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Modelo DE Relatorio Neuro TDAH Atraso Cognitivo PAG 7

Bases Neurológicas do Desenvolvimento de 0 a 10 anos (Faculdade de Venda Nova do


Imigrante)

A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade


Baixado por Melissa Gabrielle (melissagss18@gmail.com)
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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA


COM ENFOQUE NEURO-PSICOPEDAGÓGICO CLINICO

Nome do Aprendiz:
Data de nascimento: Idade:
Escola: Ano (Série):

1. Motivo da avaliação: Solicitação de triagem neuropsicológica por Neurologista para


análise de: dificuldade na leitura e na escrita, atraso no desenvolvimento da fala,
desatenção e dificuldade na racionalização, agitação e inquietação.

2. Queixa: Dificuldade na fala. Não lê. Não assimila as letras. Hipótese de TEA por
psiquiatra, dificuldade na compreensão e assimilação de comandos. CID’s: F71.8 / F
90.0.

3. Período da avaliação e número de sessões:

A anamnese foi realizada em XXXXXXXXXXXX, com a presença da mãe.


As sessões de analise diagnósticas foram realizadas semanalmente, com encontros do
período de XXXXXXXXXXXXXX, totalizando as 10 sessões da triagem
neuropsicológica com a infante.

4. Características comportamentais:

Fala com uma com dificuldade. Dispensar-se com facilidade. Comportamentos agitado
e inquietos. Fala demasiadamente. Sempre repete a última palavra falada. Pergunta
sempre a mesma coisa, mostrando ecolalia. Pula sempre que consegue algo ou esta
alegre, com uma certa estereotipia.
Apresenta limitações na coordenação motora ampla e fina.
Dificuldade na assimilação de letras e números.
Não compreende comandos de imediato, sempre precisa de auxílio para terminar ou
começar algo. Sobe nas coisa e pula.

5. Análise para o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade): (F900


/ R463)

Segundo o DSM-5, pode-se dizer que a aprendente apresenta características


compatíveis com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, tipo
Combinado, nível ELEVADO, pois sua falta de atenção, de concentração e inquietude
vem prejudicando seu aprendizado escolar. Vejamos os critérios frente à Desatenção
segundo o DSM-5:

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1. Frequentemente não presta atenção em detalhes ou comete erros por descuido em


tarefas escolares ou durante outras atividades.
2. Frequentemente tem dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades
lúdicas (p. ex., dificuldade em manter o foco durante as aulas, conversas ou leituras
prolongadas).
3. Frequentemente parece não escutar quando alguém lhe dirige a palavra diretamente
(p. ex., parece estar com a cabeça longe, mesmo na ausência de qualquer distração
óbvia).
4. Frequentemente não segue instruções até o fim e não consegue terminar trabalhos
escolares ou tarefas diárias (p. ex., começa as tarefas, mas rapidamente perde o foco
e facilmente perde o rumo).
5. Frequentemente tem dificuldade em organizar tarefas e atividades (p. ex.,
dificuldade em gerenciar tarefas sequenciais; dificuldade em manter materiais e
objetos pessoais em ordem; trabalho desorganizado e desleixado; mau
gerenciamento do tempo).
6. Frequentemente evita, não gosta ou reluta em se envolver em atividades que exijam
esforço mental prolongado (p. ex., trabalhos escolares ou lição de casa).
7. Frequentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (p. ex., materiais
escolares).
8. Com frequência é facilmente distraído por estímulos externos.
9. Com frequência é esquecido em relação a atividades cotidianas.

