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wcursos
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RESIDÊNCIA
Emergência 3
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Questões
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Saúde do idoso
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Atendimento pré-hospitalar
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Emergência
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RESIDÊNCIA
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Emergência 3
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 1
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Atendimento Pré-hospitalar em Etapas
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C - Circulação com controle da hemorragia
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A insuficiência respiratória e a hipovolemia constituem-se em ameaças mortais ao
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traumatizado. É fundamental a rápida avaliação do estudo circulatório. Três parâmetros, que
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podem ser observados em poucos segundos, são de grande valia na avaliação do estado
AR
circulatório: estado de consciência, coloração da pele e pulso central. Hemorragias externas
precisam ser rapidamente identificadas e controladas. O sangramento é estancado
NU
comprimindo-se diretamente a lesão e elevando o membro, caso seja possível, em último
JA
recurso se faz a compressão indireta da artéria.
OS
Torniquetes e controle de hemorragias 2010 (Sem alterações em relação a 2005): Devido aos
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possíveis efeitos adversos de torniquetes e à dificuldade de sua correta aplicação, seu uso para
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controlar hemorragias das extremidades é indicado somente se a aplicação de pressão direta
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não for eficaz ou possível e se o prestador de primeiro socorros tiver treinamento no uso de
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torniquete.
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Categorização da hemorragia em quatro classes:
0I
• Na hemorragia classe I, menos de 750ml de perda, ou, há perda de até 15% da volemia e o
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doente não apresenta sinais clínicos;
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• Na hemorragia classe II, perda entre 750 a 1500 ml, ou seja, a perda volêmica alcança 15 a
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30%, o traumatizado apresenta taquicardia, diminuição da perfusão periférica e da pressão
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• Na hemorragia classe III, perda entre 1500 a 2000 ml, ou seja, com 30 a 40% de perda
volêmica, há hipotensão arterial, piora da taquicardia e o doente está frequentemente
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agitado e ansioso;
AR
• Na hemorragia classe IV, mais de 2000 de perdavolêmica, ou seja, há perda de mais de 40%
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de consciência.
Obter acessos venosos calibrosos em veia periférica para reposição de líquidos. Evita-
OS
se a punção venosa central nesta fase. A reposição volêmica deve ser iniciada prontamente com
RR
Parada cardiorrespiratória
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É a interrupção abrupta da atividade mecânica cardíaca, que pode ser reversível por
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Causas da PCR:
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choque.
NU
Diagnóstico
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• Inconsciência.
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• Ausência de pulsos na circulação central (artéria femoral e/ou carótida nos adultos e nas
crianças a carótida e a braquial).
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O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 2
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• Ausência de movimentos respiratórios (apneia).
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MODALIDADES DE PARADA CARDÍACA
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a) PCR em ritmos não passíveis de choque
IO
a.1 - Assistolia - É a cessação de qualquer atividade elétrica ou mecânica dos
AR
ventrículos. No eletrocardiograma (ECG) caracteriza-se pela ausência de qualquer atividade
NU
elétrica ventricular observada em, pelo menos, duas derivações. Os mecanismos mais
frequentes que levam a parada cardíaca em assistolia são: distúrbio do sistema de condução do
JA
impulso elétrico, indução anestésico (descarga parassimpática generalizada), distúrbio
OS
hidroeletrolíticos e hipóxia, sendo esta o principal fator desencadeante de parada
RR
cardiorrespiratória em crianças. A PCR em assistolia é a forma de pior prognóstico.
BA
a.2 - Atividade elétrica sem pulso (AESP) - É caracterizada pela ausência de pulso
A
detectável na presença de algum tipo de atividade elétrica, com exclusão de taquicardia ou
LL
Fibrilação Ventricular. A atividade elétrica sem pulso incorpora a dissociação eletromecânica
BE
(DEM) e um grupo heterogêneo de ritmos que inclui: pseudo DEM, ritmo idioventricular, ritmo
SA
de escape ventricular, ritmo idioventricular pós desfibrilação e ritmos bradiassistólicos.
0I
Ao ECG, caracteriza-se pela presença de complexos QRS largos e bizarros que não
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produzem resposta de contração miocárdica eficiente e detectável.
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O tratamento da AESP nunca deve ser realizada através do choque, pois já existe uma
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atividade elétrica ventricular organizada potencialmente capaz de gerar pulso central. O choque
27
A principal e mais frequente causa da AESP é a hipovolemia, que deve, sempre que
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do evento até a identificação da FV. Quando o paciente é atendido rapidamente, até o quarto
AR
identificado após o quinto minuto de PCR deve-se aplicar dois minutos de RCP para depois
JA
aplicar a desfibrilação.
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O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 3
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mesmo a ausência de pulso arterial palpável, quando, então, é considerada uma modalidade de
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parada cardíaca, devendo ser tratada com o mesmo vigor da FV.
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O ECG caracteriza-se pela repetição de complexos QRS alargados não precedidos de
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ondas P e, se estas estiverem presentes, não guardam relação com os complexos ventriculares.
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Podem ocorrer capturas isoladas de alguns complexos QRS. Em geral os ciclos ventriculares têm
IO
sucessão a intervalos irregulares.
AR
A TVSP geralmente é secundária a alguma cardiopatia orgânica, como insuficiência
coronariana ou doença de Chagas, miocardiopatias não isquêmicas, distúrbios metabólicos,
NU
intoxicação por medicamentos, síndrome do intervalo QT longo, prolapso valvar mitral e
JA
ocasionalmente em corações normais.
OS
Tratamento com desfibrilador
RR
Envolve a aplicação de uma corrente elétrica para deter arritmias que tem não tem
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complexo QRS. É basicamente usado em fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem
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pulso. Podem ser de dois tipos:
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Manual – dependem totalmente do operador para interpretar o ritmo cardíaco e indicar o
BE
choque.
SA
Semiautomáticos – são equipamentos que analisam o ritmo e indica a necessidade de choque.
0I
Os aparelhos dependem do operador para dispara o choque. O DEA sofre interferência da
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movimentação da vitima, da respiração agônica e de convulsões.
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Conduta
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as pás e a pele (o meio de condução está disponível na forma de folha, gel ou pasta). Géis ou
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pastas com má condutividade elétrica (p. ex., gel de ultrassom) não devem ser utilizados
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• As pás ou almofadas devem ser posicionadas de modo que não toquem nas roupas do cliente
ou na roupa de cama, e não estejam perto de adesivos (patches) medicamentosos ou no fluxo
JA
de oxigênio direto
OS
• Mulheres com mamas grandes devem ter a almofada ou pá esquerda posicionada sob a mama
RR
desfibrilador não deve estar no modo sincronizado (a maioria das máquinas é predeterminada
LL
• Em caso do uso de pás, devem ser aplicados 9 a 11 kg de pressão com a finalidade de assegurar
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para o choque; em seguida, os polegares e os dedos devem ser mantidos fora dos botões de
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35
descarga até que as pás ou as almofadas estejam sobre o tórax e prontas para administrar a
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carga elétrica
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• A indicação “Afastar!” deve ser repetida três vezes antes da aplicação do choque elétrico:
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Quando “Afastar” é indicado pela primeira vez, o profissional deve verificar visualmente que não
está tocando o cliente, a cama ou o equipamento; na segunda vez, ele deve verificar visualmente
IO
que ninguém está tocando a cama, o cliente ou o equipamento, incluindo o tubo endotraqueal
AR
ou auxiliares; e quando se indica “Afastar” pela terceira vez, o profissional deve assegurar-se de
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que todas as pessoas estejam afastadas do cliente e que nada o esteja tocando
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parcial não autorizada, constitui crime.
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 4
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• Se for recomendada a RCP, após cinco ciclos (aproximadamente 2 min) de RCP, o ritmo
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cardíaco é novamente verificado e outro choque é administrado, se indicado. Um medicamento
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vasoativo ou antiarrítmico é administrado assim que possível após a verificação do ritmo
27
• Após a conclusão do evento, a pele sob as almofadas ou as pás é inspecionada quanto a
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queimaduras; se qualquer queimadura for detectada, o profissional principal, ou uma
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enfermeira de cuidados de feridas, é consultado a respeito do tratamento apropriado.
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Terapia farmacológica na parada cardiorrespiratória
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Adrenalina - A recomendação atual para a dose de adrenalina (AD) é administrar 1 mg, IV com
JA
intervalos de 3-5 minutos, em adultos. Seu efeito é de aumento da pressão de perfusão
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coronariana, aumenta a resistência vascular sistêmica, aumenta a pressão arterial e a
RR
contratilidade miocárdica. A única droga usada na reanimação comprovadamente útil na
restauração da circulação espontânea, além de manter o débito cardíaco ao longo do tempo e
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melhorar o fluxo sanguíneo para o coração e o cérebro (podendo piorar o já baixo fluxo, abaixo
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do diafragma).
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Vasopressina – aumenta a ação inotrópica do coração, aumenta a resistência vascular sistêmica
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e a Pressão Arterial. Uma alternativa para a epinefrina principalmente nas fibrilações
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ventriculares e taquicardias ventriculares. A dose de 40 unidades pode substituir à primeira ou
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segunda dose de adrenalina.(AHA 2015 – A Vasopressina foi removida do algoritmo). Dentro do
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hospital, a associação de epinefrina, vasopressina e esteroides é indicada e pode conferir algum
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benefício.
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Lidocaína - Por aumentar o limiar de estimulação ventricular, é útil na FV e TV. Pode alterar o
sistema nervoso. Reações adversas mais comuns: delírio, tonturas, visão turva, tremores
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inferiores, perda do controle esfincteriano. Reações alérgicas como urticária, edema ou reações
IS
pode-se considerar o inicio ou a continuação da lidocaína pós PCR por FV, TVSP.)
7
35
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Bicarbonato de sódio – bicarbonato deve ser evitado (a menos que exista acidose metabólica
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e/ou hipercalemia prévia, além de algumas intoxicações), pois a sua administração excessiva é
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mais danosa para o paciente do que o seu não uso, devido à ocorrência de alcalose metabólica,
por isso não está indicado a sua reversão por completo.
IO
AR
administração rápida e doses menores de 0,5 mg pode piorar a bradicardia. A dose correta é de
1 mg a cada 3 a 5 minutos. A partir do AHA 2010 não deve ser usada na assistolia, na assistência
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no pré-hospitalar.
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parcial não autorizada, constitui crime.
