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 Questões
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 Infecções Sexualmente Transmissíveis


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Saúde Pública
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Saúde Pública 3
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TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 1

LA
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INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS

NT
FO
O PCDT contempla os três níveis de atenção à saúde no SUS, a saber: 1) a atenção

SO
básica, que é responsável pela implementação de ações de prevenção e assistência nas
respectivas áreas de abrangência e populações adstritas; 2) a média complexidade, que dispõe

RU
de unidades de saúde com especialistas, os quais devem atuar como referência imediata à

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atenção básica e promover capacitação para melhor utilização dos fluxogramas e melhoria da

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acuidade clínica; e 3) a alta complexidade, que, além de realizar prevenção e assistência,
contribui com resolução diagnóstica de maior sofisticação, desenvolve pesquisas e capacita os

NA
demais níveis de atenção.

RI
Destaca-se o papel do(a) enfermeiro(a) no manejo das IST, em consonância com a

AB
Portaria nº2.488, de 21 de outubro de 2011, que aprova a Política Nacional da Atenção Básica
e estabelece, entre outras atribuições específicas do(a) enfermeiro(a), a realização de consulta

5S
de enfermagem, procedimentos, atividades em grupo e, conforme protocolos ou outras

74
normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito

42
Federal, observadas as disposições legais da profissão, a solicitação de exames

40
complementares, a prescrição de medicações e o encaminhamento, quando necessário, de

51
usuários a outros serviços.

10
RA
Aspecto relacionado ao Programa do Ministério da Saúde
Para propiciar o diagnóstico precoce e tratamento imediato, propõe-se o uso de
LA
abordagem sindrômica, que se baseia em fluxogramas de conduta. A literatura mostra que os
ES

fluxogramas para úlceras genitais e corrimentos uretrais são bastante eficientes. Entretanto,
NT

não se observa o mesmo desempenho para corrimentos vaginal e cervical.


FO

Epidemiologia
SO

A notificação é obrigatória no caso de sífilis adquirida, sífilis em gestante, sífilis


RU

congênita, hepatites virais B e C, aids, infecção pelo HIV, infecção pelo HIV em gestante,
parturiente ou puérpera e criança exposta ao risco de transmissão vertical do HIV, conforme a
LIA

Portaria nº 1.271, de 6 de junho de 2014. A síndrome do corrimento uretral masculino é de


OG

notificação compulsória, a ser monitorada por meio da estratégia de vigilância em unidades-


sentinela e suas diretrizes, de acordo com a Portaria nº 1.984, de 12 de setembro de 2014. As
NA

demais IST, se considerado conveniente, podem ser incluídas na lista de notificação dos
RI

estados/municípios.
AB

Atividades dos diferentes níveis de atenção em saúde no manejo operacional das IST
5S
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Atenção básica
42

• Garantir o acolhimento e realizar atividades de informação/educação em saúde;


40

• Realizar consulta imediata no caso de úlceras genitais, corrimentos genitais masculinos e


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femininos e de verrugas anogenitais;


10

•Realizar coleta de material cérvico-vaginal para exames laboratoriais;


•Realizar testagem rápida e/ou coleta de sangue e/ou solicitação de exames para sífilis, HIV e
RA

hepatites B e C, nos casos de IST;


LA

• Realizar tratamento das pessoas com IST e suas parcerias sexuais;


S

• Seguir o protocolo do MS para prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatites


TE

virais;
N

•Notificar as IST, conforme a Portaria nº 1.271/2014. Os demais agravos são notificados de


FO

acordo com recomendações dos estados/municípios, quando existentes;


SO

•Comunicar as parcerias sexuais do caso-índice para tratamento, conforme protocolo;


• Referir os casos suspeitos de IST com manifestações cutâneas extragenitais para unidades
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que disponham de dermatologista, caso necessário;


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Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
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TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 2

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•Referir os casos de IST complicadas e/ou não resolvidas para unidades que disponham de

NT
especialistas e mais recursos laboratoriais;

FO
• Referir os casos de dor pélvica com sangramento vaginal, casos com indicação de avaliação

SO
cirúrgica ou quadros mais graves para unidades com ginecologista e/ou que disponham de
atendimento cirúrgico.

RU
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Média complexidade

OG
• Realizar todas as atividades elementares de prevenção e assistência, além do diagnóstico e
tratamento das IST, dentro da competência das especialidades disponíveis;

NA
• Realizar colposcopia, se disponível, ou encaminhar a paciente para serviços de referência

RI
que disponham de colposcópio e profissional habilitado, quando indicado;

AB
• Realizar procedimentos cirúrgicos ambulatoriais;
• Notificar as IST, conforme a Portaria nº 1.271/2014. Os demais agravos são notificados de

5S
acordo com recomendações dos estados/municípios, quando existentes;

74
• Comunicar as parcerias sexuais do caso-índice para tratamento conforme protocolo;

42
•Promover capacitações para os profissionais de saúde da atenção básica.

40
Alta complexidade

51
• Realizar todas as atividades elementares e intermediárias de prevenção e assistência das IST;

10
• Ter um laboratório de pesquisa equipado e em funcionamento, realizando os seguintes

RA
testes diagnósticos: testes treponêmicos e não treponêmicos, exame a fresco, bacterioscopia,
cultura para gonococo, biologia molecular para Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia
LA
trachomatis e histopatologia;
ES

• Interagir com outras instituições, a fim de agregar outras tecnologias e massa crítica;
NT

• Oferecer sistematicamente estágios, cursos e treinamento em prevenção, manejo clínico e


FO

laboratorial para profissionais de saúde dos demais níveis de atenção;


• Ter equipe composta por especialistas e pós-graduados (ex.: mestres e doutores) e/ou com
SO

experiência comprovada em pesquisa;


RU

•Ter um núcleo para avaliação epidemiológica, incluindo atividades de vigilância e notificação;


• Realizar diagnóstico das IST apoiado em todos os recursos laboratoriais recomendados;
LIA

• Realizar periodicamente, pelo menos uma vez ao ano, vigilância de resistência microbiana
OG

aos fármacos e vigilância da etiologia dos corrimentos uretrais e vaginais, ulcerações genitais e
cervicites;
NA

• Dispor de comitê de ética ou acesso a um comitê de ética externo;


RI

•Apoiar o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais/Secretaria de Vigilância em


AB

Saúde/Ministério da Saúde nas atividades de supervisão integradas;


5S

•Apresentar coerência com as necessidades da população e prioridades do Ministério da


74

Saúde.
42
40

ABORDAGEM AOS PARCEIROS SEXUAIS


51

Para que se interrompa a cadeia de transmissão das IST, é fundamental que os contatos
10

sexuais das pessoas infectadas sejam tratados. No caso do não comparecimento das parcerias
sexuais comunicadas, outras atividades poderão ser desenvolvidas, conforme a disponibilidade
RA

de cada serviço.
LA

Serão consideradas parcerias sexuais, para fins de comunicação, aqueles(as) com as quais a
S

pessoa infectada tenha se relacionado sexualmente, conforme a descrição abaixo:


TE

• Tricomoníase: parceria atual


N

• Corrimento uretral ou infecção cervical: nos últimos dois meses


FO

• DIP: nos últimos dois meses


SO

• Úlceras: nos últimos três meses


• Sífilis secundária: nos últimos seis meses
RU

• Sífilis latente: no último ano


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LA
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Princípios para comunicação das parcerias sexuais:

NT
Confidencialidade: qualquer informação sobre o caso-índice, incluindo identidade, não deve

FO
ser revelada à parceria sexual e vice-versa.

SO
Ausência de coerção: a comunicação às parcerias sexuais pelo caso-índice deve ser voluntária,
e este deve continuar tendo acesso aos serviços, mesmo que não coopere com o

RU
procedimento.

LIA
Proteção contra discriminação: a comunicação às parcerias sexuais deverá ser realizada

OG
respeitando os direitos humanos e a dignidade dos envolvidos, principalmente, naqueles
lugares em que o estigma e a discriminação possam se seguir ao diagnóstico, tratamento ou

NA
notificação.

RI
A comunicação às parcerias sexuais pode ser realizada por meio dos métodos:

AB
Comunicação por cartão
Comunicação por correspondência ou outros meios

5S
Comunicação por busca ativa

74
42
PRINCIPAIS CLÍNICAS E CAUSAS:

40
CORRIMENTO VAGINAL

51
Etiologia do corrimento vaginal

10
O corrimento vaginal ocorre por múltiplos agentes etiológicos, que incluem:

RA
• Vaginose bacteriana: decorrente do desequilíbrio da microbiota vaginal, sendo causada pelo
crescimento excessivo de bactérias anaeróbias (Prevotellasp., G. vaginalis, Ureaplasma sp. E
LA
Mycoplasma sp.);
ES

• Candidíase vulvovaginal: causada por Cândida spp. (geralmente C. albicans e C. glabrata);


NT

•Tricomoníase: causada por T. vaginalis.


FO

CANDIDÍASE VULVOVAGINAL
SO

É a infecção da vulva e vagina, causada por um fungo comensal que habita a mucosa
RU

vaginal e digestiva, o qual cresce quando o meio se torna favorável ao seu desenvolvimento. A
relação sexual não é a principal forma de transmissão, visto que esses microrganismos podem
LIA

fazer parte da flora endógena em até 50% das mulheres assintomáticas.


OG

Os sinais e sintomas podem se apresentar isolados ou associados, e incluem:


• Prurido vulvovaginal (principal sintoma, e de intensidade variável);
NA

• Disúria;
RI

•Dispareunia;
AB

•Corrimento branco, grumoso e com aspecto caseoso (“leite coalhado”);


5S

•Hiperemia;
74

•Edema vulvar;
42

•Fissuras e maceração da vulva;


40

•Placas brancas ou branco-acinzentadas, recobrindo a vagina e colo uterino.


51

Existem fatores que predispõem à infecção vaginal por Candidasp., entre os quais podem-se
10

destacar:
•Gravidez;
RA

•Diabetes mellitus (descompensado);


LA

•Obesidade;
S

•Uso de contraceptivos orais;


TE

•Uso de antibióticos, corticoides, imunossupressores ou quimio/radioterapia;


N

•Hábitos de higiene e vestuário que aumentem a umidade e o calor local;


FO

•Contato com substâncias alergênicas e/ou irritantes (ex.: talcos, perfumes, sabonetes ou
SO

desodorantes Íntimos);
• Alterações na resposta imunológica (imunodeficiência), incluindo a infecção pelo HIV
RU
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LA
SE
O diagnóstico do corrimento vaginal pode ser realizado por teste do pH vaginal, em que são

NT
mais comuns valores < 4,5, e/ou por bacterioscopia, com a visualização de leveduras e/ou

FO
pseudo-hifas.

SO
VAGINOSE BACTERIANA

RU
É caracterizada por um desequilíbrio da microbiota vaginal normal, com diminuição

LIA
acentuada ou desaparecimento de lactobacilos acidófilos (Lactobacillusspp) e aumento de

OG
bactérias anaeróbias (Prevotella sp. e Mobiluncus sp.), G. vaginalis, Ureaplasma sp.,
Mycoplasma sp., e outros. É a causa mais comum de corrimento vaginal, afetando cerca de

NA
10% a 30% das gestantes e 10% das mulheres atendidas na atenção básica. Em alguns casos,

RI
pode ser assintomática.

