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Clínica Médica 1
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 Questões
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 Diabetes Mellitus
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 Hipertensão Arterial
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INA
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Clínica Médica
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Clínica Médica 1
REGULAR Enf.
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TURMA ENFERMAGEM REGULAR – CLÍNICA MÉDICA – Prof. Waldimir Coelho 1

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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

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NT
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial
caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial – PA (PA ≥140 x 90mmHg).

FO
Associa-se, frequentemente, às alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo

SO
(coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e às alterações metabólicas, com aumento do

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risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais (BRASIL, 2013).
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde (2013), a prevalência média de HAS na

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população acima de 18 anos é de 22,7%, sendo maior em mulheres (25,4%) do que em

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homens (19,5%). A frequência de HAS tornou-se mais comum com a idade, mais
marcadamente para as mulheres, alcançando mais de 50% na faixa etária de 55 anos ou mais

NA
de idade.

RI
Na população negra, a prevalência e a gravidade da hipertensão são maiores, o que

AB
pode estar relacionado a fatores étnicos e/ou socioeconômicos. Em nosso país, predomina a

5S
população miscigenada, que pode diferir da população negra quanto às características da
hipertensão.

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Segundo Brunner (2011), a hipertensão arterial pode ser primária (sem causa

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aparente) ou secundária (relacionada a causas identificadas, dentre elas estreitamento de

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artérias renais, doença parenquimatosa renal, hiperaldosteronismo, gravidez e coarctação da

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aorta.

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São fatores de risco para Hipertensão, segundo as VII diretrizes Brasileiras de

RA
Hipertensão arterial: idade, sexo e etnia, ingestão de sal, ingestão de álcool, sedentarismo,
LA
excesso de peso, obesidade, fatores socioeconômicos e genética.
ES

Rastreamento:
NT

Todo adulto com 18 anos ou mais de idade, quando vier à Unidade Básica de Saúde
FO

(UBS) para consulta, atividades educativas, procedimentos, entre outros, e não tiver registro no
SO

prontuário de ao menos uma verificação da PA nos últimos dois anos, deverá tê-la verificada e
registrada.
RU

A primeira verificação deve ser realizada em ambos os braços. Caso haja diferença
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entre os valores, deve ser considerada a medida de maior valor. O braço com o maior valor
OG

aferido deve ser utilizado como referência nas próximas medidas.


De acordo com a média dos dois valores pressóricos obtidos, a PA deverá ser
NA

novamente verificada:
I

– a cada dois anos, se PA menor que 120/80 mmHg (BRASIL, 2006);


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– a cada ano, se PA entre 120 – 139/80 – 89 mmHg nas pessoas sem outros fatores
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de risco para doença cardiovascular;


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- em mais dois momentos em um intervalo de 1 – 2 semanas, se PA maior ou igual a


27

140/90 mmHg ou PA entre 120 – 139/80 – 89 mmHg na presença de outros fatores de risco
04

para doença cardiovascular (DCV).


Condições padronizadas para a medida da pressão arterial:
4
51

• O paciente deve estar sentado, com o braço apoiado e à altura do precórdio, com pernas
10

descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado;


RA

• Medir após cinco minutos de repouso.


LA

• Medir a PA na posição de pé, após 3 minutos, nos diabéticos, idosos e em outras situações
em que a hipotensão ortostática possa ser frequente ou suspeitada.
S
TE

• Evitar o uso de cigarro e de bebidas com cafeína nos 30 minutos precedentes. Pela VII
Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, deve-se evitar bebidas alcoólicas, café e
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FO

alimentos, e não ter fumado nos últimos 30 minutos.


• A câmara inflável deve cobrir pelo menos dois terços da circunferência do braço.
SO

• Palpar o pulso braquial e inflar o manguito até 30 mmHg acima do valor em que o pulso
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deixar de ser sentido.


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• Desinflar o manguito lentamente (2 a 4 mmHg/seg).


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modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.


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TURMA ENFERMAGEM REGULAR – CLÍNICA MÉDICA – Prof. Waldimir Coelho 2

LA
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• A pressão sistólica corresponde ao valor em que começarem a ser ouvidos os ruídos de

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Korotkoff (fase I).
• A pressão diastólica corresponde ao desaparecimento dos batimentos (fase V). No caso em

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que se ouvirem os batimentos até zero, considerar o abafamento do som (fase IV).

SO
• Registrar valores com intervalos de 2 mmHg, evitando-se arredondamentos (Exemplo:

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135/85 mmHg).
• A média de duas aferições deve ser considerada como a pressão arterial do dia; se os valores

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observados diferirem em mais de 5 mmHg, medir novamente.

OG
• Na primeira vez, medir a pressão nos dois braços; se discrepantes, considerar o valor mais
alto; nas vezes subsequentes, medir no mesmo braço (o direito, de preferência).

NA
Devem ser utilizados manguitos com câmara inflável (cuff) adequada para a

RI
circunferência do braço de cada pessoa, ou seja, a largura deve ser de pelo menos 40% do

AB
comprimento do braço (distância entre o olécrano e o acrômio) e o comprimento, de pelo

5S
menos 80% de sua circunferência (BRASIL, 2006).

74
Diagnóstico

42
O diagnóstico da HAS consiste na média aritmética da PA maior ou igual a

40
140/90mmHg, verificada em, pelo menos, três dias diferentes com intervalo mínimo de uma

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semana entre as medidas, ou seja, soma-se a média das medidas do primeiro dia mais as duas

10
medidas subsequentes e divide-se por três. A constatação de um valor elevado em apenas um

RA
dia, mesmo que em mais do que uma medida, não é suficiente para estabelecer o diagnóstico
de hipertensão. LA
Na suspeita de Hipertensão do Avental Branco (HAB) ou Hipertensão Mascarada
ES

(HM), sugerida pelas medidas da Ampa, recomenda-se a realização de Monitorização


NT

Ambulatorial da Pressão Arterial (Mapa) ou Monitorização Residencial de Pressão Arterial


FO

(MRPA), para confirmar ou excluir o diagnóstico.


SO

CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL -MANUAL 2013


RU

Classificação Pressão sistólica (mmHg) Pressão diastólica (mmHg)


LIA

Ótima < 120 < 80


OG

Normal < 130 < 85


Limítrofe 130 – 139 85 – 89
NA

Hipertensão estágio 1 140 – 159 90 – 99


I
BR

Hipertensão estágio 2 160 – 179 100 – 109


Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110
SA

FONTE: Ministério da Saúde 2013.


45
27

Definições
04

Hipotensão ortostática: deve ser suspeitada em pacientes idosos, diabéticos, disautonômicos e


4

naqueles em uso de medicação anti-hipertensiva. Assim, particularmente nessas condições,


51

deve-se medir a PA com o paciente de pé, após 3 minutos, sendo a hipotensão ortostática
10

definida como a redução da PAS > 20 mmHg ou da PAD > 10 mmHg.


RA
LA

Efeito do avental branco O EAB é a diferença de pressão entre as medidas obtidas no


consultório e fora dele, desde que essa diferença seja igual ou superior a 20 mmHg na PAS e/ou
S
TE

10 mmHg na PAD. Essa situação não muda o diagnóstico, ou seja, se o indivíduo é normotenso,
N

permanecerá normotenso, e se é hipertenso, continuará sendo hipertenso; pode, contudo,


FO

alterar o estágio e/ou dar a falsa impressão de necessidade de adequações no esquema


terapêutico.
SO
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Hipertensão mascarada É caracterizada por valores normais da PA no consultório, porém com


LIA

PA elevada pela MAPA ou medidas residenciais.


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modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.


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TURMA ENFERMAGEM REGULAR – CLÍNICA MÉDICA – Prof. Waldimir Coelho 3

LA
SE
NT
Hipertensão sistólica isolada: É definida como PAS aumentada com PAD normal. A hipertensão
sistólica isolada (HSI) e a pressão de pulso (PP) são importante fatores de risco cardiovascular

FO
(FRCV) em pacientes de meia-idade e idosos.

SO
RU
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR – MANUAL 2006
Na avaliação do paciente hipertenso, a avaliação do risco cardiovascular é de

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fundamental importância para orientar a conduta terapêutica e o prognóstico de cada

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paciente. Para a estratificação do risco cardiovascular, é necessário pesquisar a presença dos
fatores de risco, das doenças cardiovasculares e das lesões em órgão-alvo. A classificação de

NA
risco de cada indivíduo deve ser avaliada pelo cálculo do ESCORE DE FRAMINGHAM. Este

RI
escore avalia: sexo, idade, níveis pressóricos, tabagismo, níveis de HDLc e LDLc.

AB
5S
Quando aplicar o ESCORE?
Achados do exame clínico e anamnese indicativos de risco para DCV.

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42
Baixo risco/Intermediário: • Tabagismo • Hipertensão • Obesidade • Sedentarismo • Sexo

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masculino • História familiar de evento cardiovascular prematuro (homens < 65 anos e

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mulheres < 65 anos) • Idade < 65 anos.

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RA
Alto risco: • Acidente vascular cerebral (AVC) prévio • Infarto agudo do miocárdio (IAM) prévio
LA
• Lesão periférica – Lesão de órgão-alvo (LOA) • Ataque isquêmico transitório (AIT) •
Hipertrofia de ventrículo esquerdo (HVE) • Nefropatia • Retinopatia • Aneurisma de aorta
ES

abdominal • Estenose de carótida sintomática • Diabetes mellitus


NT

Se o usuário apresenta apenas um fator de risco baixo/intermediário, não há


FO

necessidade de calcular o escore, pois ele é considerado como baixo RCV. Se apresentar ao
SO

menos um fator de alto RCV, também não há necessidade de calcular o escore, pois esse
paciente já é considerado como alto RCV. O cálculo será realizado quando o usuário apresentar
RU

mais de um fator de risco baixo/intermediário.


LIA
OG

As VII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial trouxe os seguintes fatores de risco


cardiovascular na avaliação do risco adicional para hipertenso:
NA

• Sexo masculino
I

• Idade ○ Homens ≥ 55 anos ou mulheres ≥ 65 anos


BR

• História de DCV prematura em parentes de 1º grau - Homens < 55 anos ou mulheres < 65
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anos
45

• Tabagismo
27

• Dislipidemia, Colesterol total > 190 mg/dl e/ou LDL-colesterol > 115 mg/dl e/ou HDL-
04

colesterol < 40 mg/dl nos homens ou < 46 mg/dl nas mulheres e/ou ○ Triglicerídeos > 150
4

mg/dl
51

• Resistência à insulina ○ Glicemia plasmática em jejum: 100-125 mg/dl, Teste oral de


10

tolerância à glicose: 140-199 mg/dl em 2 horas, Hemoglobina glicada: 5,7 – 6,4%


RA

• Obesidade: IMC ≥ 30 kg/m2 ○ CA ≥ 102 cm nos homens ou ≥88 cm nas mulheres.


LA

• Baixo risco – quando existir menos de 10% de chance de um evento cardiovascular ocorrer
S
TE

em dez anos. O seguimento dos indivíduos com PA limítrofe poderá ser anual após orientá-los
N

sobre estilo de vida saudável.


FO

• Risco intermediário – quando existir 10% – 20% de chance de um evento cardiovascular


ocorrer em dez anos. O seguimento dos indivíduos com PA limítrofe poderá ser semestral após
SO

orientações sobre estilo de vida saudável e, se disponível na UBS ou comunidade e se desejo


RU

da pessoa, encaminhamento para ações coletivas de educação em saúde.


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modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.


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TURMA ENFERMAGEM REGULAR – CLÍNICA MÉDICA – Prof. Waldimir Coelho 4

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• Alto risco – quando existir mais de 20% de chance de um evento cardiovascular ocorrer em

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NT
dez anos ou houver a presença de lesão de órgão-alvo, tais como IAM, AVC/AIT, hipertrofia

FO
ventricular esquerda, retinopatia e nefropatia. O seguimento dos indivíduos com PA limítrofe
de alto risco poderá ser trimestral após orientações sobre estilo de vida saudável. Se disponível

SO
na UBS ou comunidade e se o paciente desejar, pode ser feito o encaminhamento para ações

RU
de educação em saúde coletiva.

LIA
Componentes para estratificação do risco individual dos pacientes em função do escore de

OG
Framinghan e de lesão em órgãos-alvo:
ESCORE DE FRAMINGHAM

NA
Categoria Evento Cardiovascular maior (ECV)

RI
Baixo < 10% / 10 anos

AB
Moderado 10 a 20 % / 10 anos

5S
Alto > 20 % / 10 anos

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Lesões em órgãos-alvo e doenças cardiovasculares

42
• Doenças Cardíacas:

40
- Hipertrofia do ventrículo esquerdo

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- Angina do peito ou infarto agudo do miocárdio prévio

10
- Revascularização percutânea ou cirúrgica miocárdica prévia
- Insuficiência cardíaca

RA
• Episódio Isquêmico ou acidente vascular cerebral. LA
• Nefropatia
ES

• Doença arterial periférica


NT

• Retinopatia hipertensiva
FO

Consulta de enfermagem para prevenção primária da HAS


SO
RU

A modificação do estilo de vida (MEV) tem como objetivo diminuir os fatores de risco
para Doenças Cardiovasculares (DCV) e reduzir a pressão arterial. Deve-se iniciar um processo
LIA

de educação em saúde no qual a pessoa é motivada a adotar comportamentos que favoreçam


OG

a redução da pressão arterial. Essas medidas sugeridas terão impacto no estilo de vida e sua
implementação dependerá diretamente da compreensão do problema e da motivação para
NA

implementar mudanças no seu estilo de vida.


I
BR

Modificações de estilo de vida para manejo da HAS.


SA
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27
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HAS em Idosos
RU

Existem alguns aspectos importantes a considerar neste grupo:


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modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.


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TURMA ENFERMAGEM REGULAR – CLÍNICA MÉDICA – Prof. Waldimir Coelho 5

LA
S
• A hipertensão sistólica isolada é muito comum em idosos. O objetivo é a redução gradual da

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NT
PA para valores abaixo de 140/90 mmHg. Na presença de valores muito elevados de PA sistólica
podem ser mantidos inicialmente níveis de até 160 mmHg. Não está bem estabelecido o nível

FO
mínimo tolerado da PA diastólica.

SO
• Maior frequência de hiato auscultatório, que se caracteriza quando, após a ausculta dos

RU
sons iniciais, ocorre o desaparecimento dos sons e o seu reaparecimento em níveis
pressóricos mais baixos, o que subestima a verdadeira pressão sistólica. Pode-se evitar este

LIA
tipo de erro palpando o pulso radial e inflando o manguito até o seu desaparecimento (20 a 30

OG
mmHg acima deste nível).
• Pseudo-hipertensão, caracterizada por níveis pressóricos falsamente elevados, devido ao

NA
enrijecimento da parede arterial, que dificulta a oclusão da artéria. Podemos identificar esta

RI
situação com a manobra de Osler, que consiste em inflar o manguito até acima do nível da

AB
pressão sistólica e palpar a artéria radial. Nos pacientes que apresentam calcificação vascular, a

5S
artéria permanece palpável (sinal de Osler positivo).