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 5
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Noradrenalina (norepinefrina) – Potente vasoconstritor. Aumenta a contração cardíaca e a
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condução do estímulo cardíaco Usada no período de recuperação pós-parada. É inativada pelo
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bicarbonato de sódio (não infundir em conjunto). Efeitos adversos: decorrem da sua potente
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ação vasoconstrictora, podendo ocorrer prejuízo na perfusão dos órgãos, diminuição do volume
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urinário, necrose e ulcerações cutâneas, ansiedade, dispneia, palpitações, angina do peito e
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cefaleia.
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Dopamina - Vasoconstritores e Hipertensores são o precursor químico da noradrenalina, com
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efeito no aumento do débito cardíaco, vasodilatação renal, sem elevar a pressão capilar
JA
pulmonar e sem causar vasoconstricção periférica (em doses baixas). Tratamento de choque de
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múltipla etiologia, especialmente o cardiogênico. Síndrome de baixo débito. Como droga de
RR
segunda linha no tratamento de bradicardias sintomáticas. É contraindicado em pacientes com
feocromocitoma e hipersensibilidade a sulfitos. Efeitos colaterais: Arritmias ventriculares e
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supraventriculares, taquicardia, bradicardia, palpitações, dor no peito, dispneia, hipertensão ou
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hipotensão arterial, cefaleia, náusea, vômito, vasoconstrição periférica, estase vascular,
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intumescência ou formigamento dos pés e mãos, frio e dor nas mãos ou pés.
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Dobutamina - A dobutamina é indicada quando é necessário o suporte inotrópico para o
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tratamento de pacientes com estados de hipoperfusão nos quais o débito cardíaco é insuficiente
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para suportar as demandas circulatórias. É indicada também quando é necessário o suporte
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inotrópico para o tratamento de pacientes nos quais a pressão de enchimento ventricular
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anormalmente aumentada pode levar a um risco de congestão pulmonar e edema. A
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Digital - Empregado para redução da frequência cardíaca em algumas situações, tais como na
fibrilação e na taquicardia ventricular. Droga usada no período pós-parada.
BA
A
luz, que a inativa. A infusão é feita por microgotas. Pode causar hipotensão.
IS
Gluconato de Cálcio – Estudos recentes demonstraram que não existem efeitos benéficos com
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o uso do cálcio em pacientes com parada cardíaca. Sua indicação atual se restringe a alguns
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bloqueadores de canais de cálcio. Os sais de cálcio não devem ser administrados em associação
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A permeabilidade das vias aéreas deve ser avaliada e garantida de imediato. Contudo,
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parcial não autorizada, constitui crime.
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 6
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das clavículas, como um portador de lesão de coluna cervical, até prova em contrário. O exame
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neurológico não exclui o trauma da coluna cervical. Assim sendo, a cabeça e o pescoço devem
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ser mantidos em uma posição neutra, isto é, não podem ser estendidos ou fletidos durante a
27
abordagem das vias aéreas. A obstrução das vias aéreas superiores decorre, em grande parte
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dos casos, da presença de corpos estranhos ou da oclusão da hipofaringe e pela queda da língua.
IO
Muitos óbitos de traumatizados podem ser evitados pela instituição precoce de
AR
assistência respiratória apropriada. A insuficiência respiratória pode ser aguda, insidiosa,
progressiva ou recorrente. Podem desenvolver insuficiência respiratória os pacientes
NU
inconscientes por trauma cranioencefálico, obnubilados pelo uso de drogas ou álcool e os
JA
portadores de lesões torácicas como pneumotórax hipertensivo, pneumotórax aberto, e tórax
OS
instável com contusão pulmonar. Nestes casos, a intubação endotraqueal, tem por objetivos
RR
prover uma via aérea permeável e permitir a instalação de suporte ventilatório. Traumas de face
e do pescoço que comprometem o lume das vias aéreas também representam uma indicação
BA
para intubação endotraqueal.
A
A decisão de se intubar o paciente na sala de emergência é tomada exclusivamente
LL
com bases clínicas. A agitação do paciente sugere hipóxia. A obnubilação denuncia a
BE
hipercapnia. A cianose traduz hipoxemia por ventilação inadequada. A emissão de sons
SA
anormais como ronco e gargarejo pode estar relacionada à obstrução parcial da faringe e a
0I
disfonia resulta da obstrução laríngica.
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35
Manobras de abertura de vias aéreas: permitem a desobstrução pela língua mantendo o
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alinhamento e imobilização da coluna cervical.
27
• Chin Lift: Os dedos de uma das mãos são colocados sob a mandíbula, que é delicadamente
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tracionada para cima, de modo a anteriorizar o queixo. Outra forma de realizar esta manobra e
colocar o dedo polegar por trás dos dentes incisivos inferiores, enquanto o mento é
IO
• JawThrust: Esta manobra é realizada colocando-se uma mão em cada ângulo da mandíbula
NU
é torácica)
BA
possibilidade de retirar o corpo estranho (só remover o corpo estranho se este for visível).
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Máscara Laríngea: A máscara laríngea (ML) é um tubo semicurvo, que se inicia em um conector
IS
padrão de 15 mm e termina em uma pequena máscara com um suporte periférico inflável, que
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- Treinamento insuficiente.
70
Complicações:
27
Laringoespasmo
IO
Uma via aérea definitiva é definida como um procedimento médico, e implica em uma
NU
sistema de ventilação assistida, com mistura enriquecida em oxigênio. As vias aéreas definitivas
OS
podem ser de três tipos: cânula orotraqueal, nasotraqueal e via aérea cirúrgica. A decisão de
instalar a via aérea definitiva é baseada em achados clínicos e baseiam-se em:
RR
• Apneia;
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parcial não autorizada, constitui crime.
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 7
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• Impossibilidade de manter via aérea pérvia ou manutenção da oxigenação (Sat
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O2<60mmHg);
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• Proteção de via aérea;
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• Comprometimento iminente das vias aéreas;
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• Escala de Coma de Glasgow menor ou igual a 8.
IO
A impossibilidade de intubação da traqueia é uma indicação clara para a criação de
AR
uma via aérea cirúrgica, também procedimento médico, exceto em situações que ameacem á
NU
vida e sem previsão de suporte avançado de vida em curto intervalo de tempo. A intubação
endotraqueal de um paciente hipoventilado pode demandar várias tentativas. Entre uma e outra
JA
tentativa o paciente deve ser ventilado por alguns minutos. Depois de intubada a traqueia,
OS
instala-se a respiração com pressão positiva. A respiração com pressão positiva pode ser
RR
acompanhada de pneumotórax por barotrauma ou pode converter um pneumotórax sem
tensão em pneumotórax hipertensivo. Além das ocorrências: distensão do estomago.
BA
Quando as vias aéreas estiverem obstruídas por edema de glote ou hemorragia
A
orofaríngea grave e a intubação traqueal não for factível, deve-se proceder á cricotireoidostomia
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por punção. A cricotireidostomia por punção está indicada quando falham a intubação
BE
orotraqueal ou na vigência de edema de glote, trauma da faringe e hemorragia profusa da
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cavidade oral. A cricotireoidostomia por punção é recomendada apenas na assistência pré-
0I
hospitalar não deve ser utilizada por mais de 45 minutos e nem executada em pacientes com
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menos de 12 anos.
35
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• No caso de via aérea avançada instalada, realize compressões torácicas contínuas e uma
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ventilaçãoa cada 6 a8segundos (8a10 ventilações por minuto). AHA 2015 - No caso de via aérea
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B - Ventilação e respiração
06
Uma vez garantida a manutenção das vias aéreas superiores, inicia-se a ventilação
IO
(duas ventilações), após as duas ventilações iniciais, checa-se o pulso central e, se este não
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pupilas. Nunca é demais repetir que a hipóxia é a principal causa de alteração do estado de
RR
consciência. O nível de consciência será avaliado pela análise dos seguintes parâmetros:
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 8
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A - o paciente está alerta;
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V - responde a estímulos verbais;
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I - não responde a estímulos
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E - Exposição
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O paciente deve ser completamente despido. Sempre lembrando de proteger o
AR
paciente da hipotermia.
NU
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
JA
O exame secundário só deve ser iniciado depois de completar o exame primário
OS
(CABD) e quando as medidas indicadas para a reanimação tiverem sido adotadas e o doente
RR
demonstrar tendência para normalização de suas funções vitais.
O exame secundário é um exame minucioso da vítima traumatizado da cabeça aos pés.
BA
Cada região do corpo deve ser examinada por completo além da coleta de uma história A coleta
A
de informações da vítima é conhecida como AMPLA:
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A: Alergias
BE
M: Medicamentos
SA
P: Passado Médico
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L: Líquidos e Alimentos
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A: Ambiente (eventos relacionados ao trauma ou emergência clínica)
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No exame de cada região do corpo da vítima:
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paciente use lentes de contato, elas devem ser removidas. Uma rápida avaliação da acuidade
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visual pode ser obtida pedindo-se ao paciente para ler algumas palavras impressas em papel.
NU
Pacientes acidentados usando capacete devem ter a cabeça e o pescoço mantidos em posição
JA
passar despercebidas, acarretando graves complicações. O trauma facial que não resulta em
RR
hipertensivo).
E
• Avaliação de tórax deve ser realizada por palpação, percussão e ausculta. Fraturas,
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sede de lesões graves que, ás vezes, não se manifesta logo após o acidente. Fraturas de arcos
27
costais inferiores ou dos ossos da pelve estão frequentemente associados a lesões dos órgãos
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abdominais. Fraturas pélvicas podem ser detectadas comprimindo-se com as palmas das duas
IO
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 9
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PORTARIA GM/MS Nº 1.600, DE 7 DE JULHO DE 2011 - Reformula a Política Nacional de Atenção
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às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS).
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Art. 4º A Rede de Atenção às Urgências é constituída pelos seguintes componentes:
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I - Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde;
06
II - Atenção Básica em Saúde;
IO
III - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de Regulação Médica
AR
das Urgências;
IV - Sala de Estabilização;
NU
V - Força Nacional de Saúde do SUS;
JA
VI - Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas;
OS
VII - Hospitalar; e
RR
VIII - Atenção Domiciliar.
A Rede de Atenção às Urgências priorizará as linhas de cuidados cardiovascular, cerebrovascular
BA
e traumatológica.
