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1. O AUTOR.............................................................................................................................. 1
2. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................... 2
3. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 3
4. CONCEITOS ........................................................................................................................ 6
5. CÁLCULOS DE ATUALIZAÇÃO .................................................................................... 8
6. NORMATIVOS DE CÁLCULOS ...................................................................................... 9
RESOLUÇÃO TJ/OE 10/2010 ............................................................................................... 9
MIGRAÇÃO DA UFIR .................................................................................................... 10
CORREÇÃO MONETÁRIA – PRECATÓRIO NÃO TRIBUTÁRIOS ..................... 11
CÁLCULO DE JUROS .................................................................................................... 13
ATO NORMATIVO TJ Nº 18/2018 .................................................................................... 15
CÁLCULO DA CORREÇÃO MONETÁRIA ............................................................... 17
CÁLCULO DOS JUROS ................................................................................................. 19
ATO NORMATIVO TJ Nº 18/2020 .................................................................................... 22
CÁLCULO DOS JUROS ................................................................................................. 24
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 113/2021 .................................................................... 27
CÁLCULO DA CORREÇÃO MONETÁRIA ............................................................... 28
CÁLCULO DE JUROS .................................................................................................... 28
INÍCIO DA SELIC (01/12/2021)...................................................................................... 29
7. ATUALIZAÇÃO DE CÁLCULOS NOS NORMATIVOS ............................................ 30
8. AMORTIZAÇÃO DE PAGAMENTOS ........................................................................... 35
9. TRIBUTOS ......................................................................................................................... 38
IMPOSTO DE RENDA ........................................................................................................ 38
ISENÇÕES E NÃO RETENÇÃO ................................................................................... 39
ALÍQUOTAS..................................................................................................................... 40
CÁLCULO DO IMPOSTO DE RENDA ............................................................................ 41
PESSOAS FÍSICAS .......................................................................................................... 41
IDOSOS.............................................................................................................................. 43
PESSOAS JURÍDICAS .................................................................................................... 43
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA ............................................................................ 44
10. INCIDÊNCIA E RETENÇÃO DE TRIBUTOS NOS NORMATIVOS ........................ 46
11. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 49
12. CONTATOS........................................................................................................................ 50
AUTOR
Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Rio
de Janeiro, com MBA em Controle Governamental. Atuou como Chefe do
Serviço de Elaboração e Análise de Cálculos para licitação de serviços, no
Departamento de Contratos e Atos Negociais DGLOG/DECAN, e Chefe
do Serviço de Auditoria Financeira NAI/DIAUF, ambos no TJRJ.
Atualmente desempenha atividades inerentes ao cargo de Chefe do Serviço
de Processamento e Cálculos, do Departamento de Precatórios Judiciais do
TJRJ e como instrutor da Escola Superior de Administração Judiciária –
ESAJ, ministrando cursos sobre temas relacionados a precatórios judiciais.
Desempenha monitoria do Grupo de Trabalho destinado às análises de
ofício de requisição, orientando sobre a conformidade das informações e
peças fornecidas, de forma que todos os ofícios apresentados até 02 de
abril, sejam analisados e autuados, caso inexistam inconsistências. Seus
valores serão atualizados até 2 abril do ano da apresentação do ofício à
Presidência do TJRJ, para que sejam intimados os entes devedores até 30
de abril, devendo estes promoverem a devida inclusão dos valores como
despesas nos seus respectivos orçamentos
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APRESENTAÇÃO
Esta obra de Cálculos de Atualização e Tributos Incidentes em Precatórios
Judiciais retrata uma abordagem detalhada, elaborada com base em fontes
normativas e jurisprudenciais sólidas, e experiência profissional do autor.
Certamente irá contribuir como fonte de consulta para os estudiosos e
profissionais que trabalham com precatórios.
Com o objetivo levar ao conhecimento de todos, uma visão global de como
é elaborado o cálculo de atualização e de amortização aplicados aos
precatórios, bem como a incidência de imposto de renda e contribuição
previdenciária, fornecendo alguns esclarecimentos, sem nenhuma intenção
de esgotar o tema, que serão úteis para o melhor entendimento de um
assunto que é de pouco conhecimento da comunidade jurídica e, muitas
vezes, ignorado pela população.
A divisão do tema em tópicos bem detalhados e abordagem peculiar,
mediante a inserção de exemplos de cálculos e dicas ao conteúdo da obra,
contribuem para uma melhor compreensão.
Por consequência, além de representar uma obra de conteúdo
singular no mercado, veio para iniciar um novo tempo no campo dos
precatórios judiciais.