Critérios para a Hiperatividade segundo o DSM-5:

1. Frequentemente remexe ou batuca as mãos ou os pés ou se contorce na cadeira.


2. Frequentemente levanta-se da cadeira em situações em que se espera que permaneça
sentado (p. ex., sai do seu lugar em sala de aula).
3. Frequentemente apresenta sensações de inquietude.
4. Com frequência é incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer
calmamente.
5. Com frequência “não para”, agindo como se estivesse “com o motor ligado” (p. ex.,
não consegue ou se sente desconfortável em ficar parado por muito tempo).
6. Frequentemente fala demais.
7. Frequentemente deixa escapar uma resposta antes que a pergunta tenha sido
concluída (p. ex., termina frases dos outros, não consegue aguardar a vez de falar).
8. Frequentemente tem dificuldade em esperar sua vez.
9. Frequentemente interrompe ou se intromete (p. ex., mete-se nas conversas das outras
pessoas; em jogos ou atividades).

Com base nestes critérios, algumas destas características são comuns a aprendente, onde
durante o processo de diagnóstico neuropsicológico muitos destes critérios foram
observados e comprovados.

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6. Área cognitiva:

6.1.1. Concentração, atenção e memória:

Concentração:

No Teste Neuropsicológico de Dígitos – WMS-R, no que se refere a Concentração


obteve score 0 onde o score deveria ser 5.

Atenção:

No Teste Neuropsicológico de Dígitos – WMS-R, no que se refere a Atenção obteve


score 0 onde o score considerável para sua idade cronológica é de 5.

Observação: vale ressaltar que no momento deste teste o infante não consegui
compreender a dinâmica da aplicação, se dispersando com facilidade.

Atenção e Percepção Visual:

Frente os testes realizados verificou-se que a aprendente mostrou dificuldade em manter


o foco, onde com muita facilidade distrai-se e não finaliza o que começa.

No jogo Lince, que também analisa a atenção e a concentração, a aprendente mostrou


grande dificuldade em localizar as figuras, falta de atenção e inquietude. Além disso,
desfocava a atenção com facilidade durante o jogo, não finalizando e não
compreendendo as regras.

Realizou-se um teste que abordava a memorização e percepção com o jogo Genius. Este
demonstrou que a aprendente não consegue memorizar nenhuma cor, pois sua falta de
concentração e inquietude não permitiram que a mesmo realizasse o teste com
perfeição. Como também não conseguiu compreender a dinâmica do jogo, fazendo de
qualquer jeito sem seguir as orientações dadas.

Memória Operacional:

Frente a memória operacional, que é também chamada de memória de trabalho, a


aprendente não compreende de imediato comandos e regras passadas. Mesmo repetindo
uma quantidade significativa de vezes, ele apresentava grande dificuldade de
compreensão e execução dos comandos dados. Necessitando sempre do auxílio
terapêutico para realiza-los.

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Acredito que por conta do atraso cognitivo (Já diagnosticado por neurologista), ou seja,
atraso no desenvolvimento da aprendizagem, sua capacidade de memorização imediata
e a compreensão dos comandos e regras vem sendo prejudicada.

7. Análise Substancial Neuropsicológica focada nos critérios do


Neurodesenvolvimento

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS NEUROPSICOLÓGICOS PERANTE OS


TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO

Conforme o DSM-5 a aprendente se encaixa no subtítulo de Transtornos do


Neurodesenvolvimento, estado enquadrada no diagnóstico de Transtorno do
Desenvolvimento Intelectual. Este é um transtorno com início no período do
desenvolvimento que inclui déficits funcionais, tanto intelectuais quando adaptativos,
nos domínios conceitual, social e prático. Vejamos os critérios:

A. Déficits em funções intelectuais como raciocínio, solução de problemas,


planejamento, pensamento abstrato, juízo, aprendizagem acadêmica e aprendizagem
pela experiência, confirmados tanto pela avaliação clínica quanto por testes de
inteligência padronizados e individualizados.
B. Déficits das funções adaptativas que resultam em fracasso para atingir padrões de
desenvolvimento e socioculturais em relação à independência pessoal e
responsabilidade social. sem apoio continuado, ou déficits de adaptação limitam o
funcionamento e uma ou mais atividades diárias, como comunicação, participação
social e vida independente, e em múltiplos ambientes, como em casa, na escola, no local
de trabalho e na comunidade.
C. Início dos déficits intelectuais e adaptativos durante o período do desenvolvimento.