A
Art. 5º O Componente Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde tem por objetivo estimular e
LL
fomentar o desenvolvimento de ações de saúde e educação permanente voltadas para a
BE
vigilância e prevenção das violências e acidentes, das lesões e mortes no trânsito e das doenças
SA
crônicas não transmissíveis, além de ações intersetoriais, de participação e mobilização da
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sociedade visando a promoção da saúde, prevenção de agravos e vigilância à saúde.
77
Art. 6º O Componente Atenção Básica em Saúde tem por objetivo a ampliação do acesso,
35
fortalecimento do vínculo e responsabilização e o primeiro cuidado às urgências e emergências,
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em ambiente adequado, até a transferência/encaminhamento a outros pontos de atenção,
27
vulnerabilidades.
Art. 7º O Componente Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais
IO
de Regulação Médica das Urgências tem como objetivo chegar precocemente à vítima após ter
AR
ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica,
NU
pediátricas, psiquiátricas, entre outras) que possa levar a sofrimento, sequelas ou mesmo à
morte, sendo necessário, garantir atendimento e/ou transporte adequado para um serviço de
JA
trata o caput deste artigo pode se referir a atendimento primário quando o pedido de socorro
RR
estabilização do quadro de urgência apresentado, mas que necessita ser conduzido a outro
A
pacientes críticos e/ou graves, com condições de garantir a assistência 24 horas, vinculado a um
IS
equipamento de saúde, articulado e conectado aos outros níveis de atenção, para posterior
encaminhamento à rede de atenção a saúde pela central de regulação das urgências. Parágrafo
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único. O Componente de que trata o caput deste artigo não se caracteriza como novo serviço
7
35
de saúde para assistência a toda demanda espontânea, mas sim para garantir a disponibilidade
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Art. 9º O Componente Força Nacional de Saúde do SUS objetiva aglutinar esforços para garantir
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Art. 10. O Componente Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de
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O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 10
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Horas não hospitalares devem prestar atendimento resolutivo e qualificado aos pacientes
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acometidos por quadros agudos ou agudizados de natureza clínica e prestar primeiro
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atendimento aos casos de natureza cirúrgica ou de trauma, estabilizando os pacientes e
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realizando a investigação diagnóstica inicial, definindo, em todos os casos, a necessidade ou não,
06
de encaminhamento a serviços hospitalares de maior complexidade.
IO
Art. 11. O Componente Hospitalar será constituído pelas Portas Hospitalares de Urgência, pelas
AR
enfermarias de retaguarda, pelos leitos de cuidados intensivos, pelos serviços de diagnóstico
por imagem e de laboratório e pelas linhas de cuidados prioritárias.
NU
Art. 12. O Componente Atenção Domiciliar é compreendido como o conjunto de ações
JA
integradas e articuladas de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e
OS
reabilitação, que ocorrem no domicílio, constituindo-se nova modalidade de atenção à saúde
RR
que acontece no território e reorganiza o processo de trabalho das equipes, que realizam o
cuidado domiciliar na atenção primária, ambulatorial e hospitalar.
BA
A
LL
ATENÇÃO BÁSICA À PESSOA IDOSA
BE
INTRODUÇÃO
SA
Muitas pessoas idosas são acometidas por doenças e agravos crônicos não
0I
transmissíveis (DANT) (estados permanentes ou de longa permanência), que requerem
77
acompanhamento constante, pois, em razão da sua natureza, não têm cura. Essas condições
crônicas tendem a se manifestar de forma expressiva na idade mais avançada e, 35
70
frequentemente, estão associadas (comorbidades). Podem gerar um processo incapacitante,
27
de suas atividades cotidianas de forma independente. Ainda que não sejam fatais, essas
condições geralmente tendem a comprometer de forma significativa a qualidade de vida dos
IO
idosos.
AR
das sociedades. O mundo está envelhecendo. Tanto isso é verdade que estima-se que, em 2050,
existam cerca de dois bilhões de pessoas com sessenta anos ou mais no mundo, a maioria delas
JA
não costuma provocar qualquer problema. No entanto, em condições de sobrecarga como, por
exemplo, doenças, acidentes e estresse emocional, pode ocasionar uma condição patológica
A
que requeira assistência - senilidade. Cabe ressaltar que certas alterações decorrentes do
LL
processo de senescência podem ter seus efeitos minimizados pela assimilação de um estilo de
E
AB
Dois grandes erros devem ser continuamente evitados. O primeiro é considerar que todas as
alterações que ocorrem com a pessoa idosa sejam decorrentes de seu envelhecimento natural,
70
o que pode impedir a detecção precoce e o tratamento de certas doenças. O segundo é tratar o
7
35
desnecessários, originários de sinais e sintomas que podem ser facilmente explicados pela
27
senescência.
06
estado de saúde dessa população. Para os idosos é um instrumento de cidadania, que os trará
NU
A Atenção à Saúde da Pessoa Idosa na Atenção Básica/Saúde da Família, quer por demanda
RR
espontânea, quer por busca ativa – que é identificada por meio de visitas domiciliares, deve
BA
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A
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O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 11
SA
0I
77
consistir em um processo diagnóstico multidimensional. Esse diagnóstico é influenciado por
35
diversos fatores, tais como o ambiente onde o idoso vive, a relação profissional de saúde/pessoa
70
idosa e profissional de saúde/ familiares, a história clínica - aspectos biológicos, psíquicos,
27
funcionais e sociais - e o exame físico.
06
Na Atenção Básica, espera-se oferecer à pessoa idosa e à sua rede de suporte social, incluindo
IO
familiares e cuidadores (quando existente), uma atenção humanizada com orientação,
AR
acompanhamento e apoio domiciliar, com respeito às culturas locais, às diversidades do
envelhecer e à diminuição das barreiras arquitetônicas de forma a facilitar o acesso conforme
NU
proposto no Manual de Estrutura Física, do Ministério da Saúde, 2006. A adoção de intervenções
JA
que criem ambientes de apoio e promovam opções saudáveis são importantes em todos os
OS
estágios da vida e influenciarão o envelhecimento ativo.
RR
ATRIBUIÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA NO ATENDIMENTO À SAÚDE DA
BA
PESSOA IDOSA
A
As ações da Atenção Básica/Saúde da Família em Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa
LL
previstas a serem desenvolvidas são:
BE
SA
Atribuições comuns a todos os profissionais da equipe
0I
a) Planejar, programar e realizar as ações que envolvem a atenção à saúde da pessoa idosa em
77
sua área de abrangência, conforme orientação deste caderno.
35
b) Identificar e acompanhar pessoas idosas frágeis ou em processo de fragilização.
70
c) Alimentar e analisar dados dos Sistemas de Informação em Saúde - Sistema de Informação da
27
Atenção Básica (SIAB) - e outros para planejar, programar e avaliar as ações relativas à saúde da
06
pessoa idosa.
d) Conhecer os hábitos de vida, valores culturais, éticos e religiosos das pessoas idosas, de suas
IO
famílias e da comunidade.
AR
Preenchimento específico.
h) Realizar e participar das atividades de educação permanente relativas à saúde da pessoa
BA
idosa.
A
planejamento da equipe.
E
AB
IS
Atribuições do enfermeiro
a) Realizar atenção integral às pessoas idosas.
70
da equipe.
NU
f) Orientar ao idoso, aos familiares e/ou cuidador sobre a correta utilização dos medicamentos.
JA
O conceito de “doença única”, onde um único problema pode explicar todos os sinais
RR
e sintomas, não se aplica às pessoas idosas, pois estas costumam apresentar uma somatória de
BA
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A
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parcial não autorizada, constitui crime.
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 12
SA
0I
77
sinais e sintomas, resultado de várias doenças concomitantes, onde a insuficiência de um
35
sistema pode levar à insuficiência de outro, o que costuma ser denominado “efeito cascata”.
70
Normalmente, o que leva a pessoa idosa a procurar a unidade de saúde é um sintoma
27
mais familiar ou mais facilmente reconhecível que pode não refletir, de forma clara ou direta, o
06
estado geral de saúde do mesmo.
IO
As doenças nas pessoas idosas também tendem a ter uma apresentação atípica quando
AR
comparadas a indivíduos mais jovens, o que faz do diagnóstico diferencial um recurso
fundamental. Exemplo: os sintomas que, em um indivíduo jovem, podem corresponder a um
NU
refluxo gastroesofágico, em uma pessoa idosa podem corresponder a um carcinoma; um
JA
sangramento intestinal em um jovem pode ser indicativo de doença intestinal inflamatória e,
OS
em um idoso, pode representar uma diverticulose.
RR
Todas as alterações decorrentes do processo fisiológico do envelhecimento terão
repercussão nos mecanismos homeostáticos do/a idoso/a e em sua resposta orgânica,
BA
diminuindo sua capacidade de reserva, de defesa e de adaptação, o que o torna mais vulnerável
A
a quaisquer estímulos (traumático, infeccioso ou psicológico). Dessa forma, as doenças podem
LL
ser desencadeadas mais facilmente.
BE
Deve-se fazer uma ampla avaliação dos antecedentes diagnósticos, com ênfase nas doenças
SA
crônicas que se mantêm ativas. Dada sua prevalência, devem ser sempre investigadas
0I
sistematicamente, para serem descartadas:
77
1. afecções cardiovasculares, em especial doença hipertensiva;
2. diabetes e suas complicações; 35
70
3. déficits sensoriais (auditivo e visual);
27
4. afecções osteoarticulares;
06
5. déficits cognitivos.
IO
Especial atenção deve ser dada à prevenção de iatrogenias assistenciais relacionadas ao uso
AR
profissional de saúde quanto os adquiridos pelo próprio idoso, sem prescrição, devem ser
investigados. Solicitar à pessoa idosa que, quando for à próxima consulta, traga consigo todos
JA
polifarmácia
LL
Perguntar sobre todos os sistemas e incluir questões que abordem mudanças no estado
E
AB
funcional no último ano, alterações de peso não intencionais, fadiga, mal estar inespecífico,
IS
causa comum de edema em membros inferiores (MMII). A presença de doença arterial periférica
70
Alimentação e nutrição
A antropometria é muito útil para o diagnóstico nutricional dos idosos. É um método simples,
IO
rápido, de baixo custo e com boa predição para doenças futuras, mortalidade e incapacidade
AR
funcional, podendo ser usada como triagem inicial, tanto para diagnóstico quanto para o
NU
monitoramento de doenças.