74
• A hipertensão do avental branco é mais comum em idosos, especialmente em mulheres.
• Hipotensão ortostática: é diagnosticada quando os níveis de pressão sistólica diminuem 20

42
mmHg ou mais ou os níveis diastólicos diminuem 10 mmHg ou mais, um a três minutos após o

40
paciente assumir a postura ereta, com ocorrência em um de cada seis idosos hipertensos.

51
10
HAS em crianças e adolescentes

RA
A prevalência de hipertensão arterial em crianças e adolescentes pode variar de 2% a
LA
13%, sendo obrigatória a medida anual da pressão arterial a partir de três anos de idade. Além
ES

da avaliação habitual em consultório, recomenda-se a medida rotineira da PA no ambiente


escolar.
NT

A medida da PA em crianças é recomendada em toda avaliação clínica após os 3 anos


FO

de idade, pelo menos anualmente, como parte do seu atendimento pediátrico primário,
SO

devendo respeitar as padronizações estabelecidas para os adultos. A hipertensão arterial


nessa população é definida como pressão igual ou maior ao percentil 95 de distribuição da
RU

pressão arterial. Crianças também apresentam hipertensão de consultório e efeito do avental


LIA

branco, mas o papel da Mapa é limitado nessa população especial, sobretudo pela falta de
OG

critérios de normalidade.
NA

HAS em Gestantes
I

A pressão arterial deve ser obtida com os mesmos equipamentos e com a mesma
BR

técnica recomendada para adultos; entretanto, a PA também pode ser medida no braço
SA

esquerdo na posição de decúbito lateral esquerdo em repouso, e esta não deve diferir da
45

posição sentada. O 5º ruído de Korotkoff deve ser considerado como a pressão diastólica.
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04

TRATAMENTO NÃO- MEDICAMENTOSO


4
51

Controle de peso
10

O excesso de peso é um fator predisponente para a hipertensão. Estima-se que 20%


RA

a 30% da prevalência da hipertensão pode ser explicada pela presença do excesso de peso.
Todos os hipertensos com excesso de peso devem ser incluídos em programas de redução de
LA

peso. A meta é alcançar um índice de massa corporal (IMC) inferior a 25 kg/m2 e


S

circunferência da cintura inferior a 102 cm para homens e 88 cm para mulheres, embora a


TE

diminuição de 5% a 10% do peso corporal inicial já seja capaz de produzir redução da pressão
N
FO

arterial.
SO

Adoção de hábitos alimentares saudáveis


RU

A dieta desempenha um papel importante no controle da hipertensão arterial. Uma


dieta com conteúdo reduzido de teores de sódio (Brunner - < 2,4 g/dia, equivalente a 6
LIA
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BR
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TURMA ENFERMAGEM REGULAR – CLÍNICA MÉDICA – Prof. Waldimir Coelho 6

LA
S
gramas de cloreto de sódio, Ministério da Saúde: Recomenda-se para indivíduos hipertensos 4

E
NT
g de sal por dia (uma colher de chá), considerando todas as refeições. A atual recomendação é
o consumo máximo de 5g diárias de sal ou 2,0g de sódio (lembrando que 1g de sal contém

FO
40% de sódio) para qualquer pessoa.), baseada em frutas, verduras e legumes, cereais

SO
integrais, leguminosas, leite e derivados desnatados, quantidade reduzida de gorduras

RU
saturadas, trans e colesterol mostrou ser capaz de reduzir a pressão arterial em indivíduos
hipertensos.

LIA
OG
d. Redução do consumo de bebidas alcoólicas
A relação entre o alto consumo de bebida alcoólica e a elevação da pressão arterial tem

NA
sido relatada em estudos observacionais e a redução da ingestão de álcool pode reduzir a

RI
pressão arterial em homens normotensos e hipertensos que consomem grandes quantidades

AB
de bebidas alcoólicas. Recomenda-se limitar a ingestão de bebida alcoólica a menos de 30

5S
ml/dia de etanol para homens e a metade dessa quantidade para mulheres, preferencialmente
com as refeições. Isso corresponde, para o homem, a ingestão diária de no máximo 720 ml de

74
cerveja (uma garrafa); 240 ml de vinho (uma taça) ou 60 ml de bebida destilada (uma dose).

42
Aos pacientes que não conseguem se enquadrar nesses limites de consumo sugere-se o

40
abandono do consumo de bebidas alcoólicas.

51
10
e. Abandono do tabagismo

RA
O risco associado ao tabagismo é proporcional ao número de cigarros fumados e à
LA
profundidade da inalação. Parece ser maior em mulheres do que em homens. Em avaliação por
MAPA, a PA sistólica de hipertensos fumantes foi significativamente mais elevada do que em
ES

não-fumantes, revelando o importante efeito hipertensivo transitório do fumo. Portanto, os


NT

hipertensos que fumam devem ser repetidamente estimulados a abandonar esse hábito por
FO

meio de aconselhamento e medidas terapêuticas de suporte específicas.


SO

f. Prática de atividade física regular


RU

A recomendação da atividade física baseia-se em parâmetros de frequência, duração,


LIA

intensidade e modo de realização. Portanto, a atividade física deve ser realizada por pelo
OG

menos 30 minutos, de intensidade moderada, na maior parte dos dias da semana (5) de forma
contínua ou acumulada. A orientação ao paciente deve ser clara e objetiva. As pessoas devem
NA

incorporar a atividade física nas atividades rotineiras como caminhar, subir escadas, realizar
I

atividades domésticas dentro e fora de casa, optar sempre que possível pelo transporte ativo
BR

nas funções diárias, que envolvam pelo menos 150 minutos/semana (equivalente a pelo
SA

menos 30 minutos realizados em 5 dias por semana). O efeito da atividade de intensidade


45

moderada realizada de forma acumulada é o mesmo daquela realizada de maneira contínua,


27

isto é, os trinta minutos podem ser realizados em uma única sessão ou em duas sessões de
04

15 minutos (p.ex. manhã e tarde) ou ainda, em três sessões de dez minutos (p.ex. manhã,
tarde e noite).
4
51
10

Saúde Bucal
RA

Se forem constatados problemas cardiovasculares, recomenda-se que a avaliação da


pressão arterial, frequência cardíaca e frequência respiratória sejam feitas antes do início de
LA

toda sessão de atendimento. A alta prevalência da HAS indica a adoção de uma rotina de
S

verificação da pressão arterial antes de iniciar qualquer tratamento. A identificação da PA


TE

elevada, previamente ao procedimento, pode desencadear cuidados específicos que evitarão


N
FO

reações adversas no trans e pós-operatório.


Os usuários com níveis de PA classificados como normotensos e limítrofes devem
SO

receber orientações básicas sobre os fatores de risco para DCV, tais como obesidade,
RU

sedentarismo, excesso de consumo de sódio e de bebidas alcoólicas, e em especial o


LIA
OG

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modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.


BR
SA
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RA
TURMA ENFERMAGEM REGULAR – CLÍNICA MÉDICA – Prof. Waldimir Coelho 7

LA
S
tabagismo, incentivando-o a cessação do uso. É importante também estimular a alimentação

E
NT
saudável e a prática de atividade física.
Para o usuário normotenso e/ou PA limítrofe, deve-se realizar o atendimento

FO
odontológico convencional. Pessoas com PA limítrofe deverão fazer avaliação para identificar a

SO
presença de fatores de risco para doença cardiovascular.

RU
Os usuários hipertensos que necessitam de atendimento clínico-ambulatorial deverão
ter sua PA avaliada previamente, identificando, de acordo com os níveis tensionais, o tipo de

LIA
atendimento a ser realizado e os encaminhamentos necessários.

OG
Os usuários com níveis tensionais abaixo de 140/90mmHg, podem receber qualquer
tratamento odontológico.

NA
Os pacientes hipertensos no estágio I e II, na primeira sessão, devem ter sua PA

RI
verificada novamente cinco minutos após a primeira aferição.

AB
No estágio I, se a PA continuar elevada, o paciente deve ser orientado a agendar

5S
consulta médica para avaliação conforme rotina da Unidade Básica de Saúde, sendo agendada
nova consulta odontológica após o controle da PA.

74
No estágio II, se a PA permanecer elevada, deve-se verificar se há presença de dor de

42
cabeça, dor no peito, falta de ar ou falta de força. Na presença de um desses sintomas, a

40
melhor conduta é o encaminhamento imediato para avaliação médica e evitar qualquer

51
procedimento odontológico.

10
Na ausência de algum desses sintomas, o paciente deve ser encaminhado para

RA
avaliação médica ou com o enfermeiro.
LA
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
ES

A decisão de quando iniciar medicação anti-hipertensiva deve ser considerada


NT

avaliando a preferência da pessoa, o seu grau de motivação para mudança de estilo de vida, os
FO

níveis pressóricos e o risco cardiovascular. Pessoas com alto risco cardiovascular ou níveis
SO

pressóricos no estágio 2 (PA ≥ 160/100mmHg) beneficiam-se de tratamento medicamentoso


desde o diagnóstico para atingir a meta pressórica, além da mudança de estilo de vida.
RU

Pessoas que não se enquadram nestes critérios e que decidem, em conjunto com o
LIA

médico, não iniciar medicação neste momento, podem adotar hábitos saudáveis para atingir a
OG

meta por um período de três a seis meses. Durante esse intervalo de tempo, devem ter a
pressão arterial avaliada pela equipe, pelo menos, mensalmente. Quando a pessoa não
NA

consegue atingir a meta pressórica pactuada ou não se mostra motivada no processo de


I

mudança de hábitos, o uso de anti-hipertensivos deve ser oferecido, de acordo com o método
BR

clínico centrado na pessoa.


SA

O tratamento medicamentoso utiliza diversas classes de fármacos selecionados de


45

acordo com a necessidade de cada pessoa, com a avaliação da presença de comorbidades,


27

lesão em órgãos-alvo, história familiar, idade e gravidez. Frequentemente, pela característica


04

multifatorial da doença, o tratamento da HAS requer associação de dois ou mais anti-


hipertensivos.
4
51

Qualquer medicamento dos grupos de anti-hipertensivos disponíveis, desde que


10

resguardadas as indicações e contraindicações específicas, pode ser utilizado para o


RA

tratamento da hipertensão arterial.


Na população negra, a prevalência e a gravidade da hipertensão são maiores, o que
LA

pode estar relacionado a fatores étnicos e/ou socioeconômicos. Em nosso país, predomina a
S

população miscigenada, que pode diferir da população negra quanto às características da


TE

hipertensão. Desta forma, para pacientes negros, desde que não haja contraindicações, o uso
N
FO

de diuréticos e bloqueadores de canais de cálcio é a opção mais racional.


Não há clara evidência que associe a pressão arterial em crianças e adolescentes a
SO

eventos cardiovasculares futuros. Valores mais elevados são encontrados em crianças obesas,
RU

mas que tendem a se reduzir com a diminuição de peso, especialmente na adolescência.


LIA
OG

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A
IN

modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.


BR
SA
10
RA
TURMA ENFERMAGEM REGULAR – CLÍNICA MÉDICA – Prof. Waldimir Coelho 8

LA
S
Hipertensão secundária deve ser investigada, especialmente na ausência de obesidade.

E
NT
Recomenda-se, preferentemente, intervenções não medicamentosas.
A dose de anti-hipertensivos a ser iniciada em idosos deve ser a metade da dose

FO
utilizada em jovens. Tratamento medicamentoso a base de diurético deve ser instituído para

SO
pacientes muito idosos diante de pressão sistólica superior a 160mmHg, visando reduzi-la a

RU
valores inferiores a 150mmHg.
Em caso de não controle pressórico com uso de diuréticos, outras classes de anti-

LIA
hipertensivos devem ser associadas, seguindo-se as mesmas recomendações estabelecidas

OG
para a população geral. Especial atenção deve ser dada a idosos frágeis e com risco aumentado
de eventos decorrentes da redução excessiva da pressão arterial, como quedas, hipotensão

NA
postural e sonolência excessiva.

RI
As alterações hipertensivas da gestação estão associadas a complicações graves

AB
fetais e maternas e a um risco maior de mortalidade materna e perinatal. Em mulheres

5S
portadoras de HAS, a avaliação pré-concepcional permite a exclusão de HAS secundária,
aferição dos níveis pressóricos, discussão dos riscos de pré-eclâmpsia e orientações sobre

74
necessidade de mudanças de medicações no primeiro trimestre de gravidez.

42
Mulheres com HAS dentro da meta pressórica e com acompanhamento regular

40
geralmente apresentam um desfecho favorável. Por outro lado, mulheres com controle

51
pressórico insatisfatório no primeiro trimestre de gravidez têm um risco consideravelmente

10
maior de morbimortalidade materna e fetal.

RA
O tratamento da HAS leve na grávida deve ser focado em medidas não
LA
farmacológicas. Nas formas moderada e grave, pode-se optar pelo tratamento usual
recomendado para cada condição clínica específica, excluindo-se os inibidores da enzima
ES

conversora de angiotensina II (Ieca – captopril, maleato de enalapril) e antagonistas da


NT

angiotensina II (losartana potássica), em razão dos efeitos teratogênicos em potência. A


FO

metildopa é a medicação mais bem estudada para uso na gestação.


SO

MECANISMO DE AÇÃO DAS MEDICAÇÕES ANTI-HIPERTENSIVAS


RU

Medicamento Ação Principal


LIA

Diuréticos Tiazídicos: Diminuição do volume sanguíneo, fluxo sanguíneo renal e


OG

Clortalidona, clorotiazida, débito cardíaco; depleção de líquido extracelular, balanço de


Hidroclorotiazida. sódio negativo.
NA

Diurético de Alça: Depleção de volume, bloqueia a reabsorção de sódio, cloreto


I

Furosemida e água nos rins.


BR

Diuréticos Poupadores de Bloqueia a reabsorção de sódio. Atua sobre o túbulo distal


SA

Potássio: amilorida independente da aldosterona.


45

Bloqueadores de receptores Inibidores competitivos da aldosterona.


27

da Aldosterona:
04

Espironolactona
4

Betabloqueadores: Bloqueiam o Sist. Nervoso simpático (receptores beta-


51

Atenolol, Propanolol, adrenérgicos), particularmente os simpáticos para o coração,


10

Metropolol lentificando a frequência e reduzindo a pressão.


