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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM – CAMPUS CABO FRIO

ANALISE DO CASO CLINICO.

CABO FRIO

2021
Caso Clinico.
Paciente L.P.G.D, do sexo feminino, 54 anos, deu entrada na unidade hospitalar no
dia 8 de novembro, com queixa principal de fortes dores no membro inferior
esquerdo e apresentando uma lesão aberta (Ulcera crônica em MIE) no mesmo
local. A mesma relata tratamento de trombose venosa profunda (TVP) e tendo vários
episódios da patologia no mesmo membro.
Informações adicionais:
Paciente apresenta lesões na pele em todas as partes do corpo (psoríase).
Lúcida, orientada em tempo e espaço, restrita ao leito, Eupneica, PA:- ---------,
Abdome flácido e indolor á palpação, ausculta Cárdica:- -----------.
A paciente faz uso das seguintes medicações:
Omeprazol 40MG: 01 CP pela manhã
Tramadol: 100MG em 100 ml SF 0,9% IV de 8/8horas
Losartana: 50 MG 01 CP VO se a PA > 160X90 MMHG-SOS
Dipirona: 01 AMP DIL IV de 6/6horas
Cefepime: 1 G IV 8/8 horas
Clindamicina: 600 MG IV 8/8 horas
Clexane: 80 mg SC de 12/12 horas
Diazepan: 10MG 01CP VO á noite
Diosmin: VO 12/12horas
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Problemas Diagnóstico Prescrição/ Intervenção Aprazamento

Deambulação Promover a mobilidade e o movimento ideal; 2h 4h 6h 8h


prejudicada aumentar a mobilidade dos membros; aplicar
10h 12h 14h
RESTRITA AO
relacionada a TVP calor ou frio para reduzir a dor à inflamação e o
LEITO 16h 18h 20h
evidenciada por úlcera hematoma; apoiar as extremidades com
crônica em MIE travesseiros para evitar ou reduzir edemas; 22h 24h
evitar períodos prolongados sentado ou deitados
na mesma posição;

Dor crônica Analisar o tipo e a fonte da dor; oferecer alívio


relacionada a TVP com os analgésicos prescritos.
DOR evidenciada por PA SOS
alterada

Débito cardíaco Monitoração de sinais vitais; monitoração hídrica;


diminuído relacionada administração de medicamentos; Controle
PA ELEVADA a PA alta evidenciada hidroeletrolítico. 6h 12h 18h
por TVP
24h

Isolamento social Incentivar a paciente a expor sentimentos e


relacionado a preocupações; investigar as necessidades e as
LESOES NA PELE vergonha pelas lesões expectativas não satisfeitas da paciente; reduzir SOS
(PSORIASE) evidenciada por estímulos perturbadores como luminosidade e
psoríase sons na unidade hospitalar

Integridade da pele Mudar posição do paciente a cada duas horas. 2h 4h 6h 8h


prejudicada 19h 12h 14h
ÚLCERA relacionada a restrição 16h 18h 20h
CRONICA EM MIE ao leite evidenciada 22h 24h.
por úlcera crônica em
MIE Realizar curativo com alta capacidade de 08h 12h 16h
retenção de exsudato, principalmente ao iniciar 20h 24h
terapia compressiva; 4/4 h

Ansiedade relacionada Reduzir a ansiedade do paciente; melhorar o


ao diagnóstico da enfrentamento da doença através se auxílio dá
MEDO doença evidenciada psicologia. SOS
por medo.

Risco de desequilíbrio Identificar possíveis causas dos desequilíbrios


eletrolítico relacionada eletrolíticos; monitorar náuseas, vômitos e
EDEMA a restrição ao leite diarreia; identificar tratamentos capazes de 24h/24h
evidenciada por alterar o estado eletrolítico, como drenagem
edema. gastrointestinal, diuréticos, anti-hipertensivos e
bloqueadores do canal de cálcio; administrar
eletrólitos suplementares
ESTUDO DO CASO:
A trombose venosa profunda é a coagulação do sangue em uma veia profunda de
um membro (em geral de panturrilha, coxa) ou pelve. A trombose venosa profunda
aguda é a causa principal de embolia pulmonar. Decorre de condições que
comprometem o retorno venoso, acarretando disfunção ou lesão endotelial ou
provocando hipercoagulabilidade. Pode ser assintomática ou acarretar dor e edema
do membro; embolia pulmonar é uma complicação imediata. O diagnóstico é feito
por história e exame físico, e é confirmado por testes objetivos, tipicamente com
ultrassonografia dúplex. Testes de D-dímero são usados quando há suspeita de
trombose venosa profunda; um resultado negativo ajuda a excluir trombose venosa
profunda, enquanto um resultado positivo é inespecífico e requer testes adicionais
para confirmar a trombose venosa profunda.
Psoríase é a hiperproliferação dos queratinócitos epidérmicos, combinada com
inflamação da epiderme e derme, cuja manifestação mais comum são: as pápulas
ou placas eritematosas bem delimitadas, recobertas por escamas prateadas. Vários
fatores contribuem, incluindo a genética. Provocadores comuns incluem trauma,
infecção e certos fármacos. Os sintomas geralmente são mínimos, mas pode ocorrer
prurido leve a grave. Implicações estéticas podem ser importantes. Algumas
pessoas desenvolvem doença grave com artrite dolorosa (artrite psoriática). O
diagnóstico é realizado pela aparência clínica e distribuição das lesões.
Em nossas pesquisas sobre o caso percebemos uma possível associação das
patologias que a paciente apresenta, psoríase e a Trombose venosa profunda.
O processo inflamatório sistêmico atrelado à psoríase é capaz de elevar á
inflamação do tecido adiposo, resultando na liberação de adipocinas pró-
inflamatórias no sangue, múltiplos estudos evidenciaram que as adipocinas como:
adiponectina, leptina e resistina integram os processos fisiopatológicos associados
ao surgimento da síndrome metabólica e outras cormobidades cardiovasculares.
A persistência da inflamação sistêmica em pacientes portadores de psoríase resulta
na elevação de proteína C reativa, hiperatividade plaquetária e aumento de citocinas
inflamatórias (TNF-α, IL-6, IL-17, IL-20, IL-22, IL-23), que fatores em potencial para a
o aumento da incidência de doenças isquêmicas cardiovasculares.
Pacientes psoriáticos podem apresentar elevados níveis séricos de inibidor do
ativador do plasminogênio-1 (PAI-1), favorecendo um estado de
hipercoagulabilidade e aumento do risco de eventos tromboembólicos.

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