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Saúde Pública 3
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Questões
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Saúde Pública 3
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TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 1
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INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
NT
FO
O PCDT contempla os três níveis de atenção à saúde no SUS, a saber: 1) a atenção
SO
básica, que é responsável pela implementação de ações de prevenção e assistência nas
respectivas áreas de abrangência e populações adstritas; 2) a média complexidade, que dispõe
RU
de unidades de saúde com especialistas, os quais devem atuar como referência imediata à
LIA
atenção básica e promover capacitação para melhor utilização dos fluxogramas e melhoria da
OG
acuidade clínica; e 3) a alta complexidade, que, além de realizar prevenção e assistência,
contribui com resolução diagnóstica de maior sofisticação, desenvolve pesquisas e capacita os
NA
demais níveis de atenção.
RI
Destaca-se o papel do(a) enfermeiro(a) no manejo das IST, em consonância com a
AB
Portaria nº2.488, de 21 de outubro de 2011, que aprova a Política Nacional da Atenção Básica
e estabelece, entre outras atribuições específicas do(a) enfermeiro(a), a realização de consulta
5S
de enfermagem, procedimentos, atividades em grupo e, conforme protocolos ou outras
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normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito
42
Federal, observadas as disposições legais da profissão, a solicitação de exames
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complementares, a prescrição de medicações e o encaminhamento, quando necessário, de
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usuários a outros serviços.
10
RA
Aspecto relacionado ao Programa do Ministério da Saúde
Para propiciar o diagnóstico precoce e tratamento imediato, propõe-se o uso de
LA
abordagem sindrômica, que se baseia em fluxogramas de conduta. A literatura mostra que os
ES
fluxogramas para úlceras genitais e corrimentos uretrais são bastante eficientes. Entretanto,
NT
Epidemiologia
SO
congênita, hepatites virais B e C, aids, infecção pelo HIV, infecção pelo HIV em gestante,
parturiente ou puérpera e criança exposta ao risco de transmissão vertical do HIV, conforme a
LIA
demais IST, se considerado conveniente, podem ser incluídas na lista de notificação dos
RI
estados/municípios.
AB
Atividades dos diferentes níveis de atenção em saúde no manejo operacional das IST
5S
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Atenção básica
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virais;
N
__________________________________________________________________________________________________________
A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
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TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 2
LA
SE
•Referir os casos de IST complicadas e/ou não resolvidas para unidades que disponham de
NT
especialistas e mais recursos laboratoriais;
FO
• Referir os casos de dor pélvica com sangramento vaginal, casos com indicação de avaliação
SO
cirúrgica ou quadros mais graves para unidades com ginecologista e/ou que disponham de
atendimento cirúrgico.
RU
LIA
Média complexidade
OG
• Realizar todas as atividades elementares de prevenção e assistência, além do diagnóstico e
tratamento das IST, dentro da competência das especialidades disponíveis;
NA
• Realizar colposcopia, se disponível, ou encaminhar a paciente para serviços de referência
RI
que disponham de colposcópio e profissional habilitado, quando indicado;
AB
• Realizar procedimentos cirúrgicos ambulatoriais;
• Notificar as IST, conforme a Portaria nº 1.271/2014. Os demais agravos são notificados de
5S
acordo com recomendações dos estados/municípios, quando existentes;
74
• Comunicar as parcerias sexuais do caso-índice para tratamento conforme protocolo;
42
•Promover capacitações para os profissionais de saúde da atenção básica.
40
Alta complexidade
51
• Realizar todas as atividades elementares e intermediárias de prevenção e assistência das IST;
10
• Ter um laboratório de pesquisa equipado e em funcionamento, realizando os seguintes
RA
testes diagnósticos: testes treponêmicos e não treponêmicos, exame a fresco, bacterioscopia,
cultura para gonococo, biologia molecular para Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia
LA
trachomatis e histopatologia;
ES
• Interagir com outras instituições, a fim de agregar outras tecnologias e massa crítica;
NT
• Realizar periodicamente, pelo menos uma vez ao ano, vigilância de resistência microbiana
OG
aos fármacos e vigilância da etiologia dos corrimentos uretrais e vaginais, ulcerações genitais e
cervicites;
NA
Saúde.
42
40
Para que se interrompa a cadeia de transmissão das IST, é fundamental que os contatos
10
sexuais das pessoas infectadas sejam tratados. No caso do não comparecimento das parcerias
sexuais comunicadas, outras atividades poderão ser desenvolvidas, conforme a disponibilidade
RA
de cada serviço.
LA
Serão consideradas parcerias sexuais, para fins de comunicação, aqueles(as) com as quais a
S
__________________________________________________________________________________________________________
A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
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TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 3
LA
SE
Princípios para comunicação das parcerias sexuais:
NT
Confidencialidade: qualquer informação sobre o caso-índice, incluindo identidade, não deve
FO
ser revelada à parceria sexual e vice-versa.
SO
Ausência de coerção: a comunicação às parcerias sexuais pelo caso-índice deve ser voluntária,
e este deve continuar tendo acesso aos serviços, mesmo que não coopere com o
RU
procedimento.
LIA
Proteção contra discriminação: a comunicação às parcerias sexuais deverá ser realizada
OG
respeitando os direitos humanos e a dignidade dos envolvidos, principalmente, naqueles
lugares em que o estigma e a discriminação possam se seguir ao diagnóstico, tratamento ou
NA
notificação.
RI
A comunicação às parcerias sexuais pode ser realizada por meio dos métodos:
AB
Comunicação por cartão
Comunicação por correspondência ou outros meios
5S
Comunicação por busca ativa
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42
PRINCIPAIS CLÍNICAS E CAUSAS:
40
CORRIMENTO VAGINAL
51
Etiologia do corrimento vaginal
10
O corrimento vaginal ocorre por múltiplos agentes etiológicos, que incluem:
RA
• Vaginose bacteriana: decorrente do desequilíbrio da microbiota vaginal, sendo causada pelo
crescimento excessivo de bactérias anaeróbias (Prevotellasp., G. vaginalis, Ureaplasma sp. E
LA
Mycoplasma sp.);
ES
CANDIDÍASE VULVOVAGINAL
SO
É a infecção da vulva e vagina, causada por um fungo comensal que habita a mucosa
RU
vaginal e digestiva, o qual cresce quando o meio se torna favorável ao seu desenvolvimento. A
relação sexual não é a principal forma de transmissão, visto que esses microrganismos podem
LIA
• Disúria;
RI
•Dispareunia;
AB
•Hiperemia;
74
•Edema vulvar;
42
Existem fatores que predispõem à infecção vaginal por Candidasp., entre os quais podem-se
10
destacar:
•Gravidez;
RA
•Obesidade;
S
•Contato com substâncias alergênicas e/ou irritantes (ex.: talcos, perfumes, sabonetes ou
SO
desodorantes Íntimos);
• Alterações na resposta imunológica (imunodeficiência), incluindo a infecção pelo HIV
RU
LIA
OG
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A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
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RA
TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 4
LA
SE
O diagnóstico do corrimento vaginal pode ser realizado por teste do pH vaginal, em que são
NT
mais comuns valores < 4,5, e/ou por bacterioscopia, com a visualização de leveduras e/ou
FO
pseudo-hifas.