JA
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 13
SA
0I
77
Saúde (OMS), considerando os pontos de corte diferentes daqueles utilizados para adultos. Essa
35
diferença deve-se às alterações fisiológicas nos idosos:
70
• O declínio da altura é observado com o avançar da idade, em decorrência da compressão
27
vertebral, mudanças nos discos intervertebrais, perda do tônus muscular e alterações
06
posturais;
IO
• O peso pode diminuir com a idade, porém, com variações segundo o sexo. Essa diminuição
AR
está relacionada à redução do conteúdo da água corporal e da massa muscular, sendo mais
NU
evidente no sexo masculino;
• Alterações ósseas em decorrência da osteoporose;
JA
• Mudança na quantidade e distribuição do tecido adiposo subcutâneo.
OS
• Redução da massa muscular devida à sua transformação em gordura intramuscular, o que
RR
leva à alteração na elasticidade e na capacidade de compressão dos tecidos.
BA
Essas peculiaridades relacionadas ao processo de envelhecimento devem ser avaliadas
A
criteriosamente, para que se possa distingui-las da desnutrição. A população idosa é
LL
particularmente propensa à alterações nutricionais devido a fatores relacionados às
BE
modificações fisiológicas e sociais, ocorrência de doenças crônicas, uso de diversas medicações,
SA
dificuldades com a alimentação, depressão e alterações da mobilidade com dependência
0I
funcional.
77
Estas alterações podem comprometer a ingestão dos alimentos e aproveitamento dos
nutrientes, podendo levar à desnutrição. 35
70
De acordo com a Norma Técnica do SISVAN, recomenda-se que o registro das medidas
27
O Ministério da Saúde (BRASIL, 2004a) sugere pontos de corte de IMC para os idosos
NU
diferentes dos propostos para os adultos, principalmente quanto ao sobrepeso, que é definindo
JA
Acuidade visual
RR
às alterações fisiológicas das lentes oculares, déficit de campo visual e doenças de retina. Cerca
de 90% das pessoas idosas necessitam do uso de lentes corretivas para enxergar
A
LL
adequadamente. Ao avaliar essa função, pergunte à pessoa idosa se ela sente dificuldade ao ler,
E
assistir televisão, dirigir ou para executar qualquer outra atividade da vida cotidiana. Aqueles
AB
que responderem afirmativamente devem ser avaliados com o uso do Cartão de Jaeger que
IS
pode ser visto no anexo 1, página 136 do Caderno Básico de Atenção ao Idoso (Caderno Básico
70
Nº 19).
7
35
Acuidade auditiva
70
dificultando sua comunicação com os outros. Algumas medidas simples podem auxiliar a
AR
comunicação com as pessoas idosas que apresentem declínio auditivo: • Evite ambientes
ruidosos; • Evite submeter as pessoas idosas a situações constrangedoras quando essas não
NU
entenderem o que lhes foi dito ou pedirem para que a fala seja repetida; • Procure falar de
JA
forma clara e pausada e, aumente o tom de voz somente se isso realmente for necessário; • Fale
OS
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parcial não autorizada, constitui crime.
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 14
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77
Cerca de um terço das pessoas idosas referem algum grau de declínio na acuidade auditiva.
35
A presbiacusia - perda progressiva da capacidade de diferenciar os sons de alta frequência – é
70
uma das causas mais comuns relacionadas a essa queixa. Muitas vezes, o idoso pode não
27
perceber essa perda e, por essa razão, não referi-la. Para auxiliar nessa verificação, pode-se
06
utilizar o “teste do sussurro”.
IO
AR
Identificação de sinais de maus tratos
A pessoa idosa encontra, muitas vezes, dificuldades em verbalizar que sofre maus-tratos,
NU
negligência ou alguma outra forma de violência intrafamiliar. Em muitos casos, demonstra medo
JA
ou ansiedade na presença do cuidador ou de familiar. No entanto, isso pode ser identificado por
OS
meio da observação de lesões, equimoses, úlceras de decúbito, desidratação ou ainda nas
RR
demonstrações de não aceitação em responder a perguntas relacionadas ao assunto. Isso é uma
outra forma de comunicação não-verbal que nos alerta das suas dificuldades nas relações
BA
familiares. É necessário estar atento para o que o idoso fala ou não fala, como se comporta, seus
A
gestos, suas expressões faciais. Isso pode comunicar muito mais do que somente a avaliação das
LL
suas lesões, deficits ou incapacidades e talvez seja essa a única oportunidade de detectar tais
BE
situações. A comunicação, verbal e não-verbal, é um importante recurso para a formação de
SA
vínculos, para avaliação e para o planejamento assistencial.
0I
77
Vacinação
35
A influenza (gripe) é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, altamente contagiosa,
70
que acomete o trato respiratório e cuja ocorrência se observa em maior intensidade ao final do
27
outono e durante o inverno. Embora tipicamente de pouca relevância em sua forma não
06
complicações relacionadas à gripe (pneumonia primária viral pelo vírus da influenza, pneumonia
NU
A situação vacinal da pessoa idosa também deve ser inquirida de forma sistemática.
OS
Recomenda-se uma dose anual da vacina contra influenza no outono. Idosos com mais de 60
RR
anos devem também receber ao menos uma dose de vacina anti-pneumocócica durante a vida.
Os idosos institucionalizados e não vacinados deverão receber uma dose da vacina e outra após
BA
A vacina dupla adulto (dT – contra difteria e tétano) deve ser administrada a cada dez anos
LL
podendo ser reforçada em cinco anos no caso de ferimentos considerados “sujos”. O registro da
E
AB
vacinação deve ser feito na Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, facilitando o acompanhamento
IS
da realização da mesma.
70
Avaliação funcional
7
35
necessidade de auxílio. Pode ser compreendida como uma tentativa sistematizada de avaliar de
06
forma objetiva o desempenho de uma pessoa numa variedade de áreas utilizando diferentes
habilidades. Representa uma maneira de medir se uma pessoa é ou não capaz de desempenhar
IO
as atividades necessárias para cuidar de si mesma. Caso não seja capaz, deve-se verificar se essa
AR
Desde seu início, as avaliações funcionais dão ênfase às Atividades de Vida Diárias (AVD). A
primeira escala desenvolvida, e a que é até os dias de hoje mais citada e utilizada, é a Escala
OS
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parcial não autorizada, constitui crime.
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 15
SA
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77
reabilitação. Posteriormente, Lawton propôs um outro instrumento para avaliar as Atividades
35
Instrumentais de Vida Diária (AIVD), consideradas mais complexas e cuja independência para
70
desempenho está diretamente relacionada com a capacidade de vida comunitária
27
independente. A capacidade em realizá-las torna as pessoas idosas mais autoconfiantes para a
06
vida em comunidade.
IO
Didaticamente essas atividades são subdivididas em:
AR
a) Atividades de Vida Diária (AVD) que são as relacionadas ao autocuidado e que, no caso de
limitação de desempenho, normalmente requerem a presença de um cuidador para auxiliar a
NU
pessoa idosa a desempenhá-las. São elas:
JA
• Alimentar-se
OS
• Banhar-se
RR
• Vestir-se
• Mobilizar-se
BA
• Deambular
A
• Ir ao banheiro
LL
• Manter controle sobre suas necessidades fisiológicas.
BE
b) Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD) que são as relacionadas à participação do idoso
SA
em seu entorno social e indicam a capacidade de um indivíduo em levar uma vida independente
0I
dentro da comunidade. São elas:
77
• Utilizar meios de transporte
• Manipular medicamentos 35
70
• Realizar compras
27
• Utilizar o telefone
• Preparar refeições
IO
capacidade funcional.
RR
Independência – significa ser capaz de realizar as atividades sem ajuda de outra pessoa.
Dependência – significa não ser capaz de realizar as atividades cotidianas sem a ajuda de outra
70
pessoa.
7
35
70
MINI EXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM): É o teste mais utilizado para avaliar a função
06
cognitiva por ser rápido (em torno de 10 minutos), de fácil aplicação, não requerendo material
específico.
IO
funções. A combinação do MEEM com o Questionário de Pfeffer indica uma maior especificidade
JA
equilíbrio. Quanto menor a pontuação maior o problema. Pontuação menor que 19 indica risco
RR
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parcial não autorizada, constitui crime.
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 16
SA
0I
77
INDEX DE INDEPENDÊNCIA NAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA DE KATZ - Objetivo: avaliar a
35
independência funcional das pessoas idosas no desempenho das AVD. As pessoas idosas são
70
classificadas como independentes ou dependentes no desempenho de seis funções a partir da
27
utilização de um questionário padrão.
06
ESCALA DE LAWTON: Avaliar o desempenho funcional da pessoa idosa em termos de atividades
IO
instrumentais que possibilita que a mesma mantenha uma vida independente. As pessoas idosas
AR
são classificadas como independentes ou dependentes no desempenho de nove funções.
MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL (MIF): Seu objetivo medir o grau de solicitação de
NU
cuidados de terceiros que a pessoa com deficiência exige para realização de tarefas motoras e
JA
cognitivas. Traduzida e adaptada no Brasil por Riberto a MIF verifica o desempenho da pessoa
OS
idosa para a realização de um conjunto de 18 tarefas, referentes às subescalas de autocuidados,
RR
controle esfincteriano, transferências, locomoção, comunicação e cognição social.
Diferentemente das outras escalas de avaliação funcional, a MIF consegue quantificar de forma
BA
mais objetiva a necessidade de ajuda ou a dependência parcial, o que facilita a elaboração do
A
projeto terapêutico.
LL
AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE FAMILIAR (APGAR DE FAMÍLIA): O APGAR representa um
BE
acrônimo – palavra forma pela primeira letra de cada item - derivado de: Adaptation
SA
(adaptação), Partnership (companherismo), Growth (desenvolvimento), Affection (afetividade)
0I
e Resolve (capacidade resolutiva). É um eficiente teste de avaliação rápida do funcionamento
77
familiar no cuidado de pessoas dependentes. possibilita verificar indícios de disfunção familiar
35
permitindo a elaboração de um projeto terapêutico. É uma medida unidimensional de satisfação
70
com a dinâmica de funcionamento familiar, verificando a percepção das pessoas sobre suas
27
famílias como um recurso ou como um fator estressor. Os domínios citados são avaliados por
06
meio de cinco questões simples às quais são atribuídas valores que, ao final, são somados
resultando num escore total cuja representação numérica relaciona-se diretamente com uma
IO
Tipos de violência:
BA
a) Violência física
A
b) Violência sexual
LL
c) Violência psicológica
E
AB
e) Violência institucional
f) Abandono/negligência
70
g) Auto-negligência
7
35
70
FRAGILIDADE EM IDOSOS
27
reserva energética e pela resistência reduzida aos estressores. Essa condição resulta de declínio
cumulativo dos sistemas fisiológicos e causa vulnerabilidade às condições adversas por haver
IO
São três as principais mudanças relacionadas à idade que estão subjacentes à síndrome:
JA
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 17
SA
0I
77
duas ou mais doenças identificadas a partir de diagnóstico médico, com base em critérios
35
firmemente estabelecidos. Incapacidade refere-se à dificuldade e à necessidade de auxílio para
70
o desempenho das atividades cotidianas.
