Você está na página 1de 22

IS

AB
E LL
A
BA
R RO
S
JA
NU
AR
IO
06
27
703
57
70I
SA
BE
LL
A
BA
RR
OS
JA
NU
AR
IO
06
27
70
wcursos

35
77
0I
SA
BE
LL
A
BA
RR
OS
JA
NU

RESIDÊNCIA
AR
IO

Saúde Pública 4
06
27
70
35

MUITO MAIS QUE UM PREPARATÓRIO!


77
0I
SA
BE
L
IS
AB
ELL
A
BA
RR
OS
JA
NU
AR
IO
06
27
70
35

 Questões
770
IS
AB
ELL
A
BA
RR
OS
JA
NU
AR
IO
06

 Infecções sexualmente transmissíveis


27
70
35
77
0I
Saúde Pública
SA
BE
LL
A
BA
RR
OS
JA
NU

RESIDÊNCIA
AR

Saúde Pública 4
IO
06
27
70
35
77
0I
SA
BE
L
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM –SAÚDE PÚBLICA – Prof. Sandro Fernandes 1

SA
0I
77
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS

35
O PCDT contempla os três níveis de atenção à saúde no SUS, a saber: 1) a atenção

70
básica, que é responsável pela implementação de ações de prevenção e assistência nas

27
respectivas áreas de abrangência e populações adstritas; 2) a média complexidade, que dispõe

06
de unidades de saúde com especialistas, os quais devem atuar como referência imediata à

IO
atenção básica e promover capacitação para melhor utilização dos fluxogramas e melhoria da

AR
acuidade clínica; e 3) a alta complexidade, que, além de realizar prevenção e assistência,
contribui com resolução diagnóstica de maior sofisticação, desenvolve pesquisas e capacita os

NU
demais níveis de atenção.

JA
Destaca-se o papel do(a) enfermeiro(a) no manejo das IST, em consonância com a

OS
Portaria nº2.488, de 21 de outubro de 2011, que aprova a Política Nacional da Atenção Básica

RR
e estabelece, entre outras atribuições específicas do(a) enfermeiro(a), a realização de consulta
de enfermagem, procedimentos, atividades em grupo e, conforme protocolos ou outras

BA
normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito

A
Federal, observadas as disposições legais da profissão, a solicitação de exames

LL
complementares, a prescrição de medicações e o encaminhamento, quando necessário, de

BE
usuários a outros serviços.

SA
0I
Aspecto relacionado ao Programa do Ministério da Saúde

77
Para propiciar o diagnóstico precoce e tratamento imediato, propõe-se o uso de
35
abordagem sindrômica, que se baseia em fluxogramas de conduta. A literatura mostra que os
70
fluxogramas para úlceras genitais e corrimentos uretrais são bastante eficientes. Entretanto,
27

não se observa o mesmo desempenho para corrimentos vaginal e cervical.


06

Atividades dos diferentes níveis de atenção em saúde no manejo operacional das IST
IO

Atenção básica
AR

• Garantir o acolhimento e realizar atividades de informação/educação em saúde;


NU

• Realizar consulta imediata no caso de úlceras genitais, corrimentos genitais masculinos e


femininos e de verrugas anogenitais;
JA

•Realizar coleta de material cérvico-vaginal para exames laboratoriais;


OS

•Realizar testagem rápida e/ou coleta de sangue e/ou solicitação de exames para sífilis, HIV e
RR

hepatites B e C, nos casos de IST;


• Realizar tratamento das pessoas com IST e suas parcerias sexuais;
BA

• Seguir o protocolo do MS para prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatites


A

virais;
LL

•Notificar as IST, conforme a Portaria nº 1.271/2014. Os demais agravos são notificados de


E
AB

acordo com recomendações dos estados/municípios, quando existentes;


IS

•Comunicar as parcerias sexuais do caso-índice para tratamento, conforme protocolo;


• Referir os casos suspeitos de IST com manifestações cutâneas extragenitais para unidades
70

que disponham de dermatologista, caso necessário;


7
35

•Referir os casos de IST complicadas e/ou não resolvidas para unidades que disponham de
70

especialistas e mais recursos laboratoriais;


27

• Referir os casos de dor pélvica com sangramento vaginal, casos com indicação de avaliação
06

cirúrgica ou quadros mais graves para unidades com ginecologista e/ou que disponham de
atendimento cirúrgico.
IO
AR

Média complexidade
NU

• Realizar todas as atividades elementares de prevenção e assistência, além do diagnóstico e


JA

tratamento das IST, dentro da competência das especialidades disponíveis;


• Realizar colposcopia, se disponível, ou encaminhar a paciente para serviços de referência
OS

que disponham de colposcópio e profissional habilitado, quando indicado;


RR

• Realizar procedimentos cirúrgicos ambulatoriais;


BA
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM –SAÚDE PÚBLICA – Prof. Sandro Fernandes 2

SA
0I
77
• Notificar as IST, conforme a Portaria nº 1.271/2014. Os demais agravos são notificados de

35
acordo com recomendações dos estados/municípios, quando existentes;

70
• Comunicar as parcerias sexuais do caso-índice para tratamento conforme protocolo;

27
•Promover capacitações para os profissionais de saúde da atenção básica.

06
Alta complexidade

IO
• Realizar todas as atividades elementares e intermediárias de prevenção e assistência das IST;

AR
• Ter um laboratório de pesquisa equipado e em funcionamento, realizando os seguintes
testes diagnósticos: testes treponêmicos e não treponêmicos, exame a fresco, bacterioscopia,

NU
cultura para gonococo, biologia molecular para Neisseriagonorrhoeae e Chlamydiatrachomatis

JA
e histopatologia;

OS
• Interagir com outras instituições, a fim de agregar outras tecnologias e massa crítica;

RR
• Oferecer sistematicamente estágios, cursos e treinamento em prevenção, manejo clínico e
laboratorial para profissionais de saúde dos demais níveis de atenção;

BA
• Ter equipe composta por especialistas e pós-graduados (ex.: mestres e doutores) e/ou com

A
experiência comprovada em pesquisa;

LL
•Ter um núcleo para avaliação epidemiológica, incluindo atividades de vigilância e notificação;

BE
• Realizar diagnóstico das IST apoiado em todos os recursos laboratoriais recomendados;

SA
• Realizar periodicamente, pelo menos uma vez ao ano, vigilância de resistência microbiana

0I
aos fármacos e vigilância da etiologia dos corrimentos uretrais e vaginais, ulcerações genitais e

77
cervicites;
• Dispor de comitê de ética ou acesso a um comitê de ética externo; 35
70
•Apoiar o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais/Secretaria de Vigilância em
27

Saúde/Ministério da Saúde nas atividades de supervisão integradas;


06

•Apresentar coerência com as necessidades da população e prioridades do Ministério da


Saúde.
IO
AR

ABORDAGEM AOS PARCEIROS SEXUAIS


NU

Para que se interrompa a cadeia de transmissão das IST, é fundamental que os contatos
sexuais das pessoas infectadas sejam tratados. No caso do não comparecimento das parcerias
JA

sexuais comunicadas, outras atividades poderão ser desenvolvidas, conforme a disponibilidade


OS

de cada serviço.
RR

Serão consideradas parcerias sexuais, para fins de comunicação, aqueles(as) com as quais a
pessoa infectada tenha se relacionado sexualmente, conforme a descrição abaixo:
BA

• Tricomoníase: parceria atual


A

• Corrimento uretral ou infecção cervical: nos últimos dois meses


LL

• DIP: nos últimos dois meses


E
AB

• Úlceras: nos últimos três meses


IS

• Sífilis secundária: nos últimos seis meses


• Sífilis latente: no último ano
770
35

Princípios para comunicação das parcerias sexuais:


70

Confidencialidade: qualquer informação sobre o caso-índice, incluindo identidade, não deve


27

ser revelada à parceria sexual e vice-versa.


