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Aula 01

TREs (Técnico Judiciário - Área


Administrativa) Direito Eleitoral - 2022
(Pré-Edital)

Autor:
Ricardo Torques

06 de Março de 2022

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Sumário

Organização da Justiça Eleitoral ....................................................................................................................... 3

1 - Introdução ................................................................................................................................................. 3

2 - Órgãos ...................................................................................................................................................... 4

3 - Características ........................................................................................................................................... 5

4 - Funções da Justiça Eleitoral ..................................................................................................................... 11

4.1 - Função Administrativa ...................................................................................................................... 12

4.2 - Função Jurisdicional .......................................................................................................................... 13

4.3 - Função Normativa ............................................................................................................................ 14

4.4 - Função Consultiva ............................................................................................................................. 16

Órgãos da Justiça Eleitoral .............................................................................................................................. 18

1 - Regras Gerais ......................................................................................................................................... 19

2 - TSE........................................................................................................................................................... 23

2.1 - Composição e Regras Gerais ........................................................................................................... 23

2.2 - Competência .................................................................................................................................... 35

Destaques da legislação e da jurisprudência ................................................................................................... 67

Resumo .............................................................................................................................................................. 75

Órgãos .......................................................................................................................................................... 75

Características............................................................................................................................................... 75

Funções da Justiça Eleitoral ........................................................................................................................... 76

Regras Gerais ............................................................................................................................................... 77

TSE ................................................................................................................................................................ 78

Questões Comentadas ...................................................................................................................................... 83

FCC ............................................................................................................................................................... 83

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CESPE .......................................................................................................................................................... 106

VUNESP ....................................................................................................................................................... 124

CONSULPLAN ............................................................................................................................................. 126

Outras Bancas ............................................................................................................................................. 128

Lista de Questões ............................................................................................................................................ 146

FCC ............................................................................................................................................................. 146

CESPE .......................................................................................................................................................... 152

VUNESP ....................................................................................................................................................... 157

CONSULPLAN ............................................................................................................................................. 158

Outras Bancas ............................................................................................................................................. 159

Gabarito ......................................................................................................................................................... 165

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JUSTIÇA ELEITORAL (PARTE 01)


CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O assunto “Justiça Eleitoral” em concursos públicos abrange, basicamente, dois temas: a Justiça Eleitoral
propriamente e o Ministério Público Eleitoral. São temas relevantes e que possuem larga incidência em
provas de concurso. Embora o Ministério Público não esteja inserto, tecnicamente, na Justiça Eleitoral, a
opção didática indica a necessidade de tratarmos de ambos conjuntamente.

A matéria Justiça Eleitoral é disciplinada na Constituição Federal e na Lei nº 4.737/1965 (Código Eleitoral).
Este diploma é anterior e subordinado hierarquicamente àquele. Como não houve revogação expressa dos
dispositivos do CE, alguns dos artigos não guardam compatibilidade com o Texto da Constituição, razão pela
qual um dos pressupostos do nosso estudo está em analisar a compatibilidade material. Ok?!

Dada a extensão e a importância da matéria, vamos dividi-la em dois encontros. No primeiro, estudaremos
as regras gerais sobre a Justiça Eleitoral e o TSE; e no segundo, os TREs, os Juízes Eleitorais, as Juntas Eleitorais
e o Ministério Público Eleitoral.

Boa aula a todos!

ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL

1 - Introdução

A Justiça Eleitoral, foi criada no primeiro Código Eleitoral de 1932, este código concedeu o voto às mulheres
estabeleceu o sufrágio universal e secreto e tinha como objetivo organizar e fiscalizar as eleições.

A organização da Justiça eleitoral passou a ser constitucionalizada em 1934, porém, um ano depois o
congresso foi dissolvido e a justiça eleitoral ficou inativa, somente com a Constituição de 1946 voltou a ser
regulamentada definitivamente em todas as constituições. Já o CE atual foi editado em 1965 com o objetivo
de tutelar a lisura das eleições.

Atualmente, a Justiça Eleitoral manteve as competências originárias e agregou novas. Hoje, a organização
desse ramo do Poder Judiciário encontra-se disciplinado nos arts. 118 a 121, da CF, bem como nos arts. 12 a
41, do CE.

A Justiça Eleitoral é fundamental para a democracia brasileira, uma vez que sua atuação garante legitimidade
às eleições. Trata-se de uma justiça especializada, com características peculiares. Por exemplo, não existe
na Justiça Eleitoral cargos de magistrados e sim funções que serão exercidas por juízes dos quadros da Justiça
comum de forma temporária; na primeira instância, há dois órgãos (juiz eleitoral e junta eleitoral), sendo
que um deles é colegiado, ou seja, é integrado por mais de um órgão julgador. Essas são apenas algumas das
características específicas da Justiça Eleitoral.

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Esse regramento diferenciado justifica-se em razão da natureza das atribuições. O Poder Judiciário, como
regra, é responsável por julgar conflitos de interesse. Em relação à Justiça Eleitoral, o julgamento de
processos jurisdicionais é apenas uma de suas funções.

Vamos iniciar o estudo pelos órgãos do Poder Judiciário Eleitoral. Na sequência, as características e, por fim,
as funções da Justiça Eleitoral.

Veremos, portanto:

Órgãos Características Funções

2 - Órgãos

Tal como ocorre em relação aos demais ramos do Poder Judiciário, na área eleitoral temos um conjunto
hierarquizado de órgãos. Atualmente, compõem a Justiça Eleitoral os órgãos arrolados no art. 118, da CF,
que são os mesmos do art. 12, do CE.

 CF:

Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:

I - o Tribunal Superior Eleitoral;

II - os Tribunais Regionais Eleitorais;

III - os Juízes Eleitorais;

IV - as Juntas Eleitorais.

 CE:

Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral:

I - O Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da República e jurisdição em todo o


País;

II - um Tribunal Regional, na Capital de cada Estado, no Distrito Federal e, mediante


proposta do Tribunal Superior, na Capital de Território;

III - juntas eleitorais;

IV - juízes eleitorais.

Os dois dispositivos dizem praticamente a mesma coisa. A diferença é que o Código Eleitoral é mais específico
e traz algumas regras adicionais.

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O TSE é a instância máxima da Justiça Eleitoral, com jurisdição sobre todo o território nacional. Os Juízes e
as Juntas eleitorais compõem a base da Justiça Eleitoral, localizando-se na primeira instância, ao passo que
a segunda instância é composta pelos TREs, que estão presentes em cada um dos Estados e, Distrito Federal,
exercendo jurisdição sobre o território respectivo.

Para a nossa prova devemos lembrar...

instância máxima TSE

2ª Instância TREs

juízes juntas
1ª Instância
eleitorais eleitorais

Antes de estudarmos cada um dos órgãos, é importante destacarmos as principais características da Justiça
Eleitoral.

3 - Características

Quanto às características da Justiça Eleitoral, a doutrina destaca várias, mas trataremos apenas das
principais:

 O nosso sistema eleitoral é judicial. Isso significa dizer que todo o processo eleitoral brasileiro é judicial.
De forma simples, o Poder Judiciário cuida das eleições, não o Poder Executivo, nem o Legislativo.

A título ilustrativo, é comum outros países deslocarem a função eleitoral para fora do Poder Judiciário. É o
que ocorre, por exemplo, no Uruguai, cujas eleições são administradas, organizadas e julgadas por um órgão
autônomo, distinto dos demais poderes. Em nosso sistema, a estruturação é organizada dentro do Poder
Judiciário.

 Justiça especializada. Ao lado da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, a Justiça Eleitoral é considerada
ramo especializado, responsável pela matéria eleitoral como um todo. Assim, a Justiça Eleitoral não se

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confunde com Justiça Comum (abrangida pela Justiça Estadual e pela Justiça Federal), muito embora os
juízes que integram a área eleitoral sejam provenientes da Justiça Comum Estadual e Federal.

Além disso, o fato de os TREs estarem divididos em Estados, não retira o caráter federal desse órgão. São
órgão federais, cuja competência material é distribuída em Estados. O semelhante ocorre com os TRFs, que
também são órgãos federais. A diferença, nesse caso, é o agrupamento por regiões.

Para que tenhamos ideia de onde se localiza a Justiça Eleitoral, vejamos um esquema que sintetiza a
estrutura do nosso Poder Judiciário:

STF

STJ TSE STM TST

Juiz
TJ TRF TRE Auditor TRT
Militar

Juízes Juízes Juízes Juízes do


Estaduais Federais Eleitorais Trabalho

 Estrutura piramidal e hierárquica. Vimos que a Justiça Eleitoral está distribuída em níveis. Na base estão
os Juízes Eleitorais e Juntas eleitorais, os quais se encontram subordinados hierarquicamente ao TRE
respectivo. Os TREs, por sua vez, encontram-se subordinados ao TSE, órgão de superposição, e que ocupa o
vértice da pirâmide.

 Inexistência de magistratura própria na Justiça Eleitoral. Os juízes que exercem a função eleitoral provêm
de outros ramos do Poder Judiciário, especialmente da Justiça Comum estadual. Não há, portanto, um
quadro próprio de magistrados para a Justiça Eleitoral.

Assim... 1

1 TENÓRIO, Rodrigo, Direito Eleitoral, coord. André Ramos Tavares, Rio de Janeiro: Editora Forense, 2014, 221.

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No TSE... os integrantes vêm do STJ, do STF e da advocacia

os integrantes vêm dos Tribunais de Justiça, da Justiça


No TRE...
Federal e da advocacia

Nas Zonas os integrantes vêm da Justiça Comum e, inclusive, cidadãos


Eleitorais... (nas Juntas)

Registre-se que havia a PEC nº 358/2009 para a criação de quadro próprio para a magistratura eleitoral,
contudo, em janeiro de 2015, foi arquivada2.

Aqui temos que tratar de um assunto relevante. Não temos quadro próprio de magistrados na Justiça
Eleitoral, os membros do TRE e do TSE oriundos da magistratura vão acumular ambas as funções – ou seja,
eles atuarão como Juízes do TRE ou como Min. do TSE e cumularão as funções de origem (Juízes de Direito,
Desembargadores, Min. do STJ ou Min. do STF).

E quanto aos advogados que integram os Tribunais Eleitorais, poderão continuar


advogando durante o período que atuam na Justiça Eleitoral?

O STF, na ADI 1127, entendeu que “a incompatibilidade com o exercício da advocacia não alcança os juízes
eleitorais e seus suplentes, em face da composição da Justiça eleitoral estabelecida na Constituição”.

Assim, não há vedação para que o advogado, que seja Juiz do TRE ou Min. do TSE, exerça a advocacia.
Contudo, é sempre bom analisar o regimento de cada tribunal para verificar se há impedimentos específicos.

O mesmo não se aplica em relação ao quadro próprio de servidores (técnicos e analistas) dos respectivos
tribunais, eles não poderão advogar.

 Periodicidade da investidura dos juízes. Como não há carreira própria de magistrados, a fim de garantir
a rotatividade no exercício da função, foi estabelecido um período de investidura de dois anos. Decorrido o
período, há nova investidura, permitindo-se apenas uma recondução consecutiva do anterior ocupante do
cargo, é o Princípio da Temporalidade.

A periodicidade atinge todas as instâncias da Justiça Eleitoral (Juízes Eleitorais, Juízes dos TREs e membros
do TSE). Muito se fala que o Princípio da Temporalidade é aplicado para que haja oxigenação nos órgãos
eleitorais com a abertura de novas ideias, afirma-se, também, que essa característica tem por finalidade
evitar o contato constante e perene do magistrado com o Poder, de modo a manter a imparcialidade de suas
decisões.

2 Em https://goo.gl/aGKv6R, consultado em 9/8/2017.

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 Competência somente definida por lei complementar. Exige o Texto Constitucional (art. 121) a edição de
lei complementar para definir regras sobre a Justiça Eleitoral. Assim, somente lei complementar poderá
disciplinar a organização e a competência dos tribunais, dos juízes eleitorais e das juntas eleitorais.

Devemos estar atentos quanto a esse aspecto, embora editado como lei ordinária, o CE foi recepcionado –
naquilo que compatível materialmente com a CF – como lei complementar. Cuidado! A recepção do CE como
lei complementar ocorreu apenas em relação à parte que dispõe sobre a estrutura, a organização e a
competência do Poder Judiciário. Em relação aos demais dispositivos, ingressa como lei ordinária.

Sigamos com a última característica que gostaríamos de destacar.

 Divisão territorial para fins eleitorais. A Justiça Eleitoral está dividida em circunscrição estadual, em zonas
e em seções eleitorais. É importante distinguir também essa divisão geográfica da divisão jurisdicional.

Vamos com calma...

Por circunscrição eleitoral (ou estadual) devemos


compreender a área geográfica de um estado-membro da
CIRCUNSCRIÇÃO ELEITORAL Federação. O Estado de São Paulo, por exemplo, é uma
circunscrição eleitoral, submetida ao TRE/SP. Dentro de cada
circunscrição, temos a estruturação de diversas Zonas
Eleitorais. A distribuição de Zonas Eleitorais observa, em
ZONAS ELEITORAIS regra, a divisão de município. Assim, para cada município há
uma Zona Eleitoral. Contudo, em determinados locais, como
capitais, é natural a constituição de mais de uma Zona
Eleitoral dentro de determinado município. Para a
SEÇÕES delimitação das Zonas Eleitorais são levados diversos fatores
ELEITORAIS em consideração, como tamanho geográfico, acessibilidade,
número de habitantes etc. Para nós, importa saber que, para
cada Zona, há um Juiz investido na função eleitoral. Dentro
das Zonas Eleitorais temos diversas seções eleitorais, que constituem divisões administrativas das Zonas e
que distribuem os locais em que ocorrerá o registro dos votos no dia das eleições.

Sobre as seções eleitorais, leciona a doutrina de Marcos Ramayana3:

A seção eleitoral é uma subdivisão territorial da zona eleitoral, para fins de votação e até
apuração dos votos, sendo o local destinado ao efetivo exercício do sufrágio, ao qual o
eleitor previamente alistado está vinculado ao ‘ius suffragi’.

3
RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 14ª edição, atual. de acordo com as Leis nº 12.875/2013, 12.891/2013
(minirreforma eleitoral) e 13.107/2015., Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2015, p. 139.

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Para que fiquem claros esses conceitos, vejamos o esquema abaixo...

CIRCUNSCRIÇÃO ESTADUAL ZONAS SEÇÕES

Constituem a divisão da
circunscrição em zonas, São divisões da zona
Cada estado-membro, e
que podem, ou não, eleitoral para exercício
o Distrito Federal,
coincidir com a de funções
constitui uma
delimitação territorial administrativas no dia
circunscrição, sob a
da Comarca, sob a das eleições e para a
jurisdição do TRE.
jurisdição de um juiz votação.
eleitoral.

Devemos lembrar, em relação à expressão “circunscrição”, que o termo é utilizado pelo TSE como espaço
geográfico onde se trava determinada eleição, de forma que podemos falar também em circunscrição em
âmbito nacional, estadual e municipal. Para candidatar-se, o cidadão deve possuir domicílio na circunscrição
do pleito há, pelo menos, seis meses (conforme Lei nº 13.488/2017). Assim, para candidatar-se a Presidente,
a pessoa poderá ter domicílio eleitoral em qualquer ponto do território nacional (circunscrição nacional).
Para candidatar-se a cargos de Governador, de vice-Governador, de Deputado Federal ou Estadual e de
Senador da República, a pessoa precisa ter fixado o domicílio dentro do estado-membro para o qual irá
concorrer (circunscrição estadual). Por fim, para concorrer a cargos de Prefeito, de vice-Prefeito e de
vereador, o candidato deve possuir domicílio há, pelo menos, seis meses no município para o qual deseja
concorrer (circunscrição municipal).

Superamos a divisão geográfica da Justiça Eleitoral. Afirmamos acima que essa divisão não se confunde com
a divisão jurisdicional da Justiça Eleitoral.

Estão lembrados?

A divisão jurisdicional já foi analisada acima e refere-se à distribuição da competência entre os órgãos da
Justiça Eleitoral. Como vimos, esses órgãos estão hierarquizados em primeira instância (Juntas e Juízes
Eleitorais), em segunda instância (TREs) e em instância de superposição (TSE).

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Portanto, para não errar na prova ...

DIVISÃO ADMINISTRATIVO-ELEITORAL (realização DIVISÃO JURISDICIONAL ELEITORAL (julgamento


das eleições) de processos judiciais)

circunscrição estadual TSE

zonas eleitorais TREs

seções eleitorais Juízes Eleitorais

Juntas Eleitorais

Essas são as principais características da Justiça Eleitoral que gostaríamos de destacar.

Para a prova...

sistema eleitoral judicial

justiça especializada
CARACTERÍSTICAS DA JUSTIÇA

estrutura piramidal e hierárquica


ELEITORAL

inexistência de quadro próprio da magistratura

periodicidade da investidura dos Juízes nas funções


eleitorais

organização e competência definida por lei


complementar

divisão territorial em circunscrição, em zonas e em


seções eleitorais

Encerramos as características!

Vejamos, por fim, uma questão sobre esse assunto:

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(CS-UFG - 2015) A Justiça Eleitoral brasileira é um ramo especializado do Poder Judiciário com atuação nas
esferas jurisdicional, administrativa e regulamentar. Nos termos da Constituição de 1988 e das normas do
direito eleitoral,
a) a Justiça Eleitoral não tem magistrados investidos de forma permanente em sua jurisdição, que é exercida
por juízes de direito designados pelo período máximo de dois anos.
b) o controle do processo eleitoral, a fiscalização das eleições e a proclamação dos eleitos é incumbência dos
poderes Judiciário, Legislativo e Executivo.
c) o poder de polícia na seara administrativo-eleitoral do Juiz Eleitoral é afastado pela competência dos
Tribunais Regionais Eleitorais ou Tribunal Superior Eleitoral.
d) o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça detêm competência em matéria eleitoral,
ainda que não sejam órgãos da Justiça Eleitoral.
Comentários
A alternativa A está incorreta. Os juízes dos tribunais eleitorais servirão por dois anos, no mínimo, e nunca
por mais de dois biênios consecutivos. Logo, é possível permanecer, no máximo, por quatro anos. Além disso,
a justiça eleitoral não é formada apenas por juízes de direito (juízes estaduais), como exemplo temos os
advogados e até cidadãos nas juntas eleitorais.
A alternativa B está incorreta. O controle do processo eleitoral, a fiscalização das eleições e a proclamação
dos eleitos é incumbência apenas do Poder Judiciário.
A alternativa C está incorreta. O poder de polícia não é afastado pela competência dos Tribunais Regionais
Eleitorais ou do Tribunal Superior Eleitoral, pois uma das funções da Justiça Eleitoral é administrativa,
apresentando-se o poder de polícia como uma de suas características na preparação, na organização e na
administração do processo eleitoral
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Pergunta capciosa, contudo, como você verá ao longo
do conteúdo teórico, podemos citar, por exemplo, a hipótese de crime eleitoral (espécie de crime comum)
cometido por juiz do TRE. Nesse caso, a competência é do STJ, por forma do art. 105, I, a, da CF. Do mesmo
modo, um crime eleitoral cometido por Ministro do TSE, a competência será do STF, por força do art. 102, I,
c, da CF.

4 - Funções da Justiça Eleitoral

Ainda em relação aos conceitos iniciais, vamos nos debruçar nas funções da Justiça Eleitoral.

Os órgãos do Poder Judiciário têm como função primordial o julgamento dos conflitos existentes na
sociedade. Ao pensar em Justiça, logo vem à mente o processo judicial, no qual uma das partes pede ao
Estado a tutela jurisdicional, para exigir da outra parte o direito que lhe é devido.

Contudo, como percebemos nas características acima, a Justiça Eleitoral constitui órgão particular, que
agrega outras funções para além da função de julgar conflitos de natureza eleitoral.

Neste tópico da aula vamos agrupar as funções da Justiça Eleitoral em quatro grandes categorias, assim
esquematizadas:

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FUNÇÕES DA JUSTIÇA ELEITORAL

Administrativa Jurisdicional Normativa Consultiva

Vejamos cada uma delas:

4.1 - Função Administrativa

A principal função da justiça eleitoral é garantir que a vontade popular se expresse da forma mais livre e
democrática possível. Por isso, além de sua função jurisdicional possui acentuada competência
administrativa. Organizar uma eleição a cada dois anos exige um trabalho administrativo seguro, eficiente e
muito planejamento.

A função administrativa refere-se à preparação, à organização e à administração do processo eleitoral. No


exercício desta função inexiste lide, não há conflito a ser resolvido pelo juiz. A função administrativa, como
o próprio nome indica, reporta-se à organização das eleições.

A título de exemplo citamos algumas atividades administrativas do juiz eleitoral: expedição de título eleitoral,
fixação dos locais de votação, nomeação das pessoas para integrar a Junta Eleitoral, adoção de medidas para
impedir ou cessar propaganda eleitoral irregular etc. No ano eleitoral, há uma série de procedimentos a
serem efetuados, como a preparação das urnas, o treinamento de mesários, o registro das candidaturas,
entre outros. Após a votação, passa-se à apuração e à finalização dos procedimentos eleitorais. Logo, é muito
evidente a função administrativa na Justiça Eleitoral.

No exercício dessa função, destacam-se duas características: o poder de polícia e a atuação de ofício (ou ex
officio) do Juiz Eleitoral.

 Em face do poder de polícia, o Juiz eleitoral detém o dever de manter o processo eleitoral dentro da
legalidade. Para tanto, a autoridade judicial terá a faculdade de condicionar e de restringir o gozo de bens,
de atividades e de direitos individuais em benefício da coletividade ou do próprio Estado. O poder de polícia
do juiz eleitoral é facilmente percebido no exercício da fiscalização da propaganda eleitoral.

 Pela característica da atuação de ofício confere-se ao magistrado a possibilidade de agir


independentemente de provocação pelas partes interessadas. Usando, ainda, o exemplo da fiscalização de
propaganda eleitoral, o juiz atuará de ofício coibindo veiculação de propaganda em desacordo com a lei

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(função administrativa) e comunicará o fato ao MP para que tome as medidas cabíveis (função jurisdicional),
o juiz não pode instaurar de ofício procedimento jurisdicional.

Quanto à atuação logo acima destacada, leia-a com atenção. Veremos o porquê na função seguinte.

Por ora...

FUNÇÃO ADMINISTRATIVA

• Consiste na preparação, na organização e na administração do processo eleitoral.


• Age de ofício.
• Poder de polícia.

4.2 - Função Jurisdicional

Sobre a função jurisdicional, leciona José Jairo Gomes4:

A função jurisdicional caracteriza-se pela solução imperativa, em caráter definitivo, dos


conflitos intersubjetivos submetidos aos Estado-juiz, afirmando-se a vontade estatal em
substituição à dos contendores.

A função jurisdicional consiste na solução de conflitos de interesse em matéria de Direito Eleitoral. Cabe ao
juiz dar a decisão definitiva ao conflito.

Essa é a função principal (ou precípua) do Poder Judiciário como um todo e, inclusive, do Poder Judiciário
Eleitoral.

Como exemplo do exercício dessa função podemos citar a aplicação de multa pela realização da propaganda
eleitoral ilícita, o decreto de inelegibilidade do candidato pela AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) e
a ação de impugnação ao mandato eletivo (AIME).

Vimos a menção à propaganda irregular tanto na função administrativa como na função judicial, não é
mesmo?! Vamos rever essa temática, para que fiquem claras as diferentes atuações da Justiça Eleitoral e a
diferença entre a atuação administrativa e a jurisdicional.

No primeiro caso, o juiz eleitoral poderá agir de ofício, mediante o exercício do poder de polícia, a fim de
manter a regularidade e a legitimidade do processo eleitoral. É comum, durante o período eleitoral, sob
determinação do Juiz Eleitoral, a realização de mutirões para remoção e recolhimento de propagandas
irregulares.

4 GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 10ª edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Atlas S/A, 2014, p. 71.

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Tendo em vista que a legislação eleitoral prevê a aplicação de multa por descumprimento da lei quanto à
propaganda eleitoral, questiona-se: poderá o magistrado, constatando a irregularidade da propaganda
removida, aplicar também a multa eleitoral?

Não, não poderá, pois a aplicação de multa eleitoral é uma função jurisdicional, a qual depende de
provocação pela parte interessada. É necessário um processo que irá se desenvolver em contraditório para
que haja condenação do responsável pela propaganda eleitoral, ao qual é aplicada a multa.

Dessa forma, após a remoção da propaganda irregular, informa-se o Ministério Público que poderá ingressar
com a ação visando à penalização cível e criminal, se for o caso. Nesse processo, haverá partes - o Ministério
Público, ou demais interessados, versus a parte responsável pela propaganda - instrução processual e
sentença, seguindo o padrão da função judicial. Existe inclusive uma Súmula do TSE tratando da matéria,
vejamos seu conteúdo:

Súmula – TSE nº 18

Conquanto investido de poder de polícia, não tem legitimidade o juiz eleitoral para, de
ofício, instaurar procedimento com a finalidade de impor multa pela veiculação de
propaganda eleitoral em desacordo com a Lei nº 9.504/97.

Interessante, não?!

Para finalizar, fixemos a função jurisdicional:

FUNÇÃO JURISDICIONAL
• Consiste na solução definitiva de conflitos de interesse que versam sobre matéria
eleitoral.

4.3 - Função Normativa

A função normativa é prevista expressamente no art. 1º, parágrafo único, e art. 23, IX, ambos do CE, art. 105
da Lei das Eleições, art. 61 da Lei dos Partidos Políticos, entre outros. Devemos saber que a função normativa
consiste na prerrogativa que a Justiça Eleitoral tem de expedir instruções para regulamentar a legislação
infraconstitucional.

Aqui devemos aumentar nossa atenção! A Lei 14.211/2021 trouxe significativas alterações nesse ponto da
matéria.

A função normativa consubstancia-se na edição de Resoluções, notadamente, as do TSE. Devemos nos


atentar para o fato de que tal função não torna a Resolução do TSE uma lei. A resolução não pode restringir
direitos ou estabelecer sanções distintas das previstas na lei. São diplomas com força de lei, porém,
infralegais, de modo que devem observar o disposto na legislação, sob pena de ilegalidade.

Vejamos os dispositivos mencionados acima:

Código Eleitoral

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Art. 1º Este código contém normas destinadas a assegurar a organização e o exercício de


direitos políticos precipuamente os de votar e ser votado.

Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá instruções para sua fiel execução.

Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior:

IX – expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste código;

Lei n° 9.504/1997:

Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral, atendendo
ao caráter regulamentar e sem restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das
previstas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções necessárias para sua fiel execução,
ouvidos, previamente, em audiência pública, os delegados ou representantes dos partidos
políticos.

Lei 9096/95

Art. 61. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá instruções para a fiel execução desta lei.

A lei 14.211/2021 restringiu o poder regulamentar do TSE.

As resoluções eram editadas principalmente para tratar das eleições mas não se restringiam a elas, o tribunal
eleitoral poderia expedir resoluções sobre matérias diversas e sempre o fez.

Ocorre que com a nova lei foi inserido ao Código Eleitoral o art. 23-A que veda expressamente o exercício
do poder regulamentar do TSE quanto a organização dos partidos político e restringe quanto as demais
matérias para aquelas especificamente autorizadas por lei. Vamos conhecer o novo dispositivo:

Art. 23-A. A competência normativa regulamentar prevista no parágrafo único do art. 1º


e no inciso IX do caput do art. 23 deste Código restringe-se a matérias especificamente
autorizadas em lei, sendo vedado ao Tribunal Superior Eleitoral tratar de matéria relativa
à organização dos partidos políticos.

Perceba que diante da nova legislação o art. 61 da Lei dos Partidos Políticos deverá ser analisado
cuidadosamente. A lei 9.096/95 trata dos partidos políticos assim, se houver resolução expedida pelo TSE
para a fiel execução desta lei possivelmente regulamentará tema agora expressamente vedado pelo art. 23-
A do Código Eleitoral.

Assim:

FUNÇÃO NORMATIVA

• Consiste na faculdade conferida ao TSE e ao TRE de deliberarem normativamente acerca


de determinados assuntos para regulamentar a lei eleitoral.

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4.4 - Função Consultiva

Por fim, a função consultiva consiste na atribuição conferida pela legislação eleitoral ao TSE e aos TREs para
responder a eventuais consultas formuladas pelas partes interessadas no processo eleitoral, conforme
disciplina o art. 23, XII, e art. 30, VIII, ambos do CE.

 em relação ao TSE:

Código Eleitoral:

Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior:

XII – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por
autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional de partido político;

 em relação ao TRE:

Código Eleitoral

Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regionais:

VIII – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por
autoridade pública ou partido político;

São duas as condições para apresentação válida da consulta:

1. Formulação por autoridade competente; e


2. Não relacionada a uma situação concreta.

 Em relação às autoridades que poderão apresentá-las, devemos memorizar o seguinte esquema:

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autoridade de jurisdição
federal
TSE - formuladas por
órgão nacional de partido
político
CONSULTAS

autoridade pública

TRE - formuladas por

partido político

 Além disso, a consulta formulada não pode se reportar a uma situação em concreto. Se fosse admitida a
consulta quanto a situações concretas, seria o mesmo que adiantar o julgamento de mérito do processo, o
que não é admissível.

Lembre-se de que...

REQUISITOS - CONSULTA

formulação por autoridade


em abstrato
competente

 Caráter vinculante da consulta: Sempre houve entendimento pacífico que a consulta não possuía caráter
vinculante, muito menos erga omnes sendo inclusive este o entendimento do STF.

Porém uma recente alteração legislativa modificou esse entendimento. Foi incluído, pela Lei nº 13.655/2018,
o artigo 30 ao DL 4657/42 conhecido como Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB). Este
artigo determina caráter vinculante às consultas até que ocorra ulterior revisão, a mudança visa alcançar
maior segurança jurídica.

Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na
aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas e
respostas a consultas.

Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão caráter vinculante
em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão.

Este artigo da LINDB foi regulamentado pelo art. 19 do Decreto 9.830/2019 que reafirmou o caráter
vinculante das consultas visando a segurança jurídica. Veja o texto legal:

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Art. 19. As autoridades públicas atuarão com vistas a aumentar a segurança jurídica na
aplicação das normas, inclusive por meio de normas complementares, orientações
normativas, súmulas, enunciados e respostas a consultas.

Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput terão caráter vinculante em relação


ao órgão ou à entidade da administração pública a que se destinarem, até ulterior revisão.

A resposta à consulta deverá ser fundamentada.

A finalidade dessa função é evitar litígios que dificultem, ou posterguem, o processo eleitoral.

FUNÇÃO CONSULTIVA
• Função atribuída ao TRE e ao TSE para responder a consultas formuladas pelas partes
interessadas no processo eleitoral.
• Tem caráter vinculante até ulterior decisão.
• Deve ser fundamentada.
• Requisitos: legitimidade e ausência de conexão com situações concretas.

Por fim vejamos uma súmula do TSE sobre as consultas:

Súmula – TSE nº 35

Não é cabível reclamação para arguir o descumprimento de resposta a consulta ou de ato


normativo do Tribunal Superior Eleitoral.

Pessoal, fechamos as funções da Justiça Eleitoral e, com isso, terminamos os aspectos gerais a respeito da
Justiça Eleitoral.

ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL


A Justiça Eleitoral é o ramo do Poder Judiciário responsável por viabilizar a soberania popular e a democracia
por intermédio do processo eleitoral.

Atualmente, a Justiça Eleitoral é composta por quatro órgãos: o TSE, os TREs, os juízes e as juntas eleitorais.
A partir deste tópico, analisaremos cada um desses órgãos, destacando a composição, a organização e a
competência.

Antes, porém, veremos algumas regras gerais que se aplicam aos Tribunais Eleitorais de forma geral.

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1 - Regras Gerais

Como estudado na parte referente às características da Justiça Eleitoral, o exercício da função de Juiz
Eleitoral é temporário. Em face disso, o Código Eleitoral e a Constituição federal estabelecem que os Juízes
de Tribunais Eleitorais servirão pelo prazo de dois anos e nunca por mais de dois biênios consecutivos, o que
se aplica tanto ao TSE como aos TREs.

Vejamos:

Art. 14. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão
obrigatoriamente por dois anos, e NUNCA por mais de dois biênios consecutivos.

§ 1º Os biênios serão contados, ininterruptamente, sem o desconto de qualquer


afastamento nem mesmo o decorrente de licença, férias, ou licença especial, SALVO no
caso do § 3º.

§ 2º Os juízes afastados por motivo de licença férias e licença especial, de suas funções na
Justiça comum, ficarão automaticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo
correspondente EXCETO quando com períodos de férias coletivas, coincidir a realização de
eleição, apuração ou encerramento de alistamento.

[veremos o §3º adiante]

§ 4º No caso de recondução para o segundo biênio observar-se-ão as mesmas formalidades


indispensáveis à primeira investidura.

No mesmo sentido está a nossa Constituição. Veja o art. 121, §2º, da CF:

§ 2º - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, NO
MÍNIMO, e NUNCA por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos
na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.

Dos dispositivos acima, devemos tirar algumas conclusões importantes:

 O mandato será por dois anos, admitida uma recondução consecutiva ao cargo.

Desde que novamente escolhido, o eventual ocupante do cargo pode ser reconduzido para mais um biênio,
porém, deverá passar pelo mesmo procedimento da primeira investidura, tal como prevê o §4º, do art. 14,
do CE. Não são admitidas sucessivas reconduções.

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§ 4º No caso de recondução para o segundo biênio, observar-se-ão as mesmas


formalidades indispensáveis à primeira investidura.

Por exemplo, se for um juiz federal, indicado pelo TRF, ao final do mandato poderá ser reconduzido
novamente ao cargo de Juiz do TRE para mais dois anos, desde que seja novamente indicado pelo TRF
respectivo.

 O mandato é ininterrupto. O que isso significa dizer?

Iniciado o biênio, eventuais afastamentos do magistrado – como licenças e férias – não levam à interrupção
do curso do mandato. Desse modo, se o Juiz de Tribunal Eleitoral ficar afastado de suas funções para o gozo
dos 60 dias de férias, esse período não será descontado, ou melhor, não implicará a prorrogação do biênio
pelo tempo do afastamento.

Que fique bem claro! Não se está falando que o Juiz não poderá tirar férias ou se licenciar das funções quando
estiver em exercício de funções eleitorais. Determina-se, apenas, que tais interrupções não prejudiquem o
curso do biênio.

 O magistrado que cumular a função eleitoral, caso se afaste da Justiça na origem, ficará automaticamente
afastado das funções eleitorais.

Como a maioria dos integrantes da Justiça Eleitoral são magistrados, estaduais e federais, se eles tirarem
férias, por exemplo, no órgão judicial onde exercem suas funções, ficarão automaticamente afastados da
Justiça Eleitoral.

Temos, entretanto, algumas exceções. Caso o membro seja afastado, no órgão de origem, em razão de férias
coletivas coincidentes com o período eleitoral ou com a apuração da votação ou, ainda, com período de
encerramento de alistamento, em razão do volume de trabalho, permanecerá trabalhando perante a Justiça
Eleitoral.

Fique atento:

NÃO GERA AFASTAMENTO AUTOMÁTICO FÉRIAS


COLETIVAS NA ORIGEM

coincidente com o período eleitoral

ou com a apuração da votação

ou encerramento do alistamento

Ainda em relação ao art. 14, que citamos acima, é importante tratarmos da regra do §3º, porque esse
dispositivo foi alterado pela Lei nº 13.165/2015.

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Essa norma disciplina um impedimento, em razão da afetividade, do Juiz do TSE ou dos TREs (e inclusive os
juízes eleitorais) com os candidatos dentro da área de circunscrição em que atuam. Veja o que diz o CE:

§ 3º Da homologação da respectiva convenção partidária até a diplomação e nos feitos


decorrentes do processo eleitoral, NÃO poderão servir como juízes nos Tribunais Eleitorais,
ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau,
de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição.

No período compreendido entre a homologação da convenção partidária, quando há a efetiva escolha dos
candidatos, até a diplomação dos eleitos (momento em que se encerra o período eleitoral), o Juiz ficará
impedido de atuar caso seja cônjuge ou parente até o 2º grau de candidato a cargo político-eletivo na
circunscrição.

Por exemplo, se João, juiz do TRE/PR, é cônjuge, pai, filho, avô, neto, irmão, sogro, genro ou cunhado de
candidato na circunscrição do Estado do Paraná, ele será afastado das suas funções desde o momento em
que seu parente foi escolhido candidato até a diplomação dos eleitos.

Em síntese...

da homologação da até a diplomação dos


convenção partidária eleitos

 IMPEDIMENTO 

Aqui, uma observação estratégica de prova! Esse assunto comumente é disciplinado também nos
regimentos internos dos Tribunais Regionais Eleitorais, de forma um pouco diferente. Surge a dúvida: aplico
a regra do Código Eleitoral ou da regra específica do Regimento? Para acertar questões de prova, observe
a literalidade em cada uma das provas. Na prova de Regimento Interno, siga a literalidade do RI; na prova de
Direito Eleitoral, siga o art. 14, §4º, do CE.

Por fim, vejamos o art. 15, do CE, que prevê a escolha de substitutos em igual número e pelo mesmo
procedimento.

Art. 15. Os substitutos dos membros efetivos dos Tribunais Eleitorais serão escolhidos, na
mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.

Para cada membro titular haverá um membro substituto. Assim, em eventual vacância, esse substituto
poderá ser chamado a ocupar a vaga do titular ausente. Há regras que ditam que essa escolha é obrigatória,
há outras que facultam a convocação do substituto quando, devido à ausência, houver a possibilidade de a
sessão de julgamento não ocorrer.

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De todo modo, para fins de prova, devemos ficar atentos às informações abaixo:

• na mesma oportunidade;
MEMBROS SUBSTITUTOS SERÃO ESCOLHIDOS • pelo mesmo procedimento; e
• em igual número.