SO
VAGINOSE BACTERIANA
RU
É caracterizada por um desequilíbrio da microbiota vaginal normal, com diminuição
LIA
acentuada ou desaparecimento de lactobacilos acidófilos (Lactobacillusspp) e aumento de
OG
bactérias anaeróbias (Prevotella sp. e Mobiluncus sp.), G. vaginalis, Ureaplasma sp.,
Mycoplasma sp., e outros. É a causa mais comum de corrimento vaginal, afetando cerca de
NA
10% a 30% das gestantes e 10% das mulheres atendidas na atenção básica. Em alguns casos,
RI
pode ser assintomática.
AB
Os sinais e sintomas incluem:
• Corrimento vaginal fétido, mais acentuado após a relação sexual sem o uso do preservativo,
5S
e durante o período menstrual;
74
• Corrimento vaginal branco-acinzentado, de aspecto fluido ou cremoso, algumas vezes
42
bolhoso;
40
• Dor à relação sexual (pouco frequente).
51
Não é uma infecção de transmissão sexual, mas pode ser desencadeada pela relação
10
sexual em mulheres predispostas (o contato com o esperma que apresenta pH elevado
RA
contribui para o desequilíbrio da microbiota vaginal). O uso de preservativo pode ter algum
benefício nos casos recidivantes. LA
A vaginose bacteriana aumenta o risco de aquisição das IST (incluindo o HIV), e pode
ES
TRICOMONÍASE
42
colo uterino, a vagina e a uretra. A prevalência varia entre 10% a 35%, conforme apopulação
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exame citopatológico, o qual deve ser repetido três meses após o tratamento para avaliar a
LIA
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A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
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TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 5
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Primeira opção Segunda Tratamento Casos Comentários
RU
opção em gestantes recorrentes
LIA
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Candidíase Miconazola Fluconazol Durante a Mesmas As parcerias
NA
vulvovaginal creme a 2%, 150 gravidez, o opções sexuais não
RI
via vaginal, um mg, VO, dose tratamento do tratamento precisam ser
AB
aplicador única deve da candidíase tratadas, exceto
5S
cheio, OU ser realizado vaginal, por 14 as
à noite ao Itraconazol somente por dias sintomáticas
74
deitar-se, por 100 mg, 2 via OU É comum
42
7 dias comprimidos, vaginal Fluconazol durante
40
OU VO, 2xdia, O tratamento 150 mg, VO, a gestação,
51
Nistatina por oral está 1xdia, dias 1, podendo
10
100.000 UI, 1 dia contraindicado 4 e 7, seguido apresentar
RA
uma aplicação, na gestação e de terapia de recidivas pelas
via vaginal, à lactação LA manutenção: condições
noite ao fluconazol propícias do pH
ES
6 meses nesse
período
SO
bacteriana 250 mg, 2 300 mg, VO, trimestre: 250 mg, 2 das parcerias
LIA
dias de tratamento
supressivo com
RA
duas
LA
aplicações
S
semanais, por
TE
4
N
a 6 meses
FO
SO
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LIA
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A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
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RA
TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 6
LA
SE
Tricomoníase Metronidazol Após primeiro As parcerias
NT
400 mg, 5 trimestre: sexuais devem
FO
comprimidos, Metronidazol ser
SO
VO, dose única 400 mg, 5 tratadas com o
(dose total de comprimidos, mesmo
RU
tratamento2g), VO, dose única esquema
LIA
VO, dose única (dose total de terapêutico
OG
OU tratamento 2 O tratamento
Metronidazol g) pode aliviar
NA
250 mg, 2 OU os sintomas
RI
comprimidos, Metronidazold de corrimento
AB
VO, 2xdia, por 400 mg, 1 vaginal em
5S
7 dias comprimido, gestantes, além
VO, de
74
2xdia, por 7 prevenir
42
dias infecção
40
OU respiratória ou
51
Metronidazold genital em RN
10
250 mg, 1 Para as
RA
comprimido, puérperas,
VO, LA recomendase
3xdia, por 7 o mesmo
ES
gestantes
FO
Notas: PVHA (pessoas vivendo com HIV E AIDS) devem ser tratadas com os mesmos esquemas
SO
• Durante o tratamento com metronidazol, deve-se evitar a ingestão de álcool, pelo “efeito
LIA
VERRUGAS ANOGENITAIS
AB
• Etiologia
5S
O HPV é um DNA-vírus que pode induzir uma grande variedade de lesões proliferativas na
74
região anogenital. Atualmente, há mais de 200 tipos de HPV descritos, sendo que
42
Os tipos de HPV que infectam o trato genital são divididos em dois grupos, de acordo com o
10
intraepiteliais de baixo grau – tipos 6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 61, 70, 72, 81 e CP6108.
LA
especialmente, nos carcinomas – tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68,
TE
73 e 82.
N
Os tipos 26, 53 e 66 são provavelmente de alto risco oncogênico, e os tipos 34, 57 e 83 são de
FO
risco indeterminado
SO
RU
LIA
OG
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A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
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RA
TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 7
LA
SE
• Transmissão do HPV
NT
Ocorre, preferencialmente, por via sexual. A transmissão vertical do HPV é corroborada pela
FO
ocorrência de papilomatose recorrente de laringe juvenil, em crianças com menos de dois anos
SO
de idade, e por relatos de casos de RN com condiloma genital ao nascimento. A transmissão
por fômites é rara.
RU
O tempo de latência viral e os fatores associados não são conhecidos, e o vírus pode
LIA
permanecer quiescente por muitos anos até o desenvolvimento de lesões. Assim, não é
OG
possível estabelecer o intervalo mínimo entre a infecção e o desenvolvimento de lesões. A
recidiva das lesões do HPV está mais provavelmente relacionada à ativação de reservatórios
NA
virais do que à reinfecção pela parceria sexual.
RI
Os fatores que determinam a persistência da infecção e a progressão para neoplasias do
AB
sistema geniturinário incluem infecção por HPV de alto risco oncogênico, estado imunológico e
5S
tabagismo.
74
• Epidemiologia e fatos relevantes
42
A infecção persistente por tipos oncogênicos de HPV está associada ao maior risco de
40
desenvolver lesão intraepitelial escamosa (neoplasia intraepitelial do colo uterino – NIC). O
51
HPV está envolvido em aproximadamente 100% dos casos de câncer cervical, com percentual
10
menor em outros locais: 85% dos casos de câncer de ânus, 40% de vulva, 70% de vagina e 50%
RA
de pênis; 35% de orofaringe, 10% de laringe e 23% de boca.
LA
O tempo médio entre a infecção pelo HPV de alto risco e o desenvolvimento do câncer cervical
é de aproximadamente 20 anos, de acordo com o tipo, a carga e a capacidade de persistência
ES
viral, e o estado imunológico do hospedeiro. A infecção por um genótipo de HPV não impede a
NT
Apresentação latente: ocorre quando as pessoas infectadas por HPV não desenvolvem
RU
qualquer lesão. Essa condição pode permanecer durante toda a vida. Apenas algumas pessoas
LIA
podem, anos mais tarde, vir a expressar a doença com condilomas ou alterações celulares do
colo uterino.
OG
Apresentação subclínica: a lesão subclínica ocorre quando as microlesões pelo HPV são
A
com ou sem biópsia. A lesão intraepitelial escamosa de baixo ou alto risco é detectada com
RI
mais frequência.
AB
como verruga genital ou condiloma acuminado. Manifesta-se pela presença de lesões exofí-
74
ticas, com superfície granulosa, únicas ou múltiplas, restritas ou disseminadas, da cor da pele,
42
aspecto filiforme, sendo em geral resultantes de infecção por tipos não oncogênicos.