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INTRODUÇÃO
Por definição, Precatórios Judiciais são formalizações de
requisições de pagamento de determinado valor, devido pela Fazenda
Pública assim como por suas autarquias e fundações, em virtude de uma
condenação judicial definitiva. Deve ser observada a forma como a
Constituição Federal de 1988 tratou do cumprimento das obrigações de
pagar referente aos entes públicos no art. 100 e art. 87 do ADCT. O
pagamento dos precatórios judiciais possui natureza jurídica administrativa.
A expedição, gestão e pagamento das requisições judiciais, previstas
no art. 100 da Constituição Federal, são disciplinadas no âmbito do Poder
Judiciário pela Resolução CNJ nº 303/2019. Os Tribunais de Justiça dos
Estados e do Distrito Federal, o Conselho de Justiça Federal e o Conselho
Superior da Justiça do Trabalho, no âmbito das respectivas competências,
expedirão atos normativos complementares, conforme o disposto no §
único, art. 1º da Resolução CNJ nº 303/2019.
Atualmente o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro dispõe do
Ato Normativo TJ nº 02/2019 para disciplinar, dentre outras providências,
o processamento e pagamento de precatórios e de Requisições de Pequeno
Valor (RPV).
O ofício precatório é expedido pelo Juiz ou Órgão da execução, e
destinado ao Presidente do Tribunal competente. Posteriormente é recebido
pelo Departamento de Precatórios Judiciais - DEPJU (no caso do Tribunal
de Justiça do Estado do Rio de Janeiro), e após a análise das informações e
dados apresentados, bem como as peças que instruem o ofício, estando em
conformidade com os art. 7 e 10 do Ato Normativo TJ nº 02/2019 e art. 6
da Resolução CNJ nº 303/2019, é autuado, denominando-se precatório.
O Presidente do Tribunal competente requisita, anualmente, através
do ofício de requisição ou ofício precatório, o pagamento dos precatórios
aos Municípios, aos Estados ou à União e de suas respectivas autarquias e
fundações, recebidos entre o dia 3 de abril do ano anterior à requisição até
o dia 2 de abril do ano da requisição. De acordo com o art. 100, § 5º, da
Constituição Federal de 1988, é obrigatória a inclusão no orçamento das
entidades de direito público a dotação orçamentária destinada ao
pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado.
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Atualmente, os Tribunais deverão observar principalmente as
Resoluções CNJ nº 303/2019, alterada pela Resolução CNJ nº 448/2022, o art.
100 da Constituição Federal, assim como as Emendas Constitucionais nº
94/2016, nº 99/2017, nº 113/2021 e nº 114/2021, que regulam a matéria
juntamente com as jurisprudências do Supremo Tribunal Federal e dos
tribunais superiores.
Os pagamentos dos precatórios são efetuados na ordem cronológica e de
acordo com a sua natureza. Inicialmente são pagas as Requisições de Pequeno
Valor (RPV), os precatórios referentes aos créditos preferenciais, (art. 100, §2º
da Constituição Federal), que são aqueles de natureza alimentar, cujos
titulares, originários ou por sucessão hereditária, sejam portadores de doença
grave, idosos (a partir de 60 anos de idade) ou pessoas com deficiência, nesta
ordem, assim definidos na forma da lei, até o valor equivalente ao triplo fixado
pela legislação para os fins do disposto no § 3º do art. 100. Em seguida, são
pagos os precatórios alimentares, os quais são decorrentes de salários,
vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios
previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em
responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado
(art. 100, §1º da Constituição Federal) e, por último, todos os outros
classificados juridicamente de comum.
Nos créditos preferenciais, em que são pagos valores referentes à parcela
superpreferencial, até o valor estabelecido na Constituição Federal, havendo
quantia remanescente ainda devida, esta será quitada, sendo observada a ordem
cronológica.
Os valores de condenações classificados como de pequeno valor devem
ser quitados no prazo de 60 dias, a partir da intimação do devedor. Este
procedimento é realizado pelo Juiz ou Órgão da execução.
No regime comum, o limite de RPV é de 30 salários-mínimos para os
Municípios, 40 para os Estados e 60 para órgãos da União se não houver uma
legislação local que defina outros limites, não podendo ser inferior ao maior
benefício pago pelo regime geral de previdência. No regime especial, incide a
regra do § 2º, art. 102 da Emenda Constitucional nº 99/2017 (equivalendo ao
quíntuplo fixado em Lei para os fins do disposto no § 3º do art. 100 da
Constituição Federal de 1988).