Essas são algumas regras gerais, estabelecidas pelo Código, que se aplicam tanto aos Juízes do TSE como aos
Juízes do TRE.

Para encerrar, vamos citar um dispositivo da CF, que se aplica aos membros da Justiça Eleitoral de forma
geral. Confira o art. 121, §1º, da CF:

§ 1º Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais,


NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias
e serão inamovíveis.

O art. 95, da CF, prevê que aos juízes é assegurada a vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de
subsídios. O dispositivo acima assegura essas garantias a quem estiver investido na função eleitoral, seja
Min. do TSE, seja Juiz do TRE, seja juiz eleitoral ou membro da Junta. Evidentemente que a aplicação se dá
no exercício das funções e no que for aplicável. Por exemplo, não faz sentido falar em irredutibilidade de
subsídio do cidadão escolhido para atuar na Junta. Além disso, a vitaliciedade é “limitada” ao biênio de
desempenho das funções.

Em apertada síntese, vimos:

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REGRAS GERAIS - JUÍZES DO TRE/TSE


• Mandato de 2 anos.
• 1 recondução (mesmo procedimento).
• Ininterrupto
• Afastamento automático da Justiça Eleitoral quando afastado na origem (exceções:
férias coletivas no período de eleições, da apuração e encerramento de alistamento).
• Afastamento do membro da Justiça Eleitoral da homologação da convenção até
diplomação (e processos decorrentes) caso cônjuge/parente até 2º grau de candidato a
cargo político-eletivo na circunscrição.
• Substitutos (mesma ocasião, processo e igual número).
• Aplicação das garantias da magistratura.

Antes de seguir, talvez você esteja com a seguinte dúvida:

As regras acima aplicam-se aos juízes do TRE e do TSE. E em relação ao juiz eleitoral, não
existe regramento?

Existe, mas não está no CE! A Res. TSE 21.009/2002 estabelece normas relativas ao exercício da jurisdição
eleitoral em primeiro grau. Como o foco não é o estudo desta norma, vamos sintetizar os pontos mais
importantes:

 mandato de 2 anos, por juízes de direito em exercício efetivo na comarca;

 admite-se a recondução, caso não haja, na comarca, mais de um juiz;

 o ocupante da função eleitoral será designado pelo TRE;

 não poderá servir como juiz eleitoral o cônjuge, parente consanguíneo ou afim, até o segundo
grau, de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição, durante o período entre o registro de
candidaturas até apuração final da eleição.

Sigamos!

2 - TSE

O Tribunal Superior Eleitoral é o órgão máximo da Justiça Eleitoral, exerce papel fundamental na construção
e no exercício da democracia brasileira. Juntamente com os demais órgãos eleitorais, administra o processo
eleitoral. O TSE é disciplinado pela Constituição Federal e pelo Código Eleitoral.

2.1 - Composição e Regras Gerais

Na CF, temos o art. 119:

Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, NO MÍNIMO, de sete membros,


escolhidos:

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I - mediante eleição, pelo voto secreto:

a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;

b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;

II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável
saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

Do dispositivo acima, notamos que os sete integrantes do TSE provêm de diversos órgãos, do STF, do STJ,
além de membros da advocacia. É importante ressaltar, ainda, que a CF fala em, NO MÍNIMO, sete membros.

Logo, o dispositivo da CF permite a possibilidade de aumento no número de membros do TSE, uma vez que
delimita o número sete como mínimo.

Assim, o entendimento da doutrina é no sentido de que o aumento do número de membros do TSE é


possível, desde que seja por intermédio de lei complementar, em razão do que prevê o art. 121, caput, da
CF:

Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos
juízes de direito e das juntas eleitorais.

Atente-se, ainda, que os juízes do TSE são os únicos membros de Tribunal Superior que não precisam de
aprovação do Senado Federal, isso porque a maior parte dos ministros do TSE já foram aprovados quando
indicados para o STF ou STJ. Para evitar diferenças entre os membros que formarão o tribunal os membros
da classe dos advogados foram dispensados da sabatina do senado.

Observe também que apesar de ter uma composição híbrida NÃO há previsão de vagas para integrantes do
Ministério Público, como ocorre no quinto constitucional.

Superada essa discussão, para a nossa prova ...

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COMPOSIÇÃO
DO TSE

indicados pelo STF e


eleitos nomeados pelo Presidente
da República

3 dentre os Min do STF 2 dentre os Min. do STJ 2 advogados

Vejamos uma questão sobre esse assunto:

(FCC - 2021 - Juiz/TJ-GO) A respeito da organização da Justiça Eleitoral, considere:


I. A Justiça Eleitoral é composta pelos seguintes órgãos: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunais Regionais
Eleitorais, Juízes Eleitorais, Juntas Eleitorais, Zonas Eleitorais e Seções Eleitorais.
II. A Justiça Eleitoral desempenha, além das funções administrativa, jurisdicional e normativa, a função
consultiva.
III. Os juízes de direito que exercem funções eleitorais são designados pelo Tribunal Regional Eleitoral em
caráter vitalício.
IV. A zona eleitoral é o espaço territorial sob a jurisdição do juiz eleitoral para fins de organização do
eleitorado, ao passo que a seção eleitoral é a menor unidade na divisão judiciária eleitoral.
Está correto o que se afirma APENAS em
A) I e IV.
B) II e IV.
C) I e II.
D) I e III.
E) II e III.

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Comentários
O item I está incorreto. Como vimos apenas são órgãos da Justiça Eleitoral aqueles previstos no art. 118 da
CF. Tribunal Superior Eleitoral; Tribunais Regionais Eleitorais; Juízes Eleitorais e as Juntas Eleitorais.
O item II está correto. A assertiva traz as quatro funções desempenhadas pela Justiça Eleitoral.
O item III está incorreto. Realmente os juízes eleitorais serão designados pelo TRE, porém servirão por dois
anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.
O item IV está correto. Exatamente como vimos em aula.
Assim, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

Vista a regra constitucional, vamos analisar as disposições constantes do Código Eleitoral. O art. 16 é bastante
semelhante ao que dispõe a CF. A única ressalva é para o inc. I, “b”, que se refere ao extinto Tribunal Federal
de Recursos.

Art. 16. Compõe-se o Tribunal Superior Eleitoral:

I - mediante eleição, pelo voto secreto:

a) de três juízes, dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; e

b) de dois juízes, dentre os membros do Tribunal Federal de Recursos [STJ, por força do
art. 119, I, b, da CF];

II - por nomeação do Presidente da República, de dois entre seis advogados de notável


saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

Algumas informações, a partir da conjugação do dispositivo constitucional e o do CE, são importantes para a
prova e são cobrados com frequência:

 Os membros provenientes do STF e do STJ são eleitos por votação secreta pelos próprios Tribunais
Superiores. Por exemplo, o STF vota secretamente em três membros para serem também Min. do
TSE.

 Dois membros são oriundos da advocacia e serão nomeados a partir de uma lista formada pelo
STF.

Cuidado!

A lista é tríplice? Se a Constituição fala “dois entre seis advogados”, posso concluir que é lista
sêxtupla?

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A LISTA É TRÍPLICE5. Para cada vaga serão indicados três nomes pelo STF e o Presidente da República
irá nomear um deles. Em provas objetivas, é cobrado “dois dentre seis advogados”, sem mencionar
em lista tríplice ou sêxtupla.

 São dois os requisitos constitucionais para que um advogado possa ser escolhido Min. do TSE:

a) notável saber jurídico; e

b) idoneidade moral.

Professor, já estudei em outras composições de tribunais que, em relação ao quinto constitucional, é


necessário observar o prazo de 10 anos de atividade na área, como forma de denotar a experiência. Isso não
se aplica aos membros do TSE?

Aplica-se! Contudo, essa regra não consta da CF ou do CE, ela está disciplinada em ato regulamentar. O art.
5º da Resolução TSE 23.517/2017 prevê que o advogado deve comprovar “dez anos consecutivos ou não de
prática profissional”. O CESPE, por exemplo, já cobrou o assunto, mesmo não prevendo expressamente o
conteúdo da resolução no programa do edital, por isso é sempre bom guardar a informação.

Sigamos!

Pelo § 1º abaixo citado, o CE estabeleceu uma regra de limitação de parentesco entre os Juízes do TSE.
Afirma-se que eles não poderão ter, entre si, vínculo de parentesco ATÉ O QUARTO GRAU.

Para fixar, lembre-se do seguinte:

Em linha reta, pais e filhos integram o primeiro grau; avós e netos compreendem o segundo grau. Bisavós e
bisnetos, o terceiro. Por fim, trisavós e trinetos compreendem a remota hipótese de parentes de quarto
grau.

Já em relação ao vínculo de parentesco colateral: Em segundo grau temos irmãos e cunhados. Em terceiro
grau, sobrinhos e tios. Finalmente, em quarto grau estão os primos e os netos dos irmãos.

Caso alguns dos vínculos acima sejam identificados, o último juiz a ser escolhido será excluído. Por exemplo,
se um Juiz do TSE for tio de outro Juiz, o segundo a ingressar no órgão será excluído.

5O Art. 10 da Res. TSE 23.517/2017, que disciplina instruções que regulam a investidura e o exercício dos membros dos
tribunais eleitorais e o término dos respectivos mandatos, prevê expressamente que a lista tríplice organizada pelo Tribunal
de Justiça do Estado será encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral (...).

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Confira a literalidade do dispositivo:

§ 1º - NÃO podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre si
parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou
ilegítimo [não se fala mais juridicamente em filhos ilegítimos, pois todos os filhos
reconhecidos pela legislação recebem igual tratamento], EXCLUINDO-SE neste caso o que
tiver sido escolhido por último.

No §2º, temos outra situação de impedimento, que se aplica apenas aos membros da classe dos advogados.
Aos dois advogados, que serão indicados pelo STF e nomeados pelo Presidente para serem Juízes do TSE,
será vedado que:

• ocupem cargo em comissão;


• sejam proprietários ou sócios de empresa que receba recurso público ou qualquer favor ou privilégio
público; ou
• exerçam mandato político.

Segue a literalidade do dispositivo:

§ 2º - A nomeação de que trata o inciso II deste artigo não poderá recair em cidadão que
ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum; que seja diretor, proprietário ou
sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude de
contrato com a administração pública; ou que exerça mandato de caráter político, federal,
estadual ou municipal.

Podemos esquematizar a incompatibilidade acima do seguinte modo:

NÃO PODERÃO SER NOMEADOS COMO MINISTROS DO TSE OS ADVOGADOS QUE

• ocupem cargo em comissão;


• sejam proprietários ou sócios de empresa que seja beneficiária com subvenção, com privilégio, com
isenção ou com favor em razão de contrato com a Administração Pública; ou
• exerçam mandato político.

Lembre-se, ainda, que o impedimento previsto no art. 14 §3º do CE, já estudado, aplica-se aos membros do
TSE.

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§ 3º Da homologação da respectiva convenção partidária até a diplomação e nos feitos


decorrentes do processo eleitoral, NÃO poderão servir como juízes nos Tribunais Eleitorais,
ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau,
de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição.

Vimos, portanto, várias questões relativas a condições, a restrições e ao impedimento em relação aos
membros do TSE...

MINISTROS DO STF (3)


• eleitos em votação secreta pelo STF

MINISTROS DO STJ (2)


• eleitos em votação secreta pelo STJ

ADVOGADOS
• indicados pelo STF em lista tríplice
• nomeados pelo Presidente
• notável saber jurídico
• idoneidade moral
• 10 anos de atividade (Res. TSE)
• não podem: ocupar cargo em comissão, ser proprietário/sócio de empresa que receba
recurso público ou ser exercente de mandato político.

AOS TRÊS (STF/STJ/ADVOGADOS)


• Afastamento da homologação da convenção até diplomação (e processos decorrentes)
caso cônjuge/parente até 2º grau de candidato a cargo político-eletivo na circunscrição.
• Exclusão do último membro, caso cônjuge/parente até 4 grau entre si.

Escolha do Presidente, Vice-Presidente e Corregedor Geral Eleitoral:

A matéria é tratada pelo art. 17, caput, do CE e pelo Art. 119 § único da Constituição federal.

Comparando os dois dispositivos verificamos que a parte final do art. 17, caput, do CE, não é aplicável:

Art. 17. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá para seu presidente um dos ministros do
Supremo Tribunal Federal, cabendo ao outro a vice-presidência, e para Corregedor Geral
da Justiça Eleitoral um dos seus membros [o Corregedor-Geral Eleitoral será um membro
do STJ, por força do art. 119, parágrafo único, da CF].

Observe que o restante do dispositivo está no mesmo sentido da Constituição.

Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente


dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os
Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

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Logo, quanto aos cargos de Presidente, de vice-Presidente e de Corregedor Eleitoral devemos observar o que
dispõe o art. 119, § único, da CF.

O Presidente e o Vice-Presidente serão escolhidos entre os três Min. do STF, que integram o TSE. Já o
Corregedor-Geral Eleitoral será escolhido entre os Min. do STJ, que integram o TSE. Além disso, é importante
registrar que a escolha do Presidente, do Vice-Presidente e do Corregedor será feita pelo próprio TSE.

Deste modo, para a sua prova...

PRESIDENTE Min. do STF

VICE-PRESIDENTE Min. do STF

CORREGEDOR ELEITORAL Min. do STJ

O Corregedor Eleitoral é o responsável pela fiscalização da regularidade dos serviços eleitorais em todo o
país e pela orientação de procedimentos e rotinas a serem observados pelas corregedorias eleitorais em
cada unidade da Federação e pelos cartórios eleitorais. Além disso, o Corregedor-Geral terá funções
jurisdicionais, como na representação para investigação judicial nas eleições presidenciais. Sobre as
atribuições do Corregedor, vejamos o art. 17, §1º, do CE:

§ 1º As atribuições do Corregedor Geral serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.

As suas atribuições são disciplinadas por resoluções específicas que não interessam para o nosso estudo
(Resolução TSE nº 7.651/1965 e Resolução TSE nº 23657/2021).

Por outro lado, são relevantes as hipóteses previstas no CE em que o Corregedor se locomoverá para as
unidades da federação. Vejamos, inicialmente, o art. 17, §2º, do CE:

§ 2º No desempenho de suas atribuições o Corregedor Geral se locomoverá para os


Estados e Territórios nos seguintes casos:

I - por determinação do Tribunal Superior Eleitoral;

II - a pedido dos Tribunais Regionais Eleitorais;

III - a requerimento de Partido deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral;

IV - sempre que entender necessário.

Como o Corregedor-Geral tem a função de assegurar a regularidade dos serviços eleitorais, em determinadas
situações ele poderá se locomover até os TREs para verificar eventuais problemas ou para transmitir
orientações quanto à prestação dos serviços eleitorais.

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Extraímos do dispositivo acima que o Corregedor-Geral terá liberdade para locomoção, uma vez que o inc.
IV prevê que ele poderá se locomover a um determinado Estado sempre que entender necessário. Essa é a
primeira informação relevante que devemos levar para a prova.

Em relação aos inc. I e III, devemos compreender que a determinação ou o deferimento pelo TSE constituem
hipóteses que obrigam a locomoção. Vejamos! No primeiro caso, por determinação do TSE, o Corregedor-
Eleitoral deverá locomover-se conforme determinado. Do mesmo modo, quando houver pedido pelo partido
político, como o pedido é analisado pelo TSE, se ele deferir, o Corregedor-Geral Eleitoral deverá atendê-lo.

Quanto ao inc. II, o entendimento dominante é no sentido de que o TRE formula o pedido e o próprio
Corregedor-Geral analisará se é caso para a locomoção até a circunscrição eleitoral. Então, nesse caso, há
discricionariedade pelo órgão de correição.

Portanto, para a prova...

• por determinação do TSE


• a pedido do TRE
HIPÓTESES EM QUE O CORREGEDOR SE
LOCOMOVERÁ PARA UM ESTADO • por requerimento de partido, após deferimento
do TSE
• quando entender necessário

Por fim, o Corregedor-Geral Eleitoral editará provimentos para disciplinar a atuação das corregedorias como
um todo, especialmente as corregedorias regionais, instaladas em cada TRE. Essas normas, segundo o §3º,
do art. 17, abaixo citado, vinculam os Corregedores dos TREs.

§ 3º Os provimentos emanados da Corregedoria Geral vinculam os Corregedores


Regionais, que lhes devem dar imediato e preciso cumprimento.

Os provimentos são atos normativos, editados pela Corregedoria, com a finalidade de regular e de organizar
as atividades e os procedimentos do Poder Judiciário.

Vejamos, por fim, uma questão sobre o assunto:

(IMA - 2013) A respeito da organização e funcionamento do Tribunal Superior Eleitoral, O Corregedor


Eleitoral deste tribunal, será eleito dentre os Ministros do:
a) Tribunal Regional Federal.
b) Tribunal Superior do Trabalho.
c) Tribunal Regional Eleitoral.

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d) Superior Tribunal de Justiça.


Comentários
Trata-se de mais uma questão que cobra o parágrafo único do art. 119, da CF. Esse artigo é recorrente em
provas.
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros
do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça.
Desse modo, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

O art. 18 trata do Procurador Geral Eleitoral. Esse assunto será estudado em tópico específico, quando
tratarmos do Ministério Público Eleitoral.

O art. 19, do CE, possui relevância especial, uma vez que estabelece a forma de deliberação do TSE, que é
um órgão colegiado (ou seja, composto por vários Juízes). Assim, as matérias submetidas à apreciação pelo
TSE são votadas, julgadas e aprovadas segundo quóruns estabelecidos pela legislação.

Vejamos:

Art. 19. O Tribunal Superior delibera por maioria de votos, em sessão pública, com a
presença da maioria de seus membros.

Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior, assim na interpretação do Código


Eleitoral em face da Constituição e cassação de registro de partidos políticos, como sobre
quaisquer recursos que importem anulação geral de eleições ou perda de diplomas, SÓ
poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros. Se ocorrer impedimento
de algum juiz, será convocado o substituto ou o respectivo suplente.

Para nós interessa, inicialmente, distinguir o quórum de instalação da sessão do quórum de


votação/julgamento. Para o funcionamento da sessão é necessário que estejam presentes, pelo menos, a
metade mais um dos membros do órgão. Já o quórum de votação/julgamento poderá variar.

Segundo a regra geral, as decisões são tomadas por maioria de votos, desde que presentes a maioria dos
membros. Desse modo, para a instalação da sessão devem estar presentes, ao menos, 4 Juízes. Já o quórum
de votação deverá observar a maioria dos presentes.

Assim, pela regra geral:

INSTALAÇÃO VOTAÇÃO

1, 2 ou 3 Juízes presentes NÃO haverá sessão

Dos 7 Juízes... 4 Juízes presentes


3 votos
5 Juízes presentes

6 Juízes presentes 4 votos

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7 Juízes presentes

Em relação a três matérias específicas, exige-se a presença de todos os membros para que haja votação.
Nesses três casos específicos, devem estar presentes, para a instalação da sessão, sete membros. Para a
votação, exige-se quatro votos. São as matérias:

 interpretação do CE em face da CF.

Notem que essa hipótese é muito relevante, pois trata da confrontação da principal lei eleitoral em
face da Constituição, principal norma do nosso ordenamento jurídico.

 cassação de registro de partidos políticos.

Os partidos políticos constituem uma das principais instituições da democracia brasileira, pois são
responsáveis por catalisar, organizar e transformar posições ideológicas e políticas, para indicar e
eleger representantes políticos. Desse modo, a cassação de registros de partidos políticos somente
ocorrerá se presentes todos os membros do TSE.

 recursos que importem anulação geral das eleições ou perda de diplomas.

A última hipótese fala por si só. A anulação das eleições ou perda de diplomas nas eleições
presidenciais deverá ser tomada perante todos os membros do TSE.

Nesses casos, devem estar presentes os 7 Juízes, aprovando-se a matéria com 4 votos.

Portanto...

PRESENÇA DE TODOS OS
MINISTROS PARA VOTAR

recursos que importem a


interpretação da CE em face cassação de registro de
anulação geral das eleições
da CF partidos políticos
ou perda de diplomas

Ademais, em caso de ausência de um dos Juízes, quando houver sido colocado em pauta essas situações
importantes, será convocado, para efeito de composição do quórum de instalação, o substituto. É uma
daquelas situações nas quais a convocação do substituto é necessária para compor o quórum.

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De todas as regras acima referentes aos quóruns do TSE, devemos levar para prova:

maioria simples REGRA

QUÓRUM interpretação da CE em face da CF

maioria cassação de registro de partidos


absoluta políticos

recursos que importem anulação


geral das eleições ou perda de
diplomas

Seguindo com os dispositivos do Código Eleitoral, vejamos o art. 20, que trata da suspeição e do impedimento
dos membros do TSE:

Art. 20. Perante o Tribunal Superior, qualquer interessado poderá arguir a suspeição ou
impedimento dos seus membros, do Procurador Geral ou de funcionários de sua
Secretaria, nos casos previstos na lei processual civil ou penal E por motivo de parcialidade
partidária, mediante o processo previsto em regimento.

Parágrafo único. Será ilegítima a suspeição quando o excipiente a provocar ou, depois de
manifestada a causa, praticar ato que importe aceitação do arguido.

A suspeição e o impedimento envolvem situações nas quais, dada a condição específica, a atuação do
magistrado poderá gerar prejuízo, pois não haverá a desejada imparcialidade que se espera dos órgãos do
Poder Judiciário.

Vamos ver as diferenças principais entre o impedimento e a suspeição:

O impedimento é causa absoluta de imparcialidade, suas hipóteses são objetivas e implicam o afastamento
do magistrado, sem a necessidade de comprovação de efetiva influência no caso concreto, gera nulidade
absoluta e por ser matéria de ordem pública pode ser arguida a qualquer tempo e permite, ainda, o ingresso
de Ação Rescisória no prazo decadencial de 2 anos, após o trânsito em julgado.

Já a suspeição é uma forma menos grave de parcialidade, suas hipóteses são subjetivas, de modo que não
basta a mera alegação da incidência de uma das causas previstas, é preciso demonstrar, no caso concreto,
que existe efetivamente parcialidade, gera nulidade relativa (se não alegada no prazo previsto ocorrerá a
convalidação do vício) e não é cabível Ação Rescisória.

O CE deixa claro, no parágrafo único acima, que a parte não pode provocar a hipóteses de impedimento e
suspeição.

Por exemplo, na legislação processual civil, temos que a inimizade entre o juiz e o advogado da parte é causa
de suspeição (e isso se aplica ao processo judicial eleitoral!). Com a finalidade de afastar o juiz da causa, o

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advogado não pode, após distribuído o processo, provocar o juiz de forma que se tornem inimigos e, com
isso, pleitear que o juiz seja afastado do processo. Essa inimizada deve ser anterior! Lembre-se do Princípio
do Juiz Natural, previsto na CF, as partes e advogados não podem usar de artimanhas para escolher o juiz da
causa ou excluir aquele que foi devidamente destinado a julgá-la.

De acordo com o art. 20...

SERÁ DE COMPETÊNCIA DO TSE JULGAR


ARGUIÇÃO DE SUSPEIÇÃO OU IMPEDIMENTO
CONTRA

Procurador-Geral funcionários da
Juízes do TSE
Eleitoral Secretaria do TSE

Essas hipóteses de suspeição e de impedimento6 estão previstas no CPC7 e no CPP8, além de uma outra
prevista no próprio CE, qual seja: parcialidade partidária. A parcialidade partidária deve ser compreendida
como tendência, simpatia declarada, preferência ou vinculação velada do Juiz a algum partido cujo
julgamento realizará. A parcialidade, nesse caso, poderá implicar favorecimento no julgamento, para além
das questões jurídicas e fáticas trazidas no processo. Em termos simples, o juiz decidiria de uma forma se
fosse um partido qualquer, mas como é o partido com o qual tem essa vinculação, ele julgará de outro modo,
dando provimento às suas pretensões ou abrandando eventuais consequências.

O art. 21, do CE, por fim, é reflexo da estrutura hierarquizada da Justiça Eleitoral. O dispositivo impõe aos
TREs, aos juízes eleitorais e às juntas o dever de dar imediato cumprimento às determinações do TSE.
Vejamos a redação:

Art. 21 Os Tribunais e juízes inferiores devem dar imediato cumprimento às decisões,


mandados, instruções e outros atos emanados do Tribunal Superior Eleitoral.

2.2 - Competência

Os arts. 22 e 23, por sua vez, estabelecem a competência do TSE. Como perceberemos da leitura dos
dispositivos, a competência do órgão máximo eleitoral pode ser classificada em competência judicante, ou

6
As hipóteses de suspeição e impedimento são estudadas, respectivamente, em Direito Processual Civil e em Direito
Processual Penal, não sendo necessário estudá-las aqui em Direito Eleitoral.
7
As hipóteses estão descritas no art. 144 e 145, do NCPC.
8 As hipóteses estão descritas no 252 a 254, do CPP.

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seja, competência para resolver lides jurídicas, competência normativa e competência administrativa. Note
que cada uma dessas competências – ao lado da consultiva – retrata as diversas funções da Justiça Eleitoral.

Além disso, a competência judicante divide-se em originária e recursal. A competência originária refere-se a
processos que se iniciam no TSE (por exemplo, um processo de impugnação ao registro de candidato a
Presidente). Já a competência recursal envolve o julgamento de recursos contra as decisões e acórdãos
proferidos nos TREs.

Assim, desde logo, atente-se...

originária art. 22, I, do CE


competência
judicante
recursal art. 22, II, do CE

competência
COMPETÊNCIA DO art. 23, do CE
normativa
TSE
competência
art. 23, do CE
administrativa
competência
art. 23, do CE
consultiva

Vista a organização geral acima, não resta outra alternativa senão o estudo das hipóteses de competência
do TSE. Aqui não tem mágica ou técnica mais adequada do que a leitura e a releitura dos dispositivos.

Vejamos, na sequência, cada uma delas, registrando que a incidência desses assuntos em prova é grande.
Portanto, toda a atenção é pouca. Citaremos e destacaremos os dispositivos e, sempre que necessário,
traremos alguns comentários.

Alguns dos incisos não são aplicáveis na prática, pois não foram recepcionados pela Constituição Federal.
Mesmo assim, algumas questões de prova exigem a literalidade dos dispositivos. Desse modo, o estudo
atento desses incisos é fundamental.

Competência Judicial Originária

A competência judicial originária refere-se aos processos que se iniciam perante o TSE e estão disciplinados
no art. 22, I, do CE:

Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:

I - Processar e julgar ORIGINARIAMENTE:

a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e


de candidatos à PRESIDÊNCIA e VICE-Presidência da República;

Notem que são quatro hipóteses:

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 O registro de partidos políticos.

A previsão de registro de partido político no TSE está prevista no Art. 17 §2º da CF e no caput do art.
7º da Lei 9096/95, a lei dos partidos políticos, ambos confirmam a competência do TSE como se pode
ver abaixo:

§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil,


registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

--

Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil, registra
seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.

 Cassação de registro de partidos políticos.

A mesma Lei 9096/95 trata da cassação do registro de partidos políticos, no seu art. 28, transcrito em
parte:

Art. 28. O Tribunal Superior Eleitoral, após trânsito em julgado de decisão, determina o
cancelamento do registro civil e do estatuto do partido contra o qual fique provado:

I - ter recebido ou estar recebendo recursos financeiros de procedência estrangeira;

II - estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros;

III - não ter prestado, nos termos desta Lei, as devidas contas à Justiça Eleitoral;

IV - que mantém organização paramilitar.

§ 1º A decisão judicial a que se refere este artigo deve ser precedida de processo regular,
que assegure ampla defesa.

§ 2º O processo de cancelamento é iniciado pelo Tribunal à vista de denúncia de qualquer


eleitor, de representante de partido, ou de representação do Procurador-Geral Eleitoral.

 Cassação de registro dos diretórios nacionais.

Para lembrar desta hipótese devemos ter em mente que os partidos políticos têm caráter nacional
conforme previsão do art. 17 I da CF e o §1º do Art. 7º da lei dos partidos políticos.

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados
a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais
da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:

I - caráter nacional;

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Lei 9096/95

§ 1º Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional,


considerando-se como tal aquele que comprove, no período de dois anos, o apoiamento
de eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo menos, 0,5% (cinco
décimos por cento) dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados,
não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos
estados, com um mínimo de 0,1% (um décimo por cento) do eleitorado que haja votado
em cada um deles.

 Cassação do registro de candidatos à Presidência e à vice-Presidência.

É competência do TSE administrar as campanhas presidenciais. Desse modo, terá competência para
proceder ao registro de candidatura dos cargos de Presidente e Vice-Presidente, bem como processar
e julgar ações que possam importar na cassação dos respectivos registros.

Veremos adiante, quando estudarmos a competência dos Tribunais Regionais, que atribuições semelhantes
são conferidas ao TRE, contudo, delimitados ao âmbito estadual (por exemplo, “diretórios regionais”, “cargos
de Governador e vice-Governador” etc.).

Sigamos!

b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juízes eleitorais de Estados


diferentes;

O conflito de competência poderá ocorrer quando dois ou mais órgãos julgadores se considerarem
competentes para análise e julgamento da matéria (conflito positivo) ou quando ambos se considerarem
incompetentes para análise e julgamento do processo (conflito negativo). Pode, ainda, ocorrer quando
houver controvérsia quanto a reunião ou separação de processos.

De acordo com o dispositivo acima, quando houver conflito de competência entre dois TREs ou entre dois
juízes eleitorais vinculados a Tribunais Regionais distintos, a competência para decidir definitivamente sobre
que órgão será competente é do TSE.

Vejamos dois exemplos de conflitos de jurisdição cuja competência é do TSE:

 conflitos entre TREs

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Nesse caso, por se tratar de tribunais diferentes, a competência para analisar o conflito de jurisdição
será do TSE.

 conflitos entre juízes de tribunais diferentes

186ª Zona Eleitoral de 143ª Zona Eleitoral de


Colombo/PR, vinculado Tupã/SP, vinculada ao
ao TRE/PR TRE/SP

Nesse caso, embora se trate de conflito de jurisdição entre Juízes Eleitorais – órgãos da 1º instância da
Justiça Eleitoral – a competência para análise do conflito será do TSE, uma vez que envolvem
circunscrições estaduais diversas.

Lembre-se que a justiça eleitoral é organizada de forma hierárquica, logo não pode haver conflito de
competência entre um juiz eleitoral e o TRE a que ele está vinculado.

Lembre-se, ainda, caso o conflito ocorra entre dois juízes vinculados ao mesmo TRE, será deste a
competência para resolver o conflito, como veremos mais adiante.

Sigamos!

c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao Procurador Geral e aos funcionários


da sua Secretaria;

Pela alínea “c” estabelece-se a competência originária do TSE para julgar as arguições de suspeição e de
impedimento em relação aos respectivos membros, Procurador-Geral e funcionários da Secretaria do TSE.

Aqui é desnecessário tecer maiores considerações, pois o art. 20, estudado acima, disciplina a mesma regra.
Identificada situação que possa prejudicar a imparcialidade do membro da Justiça Eleitoral, é necessário
formar um incidente no processo para verificar se o juiz tem condições de julgar o processo.

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d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos seus próprios
juizes e pelos juizes dos Tribunais Regionais; [conforme arts. 102, I, c, da CF, e art. 105, I,
a, da CF]

Pelo dispositivo do CE, os crimes eleitorais e comuns conexos cometidos pelos Min. do TSE e pelos Juízes do
TRE seriam julgados pelo TSE.

Contudo, a alínea acima NÃO FOI RECEPCIONADA, em razão do que dispõem os arts. 102, I, c, e 105, I, a,
ambos da CF. Vamos analisar esse assunto com calma para evitar confusões.

Vejamos, inicialmente, os dispositivos da CF supramencionados.

 Art. 102, I, c, da CF:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da


Constituição, cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente:

c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de


Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o
disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas
da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente;(Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 23, de 1999)

 Art. 105, I, a, da CF:

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

I - processar e julgar, originariamente:

a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e


nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do
Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal,
os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho,
os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério
Público da União que oficiem perante tribunais;

Ao contrário do CE, os dispositivos da CF não falam em crimes eleitorais, mas apenas em crimes comuns e
de responsabilidade. Dessas alíneas extensas e confusas nos interessam as seguintes informações:

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O crime comum, ou de responsabilidade, O crime comum, ou de responsabilidade,


cometido por membro do TSE será cometido por membro do TRE será
julgado pelo STF. julgado pelo STJ.

A CF fala em CRIME COMUM OU DE RESPONSABILIDADE, não mencionando especificamente CRIMES


ELEITORAIS. Em razão disso, surge a seguinte dúvida: os crimes eleitorais são julgados pelo TSE, tal como a
regra prevista no art. 22, I, a, do CE?

O posicionamento dominante e fixado pelo STF é no sentido de que OS CRIMES ELEITORAIS SÃO ESPÉCIE DE
CRIMES COMUNS e, em razão disso, observam-se as regras previstas no art. 102, I, c, e art. 105, I, a, ambos
da CF. Logo, resta não recepcionado o art. 22, I, a, do CE.

Dessa forma, os crimes eleitorais praticados pelos membros do TSE serão julgados perante o STF, e os
crimes eleitorais praticados pelos membros do TRE serão julgados perante o STJ.

Segundo lecionam Gilmar Ferreira Mendes e Lênio Streck9:

A jurisprudência do STF entende que a locução constitucional “infrações penais comuns”


constitui uma expressão abrangente de todas as modalidades de infrações penais,
estendendo-se aos delitos eleitorais e alcançando, até mesmo, as próprias contravenções
penais.

Esse é o entendimento que consta da Reclamação Constitucional nº 511, julgada pelo STF. Vejamos um
pequeno excerto da referida jurisprudência10:

A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL FIRMOU-SE NO SENTIDO DE DEFINIR


A LOCUÇÃO CONSTITUCIONAL "CRIMES COMUNS" COMO EXPRESSÃO ABRANGENTE A
TODAS AS MODALIDADES DE INFRAÇÕES PENAIS, ESTENDENDO-SE AOS DELITOS
ELEITORAIS E ALCANÇANDO, ATÉ MESMO, AS PRÓPRIAS CONTRAVENÇÕES PENAIS.
PRECEDENTES.

9
CANOTILHO, J. J. Gomes [e outros], Comentários à Constituição do Brasil. São Paulo: Editora Saraiva e Almedina, 2013,
versão eletrônica.
10 Rcl 511, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, DJ 15/09/1995.

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Portanto, para a prova ...

O CRIME COMUM (INCLUINDO O CRIME ELEITORAL) COMETIDO


POR

membro do TSE membro do TRE

julgado pelo julgado pelo


STF STJ.

Sigamos com as demais competências do TSE.

e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, relativos a atos do


Presidente da República, dos Ministros de Estado [não recepcionado em parte por
aplicação dos arts. 102, I, i, da CF, 105, I, c, da CF, art. 102, I, b, da CF, e art. 105, I, d, da CF]
e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o habeas corpus, quando houver perigo de se
consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a impetração;

Aqui, ao contrário do dispositivo anterior, a inaplicabilidade é parcial.

Segundo o dispositivo do CE:

 O TSE terá competência originária para julgar habeas corpus e mandado de segurança de natureza
eleitoral, quando o ato for praticado pelo Presidente da República, pelos Ministros de Estado e pelos
membros do TREs.

 Além disso, também será da competência do TSE o julgamento de habeas corpus quando se
consumar a violência antes que o juiz competente possa analisar a questão. Em tal situação, não há
qualquer dúvida de que a referida competência será do TSE. Contudo, aqui temos um problema
prático. Hoje é mais fácil ingressar com o habeas corpus diretamente no TSE do que efetuar o pedido
de desaforamento, embora haja previsão legal.

Fora a segunda hipótese, em relação ao habeas corpus e ao mandado de segurança contra atos do
Presidente, dos Ministros de Estado e dos Membros do TRE, a interpretação deve ser feita à luz da
Constituição e da jurisprudência do STF.

Para facilitar a compreensão, vamos distinguir a competência em relação ao habeas corpus e a competência
em relação ao mandado de segurança.

VAMOS COMEÇAR PELO HABEAS CORPUS

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 Em relação aos atos praticados pelo Presidente da República, caso ensejem habeas corpus, tais ações
serão processadas e julgadas perante o STF, por força do art. 102, I, “i”, da CF. Por conta disso, a alínea do
CE não foi recepcionada nesse aspecto.

Vejamos:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,


cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente: (...)

i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o


paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à
jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição
em uma única instância;

 Em relação aos habeas corpus contra ato do Ministro de Estado, a competência será do TSE, uma vez que
o art. 105, I, “c”, da CF, faz a ressalva da competência da Justiça Eleitoral. Vejamos:

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

I - processar e julgar, originariamente: (....)

c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas
na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado
ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, RESSALVADA A COMPETÊNCIA
DA JUSTIÇA ELEITORAL; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) (...)

 Em relação aos atos praticados pelos TREs, permanece a competência do TSE, pois não há regra específica
na Constituição atribuindo a competência a outro órgão.