RA

Bloqueadores do Canal de Inibem o influxo de cálcio (todos);


LA

Calcio: grupo não di- reduz a pós-carga cardíaca (Diltiazem), reduz a velocidade de
hidropiridinas -Verapamil, condução do impulso cardíaco (verapamil).
S
TE

Diltiazem. Efeito vasodilatador sobre artérias coronárias e as arteríolas


N

periféricas (anlodipina, Nifedipina).


FO
SO

Grupo di-hidropiridina:
RU

Anlodipina, Nifedipina.
LIA

Bloqueadores dos receptores Bloqueiam os efeitos da angiotensina II nos receptores.


OG

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BR
SA
10
RA
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LA
S
de angiotensina II: Losartana Reduzem a resistência periférica.

E
NT
Vasodilatadores: Vasodilatação periférica através de relaxamento da

FO
Nitroprussiato de sódio musculatura lisa.
Inibidores da ECA: Captopril, Inibem a conversão da angiotensina I em II. Reduzem a

SO
Enalapril. resistência periférica total.

RU
CRISE HIPERTENSIVA: alterações pressóricas importantes acompanhadas de sintomatologia

LIA
como cefaleia, alterações visuais recentes, dor no peito, dispneia e obnubilação, devendo ser

OG
encaminhados para o atendimento emergencial. Tipos de crises hipertensivas:

NA
Urgência hipertensiva: caracterizada por aumento súbito da pressão arterial não associada a

RI
quadros clínicos agudos e que assim não apresentam risco imediato de vida ou danos em

AB
órgãos alvos. Nessa situação, a pressão arterial pode ser controlada em 24 horas e a medicação

5S
de escolha deve ser os IECA (Captopril), ou propranolol ou clonidina oral (Ministério da Saúde).

74
De acordo com a 12ª ed. de Brunner, a redução da PA deve ocorrer dentro de 24 a 48 horas.

42
40
Emergência hipertensiva: caracterizada por aumento súbito da pressão arterial, acompanhado

51
de sinais e sintomas de dano importante em órgão – alvo e risco de vida como: E.A.P., I.A.M.,

10
A.V.E., e encefalopatia hipertensiva. Nessas situações, faz-se necessário a hospitalização do
paciente, com cuidados especiais para quadros de AVE, cuja diminuição súbita da pressão

RA
arterial pode tornar-se extremamente danosa para o paciente.
LA
Os medicamentos de escolha nas emergências hipertensivas são os que apresentam
ES

um efeito imediato, como os vasodilatadores intravenosos, incluindo o nitroprussiato de sódio


e a nitroglicerina. De acordo com a 12ª ed. de Brunner, o valor da PA deve reduzir 25% em 1h.
NT

A furosemida ainda é empregada para tratamento de emergências e urgências


FO

hipertensivas, mas só deve ser usada na concomitância de edema agudo de pulmão. Em outras
SO

situações, pode causar imprevisível queda de pressão arterial.


RU

Situações que caracterizam as emergências e urgências hipertensivas.


LIA

Emergências Urgências
OG

Encefalopatia hipertensiva Angina instável


Edema agudo de pulmão Pré-eclâmpsia
NA

Infarto do miocárdio Anticoagulação


I
BR

Aneurisma dissecante de aorta Intoxicação por cocaína ou anfetamina


Hemorragia intracraniana Pré e pós-operatório
SA

Eclampsia Transplante renal


45

Sangramento pós-operatório Rebote hipertensivo após suspensão súbita de


27

Queimaduras extensas clonidina ou outros anti-hipertensivos


04

Crises de feocromocitoma
4
51

Hipertensão acelerada-maligna com


10

edema de papila
RA

Problemas colaborativos/complicações potenciais - As complicações potenciais podem incluir


LA

as que seguem:
S

• Hipertrofia ventricular esquerda;


TE

• Infarto do miocárdio;
N

• Insuficiência cardíaca;
FO

• AIT;
SO

• Acidente vascular encefálico;


• Insuficiência renal;
RU

• Hemorragia retiniana.
LIA
OG

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BR
SA
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LA
S
DIABETES MELLITUS

E
NT
O diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e
associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, especialmente olhos,

FO
rins, nervos, cérebro, coração e vasos sanguíneos. Pode resultar de defeitos de secreção e/ou

SO
ação da insulina envolvendo processos patogênicos específicos, como destruição das células

RU
beta do pâncreas (produtoras de insulina), resistência à ação da insulina, distúrbios da secreção
da insulina, entre outros.

LIA
O diabetes apresenta alta morbimortalidade, com perda importante na qualidade de

OG
vida. É uma das principais causas de mortalidade, insuficiência renal, amputação de membros
inferiores, cegueira e doença cardiovascular.

NA
Considerando a elevada carga de morbimortalidade associada, a prevenção do

RI
diabetes e de suas complicações é, hoje, prioridade de saúde pública. Na atenção básica, ela

AB
pode ser efetuada por meio da prevenção de fatores de risco para diabetes, como

5S
sedentarismo, obesidade e hábitos alimentares não saudáveis, da identificação e tratamento
de indivíduos de alto risco para diabetes (prevenção primária), da identificação de casos não

74
diagnosticados de diabetes (prevenção secundária) para tratamento e da intensificação do

42
controle de pacientes já diagnosticados visando prevenir complicações agudas e crônicas

40
(prevenção terciária).

51
A probabilidade de apresentar diabetes ou um estado intermediário de glicemia depende

10
da presença de fatores de risco. O público-alvo para o rastreamento do DM preconizado pela

RA
Associação Americana de Diabetes é:
LA
Rastreamento:
ES

A probabilidade de apresentar diabetes ou um estado intermediário de glicemia depende da


NT

presença de fatores de risco. São eles, segundo o Ministério da Saúde (CAB 37):
FO

Excesso de peso (IMC >25 kg/m2) e um dos seguintes fatores de risco:


SO

• História de pai ou mãe com diabetes;


• Hipertensão arterial (>140/90 mmHg ou uso de anti-hipertensivos em adultos);
RU

• História de diabetes gestacional ou de recém-nascido com mais de 4 kg (segundo Brunner


LIA

recém-nascido com mais de 4,5Kg);


OG

• Dislipidemia: hipertrigliceridemia (>250 mg/dL) ou HDL-C baixo (<35mg/dl);


• Exame prévio de HbA1c ≥5,7%, tolerância diminuída à glicose ou glicemia de jejum alterada;
NA

• Obesidade severa, acanthosis nigricans; Segundo Brunner a Obesidade envolve IMC ≥ 27


I

Kg/m².
BR

• Síndrome de ovários policísticos;


SA

• História de doença cardiovascular;


45

• Inatividade física;
27

OU Idade ≥ 45 anos;
04

OU Risco cardiovascular moderado


4
51

TIPOS DE DIABETES
10

O DM tipo 2 abrange cerca de 90% dos casos de diabetes na população, sendo seguido
RA

em frequência pelo DM tipo 1, que responde por aproximadamente 8%. Além desses tipos, o
diabetes gestacional também merece destaque, devido a seu impacto na saúde da gestante e
LA

do feto.
S

Em algumas circunstâncias, a diferenciação entre o diabetes tipo 1 e o tipo 2 pode não ser
TE

simples. Em alguns casos de dúvida, podem ser solicitados níveis de anticorpos anti-GAD e
N
FO

avaliação da reserva de insulina pancreática por meio da medida de peptídeo-C plasmático.


Anticorpos positivos e peptídeo C abaixo de 0,9 ng/ml sugerem o diagnóstico de diabetes tipo
SO

1, enquanto que anticorpos negativos e peptídeo C elevado sugerem diabetes tipo 2.


RU
LIA
OG

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BR
SA
10
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LA
S
TIPO 1 - A apresentação do diabetes tipo 1 é em geral abrupta, acometendo principalmente

E
NT
crianças e adolescentes sem excesso de peso. Na maioria dos casos, a hiperglicemia é
acentuada, evoluindo rapidamente para cetoacidose, especialmente na presença de infecção

FO
ou outra forma de estresse. Assim, o traço clínico que mais define o tipo 1 é a tendência à

SO
hiperglicemia grave e cetoacidose. O termo “tipo 1” indica o processo de destruição da célula

RU
beta que leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina, quando a administração de
insulina é necessária para prevenir cetoacidose. A destruição das células beta é geralmente

LIA
causada por processo autoimune (tipo 1 autoimune ou tipo 1A), que pode ser detectado por

OG
autoanticorpos circulantes como antidescarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD), anti-ilhotas
e anti-insulina. Em menor proporção, a causa é desconhecida (tipo 1 idiopático ou tipo 1B). A

NA
destruição das células beta em geral é rapidamente progressiva, ocorrendo principalmente em

RI
crianças e adolescentes (pico de incidência entre 10 e 14 anos), mas pode ocorrer também em

AB
adultos. Existe uma forma rara de Diabetes autoimune latente do adulto (LADA), onde o

5S
indivíduo adulto desenvolve forma de diabetes tipo I.
TIPO 2 - O DM tipo 2 costuma ter início insidioso e sintomas mais brandos. Manifesta-se, em

74
geral, em adultos com longa história de excesso de peso e com história familiar de DM tipo 2.

42
No entanto, com a epidemia de obesidade atingindo crianças, observa-se um aumento na

40
incidência de diabetes em jovens, até mesmo em crianças e adolescentes. O termo “tipo 2” é

51
usado para designar uma deficiência relativa de insulina, isto é, há um estado de resistência à

10
ação da insulina, associado a um defeito na sua secreção, o qual é menos intenso do que o

RA
observado no diabetes tipo 1. Após o diagnóstico, o DM tipo 2 pode evoluir por muitos anos
LA
antes de requerer insulina para controle. Seu uso, nesses casos, não visa evitar a cetoacidose,
mas alcançar o controle do quadro hiperglicêmico. A cetoacidose nesses casos é rara e, quando
ES

presente, em geral é ocasionada por infecção ou estresse muito grave. A hiperglicemia


NT

desenvolve-se lentamente, permanecendo assintomática por vários anos.


FO

Gestacional (DMG) - Diabetes gestacional é um estado de hiperglicemia, menos severo que o


SO

diabetes tipo 1 e 2, detectado pela primeira vez na gravidez. Geralmente se resolve no período
pós-parto e pode frequentemente retornar anos depois. Hiperglicemias detectadas na
RU

gestação que alcançam o critério de diabetes para adultos, em geral, são classificadas como
LIA

diabetes na gravidez, independentemente do período gestacional e da sua resolução ou não


OG

após o parto. Sua detecção deve ser iniciada na primeira consulta de pré-natal.
NA

DIAGNÓSTICO DO DIABETES:
I

Os sinais e sintomas característicos que levantam a suspeita de diabetes são os “quatro


BR

P’s”: poliúria, polidipsia, polifagia e perda inexplicada de peso. Embora possam estar presentes
SA

no DM tipo 2, esses sinais são mais agudos no tipo 1, podendo progredir para cetose,
45

desidratação e acidose metabólica, especialmente na presença de estresse agudo. Sintomas


27

mais vagos também podem estar presentes, como prurido, visão turva e fadiga. No DM tipo 2,
04

o início é insidioso e muitas vezes a pessoa não apresenta sintomas. Não infrequentemente, a
suspeita da doença é feita pela presença de uma complicação tardia, como proteinúria,
4
51

retinopatia, neuropatia periférica, doença arteriosclerótica ou então por infecções de


10

repetição.
RA

Elementos clínicos que levantam a suspeita de DM


LA
S

Sinais e sintomas clássicos:


TE

• Poliúria; • Polidipsia; • Perda inexplicada de peso; • Polifagia.


N
FO

Sintomas menos específicos:


• Fadiga, fraqueza e letargia; • Visão turva (ou melhora temporária da visão para perto); •
SO

Prurido vulvar ou cutâneo, balanopostite.


RU

Complicações crônicas/doenças intercorrentes:


LIA

• Proteinuria; • Neuropatia diabética (câimbras, parestesias e/ou dor nos membros inferiores,
OG

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BR
SA
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LA
S
mononeuropatia de nervo craniano); • Retinopatia diabética; • Catarata; • Doença

E
NT
arteriosclerótica (infarto agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico, doença vascular

FO
periférica); • Infecções de repetição.
O diagnóstico de diabetes baseia-se na detecção da hiperglicemia. Existem quatro tipos

SO
de exames que podem ser utilizados no diagnóstico do DM: glicemia casual, glicemia de jejum,

RU
teste de tolerância à glicose com sobrecarga de 75 g em duas horas (TTG) e, em alguns casos,
hemoglobina glicada (HbA1c).

LIA
Quando a pessoa requer diagnóstico imediato e o serviço dispõe de laboratório com

OG
determinação glicêmica imediata ou de glicosímetro e tiras reagentes, a glicemia casual é o
primeiro exame a ser solicitado, pois fornece um resultado na própria consulta. Nesse caso, o

NA
ponto de corte indicativo de diabetes é maior ou igual a 200 mg/dL na presença de sintomas

RI
de hiperglicemia. Não havendo urgência, é preferível solicitar uma glicemia de jejum medida

AB
no plasma por laboratório. Pessoas com glicemia de jejum alterada, entre 110 mg/dL e 125

5S
mg/dL, por apresentarem alta probabilidade de ter diabetes, podem requerer segunda

74
avaliação por TTG-75.

42
No TTG-75 g, o paciente recebe uma carga de 75 g de glicose, em jejum e a glicemia é medida

40
antes e 120 minutos após a ingestão. Uma glicemia de duas horas pós-sobrecarga maior ou
igual a 200 mg/dL é indicativa de diabetes e entre 140 mg/dL e 200 mg/dL, indica tolerância à

51
glicose diminuída.

10
RA
Categoria Glicemia de TTG: duas horas após Glicemia Hemoglobina
Jejum 75g de glicose LA casual Glicada (HbA1C)
ES

Glicemia Normal <110 < 140 < 200


Glicemia > 110 e < 126
NT

alterada
FO

Tolerância ≥140 e < 200


SO

diminuída à
Glicose
RU

Diabetes ≥ 126 ≥ 200 ≥ 200 (com ≥ 6,5%


LIA

mellitus sintomas
OG

clássicos)
NA

Pessoas com hiperglicemia intermediária (glicemia de jejum entre 110 mg/dl e 125
I
BR

mg/dl, e duas horas pós-carga de 140 mg/dl a 199 mg/dl e HbA1c entre 5,7% e 6,4%), também
denominadas de casos de pré-diabetes, pelo seu maior risco de desenvolver a doença, deverão
SA

ser orientadas para prevenção do diabetes, o que inclui orientações sobre alimentação
45

saudável e hábitos ativos de vida, bem como reavaliação anual com glicemia de jejum.
27

A hemoglobina glicada, hemoglobina glicosilada ou glico-hemoglobina, também


04

conhecida pelas siglas A1C e HbA1C, indica o percentual de hemoglobina que se encontra
4

ligada à glicose. Como ele reflete os níveis médios de glicemia ocorridos nos últimos dois a três
51

meses, é recomendado que seja utilizado como um exame de acompanhamento e de


10

estratificação do controle metabólico. Tem a vantagem de não necessitar de períodos em jejum


RA

para sua realização.


