;

II - haver registrado média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da


implantação, igual ou superior a 50% (cinquenta por cento) daquela registrada, por juiz, no
âmbito do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

Portanto, o município não atende os requisitos mínimos essenciais para a implantação da comarca.

GABARITO: Correta

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(ESAF – 2002 – TJ-CE – adaptada)

O Código de Divisão e Organização Judiciária do Estado classifica assim as comarcas:

a) Comarcas de primeira, segunda, terceiras entrâncias e de segunda instância.

b) Comarcas de primeira entrância e de segunda instância.

c) Comarcas de entrância inicial, intermediária e especial.

d) Comarcas de entrância inicial, intermediária e final.

e) Comarcas de primeira instância e comarcas especiais.

Comentários

As comarcas são classificadas em entrância inicial, intermediária e final.

Art. 7º As comarcas classificam-se em 3 (três) entrâncias, denominadas: inicial, intermediária


e final, [...]

GABARITO: Letra D

(Elaborada pelo Professor)

Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção correta no que se refere a organização
judiciária do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

a) O território do Estado do Ceará, para fins de administração do Poder Judiciário estadual, divide-se
em comarcas sedes e comarcas vinculadas, as quais, por sua vez, se dividem em subdistritos judiciários.

b) As comarcas do Estado serão agrupadas em zonas judiciárias.

c) Em cada município haverá sede de comarca, dependendo a sua implantação do cumprimento dos
requisitos estabelecidos na lei de organização e divisão judiciárias, mediante apuração pelo Governo
do Estado.

d) A distribuição das varas e o número de juízes serão proporcionais à efetiva demanda judicial e à
respectiva população, devendo o Tribunal de Justiça zelar para que todas as comarcas que contem com
mais de 30.000 (trinta mil) habitantes tenham, pelo menos, 2 (duas) unidades judiciárias.

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e) Os municípios que não forem sedes de comarcas serão qualificados como comarcas vinculadas,
formando com as respectivas sedes uma única jurisdição.

Comentários

À luz da Lei n.º 16.397/2017, vamos analisar as alternativas:

LETRA A – Errada. Não é subdistritos, mas sim distritos.

Art. 4º O território do Estado do Ceará, para fins de administração do Poder Judiciário


estadual, divide-se em comarcas sedes e comarcas vinculadas, as quais, por sua vez, se
dividem em distritos judiciários, na forma descrita no anexo I desta Lei.

LETRA B – Errada. Somente as comarcas do INTERIOR serão agrupadas em zonas judiciárias.

Art. 5º As comarcas do interior do Estado serão agrupadas em zonas judiciárias.

LETRA C – Errada. A verificação de implantação de comarca é pelo próprio TJ, não pelo governo do
estado.

Art. 6º Em cada município haverá sede de comarca, dependendo a sua implantação do


cumprimento dos requisitos estabelecidos nesta Lei, mediante apuração pelo Tribunal de
Justiça.

LETRA D – Errada. Essa é uma regra para quando o município tenha mais de 50 mil habitantes.

Art. 8º A distribuição das varas e o número de juízes serão proporcionais à efetiva demanda
judicial e à respectiva população, devendo o Tribunal de Justiça zelar para que todas as
comarcas que contem com mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes tenham, pelo
menos, 2 (duas) unidades judiciárias.

LETRA E – Correta.

Art. 12. Parágrafo único. Os municípios que não forem sedes de comarcas serão qualificados
como comarcas vinculadas, formando com as respectivas sedes uma única jurisdição,
observado o disposto no art. 12 desta Lei.

GABARITO: Letra E

(Elaborada pelo Professor)

Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção correta no que se refere a organização
judiciária do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

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a) A composição das zonas judiciárias observará, tanto quanto possível, a centralização para fins de
planejamento que decorrer de legislação estadual.

b) A zona judiciária poderá ter mais de uma sede, de modo a atender à racionalidade e à eficiência do
serviço.

c) As comarcas constituem circunscrições com unidades judiciárias implantadas, observados os


requisitos estabelecidos em Lei, cujos limites corresponderão aos de um município, ou aos de um
agrupamento de 2 (dois) ou mais deles, caso em que um será considerado a sua sede, figurando os
demais como comarcas não instaladas.

d) À exceção da Comarca de Fortaleza, as comarcas serão agrupadas em zonas judiciárias, todas


dotadas de juízes auxiliares com jurisdição no território respectivo, cuja atuação dependerá de prévia
designação do Diretor do Fórum.

e) No caso das comarcas vinculadas, o Tribunal de Justiça, por deliberação de seu Conselho da
Magistratura, observados aspectos como a demanda e a disponibilidade de recursos humanos e
materiais determinará a reunião de todos os acervos processuais para tramitação na comarca sede,
assegurando, neste caso, que o protocolo de petições e documentos, bem como atendimento ao
público, expedição de certidões possam ser feitos tanto na comarca sede quanto na comarca vinculada.

Comentários

À luz da Lei n.º 16.397/2017, vamos analisar as alternativas:

LETRA A – Errada. A composição das zonas judiciárias visa a regionalização.

Art. 10. A composição das zonas judiciárias observará, tanto quanto possível, a regionalização
para fins de planejamento que decorrer de legislação estadual.

LETRA B – Correta.

Art. 10. Parágrafo único. A zona judiciária poderá ter mais de uma sede, de modo a atender
à racionalidade e à eficiência do serviço.

LETRA C – Errada. A nomenclatura correta é comarcas vinculadas aquelas agrupadas a outras (sempre
se atenha ao nome correto)

Art. 11. As comarcas constituem circunscrições com unidades judiciárias implantadas,


observados os requisitos estabelecidos nesta Lei, cujos limites corresponderão aos de um
município, ou aos de um agrupamento de 2 (dois) ou mais deles, caso em que um será
considerado a sua sede, figurando os demais como comarcas vinculadas.

LETRA D – Errada. Na comarca de fortaleza, a designação cabe ao Juiz Diretor do Fórum. Já nas
comarcas do interior, a designação é do Presidente do TJ.

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Art. 9º À exceção da Comarca de Fortaleza, as comarcas serão agrupadas em zonas judiciárias,
na forma do anexo II desta Lei, todas dotadas de juízes auxiliares com jurisdição no território
respectivo, cuja atuação dependerá de prévia designação da Presidência do Tribunal de Justiça.

LETRA E – Errada. A deliberação é pelo Órgão Especial.

Art. 12. § 1º O Tribunal de Justiça, por deliberação de seu Órgão Especial, observados
aspectos como a demanda e a disponibilidade de recursos humanos e materiais determinará a
reunião de todos os acervos processuais para tramitação na comarca sede, assegurando, neste
caso, que o protocolo de petições e documentos, bem como atendimento ao público, expedição
de certidões possam ser feitos tanto na comarca sede quanto na comarca vinculada.

GABARITO: Letra B

(Elaborada pelo Professor)

Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção correta no que se refere as Comarcas
Vinculadas.

a) As comarcas vinculadas são circunscrições que correspondem aos municípios que não constituem
sedes de comarcas, integrando, enquanto nessa condição, a jurisdição de comarcas implantadas, a cujo
juízo ficam afetos os respectivos serviços judiciais.

b) As audiências e/ou quaisquer atos processuais que exijam comparecimento de pessoas em juízo serão
realizados obrigatoriamente na comarca sede.

c) A extinção, transformação ou transferência de comarcas somente poderão ocorrer mediante


Resolução do Tribunal Pleno.

d) A Corregedoria-Geral da Justiça zelará para que o juiz responsável pela comarca vinculada nela
compareça, no mínimo, a cada 30 (trinta) dias, para a realização de audiências e/ou quaisquer outros
atos necessários para uma célere prestação jurisdicional.

e) A prestação jurisdicional na comarca vinculada ficará sob a responsabilidade de juiz auxiliar da


respectiva Zona Judiciária, em sistema de rodízio anual onde houver mais de um, ou ainda por juiz
substituto, mediante prévia designação do Tribunal de Justiça em quaisquer dos casos.