Nesse sentido, já decidiu o STF, no HC nº 88.769, que, com fundamento no art. 22, I, “d”, do CE, e no art.
121, §4º, da CF, o TSE é competente para conhecer e denegar habeas corpus em razão de ato praticado pelo
TRE, por seus órgãos ou integrantes. Vejamos a ementa11 do referido julgado:

DIREITO PROCESSUAL PENAL. ELEITORAL. COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL SUPERIOR


ELEITORAL EM HABEAS CORPUS. ATO DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL.
ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. AGRAVO REGIMENTAL PREJUDICADO. (...) 2. A
questão central deste writ se resume na identificação do órgão jurisdicional competente
para conhecer e julgar ordem de habeas corpus anteriormente impetrada em favor do
paciente devido à certidão de trânsito em julgado, lavrada por determinação do Tribunal
Regional Eleitoral. 3. O ato impugnado no habeas corpus anteriormente impetrado em
favor do paciente é a suposta ilegalidade na decisão que determinou fosse certificado o
trânsito em julgado de acórdão do TRE-SP, diante da manutenção da condenação criminal

11 HC 88769, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 25.09.2008.

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do paciente. 4. De acordo com a estrutura da Justiça Eleitoral brasileira, é competente o


TSE para conhecer e julgar habeas corpus impetrado contra ato supostamente ilegal ou
abusivo, perpetrado por qualquer dos órgãos fracionários do TRE, no caso, a Presidência
da Corte regional. 5. O Supremo Tribunal Federal, em algumas oportunidades, já assentou
a orientação acerca da competência do Tribunal Superior Eleitoral para processar e julgar
habeas corpus quando a autoridade apontada como coatora for o presidente do TSE (HC
66.466/CE, rel. Min. Aldir Passarinho, 2ª Turma, DJ 07.03.1989) ou quando o ato coator
consistir em decisão condenatória do TRE (HC 70.153/MG, rel. Min. Néri da Silveira, 2ª
Turma, DJ 03.09.1993), nos termos do art. 121, § 4°, da Constituição Federal, e art. 22, I, e,
do Código Eleitoral. 6. HC parcialmente concedido. Agravo regimental julgado prejudicado.

Assim, memorize...

HC em MATÉRIA
ELEITORAL

atos praticados pelo atos praticados pelos


atos praticados pelos TREs
Presidente da República Ministros de Estado

julgamento pelo STF julgamento pelo TSE julgamento pelo TSE

VEJAMOS, AGORA, COMO FICA A COMPETÊNCIA EM RELAÇÃO AO MANDADO DE SEGURANÇA

No que atine aos atos praticados pelo Presidente, caso ensejem mandado de segurança em matéria eleitoral,
a competência será do STF, por força do art. 102, I, d, da CF. Vejamos:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,


cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente: (...)

d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores;
o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do
Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

Em relação aos atos praticados pelos Ministros de Estado, se ensejarem mandado de segurança em matéria
eleitoral, a competência será do STJ, com fundamento no art. 105, I, “b”, da CF. Ao contrário da competência

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para julgar o habeas corpus contra ato do Min. de Estado, em relação ao mandado de segurança não há
qualquer ressalva do dispositivo da Constituição.

Vejamos:

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

I - processar e julgar, originariamente: (...)

b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos


Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; (...).

Comparando, portanto, apenas a competência relativa ao mandado de segurança e do habeas corpus contra
ato do Min. de Estado, temos:

MS contra Ministro de Estado STJ

HC contra Ministro de Estado TSE

Por fim, em relação aos atos praticados pelo TRE, se ensejarem mandado de segurança em matéria eleitoral,
o órgão competente será o TRE, pois além da jurisprudência do STF tem reafirmado a competência dos
próprios Tribunais para processar e julgar, em sede originária, os mandados de segurança impetrados contra
seus atos e omissões ou, ainda, contra aqueles emanados de seus respectivos Presidentes, Vice-Presidentes
e Juízes o Art. 21 da LOMAN também prevê que cada tribunal deverá julgar os mandados de segurança contra
seus atos, conforme texto destacado abaixo:

Art. 21 - Compete aos Tribunais, privativamente

VI - julgar, originariamente, os mandados de segurança contra seus atos, os dos respectivos


Presidentes e os de suas Câmaras, Turmas ou Seções.

Veja a Súmula editada pelo TSE tratando do mandado de segurança:

Súmula – TSE nº 34

Não compete ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar mandado de segurança


contra ato de membro de Tribunal Regional Eleitoral.

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Assim, memorize...

MS em MATÉRIA ELEITORAL

atos praticados pelo atos praticados pelos


atos praticados pelos TREs
Presidente da República Ministros de Estado

julgamento pelo STF julgamento pelo STJ TRE

Como é relevante conhecer a literalidade do CE, façamos um quadro-resumo:

CE CF/entendimento do STF
HC e MS (eleitoral) do Presidente da República, do HC e MS contra Presidente da República
Ministro de Estado ou do TRE (órgão) →julgamento pelo STF
→julgamento pelo TSE. HC contra Ministro de Estado → julgamento pelo
TSE.
MS contra Ministro de Estado →julgamento pelo
STJ
HC contra TRE → TSE
MS contra TRE → O próprio TRE

Registre-se que o entendimento a ser adotado em provas de concurso público deverá ser o da Constituição
e o do STF.

Ok? Vamos em frente!

f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à
sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos;

Estuda-se, na Lei nº 9.096/1995 (Lei dos Partidos Políticos), que as agremiações devem encaminhar, com
periodicidade, à Justiça Eleitoral, informações acerca dos gastos expendidos para a manutenção de suas
unidades, para as propagandas políticas etc. Essas informações são tornadas públicas para que os demais
partidos políticos, candidatos e Ministério Público possam avaliar e, caso encontrem alguma irregularidade,
acionem o Poder Judiciário. Portanto, a competência para julgar as reclamações quantos às obrigações
impostas aos partidos políticos referentes à contabilidade ou à origem dos recursos será julgada pelo TSE.

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Evidentemente que essa competência se aplica ao órgão nacional do partido. Mesma competência é
admitida no âmbito do TREs, em relação ao órgão regional do partido, analise o dispositivo da lei dos partidos
políticos.

Art. 35. O Tribunal Superior Eleitoral e os Tribunais Regionais Eleitorais, à vista de


denúncia fundamentada de filiado ou delegado de partido, de representação do
Procurador-Geral ou Regional ou de iniciativa do Corregedor, determinarão o exame da
escrituração do partido e a apuração de qualquer ato que viole as prescrições legais ou
estatutárias a que, em matéria financeira, aquele ou seus filiados estejam sujeitos,
podendo, inclusive, determinar a quebra de sigilo bancário das contas dos partidos para o
esclarecimento ou apuração de fatos vinculados à denúncia.

Parágrafo único. O partido pode examinar, na Justiça Eleitoral, as prestações de contas


mensais ou anuais dos demais partidos, quinze dias após a publicação dos balanços
financeiros, aberto o prazo de cinco dias para impugná-las, podendo, ainda, relatar fatos,
indicar provas e pedir abertura de investigação para apurar qualquer ato que viole as
prescrições legais ou estatutárias a que, em matéria financeira, os partidos e seus filiados
estejam sujeitos.

A alínea “g” traz a seguinte competência originária do TSE:

g) as impugnações à apuração do resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição


de diploma na eleição de Presidente e Vice-Presidente da República;

Atente-se que a competência do TSE, no caso da alínea acima, refere-se apenas às eleições de Presidente e
de vice-Presidente. Veremos, nas demais regras de competência, que impugnações nas eleições estaduais e
municipais são analisadas ou pelo TRE ou pelo Juiz Eleitoral.

Por ora...

COMPETÊNCIA
DO TSE

IMPUGNAÇÕES DAS ELEIÇÕES DE


PRESIDENTE E VICE relativas à

apuração do proclamação dos expedição de


resultado geral eleitos diploma

Vamos em frente!

h) os pedidos de desaforamento dos feitos NÃO decididos nos Tribunais Regionais dentro
de TRINTA DIAS DA CONCLUSÃO ao relator, formulados por partido, candidato, Ministério
Público ou parte legitimamente interessada.

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A alínea “h” traz importante regra. A Justiça Eleitoral, tal como vimos na aula inaugural, é regida pelo
princípio da celeridade, razão pela qual os processos devem ser solucionados com brevidade, não podendo
ultrapassar o prazo de um ano.

Em razão disso, se o processo estiver com o relator no TRE por mais de 30 dias, é possível que a parte
interessada no processo, o Ministério Público, o partido ou o candidato ajuíze o pedido de desaforamento,
para que o processo seja julgado no TSE. É uma forma, então, de acelerar processos que estão demorando.

Portanto...

partido

+ DE 30 DIAS COM O
candidato
RELATOR
PEDIDO DE
DESAFORAMENTO
Ministério Público

parte interessada.

Não obstante a regra acima, que deve ser memorizada para fins de prova, fique atento ao que leciona a
doutrina especializada12:

Ocorre que atualmente há mais efetividade na cobrança correicional de eventual inércia


de magistrados, o que acaba por reduzir o alcance desse dispositivo. Nesse sentido, não se
deve esquecer do CNJ, cuja atuação tem se mostrado efetiva no caso de inércia judicial.

Diferentemente do desaforamento, há a possibilidade de reclamações.

i) as reclamações contra os seus próprios juízes que, no PRAZO DE TRINTA DIAS a contar
da conclusão, não houverem julgado os feitos a eles distribuídos.

12
MEDEIROS, Marcílio Nunes. Legislação Eleitoral Comentada e Anotada – artigo por artigo. Bahia: Editora JusPovim, 2017,
p. 338.

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A ideia nessa alínea é semelhante à anterior. Se o processo estiver com um Min. do TSE por mais de 30 dias
sem julgamento será possível postular a reclamação.

Muito se discute se essa competência é do TSE efetivamente, ante a criação do Conselho Nacional de Justiça,
em face do que prevê o art. 103-B, §4º, III, da CF.

Não temos uma posição segura para as provas, até porque a regra é a cobrança conforme a literalidade do
CE.

Contudo, em uma questão mais aprofundada, que adentre à discussão, devemos saber que parcela da
doutrina faz referência a uma decisão monocrática (Rcl. 475/07), de relatoria do Min. José Delgado, quando
se decidiu que prevalece a competência do CNJ em face da competência do TSE13 14.

Além disso, note que, ao contrário da alínea “h”, a reclamação por inação dos Min. do TSE é julgada pelo
próprio TSE. No pedido de desaforamento, devido à inércia do TRE, o processo é levado ao TSE. Aqui, na
alínea “i”, dada a demora do Juiz do TSE, leva-se o processo para julgamento pelo TSE enquanto órgão
colegiado.

julga-se o processo
No pedido de DESAFORAMENTO da inércia do TRE
no TSE

Na RECLAMAÇÃO por inércia de um dos membros do julga-se o processo


TSE no TSE/CNJ

Sigamos!

j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro de CENTO E
VINTE DIAS DE DECISÃO IRRECORRÍVEL, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo
até o seu trânsito em julgado [inconstitucional, segundo a ADI 1.459]

Notem que a parte final do dispositivo foi tachada, ou seja, não deve ser considerada, uma vez que o STF, na
ADI nº 1.459, declarou a inconstitucionalidade do dispositivo em relação aos efeitos das decisões de primeiro
grau. Além disso, atualmente, a matéria é disciplinada pela Lei Complementar nº 64/1990 (Lei de
Inelegibilidades). Vejamos um trecho da ementa15:

EMENTA: DIREITO CONSTITUCIONAL E ELEITORAL. AÇÃO DIRETA DE


INCONSTITUCIONALIDADE. AÇÃO RESCISÓRIA ELEITORAL (LEI COMPLEMENTAR Nº 86, DE
14.05.1996, QUE ACRESCENTOU A ALÍNEA "J" AO INC. I DO ART. 22 DO CÓDIGO ELEITORAL).
SUSPENSÃO DA EFICÁCIA DA COISA JULGADA SOBRE INELEGIBILIDADE. EFICÁCIA

13
OLIVEIRA, João Paulo. Direito Eleitoral – concursos públicos, Bahia: Editora JusPodvim, 2016, p. 45.
14
BRASIL. Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, Código Eleitoral Comentado e Legislação Complementar,
EJE/SAD/CADOC: Rio e Janeiro, 2012, p. 55.
15 ADI 1459, Rel. Min. Sydney Sanches, Tribunal Pleno, DJ 07.05.1999.

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RETROATIVA DA LEI: INADMISSIBILIDADE. 1. Não ofende a Constituição Federal a


instituição de uma Ação Rescisória Eleitoral, como prevista na alínea "j" do inc. I do art. 22
do Código Eleitoral (Lei nº 4.737, de 15.07.1965), acrescentada pelo art. 1º da Lei
Complementar nº 86, de 14.05.1996. 2. São inconstitucionais, porém, as expressões
"possibilitando-se o exercício do mandato eletivo até seu trânsito em julgado", contidas
na mesma alínea "j", pois implicariam suspensão, ao menos temporária, da eficácia da
coisa julgada sobre inelegibilidade, em afronta ao inciso XXXVI do art. 5º da Constituição
Federal. (...).

A ação rescisória é a espécie de ação que tem por finalidade desconstituir uma decisão judicial que se tornou
imutável (trânsito em julgado). Atualmente, essa espécie de ação é cabível apenas perante o TSE contra
decisões do próprio TSE em face de decisão que possa importar declaração de inelegibilidade. É o que se
interpreta a partir da Súmula TSE 33:

Súmula TSE nº 33

SOMENTE é cabível ação rescisória de decisões do Tribunal Superior Eleitoral que versem
sobre a incidência de causa de inelegibilidade.

Portanto, não cabe ação rescisória contra sentenças de Juiz Eleitoral e acórdãos do TRE! Temos, ainda,
cabimento da ação rescisória, em matéria administrativa, que segue o regramento dos Regimento Internos,
que aplicam subsidiariamente o NCPC.

AÇÃO RESCISÓRIA

cabível no prazo de 120 dias

contra decisão do TSE para o próprio TSE

apenas se o acórdão rescindendo puder implicar


inelegibilidade

cabe de decisão em matéria administrativa (RI + CPC)

Finalizamos, com isso, as competências judicantes, previstas para o TSE.

Vejamos, ainda, uma questão sobre as competências originárias do TSE:

(IESES - 2015) Sobre as competências do Tribunal Superior Eleitoral assinale a alternativa correta:

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a) Compete ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar originariamente as ações diretas de


inconstitucionalidade de leis ou atos normativos relacionados ao direito eleitoral.
b) Compete ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar originariamente os conflitos de jurisdição entre
Tribunais Regionais e juízes eleitorais de Estados diferentes.
c) Compete ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar originariamente o registro e a cassação de
registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e estaduais e de candidatos à Presidência e vice-
presidência da República, governador e vice governador de Estado.
d) Compete ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar originariamente as impugnações à apuração do
resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição de diploma na eleição de Presidente e Vice Presidente
da República, do governador e vice governador de Estado.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois essa competência é do STF (art. 102 I a da CF).
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, com base na alínea C, do art. 23, I.
“b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juízes eleitorais de Estados diferentes”;
A alternativa C está incorreta. A competência do TSE se restringe ao diretório nacional e aos cargos de
Presidente e Vice.
“Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:
I - Processar e julgar ORIGINARIAMENTE:
a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de candidatos à
PRESIDÊNCIA e VICE-Presidência da República”;
A alternativa D está incorreta. O erro é o mesmo da alternativa anterior. A competência do TSE, nesse caso,
se limita aos cargos de Presidente e vice.
“g) as impugnações à apuração do resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição de diploma na
eleição de Presidente e Vice-Presidente da República”;

Antes de seguir, vamos trazer dois esquemas que sintetizam pontos importantes e difíceis que envolvem a
competência judicial originária do TSE.

 Competência para julgar crimes e ações constitucionais eleitorais e conexas

1) Crime eleitoral cometido por Ministro do TSE - STF (art. 102, I, c, da CF).

2) Crime eleitoral cometido por Juiz de TRE - STJ (art. 105, I, a, da CF).

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3) Habeas corpus eleitoral contra Presidente da República - STF (art. 102, I, i, CF)

4) Habeas corpus eleitoral contra Ministro de Estado - TSE (art. 105, I, c, da CF, c/c art. 22, I, e, do CE)

5) Habeas corpus eleitoral contra Tribunal do TRE - TSE (art. 22, I, e, do CE, c/c art. 121, §4º, da CF - se
denegatório)

6) Mandado de segurança contra ato do Presidente - STF (art. 102, I, d, da CF)

7) Mandado de segurança contra ato de Ministro de Estado - STJ (art. 105, I, b, da CF)

8) Mandado de segurança contra Tribunal do TRE - TSE (art. 22, I, e, do CE)

9) Habeas corpus ou mandado de segurança eleitoral contra Juiz de TRE - pleno do TRE respectivo (art.
21, VI, da Lei Complementar nº 35/1979 e Súmula TSE 34)

10) Habeas corpus contra ato do TSE - STF (art. 6º, I, a, RISTF)

11) Habeas corpus contra ato de Ministro do TSE - pleno do TSE

12) Mandado de injunção contra norma regulamentadora da competência do TSE - STF (art. 102, I, q, da
CF)

13) Mandado de injunção contra norma regulamentadora da competência do TRE (apenas se


denegatório) - TSE (art. 121, §4º, da CF)

14) Habeas data contra TSE - STF (art. 102, II, a, da CF)

15) Habeas data contra TRE (apenas denegatórios) - TSE (art. 121, §4º, V, da CF

 Síntese da competência judicial originária do TSE

1) Registro de partidos.

2) Cassação de registro de partidos e diretórios nacionais.

3) Cassação de registro de candidatos à Presidência e vice-Presidência.

4) Conflitos de jurisdição entre TREs e juízes eleitorais de TREs distintos.

5) Arguições de suspeição e impedimento (Min. TSE, Procurador-Geral Eleitoral e Secretaria)

6) Habeas corpus contra ato dos TREs e Min. de Estado.

7) Mandado de segurança contra ato dos TREs.

8) Reclamações contra partidos (contabilidade e origem de recursos).

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9) Impugnações à impugnação, resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição de diplomas para eleição
presidencial.

10) Pedido de desaforamento de feito não decidido nos TREs (+ 30 dias).

11) Reclamações contra Min. TSE por processo não julgado (+ 30 dias) (*CNJ).

12) Ação rescisória no prazo de 120 dias.

Na sequência, passamos à competência recursal, que é abordada no inc. II, abaixo descrito.

Competência Judicial Recursal

A competência recursal, prevista no art. 22, II, do CE, é decorrente do duplo grau de jurisdição, ou seja, da
possibilidade de reexame das matérias submetidas a julgamento perante o TRE.

Vejamos o dispositivo do CE:

II - julgar os recursos interpostos das decisões dos Tribunais Regionais nos termos do Art.
276 inclusive os que versarem matéria administrativa.

O TSE será responsável por julgar os recursos cabíveis das decisões do TRE. Esses recursos são previstos no
art. 121, §4º, da CF, e no art. 276, do CE.

 Art. 121, §4º, da CF:

§ 4º Das decisões dos tribunais regionais eleitorais somente caberá recurso quando:

I – forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;

II – ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;

III – versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou


estaduais;

IV – anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou


estaduais;

V – denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de


injunção.

 Art. 276, do CE:

Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas, salvo os casos seguintes em
que cabe recurso para o Tribunal Superior:

I – especial:

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a) quando forem proferidas contra expressa disposição de lei;

b) quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais Tribunais


Eleitorais;

II – ordinário:

a) quando versarem sobre expedição de diplomas nas eleições federais e estaduais;

b) quando denegarem habeas corpus ou mandado de segurança.

§ 1º É de 3 (TRÊS) DIAS o prazo para a interposição do recurso, contado da publicação da


decisão nos casos dos nos I, letras a e b e II, letra b e da sessão da diplomação no caso do
nº II, letra a.

§ 2º Sempre que o Tribunal Regional determinar a realização de novas eleições, o prazo


para a interposição dos recursos, no caso do nº II, a, contar-se-á da sessão em que, feita a
apuração das sessões renovadas, for proclamado o resultado das eleições suplementares.

Da leitura dos dispositivos acima, podemos concluir que, das decisões proferidas no âmbito do TRE para o
TSE, são cabíveis os seguintes recursos:

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decisão contrária à Constituição ou à lei


CABE RECURSO DO TRE PARA O TSE

ESPECIAL
decisão com interpretação da lei divergente de outros TREs
(uniformização da jurisprudência)

decisões em inelegibilidade ou expedição de diplomas nas


eleitorais federais (Deputados Federais e Senadores da
República) ou estaduais (Governador, vice-Governador e
Deputados Estaduais).

ORDINÁRIO decisões de anulação de diplomas ou perda de mandados


eletivos federais ou estaduais

decisões denegatórias de habeas corpus, mandado de


segurança, habeas data ou mandado de injunção.

Façamos, em seguida, algumas observações: decisão contrária à Constituição ou à lei.

A primeira hipótese que enseja recurso ao TSE são as decisões do Tribunal contrárias à Constituição
ou à legislação federal. Nessa hipótese, pretende-se assegurar a rigidez constitucional e o respeito
às leis. Fique atento, pois só caberá recurso especial quando a legislação for FEDERAL veja o que
afirma a Súmula 32 do TSE:

Súmula 32 do TSE - É inadmissível recurso especial eleitoral por violação à legislação


municipal ou estadual, ao regimento interno dos tribunais eleitorais ou às normas
partidárias.

Ainda que a discussão envolva matéria constitucional, a competência para julgar não será do STF,
pois se trata de decisão do TRE, assim, não podemos suprimir instância, apenas acordão do TSE pode
chegar ao STF por meio de Recurso Extraordinário e em casos específicos.

 decisão com interpretação da lei divergente de outros TREs (uniformização da jurisprudência).

Aqui o intuito é uniformizar a jurisprudência. Essa é uma das funções primordiais do TSE: tomar as
inúmeras decisões preferidas pelos TREs e uniformizar o entendimento como único ou padrão, a fim
de gerar segurança e homogeneidade às decisões judiciais. Não tem sentido que uma mesma norma
seja interpretada de forma diversa por diferentes TREs, cabe ao tribunal hierarquicamente superior
(TSE) apontar a correta interpretação. Dessa forma, sempre que a parte identificar divergência entre
decisões proferidas em diferentes TREs, poderá apresentar recurso especial ao TSE para que esse
órgão analise o julgado e defina qual é a jurisprudência a nível nacional. Segue abaixo duas súmulas
do TSE tratando da matéria:

Súmula-TSE nº 29

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A divergência entre julgados do mesmo Tribunal não se presta a configurar dissídio


jurisprudencial apto a fundamentar recurso especial eleitoral.

Súmula-TSE nº 30

Não se conhece de recurso especial eleitoral por dissídio jurisprudencial, quando a decisão
recorrida estiver em conformidade com a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral

 decisões em inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais (Deputados Federais


e Senadores da República) ou estaduais (Governador, vice-Governador e Deputados Estaduais).

Note, NÃO inclui eleições municipais. Aqui também temos uma Súmula do TSE:

Súmula-TSE nº 37

Compete originariamente ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar recurso contra


expedição de diploma envolvendo eleições federais ou estaduais.

 decisões de anulação de diploma ou perda de mandatos eletivos federais ou estaduais.

Em relação às decisões que importem inelegibilidade, anulação ou expedição de diplomas e perda de


mandados políticos-eletivos a parte prejudicada poderá recorrer ao TSE APENAS das eleições
federais ou estaduais, ou seja, para os cargos de Governador, de vice-Governador, de Senador da
República, de Deputado Federal e de Deputado Estadual.

Notem:

 não abrange os cargos a Presidente ou a vice-Presidente, pois o TRE NUNCA terá competência
sobre tais cargos para decidir acerca de inelegibilidades, de expedição de diplomas ou de
perda de mandato.
 além disso, não caberá recurso quando tais situações se reportarem a cargos municipais, por
ausência de previsão na legislação. Nesse caso, em específico, a decisão do TRE será
definitiva.O TSE tem uma súmula tratando dessas duas últimas hipóteses.

Súmula-TSE nº 36

Cabe recurso ordinário de acórdão de Tribunal Regional Eleitoral que decida sobre
inelegibilidade, expedição ou anulação de diploma ou perda de mandato eletivo nas eleições
federais ou estaduais (art. 121, § 4º, incisos III e IV, da Constituição Federal).

 decisões denegatórias de habeas corpus, de mandado de segurança, de habeas data ou de


mandado de injunção.

Por fim, registre-se que, por envolver matéria de cunho constitucional, as decisões do TRE em ações
eleitorais são passíveis de recurso ordinário para o TSE.

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Aqui é importante destacar que, se a decisão do TRE foi pela concessão da ação constitucional
pleiteada, não cabe o recurso. O recurso ao TSE cabe apenas no caso de decisões denegatórias.

Neste momento do curso, precisamos ficar atentos ao cabimento de recurso das decisões do TRE
para o TSE.

Vejamos, ainda, o art. 121 §3º da CF e o parágrafo único, do art. 22, do CE:

§ 3º São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem


esta Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança.

art. 22 do CE

Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior são IRRECORRÍVEIS, salvo nos casos do
Art. 281.

Esse parágrafo consagra o princípio da irrecorribilidade das decisões eleitorais. Esse princípio, conforme
indica o art. 281, do CE, é excepcionado nas hipóteses do art. 102, II, a, e III, da CF, que prevê as hipóteses
de recursos para o STF.

Vejamos:

Art. 281. São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior, SALVO as que declararem a
invalidade de lei ou ato contrário à Constituição Federal e as denegatórias de habeas
corpus ou mandado de segurança, das quais caberá recurso ordinário para o Supremo
Tribunal Federal, interposto no prazo de 3 (três) dias.

Do dispositivo acima concluímos que:

1ª – Caberá recurso extraordinário de decisão que declarar a invalidade de lei ou o ato contrário à
Constituição. Nesse caso, é possível que a parte interessada recorrer ao STF, uma vez que esse órgão
é o guardião da Constituição.

2ª – Caberá recurso ordinário de decisão denegatória de habeas corpus ou de mandado de


segurança.

Para a prova...

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se declarar a invalidade de
RECURSO
lei ou ato contrário à
EXTRAORDINÁRIO
Constituição
DAS DECISÕES DO TSE
CABE, PARA O STF,

se denegar habeas corpus


RECURSO ORDINÁRIO
ou mandado de segurança

Finalizamos, também, a competência judicante recursal do TSE.

Competências Administrativas, Consultivas e Normativas do TSE

Vimos, até então, as regras de competência judicial que são as mais extensas. Na sequência, passaremos a
estudar o art. 23, do CE, que traz inúmeras atribuições do TSE, distribuídas entre competências de caráter
administrativo, consultivo e normativo.

Veremos várias atribuições administrativas e normativas do órgão, bem como a previsão da competência
consultiva do TSE.

Ao contrário das competências judiciais, as competências aqui estudadas são intuitivas, de forma a permitir
que nosso estudo seja mais fácil. Apenas para que tenhamos ideia, atentem-se para o inc. I e II, do art. 23. A
primeira competência é aprovar o Regimento Interno e a segunda é organizar a Secretaria e a Corregedoria-
Geral. Fácil, não?!

Vamos lá!

Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior,

I - elaborar o seu regimento interno;

II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Geral, propondo ao Congresso Nacional a


criação ou extinção dos cargos administrativos e a fixação dos respectivos vencimentos,
provendo-os na forma da lei;

III - conceder aos seus membros licença e férias assim como afastamento do exercício dos
cargos efetivos;

As três primeiras hipóteses acima correspondem ao que está previsto no art. 96, incisos I alíneas a, b e f, da
CF. São competências que tem por finalidade normatizar e organizar internamente o TSE.

IV - aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juízes dos Tribunais
Regionais Eleitorais;

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Lembre-se que os Juízes do TRE acumulam as funções do órgão de origem com a função eleitoral no Tribunal.
Assim serão, por exemplo, ao mesmo tempo juízes federais, juízes do TRF, desembargadores ou juízes de
direito e juízes do TRE. Contudo, em determinados períodos específicos (apuração das eleições, por
exemplo), as atividades se intensificam. Para tanto, surge a possibilidade de serem temporariamente
afastados das funções na magistratura de origem para que possam dedicar-se, por tempo determinado,
exclusivamente às funções eleitorais. Para que isso seja possível, após a deliberação do Tribunal do TRE, é
necessário encaminhar a deliberação à aprovação pelo TSE.

V - propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer dos Territórios;

VI - propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juízes de qualquer Tribunal


Eleitoral, indicando a forma desse aumento;

ATENÇÃO! Muito se discute quanto à possibilidade de aumento no número de juízes dos TREs.

Primeiramente, cumpre observar que a CF não vedou a alteração no número de membros. Pelo contrário,
determina que ao TSE competirá propor a alteração do número de membros dos TREs. É o que se extrai do
art. 96, II, “a”, da CF:

Art. 96. Compete privativamente:

II – ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor
ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:

a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; (…).

Em segundo lugar, o CE disciplina expressamente a matéria do seguinte modo:

Art. 13. O número de Juízes dos Tribunais Regionais não será reduzido, mas poderá ser
elevado até nove, mediante proposta do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida.

Da leitura do dispositivo abaixo extraímos que A REDUÇÃO É VEDADA. A ELEVAÇÃO DO NÚMERO DE


MEMBROS É POSSÍVEL ATÉ O LIMITE DE NOVE.

Note que esses dois dispositivos estão no mesmo sentido do inc. VI do Art. 23 do CE acima citado.

Contudo, frise-se! Há doutrina que entende que o art. 13, do CE, bem como o art. 23, IV, do CE, acima citados
não foram recepcionados. Segundo esses autores16, o fato de a CF não ter deixado margem para alteração
do número de membros do TRE (art. 120 §1º da CF) – tal como fez em relação ao TSE (o texto fala em no
mínimo 7 membros) – impede que o aumento seja promovido.

16
Cite-se, por exemplo, MARCILIO, Nunes Medeiros. Legislação Eleitoral Comentada e Anotada – artigo por artigo, Bahia:
Editora JusPodvim, 2017, p. 346.

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Devemos cuidar para fins de prova que, da literalidade dos dispositivos, extrai-se “no mínimo” apenas em
relação ao TSE. Já quanto ao aumento, há expresso limitador – nove membros – apenas em relação ao TRE.
Esses aspectos literais são frequentes em prova. Portanto, atenção!

Sigamos!

VII - fixar as datas para as eleições de Presidente e Vice-Presidente da República, senadores


e deputados federais, quando não o tiverem sido por lei:

O inciso VII é de rara aplicabilidade, uma vez que as datas das eleições são pré-definidas no Texto
Constitucional, no art. 28, caput, art. 29, I e II, e 77.

Vejamos os dispositivos constitucionais:

➔ art. 28, caput:

Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de 4


(quatro) anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no
último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do
término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em 6 de janeiro do ano
subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77 desta Constituição.

➔ art. 29, I e II:

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que
a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição
do respectivo Estado e os seguintes preceitos:

I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos,


mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;

II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do


ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art.
77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;

➔ Art. 77:

Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á,


simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último
domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do
mandato presidencial vigente.

Assim:

As eleições realizam-se a cada 4 anos, intercalados do seguinte modo:

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• Presidente/Vice,
decurso de Governador/Vice, Senador,
dois anos Deputado Federal/Estadual

decurso de • Prefeito/Vice e
dois anos Vereador

• Presidente/Vice,
decurso de Governador/Vice, Senador,
dois anos Deputado Federal/Estadual

decurso de • Prefeito/Vice e
dois anos Vereador

Além disso...

As eleições, em primeiro
SE NECESSÁRIO o
turno, ocorrerão no
segundo turno, ele
primeiro domingo de
ocorrerá no último
outubro do ano
domingo de outubro.
respectivo.

Essas são as regras para a realização das eleições no Brasil. Contudo, conforme mencionamos, as eleições
poderão ocorrer, excepcionalmente, em data marcada pelo TSE. Isso ocorrerá na hipótese de anulação geral
das eleições. Quando houver anulação das eleições para o cargo de Presidente ou vice-Presidente, o TSE
marcará nova data no prazo de 20 a 40 dias, conforme prevê o art. 224, do CE.

Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas eleições
presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais ou do município nas eleições
municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal marcará dia para
nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.

Assim...

Excepcionalmente, o TSE poderá determinar a nova data para a


realização das eleições presidenciais, em caso de anulação geral das
eleições, para o cargo de Presidente e vice-Presidente.

É importante, ainda, que você não confunda a anulação geral das eleições com voto nulo ou voto em branco.
A nulidade prevista no art. 224 do CE se refere a votos eivados de vícios, como utilização de folha de votação
falsa ou votos realizados fora do dia ou horário previstos. Apenas os votos anulados pela Justiça Eleitoral é

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que podem dar ensejo à anulação de toda uma eleição. A anulação de voto pelo próprio eleitor (voto nulo
ou branco) no momento da votação não possui efeito algum. O voto nulo e o voto em branco não possuem
qualquer relevância para o resultado das eleições, pois não são computados na contagem. Ainda que 90%
dos eleitores votem nulo, as eleições podem ser válidas. Nesse caso, os 10% que votaram irão decidir os
novos representantes.

O art. 224, do CE, que falaremos adiante, trata da possibilidade de considerar nulos votos que foram dados
a determinados candidatos de forma irregular. Por exemplo, determinado candidato recebe 70% dos votos,
contudo, tem o diploma cassado. Nesse caso, os votos recebidos são anulados e, nesse caso, haverá
marcação de novas eleições. Portanto:

ANULAÇÃO GERAL
≠ VOTO NULO
DAS ELEIÇÕES

Sigamos!

VIII - aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a criação de novas zonas;

Veremos adiante que ao TRE compete dividir a circunscrição em zonas eleitorais, bem como criar novas
zonas. Em ambos os casos, contudo, conforme disciplina o inc. VIII, a aprovação da divisão ou a criação de
zonas será decidida pelo TSE.

Logo...

divide a circunscrição
TRE aprova a divisão e/ou
em zonas e cria novas TSE
criação
zonas eleitorais

Vamos em frente!

IX - expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste Código;

Esse inciso trata da competência para regulamentar legislação eleitoral que em alguns casos é exclusiva do
Tribunal Superior Eleitoral. Veja excerto da decisão em um Recurso Especial julgado pelo TSE afirmando sua
exclusividade.

ELEIÇÕES 2014. REGISTRO DE CANDIDATURA. PLENO EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTICOS.


CERTIDÃO CRIMINAL.

1.A competência para baixar instruções sobre o registro de candidatura, especificando


sobre os documentos necessários previstos na legislação e procedimentos a serem

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observados, é exclusiva do Tribunal Superior Eleitoral, a teor do que dispõem os arts. 105
da Lei n° 9.504/97 e 23, IX, do Código Eleitoral.

2. É nula a Resolução n° 885, do TRE/RJ, que dispõe sobre o processamento dos registros
de candidatura relativos às eleições de 2014, matéria já regulamentada pelo Tribunal
Superior Eleitoral na Res.-TSE n° 23.405.17

Aqui devemos ficar atentos a vedação imposta pelo novo Art. 23 -A. O TSE não poderá tratar de matéria
relativa à organização dos partidos políticos.

O inciso X do Art. 23 é mais uma competência meramente administrativa.

X - fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores Regionais e auxiliares em diligência


fora da sede;

Lista tríplice para nomeação dos advogados:

XI - enviar ao Presidente da República a lista tríplice organizada pelos Tribunais de Justiça


nos termos do art. 25;

Em relação a esse inciso, façamos um rápido registro.

O art. 25, do CE, prevê a composição dos TREs. Dentre os membros do TRE haverá dois juízes escolhidos
entre seis advogados, nomeados pelo Presidente da República (art. 120 §1º III da CF), e indicados pelo
Tribunal de Justiça.

Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito
Federal.

§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:

III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de
notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

A indicação do Tribunal de Justiça será feita por meio de duas listas tríplices, uma para cada vaga. A lista
elaborada será encaminhada ao TSE que será responsável por encaminhar ao Presidente da República para
a escolha e nomeação do membro.

Assim:

17
RECURSO ESPECIAL ELEITORAL N° 647-70.2014.6.19.0000 Min. Rel. Ministro Henrique Neves da Silva, Publicado em sessão
– 09/09/14

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TJ
• elabora a lista

TRE
• encaminha ao TSE
TSE
• encaminha ao
Presidente

Presidente
• nomeia um dos três

Registre-se, ainda, que como a CF fala em “dois Juízes dentre seis advogados”, entende-se que haverá a
formação de duas listas tríplices, um para cada membro que será escolhido18.

Sigamos!

XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por
autoridade com jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político;

As consultas consistem na atribuição conferida ao TSE para responder a questionamentos feitos por
autoridades. Pretende-se evitar, por intermédio de consulta prévia, processos judiciais.

Como já vimos anteriormente...

Sempre houve entendimento pacífico que a consulta não possuía caráter vinculante, muito menos erga
omnes sendo inclusive este o entendimento do STF.

Porém, uma recente alteração legislativa modificou esse entendimento. Foi incluído pela Lei nº 13.655, de
2018 o artigo 30 ao DL 4657/42, conhecido como Lei de Introdução às normas do direito brasileiro (LINDB),
que determina caráter vinculante as respostas a consultas até que haja ulterior revisão visando uma maior
segurança jurídica. Veja o texto legislativo que trouxe a mudança.

Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na
aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas e
respostas a consultas.

Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão caráter vinculante
em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão.

18
CERQUEIRA, Camila Albuquerque e CERQUEIRA, Thales Tácito. Direito Eleitoral Esquematizado, 3ª edição, rev. e atual.,
São Paulo: Editora Saraiva: 2013, versão eletrônica.

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Este artigo da LINDB foi regulamentado pelo art. 19 do Decreto 9.830/2019 que reafirmou o caráter
vinculante das consultas visando a segurança jurídica. Veja o texto legal:

Art. 19. As autoridades públicas atuarão com vistas a aumentar a segurança jurídica na
aplicação das normas, inclusive por meio de normas complementares, orientações
normativas, súmulas, enunciados e respostas a consultas.

Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput terão caráter vinculante em relação


ao órgão ou à entidade da administração pública a que se destinarem, até ulterior revisão.

Além disso o TSE editou uma súmula afirmando não ser cabível reclamação para arguir descumprimento de
resposta a consulta. Vejamos:

Súmula-TSE nº 35

Não é cabível reclamação para arguir o descumprimento de resposta a consulta ou de ato


normativo do Tribunal Superior Eleitoral.