LA

Quando os níveis glicêmicos de um indivíduo estão acima dos parâmetros


considerados “normais”, mas não estão suficientemente elevados para caracterizar um
S
TE

diagnóstico de diabetes, os indivíduos são classificados como portadores de “hiperglicemia


N

intermediária”. Quando a glicemia de jejum estiver entre 110-125 mg/dL, a classificação será
FO

de glicemia de jejum alterada; quando a glicemia de 2h no TTG-75g estiver entre 140-199


mg/dL, a classificação será de tolerância à glicose diminuída.
SO

Indivíduos com hiperglicemia intermediária apresentam alto risco para o


RU

desenvolvimento do diabetes. São também fatores de risco para doenças cardiovasculares,


LIA

fazendo parte da assim chamada síndrome metabólica, um conjunto de fatores de risco para
OG

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BR
SA
10
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LA
S
diabetes e doença cardiovascular. Um momento do ciclo vital em que a investigação da

E
NT
regulação glicêmica alterada está bem padronizada é na gravidez, em que a tolerância à glicose
diminuída é considerada uma entidade clínica denominada diabetes gestacional. O emprego

FO
do termo diabetes nessa situação transitória da gravidez é justificado pelos efeitos adversos à

SO
mãe e concepto, que podem ser prevenidos/atenuados com tratamento imediato, às vezes

RU
insulínico.

LIA
Diagnóstico laboratorial do DIABETES MELLITUS

OG
Resumidamente, os testes laboratoriais mais comumente utilizados para suspeita de diabetes
ou regulação glicêmica alterada são:

NA
Glicemia de jejum: nível de glicose sanguínea após um jejum de 8 a 12 horas;

RI
Teste oral de tolerância à glicose (TOTG) - O paciente recebe uma carga de 75 g de glicose, em

AB
jejum, e a glicemia é medida antes e 120 minutos após a ingestão;

5S
Glicemia casual: tomada sem padronização do tempo desde a última refeição.
Segundo Brunner (2011) os testes de tolerância oral a glicose ou de tolerância a glicose

74
intravenosa NÃO são mais recomendados para uso clínico rotineiro. A hemoglobina glicada e a

42
glicemia através de tiras reagentes não são adequadas para o diagnóstico do DM. As tiras

40
reagentes podem ser usadas para rastreamento. A hemoglobina glicada é um excelente

51
método laboratorial de avaliação do controle metabólico do paciente diabético.

10
Controle metabólico (glicêmico) do diabetes mellitus.

RA
CLASSIFICAÇÃO:
LA
De curto prazo – glicosúria, cetonúria e glicemia capilar;
De médio prazo – exame de proteína sérica glicada;
ES

De longo prazo – hemoglobina glicada ou glicohemoglobina.


NT
FO

GLICOSÚRIA: A avaliação da glicosúria através de técnicas semiquantitativas ou quantitativas


SO

permanece como um método utilizado para a monitoração do tratamento do DM quando não


for possível a monitoração com glicemia capilar. A capacidade máxima de reabsorção tubular
RU

renal de glicose corresponde a uma concentração plasmática de aproximadamente 160 mg/dl


LIA

ou 180 mg/dl. Portanto, para uma glicemia em torno de 180 mg/dl, a glicosúria deve ser
OG

negativa. Em muitos adultos, particularmente aqueles com diabetes de duração prolongada,


esta capacidade de reabsorver glicose pode variar substancialmente – de modo que pode
NA

existir hiperglicemia acentuada sem glicosúria. Por outro lado, alguns indivíduos,
I

principalmente crianças e mulheres grávidas, podem apresentar reabsorção tubular renal


BR

muito baixa ou variável, resultando em glicosúria com euglicemia;


SA
45

CETONÚRIA: O controle da cetonúria é um importante parâmetro metabólico, especialmente


27

nos diabéticos em uso de insulina, pois sua presença pode ser indicativa de cetoacidose em
04

evolução, requerendo assistência médica imediata.


4
51

GLICEMIA CAPILAR: O método possibilita a avaliação da glicemia do sangue capilar, através de


10

tiras reagentes de leitura comparativa ou óptica. O automonitoramento é recomendado para


RA

todos os pacientes em uso de insulina.


LA

HEMOGLOBINA GLICOSILADA (GLICADA): é um exame de sangue que reflete os níveis médios


S

de glicemia durante um período de aproximadamente 2 a 3 meses. Quando os níveis de


TE

glicemia encontram-se elevados, as moléculas de glicose ligam-se à hemoglobina nos


N
FO

eritrócitos. Quanto maior o tempo durante o qual a quantidade de glicose no sangue


permanece acima do normal, maior a quantidade de glicose ligada à hemoglobina e maior o
SO

nível de hemoglobina glicosilada. Esse complexo (hemoglobina-glicose) é permanente e


RU

persiste durante o tempo de sobrevida de cada eritrócito, que é de cerca de 120 dias.
LIA
OG

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BR
SA
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LA
S
Tratamento das Pessoas com Diabetes Mellitus na Atenção Básica

E
NT
Controle glicêmico
O controle dos níveis glicêmicos é essencial para o tratamento do DM. Com a

FO
realização do controle metabólico o paciente mantém-se assintomático e previne-se das

SO
complicações agudas e crônicas, promovendo a qualidade de vida e reduzindo a mortalidade.

RU
O controle glicêmico pode ser monitorado por glicemias de jejum, pré-prandial (antes
das refeições), pós-prandial (após as refeições) e pela hemoglobina glicada (HbA1c). As

LIA
glicemias são utilizadas para orientar o ajuste de dose da medicação empregada, uma vez que

OG
apontam os momentos no decorrer do dia em que ocorre falta ou excesso de sua ação. A
HbA1c é o parâmetro utilizado para avaliar o controle glicêmico em médio e em longo prazos,

NA
pois reflete os níveis glicêmicos dos últimos dois/três meses.

RI
A meta para o tratamento da hiperglicemia em adultos, atualmente recomendada

AB
pela Associação Americana de Diabetes, é alcançar HbA1c< 7%. As metas glicêmicas

5S
correspondentes são: glicemia de jejum entre 70 – 130 mg/dL e pós-prandial abaixo de 180
mg/dL. Metas mais flexíveis (HbA1c <8%) vêm sendo estabelecidas para certos grupos de

74
pacientes.

42
40
Metas de controle glicêmico para crianças e adolescentes com DM tipo 1

51
Valores por faixa etária Glicemia pré-prandial Glicemia ao deitar/à HbA1C (%)

10
(mg/dl) noite (mg/dl)

RA
Lactentes e pré-
escolares (0 a 6 anos) 100 – 180 LA110 – 200 <8,5%
ES

Escolares (6 a 12 anos) 90 – 180 100 – 180 <8%


Adolescentes e adultos
NT

jovens (13 a 19 anos) 90 – 130 90 – 150 <7,5%


FO
SO

PLANO TERAPÊUTICO
RU

Tratamento medicamentoso
LIA

O tratamento do DM tipo 1, além da terapia não farmacológica, exige sempre a


OG

administração de insulina, a qual deve ser prescrita em esquema intensivo, de três a quatro
doses de insulina/ dia, divididas em insulina basal e insulina prandial, cujas doses são ajustadas
NA

de acordo com as glicemias capilares, realizadas ao menos três vezes ao dia.


I

O DM tipo 2, que acomete a grande maioria dos indivíduos com diabetes, exige
BR

tratamento não farmacológico, em geral complementado com antidiabético oral e,


SA

eventualmente, uma ou duas doses de insulina basal, conforme a evolução da doença. Casos
45

que requerem esquemas mais complexos, como aqueles com dose fracionada e com misturas
27

de insulina (duas a quatro injeções ao dia), são em geral acompanhados pela atenção
04

especializada.
4
51

Antidiabéticos orais
10

Os antidiabéticos orais constituem-se a primeira escolha para o tratamento do DM tipo


RA

2 não responsivo a medidas não farmacológicas isoladas, uma vez que promovem, com
LA

controle estrito, redução na incidência de complicações, têm boa aceitação pelos pacientes,
simplicidade de prescrição e levam a menor aumento de peso em comparação à insulina.
S
TE

Combinações para o tratamento medicamentoso no DM tipo 2


N
FO

Tratamento farmacológico: 1ª linha - BIGUANIDAS


SO

Se a pessoa não alcançar a meta glicêmica em até três meses com as medidas não
RU

farmacológicas, o tratamento preferencial é acrescentar a metformina no plano terapêutico. A


LIA

introdução mais precoce pode ser considerada em alguns pacientes que não respondem ao
OG

______________________________________________________________________
O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação,
A
IN

modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.


BR
SA
10
RA
TURMA ENFERMAGEM REGULAR – CLÍNICA MÉDICA – Prof. Waldimir Coelho 15

LA
S
tratamento, com ou sem excesso de peso. A escolha desta medicação como primeira opção

E
NT
terapêutica deve-se ao seu perfil de segurança em longo prazo, efeito neutro e até mesmo de
redução do peso, ausência de hipoglicemias e sua capacidade de reduzir eventos

FO
macrovasculares. A metformina pode reduzir a incidência de infarto agudo do miocárdio em

SO
36% e mortalidade em 32%.

RU
A metformina aumenta a captação da glicose e sua utilização na musculatura
esquelética, reduzindo a resistência à insulina, e diminuindo a produção hepática de glicose.

LIA
Além de reduzir o nível da glicemia, com uma redução média de 1,5% em média na Hb1Ac, a

OG
metformina também diminui os triglicerídeos, provoca pequena diminuição do LDL e aumento
muito modesto no HDL.

NA
Recomenda-se iniciar metformina em doses baixas (500 mg ou 1/2 comprimido de 850 mg),

RI
única ou duas vezes ao dia, durante ou após as refeições (café da manhã e/ou jantar) para

AB
prevenir sintomas gastrointestinais. Após cinco a sete dias, caso não surjam efeitos adversos, a

5S
dose poderá ser aumentada para 850 mg a 1.000 mg ao dia. Na presença de efeitos
gastrointestinais, a dose poderá ser diminuída e, em outro momento, uma nova tentativa de

74
aumentá-la poderá ser feita. A dose efetiva é geralmente 850 mg, duas vezes ao dia, com

42
modesto aumento da efetividade acima de 2,5 g ao dia.

40
As contraindicações para o uso de metformina têm se reduzido com a maior

51
experiência de uso, mas mantém-se a contraindicação em pacientes com insuficiência renal

10
(filtração glomerular).

RA
Tratamento farmacológico: 2ª linha - SULFONILUREIAS LA
A associação de um segundo fármaco ocorre com a maioria das pessoas com DM tipo
ES

2, em virtude do caráter progressivo da doença. Cerca de metade das pessoas que atingiram o
NT

controle glicêmico com monoterapia requerem a associação de outra medicação dois anos
FO

depois. Combinando-se dois agentes antidiabéticos orais com mecanismos de ação diferentes
SO

obtém-se uma queda adicional na glicemia, com melhora do quadro metabólico confirmado
pela dosagem de HbA1C. O acréscimo do segundo fármaco também pode ser feito
RU

precocemente, de quatro a oito semanas após o primeiro ter sido iniciado (metformina) e não
LIA

se ter obtido uma resposta satisfatória.


OG

Se as metas de controle não forem alcançadas após três a seis meses de uso de
metformina, pode-se associar uma sulfonilureia. As sulfonilureias também podem ser utilizadas
NA

como primeira escolha quando há perda de peso e teores glicêmicos mais elevados, indicando
I

secreção insuficiente de insulina (BRASIL, 2010).


BR

As sulfonilureias exercem sua principal função sobre as células beta, estimulando a


SA

secreção de insulina e reduzindo o nível plasmático de glicose e a HbA1C entre 1% e 2%. A


45

glibenclamida e a glicazida são as sulfonilureias disponíveis no SUS. A glibenclamida e a


27

glicazida possuem eficácia, toxicidade e farmacocinética similares, sendo praticamente


04

intercambiáveis (BRASIL, 2010).


Seus maiores efeitos adversos são hipoglicemia e ganho de peso. Embora associadas a
4
51

esses efeitos adversos, são medicações bem toleradas e, em geral, de baixo custo. São
10

contraindicadas em pacientes com insuficiência renal (com exceção da glicazida, que pode ser
RA

utilizada quando a perda da função renal é leve) e insuficiência hepática.


Principais efeitos adversos dos hipoglicemiantes orais e insulinas
LA

Denominação genérica Efeitos adversos


S
TE

Hipotensão postural, hipertensão de rebote na retirada,


Cloridrato de Metformina sedação, distúrbio do sono, cefaleia, vertigens e tonturas,
N
FO

depressão, sinais e sintomas psicóticos, diminuição da libido,


xerostomia, hepatotoxicidade, anemia hemolítica, febre.
SO

Glibenclamida Hipoglicemia, particularmente em idosos, distúrbios


RU

gastrintestinais, cefaleia, reações cutâneas, distúrbios


LIA

hepáticos, alterações hematológicas, aumento de peso.


OG

______________________________________________________________________
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A
IN

modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.


BR
SA
10
RA
TURMA ENFERMAGEM REGULAR – CLÍNICA MÉDICA – Prof. Waldimir Coelho 16

LA
S
Hipersensibilidade pode ocorrer nas seis primeiras semanas

E
NT
de tratamento.

FO
Gliclazida Hipoglicemia, particularmente em idosos, distúrbios
gastrintestinais, reações cutâneas, distúrbios hepáticos.

SO
Insulinas (NPH e regular) Hipoglicemia, aumento de peso, edema, hipersensibilidade

RU
cutânea, reação no local de aplicação.

LIA
Tratamento farmacológico: 3ª linha - INSULINAS

OG
Se o controle metabólico não for alcançado após o uso de metformina em associação
com uma sulfonilureia por três a seis meses, deve ser considerada uma terceira medicação. A

NA
insulina também é considerada quando os níveis de glicose plasmática estiverem maiores de

RI
300 mg/dL, na primeira avaliação ou no momento do diagnóstico, principalmente se

AB
acompanhado de perda de peso, cetonúria e cetonemia

5S
As classes de medicamentos que podem ser utilizadas nesta etapa são insulinas de

74
ação intermediária ou longa. Como todas as classes têm eficácia semelhante (redução média

42
de 1% na HbA1c), recomenda-se o uso de insulina intermediária devido à longa experiência

40
com seu uso e ao menor custo.

51
A via de administração usual da insulina é a via subcutânea, mas a insulina regular

10
também pode ser aplicada por vias intravenosa e intramuscular, em situações que requerem
um efeito clínico imediato.