10
O diagnóstico do condiloma acuminado é clínico e pode ser confirmado por biópsia. Entre as
SO
técnicas utilizadas para o diagnóstico das lesões anogenitais induzidas por HPV, recomendam-
RU
se os seguintes exames:
• Colpocitologia oncótica de colo uterino;
LIA
OG
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A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
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TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 8
LA
SE
• Citologia oncótica anal;
NT
• Colposcopia;
FO
• Anuscopia;
SO
• Histopatologia.
A biópsia de lesões anogenitais sugestivas de HPV está indicada nos seguintes casos:
RU
• Existência de dúvida no diagnóstico da lesão anogenital;
LIA
• Presença de lesão suspeita de neoplasia (lesões pigmentadas, endurecidas, fixas ou
OG
ulceradas);
• Ausência de resposta ao tratamento convencional;
NA
• Aumento das lesões durante o tratamento;
RI
• Pacientes com imunodeficiência (HIV, uso de drogas imunossupressoras, corticoides, entre
AB
outros).
5S
Tratamento das verrugas anogenitais
74
A seguir, apresentam-se as opções terapêuticas para o tratamento das lesões anogenitais
42
induzidas pelo HPV.
40
Podofilina 9 a 10%-25% (solução): contém uma série de substâncias com ação
51
antimitótica. Aplicar em cada verruga e deixar secar. Usar uma vez por semana até o
10
desaparecimento das lesões. Recomenda-se a utilização de até 0,5 mL em cada aplicação ou a
RA
limitação da área tratada a 10 cm2 por sessão. Além de irritação local, a absorção em grandes
quantidades pode ser tóxica para o coração, rins e sistema nervoso. É contraindicada na
LA
gestação.
ES
destruição dos condilomas pela coagulação química de seu conteúdo proteico. Esse
FO
desejável exame histopatológico do espécime. Os condilomas podem ser retirados por meio
OG
vacina contra o HPV na faixa etária de nove a 26 anos de idade, com esquema diferenciado de
5S
A vacinação desse grupo passa a ser realizada em todos os postos de vacinação, nos
51
vacinação
LA
S
A sífilis é uma infecção bacteriana de caráter sistêmico, curável e exclusiva do ser humano. É
N
causada pelo T. pallidum, uma bactéria Gram-negativa do grupo das espiroquetas, descoberta
FO
em 1905.
SO
• Transmissão da sífilis
A infectividade da sífilis por transmissão sexual é maior (cerca de 60%) nos estágios iniciais
RU
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A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
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RA
TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 9
LA
SE
Manifestações clínicas da sífilis adquirida e sífilis na gestação
NT
Existem duas classificações para as formas clínicas da sífilis adquirida, a saber, pelo tempo de
FO
infecção e por suas manifestações clínicas, conforme a descrição:
SO
a) Segundo o tempo de infecção:
Sífilis adquirida recente (menos de um ano de evolução);
RU
Sífilis adquirida tardia (mais de um ano de evolução).
LIA
OG
b) Segundo as manifestações clínicas da sífilis adquirida:
Sífilis primária: após o contato sexual infectante, ocorre um período de incubação com
NA
duração entre 10 a 90 dias (média de três semanas). A primeira manifestação é caracterizada
RI
por uma erosão ou úlcera no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino,
AB
ânus, boca, ou outros locais do tegumento). É denominada “cancro duro” e é geralmente
única, indolor, com base endurecida e fundo limpo, sendo rica em treponemas. Geralmente é
5S
acompanhada de linfadenopatia inguinal. Esse estágio pode durar entre duas a seis semanas e
74
desaparecer de forma espontânea, independentemente de tratamento.
42
40
Sífilis secundária: os sinais e sintomas surgem em média entre seis semanas e seis meses após
51
a infecção e duram em média entre quatro e 12 semanas; porém, as lesões podem recrudescer
10
em surtos subentrantes por até dois anos. No entanto, a sintomatologia pode desaparecer de
RA
forma espontânea em poucas semanas, independentemente de tratamento. As lesões
secundárias são ricas em treponemas. Podem ocorrer erupções cutâneas em forma de máculas
LA
(roséola) e/ou pápulas, principalmente no tronco; lesões eritemato-escamosas palmo-
ES
hepático e quadros meníngeos e/ou até oculares, em geral como uveíte. Merece destaque o
fato de as lesões de pele do secundarismo não serem pruriginosas, o que auxilia no
LIA
diagnóstico clínico.
OG
Sífilis latente: período em que não se observa sinal ou sintoma clínico de sífilis, verificando- -se,
NA
porém, reatividade nos testes imunológicos que detectam anticorpos. A maioria dos
RI
diagnósticos ocorre nesse estágio. A sífilis latente é dividida em latente recente (menos de um
AB
Sífilis terciária: ocorre aproximadamente em 30% das infecções não tratadas, após um longo
74
período de latência, podendo surgir entre dois a 40 anos depois do início da infecção. A sífilis
42
indiretamente, ao longo da vida, antibióticos com ação sobre o T. pallidum e que levam à cura
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da infecção.
10
articulares;
TE
Os testes utilizados para o diagnóstico da sífilis são divididos em duas categorias: exames
LIA
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Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
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RA
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ES
Exames diretos: a pesquisa direta de T. pallidum na sífilis recente primária e secundária pode
NT
ser feita pela microscopia de campo escuro (sensibilidade de 74% a 86%).
FO
Testes imunológicos: na prática são os mais utilizados. Dividem-se em treponêmicos e não
SO
treponêmicos.
RU
Testes treponêmicos:
LIA
São testes que detectam anticorpos específicos produzidos contra os antígenos do T.
OG
pallidum. São os primeiros a se tornarem reagentes, sendo importantes para a confirmação
do diagnóstico. Na maioria das vezes, permanecem positivos mesmo após o tratamento pelo
NA
resto da vida do paciente; por isso, não são indicados para o monitoramento da resposta ao
RI
tratamento.
AB
Exemplos de testes treponêmicos: testes de hemaglutinação e aglutinação passiva
(TPHA, do inglês T. pallidum Haemagglutination Test); teste de imunofluorescência indireta
5S
(FTA- -Abs, do inglês Fluorescent Treponemal Antibody-Absorption); quimioluminescência
74
(EQL, do inglês Electrochemiluminescence); ensaio imunoenzimático indireto (ELISA, do inglês
42
Enzyme-Linked Immunosorbent Assay); testes rápidos (imunocromatográficos).
40
51
Testes não treponêmicos:
10
São que detectam anticorpos não específicos anticardiolipina para os antígenos do T.
RA
pallidum, e podem ser qualitativos ou quantitativos. Tornam-se reagentes cerca de uma a três
semanas após o aparecimento do cancro duro. O teste qualitativo indica a presença ou
LA
ausência de anticorpo na amostra. O teste quantitativo permite a titulação de anticorpos. O
ES
resultado deve ser expresso em títulos (1:2, 1:4, 1:64, entre outros), sendo importante para o
NT
EXEMPLO: VDRL (do inglês Venereal Disease Research Laboratory), RPR (do inglês Rapid Test
RU
fases tardias da doença, são esperados títulos baixos (< 1:4), que podem persistir por meses ou
OG
anos. Nesses casos, sem registro de tratamento e sem data de infecção conhecida, a pessoa é
considerada portadora de sífilis latente tardia, devendo ser tratada.
NA
RI
Nota: As amostras com títulos elevados podem apresentar resultados falso-negativos quando
AB
triadas sem uma diluição adicional (1:8 ou 1:16), devido ao “fenômeno prozona”. Esse
5S
fenômeno consiste na falta de reatividade no teste realizado em uma amostra que, embora
74
contenha anticorpos não treponêmicos, apresenta resultado não reagente quando é testada
42
Nota: Resultados falso-positivos também podem ocorrer, pois as reaginas podem surgir em
outras patologias (ex.: doenças reumáticas, gestação, drogadição). Por isso, para a
RA
treponêmico.