Lembre-se que as consultas serão realizadas em tese sob pena do tribunal adiantar seu julgamento. E que
as consultas são permitidas a autoridades específicas.

Logo...

autoridade com jurisdição


perante o TSE
federal

CONSULTAS

órgão nacional de partido


político

Veremos adiante que a mesma atribuição é conferida ao TRE. A diferença entre a consulta no TSE e no TRE
reside nas autoridades competentes para analisá-las.

XIII - autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras nos Estados em que essa
providência for solicitada pelo Tribunal Regional respectivo;

XIV - requisitar a força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas próprias decisões
ou das decisões dos Tribunais Regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a
apuração;

XV - organizar e divulgar a Súmula de sua jurisprudência;

XVI - requisitar funcionários da União e do Distrito Federal quando o exigir o acúmulo


ocasional do serviço de sua Secretaria;

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XVII - publicar um boletim eleitoral;

XVIII - tomar quaisquer outras providências que julgar convenientes à execução da


legislação eleitoral.

Vejamos agora o novo artigo 23-A incluído pela Lei 14.211/2021:

Art. 23-A. A competência normativa regulamentar prevista no parágrafo único do art. 1º e


no inciso IX do caput do art. 23 deste Código restringe-se a matérias especificamente
autorizadas em lei, sendo vedado ao Tribunal Superior Eleitoral tratar de matéria relativa à
organização dos partidos políticos.

A lei 14.211/2021 restringiu o poder regulamentar do TSE.

Como vimos as resoluções eram editadas principalmente para tratar das eleições mas não se restringiam a
elas, o tribunal eleitoral poderia expedir resoluções sobre matérias diversas e sempre o fez.

Ocorre que com a nova lei houve vedação expressa quanto a regulamentação por Resolução da organização
dos partidos político e quanto as demais matérias também houve restrição para aquelas especificamente
autorizadas por lei.

Essas são as competências administrativas e normativas conferidas ao TSE.

Vejamos, ainda, uma questão sobre as competências privativas:

(FCC - 2017) Segundo o Código Eleitoral brasileiro, compete, privativamente, ao Tribunal Superior Eleitoral,
a) aplicar as penas disciplinares de advertência e de suspensão até 30 dias aos juízes eleitorais.
b) processar e julgar originariamente o registro e o cancelamento do registro de candidatos a Governador,
Vice-Governadores, e membro do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas.
c) processar e julgar originariamente as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos
políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos.
d) constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdição.
e) fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores Regionais e auxiliares em diligência fora da sede.
Comentários
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 23, X, do CE:
Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior,
X - fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores Regionais e auxiliares em diligência fora da sede;

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As alternativas A, B, C e D estão incorretas, pois se referem a competências dos Tribunais Regionais.

O art. 24, do CE, refere-se ao Ministério Público eleitoral, razão pela qual, por questões didáticas, será
estudado adiante.

Finalizamos, assim, a parte relativa ao TSE.

DESTAQUES DA LEGISLAÇÃO E DA JURISPRUDÊNCIA


Art. 1º e 23 do CE - Função normativa da justiça eleitoral

Art. 1º Este código contém normas destinadas a assegurar a organização e o exercício de


direitos políticos precipuamente os de votar e ser votado.

Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá instruções para sua fiel execução.

Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior:

IX – expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste código;

Art. 105 da Lei 9.504/97 - Função normativa da justiça eleitoral

Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral, atendendo
ao caráter regulamentar e sem restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das
previstas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções necessárias para sua fiel execução,
ouvidos, previamente, em audiência pública, os delegados ou representantes dos partidos
políticos.

Art. 61 da Lei 9096/95 - Função normativa da justiça eleitoral

Art. 61. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá instruções para a fiel execução desta lei.

Art. 30 da LINDB - Caráter vinculante das consultas.

Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na
aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas e
respostas a consultas.

Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão caráter vinculante
em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão.

 art. 14, caput e §§ 1º, 2º e 4º, do CE: biênios ininterruptos

Art. 14. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão
obrigatoriamente por dois anos, e NUNCA por mais de dois biênios consecutivos.

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§ 1º Os biênios serão contados, ininterruptamente, sem o desconto de qualquer


afastamento nem mesmo o decorrente de licença, férias, ou licença especial, SALVO no
caso do § 3º.

§ 2º Os juízes afastados por motivo de licença férias e licença especial, de suas funções na
Justiça comum, ficarão automaticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo
correspondente EXCETO quando com períodos de férias coletivas, coincidir a realização de
eleição, apuração ou encerramento de alistamento.

§ 4º No caso de recondução para o segundo biênio observar-se-ão as mesmas formalidades


indispensáveis à primeira investidura.

 art. 14, §4º, do CE: vínculo do magistrado com candidato

§ 3º Da homologação da respectiva convenção partidária até a diplomação e nos feitos


decorrentes do processo eleitoral, NÃO poderão servir como juízes nos Tribunais Eleitorais,
ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau,
de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição.

 art. 119, da CF: composição da Justiça Eleitoral

Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, NO MÍNIMO, de sete membros,


escolhidos:

I - mediante eleição, pelo voto secreto:

a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;

b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;

II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável
saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

 art. 16, §1º, do CE: vínculo de parentesco entre magistrados eleitorais

§ 1º - NÃO podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre si
parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou
ilegítimo [não se fala mais juridicamente em filhos ilegítimos, pois todos os filhos
reconhecidos pela legislação recebem igual tratamento], EXCLUINDO-SE neste caso o que
tiver sido escolhido por último.

 art. 16, §2º, incompatibilidade para membros da classe dos advogados

§ 2º - A nomeação de que trata o inciso II deste artigo não poderá recair em cidadão que
ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum; que seja diretor, proprietário ou
sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilegio, isenção ou favor em virtude de

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contrato com a administração pública; ou que exerça mandato de caráter político, federal,
estadual ou municipal.

 art. 19, do CE: deliberações nos tribunais

Art. 19. O Tribunal Superior delibera por maioria de votos, em sessão pública, com a
presença da maioria de seus membros.

Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior, assim na interpretação do Código


Eleitoral em face da Constituição e cassação de registro de partidos políticos, como sobre
quaisquer recursos que importem anulação geral de eleições ou perda de diplomas, SÓ
poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros. Se ocorrer impedimento
de algum juiz, será convocado o substituto ou o respectivo suplente.

 art. 22, I, do CE: destaques da competência judicial originária

Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:

I - Processar e julgar ORIGINARIAMENTE:

a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e


de candidatos à PRESIDÊNCIA e VICE-Presidência da República;

b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juízes eleitorais de Estados


diferentes;

e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, relativos a atos do


Presidente da República, dos Ministros de Estado [não recepcionado em parte por
aplicação dos arts. 102, I, i, da CF105, I, c, da CF, art. 102, I, b, da CF, e art. 105, I, d, da CF]
e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o habeas corpus, quando houver perigo de se
consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a impetração;

h) os pedidos de desaforamento dos feitos NÃO decididos nos Tribunais Regionais dentro
de TRINTA DIAS DA CONCLUSÃO ao relator, formulados por partido, candidato, Ministério
Público ou parte legitimamente interessada.

i) as reclamações contra os seus próprios juízes que, no PRAZO DE TRINTA DIAS a contar
da conclusão, não houverem julgado os feitos a eles distribuídos.

j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro de CENTO E
VINTE DIAS DE DECISÃO IRRECORRÍVEL, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo
até o seu trânsito em julgado [inconstitucional, segundo a ADI 1.459]

 art. 23, do CE: destaques da competência administrativa, consultiva e normativa

IV - aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juízes dos Tribunais
Regionais Eleitorais;

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V - propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer dos Territórios;

VI - propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juízes de qualquer Tribunal


Eleitoral, indicando a forma desse aumento;

VIII - aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a criação de novas zonas;

XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por
autoridade com jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político;

 Art. 17 §2º da CF - Competência do TSE para Registro de partido político.

§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil,


registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

 Art. 7º da Lei dos partidos políticos 9096/95 - Competência do TSE para Registro de partido político.

Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil, registra
seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.

 Art. 28 da Lei dos partidos políticos 9096/95 - Competência do TSE para Cancelamento do Registro de
partido político.

Art. 28. O Tribunal Superior Eleitoral, após trânsito em julgado de decisão, determina o
cancelamento do registro civil e do estatuto do partido contra o qual fique provado:

I - ter recebido ou estar recebendo recursos financeiros de procedência estrangeira;

II - estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros;

III - não ter prestado, nos termos desta Lei, as devidas contas à Justiça Eleitoral;

IV - que mantém organização paramilitar.

§ 1º A decisão judicial a que se refere este artigo deve ser precedida de processo regular,
que assegure ampla defesa.

§ 2º O processo de cancelamento é iniciado pelo Tribunal à vista de denúncia de qualquer


eleitor, de representante de partido, ou de representação do Procurador-Geral Eleitoral.

 Art. 17 da CF - Caráter nacional do partido político.

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Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados
a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais
da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:

I - caráter nacional;

 Art. 7º § 1º da Lei 9096/95 - Caráter nacional do partido político.

§ 1º Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional,


considerando-se como tal aquele que comprove, no período de dois anos, o apoiamento
de eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo menos, 0,5% (cinco
décimos por cento) dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados,
não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos
estados, com um mínimo de 0,1% (um décimo por cento) do eleitorado que haja votado
em cada um deles.

 Art. 21 da LOMAN - competência do próprio tribunal para julgar MS.

Art. 21 - Compete aos Tribunais, privativamente

VI - julgar, originariamente, os mandados de segurança contra seus atos, os dos respectivos


Presidentes e os de suas Câmaras, Turmas ou Seções.

 Art. 35 da Lei 9096/95 - Competência do TSE para julgar reclamações quanto as contas de partidos
políticos.

Art. 35. O Tribunal Superior Eleitoral e os Tribunais Regionais Eleitorais, à vista de


denúncia fundamentada de filiado ou delegado de partido, de representação do
Procurador-Geral ou Regional ou de iniciativa do Corregedor, determinarão o exame da
escrituração do partido e a apuração de qualquer ato que viole as prescrições legais ou
estatutárias a que, em matéria financeira, aquele ou seus filiados estejam sujeitos,
podendo, inclusive, determinar a quebra de sigilo bancário das contas dos partidos para o
esclarecimento ou apuração de fatos vinculados à denúncia.

Parágrafo único. O partido pode examinar, na Justiça Eleitoral, as prestações de contas


mensais ou anuais dos demais partidos, quinze dias após a publicação dos balanços
financeiros, aberto o prazo de cinco dias para impugná-las, podendo, ainda, relatar fatos,
indicar provas e pedir abertura de investigação para apurar qualquer ato que viole as
prescrições legais ou estatutárias a que, em matéria financeira, os partidos e seus filiados
estejam sujeitos.

 Art. 224 do CE - Caso em que o TSE marcará novas eleições.

Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas eleições
presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais ou do município nas eleições

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municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal marcará dia para


nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.

 Art. 23-A: restrição a competência regulamentar do TSE

Art. 23-A. A competência normativa regulamentar prevista no parágrafo único do art. 1º e


no inciso IX do caput do art. 23 deste Código restringe-se a matérias especificamente
autorizadas em lei, sendo vedado ao Tribunal Superior Eleitoral tratar de matéria relativa à
organização dos partidos políticos.

 Rcl 511/STF19: crime eleitoral é espécie de crime comum

A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL FIRMOU-SE NO SENTIDO DE DEFINIR


A LOCUÇÃO CONSTITUCIONAL "CRIMES COMUNS" COMO EXPRESSÃO ABRANGENTE A
TODAS AS MODALIDADES DE INFRAÇÕES PENAIS, ESTENDENDO-SE AOS DELITOS
ELEITORAIS E ALCANÇANDO, ATÉ MESMO, AS PRÓPRIAS CONTRAVENÇÕES PENAIS.
PRECEDENTES.

 HC nº 88.769/STF20: TSE é competente para conhecer e denegar habeas corpus em razão de ato
praticado pelo TRE, por seus órgãos ou integrantes.

DIREITO PROCESSUAL PENAL. ELEITORAL. COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL SUPERIOR


ELEITORAL EM HABEAS CORPUS. ATO DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL.
ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. AGRAVO REGIMENTAL PREJUDICADO. (...) 2. A
questão central deste writ se resume na identificação do órgão jurisdicional competente
para conhecer e julgar ordem de habeas corpus anteriormente impetrada em favor do
paciente devido à certidão de trânsito em julgado, lavrada por determinação do Tribunal
Regional Eleitoral. 3. O ato impugnado no habeas corpus anteriormente impetrado em
favor do paciente é a suposta ilegalidade na decisão que determinou fosse certificado o
trânsito em julgado de acórdão do TRE-SP, diante da manutenção da condenação criminal
do paciente. 4. De acordo com a estrutura da Justiça Eleitoral brasileira, é competente o
TSE para conhecer e julgar habeas corpus impetrado contra ato supostamente ilegal ou
abusivo, perpetrado por qualquer dos órgãos fracionários do TRE, no caso, a Presidência
da Corte regional. 5. O Supremo Tribunal Federal, em algumas oportunidades, já assentou
a orientação acerca da competência do Tribunal Superior Eleitoral para processar e julgar
habeas corpus quando a autoridade apontada como coatora for o presidente do TSE (HC
66.466/CE, rel. Min. Aldir Passarinho, 2ª Turma, DJ 07.03.1989) ou quando o ato coator
consistir em decisão condenatória do TRE (HC 70.153/MG, rel. Min. Néri da Silveira, 2ª

19
Rcl 511, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, DJ 15/09/1995.
20 HC 88769, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 25.09.2008.

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Turma, DJ 03.09.1993), nos termos do art. 121, § 4°, da Constituição Federal, e art. 22, I, e,
do Código Eleitoral. 6. HC parcialmente concedido. Agravo regimental julgado prejudicado.

 RE nº 637485/201321: dada a necessidade de resguardar a segurança jurídica, as decisões do Tribunal


Superior Eleitoral que, no curso de pleito eleitoral, impliquem mudança de jurisprudência não terão
aplicabilidade imediata a caso concreto, de modo que somente terão eficácia sobre outros casos, no pleito
eleitoral subsequente.

(...) MUDANÇA DA JURISPRUDÊNCIA EM MATÉRIA ELEITORAL. SEGURANÇA JURÍDICA. I.


REELEIÇÃO. MUNICÍPIOS. INTERPRETAÇÃO DO ART. 14, § 5º, DA CONSTITUIÇÃO. PREFEITO.
PROIBIÇÃO DE TERCEIRA ELEIÇÃO EM CARGO DA MESMA NATUREZA, AINDA QUE EM
MUNICÍPIO DIVERSO. (...) II. MUDANÇA DA JURISPRUDÊNCIA EM MATÉRIA ELEITORAL.
SEGURANÇA JURÍDICA. ANTERIORIDADE ELEITORAL. NECESSIDADE DE AJUSTE DOS EFEITOS
DA DECISÃO. Mudanças radicais na interpretação da Constituição devem ser
acompanhadas da devida e cuidadosa reflexão sobre suas consequências, tendo em vista
o postulado da segurança jurídica. Não só a Corte Constitucional, mas também o Tribunal
que exerce o papel de órgão de cúpula da Justiça Eleitoral devem adotar tais cautelas por
ocasião das chamadas viragens jurisprudenciais na interpretação dos preceitos
constitucionais que dizem respeito aos direitos políticos e ao processo eleitoral. Não se
pode deixar de considerar o peculiar caráter normativo dos atos judiciais emanados do
Tribunal Superior Eleitoral, que regem todo o processo eleitoral. Mudanças na
jurisprudência eleitoral, portanto, têm efeitos normativos diretos sobre os pleitos
eleitorais, com sérias repercussões sobre os direitos fundamentais dos cidadãos (eleitores
e candidatos) e partidos políticos. No âmbito eleitoral, a segurança jurídica assume a sua
face de princípio da confiança para proteger a estabilização das expectativas de todos
aqueles que de alguma forma participam dos prélios eleitorais. A importância fundamental
do princípio da segurança jurídica para o regular transcurso dos processos eleitorais está
plasmada no princípio da anterioridade eleitoral positivado no art. 16 da Constituição. O
Supremo Tribunal Federal fixou a interpretação desse artigo 16, entendendo-o como uma
garantia constitucional (1) do devido processo legal eleitoral, (2) da igualdade de chances
e (3) das minorias (RE 633.703). Em razão do caráter especialmente peculiar dos atos
judiciais emanados do Tribunal Superior Eleitoral, os quais regem normativamente todo o
processo eleitoral, é razoável concluir que a Constituição também alberga uma norma,
ainda que implícita, que traduz o postulado da segurança jurídica como princípio da
anterioridade ou anualidade em relação à alteração da jurisprudência do TSE. Assim, as
decisões do Tribunal Superior Eleitoral que, no curso do pleito eleitoral (ou logo após o seu
encerramento), impliquem mudança de jurisprudência (e dessa forma repercutam sobre a
segurança jurídica), não têm aplicabilidade imediata ao caso concreto e somente terão
eficácia sobre outros casos no pleito eleitoral posterior. (...).

 Súmula TSE 33: cabimento da ação rescisória

21
RE 637485, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 01/08/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-095
DIVULG 20-05-2013 PUBLIC 21-05-2013.

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Súmula TSE nº 33

SOMENTE é cabível ação rescisória de decisões do Tribunal Superior Eleitoral que versem
sobre a incidência de causa de inelegibilidade.

Súmula 32 do TSE- Vedação de recurso especial quando a legislação for ESTADUAL ou MUNICIPAL:

Súmula 32 do TSE - É inadmissível recurso especial eleitoral por violação à legislação


municipal ou estadual, ao regimento interno dos tribunais eleitorais ou às normas
partidárias.

Súmula 34 do TSE- Mandado de Segurança:

Súmula – TSE nº 34

Não compete ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar mandado de segurança


contra ato de membro de Tribunal Regional Eleitoral.

Súmulas 29 e 30 do TSE- Tratando da uniformização da jurisprudência.

Súmula-TSE nº 29

A divergência entre julgados do mesmo Tribunal não se presta a configurar dissídio


jurisprudencial apto a fundamentar recurso especial eleitoral.

Súmula-TSE nº 30

Não se conhece de recurso especial eleitoral por dissídio jurisprudencial, quando a decisão
recorrida estiver em conformidade com a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral

Súmula 35 do TSE- Não cabimento de reclamação

Súmula – TSE nº 35

Não é cabível reclamação para arguir o descumprimento de resposta a consulta ou de ato


normativo do Tribunal Superior Eleitoral.

Súmula 36 do TSE- Cabimento de Recurso Ordinário.

Súmula-TSE nº 36

Cabe recurso ordinário de acórdão de Tribunal Regional Eleitoral que decida sobre
inelegibilidade, expedição ou anulação de diploma ou perda de mandato eletivo nas eleições
federais ou estaduais (art. 121, § 4º, incisos III e IV, da Constituição Federal).

Súmula 37 do TSE- Cabimento de Recurso contra expedição de diplomas.

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Súmula-TSE nº 37

Compete originariamente ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar recurso contra


expedição de diploma envolvendo eleições federais ou estaduais.

 Súmula 18, do TSE: competência administrativa X judicial

Súmula TSE 18.

Conquanto investido de poder de polícia, não tem legitimidade o Juiz eleitoral para, de
ofício, instaurar procedimento com a finalidade de impor multa pela veiculação de
propaganda eleitoral em desacordo com a lei 9.504/97.

RESUMO

Órgãos

 INSTÂNCIAS:

 O TSE é a instância máxima da Justiça Eleitoral, com jurisdição sobre todo o território nacional.

 Os Juízes e as Juntas eleitorais compõem a base da Justiça Eleitoral, localizando-se na primeira instância.

 A segunda instância é composta pelos TREs, que estão presentes em cada um dos Estados, e Distrito Federal,
exercendo jurisdição sobre o território respectivo.

Características

 sistema eleitoral judicial.

 justiça especializada: a Justiça Eleitoral não se confunde com Justiça Comum (abrangida pela Justiça Estadual e pela
Justiça Federal), muito embora os juízes que integrem a área eleitoral sejam provenientes da Justiça Comum e da
Justiça Federal.

 estrutura piramidal e hierárquica

 inexistência de quadro próprio da magistratura

▪ No TSE, os integrantes vêm do STJ, do STF e da advocacia


▪ No TRE, os integrantes vêm dos Tribunais de Justiça, da Justiça Federal e da advocacia

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▪ Nas Zonas Eleitorais, os integrantes vêm da Justiça Comum e, inclusive, cidadãos (nas Juntas)

 periodicidade da investidura dos Juízes nas funções eleitorais: finalidade de evitar o contato constante e perene do
magistrado com o Poder, de modo a manter a imparcialidade de suas decisões.

 organização e competência definida por lei complementar

 divisão territorial em circunscrição, em zonas e em seções eleitorais

▪ CIRCUNSCRIÇÃO ESTADUAL: Cada estado-membro, e Distrito Federal, constitui uma circunscrição, sob a
jurisdição do TRE.
▪ ZONAS: Constituem a divisão da circunscrição em zonas, que podem, ou não, coincidir com a delimitação
territorial da Comarca, sob a jurisdição de um juiz eleitoral.
▪ SEÇÕES: São divisões da zona eleitoral para exercício de funções administrativas no dia das eleições e para a
votação.

 DIVISÃO ADMINISTRATIVO x JURISDICIONAL

 DIVISÃO ADMINISTRATIVO-ELEITORAL (realização das eleições)

• circunscrição estadual

• zonas eleitorais

• seções eleitorais

 DIVISÃO JURISDICIONAL ELEITORAL (julgamento de processos judiciais)

• TSE

• TREs

• Juízes Eleitorais

• Juntas Eleitorais

Funções da Justiça Eleitoral

 Função Administrativa

 Consiste na preparação, na organização e na administração do processo eleitoral.

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 Age de ofício.

 Poder de polícia.

 Função Jurisdicional: consiste na solução definitiva de conflitos de interesse que versam sobre matéria eleitoral.

 Função Normativa: consiste na faculdade conferida ao TSE e ao TRE de deliberarem normativamente acerca de
determinados assuntos para regulamentar a lei eleitoral.

 Função Consultiva

 Função atribuída ao TRE e ao TSE para responder a consultas formuladas pelas partes interessadas no
processo eleitoral.

 Não tem caráter vinculante.

 Deve ser fundamentado.

 Requisitos: legitimidade e ausência de conexão com situações concretas.

Regras Gerais

 Mandato de 2 anos.

 1 recondução (mesmo procedimento).

 Ininterrupto

 Afastamento automático da Justiça Eleitoral quando afastado na origem (exceções: férias coletivas, período de
eleições, apuração e encerramento de alistamento).

 Afastamento do membro da Justiça Eleitoral da homologação da convenção até diplomação (e processos


decorrentes) caso cônjuge/parente até 2º grau de candidato na circunscrição.

 Substitutos (mesma ocasião, processo e igual número).

 Aplicação das garantias da magistratura.

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TSE

 Composição

 eleitos

▪ 3 dentre os Min do STF


▪ 2 dentre os Min. do STJ

 indicados pelo STF e nomeados pelo Presidente da República: 2 advogados

 Regras sobre a composição

 Os membros provenientes do STF e do STJ são eleitos por votação secreta pelos próprios Tribunais Superiores.

 Dois membros são oriundos da advocacia e serão nomeados a partir de uma lista formada pelo STF.

 Requisitos para que um advogado possa ser escolhido Min. do TSE:

▪ notável saber jurídico


▪ idoneidade moral
▪ 10 anos de atividade

 NÃO PODERÃO SER ESCOLHIDOS COMO MINISTROS DO TSE OS ADVOGADOS QUE

▪ ocupem cargo em comissão;


▪ sejam proprietários ou sócios de empresa que seja beneficiária com subvenção, com privilégio, com isenção
ou com favor em razão de contrato com a Administração Pública; ou
▪ exerçam mandato político.

 AOS TRÊS, DEVE-SE EXIGIR (STF/STJ/ADVOGADOS)

 Afastamento da homologação da convenção até diplomação (e processos decorrentes) caso


cônjuge/parente até 2º grau de candidato na circunscrição.

 Exclusão do último membro, caso cônjuge/parente até 4º grau entre si.

 CARGOS TSE

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 PRESIDENTE: Min. do STF

 VICE-PRESIDENTE: Min. do STF

 CORREGEDOR ELEITORAL: Min. do STJ

 HIPÓTESES EM QUE O CORREGEDOR SE LOCOMOVERÁ PARA UM ESTADO

 por determinação do TSE

 a pedido do TRE

 por requerimento de partido, após deferimento do TSE

 quando entender necessário

 QUÓRUM

 regra geral: decisões são tomadas por maioria de votos, desde que presentes a maioria dos membros
(instalação: ao menos, 4 Juízes; votação: maioria dos presentes).

 PRESENÇA DE TODOS OS MINISTROS PARA VOTAR

▪ interpretação da CE em face da CF
▪ cassação de registro de partidos políticos
▪ recursos que importem a anulação geral das eleições ou perda de diplomas

 SERÁ DE COMPETÊNCIA DO TSE JULGAR AS EXCEÇÕES DE SUSPEIÇÃO E OBJEÇÕES DE INCOMPETÊNCIA CONTRA

 Juízes do TSE

 Procurador-Geral Eleitoral

 funcionários da Secretaria do TSE

 COMPETÊNCIA JUDICIAL ORIGINÁRIA

1) Cassação de registro de partidos e diretórios nacionais.

2) Cassação de registro de candidatos à Presidência e vice-Presidência.

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3) Conflitos de jurisdição entre TREs e juízes eleitorais de TREs distintos.

4) Arguições de suspeição e impedimento (Min. TSE, Procurador-Geral Eleitoral e Secretaria)

5) Habeas corpus contra ato dos TREs e Min. de Estado.

6) Mandado de segurança contra ato dos TREs.

7) Reclamações contra partidos (contabilidade e origem de recursos)

8) Impugnações à impugnação, resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição de diplomas para eleição
presidencial.

9) Pedido de desaforamento de feito não decidido nos TREs (+ 30 dias)

10) Reclamações contra Min. TSE por processo não julgado (+ 30 dias) (*CNJ)

11) Ação rescisória no prazo de 120 dias.

 COMPETÊNCIA PARA JULGAR CRIMES E AÇÕES CONSTITUCIONAIS ELEITORAIS E CONEXAS

1) Crime eleitoral cometido por Ministro do TSE - STF (art. 102, I, c, da CF).

2) Crime eleitoral cometido por Juiz de TRE - STJ (art. 105, I, a, da CF).

3) Habeas corpus eleitoral contra Presidente da República - STF (art. 102, I, i, CF)

4) Habeas corpus eleitoral contra Ministro de Estado - TSE (art. 105, I, c, da CF, c/c art. 22, I, e, do CE)

5) Habeas corpus eleitoral contra Tribunal do TRE - TSE (art. 22, I, e, do CE, c/c art. 121, §4º, da CF - se
denegatório)

6) Mandado de segurança contra ato do Presidente - STF (art. 102, I, d, da CF)

7) Mandado de segurança contra ato de Ministro de Estado - STJ (art. 105, I, b, da CF)

8) Mandado de segurança contra Tribunal do TRE - TSE (art. 22, I, e, do CE)

9) Habeas corpus ou mandado de segurança eleitoral contra Juiz de TRE - pleno do TRE respectivo (art. 21, VI,
da Lei Complementar nº 35/1979 e Súmula TSE 34)

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10) Habeas corpus contra ato do TSE - STF (art. 6º, I, a, RISTF)

11) Habeas corpus contra ato de Ministro do TSE - pleno do TSE

12) Mandado de injunção contra norma regulamentadora da competência do TSE - STF (art. 102, I, q, da CF)

13) Mandado de injunção contra norma regulamentadora da competência do TRE (apenas se denegatório) -
TSE (art. 121, §4º, da CF)

14) Habeas data contra TSE - STF (art. 102, II, a, da CF)

15) Habeas data contra TRE (apenas denegatórios) - TSE (art. 121, §4º, V, da CF

 COMPETÊNCIA RECURSAL

 CABE RECURSO DO TRE PARA O TSE

A) ESPECIAL

▪ decisão contrária à Constituição ou à lei


▪ decisão com interpretação da lei divergente de outros TREs (uniformização da jurisprudência)

B) ORDINÁRIO

▪ decisões em inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleitorais federais (Deputados Federais e


Senadores da República) ou estaduais (Governador, vice-Governador e Deputados Estaduais).
▪ decisões de anulação de diplomas ou perda de mandados eletivos federais ou estaduais
▪ decisões denegatórias de habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção.

 DAS DECISÕES DO TSE CABE, PARA O STF:

A) RECURSO EXTRAORDINÁRIO: se declarar a invalidade de lei ou ato contrário à Constituição

B) RECURSO ORDINÁRIO: se denegar habeas corpus ou mandado de segurança

 COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVAS, CONSULTIVAS E NORMATIVAS

 Aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juízes dos Tribunais Regionais Eleitorais.

 A redução de membros do TRE é vedada. A elevação do número de membros é possível até o limite de nove.

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 Eleições:

A) regra

• As eleições, em primeiro turno, ocorrerão no primeiro domingo de outubro do ano respectivo.

• SE NECESSÁRIO o segundo turno, ele ocorrerá no último domingo de outubro.

B) competência TSE: excepcionalmente, o TSE poderá determinar a nova data para a realização das
eleições presidenciais, em caso de anulação geral das eleições, para o cargo de Presidente e vice-
Presidente.

 Ao TRE compete dividir a circunscrição em zonas eleitorais, bem como a criação de novas zonas. A aprovação
da divisão ou a criação de zonas será decidida pelo TSE.

 Responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade com jurisdição
federal ou órgão nacional de partido político.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final da primeira aula na qual estudaremos as regras que regem a Justiça Eleitoral. Na próxima
aula, seguiremos nosso estudo.

Aguardo vocês na próxima aula. Até lá!

Ricardo Torques

rst.estrategia@gmail.com

@eleitoralparaconcurso

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QUESTÕES COMENTADAS

FCC

1. (FCC/ALE-SE - 2018) Quanto ao Tribunal Superior Eleitoral, o Código Eleitoral dispõe que
a) quatro de seus membros são ministros do Supremo Tribunal Federal.
b) não podem dele fazer parte cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o
quarto grau, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por último.
c) não podem fazer parte dele cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o
sexto grau.
d) dois de seus membros são desembargadores do Tribunal de Justiça.
e) elegerá para seu presidente um de seus membros, dentre os ministros oriundos do Supremo Tribunal
Federal e do Superior Tribunal de Justiça.

Comentários

A alternativa A está incorreta, são apenas três os juízes oriundos do STF que compõe o TSE. Vejamos o art.
119, da CF, que traz a composição do TSE.

Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros,


escolhidos:

I - mediante eleição, pelo voto secreto:

a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;

b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;

II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável
saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente


dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os
Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 16, § 1º, do CE.

§ 1º - Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre si
parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo,
excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por último.

A alternativa C está incorreta, pois, como vimos, o grau de parentesco que impede a nomeação de ministros
do TSE vai apenas até o 4º grau.

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A alternativa D está incorreta, não há membros do TJ no TSE, mas apenas do STF e do STJ.

A alternativa E está incorreta. O Presidente do TSE é escolhido entre os membros oriundos do STF.

2. (FCC/TJ-SC - 2017) O Código Eleitoral impede de servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou como
juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo
eletivo registrado na circunscrição. Esse impedimento alcança
a) do início da campanha eleitoral até a apuração final da eleição.
b) apenas os feitos decorrentes do processo eleitoral em que seja interessado o respectivo candidato ou o
partido político em que está filiado.
c) do início da campanha eleitoral até a apuração final da eleição e os feitos decorrentes do processo eleitoral
em que seja interessado o respectivo candidato.
d) da homologação da respectiva convenção partidária até a diplomação e os feitos decorrentes do processo
eleitoral.
e) da homologação da respectiva convenção partidária até a apuração final da eleição.

Comentários

De acordo com o §3º, do art. 14, da Lei nº 4.737/65, da homologação da respectiva convenção partidária até
a diplomação e nos feitos decorrentes do processo eleitoral, não poderão servir como juízes nos Tribunais
Eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de
candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição.

Portanto, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

3. (FCC/TRE-SP - 2017) Kiara é Ministra do Tribunal Superior Eleitoral. Glauber, parente por afinidade
de Kiara em segundo grau, é cidadão brasileiro, advogado há 15 anos, possui notável saber jurídico e
idoneidade moral e deseja compor o mesmo Tribunal que Kiara integra. Considerando as informações
apenas indicadas neste enunciado, de acordo com o Código Eleitoral, Glauber
a) poderá fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral, por nomeação do Presidente da República, desde que
indicado pelo Supremo Tribunal Federal.
b) não poderá fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral em razão do parentesco que possui com Kiara.
c) poderá fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral, por nomeação do Presidente da República, desde que
indicado pelo Superior Tribunal de Justiça.
d) não poderá fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral, pois este é composto apenas por Ministros do
Supremo Tribunal Federal e por membros do Superior Tribunal de Justiça.
e) poderá fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral, pois não podem fazer parte deste Tribunal apenas os
cidadãos que tenham entre si parentesco por consanguinidade até o segundo grau na linha reta.

Comentários

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O CE estabeleceu uma regra de limitação de parentesco entre os Juízes do TSE. Afirma-se que eles não
poderão ter, entre si, vínculo de parentesco ATÉ O QUARTO GRAU.

Para fixar, lembre-se do seguinte: Em linha reta, pais e filhos integram o primeiro grau; avós e netos
compreendem o segundo grau. Bisavós e bisnetos integram o terceiro grau. Por fim, trisavós e trinetos
compreendem a remota hipótese de parentes de quarto grau em linha reta.

Já em relação ao vínculo de parentesco colateral temos: em segundo grau, irmãos e cunhados. Em terceiro,
sobrinhos e tios. Finalmente, em quarto grau estão os primos e os netos dos irmãos.

Lembrando que o vínculo de afinidade, é aquele que se estabelece entre o sujeito e os parentes do
cônjuge/companheiro, como por exemplo, o sogro e a sogra.

Caso alguns dos vínculos acima sejam identificados, o último juiz a ser escolhido será excluído. Por exemplo,
se um Juiz do TSE for tio de outro Juiz, o segundo a ingressar no órgão será excluído. Portanto, Glauber não
poderá ocupar o cargo de Ministro do TSE.

Vejamos, por fim, a literalidade do dispositivo (art. 16, § 1º, CE):

§ 1º - NÃO podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre si
parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou
ilegítimo, EXCLUINDO-SE neste caso o que tiver sido escolhido por último.

Notem que tachamos a natureza do vínculo, pois atualmente não há a distinção entre vínculos i/legítimos
pela legislação civil.

Assim, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

4. (FCC/TRE-SP - 2017) A Justiça Eleitoral é sui generis, na medida em que, além do exercício da função
jurisdicional, é dotada da função administrativa, da função normativa e da função consultiva. Sobre as
funções da Justiça Eleitoral,
a) a função normativa permite a edição de atos normativos de caráter geral e abstrato com vistas a dar
execução ao Código Eleitoral.
b) a função administrativa autoriza que a Justiça Eleitoral atue apenas na gestão de seu corpo de funcionários
e defina suas regras de funcionamento, tais como atendimento ao público nas zonas eleitorais.
c) a função consultiva permite que a Justiça Eleitoral responda, em caráter abstrato e fora do período
eleitoral, a perguntas formuladas por qualquer interessado relacionadas à aplicação da lei eleitoral.
d) as respostas a Consultas formuladas perante o Tribunal Superior Eleitoral − TSE resultam em ato
normativo, em tese, sem efeitos concretos, podendo ser invocadas, em reclamação, no caso de uma decisão
de juiz eleitoral de primeira instância estar em desacordo com o teor da resposta à Consulta.
e) a função normativa autoriza o juiz eleitoral a promover o alistamento dos eleitores, a expedição de títulos
eleitorais e a designação dos locais de votação.

Comentários

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A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A função normativa consiste na prerrogativa que a
Justiça Eleitoral tem de expedir instruções para regulamentar a legislação infraconstitucional. Segundo o
próprio site do TSE (www.tse.jus.br):

“Outra função atribuída à Justiça Eleitoral – e que lhe confere um caráter peculiar – é a
normativa, descrita no art. 1º, parágrafo único e art. 23, IX, ambos do Código Eleitoral e
que lhe permite – por meio de resoluções – expedir instruções para a execução das leis
eleitorais, entre elas o Código Eleitoral. O conteúdo inserido nessas normas tem o
propósito de regulamentar as matérias de competência do órgão colegiado que as instituiu,
criando situações gerais e abstratas”.

A alternativa B está incorreta. A função administrativa revela-se principalmente na preparação, na


organização e na administração do processo eleitoral. Dizer que a “função administrativa autoriza que a
Justiça Eleitoral atue apenas na gestão de seu corpo de funcionários e defina suas regras de funcionamento,
tais como atendimento ao público nas zonas eleitorais”, é reduzir a função administrativa da Justiça Eleitoral
à função administrativa atípica que qualquer órgão jurisdicional desempenha.

A alternativa C está incorreta. A função consultiva consiste na atribuição conferida pela legislação eleitoral
ao TSE e aos TREs para responder a eventuais consultas formuladas pelas partes definidas como legitimas e
não por qualquer interessado como afirma a questão, conforme disciplina o art. 23, XII, e art. 30, VIII, do CE.
A item está incorreto, ainda, quando indica restrição na realização das consultas no período eleitoral.

Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior:

XII – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por
autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional de partido político;

Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regionais:

VIII – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por
autoridade pública ou partido político;

A alternativa D está incorreta. O TSE possui uma súmula vedando o uso da reclamação neste caso. Vejamos:

Súmula-TSE nº 35

Não é cabível reclamação para arguir o descumprimento de resposta a consulta ou de ato


normativo do Tribunal Superior Eleitoral.

