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MUITO MAIS QUE UM PREPARATÓRIO!


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 Questões
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 Saúde do idoso
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 Atendimento pré-hospitalar
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Emergência 3
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 1

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Atendimento Pré-hospitalar em Etapas

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C - Circulação com controle da hemorragia

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A insuficiência respiratória e a hipovolemia constituem-se em ameaças mortais ao

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traumatizado. É fundamental a rápida avaliação do estudo circulatório. Três parâmetros, que

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podem ser observados em poucos segundos, são de grande valia na avaliação do estado

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circulatório: estado de consciência, coloração da pele e pulso central. Hemorragias externas
precisam ser rapidamente identificadas e controladas. O sangramento é estancado

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comprimindo-se diretamente a lesão e elevando o membro, caso seja possível, em último

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recurso se faz a compressão indireta da artéria.

OS
Torniquetes e controle de hemorragias 2010 (Sem alterações em relação a 2005): Devido aos

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possíveis efeitos adversos de torniquetes e à dificuldade de sua correta aplicação, seu uso para

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controlar hemorragias das extremidades é indicado somente se a aplicação de pressão direta

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não for eficaz ou possível e se o prestador de primeiro socorros tiver treinamento no uso de

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torniquete.

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Categorização da hemorragia em quatro classes:

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• Na hemorragia classe I, menos de 750ml de perda, ou, há perda de até 15% da volemia e o

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doente não apresenta sinais clínicos;
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• Na hemorragia classe II, perda entre 750 a 1500 ml, ou seja, a perda volêmica alcança 15 a
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30%, o traumatizado apresenta taquicardia, diminuição da perfusão periférica e da pressão
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de pulso (diferença entre as pressões sistólica e diastólica);


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• Na hemorragia classe III, perda entre 1500 a 2000 ml, ou seja, com 30 a 40% de perda
volêmica, há hipotensão arterial, piora da taquicardia e o doente está frequentemente
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agitado e ansioso;
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• Na hemorragia classe IV, mais de 2000 de perdavolêmica, ou seja, há perda de mais de 40%
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da volemia, taquicardia intensa, hipotensão arterial grave, já com comprometimento do nível


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de consciência.
Obter acessos venosos calibrosos em veia periférica para reposição de líquidos. Evita-
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se a punção venosa central nesta fase. A reposição volêmica deve ser iniciada prontamente com
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a infusão rápida de soluções eletrolíticas, preferencialmente de Ringer Lactato, já que esta


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solução cristaloide oferece além de eletrólitos o lactato, precursor do bicarbonato de sódio.


Hemorragias que resultam em perdas de até 20% de volemia geralmente não
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requerem transfusão. Perdas superiores a 20% implicam em transfusão de sangue total. Na


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impossibilidade de se obter sangue total, emprega-se plasma e concentrado de hemácias.


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Parada cardiorrespiratória
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É a interrupção abrupta da atividade mecânica cardíaca, que pode ser reversível por
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intervenção imediata, mas leva à morte na sua ausência.


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Causas da PCR:
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Primarias – é a principal em adultos é a fibrilação ventricular


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Secundarias – as principais em crianças são causas exteriores ao coração. Ex: intoxicação,


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choque.
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Diagnóstico
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• Inconsciência.
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• Ausência de pulsos na circulação central (artéria femoral e/ou carótida nos adultos e nas
crianças a carótida e a braquial).
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parcial não autorizada, constitui crime.
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 2

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• Ausência de movimentos respiratórios (apneia).

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MODALIDADES DE PARADA CARDÍACA

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a) PCR em ritmos não passíveis de choque

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a.1 - Assistolia - É a cessação de qualquer atividade elétrica ou mecânica dos

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ventrículos. No eletrocardiograma (ECG) caracteriza-se pela ausência de qualquer atividade

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elétrica ventricular observada em, pelo menos, duas derivações. Os mecanismos mais
frequentes que levam a parada cardíaca em assistolia são: distúrbio do sistema de condução do

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impulso elétrico, indução anestésico (descarga parassimpática generalizada), distúrbio

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hidroeletrolíticos e hipóxia, sendo esta o principal fator desencadeante de parada

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cardiorrespiratória em crianças. A PCR em assistolia é a forma de pior prognóstico.

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a.2 - Atividade elétrica sem pulso (AESP) - É caracterizada pela ausência de pulso

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detectável na presença de algum tipo de atividade elétrica, com exclusão de taquicardia ou

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Fibrilação Ventricular. A atividade elétrica sem pulso incorpora a dissociação eletromecânica

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(DEM) e um grupo heterogêneo de ritmos que inclui: pseudo DEM, ritmo idioventricular, ritmo

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de escape ventricular, ritmo idioventricular pós desfibrilação e ritmos bradiassistólicos.

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Ao ECG, caracteriza-se pela presença de complexos QRS largos e bizarros que não

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produzem resposta de contração miocárdica eficiente e detectável.
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O tratamento da AESP nunca deve ser realizada através do choque, pois já existe uma
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atividade elétrica ventricular organizada potencialmente capaz de gerar pulso central. O choque
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poderia desorganizá-la, gerando mais um problema durante o atendimento.


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O tratamento das causas da AESP é o principal fator determinante da reversão do


quadro. Caso não encontre uma dessas causas durante o atendimento a chance de reversão da
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PCR fica muito prejudicada.


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A principal e mais frequente causa da AESP é a hipovolemia, que deve, sempre que
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possível, ser tratada pela administração de volume endovenoso. Considerar os 5H e 5T como


causa da AESP – Hipovolemia, Hipóxia, Hiper/Hipocalemia, Hipotermia, Acidose (Hidrogênio),
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Tromboembolismo Pulmonar, Trombose Coronariana, Tensão do tórax por pneumotórax,


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toxinas, tamponamento cardíaco.


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b) - PCR em ritmos passíveis de choque:


b.1 - Fibrilação ventricular (FV) - É a contração incoordenada do miocárdio em
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consequência da atividade caótica de diferentes grupos de fibras miocárdicas, resultando na


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ineficiência total do coração em manter um rendimento de volume sanguíneo adequado.


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No ECG, ocorre a ausência de complexos ventriculares individualizados que são


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substituídos por ondas irregulares em zigue-zague, com amplitude e duração variáveis.


Caracteriza-se por frequência cardíaca que pode oscilar entre 150 e 500 bpm, em que
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ondulações irregulares substituem os complexos QRS e as ondas T.


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35

Os mecanismos determinantes da PCR por FV podem ser: hipóxia miocárdica,


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disfunção miocárdica, distúrbios metabólicos, marcapasso de frequência fixa e transfusões


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rápidas e maciças de sangue.


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A FV é a forma mais frequente de atividade elétrica inicial na parada


cardiorrespiratória extra-hospitalar. O tratamento inicial depende do tempo decorrido do início
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do evento até a identificação da FV. Quando o paciente é atendido rapidamente, até o quarto
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ou quinto minutos da PCR a medida imediata é a desfibrilação. Quando o mesmo ritmo é


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identificado após o quinto minuto de PCR deve-se aplicar dois minutos de RCP para depois
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aplicar a desfibrilação.
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b.2 Taquicardia ventricular sem pulso (TVSP) - É a sucessão rápida de batimentos


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ectópicos ventriculares que podem levar à acentuada deterioração hemodinâmica, chegando


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mesmo a ausência de pulso arterial palpável, quando, então, é considerada uma modalidade de

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parada cardíaca, devendo ser tratada com o mesmo vigor da FV.

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O ECG caracteriza-se pela repetição de complexos QRS alargados não precedidos de

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ondas P e, se estas estiverem presentes, não guardam relação com os complexos ventriculares.

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Podem ocorrer capturas isoladas de alguns complexos QRS. Em geral os ciclos ventriculares têm

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sucessão a intervalos irregulares.

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A TVSP geralmente é secundária a alguma cardiopatia orgânica, como insuficiência
coronariana ou doença de Chagas, miocardiopatias não isquêmicas, distúrbios metabólicos,

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intoxicação por medicamentos, síndrome do intervalo QT longo, prolapso valvar mitral e

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ocasionalmente em corações normais.

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Tratamento com desfibrilador

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Envolve a aplicação de uma corrente elétrica para deter arritmias que tem não tem

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complexo QRS. É basicamente usado em fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem

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pulso. Podem ser de dois tipos:

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Manual – dependem totalmente do operador para interpretar o ritmo cardíaco e indicar o

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choque.

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Semiautomáticos – são equipamentos que analisam o ritmo e indica a necessidade de choque.

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Os aparelhos dependem do operador para dispara o choque. O DEA sofre interferência da

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movimentação da vitima, da respiração agônica e de convulsões.
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Conduta
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Durante o auxílio com a desfibrilação ou cardioversão externa, a enfermeira deve relembrar


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estes pontos principais:


• São utilizadas almofadas ou pás condutoras multifuncionais, com um meio de condução entre
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as pás e a pele (o meio de condução está disponível na forma de folha, gel ou pasta). Géis ou
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pastas com má condutividade elétrica (p. ex., gel de ultrassom) não devem ser utilizados
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• As pás ou almofadas devem ser posicionadas de modo que não toquem nas roupas do cliente
ou na roupa de cama, e não estejam perto de adesivos (patches) medicamentosos ou no fluxo
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de oxigênio direto
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• Mulheres com mamas grandes devem ter a almofada ou pá esquerda posicionada sob a mama
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esquerda ou lateralmente a ela


• Durante a cardioversão, as derivações do monitor devem estar anexadas ao cliente, e o
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desfibrilador é configurado para o modo sincronizado (in sync). Se estiver desfibrilando, o


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desfibrilador não deve estar no modo sincronizado (a maioria das máquinas é predeterminada
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para o modo not-sync [não sincronizado])


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• Em caso do uso de pás, devem ser aplicados 9 a 11 kg de pressão com a finalidade de assegurar
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o bom contato com a pele


• Em caso de dispositivo de descarga manual, ele não deve ser carregado até que esteja pronto
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para o choque; em seguida, os polegares e os dedos devem ser mantidos fora dos botões de
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descarga até que as pás ou as almofadas estejam sobre o tórax e prontas para administrar a
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carga elétrica
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• A indicação “Afastar!” deve ser repetida três vezes antes da aplicação do choque elétrico:
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Quando “Afastar” é indicado pela primeira vez, o profissional deve verificar visualmente que não
está tocando o cliente, a cama ou o equipamento; na segunda vez, ele deve verificar visualmente
IO

que ninguém está tocando a cama, o cliente ou o equipamento, incluindo o tubo endotraqueal
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ou auxiliares; e quando se indica “Afastar” pela terceira vez, o profissional deve assegurar-se de
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que todas as pessoas estejam afastadas do cliente e que nada o esteja tocando
JA

• A energia administrada e o ritmo resultante são registrados


• A reanimação cardiopulmonar (RCP) é retomada imediatamente após a administração da
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carga de desfibrilação, se apropriado, iniciando com as compressões torácicas


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• Se for recomendada a RCP, após cinco ciclos (aproximadamente 2 min) de RCP, o ritmo

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cardíaco é novamente verificado e outro choque é administrado, se indicado. Um medicamento

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vasoativo ou antiarrítmico é administrado assim que possível após a verificação do ritmo

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• Após a conclusão do evento, a pele sob as almofadas ou as pás é inspecionada quanto a

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queimaduras; se qualquer queimadura for detectada, o profissional principal, ou uma

IO
enfermeira de cuidados de feridas, é consultado a respeito do tratamento apropriado.

AR
Terapia farmacológica na parada cardiorrespiratória

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Adrenalina - A recomendação atual para a dose de adrenalina (AD) é administrar 1 mg, IV com

JA
intervalos de 3-5 minutos, em adultos. Seu efeito é de aumento da pressão de perfusão

OS
coronariana, aumenta a resistência vascular sistêmica, aumenta a pressão arterial e a

RR
contratilidade miocárdica. A única droga usada na reanimação comprovadamente útil na
restauração da circulação espontânea, além de manter o débito cardíaco ao longo do tempo e

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melhorar o fluxo sanguíneo para o coração e o cérebro (podendo piorar o já baixo fluxo, abaixo

A
do diafragma).

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Vasopressina – aumenta a ação inotrópica do coração, aumenta a resistência vascular sistêmica

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e a Pressão Arterial. Uma alternativa para a epinefrina principalmente nas fibrilações

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ventriculares e taquicardias ventriculares. A dose de 40 unidades pode substituir à primeira ou

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segunda dose de adrenalina.(AHA 2015 – A Vasopressina foi removida do algoritmo). Dentro do
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hospital, a associação de epinefrina, vasopressina e esteroides é indicada e pode conferir algum
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benefício.
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Amiodarona- Cardiotônico com efeito comparável ao da dobutamina, por melhora da função


cardíaca e queda na resistência periférica. Droga usada no período pós-parada. Efeitos
IO

colaterais: Náusea, vômito, constipação e alterações do paladar. Ataxia, tremores, parestesias e


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fraqueza muscular. Cefaleia, insônia e tonturas. Fibrose pulmonar e pneumonite intersticial.


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Depressão. Reações de fotossensibilidade. Bradicardia. Hipotensão. Bloqueios


atrioventriculares e sinoatriais. Deposição de cristais de amiodarona na córnea. Dose: bolus de
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150 mg. A partir do Guidellines 2010 é a medicação de escolha para FV ou TVSP.


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RR

Lidocaína - Por aumentar o limiar de estimulação ventricular, é útil na FV e TV. Pode alterar o
sistema nervoso. Reações adversas mais comuns: delírio, tonturas, visão turva, tremores
BA

seguidos por sonolência, convulsões, inconsciência. Hipotensão, bradicardia, depressão do


A

miocárdio, diminuição do débito cardíaco, bloqueio cardíaco, arritmias ventriculares, incluindo


LL

taquicardia ventricular, fibrilação ventricular e parada cardíaca. Paralisia dos membros


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inferiores, perda do controle esfincteriano. Reações alérgicas como urticária, edema ou reações
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anafilactóides. . A partir do AHA 2010 não é a medicação de escolha na FV ou TVSP.(AHA 2015 –


Não há evidências adequadas que respaldem o uso rotineiro de lidocaína após PCR. No entanto,
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pode-se considerar o inicio ou a continuação da lidocaína pós PCR por FV, TVSP.)
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Bicarbonato de sódio – bicarbonato deve ser evitado (a menos que exista acidose metabólica
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e/ou hipercalemia prévia, além de algumas intoxicações), pois a sua administração excessiva é
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mais danosa para o paciente do que o seu não uso, devido à ocorrência de alcalose metabólica,
por isso não está indicado a sua reversão por completo.
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Atropina – bloqueia a ação parassimpática, aumenta a automaticidade do nódulo sinusal e a


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condução Atrioventricular. Está recomendada nas assistolias ou bradicardias. Fazer a


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administração rápida e doses menores de 0,5 mg pode piorar a bradicardia. A dose correta é de
1 mg a cada 3 a 5 minutos. A partir do AHA 2010 não deve ser usada na assistolia, na assistência
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no pré-hospitalar.
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Noradrenalina (norepinefrina) – Potente vasoconstritor. Aumenta a contração cardíaca e a

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condução do estímulo cardíaco Usada no período de recuperação pós-parada. É inativada pelo

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bicarbonato de sódio (não infundir em conjunto). Efeitos adversos: decorrem da sua potente

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ação vasoconstrictora, podendo ocorrer prejuízo na perfusão dos órgãos, diminuição do volume

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urinário, necrose e ulcerações cutâneas, ansiedade, dispneia, palpitações, angina do peito e

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cefaleia.