RA
As insulinas disponíveis no SUS são as de ação rápida (regular) e as de ação
LA
intermediária (Neutral Protamine Hagedorn – NPH). A insulina regular está indicada em casos
ES

de emergência, como a cetoacidose, gravidez e trabalho de parto, em combinação com


insulinas de ação média ou prolongada, ou em tratamento tipo bolus antes das refeições. A
NT

insulina NPH, também chamada de isófana ou de ação intermediária, sendo, portanto, de pH


FO

neutro e acrescida de protamina para modificar o tempo de ação, é utilizada em tratamento de


SO

manutenção para o controle glicêmico basal.


A aplicação subcutânea pode ser realizada nos braços, abdômen, coxas e nádegas. A
RU

velocidade de absorção varia conforme o local de aplicação, sendo mais rápida no abdômen,
LIA

intermediária nos braços e mais lenta nas coxas e nádegas. Para correção das hiperglicemias de
OG

jejum ou pré-prandial, escolhe-se uma insulina basal (intermediária ou lenta), enquanto que,
para tratamento da hiperglicemia associada à refeição, seleciona-se uma insulina de curta ação
NA

ou rápida.
I
BR

Terapia com insulina


SA

A insulina é um hormônio produzido pelas células beta das ilhotas de Langerhans no


45

pâncreas, cujas funções consistem em reduzir os níveis sanguíneos de glicose depois das
27

refeições por facilitar a captação e utilização da glicose pelas células musculares (glicogênio),
04

adiposas (triglicerídeos) e hepáticas (proteínas).


4

Na diabetes do tipo 1, o corpo perde a capacidade de produzir insulina, sendo necessário o


51

uso de insulina exógena. No diabetes do tipo 2, a insulina pode ser necessária para corrigir os
10

níveis de glicose quando a dieta e os agentes orais falharem, ou em situações de estresse,


RA

como infecções, gestação, cirurgia, entre outros.


LA

Classificação segundo o período de ação:


S

Quadro resumo das ações da insulina segundo Brunner 2011.


TE

Tempo de Agente Início da ação Pico Duração Indicações


N

ação
FO

Utilizada para redução


SO

rápida da glicemia,
RU

Ação rápida LISPRO 10 a 15 min 1h 2a4h como a hiperglicemia


pós-prandial.
LIA
OG

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IN

modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.


BR
SA
10
RA
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LA
S
Administrada 20 a 30

E
NT
Ação curta REGULAR ½ a 1h 2 a 3h 4 a 6h min antes de uma

FO
refeição.
Ação Habitualmente

SO
intermediária NPH 2a4h 4 a 12 h 16 a 20h administrada depois

RU
da refeição.
Contínua

LIA
Ação muito GLARGINA 1h Sem pico 24h Utilizada para dose

OG
longa basal.

NA
Recomendações para o armazenamento, transporte, preparo e aplicação da insulina

RI
A prescrição de insulina na Atenção Básica exige que a equipe domine os ajustes de

AB
dose em cada tipo de esquema, a técnica de preparação, aplicação e armazenamento. Também

5S
é importante que esses conhecimentos sejam revisados periodicamente com a pessoa e a

74
família.

42
40
Armazenamento:

51
• as insulinas lacradas precisam ser mantidas refrigeradas entre 2°C a 8°C;

10
• após aberto, o frasco pode ser mantido em temperatura ambiente para minimizar dor no
local da injeção, entre 15°C e 30°C, ou também em refrigeração, entre 2°C a 8°C; • não

RA
congelar a insulina;
LA
• após um mês do início do uso, a insulina perde sua potência, especialmente se mantida fora
ES

da geladeira. Por isso, é importante orientar que a pessoa anote a data de abertura no frasco;
• orientar sobre o aspecto normal das insulinas e sua observação antes da aplicação,
NT

descartando o frasco em caso de anormalidades.


FO
SO

Transporte e viagens:
• colocar o frasco em bolsa térmica ou caixa de isopor, sem gelo comum ou gelo seco; • na
RU

ausência de bolsa térmica ou caixa de isopor, o transporte pode ser realizado em bolsa comum,
LIA

desde que a insulina não seja exposta à luz solar ou calor excessivo;
OG

• em viagens de avião, não despachar o frasco com a bagagem, visto que a baixa temperatura
no compartimento de cargas pode congelar a insulina.
NA
I

Seringas e agulhas:
BR

• apesar de serem descartáveis, as seringas com agulhas acopladas podem ser reutilizadas pela
SA

própria pessoa, desde que a agulha e a capa protetora não tenham sido contaminadas;
45

• o número de reutilizações é variável, de acordo com o fabricante, mas deve ser trocada
27

quando a agulha começar a causar desconforto durante a aplicação (considera-se adequada a


04

reutilização por até oito aplicações, sempre pela mesma pessoa);


4

• a seringa e a agulha em uso podem ser mantidas em temperatura ambiente;


51

• após o uso, a seringa deve ser “recapada” pela pessoa; • não se recomenda higienização da
10

agulha com álcool;


RA

• o descarte da seringa com agulha acoplada deve ser realizado em recipiente próprio para
LA

material perfurocortante, fornecido pela Unidade Básica de Saúde (UBS), ou em recipiente


rígido resistente, como frasco de amaciante.
S
TE

Não é recomendado o descarte do material em garrafa PET devido a sua fragilidade. Quando o
recipiente estiver cheio, a pessoa deve entregar o material na UBS para que a mesma faça o
N
FO

descarte adequado.
SO

Misturas de insulina: Quando houver a indicação de misturar insulinas, deve-se aspirar


RU

primeiro sempre a de ação mais rápida e depois a mais lenta. Exemplo: Precisa-se fazer uma
LIA

mistura de NPH e Regular. Primeiro se aspira a regular e depois a NPH.


OG

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A
IN

modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.


BR
SA
10
RA
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LA
S
Complicações da insulinoterapia

E
NT
a) Hipoglicemia: constitui a principal complicação da insulinoterapia, existindo condições que
predispõem essa condição, tais como: Insuficiência adrenal; Insuficiência tiroidiana;

FO
Insuficiência renal; Insuficiência hepática; Uso de álcool; Uso de doses incorretas de insulina;

SO
Omissão de refeições.

RU
b) Lipodistrofia hipertrófica ou hipertrofia insulínica: É caracterizada por uma tumefação ou
endurecimento no local e ao redor das aplicações de insulina. Hoje, com o uso das insulinas

LIA
altamente purificadas e as insulinas humanas, essa complicação praticamente inexiste. É

OG
descrita como reação localizada na forma de lipoatrofia ou lipo-hipertrofia, ocorrendo no sítio
das injeções de insulina.

NA
Lipoatrofia – perda do tecido adiposo subcutâneo (redução com uso de insulina humana);

RI
AB
Lipo-hipertrofia – formação de massas fibroadiposas no sítio da injeção, causada pelo uso
repetido do mesmo sítio de injeção.

5S
74
c) Edema insulínico: a causa do edema insulínico não é bem determinada, podendo ocorrer

42
em pacientes cronicamente descompensados, sendo rapidamente desfeito a partir de um bom
controle glicêmico. O edema pode ser generalizado ou localizado em mãos e pés, sendo

40
necessário em alguns casos o uso de diurético por 2 ou 3 dias.

51
d) Resistência insulínica: refere-se a uma condição na qual um paciente adulto necessita de

10
mais de 200 U. No diabetes mellitus do tipo 2, está relacionada com situações como infecções,

RA
cirurgias, cetoacidose, feocromocitoma, hipertireodismo, síndromes genéticas, entre outras.
LA
e) Reações alérgicas locais: surge na forma de rubor, edema, dor, enduração ou pápula de 2 a4
ES

cm, que pode surgir no local da injeção 1 a 2 horas depois da administração. PODE OCORRER
REAÇÃO ALÉRGICA SISTÊMICA.
NT
FO

f) Hiperglicemia matinal – A hiperglicemia matinal se divide em Fenômeno DAWN, Declínio da


Insulina e efeito SOMMOGY que são perfis glicêmicos noturnos associados com hiperglicemia
SO

de jejum.
RU

1 - Fenômeno do Amanhecer: Glicemia relativamente normal até aproximadamente 3h da


manhã, quando o nível começa a se elevar. A ação para o controle deve ser alterar o horário da
LIA

insulina intermediária da hora do jantar para antes de dormir.


OG

2 - Fenômeno Somogyi: Glicemia normal ou elevada ao deitar, diminuição às 2h ou 3 h da


manhã para níveis hipoglicêmicos e aumento subseqüente ocasionado pela produção dos
NA

hormônios contrarreguladores. A ação para controle deve ser diminuir a dose da insulina a
I
BR

noite ou aumento o lanche na hora de dormir.


SA

3 - Declínio da insulina: Elevação progressiva da glicemia da hora de dormir até a manhã.


Deve-se aumentar a dose noturna da insulina de ação intermediária ou longa. Ou instituir uma
45

dose de insulina antes da refeição da noite se ainda não fizer parte do esquema.
27
04

LOCAIS DE APLICAÇÃO: Tecido subcutâneo, braços (parte externa e superior), coxas (parte
4
51

anterior e lateral), região abdominal, região glútea (Brunner refere-se a Quadril).


10
RA
LA
S
NTE
FO
SO
RU
LIA
OG

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A
IN

modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.


BR
SA
10
RA
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LA
S
No manual do Pé Diabético, M.S (2016) tem uma figura que resume o cuidado com o

E
NT
paciente diabético:

FO
SO
RU
LIA
OG
NA
RI
AB
5S
74
42
40
51
10
RA
LA
ES

COMPLICAÇÕES DO DIABETES MELLITUS


NT
FO

São complicações agudas do diabetes: hipoglicemia, cetoacidose diabética e


síndrome não-cetótica hiperosmolar hiperglicêmica. As complicações tardias( a longo prazo)
SO

podem ser decorrentes de alterações: na microcirculação - retinopatia e nefropatia; na


RU

macrocirculação- cardiopatia isquêmica, doença cerebrovascular e doença vascular periférica;


neuropáticas.
LIA
OG

As complicações em longo prazo são observadas no diabetes tipo 1 e 2, porém não


ocorrem habitualmente dentro dos primeiros 5 a 10 anos após o estabelecimento do
NA

diagnóstico.
I
BR

COMPLICAÇÕES AGUDAS:
SA

HIPOGLICEMIA (reações insulínicas)


45

Hipoglicemia é a diminuição dos níveis glicêmicos – com ou sem sintomas – para valores abaixo
27

de 70 mg/dL. Porém, os sintomas clínicos ocorrem quando a glicemia cai abaixo de 50 a 60


04

mg/dl. As manifestações clínicas da hipoglicemia podem ser agrupadas em duas categorias:


4
51

sintomas adrenérgicos e sintomas do sistema nervoso central.


10

Condições de risco: Uso de insulina; Insuficiência renal; Pacientes idosos em uso de


RA

sulfonilureias; Troca de insulina; Insulinoterapia recentemente iniciada.


LA

Sinais e sintomas
S
TE

Na hipoglicemia leve, à medida que o nível de glicemia cai, o sistema nervoso


simpático é estimulado, resultando em um surto de adrenalina e noradrenalina. Isso é o
N
FO

responsável pelos tremores, sudorese, palpitações, nervosismo e fome.


SO

Na hipoglicemia moderada, a queda da glicemia priva as células cerebrais do


RU

combustível necessário para seu funcionamento. Os sinais de comprometimento da função do


SNC (neuroglicopênicos) incluem a incapacidade de se concentrar, cefaleia, tontura, lapso de
LIA

memória, dormência dos lábios e da língua, fala arrastada, coordenação comprometida,


OG

______________________________________________________________________
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A
IN

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BR
SA
10
RA
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LA
S
alterações emocionais, comportamento irritável ou combativo, visão dupla e sonolência, além

E
NT
dos sintomas adrenérgicos.
Na hipoglicemia grave, a função do SNC está tão comprometida que o paciente

FO
necessita da assistência de outra pessoa para o tratamento da hipoglicemia. Os sintomas

SO
incluem desorientação, convulsão, perda da consciência.

RU
Os sintomas da hipoglicemia podem aparecer de maneira súbita e variam de pessoa
a pessoa. A resposta hormonal (adrenérgica) diminuída à hipoglicemia também pode contribuir

LIA
para a ausência de sintomas. A hipoglicemia pode não ser detectada até que ocorra o

OG
comprometimento moderado a grave do SNC, incluindo o coma.
Paciente consciente: oferecer alimento com carboidrato de absorção rápida, de preferência,

NA
líquido, na dose de 10 a 20 gramas (ex: meio copo de refrigerante, suco de laranja). Podem ser

RI
administrados ainda 2 a 3 colheres de chá de açúcar ou mel, 6 a 10 doces rígidos. Pode ser

AB
necessário repetir a dose.

5S
Paciente inconsciente: fornecer 20 ml de glicose a 50 % EV e / ou 1 mg de Glucagon IM ou
SC. Encaminhar ao hospital.

74
Em idosos, o quadro de sintomas neuroglicopênicos pode persistir por horas após a

42
correção metabólica, principalmente em pessoas em uso de sulfonilureias.

40
51
10
CETOACIDOSE DIABÉTICA (CAD)

RA
Definição: A CAD é causada por uma ausência ou quantidade acentuadamente inadequada de
LA
insulina, resultando em distúrbio no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios.
ES

Causas: Dose de insulina inadequada ou ausente; Doença ou infecção (estão associadas com a
NT

resistência à insulina, pelo aumento, em resposta ao estresse físico e emocional, dos níveis dos
FO

hormônios de “estresse”, como o glucagon, adrenalina, noradrenalina, cortisol e hormônio do


crescimento, os quais promovem a produção de glicose pelo fígado e interferem com a
SO

utilização da glicose pelo músculo e tecido adiposo, contrapondo-se ao efeito da insulina);


RU

Diabetes não – diagnosticada ou não tratada.


LIA

Aspectos clínicos: As três características clínicas principais da CAD são hiperglicemia,


OG

desidratação e perda eletrolítica e acidose.


Fisiopatologia: Com a redução de insulina, a quantidade de glicose que entra na célula diminui
NA

e a produção de glicose pelo fígado aumenta. Ambos os fatores levam à hiperglicemia, e os


I
BR

rins, em uma tentativa de livrar o corpo de excesso de glicose, excretam a glicose em conjunto
SA

com água e eletrólitos (diurese osmótica), sendo caracterizada por micção excessiva (poliúria),
causando a desidratação. A deficiência de insulina causa a clivagem dos lipídios (lipólise) em
45

ácidos graxos livres e glicerol. Os ácidos graxos livres são convertidos em corpos cetônicos pelo
27

fígado, os quais se acumulam na circulação, levando à acidose.


