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DEFICIÊNCIA

UNESC –UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE


Curso: Psicologia
Disciplina: Psicologia aplicada a pessoa com deficiência.
Prof. Ms. Cibele Lucion
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
• Conceito: limitações no funcionamento intelectual e comportamento
adaptativo, sendo expresso nas habilidades conceituais, sociais e práticas.
(DSM V).

• A CID-10 ainda destaca as limitações vinculadas a linguagem, cognição,


motricidade e comportamento social.
CRITERIOS DIAGNOSTICOS DSM V

• A. Défices nas funções intelectuais. A deficiência no funcionamento intelectual é


caracterizada por défices na generalidade das capacidades cognitivas/funções
intelectuais, tais como: raciocínio, resolução de problemas, planejamento,
pensamento abstrato, julgamento, aprendizagens acadêmicas e aprendizagens
realizadas com base na experiência. A deficiência no funcionamento Intelectual
requer um défice cognitivo de, aproximadamente, 2 ou mais desvios-padrão no
quociente de inteligência (QI), situando-se abaixo da média da população para uma
pessoa da mesma idade e grupo cultural. Normalmente, este desvio corresponde a
um QI de aproximadamente 70 ou menor e é medido através de testes
individualizados, padronizados, culturalmente adequados e com validade
psicométrica.
• B. Défices no funcionamento/comportamento adaptativo. Os défices na
generalidade das capacidades cognitivas prejudicam o funcionamento do sujeito
quando comparado com uma pessoa da mesma idade e grupo cultural, limitando e
restringindo a sua participação e desempenho em um ou mais aspectos de atividades
da vida diária, tais como: a comunicação, participação social, funcionamento escolar
ou laboral, e na independência pessoal em casa ou em ambientes comunitários. Estas
limitações têm, como consequência, a necessidade de um maior ou menor apoio na
escola, no trabalho ou na vida diária. Assim, para além de uma deficiência
intelectual, também é requerido um défice significativo no
funcionamento/comportamento adaptativo. Por norma, o comportamento adaptativo
é medido através da aplicação de testes individualizados, padronizados,
culturalmente adequados e com validade psicométrica.

• C. Início durante o período de desenvolvimento. Deve ser especificado o nível de


gravidade atual: 1. Leve 2. Moderado 3. Grave 4. Profundo E
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Conforme Kaplan (2000), a deficiência na área mental deve ser


diagnosticada quando a criança apresentar: uma história onde
passou por algum tipo de alteração ou acidente genético,
problemas pré-natais (rubéola; sífilis; herpes, uso de álcool e
drogas pela gestante), perinatal: (Meningite, traumatismo
craniano, anóxia por exemplo), ou pós natais (fatores como
desnutrição, entre outros).
• Os testes psicológicos devem apontar QI menor do que 70.
Os sintomas devem ser percebido antes dos 18 anos, porém
em casos de nível leve pode não ser diagnosticado ou
percebido.

• Deve haver comprometimento nas habilidades adaptativas


ao meio: aprendizagem (memória, fixação, alfabetização,
raciocínio lógico), na vida social, na comunicação, possui
dificuldade de compreender conteúdos subjetivos como
princípios de moralidade. Necessita de supervisão constante
ou parcial.
Classificação dos níveis de QI
• Deficiência Leve ou limítrofe (QI entre 50 a 70)
• Deficiência moderada (QI entre 35 a 55)
• Deficiência severa (QI entre 20-25 a 40)
• Deficiência Profunda (QI a baixo de 25)
FATORES CULTURAIS E PSICOSSOCIAIS.

• Promoção da autonomia (questões familiares e sociais).


• A pessoa com deficiência (subjetividade, personalidade, identidade, outros).
• Acessibilidade.
• Interação social.
• Estudos.
• Vida profissional.
MODELOS DE CONCEPCOES.

• Históricos (explicações sobrenaturais)


• Biomédico (fatores biológicos e necessidade da pessoa
e familiares se adaptarem a sociedade)
• Social e inclusivo (direitos e deveres, a sociedade deve
moldar-se para incluir pessoas com deficiências).
Causas e fatores associados a DI

• Síndrome de Down: ocorre por uma alteração


cromossômica. Trissomia do cromossomo 21.

• Síndrome Alcoólica: ingestão de álcool pela mãe


durante a gravidez.
Síndrome alcoólica fetal
• Síndrome da Fenilcetonúria: intolerância ao aminoácido
fenilalanina.

• Transtorno do Espectro Autismo (podem apresentar


dificuldades de demonstrar o afeto e expressão corporal
clara, tendência a se fixar em rotinas, desenvolver
compulsão, pode estar vinculado a deficiência na área
mental ou não, desenvolvem habilidades de repetição,
existem níveis, há casos onde possuem altas habilidades em
uma ou mais áreas de conhecimento).
• Paralisia Cerebral com sequelas na área intelectual:
anóxia (falta de oxigenação no cérebro durante o parto),
acidente onde tenha passado por um traumatismo
craniano, entre outros.
DEFICIÊNCIA NA ÁREA FÍSICA

• Constitui na limitação que pode ser de ordem motora,


visual, auditiva, perda total ou parcial de membros,
perda total ou parcial de movimentos.
Paralisia cerebral e deficiência física.
• Quando acontece antes do nascimento:
• Ameaça de aborto, choque direto no abdômen da mãe;
• Exposição ao raio X nos primeiros meses de gravidez ;
• Incompatibilidade entre fatores sanguíneos de Rh da mãe e do pai ;
• Infecções contraídas pela mãe durante a gravidez (rubéola , sífilis,
outras );
• Mãe portadora de diabetes ou com toxemia de gravidez;
• Hipertensão da gestante.
• Durante o parto:

• Falta de oxigênio ao nascer (o bebê demora a respirar, lesando parte (s) do


cérebro);
• Lesão causada por partos difíceis, principalmente os dos bebes muito
grandes de mães pequenas ou muito jovens (a cabeça do bebê pode ser
muito comprimida durante a passagem pelo canal vaginal);
• Trabalho de parto demorado;
• Mau uso do Fórceps, manobras obstétricas violentas;
• Bebês que nascem prematuramente (antes dos 9 meses e pesando menos
de 2 quilos ) têm mais chances de apresentar paralisia cerebral.
• Causas depois do nascimento

• Febre prolongada e muito alta;


• Convulsões;
• Desidratação com perda significativa de líquidos;
• Infecções cerebrais causadas por meningite ou encefalite;
• Ferimento ou traumatismo na cabeça;
• Falta de oxigênio por afogamento ou outras causas;
• Envenenamento por gás, por chumbo (utilizado no
esmalte cerâmico, nos pesticidas agrícolas ou outros
venenos) ;
• Sarampo;
•  Traumatismo crânio-encefálico até os três anos de
idade.
• Deficiência Visual
• Deficiência auditiva
• Deficiência adquirida após trauma e ou
acidente.

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