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Dopamina - Vasoconstritores e Hipertensores são o precursor químico da noradrenalina, com

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efeito no aumento do débito cardíaco, vasodilatação renal, sem elevar a pressão capilar

JA
pulmonar e sem causar vasoconstricção periférica (em doses baixas). Tratamento de choque de

OS
múltipla etiologia, especialmente o cardiogênico. Síndrome de baixo débito. Como droga de

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segunda linha no tratamento de bradicardias sintomáticas. É contraindicado em pacientes com
feocromocitoma e hipersensibilidade a sulfitos. Efeitos colaterais: Arritmias ventriculares e

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supraventriculares, taquicardia, bradicardia, palpitações, dor no peito, dispneia, hipertensão ou

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hipotensão arterial, cefaleia, náusea, vômito, vasoconstrição periférica, estase vascular,

LL
intumescência ou formigamento dos pés e mãos, frio e dor nas mãos ou pés.

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Dobutamina - A dobutamina é indicada quando é necessário o suporte inotrópico para o

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tratamento de pacientes com estados de hipoperfusão nos quais o débito cardíaco é insuficiente

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para suportar as demandas circulatórias. É indicada também quando é necessário o suporte
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inotrópico para o tratamento de pacientes nos quais a pressão de enchimento ventricular
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anormalmente aumentada pode levar a um risco de congestão pulmonar e edema. A
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dobutamina está contra indicada em casos de estenose subaórtica hipertrófica idiopática (a


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obstrução pode aumentar), feocromocitoma (pode ocorrer hipertensão grave), taquiarritmias


ou fibrilação ventricular (pode ocorrer exacerbação da arritmia) e em pacientes com
IO

hipersensibilidade à dobutamina. Também não deve ser utilizada em pacientes com


AR

cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva. Reações adversas: Aumento da frequência cardíaca,


NU

hipertensão arterial e atividade ectópica ventricular.Ocasionalmente pode ocorrer flebite, as


alterações inflamatórias locais foram descritas após infiltração inadvertida. Casos isolados de
JA

necrose cutânea foram relatados.


OS
RR

Digital - Empregado para redução da frequência cardíaca em algumas situações, tais como na
fibrilação e na taquicardia ventricular. Droga usada no período pós-parada.
BA
A

Nitroprussiato de sódio (Nipride®) - Vasodilatadorperiférico geralmente usado no período pós-


LL

parada, em associação com a dopamina ou a dobutamina. Devendo a solução ser protegida da


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luz, que a inativa. A infusão é feita por microgotas. Pode causar hipotensão.
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Gluconato de Cálcio – Estudos recentes demonstraram que não existem efeitos benéficos com
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o uso do cálcio em pacientes com parada cardíaca. Sua indicação atual se restringe a alguns
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35

casos de dissociação eletromecânica (onde todos os recursos terapêuticos foram esgotados);


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hiperpotassemia; hipocalcemia (após transfusões maciças); hipermagneseimia; intoxicação por


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bloqueadores de canais de cálcio. Os sais de cálcio não devem ser administrados em associação
06

ao bicarbonato de sódio, pois vêm a se precipitar.


IO

Magnésio – promove o funcionamento adequado da bomba de sódio e potássio celular.


AR

Administrado nos pacientes com Torsades de pointes. Monitorar a procura de hipotensão,


NU

assistolia, bradicardia e paralisia respiratória.


JA

A - Manutenção da permeabilidade das vias aéreas e controle da coluna cervical


OS

A permeabilidade das vias aéreas deve ser avaliada e garantida de imediato. Contudo,
RR

deve-se considerar todo politraumatizado, especialmente na vigência de lesões situadas acima


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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 6

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das clavículas, como um portador de lesão de coluna cervical, até prova em contrário. O exame

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neurológico não exclui o trauma da coluna cervical. Assim sendo, a cabeça e o pescoço devem

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ser mantidos em uma posição neutra, isto é, não podem ser estendidos ou fletidos durante a

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abordagem das vias aéreas. A obstrução das vias aéreas superiores decorre, em grande parte

06
dos casos, da presença de corpos estranhos ou da oclusão da hipofaringe e pela queda da língua.

IO
Muitos óbitos de traumatizados podem ser evitados pela instituição precoce de

AR
assistência respiratória apropriada. A insuficiência respiratória pode ser aguda, insidiosa,
progressiva ou recorrente. Podem desenvolver insuficiência respiratória os pacientes

NU
inconscientes por trauma cranioencefálico, obnubilados pelo uso de drogas ou álcool e os

JA
portadores de lesões torácicas como pneumotórax hipertensivo, pneumotórax aberto, e tórax

OS
instável com contusão pulmonar. Nestes casos, a intubação endotraqueal, tem por objetivos

RR
prover uma via aérea permeável e permitir a instalação de suporte ventilatório. Traumas de face
e do pescoço que comprometem o lume das vias aéreas também representam uma indicação

BA
para intubação endotraqueal.

A
A decisão de se intubar o paciente na sala de emergência é tomada exclusivamente

LL
com bases clínicas. A agitação do paciente sugere hipóxia. A obnubilação denuncia a

BE
hipercapnia. A cianose traduz hipoxemia por ventilação inadequada. A emissão de sons

SA
anormais como ronco e gargarejo pode estar relacionada à obstrução parcial da faringe e a

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disfonia resulta da obstrução laríngica.

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Manobras de abertura de vias aéreas: permitem a desobstrução pela língua mantendo o
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alinhamento e imobilização da coluna cervical.
27

• Chin Lift: Os dedos de uma das mãos são colocados sob a mandíbula, que é delicadamente
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tracionada para cima, de modo a anteriorizar o queixo. Outra forma de realizar esta manobra e
colocar o dedo polegar por trás dos dentes incisivos inferiores, enquanto o mento é
IO

delicadamente puxado para cima (elevação de mandíbula).


AR

• JawThrust: Esta manobra é realizada colocando-se uma mão em cada ângulo da mandíbula
NU

deslocando-se para frente (elevação modificada de mandíbula).


JA

Obstrução de vias aéreas por corpo estranho


OS

Conduta em vítimas conscientes: Manobra de Heimlich (em gestantes e obesos a compressão


RR

é torácica)
BA

Conduta em vítimas inconscientes – as vítimas inconscientes possuem dificuldade em insuflar


o ar quando ventiladas. A conduta é fazer 30 compressões torácicas e após avaliar a
A
LL

possibilidade de retirar o corpo estranho (só remover o corpo estranho se este for visível).
E
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Máscara Laríngea: A máscara laríngea (ML) é um tubo semicurvo, que se inicia em um conector
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padrão de 15 mm e termina em uma pequena máscara com um suporte periférico inflável, que
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forma uma vedação à volta da entrada laríngea. Contraindicação da Máscara Laríngea:


7

- Possibilidade de fazer a intubação traqueal;


35

- Treinamento insuficiente.
70

Complicações:
27

Aspiração – ela não protege a traqueia;


06

Laringoespasmo
IO

Via Aérea definitiva


AR

Uma via aérea definitiva é definida como um procedimento médico, e implica em uma
NU

cânula endotraqueal, com o balão insuflado na traqueia, devidamente fixada, conectada a um


JA

sistema de ventilação assistida, com mistura enriquecida em oxigênio. As vias aéreas definitivas
OS

podem ser de três tipos: cânula orotraqueal, nasotraqueal e via aérea cirúrgica. A decisão de
instalar a via aérea definitiva é baseada em achados clínicos e baseiam-se em:
RR

• Apneia;
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 7

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• Impossibilidade de manter via aérea pérvia ou manutenção da oxigenação (Sat

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O2<60mmHg);

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• Proteção de via aérea;

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• Comprometimento iminente das vias aéreas;

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• Escala de Coma de Glasgow menor ou igual a 8.

IO
A impossibilidade de intubação da traqueia é uma indicação clara para a criação de

AR
uma via aérea cirúrgica, também procedimento médico, exceto em situações que ameacem á

NU
vida e sem previsão de suporte avançado de vida em curto intervalo de tempo. A intubação
endotraqueal de um paciente hipoventilado pode demandar várias tentativas. Entre uma e outra

JA
tentativa o paciente deve ser ventilado por alguns minutos. Depois de intubada a traqueia,

OS
instala-se a respiração com pressão positiva. A respiração com pressão positiva pode ser

RR
acompanhada de pneumotórax por barotrauma ou pode converter um pneumotórax sem
tensão em pneumotórax hipertensivo. Além das ocorrências: distensão do estomago.

BA
Quando as vias aéreas estiverem obstruídas por edema de glote ou hemorragia

A
orofaríngea grave e a intubação traqueal não for factível, deve-se proceder á cricotireoidostomia

LL
por punção. A cricotireidostomia por punção está indicada quando falham a intubação

BE
orotraqueal ou na vigência de edema de glote, trauma da faringe e hemorragia profusa da

SA
cavidade oral. A cricotireoidostomia por punção é recomendada apenas na assistência pré-

0I
hospitalar não deve ser utilizada por mais de 45 minutos e nem executada em pacientes com

77
menos de 12 anos.
35
70
• No caso de via aérea avançada instalada, realize compressões torácicas contínuas e uma
27

ventilaçãoa cada 6 a8segundos (8a10 ventilações por minuto). AHA 2015 - No caso de via aérea
06

avançada instalada, realize compressões torácicas contínuas e uma ventilação a cada 6


segundos (10 ventilações por minuto).
IO
AR

Estabilização da coluna cervical


NU

Lesão traumática da coluna vertebral, em qualquer altura, com ou sem déficit


JA

neurológico, deve ser sempre pesquisada e excluída em doentes vítimas de traumas


multissistêmicos.
OS
RR

Conduta em potenciais lesões de coluna cervical:


BA

• Presença de paraplegia ou de quadriplegia é evidência de instabilidade de coluna;


• Doentes que estão acordados, alertas, sóbrios e neurologicamente normais e que não se
A
LL

queixam de dor no pescoço ou em sua linha média;


E

• Vítimas alertas, que estão neurologicamente normais, cooperativos e capazes de relatar


AB

sintomas de suas próprias colunas devem ser submetidos á radiografias e análise de


IS

especialista antes da remoção do colar;


70

• Doentes que apresentam alteração do nível de consciência devem permanecer imobilizados,


7

radiografias e análise de especialista;


35

• Quando em dúvida mantenha o colar.


70
27

B - Ventilação e respiração
06

Uma vez garantida a manutenção das vias aéreas superiores, inicia-se a ventilação
IO

(duas ventilações), após as duas ventilações iniciais, checa-se o pulso central e, se este não
AR

estiver presente, inicia-se a massagem cardíaca externa (MCE).


NU

D - Avaliação neurológica sumária


JA

A primeira avaliação neurológica consta da observação do diâmetro e reatividade das


OS

pupilas. Nunca é demais repetir que a hipóxia é a principal causa de alteração do estado de
RR

consciência. O nível de consciência será avaliado pela análise dos seguintes parâmetros:
BA

______________________________________________________________________
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 8

SA
0I
77
A - o paciente está alerta;

35
V - responde a estímulos verbais;

70
I - não responde a estímulos

27
06
E - Exposição

IO
O paciente deve ser completamente despido. Sempre lembrando de proteger o

AR
paciente da hipotermia.

NU
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

JA
O exame secundário só deve ser iniciado depois de completar o exame primário

OS
(CABD) e quando as medidas indicadas para a reanimação tiverem sido adotadas e o doente

RR
demonstrar tendência para normalização de suas funções vitais.
O exame secundário é um exame minucioso da vítima traumatizado da cabeça aos pés.

BA
Cada região do corpo deve ser examinada por completo além da coleta de uma história A coleta

A
de informações da vítima é conhecida como AMPLA:

LL
A: Alergias

BE
M: Medicamentos

SA
P: Passado Médico

0I
L: Líquidos e Alimentos

77
A: Ambiente (eventos relacionados ao trauma ou emergência clínica)
35
70
No exame de cada região do corpo da vítima:
27

• Sinais de TCE:. Extravasamento de líquido cerebroespinhal pelo nariz ou pela orelha;


06

hematoma da região periorbital; hematoma em região mastoide (sinal de Battle); a ocorrência


de hemorragias ou deslocamentos do cristalino ou presença de trauma penetrante. Caso o
IO

paciente use lentes de contato, elas devem ser removidas. Uma rápida avaliação da acuidade
AR

visual pode ser obtida pedindo-se ao paciente para ler algumas palavras impressas em papel.
NU

Pacientes acidentados usando capacete devem ter a cabeça e o pescoço mantidos em posição
JA

neutra, enquanto o capacete é removido.


• Trauma buco-maxilo-facial pode estar associado a lesões da coluna cervical, as quais podem
OS

passar despercebidas, acarretando graves complicações. O trauma facial que não resulta em
RR

obstrução das vias aéreas pode ser tratado tardiamente.


BA

• Observar as veias jugulares, avaliando se estão distendidas (pneumotórax ou


tamponamento) ou colabada (hipovolemia). Observar desvio da traqueia (pneumotórax
A
LL

hipertensivo).
E

• Sinais vitais (PAS, temperatura, frequência de pulso e frequência respiratória);


AB

• Avaliação de tórax deve ser realizada por palpação, percussão e ausculta. Fraturas,
IS

hematomas e equimoses são pesquisados rotineiramente. Hemotórax e pneumotórax são


70

diagnosticados pela ausculta torácica. O abafamento das bulhas cardíacas e o ingurgitamento


7

das veias do pescoço estão relacionados ao tamponamento cardíaco.


35

• Inspecionar o Abdômen representa um grande desafio diagnóstico. O abdome pode ser a


70

sede de lesões graves que, ás vezes, não se manifesta logo após o acidente. Fraturas de arcos
27

costais inferiores ou dos ossos da pelve estão frequentemente associados a lesões dos órgãos
06

abdominais. Fraturas pélvicas podem ser detectadas comprimindo-se com as palmas das duas
IO

mãos as espinhas ilíacas anterossuperiores e a sínfise púbica. Vísceras abdominais


AR

eventualmente lesadas pelo traumatismo é a decisão de se explorar ou não a cavidade


abdominal. Deve-se suspeitar de hemorragia intraperitoneal em todo politraumatizado que se
NU

apresenta em choque hipovolêmico. Pacientes em estado de inconsciência são portadores em


JA

potencial de trauma das vísceras abdominais.


OS
RR
BA

______________________________________________________________________
A
LL

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parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 9

SA
0I
77
PORTARIA GM/MS Nº 1.600, DE 7 DE JULHO DE 2011 - Reformula a Política Nacional de Atenção

35
às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS).