04
4

Manifestações clínicas: poliúria, polidipsia, fraqueza, cefaleia, náuseas, vômitos, dor


51

abdominal.
10

Achados diagnósticos: Glicemia entre 300 a 800 mg /dl; Bicarbonato sérico entre 0 a 15 mEq
RA

/l; Valor de pH entre 6,8 a 7,3; PCO2 entre 10 a 30 mmHg (nível baixo de PCO2 reflete a
LA

tentativa de compensação respiratória - Respiração de Kussmaul); Níveis elevados de ureia,


S

creatinina, hemoglobina e hematócrito, podem ser observadas em decorrência da


TE

desidratação; Potássio sérico reduzido.


N
FO

Tratamento: Correção da hiperglicemia; Correção da desidratação – Administração de soro


fisiológico a 0,9 % para reposição hídrica e excreção da glicose em excesso pelos rins;
SO

Reposição de eletrólitos – Reposição de potássio para evitar arritmias; Administração de


RU

insulina – geralmente administrada por via intravenosa em uma velocidade lenta e contínua.
LIA
OG

______________________________________________________________________
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A
IN

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BR
SA
10
RA
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LA
S
O principal eletrólito objeto de preocupação durante o tratamento da CAD é o potássio.

E
NT
Embora seu nível possa estar normal, ocorre uma rápida depleção das reservas orgânicas
levando à hipocalemia. A reidratação, parte do tratamento da CAD, aumenta a excreção do

FO
potássio. É importante monitorar os níveis séricos de potássio plasmático. A realização

SO
frequente de eletrocardiograma (inicialmente a cada 2 a 4 h) e medições laboratoriais dos

RU
níveis plasmáticos de potássio se fazem necessários nas primeiras 8h de tratamento.

LIA
SÍNDROME NÃO – CETÓTICA HIPERGLICÊMICA HIPEROSMOLAR

OG
Definição: Condição grave em que a hiperosmolaridade e a hiperglicemia predominam, com
alteração do sensório e, ao mesmo tempo, a cetose é mínima ou ausente, sendo que o defeito

NA
bioquímico básica é a falta de insulina, por aumento da resistência.

RI
AB
Fisiopatologia: A persistente hiperglicemia, pelo aumento da resistência à insulina, provoca
diurese osmótica, resultando em perdas de água e eletrólitos. Para manter o equilíbrio

5S
osmótico, a água desloca-se de espaço intracelular para o extracelular.

74
42
Essa condição geralmente ocorre em pessoas idosas (idades de 50 a 70 anos), em tratamento

40
com medicamentos que provocam a dependência de insulina (tiazidas), ou tratamentos, como

51
a diálise.

10
A diferenciação da SHHNC da CAD é que na síndrome hiperglicêmica hiperosmolar não

RA
cetótica, o nível de insulina, apesar de estar muito baixo, é suficiente para evitar a clivagem dos
lipídios, fato que não ocorre na CAD, pois não há a presença da insulina.
LA
ES

Manifestações clínicas: Desidratação profunda (mucosas secas, turgor cutâneo deficiente),


taquicardia, hipotensão arterial, alterações sensoriais, convulsões, hemiparesia.
NT
FO

Tratamento: Reposição hídrica; Correção do desequilíbrio eletrolítico; Administração de


insulina.
SO

COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DIABETES (Complicações em longo prazo) – As complicações em


RU

longo prazo são observadas tanto no tipo 1 quanto no 2, e não ocorrem, habitualmente, dentro
LIA

dos primeiros 5 a 10 anos após o estabelecimento do diagnóstico.


OG

As complicações crônicas podem ser decorrentes de alterações:


NA

♦na microcirculação - retinopatia e nefropatia;


♦na macrocirculação- cardiopatia isquêmica, doença cerebrovascular e doença vascular
I
BR

periférica;
SA

♦neuropáticas.
45

Fatores de risco - Os principais fatores de risco para o desenvolvimento dessas complicações


27

são longa duração da doença, mau controle metabólico, presença de HAS, tabagismo e
04

alcoolismo, complicações persistentes, gestação.


4
51

Rastreamento para complicações crônicas:


10

Para o diabetes tipo 1 – Anual, a partir do 5º ano do diagnóstico, particularmente importante


RA

na puberdade;
LA

Para o diabetes tipo 2 – Anual, a partir do diagnóstico.


S
TE

DOENÇAS OCULARES -RETINOPATIA DIABÉTICA


N
FO

A retinopatia diabética é a principal forma de cegueira irreversível no Brasil. Ela é


assintomática nas suas fases iniciais, mas evolui ao longo do tempo, acometendo a maioria dos
SO

portadores de diabetes após 20 anos de doença. Os fatores de risco são semelhantes aos
RU

descritos para doença macrovascular, embora, para complicações microvasculares, o controle


LIA

da glicemia assume importância maior. A presença de nefropatia e gravidez também


OG

______________________________________________________________________
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A
IN

modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.


BR
SA
10
RA
TURMA ENFERMAGEM REGULAR – CLÍNICA MÉDICA – Prof. Waldimir Coelho 22

LA
S
contribuem para sua evolução. A presença de retinopatia é um marcador precoce de início das

E
NT
complicações microvasculares e do risco de comprometimento renal. (Na presença de
retinopatia, deve-se avaliar e acompanhar sempre a função renal). Para estabelecimento de

FO
prognóstico e indicação terapêutica, a retinopatia é graduada em:

SO
1: não-proliferativa: leve, moderada, severa e proliferativa.

RU
2: Presença de edema macular clinicamente significativo.

LIA
OG
A retinopatia não proliferativa nos graus severa, proliferativa e com edema macular
clinicamente significativo são as de maior risco para cegueira; o rastreamento tem como

NA
objetivo o diagnóstico precoce para prevenção de cegueira através da fotocoagulação. Para

RI
diagnosticar, rastrear e monitorar a retinopatia diabética assim como avaliar a necessidade

AB
oportuna de fotocoagulação, deve-se solicitar o exame de mapeamento de retina, que é feito
por oftalmologista com um oftalmoscópio indireto e com pupila dilatada. Esse exame permite a

5S
análise de todas as estruturas da retina, nervo óptico e vítreo.

74
42
Outras formas de doenças oculares: Catarata, glaucoma, ceratopatia (úlceras de córnea).

40
NEFROPATIA

51
10
A nefropatia diabética também é uma complicação comum e devastadora em
pacientes com diabetes, com uma frequência pouco inferior à retinopatia. Tradicionalmente,

RA
inicia por um estágio de nefropatia incipiente, com aumento da excreção urinária de albumina,
LA
chamada de microalbuminúria, em geral, após 5 anos da doença.
ES

A nefropatia diabética é classificada em fases: normoalbuminúria, microalbuminúria


NT

(ou nefropatia incipiente) e macroalbuminúria (nefropatia clínica ou estabelecida ou


FO

proteinúria clínica) de acordo com valores crescentes de excreção urinária de albumina.


A microalbuminúria é o melhor marcador disponível para identificar indivíduos em
SO

risco de desenvolverem insuficiência renal. Deve ser dosada em conjunto com creatinina em
RU

todos pacientes com diabetes tipo 2 no momento do diagnóstico. Pode ser dosada em amostra
LIA

casual, com ou sem creatinina urinária ou em urina de 24 horas.


OG

NEUROPATIA DIABÉTICA (N.D.) - É a complicação mais comum do diabetes, compreendendo


um conjunto de síndromes clínicas que afetam o sistema nervoso periférico sensitivo, motor e
NA

autonômico, de forma isolada ou difusa, nos segmentos proximais ou distais, de instalação


I

aguda ou crônica, de caráter reversível ou irreversível, manifestando-se silenciosamente ou


BR

com quadros sintomáticos dramáticos. A forma mais comum é a neuropatia simétrica sensitivo
SA

motora distal. Pode se manifestar por sensação de queimação, choques, agulhadas,


45

formigamentos, dor a estímulos não-dolorosos, câimbras, fraqueza ou alteração de percepção


27

da temperatura, pode ser em repouso, com exacerbação à noite e melhora com movimentos.
04

Outras causas de neuropatia devem ser consideradas e, com forte suspeita, excluídas com
4

testes de Vit. B12, HIV, função tireoidiana e renal, e investigação de hanseníase, alcoolismo e
51

para efeitos de fármacos. Sintomas da neuropatia autonômica devem ser pesquisados,


10

periodicamente, durante avaliação clínica. As principais manifestações incluem taquicardia em


RA

repouso, intolerância ao exercício, hipotensão ortostática, constipação, e sintomas de


LA

gastroparesia, disfunção erétil, disfunção sudomotora, bexiga neurogênica, hipoglicemia


despercebida, entre outros.
S
TE

Sintomas da neuropatia autonômica devem ser pesquisados, periodicamente,


durante avaliação clínica. As principais manifestações incluem taquicardia em repouso,
N
FO

intolerância ao exercício, hipotensão ortostática, constipação, e sintomas de gastroparesia,


disfunção erétil, disfunção sudomotora, bexiga neurogênica, hipoglicemia despercebida, entre
SO

outros.
RU

O diagnóstico da neuropatia autonômica cardiovascular é feito pela taquicardia em


LIA

repouso ou por teste provocativo (levantar-se do decúbito, manobra de Valsalva, respiração


OG

______________________________________________________________________
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A
IN

modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.


BR
SA
10
RA
TURMA ENFERMAGEM REGULAR – CLÍNICA MÉDICA – Prof. Waldimir Coelho 23

LA
S
profunda), e por hipotensão postural medida por redução de pressão sistólica (> 30 mmHg)

E
NT
e/ou da diastólica (> 10 mmHg), 1 minuto após a mudança da posição deitada para em pé.
O diagnóstico de gastroparesia pode ser feito pela história (dispepsia, plenitude

FO
gástrica, náusea, vômito) ou por teste terapêutico com fármaco procinético (metoclopramida,

SO
domperidona). Casos mais graves, incluindo emagrecimento, devem ser encaminhados ao

RU
especialista.
O diagnóstico da disfunção erétil é feito pela história (incluindo história de

LIA
medicamentos que causam a disfunção). Excluir doenças endócrinas (medir prolactina e

OG
testosterona) e fazer teste terapêutico com inibidor da enzima fosfodiesterase5
(contraindicado quando paciente faz uso de nitratos).

NA
RI
PÉ DIABÉTICO: Úlceras de pés e amputação de extremidades são as complicações mais graves.

AB
Sua prevenção primária visa a prevenir neuropatia e vasculopatia. Aqui é abordado o

5S
monitoramento de um conjunto de fatores que eleva o risco de úlcera e amputação de
extremidades, tornando sua prevenção mais custo-efetiva. Para tanto, os seguintes pontos são

74
fundamentais:

42
1. Avaliar os pés dos pacientes anualmente, verificando:

40
• História de úlcera ou amputação prévia, sintomas de doença arterial periférica, dificuldades

51
físicas ou visuais no cuidado dos pés.

10
• Deformidades dos pés (pé em martelo ou dedos em garra, proeminências ósseas) e

RA
adequação dos calçados; evidência visual de neuropatia (pele seca, calosidade, veias dilatadas)
ou isquemia incipiente; deformidades ou danos de unhas. LA
• Detecção de neuropatia por monofilamento de 10g (ou diapasão de 128Hz); sensação tátil ou
ES

dolorosa.
NT

• Palpação de pulsos periféricos (pediosa e tibial posterior); tempo de enchimento venoso


FO

superior a 20 segundos e razão tornozelo braquial por Doppler <0.9 permitem quantificar a
SO

anormalidade quando os pulsos estiverem diminuídos.


2. Discutir a importância dos cuidados dos pés como parte de programa educativo para
RU

prevenção de úlcera e amputação.


LIA

3. Negociar um plano de cuidado baseado nos achados clínicos e da avaliação de risco.


OG

4. Oferecer apoio educativo para cuidados dos pés de acordo com as necessidades individuais
e o risco de úlcera e amputação.
NA

5. Avaliar o risco do paciente de acordo com os achados clínicos (se tem doença arterial prévia,
I

se já possui ou não perda da sensibilidade, presença de neuropatia, ulceração prévia ou


BR

amputação).
SA

6. Planejar intervenções baseadas nas categorias de risco:


45

- Pacientes sem risco adicional devem ser orientados quanto aos cuidados com os pés;
27

- pacientes em risco devem ter agendada a consulta de retorno a cada 6 meses;


04

- pacientes em alto risco devem ter agendadas consultas de revisão a cada 3-6 meses com uma
equipe multidisciplinar capacitada para a atenção ao pé diabético.
4
51

- pacientes com presença de ulceração ou infecção (incluindo emergências do pé diabético):


10

encaminhar para uma equipe multidisciplinar de atenção ao pé diabético em um prazo de 24


RA

horas para manejar adequadamente os ferimentos com curativo e desbridamento, conforme


indicado.
LA

7. Não amputar, exceto quando:


S

• Uma avaliação vascular detalhada tiver sido feita por cirurgião vascular.
TE

• A dor isquêmica no repouso não puder ser manejada por analgesia ou revascularização.
N
FO

• Uma infecção no pé potencialmente fatal não puder ser tratada por outras medidas.
• Uma úlcera não-cicatrizante for acompanhada por uma maior carga de doença do que
SO

resultaria da amputação.
RU
LIA
OG

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A
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BR
SA
10
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LA
S
TABAGISMO:

E
NT
O tabagismo, além de importante fator de risco cardiovascular, aumenta também o
risco de ulceração e dificulta o processo de cicatrização de feridas.

FO
O tabagismo é a maior causa de morte evitável no mundo e sua cessação no paciente

SO
diabético é a medida isolada de maior impacto para redução do risco de complicações. A

RU
cessação do tabagismo na pessoa com diabetes deve, portanto, ser considerada como uma
prioridade. O tratamento para Cessação do Tabagismo está sendo ampliado para a Atenção

LIA
Básica em todo o Brasil, com capacitação dos profissionais de saúde e distribuição dos

OG
medicamentos (Cloridrato de Bupropiona e Terapia de Reposição de Nicotina).

NA
Teste de sensibilidade com monofilamento de 10 g

RI
A perda da sensação de pressão usando o monofilamento de 10 g é altamente preditiva de

AB
ulceração futura. Qualquer área insensível indica PSP. Recomenda-se que quatro regiões sejam

5S
pesquisadas: hálux (superfície plantar da falange distal) e as 1º, 3º e 5º cabeças dos metatarsos
de cada pé, determinando uma sensibilidade de 90% e especificidade de 80%.

74
• A pessoa deverá ficar sentada de frente para o examinador com os pés apoiados, de forma

42
confortável. Orientar sobre a avaliação e demonstrar o teste com o monofilamento utilizando

40
uma área da pele com sensibilidade normal.

51
• Solicitar à pessoa que feche os olhos.

10
• O filamento é aplicado sobre a pele perpendicularmente produzindo uma curvatura no fio.