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Quando o ente público estiver enquadrado no regime especial, em
virtude de acordo entre os três Tribunais (Justiça, Trabalho e Federal), o
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, ao receber a quantia
devida, repassa determinado percentual aos outros dois Tribunais, que são,
em qualquer um dos dois regimes constitucionais, a seguir expostos,
responsáveis pela gestão e pelo pagamento dos seus precatórios.
Há dois tipos de regimes de precatório: o comum e o especial.
No regime comum o pagamento dos valores inscritos deve ocorrer até o
final do exercício seguinte ao da apresentação do ofício de requisição, por
meio de depósito no Tribunal requisitante, conforme o disposto no art. 100
da atual Constituição Federal.
A partir de 2009, em decorrência das determinações contidas na Emenda
Constitucional nº 62/2009, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
que estivessem em mora com a quitação de precatórios vencidos, referentes
às suas administrações direta e indireta, passaram para o regime especial.
O regime especial possibilita aos entes devedores a quitação dos seus
débitos de precatórios em parcelas, até a data limite prevista pelas
normas constitucionais.
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CONCEITOS
Para facilitar o entendimento do tema a ser tratado, importante se faz o
conhecimento de alguns conceitos, tais como:
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- Requisições de Pequeno Valor (RPV): Considera-se obrigações de
pequeno valor, aquelas definidas em lei para a Fazenda Pública devedora,
não podendo ser inferior ao valor do maior benefício pago pela Previdência
Social (INSS).
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CÁLCULOS DE
ATUALIZAÇÃO
Ao longo do tempo, foram editados vários normativos para
regulamentar a metodologia e índices que deveriam ser utilizados na
atualização dos valores de precatórios e requisições de pequeno valor,
como a Resolução TJ/OE nº 10/2010, Ato Normativo TJ nº 18/2018, Ato
Normativo TJ nº 10/2020 e Emenda Constitucional nº 113/2021, tendo
como regra de aplicabilidade a data do depósito que quita a requisição de
pagamento, conforme demonstrado:
24/05/2010 27/12/2018 24/06/2020 09/12/2021
todos
RESOLUÇÃO TJ/OE ATO NORMATIVO ATO NORMATIVO EMENDA
Nº 10/2010 TJ Nº 18/2018 TJ Nº 18/2020 CONSTITUCIONAL
(PRECATÓRIO E Nº 113/2021,
(TODOS OS (PRECATÓRIO E RPV NÃO NA FORMA DO
PRECATÓRIOS E RPV TRIBUTÁRIO) TRIBUTÁRIO) ART. 21
RPV) DA RESOLUÇÃO
CNJ Nº 448/2022
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RESOLUÇÃO TJ/OE 10/2010
Este normativo baseou-se no §12, art. 100 da Constituição Federal de
1988, que estabelece o início da incidência de correção monetária a data de
expedição do ofício de requisição, 1º de julho, e da incidência de juros o
término do período da graça, 1º de janeiro do ano posterior ao orçamento,
aplicados até o efetivo pagamento.
Conforme seus art. 8º e 9º, os precatórios judiciais pendentes de
pagamento até o dia 09 de dezembro de 2009 terão, até esta data, seus
valores corrigidos pela UFIR/RJ, acrescidos dos juros referentes à 6% a.a.
Após 09 de dezembro de 2009 os valores seriam corrigidos pela TR
até 24 de março de 2015, e pelo IPCA-E a partir de 25 de março de 2015.
A metodologia de correção de valores utilizado por esta resolução,
ficou em desuso com o advento da nova fórmula de cálculo, que iniciou em
27/12/2018, com a publicação do Ato Normativo TJRJ nº 18/2018.
Antes de partir para o detalhamento de como efetuar a correção
monetária, devemos destacar que alguns precatórios antigos, apresentam
valores ainda em UFIR. Estes precatórios tiveram seus valores migrados
para a moeda corrente em 01/12/2009. Caso o precatório apresente data
inicial de cálculo anterior a esta data, esta será desprezada, considerando
como termo inicial 01/12/2009, data de início da correção efetuada pela
fórmula indicada neste documento.
A correção de valores ocorre sobre o valor principal e de juros, e sua
data inicial de cálculo corresponde à data de inclusão no orçamento (data
de início do período de graça), adotando-se 01/07/(ano do orçamento -1).
Não há correção de valores no período compreendido entre a data do
cálculo de liquidação e a inclusão no orçamento, conforme §12, art. 100 da
Constituição Federal de 1988, o que motivou a criação da nova fórmula de
cálculo, baseada no Tema 96 do STF, de repercussão geral.