70
Art. 4º A Rede de Atenção às Urgências é constituída pelos seguintes componentes:

27
I - Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde;

06
II - Atenção Básica em Saúde;

IO
III - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de Regulação Médica

AR
das Urgências;
IV - Sala de Estabilização;

NU
V - Força Nacional de Saúde do SUS;

JA
VI - Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas;

OS
VII - Hospitalar; e

RR
VIII - Atenção Domiciliar.
A Rede de Atenção às Urgências priorizará as linhas de cuidados cardiovascular, cerebrovascular

BA
e traumatológica.

A
Art. 5º O Componente Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde tem por objetivo estimular e

LL
fomentar o desenvolvimento de ações de saúde e educação permanente voltadas para a

BE
vigilância e prevenção das violências e acidentes, das lesões e mortes no trânsito e das doenças

SA
crônicas não transmissíveis, além de ações intersetoriais, de participação e mobilização da

0I
sociedade visando a promoção da saúde, prevenção de agravos e vigilância à saúde.

77
Art. 6º O Componente Atenção Básica em Saúde tem por objetivo a ampliação do acesso,
35
fortalecimento do vínculo e responsabilização e o primeiro cuidado às urgências e emergências,
70
em ambiente adequado, até a transferência/encaminhamento a outros pontos de atenção,
27

quando necessário, com a implantação de acolhimento com avaliação de riscos e


06

vulnerabilidades.
Art. 7º O Componente Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais
IO

de Regulação Médica das Urgências tem como objetivo chegar precocemente à vítima após ter
AR

ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica,
NU

pediátricas, psiquiátricas, entre outras) que possa levar a sofrimento, sequelas ou mesmo à
morte, sendo necessário, garantir atendimento e/ou transporte adequado para um serviço de
JA

saúde devidamente hierarquizado e integrado ao SUS. Parágrafo único. O Componente de que


OS

trata o caput deste artigo pode se referir a atendimento primário quando o pedido de socorro
RR

for oriundo de um cidadão ou de atendimento secundário quando a solicitação partir de um


serviço de saúde no qual o paciente já tenha recebido o primeiro atendimento necessário à
BA

estabilização do quadro de urgência apresentado, mas que necessita ser conduzido a outro
A

serviço de maior complexidade para a continuidade do tratamento.


LL

Art. 8º O Componente Sala de Estabilização deverá ser ambiente para estabilização de


E
AB

pacientes críticos e/ou graves, com condições de garantir a assistência 24 horas, vinculado a um
IS

equipamento de saúde, articulado e conectado aos outros níveis de atenção, para posterior
encaminhamento à rede de atenção a saúde pela central de regulação das urgências. Parágrafo
70

único. O Componente de que trata o caput deste artigo não se caracteriza como novo serviço
7
35

de saúde para assistência a toda demanda espontânea, mas sim para garantir a disponibilidade
70

de atendimento para estabilização dos agravos críticos à saúde.


27

Art. 9º O Componente Força Nacional de Saúde do SUS objetiva aglutinar esforços para garantir
06

a integralidade na assistência em situações de risco ou emergenciais para populações com


vulnerabilidades específicas e/ou em regiões de difícil acesso, pautando-se pela equidade na
IO

atenção, considerando-se seus riscos.


AR

Art. 10. O Componente Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de
NU

urgência 24 horas está assim constituído:


JA

I -a Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 h) é o estabelecimento de saúde de complexidade


intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde/Saúde da Família e a Rede Hospitalar,
OS

devendo com estas compor uma rede organizada de atenção às urgências; e


RR

II - as Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24 h) e o conjunto de Serviços de Urgência 24


BA

______________________________________________________________________
A
LL

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parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 10

SA
0I
77
Horas não hospitalares devem prestar atendimento resolutivo e qualificado aos pacientes

35
acometidos por quadros agudos ou agudizados de natureza clínica e prestar primeiro

70
atendimento aos casos de natureza cirúrgica ou de trauma, estabilizando os pacientes e

27
realizando a investigação diagnóstica inicial, definindo, em todos os casos, a necessidade ou não,

06
de encaminhamento a serviços hospitalares de maior complexidade.

IO
Art. 11. O Componente Hospitalar será constituído pelas Portas Hospitalares de Urgência, pelas

AR
enfermarias de retaguarda, pelos leitos de cuidados intensivos, pelos serviços de diagnóstico
por imagem e de laboratório e pelas linhas de cuidados prioritárias.

NU
Art. 12. O Componente Atenção Domiciliar é compreendido como o conjunto de ações

JA
integradas e articuladas de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e

OS
reabilitação, que ocorrem no domicílio, constituindo-se nova modalidade de atenção à saúde

RR
que acontece no território e reorganiza o processo de trabalho das equipes, que realizam o
cuidado domiciliar na atenção primária, ambulatorial e hospitalar.

BA
A
LL
ATENÇÃO BÁSICA À PESSOA IDOSA

BE
INTRODUÇÃO

SA
Muitas pessoas idosas são acometidas por doenças e agravos crônicos não

0I
transmissíveis (DANT) (estados permanentes ou de longa permanência), que requerem

77
acompanhamento constante, pois, em razão da sua natureza, não têm cura. Essas condições
crônicas tendem a se manifestar de forma expressiva na idade mais avançada e, 35
70
frequentemente, estão associadas (comorbidades). Podem gerar um processo incapacitante,
27

afetando a funcionalidade das pessoas idosas, ou seja, dificultando ou impedindo o desempenho


06

de suas atividades cotidianas de forma independente. Ainda que não sejam fatais, essas
condições geralmente tendem a comprometer de forma significativa a qualidade de vida dos
IO

idosos.
AR

O envelhecimento, antes considerado um fenômeno, faz parte da realidade da maioria


NU

das sociedades. O mundo está envelhecendo. Tanto isso é verdade que estima-se que, em 2050,
existam cerca de dois bilhões de pessoas com sessenta anos ou mais no mundo, a maioria delas
JA

vivendo em países em desenvolvimento.


OS

O envelhecimento pode ser compreendido como um processo natural, de diminuição


RR

progressiva da reserva funcional dos indivíduos – senescência - o que, em condições normais,


BA

não costuma provocar qualquer problema. No entanto, em condições de sobrecarga como, por
exemplo, doenças, acidentes e estresse emocional, pode ocasionar uma condição patológica
A

que requeira assistência - senilidade. Cabe ressaltar que certas alterações decorrentes do
LL

processo de senescência podem ter seus efeitos minimizados pela assimilação de um estilo de
E
AB

vida mais ativo.


IS

Dois grandes erros devem ser continuamente evitados. O primeiro é considerar que todas as
alterações que ocorrem com a pessoa idosa sejam decorrentes de seu envelhecimento natural,
70

o que pode impedir a detecção precoce e o tratamento de certas doenças. O segundo é tratar o
7
35

envelhecimento natural como doença a partir da realização de exames e tratamentos


70

desnecessários, originários de sinais e sintomas que podem ser facilmente explicados pela
27

senescência.
06

A Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa também é um instrumento valioso que auxiliará


na identificação das pessoas idosas frágeis ou em risco de fragilização. Para os profissionais de
IO

saúde, possibilita o planejamento, organização das ações e um melhor acompanhamento do


AR

estado de saúde dessa população. Para os idosos é um instrumento de cidadania, que os trará
NU

informações relevantes para o melhor acompanhamento de sua saúde. A Caderneta de Saúde


JA

da Pessoa Idosa e o Caderno de Atenção Básica Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa


representam dois importantes instrumentos de fortalecimento da atenção básica.
OS

A Atenção à Saúde da Pessoa Idosa na Atenção Básica/Saúde da Família, quer por demanda
RR

espontânea, quer por busca ativa – que é identificada por meio de visitas domiciliares, deve
BA

______________________________________________________________________
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 11

SA
0I
77
consistir em um processo diagnóstico multidimensional. Esse diagnóstico é influenciado por

35
diversos fatores, tais como o ambiente onde o idoso vive, a relação profissional de saúde/pessoa

70
idosa e profissional de saúde/ familiares, a história clínica - aspectos biológicos, psíquicos,

27
funcionais e sociais - e o exame físico.

06
Na Atenção Básica, espera-se oferecer à pessoa idosa e à sua rede de suporte social, incluindo

IO
familiares e cuidadores (quando existente), uma atenção humanizada com orientação,

AR
acompanhamento e apoio domiciliar, com respeito às culturas locais, às diversidades do
envelhecer e à diminuição das barreiras arquitetônicas de forma a facilitar o acesso conforme

NU
proposto no Manual de Estrutura Física, do Ministério da Saúde, 2006. A adoção de intervenções

JA
que criem ambientes de apoio e promovam opções saudáveis são importantes em todos os

OS
estágios da vida e influenciarão o envelhecimento ativo.

RR
ATRIBUIÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA NO ATENDIMENTO À SAÚDE DA

BA
PESSOA IDOSA

A
As ações da Atenção Básica/Saúde da Família em Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa

LL
previstas a serem desenvolvidas são:

BE
SA
Atribuições comuns a todos os profissionais da equipe

0I
a) Planejar, programar e realizar as ações que envolvem a atenção à saúde da pessoa idosa em

77
sua área de abrangência, conforme orientação deste caderno.
35
b) Identificar e acompanhar pessoas idosas frágeis ou em processo de fragilização.
70
c) Alimentar e analisar dados dos Sistemas de Informação em Saúde - Sistema de Informação da
27

Atenção Básica (SIAB) - e outros para planejar, programar e avaliar as ações relativas à saúde da
06

pessoa idosa.
d) Conhecer os hábitos de vida, valores culturais, éticos e religiosos das pessoas idosas, de suas
IO

famílias e da comunidade.
AR

e) Acolher a pessoas idosas de forma humanizada, na perspectiva de uma abordagem integral e


NU

resolutiva, possibilitando a criação de vínculos com ética, compromisso e respeito.


f) Prestar atenção contínua às necessidades de saúde da pessoa idosa, articulada com os demais
JA

níveis de atenção, com vistas ao cuidado longitudinal – ao longo do tempo.


OS

g) Preencher, entregar e atualizar a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, conforme Manual de


RR

Preenchimento específico.
h) Realizar e participar das atividades de educação permanente relativas à saúde da pessoa
BA

idosa.
A

i) Desenvolver ações educativas relativas à saúde da pessoa idosa, de acordo com o


LL

planejamento da equipe.
E
AB
IS

Atribuições do enfermeiro
a) Realizar atenção integral às pessoas idosas.
70

b) Realizar assistência domiciliar, quando necessário.


7
35

c) Realizar consulta de enfermagem, incluindo a avaliação multidimensional rápida e


70

instrumentos complementares, se necessário, solicitar exames complementares e prescrever


27

medicações, conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor


06

municipal, observadas as disposições legais da profissão.


d) Supervisionar e coordenar o trabalho dos ACS e da equipe de enfermagem.
IO

e) Realizar atividades de educação permanente e interdisciplinar junto aos demais profissionais


AR

da equipe.
NU

f) Orientar ao idoso, aos familiares e/ou cuidador sobre a correta utilização dos medicamentos.
JA

AVALIAÇÃO GLOBAL DA PESSOA IDOSA


OS

O conceito de “doença única”, onde um único problema pode explicar todos os sinais
RR

e sintomas, não se aplica às pessoas idosas, pois estas costumam apresentar uma somatória de
BA

______________________________________________________________________
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 12

SA
0I
77
sinais e sintomas, resultado de várias doenças concomitantes, onde a insuficiência de um

35
sistema pode levar à insuficiência de outro, o que costuma ser denominado “efeito cascata”.

70
Normalmente, o que leva a pessoa idosa a procurar a unidade de saúde é um sintoma

27
mais familiar ou mais facilmente reconhecível que pode não refletir, de forma clara ou direta, o

06
estado geral de saúde do mesmo.

IO
As doenças nas pessoas idosas também tendem a ter uma apresentação atípica quando

AR
comparadas a indivíduos mais jovens, o que faz do diagnóstico diferencial um recurso
fundamental. Exemplo: os sintomas que, em um indivíduo jovem, podem corresponder a um

NU
refluxo gastroesofágico, em uma pessoa idosa podem corresponder a um carcinoma; um

JA
sangramento intestinal em um jovem pode ser indicativo de doença intestinal inflamatória e,

OS
em um idoso, pode representar uma diverticulose.

RR
Todas as alterações decorrentes do processo fisiológico do envelhecimento terão
repercussão nos mecanismos homeostáticos do/a idoso/a e em sua resposta orgânica,

BA
diminuindo sua capacidade de reserva, de defesa e de adaptação, o que o torna mais vulnerável

A
a quaisquer estímulos (traumático, infeccioso ou psicológico). Dessa forma, as doenças podem

LL
ser desencadeadas mais facilmente.

BE
Deve-se fazer uma ampla avaliação dos antecedentes diagnósticos, com ênfase nas doenças

SA
crônicas que se mantêm ativas. Dada sua prevalência, devem ser sempre investigadas

0I
sistematicamente, para serem descartadas:

77
1. afecções cardiovasculares, em especial doença hipertensiva;
2. diabetes e suas complicações; 35
70
3. déficits sensoriais (auditivo e visual);
27

4. afecções osteoarticulares;
06

5. déficits cognitivos.
IO

Especial atenção deve ser dada à prevenção de iatrogenias assistenciais relacionadas ao uso
AR

de polifármacos. Os medicamentos em uso pela pessoa idosa, tanto os prescritos por


NU

profissional de saúde quanto os adquiridos pelo próprio idoso, sem prescrição, devem ser
investigados. Solicitar à pessoa idosa que, quando for à próxima consulta, traga consigo todos
JA

os medicamentos que costuma utilizar frequente e ocasionalmente.


OS

Com essa medida simples é possível detectar o uso de automedicação, a utilização de


RR

posologia incorreta e a utilização de mais de um medicamento para o mesmo objetivo, às vezes


prescrito por profissionais diferentes. O registro das medicações mais frequentemente
BA

utilizadas na Caderneta do Idoso contribui para evitar a ocorrência de iatrogenias associadas à


A

polifarmácia
LL

Perguntar sobre todos os sistemas e incluir questões que abordem mudanças no estado
E
AB

funcional no último ano, alterações de peso não intencionais, fadiga, mal estar inespecífico,
IS

quedas, transtornos do sono, alterações cardiovasculares, alterações miccionais ou intestinais,


presença de incontinência, afecções osteoarticulares, dor e problemas sexuais.
70

Verificar sempre a circulação periférica, devido à alta prevalência da insuficiência venosa,


7
35

causa comum de edema em membros inferiores (MMII). A presença de doença arterial periférica
70

é um marcador de aterosclerose com maior risco de lesões coronarianas e cerebrais.