AB
Os sinais e sintomas incluem:
• Corrimento vaginal fétido, mais acentuado após a relação sexual sem o uso do preservativo,

5S
e durante o período menstrual;

74
• Corrimento vaginal branco-acinzentado, de aspecto fluido ou cremoso, algumas vezes

42
bolhoso;

40
• Dor à relação sexual (pouco frequente).

51
Não é uma infecção de transmissão sexual, mas pode ser desencadeada pela relação

10
sexual em mulheres predispostas (o contato com o esperma que apresenta pH elevado

RA
contribui para o desequilíbrio da microbiota vaginal). O uso de preservativo pode ter algum
benefício nos casos recidivantes. LA
A vaginose bacteriana aumenta o risco de aquisição das IST (incluindo o HIV), e pode
ES

trazer complicações às cirurgias ginecológicas e à gravidez (associada com ruptura prematura


NT

de membranas, corioamnionite, prematuridade e endometrite pós-cesárea). Quando presente


FO

nos procedimentos invasivos, como curetagem uterina, biópsia de endométrio e inserção de


dispositivo intrauterino (DIU), aumenta o risco de DIP.
SO

O tratamento deve ser recomendado para mulheres sintomáticas, grávidas, na


RU

presença de comorbidades, ou com potencial risco de complicações (previamente à inserção


de DIU, cirurgias ginecológicas e exames invasivos no trato genital).
LIA

O diagnóstico clínico-laboratorial de vaginose bacteriana se confirma quando estiverem


OG

presentes três dos critérios de Amsel):


• Corrimento vaginal homogêneo, geralmente, acinzentado e de quantidade variável;
NA

• pH vaginal > 4,5;


RI

• Teste de Whiff ou teste da amina (KOH 10%) positivo;


AB

• Presença de cluecells na bacterioscopia corada por Gram.


5S
74

TRICOMONÍASE
42

A tricomoníase é causada pelo T. vaginalis (protozoário flagelado), tendo como reservatório o


40

colo uterino, a vagina e a uretra. A prevalência varia entre 10% a 35%, conforme apopulação
51

estudada e o método diagnóstico.


10

Os sinais e sintomas são:


• Corrimento abundante, amarelado ou amarelo esverdeado, bolhoso;
RA

• Prurido e/ou irritação vulvar;


LA

• Dor pélvica (ocasionalmente);


S

• Sintomas urinários (disúria, polaciúria);


TE

• Hiperemia da mucosa (colpite difusa e/ou focal, com aspecto de framboesa).


N

O diagnóstico da tricomoníase é feito por meio da visualização dos protozoários móveis em


FO

material do ectocérvice, por exame bacterioscópico a fresco ou pela coloração de Gram,


SO

Giemsa, Papanicolaou, entre outras.


Na tricomoníase vaginal pode haver alterações morfológicas celulares, alterando a classe do
RU

exame citopatológico, o qual deve ser repetido três meses após o tratamento para avaliar a
LIA

persistência das alterações.


OG

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TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 5

LA
SE
NT
FO
SO
Primeira opção Segunda Tratamento Casos Comentários

RU
opção em gestantes recorrentes

LIA
OG
Candidíase Miconazola Fluconazol Durante a Mesmas As parcerias

NA
vulvovaginal creme a 2%, 150 gravidez, o opções sexuais não

RI
via vaginal, um mg, VO, dose tratamento do tratamento precisam ser

AB
aplicador única deve da candidíase tratadas, exceto

5S
cheio, OU ser realizado vaginal, por 14 as
à noite ao Itraconazol somente por dias sintomáticas

74
deitar-se, por 100 mg, 2 via OU É comum

42
7 dias comprimidos, vaginal Fluconazol durante

40
OU VO, 2xdia, O tratamento 150 mg, VO, a gestação,

51
Nistatina por oral está 1xdia, dias 1, podendo

10
100.000 UI, 1 dia contraindicado 4 e 7, seguido apresentar

RA
uma aplicação, na gestação e de terapia de recidivas pelas
via vaginal, à lactação LA manutenção: condições
noite ao fluconazol propícias do pH
ES

deitarse, 150mg, VO, vaginal que se


NT

por 14 dias 1xsemana, por estabelecem


FO

6 meses nesse
período
SO

Vaginose Metronidazolb Clindamicina Primeiro Metronidazol O tratamento


RU

bacteriana 250 mg, 2 300 mg, VO, trimestre: 250 mg, 2 das parcerias
LIA

comprimidos 2xdia, por 7 Clindamicina comprimidos sexuais não está


VO, 2xdia, por diasc 300 VO, 2xdia, por recomendado
OG

7 dias mg, VO, 2xdia, 10 a 14 dias Para as


A

OU por 7 diasc OU puérperas,


N

Metronidazol Após primeiro Metronidazol recomendase


RI

gel vaginal trimestre: gel vaginal o mesmo


AB

100 mg/g, um Metronidazol 100 mg/g, um tratamento das


5S

aplicador cheio 250 aplicador gestantes


74

via vaginal, à mg, 1 cheio,


42

noite ao comprimido viaintravaginal,


40

deitarse, VO, 3xdia, por 1xdia por 10


51

por 5 diasc 7 dias, seguido


10

dias de tratamento
supressivo com
RA

duas
LA

aplicações
S

semanais, por
TE

4
N

a 6 meses
FO
SO
RU
LIA
OG

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LA
SE
Tricomoníase Metronidazol Após primeiro As parcerias

NT
400 mg, 5 trimestre: sexuais devem

FO
comprimidos, Metronidazol ser

SO
VO, dose única 400 mg, 5 tratadas com o
(dose total de comprimidos, mesmo

RU
tratamento2g), VO, dose única esquema

LIA
VO, dose única (dose total de terapêutico

OG
OU tratamento 2 O tratamento
Metronidazol g) pode aliviar

NA
250 mg, 2 OU os sintomas

RI
comprimidos, Metronidazold de corrimento

AB
VO, 2xdia, por 400 mg, 1 vaginal em

5S
7 dias comprimido, gestantes, além
VO, de

74
2xdia, por 7 prevenir

42
dias infecção

40
OU respiratória ou

51
Metronidazold genital em RN

10
250 mg, 1 Para as

RA
comprimido, puérperas,
VO, LA recomendase
3xdia, por 7 o mesmo
ES

dias tratamento das


NT

gestantes
FO

Notas: PVHA (pessoas vivendo com HIV E AIDS) devem ser tratadas com os mesmos esquemas
SO

terapêuticos recomendados acima;


RU

• Durante o tratamento com metronidazol, deve-se evitar a ingestão de álcool, pelo “efeito
LIA

antabuse”, caracterizado por mal-estar, náuseas, tonturas e gosto metálico na boca;


• Cremes vaginais com metronidazol não são recomendados, por sua baixa eficácia;
OG

• Durante o tratamento, devem ser suspensas as relações sexuais;


A

• Manter o tratamento se a paciente menstruar.


N
RI

VERRUGAS ANOGENITAIS
AB

• Etiologia
5S

O HPV é um DNA-vírus que pode induzir uma grande variedade de lesões proliferativas na
74

região anogenital. Atualmente, há mais de 200 tipos de HPV descritos, sendo que
42

aproximadamente 40 tipos infectam o trato anogenital e pelo menos 20 subtipos estão


40

associados ao carcinoma do colo uterino.


51

Os tipos de HPV que infectam o trato genital são divididos em dois grupos, de acordo com o
10

risco oncogênico e o tipo de lesão:


 Baixo risco oncogênico: detectados em lesões anogenitais benignas e lesões
RA

intraepiteliais de baixo grau – tipos 6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 61, 70, 72, 81 e CP6108.
LA

 Alto risco oncogênico: detectados em lesões intraepiteliais de alto grau e,


S

especialmente, nos carcinomas – tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68,
TE

73 e 82.
N

Os tipos 26, 53 e 66 são provavelmente de alto risco oncogênico, e os tipos 34, 57 e 83 são de
FO

risco indeterminado
SO
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LA
SE
• Transmissão do HPV

NT
Ocorre, preferencialmente, por via sexual. A transmissão vertical do HPV é corroborada pela

FO
ocorrência de papilomatose recorrente de laringe juvenil, em crianças com menos de dois anos

SO
de idade, e por relatos de casos de RN com condiloma genital ao nascimento. A transmissão
por fômites é rara.

RU
O tempo de latência viral e os fatores associados não são conhecidos, e o vírus pode

LIA
permanecer quiescente por muitos anos até o desenvolvimento de lesões. Assim, não é

OG
possível estabelecer o intervalo mínimo entre a infecção e o desenvolvimento de lesões. A
recidiva das lesões do HPV está mais provavelmente relacionada à ativação de reservatórios

NA
virais do que à reinfecção pela parceria sexual.

RI
Os fatores que determinam a persistência da infecção e a progressão para neoplasias do

AB
sistema geniturinário incluem infecção por HPV de alto risco oncogênico, estado imunológico e

5S
tabagismo.

74
• Epidemiologia e fatos relevantes

42
A infecção persistente por tipos oncogênicos de HPV está associada ao maior risco de

40
desenvolver lesão intraepitelial escamosa (neoplasia intraepitelial do colo uterino – NIC). O

51
HPV está envolvido em aproximadamente 100% dos casos de câncer cervical, com percentual

10
menor em outros locais: 85% dos casos de câncer de ânus, 40% de vulva, 70% de vagina e 50%

RA
de pênis; 35% de orofaringe, 10% de laringe e 23% de boca.
LA
O tempo médio entre a infecção pelo HPV de alto risco e o desenvolvimento do câncer cervical
é de aproximadamente 20 anos, de acordo com o tipo, a carga e a capacidade de persistência
ES

viral, e o estado imunológico do hospedeiro. A infecção por um genótipo de HPV não impede a
NT

infecção por outros tipos de HPV.


FO

• Formas de apresentação da infecção pelo HPV


SO

Apresentação latente: ocorre quando as pessoas infectadas por HPV não desenvolvem
RU

qualquer lesão. Essa condição pode permanecer durante toda a vida. Apenas algumas pessoas
LIA

podem, anos mais tarde, vir a expressar a doença com condilomas ou alterações celulares do
colo uterino.
OG

Apresentação subclínica: a lesão subclínica ocorre quando as microlesões pelo HPV são
A

diagnosticadas por meio de exame de Papanicolaou e/ou colposcopia (lesões acetobrancas),


N

com ou sem biópsia. A lesão intraepitelial escamosa de baixo ou alto risco é detectada com
RI

mais frequência.
AB

Apresentação clínica (lesão macroscópica): a forma mais comum de apresentação é conhecida


5S

como verruga genital ou condiloma acuminado. Manifesta-se pela presença de lesões exofí-
74

ticas, com superfície granulosa, únicas ou múltiplas, restritas ou disseminadas, da cor da pele,
42

eritematosas ou hiperpigmentadas e de tamanho variável. As lesões maiores assemelham-se a


40

“couve-flor” e as menores possuem aparência de pápula ou placa, podendo também ter


51

aspecto filiforme, sendo em geral resultantes de infecção por tipos não oncogênicos.
10

Dependendo do tamanho e localização anatômica, podem ser dolorosas, friáveis e/ou


pruriginosas. No homem, localizam-se na glande, sulco bálano-prepucial e região perianal. Na
RA

mulher, encontram-se na vulva, períneo, região perianal, vagina e colo. Menos


LA

frequentemente, podem estar presentes em áreas extragenitais, como conjuntivas, mucosa


S

nasal, oral e laríngea.