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O cálculo de juros é único, não sofrendo alterações de acordo com os
grupos descritos acima. Os juros são contados a partir da data final do
orçamento, 31/12/(ano do orçamento), ou então a partir do ano de
vencimento (alguns precatórios antigos possuem esta data de vencimento).
MIGRAÇÃO DA UFIR
Exemplo:
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CORREÇÃO MONETÁRIA – PRECATÓRIO NÃO TRIBUTÁRIOS
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1
Exemplo:
• Valor a ser atualizado: R$ 100.000,00
• Data-base: 01/03/2000
• Orçamento: 2005
• Data inicial: 01/07/2004
• Data final informada: 16/04/2019
• Data final de cálculo: 16/03/2019
• Atualização TR:
• Atualização IPCA-E:
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CÁLCULO DE JUROS
Exemplo:
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Para que fosse incluída a atualização do precatório, entre a data-base
dos cálculos homologados (data de liquidação) e a data de apresentação do
precatório (01/07/xxxx), foi editado o Ato Normativo TJ nº 18/2018, que
prevê o início da aplicação da correção monetária e juros a partir da data de
liquidação. Esta alteração foi baseada no definido pelo STF no julgamento
do RE 579431/RS, que retroagiu a aplicação dos juros à data-base, exceto
durante o período da graça. Seguindo o mesmo entendimento, a decisão,
proferida no processo administrativo TJRJ nº 2017.013399-2, determinou a
retroatividade da aplicação da correção monetária à mesma data.
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ATO NORMATIVO TJRJ
Nº 18/2018
Publicado em 27/12/2018, este normativo determinou que os
precatórios judiciais, pendentes de pagamentos em 09 de dezembro de
2009, seriam atualizados pelo UFIR/RJ, entre a data-base do cálculo e a
data de 09 de dezembro de 2009. E que a partir desta data até 25 de março
de 2015 seria utilizada a TR, sendo substituída pelo IPCA-E, nos
precatórios de natureza não tributária.
Nos precatórios de natureza tributária a TR foi substituída pela SELIC de
25 de março de 2015 em diante, exceto durante o período da graça (§5º, art.
100 da CF/1988), quando seria aplicado o IPCA-E, uma vez que a SELIC é
um índice híbrido, formado por componentes de juros e correção
monetária.
Na expressão “precatórios pendentes de pagamento”, entende-se
como sendo aqueles que não possuem depósito do valor integral
requisitado, capazes de quitar o precatório.
O período compreendido entre a data-base e 1º de julho do ano que o
precatório foi requisitado para pagamento haverá a incidência de juros de
6% a.a. (0,5% a.m.) aplicados sobre o valor do principal atualizado,
conforme definido pelo STF no julgamento do RE 579431/RS (Tema nº 96
do STF), que retroagiu a aplicação dos juros à data-base, exceto durante o
período da graça, complementado pelo decidido no processo administrativo
TJRJ nº 2017.013399-2, que determinou a retroatividade da aplicação da
correção monetária à data dos cálculos de liquidação.
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Durante o período da graça (§5º, art. 100 da CF 1988), que tinha seu
início em 1º de julho do ano que o precatório foi requisitado para
pagamento até 31 de dezembro do ano do orçamento, não há incidência de
juros.
Passado o período da graça constitucional, e não ocorrendo
pagamento, haverá nova incidência de juros a partir de 1 de janeiro do ano
seguinte ao orçamento, aplicados sobre o valor do principal atualizado.
Nos precatórios de natureza não tributária aplica-se os juros de 6% a.a.
(0,5% a.m.) e nos de natureza tributária esta taxa é aplicada até 25 de
março de 2015, substituída pela SELIC a partir deste momento.
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CÁLCULO DA CORREÇÃO MONETÁRIA
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Exemplo:
• Atualização TR:
Índice TR acumulado na data inicial (01/03/2000):
Índice TR acumulado na data final (01/04/2015):
Fator TR: 1,88863828
Valor corrigido: R$ 188.863,83
• Atualização IPCA-E:
Índice IPCA-E acumulado na data inicial (01/04/2015):
Índice IPCA-E acumulado na data final (16/04/2019):
Fator IPCA-E: 1,23326865
Valor corrigido: R$ 232.919,84
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CÁLCULO DOS JUROS
Exemplo:
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Durante o período da graça:
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0
Após o período da graça:
2
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ATO NORMATIVO TJRJ
Nº 18/2020
Este normativo manteve a metodologia utilizada pelo Ato Normativo
TJRJ nº 18/2018, alterando apenas os §§ 3º e 4º, art. 32 do Ato Normativo
TJRJ nº 02/2019, baseado no decidido pelo Supremo Tribunal Federal no
julgamento do RE nº 870.947/SE (Tema nº 810 do STF) de repercussão
geral.