27
Tais condições representam respostas ou consequências da síndrome de fragilidade. O
06
modelo considera que são dois os principais mecanismos responsáveis pelo alcance da condição
IO
frágil: as mudanças relacionadas à senescência e a presença de comorbidades.
AR
A síndrome, segundo os pesquisadores, é um fator preditor independente para quedas,
dependência nas atividades de vida diária, hospitalização e morte.
NU
JA
DOENÇAS ASSOCIADAS AO ENVELHECIMENTO
OS
Osteoporose
RR
A osteoporose é definida como uma doença sistêmica progressiva que leva a uma desordem
esquelética, caracterizada por força óssea comprometida, predispondo a um aumento do risco
BA
de fratura. Força óssea, primariamente, reflete integração entre densidade e qualidade óssea
A
(NIH CONSENSUS DEVELOPMENT PANEL, 2001).
LL
A osteoporose é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a “Epidemia
BE
silenciosa do século”, e é atualmente um problema de saúde pública no mundo inteiro devido
SA
ao aumento na expectativa de vida das populações. É uma doença de grande impacto devido à
0I
sua alta prevalência e grande morbimortalidade. Afeta indivíduos de maior idade, de ambos os
77
sexos, principalmente mulheres na pós-menopausa, que também apresentam mais fraturas.
35
A instalação da osteoporose resulta de anos de perda óssea. Pode ser classificada em
70
primária, que não apresenta causa bem definida; e secundária, quando é decorrente de uma
27
Diagnóstico da osteoporose
História clínica - É fundamental a história clínica minuciosa com investigação dos fatores de risco
IO
anos independentemente da presença de fatores de risco. Uma boa história clínica e o exame
JA
físico são especialmente úteis para excluir as causas secundárias. A osteoporose é uma doença
assintomática, e geralmente o primeiro sinal é a fratura, que representa o agravamento da
OS
doença, sendo as mais frequentes as da coluna lombar, colo do fêmur e 1/3 médio do rádio.
RR
BA
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parcial não autorizada, constitui crime.
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 18
SA
0I
77
Avaliação por imagem
35
No diagnóstico por imagens, são utilizadas radiografias e a densitometria óssea.
70
O exame radiográfico pode mostrar diminuição da densidade óssea, porém, só detectam
27
alterações quando a perda for superior 30%, sendo baixa sua sensibilidade diagnóstica. É
06
indicado para a avaliação das fraturas.
IO
A densitometria óssea é o exame de referência para o diagnóstico da osteoporose realizada
AR
pela avaliação da coluna lombar e do colo do fêmur, e antebraço, segundo os critérios da OMS.
Rastreamento de todos/as os/as pacientes assintomáticos/as não é recomendado. Busca
NU
ativa deste diagnóstico pode ser realizada em pacientes considerados de alto risco,
JA
especialmente os com risco de fratura. Quando se deseja acompanhar a eficácia do tratamento,
OS
pode-se repetir o exame dentro de 24 meses.
RR
Indicações de realização de densitometria óssea: Mulheres acima de 65 anos; Mulheres com
BA
deficiência estrogênica com menos de 45 anos; Mulheres peri e pós-menopausa com fatores de
A
risco; Mulheres com amenorreia secundária prolongada (por mais de 1 ano);Todos indivíduos
LL
que tenham apresentado fratura por trauma mínimo ou atraumática; Indivíduos com evidência
BE
radiológica de osteopenia ou fraturas vertebrais; Homens acima de 70 anos; Indivíduos que
SA
apresentem perda de estatura (maior do que 2,5cm) ou hipercifose torácica; Indivíduos em uso
0I
de corticosteroides por três meses ou mais (doses superiores ao equivalente de 5 mg de
77
prednisona);Mulheres com índice de massa corporal abaixo de 19kg/m2;Portadores de doenças
35
ou uso de medicações associadas à perda de massa óssea; Monitoramento de tratamento do
70
osteoporose.
27
06
osteoporose pode cair dramaticamente. A prevenção deve começar na infância com a realização
AR
de exercícios com frequência regular, associada a uma dieta rica em cálcio e exposição regular
NU
ao sol (vitamina D), além da melhoria das condições de equilíbrio e visão. Se essas medidas
forem tomadas, todos os indivíduos atingirão o seu potencial máximo de aquisição de massa
JA
óssea. Desse modo, com a chegada da menopausa ou se houver necessidade de utilizar drogas
OS
que aumentam a reabsorção óssea, o indivíduo terá uma reserva adequada, mantendo os ossos
RR
mais resistentes.
O tratamento da osteoporose também inclui dieta, atividade física, exposição solar, além das
BA
além das medidas citadas anteriormente, a terapia deverá ser direcionada à doença de base
LL
estabelecida.
E
AB
IS
Quedas
A queda representa um grande problema para as pessoas idosas, dadas as suas
70
Cerca de 30% das pessoas idosas caem a cada ano. Essa taxa aumenta para 40% entre os
27
idosos com mais de 80 anos e 50% entre os que residem em ILPI. As mulheres tendem a cair
06
mais que os homens até os 75 anos de idade, a partir dessa idade as frequências se igualam. Dos
que caem, cerca de 2,5% requerem hospitalização e desses, apenas metade sobreviverá após
IO
um ano.
AR
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Os fatores de risco podem ser divididos em intrínsecos e extrínsecos:
35
Fatores intrínsecos: decorrem das alterações fisiológicas relacionadas ao avançar da idade, da
70
presença de doenças, de fatores psicológicos e de reações adversas de medicações em uso.
27
Podem ser citados: Idosos com mais de 80 anos; Sexo feminino; Imobilidade; Quedas
06
precedentes; Equilíbrio diminuído; Marcha lenta e com passos curtos; Baixa aptidão física;
IO
Fraqueza muscular de MMII e MMSS (handgrip); Alterações cognitivas; Doença de Parkinson;
AR
Polifarmácia; Uso de sedativos, hipnóticos e ansiolíticos.
NU
Fatores extrínsecos: relacionados aos comportamentos e atividades das pessoas idosas e ao
JA
meio ambiente. Ambientes inseguros e mal iluminados, mal planejados e mal construídos, com
OS
barreiras arquitetônicas representam os principais fatores de risco para quedas.
RR
A maioria das quedas acidentais ocorre dentro de casa ou em seus arredores, geralmente
durante o desempenho de atividades cotidianas como caminhar, mudar deposição, ir ao
BA
banheiro. Cerca de 10% das quedas ocorrem em escadas, sendo que descê-las apresenta maior
A
risco que subi-las.
LL
A influência dos fatores ambientais no risco de quedas associa-se ao estado funcional e
BE
mobilidade da pessoa idosa. Quanto mais frágil, mais suscetível. Manobras posturais e
SA
obstáculos ambientais que não são problemas para pessoas idosas mais saudáveis podem
0I
transforma-se em séria ameaça à segurança e mobilidade daquelas com alterações em equilíbrio
77
e marcha.
35
Os riscos domésticos mais comuns que devem ser objeto de atenção das equipes de atenção
70
básica são:
27
Quedas com impacto direto sobre quadril e punho têm maior probabilidade de resultar
NU
funcional e fragilidade em pessoas idosas. Por essa razão, a referência da ocorrência de queda
A
A Caderneta da Pessoa Idosa é um instrumento que ajuda identificar os idosos que caem com
70
comunitário de saúde pode identificar esse problema e encaminhar para a equipe de Atenção
06
Básica/Saúde da Família.
Sugere-se que durante a consulta na Unidade Básica de Saúde ou visita ao domicílio, seja
IO
psicossociais. Devem ser levantados dados relacionados: ao contexto e mecanismo das quedas.
JA
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O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
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L
BE
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SA
0I
77
As principais complicações das quedas são lesões de partes moles, restrição prolongada ao
35
leito, hospitalização, institucionalização, risco de doenças iatrogenicas, fraturas, hematoma
70
subdural, incapacidade e morte.
27
06
Incontinência urinária
IO
A incontinência urinária (IU) ou perda involuntária de urina é um sério problema de saúde
AR
que afeta milhões de pessoas e pode ocorrer em qualquer idade, tendendo a manifestar-se mais
frequentemente com o aumentar da idade, principalmente, nas mulheres, na perimenopausa.
NU
A prevalência da incontinência urinária é maior nas mulheres que nos homens entre os 50 e
JA
75 anos, não apresentando variações por sexo na idade mais avançada. Estima-se que, entre as
OS
pessoas idosas, a prevalência de IU é de aproximadamente 10 a 15% entre os homens e de 20 a
RR
35% entre as mulheres. Idosos institucionalizados e os providos de internação hospitalar recente
apresentem incontinência urinária de 25 a 30%.
BA
Ao menos que sejam investigados, as pessoas não relatam incontinência urinária. A
A
ocorrência do problema tende a aumentar à medida que aumenta o número de medicamentos
LL
em uso e as comorbidades. Predispõe a infecções do trato urinário e genital, provoca maceração
BE
e ruptura da pele, facilita a formação de úlceras por pressão, celulites, contribui para disfunção
SA
sexual e para perda da função renal, afeta a qualidade do sono (normalmente interrompendo-
0I
o) e predispõe à ocorrência de quedas. Algumas vezes, é o primeiro e único sintoma de infecção
77
do trato urinário.
35
A IU tem grande impacto sobre a qualidade de vida das pessoas idosas causando, geralmente,
70
grande constrangimento e induzindo ao isolamento social e à depressão. A qualidade de vida é
27
negativa de saúde por parte das pessoas idosas. Constitui uma das principais causas de
institucionalização de idosos.