Segundo o site do TSE (www.tse.jus.br):

“Finalmente, a função consultiva permite o pronunciamento dessa Justiça especializada –


sem caráter de decisão judicial – a respeito de questões que lhe são apresentadas em tese,
ou seja, de situações abstratas e impessoais. Pode-se dizer que também é uma função de
caráter particular da Justiça Eleitoral, haja vista que o Poder Judiciário não é, por natureza,
órgão de consulta”.

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A alternativa E está incorreta. Não se trata da função normativa, mas administrativa.

5. (FCC/TRE-SP - 2017) Roseli, acadêmica de Direito, estudando a competência da Justiça Eleitoral para
a avaliação da faculdade, aprendeu que, de acordo com o Código Eleitoral, compete,
exemplificativamente, ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar originariamente
a) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e Juízes Eleitorais de Estados diferentes e os crimes
eleitorais cometidos pelos Juízes Eleitorais.
b) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro do prazo de cento e vinte dias
de decisão irrecorrível e os crimes eleitorais cometidos pelos Juízes Eleitorais.
c) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e Juízes Eleitorais de Estados diferentes e a suspeição
ou impedimento aos seus membros, ao Procurador-Geral e aos funcionários da sua Secretaria.
d) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao Procurador-Geral e aos funcionários da sua Secretaria
e a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro do prazo de dois anos de decisão
irrecorrível.
e) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro do prazo de dois anos de
decisão irrecorrível e os crimes eleitorais cometidos pelos Juízes Eleitorais.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois é a única que traz uma competência do TSE.
Vejamos os dispositivos legais que subsidiam a resposta:

Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:

I – processar e julgar originariamente:

b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e Juízes Eleitorais de Estados


diferentes;

Art. 20. Perante o Tribunal Superior, qualquer interessado poderá arguir a suspeição ou
impedimento dos seus membros, do procurador-geral ou de funcionários de sua Secretaria,
nos casos previstos na Lei Processual Civil ou Penal e por motivo de parcialidade partidária,
mediante o processo previsto em regimento.

Vejamos as demais alternativas:

As alternativas A e B estão incorretas, pois compete ao TRE julgar os crimes eleitorais cometidos por Juízes
Eleitorais, conforme art. 29, I, d, do CE.

A alternativa D está incorreta, pois a ação rescisória deve ser proposta no prazo de 120 dias, de acordo com
o art. 22, I, j, do CE.

Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:

I – processar e julgar originariamente:

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j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro do prazo de
cento e vinte dias de decisão irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo
até o seu trânsito em julgado;

Atenção! Ac.-STF, de 17.3.1999, na ADI nº 1.459: declara inconstitucionais o trecho tachado e a expressão
“aplicando-se, inclusive, às decisões havidas até cento e vinte dias anteriores à sua vigência”, constante do
art. 2º da LC nº 86/1996.

Por fim, a alternativa E está incorreta, pois informa a competência errada e o prazo incorreto de propositura
da ação rescisória, conforme exposto nas alternativas acima.

6. (FCC/Câm. Municipal de São Paulo-SP - 2014) A respeito da Justiça Eleitoral, é correto afirmar que
a) dela fazem parte as Juntas Eleitorais, posto que exercem jurisdição eleitoral.
b) são irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral que denegarem habeas corpus ou mandado de
segurança.
c) o Presidente do Tribunal Superior Eleitoral será o Ministro do Supremo Tribunal Federal mais antigo.
d) os Juízes de Direito que integram os Tribunais Regionais serão nomeados pelo Presidente da República.
e) os Juízes dos Tribunais Regionais servirão por quatro anos, vedada a recondução.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 118, IV, da CF, e art. 12, III, do
CE. Como sabemos, as Juntas Eleitorais são órgãos da Justiça Eleitoral. Embora sejam órgãos transitórios
criados às vésperas das eleições, exercem jurisdição.

Vamos relembrar a competência das juntas eleitorais (art. 40, do CE):

Art. 40. Compete à junta eleitoral:

I – apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleições realizadas nas zonas eleitorais sob a sua
jurisdição;

II – resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da


contagem e da apuração;

III – expedir os boletins de apuração mencionados no art. 179;

IV – expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 121, §3º, da CF, são irrecorríveis as decisões do Tribunal
Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem a Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou mandado
de segurança. Logo, são recorríveis!

A alternativa C está incorreta. Segundo o art. 119, da CF, em seu parágrafo único, o Tribunal Superior
Eleitoral elegerá o seu Presidente e Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o

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Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça. Não há uma estipulação no sentido
de que o Ministro Presidente será o mais antigo.

A alternativa D está incorreta, pois apenas os advogados são nomeados pelo Presidente. Os Juízes de Direito
serão eleitos secretamente pelo TJ.

A alternativa E está incorreta. Segundo o art. 121, §2º, da CF, os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo
justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. Logo, o
mandato é de 2 anos e admite-se uma recondução.

7. (FCC/TRE-RN - 2011) Peculiaridade da Justiça Eleitoral é a prerrogativa normativa conferida ao


Tribunal Superior Eleitoral. Em relação a tal função, é correto afirmar que o TSE exerce função de
a) legislador primário, com a possibilidade de inovar na ordem jurídica, e que, no que tange ao pleito
eleitoral, há limitação temporal para o exercício de referido poder normativo, sendo o dia 05 de março do
ano da eleição seu termo final.
b) natureza secundária, regulamentar somente, cabendo-lhe expedir as instruções necessárias à fiel
execução da lei eleitoral. Considerando que a prerrogativa do TSE é meramente regulamentar, não há
limitação temporal para o exercício de referida função em relação ao pleito eleitoral.
c) legislador primário, com a possibilidade de inovar na ordem jurídica. Considerando a natureza de tal
função, não há limitação temporal para seu exercício em relação ao pleito eleitoral.
d) natureza secundária, regulamentar somente, cabendo-lhe expedir as instruções necessárias à fiel
execução da lei eleitoral. No que tange ao pleito eleitoral, há limitação temporal para o exercício pelo TSE
de referido poder normativo, sendo possível exercê-lo até o dia 05 de março do ano da eleição.
e) legislador primário, inovando na ordem jurídica, com a função regulamentar, cabendo-lhe, neste último
caso, expedir as instruções necessárias à fiel execução da lei eleitoral. Em relação a esta última prerrogativa,
há limitação temporal correspondendo o dia 05 de março do ano da eleição, ao termo final.

Comentários

A função normativa é uma das funções conferidas à Justiça Eleitoral. Atualmente, o principal dispositivo que
destaca a função consultiva é o art. 105, da Lei nº 9.504/1997, que assim disciplina:

Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral, atendendo
ao caráter regulamentar e sem restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das
previstas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções necessárias para sua fiel execução,
ouvidos, previamente, em audiência pública, os delegados ou representantes dos partidos
políticos.

Logo, a função do TSE é a de “legislador secundário”, pois não poderá inovar na ordem jurídica. Apenas com
tal informação, conclui-se que as alternativas A, C e E estão incorretas.

Além disso, a alternativa B também está incorreta, pois o artigo acima mencionado expressa que as
resoluções do TSE poderão ser editadas até o dia 05 de março do ano eleitoral. Logo, há marco temporal.

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É importante registrar que esse marco temporal é denominado, por parte da doutrina, de princípio da
anterioridade das resoluções do TSE.

Portanto, a alternativa D é a correta e gabarito da questão.

8. (FCC/TRE-TO - 2011) Os juízes dos Tribunais Regionais Eleitorais


a) servirão, salvo motivo justificado, por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.
b) são vitalícios e servirão, independentemente de mandato, até completarem setenta anos, ocasião em que
serão aposentados compulsoriamente.
c) servirão sempre por quatro anos, no mínimo, não podendo, porém, os respectivos mandatos alcançarem
mais de duas eleições.
d) poderão ser livremente exonerados por ato do Presidente da República, após o encerramento de cada
período eleitoral e o julgamento de todos os recursos a este relacionados.
e) serão, em sua totalidade, nomeados pelo Presidente da República entre cidadãos de notável saber
jurídico, após arguição, em audiências públicas distintas, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

Comentários

O art. 14, do CE, estabelece que os juízes dos Tribunais Regionais Eleitorais servirão, salvo motivo justificado,
por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. Assim, a alternativa A está correta
e é o gabarito da questão.

Vejamos, objetivamente, o erro das demais alternativas:

A alternativa B está incorreta ao mencionar “independentemente de mandato”. O mandato é de dois anos,


admitida uma recondução. Ademais, a assertiva afirma que os juízes eleitorais seriam vitalícios o que,
tecnicamente, está incorreto.

A alternativa C está incorreta, pois o mandato é de dois anos, admitida uma recondução.

A alternativa D está incorreta, não existe a possibilidade de “exoneração pelo Presidente da República”.

A alternativa E está incorreta, pois a maioria será votada secretamente. Apenas os membros da classe dos
juristas serão nomeados pelo Presidente. Mesmo assim, não há arguição em audiência pública na forma
como colocado na questão.

9. (FCC/TJ-AL - 2015) NÃO cabe ao Tribunal Superior Eleitoral


a) promover, mesmo em ano eleitoral, propaganda institucional, em rádio e televisão, destinada a incentivar
a igualdade de gênero e a participação feminina na política.
b) requisitar força federal necessária ao cumprimento de decisão proferida por Tribunal Regional Eleitoral.
c) apresentar projeto de lei ao Congresso Nacional que aumente o número dos membros de Tribunal
Regional Eleitoral.
d) exercer, em caráter privativo, a competência para regulamentar as disposições da legislação eleitoral.

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e) colocar à disposição dos eleitores urnas eletrônicas destinadas a treinamento.

Comentários

Vejamos cada uma das alternativas:

A alternativa A está incorreta, pois essa é uma atribuição do TSE. O art. 93-A da Lei nº 9.504/1997 prevê que
o TSE, no período compreendido entre 1º de abril e 30 de julho dos anos eleitorais, promoverá, em até cinco
minutos diários, contínuos ou não, requisitados às emissoras de rádio e televisão, propaganda institucional,
em rádio e televisão, destinada a incentivar a participação feminina, dos jovens e da comunidade negra na
política, bem como a esclarecer os cidadãos sobre as regras e o funcionamento do sistema eleitoral
brasileiro. Observe que esse dispositivo foi alterado pela Lei nº 13.488/2017.

A alternativa B também está incorreta, pois o art. 23, XIV, prevê expressamente essa competência. É,
portanto, atribuição do TSE requisitar força federal para dar cumprimento a suas próprias decisões e decisões
do TRE.

Quanto à alternativa C, atenção! O art. 23, VI, do CE, prevê que compete, privativamente, ao Tribunal
Superior, propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juízes de qualquer Tribunal Eleitoral,
indicando a forma desse aumento.

Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior,

VI - propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juízes de qualquer Tribunal


Eleitoral, indicando a forma desse aumento;

Porém, a CF disciplina o número de componentes dos TREs no art. 120, §1º:

§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:

I - mediante eleição, pelo voto secreto:

a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;

b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;

II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito


Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal
Regional Federal respectivo;

III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de
notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os


desembargadores.

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Nesse contexto, a FCC concluiu que, não obstante a regra do art. 23, VI, do CE, o dispositivo não foi
recepcionado pela Constituição e o número de membros do TRE não pode ser aumentado porque o art. 120
§ 1º, da CF, prevê uma regra fixa referente ao número de membros do TRE (ao contrário do que faz em
relação ao TSE). Dessa forma, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois não seria uma
atribuição do TSE propor o aumento do número de membros do TRE.

Entendemos que a questão do modo como se apresentou está prejudicada, pois além de não constituir o
entendimento predominante, trata-se de questão dúbia, sem aprofundamento conforme a complexidade da
questão.

Cabe destacar que o Código Eleitoral anotado pelo TSE trás o seguinte comentário, ao pé do art. 23, VI:

CF/1988, art. 96, II, a: competência para alteração do número de membros dos tribunais
inferiores; CF/1988, art. 120, § 1º: ausência de previsão de aumento do número de
membros dos tribunais regionais eleitorais, porquanto não se refere à composição mínima.

A alternativa D está incorreta. O art. 23, IX, do CE, prevê tal competência, porém a competência para
regulamentar disposições da legislação eleitoral é exclusiva do Tribunal Superior Eleitoral e não privativa
(Ac.-TSE, de 9.9.2014, no REspe nº 64770).

A alternativa E também está incorreta, pois, do mesmo modo, há regra expressa na legislação, no caso, no
art. 59, §7º, da Lei nº 9.504/1997. Confira:

§ 7º O Tribunal Superior Eleitoral colocará à disposição dos eleitores urnas eletrônicas


destinadas a treinamento. (Redação dada pela Lei nº 10.740, de 2003)

10. (FCC/TRE-PR - 2012) Julgue o item a seguir.


Processar e julgar originariamente o registro e a cassação de registro de candidato a Senador, Deputado
Federal e Deputado Estadual compete ao Tribunal Superior Eleitoral, ao Tribunal Superior Eleitoral e aos
Tribunais Regionais Eleitorais, respectivamente.

Comentários

A assertiva está incorreta. O julgamento de todos os candidatos citados acima pertence ao Tribunal Regional
Eleitoral, conforme prescreve o art. 29, inciso I, do CE.

Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais:

I – processar e julgar originariamente:

a) o registro e o cancelamento do registro dos Diretórios Estaduais e Municipais de partidos


políticos, bem como de candidatos a Governador, Vice-Governadores, e membro do
Congresso Nacional e das Assembléias Legislativas;

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Os membros do Congresso Nacional seriam Senadores e Deputados Federais e os membros da Assembleia


Legislativa seriam os Deputados Estaduais e Distritais. Dessa forma, trata-se de competência dos TREs, em
todos os casos.

Vamos esquematizar esse conteúdo?

Apurar resultado das eleições


TSE TRE (art. 30, VII) Juntas eleitorais (art. 40, I)

- Presidente; - Governador; - Prefeito; e

- Vice-Presidente - Vice-Governador; e - Vereador

- Membros do Congresso
Nacional

--

Expedição de diplomas
TSE TRE (art. 30, VII) Juntas eleitorais (art. 40, IV)

- Presidente; e - Governador; - Prefeito; e

- Vice-Presidente - Vice-Governador; e - Vereador

- Membros do Congresso
Nacional

--

Registro e Cassação de Registro


TSE (art. 22, I, a) TRE (art. 29, I, a) JUÍZES eleitorais (art. 35, XII)

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- Presidente; - Diretórios estaduais e - Prefeito;


municipais de Partidos Políticos;
- Vice-Presidente; - Vice-Prefeito; e
- Governador;
- Partidos Políticos; e - Vereador
- Vice-Governador;
- Diretórios Nacionais de
Partidos Políticos - Membros do Congresso
Nacional; e

- Membros das Assembleias


Legislativas

11. (FCC/TRE-PR - 2012) Julgue o item a seguir.


Paulo é membro do Ministério Público Estadual. Em razão do seu cargo, não poderá vir a integrar o Tribunal
Superior Eleitoral, nem o Tribunal Regional Eleitoral do respectivo Estado.

Comentários

Como dito em aula, não há previsão nos arts. 119 e 120 da CF de nomeação de membro do Ministério Público
para Ministro do TSE ou Desembargador do TRE.

Portanto, a assertiva está correta.

12. (FCC/TRE-PE - 2011) Julgue o item a seguir


O Tribunal Superior Eleitoral elegerá o Corregedor Geral Eleitoral entre os Ministros do Superior Tribunal de
Justiça que integram a sua composição.

Comentários

A assertiva está correta com base no final do parágrafo único, do art. 119, da CF.

Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente


dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os
Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

Vejamos o esquema de aula:

PRESIDENTE Min. do STF

VICE-PRESIDENTE Min. do STF

CORREGEDOR
Min. do STJ
ELEITORAL

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13. (FCC/TJ-RR - 2015) Considere as seguintes afirmativas:


I. O Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal Superior Eleitoral são eleitos dentre os Ministros do Supremo
Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os demais membros da Corte.
II. Não podem integrar o Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por
afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo, excluindo-se neste caso o que tiver sido
escolhido por último.
III. Os provimentos emanados da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral vinculam os Corregedores Regionais,
que lhes devem dar imediato e preciso cumprimento.
IV. Os juízes afastados por motivo de licença de suas funções na Justiça Comum não ficam automaticamente
afastados da Justiça Eleitoral no mesmo período.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) I e III.
c) I e II.
d) II e IV.
e) II e III.

Comentários

Vamos analisar cada um dos itens:

O item I está incorreto. A parte que versa sobre a eleição do Presidente e Vice do TSE está correta, todavia,
o Corregedor eleitoral será escolhido dentre um dos membros oriundos do STJ, de acordo com o parágrafo
único, do art. 119, da CF:

Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente


dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os
Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

O item II está correto, uma vez que reproduz exatamente o que dispõe o art. 16, § 1º, do CE:

§ 1º - Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre si
parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo,
excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por último.

O item III também está correto pelo que dispõe o art. 17, § 3º, do CE:

§ 3º Os provimentos emanados da Corregedoria Geral vinculam os Corregedores Regionais,


que lhes devem dar imediato e preciso cumprimento.

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O item IV está incorreto. O afastamento do juiz na Justiça Comum ocasiona o afastamento na Justiça
Eleitoral, exceto em algumas situações excepcionais em que o magistrado ficará afastado da justiça comum,
mas permanecerá exercendo a função eleitoral. Essa regra consta do art. 14, § 2º, do CE:

§ 2º Os juízes afastados por motivo de licença férias e licença especial, de suas funções na
Justiça comum, ficarão automaticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo
correspondente exceto quando com períodos de férias coletivas, coincidir a realização de
eleição, apuração ou encerramento de alistamento.

Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

14. (FCC/TRE-RR - 2015) A respeito da competência dos órgãos da Justiça Eleitoral, considere:
I. Aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juízes dos Tribunais Regionais Eleitorais.
II. Processar e julgar originariamente os crimes eleitorais cometidos pelos Juízes Eleitorais.
III. Aprovar a divisão dos Estados em Zonas Eleitorais.
Compete ao Tribunal Superior Eleitoral o indicado APENAS em
a) I e III.
b) II.
c) II e III.
d) I
e) I e II.

Comentários

Passemos à análise de cada um dos itens:

O item I está correto e apresenta uma competência do TSE prevista no art. 23, inciso IV.

Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior,

IV - aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juízes dos Tribunais
Regionais Eleitorais;

O item II está incorreto, pois apresenta uma competência do TRE prevista no art. 29, I, d.

Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais:

I - processar e julgar originariamente:

d) os crimes eleitorais cometidos pelos juízes eleitorais;

Lembre:

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Crime COMUM x Crime ELEITORAL

Crime comum cometido por membro do TSE => julgado pelo STF (art. 102, I, c, CF)

Crime eleitoral cometido por membro do TSE => julgado pelo STF (art. 22, I, d, CE; art. 102,
I, c, CF)

Crime comum cometido por membro do TRE => julgado pelo STJ (art. 105, I, a, CF)

Crime eleitoral cometido por membro do TRE => julgado pelo STJ (art. 22, I, d, CE; art. 105,
I, a, CF)

Crime comum cometido pelos Juízes Eleitorais => julgado pelo TJ (art. 96, III, CF)

Crime eleitoral cometido pelos Juízes Eleitorais => julgado pelo TRE (art. 29, I, d, CE)

Crime eleitoral e conexos cometido por pessoa comum => julgado pelo Juiz Eleitoral (art.
35, II)

“O CRIME ELEITORAL É ESPÉCIE DE CRIME COMUM!”

Já o item III está correto, de acordo com o art. 23, inciso VIII.

Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior,

VIII - aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a criação de novas zonas;

ATENÇÃO! Não confunda “aprovar a divisão dos Estados em zonas” (art. 23, VIII, do CE – Competência do
TSE) com “dividir a respectiva circunscrição em zonas” (art. 30, IX, do CE – Competência do TRE).

Dessa forma, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

15. (FCC/MPE-PE - 2014) Considere as seguintes afirmativas.


I. Não é incompatível com a advocacia o exercício do cargo de Ministro do Tribunal Superior Eleitoral pelos
advogados nomeados, nos termos da Constituição, pelo Presidente da República.
II. É cabível que nomeação para o cargo de Ministro do Tribunal Superior Eleitoral, em vaga reservada a
advogado, recaia sobre cidadão que ocupe cargo público municipal de que seja demissível ad nutum.
III. No âmbito dos Tribunais Regionais Eleitorais, cabe ao Presidente da República nomear dois juízes dentre
seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça do Estado,
desde que tenham mais de dez anos de efetiva atividade profissional.
IV. O Tribunal Superior Eleitoral deve eleger seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do
Supremo Tribunal Federal que o integram, e o Corregedor Eleitoral dentre os demais membros da Corte.
Está correto o que se afirma em
a) I e II.

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b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III.
e) II e IV.

Comentários

O item I está correto, tendo em vista a jurisprudência do STF. O Supremo, na ADIN nº 1.127-8, disse que não
se tornam incompatíveis os membros da Justiça Eleitoral provenientes da advocacia, ressalvando-se
impedimento de advogar perante a própria Justiça Eleitoral e contra a Fazenda Pública Federal.

Veja um trecho do julgado22:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI 8.906, DE 4 DE JULHO DE 1994. ESTATUTO


DA ADVOCACIA E A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. DISPOSITIVOS IMPUGNADOS
PELA AMB. PREJUDICADO O PEDIDO QUANTO À EXPRESSÃO "JUIZADOS ESPECIAIS", EM
RAZÃO DA SUPERVENIÊNCIA DA LEI 9.099/1995. AÇÃO DIRETA CONHECIDA EM PARTE E,
NESSA PARTE, JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE (...). XI - A incompatibilidade com o
exercício da advocacia não alcança os juízes eleitorais e seus suplentes, em face da
composição da Justiça eleitoral estabelecida na Constituição.

O item II está incorreto, pois trata-se de uma vedação expressa de acordo com o art. 16, inciso II, § 2º, do
CE.

Art. 16. Compõe-se o Tribunal Superior Eleitoral:

II - por nomeação do Presidente da República, de dois entre seis advogados de notável


saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

§ 2º - A nomeação de que trata o inciso II deste artigo NÃO poderá recair em cidadão que
ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum; que seja diretor, proprietário ou
sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude de
contrato com a administração pública; ou que exerça mandato de caráter político, federal,
estadual ou municipal.

O item III está correto. A nomeação pelo Presidente da República está correta e prevista no art. 120, III, da
CF. Quanto aos 10 anos de efetiva prática profissional, essa exigência provém do art. 5º da resolução TSE
23.517/2017. Trata-se de um conhecimento mais aprofundado, o qual não se espera que seja exigido.
Contudo, para que possamos resolver a questão – que traz outros assuntos relevantes – é necessário analisá-
la.

 art. 120, III, da CF:

22 ADI 1127, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. p/ Acórdão Min. Ricardo Lewandowski, Tribunal Pleno, 11/06/2010.

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Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito
Federal.

III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de
notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

 art. 5º da Resolução TSE nº 23.517/2017:

Art. 5º Na data em que forem indicados, os advogados deverão estar no exercício da


advocacia e possuir 10 anos consecutivos ou não de prática profissional.

 A regra decorre de uma analogia que se faz com o art. 94, da CF. Vejam:

Art. 94. Um quinto dos lugares dos tribunais regionais federais, dos tribunais dos estados,
e do Distrito Federal e territórios será composto de membros, do Ministério Público, com
mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação
ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla
pelos órgãos de representação das respectivas classes.

 É o próprio STF quem afirma isso:

Ac.-STF, de 31.5.2005, no RMS nº 24.334 e, de 29.11.2005, no RMS nº 24.232: a regra geral


prevista no art. 94 desta Constituição – dez anos de efetiva atividade profissional – aplica-
se de forma complementar à regra deste artigo [art. 120, § 1º, III].

O item IV está incorreto, com base no § único, do art. 119, da CF. Como sabemos, o Corregedor é escolhido
dentre os membros oriundos do STJ.

Assim, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

16. (FCC/TRE-SE - 2015) A respeito dos Órgãos da Justiça Eleitoral, é correto afirmar que os
a) Ministros do Supremo Tribunal Federal devem ser eleitos para integrar qualquer Tribunal Regional
Eleitoral.
b) Ministros do Superior Tribunal de Justiça devem ser escolhidos para integrar o Tribunal Superior Eleitoral.
c) Advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral só devem ser indicados para integrar os Tribunais
Regionais Eleitorais.
d) Juízes do Tribunal Regional Federal devem ser escolhidos para integrar o Tribunal Superior Eleitoral.
e) Desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados devem ser eleitos para integrar o Tribunal Superior
Eleitoral.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Os ministros do STF integram, tão somente, o TSE.

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A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, conforme art. 119, da CF. Vejamos um esquema sobre
o assunto:

COMPOSIÇÃO DO TSE

indicados pelo STF e nomeados


eleitos
pelo Presidente da República

3 dentre os Min do STF 2 dentre os Min. STJ 2 advogados

A alternativa C está incorreta, pois advogados integrarão tanto os TREs quanto o TSE.

A alternativa D está incorreta. Os Juízes do TRF irão integrar os TREs, já o TSE será integrado por Ministros
do STJ.

A alternativa E está incorreta, pois os Desembargadores do TJ integram o TRE do respectivo estado. Vejamos
um esquema que trata do art. 120, da CF, sobre a composição do TRE:

COMPOSIÇÃO DO TRE

por escolha do indicado pelo TJ e nomeado


eleitos pelo TJ
TRF respectivo pelo Presidente da República

2 Desembargadores 2 Juízes de 1 Juiz


2 advogados
do TJ Direito TRF/Federal

17. (FCC/TRE-SE - 2015) Um dos juízes do Tribunal Regional Eleitoral de um dos Estados da Federação
cometeu crime comum. O processo e o julgamento desse delito compete originariamente ao
a) Tribunal Superior Eleitoral.
b) Superior Tribunal de Justiça.
c) Supremo Tribunal Federal.
d) Tribunal Regional Eleitoral a que pertence.
e) Tribunal Regional Eleitoral mais próximo.

Comentários

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A questão requer que o candidato saiba que o dispositivo que trata da matéria no CE está revogado, por isso
se aplica o dispositivo constitucional. Vejamos o art. 105, I, a, da CF:

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

I - processar e julgar, originariamente:

a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos
de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito
Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos
Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros
dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União
que oficiem perante tribunais;

Dessa alínea extensa e confusa nos interessa a seguinte informação:

O crime comum ou de responsabilidade cometido por membro


do TRE será julgado pelo STJ.

Assim, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

18. (FCC/TRE-PB - 2015) O Tribunal Superior Eleitoral foi assim constituído: três juízes dentre os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, escolhidos mediante eleição e pelo voto secreto; dois juízes dentre
os Ministros do Superior Tribunal de Justiça, escolhidos mediante eleição e pelo voto secreto; dois juízes
dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal
Federal e nomeados pelo Presidente da República. Essa composição está
a) incorreta, porque são dois os Ministros do Supremo Tribunal Federal que podem integrar o Tribunal.
b) incorreta, porque apenas um juiz oriundo da classe dos advogados pode integrar o Tribunal.
c) correta, porque atende às normas legais pertinentes constantes da Constituição Federal brasileira.
d) incorreta, porque os juízes oriundos da classe dos advogados não dependem de nomeação e são eleitos
pelo Supremo Tribunal Federal.
e) incorreta, porque dois juízes oriundos do Ministério Público Eleitoral devem integrar o Tribunal.

Comentários

Em relação à composição do TSE, temos:

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COMPOSIÇÃO DO TSE

indicados pelo STF e


eleitos nomeados pelo Presidente
da República

3 dentre os Min do STF 2 dentre os Min. STJ 2 advogados

A composição trazida no enunciado da questão está correta. Portanto, a alternativa C é a correta e gabarito
da questão.

Confira o erro das demais alternativas:

(A) incorreta, porque são dois os Ministros do Supremo Tribunal Federal que podem
integrar o Tribunal. (são três)

(B) incorreta, porque apenas um juiz oriundo da classe dos advogados pode integrar o
Tribunal. (são dois)

(D) incorreta, porque os juízes oriundos da classe dos advogados não dependem de
nomeação e são eleitos pelo Supremo Tribunal Federal. (são nomeados pelo Presidente da
República)

(E) incorreta, porque dois juízes oriundos do Ministério Público Eleitoral devem integrar o
Tribunal. (não há previsão de nomeação para membros do MP)

19. (FCC/TRE-PB - 2015) A respeito dos Órgãos da Justiça Eleitoral, considere:


I. O registro do diretório estadual de partido compete ao Tribunal Superior Eleitoral, tendo em vista o caráter
nacional dos partidos políticos.
II. Os Tribunais Regionais Eleitorais deliberam por maioria de votos, em sessão pública, com a presença da
maioria de seus membros.
III. Compete ao Tribunal Superior Eleitoral aprovar a divisão dos Estados em Zonas Eleitorais ou a criação de
novas Zonas.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II.
b) I e II.
c) I e III.
d) I.

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e) II e III

Comentários

Vejamos cada um dos itens:

O item I está incorreto, pois o registro dos órgãos estaduais e municipais é efetuado perante o TRE
respectivo. Note:

Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais:

I - processar e julgar originariamente:

a) o registro e o cancelamento do registro dos diretórios estaduais e municipais de partidos


políticos, bem como de candidatos a Governador, Vice-Governadores, e membro do
Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas.

O item II está correto em razão do que consta do art. 28, do CE:

Art. 28. Os Tribunais Regionais deliberam por maioria de votos, em sessão pública, com a
presença da maioria de seus membros.

Por fim, o item III está igualmente correto em face do art. 23, VIII, do CE:

Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior:

VIII - aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a criação de novas zonas.

Portanto, a alternativa E é a correta e gabarito da questão.

20. (FCC/TRE-PE - 2011) O Tribunal Superior Eleitoral


a) será presidido pelo juiz mais antigo, independentemente da forma de investidura.
b) elegerá o Corregedor Geral Eleitoral entre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça que integram a sua
composição.
c) contará na sua composição com três advogados eleitos pelo Supremo Tribunal Federal.
d) deliberará sempre por maioria de votos, com a presença de todos os seus membros
e) compõe-se de sete juízes, todos vitalícios, os quais só deixam o cargo por aposentadoria ou sentença
transitada em julgado.

Comentários

A alternativa A está incorreta. O TSE será necessariamente presidido por um dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, que será eleito pelos seus pares.

Vejamos o art. 119, da CF:

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Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros,


escolhidos:

I - mediante eleição, pelo voto secreto:

a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;

b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;

II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável
saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente


dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os
Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, conforme transcrito acima.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o inciso II, contará na sua composição com dois advogados
indicados pelo Supremo Tribunal Federal e nomeados pelo Presidente da República.

A alternativa D está incorreta. Ao contrário do afirmado, segundo o art. 19, do CE, o Tribunal Superior
delibera pela maioria de votos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus membros. Essa é a
regra que comporta exceções nas quais se exige a presença de todos os membros.

A alternativa E está incorreta. Com base no art. 121, §2º, os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo
justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. Além disso,
não se fala em “vitaliciedade” na Justiça Eleitoral. Lembre-se, ainda, que são no mínimo 7 juízes.

21. (FCC/TRE-PR - 2012) Compete ao Tribunal Superior Eleitoral


a) julgar os recursos interpostos das decisões dos Juízes Eleitorais que concederem ou negarem habeas
corpus.
b) elaborar o regimento interno dos Tribunais Regionais Eleitorais.
c) expedir instruções aos órgãos do Ministério Público junto aos Tribunais Regionais Eleitorais.
d) processar e julgar originariamente a suspeição ou impedimento aos seus próprios membros.
e) constituir as Juntas Eleitorais bem como designar a respectiva sede e jurisdição.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 29, II, “b”, do CE, compete aos Tribunais Regionais julgar
os recursos interpostos das decisões dos Juízes Eleitorais que concederem ou negarem habeas corpus.

A alternativa B está incorreta. Conforme o art. 30, I, compete, ainda, privativamente, aos Tribunais
Regionais, elaborar o seu regimento interno.

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A alternativa C está incorreta. Segundo o art. 24, VIII, compete ao Procurador-Geral, como chefe do
Ministério Público Eleitoral, expedir instruções aos órgãos do Ministério Público junto aos Tribunais
Regionais Eleitorais.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois está previsto no art. 22, I, “c”.

Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:

I – processar e julgar originariamente:

c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao Procurador-Geral e aos funcionários


da sua Secretaria.

A alternativa E está incorreta. Com base no art. 30, V, do CE, compete aos Tribunais Regionais constituir as
Juntas Eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdição.

22. (FCC/TRE-CE - 2012) Responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese,
por autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional de partido político e aprovar a divisão dos Estados
em Zonas Eleitorais incluem-se dentre as atribuições
a) dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Tribunal Superior Eleitoral, respectivamente.
b) dos Tribunais Regionais Eleitorais.
c) do Tribunal Superior Eleitoral e dos Tribunais Regionais Eleitorais, respectivamente.
d) do Tribunal Superior Eleitoral.
e) dos Tribunais Regionais Eleitorais e das Juntas Eleitorais, respectivamente.

Comentários

O enunciado da questão traz duas competências do TSE. Vejamos os dispositivos, do CE, que respaldam essa
conclusão:

Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior:

VIII - aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a criação de novas zonas;

XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por
autoridade com jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político;

Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

23. (FCC/TRE-TO - 2011) A requisição de força federal necessária ao cumprimento de decisão do


Tribunal Regional Eleitoral compete ao
a) próprio Tribunal Regional Eleitoral.
b) Tribunal Superior Eleitoral.

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c) Presidente do respectivo Tribunal Regional Eleitoral.


d) Governador do respectivo Estado.
e) Procurador Regional Eleitoral.

Comentários

De acordo com o art. 23, XIV, do CE, a requisição de força federal necessária ao cumprimento de decisão do
Tribunal Regional Eleitoral compete ao Tribunal Superior Eleitoral.

Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior,

XIV - requisitar a força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas próprias decisões
ou das decisões dos Tribunais Regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a
apuração;

Dessa forma, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Cabe ao TSE requisitar força federal para
garantir o cumprimento de suas próprias decisões e das do TRE.

ATENÇÃO! Não confunda com “requisitar a força necessária ao cumprimento de suas decisões e solicitar ao
Tribunal Superior a requisição de força federal” (art. 30. XII – Competência do TRE).

CESPE

24. (CESPE/TJ-PR - 2019) A respeito da organização judiciária eleitoral, assinale a opção correta.
a) A composição do TSE é diferenciada, com previsão de integrantes provenientes da magistratura, da
advocacia e do Ministério Público.
b) A legislação garante vitaliciedade e inamovibilidade aos juízes dos tribunais eleitorais.
c) É vedada a nomeação, para o TSE, de cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade,
até o quarto grau.
d) É vedada a nomeação, para o TSE, de cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum
ou de diretor, proprietário ou sócio de empresa.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Não há previsão de membros do Ministério Público na composição do TSE.

A alternativa B está incorreta. Não há garantia de vitaliciedade para juízes eleitorais, o exercício da função é
temporário, não há na justiça eleitoral quadro próprio de magistrados.

A alternativa C está correta. A resposta está de acordo com o Art. 16 § 1º do CE.

§ 1º - Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre si
parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou
ilegítimo, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por último. (Redação dada
pela Lei nº 7.191, de 1984)

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A alternativa D está incorreta. O art. 16 §2º do CE veda a nomeação para diretor, proprietário ou sócio de
empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favores da Administração Pública, não se trata
de vedação genérica como afirma o item da questão.

§ 2º - A nomeação de que trata o inciso II deste artigo não poderá recair em cidadão que
ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum; que seja diretor, proprietário ou
sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilegio, isenção ou favor em virtude de
contrato com a administração pública; ou que exerça mandato de caráter político, federal,
estadual ou municipal.

25. (CESPE/TRE-PE - 2017) Segundo a CF, são órgãos da justiça eleitoral


a) as zonas eleitorais.
b) os cartórios eleitorais.
c) os juízes eleitorais.
d) os colégios eleitorais.
e) as mesas eleitorais.

Comentários

O art. 118, da Constituição Federal, estabelece quem é considerado órgão da Justiça Eleitoral. Vejamos:

Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:

I - o Tribunal Superior Eleitoral;

II - os Tribunais Regionais Eleitorais;

III - os Juízes Eleitorais;

IV - as Juntas Eleitorais.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 118, III.

As alternativas A, B, D e E estão incorretas, pois não estão previstas no rol de órgãos da Justiça Eleitoral.

26. (CESPE/TRE-PI - 2017) No que se refere ao Poder Judiciário na ordem jurídica constitucional,
assinale a opção correta.
a) Cabe recurso contra decisão proferida por tribunal regional eleitoral que conceda mandado de segurança,
o qual deve ser dirigido ao Tribunal Superior Eleitoral.
b) Cabe ao presidente da República nomear dois juízes, entre seis advogados indicados pela Ordem dos
Advogados do Brasil, para a composição dos Tribunais Regionais Eleitorais.

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c) O presidente de determinado tribunal que praticar ato comissivo ou omissivo que retarde a liquidação
regular de precatório, incorrerá em infração funcional, a qual não poderá ser apurada pelo Conselho Nacional
de Justiça, por ser a apuração de competência privativa da corregedoria do tribunal.
d) Cabe ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar originariamente conflitos de competência entre o
Tribunal Superior Eleitoral e tribunal regional eleitoral.
e) No exercício de sua competência correicional, o Conselho Nacional de Justiça pode apreciar reclamações
contra membros do Poder Judiciário bem como aplicar as correspondentes sanções, mesmo quando a
corregedoria do tribunal tiver absolvido o magistrado pelo ato.