Foi estabelecido que a partir de 09 de dezembro de 2009, em face da
publicação da Emenda Constitucional nº 62/2009, e tendo em vista a
decisão do STF no julgamento das ADIs nº 4.357/DF e nº 4.425/DF, a
correção monetária será efetuada pelo Índice de Preços ao Consumidor
Amplo Especial – IPCA-E, considerando além da jurisprudência citada, os
critérios previstos no art. 12, II, a e b, da Lei nº 8.177/1991, com a redação
da pela Lei nº 12.703/2012, os juros incidirão segundo a remuneração
oficial da caderneta de poupança.
Para um melhor entendimento dos efeitos das alterações promovidas,
utilizaremos o mesmo valor e datas dos exemplos anteriores.
Exemplo:
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• Atualização UFIR/RJ:
• Atualização IPCA-E:
Índice IPCA-E acumulado na data inicial (09/12/2009):
2,15062891
Índice IPCA-E acumulado na data final (16/04/2019):
1,25040833
Fator IPCA-E: 2,15062891/1,25040833 = 1,71994128
Valor corrigido: R$ 182.050,56 * 1,71994128 = R$
313.116,27
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CÁLCULO DOS JUROS
Exemplo:
2
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Durante o período da graça:
2
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Após o período da graça:
2
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EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 113/2021
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Adotando-se o exemplo utilizado no Ato Normativo TJRJ nº 18/2020, e
supondo que não houvesse a quitação em 16/04/2019, ao atualizar os
valores de principal, R$ 313.116,27, e juros, R$ 320.944,17, seriam
apurados na nova data de depósito, 1º de março de 2022, os seguintes
valores:
CÁLCULO DE JUROS
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Valor dos Juros: (R$ 367.225,14 * 7,41%) + R$ 376.405,76 =
R$ 27.222,28 + R$ 376.405,76 = R$ 403.628,04
Valor bruto: R$ 770.853,18
INÍCIO DA SELIC (01/12/2021)
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ATUALIZAÇÃO DE CÁLCULOS NOS NORMATIVOS
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0
Os valores requisitados serão atualizados monetariamente desde a data do
cálculo realizado no juízo de origem, até o seu pagamento ou crédito em
nome do beneficiário.
Os precatórios sofrerão atualização monetária e incidência de juros entre a
data do cálculo e a data da inscrição no orçamento, bem como após
vencido, sem adimplemento, o período previsto para pagamento no artigo
100, § 5º da Constituição Federal.
No curso do período compreendido entre a data de inscrição no orçamento
e o último dia do exercício financeiro subsequente, o precatório sofrerá, tão
somente, atualização monetária.
É vedada a incidência de juros sobre juros no cálculo da atualização dos
precatórios, exceto nos casos de ações expropriatórias, em que a incidência
de juros moratórios sobre os compensatórios não constitui anatocismo.
Os juros compensatórios em ação de desapropriação não incidem após a
expedição do precatório.
Os juros compensatórios incidirão até a data da promulgação da Emenda
Constitucional nº 62, de 9 de dezembro de 2009, caso o precatório tenha
sido antes desse momento expedido e sua incidência decorra de decisão
transitada em julgado.
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1
A partir de dezembro de 2021, e para fins de atualização monetária,
remuneração do capital e de compensação da mora, os precatórios,
independentemente de sua natureza, serão corrigidos pelo índice da taxa
referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic),
acumulado mensalmente.
Os precatórios não tributários requisitados anteriormente a dezembro de
2021 serão atualizados a partir de sua data-base mediante os seguintes
indexadores:
I – ORTN – de 1964 a fevereiro de 1986;
II – OTN – de março de 1986 a janeiro de 1989;
III – IPC / IBGE de 42,72% - em janeiro de 1989;
IV – IPC / IBGE de 10,14% - em fevereiro de 1989;
V – BTN – de março de 1989 a março de 1990;
VI – IPC/IBGE - de março de 1990 a fevereiro de 1991;
VII – INPC – de março de 1991 a novembro de 1991;
VIII – IPCA-E/IBGE – em dezembro de 1991;
IX – UFIR – de janeiro de 1992 a dezembro de 2000;
X – IPCA-E / IBGE – de janeiro de 2001 a 9 de dezembro 2009;
XI – Taxa Referencial (TR) – 10 de dezembro de 2009 a 25 de março
de 2015;
XII – IPCA-E/ IBGE – de 25 de março de 2015 a 30 de novembro de
2021;
XIII – Taxa Referencial do Sistema Especial de Liquidação e de
Custódia (Selic) – de 01 dezembro de 2021 em diante.