Comentários

À luz da Lei n.º 16.397/2017, vamos analisar as alternativas:

LETRA A – Correta.

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Art. 12. As comarcas vinculadas são circunscrições que correspondem aos municípios que não
constituem sedes de comarcas, integrando, enquanto nessa condição, a jurisdição de comarcas
implantadas, a cujo juízo ficam afetos os respectivos serviços judiciais.

LETRA B – Errada. As audiências e/ou quaisquer atos processuais que exijam comparecimento de
pessoas em juízo serão realizados obrigatoriamente na comarca vinculada.

LETRA C – Errada. A extinção, transformação ou transferência de comarcas somente poderão ocorrer


mediante Lei.

LETRA D – Errada.

Parágrafo único. A Corregedoria-Geral da Justiça zelará para que o juiz responsável pela
comarca vinculada nela compareça, no mínimo, a cada 15 (quinze) dias, para a realização
de audiências e/ou quaisquer outros atos necessários para uma célere prestação jurisdicional.

LETRA E – Errada.

Art. 13. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a prestação jurisdicional na comarca
vinculada ficará sob a responsabilidade de juiz titular de unidade instalada na sede, em
sistema de rodízio anual onde houver mais de uma, ou ainda por juiz auxiliar da respectiva
Zona Judiciária, mediante prévia designação do Tribunal de Justiça em quaisquer dos casos.

GABARITO: Letra A

(Elaborada pelo Professor)

Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção correta no que se refere a organização
judiciária do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

a) Os distritos judiciários que, a critério do Tribunal de Justiça, atendam a adequados requisitos


populacionais e socioeconômicos, contarão com um ofício de registro civil de pessoas naturais, a ser
criado por lei, e um juizado especial.

b) A instalação do distrito judiciário estará consumada com a posse da primeira pessoa que
desempenhar a delegação de oficial do registro civil de pessoas naturais, após a criação da serventia por
lei e provimento mediante designação em caráter excepcional efetivada pelo Presidente do Tribunal.

c) Atendidos os requisitos estabelecidos no Código de Organização e Divisão Judiciárias, o Tribunal de


Justiça, após a deliberação do Órgão Especial, providenciará o envio de projeto de lei à Assembleia
Legislativa, do qual deverá constar, também, a proposta de criação dos cargos necessários para prover
o juízo a ser implantado, e dos respectivos ofícios extrajudiciais.

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d) Após a entrada em vigor da lei que autorizar a implantação de nova comarca, o Tribunal de Justiça
disciplinará, por meio de resolução, as providências necessárias à respectiva instalação.

e) Quando da instalação de nova comarca, os feitos em tramitação que tenham pelo menos uma das
partes com domicílio na jurisdição da unidade a ser implantada, desde que julgados, serão
encaminhados para a nova sede do juízo, obedecida a legislação processual em vigor.

Comentários

À luz da Lei n.º 16.397/2017, vamos analisar as alternativas:

LETRA A – Errada. Os distritos contarão com um ofício de registro civil de pessoas naturais, a ser criado
por lei, e um juizado de paz.

Art. 16. Os distritos judiciários que, a critério do Tribunal de Justiça, atendam a adequados
requisitos populacionais e socioeconômicos, contarão com um ofício de registro civil de pessoas
naturais, a ser criado por lei, e um juizado de paz.

LETRA B – Errada. O provimento de oficial registrador é mediante concurso público.

Art. 16. § 3º A instalação do distrito judiciário estará consumada com a posse da primeira
pessoa que desempenhar a delegação de oficial do registro civil de pessoas naturais, após a
criação da serventia por lei e provimento mediante aprovação em concurso público de provas
e títulos.

LETRA C – Errada. A instalação de comarca depende de aprovação do Tribunal Pleno.

Art. 18. Atendidos os requisitos estabelecidos no artigo anterior, o Tribunal de Justiça, após a
deliberação do Tribunal Pleno, providenciará o envio de projeto de lei à Assembleia Legislativa,
do qual deverá constar, também, a proposta de criação dos cargos necessários para prover o
juízo a ser implantado, e dos respectivos ofícios extrajudiciais.

LETRA D – Correta.

Art. 19. Após a entrada em vigor da lei que autorizar a implantação de nova comarca, o
Tribunal de Justiça disciplinará, por meio de resolução, as providências necessárias à respectiva
instalação.

LETRA E – Errada. Os feitos serão encaminhados para a nova sede desde que não julgados.

Art. 19. Parágrafo único. Quando da instalação de nova comarca, os feitos em tramitação
que tenham pelo menos uma das partes com domicílio na jurisdição da unidade a ser
implantada, desde que ainda não julgados, serão encaminhados para a nova sede do juízo,
obedecida a legislação processual em vigor.

GABARITO: Letra D

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(Elaborada pelo Professor)

Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção incorreta no que se refere a organização
judiciária do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

a) Em cada comarca haverá uma Diretoria do Foro.

b) A Diretoria do Fórum da Comarca de Fortaleza será exercida por um Juiz de Direito em efetivo
exercício na Capital, indicado pela Presidência do Tribunal, devendo a escolha ser referendada pelo
Órgão Especial do Tribunal de Justiça, admitida a recondução para um período imediatamente
subsequente.

c) A Vice-Diretoria do Fórum da Comarca de Fortaleza será exercida por 1 (um) Juiz de Direito com
exercício na Comarca, indicado pela Presidência do Tribunal de Justiça, devendo a escolha ser
referendada pelo Órgão Especial, com competência para substituir o Diretor nas ausências,
impedimentos, licenças e férias, bem como outras que lhe venham a ser atribuídas em ato normativo
próprio.

d) Nas jurisdições com mais de uma unidade judiciária, será observado rodízio a cada dois anos entre os
magistrados titulares em exercício, mediante prévia designação da Presidência do Tribunal de Justiça,
a ocorrer até o último dia útil do mês de fevereiro.

e) Incumbe ao Juiz de Direito investido em juízo de vara única, como titular ou interino, o desempenho
das atribuições de Diretor do Fórum.

Comentários

À luz da Lei n.º 16.397/2017, vamos analisar as alternativas (lembrando que é para marcar a incorreta).

LETRA A – Correta.

Art. 100. Em cada comarca haverá uma Diretoria do Foro.

LETRA B – Correta.

Art. 101. A Diretoria do Fórum da Comarca de Fortaleza será exercida por 1 (um) Juiz de
Direito em efetivo exercício na Capital, indicado pela Presidência do Tribunal, devendo a escolha
ser referendada pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça, admitida a recondução para um
período imediatamente subsequente.

LETRA C – Correta.

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§ 1º A Vice-Diretoria do Fórum da Comarca de Fortaleza será exercida por 1 (um) Juiz de
Direito com exercício na Comarca, indicado pela Presidência do Tribunal de Justiça, devendo a
escolha ser referendada pelo Órgão Especial, com competência para substituir o Diretor nas
ausências, impedimentos, licenças e férias, bem como outras que lhe venham a ser atribuídas
em ato normativo próprio.

LETRA D – Errada. O rodízio é anual.

Art. 104. Nas jurisdições com mais de uma unidade judiciária, será observado rodízio anual
entre os magistrados titulares em exercício, mediante prévia designação da Presidência do
Tribunal de Justiça, a ocorrer até o último dia útil do mês de fevereiro.

LETRA E – Correta.

Art. 103. Incumbe ao Juiz de Direito investido em juízo de vara única, como titular ou interino,
o desempenho das atribuições de Diretor do Fórum.