06

Ausência de coerção: a comunicação às parcerias sexuais pelo caso-índice deve ser voluntária,
e este deve continuar tendo acesso aos serviços, mesmo que não coopere com o
IO

procedimento.
AR

Proteção contra discriminação: a comunicação às parcerias sexuais deverá ser realizada


NU

respeitando os direitos humanos e a dignidade dos envolvidos, principalmente, naqueles


JA

lugares em que o estigma e a discriminação possam se seguir ao diagnóstico, tratamento ou


notificação.
OS
RR
BA
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM –SAÚDE PÚBLICA – Prof. Sandro Fernandes 3

SA
0I
77
A comunicação às parcerias sexuais pode ser realizada por meio dos métodos:

35
Comunicação por cartão

70
Comunicação por correspondência ou outros meios

27
Comunicação por busca ativa

06
IO
VERRUGAS ANOGENITAIS

AR
Etiologia
O HPV é um DNA-vírus que pode induzir uma grande variedade de lesões proliferativas na

NU
região anogenital. Atualmente, há mais de 200 tipos de HPV descritos, sendo que

JA
aproximadamente 40 tipos infectam o trato anogenital e pelo menos 20 subtipos estão

OS
associados ao carcinoma do colo uterino.

RR
Os tipos de HPV que infectam o trato genital são divididos em dois grupos, de acordo com o
risco oncogênico e o tipo de lesão:

BA
• Baixo risco oncogênico: detectados em lesões anogenitais benignas e lesões intraepiteliais de

A
baixo grau – tipos 6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 61, 70, 72, 81 e CP6108.

LL
• Alto risco oncogênico: detectados em lesões intraepiteliais de alto grau e, especialmente,

BE
nos carcinomas – tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73 e 82.

SA
Os tipos 26, 53 e 66 são provavelmente de alto risco oncogênico, e os tipos 34, 57 e 83 são de

0I
risco indeterminado

77
Transmissão do HPV 35
70
Ocorre, preferencialmente, por via sexual. A transmissão vertical do HPV é corroborada pela
27

ocorrência de papilomatose recorrente de laringe juvenil, em crianças com menos de dois anos
06

de idade, e por relatos de casos de RN com condiloma genital ao nascimento. A transmissão


por fômites é rara.
IO

O tempo de latência viral e os fatores associados não são conhecidos, e o vírus pode
AR

permanecer quiescente por muitos anos até o desenvolvimento de lesões. Assim, não é
NU

possível estabelecer o intervalo mínimo entre a infecção e o desenvolvimento de lesões. A


recidiva das lesões do HPV está mais provavelmente relacionada à ativação de reservatórios
JA

virais do que à reinfecção pela parceria sexual.


OS

Os fatores que determinam a persistência da infecção e a progressão para neoplasias do


RR

sistema geniturinário incluem infecção por HPV de alto risco oncogênico, estado imunológico e
BA

tabagismo.
A

Epidemiologia e fatos relevantes


LL

A infecção persistente por tipos oncogênicos de HPV está associada ao maior risco de
E
AB

desenvolver lesão intraepitelial escamosa (neoplasia intraepitelial do colo uterino – NIC). O


IS

HPV está envolvido em aproximadamente 100% dos casos de câncer cervical, com percentual
menor em outros locais: 85% dos casos de câncer de ânus, 40% de vulva, 70% de vagina e 50%
70

de pênis; 35% de orofaringe, 10% de laringe e 23% de boca.


7
35

O tempo médio entre a infecção pelo HPV de alto risco e o desenvolvimento do câncer cervical
70

é de aproximadamente 20 anos, de acordo com o tipo, a carga e a capacidade de persistência


27

viral, e o estado imunológico do hospedeiro. A infecção por um genótipo de HPV não impede a
06

infecção por outros tipos de HPV.


IO

Formas de apresentação da infecção pelo HPV


AR

Apresentação latente: ocorre quando as pessoas infectadas por HPV não desenvolvem
NU

qualquer lesão. Essa condição pode permanecer durante toda a vida. Apenas algumas pessoas
JA

podem, anos mais tarde, vir a expressar a doença com condilomas ou alterações celulares do
colo uterino.
OS

Apresentação subclínica: a lesão subclínica ocorre quando as microlesões pelo HPV são
RR

diagnosticadas por meio de exame de Papanicolaou e/ou colposcopia (lesões acetobrancas),


BA
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM –SAÚDE PÚBLICA – Prof. Sandro Fernandes 4

SA
0I
77
com ou sem biópsia. A lesão intraepitelial escamosa de baixo ou alto risco é detectada com

35
mais frequência.

70
Apresentação clínica (lesão macroscópica): a forma mais comum de apresentação é conhecida

27
como verruga genital ou condiloma acuminado. Manifesta-se pela presença de lesões exofí-

06
ticas, com superfície granulosa, únicas ou múltiplas, restritas ou disseminadas, da cor da pele,

IO
eritematosas ou hiperpigmentadas e de tamanho variável. As lesões maiores assemelham-se a

AR
“couve-flor” e as menores possuem aparência de pápula ou placa, podendo também ter
aspecto filiforme, sendo em geral resultantes de infecção por tipos não oncogênicos.

NU
Dependendo do tamanho e localização anatômica, podem ser dolorosas, friáveis e/ou

JA
pruriginosas. No homem, localizam-se na glande, sulco bálano-prepucial e região perianal. Na

OS
mulher, encontram-se na vulva, períneo, região perianal, vagina e colo. Menos

RR
frequentemente, podem estar presentes em áreas extragenitais, como conjuntivas, mucosa
nasal, oral e laríngea.

BA
A
Métodos diagnósticos para o HPV

LL
O diagnóstico do condiloma acuminado é clínico e pode ser confirmado por biópsia. Entre as

BE
técnicas utilizadas para o diagnóstico das lesões anogenitais induzidas por HPV, recomendam-

SA
se os seguintes exames:

0I
• Colpocitologia oncótica de colo uterino;

77
• Citologia oncótica anal;
• Colposcopia; 35
70
• Anuscopia;
27

• Histopatologia.
06

A biópsia de lesões anogenitais sugestivas de HPV está indicada nos seguintes casos:
• Existência de dúvida no diagnóstico da lesão anogenital;
IO

• Presença de lesão suspeita de neoplasia (lesões pigmentadas, endurecidas, fixas ou


AR

ulceradas);
NU

• Ausência de resposta ao tratamento convencional;


• Aumento das lesões durante o tratamento;
JA

• Pacientes com imunodeficiência (HIV, uso de drogas imunossupressoras, corticoides, entre


OS

outros).
RR
BA

Tratamento das verrugas anogenitais


A seguir, apresentam-se as opções terapêuticas para o tratamento das lesões anogenitais
A

induzidas pelo HPV.


LL

Podofilina 9 a 10%-25% (solução): contém uma série de substâncias com ação antimitótica.
E
AB

Aplicar em cada verruga e deixar secar. Usar uma vez por semana até o desaparecimento das
IS

lesões. Recomenda-se a utilização de até 0,5 mL em cada aplicação ou a limitação da área


tratada a 10 cm2 por sessão. Além de irritação local, a absorção em grandes quantidades pode
70

ser tóxica para o coração, rins e sistema nervoso. É contraindicada na gestação.


7
35

Ácido tricloroacético (ATA) a 80%-90% (solução): é um agente cáustico que promove


70

destruição dos condilomas pela coagulação química de seu conteúdo proteico. Esse
27

tratamento poderá ser prescrito durante a gestação.


06

Eletrocauterização: utiliza um eletrocautério para remover lesões isoladas


Crioterapia: promove a destruição térmica por meio de equipamentos específicos resfriados
IO

(nitrogênio líquido ou CO2 ), eliminando as verrugas por citólise térmica.


AR

Exérese cirúrgica: método apropriado para o tratamento de poucas lesões, quando é desejável
NU

exame histopatológico do espécime. Os condilomas podem ser retirados por meio de incisão
JA

tangencial com tesoura delicada, bisturi ou cureta.