7.1. Conforme a Gravidade do Transtorno do Desenvolvimento Intelectual:


(F71.8)

Frente ao nível de gravidade, segundo o DSM-5, levantamos a hipótese dos


comportamentos compatíveis com o nível MODERADO, baseando-se nos seguintes
critérios para o tal:

Domínio conceitual: Durante todo o desenvolvimento, as habilidades conceituais


individuais ficam bastante atrás das dos companheiros. Nos pré-escolares, a linguagem
e as habilidades pré-acadêmicas desenvolvem-se lentamente. Nas crianças com idade
escolar, ocorre lento progresso na leitura, na escrita, na matemática e na compreensão
de tempo e do dinheiro ao longo dos anos escolares, com limitações marcadas na
comparação com os colegas. Assistência continua diária é necessária para a realização
de tarefas conceituais cotidianas, sendo que outras pessoas podem assumir
integralmente essas responsabilidades pelo indivíduo.

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Domínio social: O indivíduo mostra diferenças marcadas em relação aos pares no


comportamento social e na comunicação durante o desenvolvimento. A linguagem
falada costuma ser um recurso primário para a comunicação social, embora com muito
menos complexidade que a dos companheiros. A capacidade de relacionamento é
evidente nos

laços com família e amigos, e o indivíduo pode manter amizades bem-sucedidas na vida
e, por vezes, relacionamentos românticos na vida adulta. Pode, entretanto, não perceber
ou interpretar com exatidão as pistas sociais. O julgamento social e a capacidade de
tomar decisões são limitados, com cuidadores tendo que auxiliar a pessoa nas decisões.
As amizades com companheiros com desenvolvimento normal costumam ficar afetadas
pelas limitações de comunicação e socialização. Há necessidade de apoio social e de
comunicação significativa para o sucesso nos locais de estudo e trabalho.

Domínio prático: O indivíduo é capaz de dar conta das necessidades pessoais


envolvendo alimentar-se, vestir-se, eliminações e higiene como adulto, ainda que haja
necessidade de período prolongado de ensino e de tempo para que se torne independente
nessas áreas, talvez com necessidade de lembretes. Da mesma forma, participação em
todas as tarefas domesticas pode ser alcançada na vida adulta, ainda que seja
necessidade longo período de aprendizagem, que um apoio continuado tenha que
ocorrer para um desempenho adulto. Uma variedade de habilidades recreativas podem
ser desenvolvidas. Estas costumam demandar apoio e oportunidades de aprendizagem
por um longo período de tempo.

8. Transtorno de Comunicação (DSM-5)

Os transtornos de comunicação incluem déficits na linguagem, na fala e na


comunicação. A Fala é a produção expressiva de sons e inclui a articulação, a fluência, a
voz e a qualidade da ressonância de um indivíduo. Linguagem inclui a forma, a função e
o uso de um sistema convencional de símbolos (i.e., palavras faladas, linguagens de
sinais, palavras escritas, figuras), com um conjunto de regras de comunicação.
Comunicação inclui todo comportamento verbal e não verbal que influência o
comportamento, as ideias ou as atitudes de um outro indivíduo.

8.1. Transtorno de Fala

A produção da fala descreve a articulação clara de fonemas, que, combinados, formam


as palavras faladas. Um transtorno de fala é diagnosticado quando a produção da fala
não ocorro como esperado, de acordo com a idade e estágio de desenvolvimento a
criança. Vejamos alguns critérios diagnósticos segundo do DSM-5:

A. Dificuldade persistente para produção da fala que interfere na inteligibilidade da fala


ou impede a comunicação verbal de mensagens;

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B. A perturbação causa limitações na comunicação eficaz, que interferem na


participação social, no sucesso acadêmico ou no desempenho profissional,
individualmente ou em qualquer combinação.
C. O início dos sintomas ocorre precocemente no período do desenvolvimento.