GABARITO: Letra D

(Elaborada pelo Professor)

Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção correta no que se refere a organização
judiciária do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

a) As designações do Juiz Diretor e do Vice-Diretor da Comarca da Capital devem coincidir com o


período do mandato do Presidente que os indicou, sendo permitida a recondução para um único biênio
consecutivo.

b) O Diretor do Fórum da Comarca da Capital será auxiliado por 10 (dez) Servidores em exercício na
Comarca de Fortaleza, por ele indicados, com a aprovação do Órgão Especial.

c) Nas comarcas com mais 2 (duas) varas, em casos de afastamentos do Diretor do Fórum, a qualquer
título, por período superior a 5 (cinco) dias, responderá interinamente pelas funções,
independentemente de designação, o outro magistrado em exercício na mesma jurisdição, ou, quando
não houver, o que for designado para responder pelo juízo do qual o Diretor é titular.

d)Nas comarcas com 2 (duas) varas, em casos de afastamentos do Diretor do Fórum, a qualquer título,
por período superior a 5 (cinco) dias, responderá interinamente pelas funções, independentemente de
designação, o magistrado investido há mais tempo na titularidade de unidade judiciária na respectiva
circunscrição, seguindo-se a ordem de acordo com tal critério de modo a assegurar o desempenho
ininterrupto da Direção.

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e) Em cada comarca haverá uma Diretoria do Foro, salvo na comarca de Fortaleza, que contará com
duas diretorias de foro.

Comentários

À luz da Lei n.º 16.397/2017, vamos analisar as alternativas:

LETRA A – Correta.

Art. 103. § 2º As designações do Juiz Diretor e do Vice-Diretor da Comarca da Capital devem


coincidir com o período do mandato do Presidente que os indicou, sendo permitida a recondução
para um único biênio consecutivo.

LETRA B – Errada. O Juiz diretor será auxiliado por juízes de direito.

Parágrafo único. O Diretor do Fórum será auxiliado por 10 (dez) Juízes de Direito em exercício
na Comarca de Fortaleza, por ele indicados, com a aprovação do Órgão Especial, para
desempenhar as seguintes funções:

LETRA C – Errada.

§ 1º Nas comarcas com 2 (duas) varas, em casos de afastamentos do Diretor do Fórum, a


qualquer título, por período superior a 5 (cinco) dias, responderá interinamente pelas funções,
independentemente de designação, o outro magistrado em exercício na mesma jurisdição, ou,
quando não houver, o que for designado para responder pelo juízo do qual o Diretor é titular.

LETRA D – Errada.

§ 2º Nas comarcas com mais de 2 (duas) varas, em casos de afastamentos do Diretor do


Fórum, a qualquer título, por período superior a 5 (cinco) dias, responderá interinamente pelas
funções, independentemente de designação, o magistrado investido há mais tempo na
titularidade de unidade judiciária na respectiva circunscrição, seguindo-se a ordem de acordo
com tal critério de modo a assegurar o desempenho ininterrupto da Direção.

LETRA E – Errada. Em cada comarca haverá uma Diretoria do Foro.

GABARITO: Letra A

(Elaborada pelo Professor)

Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção correta no que se refere a organização
judiciária do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

a) Por motivo de relevante interesse da administração da justiça, o Corregedor-Geral de Justiça poderá


dispor de forma diferente acerca das regras de substituição para as comarcas com mais de um juízo,

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designando outros magistrados em exercício na mesma jurisdição, ou na mesma Zona Judiciária,
conforme o caso, para fins de respondência, recaindo as indicações, preferencialmente, sobre os Juízes
dos Juizados Auxiliares.

b) Nas comarcas do interior, nos afastamentos superiores a 30 dias de Juiz de Direito, será designado
para responder, obrigatoriamente, Juiz de Direito do Juizado Auxiliar;

c) Os serviços auxiliares da justiça são constituídos pelos órgãos que integram os foros judicial,
extrajudicial e arbitral.

d) As Diretorias dos Foros são consideradas como serviços do foro extrajudicial.

e) As secretarias do Tribunal de Justiça são consideradas como serviços do foro judicial.

Comentários ==1928da==

À luz da Lei n.º 16.397/2017, vamos analisar as alternativas:

LETRA A – Errada. Por motivo de relevante interesse da administração da justiça, o Presidente do


Tribunal de Justiça poderá dispor de forma diferente da prevista acima para as comarcas com mais de
um juízo, designando outros magistrados em exercício na mesma jurisdição, ou na mesma Zona
Judiciária, conforme o caso, para fins de respondência, recaindo as indicações, preferencialmente,
sobre os Juízes dos Juizados Auxiliares;

LETRA B – Errada. Nos afastamentos superiores a 30 dias, será designado para responder,
preferencialmente, Juiz de Direito do Juizado Auxiliar;

LETRA C – Errada. Os serviços auxiliares da justiça são constituídos pelos órgãos que integram os
foros judicial e extrajudicial.

LETRA D – Errada. Vide letra E.

LETRA E – Correta. Os serviços do foro judicial compreendem as secretarias do Tribunal de Justiça, as


Diretorias dos Foros e suas respectivas unidades, assim como as secretarias de unidades judiciárias e
juizados.

GABARITO: Letra E

(FGV – 2018 – TJ-AL – adaptada)

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Em determinada Comarca do interior do Estado, a Seção local da Ordem dos Advogados do Brasil vem
pleiteando a criação de mais uma Vara, diante do alto número de processos judiciais que tramitam
naquela cidade.

Consoante dispõe o Código de Organização Judiciária do Estado, a viabilidade de tal pleito depende de:

a) resolução do Tribunal de Justiça, bem como que tenha a Comarca extensão territorial pelo menos
equivalente a 150 km, e que o volume de serviços forenses seja correspondente, no mínimo, à
distribuição de duzentos feitos.

b) resolução do Tribunal de Justiça, bem como que tenha a Comarca população de ao menos 10.000
habitantes, com colégio eleitoral não inferior a 5.000 eleitores, e que o volume de serviços forenses seja
correspondente, no mínimo, à distribuição de duzentos feitos.

c) lei da iniciativa do Poder Legislativo.

d) lei da iniciativa do Tribunal de Justiça.

e) lei da iniciativa do Governador do Estado.

Comentários

A criação de unidades judiciárias depende de lei de iniciativa do TJ.

Art. 3º Compete privativamente ao Tribunal de Justiça do Estado do Ceará a iniciativa de lei que disponha sobre a
organização judiciária estadual e a criação de unidades judiciárias, bem como a elaboração de seu regimento interno,
disciplinando a composição e as atribuições de seus órgãos, o processo e o julgamento dos feitos de sua competência e a
disciplina dos seus serviços.

GABARITO: Letra D.

(FGV - 2013 - TJ-AM - adaptada)

A divisão judiciária compreende a criação, alteração e a extinção de unidades judiciárias, sua


classificação e agrupamento, e, para fins de administração do Poder Judiciário, o território do Estado
tem como unidades judiciárias:

I. Distritos.

II. Termos Judiciários.

III. Fóruns Regionais.

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IV. Comarcas Sede.

V. Comarcas Vinculadas

Assinale:

a) os Distritos, as Comarcas Sede e as Comarcas Vinculadas.

b) os Fóruns Regionais, os Distritos e as Comarcas.

c) os Distritos, as Comarcas Sede e os Termos Judiciários.

d) os Fóruns Regionais, as Comarcas Sede e as Comarcas Vinculadas.

e) as Comarcas Sede, os Fóruns Regionais e os Termos Judiciários.

Comentários

O território do Estado do Ceará, para fins de administração do Poder Judiciário estadual, divide-se
em comarcas sedes e comarcas vinculadas, as quais, por sua vez, se dividem em distritos judiciários,
na forma descrita no anexo I desta Lei.

COMARCAS SEDE

DIVISÃO
COMARCAS VINCULADAS
JUDICIÁRIA

DISTRITOS JUDICIÁRIOS

GABARITO: Letra A

(FGV - 2013 - TJ-AM - adaptada)

As Comarcas Judiciárias do Estado do Ceará são classificadas em entrâncias, denominadas:

a) Entrância Comum, Entrância Final e Entrância Especial.

b) Primeira, Segunda e Terceira Entrância.

c) Entrância Inicial, Intermediária e Final.

d) Entrância Inicial e Entrância Especial.

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e) Entrância Comum e Entrância Final.

Comentários

As comarcas classificam-se em 3 (três) entrâncias, denominadas: inicial, intermediária e final.