S
Um dos testes treponêmicos (ex: teste rápido ou FTA-Abs ou TPHA ou EQL ou ELISA) MAIS -
N
A ordem de realização fica a critério do serviço de saúde. Quando o teste rápido for
SO
utilizado como triagem, nos casos reagentes, uma amostra de sangue deverá ser coletada e
encaminhada para realização de um teste não treponêmico. Em caso de gestante, o
RU
tratamento deve ser iniciado com apenas um teste reagente, treponênico ou não
LIA
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A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
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TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 11
LA
ES
NT
Estadiamento Esquema terapêutico Alternativa
FO
SO
Sífilis primária, secundária e Penicilina G benzatina 2,4 Doxiciclina 100 mg, VO,
latente recente (com menos milhões UI, IM, dose única 2xdia, por 15 dias (exceto
RU
de um ano de evolução) (1,2 milhão UI em cada gestantes) OU Ceftriaxonac 1
LIA
glúteo) g, IV ou IM, 1xdia, por 8 a 10
OG
dias para gestantes e não
gestantes
NA
RI
Sífilis latente tardia (com Penicilina G benzatina 2,4 Doxiciclina 100 mg, VO,
AB
mais de um ano de evolução) milhões UI, IM, semanal, por 2xdia, por 30 dias (exceto
5S
ou latente com duração 3 semanas Dose total: 7,2 gestantes) OU Ceftriaxonac 1
ignorada e sífilis terciária milhões UI, IM g, IV ouIM, 1xdia, por 8 a 10
74
dias para gestantes e não
42
gestantes
40
Neurossífilis Penicilina cristalina 18-24 Ceftriaxona 2 g, IV ou IM,
51
milhões UI/dia, por via 1xdia, por 10 a 14 dias
10
endovenosa, administrada
RA
em doses de 3-4 milhões UI,
a cada 4 horas ou por infusão LA
contínua, por 14 dias
ES
NT
Notas:
FO
Nota: a Para gestantes com alergia confirmada à penicilina: como não há garantia de que
outros medicamentos consigam tratar a gestante e o feto, impõe-se a dessensibilização e o
SO
durante a gestação, a gestante deverá ser tratada com ceftriaxona. No entanto, para fins de
LIA
PCDT.
A
sífilis congênita. Embora não exista evidência científica que uma segunda dose de penicilina G
RI
recomendam. Os pacientes devem ser seguidos em intervalos mais curtos (a cada 60 dias) e as
5S
gestantes, mensalmente, para serem avaliados com teste não treponêmico, considerando a
74
detecção de possível indicação de retratamento (quando houver elevação de títulos dos testes
42
não treponêmicos em duas diluições (ex.: de 1:16 para 1:64, em relação ao último exame
40
Reação de Jarisch-Herxheimer
LA
lesões cutâneas, com eritema, dor ou prurido, as quais regridem espontaneamente após 12 a
TE
treponemas mortos pela penicilina na corrente sanguínea. É mais comum em pacientes que
SO
artralgia e mal-estar.
LIA
OG
__________________________________________________________________________________________________________
A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
10
RA
TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 12
LA
ES
INFECÇÃO PELO HIV / AIDS
NT
FO
A Aids é uma doença que representa um dos maiores problemas de saúde da
SO
atualidade, em função do seu caráter pandêmico e de sua gravidade.
Os infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) evoluem para uma grave
RU
disfunção do sistema imunológico, à medida que vão sendo destruídos os linfócitos T CD4+,
LIA
uma das principais células alvo do vírus.
OG
Agente Etiológico
NA
O HIV é um retrovírus com genoma RNA, da família Retroviridae e subfamília Lentivirinae.
RI
Pertence ao grupo dos retrovírus citopáticos e não-oncogênicos.
AB
Reservatório – O homem.
5S
TRANSMISSÃO, PREVENÇÃO E CONTROLE.
74
Desde o momento de aquisição da infecção, o portador do HIV é transmissor,
42
entretanto, os indivíduos com infecção muito recente (“infecção aguda”) ou imunossupressão
40
avançada têm maior concentração do HIV no sangue (carga viral) e nas secreções sexuais,
51
transmitindo com maior facilidade o vírus.
10
Alguns processos infecciosos e inflamatórios favorecem a transmissão do HIV, a
RA
exemplo de doenças sexualmente transmissíveis (DST), como a sífilis, o herpes genital e o
Cancro Mole. As DST não ulcerativas, tais como: Gonorreia, infecção por clamídia,
LA
tricomoníase, ou outras infecções do trato genital inferior como, por exemplo, a vaginose
ES
e) Acidente ocupacional
OG
1) Infecção aguda.
2) Fase assintomática, também conhecida como latência clínica.
RA
4) Aids.
S
TE
1) FASE AGUDA
N
primária, ocorre em cerca de 50% a 90% dos pacientes. Seu diagnóstico é pouco realizado, em
SO
caracteriza-se tanto por viremia elevada quanto por resposta imune intensa. Nessa fase da
LIA
OG
__________________________________________________________________________________________________________
A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
10
RA
TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 13
LA
ES
infecção, existem evidências de que a imunidade celular desempenha papel fundamental no
NT
controle da viremia.
FO
Os sintomas aparecem durante o pico da viremia e da atividade imunológica. As manifestações
SO
clínicas podem variar desde quadro gripal até uma síndrome, que se assemelha à
mononucleose.
RU
Os pacientes podem apresentar sintomas de infecção viral, como:
LIA
• Febre, adenopatia,
OG
• Faringite, mialgia, artralgia,
• Rash cutâneo maculopapular eritematoso;
NA
• Ulcerações mucocutâneas, envolvendo mucosa oral, esôfago e genitália;
RI
• Adinamia,
AB
• Cefaleia,
• Fotofobia,
5S
• Hepatoesplenomegalia,
74
• Perda de peso, náuseas e vômitos.
42
40
Alguns pacientes ainda podem apresentar candidíase oral, neuropatia periférica,
51
meningoencefalite asséptica e síndrome de Guillain-Barré.
10
Os achados laboratoriais inespecíficos são transitórios e incluem: linfopenia seguida
RA
de linfocitose; presença de linfócitos atípicos; plaquetopenia e elevação sérica das enzimas
hepáticas. Os sintomas duram, em média, 14 dias, sendo o quadro clínico autolimitado.
LA
Janela imunológica: também chamada de janela biológica, é o tempo compreendido
ES
entre a aquisição da infecção e a soroconversão. O tempo decorrido para que a sorologia anti-
NT
HIV torne-se positiva é de 6 a 12 semanas após a aquisição do vírus, com o período médio de
FO
aproximadamente 2 meses.
SO
Na infecção precoce pelo HIV, também conhecida como fase assintomática, o estado clínico
básico é mínimo ou inexistente. Alguns pacientes podem apresentar uma linfoadenopatia
LIA
• A abordagem clínica nessa fase deve-se prender desde o início, a uma história clínica
prévia, investigando-se condições de base como: hipertensão arterial sistêmica; diabetes;
NA
doenças psiquiátricas; uso prévio ou atual de medicamentos; enfim, situações que podem
5S
do perfil emocional e psicossocial do paciente; como também uma avaliação do seu nível de
40
viral e T-CD4+ serão realizadas, idealmente, a cada três meses, pelo serviço especializado.