OS
RR
BA
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM –SAÚDE PÚBLICA – Prof. Sandro Fernandes 5

SA
0I
77
Prevenção da infecção pelo HPV

35
É importante destacar que, para mulheres vivendo com HIV/aids, recomenda-se a vacina

70
contra o HPV na faixa etária de nove a 26 anos de idade, com esquema diferenciado de doses

27
(0, 2 e 6 meses), considerando a maior frequência de neoplasias anogenitais e lesões

06
intraepiteliais decorrentes do HPV em PVHA, como mostram as evidências científicas (ver a

IO
Nota Informativa Conjunta nº 01/2015 – CGNPNI/DEVIT/DST/AIDS/SVS/MS).

AR
A vacinação desse grupo passa a ser realizada em todos os postos de vacinação, nos Centros
de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) e nos Serviços de Atenção Especializada

NU
(SAE) que possuem sala de vacina. No entanto, mantém-se a necessidade de prescrição médica

JA
para mulheres vivendo com HIV, a qual deverá ser apresentada no ato da vacinação

OS
INFECÇÃO PELO HIV

RR
A aids foi reconhecida em 1981, nos EUA, a partir da identificação de um número elevado de

BA
pacientes adultos do sexo masculino com comprometimento do sistema imune, o que levou à

A
conclusão de que se tratava de uma nova doença. Posteriormente, alguns casos, ocorridos nos

LL
últimos anos da década 70, foram identificados como tendo sido aids.

BE
No Brasil, a aids foi identificada pela primeira vez em 1982, quando do diagnóstico em

SA
pacientes homo ou bissexuais. Um caso foi reconhecido retrospectivamente, no Estado de São

0I
Paulo, como tendo ocorrido em 1980.

77
AGENTE ETIOLÓGICO 35
70
O HIV é um retrovírus com genoma RNA, da família Retroviridae e subfamília Lentivirinae.
27

Pertence ao grupo dos retrovírus citopáticos e não-oncogênicos. O HIV utiliza para


06

multiplicarse uma enzima denominada transcriptasereversa, responsável pela transcro RNA


viral para uma cópia DNA, integrando-se ao genoma do hospedeiro.
IO
AR

TRANSMISSÃO, PREVENÇÃO E CONTROLE


NU

1) Transmissão Sexual
Os fatores que aumentam o risco de transmissão do HIV numa relação sexual são:
JA

a) Alta viremia (durante a fase da infecção primária e na imunodeficiência avançada).


OS

b) Relação anal receptiva.


RR

c) Relação sexual durante a menstruação.


d) Presença de outra DST - ver na Figura 3 os riscos relativos de infecção por HIV segundo o
BA

tipo de DST, principalmente as ulcerativas. Sabe-se hoje que as úlceras resultantes de


A

infecções por agentes sexualmente transmissíveis, como cancro mole, sífilis e herpes genital,
LL

aumentam muito o risco de transmissão do HIV.


E
AB
IS

2) Transmissão Sanguínea
A transmissão, por meio da transfusão de sangue e derivados, tem apresentado importância
70

decrescente nos países industrializados e naqueles que adotaram medidas de controle de


7
35

qualidade do sangue utilizado, como é o caso do Brasil.


70

O uso de drogas injetáveis, associado ao compartilhamento de seringas e agulhas, apresenta


27

alta probabilidade de transmissão sanguínea do HIV. Esse tipo de transmissão vem crescendo
06

em várias partes do mundo, como Ásia, América Latina e Caribe. No Brasil, essa transmissão
vem aumentando nas áreas da rota do tráfico de drogas, principalmente nas regiões Sul,
IO

Sudeste e Centro-Oeste.
AR
NU

3) Transmissão Vertical
JA

Entre os exames essenciais do pré-natal inclui-se a obrigatoriedade da oferta do teste anti-HIV


a todas às gestantes, com aconselhamento pré e pós-teste. O diagnóstico precoce permite o
OS

controle da doença materna e a prevenção da transmissão vertical do HIV.


RR
BA
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM –SAÚDE PÚBLICA – Prof. Sandro Fernandes 6

SA
0I
77
PREVENÇÃO E CONTROLE

35
• TARV instituída de acordo com criteriosa avaliação clínica e laboratorial da gestante.

70
• Via de parto indicada de acordo com os níveis da carga viral materna, aferida no final da

27
gestação (34ª semana).

06
• Quimioprofilaxia instituída com o AZT injetável na parturiente, no início do trabalho de

IO
parto, permanecendo até o clampeamento do cordão umbilical.

AR
• Quimioprofilaxia instituída com o AZT em solução oral no recém-nascido, logo após seu
nascimento, permanecendo em uso por 42 dias.

NU
• Criança alimentada, exclusivamente, com a fórmula infantil.

JA
OS
4) Transmissão Ocupacional

RR
A transmissão ocupacional ocorre quando profissionais da área da saúde se ferem
acidentalmente com instrumentos perfurocortantes contaminados com sangue de pacientes

BA
portadores do HIV.

A
Os fatores de risco identificados como favorecedores deste tipo de transmissão, são:

LL
a) A profundidade e extensão do ferimento.

BE
b) A presença de sangue visível no instrumento que produziu o ferimento.

SA
c) A exposição envolvendo agulha inserida diretamente na veia ou artéria de paciente portador

0I
de HIV.

77
d) O paciente, fonte da infecção, ter evidências de imunodeficiência avançada (sinais clínicos
da doença, carga viral elevada, T-CD4+ baixo). 35
70
27

Boa parte dos acidentes ocorre ao se manusear sangue e secreções em pacientes com
06

sorologia desconhecida. Ocorrendo o acidente, aliado aos esforços de diagnóstico do paciente-


fonte, recomenda-se observar manejo idêntico ao realizado nos casos sabidamente em
IO

portadores do HIV.
AR
NU

PREVENÇÃO E CONTROLE
O profissional de saúde acidentado com risco de infecção pelo HIV, deverá ser encaminhado
JA

nas primeiras horas (idealmente dentro de 1 a 2 horas), após o acidente, para a


OS

quimioprofilaxia com anti-retrovirais. A duração da quimioprofilaxia é de 4 semanas. Estudos


RR

em animais sugerem que a quimioprofilaxia não é eficaz quando iniciada de 24 a 36 horas após
o acidente.
BA
A

Aspectos clínicos da infecção pelo HIV


LL

A infecção pelo HIV pode ser dividida em quatro fases clínicas:


E
AB

1) Infecção aguda.
IS

2) Fase assintomática, também conhecida como latência clínica.


3) Fase sintomática inicial ou precoce.
70

4) Aids.
7
35
70

1) INFECÇÃO AGUDA
27

A infecção aguda, também chamada de síndrome da infecção retroviral aguda ou


06

infecção primária, ocorre em cerca de 50% a 90% dos pacientes. Seu diagnóstico é pouco
realizado, em razão do baixo índice de suspeição, sendo, em sua maioria, retrospectivo.
IO

O tempo entre a exposição e os sintomas, é de 5 a 30 dias. A história natural da


AR

infecção aguda caracteriza-se tanto por viremia elevada quanto por resposta imune intensa.
NU

Nessa fase da infecção, existem evidências de que a imunidade celular desempenha papel
JA

fundamental no controle da viremia.


Os sintomas aparecem durante o pico da viremia e da atividade imunológica. As
OS

manifestações clínicas podem variar desde quadro gripal até uma síndrome, que se assemelha
RR

à mononucleose.
BA
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM –SAÚDE PÚBLICA – Prof. Sandro Fernandes 7

SA
0I
77
Os pacientes podem apresentar sintomas de infecção viral, como:

35
• Febre, adenopatia,

70
• Faringite, mialgia, artralgia,

27
• Rash cutâneo maculopapular eritematoso;

06
• Ulcerações mucocutâneas, envolvendo mucosa oral, esôfago e genitália;

IO
• Adinamia,

AR
• Cefaleia,
• Fotofobia,

NU
• Hepatoesplenomegalia,

JA
• Perda de peso, náuseas e vômitos.