INICIAL

ENTRÂNCIAS INTERMEDIÁRIA

FINAL

GABARITO: Letra C

(FGV – 2015 – TJ-BA – adaptada)

Conforme estabelece a Organização e Divisão Judiciária do Estado do Ceará, a classificação e a


reclassificação das Comarcas, por entrâncias, dependerão de lei e obedecerão a fatores objetivos. Na
entrância inicial, deve-se observar, entre outros, o seguinte critério:

a) extensão territorial de até 50 m2

b) população de 100.000 (cem mil) habitantes, residindo, pelo menos, 30% (trinta por cento) na
respectiva sede.

c) aforamento anual de aproximadamente 300 (trezentos) feitos de jurisdição contenciosa.

d) receita tributária superior, no mínimo, ao dobro da exigida para a criação do município.

e) colégio eleitoral correspondente a 60% da população.

Comentários

Segundo a lei estadual, na entrância inicial deve ser observado os seguintes requisitos:

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ALTERAÇÃO DA POPULAÇÃO COLÉGIO
MOVIMENTO FORENSE1
ORGANIZAÇÃO MÍNIMA ELEITORAL
Não inferior a
IMPLANTAÇÃO
15.000 60% da e igual ou superior a 50% por juiz3
NOVA COMARCA
população2
ELEVAÇÃO DE
Média anual igual ou superior a 2.220
INICIAL PARA 30.000 e
feitos
INTERMEDIÁRIA
-
ELEVAÇÃO DE
Média anual igual ou superior a 5.000
INTERMEDIÁRIA 100.000 e
feitos
PARA FINAL

O único requisito correto acerca das comarcas de entrância inicial é a LETRA E.

GABARITO: Letra E

(FGV – 2015 – TJ-BA – adaptada)

A Lei de Organização e Divisão Judiciária do Estado do Ceará dispõe que, para o exercício das atividades
jurisdicionais, o território do Estado constitui seção judiciária única, fracionada, contudo, para efeitos
da administração da Justiça. Nesse contexto, entende-se como:

a) Subseção Judiciária, o agrupamento de Circunscrições Judiciárias;

b) Região Judiciária, o conjunto das Subseções Judiciárias;

c) Zona Judiciária, todas dotadas de juízes auxiliares com jurisdição no território respectivo, cuja
atuação dependerá de prévia designação da Presidência do Tribunal de Justiça.

1 Média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da implantação, daquela registrada, por juiz, no
âmbito do Poder Judiciário do Estado do Ceará
2 Os dados sobre a população e o eleitorado serão os oficialmente apurados e divulgados, respectivamente, pelo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, e pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará.

3
A aferição do número de demandas será feita pela secretaria do juízo a que pertencer a comarca vinculada,
com base no domicílio de, pelo menos, uma das partes envolvidas nos litígios, lavrando-se certidão que será
acompanhada de relatório consolidado dos feitos identificados como relativos à comarca a ser implantada, para
fins de apreciação pelo Tribunal de Justiça.

O Tribunal de Justiça publicará, em sua página eletrônica, anualmente, até o dia 31 de março, resumo do
quantitativo de casos novos ingressados no último triênio, incluído o resultado do ano imediatamente anterior,
estratificado por zona, comarca e unidade, bem como a média, por magistrado, mediador e conciliador, no
âmbito do Poder Judiciário Estadual.

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d) As comarcas vinculadas constituem circunscrições com unidades judiciárias implantadas, observados
os requisitos estabelecidos nesta Lei, cujos limites corresponderão aos de um município, ou aos de um
agrupamento de 2 ou mais deles, caso em que um será considerado a sua sede, figurando os demais
como comarcas vinculadas.

e) As comarcas sede são circunscrições que correspondem aos municípios que não constituem sedes de
comarcas, integrando, enquanto nessa condição, a jurisdição de comarcas implantadas, a cujo juízo
ficam afetos os respectivos serviços judiciais.

Comentários

Vamos corrigir as alternativas:

LETRA A e B – Errada. Comarca Sede, Comarca Vinculada e Distrito.

LETRA C – Correta.

Art. 10. A composição das zonas judiciárias observará, tanto quanto possível, a regionalização para
fins de planejamento que decorrer de legislação estadual.
Parágrafo único. A zona judiciária poderá ter mais de uma sede, de modo a atender à racionalidade e
à eficiência do serviço.

LETRA D – Errada. Esse é o conceito de comarca sede.

Art. 11. As comarcas constituem circunscrições com unidades judiciárias implantadas, observados os
requisitos estabelecidos nesta Lei, cujos limites corresponderão aos de um município, ou aos de um
agrupamento de 2 (dois) ou mais deles, caso em que um será considerado a sua sede, figurando os
demais como comarcas vinculadas.

LETRA E – Errada. Esse é o conceito de comarca vinculada.

Art. 12. As comarcas vinculadas são circunscrições que correspondem aos municípios que não
constituem sedes de comarcas, integrando, enquanto nessa condição, a jurisdição de comarcas
implantadas, a cujo juízo ficam afetos os respectivos serviços judiciais.

GABARITO: Letra C

(FGV – 2014 – TJ-RJ - adaptada)

Com os olhos voltados à divisão territorial, para fins de administração da Justiça, pode-se afirmar que:

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a) as comarcas sempre equivalem a um Município.

b) as comarcas sempre correspondem a um conjunto de Municípios.

c) cada Vara corresponde a uma comarca.

d) o distrito será instalado com a posse do Juiz de Paz.

e) as comarcas do interior do Estado serão agrupadas em zonas judiciárias.

Comentários

Vamos analisar uma a uma:

LETRA A e B – Errada. As comarcas constituem circunscrições com unidades judiciárias implantadas,


observados os requisitos estabelecidos nesta Lei, cujos limites corresponderão aos de um município, ou
aos de um agrupamento de 2 (dois) ou mais deles, caso em que um será considerado a sua sede,
figurando os demais como comarcas vinculadas.

LETRA C – Errada. As varas integram as Comarcas. Uma comarca pode ter várias varas judiciais.

LETRA D – Errada. O Distrito será considerado instalado com a posse da primeira pessoa que
desempenhar a delegação de oficial do registro civil de pessoas naturais

LETRA E – Correta. As comarcas do interior do Estado serão agrupadas em zonas judiciárias.

GABARITO: Letra E

(FGV – 2015 – TJ-RO - adaptada)

Consoante dispõe o Código de Organização e Divisão Judiciária do Estado do Ceará, é um dos requisitos
essenciais para a implantação de Comarca:

a) a existência de população mínima de cinquenta mil habitantes no Município que sediará a Comarca.

b) a arrecadação anual de tributos estaduais não inferiores a cem vezes a média do salário mínimo
regional.

c) o mínimo de nove mil eleitores inscritos.

d) o volume de serviço forense comprovado pelo juiz da Comarca a que pertence o Município, com o
mínimo de trezentos processos ajuizados no ano anterior.

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e) a existência de prédios públicos com capacidade e condições para instalação do Fórum, e residências
oficiais para juiz, Promotor e todos os servidores da Justiça.

Comentários

Eis os requisitos:

Art. 17. São requisitos para a implantação de comarcas:


I - população mínima de 15.000 (quinze mil) habitantes e eleitorado não inferior a 60% (sessenta por
cento) de sua população;
II - haver registrado média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da implantação, igual
ou superior a 50% (cinquenta por cento) daquela registrada, por juiz, no âmbito do Poder Judiciário
do Estado do Ceará.

A opção que se encaixa é a letra C, pois, segundo o COJE, a população mínima é de 15 mil sendo 60%
de eleitores. 60% de 15 mil é nove mil.

GABARITO: Letra C

(FGV – 2015 – TJ-PI - adaptada)

Para fins de divisão e organização do serviço, o Estado do Ceará possui uma divisão judiciária. A esse
respeito, é correto afirmar que:

a) a divisão judiciária somente contempla a organização em instâncias;

b) existem comarcas de entrância final, de entrância intermediária e de entrância inicial;

c) as comarcas são sempre classificadas em duas categorias;

d) as Turmas Recursais são órgãos do Tribunal.

e) somente a Capital do Estado é uma comarca de entrância final.