27
06

Alimentação e nutrição
A antropometria é muito útil para o diagnóstico nutricional dos idosos. É um método simples,
IO

rápido, de baixo custo e com boa predição para doenças futuras, mortalidade e incapacidade
AR

funcional, podendo ser usada como triagem inicial, tanto para diagnóstico quanto para o
NU

monitoramento de doenças.
JA

Nos procedimentos de diagnóstico e acompanhamento do estado nutricional de idosos, o


Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), utilizará como critério prioritário a
OS

classificação do Índice de Massa Corporal (IMC), recomendado pela Organização Mundial de


RR
BA

______________________________________________________________________
A
LL

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parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
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SA
0I
77
Saúde (OMS), considerando os pontos de corte diferentes daqueles utilizados para adultos. Essa

35
diferença deve-se às alterações fisiológicas nos idosos:

70
• O declínio da altura é observado com o avançar da idade, em decorrência da compressão

27
vertebral, mudanças nos discos intervertebrais, perda do tônus muscular e alterações

06
posturais;

IO
• O peso pode diminuir com a idade, porém, com variações segundo o sexo. Essa diminuição

AR
está relacionada à redução do conteúdo da água corporal e da massa muscular, sendo mais

NU
evidente no sexo masculino;
• Alterações ósseas em decorrência da osteoporose;

JA
• Mudança na quantidade e distribuição do tecido adiposo subcutâneo.

OS
• Redução da massa muscular devida à sua transformação em gordura intramuscular, o que

RR
leva à alteração na elasticidade e na capacidade de compressão dos tecidos.

BA
Essas peculiaridades relacionadas ao processo de envelhecimento devem ser avaliadas

A
criteriosamente, para que se possa distingui-las da desnutrição. A população idosa é

LL
particularmente propensa à alterações nutricionais devido a fatores relacionados às

BE
modificações fisiológicas e sociais, ocorrência de doenças crônicas, uso de diversas medicações,

SA
dificuldades com a alimentação, depressão e alterações da mobilidade com dependência

0I
funcional.

77
Estas alterações podem comprometer a ingestão dos alimentos e aproveitamento dos
nutrientes, podendo levar à desnutrição. 35
70
De acordo com a Norma Técnica do SISVAN, recomenda-se que o registro das medidas
27

antropométricas na Caderneta do Idoso e/ou no prontuário seja semestral, permitindo o


06

monitoramento de seu estado nutricional e a determinação de tendências de aumento ou perda


de peso, associando possíveis variações às demais condições de saúde da pessoa idosa.
IO

O diagnóstico de sobrepeso em idosos (> 60 anos)


AR

O Ministério da Saúde (BRASIL, 2004a) sugere pontos de corte de IMC para os idosos
NU

diferentes dos propostos para os adultos, principalmente quanto ao sobrepeso, que é definindo
JA

neste grupo como IMC > 27 (LIPSCHITZ, 1994).


OS

Acuidade visual
RR

O processo natural de envelhecimento associa-se a uma redução da acuidade visual devido


BA

às alterações fisiológicas das lentes oculares, déficit de campo visual e doenças de retina. Cerca
de 90% das pessoas idosas necessitam do uso de lentes corretivas para enxergar
A
LL

adequadamente. Ao avaliar essa função, pergunte à pessoa idosa se ela sente dificuldade ao ler,
E

assistir televisão, dirigir ou para executar qualquer outra atividade da vida cotidiana. Aqueles
AB

que responderem afirmativamente devem ser avaliados com o uso do Cartão de Jaeger que
IS

pode ser visto no anexo 1, página 136 do Caderno Básico de Atenção ao Idoso (Caderno Básico
70

Nº 19).
7
35

Acuidade auditiva
70

A deficiência auditiva gera no idoso um dos mais incapacitantes distúrbios de comunicação,


27

impedindo-o de desempenhar plenamente seu papel na sociedade. É comum observarmos o


06

declínio da audição acompanhado de diminuição na compreensão de fala por parte do idoso,


IO

dificultando sua comunicação com os outros. Algumas medidas simples podem auxiliar a
AR

comunicação com as pessoas idosas que apresentem declínio auditivo: • Evite ambientes
ruidosos; • Evite submeter as pessoas idosas a situações constrangedoras quando essas não
NU

entenderem o que lhes foi dito ou pedirem para que a fala seja repetida; • Procure falar de
JA

forma clara e pausada e, aumente o tom de voz somente se isso realmente for necessário; • Fale
OS

de frente, para que a pessoa idosa possa fazer a leitura labial.


RR
BA

______________________________________________________________________
A
LL

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parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
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SA
0I
77
Cerca de um terço das pessoas idosas referem algum grau de declínio na acuidade auditiva.

35
A presbiacusia - perda progressiva da capacidade de diferenciar os sons de alta frequência – é

70
uma das causas mais comuns relacionadas a essa queixa. Muitas vezes, o idoso pode não

27
perceber essa perda e, por essa razão, não referi-la. Para auxiliar nessa verificação, pode-se

06
utilizar o “teste do sussurro”.

IO
AR
Identificação de sinais de maus tratos
A pessoa idosa encontra, muitas vezes, dificuldades em verbalizar que sofre maus-tratos,

NU
negligência ou alguma outra forma de violência intrafamiliar. Em muitos casos, demonstra medo

JA
ou ansiedade na presença do cuidador ou de familiar. No entanto, isso pode ser identificado por

OS
meio da observação de lesões, equimoses, úlceras de decúbito, desidratação ou ainda nas

RR
demonstrações de não aceitação em responder a perguntas relacionadas ao assunto. Isso é uma
outra forma de comunicação não-verbal que nos alerta das suas dificuldades nas relações

BA
familiares. É necessário estar atento para o que o idoso fala ou não fala, como se comporta, seus

A
gestos, suas expressões faciais. Isso pode comunicar muito mais do que somente a avaliação das

LL
suas lesões, deficits ou incapacidades e talvez seja essa a única oportunidade de detectar tais

BE
situações. A comunicação, verbal e não-verbal, é um importante recurso para a formação de

SA
vínculos, para avaliação e para o planejamento assistencial.

0I
77
Vacinação
35
A influenza (gripe) é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, altamente contagiosa,
70
que acomete o trato respiratório e cuja ocorrência se observa em maior intensidade ao final do
27

outono e durante o inverno. Embora tipicamente de pouca relevância em sua forma não
06

complicada, é uma doença que se dissemina rapidamente e apresenta elevada


morbimortalidade em grupos de maior vulnerabilidade. As pessoas idosas, especialmente
IO

aquelas institucionalizadas ou as portadoras de doenças crônicas de base, são alvos de sérias


AR

complicações relacionadas à gripe (pneumonia primária viral pelo vírus da influenza, pneumonia
NU

bacteriana secundária, pneumonia mista, exacerbação de doença pulmonar ou cardíaca e


óbito).
JA

A situação vacinal da pessoa idosa também deve ser inquirida de forma sistemática.
OS

Recomenda-se uma dose anual da vacina contra influenza no outono. Idosos com mais de 60
RR

anos devem também receber ao menos uma dose de vacina anti-pneumocócica durante a vida.
Os idosos institucionalizados e não vacinados deverão receber uma dose da vacina e outra após
BA

cinco anos da primeira, caso a indicação persista.


A

A vacina dupla adulto (dT – contra difteria e tétano) deve ser administrada a cada dez anos
LL

podendo ser reforçada em cinco anos no caso de ferimentos considerados “sujos”. O registro da
E
AB

vacinação deve ser feito na Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, facilitando o acompanhamento
IS

da realização da mesma.
70

Avaliação funcional
7
35

A avaliação funcional, recomendada pela Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, é


70

fundamental e determinará não só o comprometimento funcional da pessoa idosa, mas sua


27

necessidade de auxílio. Pode ser compreendida como uma tentativa sistematizada de avaliar de
06

forma objetiva o desempenho de uma pessoa numa variedade de áreas utilizando diferentes
habilidades. Representa uma maneira de medir se uma pessoa é ou não capaz de desempenhar
IO

as atividades necessárias para cuidar de si mesma. Caso não seja capaz, deve-se verificar se essa
AR

necessidade de ajuda é parcial, se é em maior ou menor grau, ou se é total. Usualmente, utiliza-


NU

se a avaliação no desempenho das atividades cotidianas ou atividades de vida diária.


JA

Desde seu início, as avaliações funcionais dão ênfase às Atividades de Vida Diárias (AVD). A
primeira escala desenvolvida, e a que é até os dias de hoje mais citada e utilizada, é a Escala
OS

de Katz, planejada para medir a habilidade da pessoa em desempenhar suas atividades


RR

cotidianas de forma independente e assim determinar as necessárias intervenções de


BA

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A
LL

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parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 15

SA
0I
77
reabilitação. Posteriormente, Lawton propôs um outro instrumento para avaliar as Atividades

35
Instrumentais de Vida Diária (AIVD), consideradas mais complexas e cuja independência para

70
desempenho está diretamente relacionada com a capacidade de vida comunitária

27
independente. A capacidade em realizá-las torna as pessoas idosas mais autoconfiantes para a

06
vida em comunidade.

IO
Didaticamente essas atividades são subdivididas em:

AR
a) Atividades de Vida Diária (AVD) que são as relacionadas ao autocuidado e que, no caso de
limitação de desempenho, normalmente requerem a presença de um cuidador para auxiliar a

NU
pessoa idosa a desempenhá-las. São elas:

JA
• Alimentar-se

OS
• Banhar-se

RR
• Vestir-se
• Mobilizar-se

BA
• Deambular

A
• Ir ao banheiro

LL
• Manter controle sobre suas necessidades fisiológicas.

BE
b) Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD) que são as relacionadas à participação do idoso

SA
em seu entorno social e indicam a capacidade de um indivíduo em levar uma vida independente

0I
dentro da comunidade. São elas:

77
• Utilizar meios de transporte
• Manipular medicamentos 35
70
• Realizar compras
27

• Realizar tarefas domésticas leves e pesadas


06

• Utilizar o telefone
• Preparar refeições
IO

• Cuidar das próprias finanças


AR

Outro instrumento de avaliação funcional que vem sendo gradativamente adotado é o


NU

denominado Medida de Independência Funcional (MIF) que, diferentemente dos outros,


procura quantificar a ajuda necessária, mostrando-se muito útil no planejamento assistencial.
JA

Quando se avalia a funcionalidade da pessoa idosa, é necessário diferenciar desempenho e


OS

capacidade funcional.
RR

• O desempenho avalia o que o idoso realmente faz no seu dia a dia.


•A capacidade funcional avalia o potencial que a pessoa idosa tem para realizar a atividade, ou
BA

seja, sua capacidade remanescente, que pode ou não ser utilizada.


A

Três conceitos apresentam-se interligados e interdependentes quando se discute o processo


LL

incapacitante. São eles: autonomia, independência e dependência.


E
AB

Autonomia – se expressa na liberdade para agir e para tomar decisões,


IS

Independência – significa ser capaz de realizar as atividades sem ajuda de outra pessoa.
Dependência – significa não ser capaz de realizar as atividades cotidianas sem a ajuda de outra
70

pessoa.
7
35
70

Instrumentos Utilizados para avaliação do Idoso:


27

MINI EXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM): É o teste mais utilizado para avaliar a função
06

cognitiva por ser rápido (em torno de 10 minutos), de fácil aplicação, não requerendo material
específico.
IO

QUESTIONÁRIO DE PFEFFER (QPAF) É uma escala de 11 questões aplicada ao acompanhante ou


AR

cuidador da pessoa idosa discorrendo sobre a capacidade desse em desempenhar determinadas


NU

funções. A combinação do MEEM com o Questionário de Pfeffer indica uma maior especificidade
JA

para a medida de declínio cognitivo mais grave.


ESCALA DE AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO E DA MARCHA DE TINNETI - avaliação de marcha e
OS

equilíbrio. Quanto menor a pontuação maior o problema. Pontuação menor que 19 indica risco
RR

5 vezes maior de quedas.


BA

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LL

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parcial não autorizada, constitui crime.
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IS
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 16

SA
0I
77
INDEX DE INDEPENDÊNCIA NAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA DE KATZ - Objetivo: avaliar a

35
independência funcional das pessoas idosas no desempenho das AVD. As pessoas idosas são

70
classificadas como independentes ou dependentes no desempenho de seis funções a partir da

27
utilização de um questionário padrão.

06
ESCALA DE LAWTON: Avaliar o desempenho funcional da pessoa idosa em termos de atividades

IO
instrumentais que possibilita que a mesma mantenha uma vida independente. As pessoas idosas

AR
são classificadas como independentes ou dependentes no desempenho de nove funções.
MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL (MIF): Seu objetivo medir o grau de solicitação de

NU
cuidados de terceiros que a pessoa com deficiência exige para realização de tarefas motoras e

JA
cognitivas. Traduzida e adaptada no Brasil por Riberto a MIF verifica o desempenho da pessoa

OS
idosa para a realização de um conjunto de 18 tarefas, referentes às subescalas de autocuidados,

RR
controle esfincteriano, transferências, locomoção, comunicação e cognição social.
Diferentemente das outras escalas de avaliação funcional, a MIF consegue quantificar de forma

BA
mais objetiva a necessidade de ajuda ou a dependência parcial, o que facilita a elaboração do

A
projeto terapêutico.

LL
AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE FAMILIAR (APGAR DE FAMÍLIA): O APGAR representa um

BE
acrônimo – palavra forma pela primeira letra de cada item - derivado de: Adaptation

SA
(adaptação), Partnership (companherismo), Growth (desenvolvimento), Affection (afetividade)

0I
e Resolve (capacidade resolutiva). É um eficiente teste de avaliação rápida do funcionamento

77
familiar no cuidado de pessoas dependentes. possibilita verificar indícios de disfunção familiar
35
permitindo a elaboração de um projeto terapêutico. É uma medida unidimensional de satisfação
70
com a dinâmica de funcionamento familiar, verificando a percepção das pessoas sobre suas
27

famílias como um recurso ou como um fator estressor. Os domínios citados são avaliados por
06

meio de cinco questões simples às quais são atribuídas valores que, ao final, são somados
resultando num escore total cuja representação numérica relaciona-se diretamente com uma
IO

condição de funcionalidade familiar (boa funcionalidade, moderada ou alta disfuncionalidade).


AR

0 a 4 = elevada disfunção familiar 5 e 6 = moderada disfunção familiar 7 a 10 = boa


NU

funcionalidade familiar Altos índices do APGAR demonstram maior capacidade de adaptação da


família à nova situação e possíveis e prováveis mudança de papéis, enquanto um baixo índice
JA

pode representar um ambiente estressante, de baixa adaptabilidade à nova situação e pode


OS

requerer intervenções apropriadas e urgentes.


RR

Tipos de violência:
BA

a) Violência física
A

b) Violência sexual
LL

c) Violência psicológica
E
AB

d) Violência econômica ou financeira ou patrimonial


IS

e) Violência institucional
f) Abandono/negligência
70

g) Auto-negligência
7
35
70

FRAGILIDADE EM IDOSOS
27

Fragilidade é compreendida como uma síndrome clínica caracterizada pela diminuição da


06

reserva energética e pela resistência reduzida aos estressores. Essa condição resulta de declínio
cumulativo dos sistemas fisiológicos e causa vulnerabilidade às condições adversas por haver
IO

dificuldade de manutenção da homeostase em situações de exposição às perturbações, tais


AR

como alterações de temperaturas ambientais e variações na condição de saúde.