D. As dificuldades não são atribuíveis a condições congênitas ou adquiridas, como


paralisias cerebrais, surdez ou perda auditiva, lesões cerebrais traumáticas ou outras
condições médicas ou neurológicas.

8.2. Percepção visual e cognitiva (Testes Piagetianos – Provas Operatórias):

Em todos os testes psicológicos realizados (Conservação de pequenos elementos


discretos; conservação de massa, conservação de superfície, conservação de
comprimento) a aprendente não conseguiu responder e compreender os
questionamentos feitos. Queria sempre brincar com os instrumentos da análise. Onde
assim era inviável realizar e concluir com exatidão e precisão os testes. Ficava
constantemente desfocando a atenção e não compreendia os questionamentos. Suas
respostas eram confusas e não correspondiam com o que estava sendo perguntando.
Ficando assim inviável a conclusão dos testes para análise do nível cognitivo.

9. Área Matemática: Dificuldade na assimilação de números simples. Não subtrai.


Não reconhece todos os números. Não interpreta problemas matemáticos. Não domina a
tabuada. Dificuldade em direita e esquerda. Não tem noção de tempo e espaço (dias,
horas e meses do ano). Lateralidade com dificuldade. Não realiza sequência lógica.
Raciocínio hipotético dedutivo lento. Reconhece as cores com dificuldade e confunde-
se no reconhecimento das formas geométricas.

10. Leitura: Dificuldade na assimilação, junção e fonologia das letras e palavras.


Consequentemente ainda não lê com perfeição. Não identifica todas as letras do
alfabeto. Onde conforme sua idade cronológica já deveria ter iniciado o processo leitor,
mas devido a hipótese de atraso cognitivo, sua leitura ainda não está desenvolvida.

11. Escrita: Escreve com dificuldade letras soltas e de formato bastão, as vezes utiliza
letras espelhadas e limitação motora, tanto para recorte quanto para colagem e pintura.
Traçado motor fino hipertônico. Sua escrita é aleatória e sem correspondência sonora,
estando em um nível pré-silábico, conforme os estudos da psicogênese da língua escrita
de Emília Ferreiro.

12. ANÁLISE NEUROPSICOLÓGICA DO TEA

Frente algumas observações realizadas em consultórios e analise neuropsicológica das


escalas CRAS, MCHAT, ABC e ETA, a aprendente trouxe algumas características

Baixado por Melissa Gabrielle (melissagss18@gmail.com)


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similares ao TEA, principalmente pela presença da fala mecanizada e articulação da


linguagem. Evita e não gosta de barulhos, tem dificuldade no contato visual. Interage
com outras crianças mas, as vezes isola-se. Pula sem motivos (ou as vezes quando está
feliz), com movimentos das mãos frente ao rosto. Creio que possa haver a presença de
uma autismo mais de forma leve, mais se faz necessário uma análise Neuropediátrica
para mais esclarecimentos sobre o caso.

13. HIPÓTESES LEVANTADAS DURANTE O PROCESSO DE TRIAGEM


NEUROPSICOLÓGICA:

 Índice para o TDAH –Tipo: Combinado?


 Índice para Atraso cognitivo. (Já fechado por neurologista)
 Limitação na articulação da linguagem falada.
 Déficit de Coordenação Motora (ampla e fina).
 Índice para TEA – Autismo?

14. Encaminhamentos:

 Retorno Avaliação Neuropediatra.


 Reforço especializado em Alfabetização.
 Acompanhamentos de uma equipe multidisciplinar – o mais breve possível –
composta de: Psicopedagogo Clínico, Neuropsicólogo, Fonoaudiólogo, psicológico e
terapeuta ocupacional.

LOCAL, DIA, MÊS E ANO

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ASSINATURA E CARIMBO

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