Comentários

Vamos analisar uma a uma:

LETRA A – Errada. A divisão judiciária somente contempla a organização em ENTRÂNCIAS.

LETRA B – Correta.

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Art. 7º As comarcas classificam-se em 3 (três) entrâncias, denominadas: inicial, intermediária e final,
de acordo com o constante do anexo I, observados, para fins de reclassificação, os critérios previstos no
art. 20 desta Lei.

LETRA C – Errada. As comarcas são classificadas em TRÊS ENTRÂNCIAS.

LETRA D – Errada. As Turmas Recursais são órgãos do primeiro grau.

LETRA E – Errada. Além de Fortaleza, existem outras comarcas de entrância final.

GABARITO: Letra B

(FGV - 2019 - TJ-CE - adaptada) De acordo com a Lei Estadual nº 16.397/17 do Ceará, que dispõe
sobre a organização judiciária do Estado, compreendendo a estrutura e o funcionamento do Poder
Judiciário e de seus serviços auxiliares, são requisitos para elevação de comarca de entrância
intermediária para a final:

a) população mínima de 40.000 (quarenta mil) habitantes; eleitorado não inferior a 70% (setenta por
cento) de sua população; e média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da elevação,
igual ou superior a 1.200 (um mil e duzentos) feitos;

b) população mínima de 50.000 (cinquenta mil) habitantes; eleitorado não inferior a 60% (sessenta por
cento) de sua população; e média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da elevação,
igual ou superior a 1.100 (um mil e cem) feitos;

c) população mínima de 100.000 (cem mil) habitantes e média anual de casos novos, considerado o
triênio anterior ao da elevação, igual ou superior a 5.000 (quatro mil) feitos;

d) população mínima de 200.000 (duzentos mil) habitantes e eleitorado não inferior a 60% (sessenta
por cento) de sua população; ou média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da
elevação, igual ou superior a 8.000 (oito mil) feitos;

e) população mínima de 300.000 (trezentos mil) habitantes e eleitorado não inferior a 60% (sessenta
por cento) de sua população; ou média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da
elevação, igual ou superior a 10.000 (dez mil) feitos.

COMENTÁRIOS

Eis as condições

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ALTERAÇÃO DA POPULAÇÃO COLÉGIO
MOVIMENTO FORENSE
ORGANIZAÇÃO MÍNIMA ELEITORAL
Não inferior a
IMPLANTAÇÃO
15.000 60% da e igual ou superior a 50% por juiz
NOVA COMARCA
população
ELEVAÇÃO DE
Média anual igual ou superior a 2.220
INICIAL PARA 30.000 e
feitos
INTERMEDIÁRIA
-
ELEVAÇÃO DE
Média anual igual ou superior a 5.000
INTERMEDIÁRIA 100.000 e
feitos
PARA FINAL

GABARITO: Letra B

(FGV - 2019 - TJ-CE) Segundo a Lei Estadual nº 16.397/17, os serviços auxiliares da justiça são
constituídos pelos órgãos que integram os foros judicial e extrajudicial.

Nesse contexto, a Lei de Organização Judiciária do Estado do Ceará estabelece que:

a) os serviços do foro extrajudicial compreendem as secretarias do Tribunal de Justiça, as Diretorias dos


Foros e suas respectivas unidades, assim como as secretarias de unidades judiciárias e juizados;

b) o provimento dos cargos de notários e registradores ocorre por livre nomeação do Governador do
Estado, com prévia aprovação pelo Presidente do Tribunal de Justiça, para mandato de 2 (dois) anos,
prorrogável uma única vez;

c) os serviços judiciais, nos quais são lavradas as declarações de vontade das partes e executados os atos
decorrentes de legislação sobre notas e registros públicos, compreendem os tabelionatos de notas e os
ofícios de registro;

d) os direitos, deveres, atribuições, competências e regime disciplinar dos notários e registradores são
regidos pelas normas do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará;

e) os serviços do foro extrajudicial compreendem serventias extrajudiciais notariais e de registro, e são


exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público, na forma da legislação pertinente.

COMENTÁRIOS

Vejamos a análise de cada item:

LETRA A - ERRADA. Art. 108. Os serviços do foro judicial compreendem as secretarias do Tribunal
de Justiça, as Diretorias dos Foros e suas respectivas unidades, assim como as secretarias de
unidades judiciárias e juizados.

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LETRA B - ERRADA. Art. 115. Os serviços do foro extrajudicial compreendem serventias
extrajudiciais notariais e de registro, e são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder
Público, na forma da legislação pertinente.

LETRA C – ERRADA. Art. 109. Os serviços extrajudiciais, nos quais são lavradas as declarações de
vontade das partes e executados os atos decorrentes de legislação sobre notas e registros públicos,
compreendem os tabelionatos de notas, os ofícios de registro de distribuição, os ofícios de registro
de imóveis, os ofícios de registro civil das pessoas naturais, os ofícios de registro de títulos e
documentos e civis das pessoas jurídicas, os ofícios de protestos de títulos e os ofícios de contratos
marítimos.

LETRA D - ERRADA. Art. 116. Os direitos, deveres, atribuições, competências e regime disciplinar
dos notários e registradores, bem como os requisitos para o ingresso na atividade notarial e de
registro, são os especificados na Lei Federal nº 8.935, de 18 de novembro de 1994.

LETRA E - CORRETA. Art. 115. Os serviços do foro extrajudicial compreendem serventias


extrajudiciais notariais e de registro, e são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder
Público, na forma da legislação pertinente.

GABARITO: Letra E

(FGV - 2019 - TJ-CE) A Lei Estadual nº 16.397/17 do Ceará dispõe sobre a organização judiciária do
Estado, compreendendo a estrutura e o funcionamento do Poder Judiciário e de seus serviços
auxiliares.

Em matéria de divisão judiciária, o mencionado diploma legal estabelece que:

a) o território do Estado do Ceará, para fins de administração do Poder Judiciário estadual, divide-se em
comarcas simples e comarcas especiais;

b) os municípios que não forem sedes de comarcas serão qualificados como comarcas vinculadas,
formando com as respectivas sedes uma única jurisdição;

c) as comarcas classificam-se em 3 (três) instâncias, denominadas inicial, intermediária e especial, de


acordo com a efetiva demanda judicial;

d) o Tribunal de Justiça zelará para que todas as comarcas que contem com mais de 100.000 (cem mil)
habitantes tenham, pelo menos, 1 (uma) unidade judiciária;

e) a Comarca de Fortaleza será agrupada em zonas judiciárias dotadas de juízes auxiliares com jurisdição
na Capital, cuja atuação dependerá de designação da Presidência do Tribunal.

COMENTÁRIOS

Vejamos a análise de cada item:

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LETRA A – ERRADA. Art. 4º O território do Estado do Ceará, para fins de administração do Poder
Judiciário estadual, divide-se em comarcas sedes e comarcas vinculadas, as quais, por sua vez, se
dividem em distritos judiciários, na forma descrita no anexo I desta Lei.

LETRA B – CORRETA. ART. 6º Parágrafo único. Os municípios que não forem sedes de comarcas serão
qualificados como comarcas vinculadas, formando com as respectivas sedes uma única jurisdição,
observado o disposto no art. 12 desta Lei.

LETRA C ERRADA. Art. 7º As comarcas classificam-se em 3 (três) entrâncias, denominadas: inicial,


intermediária e final, de acordo com o constante do anexo I, observados, para fins de reclassificação,
os critérios previstos no art. 20 desta Lei.

LETRA D ERRADA. - Art. 8º A distribuição das varas e o número de juízes serão proporcionais à efetiva
demanda judicial e à respectiva população, devendo o Tribunal de Justiça zelar para que todas as
comarcas que contem com mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes tenham, pelo menos, 2 (duas)
unidades judiciárias.

LETRA E ERRADA. - Art. 5º As comarcas do interior do Estado serão agrupadas em zonas judiciárias.