NU

São três as principais mudanças relacionadas à idade que estão subjacentes à síndrome:
JA

Alterações neuromusculares (principalmente sarcopenia); Desregulação do sistema


neuroendócrino; Disfunção do sistema imunológico.
OS

Segundo Fried (2005), fragilidade, comorbidade e incapacidade são condições clínicas


RR

distintas embora possam ocorrer simultaneamente. Comorbidade é a presença simultânea de


BA

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A
LL

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E
AB
IS
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SA
0I
77
duas ou mais doenças identificadas a partir de diagnóstico médico, com base em critérios

35
firmemente estabelecidos. Incapacidade refere-se à dificuldade e à necessidade de auxílio para

70
o desempenho das atividades cotidianas.

27
Tais condições representam respostas ou consequências da síndrome de fragilidade. O

06
modelo considera que são dois os principais mecanismos responsáveis pelo alcance da condição

IO
frágil: as mudanças relacionadas à senescência e a presença de comorbidades.

AR
A síndrome, segundo os pesquisadores, é um fator preditor independente para quedas,
dependência nas atividades de vida diária, hospitalização e morte.

NU
JA
DOENÇAS ASSOCIADAS AO ENVELHECIMENTO

OS
Osteoporose

RR
A osteoporose é definida como uma doença sistêmica progressiva que leva a uma desordem
esquelética, caracterizada por força óssea comprometida, predispondo a um aumento do risco

BA
de fratura. Força óssea, primariamente, reflete integração entre densidade e qualidade óssea

A
(NIH CONSENSUS DEVELOPMENT PANEL, 2001).

LL
A osteoporose é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a “Epidemia

BE
silenciosa do século”, e é atualmente um problema de saúde pública no mundo inteiro devido

SA
ao aumento na expectativa de vida das populações. É uma doença de grande impacto devido à

0I
sua alta prevalência e grande morbimortalidade. Afeta indivíduos de maior idade, de ambos os

77
sexos, principalmente mulheres na pós-menopausa, que também apresentam mais fraturas.
35
A instalação da osteoporose resulta de anos de perda óssea. Pode ser classificada em
70
primária, que não apresenta causa bem definida; e secundária, quando é decorrente de uma
27

causa bem definida.


06

Fatores de risco para osteoporose e fraturas ósseas maiores e menores


IO
AR
NU
JA
OS
RR
BA
A
E LL
AB
IS
770
35
70
27
06

Diagnóstico da osteoporose
História clínica - É fundamental a história clínica minuciosa com investigação dos fatores de risco
IO

para a osteoporose e para fraturas. Deve-se considerar a avaliação de mulheres na pós-


AR

menopausa que apresentam um ou mais fatores de risco citados anteriormente e após os 65


NU

anos independentemente da presença de fatores de risco. Uma boa história clínica e o exame
JA

físico são especialmente úteis para excluir as causas secundárias. A osteoporose é uma doença
assintomática, e geralmente o primeiro sinal é a fratura, que representa o agravamento da
OS

doença, sendo as mais frequentes as da coluna lombar, colo do fêmur e 1/3 médio do rádio.
RR
BA

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SA
0I
77
Avaliação por imagem

35
No diagnóstico por imagens, são utilizadas radiografias e a densitometria óssea.

70
O exame radiográfico pode mostrar diminuição da densidade óssea, porém, só detectam

27
alterações quando a perda for superior 30%, sendo baixa sua sensibilidade diagnóstica. É

06
indicado para a avaliação das fraturas.

IO
A densitometria óssea é o exame de referência para o diagnóstico da osteoporose realizada

AR
pela avaliação da coluna lombar e do colo do fêmur, e antebraço, segundo os critérios da OMS.
Rastreamento de todos/as os/as pacientes assintomáticos/as não é recomendado. Busca

NU
ativa deste diagnóstico pode ser realizada em pacientes considerados de alto risco,

JA
especialmente os com risco de fratura. Quando se deseja acompanhar a eficácia do tratamento,

OS
pode-se repetir o exame dentro de 24 meses.

RR
Indicações de realização de densitometria óssea: Mulheres acima de 65 anos; Mulheres com

BA
deficiência estrogênica com menos de 45 anos; Mulheres peri e pós-menopausa com fatores de

A
risco; Mulheres com amenorreia secundária prolongada (por mais de 1 ano);Todos indivíduos

LL
que tenham apresentado fratura por trauma mínimo ou atraumática; Indivíduos com evidência

BE
radiológica de osteopenia ou fraturas vertebrais; Homens acima de 70 anos; Indivíduos que

SA
apresentem perda de estatura (maior do que 2,5cm) ou hipercifose torácica; Indivíduos em uso

0I
de corticosteroides por três meses ou mais (doses superiores ao equivalente de 5 mg de

77
prednisona);Mulheres com índice de massa corporal abaixo de 19kg/m2;Portadores de doenças
35
ou uso de medicações associadas à perda de massa óssea; Monitoramento de tratamento do
70
osteoporose.
27
06

Prevenção e tratamento da osteoporose


Evidências sugerem que, se medidas preventivas forem adotadas, a incidência de
IO

osteoporose pode cair dramaticamente. A prevenção deve começar na infância com a realização
AR

de exercícios com frequência regular, associada a uma dieta rica em cálcio e exposição regular
NU

ao sol (vitamina D), além da melhoria das condições de equilíbrio e visão. Se essas medidas
forem tomadas, todos os indivíduos atingirão o seu potencial máximo de aquisição de massa
JA

óssea. Desse modo, com a chegada da menopausa ou se houver necessidade de utilizar drogas
OS

que aumentam a reabsorção óssea, o indivíduo terá uma reserva adequada, mantendo os ossos
RR

mais resistentes.
O tratamento da osteoporose também inclui dieta, atividade física, exposição solar, além das
BA

medidas preventivas de quedas e uso de medicamentos. No caso da osteoporose secundária,


A

além das medidas citadas anteriormente, a terapia deverá ser direcionada à doença de base
LL

estabelecida.
E
AB
IS

Quedas
A queda representa um grande problema para as pessoas idosas, dadas as suas
70

consequências (injúria, incapacidade, institucionalização e morte) que são resultados da


7
35

combinação de alta incidência com alta suscetibilidade à lesões.


70

Cerca de 30% das pessoas idosas caem a cada ano. Essa taxa aumenta para 40% entre os
27

idosos com mais de 80 anos e 50% entre os que residem em ILPI. As mulheres tendem a cair
06

mais que os homens até os 75 anos de idade, a partir dessa idade as frequências se igualam. Dos
que caem, cerca de 2,5% requerem hospitalização e desses, apenas metade sobreviverá após
IO

um ano.
AR
NU

Causas e fatores de risco


JA

As causas mais comuns relacionadas às quedas de pessoas idosas na comunidade são:


Relacionadas ao ambiente; Fraqueza/distúrbios de equilíbrio e marcha; Tontura/vertigem;
OS

Alteração postural/hipotensão ortostática; Lesão no SNC; Síncope; Redução da visão.


RR
BA

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SA
0I
77
Os fatores de risco podem ser divididos em intrínsecos e extrínsecos:

35
Fatores intrínsecos: decorrem das alterações fisiológicas relacionadas ao avançar da idade, da

70
presença de doenças, de fatores psicológicos e de reações adversas de medicações em uso.

27
Podem ser citados: Idosos com mais de 80 anos; Sexo feminino; Imobilidade; Quedas

06
precedentes; Equilíbrio diminuído; Marcha lenta e com passos curtos; Baixa aptidão física;

IO
Fraqueza muscular de MMII e MMSS (handgrip); Alterações cognitivas; Doença de Parkinson;

AR
Polifarmácia; Uso de sedativos, hipnóticos e ansiolíticos.

NU
Fatores extrínsecos: relacionados aos comportamentos e atividades das pessoas idosas e ao

JA
meio ambiente. Ambientes inseguros e mal iluminados, mal planejados e mal construídos, com

OS
barreiras arquitetônicas representam os principais fatores de risco para quedas.

RR
A maioria das quedas acidentais ocorre dentro de casa ou em seus arredores, geralmente
durante o desempenho de atividades cotidianas como caminhar, mudar deposição, ir ao

BA
banheiro. Cerca de 10% das quedas ocorrem em escadas, sendo que descê-las apresenta maior

A
risco que subi-las.

LL
A influência dos fatores ambientais no risco de quedas associa-se ao estado funcional e

BE
mobilidade da pessoa idosa. Quanto mais frágil, mais suscetível. Manobras posturais e

SA
obstáculos ambientais que não são problemas para pessoas idosas mais saudáveis podem

0I
transforma-se em séria ameaça à segurança e mobilidade daquelas com alterações em equilíbrio

77
e marcha.
35
Os riscos domésticos mais comuns que devem ser objeto de atenção das equipes de atenção
70
básica são:
27

Fatores que agravam a ocorrência de lesão na queda: Ausência de reflexos de proteção;


06

Densidade mineral óssea reduzida – osteoporose; Desnutrição; Idade avançada; Resistência e


rigidez da superfície sobre a qual se cai; Dificuldade para levantar após a queda.
IO
AR

Quedas com impacto direto sobre quadril e punho têm maior probabilidade de resultar
NU

em fraturas. Quando há uma superfície intermediária, por exemplo, uma cadeira, a


probabilidade de ocorrer fratura diminui, bem como com aqueles que conseguem reduzir a
JA

energia da queda, segurando-se.


OS
RR

Avaliação das quedas


Instabilidade postural e quedas são importantes marcadores de diminuição de capacidade
BA

funcional e fragilidade em pessoas idosas. Por essa razão, a referência da ocorrência de queda
A

sempre deve ser valorizada.


LL

A avaliação da queda visa a:


E
AB

a) Identificar a causa que levou a queda e tratá-la.


IS

b) Reconhecer fatores de risco para prevenir futuros eventos, implementando intervenções


adequadas.
770
35

A Caderneta da Pessoa Idosa é um instrumento que ajuda identificar os idosos que caem com
70

mais frequência, principalmente, nos últimos 12 meses. Na visita domiciliar, o agente


27

comunitário de saúde pode identificar esse problema e encaminhar para a equipe de Atenção
06

Básica/Saúde da Família.
Sugere-se que durante a consulta na Unidade Básica de Saúde ou visita ao domicílio, seja
IO

realizada uma Avaliação Multidimensional Rápida da Pessoa Idosa.


AR

A avaliação da queda envolve aspectos biológicos, físico-funcionais, cognitivos e


NU

psicossociais. Devem ser levantados dados relacionados: ao contexto e mecanismo das quedas.
JA

Às condições clínicas da pessoa idosa, considerando as doenças crônicas e agudas presentes. A


medicação em uso (prescritas ou automedicadas).
OS
RR
BA

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SA
0I
77
As principais complicações das quedas são lesões de partes moles, restrição prolongada ao

35
leito, hospitalização, institucionalização, risco de doenças iatrogenicas, fraturas, hematoma

70
subdural, incapacidade e morte.

27
06
Incontinência urinária

IO
A incontinência urinária (IU) ou perda involuntária de urina é um sério problema de saúde

AR
que afeta milhões de pessoas e pode ocorrer em qualquer idade, tendendo a manifestar-se mais
frequentemente com o aumentar da idade, principalmente, nas mulheres, na perimenopausa.

NU
A prevalência da incontinência urinária é maior nas mulheres que nos homens entre os 50 e

JA
75 anos, não apresentando variações por sexo na idade mais avançada. Estima-se que, entre as

OS
pessoas idosas, a prevalência de IU é de aproximadamente 10 a 15% entre os homens e de 20 a

RR
35% entre as mulheres. Idosos institucionalizados e os providos de internação hospitalar recente
apresentem incontinência urinária de 25 a 30%.

BA
Ao menos que sejam investigados, as pessoas não relatam incontinência urinária. A

A
ocorrência do problema tende a aumentar à medida que aumenta o número de medicamentos

LL
em uso e as comorbidades. Predispõe a infecções do trato urinário e genital, provoca maceração

BE
e ruptura da pele, facilita a formação de úlceras por pressão, celulites, contribui para disfunção

SA
sexual e para perda da função renal, afeta a qualidade do sono (normalmente interrompendo-

0I
o) e predispõe à ocorrência de quedas. Algumas vezes, é o primeiro e único sintoma de infecção

77
do trato urinário.
35
A IU tem grande impacto sobre a qualidade de vida das pessoas idosas causando, geralmente,
70
grande constrangimento e induzindo ao isolamento social e à depressão. A qualidade de vida é
27

adversamente afetada pela incontinência urinária, havendo uma tendência à autopercepção


06

negativa de saúde por parte das pessoas idosas. Constitui uma das principais causas de
institucionalização de idosos.
IO

A incontinência urinária pode ser definida como “a perda de urina em quantidade e


AR

frequência suficientes para causar um problema social ou higiênico”. Pode variar desde um
NU

escape ocasional até uma incapacidade total para segurar qualquer quantidade de urina. Ela se
deve, com frequência, a alterações específicas do corpo em decorrência de doenças, uso de
JA

medicamentos ou pode representar o início de uma doença.


OS

Entre as mulheres, a principal alteração é a redução da pressão máxima de fechamento


RR

uretral, consequência de danos secundários a partos, cirurgias, radiação, tabagismo, obesidade,


distúrbios neurológicos, da redução da vascularização e hipotrofia dos tecidos que revestem e
BA

envolvem a uretra, a bexiga e a vagina e outros.


A

Entre os homens, o aumento da próstata é, provavelmente, o principal fator responsável


LL

pelas alterações do fluxo urinário. Algumas alterações da função vesical e da uretra ocorrem em
E
AB

ambos os sexos e incluem redução da contratilidade e da capacidade vesical, declínio da


IS

habilidade para retardar a micção, aumento do volume residual (para não mais de 50 a 100 ml)
e aparecimento de contrações vesicais não inibidas pelo detrusor.
70

Alterações da mobilidade, da destreza manual (dificultando a retirada rápida das vestes), da


7
35

motivação e a tendência a excretar maiores volumes após deitar-se (em consequência da maior
70

filtração renal) também predispõem a pessoa idosa à incontinência.


27

É de primordial importância que esse problema seja abordado na rotina de avaliação de toda
06

pessoa idosa, pois, habitualmente, a pessoa com incontinência urinária não comparece à
consulta por esse problema, nem dá essa informação de maneira voluntária. Isso se deve
IO

fundamentalmente à vergonha sentida e à crença de ser esta condição uma consequência


AR

inevitável do envelhecimento.
NU
JA

As causas de incontinência urinária na pessoa idosa podem ser divididas em agudas


(temporárias) e crônicas.
OS

As causas agudas – devem ser descartadas antes de se realizar qualquer outra intervenção:
RR
BA

______________________________________________________________________
A
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E
AB
IS
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SA
0I
77
Endócrinas - hiperglicemia, hiperpotassemia, diabetes, vaginite atrófica. A hipotrofia dos tecidos

35
periuretrais e vaginais ocorre em mulheres após a menopausa e implica em adelgaçamento

70
epitelial com perda do selo mucoso da uretra, irritação local, mucosa vaginal friável, com

27
petéquias e eritema. A incontinência é caracterizada por urgência e disúria.

06
Psicológicas - depressão (quando severa, pode levar a pessoa a não se importar com perda

IO
urinária ou reduzir a iniciativa de chegar ao banheiro), ideias delirantes.