N TE

• Métodos diagnósticos para o HPV


FO

O diagnóstico do condiloma acuminado é clínico e pode ser confirmado por biópsia. Entre as
SO

técnicas utilizadas para o diagnóstico das lesões anogenitais induzidas por HPV, recomendam-
RU

se os seguintes exames:
• Colpocitologia oncótica de colo uterino;
LIA
OG

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SA
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LA
SE
• Citologia oncótica anal;

NT
• Colposcopia;

FO
• Anuscopia;

SO
• Histopatologia.
A biópsia de lesões anogenitais sugestivas de HPV está indicada nos seguintes casos:

RU
• Existência de dúvida no diagnóstico da lesão anogenital;

LIA
• Presença de lesão suspeita de neoplasia (lesões pigmentadas, endurecidas, fixas ou

OG
ulceradas);
• Ausência de resposta ao tratamento convencional;

NA
• Aumento das lesões durante o tratamento;

RI
• Pacientes com imunodeficiência (HIV, uso de drogas imunossupressoras, corticoides, entre

AB
outros).

5S
Tratamento das verrugas anogenitais

74
A seguir, apresentam-se as opções terapêuticas para o tratamento das lesões anogenitais

42
induzidas pelo HPV.

40
 Podofilina 9 a 10%-25% (solução): contém uma série de substâncias com ação

51
antimitótica. Aplicar em cada verruga e deixar secar. Usar uma vez por semana até o

10
desaparecimento das lesões. Recomenda-se a utilização de até 0,5 mL em cada aplicação ou a

RA
limitação da área tratada a 10 cm2 por sessão. Além de irritação local, a absorção em grandes
quantidades pode ser tóxica para o coração, rins e sistema nervoso. É contraindicada na
LA
gestação.
ES

 Ácido tricloroacético (ATA) a 80%-90% (solução): é um agente cáustico que promove


NT

destruição dos condilomas pela coagulação química de seu conteúdo proteico. Esse
FO

tratamento poderá ser prescrito durante a gestação.


 Eletrocauterização: utiliza um eletrocautério para remover lesões isoladas
SO

 Crioterapia: promove a destruição térmica por meio de equipamentos específicos


RU

resfriados (nitrogênio líquido ou CO2 ), eliminando as verrugas por citólise térmica.


 Exérese cirúrgica: método apropriado para o tratamento de poucas lesões, quando é
LIA

desejável exame histopatológico do espécime. Os condilomas podem ser retirados por meio
OG

de incisão tangencial com tesoura delicada, bisturi ou cureta.


NA

• Prevenção da infecção pelo HPV


RI

É importante destacar que, para mulheres vivendo com HIV/aids, recomenda-se a


AB

vacina contra o HPV na faixa etária de nove a 26 anos de idade, com esquema diferenciado de
5S

doses (0, 2 e 6 meses), considerando a maior frequência de neoplasias anogenitais e lesões


74

intraepiteliais decorrentes do HPV em PVHA, como mostram as evidências científicas (ver a


42

Nota Informativa Conjunta nº 01/2015 – CGNPNI/DEVIT/DST/AIDS/SVS/MS).


40

A vacinação desse grupo passa a ser realizada em todos os postos de vacinação, nos
51

Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) e nos Serviços de Atenção


10

Especializada (SAE) que possuem sala de vacina. No entanto, mantém-se a necessidade de


prescrição médica para mulheres vivendo com HIV, a qual deverá ser apresentada no ato da
RA

vacinação
LA
S

SÍFILIS ADQUIRIDA, SÍFILIS NA GESTAÇÃO E SÍFILIS CONGÊNITA


TE

A sífilis é uma infecção bacteriana de caráter sistêmico, curável e exclusiva do ser humano. É
N

causada pelo T. pallidum, uma bactéria Gram-negativa do grupo das espiroquetas, descoberta
FO

em 1905.
SO

• Transmissão da sífilis
A infectividade da sífilis por transmissão sexual é maior (cerca de 60%) nos estágios iniciais
RU

(primária, secundária e latente recente), diminuindo gradualmente com o passar do tempo


LIA

(latente tardia e terciária).


OG

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A

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IN

Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
10
RA
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LA
SE
Manifestações clínicas da sífilis adquirida e sífilis na gestação

NT
Existem duas classificações para as formas clínicas da sífilis adquirida, a saber, pelo tempo de

FO
infecção e por suas manifestações clínicas, conforme a descrição:

SO
a) Segundo o tempo de infecção:
 Sífilis adquirida recente (menos de um ano de evolução);

RU
 Sífilis adquirida tardia (mais de um ano de evolução).

LIA
OG
b) Segundo as manifestações clínicas da sífilis adquirida:
Sífilis primária: após o contato sexual infectante, ocorre um período de incubação com

NA
duração entre 10 a 90 dias (média de três semanas). A primeira manifestação é caracterizada

RI
por uma erosão ou úlcera no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino,

AB
ânus, boca, ou outros locais do tegumento). É denominada “cancro duro” e é geralmente
única, indolor, com base endurecida e fundo limpo, sendo rica em treponemas. Geralmente é

5S
acompanhada de linfadenopatia inguinal. Esse estágio pode durar entre duas a seis semanas e

74
desaparecer de forma espontânea, independentemente de tratamento.

42
40
Sífilis secundária: os sinais e sintomas surgem em média entre seis semanas e seis meses após

51
a infecção e duram em média entre quatro e 12 semanas; porém, as lesões podem recrudescer

10
em surtos subentrantes por até dois anos. No entanto, a sintomatologia pode desaparecer de

RA
forma espontânea em poucas semanas, independentemente de tratamento. As lesões
secundárias são ricas em treponemas. Podem ocorrer erupções cutâneas em forma de máculas
LA
(roséola) e/ou pápulas, principalmente no tronco; lesões eritemato-escamosas palmo-
ES

plantares (essa localização sugere fortemente o diagnóstico de sífilis no estágio secundário);


NT

placas eritematosas branco-acinzentadas nas mucosas; lesões pápulo-hipertróficas nas


FO

mucosas ou pregas cutâneas (condiloma plano ou condiloma lata); alopecia em clareira e


madarose (perda da sobrancelha, em especial do terço distal), febre, mal-estar, cefaleia,
SO

adinamia e linfadenopatia generalizada. Mais raramente, observam-se comprometimento


RU

hepático e quadros meníngeos e/ou até oculares, em geral como uveíte. Merece destaque o
fato de as lesões de pele do secundarismo não serem pruriginosas, o que auxilia no
LIA

diagnóstico clínico.
OG

Sífilis latente: período em que não se observa sinal ou sintoma clínico de sífilis, verificando- -se,
NA

porém, reatividade nos testes imunológicos que detectam anticorpos. A maioria dos
RI

diagnósticos ocorre nesse estágio. A sífilis latente é dividida em latente recente (menos de um
AB

ano de infecção) e latente tardia (mais de um ano de infecção).


5S

Sífilis terciária: ocorre aproximadamente em 30% das infecções não tratadas, após um longo
74

período de latência, podendo surgir entre dois a 40 anos depois do início da infecção. A sífilis
42

terciária é considerada rara, devido ao fato de que a maioria da população recebe


40

indiretamente, ao longo da vida, antibióticos com ação sobre o T. pallidum e que levam à cura
51

da infecção.
10

Devem-se considerar as seguintes lesões:


RA

Cutâneas: gomosas e nodulares, de caráter destrutivo;


LA

› Ósseas: periostite, osteíte gomosa ou esclerosante, artrites, sinovites e nódulos justa-


S

articulares;
TE

› Cardiovasculares: aortite sifilítica, aneurisma e estenose de coronárias;


N

› Neurológicas: meningite aguda, goma do cérebro ou da medula, atrofia do nervo óptico,


FO

lesão do sétimo par craniano, paralisia geral, tabes dorsalis e demência.


SO

Métodos para o diagnóstico da sífilis adquirida


RU

Os testes utilizados para o diagnóstico da sífilis são divididos em duas categorias: exames
LIA

diretos e testes imunológicos.


OG

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SA
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RA
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LA
ES
Exames diretos: a pesquisa direta de T. pallidum na sífilis recente primária e secundária pode

NT
ser feita pela microscopia de campo escuro (sensibilidade de 74% a 86%).

FO
Testes imunológicos: na prática são os mais utilizados. Dividem-se em treponêmicos e não

SO
treponêmicos.

RU
Testes treponêmicos:

LIA
São testes que detectam anticorpos específicos produzidos contra os antígenos do T.

OG
pallidum. São os primeiros a se tornarem reagentes, sendo importantes para a confirmação
do diagnóstico. Na maioria das vezes, permanecem positivos mesmo após o tratamento pelo

NA
resto da vida do paciente; por isso, não são indicados para o monitoramento da resposta ao

RI
tratamento.

AB
Exemplos de testes treponêmicos: testes de hemaglutinação e aglutinação passiva
(TPHA, do inglês T. pallidum Haemagglutination Test); teste de imunofluorescência indireta

5S
(FTA- -Abs, do inglês Fluorescent Treponemal Antibody-Absorption); quimioluminescência

74
(EQL, do inglês Electrochemiluminescence); ensaio imunoenzimático indireto (ELISA, do inglês

42
Enzyme-Linked Immunosorbent Assay); testes rápidos (imunocromatográficos).

40
51
Testes não treponêmicos:

10
São que detectam anticorpos não específicos anticardiolipina para os antígenos do T.

RA
pallidum, e podem ser qualitativos ou quantitativos. Tornam-se reagentes cerca de uma a três
semanas após o aparecimento do cancro duro. O teste qualitativo indica a presença ou
LA
ausência de anticorpo na amostra. O teste quantitativo permite a titulação de anticorpos. O
ES

resultado deve ser expresso em títulos (1:2, 1:4, 1:64, entre outros), sendo importante para o
NT

diagnóstico e monitoramento da resposta ao tratamento, porquanto a queda do título é


FO

indicação de sucesso terapêutico.


SO

EXEMPLO: VDRL (do inglês Venereal Disease Research Laboratory), RPR (do inglês Rapid Test
RU

Reagin) e TRUST (do inglês Toluidine Red Unheated Serum Test).


O teste não treponêmico mais comumente utilizado é o VDRL. Se a infecção for detectada nas
LIA

fases tardias da doença, são esperados títulos baixos (< 1:4), que podem persistir por meses ou
OG

anos. Nesses casos, sem registro de tratamento e sem data de infecção conhecida, a pessoa é
considerada portadora de sífilis latente tardia, devendo ser tratada.
NA
RI

Nota: As amostras com títulos elevados podem apresentar resultados falso-negativos quando
AB

triadas sem uma diluição adicional (1:8 ou 1:16), devido ao “fenômeno prozona”. Esse
5S

fenômeno consiste na falta de reatividade no teste realizado em uma amostra que, embora
74

contenha anticorpos não treponêmicos, apresenta resultado não reagente quando é testada
42

sem diluir. Decorre da relação desproporcional entre as quantidades de antígenos e anticorpos


40

presentes na reação não treponêmica, gerando resultados falso-negativos.