Pelo exposto, fica evidente o papel importante que desempenham os profissionais que atuam
RA
nas Unidades Básicas de Saúde, e em especial nas Equipes Saúde da Família, pois têm a
LA
Nesta fase, o portador de HIV pode apresentar sinais e sintomas inespecíficos de intensidade
FO
pacientes com infecção sintomática inicial pelo HIV. Pode ser recorrente e vir acompanhada ou
OG
__________________________________________________________________________________________________________
A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
10
RA
TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 14
LA
ES
não de febre. Nessa situação deve ser considerada a possibilidade de infecção oportunista,
NT
devendo-se lançar mão de investigação clínica e laboratorial específicas.
FO
• Fadiga: frequente manifestação da infecção sintomática inicial pelo HIV. Geralmente
SO
sentida no final de tarde ou após atividade física. Fadiga progressiva e debilitante deve alertar
para a presença de infecção oportunista, devendo ser sempre pesquisada. • Emagrecimento: é
RU
um dos mais comuns entre os sintomas gerais associados à infecção pelo HIV, estando
LIA
presente em 95-100% dos pacientes com doença em progressão. Geralmente encontra-se
OG
associado a outros sintomas, como anorexia. A associação com diarreia aquosa faz com que
esse sinal seja mais intenso.
NA
• Trombocitopenia: na maioria das vezes, é uma anormalidade hematológica isolada, com
RI
um número normal ou aumentado de megacariócitos na medula óssea e níveis elevados de
AB
imunoglobulinas, associadas a plaquetas – síndrome clínica chamada púrpura
trombocitopênica imune. Clinicamente, os pacientes podem apresentar somente
5S
sangramentos mínimos como petéquias, equimoses e, ocasionalmente, epistaxes.
74
Laboratorialmente, considera-se nesse caso, o número de plaquetas menor que 100.000
42
células/mm3. Há uma elevação da carga viral e a contagem de linfócitos T CD4+ já pode se
40
encontrar abaixo de 500cel/mm3
51
10
AIDS: DOENÇAS OPORTUNISTAS
RA
Uma vez instalada a aids, as pessoas portadoras do HIV apresentam sinais e sintomas de
processos oportunistas, representados principalmente pelas seguintes doenças:
LA
• Infecções oportunistas (pneumonias, meningites e enterites).
ES
• Gengivite
• Úlceras Aftosas
NA
• Diarreia
RI
AB
mais avançada da doença causada pelo HIV, podem apresentar-se como expressão clínica
74
• Sinusopatias
40
• Herpes Zoster
10
As infecções oportunistas associadas à aids são várias, podendo ser causadas por vírus,
LA
progressiva.
N
__________________________________________________________________________________________________________
A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
10
RA
TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 15
LA
ES
TESTES DIAGNÓSTICOS
NT
Para crianças com 18 meses ou menos, realiza-se a quantificação do RNA viral
FO
plasmático (carga viral) ou a detecção do DNA pró-viral e carga viral entre 1 e 6 meses, sendo
SO
um destes após o 4º mês de vida. Será considerada infectada quando se obtiver resultado
detectável em duas amostras obtidas em momentos diferentes. Caso a carga viral esteja
RU
abaixo de 10.000 cópias/ml, a situação deve ser cuidadosamente analisada, porque pode se
LIA
tratar de um resultado falso-positivo.
OG
A partir de 18 meses, adolescentes e adultos as amostras de soro ou plasma devem
ser submetidas inicialmente a um imunoensaio (Elisa), na etapa denominada triagem
NA
sorológica. As amostras com resultados reagentes ou inconclusivos nesta primeira etapa
RI
deverão ser submetidas a uma etapa de confirmação sorológica, composta de um segundo
AB
imunoensaio (diferente do primeiro na sua constituição antigênica ou princípio metodológico)
e testes confirmatórios, tais como a Imunofluorescência indireta, Imunoblot ou Western blot,
5S
de acordo com a Portaria 59/ GM/MS, de 28 de janeiro de 2003 e portaria SVS/MS no 34, de
74
julho de 2005.
42
O diagnóstico será confirmado por meio da realização de um teste de triagem para
40
detecção de anti-HIV-1 e anti-HIV-2 e pelo menos um teste confirmatório. Em caso de
51
resultado positivo, uma nova amostra deverá ser coletada para confirmar a positividade da
10
primeira amostra.
RA
Em casos especiais, na impossibilidade de realização de diagnóstico laboratorial
convencional, este diagnóstico também pode ser realizado utilizando-se o algoritmo de testes
LA
rápidos. Nessa situação, são usados dois testes em paralelo, com metodologias diferentes. As
ES
amostras que apresentarem resultados positivos nos dois testes rápidos terão seu resultado
NT
considerada “positiva para o HIV”. A positividade de dois testes rápidos usados conforme o
RU
- Uma amostra negativa em dois testes rápidos. Em caso de resultados discordantes nos dois
primeiros ensaios, realiza-se um terceiro teste rápido. Quando este terceiro teste resultar
NA
O tratamento da AIDS
5S
A abordagem clínico-terapêutica do HIV tem-se tornado cada vez mais complexa, em virtude
74
reconstituição do sistema imunológico. O atendimento é garantido pelo SUS, por meio de uma
51
ampla rede de serviços. O Brasil é um dos poucos países que disponibiliza, integralmente, a
10
quatro classes:
TE
reversa, incorporando-se à cadeia de DNA que o vírus cria. Tornam essa cadeia defeituosa,
FO
•Inibidores de protease: impedem a produção de novas cópias de células infectadas com HIV;
LIA
__________________________________________________________________________________________________________
A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
10
RA
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LA
ES
NT
FO
SO
RU
LIA
OG
NA
RI
AB
5S
74
42
40
51
10
RA
LA
ES
NT
Como regra, o esquema de primeira linha deve ser o seguinte: TDF + 3TC + EFV
Para os casos em que o esquema TDF + 3TC + EFV esteja contraindicado, deve-se
RU
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
42
profissional de saúde.
LA
S
Definição de caso
TE
__________________________________________________________________________________________________________
A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
10
RA
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LA
ES
Critério RJ/CARACAS
NT
Existência de 2 testes de triagem ou 1 confirmatório para detecção de anticorpos anti
FO
hiv + somatório de pelo menos 10 pontos de acordo com uma escala de sinais, sintomas ou
SO
doenças
RU
Critério excepcional óbito
LIA
Menção de AIDS em algum campo da declaração de óbito + investigação
OG
epidemiológica inconclusiva ou Menção de infecção pelo HIV em algum campo da declaração
de óbito além de doença associada a infecção pelo hiv + investigação epidemiológica
NA
inconclusiva.
RI
AB
MEDIDAS DE CONTROLE
Prevenção da transmissão sexual - Baseia-se na informação e educação visando a
5S
prática do sexo seguro, pelo uso consistente de preservativos masculino e feminino nas
74
relações sexuais, como principal estratégia de prevenção.
42
40
Prevenção da transmissão sanguínea
51
Transfusão de sangue - Triagem de doadores, afastando aqueles em risco de infecção pelo HIV
10
e realização de teste obrigatório para detecção de anticorpos anti-HIV. A conscientização dos
RA
doadores, no sentido de auto-avaliar os riscos de infecção pelo HIV a que possam ter sido
submetidos, evitando ser identificados à doação, constitui-se na melhor medida de prevenção
LA
da transmissão do HIV por essa via.
