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Psicologia do desenvolvimento e
da aprendizagem
Alterações no desenvolvimento
da aprendizagem
Transtornos e dificuldades de aprendizagem

Bloco 1
Neide Rodriguez Barea
Transtornos e dificuldades de aprendizagem
• Atrapalha o percurso regular.
• Rompe com a progressão esperada.
• Causa lacunas.
• Gera fragilidades.
• Associação com o fracasso escolar.
• Pode ser de ordem neurológica, biológica ou
psicoemocional.
• Sempre há abalos emocionais na presença de transtornos
de aprendizagem.
Transtornos e dificuldades de aprendizagem

Fatores

Transtorno neurobiológico e outras


Psicoemocionais.
situações.

Baixa autoestima
TDAH
Pouca confiança
Dislexia - Discalculia
Medo e insegurança
Transtornos motores
Traumas e bloqueios
Transtorno do Espectro Autista
Baixa qualidade de ensino, levando a
Deficiências e síndromes
uma dificuldade de aprendizagem
Fatores psicoemocionais
Atendimento especializado e diagnóstico.

Acolhimento e suporte.

Psicólogo, psicopedagogo, professor particular, neurologista –


equipe.

Intervenção assertiva.

Motivação do educando.

Abertura e boa intenção da escola.


Alterações no desenvolvimento da
aprendizagem

Transtornos específicos da aprendizagem

Bloco 2
Neide Rodriguez Barea
TDAH

Caracterização: trata-se de um amadurecimento mais lento da área frontal do cérebro, o


que leva o indivíduo a ter comportamento agitado, impulsivo e/ou dispersivo. O cérebro
não consegue inibir a recepção dos estímulos externos, tem um funcionamento
diferenciado.

Sintomas: agitação, incapacidade de controlar os movimentos, impulsividade (fala e


age sem conseguir controlar), pequeno tempo de concentração nas atividades. Os
sintomas melhoram com o amadurecimento, mas nunca desaparecem.

Relação com o não-aprender: os sintomas do TDAH implicam em um processo de


aprendizagem mais lento e fracionado, que leva o educando ao cansaço pelo
esforço necessário de controle mental e dos movimentos.

Condutas: diagnóstico e atendimento multidisciplinar, emprego de estratégias de estudo


(marcação, mapas mentais etc.), orientação aos pais e à escola.

(ROTTA et al., 2015)


Dislexia

Caracterização: comprometimento cerebral nos campos de recepção, compreensão e


produção do código escrito.

Sintomas: leitura muito lenta ou incapacidade de leitura, compressão da leitura


prejudicada, escrita incompreensível ou com falhas relacionadas à ausência de
letras e sílabas, bem como inversão de letras.

Relação com o não-aprender: todo o processo de aquisição e emprego da


linguagem escrita é comprometido, de forma que a aprendizagem é
completamente prejudicada, já que o suporte da língua escrita é essencial em
nossa cultura.

Condutas: diagnóstico multidisciplinar e atendimento especializado (psicopedagogo),


emprego de estratégias específicas de leitura e escrita, orientação a pais e escola.

(ROTTA et al., 2015)


Discalculia

Caracterização: comprometimento na contagem, na compreensão de quantidade,


no emprego de números, nas operações matemáticas, na interpretação e resolução
de problemas e, em alguns casos, prejuízo no raciocínio lógico.

Sintomas: não consegue contar, não diferencia quantidades, lê e escreve


números com muita dificuldade, não realiza operações matemáticas ou as faz
com muitos erros, grandes dificuldades em interpretar e resolver problemas.

Relação com o não-aprender: todo o processo relacionado ao campo da


matemática é comprometido, mas não há impactos em outras áreas do saber.

Condutas: diagnóstico multidisciplinar e atendimento especializado


(psicopedagogo), emprego de estratégias específicas para contagem, operações
matemáticas e interpretação e resolução de problemas.

(ROTTA et al., 2015)


Disgrafia e Disortografia

Disgrafia Disortografia

Letra ilegível,
Transtorno da
comprometimento
produção escrita.
motor.

Escrita lenta, traços finos Dificuldade de


ou grossos, sem padrão, organização,
não acompanha a linha estruturação e produção
da folha de papel. da escrita.

(FERNANDES, 2019)
Alterações no desenvolvimento da
aprendizagem

TEA, deficiências e outros casos

Bloco 3
Neide Rodriguez Barea
Transtorno do Espectro Autista

Comportamento Socialização

• Inteligência mais ou
Comunicação menos desenvolvida.

• Foco de interesse
versus dificuldade
Deficiências sem comprometimento cognitivo

• Braille.
Visual • Amplificador de visão.

Física • Verificar condições motoras.