51
10

Nota: Resultados falso-positivos também podem ocorrer, pois as reaginas podem surgir em
outras patologias (ex.: doenças reumáticas, gestação, drogadição). Por isso, para a
RA

confirmação do diagnóstico da sífilis, é necessária também a realização de um teste


LA

treponêmico.
S

Para o diagnóstico da sífilis, devem ser utilizados:


TE

Um dos testes treponêmicos (ex: teste rápido ou FTA-Abs ou TPHA ou EQL ou ELISA) MAIS -
N

Um dos testes não treponêmicos (ex: VDRL ou RPR ou TRUST).


FO

A ordem de realização fica a critério do serviço de saúde. Quando o teste rápido for
SO

utilizado como triagem, nos casos reagentes, uma amostra de sangue deverá ser coletada e
encaminhada para realização de um teste não treponêmico. Em caso de gestante, o
RU

tratamento deve ser iniciado com apenas um teste reagente, treponênico ou não
LIA

treponêmico, sem aguardar o resultado do segundo teste.


OG

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SA
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RA
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LA
ES
NT
Estadiamento Esquema terapêutico Alternativa

FO
SO
Sífilis primária, secundária e Penicilina G benzatina 2,4 Doxiciclina 100 mg, VO,
latente recente (com menos milhões UI, IM, dose única 2xdia, por 15 dias (exceto

RU
de um ano de evolução) (1,2 milhão UI em cada gestantes) OU Ceftriaxonac 1

LIA
glúteo) g, IV ou IM, 1xdia, por 8 a 10

OG
dias para gestantes e não
gestantes

NA
RI
Sífilis latente tardia (com Penicilina G benzatina 2,4 Doxiciclina 100 mg, VO,

AB
mais de um ano de evolução) milhões UI, IM, semanal, por 2xdia, por 30 dias (exceto

5S
ou latente com duração 3 semanas Dose total: 7,2 gestantes) OU Ceftriaxonac 1
ignorada e sífilis terciária milhões UI, IM g, IV ouIM, 1xdia, por 8 a 10

74
dias para gestantes e não

42
gestantes

40
Neurossífilis Penicilina cristalina 18-24 Ceftriaxona 2 g, IV ou IM,

51
milhões UI/dia, por via 1xdia, por 10 a 14 dias

10
endovenosa, administrada

RA
em doses de 3-4 milhões UI,
a cada 4 horas ou por infusão LA
contínua, por 14 dias
ES
NT

Notas:
FO

Nota: a Para gestantes com alergia confirmada à penicilina: como não há garantia de que
outros medicamentos consigam tratar a gestante e o feto, impõe-se a dessensibilização e o
SO

tratamento com penicilina benzatina. Na impossibilidade de realizar a dessensibilização


RU

durante a gestação, a gestante deverá ser tratada com ceftriaxona. No entanto, para fins de
LIA

definição de caso e abordagem terapêutica da sífilis congênita, considera-se tratamento


inadequado da mãe, e o RN deverá ser avaliado clínica e laboratorialmente, conforme este
OG

PCDT.
A

As situações de tratamento inadequado da gestante com sífilis, para fins de notificação da


N

sífilis congênita. Embora não exista evidência científica que uma segunda dose de penicilina G
RI

benzatina traga benefício adicional ao tratamento para gestantes, alguns manuais a


AB

recomendam. Os pacientes devem ser seguidos em intervalos mais curtos (a cada 60 dias) e as
5S

gestantes, mensalmente, para serem avaliados com teste não treponêmico, considerando a
74

detecção de possível indicação de retratamento (quando houver elevação de títulos dos testes
42

não treponêmicos em duas diluições (ex.: de 1:16 para 1:64, em relação ao último exame
40

realizado), devido à possibilidade de falha terapêutica. d Os pacientes devem ser seguidos em


51

intervalos mais curtos (a cada 60 dias) e avaliados quanto à necessidade de retratamento,


10

devido à possibilidade de falha terapêutica.


RA

Reação de Jarisch-Herxheimer
LA

Após a primeira dose de penicilina, o paciente pode apresentar exacerbação das


S

lesões cutâneas, com eritema, dor ou prurido, as quais regridem espontaneamente após 12 a
TE

24 horas, sem a necessidade da descontinuidade do tratamento. Essa reação não configura


N

alergia à penicilina e ocorre em resposta ao derrame de proteínas e de outras estruturas dos


FO

treponemas mortos pela penicilina na corrente sanguínea. É mais comum em pacientes que
SO

recebem tratamento na fase secundária da sífilis. Tipicamente, vem acompanhada de febre,


RU

artralgia e mal-estar.
LIA
OG

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SA
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RA
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LA
ES
INFECÇÃO PELO HIV / AIDS

NT
FO
A Aids é uma doença que representa um dos maiores problemas de saúde da

SO
atualidade, em função do seu caráter pandêmico e de sua gravidade.
Os infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) evoluem para uma grave

RU
disfunção do sistema imunológico, à medida que vão sendo destruídos os linfócitos T CD4+,

LIA
uma das principais células alvo do vírus.

OG
Agente Etiológico

NA
O HIV é um retrovírus com genoma RNA, da família Retroviridae e subfamília Lentivirinae.

RI
Pertence ao grupo dos retrovírus citopáticos e não-oncogênicos.

AB
Reservatório – O homem.

5S
TRANSMISSÃO, PREVENÇÃO E CONTROLE.

74
Desde o momento de aquisição da infecção, o portador do HIV é transmissor,

42
entretanto, os indivíduos com infecção muito recente (“infecção aguda”) ou imunossupressão

40
avançada têm maior concentração do HIV no sangue (carga viral) e nas secreções sexuais,

51
transmitindo com maior facilidade o vírus.

10
Alguns processos infecciosos e inflamatórios favorecem a transmissão do HIV, a

RA
exemplo de doenças sexualmente transmissíveis (DST), como a sífilis, o herpes genital e o
Cancro Mole. As DST não ulcerativas, tais como: Gonorreia, infecção por clamídia,
LA
tricomoníase, ou outras infecções do trato genital inferior como, por exemplo, a vaginose
ES

bacteriana e Candidíase, e processos inflamatórios, como vaginites químicas causadas por


NT

espermicidas e outras substâncias.


FO

Outros fatores de risco associados aos mecanismos de transmissão do HIV são:


a) Tipo de prática sexual
SO

b) Utilização de bolsas de sangue não testadas adequadamente


RU

c) Recepção de sêmen ou órgãos de doadores não testadoss


d) Reutilização de seringas ou agulhas e seu compartilhamento
LIA

e) Acidente ocupacional
OG

f) Gestação em mulheres hiv positivos


NA

Período de incubação - Compreendido entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e


RI

sintomas da fase aguda, podendo variar de 5 a 30 dias.


AB

Período de latência - É o período após a fase de infecção aguda, até o desenvolvimento da


5S

imunodeficiência. Esse período varia entre 5 e 10 anos, média de seis anos.


74

Período de transmissibilidade - O indivíduo infectado pelo HIV pode transmiti-lo em todas as


42

fases da infecção, risco esse proporcional à magnitude da viremia.


40

Aspectos clínicos da infecção pelo HIV


51

A infecção pelo HIV pode ser dividida em quatro fases clínicas:


10

1) Infecção aguda.
2) Fase assintomática, também conhecida como latência clínica.
RA

3) Fase sintomática inicial ou precoce.


LA

4) Aids.
S
TE

1) FASE AGUDA
N

A infecção aguda, também chamada de síndrome da infecção retroviral aguda ou infecção


FO

primária, ocorre em cerca de 50% a 90% dos pacientes. Seu diagnóstico é pouco realizado, em
SO

razão do baixo índice de suspeição, sendo, em sua maioria, retrospectivo.


O tempo entre a exposição e os sintomas, é de 5 a 30 dias. A história natural da infecção aguda
RU

caracteriza-se tanto por viremia elevada quanto por resposta imune intensa. Nessa fase da
LIA
OG

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BR
SA
10
RA
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LA
ES
infecção, existem evidências de que a imunidade celular desempenha papel fundamental no

NT
controle da viremia.

FO
Os sintomas aparecem durante o pico da viremia e da atividade imunológica. As manifestações

SO
clínicas podem variar desde quadro gripal até uma síndrome, que se assemelha à
mononucleose.

RU
Os pacientes podem apresentar sintomas de infecção viral, como:

LIA
• Febre, adenopatia,

OG
• Faringite, mialgia, artralgia,
• Rash cutâneo maculopapular eritematoso;

NA
• Ulcerações mucocutâneas, envolvendo mucosa oral, esôfago e genitália;

RI
• Adinamia,

AB
• Cefaleia,
• Fotofobia,

5S
• Hepatoesplenomegalia,

74
• Perda de peso, náuseas e vômitos.

42
40
Alguns pacientes ainda podem apresentar candidíase oral, neuropatia periférica,

51
meningoencefalite asséptica e síndrome de Guillain-Barré.

10
Os achados laboratoriais inespecíficos são transitórios e incluem: linfopenia seguida

RA
de linfocitose; presença de linfócitos atípicos; plaquetopenia e elevação sérica das enzimas
hepáticas. Os sintomas duram, em média, 14 dias, sendo o quadro clínico autolimitado.
LA
Janela imunológica: também chamada de janela biológica, é o tempo compreendido
ES

entre a aquisição da infecção e a soroconversão. O tempo decorrido para que a sorologia anti-
NT

HIV torne-se positiva é de 6 a 12 semanas após a aquisição do vírus, com o período médio de
FO

aproximadamente 2 meses.
SO

2) FASE ASSINTOMÁTICA (LATÊNCIA CLÍNICA)


RU

Na infecção precoce pelo HIV, também conhecida como fase assintomática, o estado clínico
básico é mínimo ou inexistente. Alguns pacientes podem apresentar uma linfoadenopatia
LIA

generalizada persistente, “flutuante” e indolor.


OG

• A abordagem clínica nessa fase deve-se prender desde o início, a uma história clínica
prévia, investigando-se condições de base como: hipertensão arterial sistêmica; diabetes;
NA

doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC); doenças hepáticas; renais; pulmonares;


RI

intestinais; doenças sexualmente transmissíveis; tuberculose e outras doenças endêmicas;


AB

doenças psiquiátricas; uso prévio ou atual de medicamentos; enfim, situações que podem
5S

complicar ou ser agravantes em alguma fase de desenvolvimento da doença pelo HIV.


74

• São extremamente importantes: a história familiar; os hábitos de vida; uma avaliação


42

do perfil emocional e psicossocial do paciente; como também uma avaliação do seu nível de
40

entendimento e orientação sobre a doença.