Comentários

Essa é uma questão interdisciplinar, tendo em vista que cobra alguns temas de Direito Constitucional. Além
disso, muito importante para fins do nosso estudo no que diz respeito à parte eleitoral.

A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 121, §1º, III, da CF, só cabe recurso contra decisão
proferida por tribunal regional eleitoral quando esta for denegatória de mandado de segurança.

A alternativa B está incorreta. Com base no art. 120, §1º, III, da Constituição, compete ao Presidente da
República nomear dois juízes, dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados
pelo Tribunal de Justiça, e não pela Ordem dos Advogados do Brasil, para compor o TRE. A OAB não participa
desse procedimento. Vejam:

Ac.-STF, de 29.11.1990, no MS nº 21.073 e, de 19.6.1991, no MS nº 21.060: a OAB não


participa do procedimento de indicação de advogados para composição de TRE.

A alternativa C está incorreta. Tema de Direito Constitucional. O §7º, do art. 100, da CF, estabelece que o
Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a
liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o
Conselho Nacional de Justiça.

A alternativa D está incorreta. Com base no art. 102, I, “o”, da Constituição Federal, os conflitos de
competência entre tribunais superiores e quaisquer outros tribunais são julgados originariamente pelo
Supremo Tribunal Federal.

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,


cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente:

o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais,


entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 103-B, §4º, III, da CF:

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4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder


Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de
outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:

III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário,
inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços
notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem
prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos
disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com
subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções
administrativas, assegurada ampla defesa;

27. (CESPE/TRE-MT - 2015) Considerando os aspectos normativos e doutrinários que regem a matéria
eleitoral, assinale a opção correta.
a) A doutrina mais aceita quanto à classificação das infrações previstas no CE os classifica com base nas várias
fases do processo eletivo, como a do alistamento eleitoral e partidário, a da propaganda eleitoral, a da
votação, a do funcionamento do serviço eleitoral e a da apuração de votos.
b) Conforme o CE, cada partido poderá nomear, perante o juízo eleitoral, de um a cinco delegados em cada
zona eleitoral e, perante os preparadores, até dois delegados, que assinam e fiscalizam os seus atos.
c) Serão recebidos requerimentos de inscrição ou de transferência eleitoral nos trinta dias anteriores à data
de eleição.
d) O número de candidatos que serão diplomados é determinado pela legislação eleitoral; no caso de pleitos
proporcionais, por exemplo, diploma-se o titular e dez suplentes.
e) Conforme disposição constitucional, o TRE compõe-se, no máximo, por sete membros, escolhidos
mediante eleição, pelo voto secreto, sendo três ministros do STF e três juízes entre os ministros do STJ.

Comentários

Embora tenhamos alguns pontos específicos, essa questão é interessante!

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Essa alternativa é típica do CESPE. Por vezes, assuntos
não esperados são cobrados em prova! Doutrinariamente, as classificações são adotadas com a finalidade
de facilitar a compreensão de determinados institutos jurídicos. No Direito Eleitoral, em razão da natureza
da matéria, temos a classificação dos crimes eleitorais em razão da fase do processo eleitoral. Assim, temos
crimes que envolvem a propaganda, a votação, a apuração de votos etc. Logo, correta a alternativa.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o §1º, do art. 66, do CE, perante o juízo eleitoral, cada partido
poderá nomear 3 delegados. Além disso, o §2º estabelece que, perante os preparadores, cada partido
poderá nomear até 2 delegados, que assistam e fiscalizam os seus atos.

A alternativa C está incorreta. O prazo é de 150 dias! Logo, o último dia para requerer a inscrição no cadastro
eleitoral é o 151º dia antes das eleições.

A alternativa D está incorreta. Segundo o art. 215, do CE, os candidatos eleitos, assim como os suplentes,
receberão diploma assinado pelo Presidente do Tribunal Regional ou da Junta Eleitoral, conforme o caso.

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A alternativa E está incorreta. Com base no art. 120, §1º, I, da CF, os Tribunais Regionais Eleitorais compor-
se-ão mediante eleição, pelo voto secreto, de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça,
e de dois juízes, dentre os juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça, de um Juiz do Tribunal
Regional Federal com sede na capital do estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de Juiz Federal,
escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo, e de dois juízes dentre seis
advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça e nomeados pelo
Presidente da República. Não há que se falar em “no máximo, por sete”. São sete. O examinador tenta
confundir o candidato fazendo-o pensar na disposição sobre o TSE, que fala em “no mínimo, de sete” (art.
119, caput, da CF).

28. (CESPE/TRE-PR - 2009) Acerca dos órgãos que compõem a justiça eleitoral brasileira, julgue os itens
a seguir.
As zonas eleitorais correspondem à menor fração territorial dentro da circunscrição judiciária eleitoral.

Comentários

A menor fração territorial administrativa da Justiça Eleitoral são as seções eleitorais, ao passo que a menor
fração jurisdicional é a Junta Eleitoral. A questão é que a banca não especificou, pois referiu apenas “fração
territorial”, o que torna impossível, em uma prova de assertivas, aferir o gabarito.

Entendemos que a forma mais segura de resolver essa questão é não marcar verdadeiro nem incorreto.
Deixe em branco! Não há segurança alguma em marcá-la como correta.

Embora entendamos que a questão está prejudicada, a banca apontou como correta a assertiva.

29. (CESPE/TRE-BA - 2010) Quanto aos órgãos da justiça eleitoral, julgue os itens seguintes.
As juntas eleitorais não são consideradas órgãos da justiça eleitoral, constituindo-se em mera divisão
regional realizada pelo juiz que a preside.

Comentários

A assertiva está incorreta. As juntas eleitorais estão previstas, de forma expressa, como órgão da Justiça
Eleitoral, de acordo com o art. 118, da CF.

Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:

I - o Tribunal Superior Eleitoral;

II - os Tribunais Regionais Eleitorais;

III - os Juízes Eleitorais;

IV - as Juntas Eleitorais.

30. (CESPE/TRE-RS - 2015) Quando se trata de direito, os primeiros desafios que enfrentam os seus
operadores e estudiosos são as questões relacionadas às fontes e aos princípios utilizados para que o juiz

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tenha condições de decidir sobre quaisquer matérias que lhe forem propostas. Em se tratando de matéria
relacionada mais especificamente a direito eleitoral, também não é pequeno o esforço que se faz para
deixar claro à sociedade as funções precípuas que exerce a justiça eleitoral.
Com relação a esse assunto, assinale a opção correta.
a) As resoluções do TSE, por tratarem de legislação mais específica, devem prevalecer sobre quaisquer das
demais fontes do direito eleitoral, em se tratando de matérias relacionadas às eleições.
b) O princípio da anterioridade tem como escopo proteger o processo eleitoral, garantindo que qualquer lei
que altere esse processo somente entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição
seguinte à data de sua vigência.
c) Os juízes eleitorais são órgãos da justiça eleitoral, juntamente com as juntas eleitorais, os tribunais
regionais eleitorais e o TSE.
d) A transferência de domicílio do eleitor, a adoção de medidas para coibir a prática de propaganda eleitoral
irregular e a emissão de segunda via do título eleitoral são exemplos de funções judiciárias da justiça eleitoral
que devem ser apreciadas por juiz eleitoral e, na ausência deste, por um juiz da respectiva seccional.
e) As fontes do direito eleitoral têm como objetivo principal assegurar que não haja mudanças no
ordenamento jurídico, mantendo-o estático, como deveria ser desde o princípio, pois se exige, cada vez mais,
um ambiente legislativo seguro e simplificado.

Comentários

A questão parece muito complicada, mas, para respondê-la, basta conhecer os órgãos que compõem a
Justiça eleitoral e o art. 118, da CF.

Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:

I - o Tribunal Superior Eleitoral;

II - os Tribunais Regionais Eleitorais;

III - os Juízes Eleitorais;

IV - as Juntas Eleitorais.

Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

A alternativa A, por sua vez, está incorreta, pois, ao contrário do afirmado, as resoluções são normas
secundárias que devem respeitar a legislação sob pena de ilegalidade. Portanto, está totalmente incorreto
falar que essas normas prevalecem sob as demais fontes do Direito Eleitoral.

A alternativa B está igualmente incorreta, pois o princípio da anterioridade exige o curso de um ano para
que a lei que altera o processo eleitoral seja aplicada. Esse é o limite temporal, e não a vedação à aplicação
às eleições seguintes.

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Quanto à alternativa D, o erro está em afirmar que a competência é judiciária (ou jurisdicional). Os exemplos
reportam-se à função administrativa e não judiciária.

Finalmente, a alternativa E está errada ao afirmar que a finalidade das fontes é manter o ordenamento
estático. Não há qualquer relação entre uma e outra coisa. As fontes revelam as normas jurídicas. Estas, por
sua vez, explicitam comportamentos definidos pela sociedade como corretos. Portanto, de acordo com a
mudança dos hábitos e valores da sociedade, as regras mudam. Dito de outra forma, as fontes sofrem
alterações conforme as confluências da sociedade. Portanto, equivocada a afirmação da alternativa.

31. (CESPE/TRE-RS - 2015) Para que os governos se sucedam pacificamente, deve ser racionalmente
estruturada uma técnica que assegure a normal apuração da vontade popular, com rigorosa probidade.
Três sistemas se apresentam para realizar essa operação: o da verificação de poderes, a cargo dos órgãos
legislativos; o sistema eclético de um tribunal misto, com composição dúplice — política e jurisdicional; e
o do controle por um tribunal eleitoral, tipicamente judiciário.
Fávila Ribeiro. Direito eleitoral. Rio de Janeiro: Forense, 1997.
A partir dessas informações, é correto afirmar que, no caso brasileiro,
a) vigora o sistema eclético de um tribunal misto, com composição dúplice, política e jurisdicional.
b) é facultada aos tribunais eleitorais a subdivisão em câmaras ou turmas, para deliberação de caráter
administrativo, normativo ou jurisdicional.
c) para o bom cumprimento de suas finalidades, é competência da justiça eleitoral impugnar o registro de
candidatos.
d) são competências da justiça eleitoral, entre outras: o registro e a cassação dos partidos, bem como a
fiscalização de suas atividades financeiras; a organização do processo eleitoral; e o fornecimento de
transporte e alimentação para eleitores das áreas rurais.
e) a justiça eleitoral dispõe de um quadro misto de magistrados: uma parte integra um quadro próprio
permanente, enquanto a outra é originada, periodicamente, de outros órgãos judiciários.

Comentários

A alternativa A está incorreta. A Justiça Eleitoral é órgão jurisdicional e não político, que possui diversas
outras funções, tais como a administrativa, a consultiva e a normativa.

A alternativa B está incorreta, apenas os TRFs, TRTs e TJs podem se dividir em câmaras e em turmas de
julgamento. Isso não ocorre na Justiça Eleitoral, mesmo porque o número de membros dos Tribunais é
bastante reduzido.

A alternativa C está incorreta. A Justiça Eleitoral é órgão jurisdicional isento, que não pode atuar na
impugnação de registro de candidatos. A Justiça Eleitoral atua, apenas, no julgamento da impugnação.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Observem que a questão traz diversas competências
pertencentes aos órgãos da Justiça Eleitoral.

A alternativa E está incorreta. Como sabemos, a Justiça Eleitoral não possui quadro próprio de magistrados.

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32. (CESPE/TJ-MA - 2013) Considerando a composição e o funcionamento dos órgãos da justiça


eleitoral, julgue o item a seguir.
Os membros do TSE devem ser magistrados ou integrantes do MP.

Comentários

A assertiva está incorreta, pois não há integrantes do MP dentre os membros do TSE. Além disso, há
membros do TSE que serão escolhidos dentre advogados.

33. (CESPE/TRE-MS - 2013) A respeito da composição de competências e atribuições dos órgãos da


justiça eleitoral, julgue o item subsequente.
Compete privativamente ao TSE responder às consultas sobre matéria eleitoral que lhe forem feitas, em
tese, por autoridade pública ou partido político.

Comentários

A assertiva está incorreta. Trata-se de competência privativa do TRE e não do TSE. Vejamos o Art. 30, VIII, do
CE.

Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regionais:

VIII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por
autoridade pública ou partido político;

O TSE será competente para respostas às consultas formuladas por autoridade com jurisdição federal ou
órgão nacional de partido político. Já ao TRE compete respostas às consultas efetuadas por autoridade
pública ou partido político. A banca, maliciosamente, inverteu!

Atenção:

autoridade com órgão nacional de


CONSULTA TSE
jurisdição federal partido político

autoridade
CONSULTA TRE partido político
pública

34. (CESPE/TRE-MS - 2013) A respeito da composição de competências e atribuições dos órgãos da


justiça eleitoral, julgue o item subsequente.
O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), eleito entre os ministros do Supremo Tribunal Federal
(STF), exerce a função de corregedor-geral eleitoral.

Comentários

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A assertiva está incorreta. O Corregedor Geral Eleitoral é escolhido entre os Ministros do STJ, enquanto o
vice-presidente é escolhido entre os membros do STF. Lembre-se de que:

Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente


dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os
Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

35. (CESPE/TRE-MS - 2013) Julgue os itens acerca da organização e competência da justiça eleitoral.
Compete ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) processar e julgar originariamente os crimes eleitorais e os
comuns a eles conexos, cometidos pelos seus próprios ministros e pelos juízes dos tribunais regionais.

Comentários

A assertiva está incorreta, o TSE não mais possui essa competência para julgar crimes eleitorais e comuns
conexos, pois a competência foi deslocada para o STF e STJ. Vejamos os arts. 102, I, c, e 105, I, a, da CF.

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,


cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente:

c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e


os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art.
52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes
de missão diplomática de caráter permanente;

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

I - processar e julgar, originariamente:

a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos
de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito
Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos
Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros
dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União
que oficiem perante tribunais;

Quanto ao fato de a questão não falar expressamente “conforme o Código Eleitoral”, exigindo referência
direta ao diploma, você não irá considerar a literalidade, caso revogada. Foi o que ocorreu nesta questão!
Devemos marcar diretamente o entendimento atualizado e constitucional.

36. (CESPE/TRE-RJ - 2012) A respeito dos órgãos da justiça eleitoral, julgue os itens subsequentes.
A presidência do TSE cabe a todos os ministros do tribunal, que se revezam no cargo.

Comentários

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A assertiva está incorreta. O presidente e vice do TSE são eleitos, dentre os ministros do STF, conforme prevê
a Constituição em seu art. 119, parágrafo único.

37. (CESPE/TRE-ES - 2011) Julgue os itens seguintes, referentes à composição e às atribuições do


Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Um vereador que seja advogado não pode ser nomeado ministro do TSE para uma das vagas destinadas a
tais profissionais.

Comentários

A assertiva está correta e trata dos impedimentos para integrantes do TSE, previsto no art. 16, §2º, do CE.
Vejamos.

§ 2º - A nomeação de que trata o inciso II deste artigo não poderá recair em cidadão que
ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum; que seja diretor, proprietário ou
sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilegio, isenção ou favor em virtude de
contrato com a administração pública; ou que exerça mandato de caráter político, federal,
estadual ou municipal.

Note que é vedada a participação no TSE de cidadão que exerça qualquer mandato político, seja ele federal,
estadual ou municipal.

38. (CESPE/TRE-ES - 2011) Julgue os itens seguintes, relativos às competências e atribuições dos juízes
eleitorais, dos tribunais regionais eleitorais (TREs) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Compete, privativamente, ao TSE autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras nos estados em
que essa providência for solicitada pelo tribunal regional respectivo.

Comentários

A assertiva está correta, de acordo com o inc. XIII, do art. 23, do CE. Vocês notaram como a cobrança das
competências de TSE e TRE é recorrente em provas? Pois é, ESTUDE! Não há outra alternativa a não ser ler
e reler as competências do Código Eleitoral! Confira:

Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior:

XIII - autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras nos Estados em que essa
providência for solicitada pelo Tribunal Regional respectivo;

39. (CESPE/TRE-BA - 2010) Quanto aos órgãos da justiça eleitoral, julgue os itens seguintes.
A aprovação do afastamento de juízes dos tribunais regionais eleitorais é de competência do TSE.

Comentários

A assertiva está correta, uma vez que expressa exatamente o que prevê o inc. IV, do art. 23, do CE:

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Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior,

IV - aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juízes dos Tribunais
Regionais Eleitorais;

40. (CESPE/TRE-GO - 2015) Em relação ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, julgue os itens
subsequentes.
Das decisões do Tribunal Superior Eleitoral que negarem habeas corpus e mandado de segurança cabe
recurso ao Supremo Tribunal Federal.

Comentários

A assertiva está correta. De acordo com o art. 281, do CE:

Art. 281. São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior, salvo as que declararem a
invalidade de lei ou ato contrário à Constituição Federal e as denegatórias de "habeas
corpus" ou mandado de segurança, das quais caberá recurso ordinário para o Supremo
Tribunal Federal, interposto no prazo de 3 (três) dias.

Note que o recurso será cabível apenas das decisões denegatórias de habeas corpus ou mandado de
segurança.

Esse também é o entendimento estampado na CF (art. 121, § 3º):

§ 3º São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem


esta Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança.

41. (CESPE/TRE-GO - 2015) Acerca do alistamento eleitoral e da organização da justiça eleitoral, julgue
os próximos itens.
O Tribunal Superior Eleitoral compõe-se de, no mínimo, sete membros, entre os quais estão dois
representantes do Ministério Público Federal.

Comentários

A assertiva está incorreta. Entre os integrantes do TSE não há membro do MPF. Vejamos o quadro abaixo
que relaciona a composição do TSE:

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COMPOSIÇÃO DO TSE

indicados pelo STF e nomeados pelo


eleitos Presidente da República

3 dentre os Min do STF 2 dentro os Min. do STJ 2 advogados

Assim, na composição do TSE há Min. do STF e do STJ e advogados. O fundamento da composição acima
consta no art. 119, da CF.

42. (CESPE/TRE-GO - 2015) A respeito dos direitos políticos e da composição dos órgãos da justiça
eleitoral, julgue os seguintes itens.
Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, dada a necessidade de resguardar a segurança
jurídica, as decisões do Tribunal Superior Eleitoral que, no curso de pleito eleitoral, impliquem mudança de
jurisprudência não terão aplicabilidade imediata a caso concreto, de modo que somente terão eficácia sobre
outros casos, no pleito eleitoral subsequente.

Comentários

A assertiva está correta. Estamos diante de uma questão que exige o conhecimento de entendimento do STF
referente à matéria eleitoral.

Segundo a Ementa do RE nº 637485/201323:

(...) MUDANÇA DA JURISPRUDÊNCIA EM MATÉRIA ELEITORAL. SEGURANÇA JURÍDICA. I.


REELEIÇÃO. MUNICÍPIOS. INTERPRETAÇÃO DO ART. 14, § 5º, DA CONSTITUIÇÃO. PREFEITO.
PROIBIÇÃO DE TERCEIRA ELEIÇÃO EM CARGO DA MESMA NATUREZA, AINDA QUE EM
MUNICÍPIO DIVERSO. (...) II. MUDANÇA DA JURISPRUDÊNCIA EM MATÉRIA ELEITORAL.
SEGURANÇA JURÍDICA. ANTERIORIDADE ELEITORAL. NECESSIDADE DE AJUSTE DOS EFEITOS
DA DECISÃO. Mudanças radicais na interpretação da Constituição devem ser
acompanhadas da devida e cuidadosa reflexão sobre suas consequências, tendo em vista
o postulado da segurança jurídica. Não só a Corte Constitucional, mas também o Tribunal
que exerce o papel de órgão de cúpula da Justiça Eleitoral devem adotar tais cautelas por
ocasião das chamadas viragens jurisprudenciais na interpretação dos preceitos
constitucionais que dizem respeito aos direitos políticos e ao processo eleitoral. Não se
pode deixar de considerar o peculiar caráter normativo dos atos judiciais emanados do

23
RE 637485, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 01/08/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-095
DIVULG 20-05-2013 PUBLIC 21-05-2013.

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Tribunal Superior Eleitoral, que regem todo o processo eleitoral. Mudanças na


jurisprudência eleitoral, portanto, têm efeitos normativos diretos sobre os pleitos
eleitorais, com sérias repercussões sobre os direitos fundamentais dos cidadãos (eleitores
e candidatos) e partidos políticos. No âmbito eleitoral, a segurança jurídica assume a sua
face de princípio da confiança para proteger a estabilização das expectativas de todos
aqueles que de alguma forma participam dos prélios eleitorais. A importância fundamental
do princípio da segurança jurídica para o regular transcurso dos processos eleitorais está
plasmada no princípio da anterioridade eleitoral positivado no art. 16 da Constituição. O
Supremo Tribunal Federal fixou a interpretação desse artigo 16, entendendo-o como uma
garantia constitucional (1) do devido processo legal eleitoral, (2) da igualdade de chances
e (3) das minorias (RE 633.703). Em razão do caráter especialmente peculiar dos atos
judiciais emanados do Tribunal Superior Eleitoral, os quais regem normativamente todo o
processo eleitoral, é razoável concluir que a Constituição também alberga uma norma,
ainda que implícita, que traduz o postulado da segurança jurídica como princípio da
anterioridade ou anualidade em relação à alteração da jurisprudência do TSE. Assim, as
decisões do Tribunal Superior Eleitoral que, no curso do pleito eleitoral (ou logo após o seu
encerramento), impliquem mudança de jurisprudência (e dessa forma repercutam sobre a
segurança jurídica), não têm aplicabilidade imediata ao caso concreto e somente terão
eficácia sobre outros casos no pleito eleitoral posterior. (...).

43. (CESPE/TJ-DF - 2014) Com relação à composição do TSE, determinada pela CF, assinale a opção
correta.
a) A vice-presidência do TSE deve ficar a cargo de ministro que tenha sido nomeado a partir de lista sêxtupla
de advogados encaminhada ao colegiado.
b) O vice-presidente do TSE pode acumular a função de corregedor eleitoral, eleito pelo voto secreto,
durante um único biênio.
c) Os advogados serão nomeados pelo presidente da República, escolhidos entre seis nomes de notável saber
jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Conselho Federal da OAB.
d) A presidência do TSE deve ser exercida por um dos cinco ministros oriundos dos tribunais superiores,
eleito pelo voto secreto e colegiado para um único biênio.
e) O texto constitucional fixou em sete o número mínimo de ministros que devem compor o TSE, mas não
estabeleceu um número exato de ministros para esse colegiado.

Comentários

A alternativa A está incorreta, pois o Vice-Presidente será escolhido entre os membros oriundos do STF,
consoante ao que prescreve o parágrafo único do art. 119, da CF.

A alternativa B está incorreta com base no mesmo fundamento acima. O vice-Presidente será membro do
STF, enquanto o Corregedor será escolhido entre os Ministros do STJ.

A alternativa C está incorreta, tendo em vista que compete ao STF indicar os advogados para nomeação. A
OAB não participa do processo.

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A alternativa D está incorreta, tendo em vista que o Presidente do TSE será eleito dentre os membros
oriundos do STF.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 119, caput, da CF, a composição
apresentada é “a mínima”, dando a entender que é possível aumentar o número de membros no TSE.

44. (CESPE/TJ-RN - 2013) A respeito da composição e do funcionamento da justiça eleitoral, assinale a


opção correta.
a) A perda de diploma pode ser decidida ainda que estejam ausentes integrantes do TSE, desde que as
ausências sejam justificadas.
b) Qualquer interessado pode arguir a suspeição de ministro do TSE por parcialidade partidária.
c) Dado o princípio do quinto constitucional, é assegurado ao MP o cargo de ministro corregedor do TSE.
d) O Presidente do TSE será eleito entre todos os sete membros que compõe o órgão eleitoral.
e) Advogado ocupante de cargo comissionado pode ser ministro do TSE, desde que indicado pela Ordem dos
Advogados do Brasil.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Algumas matérias exigem composição plena do TSE para serem julgadas,
dentre essas está a perda de diploma. Vejamos o art. 19, parágrafo único, do CE:

Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior, assim na interpretação do Código


Eleitoral em face da Constituição e cassação de registro de partidos políticos, como sobre
quaisquer recursos que importem anulação geral de eleições ou perda de diplomas, só
poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros. Se ocorrer impedimento
de algum Juiz, será convocado o substituto ou o respectivo suplente.

ATENÇÃO (1)! A jurisprudência do TSE aponta uma exceção para essa regra:

Ac.-TSE, de 5.12.2013, nos ED-AgR-REspe nº 159389 e, de 17.12.2012, nos ED-AgR-REspe


nº 8197: possibilidade de julgamento com o quórum incompleto por suspeição ou
impedimento de ministro titular da classe de advogado e impossibilidade jurídica de
convocação de juiz substituto

ATENÇÃO (2)! Essa regra é para o TSE! Para o TRE se aplica o quórum do art. 28:

Art. 28. Os tribunais regionais deliberam por maioria de votos, em sessão pública, com a
presença da maioria de seus membros.

Veja:

Ac.-TSE, de 1º.8.2012, no AgR-AC nº 48052; de 12.11.2009, no RO nº 1589 e, de 17.6.2003,


no REspe nº 21120: o quórum de deliberação dos tribunais regionais eleitorais é o previsto

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no art. 28 deste código. Inaplicabilidade do quórum previsto neste parágrafo [art. 19,
parágrafo único].

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, tendo em vista o art. 20, do CE:

Art. 20. Perante o Tribunal Superior, qualquer interessado poderá arguir a suspeição ou
impedimento dos seus membros, do Procurador Geral ou de funcionários de sua Secretaria,
nos casos previstos na lei processual civil ou penal e por motivo de parcialidade partidária,
mediante o processo previsto em regimento.

A alternativa C está incorreta, pois não há membros do Ministério Público na composição do TSE. Além disso,
o cargo de Corregedor Eleitoral é ocupado por um Ministro do STJ, tudo conforme o que dispõe o art. 119,
da CF.

A alternativa D está incorreta. O cargo de Presidente será ocupado mediante eleição, contudo, poderão
concorrer ao cargo apenas os membros oriundos do STF.

A alternativa E está incorreta. Pelo que prevê o art. 16, §2º, do CE, não há participação da OAB no processo.
O STF indica, a Presidência nomeia. Além disso, vale a pena conferir a literalidade do dispositivo:

§ 2º A nomeação de que trata o inciso II deste artigo não poderá recair em cidadão que
ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum; que seja diretor, proprietário ou
sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude de
contrato com a administração pública; ou que exerça mandato de caráter político, federal,
estadual ou municipal.

Note que não há qualquer ressalva tal como formulada na questão. Se o advogado ocupar cargo em
comissão, não poderá ser indicado para ocupar uma das duas vagas de Juízes do TSE.

45. (CESPE/TRE-MT - 2015) Acerca dos órgãos da justiça eleitoral, assinale a opção correta.
a) Deve haver, em cada estado e no Distrito Federal, um tribunal regional eleitoral (TRE), formado por sete
membros, sendo dois deles advogados indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil e nomeados pelo
governador do respectivo estado.
b) Caso ocorra conflito de jurisdição entre tribunais regionais e juízes eleitorais de estados diferentes, o
processamento e o julgamento desse conflito caberão originariamente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
c) A jurisdição de cada uma das zonas eleitorais deve ser atribuída a um juiz eleitoral da circunscrição,
responsável por constituir as juntas, que são divididas em zonas eleitorais.
d) As juntas eleitorais, compostas de um juiz eleitoral e de dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade,
têm a atribuição de expedir títulos eleitorais e conceder transferências de eleitor.
e) Em princípio, as decisões dos tribunais regionais eleitorais são irrecorríveis, mas admite-se recurso,
excepcionalmente, caso a decisão seja contrária a dispositivo expresso na CF e em lei federal.

Comentários

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A alternativa A está incorreta, pois os advogados de notável saber jurídico são indicados pelo TJ de cada
Estado e nomeados pelo Presidente da República. Vejamos o art. 25, inciso III, do CE. Esse dispositivo traz a
mesma regrativa do art. 120, da CF.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, com base no art. 22, I, b, do CE:

Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:

I - Processar e julgar originariamente:

b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juízes eleitorais de Estados


diferentes;

A alternativa C está incorreta. Compete ao TRE dividir a circunscrição em zonas eleitorais e criar novas zonas
e ao TSE a aprovação da divisão ou criação. Vejamos o art. 30, IX, do CE:

Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regionais:

IX - dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais, submetendo essa divisão, assim


como a criação de novas zonas, à aprovação do Tribunal Superior;

A alternativa D está incorreta, pois não se trata de competência das Juntas, mas do Juiz Eleitoral.

A alternativa E está incorreta, pois há outras situações de recurso além das mencionadas na alternativa.

46. (CESPE/TRE-TO - 2017) Das decisões dos tribunais regionais eleitorais


a) caberá recurso em caso de declaração de inconstitucionalidade realizada em ação direta de
inconstitucionalidade.
b) não caberá recurso, uma vez que o TRE é tribunal de única instância.
c) caberá recurso caso decretem a perda de mandatos eletivos estaduais.
d) não caberá recurso no caso de divergência na interpretação de lei entre dois tribunais eleitorais.
e) não caberá recurso, exceto no caso da discussão sobre inelegibilidade.

Comentários

Vejamos o que dispõe o art. 121, §4º, IV, da Constituição Federal:

§ 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:

I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;

II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;

III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou


estaduais;

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IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;

V - denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de


injunção.

Portanto, a alternativa C é correta e gabarito da questão.

47. (CESPE/TRE-TO - 2017) A principal função da justiça eleitoral é garantir


a) o respeito à soberania popular e à cidadania.
b) a classificação das informações de ordem estatal.
c) a auditoria das contas públicas.
d) o cumprimento dos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da
eficiência.
e) a guarda da Constituição Federal.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A Justiça Eleitoral é um órgão de jurisdição


especializada que integra o Poder Judiciário e cuida da organização do processo eleitoral. Por isso, trabalha
para garantir o respeito à soberania popular e à cidadania.

48. (CESPE/TRE-TO - 2017) De acordo com o Código Eleitoral, são órgãos integrantes da justiça eleitoral
a) os juízes eleitorais e os delegados partidários.
b) as juntas eleitorais e os delegados partidários.
c) o TSE e os delegados partidários.
d) o TSE e os tribunais regionais federais.
e) os juízes eleitorais e as juntas eleitorais.

Comentários

O art. 12, do CE, prevê quais são os órgãos da Justiça Eleitoral:

Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral:

I - O Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da República e jurisdição em todo o


País;

II - um Tribunal Regional, na Capital de cada Estado, no Distrito Federal e, mediante


proposta do Tribunal Superior, na Capital de Território;

III - juntas eleitorais;

IV - juízes eleitorais.

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Desse modo, a alternativa E é correta e gabarito da questão.

Por fim, percebam que na alternativa D a banca fala em Tribunais Regionais Federais e não em Tribunais
Regionais Eleitorais.

49. (CESPE/TRE-TO - 2017) A respeito das previsões contidas nas leis eleitorais, que visam garantir a
celeridade específica do direito eleitoral, assinale a opção correta.
a) Os processos eleitorais têm prioridade de tramitação, com preferência sobre habeas corpus e mandados
de segurança originários da justiça comum.
b) São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), salvo as que contrariem a Constituição
Federal e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança.
c) O prazo para a interposição de recursos eleitorais é de três dias, exclusivamente com efeito devolutivo, e
inexiste a abertura de prazo para a apresentação de contrarrazões a eles.
d) Não há a garantia de vitaliciedade aos juízes dos tribunais eleitorais, que servirão por dois anos, no
máximo, e nunca por mais de uma investidura.
e) É de dois anos o prazo para o trâmite de processo eleitoral que possa resultar em perda de mandato.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Os processos de habeas corpus e mandados de segurança terão preferência
sobre quaisquer outros processos. Vejamos o que dispõe o art. 94, da Lei nº 9.504/97:

Art. 94. Os feitos eleitorais, no período entre o registro das candidaturas até cinco dias após
a realização do segundo turno das eleições, terão prioridade para a participação do
Ministério Público e dos Juízes de todas as Justiças e instâncias, ressalvados os processos
de habeas corpus e mandado de segurança.

Além disso, vejamos o art. 257, §3º, da Lei nº 4.737/65:

§ 3o O Tribunal dará preferência ao recurso sobre quaisquer outros processos, ressalvados


os de habeas corpus e de mandado de segurança.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o §3º, do art. 121, da CF/88:

§ 3º São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem


esta Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança.

A alternativa C está incorreta. O recurso receberá efeito suspensivo e devolutivo, em alguns casos. Ademais,
obedecendo ao princípio do contraditório e ampla defesa, há a abertura de prazo para contrarrazões no que
tange ao recurso no âmbito da Justiça Eleitoral.

A alternativa D está incorreta. Os juízes dos tribunais eleitorais, via de regra, servirão por dois anos, podendo
ser reconduzidos, de maneira consecutiva, para uma nova investidura cujo período também é de dois anos,
ou seja, eles podem servir, no máximo, por dois biênios consecutivos.

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A alternativa E está incorreta. Com base no art. 97-A, da Lei nº 9.504/97, considera-se duração razoável do
processo que possa resultar em perda de mandato eletivo o período máximo de 1 ano, contado da sua
apresentação à Justiça Eleitoral.

VUNESP

50. (VUNESP/TJRS - 2018) A Justiça Eleitoral, diferentemente dos demais órgãos judiciais, pode exercer
a função consultiva que
a) resulta na expedição de instruções para fiel execução da lei eleitoral, ouvidos, previamente, os delegados
ou representantes dos partidos políticos.
b) consiste em preparar, organizar e administrar todo o processo eleitoral, desde a fase do alistamento até
a diplomação dos eleitos.
c) ocorre de ofício ou mediante provocação por órgão nacional, estadual ou municipal de partido político,
ou pelo Procurador Geral da República.
d) se realiza por meio do Tribunal Superior Eleitoral, dos Tribunais Regionais Eleitorais e dos Juízes Eleitorais.
e) consiste em responder, fundamentadamente, mas sem força vinculante, a consultas em matéria eleitoral,
por meio do Tribunal Superior Eleitoral e dos Tribunais Regionais Eleitorais.

Comentários

Esta questão foi prejudicada por recente alteração legislativa que acrescentou o art. 30 à LINDB. Como
sabemos, a justiça eleitoral possui uma função judicante, uma função administrativa e uma função
consultiva. Essa função consultiva consiste em responder, fundamentadamente, a consultas em matéria
eleitoral, por meio do Tribunal Superior Eleitoral e dos Tribunais Regionais Eleitorais. Essas consultas a partir
da vigência da Lei nº 13.655, de 2018 passou a ter força vinculante até que haja ulterior revisão, conforme
se pode extrair do art. 30 da LINDB abaixo transcrito.

Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na
aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas e
respostas a consultas.

Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão caráter vinculante
em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão.

Podem ser feitas por autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional de partido político, para o Tribunal
Superior (art. 23, XII, do CE), ou por autoridade pública ou partido político, para os Tribunais Regionais (art.
30, VIII, CE).

O gabarito da prova é a alternativa E. Contudo, hoje não haveria resposta correta.

51. (VUNESP/PC-BA - 2018) O Poder Judiciário é um dos poderes constituídos da República Federativa
do Brasil, cujo regime jurídico vem tratado nos artigos 92 e seguintes da Constituição Federal e assevera
que

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a) os servidores receberão delegação para a prática de atos de mero expediente sem caráter decisório.
b) a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas nos juízos de duplo grau de
jurisdição e tribunais superiores, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes
em plantão permanente.
c) todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e as decisões judiciais
fundamentadas, quando necessário.
d) a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição, salvo se o jurisdicionado assim
não o requerer.
e) pelo voto da maioria simples dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, conforme dispõe o art. 93, XIV, da CF:

Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o
Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:

XIV os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de


mero expediente sem caráter decisório;

A alternativa B está incorreta, pois pode haver férias coletivas nos tribunais superiores. Vejamos o que prevê
o art. 93, XII:

XII a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e
tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense
normal, juízes em plantão permanente;

A alternativa C está incorreta, visto que não há exceção, nos termos do art. 93, IX:

IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas


todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos
nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o
interesse público à informação;

A alternativa D está incorreta, visto que não há exceção, nos termos do art. 93, XV:

XV a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição.

A alternativa E está incorreta. De acordo com o art. 97, da CF, somente pelo voto da maioria absoluta de
seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

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CONSULPLAN

52. (CONSULPLAN/TRE-RJ - 2017) A Constituição da República Federativa do Brasil estabelece a


composição do Tribunal Superior Eleitoral. Sobre o tema, assinale alternativa INCORRETA.
a) Terá três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal.
b) Terá dois juízes dentre os ministros do Supremo Tribunal de Justiça.
c) Terá dois juízes advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral.
d) Terá um membro do Ministério Público, indicado pelo Procurador Geral da República.

Comentários

Trata-se de questão fácil que cobra o art. 119, da CF. Vejamos o dispositivo.

Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros,


escolhidos:

I - mediante eleição, pelo voto secreto:

a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;

b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;

II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável
saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

Assim, a alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão. Como sabemos, os membros do Ministério
Público não participam da composição dos órgãos da justiça eleitoral.

53. (CONSULPLAN/TRE-MG - 2015) A Justiça Eleitoral é composta por distintos órgãos, os quais
possuem composição e atribuições específicas. As atribuições do Corregedor Geral da Justiça Eleitoral
são fixadas pelo
a) Tribunal Superior Eleitoral.
b) Supremo Tribunal Federal.
c) Superior Tribunal de Justiça.
d) Presidente do Tribunal Superior Eleitoral.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 17, §1º, do CE, as atribuições
do Corregedor Geral da Justiça Eleitoral são fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.