RA
Essa curvatura não deve encostar-se à pele da pessoa, para não produzir estímulo extra. Áreas
com calosidades devem ser evitadas. LA
• Se o filamento escorregar na pele no momento do toque, não considerar a resposta e repetir
ES

o teste no mesmo ponto.


NT

• Começar o teste com o fio a uma distância de 2 cm da área a ser testada. Tocar a pele com o
FO

filamento mantendo sua curva por 2 segundos. Evitar movimentos bruscos ou muito lentos.
SO

• Solicitar ao paciente que responda “sim” quando sentir o toque ou “não” caso não sinta e
perguntar onde sente a pressão (pé direito ou esquerdo).
RU

• Repetir aplicação duas vezes no mesmo local, mas alternar com, pelo menos, uma aplicação
LIA

“simulada”, quando nenhum filamento é aplicado (em um total de três perguntas em cada
OG

ponto).
• No caso de resposta positiva e negativa em um mesmo ponto, considera-se o teste normal
NA

caso a pessoa acerte duas das três tentativas e teste anormal na presença de duas respostas
I

incorretas.
BR
SA
45
27
04
4
51
10
RA
LA
S
NTE
FO
SO
RU
LIA
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SA
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LA
S
O monofilamento não é de uso individual ou descartável, por isso, recomenda-se que seja

E
NT
realizada a limpeza do produto com uma solução de sabão líquido e água morna após cada
uso. Não há necessidade de o produto passar por processo de esterilização em autoclave. É

FO
recomendado que o monofilamento fique em repouso por 24 horas a cada 10 pacientes

SO
examinados, para que mantenha a tensão de 10 g. A vida útil do produto em geral é de 18

RU
meses.

LIA
Teste com o diapasão de 128 Hz

OG
O uso desta ferramenta é uma forma prática de avaliar a sensibilidade vibratória. O cabo do
diapasão deve ser posicionado sobre a falange distal do hálux. Alternativamente, o maléolo

NA
lateral pode ser utilizado. O teste é considerado anormal quando a pessoa perde a sensação da

RI
vibração enquanto o examinador ainda percebe o diapasão vibrando.

AB
5S
74
42
40
51
10
RA
LA
ES
NT
FO

Primeiro, aplique o diapasão nos punhos do paciente (ou cotovelo ou clavícula) para
SO

que ele saiba o que esperar. A pessoa não deve ser capaz de ver se ou onde o examinador
RU

aplica o diapasão. O diapasão é aplicado sobre uma parte óssea no lado dorsal da falange distal
LIA

do hálux.
O diapasão deve ser aplicado perpendicularmente com pressão constante, repita esta
OG

aplicação duas vezes, mas alterne esta com pelo menos uma aplicação “simulada” em que o
diapasão não esteja vibrando. O teste é positivo se o paciente responde de forma incorreta
NA

pelo menos duas de três aplicações e negativo com duas das três respostas corretas. Se o
I
BR

paciente é incapaz de sentir as vibrações no hálux, o teste é repetido mais proximalmente


SA

(tuberosidade tibial, maléolo).


45

Cuidados gerais com os pés


27

1. Examinar os pés diariamente. Se necessário, pedir ajuda a familiar ou usar espelho.


04

2. Avisar o médico se tiver calos, rachaduras, alterações de cor ou úlceras.


4
51

3. Vestir sempre meias limpas, preferencialmente de lã, algodão, sem elástico.


10

4. Calçar sapatos que não apertem, de couro macio ou tecido. Não usar sapatos sem meias.
5. Sapatos novos devem ser usados aos poucos. Usar inicialmente, em casa, por algumas horas
RA

por dia.
LA

6. Nunca andar descalço, mesmo em casa.


S

7. Lavar os pés diariamente, com água morna e sabão neutro. Evitar água quente. Secar bem
TE

os pés, especialmente entre os dedos.


N

8. Após lavar os pés, usar um creme hidratante à base de lanolina, vaselina líquida ou
FO

glicerina. Não usar entre os dedos


SO

9. Cortar as unhas de forma reta, horizontalmente.


10. Não remover calos ou unhas encravadas em casa; procurar equipe de saúde para
RU

orientação.
LIA
OG

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BR
SA
10
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LA
S
QUESTÕES

E
NT
1) Sobre o teste de sensibilidade com monoflamento de 10g realizado em paciente diabético,
assinale a alternativa correta.

FO
A) Recomenda-se que quatro regiões sejam pesquisadas: hálux (superfície plantar da falange

SO
distal) e as 1º, 3º e 5º cabeças dos metatarsos de cada pé, determinando uma sensibilidade de

RU
90% e especifidade de 80%
B) A perda da sensação de pressão usando o monofilamento de 10 g é pouco preditiva de

LIA
ulceração futura

OG
C) Qualquer área sensível indica perda da sensibilidade protetora (PSP)
D) O filamento é aplicado sobre a pele perpendicularmente, produzindo uma curvatura no fio.

NA
Essa curvatura deve encostar-se à pele da pessoa, para produzir estímulo extra. Áreas com

RI
calosidades também devem ser avaliadas

AB
E) Mesmo que o filamento escorregue na pele no momento do toque, deve ser considerado a

5S
resposta e não há necessidade de repetir o teste no mesmo ponto

74
2) Sobre o atendimento odontológico ao paciente hipertenso, analise as afirmativas abaixo, dê

42
valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta

40
de cima para baixo.

51
( ) Para o usuário normotenso e/ou pressão arterial (PA) limítrofe, deve-se realizar o

10
atendimento odontológico convencional.

RA
( ) Pessoas com PA limítrofe não necessitam fazer avaliação para identificar a presença de
fatores de risco para doença cardiovascular. LA
( ) Os usuários com níveis tensionais abaixo de 140/90mmHg, podem receber qualquer
ES

tratamento odontológico.
NT

( ) Os pacientes hipertensos no estágio I e II, na primeira sessão, devem ter sua PA verificada
FO

novamente cinco minutos após a primeira aferição.


SO

A) V,V,V,V
B) F,F,V,V
RU

C) V,F,V,F
LIA

D) F,F,F,V
OG

E) V,F,V,V
NA

3) Sobre o cuidado com o paciente com Diabetes Mellitus tipo 2, no Sistema Único de Saúde,
I

assinale a alternativa correta.


BR

A) Quando indicado o tratamento medicamentoso, recomenda-se iniciar a metformina em


SA

doses de 850mg duas vezes ao dia.


45

B) A maioria das pessoas que atingiram o controle glicêmico com monoterapia não irão
27

necessitar de associação de outra medicação dentro dos próximos dez anos.


04

C) Casos de hiperglicemia severa (>300mg/dl) podem se beneficiar de insulina NPH já no início


do tratamento.
4
51

D) Não há contraindicação para o uso de metformina em pacientes com insuficiência renal


10

pronunciada.
RA

E) Pessoa com DM diagnosticado com controle metabólico inadequado e internações por


complicações agudas nos últimos 12 meses são estratificadas como risco moderado.
LA
S

4) Sobre Hipertensão Arterial, é CORRETO afirmar que


TE

A) dos pacientes hipertensos diagnosticados, apenas 20% apresentam hipertensão primária, ou


N
FO

seja, pressão arterial elevada cuja causa não é identificada.


B) pacientes classificados com hipertensão arterial estágio I apresentam pressão arterial
SO

sistólica entre 139 e 140mmHg.


RU
LIA
OG

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BR
SA
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LA
S
C) a obesidade é um dos fatores de risco comum para o desenvolvimento de hipertensão

E
NT
arterial. O aumento da incidência da obesidade infantil é um prenúncio do número crescente
de adultos hipertensos.

FO
D) o valor da diferença entre pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD)

SO
(Ex: PAS 170 x PAD 60mmHg. Pressão diferencial igual a 90mmHg), em nenhuma situação, está

RU
associado a alterações cardiovasculares.
E) toda hipertensão arterial vem acompanhada de sinais e sintomas desde o momento em que

LIA
a doença foi instalada.

OG
5) Segundo o Manual do pé diabético do Ministério da Saúde (2016), a medida de maior

NA
impacto para a saúde da pessoa com Diabetes Mellitus(DM) é o/a

RI
A) controle glicêmico.

AB
B) tratamento com metformina.

5S
C) realização de exames e cuidados com o pé diabético.
D) cessação do tabagismo.

74
42
6) A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um problema grave de saúde pública no Brasil e no

40
mundo. Ela é um dos mais importantes fatores de risco para o desenvolvimento de doenças

51
cardiovasculares, cerebrovasculares e renais. Sobre o processo de rastreamento e diagnóstico

10
da hipertensão arterial, analise as afirmações a seguir.

RA
I A presença de sintomas deve ser considerada como fator decisivo para a adoção de conduta,
LA
pois o indivíduo assintomático sem fatores de riscos presentes provavelmente não é
hipertenso.
ES

II A primeira verificação deve ser realizada especificamente no braço esquerdo e esse braço
NT

deve ser utilizado como referência nas próximas medidas.


FO

III A presença ou não de sintomas não deve ser considerada como fator decisivo para a adoção
SO

de conduta, ou seja, mesmo indivíduo assintomático e com inúmeros fatores de riscos


presentes deve ter seu risco definido e, a partir do grau, ter seu acompanhamento
RU

estabelecido.
LIA

IV O seguimento do hipertenso não deve estar apenas vinculado com a medida da pressão,
OG

devendo-se sempre avaliar os fatores de risco. Mais importante que o diagnóstico de


hipertensão é a somatória dos fatores de risco e sua interação, ou seja, a avaliação global do
NA

risco cardiovascular.
I

Estão corretas as afirmativas


BR

A) I e III.
SA

B) I e II.
45

C) III e IV.
27

D) II e IV.
04

7) A hipoglicemia e a hiperglicemia no adulto são alterações metabólicas que possuem


4
51

características distintas.
10

Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) em relação ao assunto.


RA

( ) Hipoglicemia é a diminuição dos níveis glicêmicos para valores abaixo de 70 mg/dL, mas os
sintomas clínicos usualmente ocorrem quando a glicose plasmática é menor que 60 mg/dl a 50
LA

mg/dl.
S

( ) Fome, tontura, fraqueza, dor de cabeça, confusão, coma e convulsão são sintomas
TE

neuroglicopênicos da hiperglicemia.
N
FO

( ) A queda da glicemia leva a manifestações de liberação do sistema simpático como sudorese,


taquicardia, apreensão e tremor.
SO

( ) A hiperglicemia pode ser causada pelo excesso de alimentação, carência de exercícios físicos
RU

ou stress motivado por uma doença.


LIA
OG

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BR
SA
10
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LA
S
( ) A hipoglicemia matinal pode ser decorrente do chamado ‘fenômeno do alvorecer’, em que

E
NT
hormônios contrarreguladores da madrugada reduzem a liberação de glicose.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

FO
A) V • F • V • V • V

SO
B) F • V • F • V • F

RU
C) V • F • V • V • F
D) F • F • V • V • F

LIA
E) V • F • V • F • V

OG
8) Um paciente de 64 anos, tabagista, obeso, chegou à unidade básica de saúde referindo

NA
cefaleia, mal-estar e dor no peito com falta de ar. Tem história de hipertensão arterial há 12

RI
anos, hiperlipidemia, diabetes melito. Ao ser avaliado pelo enfermeiro, a pressão arterial era

AB
145 x90 mmhg, frequência cardíaca de 86 batimentos por minuto, frequência respiratória de

5S
28 movimentos por minuto e glicemia capilar pós-prandial =102 mg/dl. A terapêutica
medicamentosa do paciente inclui diuréticos, inibidor da enzima conversora de angiotensina e

74
antidiabético da classe das sulfonilureias de segunda geração.

42
Julgue os itens que se seguem, relativos à situação hipotética apresentada:

40
I. Na consulta de enfermagem para estratificação de risco cardiovascular, recomenda-se a

51
utilização do escore de Framingham.

10
II. De acordo com a estratificação dos portadores de hipertensão arterial adotada pelo

RA
Ministério de Saúde, o paciente inclui-se no grupo de risco moderado.
LA
III. A obesidade e o sedentarismo são importantes fatores de risco presentes, que se
relacionam tanto com a diabetes mellitus quanto com a hipertensão arterial.
ES

IV. Na aferição da pressão arterial, o enfermeiro deve certificar-se de que o paciente não está
NT

com a bexiga cheia, que não praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos, que não
FO

ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos e não fumou nos 30 minutos anteriores.
SO

V. A terapêutica diurética pode causar desequilíbrio do volume de fluidos ou eletrólitos,


incluindo hipocalemia e hiponatremia.
RU

Das afirmativas anteriores:


LIA

A) Apenas I, III, IV e V estão corretas.


OG

B) Apenas II, III, e V estão corretas.


C) Apenas I, II, III e IV estão corretas.
NA

D) Apenas III, IV e V estão corretas.


I

E) Todas estão corretas.


BR
SA

9) O Diabetes Mellitus (DM) é uma das doenças endócrinas mais comum.


45

Assinale a alternativa que identifica, atualmente, o DM tipo 2.


27

A) Causada por mecanismo autoimune, ocasionando disfunção da célula beta-pancreática e


04

deficiência absoluta de insulina, acometendo, principalmente pacientes jovens de ambos os


sexos.
4
51

B) Causado pela secreção anormal de insulina e pela disfunção do receptor, levando à


10

resistência à insulina nos tecidos periféricos, encontrada na população de adultos obesos.


RA

C) É associada a outras endocrinopatias (Cushing, acromegalia e feocromicitoma), a defeitos


genéticos das células beta-pancreáticas, ao abuso de drogas e a infecções
LA

D) Causada por defeito genético, por resistência à insulina e por alterações no transporte de
S

glicose; manifesta-se, geralmente, no segundo ou terceiro trimestre de gestação.


NTE
FO

10) M.A., sexo masculino, 58 anos de idade, com sobrepeso moderado, sedentário, nos últimos
três contatos com o serviço de saúde, apresentou pressão sistólica entre 121 e 139 mmHg e
SO

pressão diastólica entre 80 e 89 mmHg. Ele é conduzido à consulta de enfermagem, que tem o
RU

objetivo de orientar as modificações do estilo de vida – MEV, capazes de modificar o curso da


hipertensão arterial nesse estágio. De acordo com a 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão
LIA
OG

______________________________________________________________________
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BR
SA
10
RA
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LA
S
Arterial (2017) e o Ministério da Saúde (2013), na consulta de enfermagem, pacientes nas

E
NT
condições de saúde de M.A. devem ser orientados a
A) fazer, no mínimo, 30 min/dia de atividade física moderada, em 5 a 7 dias da semana.

FO
B) iniciar, exercícios físicos diários, com ênfase nos anaeróbicos de esforço.

SO
C) evitar qualquer atividade física, sob risco de agravar sua condição e lesar órgãos-alvo.