51

• No que diz respeito ao monitoramento laboratorial, a avaliação dos níveis de carga


10

viral e T-CD4+ serão realizadas, idealmente, a cada três meses, pelo serviço especializado.
Pelo exposto, fica evidente o papel importante que desempenham os profissionais que atuam
RA

nas Unidades Básicas de Saúde, e em especial nas Equipes Saúde da Família, pois têm a
LA

oportunidade ímpar de acompanhar as pessoas no contexto familiar, cultural e social.


S
TE

3) Fase sintomática inicial (ou precoce)


N

Nesta fase, o portador de HIV pode apresentar sinais e sintomas inespecíficos de intensidade
FO

variável, além de processos oportunistas de menor gravidade, principalmente na pele e nas


SO

mucosas. As alterações mais frequentes são:


Sinais e Sintomas Inespecíficos
RU

• Sudorese noturna: é queixa bastante comum e tipicamente inespecífica entre os


LIA

pacientes com infecção sintomática inicial pelo HIV. Pode ser recorrente e vir acompanhada ou
OG

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BR
SA
10
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LA
ES
não de febre. Nessa situação deve ser considerada a possibilidade de infecção oportunista,

NT
devendo-se lançar mão de investigação clínica e laboratorial específicas.

FO
• Fadiga: frequente manifestação da infecção sintomática inicial pelo HIV. Geralmente

SO
sentida no final de tarde ou após atividade física. Fadiga progressiva e debilitante deve alertar
para a presença de infecção oportunista, devendo ser sempre pesquisada. • Emagrecimento: é

RU
um dos mais comuns entre os sintomas gerais associados à infecção pelo HIV, estando

LIA
presente em 95-100% dos pacientes com doença em progressão. Geralmente encontra-se

OG
associado a outros sintomas, como anorexia. A associação com diarreia aquosa faz com que
esse sinal seja mais intenso.

NA
• Trombocitopenia: na maioria das vezes, é uma anormalidade hematológica isolada, com

RI
um número normal ou aumentado de megacariócitos na medula óssea e níveis elevados de

AB
imunoglobulinas, associadas a plaquetas – síndrome clínica chamada púrpura
trombocitopênica imune. Clinicamente, os pacientes podem apresentar somente

5S
sangramentos mínimos como petéquias, equimoses e, ocasionalmente, epistaxes.

74
Laboratorialmente, considera-se nesse caso, o número de plaquetas menor que 100.000

42
células/mm3. Há uma elevação da carga viral e a contagem de linfócitos T CD4+ já pode se

40
encontrar abaixo de 500cel/mm3

51
10
AIDS: DOENÇAS OPORTUNISTAS

RA
Uma vez instalada a aids, as pessoas portadoras do HIV apresentam sinais e sintomas de
processos oportunistas, representados principalmente pelas seguintes doenças:
LA
• Infecções oportunistas (pneumonias, meningites e enterites).
ES

• Tumores (sarcoma de Kaposi e linfomas).


NT

• Alterações neurológicas induzidas pelo HIV.


FO

Doenças oportunistas são, portanto, as que se desenvolvem em decorrência de uma alteração


imunitária do hospedeiro.
SO
RU

PROCESSOS OPORTUNISTAS DE MENOR GRAVIDADE


• Candidíase Oral e Vaginal (inclusive a recorrente)
LIA

• Leucoplasia Pilosa Oral


OG

• Gengivite
• Úlceras Aftosas
NA

• Diarreia
RI
AB

Agentes como Cryptosporidium parvum e Isospora belli, geralmente reconhecidos em fase


5S

mais avançada da doença causada pelo HIV, podem apresentar-se como expressão clínica
74

autolimitada e/ou recorrente.


42

• Sinusopatias
40

• Herpes Simples Recorrente


51

• Herpes Zoster
10

Infecções Oportunistas (IO)


RA

As infecções oportunistas associadas à aids são várias, podendo ser causadas por vírus,
LA

bactérias, protozoários e fungos. Entre as mais frequentes temos:


S

• Vírus: citomegalovirose, herpes simplex, herpes zoster, leucoencefalopatia multifocal


TE

progressiva.
N

• Bactérias: micobacterioses (tuberculose e complexo Mycobacterium aviumintracellulare),


FO

pneumonias (S. pneumoniae), salmonelose.


SO

• Fungos: pneumocistose, candidíase, criptococose, histoplasmose.


•Protozoários: toxoplasmose, criptosporidiose, isosporíase
RU
LIA
OG

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BR
SA
10
RA
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LA
ES
TESTES DIAGNÓSTICOS

NT
Para crianças com 18 meses ou menos, realiza-se a quantificação do RNA viral

FO
plasmático (carga viral) ou a detecção do DNA pró-viral e carga viral entre 1 e 6 meses, sendo

SO
um destes após o 4º mês de vida. Será considerada infectada quando se obtiver resultado
detectável em duas amostras obtidas em momentos diferentes. Caso a carga viral esteja

RU
abaixo de 10.000 cópias/ml, a situação deve ser cuidadosamente analisada, porque pode se

LIA
tratar de um resultado falso-positivo.

OG
A partir de 18 meses, adolescentes e adultos as amostras de soro ou plasma devem
ser submetidas inicialmente a um imunoensaio (Elisa), na etapa denominada triagem

NA
sorológica. As amostras com resultados reagentes ou inconclusivos nesta primeira etapa

RI
deverão ser submetidas a uma etapa de confirmação sorológica, composta de um segundo

AB
imunoensaio (diferente do primeiro na sua constituição antigênica ou princípio metodológico)
e testes confirmatórios, tais como a Imunofluorescência indireta, Imunoblot ou Western blot,

5S
de acordo com a Portaria 59/ GM/MS, de 28 de janeiro de 2003 e portaria SVS/MS no 34, de

74
julho de 2005.

42
O diagnóstico será confirmado por meio da realização de um teste de triagem para

40
detecção de anti-HIV-1 e anti-HIV-2 e pelo menos um teste confirmatório. Em caso de

51
resultado positivo, uma nova amostra deverá ser coletada para confirmar a positividade da

10
primeira amostra.

RA
Em casos especiais, na impossibilidade de realização de diagnóstico laboratorial
convencional, este diagnóstico também pode ser realizado utilizando-se o algoritmo de testes
LA
rápidos. Nessa situação, são usados dois testes em paralelo, com metodologias diferentes. As
ES

amostras que apresentarem resultados positivos nos dois testes rápidos terão seu resultado
NT

definido como “amostra positiva para o HIV”.


FO

Em casos de dois ensaios com resultados discordantes deverá ser realizado um


terceiro teste rápido. Quando o terceiro teste apresentar resultado positivo, a amostra será
SO

considerada “positiva para o HIV”. A positividade de dois testes rápidos usados conforme o
RU

fluxograma fornece o diagnóstico de HIV, não sendo necessário realizar o confirmatório.


Consideram-se não infectados os indivíduos que apresentarem:
LIA

- Uma amostra não reagente em testes de detecção para anticorpos anti-HIV; ou


OG

- Uma amostra negativa em dois testes rápidos. Em caso de resultados discordantes nos dois
primeiros ensaios, realiza-se um terceiro teste rápido. Quando este terceiro teste resultar
NA

negativo, considera-se a amostra “negativa para o HIV”


RI
AB

O tratamento da AIDS
5S

A abordagem clínico-terapêutica do HIV tem-se tornado cada vez mais complexa, em virtude
74

da velocidade do conhecimento acerca deste agente. Os objetivos do tratamento são:


42

prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida, pela redução da carga viral e


40

reconstituição do sistema imunológico. O atendimento é garantido pelo SUS, por meio de uma
51

ampla rede de serviços. O Brasil é um dos poucos países que disponibiliza, integralmente, a
10

assistência ao paciente com Aids.


É feito com medicamentos antirretrovirais, que inibem a reprodução do HIV no sangue. À
RA

associação desses medicamentos com fins terapêuticos é dado o nome de terapia


LA

antirretroviral, também chamada de coquetel. Atualmente, são 19 medicamentos divididos em


S

quatro classes:
TE

•Inibidores de transcriptase reversa análogos de nucleosídeos: atuam na enzima transcriptase


N

reversa, incorporando-se à cadeia de DNA que o vírus cria. Tornam essa cadeia defeituosa,
FO

impedindo que o vírus se reproduza;


SO

•Inibidores de transcriptase reversa não análogos de nucleosídeos: bloqueiam diretamente a


ação da enzima, sua multiplicação e o desenvolvimento da infestação no organismo;
RU

•Inibidores de protease: impedem a produção de novas cópias de células infectadas com HIV;
LIA

•Inibidores de fusão: impedem a entrada do vírus na célula.


OG

__________________________________________________________________________________________________________
A

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IN

Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
10
RA
TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 16

LA
ES
NT
FO
SO
RU
LIA
OG
NA
RI
AB
5S
74
42
40
51
10
RA
LA
ES
NT

PRIMEIRA LINHA DE TRATAMENTO – COMPOSIÇÃO DO ESQUEMA ARV COM ITRNN


A terapia inicial deve sempre incluir combinações de três antirretrovirais, sendo dois
FO

ITRN/ITRNt associados a um ITRNN.


SO

Como regra, o esquema de primeira linha deve ser o seguinte: TDF + 3TC + EFV
Para os casos em que o esquema TDF + 3TC + EFV esteja contraindicado, deve-se
RU

proceder da seguinte maneira:


LIA

Substituir o TDF por:


OG
NA
RI
AB
5S
74

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
42

Objetivos - Acompanhar a tendência temporal e espacial da doença, de infecções e


40

comportamentos de risco, visando orientar as açõesde prevenção e controle do HIV/Aids e,


51

consequentemente, reduzir a morbi-mortalidade associada à Aids.


10

Notificação - Notifica-se o caso confirmado de Aids, mediante o preenchimento da Ficha de


Notificação/Investigação de Aids, adulto, disponível no Sinan, pelo médico ou outro
RA

profissional de saúde.
LA
S

Definição de caso
TE

Critério CDC adaptado


N

Existência de 2 testes de triagem ou 1 confirmatório para detecção de anticorpos anti hiv +


FO

evidencia de imunodeficiência representada pelo diagnóstico de pelo menos uma doença


SO

indicativa de AIDS e ou contagem de linfócitos TCD4 < 350 cels/mm3


RU
LIA
OG

__________________________________________________________________________________________________________
A

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IN

Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
10
RA
TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 17

LA
ES
Critério RJ/CARACAS

NT
Existência de 2 testes de triagem ou 1 confirmatório para detecção de anticorpos anti

FO
hiv + somatório de pelo menos 10 pontos de acordo com uma escala de sinais, sintomas ou

SO
doenças

RU
Critério excepcional óbito

LIA
Menção de AIDS em algum campo da declaração de óbito + investigação

OG
epidemiológica inconclusiva ou Menção de infecção pelo HIV em algum campo da declaração
de óbito além de doença associada a infecção pelo hiv + investigação epidemiológica

NA
inconclusiva.

RI
AB
MEDIDAS DE CONTROLE
Prevenção da transmissão sexual - Baseia-se na informação e educação visando a

5S
prática do sexo seguro, pelo uso consistente de preservativos masculino e feminino nas

74
relações sexuais, como principal estratégia de prevenção.