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54. (CONSULPLAN/TRE-MG - 2015) A Justiça eleitoral tem uma peculiar organização no texto
constitucional federal, sendo uma das ramificações da Justiça da União, embora os Tribunais Regionais
Eleitorais tenham coordenação realizada por magistrados que têm origem na Justiça dos Estados e que
compõem a presidência e a vice-presidência desses órgãos. Nos termos da Constituição Federal, são
considerados órgãos da Justiça Eleitoral:
a) Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais
b) Juízes eleitorais e Comarcas Eleitorais
c) Tribunal Superior do Trabalho e Municípios Eleitorais
d) Tribunais Regionais Eleitorais e Circunscrições Eleitorais

Comentários

Questão muito fácil, que exige o conhecimento do art. 118, da CF:

Segundo o Texto Constitucional:

Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:

I - o Tribunal Superior Eleitoral;

II - os Tribunais Regionais Eleitorais;

III - os Juízes Eleitorais;

IV - as Juntas Eleitorais.

Apenas com essas informações podemos responder à questão. Vejamos as alternativas:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

a) Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais

A alternativa B está incorreta.

b) Juízes eleitorais e Comarcas Eleitorais

A alternativa C está incorreta.

c) Tribunal Superior do Trabalho e Municípios Eleitorais

A alternativa D está incorreta.

d) Tribunais Regionais Eleitorais e Circunscrições Eleitorais

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Registre-se que a circunscrição eleitoral, segundo o TSE24, constitui o:

Espaço geográfico onde se trava determinada eleição. Assim, o país, na eleição do


presidente e vice-presidente da República; o estado, nas eleições para governador e vice-
governador, deputados federais e estaduais, e senadores; o município, nas eleições de
prefeito e vereadores; e o distrito, onde e quando se realiza a eleição pelo sistema distrital.

55. (CONSULPLAN/CM-BH - 2018) O Tribunal Superior Eleitoral é o órgão máximo da Justiça Eleitoral e
tem suas principais competências determinadas pela Constituição Federal e também pelo Código Eleitoral,
dentre elas o processamento e julgamento de ações em matéria eleitoral. As decisões do Tribunal Superior
Eleitoral são, por regra, irrecorríveis, ressalvadas as exceções definidas por expressa previsão
constitucional. São exceções à irrecorribilidade das decisões do TSE, as decisões
a) denegatórias de habeas corpus.
b) em ação rescisória, nos casos de inelegibilidade.
c) sobre conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais.
d) sobre registro e cassação de registro de partidos políticos.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o que dispõe o §3º, do art. 121, da CF/88:

§ 3º São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem


esta Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança.

Outras Bancas

56. (FUNDATEC - UNIPAMPA - 2020) Segundo o Art. 118 da Constituição Federal, são órgãos da Justiça
Eleitoral, EXCETO:

A) O Tribunal Superior Eleitoral.

B) Os Procuradores do Estado.

C) Os Tribunais Regionais Eleitorais.

D) Os Juízes Eleitorais.

E) As Juntas Eleitorais.

24
FARHAT, Saïd. Dicionário parlamentar e político: o processo político e legislativo no Brasil. São Paulo: Melhoramentos;
Fundação Peirópolis, 1996. p. 121.

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Comentários

A alternativa B é o gabarito da questão, os procuradores do estado não fazem parte da justiça eleitoral.

57. (FCM Câmara de conselheiros de Lafaiete - MG - 2019) NÃO é órgão da Justiça Eleitoral:
a) o Tribunal Superior Eleitoral.
b) o Tribunal Regional Eleitoral.
c) as Juntas Eleitorais.
d) os Ministros Eleitorais.
e) os Juízes Eleitorais.

Comentários

A alternativa D é o gabarito da questão, não prevê um órgão da justiça eleitoral, é mais uma questão
cobrando a literalidade do art. 118 da CF.

Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:

I - o Tribunal Superior Eleitoral;

II - os Tribunais Regionais Eleitorais;

III - os Juízes Eleitorais;

IV - as Juntas Eleitorais.

58. (FMP Concursos/MPE-AM - 2015) Sobre a Justiça Eleitoral, considere as seguintes assertivas:
I - A Ordem dos Advogados do Brasil participa do procedimento de indicação de advogados para composição
do Tribunal Superior Eleitoral e dos Tribunais Regionais Eleitorais.
II – A jurisdição eleitoral de primeiro grau não pode ser exercida por juízes federais.
III - Por ser inerente à Justiça Eleitoral, a função consultiva pode ser exercida pelos Juízes Eleitorais.
IV – Conquanto investido de poder de polícia, não tem legitimidade o Juiz Eleitoral para, de ofício, instaurar
procedimento com a finalidade de impor multa pela veiculação de propaganda eleitoral em desacordo com
a Lei nº 9.504/1997.
Quais das assertivas acima estão corretas?
a) Apenas a II.
b) Apenas a I e II.
c) Apenas a III e IV.
d) Apenas a II e IV.

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e) Apenas a I, II e IV.

Comentários

Vamos analisar cada um dos itens:

O item I está incorreto, pois não há participação da OAB na indicação dos advogados para o TSE ou TREs. Nas
palavras do TSE:

Ac.-STF, de 29.11.1990, no MS nº 21.073 e, de 19.6.1991, no MS nº 21.060: a OAB não


participa do procedimento de indicação de advogados para composição de TRE.

O item II está correto. No primeiro grau de jurisdição, haverá a divisão dos Estados e do Distrito Federal em
Zonas Eleitorais, sendo que um Juiz de Direito (estadual) será nomeado pelo TRE para exercer a jurisdição
eleitoral na respectiva área, sem descurar ou se afastar da jurisdição ordinária. Os juízes federais não
participam dessa divisão.

O item III está incorreto. A função consultiva é exercida pelos TREs e pelo TSE, nunca por juízes de primeiro
grau.

Por fim, o item IV está correto, pois é o que dispõe a súmula nº 18, do TSE:

Súmula TSE 18.

Conquanto investido de poder de polícia, não tem legitimidade o Juiz eleitoral para, de
ofício, instaurar procedimento com a finalidade de impor multa pela veiculação de
propaganda eleitoral em desacordo com a lei 9.504/97.

Lembre-se: o juiz pode mandar retirar a propaganda irregular, porque tem atribuição para isso, mas não
pode instaurar de ofício o procedimento com a finalidade de impor multa.

Desse modo, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

59. (AOCP/TRE-AC - 2015) Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:


a) I. de três juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
II. de três juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
III. de um juiz do Tribuna! Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não
havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
IV. por nomeação, pelo Presidente da República, de quatro juízes dentre seis advogados de notável saber
jurídico e idoneidade morai, indicados pelo Tribunal de Justiça.
b) l. de um ministro, dentre os ativos do Supremo Tribunal de Justiça;
II. de três juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
III. de três juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;

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IV. por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber
jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
c) I. de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de justiça:
II. de dois juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
III. de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não
havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
IV. por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber
jurídico e idoneidade morai, indicados pelo Tribunal de Justiça.
d) I. de um ministro, dentre os ativos do Supremo Tribunal de Justiça;
II. de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
III. de três juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
IV. de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não
havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
V. por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber
jurídico e idoneidade morai, indicados pelo Tribunal de Justiça.
e) l. de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
II. de dois juízes do Tribuna! Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não
havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
III, por nomeação, pelo Presidente da República, de três juízes dentre seis advogados de notável saber
jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

Comentários

A questão requer o conhecimento do art. 120, da CF/88:

Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito
Federal.

§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:

I - mediante eleição, pelo voto secreto:

a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;

b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;

II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito


Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal
Regional Federal respectivo;

III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de
notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

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§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os


desembargadores.

Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

Vejamos os erros das demais alternativas:

I. de três juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;

II. de três juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;

III. de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito
Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal
Regional Federal respectivo;

IV. por nomeação, pelo Presidente da República, de quatro juízes dentre seis advogados de
notável saber jurídico e idoneidade morai, indicados pelo Tribunal de Justiça.

b) l. de um ministro, dentre os ativos do Supremo Tribunal de Justiça;

II. de três juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;

III. de três juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;

IV. por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de
notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

d) I. de um ministro, dentre os ativos do Supremo Tribunal de Justiça;

II. de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;

III. de três juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;

IV. de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito
Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal
Regional Federal respectivo;

V. por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de
notável saber jurídico e idoneidade morai, indicados pelo Tribunal de Justiça.

e) l. de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;

II. de dois juízes do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito
Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal
Regional Federal respectivo;

III, por nomeação, pelo Presidente da República, de três juízes dentre seis advogados de
notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

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60. (AOCP/TRE-AC - 2015) Referente à composição do Tribunal Superior Eleitoral, assinale a alternativa
correta.
a) O TSE é composto, no mínimo, por 3 (três) juízes dentre os Ministros do STF, 2 (dois) juízes dentre os
Ministros do STJ, 2 (dois) juízes dentre 6 (seis) advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, todos
eleitos mediante votação secreta.
b) O TSE é composto, no mínimo, por 3 (três) juízes dentre os Ministros do STF, 2 (dois) juízes dentre os
Ministros do STJ, 2 (dois) juízes dentre 6 (seis) advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, todos
eleitos mediante votação aberta.
c) O TSE é composto, no mínimo, por 3 (três) juízes dentre os Ministros do STF, 2 (dois) juízes dentre os
Ministros do STJ, 2 (dois) juízes dentre 6 (seis) advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, sendo
estes últimos indicados pelo STF.
d) O TSE é composto, no mínimo, por 3 (três) juízes dentre os Ministros do STF, 2 (dois) juízes dentre os
Ministros do STJ, 2 (dois) juízes dentre 6 (seis) advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, sendo
estes últimos indicados pela OAB.
e) O TSE é composto, no mínimo, por 3 (três) juízes dentre os Ministros do STF, 2 (dois) juízes dentre os
Ministros do STJ, 2 (dois) juízes dentre 4 (quatro) membros do Ministério Público Federal, sendo estes
últimos indicados pelo Presidente da República.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois está de acordo com o art. 119, da CF/88:

Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros,


escolhidos:

I - mediante eleição, pelo voto secreto:

a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;

b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;

II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável
saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente


dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os
Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

Vejamos os erros das demais alternativas:

a) O TSE é composto, no mínimo, por 3 (três) juízes dentre os Ministros do STF, 2 (dois)
juízes dentre os Ministros do STJ, 2 (dois) juízes dentre 6 (seis) advogados de notável saber
jurídico e idoneidade moral, todos eleitos mediante votação secreta.

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b) O TSE é composto, no mínimo, por 3 (três) juízes dentre os Ministros do STF, 2 (dois)
juízes dentre os Ministros do STJ, 2 (dois) juízes dentre 6 (seis) advogados de notável saber
jurídico e idoneidade moral, todos eleitos mediante votação aberta.

d) O TSE é composto, no mínimo, por 3 (três) juízes dentre os Ministros do STF, 2 (dois)
juízes dentre os Ministros do STJ, 2 (dois) juízes dentre 6 (seis) advogados de notável saber
jurídico e idoneidade morai, sendo estes últimos indicados pela OAB.

e) O TSE é composto, no mínimo, por 3 (três) juízes dentre os Ministros do STF, 2 (dois)
juízes dentre os Ministros do STJ, 2 (dois) juízes dentre 4 (quatro) membros do Ministério
Público Federal, sendo estes últimos indicados pelo Presidente da República.

61. (MPE-SP/MPE-SP - 2012) Nos termos da Constituição Federal de 1988, são órgãos da Justiça
Eleitoral:
a) O Tribunal Superior Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais, os Juízes e Promotores Eleitorais e as Seções
Eleitorais.
b) O Tribunal Superior Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais, os Juízes Eleitorais, os Cartórios Eleitorais
e as Seções Eleitorais.
c) O Supremo Tribunal Federal, o Tribunal Superior Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais, as Zonas
Eleitorais e as Juntas Eleitorais.
d) O Tribunal Superior Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais, as Zonas Eleitorais e as Juntas Eleitorais.
e) O Tribunal Superior Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais, os Juízes Eleitorais e as Juntas Eleitorais.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. A questão cobra o conhecimento do art. 118, da CF,
que enumera os órgãos da justiça eleitoral.

Só para esclarecer:

 os Cartórios Eleitorais correspondem à divisão administrativa, onde se estrutura a Zona


Eleitoral sob responsabilidade de um juiz eleitoral.

 os Promotores Eleitorais são membros do Ministério Público e não integram


tecnicamente a estrutura do Poder Judiciário.

 as Seções Eleitorais são divisões administrativas onde são instaladas as urnas para
recebimento de votos. Ficam sob a responsabilidade do Presidente da seção e são
administradas pelos mesários.

 as Zonas Eleitorais envolvem a repartição jurisdicional da função eleitoral dentro do


estado, segundo regras de competência territorial.

62. (MPE-SP/MPE-SP - 2015) Julgue o item seguinte:

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A Justiça Eleitoral exerce funções administrativas, normativas, consultivas e jurisdicionais.

Comentários

Está correta a assertiva.

Lembre-se de que:

FUNÇÕES DA JUSTIÇA ELEITORAL

Administrativa Jurisdicional Normativa Consultiva

63. (CS-UFG/AL-GO - 2015) A Justiça Eleitoral é o ramo do Poder Judiciário criado em 1932, responsável
por todos os trabalhos eleitorais – do alistamento à proclamação dos eleitos. Nos termos de sua
organização, composição e competências, a
a) Justiça Eleitoral desempenha, além da função jurisdicional, as funções administrativa, normativa e
consultiva.
b) Justiça Eleitoral não tem magistrados investidos de forma permanente em sua jurisdição, que é exercida
por juízes de direito designados pelo período máximo de 2 (dois) anos.
c) Justiça Eleitoral é especializada em razão da matéria, motivo pelo qual o STF e o STJ não detêm
competência de julgamento em temática eleitoral.
d) Junta Eleitoral é um órgão colegiado da Justiça Eleitoral de duração permanente, com competência
exclusiva e limitada para apuração das eleições.

Comentários

Vejamos cada uma das alternativas:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. São quatro funções atribuídas à Justiça Eleitoral:
jurisdicional, administrativa, normativa e consultiva.

A alternativa B está incorreta, realmente não há investidura permanente de magistrados, porém, não são
todos Juízes de Direito. Como vimos, há juízes, nos tribunais, que provêm do TRF, do STJ e, inclusive, do STF.

Além disso, de acordo com o Código Eleitoral:

Art. 14. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão
obrigatoriamente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos

Logo, os Juízes de TRE e os Min. do TSE poderão ser reconduzidos por dois biênios consecutivos (quatro
anos), e não pelo período máximo de dois anos. Regras semelhantes existem também em relação à

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recondução do juiz eleitoral, na primeira instância. Contudo, a disciplina específica estará dentro dos
respectivos Regimento Internos.

A alternativa C está incorreta. Embora o STJ não tenha competência sobre matéria eleitoral, o STF tem, como
regra, competência para tratar, em última instância, sobre matéria eleitoral que consta do Texto da
Constituição.

A alternativa D está incorreta, pois as Juntas Eleitorais são órgãos temporários, constituídos 60 dias antes
do pleito e dissolvidos com a diplomação dos eleitos.

64. (TJ-MS - 2012) Compete à Justiça Eleitoral processar e julgar:


I. Execução fiscal de multas eleitorais (dívida ativa não tributária).
II. Ações relativas à matéria interna corporis dos partidos políticos.
III. Ao Tribunal Superior Eleitoral, originariamente, o processo e julgamento das ações rescisórias, nos casos
de inelegibilidade, desde que intentada dentro de cento e vinte dias de decisão irrecorrível.
IV. Ações relativas à decretação da perda de mandato por infidelidade partidária.
V. Ações de impugnação de mandato eletivo que tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na
forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé, no prazo de quinze dias, contados da diplomação, instruída
a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
Está(ão) CORRETA(S):
a) Apenas as assertivas I, IV e V.
b) Apenas as assertivas II, IV e V.
c) Apenas as assertivas II, III e IV.
d) Apenas as assertivas I, II, III e IV.
e) Apenas as assertivas I, III, IV e V.

Comentários

O item I está correto. Esse item cobra assunto um pouco mais aprofundado, na medida em que exige
entendimento do STJ acerca da execução das multas eleitorais. Veja a ementa abaixo25:

CONFLITO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO DE ANULAÇÃO DE DÉBITO DECORRENTE DE MULTA


ELEITORAL. ART. 109, I, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, E ART. 367, IV, DA LEI 4.737/65.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ELEITORAL.

1. Nos termos do art. 109, I, da Constituição Federal, estão excluídas da competência da


Justiça Federal as causas sujeitas à Justiça Eleitoral em que a União figurar como
interessada na condição de autora, ré, assistente ou oponente.

25 STJ. CC 46901/PR. Rel. Min. Denise Arruda, 1ªSeção, DJ 27/03/2006.

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2. Por sua vez, o art. 367, IV, do Código Eleitoral, determina que "a cobrança judicial da
dívida será feita por ação executiva na forma prevista para a cobrança da dívida ativa da
Fazenda Pública, correndo a ação perante os juízos eleitorais".

3. Na linha de orientação desta Primeira Seção, considerando a competência da Justiça


Eleitoral para processar e julgar execuções de multas decorrentes de fatos sob sua
jurisdição, infere-se também a competência dessa Justiça Especializada para as ações em
que se pretende a anulação das sanções por ela aplicadas. Precedentes.

4. Conflito conhecido para declarar a competência do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná,


o suscitante.

O Item II está incorreto, a Justiça eleitoral não possui competência para decidir acerca de assuntos interna
corporis dos partidos políticos. Por questões interna corporis você deve compreender questões relacionadas
à organização interna do partido político como pessoa jurídica de direito privado. Por exemplo, questões que
envolvem aquisição de bens pelo partido, contratos de locação etc. são assuntos que não devem ser
processados e julgados na justiça eleitoral, porque a matéria não é eleitoral, é civil!

Vejam a ementa abaixo26:

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. SUPOSTA IRREGULARIDADE NA COMPOSIÇÃO


DE COMISSÃO EXECUTIVA MUNICIPAL DO PARTIDO VERDE. PRELIMINAR. INCOMPETÊNCIA
DA JUSTIÇA ELEITORAL PARA DECIDIR QUESTÃO INTERNA CORPORIS DE PARTIDO
POLÍTICO. ACOLHIMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA NÃO CONHECIDO. A Justiça
Eleitoral é incompetente para apreciar e julgar o mérito de requerimento de anulação de
composição de diretório municipal, quando tais atos não tenham reflexos nas eleições, por
se tratar de matéria interna corporis. Trata-se de litígio a ser dirimido, nos termos da
jurisprudência do e. Tribunal Superior Eleitoral, pela Justiça Estadual Comum. Mandado de
segurança que não se conhece.

O item III está correto, de acordo com a alínea j, inciso I, do art. 22.

Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:

I - Processar e julgar originariamente:

j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro de cento e
vinte dias de decisão irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo até o seu
trânsito em julgado.

O item IV está correto. Tranquilo esse item, não?! É matéria eleitoral, logo, está circunscrita à competência
eleitoral.

26
TRE-PI - RMS: 5279 UNIÃO - PI, Relator: MARIA CÉLIA LIMA LÚCIO, Data de Julgamento: 01/12/2016, Data de Publicação:
DJE - Diário da Justiça Eletrônico, Tomo 251, Data 08/12/2016, Página 6

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O item V está correto. É o que prevê o art. 14, §§ 10 e 11, da CF:

§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze
dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico,
corrupção ou fraude.

§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o


autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.

Portanto, a alternativa E está correta e é gabarito da questão.

65. (IESES/TRE-MA - 2015) Sobre a competência privativa do Tribunal Superior Eleitoral, considere as
afirmações a seguir:
I. Tem por atribuição elaborar seu regimento interno.
II. Propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer dos Territórios.
III. Propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juízes de qualquer Tribunal Eleitoral, indicando a
forma desse aumento.
É correto o que se afirma em:
a) Apenas II e III.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) I, II e III.

Comentários

A questão exige o conhecimento do art. 23, do CE. Trata-se de uma questão fácil que exige apenas a letra de
lei. Vamos analisar cada um dos itens:

O item I está correto, tendo em vista o que prevê o inciso I, do art. 23.

Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior,

I - elaborar o seu regimento interno;

O item II está correto, com base no inciso V, do mesmo artigo.

V - propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer dos Territórios;

O item III também está correto, conforme inciso VI, do art. 23.

VI - propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juízes de qualquer Tribunal


Eleitoral, indicando a forma desse aumento;

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Portanto, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

66. (IESES/TRE-MA - 2015) De acordo com a Lei 4.737/65, compete ao Tribunal Superior Eleitoral
processar e julgar originariamente:
a) O registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de candidatos à
Presidência, vice-presidência da República, Governador e Vice-Governadores.
b) A suspeição ou impedimento dos seus membros, do Procurador Geral e dos funcionários da sua Secretaria.
c) Os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juízes eleitorais de Estados diferentes.
d) Os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos seus próprios juízes e pelos
juízes dos Tribunais Regionais.

Comentários

Essa questão é passível de anulação, pois apresenta duas alternativas incorretas e duas corretas. A banca
apontou a alternativa A como gabarito da questão, todavia, a alternativa A está incorreta.

Além disso, a alternativa D também está incorreta, pois não foi recepcionada. De todo modo, a banca poderia
alegar que a alternativa D aponta o que prevê o Código Eleitoral, porém, mesmo assim a questão deveria
ser, em nosso sentir, anulada. Não é à toa que citamos a legislação eleitoral, ainda que não recepcionada, de
forma tachada!

Vejamos:

A alternativa A está incorreta pelo que prevê o art. 22, I, a.

Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:

I - Processar e julgar ORIGINARIAMENTE:

a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e


de candidatos à PRESIDÊNCIA e VICE-Presidência da República;

Não está na competência do TSE o registro ou o cancelamento de registros para os cargos de Governador e
de vice-Governador. Tal atribuição é conferida ao TRE.

A alternativa B está correta. Pela alínea “c”, do art. 22, inc. I, estabelece-se a competência originária do TSE
para julgar incidências de suspeição e preliminares de impedimento em relação aos respectivos membros,
ao Procurador-Geral e aos funcionários da Secretaria do TSE.

c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao Procurador Geral e aos funcionários


da sua Secretaria;

Além disso, vejam o art. 20, do CE:

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Art. 20. Perante o Tribunal Superior, qualquer interessado poderá arguir a suspeição ou
impedimento dos seus membros, do procurador-geral ou de funcionários de sua Secretaria,
nos casos previstos na Lei Processual Civil ou Penal e por motivo de parcialidade partidária,
mediante o processo previsto em regimento.

A alternativa C também está correta, pois reproduz o art. 22, inciso I, alínea b.

b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juízes eleitorais de Estados


diferentes;

A alternativa D está incorreta, embora tenha sido apontada como correta pela banca. A questão reproduz a
alínea do art. 22, I, do CE, contudo, tal alínea não foi recepcionada, devido à previsão diversa na Constituição
Federal.

d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos seus próprios
juizes e pelos juizes dos Tribunais Regionais;

Vamos analisar o dispositivo com calma! A alínea acima NÃO FOI RECEPCIONADA, em razão do que dispõem
os arts. 102, I, c, e 105, I, a, da CF.

 Art. 102, I, c, da CF:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da


Constituição, cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente:

c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de


Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o
disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas
da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente;(Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 23, de 1999)

 Art. 105, I, a, da CF:

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

I - processar e julgar, originariamente:

a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e


nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do
Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal,
os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho,
os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério
Público da União que oficiem perante tribunais;

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67. (IESES/TRE-MA - 2015) Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham
entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o ____________, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo,
excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por _________.
a) Terceiro grau / primeiro.
b) Quarto grau / primeiro.
c) Terceiro grau / último.
d) Quarto grau / último.

Comentários

Para responder à questão é necessário saber o teor do art. 16, § 1 º, do CE:

§ 1º - Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre si
parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou
ilegítimo, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por último. (Redação dada
pela Lei nº 7.191, de 1984)

Portanto, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

68. (IESES/TRE-MA - 2015) Sobre a composição do Tribunal Superior Eleitoral assinale a alternativa
correta:
a) São integrantes da composição do Tribunal Superior Eleitoral dois juízes dentre seis advogados de notável
saber jurídico e idoneidade moral, por nomeação do Presidente da República, aprovados pelo Senado
Federal e indicados pelo Supremo Tribunal Federal.
b) São integrantes da composição do Tribunal Superior Eleitoral dois juízes dentre seis advogados de notável
saber jurídico e idoneidade moral, por nomeação do Presidente da República, aprovados pelo Congresso
Nacional, e indicados pelo Supremo Tribunal Federal.
c) São integrantes da composição do Tribunal Superior Eleitoral três juízes dentre os ministros do Superior
Tribunal de Justiça.
d) São integrantes da composição do Tribunal Superior Eleitoral dois juízes dentre seis advogados de notável
saber jurídico e idoneidade moral, por nomeação do Presidente da República e indicados pelo Supremo
Tribunal Federal.

Comentários

Vejamos um esquema para ajudar a responder à questão:

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COMPOSIÇÃO DO TSE

indicados pelo STF e


eleitos nomeados pelo
Presidente da República

3 dentre os Min do STF 2 dentre os Min. do STJ 2 advogados

Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Objetivamente, vejamos o erro das demais
alternativas:

a) São integrantes da composição do Tribunal Superior Eleitoral dois juízes, dentre seis
advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, por nomeação do Presidente da
República, aprovados pelo Senado Federal e indicados pelo Supremo Tribunal Federal.
Como visto em aula, são os únicos integrantes de tribunal superior que não dependem de
aprovação do senado federal, pois já passaram pela aprovação em seus cargos de origem.

b) São integrantes da composição do Tribunal Superior Eleitoral dois juízes, dentre seis
advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, por nomeação do Presidente da
República, aprovados pelo Congresso Nacional, e indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

c) São integrantes da composição do Tribunal Superior Eleitoral três juízes dentre os


ministros do Superior Tribunal de Justiça.

69. (MPE-MA/MPE-MA - 2014) Assinale a alternativa correta:


a) O Tribunal Superior Eleitoral será composto no mínimo de três Ministros do Supremo Tribunal Federal,
dois Ministros do Superior Tribunal de Justiça e dois advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral;
b) O cargo de Corregedor Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral será ocupado mediante eleição dentre um
dos ministros do Supremo Tribunal Federal;
c) Os advogados que integrarão o Tribunal Superior Eleitoral serão escolhidos pelo Presidente da República
através de lista tríplice eleita pelo Supremo Tribunal Federal, após receber lista sêxtupla da Ordem dos
Advogados do Brasil;
d) Segundo a Constituição, o cargo de Corregedor Eleitoral nos Tribunais Regionais Eleitorais é privativa dos
membros desembargadores;
e) Os Tribunais Regionais Eleitorais serão compostos de dois desembargadores do Tribunal de Justiça, um
juiz Federal, dois juízes de direito e dois advogados nomeados pelo Governador do Estado.

Comentários

A questão exige o conhecimento do art. 119, da CF:

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Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros,


escolhidos:

I - mediante eleição, pelo voto secreto:

a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;

b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;

II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável
saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente


dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os
Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

Portanto, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o erro das demais alternativas:

b) O cargo de Corregedor Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral será ocupado mediante


eleição dentre um dos ministros do Supremo Tribunal Federal;

O cargo de Corregedor-Geral eleitoral será ocupado por um dos membros do STJ.

c) Os advogados que integrarão o Tribunal Superior Eleitoral serão escolhidos pelo


Presidente da República através de lista tríplice eleita pelo Supremo Tribunal Federal, após
receber lista sêxtupla da Ordem dos Advogados do Brasil;

Não há previsão nesse sentido. Os advogados serão nomeados pelo Presidente da República e indicados pelo
STF. Não haverá participação da OAB.

d) Segundo a Constituição, o cargo de Corregedor Eleitoral nos Tribunais Regionais


Eleitorais é privativa dos membros desembargadores;

Não há previsão nesse sentido. São privativos de desembargadores os cargos de Presidente e de vice-
Presidente dos respectivos tribunais.

e) Os Tribunais Regionais Eleitorais serão compostos de dois desembargadores do Tribunal


de Justiça, um juiz Federal, dois juízes de direito e dois advogados nomeados pelo
Governador do Estado.

Totalmente incorreta, a nomeação se dá pelo Presidente da República!

70. (FUNDATEC/ALE-RS - 2018) Compete ao Tribunal Superior eleitoral processar e julgar


originariamente:

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I. O registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de candidatos à
Presidência e vice-presidência da República.
II. Os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juízes eleitorais dos Estados.
III. A suspeição ou impedimento aos seus membros, ao Procurador Geral e aos funcionários da sua
Secretaria.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

Comentários

A questão exige o conhecimento do art. 22, I, do Código Eleitoral:

Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:

I - Processar e julgar originariamente:

a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e


de candidatos à Presidência e vice-presidência da República;

b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juízes eleitorais de Estados


diferentes;

c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao Procurador Geral e aos funcionários


da sua Secretaria;

Dessa forma, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

71. (FUNRIO/ALE-RR - 2018) Sobre o Código Eleitoral, é CORRETO afirmar que os/o
a) juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por três anos, e nunca
por mais de dois triênios consecutivos.
b) Tribunal Superior Eleitoral elegerá para seu presidente um dos ministros do Superior Tribunal de Justiça,
cabendo ao outro a vice-presidência, e para Corregedor Geral da Justiça Eleitoral, um dos seus membros.
c) o eleitor que não votar e não pagar a multa, se encontrar fora de sua zona e necessitar documento de
quitação com a Justiça Eleitoral, poderá efetuar o pagamento perante o Juízo da zona em que estiver.
d) Tribunais Regionais deliberam por maioria absoluta de votos, em sessão pública, com a presença da
maioria simples de seus membros.

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A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 14, do CE, os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo
justificado, servirão obrigatoriamente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.

A alternativa B está incorreta. O art. 17, do Código Eleitoral estabelece que o Tribunal Superior Eleitoral
elegerá para seu presidente um dos ministros do Supremo Tribunal Federal, cabendo ao outro a vice-
presidência, e para Corregedor Geral da Justiça Eleitoral um dos membros oriundos do Superior Tribunal de
Justiça.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 11, do CE:

Art. 11. O eleitor que não votar e não pagar a multa, se se encontrar fora de sua zona e
necessitar documento de quitação com a Justiça Eleitoral, poderá efetuar o pagamento
perante o Juízo da zona em que estiver.

A alternativa D está incorreta. Com base no art. 19, do Código Eleitoral, o Tribunal Superior delibera por
maioria de votos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus membros.

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LISTA DE QUESTÕES

FCC

1. (FCC/ALE-SE - 2018) Quanto ao Tribunal Superior Eleitoral, o Código Eleitoral dispõe que
a) quatro de seus membros são ministros do Supremo Tribunal Federal.
b) não podem dele fazer parte cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o
quarto grau, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por último.
c) não podem fazer parte dele cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o
sexto grau.
d) dois de seus membros são desembargadores do Tribunal de Justiça.
e) elegerá para seu presidente um de seus membros, dentre os ministros oriundos do Supremo Tribunal
Federal e do Superior Tribunal de Justiça.
2. (FCC/TJ-SC - 2017) O Código Eleitoral impede de servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou
como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a
cargo eletivo registrado na circunscrição. Esse impedimento alcança
a) do início da campanha eleitoral até a apuração final da eleição.
b) apenas os feitos decorrentes do processo eleitoral em que seja interessado o respectivo candidato ou o
partido político em que está filiado.
c) do início da campanha eleitoral até a apuração final da eleição e os feitos decorrentes do processo eleitoral
em que seja interessado o respectivo candidato.
d) da homologação da respectiva convenção partidária até a diplomação e os feitos decorrentes do processo
eleitoral.
e) da homologação da respectiva convenção partidária até a apuração final da eleição.

3. (FCC/TRE-SP - 2017) Kiara é Ministra do Tribunal Superior Eleitoral. Glauber, parente por afinidade
de Kiara em segundo grau, é cidadão brasileiro, advogado há 15 anos, possui notável saber jurídico e
idoneidade moral e deseja compor o mesmo Tribunal que Kiara integra. Considerando as informações
apenas indicadas neste enunciado, de acordo com o Código Eleitoral, Glauber
a) poderá fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral, por nomeação do Presidente da República, desde que
indicado pelo Supremo Tribunal Federal.
b) não poderá fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral em razão do parentesco que possui com Kiara.
c) poderá fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral, por nomeação do Presidente da República, desde que
indicado pelo Superior Tribunal de Justiça.
d) não poderá fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral, pois este é composto apenas por Ministros do
Supremo Tribunal Federal e por membros do Superior Tribunal de Justiça.

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e) poderá fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral, pois não podem fazer parte deste Tribunal apenas os
cidadãos que tenham entre si parentesco por consanguinidade até o segundo grau na linha reta.

4. (FCC/TRE-SP - 2017) A Justiça Eleitoral é sui generis, na medida em que, além do exercício da função
jurisdicional, é dotada da função administrativa, da função normativa e da função consultiva. Sobre as
funções da Justiça Eleitoral,
a) a função normativa permite a edição de atos normativos de caráter geral e abstrato com vistas a dar
execução ao Código Eleitoral.
b) a função administrativa autoriza que a Justiça Eleitoral atue apenas na gestão de seu corpo de funcionários
e defina suas regras de funcionamento, tais como atendimento ao público nas zonas eleitorais.
c) a função consultiva permite que a Justiça Eleitoral responda, em caráter abstrato e fora do período
eleitoral, a perguntas formuladas por qualquer interessado relacionadas à aplicação da lei eleitoral.
d) as respostas a Consultas formuladas perante o Tribunal Superior Eleitoral − TSE resultam em ato
normativo, em tese, sem efeitos concretos, podendo ser invocadas, em reclamação, no caso de uma decisão
de juiz eleitoral de primeira instância estar em desacordo com o teor da resposta à Consulta.
e) a função normativa autoriza o juiz eleitoral a promover o alistamento dos eleitores, a expedição de títulos
eleitorais e a designação dos locais de votação.

5. (FCC/TRE-SP - 2017) Roseli, acadêmica de Direito, estudando a competência da Justiça Eleitoral


para a avaliação da faculdade, aprendeu que, de acordo com o Código Eleitoral, compete,
exemplificativamente, ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar originariamente
a) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e Juízes Eleitorais de Estados diferentes e os crimes
eleitorais cometidos pelos Juízes Eleitorais.
b) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro do prazo de cento e vinte dias
de decisão irrecorrível e os crimes eleitorais cometidos pelos Juízes Eleitorais.
c) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e Juízes Eleitorais de Estados diferentes e a suspeição
ou impedimento aos seus membros, ao Procurador-Geral e aos funcionários da sua Secretaria.
d) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao Procurador-Geral e aos funcionários da sua Secretaria
e a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro do prazo de dois anos de decisão
irrecorrível.
e) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro do prazo de dois anos de
decisão irrecorrível e os crimes eleitorais cometidos pelos Juízes Eleitorais.

6. (FCC/Câm. Municipal de São Paulo-SP - 2014) A respeito da Justiça Eleitoral, é correto afirmar que
a) dela fazem parte as Juntas Eleitorais, posto que exercem jurisdição eleitoral.
b) são irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral que denegarem habeas corpus ou mandado de
segurança.
c) o Presidente do Tribunal Superior Eleitoral será o Ministro do Supremo Tribunal Federal mais antigo.
d) os Juízes de Direito que integram os Tribunais Regionais serão nomeados pelo Presidente da República.
e) os Juízes dos Tribunais Regionais servirão por quatro anos, vedada a recondução.

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7. (FCC/TRE-RN - 2011) Peculiaridade da Justiça Eleitoral é a prerrogativa normativa conferida ao


Tribunal Superior Eleitoral. Em relação a tal função, é correto afirmar que o TSE exerce função de
a) legislador primário, com a possibilidade de inovar na ordem jurídica, e que, no que tange ao pleito
eleitoral, há limitação temporal para o exercício de referido poder normativo, sendo o dia 05 de março do
ano da eleição seu termo final.
b) natureza secundária, regulamentar somente, cabendo-lhe expedir as instruções necessárias à fiel
execução da lei eleitoral. Considerando que a prerrogativa do TSE é meramente regulamentar, não há
limitação temporal para o exercício de referida função em relação ao pleito eleitoral.
c) legislador primário, com a possibilidade de inovar na ordem jurídica. Considerando a natureza de tal
função, não há limitação temporal para seu exercício em relação ao pleito eleitoral.
d) natureza secundária, regulamentar somente, cabendo-lhe expedir as instruções necessárias à fiel
execução da lei eleitoral. No que tange ao pleito eleitoral, há limitação temporal para o exercício pelo TSE
de referido poder normativo, sendo possível exercê-lo até o dia 05 de março do ano da eleição.
e) legislador primário, inovando na ordem jurídica, com a função regulamentar, cabendo-lhe, neste último
caso, expedir as instruções necessárias à fiel execução da lei eleitoral. Em relação a esta última prerrogativa,
há limitação temporal correspondendo o dia 05 de março do ano da eleição, ao termo final.

8. (FCC/TRE-TO - 2011) Os juízes dos Tribunais Regionais Eleitorais


a) servirão, salvo motivo justificado, por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.
b) são vitalícios e servirão, independentemente de mandato, até completarem setenta anos, ocasião em que
serão aposentados compulsoriamente.
c) servirão sempre por quatro anos, no mínimo, não podendo, porém, os respectivos mandatos alcançarem
mais de duas eleições.
d) poderão ser livremente exonerados por ato do Presidente da República, após o encerramento de cada
período eleitoral e o julgamento de todos os recursos a este relacionados.
e) serão, em sua totalidade, nomeados pelo Presidente da República entre cidadãos de notável saber
jurídico, após arguição, em audiências públicas distintas, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

9. (FCC/TJ-AL - 2015) NÃO cabe ao Tribunal Superior Eleitoral


a) promover, mesmo em ano eleitoral, propaganda institucional, em rádio e televisão, destinada a incentivar
a igualdade de gênero e a participação feminina na política.
b) requisitar força federal necessária ao cumprimento de decisão proferida por Tribunal Regional Eleitoral.
c) apresentar projeto de lei ao Congresso Nacional que aumente o número dos membros de Tribunal
Regional Eleitoral.
d) exercer, em caráter privativo, a competência para regulamentar as disposições da legislação eleitoral.
e) colocar à disposição dos eleitores urnas eletrônicas destinadas a treinamento.