ES
NT
deverão realizá-lo normalmente, mas com a ressalva de que ARV com potencial teratogênico
RU
deverão ser substituídos. A Zidovudina IV deverá ser administrada a todas mas parturientes no
momento do parto e a Zidovudina Solução Oral para todos os recém nascidos expostos ao HIV,
LIA
durante seis semanas. A avaliação dos níveis de carga viral materna definirá qual a via de parto
OG
mais adequada para o concepto. Níveis de Carga Viral ≥1.000 cópias/ml (aferida na idade
gestacional ≥34 semanas) ou desconhecida deve ser indicado parto por operação cesariana
NA
eletiva, ou seja, antes do início do trabalho de parto, quando as membranas amnióticas ainda
RI
se encontram íntegras.
AB
Ao contrário níveis de carga viral menores de 1000 cópias por ml ou indetectável (aferida na
5S
idade gestacional ≥34 semanas) indica a realização de parto vaginal. Nesse grupo de mulheres,
74
Para gestantes vale ressaltar que alguns medicamentos estão contraindicados em virtude do
40
individualmente analisados
10
HEPATITES VIRAIS
RA
Descrição: As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com
LA
laboratoriais distintas.
TE
A distribuição das hepatites virais é universal, sendo que a magnitude varia de região para
N
região, de acordo com os diferentes agentes etiológicos. No Brasil, esta variação também
FO
ocorre.
SO
__________________________________________________________________________________________________________
A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
10
RA
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LA
ES
parenteral (transfusão) dos vírus A e E é muito rara, devido ao curto período de viremia dos
NT
mesmos. O segundo grupo (HBV, HCV, e HDV) possui diversos mecanismos de transmissão,
FO
como o parenteral, sexual, compartilhamento de objetos contaminados (agulhas, seringas,
SO
lâminas de barbear, escovas de dente, alicates de manicure), utensílios para colocação de
piercing e confecção de tatuagens e outros instrumentos usados para uso de drogas injetáveis
RU
e inaláveis. Há também o risco de transmissão através de acidentes perfurocortantes,
LIA
procedimentos cirúrgicos e odontológicos e hemodiálises sem as adequadas normas de
OG
biossegurança. Hoje, após a triagem obrigatória nos bancos de sangue (desde 1978 para a
hepatite B e 1993 para a hepatite C), a transmissão via transfusão de sangue e hemoderivados
NA
é relativamente rara.
RI
Período de incubação e Período de transmissibilidade : Variam de acordo com o agente
AB
5S
74
42
40
51
10
RA
LA
ES
NT
FO
SO
RU
Susceptibilidade e imunidade
A susceptibilidade é universal. A infecção confere imunidade permanente e específica
LIA
para cada tipo de vírus. A imunidade conferida pelas vacinas contra a hepatite A e hepatite B é
OG
do anti-HAVIgG (ou anti-HAV total positivo com anti-HAVIgM negativo). Este padrão
5S
indicador da imunidade natural detectável sorologicamente, pois com o tempo o nível de anti-
51
imunidade contra o HBV adquirida naturalmente é possível, embora seja muito pouco
frequente. É aconselhável considerar a possibilidade de resultado falso-positivo nesta situação
RA
reagente por um período indefinido; porém, este padrão não distingue se houve resolução da
TE
para o anti-HAVIgG. A vacina contra a hepatite A induz à formação do anti- HAV IgG.
LIA
OG
__________________________________________________________________________________________________________
A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
10
RA
TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 19
LA
ES
Para a hepatite B – são susceptíveis pessoas com perfil l sorológico HBsAg, anti-HBc e anti-HBs
NT
negativos concomitantemente. A vacina contra a hepatite B tem como imunizante o HBsAg
FO
(produzido por técnica do DNA recombinante) induzindo, portanto, à formação do anti-HBs,
SO
isoladamente.
RU
Aspectos clínicos e laboratoriais
LIA
Manifestações clínicas: Após entrar em contato com o vírus da hepatite o indivíduo pode
OG
desenvolver um quadro de hepatite aguda, podendo apresentar formas clínicas
oligo/assintomática ou sintomática. No primeiro caso, as manifestações clínicas estão ausentes
NA
ou são bastante leves e atípicas, simulando um quadro gripal. No segundo, a apresentação é
RI
típica, com os sinais e sintomas característicos da hepatite como febre, icterícia e colúria.
AB
Fase aguda (hepatite aguda): Os vírus hepatotrópicos apresentam uma fase aguda da infecção.
5S
No nosso meio, a maioria dos casos de hepatite aguda sintomática deve-se aos vírus A e B (na
74
região Norte a co-infecção HBV/HDV também é importante causa de hepatite aguda
42
sintomática). O vírus C costuma apresentar uma fase aguda oligo/assintomática, de modo que
40
responde por apenas pequena parte das hepatites agudas sintomáticas.
51
Período prodrômico ou pré-ictérico – é o período após a fase de incubação do agente
10
etiológico e anterior ao aparecimento da icterícia. Os sintomas são inespecíficos como
RA
anorexia, náuseas, vômitos, diarréia (ou raramente constipação), febre baixa, cefaléia, mal-
estar, astenia e fadiga, aversão ao paladar e/ou olfato, mialgia, fotofobia, desconforto no
LA
hipocôndrio direito, urticária, artralgia ou artrite e exantema papular ou maculopapular.
ES
NT
Fase crônica (hepatite crônica): Casos nos quais o agente etiológico permanece no hospedeiro
após seis meses do início da infecção. Os vírus A e E não cronificam, embora o HAV possa
NA
produzir casos que se arrastam por vários meses. Os vírus B, C e D são aqueles que têm a
RI
Portador assintomático – indivíduos com infecção crônica que não apresentam manifestações
42
clínicas, que têm replicação viral baixa ou ausente e que não apresentam evidências de
40
alterações graves à histologia hepática. Em tais situações, a evolução tende a ser benigna, sem
51
maiores consequências para a saúde. Contudo, estes indivíduos são capazes de transmitir
10
atividade da doença (inflamação, com ou sem deposição de fibrose) e que do ponto de vista
LA
Hepatite fulminante: Este termo é utilizado para designar a insuficiência hepática no curso de
SO
no período de até 8 semanas após o início da icterícia. A mortalidade é elevada (40% e 80%
LIA
__________________________________________________________________________________________________________
A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
10
RA
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LA
ES
Diagnóstico laboratorial
NT
Provas específicas
FO
Hepatite A
SO
Anti-HAVIgM – a presença deste marcador é compatível com infecção recente pelo HAV,
confirmando o diagnóstico de hepatite aguda A. Este marcador surge precocemente na fase
RU
aguda da doença, começa a declinar após a segunda semana e desaparece após 3 meses.
LIA
Anti-HAVIgG – os anticorpos desta classe não permitem identificar se a infecção é aguda ou
OG
trata-se de infecção pregressa. Este marcador está presente na fase de convalescença e
persiste indefinidamente.
NA
É um importante marcador epidemiológico por demonstrar a circulação do vírus em
RI
determinada população.
AB
5S
74
42
40
51
10
Hepatite B
RA
São marcadores de triagem para a hepatite B: HBsAg e anti-HBc.
LA
HBsAg (antígeno de superfície do HBV) – primeiramente denominado como antígeno Austrália.
ES
É o primeiro marcador a surgir após a infecção pelo HBV, em torno de 30 a 45 dias, podendo
permanecer detectável por até 120 dias. Está presente nas infecções agudas e crônicas.
NT
Anti-HBc (anticorpos IgG contra o antígeno do núcleo do HBV) – é um marcador que indica
FO
contato prévio com o vírus. Permanece detectável por toda a vida nos indivíduos que tiveram
SO
a infecção (mesmo naqueles que não cronifcaram, ou seja, eliminaram o vírus). Representa
importante marcador para estudos epidemiológicos.