42
40
Prevenção da transmissão sanguínea

51
Transfusão de sangue - Triagem de doadores, afastando aqueles em risco de infecção pelo HIV

10
e realização de teste obrigatório para detecção de anticorpos anti-HIV. A conscientização dos

RA
doadores, no sentido de auto-avaliar os riscos de infecção pelo HIV a que possam ter sido
submetidos, evitando ser identificados à doação, constitui-se na melhor medida de prevenção
LA
da transmissão do HIV por essa via.
ES
NT

Prevenção da transmissão materno-infantil do HIV


FO

- As gestantes portadoras do HIV deverão iniciar a profilaxia da transmissão vertical a partir da


14ª semana, com terapia ARV tripla. Aquelas que tiverem indicação de tratamento para a Aids
SO

deverão realizá-lo normalmente, mas com a ressalva de que ARV com potencial teratogênico
RU

deverão ser substituídos. A Zidovudina IV deverá ser administrada a todas mas parturientes no
momento do parto e a Zidovudina Solução Oral para todos os recém nascidos expostos ao HIV,
LIA

durante seis semanas. A avaliação dos níveis de carga viral materna definirá qual a via de parto
OG

mais adequada para o concepto. Níveis de Carga Viral ≥1.000 cópias/ml (aferida na idade
gestacional ≥34 semanas) ou desconhecida deve ser indicado parto por operação cesariana
NA

eletiva, ou seja, antes do início do trabalho de parto, quando as membranas amnióticas ainda
RI

se encontram íntegras.
AB

Ao contrário níveis de carga viral menores de 1000 cópias por ml ou indetectável (aferida na
5S

idade gestacional ≥34 semanas) indica a realização de parto vaginal. Nesse grupo de mulheres,
74

o parto por operação cesariana, só se aplica quando houver indicação obstétrica.


42

Para gestantes vale ressaltar que alguns medicamentos estão contraindicados em virtude do
40

potencial teratogênico, como o Efavirenz e Hidroxiureia, contudo, os casos devem ser


51

individualmente analisados
10

HEPATITES VIRAIS
RA

Descrição: As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com
LA

tropismo primário pelo fígado, que apresentam características epidemiológicas, clínicas e


S

laboratoriais distintas.
TE

A distribuição das hepatites virais é universal, sendo que a magnitude varia de região para
N

região, de acordo com os diferentes agentes etiológicos. No Brasil, esta variação também
FO

ocorre.
SO

Modo de transmissão: Quanto às formas de transmissão, as hepatites virais podem ser


classificadas em dois grupos: o grupo de transmissão fecal-oral (HAV e HEV) tem seu
RU

mecanismo de transmissão ligado a condições de saneamento básico, higiene pessoal,


LIA

qualidade da água e dos alimentos. A transmissão percutânea (inoculação acidental) ou


OG

__________________________________________________________________________________________________________
A

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Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
10
RA
TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 18

LA
ES
parenteral (transfusão) dos vírus A e E é muito rara, devido ao curto período de viremia dos

NT
mesmos. O segundo grupo (HBV, HCV, e HDV) possui diversos mecanismos de transmissão,

FO
como o parenteral, sexual, compartilhamento de objetos contaminados (agulhas, seringas,

SO
lâminas de barbear, escovas de dente, alicates de manicure), utensílios para colocação de
piercing e confecção de tatuagens e outros instrumentos usados para uso de drogas injetáveis

RU
e inaláveis. Há também o risco de transmissão através de acidentes perfurocortantes,

LIA
procedimentos cirúrgicos e odontológicos e hemodiálises sem as adequadas normas de

OG
biossegurança. Hoje, após a triagem obrigatória nos bancos de sangue (desde 1978 para a
hepatite B e 1993 para a hepatite C), a transmissão via transfusão de sangue e hemoderivados

NA
é relativamente rara.

RI
Período de incubação e Período de transmissibilidade : Variam de acordo com o agente

AB
5S
74
42
40
51
10
RA
LA
ES
NT
FO
SO
RU

Susceptibilidade e imunidade
A susceptibilidade é universal. A infecção confere imunidade permanente e específica
LIA

para cada tipo de vírus. A imunidade conferida pelas vacinas contra a hepatite A e hepatite B é
OG

duradoura e específica. Os filhos de mães imunes podem apresentar imunidade passiva e


transitória durante os primeiros nove meses de vida.
NA

Detecção de imunidade adquirida naturalmente:


RI

Para a hepatite A – a imunidade adquirida naturalmente é estabelecida pela presença


AB

do anti-HAVIgG (ou anti-HAV total positivo com anti-HAVIgM negativo). Este padrão
5S

sorológico é indistinguível da imunidade vacinal.


74

Para a hepatite B – a imunidade adquirida naturalmente é estabelecida pela presença


42

concomitante do anti-HBs e anti-HBcIgG ou total. Eventualmente, o anti-HBc pode ser o único


40

indicador da imunidade natural detectável sorologicamente, pois com o tempo o nível de anti-
51

HBs pode tornar-se indetectável. A ocorrência do anti-HBs como marcador isolado de


10

imunidade contra o HBV adquirida naturalmente é possível, embora seja muito pouco
frequente. É aconselhável considerar a possibilidade de resultado falso-positivo nesta situação
RA

e repetir os marcadores para esclarecimento do caso.


LA

Para a hepatite C – a pessoa infectada pelo vírus C apresenta sorologia anti-HCV


S

reagente por um período indefinido; porém, este padrão não distingue se houve resolução da
TE

infecção e consequente cura ou se a pessoa continua portadora do vírus.


N
FO

Detecção de imunidade pós-vacinal


SO

Existem disponíveis, no momento, vacinas contra a hepatite A e contra a hepatite B.


Para a hepatite A – são susceptíveis à infecção pelo HAV pessoas sorologicamente negativas
RU

para o anti-HAVIgG. A vacina contra a hepatite A induz à formação do anti- HAV IgG.
LIA
OG

__________________________________________________________________________________________________________
A

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IN

Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
10
RA
TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 19

LA
ES
Para a hepatite B – são susceptíveis pessoas com perfil l sorológico HBsAg, anti-HBc e anti-HBs

NT
negativos concomitantemente. A vacina contra a hepatite B tem como imunizante o HBsAg

FO
(produzido por técnica do DNA recombinante) induzindo, portanto, à formação do anti-HBs,

SO
isoladamente.

RU
Aspectos clínicos e laboratoriais

LIA
Manifestações clínicas: Após entrar em contato com o vírus da hepatite o indivíduo pode

OG
desenvolver um quadro de hepatite aguda, podendo apresentar formas clínicas
oligo/assintomática ou sintomática. No primeiro caso, as manifestações clínicas estão ausentes

NA
ou são bastante leves e atípicas, simulando um quadro gripal. No segundo, a apresentação é

RI
típica, com os sinais e sintomas característicos da hepatite como febre, icterícia e colúria.

AB
Fase aguda (hepatite aguda): Os vírus hepatotrópicos apresentam uma fase aguda da infecção.

5S
No nosso meio, a maioria dos casos de hepatite aguda sintomática deve-se aos vírus A e B (na

74
região Norte a co-infecção HBV/HDV também é importante causa de hepatite aguda

42
sintomática). O vírus C costuma apresentar uma fase aguda oligo/assintomática, de modo que

40
responde por apenas pequena parte das hepatites agudas sintomáticas.

51
Período prodrômico ou pré-ictérico – é o período após a fase de incubação do agente

10
etiológico e anterior ao aparecimento da icterícia. Os sintomas são inespecíficos como

RA
anorexia, náuseas, vômitos, diarréia (ou raramente constipação), febre baixa, cefaléia, mal-
estar, astenia e fadiga, aversão ao paladar e/ou olfato, mialgia, fotofobia, desconforto no
LA
hipocôndrio direito, urticária, artralgia ou artrite e exantema papular ou maculopapular.
ES
NT

Fase ictérica – com o aparecimento da icterícia, em geral há diminuição dos sintomas


FO

prodrômicos. Existe hepatomegalia dolorosa, com ocasional esplenomegalia.


SO

Fase de convalescença – período que se segue ao desaparecimento da icterícia, quando


RU

retorna progressivamente a sensação de bem-estar. A recuperação completa ocorre após


algumas semanas, mas a fraqueza e o cansaço podem persistir por vários meses.
LIA
OG

Fase crônica (hepatite crônica): Casos nos quais o agente etiológico permanece no hospedeiro
após seis meses do início da infecção. Os vírus A e E não cronificam, embora o HAV possa
NA

produzir casos que se arrastam por vários meses. Os vírus B, C e D são aqueles que têm a
RI

possibilidade de cronificar. Os indivíduos com infecção crônica funcionam como reservatórios


AB

do respectivo vírus, tendo importância epidemiológica por serem os principais responsáveis


5S

pela perpetuação da transmissão.


74

Portador assintomático – indivíduos com infecção crônica que não apresentam manifestações
42

clínicas, que têm replicação viral baixa ou ausente e que não apresentam evidências de
40

alterações graves à histologia hepática. Em tais situações, a evolução tende a ser benigna, sem
51

maiores consequências para a saúde. Contudo, estes indivíduos são capazes de transmitir
10

hepatite e têm importância epidemiológica na perpetuação da endemia.


Hepatite crônica – indivíduos com infecção crônica que apresentam sinais histológicos de
RA

atividade da doença (inflamação, com ou sem deposição de fibrose) e que do ponto de vista
LA

virológico caracterizam-se pela presença de marcadores de replicação viral. Podem ou não


S

apresentar sintomas na dependência do grau de dano hepático (deposição de fibrose) já


TE

estabelecido. Apresentam maior propensão para uma evolução desfavorável, com


N

desenvolvimento de cirrose e suas complicações.


FO

Hepatite fulminante: Este termo é utilizado para designar a insuficiência hepática no curso de
SO

uma hepatite aguda. É caracterizada por comprometimento agudo da função hepatocelular,


manifestado por diminuição dos fatores da coagulação e presença de encefalopatia hepática
RU

no período de até 8 semanas após o início da icterícia. A mortalidade é elevada (40% e 80%
LIA

dos casos). A etiologia da hepatite fulminante varia conforme as regiões geográficas.


OG

__________________________________________________________________________________________________________
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BR
SA
10
RA
TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 20

LA
ES
Diagnóstico laboratorial

NT
Provas específicas

FO
Hepatite A

SO
Anti-HAVIgM – a presença deste marcador é compatível com infecção recente pelo HAV,
confirmando o diagnóstico de hepatite aguda A. Este marcador surge precocemente na fase

RU
aguda da doença, começa a declinar após a segunda semana e desaparece após 3 meses.

LIA
Anti-HAVIgG – os anticorpos desta classe não permitem identificar se a infecção é aguda ou

OG
trata-se de infecção pregressa. Este marcador está presente na fase de convalescença e
persiste indefinidamente.

NA
É um importante marcador epidemiológico por demonstrar a circulação do vírus em

RI
determinada população.