10. (FCC/TRE-PR - 2012) Julgue o item a seguir.


Processar e julgar originariamente o registro e a cassação de registro de candidato a Senador, Deputado
Federal e Deputado Estadual compete ao Tribunal Superior Eleitoral, ao Tribunal Superior Eleitoral e aos
Tribunais Regionais Eleitorais, respectivamente.

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11. (FCC/TRE-PR - 2012) Julgue o item a seguir.


Paulo é membro do Ministério Público Estadual. Em razão do seu cargo, não poderá vir a integrar o Tribunal
Superior Eleitoral, nem o Tribunal Regional Eleitoral do respectivo Estado.

12. (FCC/TRE-PE - 2011) Julgue o item a seguir


O Tribunal Superior Eleitoral elegerá o Corregedor Geral Eleitoral entre os Ministros do Superior Tribunal de
Justiça que integram a sua composição.

13. (FCC/TJ-RR - 2015) Considere as seguintes afirmativas:


I. O Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal Superior Eleitoral são eleitos dentre os Ministros do Supremo
Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os demais membros da Corte.
II. Não podem integrar o Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por
afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo, excluindo-se neste caso o que tiver sido
escolhido por último.
III. Os provimentos emanados da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral vinculam os Corregedores Regionais,
que lhes devem dar imediato e preciso cumprimento.
IV. Os juízes afastados por motivo de licença de suas funções na Justiça Comum não ficam automaticamente
afastados da Justiça Eleitoral no mesmo período.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) I e III.
c) I e II.
d) II e IV.
e) II e III.

14. (FCC/TRE-RR - 2015) A respeito da competência dos órgãos da Justiça Eleitoral, considere:
I. Aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juízes dos Tribunais Regionais Eleitorais.
II. Processar e julgar originariamente os crimes eleitorais cometidos pelos Juízes Eleitorais.
III. Aprovar a divisão dos Estados em Zonas Eleitorais.
Compete ao Tribunal Superior Eleitoral o indicado APENAS em
a) I e III.
b) II.
c) II e III.
d) I
e) I e II.

15. (FCC/MPE-PE - 2014) Considere as seguintes afirmativas.


I. Não é incompatível com a advocacia o exercício do cargo de Ministro do Tribunal Superior Eleitoral pelos
advogados nomeados, nos termos da Constituição, pelo Presidente da República.

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II. É cabível que nomeação para o cargo de Ministro do Tribunal Superior Eleitoral, em vaga reservada a
advogado, recaia sobre cidadão que ocupe cargo público municipal de que seja demissível ad nutum.
III. No âmbito dos Tribunais Regionais Eleitorais, cabe ao Presidente da República nomear dois juízes dentre
seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça do Estado,
desde que tenham mais de dez anos de efetiva atividade profissional.
IV. O Tribunal Superior Eleitoral deve eleger seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do
Supremo Tribunal Federal que o integram, e o Corregedor Eleitoral dentre os demais membros da Corte.
Está correto o que se afirma em
a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III.
e) II e IV.

16. (FCC/TRE-SE - 2015) A respeito dos Órgãos da Justiça Eleitoral, é correto afirmar que os
a) Ministros do Supremo Tribunal Federal devem ser eleitos para integrar qualquer Tribunal Regional
Eleitoral.
b) Ministros do Superior Tribunal de Justiça devem ser escolhidos para integrar o Tribunal Superior Eleitoral.
c) Advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral só devem ser indicados para integrar os Tribunais
Regionais Eleitorais.
d) Juízes do Tribunal Regional Federal devem ser escolhidos para integrar o Tribunal Superior Eleitoral.
e) Desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados devem ser eleitos para integrar o Tribunal Superior
Eleitoral.

17. (FCC/TRE-SE - 2015) Um dos juízes do Tribunal Regional Eleitoral de um dos Estados da Federação
cometeu crime comum. O processo e o julgamento desse delito compete originariamente ao
a) Tribunal Superior Eleitoral.
b) Superior Tribunal de Justiça.
c) Supremo Tribunal Federal.
d) Tribunal Regional Eleitoral a que pertence.
e) Tribunal Regional Eleitoral mais próximo.

18. (FCC/TRE-PB - 2015) O Tribunal Superior Eleitoral foi assim constituído: três juízes dentre os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, escolhidos mediante eleição e pelo voto secreto; dois juízes dentre
os Ministros do Superior Tribunal de Justiça, escolhidos mediante eleição e pelo voto secreto; dois juízes
dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal
Federal e nomeados pelo Presidente da República. Essa composição está
a) incorreta, porque são dois os Ministros do Supremo Tribunal Federal que podem integrar o Tribunal.
b) incorreta, porque apenas um juiz oriundo da classe dos advogados pode integrar o Tribunal.

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c) correta, porque atende às normas legais pertinentes constantes da Constituição Federal brasileira.
d) incorreta, porque os juízes oriundos da classe dos advogados não dependem de nomeação e são eleitos
pelo Supremo Tribunal Federal.
e) incorreta, porque dois juízes oriundos do Ministério Público Eleitoral devem integrar o Tribunal.

19. (FCC/TRE-PB - 2015) A respeito dos Órgãos da Justiça Eleitoral, considere:


I. O registro do diretório estadual de partido compete ao Tribunal Superior Eleitoral, tendo em vista o caráter
nacional dos partidos políticos.
II. Os Tribunais Regionais Eleitorais deliberam por maioria de votos, em sessão pública, com a presença da
maioria de seus membros.
III. Compete ao Tribunal Superior Eleitoral aprovar a divisão dos Estados em Zonas Eleitorais ou a criação de
novas Zonas.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II.
b) I e II.
c) I e III.
d) I.
e) II e III

20. (FCC/TRE-PE - 2011) O Tribunal Superior Eleitoral


a) será presidido pelo juiz mais antigo, independentemente da forma de investidura.
b) elegerá o Corregedor Geral Eleitoral entre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça que integram a sua
composição.
c) contará na sua composição com três advogados eleitos pelo Supremo Tribunal Federal.
d) deliberará sempre por maioria de votos, com a presença de todos os seus membros
e) compõe-se de sete juízes, todos vitalícios, os quais só deixam o cargo por aposentadoria ou sentença
transitada em julgado.

21. (FCC/TRE-PR - 2012) Compete ao Tribunal Superior Eleitoral


a) julgar os recursos interpostos das decisões dos Juízes Eleitorais que concederem ou negarem habeas
corpus.
b) elaborar o regimento interno dos Tribunais Regionais Eleitorais.
c) expedir instruções aos órgãos do Ministério Público junto aos Tribunais Regionais Eleitorais.
d) processar e julgar originariamente a suspeição ou impedimento aos seus próprios membros.
e) constituir as Juntas Eleitorais bem como designar a respectiva sede e jurisdição.

22. (FCC/TRE-CE - 2012) Responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese,
por autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional de partido político e aprovar a divisão dos Estados
em Zonas Eleitorais incluem-se dentre as atribuições

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a) dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Tribunal Superior Eleitoral, respectivamente.


b) dos Tribunais Regionais Eleitorais.
c) do Tribunal Superior Eleitoral e dos Tribunais Regionais Eleitorais, respectivamente.
d) do Tribunal Superior Eleitoral.
e) dos Tribunais Regionais Eleitorais e das Juntas Eleitorais, respectivamente.

23. (FCC/TRE-TO - 2011) A requisição de força federal necessária ao cumprimento de decisão do


Tribunal Regional Eleitoral compete ao
a) próprio Tribunal Regional Eleitoral.
b) Tribunal Superior Eleitoral.
c) Presidente do respectivo Tribunal Regional Eleitoral.
d) Governador do respectivo Estado.
e) Procurador Regional Eleitoral.

CESPE

24. (CESPE/TJ-PR - 2019) A respeito da organização judiciária eleitoral, assinale a opção correta.
a) A composição do TSE é diferenciada, com previsão de integrantes provenientes da magistratura, da
advocacia e do Ministério Público.
b) A legislação garante vitaliciedade e inamovibilidade aos juízes dos tribunais eleitorais.
c) É vedada a nomeação, para o TSE, de cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade,
até o quarto grau.
d) É vedada a nomeação, para o TSE, de cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum
ou de diretor, proprietário ou sócio de empresa.

25. (CESPE/TRE-PE - 2017) Segundo a CF, são órgãos da justiça eleitoral


a) as zonas eleitorais.
b) os cartórios eleitorais.
c) os juízes eleitorais.
d) os colégios eleitorais.
e) as mesas eleitorais.

26. (CESPE/TRE-PI - 2017) No que se refere ao Poder Judiciário na ordem jurídica constitucional,
assinale a opção correta.
a) Cabe recurso contra decisão proferida por tribunal regional eleitoral que conceda mandado de segurança,
o qual deve ser dirigido ao Tribunal Superior Eleitoral.
b) Cabe ao presidente da República nomear dois juízes, entre seis advogados indicados pela Ordem dos
Advogados do Brasil, para a composição dos Tribunais Regionais Eleitorais.

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c) O presidente de determinado tribunal que praticar ato comissivo ou omissivo que retarde a liquidação
regular de precatório, incorrerá em infração funcional, a qual não poderá ser apurada pelo Conselho Nacional
de Justiça, por ser a apuração de competência privativa da corregedoria do tribunal.
d) Cabe ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar originariamente conflitos de competência entre o
Tribunal Superior Eleitoral e tribunal regional eleitoral.
e) No exercício de sua competência correicional, o Conselho Nacional de Justiça pode apreciar reclamações
contra membros do Poder Judiciário bem como aplicar as correspondentes sanções, mesmo quando a
corregedoria do tribunal tiver absolvido o magistrado pelo ato.

27. (CESPE/TRE-MT - 2015) Considerando os aspectos normativos e doutrinários que regem a matéria
eleitoral, assinale a opção correta.
a) A doutrina mais aceita quanto à classificação das infrações previstas no CE os classifica com base nas várias
fases do processo eletivo, como a do alistamento eleitoral e partidário, a da propaganda eleitoral, a da
votação, a do funcionamento do serviço eleitoral e a da apuração de votos.
b) Conforme o CE, cada partido poderá nomear, perante o juízo eleitoral, de um a cinco delegados em cada
zona eleitoral e, perante os preparadores, até dois delegados, que assinam e fiscalizam os seus atos.
c) Serão recebidos requerimentos de inscrição ou de transferência eleitoral nos trinta dias anteriores à data
de eleição.
d) O número de candidatos que serão diplomados é determinado pela legislação eleitoral; no caso de pleitos
proporcionais, por exemplo, diploma-se o titular e dez suplentes.
e) Conforme disposição constitucional, o TRE compõe-se, no máximo, por sete membros, escolhidos
mediante eleição, pelo voto secreto, sendo três ministros do STF e três juízes entre os ministros do STJ.

28. (CESPE/TRE-PR - 2009) Acerca dos órgãos que compõem a justiça eleitoral brasileira, julgue os itens
a seguir.
As zonas eleitorais correspondem à menor fração territorial dentro da circunscrição judiciária eleitoral.

29. (CESPE/TRE-BA - 2010) Quanto aos órgãos da justiça eleitoral, julgue os itens seguintes.
As juntas eleitorais não são consideradas órgãos da justiça eleitoral, constituindo-se em mera divisão
regional realizada pelo juiz que a preside.

30. (CESPE/TRE-RS - 2015) Quando se trata de direito, os primeiros desafios que enfrentam os seus
operadores e estudiosos são as questões relacionadas às fontes e aos princípios utilizados para que o juiz
tenha condições de decidir sobre quaisquer matérias que lhe forem propostas. Em se tratando de matéria
relacionada mais especificamente a direito eleitoral, também não é pequeno o esforço que se faz para
deixar claro à sociedade as funções precípuas que exerce a justiça eleitoral.
Com relação a esse assunto, assinale a opção correta.
a) As resoluções do TSE, por tratarem de legislação mais específica, devem prevalecer sobre quaisquer das
demais fontes do direito eleitoral, em se tratando de matérias relacionadas às eleições.
b) O princípio da anterioridade tem como escopo proteger o processo eleitoral, garantindo que qualquer lei
que altere esse processo somente entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição
seguinte à data de sua vigência.

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c) Os juízes eleitorais são órgãos da justiça eleitoral, juntamente com as juntas eleitorais, os tribunais
regionais eleitorais e o TSE.
d) A transferência de domicílio do eleitor, a adoção de medidas para coibir a prática de propaganda eleitoral
irregular e a emissão de segunda via do título eleitoral são exemplos de funções judiciárias da justiça eleitoral
que devem ser apreciadas por juiz eleitoral e, na ausência deste, por um juiz da respectiva seccional.
e) As fontes do direito eleitoral têm como objetivo principal assegurar que não haja mudanças no
ordenamento jurídico, mantendo-o estático, como deveria ser desde o princípio, pois se exige, cada vez mais,
um ambiente legislativo seguro e simplificado.

31. (CESPE/TRE-RS - 2015) Para que os governos se sucedam pacificamente, deve ser racionalmente
estruturada uma técnica que assegure a normal apuração da vontade popular, com rigorosa probidade.
Três sistemas se apresentam para realizar essa operação: o da verificação de poderes, a cargo dos órgãos
legislativos; o sistema eclético de um tribunal misto, com composição dúplice — política e jurisdicional; e
o do controle por um tribunal eleitoral, tipicamente judiciário.
Fávila Ribeiro. Direito eleitoral. Rio de Janeiro: Forense, 1997.
A partir dessas informações, é correto afirmar que, no caso brasileiro,
a) vigora o sistema eclético de um tribunal misto, com composição dúplice, política e jurisdicional.
b) é facultada aos tribunais eleitorais a subdivisão em câmaras ou turmas, para deliberação de caráter
administrativo, normativo ou jurisdicional.
c) para o bom cumprimento de suas finalidades, é competência da justiça eleitoral impugnar o registro de
candidatos.
d) são competências da justiça eleitoral, entre outras: o registro e a cassação dos partidos, bem como a
fiscalização de suas atividades financeiras; a organização do processo eleitoral; e o fornecimento de
transporte e alimentação para eleitores das áreas rurais.
e) a justiça eleitoral dispõe de um quadro misto de magistrados: uma parte integra um quadro próprio
permanente, enquanto a outra é originada, periodicamente, de outros órgãos judiciários.

32. (CESPE/TJ-MA - 2013) Considerando a composição e o funcionamento dos órgãos da justiça


eleitoral, julgue o item a seguir.
Os membros do TSE devem ser magistrados ou integrantes do MP.

33. (CESPE/TRE-MS - 2013) A respeito da composição de competências e atribuições dos órgãos da


justiça eleitoral, julgue o item subsequente.
Compete privativamente ao TSE responder às consultas sobre matéria eleitoral que lhe forem feitas, em
tese, por autoridade pública ou partido político.

34. (CESPE/TRE-MS - 2013) A respeito da composição de competências e atribuições dos órgãos da


justiça eleitoral, julgue o item subsequente.
O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), eleito entre os ministros do Supremo Tribunal Federal
(STF), exerce a função de corregedor-geral eleitoral.
35. (CESPE/TRE-MS - 2013) Julgue os itens acerca da organização e competência da justiça eleitoral.

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Compete ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) processar e julgar originariamente os crimes eleitorais e os
comuns a eles conexos, cometidos pelos seus próprios ministros e pelos juízes dos tribunais regionais.

36. (CESPE/TRE-RJ - 2012) A respeito dos órgãos da justiça eleitoral, julgue os itens subsequentes.
A presidência do TSE cabe a todos os ministros do tribunal, que se revezam no cargo.

37. (CESPE/TRE-ES - 2011) Julgue os itens seguintes, referentes à composição e às atribuições do


Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Um vereador que seja advogado não pode ser nomeado ministro do TSE para uma das vagas destinadas a
tais profissionais.

38. (CESPE/TRE-ES - 2011) Julgue os itens seguintes, relativos às competências e atribuições dos juízes
eleitorais, dos tribunais regionais eleitorais (TREs) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Compete, privativamente, ao TSE autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras nos estados em
que essa providência for solicitada pelo tribunal regional respectivo.

39. (CESPE/TRE-BA - 2010) Quanto aos órgãos da justiça eleitoral, julgue os itens seguintes.
A aprovação do afastamento de juízes dos tribunais regionais eleitorais é de competência do TSE.

40. (CESPE/TRE-GO - 2015) Em relação ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, julgue os itens
subsequentes.
Das decisões do Tribunal Superior Eleitoral que negarem habeas corpus e mandado de segurança cabe
recurso ao Supremo Tribunal Federal.

41. (CESPE/TRE-GO - 2015) Acerca do alistamento eleitoral e da organização da justiça eleitoral, julgue
os próximos itens.
O Tribunal Superior Eleitoral compõe-se de, no mínimo, sete membros, entre os quais estão dois
representantes do Ministério Público Federal.

42. (CESPE/TRE-GO - 2015) A respeito dos direitos políticos e da composição dos órgãos da justiça
eleitoral, julgue os seguintes itens.
Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, dada a necessidade de resguardar a segurança
jurídica, as decisões do Tribunal Superior Eleitoral que, no curso de pleito eleitoral, impliquem mudança de
jurisprudência não terão aplicabilidade imediata a caso concreto, de modo que somente terão eficácia sobre
outros casos, no pleito eleitoral subsequente.

43. (CESPE/TJ-DF - 2014) Com relação à composição do TSE, determinada pela CF, assinale a opção
correta.
a) A vice-presidência do TSE deve ficar a cargo de ministro que tenha sido nomeado a partir de lista sêxtupla
de advogados encaminhada ao colegiado.
b) O vice-presidente do TSE pode acumular a função de corregedor eleitoral, eleito pelo voto secreto,
durante um único biênio.
c) Os advogados serão nomeados pelo presidente da República, escolhidos entre seis nomes de notável saber
jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Conselho Federal da OAB.

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d) A presidência do TSE deve ser exercida por um dos cinco ministros oriundos dos tribunais superiores,
eleito pelo voto secreto e colegiado para um único biênio.
e) O texto constitucional fixou em sete o número mínimo de ministros que devem compor o TSE, mas não
estabeleceu um número exato de ministros para esse colegiado.

44. (CESPE/TJ-RN - 2013) A respeito da composição e do funcionamento da justiça eleitoral, assinale a


opção correta.
a) A perda de diploma pode ser decidida ainda que estejam ausentes integrantes do TSE, desde que as
ausências sejam justificadas.
b) Qualquer interessado pode arguir a suspeição de ministro do TSE por parcialidade partidária.
c) Dado o princípio do quinto constitucional, é assegurado ao MP o cargo de ministro corregedor do TSE.
d) O Presidente do TSE será eleito entre todos os sete membros que compõe o órgão eleitoral.
e) Advogado ocupante de cargo comissionado pode ser ministro do TSE, desde que indicado pela Ordem dos
Advogados do Brasil.

45. (CESPE/TRE-MT - 2015) Acerca dos órgãos da justiça eleitoral, assinale a opção correta.
a) Deve haver, em cada estado e no Distrito Federal, um tribunal regional eleitoral (TRE), formado por sete
membros, sendo dois deles advogados indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil e nomeados pelo
governador do respectivo estado.
b) Caso ocorra conflito de jurisdição entre tribunais regionais e juízes eleitorais de estados diferentes, o
processamento e o julgamento desse conflito caberão originariamente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
c) A jurisdição de cada uma das zonas eleitorais deve ser atribuída a um juiz eleitoral da circunscrição,
responsável por constituir as juntas, que são divididas em zonas eleitorais.
d) As juntas eleitorais, compostas de um juiz eleitoral e de dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade,
têm a atribuição de expedir títulos eleitorais e conceder transferências de eleitor.
e) Em princípio, as decisões dos tribunais regionais eleitorais são irrecorríveis, mas admite-se recurso,
excepcionalmente, caso a decisão seja contrária a dispositivo expresso na CF e em lei federal.

46. (CESPE/TRE-TO - 2017) Das decisões dos tribunais regionais eleitorais


a) caberá recurso em caso de declaração de inconstitucionalidade realizada em ação direta de
inconstitucionalidade.
b) não caberá recurso, uma vez que o TRE é tribunal de única instância.
c) caberá recurso caso decretem a perda de mandatos eletivos estaduais.
d) não caberá recurso no caso de divergência na interpretação de lei entre dois tribunais eleitorais.
e) não caberá recurso, exceto no caso da discussão sobre inelegibilidade.

47. (CESPE/TRE-TO - 2017) A principal função da justiça eleitoral é garantir


a) o respeito à soberania popular e à cidadania.
b) a classificação das informações de ordem estatal.
c) a auditoria das contas públicas.

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d) o cumprimento dos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da


eficiência.
e) a guarda da Constituição Federal.

48. (CESPE/TRE-TO - 2017) De acordo com o Código Eleitoral, são órgãos integrantes da justiça eleitoral
a) os juízes eleitorais e os delegados partidários.
b) as juntas eleitorais e os delegados partidários.
c) o TSE e os delegados partidários.
d) o TSE e os tribunais regionais federais.
e) os juízes eleitorais e as juntas eleitorais.

49. (CESPE/TRE-TO - 2017) A respeito das previsões contidas nas leis eleitorais, que visam garantir a
celeridade específica do direito eleitoral, assinale a opção correta.
a) Os processos eleitorais têm prioridade de tramitação, com preferência sobre habeas corpus e mandados
de segurança originários da justiça comum.
b) São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), salvo as que contrariem a Constituição
Federal e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança.
c) O prazo para a interposição de recursos eleitorais é de três dias, exclusivamente com efeito devolutivo, e
inexiste a abertura de prazo para a apresentação de contrarrazões a eles.
d) Não há a garantia de vitaliciedade aos juízes dos tribunais eleitorais, que servirão por dois anos, no
máximo, e nunca por mais de uma investidura.
e) É de dois anos o prazo para o trâmite de processo eleitoral que possa resultar em perda de mandato.

VUNESP

50. (VUNESP/TJRS - 2018) A Justiça Eleitoral, diferentemente dos demais órgãos judiciais, pode exercer
a função consultiva que
a) resulta na expedição de instruções para fiel execução da lei eleitoral, ouvidos, previamente, os delegados
ou representantes dos partidos políticos.
b) consiste em preparar, organizar e administrar todo o processo eleitoral, desde a fase do alistamento até
a diplomação dos eleitos.
c) ocorre de ofício ou mediante provocação por órgão nacional, estadual ou municipal de partido político,
ou pelo Procurador Geral da República.
d) se realiza por meio do Tribunal Superior Eleitoral, dos Tribunais Regionais Eleitorais e dos Juízes Eleitorais.
e) consiste em responder, fundamentadamente, mas sem força vinculante, a consultas em matéria eleitoral,
por meio do Tribunal Superior Eleitoral e dos Tribunais Regionais Eleitorais.

51. (VUNESP/PC-BA - 2018) O Poder Judiciário é um dos poderes constituídos da República Federativa
do Brasil, cujo regime jurídico vem tratado nos artigos 92 e seguintes da Constituição Federal e assevera
que

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a) os servidores receberão delegação para a prática de atos de mero expediente sem caráter decisório.
b) a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas nos juízos de duplo grau de
jurisdição e tribunais superiores, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes
em plantão permanente.
c) todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e as decisões judiciais
fundamentadas, quando necessário.
d) a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição, salvo se o jurisdicionado assim
não o requerer.
e) pelo voto da maioria simples dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

CONSULPLAN

52. (CONSULPLAN/TRE-RJ - 2017) A Constituição da República Federativa do Brasil estabelece a


composição do Tribunal Superior Eleitoral. Sobre o tema, assinale alternativa INCORRETA.
a) Terá três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal.
b) Terá dois juízes dentre os ministros do Supremo Tribunal de Justiça.
c) Terá dois juízes advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral.
d) Terá um membro do Ministério Público, indicado pelo Procurador Geral da República.

53. (CONSULPLAN/TRE-MG - 2015) A Justiça Eleitoral é composta por distintos órgãos, os quais
possuem composição e atribuições específicas. As atribuições do Corregedor Geral da Justiça Eleitoral
são fixadas pelo
a) Tribunal Superior Eleitoral.
b) Supremo Tribunal Federal.
c) Superior Tribunal de Justiça.
d) Presidente do Tribunal Superior Eleitoral.

54. (CONSULPLAN/TRE-MG - 2015) A Justiça eleitoral tem uma peculiar organização no texto
constitucional federal, sendo uma das ramificações da Justiça da União, embora os Tribunais Regionais
Eleitorais tenham coordenação realizada por magistrados que têm origem na Justiça dos Estados e que
compõem a presidência e a vice-presidência desses órgãos. Nos termos da Constituição Federal, são
considerados órgãos da Justiça Eleitoral:
a) Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais
b) Juízes eleitorais e Comarcas Eleitorais
c) Tribunal Superior do Trabalho e Municípios Eleitorais
d) Tribunais Regionais Eleitorais e Circunscrições Eleitorais

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55. (CONSULPLAN/CM-BH - 2018) O Tribunal Superior Eleitoral é o órgão máximo da Justiça Eleitoral
e tem suas principais competências determinadas pela Constituição Federal e também pelo Código
Eleitoral, dentre elas o processamento e julgamento de ações em matéria eleitoral. As decisões do Tribunal
Superior Eleitoral são, por regra, irrecorríveis, ressalvadas as exceções definidas por expressa previsão
constitucional. São exceções à irrecorribilidade das decisões do TSE, as decisões
a) denegatórias de habeas corpus.
b) em ação rescisória, nos casos de inelegibilidade.
c) sobre conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais.
d) sobre registro e cassação de registro de partidos políticos.

Outras Bancas

56. (FUNDATEC - UNIPAMPA - 2020) Segundo o Art. 118 da Constituição Federal, são órgãos da Justiça
Eleitoral, EXCETO:

A) O Tribunal Superior Eleitoral.

B) Os Procuradores do Estado.

C) Os Tribunais Regionais Eleitorais.

D) Os Juízes Eleitorais.

E) As Juntas Eleitorais.

57. (FCM Câmara de conselheiros de Lafaiete - MG - 2019) NÃO é órgão da Justiça Eleitoral:
a) o Tribunal Superior Eleitoral.
b) o Tribunal Regional Eleitoral.
c) as Juntas Eleitorais.
d) os Ministros Eleitorais.
e) os Juízes Eleitorais.

58. (FMP Concursos/MPE-AM - 2015) Sobre a Justiça Eleitoral, considere as seguintes assertivas:
I - A Ordem dos Advogados do Brasil participa do procedimento de indicação de advogados para composição
do Tribunal Superior Eleitoral e dos Tribunais Regionais Eleitorais.
II – A jurisdição eleitoral de primeiro grau não pode ser exercida por juízes federais.
III - Por ser inerente à Justiça Eleitoral, a função consultiva pode ser exercida pelos Juízes Eleitorais.

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IV – Conquanto investido de poder de polícia, não tem legitimidade o Juiz Eleitoral para, de ofício, instaurar
procedimento com a finalidade de impor multa pela veiculação de propaganda eleitoral em desacordo com
a Lei nº 9.504/1997.
Quais das assertivas acima estão corretas?
a) Apenas a II.
b) Apenas a I e II.
c) Apenas a III e IV.
d) Apenas a II e IV.
e) Apenas a I, II e IV.

59. (AOCP/TRE-AC - 2015) Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:


a) I. de três juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
II. de três juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
III. de um juiz do Tribuna! Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não
havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
IV. por nomeação, pelo Presidente da República, de quatro juízes dentre seis advogados de notável saber
jurídico e idoneidade morai, indicados pelo Tribunal de Justiça.
b) l. de um ministro, dentre os ativos do Supremo Tribunal de Justiça;
II. de três juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
III. de três juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
IV. por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber
jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
c) I. de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de justiça:
II. de dois juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
III. de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não
havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
IV. por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber
jurídico e idoneidade morai, indicados pelo Tribunal de Justiça.
d) I. de um ministro, dentre os ativos do Supremo Tribunal de Justiça;
II. de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
III. de três juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
IV. de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não
havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
V. por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber
jurídico e idoneidade morai, indicados pelo Tribunal de Justiça.
e) l. de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;

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II. de dois juízes do Tribuna! Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não
havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
III, por nomeação, pelo Presidente da República, de três juízes dentre seis advogados de notável saber
jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

60. (AOCP/TRE-AC - 2015) Referente à composição do Tribunal Superior Eleitoral, assinale a alternativa
correta.
a) O TSE é composto, no mínimo, por 3 (três) juízes dentre os Ministros do STF, 2 (dois) juízes dentre os
Ministros do STJ, 2 (dois) juízes dentre 6 (seis) advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, todos
eleitos mediante votação secreta.
b) O TSE é composto, no mínimo, por 3 (três) juízes dentre os Ministros do STF, 2 (dois) juízes dentre os
Ministros do STJ, 2 (dois) juízes dentre 6 (seis) advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, todos
eleitos mediante votação aberta.
c) O TSE é composto, no mínimo, por 3 (três) juízes dentre os Ministros do STF, 2 (dois) juízes dentre os
Ministros do STJ, 2 (dois) juízes dentre 6 (seis) advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, sendo
estes últimos indicados pelo STF.
d) O TSE é composto, no mínimo, por 3 (três) juízes dentre os Ministros do STF, 2 (dois) juízes dentre os
Ministros do STJ, 2 (dois) juízes dentre 6 (seis) advogados de notável saber jurídico e idoneidade morai, sendo
estes últimos indicados pela OAB.
e) O TSE é composto, no mínimo, por 3 (três) juízes dentre os Ministros do STF, 2 (dois) juízes dentre os
Ministros do STJ, 2 (dois) juízes dentre 4 (quatro) membros do Ministério Público Federal, sendo estes
últimos indicados pelo Presidente da República.

61. (MPE-SP/MPE-SP - 2012) Nos termos da Constituição Federal de 1988, são órgãos da Justiça
Eleitoral:
a) O Tribunal Superior Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais, os Juízes e Promotores Eleitorais e as Seções
Eleitorais.
b) O Tribunal Superior Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais, os Juízes Eleitorais, os Cartórios Eleitorais
e as Seções Eleitorais.
c) O Supremo Tribunal Federal, o Tribunal Superior Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais, as Zonas
Eleitorais e as Juntas Eleitorais.
d) O Tribunal Superior Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais, as Zonas Eleitorais e as Juntas Eleitorais.
e) O Tribunal Superior Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais, os Juízes Eleitorais e as Juntas Eleitorais.

62. (MPE-SP/MPE-SP - 2015) Julgue o item seguinte:


A Justiça Eleitoral exerce funções administrativas, normativas, consultivas e jurisdicionais.

63. (CS-UFG/AL-GO - 2015) A Justiça Eleitoral é o ramo do Poder Judiciário criado em 1932, responsável
por todos os trabalhos eleitorais – do alistamento à proclamação dos eleitos. Nos termos de sua
organização, composição e competências, a
a) Justiça Eleitoral desempenha, além da função jurisdicional, as funções administrativa, normativa e
consultiva.

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b) Justiça Eleitoral não tem magistrados investidos de forma permanente em sua jurisdição, que é exercida
por juízes de direito designados pelo período máximo de 2 (dois) anos.
c) Justiça Eleitoral é especializada em razão da matéria, motivo pelo qual o STF e o STJ não detêm
competência de julgamento em temática eleitoral.
d) Junta Eleitoral é um órgão colegiado da Justiça Eleitoral de duração permanente, com competência
exclusiva e limitada para apuração das eleições.

64. (TJ-MS - 2012) Compete à Justiça Eleitoral processar e julgar:


I. Execução fiscal de multas eleitorais (dívida ativa não tributária).
II. Ações relativas à matéria interna corporis dos partidos políticos.
III. Ao Tribunal Superior Eleitoral, originariamente, o processo e julgamento das ações rescisórias, nos casos
de inelegibilidade, desde que intentada dentro de cento e vinte dias de decisão irrecorrível.
IV. Ações relativas à decretação da perda de mandato por infidelidade partidária.
V. Ações de impugnação de mandato eletivo que tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na
forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé, no prazo de quinze dias, contados da diplomação, instruída
a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
Está(ão) CORRETA(S):
a) Apenas as assertivas I, IV e V.
b) Apenas as assertivas II, IV e V.
c) Apenas as assertivas II, III e IV.
d) Apenas as assertivas I, II, III e IV.
e) Apenas as assertivas I, III, IV e V.

65. (IESES/TRE-MA - 2015) Sobre a competência privativa do Tribunal Superior Eleitoral, considere as
afirmações a seguir:
I. Tem por atribuição elaborar seu regimento interno.
II. Propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer dos Territórios.
III. Propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juízes de qualquer Tribunal Eleitoral, indicando a
forma desse aumento.
É correto o que se afirma em:
a) Apenas II e III.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) I, II e III.

66. (IESES/TRE-MA - 2015) De acordo com a Lei 4.737/65, compete ao Tribunal Superior Eleitoral
processar e julgar originariamente:
a) O registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de candidatos à
Presidência, vice-presidência da República, Governador e Vice-Governadores.

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b) A suspeição ou impedimento dos seus membros, do Procurador Geral e dos funcionários da sua Secretaria.
c) Os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juízes eleitorais de Estados diferentes.
d) Os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos seus próprios juízes e pelos
juízes dos Tribunais Regionais.

67. (IESES/TRE-MA - 2015) Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham
entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o ____________, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo,
excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por _________.
a) Terceiro grau / primeiro.
b) Quarto grau / primeiro.
c) Terceiro grau / último.
d) Quarto grau / último.

68. (IESES/TRE-MA - 2015) Sobre a composição do Tribunal Superior Eleitoral assinale a alternativa
correta:
a) São integrantes da composição do Tribunal Superior Eleitoral dois juízes dentre seis advogados de notável
saber jurídico e idoneidade moral, por nomeação do Presidente da República, aprovados pelo Senado
Federal e indicados pelo Supremo Tribunal Federal.
b) São integrantes da composição do Tribunal Superior Eleitoral dois juízes dentre seis advogados de notável
saber jurídico e idoneidade moral, por nomeação do Presidente da República, aprovados pelo Congresso
Nacional, e indicados pelo Supremo Tribunal Federal.
c) São integrantes da composição do Tribunal Superior Eleitoral três juízes dentre os ministros do Superior
Tribunal de Justiça.
d) São integrantes da composição do Tribunal Superior Eleitoral dois juízes dentre seis advogados de notável
saber jurídico e idoneidade moral, por nomeação do Presidente da República e indicados pelo Supremo
Tribunal Federal.

69. (MPE-MA/MPE-MA - 2014) Assinale a alternativa correta:


a) O Tribunal Superior Eleitoral será composto no mínimo de três Ministros do Supremo Tribunal Federal,
dois Ministros do Superior Tribunal de Justiça e dois advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral;
b) O cargo de Corregedor Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral será ocupado mediante eleição dentre um
dos ministros do Supremo Tribunal Federal;
c) Os advogados que integrarão o Tribunal Superior Eleitoral serão escolhidos pelo Presidente da República
através de lista tríplice eleita pelo Supremo Tribunal Federal, após receber lista sêxtupla da Ordem dos
Advogados do Brasil;
d) Segundo a Constituição, o cargo de Corregedor Eleitoral nos Tribunais Regionais Eleitorais é privativa dos
membros desembargadores;
e) Os Tribunais Regionais Eleitorais serão compostos de dois desembargadores do Tribunal de Justiça, um
juiz Federal, dois juízes de direito e dois advogados nomeados pelo Governador do Estado.
70. (FUNDATEC/ALE-RS - 2018) Compete ao Tribunal Superior eleitoral processar e julgar
originariamente:

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I. O registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de candidatos à
Presidência e vice-presidência da República.
II. Os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juízes eleitorais dos Estados.
III. A suspeição ou impedimento aos seus membros, ao Procurador Geral e aos funcionários da sua
Secretaria.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
==1c7550==

71. (FUNRIO/ALE-RR - 2018) Sobre o Código Eleitoral, é CORRETO afirmar que os/o
a) juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por três anos, e nunca
por mais de dois triênios consecutivos.
b) Tribunal Superior Eleitoral elegerá para seu presidente um dos ministros do Superior Tribunal de Justiça,
cabendo ao outro a vice-presidência, e para Corregedor Geral da Justiça Eleitoral, um dos seus membros.
c) o eleitor que não votar e não pagar a multa, se encontrar fora de sua zona e necessitar documento de
quitação com a Justiça Eleitoral, poderá efetuar o pagamento perante o Juízo da zona em que estiver.
d) Tribunais Regionais deliberam por maioria absoluta de votos, em sessão pública, com a presença da
maioria simples de seus membros.

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GABARITO
1. B 42. CORRETA
2. D 43. E
3. B 44. B
4. A 45. B
5. C 46. C
6. A 47. A
7. D 48. E
8. A 49. B
9. C 50. E
10. INCORRETA 51. A
11. CORRETA 52. D
12. CORRETA 53. A
13. E 54. A
14. A 55. A
15. B 56. B
16. B 57. D
17. B 58. D
18. C 59. C
19. E 60. C
20. B 61. E
21. D 62. CORRETA
22. D 63. A
23. B 64. E
24. C 65. D
25. C 66. B ou C
26. E 67. D
27. A 68. D
28. CORRETA 69. A
29. INCORRETA 70. D
30. C 71. C
31. D
32. INCORRETA
33. INCORRETA
34. INCORRETA
35. INCORRETA
36. INCORRETA
37. CORRETA
38. CORRETA
39. CORRETA
40. CORRETA
41. INCORRETA

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