OS
RR
Alguns pacientes ainda podem apresentar candidíase oral, neuropatia periférica,
meningoencefalite asséptica e síndrome de Guillain-Barré.

BA
A
Os achados laboratoriais inespecíficos são transitórios e incluem: linfopenia seguida de

LL
linfocitose; presença de linfócitos atípicos; plaquetopenia e elevação sérica das enzimas

BE
hepáticas. Os sintomas duram, em média, 14 dias, sendo o quadro clínico autolimitado.

SA
Janela imunológica: também chamada de janela biológica, é o tempo compreendido entre a

0I
aquisição da infecção e a soroconversão. O tempo decorrido para que a sorologia anti-HIV

77
torne-se positiva é de 6 a 12 semanas após a aquisição do vírus, com o período médio de
aproximadamente 2 meses. 35
70
27

2) FASE ASSINTOMÁTICA (LATÊNCIA CLÍNICA)


06

Na infecção precoce pelo HIV, também conhecida como fase assintomática, o estado
clínico básico é mínimo ou inexistente. Alguns pacientes podem apresentar uma
IO

linfoadenopatia generalizada persistente, “flutuante” e indolor.


AR

• A abordagem clínica nessa fase deve-se prender desde o início, a uma história clínica
NU

prévia, investigando-se condições de base como: hipertensão arterial sistêmica; diabetes;


doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC); doenças hepáticas; renais; pulmonares;
JA

intestinais; doenças sexualmente transmissíveis; tuberculose e outras doenças endêmicas;


OS

doenças psiquiátricas; uso prévio ou atual de medicamentos; enfim, situações que podem
RR

complicar ou ser agravantes em alguma fase de desenvolvimento da doença pelo HIV.


• No que diz respeito ao monitoramento laboratorial, a avaliação dos níveis de carga viral e T-
BA

CD4+ serão realizadas, idealmente, a cada três meses, pelo serviço especializado.
A
LL

3) FASE SINTOMÁTICA lNICIAL (ou precoce)


E
AB

Nesta fase, o portador de HIV pode apresentar sinais e sintomas inespecíficos de intensidade
IS

variável, além de processos oportunistas de menor gravidade, principalmente na pele e nas


mucosas. As alterações mais freqüentes são:
770
35

Sinais e Sintomas Inespecíficos


70

• Sudorese noturna: é queixa bastante comum e tipicamente inespecífica entre os pacientes


27

com infecção sintomática inicial pelo HIV. Pode ser recorrente e vir acompanhada ou não de
06

febre. Nessa situação deve ser considerada a possibilidade de infecção oportunista, devendo-
se lançar mão de investigação clínica e laboratorial específicas.
IO

• Fadiga: frequente manifestação da infecção sintomática inicial pelo HIV. Geralmente


AR

sentida no final de tarde ou após atividade física. Fadiga progressiva e debilitante deve alertar
NU

para a presença de infecção oportunista, devendo ser sempre pesquisada.


JA

• Emagrecimento: é um dos mais comuns entre os sintomas gerais associados à infecção pelo
HIV, estando presente em 95-100% dos pacientes com doença em progressão. Geralmente
OS

encontra-se associado a outros sintomas, como anorexia. A associação com diarréia aquosa faz
RR

com que esse sinal seja mais intenso.


BA
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM –SAÚDE PÚBLICA – Prof. Sandro Fernandes 8

SA
0I
77
• Trombocitopenia: na maioria das vezes, é uma anormalidade hematológica isolada, com

35
um número normal ou aumentado de megacariócitos na medula óssea e níveis elevados de

70
imunoglobulinas, associadas a plaquetas – síndrome clínicachamada púrpura

27
trombocitopênica imune. Clinicamente, os pacientes podem apresentar somente

06
sangramentos mínimos como petéquias, equimoses e, ocasionalmente, epistaxes.

IO
Laboratorialmente, considera-se nesse caso, o número de plaquetas menor que 100.000

AR
células/mm3.

NU
AIDS: DOENÇAS OPORTUNISTAS

JA
Uma vez instalada a aids, as pessoas portadoras do HIV apresentam sinais e sintomas de

OS
processos oportunistas, representados principalmente pelas seguintes doenças:

RR
• Infecções oportunistas (pneumonias, meningites e enterites).

BA
• Tumores (sarcoma de Kaposi e linfomas).

A
• Alterações neurológicas induzidas pelo HIV.

LL
BE
Doenças oportunistas são, portanto, as que se desenvolvem em decorrência de uma alteração

SA
imunitária do hospedeiro.

0I
77
PROCESSOS OPORTUNISTAS DE MENOR GRAVIDADE
• Candidíase Oral e Vaginal (inclusive a recorrente) 35
70
• Leucoplasia Pilosa Oral
27

• Gengivite
06

• Úlceras Aftosas
• Diarreia
IO
AR

Agentes como Cryptosporidiumparvum e Isospora belli, geralmente reconhecidosem fase mais


NU

avançada da doença causada pelo HIV, podem apresentar-se como expressão clínica
autolimitada e/ou recorrente.
JA

• Sinusopatias
OS

• Herpes Simples Recorrente


RR

• Herpes Zoster
BA

Infecções Oportunistas (IO)


A

As infecções oportunistas associadas à aids são várias, podendo ser causadas por vírus,
LL

bactérias, protozoários e fungos. Entre as mais frequentes temos:


E
AB

• Vírus: citomegalovirose, herpes simplex, herpes zoster, leucoencefalopatia multifocal


IS

progressiva.
• Bactérias: micobacterioses (tuberculose e complexo Mycobacterium aviumintracellulare),
70

pneumonias (S. pneumoniae), salmonelose.


7
35

• Fungos: pneumocistose, candidíase, criptococose, histoplasmose.


70

• Protozoários: toxoplasmose, criptosporidiose, isosporíase


27
06

TESTES DIAGNÓSTICOS
Testes de detecção de anticorpos
IO

• ELISA (ensaio imunoenzimático): essa técnica vem sendo amplamente utilizada na triagem
AR

de anticorpos contra o vírus, pela sua facilidade de automação, custo relativamente baixo e
NU

elevada sensibilidade e especificidade.


JA

• Imunofluorescência indireta: é um teste utilizado na etapa de confirmação sorológica.


• Western-blot: esse teste é considerado “padrão ouro” para confirmação do resultado
OS

reagente na etapa de triagem. Tem alta especificidade e sensibilidade, mas, comparado aos
RR

demais testes sorológicos, tem um elevado custo.


BA
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM –SAÚDE PÚBLICA – Prof. Sandro Fernandes 9

SA
0I
77
• Testes rápidos: dispensam em geral a utilização de equipamentos para a sua realização,

35
sendo de fácil execução e leitura visual. Sua aplicação é voltada para situações emergenciais

70
que requerem o uso profilático com ARV, ou seja, em centros obstétricos, e no paciente-fonte

27
após acidente ocupacional. Esse teste tem aplicação, ainda, em locais onde a avaliação de

06
custo-benefício justifica seu uso. Os testes rápidos são executados em tempo inferior a 30

IO
minutos.

AR
USO DA TERAPIA ANTI-RETROVIRAL

NU
A produção nacional de medicamentos antirretrovirais é fator essencial para a viabilidade da

JA
distribuição universal e gratuita dessas drogas para as pessoas que vivem com a AIDS. Hoje, o

OS
Brasil tem condições de produzir oito antirretrovirais - efavirenz, estavudina, indinavir,

RR
lamivudina, nevirapina, saquinavir, zidovudina, zidovudina/lamivudina.
O tratamento da AIDS é feito com medicamentos antirretrovirais, que inibem a reprodução do

BA
HIV no sangue. À associação desses medicamentos com fins terapêuticos é dado o nome de

A
terapia antirretroviral, também chamada de coquetel. Atualmente, são 19 medicamentos

LL
divididos em quatro classes:

BE
• Inibidores de transcriptase reversa análogos de nucleosídeos: atuam na enzima

SA
transcriptase reversa, incorporando-se à cadeia de DNA que o vírus cria. Tornam essa cadeia

0I
defeituosa, impedindo que o vírus se reproduza;

77
• Inibidores de transcriptasereversa não análogos de nucleosídeos: bloqueiam diretamente a
35
ação da enzima, sua multiplicação e o desenvolvimento da infestação no organismo;
70
• Inibidores de protease: impedem a produção de novas cópias de células infectadas com
27

HIV;
06

• Inibidores de fusão: impedem a entrada do vírus na célula.