• Libras.
Auditiva • Amplificador auditivo.
Comprometimento cognitivo e adaptação
curricular

Deficiência
intelectual

Síndrome
de Down

Paralisia
cerebral
Teoria em Prática
Bloco 4
Neide Rodriguez Barea
Reflita sobre a seguinte situação
• Imagine que você acabou de ser contratado por uma escola.
• Você ainda está em contrato de experiência e na primeira semana de
trabalho.
• Um aluno chama a sua atenção, pois está usando uma bota
ortopédica. No terceiro dia, quando você está acompanhando o
intervalo, observa que esse aluno continua correndo e jogando
basquete, mesmo com a bota ortopédica no pé.
• Você acha estranho e vai conversar com o aluno. Ele relata que
estava jogando futebol na escola e foi chutar a bola para fazer um
gol, mas errou. Ele ficou tão bravo consigo mesmo que chutou a
arquibancada, cuja estrutura é de concreto.
• Resultado: quase rompeu os ligamentos do pé direito e precisará
usar a bota ortopédica por 20 dias.
Reflita sobre a seguinte situação
• Apesar da sua orientação, o aluno continua correndo e jogando
basquete, alegando que a bota existe justamente para ele poder
andar, só não pode chutar.
• Nos dias seguintes, você presta atenção no aluno.
• Ele sai duas ou três vezes da sala a cada aula, ora para beber água, ora
para ir ao banheiro.
• Ao sair da sala, vai dançando pelo corredor, chocando-se contra as
paredes, falando alto, às vezes vai rodopiando, chegou a ir rastejando.
• Em sala de aula, não para na carteira, está sempre em movimento,
balançando-se, balançando o que tiver nas mãos, mexe bastante as
pernas e as mãos.
• Fala initerruptamente, comentando sobre tudo e, muitas vezes,
atrapalhando a aula.
• Ele é magro, tem olheiras e ninguém gosta muito de estudar com ele.
Reflita sobre a seguinte situação
• Você vai à secretaria e pede para ler o prontuário do aluno.
• Descobre que ele chegou na escola há menos de um ano –
atualmente frequenta o sexto ano do ensino fundamental anos
finais, passou por outras quatro escola, obteve notas sempre
medianas, raramente observava-se um 6,0 em seu boletim, a quase
totalidade das notas esteve na casa do 5,0.
• Conversando com alguns professores, eles afirmaram que ele é
inquieto, impulsivo, fala e se mexe sem parar e atrapalha a aula,
que precisa “dar uma andadinha” para se acalmar.
• O que essas observações sugerem a você? O que é ideal que
aconteça para que esse aluno possa ter uma melhoraria em seu
comportamento e em seu processo de aprendizagem?
Norte para a resolução
Os sintomas são claros para um quadro de Transtorno do Déficit de
Atenção e Hiperatividade: inquietação, impulsividade, notas baixas
devido à desatenção, não controla os movimentos, já com
comprometimento das relações sociais e pedagógicas.
Em uma situação como essa, a escola (coordenador pedagógico,
orientador educacional, psicopedagogo ou diretor) precisa posicionar a
família sobre a suspeita de um quadro de TDAH e solicitar que se inicie
o diagnóstico.
Se a família tiver condições financeiras e aceitar bem a ideia (algumas
vezes isso não acontece), a escola normalmente encaminha o aluno a
um psicopedagogo (que não pode ser o mesmo que trabalha na escola)
e ele direciona para a avaliação neurológica. O neurologista encaminha
para o neuropsicólogo, que faz testes específicos. O diagnóstico só é
fechado após a avaliação do neuropsicólogo e do neurologista. Depois,
inicia-se o trabalho de atendimento psicopedagógico na clínica.
Dicas do(a) Professor(a)
Bloco 5
Neide Rodriguez Barea
Leitura Fundamental
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o login
por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites
acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que
você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na
construção da sua carreira profissional.
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicação de leitura 1
Nos trechos indicados para leitura, você conhecerá
mais sobre os transtornos de aprendizagem, também
chamados de distúrbios, mais presentes no ambiente
escolar. Além dos transtornos mais conhecidos, é
possível conhecer a disartria, a dislalia e os diversos
tipos de discalculia.
Referência:
FARIAS, Elizabeth Regina Streisky de; GRACINO, Elza Ribas. Dificuldades
e distúrbios de aprendizagem. Curitiba: Intersaberes, 2019, p. 70-88.
[Biblioteca Virtual 3.0/Pearson]
Indicação de leitura 2
Neste capítulo, você conhecerá sobre o processo de
diagnóstico neuropsicológico, ou seja, o processo que o
profissional realiza para localizar as pistas que
conduzirão à hipótese diagnóstica. Trata-se de um
estudo importante, pois permitirá a você conhecer o
processo de diagnóstico com mais profundidade.
Referência:
TRAD, Luciana Isabel de Almeida. Avaliação e intervenção
neuropsicopedagógica nas diversas dificuldades e transtornos. Curitiba:
Contentus, 2020. p. 53-73. [Biblioteca Virtual 3.0/Pearson]
Dica do(a) Professor(a)
A educação escolar é preparada para atender processos de
aprendizagem que caminhem de acordo com o
desenvolvimento regular esperado para cada faixa etária. No
entanto, quando um educando não corresponde ao processo,
é preciso investigar as causas e realizar intervenções
assertivas. Muitas vezes, a escola, a família e o educando
precisam de um suporte maior para entender o que está
acontecendo. Os sites sérios, dedicados à divulgação das
informações sobre os transtornos de aprendizagem, são
excelentes suportes para todos. Pesquise por:
• Transtorno no déficit de atenção e hiperatividade.
• Dislexia.
Referências
FERNANDES, F. Transtornos de escrita: disgrafia e disortografia. Multirio, 6
set. 2019. Disponível em:
http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportagens/15211-transtornos-
de-escrita-disgrafia-e-disortografia. Acesso em: 10 jul. 2022.

ROTTA, N. T.; OHLWEILER, L.; RIESGO, R. dos S. Transtorno da


aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto
Alegre: Artmed, 2015.
Bons estudos!

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