AR
Farmacológicas - Efeitos adversos tratamentos medicamentosos. Os principais fármacos ou
substâncias que podem causar incontinência são: diuréticos, anticolinérgicos, antidepressivos,

NU
antipsicóticos, hipnóticos-sedativos, narcóticos, agonista alfa-adrenérgico, antagonista alfa-

JA
adrenérgico, bloqueadores de cálcio, cafeína e álcool.

OS
Infecciosas - Infecção do trato urinário (ITU) sintomática é uma importante causa transitória de

RR
incontinência urinária, uma vez que os sintomas de urgência miccional e disúria podem ser
intensos a ponto de não permitir a chegada ao banheiro a tempo. A ITU assintomática, muito

BA
comum em idosos, não é causa de incontinência.

A
Neurológicas:

LL
• Doença vascular cerebral, doença de Parkinson, hidrocefalia normotensa.

BE
• Delirium - deve ser identificado, principalmente, pela eventual morbimortalidade de sua

SA
causa de base. Uma vez revertida essa causa, tanto o delirium como a incontinência

0I
precipitada normalmente se resolvem.

77
Redução da consciência – perda da capacidade voluntária de contração esfincteriana.
35
Redução da mobilidade pode impedir a pessoa de acessar o banheiro a tempo e pode ser
70
causada por fatores físicos (limitação ao leito ou cadeira de rodas) ou dificuldades de
27

deambulação, por neuropatia diabética ou osteoartrose, má acuidade visual etc.


06

Excesso de débito urinário - pode ocorrer em condições como hiperglicemia e hipercalcemia e


com o uso de diuréticos, inclusive cafeína e álcool.
IO

Obstipação Intestinal - impactação fecal (fecaloma) que pode levar a incontinência urinária e
AR

fecal e deve-se fazer suspeita em caso da coexistência de ambas as condições. O mecanismo


NU

pode envolver o estímulo mecânico de receptores opioides ou da uretra e bexiga. A remoção do


JA

fecaloma resolve ambas as condições.


OS

As causas crônicas podem ser divididas em quatro grupos, cujos sintomas e causas mais
RR

frequentes podem ser assim resumidos:


BA

Classificação da IU segundo tipo, sintomas e causas comuns


A
E LL

TIPO SINTOMAS CAUSAS COMUNS


AB

ESFORÇO Escape involuntário de urina (quase sempre Debilidade e lassidão do assoalho


IS

em pequenas quantidades) com aumentos pélvico, que provoca


70

da pressão intra-abdominal (p.ex., tosse, hipermobilidade da base vesical e


7

risos ou exercício) da uretra proximal.


35

Debilidade do esfíncter uretral ou


70

da saída da bexiga, quase sempre


27

por cirurgia ou traumatismo.


06

URGÊNCIA Extravasamento de urina (quase sempre Hiperatividade do detrusor, isolada


IO

volumes grandes, ainda que seja variável) ou associada a:


AR

pela incapacidade para retardar a micção • Condições locais como uretrite,


após perceber a sensação de plenitude cistite, tumores, litíase,
NU

vesical. diverticulose
JA

• Alterações do SNC como AVC,


OS

demência, parkinsonismo, lesão


espinhal.
RR
BA

______________________________________________________________________
A
LL

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parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 22

SA
0I
77
35
SOBREFLUXO Escape de urina (quase sempre em pequenas • Obstrução anatômica: pela

70
quantidades) secundária a esforço mecânico próstata ou por uma cistocele

27
sobre a bexiga distendida ou por outros grande.

06
efeitos da retenção urinária e a função • Bexiga hipocontratil associada à

IO
esfincteriana. diabetes mellitus ou lesão medular

AR
FUNCIONAL Escape de urina relacionado com a • Demência grave.

NU
incapacidade para usar o vaso sanitário por • Imobilidade.
dano da função cognitiva ou física, falta de • Ataduras.

JA
disposição psicológica ou barreiras no • Depressão.

OS
ambiente.

RR
Segundo Brunner, a incontinência urinária se divide em:

BA
A incontinência de estresse refere-se à perda involuntária de urina através de uma

A
uretra intacta, em consequência de espirro, tosse ou mudança de posição. Afeta

LL
predominantemente as mulheres que tiveram partos vaginais, e acredita-se que seja o resultado

BE
de uma diminuição da sustentação da uretra pelos ligamentos e assoalho pélvico e por níveis

SA
decrescentes de estrogênio ou a sua ausência nas paredes uretrais e na base da bexiga. Nos

0I
homens, a incontinência de estresse é observada frequentemente após prostatectomia radical

77
para o câncer de próstata, devido à perda da compressão uretral exercida pela próstata antes
da cirurgia e, possivelmente, devido à irritabilidade da parede vesical. 35
70
A incontinência de urgência refere-se à perda involuntária de urina associada a uma
27

forte necessidade de urinar, que não pode ser suprimida. O cliente tem consciência da
06

necessidade de urinar, porém é incapaz de chegar a tempo a um vaso sanitário. O fator


precipitante consiste na contração não inibida do detrusor. Isso pode ocorrer em um cliente
IO

com disfunção neurológica que compromete a inibição da contração vesical, ou em um cliente


AR

sem disfunção neurológica franca.


NU

A incontinência funcional refere-se aos casos em que a função das vias urinárias
JA

inferiores está conservada, porém outros fatores, como comprometimento cognitivo grave (p.
ex., doença de Alzheimer), dificultam a identificação da necessidade de urinar pelo cliente, ou
OS

existência de comprometimento físico, que dificulta ou até mesmo impossibilita o cliente de


RR

chegar a tempo ao vaso sanitário para urinar.


BA

A incontinência iatrogênica refere-se à perda involuntária de urina, devido a fatores


clínicos extrínsecos, predominantemente medicamentos. Um exemplo desse tipo é o uso de
A
LL

agentes alfa-adrenérgicos para diminuir a pressão arterial. Em alguns indivíduos com sistema
E

urinário intacto, esses agentes afetam adversamente os receptores alfa responsáveis pela
AB

pressão de fechamento do colo da bexiga; o colo da bexiga relaxa até o ponto de incontinência,
IS

com aumento mínimo da pressão intra-abdominal, simulando, assim, a incontinência de


70

estresse. Uma vez suspenso o medicamento, a incontinência aparente desaparece.


7

A incontinência urinária mista, que engloba vários tipos de incontinência urinária,


35

consiste em vazamento involuntário de urina associado a urgência, bem como a exercício,


70

esforço, espirro ou tosse.


27
06

Avaliação da IU:
Quando a pessoa idosa relata perda involuntária de urina, isso deve ser minuciosamente
IO
AR

investigado.
NU

As ações de intervenção para a incontinência urinária crônica têm um amplo espectro, e


JA

ainda que a maioria delas exija a participação de especialistas no assunto, o profissional de


OS

saúde da atenção primária deve conhecê-las. Elas estão resumidas no quadro a seguir:
RR
BA

______________________________________________________________________
A
LL

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E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 23

SA
0I
77
TIPO TRATAMENTO PRIMÁRIO

35
70
ESFORÇO Exercícios para soalho pélvico (Kegel).

27
Reorientação de controle miccional.

06
Cirurgia.

IO
URGÊNCIA A primeira linha de tratamento para incontinência urinária de urgência é a

AR
comportamental.

NU
Reorientação de controle miccional. Fixar horário para micção.
Adaptações ambientais que facilitem a chegada ao banheiro;

JA
Uso de relaxantes vesicais.

OS
SOBREFLUXO Cirúrgico.

RR
Uso de fraldões ou sonda externa.

BA
Medidas não farmacológicas

A
A utilização de algumas medidas não farmacológicas contribui para o melhor controle da IU.

LL
São elas:

BE
1. Adaptação e manipulação ambiental – facilitando acesso e uso do banheiro ou uso de

SA
coletores (urinol, papagaio ou comadre) à beira do leito.

0I
2. Terapias de comportamento:

77
2.1 Exercícios de musculatura pélvica e treinamento vesical.
2.2 treinamento do hábito e a micção programada. 35
70
27

Treinamento vesical
06

Indicado para pessoas com incontinência de urgência, com capacidades físicas e mentais
preservadas e motivadas para o treinamento. Tem por objetivo suprimir a instabilidade e
IO

aumentar a capacidade vesical por meio de técnicas de fortalecimento. Consiste em estabelecer


AR

pequenos intervalos entre as micções e aumentá-los progressivamente até atingir três ou quatro
NU

horas sem incontinência. A pessoa é instruída para, durante os episódios de urgência, levantar-
JA

se ou sentar-se lentamente, inspirar profundamente e expirar lentamente, ao mesmo tempo


que tenta contrair a musculatura pélvica. Após sentir controlada a sensação de urgência, a
OS

pessoa deve dirigir-se ao banheiro, lentamente.


RR
BA

Fortalecimento do assoalho pélvico


Tem por objetivo aumentar a força e o volume dos músculos do assoalho pélvico, a partir de
A
LL

uma avaliação prévia. Inclui os exercícios de Kegel, os cones vaginais, o biofeedack e a


E

estimulação elétrica. São indicadas somente após diagnóstico e devem ser orientadas ou
AB

acompanhadas por profissionais treinados.


IS

Pela sua fácil aplicação e eficiência os exercícios de Kegel serão melhor descritos:
70

• Exercícios de Kegel: podem ser realizados em qualquer lugar, sentada, em pé ou deitada.


7

Primeiro, a pessoa deve identificar onde se localizam os seus músculos pélvicos. Uma
35

maneira de fazê-lo é começar a urinar e então tentar prender a urina. Se conseguir, pelo
70

menos, diminuir o jato de urina, é porque está usando os músculos corretos. A pessoa não
27

deve contrair os músculos das nádegas ou os músculos abdominais. Para um treinamento de


06

força eficaz, recomenda-se de 8 a 12 contrações lentas e próximas da força máxima, com


IO

período de manutenção da contração de pelo menos 6 segundos, em três séries, 3 a 4 vezes


AR

por semana.
• Cones vaginais: consiste na introdução vaginal de cones com diferentes pesos. Para retê-los,
NU

é necessária a contração da musculatura do assoalho pélvico. Fáceis de executar e de baixo


JA

custo.
OS
RR
BA

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A
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E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 24

SA
0I
77
• A Eletroestimulação e o Biofeedback são técnicas que também podem ser utilizadas com

35
bons resultados, embora necessitem de profissionais especializados e aparelhos especiais,

70
disponíveis em centros especializados.

27
06
Além do fortalecimento do assoalho pélvico, outras medidas preventivas também podem ser

IO
adotadas tais como:

AR
• Eliminação ou diminuição do uso de álcool ou café em demasia.

NU
• Diminuição do uso de cigarros.
• Uso adequado de medicações como diuréticos, beta-bloqueadores, antiespasmódicos,

JA
antidepressivos, anti-histamínicos e medicamentos para tosse/gripe.

OS
RR
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA - PORTARIA Nº 2.528 DE 19 DE OUTUBRO DE
2006

BA
A Política Nacional do Idoso, promulgada em 1994 e regulamentada em 1996, assegura

A
direitos sociais à pessoa idosa, criando condições para promover sua autonomia, integração e

LL
participação efetiva na sociedade e reafirmando o direito à saúde nos diversos níveis de

BE
atendimento do SUS (Lei nº 8.842/94 e Decreto nº 1.948/96).

SA
Em 1999, a Portaria Ministerial nº 1.395 anuncia a Política Nacional de Saúde do Idoso, a

0I
qual determina que os órgãos e entidades do Ministério da Saúde relacionados ao tema

77
promovam a elaboração ou a readequação de planos, projetos e atividades na conformidade
35
das diretrizes e responsabilidades nela estabelecidas (Brasil, 1999). Essa política assume que o
70
principal problema que pode afetar o idoso é a perda de sua capacidade funcional, isto é, a perda
27

das habilidades físicas e mentais necessárias para realização de atividades básicas e


06

instrumentais da vida diária.


Em 2002, é proposta a organização e a implantação de Redes Estaduais de Assistência à
IO

Saúde do Idoso (Portaria nº 702/SAS/MS, de 2002), tendo como base as condições de gestão e
AR

a divisão de responsabilidades definida pela Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS).


NU

Como parte de operacionalização das redes, são criadas as normas para cadastramento de
JA

Centros de Referência em Atenção à Saúde do Idoso (Portaria nº 249/SAS/MS, de 2002).


Em 2003, o Congresso Nacional aprova e o Presidente da República sanciona o Estatuto
OS

do Idoso, elaborado com intensa participação de entidades de defesa dos interesses dos idosos.
RR

O Estatuto do Idoso amplia a resposta do Estado e da sociedade às necessidades da população


BA

idosa, mas não traz consigo meios para financiar as ações propostas. O Capítulo IV do Estatuto
reza especificamente sobre o papel do SUS na garantia da atenção à saúde da pessoa idosa de
A
LL

forma integral, em todos os níveis de atenção.


E

Assim, embora a legislação brasileira relativa aos cuidados da população idosa seja
AB

bastante avançada, a prática ainda é insatisfatória. A vigência do Estatuto do Idoso e seu uso
IS

como instrumento para a conquista de direitos dos idosos, a ampliação da Estratégia Saúde da
70

Família que revela a presença de idosos e famílias frágeis e em situação de grande


7

vulnerabilidade social e a inserção ainda incipiente das Redes Estaduais de Assistência à Saúde
35

do Idoso tornaram imperiosa a readequação da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa


70

(PNSPI).
27

1. Finalidade
06

A finalidade primordial da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa é recuperar, manter


IO

e promover a autonomia e a independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas


AR

coletivas e individuais de saúde para esse fim, em consonância com os princípios e diretrizes do
Sistema Único de Saúde. É alvo dessa política todo cidadão e cidadã brasileiros com 60 anos ou
NU

mais de idade.
JA

Considerando:
OS

a) o contínuo e intenso processo de envelhecimento populacional brasileiro;


b) os inegáveis avanços políticos e técnicos no campo da gestão da saúde;
RR
BA

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A
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E
AB
IS
L
BE
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SA
0I
77
c) o conhecimento atual da Ciência;

35
d) o conceito de saúde para o indivíduo idoso se traduz mais pela sua condição de

70
autonomia e independência que pela presença ou ausência de doença orgânica;

27
e) a necessidade de buscar a qualidade da atenção aos indivíduos idosos por meio de

06
ações fundamentadas no paradigma da promoção da saúde;

IO
f) o compromisso brasileiro com a Assembleia Mundial para o Envelhecimento de 2002,

AR
cujo Plano de Madri fundamenta-se em: (a) participação ativa dos idosos na sociedade, no
desenvolvimento e na luta contra a pobreza; (b) fomento à saúde e bem-estar na velhice:

NU
promoção do envelhecimento saudável; e (c) criação de um entorno propício e favorável ao

JA
envelhecimento; e

OS
g) escassez de recursos sócio-educativos e de saúde direcionados ao atendimento ao

RR
idoso;
A necessidade de enfrentamento de desafios como:

BA
a) a escassez de estruturas de cuidado intermediário ao idoso no SUS, ou seja, estruturas

A
de suporte qualificado para idosos e seus familiares destinadas a promover intermediação

LL
segura entre a alta hospitalar e a ida para o domicílio;

BE
b) número insuficiente de serviços de cuidado domiciliar ao idoso frágil previsto no

SA
Estatuto do Idoso. Sendo a família, via de regra, a executora do cuidado ao idoso, evidencia-se

0I
a necessidade de se estabelecer um suporte qualificado e constante aos responsáveis por esses

77
cuidados, tendo a atenção básica por meio da Estratégia Saúde da Família um papel
fundamental; 35
70
c) a escassez de equipes multiprofissionais e interdisciplinares com conhecimento em
27

envelhecimento e saúde da pessoa idosa; e


06

d) a implementação insuficiente ou mesmo a falta de implementação das Redes de


Assistência à Saúde do Idoso.
IO

O sistema de saúde brasileiro tradicionalmente está organizado para atender à saúde


AR

materno-infantil e não tem considerado o envelhecimento como uma de suas prioridades. Uma
NU

importante consequência do aumento do número de pessoas idosas em uma população é que


esses indivíduos provavelmente apresentarão um maior número de doenças e/ou condições
JA

crônicas que requerem mais serviços sociais e médicos e por mais tempo.
OS

Outro fato importante a ser considerado é que saúde para a população idosa não se
RR

restringe ao controle e à prevenção de agravos de doenças crônicas não-transmissíveis. Saúde


da pessoa idosa é a interação entre a saúde física, a saúde mental, a independência financeira,
BA

a capacidade funcional e o suporte social.