3
2
Até o dia 30 de novembro de 2021, serão observados os índices de atualização
previstos no título executivo ou na conta de liquidação.
Para os precatórios expedidos no âmbito da administração pública federal,
aplicar-se-á o IPCA-E como índice de atualização no período de vigência dos
arts. 27 das Leis nº 12.919/2013 e 13.080/2015.
Na atualização dos precatórios estaduais e municipais emitidos pela Justiça do
Trabalho devem ser observadas as disposições do art. 39, caput, da Lei no
8.177/1991, no período de março de 1991 a junho de 2009, IPCA-E de julho a
9 de dezembro de 2009, Taxa Referencial (TR) de 10 de dezembro de 2009 a
25 de março de 2015, IPCA-E de 26.03.2015 a 30 de novembro de 2021 e taxa
referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) de 1º de
dezembro de 2021 em diante.
Até novembro de 2021, aos precatórios de natureza tributária serão aplicados os
mesmos critérios de atualização e remuneração da mora pelos quais a Fazenda
Pública remunera seu crédito tributário seguindo, a partir do mês seguinte, a
regra de atualização do artigo 21 da Resolução CNJ nº 303/2019, alterado pela
Resolução CNJ nº 448/2022.
A atualização dos precatórios não tributários deve observar o período da graça
constitucional, em cujo lapso temporal o valor se sujeitará exclusivamente à
correção monetária pelo IPCA-E/ IBGE – de 26.03.2015 a 30 de novembro de
2021.
Na atualização da conta do precatório não tributário os juros de mora devem
incidir somente até o mês de novembro de 2021, observado o período da graça.
A partir de dezembro de 2021, a compensação da mora dar-se-á da forma
discriminada nos artigos 21, 21-A e 22 da Resolução CNJ nº 303/2019, ocasião
em que a taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia
(Selic) incidirá sobre o valor consolidado, correspondente ao crédito principal
atualizado monetariamente na forma do artigo 21-A da citada Resolução até
novembro de 2021 e aos juros de mora, observado o disposto nos §§ 5o e 6o do
art. 21-A da Resolução CNJ nº 303/2019, alterados pela Resolução CNJ nº
448/2022.
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Em nenhuma hipótese a atualização monetária e o cálculo dos juros,
previstos nos arts. 21, 21-A e 22 da Resolução CNJ nº 303/2019, poderão
retroagir a período anterior da data-base da expedição do precatório.
Atualizado o precatório para fins de pagamento, serão intimados os
interessados, por 5 (cinco) dias, para manifestação.
Após o prazo para manifestação, será enviada a determinação de
pagamento à Instituição Financeira, que realizará o recolhimento dos
tributos incidentes, impossibilitando qualquer tipo de alteração nos valores
no âmbito do tribunal, de modo que eventuais insatisfações deverão ser
tratadas administrativamente no âmbito da entidade credora dos tributos.
Não havendo o adimplemento no prazo a que alude o §5º do artigo 100 da
Constituição Federal, a atualização dos precatórios tributários e não-
tributários será pela taxa Selic.
As diferenças decorrentes da utilização de outros índices de correção
monetária e juros que não os indicados neste capítulo, constantes ou não do
título executivo, deverão ser objeto de decisão do juízo da execução e,
sendo o caso, objeto de precatório complementar.
Aplicam-se os art. 21, 21-A e 22 da Resolução CNJ nº 303/2019 para
atualização monetária das requisições de pequeno valor até a data do
pagamento.
O cancelamento e a baixa das obrigações, nos termos citados
anteriormente, asseguram a revalidação das requisições pelos juízos da
execução, a requerimento do credor, após a oitiva da entidade devedora e
garantida a atualização na forma dos art. 21, 21-A e 22 da Resolução CNJ
nº 303/2019, alterados pela Resolução CNJ nº 448/2022, caso em que será
expedida nova requisição de pequeno valor, ainda que o montante devido
ultrapasse o teto definido para essa modalidade para o ente devedor.
Não incidirão juros de mora no período compreendido entre o dia 2 de abril
e o último dia do exercício seguinte, e entre a data da apresentação da
requisição de pagamento da obrigação de pequeno valor e o fim do prazo
para seu pagamento.