Para combater o HIV, é necessário utilizar pelo menos dois medicamentos de classes
IO

diferentes. A maioria das pessoas toma de três a quatro medicamentos antirretrovirais.


AR

Porém, muitos medicamentos não podem ser utilizados juntos, pois interagem entre si
NU

potencializando os efeitos tóxicos ou inibindo a sua ação.


JA
OS
RR
BA
A
E LL
AB
IS
770
35
70
27
06
IO
AR
NU
JA

PRIMEIRA LINHA DE TRATAMENTO – COMPOSIÇÃO DO ESQUEMA ARV COM ITRNN


OS

A terapia inicial deve sempre incluir combinações de três antirretrovirais, sendo dois
RR

ITRN/ITRNt associados a um ITRNN.


BA
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM –SAÚDE PÚBLICA – Prof. Sandro Fernandes 10

SA
0I
77
Como regra, o esquema de primeira linha deve ser o seguinte: TDF + 3TC + EFV

35
Para os casos em que o esquema TDF + 3TC + EFV esteja contraindicado, deve-se proceder da

70
seguinte maneira:

27
Substituir o TDF por:

06
IO
AR
NU
JA
HEPATITES VIRAIS

OS
Descrição: As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com

RR
tropismo primário pelo fígado, que apresentam características epidemiológicas, clínicas e
laboratoriais distintas.

BA
A distribuição das hepatites virais é universal, sendo que a magnitude varia de região para

A
região, de acordo com os diferentes agentes etiológicos. No Brasil, esta variação também

LL
ocorre.

BE
Modo de transmissão: Quanto às formas de transmissão, as hepatites virais podem ser

SA
classificadas em dois grupos: o grupo de transmissão fecal-oral (HAV e HEV) tem seu

0I
mecanismo de transmissão ligado a condições de saneamento básico, higiene pessoal,

77
qualidade da água e dos alimentos. A transmissão percutânea (inoculação acidental) ou
35
parenteral (transfusão) dos vírus A e E é muito rara, devido ao curto período de viremia dos
70
mesmos. O segundo grupo (HBV, HCV, e HDV) possui diversos mecanismos de transmissão,
27

como o parenteral, sexual, compartilhamento de objetos contaminados (agulhas, seringas,


06

lâminas de barbear, escovas de dente, alicates de manicure), utensílios para colocação de


piercing e confecção de tatuagens e outros instrumentos usados para uso de drogas injetáveis
IO

e inaláveis. Há também o risco de transmissão através de acidentes perfurocortantes,


AR

procedimentos cirúrgicos e odontológicos e hemodiálises sem as adequadas normas de


NU

biossegurança. Hoje, após a triagem obrigatória nos bancos de sangue (desde 1978 para a
JA

hepatite B e 1993 para a hepatite C), a transmissão via transfusão de sangue e hemoderivados
é relativamente rara.
OS

Período de incubação e Período de transmissibilidade : Variam de acordo com o agente


RR
BA
A
E LL
AB
IS
770
35
70
27
06
IO
AR
NU

Susceptibilidade e imunidade
JA

A susceptibilidade é universal. A infecção confere imunidade permanente e específica para


OS

cada tipo de vírus. A imunidade conferida pelas vacinas contra a hepatite A e hepatite B é
RR
BA
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM –SAÚDE PÚBLICA – Prof. Sandro Fernandes 11

SA
0I
77
duradoura e específica. Os filhos de mães imunes podem apresentar imunidade passiva e

35
transitória durante os primeiros nove meses de vida.

70
Detecção de imunidade adquirida naturalmente

27
06
Para a hepatite A – a imunidade adquirida naturalmente é estabelecida pela presença do anti-

IO
HAVIgG (ou anti-HAV total positivo com anti-HAVIgM negativo). Este padrão sorológico é

AR
indistinguível da imunidade vacinal.

NU
Para a hepatite B – a imunidade adquirida naturalmente é estabelecida pela presença

JA
concomitante do anti-HBs e anti-HBcIgG ou total. Eventualmente, o anti-HBc pode ser o único

OS
indicador da imunidade natural detectável sorologicamente, pois com o tempo o nível de anti-

RR
HBs pode tornar-se indetectável. A ocorrência do anti-HBs como marcador isolado de
imunidade contra o HBV adquirida naturalmente é possível, embora seja muito pouco

BA
frequente. É aconselhável considerar a possibilidade de resultado falso-positivo nesta situação

A
e repetir os marcadores para esclarecimento do caso.

LL
BE
Para a hepatite C – a pessoa infectada pelo vírus C apresenta sorologia anti-HCV reagente por

SA
um período indefinido; porém, este padrão não distingue se houve resolução da infecção e

0I
consequente cura ou se a pessoa continua portadora do vírus.

77
Detecção de imunidade pós-vacinal 35
70
Existem disponíveis, no momento, vacinas contra a hepatite A e contra a hepatite B.
27
06

Para a hepatite A – são susceptíveis à infecção pelo HAV pessoas sorologicamente negativas
para o anti-HAVIgG. A vacina contra a hepatite A induz à formação do anti- HAV IgG.
IO
AR

Para a hepatite B – são susceptíveis pessoas com perfil l sorológico HBsAg, anti-HBc e anti-HBs
NU

negativos concomitantemente. A vacina contra a hepatite B tem como imunizante o HBsAg


(produzido por técnica do DNA recombinante) induzindo, portanto, à formação do anti-HBs,
JA

isoladamente.
OS
RR

Aspectos clínicos e laboratoriais


Manifestações clínicas: Após entrar em contato com o vírus da hepatite o indivíduo pode
BA

desenvolver um quadro de hepatite aguda, podendo apresentar formas clínicas


A

oligo/assintomática ou sintomática. No primeiro caso, as manifestações clínicas estão ausentes


LL

ou são bastante leves e atípicas, simulando um quadro gripal. No segundo, a apresentação é


E
AB

típica, com os sinais e sintomas característicos da hepatite como febre, icterícia e colúria.
IS

Fase aguda (hepatite aguda): Os vírus hepatotrópicos apresentam uma fase aguda da infecção.
No nosso meio, a maioria dos casos de hepatite aguda sintomática deve-se aos vírus A e B (na
70

região Norte a co-infecção HBV/HDV também é importante causa de hepatite aguda


7
35

sintomática). O vírus C costuma apresentar uma fase aguda oligo/assintomática, de modo que
70

responde por apenas pequena parte das hepatites agudas sintomáticas.


27

Período prodrômico ou pré-ictérico – é o período após a fase de incubação do agente


06

etiológico e anterior ao aparecimento da icterícia. Os sintomas são inespecíficos como


anorexia, náuseas, vômitos, diarréia (ou raramente constipação), febre baixa, cefaléia, mal-
IO

estar, astenia e fadiga, aversão ao paladar e/ou olfato, mialgia, fotofobia, desconforto no
AR

hipocôndrio direito, urticária, artralgia ou artrite e exantema papular ou maculopapular.


NU

Fase ictérica – com o aparecimento da icterícia, em geral há diminuição dos sintomas


JA

prodrômicos. Existe hepatomegalia dolorosa, com ocasional esplenomegalia.