AB
5S
74
42
40
51
10
Hepatite B

RA
São marcadores de triagem para a hepatite B: HBsAg e anti-HBc.
LA
HBsAg (antígeno de superfície do HBV) – primeiramente denominado como antígeno Austrália.
ES

É o primeiro marcador a surgir após a infecção pelo HBV, em torno de 30 a 45 dias, podendo
permanecer detectável por até 120 dias. Está presente nas infecções agudas e crônicas.
NT

Anti-HBc (anticorpos IgG contra o antígeno do núcleo do HBV) – é um marcador que indica
FO

contato prévio com o vírus. Permanece detectável por toda a vida nos indivíduos que tiveram
SO

a infecção (mesmo naqueles que não cronifcaram, ou seja, eliminaram o vírus). Representa
importante marcador para estudos epidemiológicos.
RU
LIA
OG
NA
RI
AB
5S
74

Anti-HBcIgM (anticorpos da classe IgM contra o antígeno do núcleo do HBV) – é um marcador


42

de infecção recente, portanto confirma o diagnóstico de hepatite B aguda. Pode persistir por
40

até 6 meses após o início da infecção.


51

Anti-HBs (anticorpos contra o antígeno de superfície do HBV) – indica imunidade contra o HBV.
10

É detectado geralmente entre 1 a 10 semanas após o desaparecimento do HBsAg e indica bom


prognóstico. É encontrado isoladamente em pacientes vacinados.
RA

HBeAg (antígeno “e” do HBV) – é indicativo de replicação viral e, portanto, de alta


LA

infectividade. Está presente na fase aguda, surge após o aparecimento do HBsAg e pode
S

permanecer por até 10 semanas. Na hepatite crônica pelo HBV, a presença do HBeAg indica
TE

replicação viral e atividade da doença (maior probabilidade de evolução para cirrose).


N

Anti-HBe (anticorpo contra o antígeno “e” do HBV) – marcador de bom prognóstico na


FO

hepatite aguda pelo HBV. A soroconversãoHBeAg para anti-HBe indica alta probabilidade de
SO

resolução da infecção nos casos agudos (ou seja, provavelmente o indivíduo não vai se tornar
um portador crônico do vírus). Na hepatite crônica pelo HBV a presença do anti-HBe, de modo
RU

geral, indica ausência de replicação do vírus, ou seja, menor atividade da doença e, com isso,
LIA

menor chance de desenvolvimento de cirrose.


OG

__________________________________________________________________________________________________________
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BR
SA
10
RA
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LA
ES
NT
FO
SO
RU
LIA
OG
NA
RI
AB
5S
74
Hepatite C-Anti-HCV (anticorpos contra o vírus HCV) – é o marcador de triagem para a hepatite

42
C. Indica contato prévio com o vírus, mas não define se a infecção é aguda, crônica ou se já foi

40
curada. O diagnóstico de infecção aguda só pode ser feito com a viragem sorológica

51
documentada, isto é, paciente inicialmente anti-HCV negativo que converte, tornando-se anti-

10
HCV positivo e HCV-RNA positivo, detectado por técnica de biologia molecular. A infecção
crônica deve ser confirmada pela pesquisa de HCV-RNA.

RA
HCV-RNA (RNA do HCV) – é o primeiro marcador a aparecer entre uma a duas semanas após a
LA
infecção. É utilizado para confirmar a infecção em casos crônicos, monitorar a resposta ao
ES

tratamento e confirmar resultados sorológicos indeterminados, em especial em pacientes


NT

imunossuprimidos.
FO

Prognóstico:
SO

Hepatite A – geralmente após 3 meses o paciente já está recuperado. Apesar de não haver
RU

forma crônica da doença, há a possibilidade de formas prolongadas e recorrentes, com


manutenção das aminotransferases em níveis elevados por vários meses. A forma fulminante,
LIA

apesarde rara (menos que 1% dos casos), apresenta prognóstico ruim. O quadro clínico é mais
OG

intenso à medida que aumenta a idade do paciente.


Hepatite B – a hepatite aguda B normalmente tem bom prognóstico: o indivíduo resolve a
NA

infecção e fica livre dos vírus em cerca de 90% a 95% dos casos. As exceções ocorrem nos
RI

casos de hepatite fulminante (<1% dos casos), hepatite B na criança (90% de chance de
AB

cronificação em menores de 1 ano e 20% a 50% para aquelas que se infectaram entre 1 e 5
5S

anos de idade) e pacientes com algum tipo de imunodeficiência.


Hepatite C – a cronificação ocorre em 60% a 90% dos casos, dos quais, em média, um quarto a
74

um terço evolui para formas histológicas graves num período de 20 anos. Este quadro crônico
42

pode ter evolução para cirrose e hepatocarcinoma, fazendo com que o HCV seja, hoje em dia,
40

responsável pela maioria dos transplantes hepáticos no ocidente. O uso concomitante de


51

bebida alcoólica, em pacientes portadores do HCV, determina maior propensão para


10

desenvolver cirrose hepática.


RA
LA

Aspectos epidemiológicos: A hepatite A apresenta alta prevalência nos países com precárias
condições sanitárias e socioeconômicas. Em relação ao HBV, alguns estudos do final da década
S
TE

de 80 e início de 90 sugeriram uma tendência crescente do HBV em direção às regiões


N

Sul/Norte, descrevendo três padrões de distribuição da hepatite B: alta endemicidade


FO

presente na região amazônica, alguns locais do Espírito Santo e oeste de Santa Catarina;
endemicidade intermediária, nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste e baixa
SO

endemicidade, na região Sul do país. Quanto à hepatite C, ainda não existem estudos capazes
RU

de estabelecer sua real prevalência no país.


LIA
OG

__________________________________________________________________________________________________________
A

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BR
SA
10
RA
TURMA REGULAR – SAÚDE PÚBLICA – PROF. Sandro Fernandes 22

LA
ES
Definição de caso

NT
Suspeito

FO
Suspeita clínica/bioquímica

SO
• Sintomático ictérico
O Indivíduo que desenvolveu icterícia subitamente (recente ou não), com ou sem sintomas

RU
como febre, mal-estar, náuseas, vômitos, mialgia, colúria e hipocolia fecal.

LIA
O Indivíduo que desenvolveu icterícia subitamente e evoluiu para óbito, sem outro diagnóstico

OG
etiológico confirmado.

NA
• Sintomático anictérico

RI
O Indivíduo sem icterícia, que apresente um ou mais sintomas como febre, mal-estar, náuseas,

AB
vômitos, mialgia e na investigação laboratorial apresente valor aumentado das
aminotransferases.

5S
74
• Assintomático

42
O Indivíduo exposto a uma fonte de infecção bem documentada (na hemodiálise, em acidente

40
ocupacional com exposição percutânea ou de mucosas, por transfusão de sangue ou

51
hemoderivados, procedimentos cirúrgicos/odontológicos/colocação de “piercing”/tatuagem

10
com material contaminado, por uso de drogas endovenosas com compartilhamento de seringa

RA
ou agulha).
O Comunicante de caso confirmado de hepatite, independente da forma clínica e evolutiva do
LA
caso índice.
ES

O Indivíduo com alteração de aminotransferases no soro igual ou superior a três vezes o valor
NT

máximo normal destas enzimas, segundo o método utilizado.


FO

Suspeito com marcador sorológico reagente


• Doador de sangue
SO

• Indivíduo assintomático doador de sangue, com um ou mais marcadores reagentes para


RU

hepatite. A,B, C, D ou E.
• Indivíduo assintomático com marcador reagente para hepatite viral A, B, C, D ou E.
LIA

Caso confirmado
OG

Hepatite A
• Indivíduo que preenche as condições de caso suspeito, no qual detecta-se o anticorpo da
NA

classe IgM contra o vírus A (anti HAV–IgM) no soro.


RI

• Indivíduo que preenche as condições de caso suspeito e apresente vínculo epidemiológico


AB

com caso confirmado de hepatite A.


5S
74

Hepatite B
42

Indivíduo que preenche as condições de suspeito e que apresente os marcadores sorológicos


40

reagentes a seguir listados e/ou exame de biologia molecular positivos para hepatite B:
51

• HBsAg reagente;
10

• HBeAg reagente;
• Anti-HBcIgM reagente;
RA

• DNA do HBV positivo;


LA

• DNA polimerase do HBV positiva;


S

• Óbito em que se detecte antígenos ou DNA do vírus B em tecido.


N TE

Hepatite C
FO

• Indivíduo que preenche as condições de suspeito, no qual detecta-se anti-HCV reagente e


SO

PCR positivo para o HCV.


• Óbito em que se detecte antígeno ou RNA do vírus C em tecido, quando não for possível a
RU

coleta de soro.
LIA
OG

__________________________________________________________________________________________________________
A

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IN

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BR
SA
10
RA
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LA
ES
Notificação: É doença incluída na lista de notificação compulsória e, portanto, todos os casos

NT
suspeitos de hepatites virais devem ser notificados.

FO
SO
QUESTÕES

RU
1) A Aids é uma das doenças que representa um dos maiores problemas de saúde da

LIA
atualidade, em função do seu caráter pendêmico e de sua gravidade (BRASIL,2010). Sobre a

OG
vigilância epidemiológica nos casos de AIDS:
A) A Zidovudina intravenosa deverá ser administrada a todas as parturientes no momento do

NA
parto e, a Zidovudina solução para todos os recém nascidos expostos ao HIV, durante 3

RI
semanas

AB
B) As gestantes protadoras do HIV deverão iniciar a profilaxia da transmissão vertical com 10
semanas de idade gestacional, com terapia ARV tripla.

5S
C) Algumas doenças são indicativas de Aids para as quais é requerido o diagnóstico definitivo,

74
dentre elas estão leucemia mieloide crônica, dengue e herpes zoster.

42
D) Notifica-se o caso confirmado de AIDS, mediante o preenchimento da ficha de

40
notificação/investigação de AIDS, adulto, disponível no SINAM, cabendo essa atribuição

51
exclusivamente ao médico.

10
E) O objetivo da vigilância da epidemiológica é de acompanhar a tendência temporal e espacial

RA
da doença, de infecções e comportamentos de risco, visando orientar as ações de prevenção e
controle do HIV/AIDS e, consequentemente, reduzir a morbimortalidade associada a AIDS.
LA
ES

2) A AIDS é uma doença que representa um dos maiores problemas de saúde da atualidade,
NT

em função do seu caráter pandêmico e de sua gravidade. Analise as afirmativas sobre as


FO

especificidades desta doença, colocando entre parênteses a letra V, quando for verdadeira, e a
letra F, quando falsa. A seguir assinale que apresenta a sequência correta: E
SO

( ) o uso de preservativo deve-se constituir no único e principal insumo nas ações clínicas e
RU

nos serviços que atendem pacientes com HIV/AIDS.


( ) os objetivos do tratamento são: melhorar a qualidade de vida e antecipar a sobrevida, pela
LIA

redução da carga viral e reconstituição do sistema imunológico


OG

( ) as doenças oportunistas associadas à Aids são várias, podendo ser causadas por vírus, a
exemplo da tuberculose, por bactérias, a exemplo da candidíase, por fungos a exemplo da
NA

pneumocitose, e a protozoários a exemplo da toxoplasmose.