Vencido o prazo para pagamento da requisição, são devidos juros
de mora.
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4
AMORTIZAÇÃO DE
PAGAMENTOS
Inicialmente, as amortizações referentes aos pagamentos que não
resultasse em quitação do precatório eram realizadas na forma do art. 354
do Código Civil, sendo tratadas como imputação de dívida. Tal dispositivo
determina que havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro
nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou
se o credor passar a quitação por conta do capital.
Porém em alguns casos, como o da parcela superpreferencial (§2º, art. 100
da CF 1988), o pagamento refere-se a um adiantamento, não podendo ser
enquadrado na hipótese do Código Civil. Nestas situações, o Superior
Tribunal de Justiça - STJ pacificou a orientação, conforme o julgado no
AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 233.963 - RS
(2012/0201098-3), de que a regra de imputação de pagamentos
estabelecida no art. 354 do Código Civil é inaplicável às dívidas da
Fazenda Pública. E que, conforme entendimento desta Corte, tem
incidência apenas nos casos de conta destinada à expedição de precatório
complementar para adimplemento de valor pago a menor, em virtude de
depósitos insuficientes, devido a ocorrência de erro material na primeira
conta.
A regra prevista no art. 354 do Código Civil era utilizada nos casos de
precatórios complementares, destinados ao pagamento de diferenças
apuradas no período em que o valor do crédito permanecia sem qualquer
atualização monetária (período anterior à EC n. 30/2000).
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O Tribunal Superior do Trabalho adotou entendimento similar ao do
Superior tribunal de Justiça - STJ. Conforme o julgado no Recurso
Ordinário Trabalhista RO XXXXX-88.2015.5.02.0000, foi determinado
que os valores recebidos a título de parcela superpreferencial, prevista no
§2º art. 100 da CF/1988, referem-se a uma antecipação de parte do valor do
precatório, com vista a um tratamento mais benéfico, visando mitigar os
efeitos deletérios do tempo.
Neste caso, não há insuficiência de recursos em virtude de erro de cálculo
(suplementar) ou de disponibilização de valores pelo ente público para
pagamento de precatório abaixo daquele requisitado (complementar), não
se aplicando a regra do art. 354 do Código Civil, sendo esta incompatível
com os princípios e regras que regem a Administração Pública.
Foi decidido pela dedução proporcional entre os valores de principal e juros
dos pagamentos parciais efetuados. Esclarecendo que a imputação de
pagamento deve ser aplicada somente na hipótese em que o valor
depositado seja insuficiente para cobrir a quantia requisitada ou quando
houver erro material no cálculo originário, gerando precatório
complementar ou suplementar.
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No quadro anterior pode-se comparar a evolução da dívida, de
acordo com as metodologias de amortização. No método proporcional
ocorre uma evolução menor da dívida, em vista da redução da parcela de
principal atualizado sempre que ocorra pagamentos, que serve como base
de cálculo para a aplicação dos juros, apurando o remanescente, acrescido
de correção monetária e juros, no valor de R$ 145.259,37. Em
contrapartida, na amortização baseada no art. 354 do Código Civil, ocorre
uma menor redução da parcela de principal atualizado, resultando em uma
maior apuração de juros, obtendo-se o remanescente, com correção
monetária e juros, no valor de R$ 154.143,00, resultando em uma diferença
de R$ 8.883,63 a favor da Fazenda Pública.
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TRIBUTOS
IMPOSTO DE RENDA
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ISENÇÕES E NÃO RETENÇÃO
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ALÍQUOTAS
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CÁLCULO DO IMPOSTO DE RENDA
PESSOAS FÍSICAS
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Exemplo:
RRA: 10 meses
Valor do crédito: R$ 25.000,00.
Valor mensal do crédito = Valor do crédito / RRA = 25.000,00 / 10 =
R$ 2.500,00
1° Alíquota IR – Valores entre R$ 1.903,98 e R$ 2.826,65 – Alíquota
de 7,5% e parcela de dedução de R$ 142,80.
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IDOSOS
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CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA
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Desta forma, se considerarmos os valores a seguir, teremos:
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INCIDÊNCIA E RETENÇÃO DE TRIBUTOS NOS NORMATIVOS
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A instituição financeira fornecerá ao tribunal banco de dados, individualizando,
por beneficiário, os recolhimentos realizados durante o mês, até o décimo dia
útil do mês seguinte ao do recolhimento.
O tribunal deverá repassar às respectivas entidades devedoras as informações
recebidas da instituição financeira até o último dia útil do mês de recebimento,
para fins de recolhimento das contribuições previdenciárias e assistenciais de
responsabilidade patronal devidas em função do pagamento.