RU
LIA
OG
NA
RI
AB
5S
74
de infecção recente, portanto confirma o diagnóstico de hepatite B aguda. Pode persistir por
40
Anti-HBs (anticorpos contra o antígeno de superfície do HBV) – indica imunidade contra o HBV.
10
infectividade. Está presente na fase aguda, surge após o aparecimento do HBsAg e pode
S
permanecer por até 10 semanas. Na hepatite crônica pelo HBV, a presença do HBeAg indica
TE
hepatite aguda pelo HBV. A soroconversãoHBeAg para anti-HBe indica alta probabilidade de
SO
resolução da infecção nos casos agudos (ou seja, provavelmente o indivíduo não vai se tornar
um portador crônico do vírus). Na hepatite crônica pelo HBV a presença do anti-HBe, de modo
RU
geral, indica ausência de replicação do vírus, ou seja, menor atividade da doença e, com isso,
LIA
__________________________________________________________________________________________________________
A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
10
RA
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LA
ES
NT
FO
SO
RU
LIA
OG
NA
RI
AB
5S
74
Hepatite C-Anti-HCV (anticorpos contra o vírus HCV) – é o marcador de triagem para a hepatite
42
C. Indica contato prévio com o vírus, mas não define se a infecção é aguda, crônica ou se já foi
40
curada. O diagnóstico de infecção aguda só pode ser feito com a viragem sorológica
51
documentada, isto é, paciente inicialmente anti-HCV negativo que converte, tornando-se anti-
10
HCV positivo e HCV-RNA positivo, detectado por técnica de biologia molecular. A infecção
crônica deve ser confirmada pela pesquisa de HCV-RNA.
RA
HCV-RNA (RNA do HCV) – é o primeiro marcador a aparecer entre uma a duas semanas após a
LA
infecção. É utilizado para confirmar a infecção em casos crônicos, monitorar a resposta ao
ES
imunossuprimidos.
FO
Prognóstico:
SO
Hepatite A – geralmente após 3 meses o paciente já está recuperado. Apesar de não haver
RU
apesarde rara (menos que 1% dos casos), apresenta prognóstico ruim. O quadro clínico é mais
OG
infecção e fica livre dos vírus em cerca de 90% a 95% dos casos. As exceções ocorrem nos
RI
casos de hepatite fulminante (<1% dos casos), hepatite B na criança (90% de chance de
AB
cronificação em menores de 1 ano e 20% a 50% para aquelas que se infectaram entre 1 e 5
5S
um terço evolui para formas histológicas graves num período de 20 anos. Este quadro crônico
42
pode ter evolução para cirrose e hepatocarcinoma, fazendo com que o HCV seja, hoje em dia,
40
Aspectos epidemiológicos: A hepatite A apresenta alta prevalência nos países com precárias
condições sanitárias e socioeconômicas. Em relação ao HBV, alguns estudos do final da década
S
TE
presente na região amazônica, alguns locais do Espírito Santo e oeste de Santa Catarina;
endemicidade intermediária, nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste e baixa
SO
endemicidade, na região Sul do país. Quanto à hepatite C, ainda não existem estudos capazes
RU
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A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
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RA
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LA
ES
Definição de caso
NT
Suspeito
FO
Suspeita clínica/bioquímica
SO
• Sintomático ictérico
O Indivíduo que desenvolveu icterícia subitamente (recente ou não), com ou sem sintomas
RU
como febre, mal-estar, náuseas, vômitos, mialgia, colúria e hipocolia fecal.
LIA
O Indivíduo que desenvolveu icterícia subitamente e evoluiu para óbito, sem outro diagnóstico
OG
etiológico confirmado.
NA
• Sintomático anictérico
RI
O Indivíduo sem icterícia, que apresente um ou mais sintomas como febre, mal-estar, náuseas,
AB
vômitos, mialgia e na investigação laboratorial apresente valor aumentado das
aminotransferases.
5S
74
• Assintomático
42
O Indivíduo exposto a uma fonte de infecção bem documentada (na hemodiálise, em acidente
40
ocupacional com exposição percutânea ou de mucosas, por transfusão de sangue ou
51
hemoderivados, procedimentos cirúrgicos/odontológicos/colocação de “piercing”/tatuagem
10
com material contaminado, por uso de drogas endovenosas com compartilhamento de seringa
RA
ou agulha).
O Comunicante de caso confirmado de hepatite, independente da forma clínica e evolutiva do
LA
caso índice.
ES
O Indivíduo com alteração de aminotransferases no soro igual ou superior a três vezes o valor
NT
hepatite. A,B, C, D ou E.
• Indivíduo assintomático com marcador reagente para hepatite viral A, B, C, D ou E.
LIA
Caso confirmado
OG
Hepatite A
• Indivíduo que preenche as condições de caso suspeito, no qual detecta-se o anticorpo da
NA
Hepatite B
42
reagentes a seguir listados e/ou exame de biologia molecular positivos para hepatite B:
51
• HBsAg reagente;
10
• HBeAg reagente;
• Anti-HBcIgM reagente;
RA
Hepatite C
FO
coleta de soro.
LIA
OG
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Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
10
RA
TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 23
LA
ES
Notificação: É doença incluída na lista de notificação compulsória e, portanto, todos os casos
NT
suspeitos de hepatites virais devem ser notificados.
FO
SO
QUESTÕES
RU
1) A Aids é uma das doenças que representa um dos maiores problemas de saúde da
LIA
atualidade, em função do seu caráter pendêmico e de sua gravidade (BRASIL,2010). Sobre a
OG
vigilância epidemiológica nos casos de AIDS:
A) A Zidovudina intravenosa deverá ser administrada a todas as parturientes no momento do
NA
parto e, a Zidovudina solução para todos os recém nascidos expostos ao HIV, durante 3
RI
semanas
AB
B) As gestantes protadoras do HIV deverão iniciar a profilaxia da transmissão vertical com 10
semanas de idade gestacional, com terapia ARV tripla.
5S
C) Algumas doenças são indicativas de Aids para as quais é requerido o diagnóstico definitivo,
74
dentre elas estão leucemia mieloide crônica, dengue e herpes zoster.
42
D) Notifica-se o caso confirmado de AIDS, mediante o preenchimento da ficha de
40
notificação/investigação de AIDS, adulto, disponível no SINAM, cabendo essa atribuição
51
exclusivamente ao médico.
10
E) O objetivo da vigilância da epidemiológica é de acompanhar a tendência temporal e espacial
RA
da doença, de infecções e comportamentos de risco, visando orientar as ações de prevenção e
controle do HIV/AIDS e, consequentemente, reduzir a morbimortalidade associada a AIDS.
LA
ES
2) A AIDS é uma doença que representa um dos maiores problemas de saúde da atualidade,
NT
especificidades desta doença, colocando entre parênteses a letra V, quando for verdadeira, e a
letra F, quando falsa. A seguir assinale que apresenta a sequência correta: E
SO
( ) o uso de preservativo deve-se constituir no único e principal insumo nas ações clínicas e
RU
( ) as doenças oportunistas associadas à Aids são várias, podendo ser causadas por vírus, a
exemplo da tuberculose, por bactérias, a exemplo da candidíase, por fungos a exemplo da
NA
a) ( ) V/V/V
AB
b) ( ) V/F/V
5S
c) ( ) F/V/V
74
d) ( ) F/F/V
42
e) ( ) F/F/F
40
51
2. Fase assintomática.
LA
( ) Nesta fase, ocorre a incubação do HIV, tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos
SO
rápidas mutações do vírus. Mas não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas
LIA
doenças, pois o vírus amadurece e morre de forma equilibrada. Esse período pode durar anos.