IO
frequência suficientes para causar um problema social ou higiênico”. Pode variar desde um
NU
escape ocasional até uma incapacidade total para segurar qualquer quantidade de urina. Ela se
deve, com frequência, a alterações específicas do corpo em decorrência de doenças, uso de
JA
pelas alterações do fluxo urinário. Algumas alterações da função vesical e da uretra ocorrem em
E
AB
habilidade para retardar a micção, aumento do volume residual (para não mais de 50 a 100 ml)
e aparecimento de contrações vesicais não inibidas pelo detrusor.
70
motivação e a tendência a excretar maiores volumes após deitar-se (em consequência da maior
70
É de primordial importância que esse problema seja abordado na rotina de avaliação de toda
06
pessoa idosa, pois, habitualmente, a pessoa com incontinência urinária não comparece à
consulta por esse problema, nem dá essa informação de maneira voluntária. Isso se deve
IO
inevitável do envelhecimento.
NU
JA
As causas agudas – devem ser descartadas antes de se realizar qualquer outra intervenção:
RR
BA
______________________________________________________________________
A
LL
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parcial não autorizada, constitui crime.
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BE
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SA
0I
77
Endócrinas - hiperglicemia, hiperpotassemia, diabetes, vaginite atrófica. A hipotrofia dos tecidos
35
periuretrais e vaginais ocorre em mulheres após a menopausa e implica em adelgaçamento
70
epitelial com perda do selo mucoso da uretra, irritação local, mucosa vaginal friável, com
27
petéquias e eritema. A incontinência é caracterizada por urgência e disúria.
06
Psicológicas - depressão (quando severa, pode levar a pessoa a não se importar com perda
IO
urinária ou reduzir a iniciativa de chegar ao banheiro), ideias delirantes.
AR
Farmacológicas - Efeitos adversos tratamentos medicamentosos. Os principais fármacos ou
substâncias que podem causar incontinência são: diuréticos, anticolinérgicos, antidepressivos,
NU
antipsicóticos, hipnóticos-sedativos, narcóticos, agonista alfa-adrenérgico, antagonista alfa-
JA
adrenérgico, bloqueadores de cálcio, cafeína e álcool.
OS
Infecciosas - Infecção do trato urinário (ITU) sintomática é uma importante causa transitória de
RR
incontinência urinária, uma vez que os sintomas de urgência miccional e disúria podem ser
intensos a ponto de não permitir a chegada ao banheiro a tempo. A ITU assintomática, muito
BA
comum em idosos, não é causa de incontinência.
A
Neurológicas:
LL
• Doença vascular cerebral, doença de Parkinson, hidrocefalia normotensa.
BE
• Delirium - deve ser identificado, principalmente, pela eventual morbimortalidade de sua
SA
causa de base. Uma vez revertida essa causa, tanto o delirium como a incontinência
0I
precipitada normalmente se resolvem.
77
Redução da consciência – perda da capacidade voluntária de contração esfincteriana.
35
Redução da mobilidade pode impedir a pessoa de acessar o banheiro a tempo e pode ser
70
causada por fatores físicos (limitação ao leito ou cadeira de rodas) ou dificuldades de
27
Obstipação Intestinal - impactação fecal (fecaloma) que pode levar a incontinência urinária e
AR
As causas crônicas podem ser divididas em quatro grupos, cujos sintomas e causas mais
RR
vesical. diverticulose
JA
______________________________________________________________________
A
LL
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parcial não autorizada, constitui crime.
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SA
0I
77
35
SOBREFLUXO Escape de urina (quase sempre em pequenas • Obstrução anatômica: pela
70
quantidades) secundária a esforço mecânico próstata ou por uma cistocele
27
sobre a bexiga distendida ou por outros grande.
06
efeitos da retenção urinária e a função • Bexiga hipocontratil associada à
IO
esfincteriana. diabetes mellitus ou lesão medular
AR
FUNCIONAL Escape de urina relacionado com a • Demência grave.
NU
incapacidade para usar o vaso sanitário por • Imobilidade.
dano da função cognitiva ou física, falta de • Ataduras.
JA
disposição psicológica ou barreiras no • Depressão.
OS
ambiente.
RR
Segundo Brunner, a incontinência urinária se divide em:
BA
A incontinência de estresse refere-se à perda involuntária de urina através de uma
A
uretra intacta, em consequência de espirro, tosse ou mudança de posição. Afeta
LL
predominantemente as mulheres que tiveram partos vaginais, e acredita-se que seja o resultado
BE
de uma diminuição da sustentação da uretra pelos ligamentos e assoalho pélvico e por níveis
SA
decrescentes de estrogênio ou a sua ausência nas paredes uretrais e na base da bexiga. Nos
0I
homens, a incontinência de estresse é observada frequentemente após prostatectomia radical
77
para o câncer de próstata, devido à perda da compressão uretral exercida pela próstata antes
da cirurgia e, possivelmente, devido à irritabilidade da parede vesical. 35
70
A incontinência de urgência refere-se à perda involuntária de urina associada a uma
27
forte necessidade de urinar, que não pode ser suprimida. O cliente tem consciência da
06
A incontinência funcional refere-se aos casos em que a função das vias urinárias
JA
inferiores está conservada, porém outros fatores, como comprometimento cognitivo grave (p.
ex., doença de Alzheimer), dificultam a identificação da necessidade de urinar pelo cliente, ou
OS
agentes alfa-adrenérgicos para diminuir a pressão arterial. Em alguns indivíduos com sistema
E
urinário intacto, esses agentes afetam adversamente os receptores alfa responsáveis pela
AB
pressão de fechamento do colo da bexiga; o colo da bexiga relaxa até o ponto de incontinência,
IS
Avaliação da IU:
Quando a pessoa idosa relata perda involuntária de urina, isso deve ser minuciosamente
IO
AR
investigado.
NU
saúde da atenção primária deve conhecê-las. Elas estão resumidas no quadro a seguir:
RR
BA
______________________________________________________________________
A
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parcial não autorizada, constitui crime.
E
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SA
0I
77
TIPO TRATAMENTO PRIMÁRIO
35
70
ESFORÇO Exercícios para soalho pélvico (Kegel).
27
Reorientação de controle miccional.
06
Cirurgia.
IO
URGÊNCIA A primeira linha de tratamento para incontinência urinária de urgência é a
AR
comportamental.
NU
Reorientação de controle miccional. Fixar horário para micção.
Adaptações ambientais que facilitem a chegada ao banheiro;
JA
Uso de relaxantes vesicais.
OS
SOBREFLUXO Cirúrgico.
RR
Uso de fraldões ou sonda externa.
BA
Medidas não farmacológicas
A
A utilização de algumas medidas não farmacológicas contribui para o melhor controle da IU.
LL
São elas:
BE
1. Adaptação e manipulação ambiental – facilitando acesso e uso do banheiro ou uso de
SA
coletores (urinol, papagaio ou comadre) à beira do leito.
0I
2. Terapias de comportamento:
77
2.1 Exercícios de musculatura pélvica e treinamento vesical.
2.2 treinamento do hábito e a micção programada. 35
70
27
Treinamento vesical
06
Indicado para pessoas com incontinência de urgência, com capacidades físicas e mentais
preservadas e motivadas para o treinamento. Tem por objetivo suprimir a instabilidade e
IO
pequenos intervalos entre as micções e aumentá-los progressivamente até atingir três ou quatro
NU
horas sem incontinência. A pessoa é instruída para, durante os episódios de urgência, levantar-
JA
estimulação elétrica. São indicadas somente após diagnóstico e devem ser orientadas ou
AB
Pela sua fácil aplicação e eficiência os exercícios de Kegel serão melhor descritos:
70
Primeiro, a pessoa deve identificar onde se localizam os seus músculos pélvicos. Uma
35
maneira de fazê-lo é começar a urinar e então tentar prender a urina. Se conseguir, pelo
70
menos, diminuir o jato de urina, é porque está usando os músculos corretos. A pessoa não
27
por semana.
• Cones vaginais: consiste na introdução vaginal de cones com diferentes pesos. Para retê-los,
NU
custo.
OS
RR
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A
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parcial não autorizada, constitui crime.
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0I
77
• A Eletroestimulação e o Biofeedback são técnicas que também podem ser utilizadas com
35
bons resultados, embora necessitem de profissionais especializados e aparelhos especiais,
70
disponíveis em centros especializados.
27
06
Além do fortalecimento do assoalho pélvico, outras medidas preventivas também podem ser
IO
adotadas tais como:
AR
• Eliminação ou diminuição do uso de álcool ou café em demasia.
NU
• Diminuição do uso de cigarros.
• Uso adequado de medicações como diuréticos, beta-bloqueadores, antiespasmódicos,
JA
antidepressivos, anti-histamínicos e medicamentos para tosse/gripe.
OS
RR
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA - PORTARIA Nº 2.528 DE 19 DE OUTUBRO DE
2006
BA
A Política Nacional do Idoso, promulgada em 1994 e regulamentada em 1996, assegura
A
direitos sociais à pessoa idosa, criando condições para promover sua autonomia, integração e
LL
participação efetiva na sociedade e reafirmando o direito à saúde nos diversos níveis de
BE
atendimento do SUS (Lei nº 8.842/94 e Decreto nº 1.948/96).
SA
Em 1999, a Portaria Ministerial nº 1.395 anuncia a Política Nacional de Saúde do Idoso, a
0I
qual determina que os órgãos e entidades do Ministério da Saúde relacionados ao tema
77
promovam a elaboração ou a readequação de planos, projetos e atividades na conformidade
35
das diretrizes e responsabilidades nela estabelecidas (Brasil, 1999). Essa política assume que o
70
principal problema que pode afetar o idoso é a perda de sua capacidade funcional, isto é, a perda
27
Saúde do Idoso (Portaria nº 702/SAS/MS, de 2002), tendo como base as condições de gestão e
AR
Como parte de operacionalização das redes, são criadas as normas para cadastramento de
JA
do Idoso, elaborado com intensa participação de entidades de defesa dos interesses dos idosos.
RR
idosa, mas não traz consigo meios para financiar as ações propostas. O Capítulo IV do Estatuto
reza especificamente sobre o papel do SUS na garantia da atenção à saúde da pessoa idosa de
A
LL
Assim, embora a legislação brasileira relativa aos cuidados da população idosa seja
AB
bastante avançada, a prática ainda é insatisfatória. A vigência do Estatuto do Idoso e seu uso
IS
como instrumento para a conquista de direitos dos idosos, a ampliação da Estratégia Saúde da
70
vulnerabilidade social e a inserção ainda incipiente das Redes Estaduais de Assistência à Saúde
35
(PNSPI).