A instituição financeira fornecerá ao beneficiário informações relativas ao
imposto de renda.
Na cessão de crédito e na compensação, a retenção de tributos observará o
disposto na legislação em vigor na data do pagamento.
As contribuições previdenciárias e o recolhimento do FGTS não sofrem
alterações em razão da cessão de crédito, penhora ou destaque de honorários
contratuais.
Será dispensada a retenção do imposto quando o beneficiário comprovar que
os rendimentos recebidos são isentos ou não tributáveis ou que, em se
tratando de pessoa jurídica, encontra-se a mesma inscrita no Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte Simples Nacional, instituído
pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
A isenção do imposto de renda deverá ser comprovada por decisão
administrativa ou judicial, até a data da expedição do precatório. Na hipótese
de inexistência de decisão administrativa ou judicial, e sendo o caso de
incidência de imposto de renda, fica ressalvado o direito à parte de propor a
ação autônoma cabível para reconhecimento do direito à isenção, sem
prevenção do juízo que expediu o precatório.
A isenção do imposto de renda poderá ser reconhecida pela Presidência do
Tribunal de Justiça após a expedição do precatório, mediante a comprovação
da decisão judicial ou administrativa que conferiu o direito ao beneficiário do
crédito.
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A retenção do imposto de renda sobre rendimentos recebidos
acumuladamente, tributados com base na tabela progressiva, quando
correspondente a ano calendário anterior ao do recebimento, será efetuada
conforme as normas editadas pela Receita Federal do Brasil.
Para fins de recolhimento à União do produto da retenção do imposto de renda,
será observada a natureza do crédito pago, cabendo aos Estados e Municípios
o produto da retenção incidente na fonte, efetuada sobre pagamento a
servidores de sua administração direta, autárquica e fundacional.
No caso do Estado do Rio de Janeiro, o produto da retenção incidente na fonte
efetuada sobre pagamento a servidores de sua administração direta,
autárquica e fundacional caberá ao Rio Previdência, conforme Lei Estadual nº
8.146 de 29 de outubro de 2018.
Será retida na fonte, por ocasião do adimplemento do débito, nos termos da
Lei, a contribuição previdenciária incidente sobre os créditos objeto de
requisições judiciais de pagamento devidos aos beneficiários sujeitos à
incidência do referido tributo.
Não tendo direito a saque o beneficiário, em decorrência de compensação
deferida, o recolhimento da contribuição previdenciária ocorrerá no momento
do repasse do valor compensado ao ente público;
A retenção da contribuição previdenciária ocorrerá com a observância do
disposto na legislação federal, estadual ou municipal aplicável.
Quanto ao regime, a retenção das contribuições previdenciárias observará o
seguinte:
I - No Regime Geral da Previdência Social, a retenção ocorrerá em observância
ao disposto no artigo 20 da Lei nº 8.212, de 1991 e outras legislações e
instruções que vierem a lhe suceder;
II - Em se tratando de Regime Próprio de previdência, a retenção dos valores
devidos a título de contribuição previdenciária observará a legislação respectiva
de cada ente, sendo os valores recolhidos em prol do fundo ou instituto de
previdência competente
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REFERÊNCIAS
Resolução CNJ nº 303/2019;
Resolução CNJ nº 448/2022;
Artigo 100 da Constituição Federal de 1988;
Resolução TJ/OE nº 10/2010;
Ato Normativo TJ nº 18/2018;
Ato Normativo TJ nº 18/2020;
Emenda Constitucional nº 62/2009;
Emenda Constitucional nº 94/2016;
Emenda Constitucional nº 99/2017;
Emenda Constitucional nº 113/2021;
Emenda Constitucional nº 114/2021;
Instrução Normativa RFB nº 2.097/2022;
Art. 354 do Código Civil;
Decisão do STF no RE 579431/RS (Tema nº 96 do STF);
Decisão do TJRJ no processo administrativo nº 2017.013399-2;
Decisão do STF no julgamento do RE nº 870.947/SE (Tema nº 810 do
STF);
Decisão do STF no julgamento das ADIs nº 4.357/DF e nº 4.425/DF;
Art. 12, II, a e b, da Lei nº 8.177/1991, com a redação da pela Lei nº
12.703/2012;
Decisão do STJ no AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL nº
233.963 - RS (2012/0201098-3);
Decisão do TST no Recurso Ordinário Trabalhista RO XXXXX-
88.2015.5.02.0000;
Solução de Consulta Interna SCI-COSIT nº 09/2020.
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