Fase de convalescença – período que se segue ao desaparecimento da icterícia, quando
OS

retorna progressivamente a sensação de bem-estar. A recuperação completa ocorre após


RR

algumas semanas, mas a fraqueza e o cansaço podem persistir por vários meses.
BA
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM –SAÚDE PÚBLICA – Prof. Sandro Fernandes 12

SA
0I
77
Fase crônica (hepatite crônica): Casos nos quais o agente etiológico permanece no hospedeiro

35
após seis meses do início da infecção. Os vírus A e E não cronificam, embora o HAV possa

70
produzir casos que se arrastam por vários meses. Os vírus B, C e D são aqueles que têm a

27
possibilidade de cronificar. Os indivíduos com infecção crônica funcionam como reservatórios

06
do respectivo vírus, tendo importância epidemiológica por serem os principais responsáveis

IO
pela perpetuação da transmissão.

AR
Portador assintomático – indivíduos com infecção crônica que não apresentam manifestações
clínicas, que têm replicação viral baixa ou ausente e que não apresentam evidências de

NU
alterações graves à histologia hepática. Em tais situações, a evolução tende a ser benigna, sem

JA
maiores consequências para a saúde. Contudo, estes indivíduos são capazes de transmitir

OS
hepatite e têm importância epidemiológica na perpetuação da endemia.

RR
Hepatite crônica – indivíduos com infecção crônica que apresentam sinais histológicos de
atividade da doença (inflamação, com ou sem deposição de fibrose) e que do ponto de vista

BA
virológico caracterizam-se pela presença de marcadores de replicação viral. Podem ou não

A
apresentar sintomas na dependência do grau de dano hepático (deposição de fibrose) já

LL
estabelecido. Apresentam maior propensão para uma evolução desfavorável, com

BE
desenvolvimento de cirrose e suas complicações.

SA
Hepatite fulminante: Este termo é utilizado para designar a insuficiência hepática no curso de

0I
uma hepatite aguda. É caracterizada por comprometimento agudo da função hepatocelular,

77
manifestado por diminuição dos fatores da coagulação e presença de encefalopatia hepática
35
no período de até 8 semanas após o início da icterícia. A mortalidade é elevada (40% e 80%
70
dos casos). A etiologia da hepatite fulminante varia conforme as regiões geográficas.
27
06

Diagnóstico laboratorial
Provas específicas
IO

Hepatite A
AR

Anti-HAVIgM – a presença deste marcador é compatível com infecção recente pelo HAV,
NU

confirmando o diagnóstico de hepatite aguda A. Este marcador surge precocemente na fase


aguda da doença, começa a declinar após a segunda semana e desaparece após 3 meses.
JA

Anti-HAVIgG – os anticorpos desta classe não permitem identificar se a infecção é aguda ou


OS

trata-se de infecção pregressa. Este marcador está presente na fase de convalescença e


RR

persiste indefinidamente.
É um importante marcador epidemiológico por demonstrar a circulação do vírus em
BA

determinada população.
A
E LL
AB
IS
770
35
70

Hepatite B
27

São marcadores de triagem para a hepatite B: HBsAg e anti-HBc.


06

HBsAg (antígeno de superfície do HBV) – primeiramente denominado como antígeno Austrália.


IO

É o primeiro marcador a surgir após a infecção pelo HBV, em torno de 30 a 45 dias, podendo
AR

permanecer detectável por até 120 dias. Está presente nas infecções agudas e crônicas.
NU

Anti-HBc (anticorpos IgG contra o antígeno do núcleo do HBV) – é um marcador que indica
contato prévio com o vírus. Permanece detectável por toda a vida nos indivíduos que tiveram
JA

a infecção (mesmo naqueles que não cronifcaram, ou seja, eliminaram o vírus). Representa
OS

importante marcador para estudos epidemiológicos.


RR
BA
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM –SAÚDE PÚBLICA – Prof. Sandro Fernandes 13

SA
0I
77
35
70
27
06
IO
AR
NU
JA
Anti-HBcIgM (anticorpos da classe IgM contra o antígeno do núcleo do HBV) – é um marcador
de infecção recente, portanto confirma o diagnóstico de hepatite B aguda. Pode persistir por

OS
até 6 meses após o início da infecção.

RR
Anti-HBs (anticorpos contra o antígeno de superfície do HBV) – indica imunidade contra o HBV.

BA
É detectado geralmente entre 1 a 10 semanas após o desaparecimento do HBsAg e indica bom
prognóstico. É encontrado isoladamente em pacientes vacinados.

A
LL
HBeAg (antígeno “e” do HBV) – é indicativo de replicação viral e, portanto, de alta

BE
infectividade. Está presente na fase aguda, surge após o aparecimento do HBsAg e pode
permanecer por até 10 semanas. Na hepatite crônica pelo HBV, a presença do HBeAg indica

SA
replicação viral e atividade da doença (maior probabilidade de evolução para cirrose).

0I
Anti-HBe (anticorpo contra o antígeno “e” do HBV) – marcador de bom prognóstico na

77
hepatite aguda pelo HBV. A soroconversão HBeAg para anti-HBe indica alta probabilidade de
35
resolução da infecção nos casos agudos (ou seja, provavelmente o indivíduo não vai se tornar
70
um portador crônico do vírus). Na hepatite crônica pelo HBV a presença do anti-HBe, de modo
27

geral, indica ausência de replicação do vírus, ou seja, menor atividade da doença e, com isso,
06

menor chance de desenvolvimento de cirrose.


IO
AR
NU
JA
OS
RR
BA
A
E LL
AB
IS
70

Hepatite C-Anti-HCV (anticorpos contra o vírus HCV) – é o marcador de triagem para a hepatite
7

C. Indica contato prévio com o vírus, mas não define se a infecção é aguda, crônica ou se já foi
35

curada. O diagnóstico de infecção aguda só pode ser feito com a viragem sorológica
70

documentada, isto é, paciente inicialmente anti-HCV negativo que converte, tornando-se anti-
27

HCV positivo e HCV-RNA positivo, detectado por técnica de biologia molecular. A infecção
06

crônica deve ser confirmada pela pesquisa de HCV-RNA.


IO

HCV-RNA (RNA do HCV) – é o primeiro marcador a aparecer entre uma a duas semanas após a
AR

infecção. É utilizado para confirmar a infecção em casos crônicos, monitorar a resposta ao


tratamento e confirmar resultados sorológicos indeterminados, em especial em pacientes
NU

imunossuprimidos.
JA
OS
RR
BA
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM –SAÚDE PÚBLICA – Prof. Sandro Fernandes 14

SA
0I
77
Prognóstico:

35
Hepatite A – geralmente após 3 meses o paciente já está recuperado. Apesar de não haver

70
forma crônica da doença, há a possibilidade de formas prolongadas e recorrentes, com

27
manutenção das aminotransferases em níveis elevados por vários meses. A forma fulminante,

06
apesar de rara (menos que 1% dos casos), apresenta prognóstico ruim. O quadro clínico é mais

IO
intenso à medida que aumenta a idade do paciente.

AR
Hepatite B – a hepatite aguda B normalmente tem bom prognóstico: o indivíduo resolve a
infecção e fica livre dos vírus em cerca de 90% a 95% dos casos. As exceções ocorrem nos

NU
casos de hepatite fulminante (<1% dos casos), hepatite B na criança (90% de chance de

JA
cronificação em menores de 1 ano e 20% a 50% para aquelas que se infectaram entre 1 e 5

OS
anos de idade) e pacientes com algum tipo de imunodeficiência.

RR
Hepatite C – a cronificação ocorre em 60% a 90% dos casos, dos quais, em média, um quarto a
um terço evolui para formas histológicas graves num período de 20 anos. Este quadro crônico

BA
pode ter evolução para cirrose e hepatocarcinoma, fazendo com que o HCV seja, hoje em dia,

A
responsável pela maioria dos transplantes hepáticos no ocidente. O uso concomitante de

LL
bebida alcoólica, em pacientes portadores do HCV, determina maior propensão para

BE
desenvolver cirrose hepática.

SA
0I
Definição de caso

77
Suspeito
Suspeita clínica/bioquímica 35
70
• Sintomático ictérico
27

O Indivíduo que desenvolveu icterícia subitamente (recente ou não), com ou sem sintomas
06

como febre, mal-estar, náuseas, vômitos, mialgia, colúria e hipocolia fecal.