27
1. Finalidade
06
coletivas e individuais de saúde para esse fim, em consonância com os princípios e diretrizes do
Sistema Único de Saúde. É alvo dessa política todo cidadão e cidadã brasileiros com 60 anos ou
NU
mais de idade.
JA
Considerando:
OS
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A
LL
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parcial não autorizada, constitui crime.
E
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BE
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SA
0I
77
c) o conhecimento atual da Ciência;
35
d) o conceito de saúde para o indivíduo idoso se traduz mais pela sua condição de
70
autonomia e independência que pela presença ou ausência de doença orgânica;
27
e) a necessidade de buscar a qualidade da atenção aos indivíduos idosos por meio de
06
ações fundamentadas no paradigma da promoção da saúde;
IO
f) o compromisso brasileiro com a Assembleia Mundial para o Envelhecimento de 2002,
AR
cujo Plano de Madri fundamenta-se em: (a) participação ativa dos idosos na sociedade, no
desenvolvimento e na luta contra a pobreza; (b) fomento à saúde e bem-estar na velhice:
NU
promoção do envelhecimento saudável; e (c) criação de um entorno propício e favorável ao
JA
envelhecimento; e
OS
g) escassez de recursos sócio-educativos e de saúde direcionados ao atendimento ao
RR
idoso;
A necessidade de enfrentamento de desafios como:
BA
a) a escassez de estruturas de cuidado intermediário ao idoso no SUS, ou seja, estruturas
A
de suporte qualificado para idosos e seus familiares destinadas a promover intermediação
LL
segura entre a alta hospitalar e a ida para o domicílio;
BE
b) número insuficiente de serviços de cuidado domiciliar ao idoso frágil previsto no
SA
Estatuto do Idoso. Sendo a família, via de regra, a executora do cuidado ao idoso, evidencia-se
0I
a necessidade de se estabelecer um suporte qualificado e constante aos responsáveis por esses
77
cuidados, tendo a atenção básica por meio da Estratégia Saúde da Família um papel
fundamental; 35
70
c) a escassez de equipes multiprofissionais e interdisciplinares com conhecimento em
27
materno-infantil e não tem considerado o envelhecimento como uma de suas prioridades. Uma
NU
crônicas que requerem mais serviços sociais e médicos e por mais tempo.
OS
Outro fato importante a ser considerado é que saúde para a população idosa não se
RR
Social e de Gênero
E
AB
população, o que produz um aumento do peso relativo das pessoas acima de determinada
idade, considerada como definidora do início da velhice. No Brasil, é definida como idosa a
70
população idosa são formados por mulheres. A proporção do contingente feminino é tanto mais
27
expressiva quanto mais idoso for o segmento. Essa predominância feminina se dá em zonas
06
urbanas. Nas rurais, predominam os homens, o que pode resultar em isolamento e abandono
dessas pessoas.
IO
serviços prestados tende a ser cada vez maior, quer pelo maior acesso às informações do
JA
referido grupo etário, quer pelo seu expressivo aumento relativo e absoluto na população
brasileira.
OS
Além disso, os idosos diferem de acordo com a sua história de vida, com seu grau de
RR
independência funcional e com a demanda por serviços mais ou menos específicos. Todos
BA
______________________________________________________________________
A
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parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
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SA
0I
77
necessitam, contudo, de uma avaliação pautada no conhecimento do processo de
35
envelhecimento e de suas peculiaridades e adaptada à realidade sociocultural em que estão
70
inseridos. Faz-se, portanto, necessário que os serviços que prestam atendimento a idosos
27
respondam a necessidades específicas e distingam-se pela natureza da intensidade dos serviços
06
que ofereçam.
IO
2.2. Contextualização: Responder às Demandas das Pessoas Idosas mais Frágeis dentre a
AR
População em Maior Risco de Vulnerabilidade
O envelhecimento populacional cursa com o aumento de doenças e condições que podem
NU
levar a incapacidade funcional. A incapacidade funcional é a dificuldade experimentada em
JA
realizar atividades em qualquer domínio da vida devido a um problema físico ou de saúde. Ela
OS
também pode ser entendida como a distância entre a dificuldade apresentada e os recursos
RR
pessoais e ambientais de que dispõe para superá-la.
Incapacidade funcional e limitações físicas, cognitivas e sensoriais não são consequências
BA
inevitáveis do envelhecimento. A prevalência da incapacidade aumenta com a idade, mas a
A
idade sozinha não prediz incapacidade. Mulheres, minorias e pessoas de baixo poder
LL
socioeconômico são particularmente vulneráveis. Independentemente de sua etiologia, pessoas
BE
com incapacidade estão em maior risco para problemas de saúde e afins. A presença de
SA
incapacidade é ônus para o indivíduo, para a família, para o sistema de saúde e para a sociedade.
0I
77
3. Diretrizes
35
Não se fica velho aos 60 anos. O envelhecimento é um processo natural que ocorre ao
70
longo de toda a experiência de vida do ser humano, por meio de escolhas e de circunstâncias. O
27
preconceito contra a velhice e a negação da sociedade quanto a esse fenômeno colaboram para
06
experiência e dos recursos humanos dos grupos mais velhos é assumido com naturalidade, como
AR
demenciais, e para eles também é preciso achar respostas e ter ações específicas.
LL
idosa;
70
da pessoa idosa;
g) divulgação e informação sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para
IO
da pessoa idosa; e
JA
______________________________________________________________________
A
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0I
77
3.1. Promoção do Envelhecimento Ativo e Saudável
35
A promoção do envelhecimento ativo, isto é, envelhecer mantendo a capacidade
70
funcional e a autonomia, é reconhecidamente a meta de toda ação de saúde. Ela permeia todas
27
as ações desde o pré-natal até a fase da velhice. A abordagem do envelhecimento ativo baseia-
06
se no reconhecimento dos direitos das pessoas idosas e nos princípios de independência,
IO
participação, dignidade, assistência e autorrealização determinados pela Organização das
AR
Nações Unidas (WHO, 2002).
Para tanto é importante entender que as pessoas idosas constituem um grupo
NU
heterogêneo. Também será necessário vencer preconceitos e discutir mitos arraigados em nossa
JA
cultura. Os profissionais de saúde e a comunidade devem perceber que a prevenção e a
OS
promoção de saúde não é privilégio apenas dos jovens. A promoção não termina quando se faz
RR
60 anos e as ações de prevenção, sejam elas primárias, secundárias ou terciárias, devem ser
incorporadas à atenção à saúde, em todas as idades.
BA
Envelhecimento bem sucedido pode ser entendido a partir de seus três componentes: (a)
A
menor probabilidade de doença; (b) alta capacidade funcional física e mental; e (c) engajamento
LL
social ativo com a vida. O Relatório Healthy People 2000 da OMS enfatiza em seus objetivos:
BE
aumentar os anos de vida saudável, reduzir disparidades na saúde entre diferentes grupos
SA
populacionais e assegurar o acesso a serviços preventivos de saúde. Além disso, é preciso
0I
incentivar e equilibrar a responsabilidade pessoal – cuidado consigo mesmo – ambientes
77
amistosos para a faixa etária e solidariedade entre gerações. As famílias e indivíduos devem se
35
preparar para a velhice, esforçando-se para adotar uma postura de práticas saudáveis em todas
70
as fases da vida (OMS, 2002).
27
Mundial da Saúde propõe “Envelhecimento Ativo: Uma Política de Saúde” (2005), ressaltando
que o governo, as organizações internacionais e a sociedade civil devam implementar políticas
IO
o cidadão idoso não mais como passivo, mas como agente das ações a eles direcionadas, numa
NU
em critérios de risco;
b) informar sobre seus direitos, como ser acompanhado por pessoas de sua rede social
BA
e) realizar ações de prevenção de acidentes no domicílio e nas vias públicas, como quedas
IS
e atropelamentos;
f) realizar ações integradas de combate à violência doméstica e institucional contra idosos
70
e idosas;
7
35
idade, atividade física, conselhos de saúde locais e conselhos comunitários onde o idoso possa
27
sedentarismo;
AR
i) promover a participação nos grupos operativos e nos grupos de convivência, com ações
NU
experiências;
j) informar e estimular a prática de nutrição balanceada, sexo seguro, imunização e
OS
______________________________________________________________________
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77
k) realizar ações motivadoras ao abandono do uso de álcool, tabagismo e sedentarismo,
35
em todos os níveis de atenção;
70
l) promover ações grupais integradoras com inserção de avaliação, diagnóstico
27
e tratamento da saúde mental da pessoa idosa;
06
m) reconhecer e incorporar as crenças e modelos culturais dos usuários em seus planos
IO
de cuidado, como forma de favorecer a adesão e a eficiência dos recursos e tratamentos
AR
disponíveis;
n) promover a saúde por meio de serviços preventivos primários, tais como a vacinação
NU
da população idosa, em conformidade com a Política Nacional de Imunização;
JA
o) estimular programas de prevenção de agravos de doenças crônicas não-transmissíveis
OS
em indivíduos idosos;
RR
p) implementar ações que contraponham atitudes preconceituosas e sejam
esclarecedoras de que envelhecimento não é sinônimo de doença;
BA
q) disseminar informação adequada sobre o envelhecimento para os profissionais de
A
saúde e para toda a população, em especial para a população idosa;
LL
r) implementar ações para reduzir hospitalizações e aumentar habilidades para o auto-
BE
cuidado dos usuários do SUS;
SA
s) incluir ações de reabilitação para a pessoa idosa na atenção primária de modo a intervir
0I
no processo que origina a dependência funcional;
77
t) investir na promoção da saúde em todas as idades; e
35
u) articular as ações do Sistema Único de Saúde com o Sistema Único de Assistência Social
70
– SUAS.
27
06
de uma linha de cuidados, com foco no usuário, baseado nos seus direitos, necessidades,
AR
atenção básica e das equipes do Saúde da Família, incluindo a atenção domiciliar e ambulatorial,
com incentivo à utilização de instrumentos técnicos validados, como de avaliação funcional e
BA
psicossocial.
A
Pessoa Idosa, visando a integração efetiva com a atenção básica e os demais níveis de atenção,
IS
interdisciplinar, sempre que possível. Contemplando também fluxos de retaguarda para a rede
70
multidimensional, que leve em conta a grande interação entre os fatores físicos, psicológicos
e sociais que influenciam a saúde dos idosos e a importância do ambiente no qual está
IO
inserido.