OG
__________________________________________________________________________________________________________
A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
10
RA
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LA
ES
( ) Nesta fase, ocorre a alta redução dos linfócitos T CD4 que chegam a ficar abaixo de 200
NT
unidades por mm³ de sangue.
FO
SO
A) 1/2/3/4
B) 2/1/4/3
RU
C) 4/1/2/3
LIA
D) 3/1/2/4
OG
4) Assinale a alternativa INCORRETA sobre a infecção pelo vírus HIV.
NA
a) As formas de transmissão do HIV são sexual, sanguínea, vertical e ocupacional.
RI
b) Um dos fatores que aumentam o risco de transmissão do HIV é a relação sexual durante a
AB
menstruação.
c) O uso de drogas injetáveis, associado ao compartilhamento de seringas e agulhas, apresenta
5S
alta probabilidade de transmissão sanguínea do HIV.
74
d) A utilização de espermicidas a base do componente nonoxinol-9 (N-9) é um fator de
42
proteção contra a transmissão por via sexual do HIV.
40
e) O profissional de saúde acidentado, com risco de infecção pelo HIV, deverá ser
51
encaminhado, nas primeiras horas após o acidente, para a quimioprofilaxia com
10
antirretrovirais, por 4 semanas.
RA
5) A transmissão do HIV tem maior probabilidade de ocorrer se o portador do vírus estiver nas
LA
fases:
ES
a) 5 a 30 dias
OG
b) 10 a 30 dias
c) 3 meses
NA
d) 6 meses
RI
e) 2 a 5 semanas
AB
5S
a) 2 meses
42
b) 3 meses
40
c) 6 meses
51
d) 30 dias
10
III) ( ) Em casos de resultados discordantes nos dois primeiros ensaios, deverá ser realizado
FO
IV) ( ) Consideram-se não infectados indivíduos que apresentam uma amostra não reagente
em testes de detecção para anticorpos anti-HIV
RU
LIA
A) V/V/F/F
OG
__________________________________________________________________________________________________________
A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
10
RA
TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 25
LA
ES
B) V/F/V/V
NT
C) F/V/V/V
FO
D) V/V/V/V
SO
9) A carga viral de HIV materna definirá a via de parto mais adequada para o concepto. Ela
RU
deve ser realizada em qual momento? Qual resultado indicará o parto cesariano?
LIA
a) 30 semanas de gestação / <1000 cópias/ml
OG
b) 34 semanas de gestação / >1000 cópias/ml
c) 34 semanas de gestação / < 1000 cópias/ml
NA
d) 32 semanas de gestação / > 1000cópias/ml
RI
AB
10) No diagnóstico laboratorial da hepatite viral do tipo B, o marcador que, quando reagente,
5S
indica maior risco de transmissão da doença, é o:
74
a) HBsAg
42
b)Anti HBs
40
c) HbeAg
51
d) Anti Hbe
10
RA
11) A presença de positividade em Anti-HBs indica:
a) Hepatite B aguda LA
b) Hepatite C crônica
ES
d) Imuninidade a hepatite B
FO
12) As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com
SO
grupos: o grupo de transmissão fecal-oral (HAV e HEV) tem seu mecanismo de transmissão
ligado a condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos.
NA
muito rara, devido ao curto período de viremia dos mesmos. O segundo grupo (HBV, HCV, e
AB
hepatite B e 1993 para a hepatite C), a transmissão via transfusão de sangue e hemoderivados
LA
não acontece.
S
TE
c) A transmissão por via sexual é comum em todas as hepatites. Na hepatite C poderá ocorrer
N
a transmissão principalmente em pessoa com múltiplos parceiros, coinfectada com o HIV, com
FO
alguma lesão genital (DST), alta carga viral do HCV e doença hepática avançada.
SO
d) Os vírus das hepatites B, C e D possuem também a via de transmissão vertical (da mãe para
o bebê). Geralmente, a transmissão ocorre no momento do parto, sendo a via transplacentária
RU
mais comum.
LIA
OG
__________________________________________________________________________________________________________
A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
10
RA
TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 26
LA
ES
e) A transmissão vertical do HBV ocorre em 70% a 90% dos casos de mães com replicação viral
NT
(HBeAg positivas); nos casos de mães sem replicação viral (HBeAg negativas) a probabilidade
FO
varia entre 30% a 50%, o que altera a conduta a ser adotada para a criança (vacinação e
SO
imunoglobulina nas primeiras doze horas de vida).
RU
13) As hepatites virais constituem-se em um grave problema de Saúde Pública no mundo e no
LIA
Brasil.
OG
Relacione as colunas 1 e 2 abaixo, em relação aos tipos de hepatites virais.
Coluna 1: HEPATITE
NA
1. Tipo A
RI
2. Tipo B
AB
3. Tipo C
4. Tipo D
5S
5. Tipo E
74
Coluna 2: DESCRIÇÃO
42
( ) É causada por um vírus defectivo, satélite do HBV, ou seja, é uma infecção que depende
40
funcionalmente da Hepatite B.
51
( ) A principal via de contágio do vírus é a fecal-oral; ocorre também por contato inter-humano
10
ou através de água e alimentos contaminados. A doença é autolimitada e de caráter benigno.
RA
Menos de 0,1% dos casos pode evoluir para hepatite fulminante, sendo que este percentual
aumenta em idades mais avançadas. LA
( ) A transmissão do vírus se faz por via parenteral, e, sobretudo, pela via sexual, sendo
ES
a) 1 – 2 – 4 – 5 – 3
OG
b) 3 – 1 – 4 – 5 – 2
c) 3 – 5 – 2 – 4 – 1
NA
d) 4 – 1 – 2 – 3 – 5
RI
e) 4 – 1 – 3 – 2 – 5
AB
5S
14) As hepatites virais podem ser provocadas por diferentes vias de contato e agentes
74
alternativa correta.
40
(B) O risco de transmissão por via sexual da hepatite C é maior que o da hepatite B.
10
15) As gestantes com diagnósticos de sífilis devem ser acompanhadas com testes não
TE
treponêmicos:
N
a) Em períodos de 60 dias
FO
b) Mensalmente
SO
c) Bimestralmente
d) Trimestralmente
RU
LIA
OG
__________________________________________________________________________________________________________
A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
10
RA
TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 27
LA
ES
16) Sobre o tratamento da sífilis é correto afirmar que:
NT
a) Na gestação, tratamentos não penicilínicos são inadequados e só devem ser considerados
FO
como opção nas contraindicações absolutas ao uso da penicilina.
SO
b) Para as gestantes comprovadamente alérgicas à penicilina, não recomenda-se a
dessensibilização
RU
c) A sífilis primária deve ser tratada com Penicilina G benzatina 2,4 milhões UI, IM, semanal,
LIA
por 3 semanas Dose total: 7,2 milhões UI, IM
OG
d) Na impossibilidade de realizar a dessensibilização durante a gestação, a gestante deverá ser
tratada com doxiciclina.
NA
RI
AB
5S
74
42
40
51
10
RA
LA
ES
GABARITO
NT
__________________________________________________________________________________________________________
A
Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
SA
BR
IN
A
OG
LIA
RU
SO
FO
N TE
S
LA
RA
10
51
40
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AB
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SO
FO
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RA
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PREPARATÓRIO
www.wcursos.com.br
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PARA CONCURSOS
contato@wcursos.com.br
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