O Indivíduo que desenvolveu icterícia subitamente e evoluiu para óbito, sem outro diagnóstico
IO

etiológico confirmado.
AR

• Sintomático anictérico
NU

O Indivíduo sem icterícia, que apresente um ou mais sintomas como febre, mal-estar, náuseas,
vômitos, mialgia e na investigação laboratorial apresente valor aumentado das
JA

aminotransferases.
OS

• Assintomático
RR

O Indivíduo exposto a uma fonte de infecção bem documentada (na hemodiálise, em acidente
BA

ocupacional com exposição percutânea ou de mucosas, por transfusão de sangue ou


hemoderivados, procedimentos cirúrgicos/odontológicos/colocação de “piercing”/tatuagem
A

com material contaminado, por uso de drogas endovenosas com compartilhamento de seringa
LL

ou agulha).
E
AB

O Comunicante de caso confirmado de hepatite, independente da forma clínica e evolutiva do


IS

caso índice.
O Indivíduo com alteração de aminotransferases no soro igual ou superior a três vezes o valor
70

máximo normal destas enzimas, segundo o método utilizado.


7
35

Hepatite B
70

Indivíduo que preenche as condições de suspeito e que apresente os marcadores sorológicos


27

reagentes a seguir listados e/ou exame de biologia molecular positivos para hepatite B:
06

• HBsAg reagente;
• HBeAg reagente;
IO

• Anti-HBcIgM reagente;
AR

• DNA do HBV positivo;


NU

• DNA polimerase do HBV positiva;


JA

• Óbito em que se detecte antígenos ou DNA do vírus B em tecido.


Hepatite C
OS

• Indivíduo que preenche as condições de suspeito, no qual detecta-se anti-HCV reagente e


RR

PCR positivo para o HCV.


BA
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM –SAÚDE PÚBLICA – Prof. Sandro Fernandes 15

SA
0I
77
• Óbito em que se detecte antígeno ou RNA do vírus C em tecido, quando não for possível a

35
coleta de soro.

70
27
QUESTÕES

06
1) A Aids é uma das doenças que representa um dos maiores problemas de saúde da

IO
atualidade, em função do seu caráter pandêmico e de sua gravidade (BRASIL,2010). Sobre a

AR
vigilância epidemiológica nos casos de AIDS:
A) A Zidovudina intravenosa deverá ser administrada a todas as parturientes no momento do

NU
parto e, a Zidovudina solução para todos os recém-nascidos expostos ao HIV, durante 3

JA
semanas

OS
B) As gestantes portadoras do HIV deverão iniciar a profilaxia da transmissão vertical com 10

RR
semanas de idade gestacional, com terapia ARV tripla.
C) Algumas doenças são indicativas de Aids para as quais é requerido o diagnóstico definitivo,

BA
dentre elas estão leucemia mieloide crônica, dengue e herpes zoster.

A
D) Notifica-se o caso confirmado de AIDS, mediante o preenchimento da ficha de

LL
notificação/investigação de AIDS, adulto, disponível no SINAM, cabendo essa atribuição

BE
exclusivamente ao médico.

SA
E) O objetivo da vigilância da epidemiológica é de acompanhar a tendência temporal e espacial

0I
da doença, de infecções e comportamentos de risco, visando orientar as ações de prevenção e

77
controle do HIV/AIDS e, consequentemente, reduzir a morbimortalidade associada a AIDS.
35
70
27

2) A AIDS é uma doença que representa um dos maiores problemas de saúde da atualidade,
06

em função do seu caráter pandêmico e de sua gravidade. Analise as afirmativas sobre as


especificidades desta doença, colocando entre parenteses a letra V, quando for verdadeira, e a
IO

letra F, quando falsa. A seguir assinale que apresenta a sequencia correta: E


AR

( ) o uso de preservativo deve-se constituir no único e principal insumo nas ações clínicas e
NU

nos serviços que atendem pacientes com HIV/AIDS.


( ) os objetivos do tratamento são: melhorar a qualidade de vida e antecipar a sobrevida, pela
JA

redução da carga viral e reconstituição do sistema imunológico


OS

( ) as doenças oportunistas associadas à Aids são várias, podendo ser causadas por vírus, a
RR

exemplo da tuberculose, por bactérias, a exemplo da candidíase, por fungos a exeplo da


pneumocitose, e a protozoários a exemplo da toxoplasmose.
BA

a) ( ) V/V/V
A

b) ( ) V/F/V
LL

c) ( ) F/V/V
E
AB

d) ( ) F/F/V
IS

e) ( ) F/F/F
70

3) Correlacione as colunas ordenando as fases da Infecção pelo HIV e, em seguida, assinale a


7
35

alternativa com a sequência correta.


70

1. Infecção aguda.
27

2. Fase assintomática.
06

3. Fase sintomática inicial.


4. Fase da doença AIDS.
IO

( ) A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas que recebem esse


AR

nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo.


NU

( ) Nesta fase, ocorre a incubação do HIV, tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos
JA

primeiros sinais da doença e pode variar de 03 a 06 semanas.


( ) Esta fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e
OS

rápidas mutações do vírus. Mas não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas
RR

doenças, pois o vírus amadurece e morre de forma equilibrada. Esse período pode durar anos.
BA
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM –SAÚDE PÚBLICA – Prof. Sandro Fernandes 16

SA
0I
77
( ) Nesta fase, ocorre a alta redução dos linfócitos T CD4 que chegam a ficar abaixo de 200

35
unidades por mm³ de sangue.

70
27
A) 1/2/3/4

06
B) 2/1/4/3

IO
C) 4/1/2/3

AR
D) 3/1/2/4

NU
4) Assinale a alternativa INCORRETA sobre a infecção pelo vírus HIV.

JA
a) As formas de transmissão do HIV são sexual, sanguínea, vertical e ocupacional.

OS
b) Um dos fatores que aumentam o risco de transmissão do HIV é a relação sexual durante a

RR
menstruação.
c) O uso de drogas injetáveis, associado ao compartilhamento de seringas e agulhas, apresenta

BA
alta probabilidade de transmissão sanguínea do HIV.

A
d) A utilização de espermicidas a base do componente nonoxinol-9 (N-9) é um fator de

LL
proteção contra a transmissão por via sexual do HIV.

BE
e) O profissional de saúde acidentado, com risco de infecção pelo HIV, deverá ser

SA
encaminhado, nas primeiras horas após o acidente, para a quimioprofilaxia com

0I
antirretrovirais, por 4 semanas.

77
35
5) A transmissão do HIV tem maior probabilidade de ocorrer se o portador do vírus estiver nas
70
fases:
27

a) Durante a infecção aguda (1 fase) e avançada imunossupressão


06

b) Durante a fase assintomática e avançada imunossupressão


c) Durante a fase assintomática e na infecção aguda
IO

d) Durante a fase de latência e na fase avançada


AR
NU

6) O período de incubação observado entre a infecção pelo HIV e o aparecimento dos


primeiros sintomas é:
JA

a) 5 a 30 dias
OS

b) 10 a 30 dias
RR

c) 3 meses
d) 6 meses
BA

e) 2 a 5 semanas
A
LL

7) O período médio de janela imunológica da infecção do hiv é:


E
AB

a) 2 meses
IS

b) 3 meses
c) 6 meses
70

d) 30 dias
7
35
70

8) Julgue verdadeiro ou falso:


27
06

I) ( ) O diagnóstico de hiv será confirmado por meio da realização de um teste de triagem e


pelo menos um teste confirmatório
IO

II) ( ) Na impossibilidade de realização de diagnóstico laboratorial convencional, este


AR

diagnóstico também pode ser urilizado o algoritmo de testes rápidos


NU

III) ( ) Em casos de resultados discordantes nos dois primeiros ensaios, deverá ser realizado
JA

um terceiro teste rápido.