AR
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As intervenções devem ser feitas e orientadas com vistas à promoção da autonomia e
35
independência da pessoa idosa, estimulando-a para o autocuidado. Grupos de autoajuda
70
entre as pessoas que cuidam devem ser estimulados.
27
Uma abordagem preventiva e uma intervenção precoce são sempre preferíveis às
06
intervenções curativas tardias. Para tanto, é necessária a vigilância de todos os membros da
IO
equipe de saúde, a aplicação de instrumentos de avaliação e de testes de triagem, para detecção
AR
de distúrbios cognitivos, visuais, de mobilidade, de audição, de depressão e do
comprometimento precoce da funcionalidade, dentre outros.
NU
O modelo de atenção à saúde baseado na assistência médica individual não se mostra
JA
eficaz na prevenção, educação e intervenção, em questões sociais, ficando muitas vezes restritas
OS
às complicações advindas de afecções crônicas. A cada etapa de intervenção os profissionais
RR
deverão considerar os anseios do idoso e de sua família. Pressupondo-se troca de informações
e negociação das expectativas de cada um, levando-se em consideração elementos históricos
BA
do paciente, seus recursos individuais e sociais e aqueles da rede de suporte social disponível
A
no local.
LL
Um dos instrumentos gerenciais imprescindíveis é a implementação da avaliação
BE
funcional individual e coletiva. A partir da avaliação funcional coletiva determina-se a pirâmide
SA
de risco funcional, estabelecida com base nas informações relativas aos critérios de risco da
0I
população assistida pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de cada município.
77
Verifica-se como está distribuída a população adscrita à equipe do Saúde da Família, com
35
base no inventário de risco funcional. Nos municípios que não dispõem da Estratégia Saúde da
70
Família, as equipes das UBS poderão ser responsáveis por esse levantamento e
27
acompanhamento.
06
Assim, é possível conhecer qual a proporção de idosos que vivem em Instituições de Longa
Permanência para Idosos, a proporção daqueles com alta dependência funcional – acamados –
IO
, a proporção dos que já apresentam alguma incapacidade funcional para atividades básicas da
AR
vida diária (AVD) – como tomar banho, vestir-se, usar o banheiro, transferir-se da cama para a
NU
cadeira, ser continente e alimentar-se com a própria mão – e qual a proporção de idosos
independentes.
JA
Indivíduos idosos, mesmo sendo independentes, mas que apresentem alguma dificuldade
OS
nas atividades instrumentais de vida diária (AIVD) – preparar refeições, controlar a própria
RR
medicação, fazer compras, controlar o próprio dinheiro, usar o telefone, fazer pequenas tarefas
e reparos domésticos e sair de casa sozinho utilizando uma condução coletiva –, são
BA
considerados idosos com potencial para desenvolver fragilidade e por isso merecerão atenção
A
específica pelos profissionais de saúde e devem ser acompanhados com maior freqüência.
LL
amputações de membros –, encontra-se com pelo menos uma incapacidade funcional básica,
7
35
ou viva situações de violência doméstica. Por critério etário, a literatura estabelece que
70
também é frágil o idoso com 75 anos ou mais de idade. Outros critérios poderão ser acrescidos
27
Uma vez conhecida a condição de fragilidade, será necessário avaliar os recursos locais
para lidar com ela, de modo a facilitar o cuidado domiciliar, incluir a pessoa que cuida no
IO
solidariedade para com o idoso frágil e sua família, bem como promover a reinserção da parcela
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parcial não autorizada, constitui crime.
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da saúde. Estarão incluídas nessas ações o controle e a prevenção de agravos de doenças
35
crônicas não-transmissíveis.
70
27
3.3. Estímulo às Ações Intersetoriais, visando à Integralidade da Atenção
06
A prática da intersetorialidade pressupõe o reconhecimento de parceiros e de órgãos
IO
governamentais e não-governamentais que trabalham com a população idosa. A organização do
AR
cuidado intersetorial a essa população evita duplicidade de ações, corrige distorções e
potencializa a rede de solidariedade.
NU
As ações intersetoriais visando à integralidade da atenção à saúde da pessoa idosa devem
JA
ser promovidas e implementadas, considerando as características e as necessidades locais.
OS
RR
3.4. Provimento de Recursos Capazes de Assegurar Qualidade da Atenção à Saúde da
Pessoa Idosa
BA
Deverão ser definidas e pactuadas com os estados, o Distrito Federal e os municípios as
A
formas de financiamento que ainda não foram regulamentadas, para aprimoramento da
LL
qualidade técnica da atenção à saúde prestada à pessoa idosa. Os mecanismos e os fluxos de
BE
financiamento devem ter por base as programações ascendentes de estratégias que
SA
possibilitem a valorização do cuidado humanizado ao indivíduo idoso. Abaixo são apresentados
0I
os itens prioritários para a pactuação:
77
a) provimento de insumos, de suporte em todos os níveis de atenção, prioritariamente na
atenção domiciliar inclusive medicamentos; 35
70
b) provimento de recursos para adequação de estrutura física dos serviços próprios do
27
SUS;
06
pessoa idosa;
AR
idoso; e
RR
Devem ser estimulados e implementados os vínculos dos serviços de saúde com os seus
7
35
usuários, privilegiando os núcleos familiares e comunitários, criando, assim, condições para uma
70
3.6. Divulgação e Informação sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para
Profissionais de Saúde, Gestores e Usuários do SUS
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aos gestores, aos conselheiros de saúde, bem como aos docentes e discentes da área de saúde
RR
e à comunidade em geral;
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parcial não autorizada, constitui crime.
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d) apoiar e fortalecer ações inovadoras de informação e divulgação sobre a atenção à
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saúde da pessoa idosa em diferentes linguagens culturais;
70
e) identificar, articular e apoiar experiências de educação popular, informação e
27
comunicação em atenção à saúde da pessoa idosa; e
06
f) prover apoio técnico e/ou financeiro a projetos de qualificação de profissionais que
IO
atuam na Estratégia Saúde da Família e no Programa de Agentes Comunitários de Saúde, para
AR
atuação na área de informação, comunicação e educação popular em atenção à saúde da pessoa
idosa.
NU
JA
3.7. Promoção de Cooperação Nacional e Internacional das Experiências na Atenção à
OS
Saúde da Pessoa Idosa
RR
Devem-se fomentar medidas que visem à promoção de cooperação nacional e
internacional das experiências bem sucedidas na área do envelhecimento, no que diz respeito à
BA
atenção à saúde da pessoa idosa, à formação técnica, à educação em saúde e a pesquisas.
A
LL
3.8. Apoio ao Desenvolvimento de Estudos e Pesquisas
BE
Apoiar o desenvolvimento de estudos e pesquisas que avaliem a qualidade e aprimorem
SA
a atenção de saúde à pessoa idosa. Identificar e estabelecer redes de apoio com instituições
0I
formadoras, associativas e representativas, universidades, faculdades e órgãos públicos nas três
77
esferas, visando:
a) fomentar pesquisas em envelhecimento e saúde da pessoa idosa; 35
70
b) identificar e apoiar estudos/pesquisas relativos ao envelhecimento e à saúde da pessoa
27
idosa existentes no Brasil, com o objetivo de socializar, divulgar e embasar novas investigações;
06
internacional;
AR
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Questões
1) Marinha - Nos cuidados em caso de obstrução das vias aéreas por corpo estranho, a manobra
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B) Atenção Domiciliar.
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parcial não autorizada, constitui crime.
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4) De acordo com a publicação Cadernos de Atenção Básica - n.º 19 (2006) os fatores de risco
35
para osteoporose e fraturas ósseas podem ser divididos em maiores e menores. Assinale os
70
fatores de riscos maiores:
27
a) doenças que induzam à perda de massa óssea; amenorreia primária ou secundária; menarca
06
tardia, nuliparidade; hipogonadismo primário ou secundário; baixa estatura e peso (IMC)
IO
b) perda importante de peso após os 25 anos; baixa ingestão de cálcio, alta ingestão de sódio;
AR
alta ingestão de proteína animal; pouca exposição ao sol, imobilização prolongada, quedas
NU
frequentes; amenorreia primária ou secundária
c) sedentarismo, tabagismo e alcoolismo; medicamentos (como heparina, ciclosporina,
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hormônios tireoidianos, anticonvulsivantes e lítio); alto consumo de xantinas (café,
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refrigerantes à base de cola, chá preto); menarca tardia
RR
d) fratura anterior causada por pequeno trauma; sexo feminino; baixa massa óssea; raça
branca ou asiática; idade avançada em ambos os sexos; história familiar de osteoporose ou
BA
fratura do colo do fêmur; menopausa precoce (antes dos 40 anos) não tratada; uso de
A
corticoides
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5) As quedas ocorrem em todas as fases da vida, podendo se constituir em um evento mórbido
SA
que diminui a qualidade de vida, como também pode levar ao óbito. Assinale a alternativa que
0I
revela fatores de risco extrínsecos para ocorrência de quedas.
77
A) Uso de medicamentos, como polivitamínicos e sedativo.
B) Doenças psiquiátricas e sensoriais. 35
70
C) Idade acima de 65 anos
27
D) Piso antiderrapantes.
06
7) A queda representa um grande problema para as pessoas idosas dadas as suas consequências
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(injúria, incapacidade, institucionalização e morte). Cerca de 30% das pessoas idosas caem a
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cada ano. Essa taxa aumenta para 40% entre os idosos com mais de 80 anos. As mulheres
7
tendem a cair mais que os homens até os 75 anos de idade. Dos que caem, cerca de 2,5%
35
afirmativas sobre quedas, colocando entre parênteses a letra V, quando se tratar de afirmativa
27
verdadeira, e a letra F, quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a alternativa que
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( ) Quedas com impacto direto sobre quadril e punho têm maior probabilidade de resultar em
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fraturas.
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(A) V – V – F – F.
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(B) F – F – V – V.
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(C) V – F – V – F.
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(D) F – V – F – V.
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(E) F – V – V – V.
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8) São ritmos de PCR tratados com desfibrilação:
AR
A) Taquicardia ventricular e AESP
B) Assistolia e AESP
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C) Taquicardia ventricular sem pulso e Fibrilação ventricular
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D) Fibrilação ventricular e AESP
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GABARITO
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