GABARITO: Letra B

(FGV - 2019 - TJ-CE) A Lei de Organização Judiciária do Estado do Ceará estabelece que a Diretoria
do Fórum da Comarca de Fortaleza será exercida por um Juiz de Direito em efetivo exercício na
Capital, chamado de Juiz Diretor do Foro da Capital:

a) que é indicado pela Corregedoria-Geral de Justiça, devendo a escolha ser referendada pelo
Presidente do Tribunal, admitida uma recondução;

b) que é auxiliado por 3 (três) Juízes de Direito em exercício na Comarca de Fortaleza, por ele indicados,
com a aprovação do Presidente do Tribunal de Justiça;

c) a quem compete conceder férias e licenças aos magistrados e servidores lotados no Fórum da Capital;

d) a quem incumbe abrir, rubricar e encerrar livros dos titulares dos ofícios extrajudiciais de todas as
Comarcas do Estado;

e) a quem compete processar e julgar originariamente os mandados de segurança contra atos do


Prefeito de Fortaleza.

COMENTÁRIOS

Vejamos a análise de cada item:

LETRA A – ERRADA. Art. 101. A Diretoria do Fórum da Comarca de Fortaleza será exercida por 1 (um)
Juiz de Direito em efetivo exercício na Capital, indicado pela Presidência do Tribunal, devendo a
escolha ser referendada pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça, admitida a recondução para um
período imediatamente subsequente.

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LETRA B – ERRADA. ART. 102. Parágrafo único. O Diretor do Fórum será auxiliado por 10 (dez) Juízes
de Direito em exercício na Comarca de Fortaleza, por ele indicados, com a aprovação do Órgão
Especial, para desempenhar as seguintes funções:

LETRA C CORRETA. Art. 102. Compete ao Juiz Diretor do Foro da Capital:

III - conceder férias e licenças aos magistrados e servidores lotados no Fórum da Capital;

LETRA D ERRADA. Art. 102. IV - abrir, rubricar e encerrar livros dos titulares dos ofícios extrajudiciais
da Comarca de Fortaleza;

LETRA E ERRADA. – Previsão inexistente.

GABARITO: Letra C

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QUESTÕES DE CONCURSO

Questões Propostas

1. (TJ-CE – 2018 – IESES) De acordo com o Código de Divisão e Organização Judiciárias do Ceará e
com relação à implantação de comarcas, é correto afirmar:

I. Ser necessária população mínima de 15.000 (quinze mil) habitantes e eleitorado não inferior a 60%
(sessenta por cento) de sua população.

II. Haver registro médio anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da implantação, igual
ou superior a 50% (cinquenta por cento) daquela registrada, por juiz, no âmbito do Poder Judiciário do
Estado do Ceará.

III. Que o Tribunal de Justiça, após a deliberação do Tribunal Pleno, providencie o envio de projeto de
lei à Assembleia Legislativa, do qual deverá constar, também, a proposta de criação dos cargos
necessários para prover o juízo a ser implantado, e dos respectivos ofícios extrajudiciais.

IV. Que após a entrada em vigor da lei que autorizar a implantação de nova comarca, o Tribunal de
Justiça discipline, por meio de resolução, as providências necessárias à respectiva instalação.

Assinale a alternativa correta:

a) Apenas I, III e IV estão corretas.

b) Todas estão corretas.

c) Apenas I e IV estão corretas.

d) Apenas II e III estão corretas.

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2. (CESPE – 2008 – TJ-CE) Considere a seguinte situação hipotética. O prefeito de um município do


Ceará reuniu-se com o presidente do TJCE para tentar viabilizar a implantação de uma comarca em
sua cidade em razão da crescente quantidade de demandas judiciais reprimidas. O município tem
uma população de 5.000 habitantes e 800 eleitores inscritos. Nessa situação, o presidente do TJCE,
ainda que acolha os fundamentos do prefeito, não poderá implantar a comarca, pois o município
não atende aos requisitos essenciais estabelecidos em lei para tal implantação.

3. (ESAF – 2002 – TJ-CE – adaptada) O Código de Divisão e Organização Judiciária do Estado


classifica assim as comarcas:

a) Comarcas de primeira, segunda, terceiras entrâncias e de segunda instância.

b) Comarcas de primeira entrância e de segunda instância.

c) Comarcas de entrância inicial, intermediária e especial.

d) Comarcas de entrância inicial, intermediária e final.

e) Comarcas de primeira instância e comarcas especiais.

4. (Elaborada pelo Professor) Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção correta
no que se refere a organização judiciária do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

a) O território do Estado do Ceará, para fins de administração do Poder Judiciário estadual, divide-se
em comarcas sedes e comarcas vinculadas, as quais, por sua vez, se dividem em subdistritos judiciários.

b) As comarcas do Estado serão agrupadas em zonas judiciárias.

c) Em cada município haverá sede de comarca, dependendo a sua implantação do cumprimento dos
requisitos estabelecidos na lei de organização e divisão judiciárias, mediante apuração pelo Governo
do Estado.

d) A distribuição das varas e o número de juízes serão proporcionais à efetiva demanda judicial e à
respectiva população, devendo o Tribunal de Justiça zelar para que todas as comarcas que contem com
mais de 30.000 (trinta mil) habitantes tenham, pelo menos, 2 (duas) unidades judiciárias.

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e) Os municípios que não forem sedes de comarcas serão qualificados como comarcas vinculadas,
formando com as respectivas sedes uma única jurisdição.

5. (Elaborada pelo Professor) Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção correta
no que se refere a organização judiciária do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

a) A composição das zonas judiciárias observará, tanto quanto possível, a centralização para fins de
planejamento que decorrer de legislação estadual.

b) A zona judiciária poderá ter mais de uma sede, de modo a atender à racionalidade e à eficiência do
serviço.

c) As comarcas constituem circunscrições com unidades judiciárias implantadas, observados os


requisitos estabelecidos em Lei, cujos limites corresponderão aos de um município, ou aos de um
agrupamento de 2 (dois) ou mais deles, caso em que um será considerado a sua sede, figurando os
demais como comarcas não instaladas.

d) À exceção da Comarca de Fortaleza, as comarcas serão agrupadas em zonas judiciárias, todas


dotadas de juízes auxiliares com jurisdição no território respectivo, cuja atuação dependerá de prévia
designação do Diretor do Fórum.

e) No caso das comarcas vinculadas, o Tribunal de Justiça, por deliberação de seu Conselho da
Magistratura, observados aspectos como a demanda e a disponibilidade de recursos humanos e
materiais determinará a reunião de todos os acervos processuais para tramitação na comarca sede,
assegurando, neste caso, que o protocolo de petições e documentos, bem como atendimento ao
público, expedição de certidões possam ser feitos tanto na comarca sede quanto na comarca vinculada.

6. (Elaborada pelo Professor) Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção correta
no que se refere as Comarcas Vinculadas.

a) As comarcas vinculadas são circunscrições que correspondem aos municípios que não constituem
sedes de comarcas, integrando, enquanto nessa condição, a jurisdição de comarcas implantadas, a cujo
juízo ficam afetos os respectivos serviços judiciais.

b) As audiências e/ou quaisquer atos processuais que exijam comparecimento de pessoas em juízo serão
realizados obrigatoriamente na comarca sede.

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c) A extinção, transformação ou transferência de comarcas somente poderão ocorrer mediante


Resolução do Tribunal Pleno.

d) A Corregedoria-Geral da Justiça zelará para que o juiz responsável pela comarca vinculada nela
compareça, no mínimo, a cada 30 (trinta) dias, para a realização de audiências e/ou quaisquer outros
atos necessários para uma célere prestação jurisdicional.

e) A prestação jurisdicional na comarca vinculada ficará sob a responsabilidade de juiz auxiliar da


respectiva Zona Judiciária, em sistema de rodízio anual onde houver mais de um, ou ainda por juiz
substituto, mediante prévia designação do Tribunal de Justiça em quaisquer dos casos.