RI

a) ( ) V/V/V
AB

b) ( ) V/F/V
5S

c) ( ) F/V/V
74

d) ( ) F/F/V
42

e) ( ) F/F/F
40
51

3) Correlacione as colunas ordenando as fases da Infecção pelo HIV e, em seguida, assinale a


10

alternativa com a sequência correta.


1. Infecção aguda.
RA

2. Fase assintomática.
LA

3. Fase sintomática inicial.


S

4. Fase da doença AIDS.


TE

( ) A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas que recebem esse


N

nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo.


FO

( ) Nesta fase, ocorre a incubação do HIV, tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos
SO

primeiros sinais da doença e pode variar de 03 a 06 semanas.


( ) Esta fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e
RU

rápidas mutações do vírus. Mas não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas
LIA

doenças, pois o vírus amadurece e morre de forma equilibrada. Esse período pode durar anos.
OG

__________________________________________________________________________________________________________
A

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IN

Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.
BR
SA
10
RA
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LA
ES
( ) Nesta fase, ocorre a alta redução dos linfócitos T CD4 que chegam a ficar abaixo de 200

NT
unidades por mm³ de sangue.

FO
SO
A) 1/2/3/4
B) 2/1/4/3

RU
C) 4/1/2/3

LIA
D) 3/1/2/4

OG
4) Assinale a alternativa INCORRETA sobre a infecção pelo vírus HIV.

NA
a) As formas de transmissão do HIV são sexual, sanguínea, vertical e ocupacional.

RI
b) Um dos fatores que aumentam o risco de transmissão do HIV é a relação sexual durante a

AB
menstruação.
c) O uso de drogas injetáveis, associado ao compartilhamento de seringas e agulhas, apresenta

5S
alta probabilidade de transmissão sanguínea do HIV.

74
d) A utilização de espermicidas a base do componente nonoxinol-9 (N-9) é um fator de

42
proteção contra a transmissão por via sexual do HIV.

40
e) O profissional de saúde acidentado, com risco de infecção pelo HIV, deverá ser

51
encaminhado, nas primeiras horas após o acidente, para a quimioprofilaxia com

10
antirretrovirais, por 4 semanas.

RA
5) A transmissão do HIV tem maior probabilidade de ocorrer se o portador do vírus estiver nas
LA
fases:
ES

a) Durante a infecção aguda (1 fase) e avançada imunossupressão


NT

b) Durante a fase assintomática e avançada imunossupressão


FO

c) Durante a fase assintomática e na infecção aguda


d) Durante a fase de latência e na fase avançada
SO
RU

6) O período de incubação observado entre a infecção pelo HIV e o aparecimento dos


primeiros sintomas é:
LIA

a) 5 a 30 dias
OG

b) 10 a 30 dias
c) 3 meses
NA

d) 6 meses
RI

e) 2 a 5 semanas
AB
5S

7) O período médio de janela imunológica da infecção do hiv é:


74

a) 2 meses
42

b) 3 meses
40

c) 6 meses
51

d) 30 dias
10

8) Julgue verdadeiro ou falso:


RA

I) ( ) O diagnóstico de hiv será confirmado por meio da realização de um teste de triagem e


LA

pelo menos um teste confirmatório


S

II) ( ) Na impossibilidade de realização de diagnóstico laboratorial convencional, este


TE

diagnóstico também pode ser utilizado o algoritmo de testes rápidos


N

III) ( ) Em casos de resultados discordantes nos dois primeiros ensaios, deverá ser realizado
FO

um terceiro teste rápido.


SO

IV) ( ) Consideram-se não infectados indivíduos que apresentam uma amostra não reagente
em testes de detecção para anticorpos anti-HIV
RU
LIA

A) V/V/F/F
OG

__________________________________________________________________________________________________________
A

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BR
SA
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RA
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LA
ES
B) V/F/V/V

NT
C) F/V/V/V

FO
D) V/V/V/V

SO
9) A carga viral de HIV materna definirá a via de parto mais adequada para o concepto. Ela

RU
deve ser realizada em qual momento? Qual resultado indicará o parto cesariano?

LIA
a) 30 semanas de gestação / <1000 cópias/ml

OG
b) 34 semanas de gestação / >1000 cópias/ml
c) 34 semanas de gestação / < 1000 cópias/ml

NA
d) 32 semanas de gestação / > 1000cópias/ml

RI
AB
10) No diagnóstico laboratorial da hepatite viral do tipo B, o marcador que, quando reagente,

5S
indica maior risco de transmissão da doença, é o:

74
a) HBsAg

42
b)Anti HBs

40
c) HbeAg

51
d) Anti Hbe

10
RA
11) A presença de positividade em Anti-HBs indica:
a) Hepatite B aguda LA
b) Hepatite C crônica
ES

c) Hepatite B Aguda ou Crônica


NT

d) Imuninidade a hepatite B
FO

12) As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com
SO

tropismo primário pelo fígado, que apresentam características epidemiológicas, clínicas e


RU

laboratoriais distintas. Assinale a alternativa correta quanto ao modo de transmissão das


hepatites:
LIA

a) Quanto às formas de transmissão, as hepatites virais podem ser classificadas em dois


OG

grupos: o grupo de transmissão fecal-oral (HAV e HEV) tem seu mecanismo de transmissão
ligado a condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos.
NA

A transmissão percutânea (inoculação acidental) ou parenteral (transfusão) dos vírus A e E é


RI

muito rara, devido ao curto período de viremia dos mesmos. O segundo grupo (HBV, HCV, e
AB

HDV) possui diversos mecanismos de transmissão, como o parenteral, sexual,


5S

compartilhamento de objetos contaminados (agulhas, seringas, lâminas de barbear, escovas


74

de dente, alicates de manicure), utensílios para colocação de piercing e confecção de


42

tatuagens e outros instrumentos usados para uso de drogas injetáveis e inaláveis.


40
51

b) A transmissão através de acidentes perfurocortantes não é possível,mesmo em


10

procedimentos cirúrgicos e odontológicos e hemodiálises sem as adequadas normas de


biossegurança. Hoje, após a triagem obrigatória nos bancos de sangue (desde 1978 para a
RA

hepatite B e 1993 para a hepatite C), a transmissão via transfusão de sangue e hemoderivados
LA

não acontece.
S
TE

c) A transmissão por via sexual é comum em todas as hepatites. Na hepatite C poderá ocorrer
N

a transmissão principalmente em pessoa com múltiplos parceiros, coinfectada com o HIV, com
FO

alguma lesão genital (DST), alta carga viral do HCV e doença hepática avançada.
SO

d) Os vírus das hepatites B, C e D possuem também a via de transmissão vertical (da mãe para
o bebê). Geralmente, a transmissão ocorre no momento do parto, sendo a via transplacentária
RU

mais comum.
LIA
OG

__________________________________________________________________________________________________________
A

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BR
SA
10
RA
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LA
ES
e) A transmissão vertical do HBV ocorre em 70% a 90% dos casos de mães com replicação viral

NT
(HBeAg positivas); nos casos de mães sem replicação viral (HBeAg negativas) a probabilidade

FO
varia entre 30% a 50%, o que altera a conduta a ser adotada para a criança (vacinação e

SO
imunoglobulina nas primeiras doze horas de vida).

RU
13) As hepatites virais constituem-se em um grave problema de Saúde Pública no mundo e no

LIA
Brasil.

OG
Relacione as colunas 1 e 2 abaixo, em relação aos tipos de hepatites virais.
Coluna 1: HEPATITE

NA
1. Tipo A

RI
2. Tipo B

AB
3. Tipo C
4. Tipo D

5S
5. Tipo E

74
Coluna 2: DESCRIÇÃO

42
( ) É causada por um vírus defectivo, satélite do HBV, ou seja, é uma infecção que depende

40
funcionalmente da Hepatite B.

51
( ) A principal via de contágio do vírus é a fecal-oral; ocorre também por contato inter-humano

10
ou através de água e alimentos contaminados. A doença é autolimitada e de caráter benigno.

RA
Menos de 0,1% dos casos pode evoluir para hepatite fulminante, sendo que este percentual
aumenta em idades mais avançadas. LA
( ) A transmissão do vírus se faz por via parenteral, e, sobretudo, pela via sexual, sendo
ES

considerada doença sexualmente transmissível. Exite vacina e imunoglobulina específicas.


NT

( ) Sua transmissão ocorre principalmente por via parenteral (compartilhamento de agulhas


FO

contaminadas, materiais perfurocortantes em geral). A transmissão sexual é pouco frequente.


( ) O vírus é de transmissão fecal-oral. A transmissão interpessoal não é comum. A doença é
SO

autolimitada e pode apresentar formas clínicas graves, principalmente em gestantes.


RU

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.


LIA

a) 1 – 2 – 4 – 5 – 3
OG

b) 3 – 1 – 4 – 5 – 2
c) 3 – 5 – 2 – 4 – 1
NA

d) 4 – 1 – 2 – 3 – 5
RI

e) 4 – 1 – 3 – 2 – 5
AB
5S

14) As hepatites virais podem ser provocadas por diferentes vias de contato e agentes
74

etiológicos. Sobre o processo de acometimento de indivíduos por estas patologias, assinale a


42

alternativa correta.
40

(A) A hepatite A raramente é transmitida por via parenteral.


51

(B) O risco de transmissão por via sexual da hepatite C é maior que o da hepatite B.
10

(C) O vírus tipo E é transmitido principalmente pela relação sexual.


(D) A vacina para a hepatite B está contra-indicada para pacientes HIV positivos.
RA

(E) A hepatite delta é endêmica na região sul do Brasil.


LA
S

15) As gestantes com diagnósticos de sífilis devem ser acompanhadas com testes não
TE

treponêmicos:
N

a) Em períodos de 60 dias
FO

b) Mensalmente
SO

c) Bimestralmente
d) Trimestralmente
RU
LIA
OG

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A

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BR
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10
RA
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LA
ES
16) Sobre o tratamento da sífilis é correto afirmar que:

NT
a) Na gestação, tratamentos não penicilínicos são inadequados e só devem ser considerados

FO
como opção nas contraindicações absolutas ao uso da penicilina.

SO
b) Para as gestantes comprovadamente alérgicas à penicilina, não recomenda-se a
dessensibilização

RU
c) A sífilis primária deve ser tratada com Penicilina G benzatina 2,4 milhões UI, IM, semanal,

LIA
por 3 semanas Dose total: 7,2 milhões UI, IM

OG
d) Na impossibilidade de realizar a dessensibilização durante a gestação, a gestante deverá ser
tratada com doxiciclina.

NA
RI
AB
5S
74
42
40
51
10
RA
LA
ES

GABARITO
NT

1-E 2-E 3-D 4-D 5-A 6-A 7-D 8-D


FO

9-B 10-D 11-D 12-A 13-D 14-A 15-B 16-A


SO
RU
LIA
OG
NA
RI
AB
5S
74
42
40
51
10
RA
LA
S
N TE
FO
SO
RU
LIA
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A
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SO
FO
N TE
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LA
RA
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51
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42
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5S
AB
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NA
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SO
FO
NT
ES
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PREPARATÓRIO

www.wcursos.com.br
51
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PARA CONCURSOS

contato@wcursos.com.br
42
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(21) 3591-3445 / (21) 99681-4144


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