A

2.1. O Grande Desafio: o Envelhecimento Populacional em Condição de Desigualdade


LL

Social e de Gênero
E
AB

Envelhecimento populacional é definido como a mudança na estrutura etária da


IS

população, o que produz um aumento do peso relativo das pessoas acima de determinada
idade, considerada como definidora do início da velhice. No Brasil, é definida como idosa a
70

pessoa que tem 60 anos ou mais de idade (BRASIL, 2003).


7
35

O envelhecimento é também uma questão de gênero. Cinquenta e cinco por cento da


70

população idosa são formados por mulheres. A proporção do contingente feminino é tanto mais
27

expressiva quanto mais idoso for o segmento. Essa predominância feminina se dá em zonas
06

urbanas. Nas rurais, predominam os homens, o que pode resultar em isolamento e abandono
dessas pessoas.
IO

O envelhecimento populacional desafia a habilidade de produzir políticas de saúde que


AR

respondam às necessidades das pessoas idosas. A proporção de usuários idosos de todos os


NU

serviços prestados tende a ser cada vez maior, quer pelo maior acesso às informações do
JA

referido grupo etário, quer pelo seu expressivo aumento relativo e absoluto na população
brasileira.
OS

Além disso, os idosos diferem de acordo com a sua história de vida, com seu grau de
RR

independência funcional e com a demanda por serviços mais ou menos específicos. Todos
BA

______________________________________________________________________
A
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E
AB
IS
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SA
0I
77
necessitam, contudo, de uma avaliação pautada no conhecimento do processo de

35
envelhecimento e de suas peculiaridades e adaptada à realidade sociocultural em que estão

70
inseridos. Faz-se, portanto, necessário que os serviços que prestam atendimento a idosos

27
respondam a necessidades específicas e distingam-se pela natureza da intensidade dos serviços

06
que ofereçam.

IO
2.2. Contextualização: Responder às Demandas das Pessoas Idosas mais Frágeis dentre a

AR
População em Maior Risco de Vulnerabilidade
O envelhecimento populacional cursa com o aumento de doenças e condições que podem

NU
levar a incapacidade funcional. A incapacidade funcional é a dificuldade experimentada em

JA
realizar atividades em qualquer domínio da vida devido a um problema físico ou de saúde. Ela

OS
também pode ser entendida como a distância entre a dificuldade apresentada e os recursos

RR
pessoais e ambientais de que dispõe para superá-la.
Incapacidade funcional e limitações físicas, cognitivas e sensoriais não são consequências

BA
inevitáveis do envelhecimento. A prevalência da incapacidade aumenta com a idade, mas a

A
idade sozinha não prediz incapacidade. Mulheres, minorias e pessoas de baixo poder

LL
socioeconômico são particularmente vulneráveis. Independentemente de sua etiologia, pessoas

BE
com incapacidade estão em maior risco para problemas de saúde e afins. A presença de

SA
incapacidade é ônus para o indivíduo, para a família, para o sistema de saúde e para a sociedade.

0I
77
3. Diretrizes
35
Não se fica velho aos 60 anos. O envelhecimento é um processo natural que ocorre ao
70
longo de toda a experiência de vida do ser humano, por meio de escolhas e de circunstâncias. O
27

preconceito contra a velhice e a negação da sociedade quanto a esse fenômeno colaboram para
06

a dificuldade de se pensar políticas específicas para esse grupo.


“Quando o envelhecimento é aceito como um êxito, o aproveitamento da competência,
IO

experiência e dos recursos humanos dos grupos mais velhos é assumido com naturalidade, como
AR

uma vantagem para o crescimento de sociedades humanas maduras e plenamente integradas”


NU

(Plano de Madri, Artigo 6º).


Envelhecer, portanto, deve ser com saúde, de forma ativa, livre de qualquer tipo de
JA

dependência funcional, o que exige promoção da saúde em todas as idades. Importante


OS

acrescentar que muitos idosos brasileiros envelheceram e envelhecem apesar da falta de


RR

recursos e da falta de cuidados específicos de promoção e de prevenção em saúde. Entre esses


estão os idosos que vivem abaixo da linha de pobreza, analfabetos, os sequelados de acidentes
BA

de trabalho, os amputados por arteriopatias, os hemiplégicos, os idosos com síndromes


A

demenciais, e para eles também é preciso achar respostas e ter ações específicas.
LL

São apresentadas abaixo as diretrizes da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa:


E
AB

a) promoção do envelhecimento ativo e saudável;


IS

b) atenção integral, integrada à saúde da pessoa idosa;


c) estímulo às ações intersetoriais, visando à integralidade da atenção;
70

d) provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa


7
35

idosa;
70

e) estímulo à participação e fortalecimento do controle social;


27

f) formação e educação permanente dos profissionais de saúde do SUS na área de saúde


06

da pessoa idosa;
g) divulgação e informação sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para
IO

profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS;


AR

h) promoção de cooperação nacional e internacional das experiências na atenção à saúde


NU

da pessoa idosa; e
JA

i) apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.


OS
RR
BA

______________________________________________________________________
A
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E
AB
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SA
0I
77
3.1. Promoção do Envelhecimento Ativo e Saudável

35
A promoção do envelhecimento ativo, isto é, envelhecer mantendo a capacidade

70
funcional e a autonomia, é reconhecidamente a meta de toda ação de saúde. Ela permeia todas

27
as ações desde o pré-natal até a fase da velhice. A abordagem do envelhecimento ativo baseia-

06
se no reconhecimento dos direitos das pessoas idosas e nos princípios de independência,

IO
participação, dignidade, assistência e autorrealização determinados pela Organização das

AR
Nações Unidas (WHO, 2002).
Para tanto é importante entender que as pessoas idosas constituem um grupo

NU
heterogêneo. Também será necessário vencer preconceitos e discutir mitos arraigados em nossa

JA
cultura. Os profissionais de saúde e a comunidade devem perceber que a prevenção e a

OS
promoção de saúde não é privilégio apenas dos jovens. A promoção não termina quando se faz

RR
60 anos e as ações de prevenção, sejam elas primárias, secundárias ou terciárias, devem ser
incorporadas à atenção à saúde, em todas as idades.

BA
Envelhecimento bem sucedido pode ser entendido a partir de seus três componentes: (a)

A
menor probabilidade de doença; (b) alta capacidade funcional física e mental; e (c) engajamento

LL
social ativo com a vida. O Relatório Healthy People 2000 da OMS enfatiza em seus objetivos:

BE
aumentar os anos de vida saudável, reduzir disparidades na saúde entre diferentes grupos

SA
populacionais e assegurar o acesso a serviços preventivos de saúde. Além disso, é preciso

0I
incentivar e equilibrar a responsabilidade pessoal – cuidado consigo mesmo – ambientes

77
amistosos para a faixa etária e solidariedade entre gerações. As famílias e indivíduos devem se
35
preparar para a velhice, esforçando-se para adotar uma postura de práticas saudáveis em todas
70
as fases da vida (OMS, 2002).
27

Com a perspectiva de ampliar o conceito de “envelhecimento saudável”, a Organização


06

Mundial da Saúde propõe “Envelhecimento Ativo: Uma Política de Saúde” (2005), ressaltando
que o governo, as organizações internacionais e a sociedade civil devam implementar políticas
IO

e programas que melhorem a saúde, a participação e a segurança da pessoa idosa. Considerando


AR

o cidadão idoso não mais como passivo, mas como agente das ações a eles direcionadas, numa
NU

abordagem baseada em direitos, que valorize os aspectos da vida em comunidade, identificando


o potencial para o bem-estar físico, social e mental ao longo do curso da vida.
JA

Aproveitar todas as oportunidades para:


OS

a) desenvolver e valorizar o atendimento acolhedor e resolutivo à pessoa idosa, baseado


RR

em critérios de risco;
b) informar sobre seus direitos, como ser acompanhado por pessoas de sua rede social
BA

(livre escolha) e quem são os profissionais que cuidam de sua saúde;


A

c) valorizar e respeitar a velhice;


LL

d) estimular a solidariedade para com esse grupo etário;


E
AB

e) realizar ações de prevenção de acidentes no domicílio e nas vias públicas, como quedas
IS

e atropelamentos;
f) realizar ações integradas de combate à violência doméstica e institucional contra idosos
70

e idosas;
7
35

g) facilitar a participação das pessoas idosas em equipamentos sociais, grupos de terceira


70

idade, atividade física, conselhos de saúde locais e conselhos comunitários onde o idoso possa
27

ser ouvido e apresentar suas demandas e prioridades;


06

h) articular ações e ampliar a integração entre as secretarias municipais e as estaduais de


saúde, e os programas locais desenvolvidos para a difusão da atividade física e o combate ao
IO

sedentarismo;
AR

i) promover a participação nos grupos operativos e nos grupos de convivência, com ações
NU

de promoção, valorização de experiências positivas e difusão dessas na rede, nortear e captar


JA

experiências;
j) informar e estimular a prática de nutrição balanceada, sexo seguro, imunização e
OS

hábitos de vida saudáveis;


RR
BA

______________________________________________________________________
A
LL

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E
AB
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SA
0I
77
k) realizar ações motivadoras ao abandono do uso de álcool, tabagismo e sedentarismo,

35
em todos os níveis de atenção;

70
l) promover ações grupais integradoras com inserção de avaliação, diagnóstico

27
e tratamento da saúde mental da pessoa idosa;

06
m) reconhecer e incorporar as crenças e modelos culturais dos usuários em seus planos

IO
de cuidado, como forma de favorecer a adesão e a eficiência dos recursos e tratamentos

AR
disponíveis;
n) promover a saúde por meio de serviços preventivos primários, tais como a vacinação

NU
da população idosa, em conformidade com a Política Nacional de Imunização;

JA
o) estimular programas de prevenção de agravos de doenças crônicas não-transmissíveis

OS
em indivíduos idosos;

RR
p) implementar ações que contraponham atitudes preconceituosas e sejam
esclarecedoras de que envelhecimento não é sinônimo de doença;

BA
q) disseminar informação adequada sobre o envelhecimento para os profissionais de

A
saúde e para toda a população, em especial para a população idosa;

LL
r) implementar ações para reduzir hospitalizações e aumentar habilidades para o auto-

BE
cuidado dos usuários do SUS;

SA
s) incluir ações de reabilitação para a pessoa idosa na atenção primária de modo a intervir

0I
no processo que origina a dependência funcional;

77
t) investir na promoção da saúde em todas as idades; e
35
u) articular as ações do Sistema Único de Saúde com o Sistema Único de Assistência Social
70
– SUAS.
27
06

3.2. Atenção Integral e Integrada à Saúde da Pessoa Idosa


A atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa deverá ser estruturada nos moldes
IO

de uma linha de cuidados, com foco no usuário, baseado nos seus direitos, necessidades,
AR

preferências e habilidades; estabelecimento de fluxos bidirecionais funcionantes, aumentando


NU

e facilitando o acesso a todos os níveis de atenção; providos de condições essenciais - infra-


estrutura física adequada, insumos e pessoal qualificado para a boa qualidade técnica.
JA

Incorporação, na atenção básica, de mecanismos que promovam a melhoria da qualidade


OS

e aumento da resolutividade da atenção à pessoa idosa, com envolvimento dos profissionais da


RR

atenção básica e das equipes do Saúde da Família, incluindo a atenção domiciliar e ambulatorial,
com incentivo à utilização de instrumentos técnicos validados, como de avaliação funcional e
BA

psicossocial.
A

Incorporação, na atenção especializada, de mecanismos que fortaleçam a atenção à


LL

pessoa idosa: reestruturação e implementação das Redes Estaduais de Atenção à Saúde da


E
AB

Pessoa Idosa, visando a integração efetiva com a atenção básica e os demais níveis de atenção,
IS

garantindo a integralidade da atenção, por meio do estabelecimento de fluxos de referência e


contrarreferência; e implementando de forma efetiva modalidades de atendimento que
70

correspondam às necessidades da população idosa, com abordagem multiprofissional e


7
35

interdisciplinar, sempre que possível. Contemplando também fluxos de retaguarda para a rede
70

hospitalar e demais especialidades, disponíveis no Sistema Único de Saúde.


27

A prática de cuidados às pessoas idosas exige abordagem global, interdisciplinar e


06

multidimensional, que leve em conta a grande interação entre os fatores físicos, psicológicos
e sociais que influenciam a saúde dos idosos e a importância do ambiente no qual está
IO

inserido.
AR

A abordagem também precisa ser flexível e adaptável às necessidades de uma clientela


NU

específica. A identificação e o reconhecimento da rede de suporte social e de suas necessidades


JA

também faz parte da avaliação sistemática, objetivando prevenir e detectar precocemente o


cansaço das pessoas que cuidam.
OS
RR
BA

______________________________________________________________________
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 29

SA
0I
77
As intervenções devem ser feitas e orientadas com vistas à promoção da autonomia e

35
independência da pessoa idosa, estimulando-a para o autocuidado. Grupos de autoajuda

70
entre as pessoas que cuidam devem ser estimulados.

27
Uma abordagem preventiva e uma intervenção precoce são sempre preferíveis às

06
intervenções curativas tardias. Para tanto, é necessária a vigilância de todos os membros da

IO
equipe de saúde, a aplicação de instrumentos de avaliação e de testes de triagem, para detecção

AR
de distúrbios cognitivos, visuais, de mobilidade, de audição, de depressão e do
comprometimento precoce da funcionalidade, dentre outros.