7. (Elaborada pelo Professor) Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção correta
no que se refere a organização judiciária do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

a) Os distritos judiciários que, a critério do Tribunal de Justiça, atendam a adequados requisitos


populacionais e socioeconômicos, contarão com um ofício de registro civil de pessoas naturais, a ser
criado por lei, e um juizado especial.

b) A instalação do distrito judiciário estará consumada com a posse da primeira pessoa que
desempenhar a delegação de oficial do registro civil de pessoas naturais, após a criação da serventia por
lei e provimento mediante designação em caráter excepcional efetivada pelo Presidente do Tribunal.

c) Atendidos os requisitos estabelecidos no Código de Organização e Divisão Judiciárias, o Tribunal de


Justiça, após a deliberação do Órgão Especial, providenciará o envio de projeto de lei à Assembleia
Legislativa, do qual deverá constar, também, a proposta de criação dos cargos necessários para prover
o juízo a ser implantado, e dos respectivos ofícios extrajudiciais.

d) Após a entrada em vigor da lei que autorizar a implantação de nova comarca, o Tribunal de Justiça
disciplinará, por meio de resolução, as providências necessárias à respectiva instalação.

e) Quando da instalação de nova comarca, os feitos em tramitação que tenham pelo menos uma das
partes com domicílio na jurisdição da unidade a ser implantada, desde que julgados, serão
encaminhados para a nova sede do juízo, obedecida a legislação processual em vigor.

8. (Elaborada pelo Professor) Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção
incorreta no que se refere a organização judiciária do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

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a) Em cada comarca haverá uma Diretoria do Foro.

b) A Diretoria do Fórum da Comarca de Fortaleza será exercida por um Juiz de Direito em efetivo
exercício na Capital, indicado pela Presidência do Tribunal, devendo a escolha ser referendada pelo
Órgão Especial do Tribunal de Justiça, admitida a recondução para um período imediatamente
subsequente.

c) A Vice-Diretoria do Fórum da Comarca de Fortaleza será exercida por 1 (um) Juiz de Direito com
exercício na Comarca, indicado pela Presidência do Tribunal de Justiça, devendo a escolha ser
referendada pelo Órgão Especial, com competência para substituir o Diretor nas ausências,
impedimentos, licenças e férias, bem como outras que lhe venham a ser atribuídas em ato normativo
próprio.

d) Nas jurisdições com mais de uma unidade judiciária, será observado rodízio a cada dois anos entre os
magistrados titulares em exercício, mediante prévia designação da Presidência do Tribunal de Justiça,
a ocorrer até o último dia útil do mês de fevereiro.

e) Incumbe ao Juiz de Direito investido em juízo de vara única, como titular ou interino, o desempenho
das atribuições de Diretor do Fórum.

9. (Elaborada pelo Professor) Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção correta
no que se refere a organização judiciária do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

a) As designações do Juiz Diretor e do Vice-Diretor da Comarca da Capital devem coincidir com o


período do mandato do Presidente que os indicou, sendo permitida a recondução para um único biênio
consecutivo.

b) O Diretor do Fórum da Comarca da Capital será auxiliado por 10 (dez) Servidores em exercício na
Comarca de Fortaleza, por ele indicados, com a aprovação do Órgão Especial.

c) Nas comarcas com mais 2 (duas) varas, em casos de afastamentos do Diretor do Fórum, a qualquer
título, por período superior a 5 (cinco) dias, responderá interinamente pelas funções,
independentemente de designação, o outro magistrado em exercício na mesma jurisdição, ou, quando
não houver, o que for designado para responder pelo juízo do qual o Diretor é titular.

d)Nas comarcas com 2 (duas) varas, em casos de afastamentos do Diretor do Fórum, a qualquer título,
por período superior a 5 (cinco) dias, responderá interinamente pelas funções, independentemente de
designação, o magistrado investido há mais tempo na titularidade de unidade judiciária na respectiva

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circunscrição, seguindo-se a ordem de acordo com tal critério de modo a assegurar o desempenho
ininterrupto da Direção.

e) Em cada comarca haverá uma Diretoria do Foro, salvo na comarca de Fortaleza, que contará com
duas diretorias de foro.

10. (Elaborada pelo Professor) Com base no disposto na Lei n.º 16.397/2017, assinale a opção
correta no que se refere a organização judiciária do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

a) Por motivo de relevante interesse da administração da justiça, o Corregedor-Geral de Justiça poderá


dispor de forma diferente acerca das regras de substituição para as comarcas com mais de um juízo,
designando outros magistrados em exercício na mesma jurisdição, ou na mesma Zona Judiciária,
conforme o caso, para fins de respondência, recaindo as indicações, preferencialmente, sobre os Juízes
dos Juizados Auxiliares.

b) Nas comarcas do interior, nos afastamentos superiores a 30 dias de Juiz de Direito, será designado
para responder, obrigatoriamente, Juiz de Direito do Juizado Auxiliar;

c) Os serviços auxiliares da justiça são constituídos pelos órgãos que integram os foros judicial,
extrajudicial e arbitral.

d) As Diretorias dos Foros são consideradas como serviços do foro extrajudicial.

e) As secretarias do Tribunal de Justiça são consideradas como serviços do foro judicial.

11. (FGV – 2018 – TJ-AL – adaptada) Em determinada Comarca do interior do Estado, a Seção local
da Ordem dos Advogados do Brasil vem pleiteando a criação de mais uma Vara, diante do alto
número de processos judiciais que tramitam naquela cidade.

Consoante dispõe o Código de Organização Judiciária do Estado, a viabilidade de tal pleito depende de:

a) resolução do Tribunal de Justiça, bem como que tenha a Comarca extensão territorial pelo menos
equivalente a 150 km, e que o volume de serviços forenses seja correspondente, no mínimo, à
distribuição de duzentos feitos.

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b) resolução do Tribunal de Justiça, bem como que tenha a Comarca população de ao menos 10.000
habitantes, com colégio eleitoral não inferior a 5.000 eleitores, e que o volume de serviços forenses seja
correspondente, no mínimo, à distribuição de duzentos feitos.

c) lei da iniciativa do Poder Legislativo.

d) lei da iniciativa do Tribunal de Justiça.

e) lei da iniciativa do Governador do Estado.

12. (FGV - 2013 - TJ-AM - adaptada) A divisão judiciária compreende a criação, alteração e a
extinção de unidades judiciárias, sua classificação e agrupamento, e, para fins de administração do
Poder Judiciário, o território do Estado tem como unidades judiciárias:

I. Distritos.

II. Termos Judiciários.

III. Fóruns Regionais.

IV. Comarcas Sede.

V. Comarcas Vinculadas

Assinale:

a) os Distritos, as Comarcas Sede e as Comarcas Vinculadas.

b) os Fóruns Regionais, os Distritos e as Comarcas.

c) os Distritos, as Comarcas Sede e os Termos Judiciários.

d) os Fóruns Regionais, as Comarcas Sede e as Comarcas Vinculadas.

e) as Comarcas Sede, os Fóruns Regionais e os Termos Judiciários.

13. (FGV - 2013 - TJ-AM - adaptada) As Comarcas Judiciárias do Estado do Ceará são
classificadas em entrâncias, denominadas:

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a) Entrância Comum, Entrância Final e Entrância Especial.

b) Primeira, Segunda e Terceira Entrância.

c) Entrância Inicial, Intermediária e Final.

d) Entrância Inicial e Entrância Especial.

e) Entrância Comum e Entrância Final.

14. (FGV – 2015 – TJ-BA – adaptada) Conforme estabelece a Organização e Divisão Judiciária do
Estado do Ceará, a classificação e a reclassificação das Comarcas, por entrâncias, dependerão de
lei e obedecerão a fatores objetivos. Na entrância inicial, deve-se observar, entre outros, o seguinte
critério:

a) extensão territorial de até 50 m2

b) população de 100.000 (cem mil) habitantes, residindo, pelo menos, 30% (trinta por cento) na
respectiva sede.

c) aforamento anual de aproximadamente 300 (trezentos) feitos de jurisdição contenciosa.

d) receita tributária superior, no mínimo, ao dobro da exigida para a criação do município.

e) colégio eleitoral correspondente a 60% da população.