IV) ( ) Consideram-se não infectados indivíduos que apresentam uma amostra não reagente
OS

em testes de detecção para anticorpos anti-HIV


RR
BA
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM –SAÚDE PÚBLICA – Prof. Sandro Fernandes 17

SA
0I
77
A) V/V/F/F

35
B) V/F/V/V

70
C) F/V/V/V

27
D) V/V/V/V

06
IO
AR
9) A carga viral de HIV materna definirá a via de parto mais adequada para o concepto. Ela
deve ser realizada em qual momento? Qual resultado indicará o parto cesárea?

NU
a) 30 semanas de gestação / <1000 cópias/ml

JA
b) 34 semanas de gestação / >1000 cópias/ml

OS
c) 34 semanas de gestação / < 1000 cópias/ml

RR
d) 32 semanas de gestação / > 1000cópias/ml

BA
10) No diagnóstico laboratorial da hepatite viral do tipo B, o marcador que, quando reagente,

A
indica maior risco de transmissão da doença, é o:

LL
a) HBsAg

BE
b)Anti HBs

SA
c) HbeAg

0I
d) Anti Hbe

77
11) A presença de positividade em Anti-HBs indica: 35
70
a) Hepatite B aguda
27

b) Hepatite C crônica
06

c) Hepatite B Aguda ou Crônica


d) Imunidade a hepatite B
IO
AR

12) As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com
NU

tropismo primário pelo fígado, que apresentam características epidemiológicas, clínicas e


laboratoriais distintas. Assinale a alternativa correta quanto ao modo de transmissão das
JA

hepatites:
OS

a) Quanto às formas de transmissão, as hepatites virais podem ser classificadas em dois


RR

grupos: o grupo de transmissão fecal-oral (HAV e HEV) tem seu mecanismo de transmissão
ligado a condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos.
BA

A transmissão percutânea (inoculação acidental) ou parenteral (transfusão) dos vírus A e E é


A

muito rara, devido ao curto período de viremia dos mesmos. O segundo grupo (HBV, HCV, e
LL

HDV) possui diversos mecanismos de transmissão, como o parenteral, sexual,


E
AB

compartilhamento de objetos contaminados (agulhas, seringas, lâminas de barbear, escovas


IS

de dente, alicates de manicure), utensílios para colocação de piercing e confecção de


tatuagens e outros instrumentos usados para uso de drogas injetáveis e inaláveis.
70

b) A transmissão através de acidentes perfurocortantes não é possível, mesmo em


7
35

procedimentos cirúrgicos e odontológicos e hemodiálises sem as adequadas normas de


70

biossegurança. Hoje, após a triagem obrigatória nos bancos de sangue (desde 1978 para a
27

hepatite B e 1993 para a hepatite C), a transmissão via transfusão de sangue e hemoderivados
06

não acontece.
c) A transmissão por via sexual é comum em todas as hepatites. Na hepatite C poderá ocorrer
IO

a transmissão principalmente em pessoa com múltiplos parceiros, coinfectada com o HIV, com
AR

alguma lesão genital (DST), alta carga viral do HCV e doença hepática avançada.
NU

d) Os vírus das hepatites B, C e D possuem também a via de transmissão vertical (da mãe para
JA

o bebê). Geralmente, a transmissão ocorre no momento do parto, sendo a via transplacentária


mais comum.
OS
RR
BA
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM –SAÚDE PÚBLICA – Prof. Sandro Fernandes 18

SA
0I
77
e) A transmissão vertical do HBV ocorre em 70% a 90% dos casos de mães com replicação viral

35
(HBeAg positivas); nos casos de mães sem replicação viral (HBeAg negativas) a probabilidade

70
varia entre 30% a 50%, o que altera a conduta a ser adotada para a criança (vacinação e

27
imunoglobulina nas primeiras doze horas de vida).

06
IO
13) As hepatites virais constituem-se em um grave problema de Saúde Pública no mundo e no

AR
Brasil.
Relacione as colunas 1 e 2 abaixo, em relação aos tipos de hepatites virais.

NU
Coluna 1: HEPATITE

JA
1. Tipo A

OS
2. Tipo B

RR
3. Tipo C
4. Tipo D

BA
5. Tipo E

A
LL
Coluna 2: DESCRIÇÃO

BE
( ) É causada por um vírus defectivo, satélite do HBV, ou seja, é uma infecção que depende

SA
funcionalmente da Hepatite B.

0I
( ) A principal via de contágio do vírus é a fecal-oral; ocorre também por contato inter-humano

77
ou através de água e alimentos contaminados. A doença é autolimitada e de caráter benigno.
35
Menos de 0,1% dos casos pode evoluir para hepatite fulminante, sendo que este percentual
70
aumenta em idades mais avançadas.
27

( ) A transmissão do vírus se faz por via parenteral, e, sobretudo, pela via sexual, sendo
06

considerada doença sexualmente transmissível. Exite vacina e imunoglobulina específicas.


( ) Sua transmissão ocorre principalmente por via parenteral (compartilhamento de agulhas
IO

contaminadas, materiais perfurocortantes em geral). A transmissão sexual é pouco frequente.


AR

( ) O vírus é de transmissão fecal-oral. A transmissão interpessoal não é comum. A doença é


NU

autolimitada e pode apresentar formas clínicas graves, principalmente em gestantes.


Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
JA
OS

a) 1 – 2 – 4 – 5 – 3
RR

b) 3 – 1 – 4 – 5 – 2
c) 3 – 5 – 2 – 4 – 1
BA

d) 4 – 1 – 2 – 3 – 5
A

e) 4 – 1 – 3 – 2 - 5
E LL
AB

14) As hepatites virais podem ser provocadas por diferentes vias de contato e agentes
IS

etiológicos. Sobre o processo de acometimento de indivíduos por estas patologias, assinale a


alternativa correta.
70

(A) A hepatite A raramente é transmitida por via parenteral.


7
35

(B) O risco de transmissão por via sexual da hepatite C é maior que o da hepatite B.
70

(C) O vírus tipo E é transmitido principalmente pela relação sexual.


27

(D) A vacina para a hepatite B está contraindicada para pacientes HIV positivos.
06

(E) A hepatite delta é endêmica na região sul do Brasil.


IO

15) As gestantes com diagnósticos de sífilis devem ser acompanhadas com testes não
AR

treponêmicos:
NU

a) Em períodos de 60 dias
JA

b) Mensalmente
c) Bimestralmente
OS

d) Trimestralmente
RR
BA
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM –SAÚDE PÚBLICA – Prof. Sandro Fernandes 19

SA
0I
77
16) Sobre o tratamento da sífilis é correto afirmar que:

35
a) Na gestação, tratamentos não penicilínicos são inadequados e só devem ser considerados

70
como opção nas contraindicações absolutas ao uso da penicilina.

27
b) Para as gestantes comprovadamente alérgicas à penicilina, não recomenda-se a

06
dessensibilização

IO
c) A sífilis primária deve ser tratada com Penicilina G benzatina 2,4 milhões UI, IM, semanal,

AR
por 3 semanas Dose total: 7,2 milhões UI, IM
d) Na impossibilidade de realizar a dessensibilização durante a gestação, a gestante deverá ser

NU
tratada com doxiciclina.

JA
OS
RR
BA
GABARITO

A
1-E 2-E 3-D 4-D 5-A 6-A 7-D 8-D 9-B 10-D

LL
11-D 12-A 13-D 14-A 15-B 16-A

BE
SA
0I
77
35
70
27
06
IO
AR
NU
JA
OS
RR
BA
A
E LL
AB
IS
770
35
70
27
06
IO
AR
NU
JA
OS
RR
BA
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
IS
AB
ELL
A
BA
R RO
S
JA
NU
AR
I O
06
27
7 03
57
70I
SA
BE
LL
A
BA
RR
OS
JA
NU
AR
IO
06
27
70
35
77
0I

PREPARATÓRIO

www.wcursos.com.br
SA
BE

PARA CONCURSOS

contato@wcursos.com.br
LL
A
BA
RR
OS
JA

(21) 3591-3445 / (21) 99681-4144


NU
AR
IO
06
27
70
35
77
0I
SA
BE
L

Você também pode gostar