NU
O modelo de atenção à saúde baseado na assistência médica individual não se mostra

JA
eficaz na prevenção, educação e intervenção, em questões sociais, ficando muitas vezes restritas

OS
às complicações advindas de afecções crônicas. A cada etapa de intervenção os profissionais

RR
deverão considerar os anseios do idoso e de sua família. Pressupondo-se troca de informações
e negociação das expectativas de cada um, levando-se em consideração elementos históricos

BA
do paciente, seus recursos individuais e sociais e aqueles da rede de suporte social disponível

A
no local.

LL
Um dos instrumentos gerenciais imprescindíveis é a implementação da avaliação

BE
funcional individual e coletiva. A partir da avaliação funcional coletiva determina-se a pirâmide

SA
de risco funcional, estabelecida com base nas informações relativas aos critérios de risco da

0I
população assistida pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de cada município.

77
Verifica-se como está distribuída a população adscrita à equipe do Saúde da Família, com
35
base no inventário de risco funcional. Nos municípios que não dispõem da Estratégia Saúde da
70
Família, as equipes das UBS poderão ser responsáveis por esse levantamento e
27

acompanhamento.
06

Assim, é possível conhecer qual a proporção de idosos que vivem em Instituições de Longa
Permanência para Idosos, a proporção daqueles com alta dependência funcional – acamados –
IO

, a proporção dos que já apresentam alguma incapacidade funcional para atividades básicas da
AR

vida diária (AVD) – como tomar banho, vestir-se, usar o banheiro, transferir-se da cama para a
NU

cadeira, ser continente e alimentar-se com a própria mão – e qual a proporção de idosos
independentes.
JA

Indivíduos idosos, mesmo sendo independentes, mas que apresentem alguma dificuldade
OS

nas atividades instrumentais de vida diária (AIVD) – preparar refeições, controlar a própria
RR

medicação, fazer compras, controlar o próprio dinheiro, usar o telefone, fazer pequenas tarefas
e reparos domésticos e sair de casa sozinho utilizando uma condução coletiva –, são
BA

considerados idosos com potencial para desenvolver fragilidade e por isso merecerão atenção
A

específica pelos profissionais de saúde e devem ser acompanhados com maior freqüência.
LL

Considera-se idoso frágil ou em situação de fragilidade aquele que: vive em ILPI,


E
AB

encontra-se acamado, esteve hospitalizado recentemente por qualquer razão, apresente


IS

doenças sabidamente causadoras de incapacidade funcional – acidente vascular encefálico,


síndromes demenciais e outras doenças neurodegenerativas, etilismo, neoplasia terminal,
70

amputações de membros –, encontra-se com pelo menos uma incapacidade funcional básica,
7
35

ou viva situações de violência doméstica. Por critério etário, a literatura estabelece que
70

também é frágil o idoso com 75 anos ou mais de idade. Outros critérios poderão ser acrescidos
27

ou modificados de acordo com as realidades locais.


06

Uma vez conhecida a condição de fragilidade, será necessário avaliar os recursos locais
para lidar com ela, de modo a facilitar o cuidado domiciliar, incluir a pessoa que cuida no
IO

ambiente familiar como um parceiro da equipe de cuidados, fomentar uma rede de


AR

solidariedade para com o idoso frágil e sua família, bem como promover a reinserção da parcela
NU

idosa frágil na comunidade.


JA

De acordo com a condição funcional da pessoa idosa serão estabelecidas ações de


atenção primária, de prevenção – primária, secundária e terciária –, de reabilitação, para a
OS

recuperação da máxima autonomia funcional, prevenção do declínio funcional, e recuperação


RR
BA

______________________________________________________________________
A
LL

O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 30

SA
0I
77
da saúde. Estarão incluídas nessas ações o controle e a prevenção de agravos de doenças

35
crônicas não-transmissíveis.

70
27
3.3. Estímulo às Ações Intersetoriais, visando à Integralidade da Atenção

06
A prática da intersetorialidade pressupõe o reconhecimento de parceiros e de órgãos

IO
governamentais e não-governamentais que trabalham com a população idosa. A organização do

AR
cuidado intersetorial a essa população evita duplicidade de ações, corrige distorções e
potencializa a rede de solidariedade.

NU
As ações intersetoriais visando à integralidade da atenção à saúde da pessoa idosa devem

JA
ser promovidas e implementadas, considerando as características e as necessidades locais.

OS
RR
3.4. Provimento de Recursos Capazes de Assegurar Qualidade da Atenção à Saúde da
Pessoa Idosa

BA
Deverão ser definidas e pactuadas com os estados, o Distrito Federal e os municípios as

A
formas de financiamento que ainda não foram regulamentadas, para aprimoramento da

LL
qualidade técnica da atenção à saúde prestada à pessoa idosa. Os mecanismos e os fluxos de

BE
financiamento devem ter por base as programações ascendentes de estratégias que

SA
possibilitem a valorização do cuidado humanizado ao indivíduo idoso. Abaixo são apresentados

0I
os itens prioritários para a pactuação:

77
a) provimento de insumos, de suporte em todos os níveis de atenção, prioritariamente na
atenção domiciliar inclusive medicamentos; 35
70
b) provimento de recursos para adequação de estrutura física dos serviços próprios do
27

SUS;
06

c) provimento de recursos para ações de qualificação e de capacitação de recursos


humanos, e incremento da qualidade técnica dos profissionais de saúde do SUS na atenção à
IO

pessoa idosa;
AR

d) produção de material de divulgação e informativos sobre a Política Nacional de Saúde


NU

da Pessoa Idosa, normas técnicas e operacionais, protocolos e manuais de atenção, para


profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS;
JA

e) implementação de procedimento ambulatorial específico para a avaliação global do


OS

idoso; e
RR

f) determinação de critérios mínimos de estrutura, processo e resultados, com vistas a


melhorar o atendimento à população idosa, aplicáveis às unidades de saúde do SUS, de modo
BA

que a adequação a esses critérios seja incentivada e mereça reconhecimento.


A
LL

3.5. Estímulo à Participação e Fortalecimento do Controle Social


E
AB

Deve-se estimular a inclusão nas Conferências Municipais e Estaduais de Saúde de temas


IS

relacionados à atenção à população idosa, incluindo o estímulo à participação de cidadãos e


cidadãs idosos na formulação e no controle social das ações deliberadas nessas Conferências.
70

Devem ser estimulados e implementados os vínculos dos serviços de saúde com os seus
7
35

usuários, privilegiando os núcleos familiares e comunitários, criando, assim, condições para uma
70

efetiva participação e controle social da parcela idosa da população.


27
06

3.6. Divulgação e Informação sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para
Profissionais de Saúde, Gestores e Usuários do SUS
IO

As medidas a serem adotadas buscarão:


AR

a) incluir a PNSPI na agenda de atividades da comunicação social do SUS;


NU

b) produzir material de divulgação, tais como cartazes, cartilhas, folhetos e vídeos;


JA

c) promover ações de informação e divulgação da atenção à saúde da pessoa idosa,


respeitando as especificidades regionais e culturais do País e direcionadas aos trabalhadores,
OS

aos gestores, aos conselheiros de saúde, bem como aos docentes e discentes da área de saúde
RR

e à comunidade em geral;
BA

______________________________________________________________________
A
LL

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parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
IS
L
BE
TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 31

SA
0I
77
d) apoiar e fortalecer ações inovadoras de informação e divulgação sobre a atenção à

35
saúde da pessoa idosa em diferentes linguagens culturais;

70
e) identificar, articular e apoiar experiências de educação popular, informação e

27
comunicação em atenção à saúde da pessoa idosa; e

06
f) prover apoio técnico e/ou financeiro a projetos de qualificação de profissionais que

IO
atuam na Estratégia Saúde da Família e no Programa de Agentes Comunitários de Saúde, para

AR
atuação na área de informação, comunicação e educação popular em atenção à saúde da pessoa
idosa.

NU
JA
3.7. Promoção de Cooperação Nacional e Internacional das Experiências na Atenção à

OS
Saúde da Pessoa Idosa

RR
Devem-se fomentar medidas que visem à promoção de cooperação nacional e
internacional das experiências bem sucedidas na área do envelhecimento, no que diz respeito à

BA
atenção à saúde da pessoa idosa, à formação técnica, à educação em saúde e a pesquisas.

A
LL
3.8. Apoio ao Desenvolvimento de Estudos e Pesquisas

BE
Apoiar o desenvolvimento de estudos e pesquisas que avaliem a qualidade e aprimorem

SA
a atenção de saúde à pessoa idosa. Identificar e estabelecer redes de apoio com instituições

0I
formadoras, associativas e representativas, universidades, faculdades e órgãos públicos nas três

77
esferas, visando:
a) fomentar pesquisas em envelhecimento e saúde da pessoa idosa; 35
70
b) identificar e apoiar estudos/pesquisas relativos ao envelhecimento e à saúde da pessoa
27

idosa existentes no Brasil, com o objetivo de socializar, divulgar e embasar novas investigações;
06

c) criar banco de dados de pesquisadores e pesquisas em envelhecimento e saúde da


pessoa idosa realizadas no Brasil, interligando-o com outros bancos de abrangência
IO

internacional;
AR
NU

Questões
1) Marinha - Nos cuidados em caso de obstrução das vias aéreas por corpo estranho, a manobra
JA

de HEIMLICH é uma das ações desempenhadas pela enfermeira e consiste em:


OS

(A) Retirar o corpo estranho com o dedo.


RR

(B) Manobra de tração do maxilar.


(C) Pressão abdominal subdiafragmática.
BA

(D) Balançar a vítima.


A

(E) Colocar o paciente em posição de supinação.


E LL
AB

2) Segundo a Portaria n° 1.600, de 7 de julho de 2011, os componentes a seguir fazem parte da


IS

Rede de Atenção às Urgências, EXCETO


A) Serviço Hospitalar.
70

B) Atenção Domiciliar.
7
35

C) Força Nacional de Saúde do SUS.


70

D) Participação e Controle Social dos usuários sobre os serviços.


27
06

3) São componentes da Rede de Atenção às Urgências do Sistema Único de Saúde, descritos na


Portaria nº 1.600, de 7 de julho de 2011, EXCETO:
IO

A) Unidades de Pronto Atendimento e Hospital.


AR

B) Saúde suplementar e Centrais de Regulação Médica.


NU

C) Sala de Estabilização e Força Nacional de Saúde do SUS.


JA

D) Atenção Domiciliar e Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde.


E) Atenção Básica em Saúde e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
OS
RR
BA

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A
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O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação, modificação, distribuição total ou
parcial não autorizada, constitui crime.
E
AB
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TURMA RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM – EMERGÊNCIA – Prof. Waldimir Coelho 32

SA
0I
77
4) De acordo com a publicação Cadernos de Atenção Básica - n.º 19 (2006) os fatores de risco

35
para osteoporose e fraturas ósseas podem ser divididos em maiores e menores. Assinale os

70
fatores de riscos maiores:

27
a) doenças que induzam à perda de massa óssea; amenorreia primária ou secundária; menarca

06
tardia, nuliparidade; hipogonadismo primário ou secundário; baixa estatura e peso (IMC)

IO
b) perda importante de peso após os 25 anos; baixa ingestão de cálcio, alta ingestão de sódio;

AR
alta ingestão de proteína animal; pouca exposição ao sol, imobilização prolongada, quedas

NU
frequentes; amenorreia primária ou secundária
c) sedentarismo, tabagismo e alcoolismo; medicamentos (como heparina, ciclosporina,

JA
hormônios tireoidianos, anticonvulsivantes e lítio); alto consumo de xantinas (café,

OS
refrigerantes à base de cola, chá preto); menarca tardia

RR
d) fratura anterior causada por pequeno trauma; sexo feminino; baixa massa óssea; raça
branca ou asiática; idade avançada em ambos os sexos; história familiar de osteoporose ou

BA
fratura do colo do fêmur; menopausa precoce (antes dos 40 anos) não tratada; uso de

A
corticoides

LL
BE
5) As quedas ocorrem em todas as fases da vida, podendo se constituir em um evento mórbido

SA
que diminui a qualidade de vida, como também pode levar ao óbito. Assinale a alternativa que

0I
revela fatores de risco extrínsecos para ocorrência de quedas.

77
A) Uso de medicamentos, como polivitamínicos e sedativo.
B) Doenças psiquiátricas e sensoriais. 35
70
C) Idade acima de 65 anos
27

D) Piso antiderrapantes.
06

E) Escadas inclinadas sem corrimão.


IO

6) Os profissionais de saúde ao envolver a família no cuidado da pessoa idosa devem considerar


AR

que as doenças ou injúrias desenvolvem de alguma forma estresse familiar, interferindo na


NU

dinâmica familiar. Um dos instrumentos utilizados para avaliar a funcionalidade familiar,


JA

traduzido, adaptado e validado em nosso meio é o denominado APGAR de Família. O índice de


0 a 4 do APGAR de Família, significa:
OS

(A) boa funcionalidade familiar.


RR

(B) elevada disfunção familiar.


BA

(C) moderada disfunção familiar.


(D) boa funcionalidade profissional.
A

(E) moderada disfunção profissional.


E LL
AB

7) A queda representa um grande problema para as pessoas idosas dadas as suas consequências
IS

(injúria, incapacidade, institucionalização e morte). Cerca de 30% das pessoas idosas caem a
70

cada ano. Essa taxa aumenta para 40% entre os idosos com mais de 80 anos. As mulheres
7

tendem a cair mais que os homens até os 75 anos de idade. Dos que caem, cerca de 2,5%
35

requerem hospitalização e desses, apenas metade sobreviverá após um ano. Analise as


70

afirmativas sobre quedas, colocando entre parênteses a letra V, quando se tratar de afirmativa
27

verdadeira, e a letra F, quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a alternativa que
06

apresenta a sequência correta.


( ) A maioria das quedas acidentais ocorre longe de casa.
IO

( ) Quedas com impacto direto sobre quadril e punho têm maior probabilidade de resultar em
AR

fraturas.
NU

( ) A instabilidade postural e quedas são importantes marcadores de diminuição de capacidade


JA

funcional e fragilidade em pessoas idosas.


OS

( ) Fatores intrínsecos: decorre das alterações fisiológicas relacionadas ao avançar da idade, da


presença de doenças, de fatores psicológicos e de reações adversas de medicações em uso.
RR

(A) V – V – F – F.
BA

______________________________________________________________________
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SA
0I
77
(B) F – F – V – V.

35
(C) V – F – V – F.

70
(D) F – V – F – V.

27
(E) F – V – V – V.

06
IO
8) São ritmos de PCR tratados com desfibrilação:

AR
A) Taquicardia ventricular e AESP
B) Assistolia e AESP

NU
C) Taquicardia ventricular sem pulso e Fibrilação ventricular

JA
D) Fibrilação ventricular e AESP

OS
RR
BA
A
LL
BE
SA
0I
77
35
70
27
06
IO
AR
NU
JA
OS
RR
BA

GABARITO
A

1.C 2.D 3.B 4.D 5.E 6.B 7.E 8.C


E LL
AB
IS
770
35
70
27
06
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AR
NU
JA
OS
RR
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parcial não autorizada, constitui crime.
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ELL
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R RO
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06
27
7 03
57
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