15. (FGV – 2015 – TJ-BA – adaptada)

A Lei de Organização e Divisão Judiciária do Estado do Ceará dispõe que, para o exercício das atividades
jurisdicionais, o território do Estado constitui seção judiciária única, fracionada, contudo, para efeitos
da administração da Justiça. Nesse contexto, entende-se como:

a) Subseção Judiciária, o agrupamento de Circunscrições Judiciárias;

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b) Região Judiciária, o conjunto das Subseções Judiciárias;

c) Zona Judiciária, todas dotadas de juízes auxiliares com jurisdição no território respectivo, cuja
atuação dependerá de prévia designação da Presidência do Tribunal de Justiça.

d) As comarcas vinculadas constituem circunscrições com unidades judiciárias implantadas, observados


os requisitos estabelecidos nesta Lei, cujos limites corresponderão aos de um município, ou aos de um
agrupamento de 2 ou mais deles, caso em que um será considerado a sua sede, figurando os demais
como comarcas vinculadas.

e) As comarcas sede são circunscrições que correspondem aos municípios que não constituem sedes de
comarcas, integrando, enquanto nessa condição, a jurisdição de comarcas implantadas, a cujo juízo
ficam afetos os respectivos serviços judiciais.

16. (FGV – 2014 – TJ-RJ - adaptada) Com os olhos voltados à divisão territorial, para fins de
administração da Justiça, pode-se afirmar que:

a) as comarcas sempre equivalem a um Município.

b) as comarcas sempre correspondem a um conjunto de Municípios.

c) cada Vara corresponde a uma comarca.

d) o distrito será instalado com a posse do Juiz de Paz.

e) as comarcas do interior do Estado serão agrupadas em zonas judiciárias.

17. (FGV – 2015 – TJ-RO - adaptada)

Consoante dispõe o Código de Organização e Divisão Judiciária do Estado do Ceará, é um dos requisitos
essenciais para a implantação de Comarca:

a) a existência de população mínima de cinquenta mil habitantes no Município que sediará a Comarca.

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b) a arrecadação anual de tributos estaduais não inferiores a cem vezes a média do salário mínimo
regional.

c) o mínimo de nove mil eleitores inscritos.

d) o volume de serviço forense comprovado pelo juiz da Comarca a que pertence o Município, com o
mínimo de trezentos processos ajuizados no ano anterior.

e) a existência de prédios públicos com capacidade e condições para instalação do Fórum, e residências
oficiais para juiz, Promotor e todos os servidores da Justiça.

18. (FGV – 2015 – TJ-PI - adaptada) Para fins de divisão e organização do serviço, o Estado do Ceará
possui uma divisão judiciária. A esse respeito, é correto afirmar que:

a) a divisão judiciária somente contempla a organização em instâncias;

b) existem comarcas de entrância final, de entrância intermediária e de entrância inicial;

c) as comarcas são sempre classificadas em duas categorias;

d) as Turmas Recursais são órgãos do Tribunal.

e) somente a Capital do Estado é uma comarca de entrância final.

19. (FGV - 2019 - TJ-CE_ De acordo com a Lei Estadual nº 16.397/17 do Ceará, que dispõe sobre a
organização judiciária do Estado, compreendendo a estrutura e o funcionamento do Poder
Judiciário e de seus serviços auxiliares, são requisitos para elevação de comarca de entrância
intermediária para a final:

a) população mínima de 40.000 (quarenta mil) habitantes; eleitorado não inferior a 70% (setenta por
cento) de sua população; e média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da elevação,
igual ou superior a 1.200 (um mil e duzentos) feitos;

b) população mínima de 50.000 (cinquenta mil) habitantes; eleitorado não inferior a 60% (sessenta por
cento) de sua população; e média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da elevação,
igual ou superior a 1.100 (um mil e cem) feitos;

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c) população mínima de 100.000 (cem mil) habitantes; eleitorado não inferior a 70% (setenta por cento)
de sua população; e média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da elevação, igual ou
superior a 4.000 (quatro mil) feitos;

d) população mínima de 200.000 (duzentos mil) habitantes e eleitorado não inferior a 60% (sessenta
por cento) de sua população; ou média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da
elevação, igual ou superior a 8.000 (oito mil) feitos;

e) população mínima de 300.000 (trezentos mil) habitantes e eleitorado não inferior a 60% (sessenta
por cento) de sua população; ou média anual de casos novos, considerado o triênio anterior ao da
elevação, igual ou superior a 10.000 (dez mil) feitos.

20. (FGV - 2019 - TJ-CE) Segundo a Lei Estadual nº 16.397/17, os serviços auxiliares da justiça são
constituídos pelos órgãos que integram os foros judicial e extrajudicial.

Nesse contexto, a Lei de Organização Judiciária do Estado do Ceará estabelece que:

a) os serviços do foro extrajudicial compreendem as secretarias do Tribunal de Justiça, as Diretorias dos


Foros e suas respectivas unidades, assim como as secretarias de unidades judiciárias e juizados;
b) o provimento dos cargos de notários e registradores ocorre por livre nomeação do Governador do
Estado, com prévia aprovação pelo Presidente do Tribunal de Justiça, para mandato de 2 (dois) anos,
prorrogável uma única vez;
c) os serviços judiciais, nos quais são lavradas as declarações de vontade das partes e executados os atos
decorrentes de legislação sobre notas e registros públicos, compreendem os tabelionatos de notas e os
ofícios de registro;
d) os direitos, deveres, atribuições, competências e regime disciplinar dos notários e registradores são
regidos pelas normas do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará;
e) os serviços do foro extrajudicial compreendem serventias extrajudiciais notariais e de registro, e são
exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público, na forma da legislação pertinente.
21. (FGV - 2019 - TJ-CE) A Lei Estadual nº 16.397/17 do Ceará dispõe sobre a organização judiciária
do Estado, compreendendo a estrutura e o funcionamento do Poder Judiciário e de seus serviços
auxiliares.
Em matéria de divisão judiciária, o mencionado diploma legal estabelece que:
a) o território do Estado do Ceará, para fins de administração do Poder Judiciário estadual, divide-se em
comarcas simples e comarcas especiais;

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b) os municípios que não forem sedes de comarcas serão qualificados como comarcas vinculadas,
formando com as respectivas sedes uma única jurisdição;
c) as comarcas classificam-se em 3 (três) instâncias, denominadas inicial, intermediária e especial, de
acordo com a efetiva demanda judicial;
d) o Tribunal de Justiça zelará para que todas as comarcas que contem com mais de 100.000 (cem mil)
habitantes tenham, pelo menos, 1 (uma) unidade judiciária;
e) a Comarca de Fortaleza será agrupada em zonas judiciárias dotadas de juízes auxiliares com jurisdição
na Capital, cuja atuação dependerá de designação da Presidência do Tribunal.

22. (FGV - 2019 - TJ-CE) A Lei de Organização Judiciária do Estado do Ceará estabelece que a
==1928da==

Diretoria do Fórum da Comarca de Fortaleza será exercida por um Juiz de Direito em efetivo
exercício na Capital, chamado de Juiz Diretor do Foro da Capital:
a) que é indicado pela Corregedoria-Geral de Justiça, devendo a escolha ser referendada pelo
Presidente do Tribunal, admitida uma recondução;
b) que é auxiliado por 3 (três) Juízes de Direito em exercício na Comarca de Fortaleza, por ele indicados,
com a aprovação do Presidente do Tribunal de Justiça;
c) a quem compete conceder férias e licenças aos magistrados e servidores lotados no Fórum da Capital;
d) a quem incumbe abrir, rubricar e encerrar livros dos titulares dos ofícios extrajudiciais de todas as
Comarcas do Estado;
e) a quem compete processar e julgar originariamente os mandados de segurança contra atos do
Prefeito de Fortaleza.

Gabarito

01 02 03 04 05 06 07

B Certa D E B A D

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08 09 10 11 12 13 14

D A E D A C E

15 16 17 18 19 20 21

C E C B B E B

22

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