RU
D) reduzir o tabagismo e cessar o consumo de bebidas alcoólicas e energéticas.
E) alterar o padrão alimentar, reduzindo o teor calórico e o número de refeições diárias.

LIA
OG
11) A probabilidade de apresentar diabetes ou um estado intermediário de glicemia depende
da presença de fatores de risco. Assinale a alternativa que indica o público-alvo para o

NA
rastreamento do Diabetes Mellitus.

RI
A) Excesso de peso (IMC >25 kg/m2) e o fator de risco: história de pai ou mãe com diabetes.

AB
B) Excesso de peso (IMC <25 kg/m2) e o fator de risco: hipertensão arterial (130/85 mmHg,

5S
independente de uso de anti-hipertensivos).
C) Excesso de peso (IMC = 20 kg/m2) e o fator de risco: história de diabetes gestacional ou de

74
recém-nascido com menos de 4 kg.

42
D) Excesso de peso (IMC = 19 kg/m2) e o fator de risco: síndrome de ovários policísticos.

40
51
12) Durante consulta de enfermagem de F. G., 42 anos, sexo masculino, em tratamento para

10
hipertensão arterial há três meses com hidroclorotiazida, referiu estar tomando a medicação

RA
de forma irregular com medo dos seus efeitos indesejáveis. Frente a essa situação, o
LA
enfermeiro deve explicar que os principais efeitos colaterais desse medicamento
compreendem, entre outros itens:
ES

A) taquicardia, hipertensão arterial de rebote e queda de cabelos.


NT

B) desidratação, tonturas e depressão.


FO

C) cefaleia, vertigens e desconforto gástrico.


SO

D) disfunção sexual, queda de pelos e sede.


E) hipotensão, fome e insônia.
RU
LIA

13) Para responder à questão, considere o relato a seguir.


OG

R. S., 61 anos, sexo masculino, portador de diabete melito tipo 2 há sete anos, compareceu à
unidade básica de saúde para consulta de enfermagem. Ao realizar a anamnese, o enfermeiro
NA

foi informado pelo usuário de que fazia uso regular da medicação hipoglicemiante e estava
I

seguindo a orientação dietética “da melhor forma possível”, pois só utilizava adoçante, não
BR

comia doces comuns e controlava a ingestão de pães e massas. R. S. negou tabagismo e a


SA

ingestão de bebidas alcoólicas. Ao realizar o exame físico, o enfermeiro obteve: peso 81400 g;
45

altura 186 cm; circunferência abdominal 88 cm; temperatura 36,6 ºC; pulso 72
27

batimentos/minuto; 16 respirações/minuto; pressão arterial 132 x 86 mmHg. Entre outros


04

procedimentos, realizou o exame dos pés de R. S., avaliando a sensibilidade tátil, dolorosa- -
térmica e vibratória. Ao analisar os resultados dos exames laboratoriais realizados
4
51

recentemente, o enfermeiro constatou: glicemia de jejum = 105 mg/dL; HbA1c = 6,5 mg/dL;
10

LDLc = 114 mg/dL; HDLc = 38 mg/dL. Em consonância com o preconizado pelo Ministério da
RA

Saúde, ao realizar a estratificação de risco cardiovascular, o enfermeiro obteve escore de


Framingham = 12%.
LA

Os dados (D) necessários para o cálculo do escore de Framingham e o significado (S) do valor
S

obtido para R. S. são, respectivamente,


NTE
FO

A) D = peso, altura, circunferência abdominal, pressão arterial e consumo de álcool; S = baixo


risco.
SO

B) D = idade, resultados dos exames LDLc, HDLc, pressão arterial e tabagismo; S = risco
RU

Intermediário.
C) D = idade, peso, altura, resultados dos exames LDLc e HbA1c; S = alto risco.
LIA
OG

______________________________________________________________________
O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação,
A
IN

modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.


BR
SA
10
RA
TURMA ENFERMAGEM REGULAR – CLÍNICA MÉDICA – Prof. Waldimir Coelho 30

LA
S
D) D = circunferência abdominal, peso, altura e tabagismo; S = risco intermediário.

E
NT
E) D = peso e altura; S = baixo risco.

FO
14) Sobre Diabetes tipo I, é correto afirmar que

SO
A) a apresentação do diabetes tipo I é, em geral, abrupta, acometendo principal mente adultos

RU
e idosos sem excesso de peso.
B) o DM tipo I costuma ter início insidioso e sintomas mais brandos, manifesta-se, em geral, em

LIA
adultos com longa história de excesso de peso e com história familiar de DM tipo II.

OG
C) o termo “tipo I” indica o processo de destruição da célula beta que leva ao estágio de
deficiência absoluta de insulina, quando a administração de insulina é necessária para prevenir

NA
cetoacidose.

RI
D) diabetes tipo I é um estado de hiperglicemia, menos severo que o diabetes tipo II, detectado

AB
pela primeira vez na gravidez. Geralmente se resolve no período pós-parto e pode

5S
frequentemente retornar anos depois.

74
15) A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada

42
por sustentação de níveis pressóricos elevados.

40
Assinale a alternativa correta acerca da HAS.

51
A) A HAS é condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis

10
pressóricos ≥ 120 e/ou 80 mmHg.

RA
B) Dentre os fatores de risco para a HAS podemos citar: idade, sexo e etnia, excesso de peso e
LA
obesidade, ingestão excessiva de sal, ingestão de álcool, sedentarismo, fatores
socioeconômicos e genética.
ES

C) O aumento do débito cardíaco e a diminuição da resistência vascular periférica são


NT

mecanismos envolvidos no estabelecimento da HAS.


FO

D) Dentre as possibilidades para o tratamento de pessoas com HAS está o uso de diuréticos
SO

que atuam relaxando a musculatura lisa arterial. Como exemplo podemos citar a Hidralazina.
E) Dentre os mecanismos envolvidos no estabelecimento da HAS estão o sistema nervoso
RU

parassimpático que atua estimulando a redução do débito cardíaco.


LIA
OG

16) O diabetes mellitus tipo 2 possui início insidioso e, muitas vezes, não apresenta sintomas.
Não infrequentemente, a suspeita da doença se dá pela presença de uma complicação tardia.
NA

Em relação aos sintomas clássicos, assinale a alternativa INCORRETA.


I

A) Proteinúria.
BR

B) Perda inexplicada de peso.


SA

C) Polifagia.
45

D) Poliúria.
27

E) Polidipsia.
04

17) Diabetes mellitus é um transtorno metabólico caracterizado por hiperglicemia e distúrbios


4
51

no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, resultantes de defeitos da secreção


10

e/ou da ação da insulina. A respeito dessa doença, assinale a alternativa CORRETA:


RA

A) O diabetes mellitus tipo 1 abrange cerca de 90% dos casos de diabetes na população.
B) A apresentação do diabetes mellitus tipo 2 é em geral abrupta, acometendo principalmente
LA

crianças e adolescentes sem excesso de peso.


S

C) São sinais e sintomas clássicos, que levantam suspeita de diabetes mellitus: poliúria,
TE

polidipsia, perda inexplicada de peso e polifagia.


N
FO

D) O tratamento do diabetes mellitus tipo 2, além da terapia não farmacológica, exige sempre
a administração de insulina.
SO

E) O diagnóstico do diabetes mellitus baseia-se somente nos sinais e sintomas clínicos.


RU
LIA
OG

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A
IN

modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.


BR
SA
10
RA
TURMA ENFERMAGEM REGULAR – CLÍNICA MÉDICA – Prof. Waldimir Coelho 31

LA
S
18) M.T., 63 anos, sexo masculino, assistente jurídico, hipertenso, portador de diabete tipo 2 há

E
NT
cinco anos, tabagista, compareceu ao ambulatório para consulta de enfermagem de
acompanhamento. Informou que vinha fazendo uso regular da medicação para hipertensão e

FO
diabete, seguindo corretamente as orientações sobre a alimentação e conseguindo fazer cerca

SO
de 20 minutos de caminhada, aos domingos. Queixou-se que, nas últimas semanas, apresentou

RU
episódios de tonturas ao se levantar bruscamente, que cessavam rapidamente. Ao exame
físico, o enfermeiro obteve temperatura axilar = 36,7 ºC, pulso = 72 batimentos por minuto,

LIA
pressão arterial = 138 x 88 mm Hg, peso = 84200 g, altura = 175 cm, circunferência abdominal

OG
= 93 cm. Ao analisar os resultados de exames recentes apresentados pelo funcionário,
contatou glicemia de jejum = 105 mg/dL, hemoglobina glicada = 5,8%.

NA
A análise dos resultados obtidos para a glicemia de jejum e a hemoglobina glicada sugerem

RI
que

AB
A) a diabete não está controlada e M.T. deve ser encaminhado ao endocrinologista para

5S
avaliação e controle.
B) o tratamento medicamentoso está sendo efetivo e M.T., no que diz respeito à diabete, vem

74
fazendo uso regular da medicação e seguindo adequadamente as orientações sobre a dieta.

42
C) a dosagem da medicação hipoglicemiante é excessiva e deve ser ajustada de acordo com as

40
necessidades de M.T.

51
D) embora a glicemia de jejum se apresente adequada, os valores obtidos para a hemoglobina

10
glicada demonstram que M.T. vem ingerindo alimentos com alto valor glicêmico.

RA
E) pode ter ocorrido erro laboratorial, pois os valores da glicemia de jejum e da hemoglobina
glicada não são compatíveis. LA
ES

19) De acordo com a classificação de pressão arterial para crianças e adolescentes, um


NT

enfermeiro avaliou que uma criança que se encontrava com o percentual de 95 a 99 mais 5
FO

mmHg (hipertensão estágio 1). Sendo assim, a conduta correta do profissional seria:
SO

A) Reavaliar a criança em 1 ou 2 semanas


B) Não reavaliar
RU

C) Reavaliar a criança em um intervalo de 1 hora


LIA

D) Reavaliar em 6 meses
OG

20) Acerca da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), analise as afirmativas a seguir.


NA

1) São os principais fatores de risco: idade acima de 65 anos, sexo feminino, sobrepeso e
I

obesidade e fatores sociodemográficos; na raça negra, é mais precoce e grave)


BR

2) Nos idosos, a pressão arterial não deve ser medida nas posições ortostática e supina.
SA

3) A hipertensão do jaleco branco tem uma prevalência global estimada em 13%; acredita-se
45

que esta forma de hipertensão apresenta um risco intermediário entre normotensão e


27

hipertensão.
04

4) O MAPA é um exame que não está indicado nas seguintes situações: confirmação de
hipertensão resistente, pressão arterial elevada de consultório, suspeita de pré-eclâmpsia em
4
51

mulheres grávidas.
10

Estão corretas, apenas:


RA

A) 1 e 2.
B) 2 e 3.
LA

C) 3 e 4.
S

D) 2 e 4.
TE

E) 1 e 3.
N
FO
SO
RU
LIA
OG

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A
IN

modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.


BR
SA
10
RA
TURMA ENFERMAGEM REGULAR – CLÍNICA MÉDICA – Prof. Waldimir Coelho 32

LA
S
21) Recentemente C.V., 58 anos, sexo masculino, passou a utilizar a insulina como tratamento

E
NT
para diabete tipo 2. Com dúvidas sobre o transporte e conservação da insulina, procurou o
enfermeiro para orientações. Frente a essa situação, o enfermeiro deve esclarecer que, para

FO
que a potência e estabilidade da insulina sejam mantidas, deve

SO
A) em deslocamentos, independentemente da forma e do tempo, transportar o medicamento

RU
na bagagem de mão, tomando precauções para que a insulina não entre em contato direto
com gelo ou similar, quando utilizado.

LIA
B) para transporte, colocar a insulina sobre gelo comum, em saco plástico e acondicioná-la em

OG
embalagem térmica ou isopor até 30 minutos antes de seu uso.
C) quando se tratar do frasco lacrado, manter a insulina em sua embalagem original, no

NA
congelador doméstico, em temperatura de –4 ºC a 0 ºC, transferindo-a para a geladeira 24

RI
horas antes de iniciar seu uso.

AB
D) manter o medicamento em temperatura ambiente, desde a compra até o momento da

5S
aplicação.
E) em geladeira doméstica, conservar a insulina na primeira prateleira da porta da geladeira,

74
até o momento de sua aplicação.

42
40
22. Srª Maria, 71 anos, com histórico de diabetes mellitus, sem acompanhamento em

51
consultas de enfermagem há cerca de 02 anos, entra na unidade de emergência com quadro

10
de polidipsia, diurese frequente, fadiga, náusea e dor abdominal. Ao exame, a enfermeira

RA
detecta glicemia de 370mg/dl, pele desidratada e hálito cetônico. No exame físico, é percebida
LA
redução de pelos na perna, pulso pedioso diminuído, com extremidades dos pés frias e
hipocoradas. A partir deste quadro apresentado, Srª Maria pode apresentar
ES

a) hiperglicemia e neuropatia autonômica.


NT

b) hiperglicemia e doença vascular cerebral.


FO

c) cetoacidose diabética e neuropatia autonômica.


SO

d) síndrome hiperglicêmica hiposmolar não cetótica.


e) cetoacidose diabética e indícios de doença vascular periférica.
RU
LIA

23. Os três aspectos clínicos principais da cetoacidose diabética são:


OG

A) Hipoglicemia, alcalose e hipotensão;


B) Desidratação, hipoglicemia e acidose;
NA

C) Hiperglicemia, Desidratação e acidose;


I

D) Acidose, hipertensão e desidratação;


BR

E) Hiperglicemia, Alcalose e hipertensão.


SA
45

24. De acordo com os valores pressóricos obtidos no consultório em adultos maiores de 18


27

anos, pode-se classificar a pressão arterial em ótima, normal, limítrofe, hipertensão estágio 1,
04

hipertensão estágio 2 e hipertensão estágio 3. Para a hipertensão estágio 2, os valores da


pressão são de:
4
51

(A) pressão sistólica de 130 a 139 mmHg e pressão diastólica de 85 a 89 mmHg


10

(B) pressão sistólica de 140 a 149 mmHg e pressão diastólica de 90 a 99 mmHg


RA

(C) pressão sistólica de 160 a 179 mmHg e pressão diastólica de 100 a 109 mmHg
(D) pressão sistólica acima de 180 mmHg e pressão diastólica acima de 110 mmHg
LA
S

25. É considerado(a) como Fator de Risco selecionado para distúrbios renais ou urológicos:
N TE
FO

a) Cefaleia. b) Dor plantar. c) Hematêmese. d) Sexo masculino. e) Hipertensão Arterial.


SO

26) O diabetes melito abrange um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por níveis de
RU

glicose aumentados no sangue. Sobre o diabetes tipo 2, é correto afirmar que:


A) Há maior incidência em indivíduos jovens com menos de 30 anos;
LIA
OG

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IN

modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.


BR
SA
10
RA
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LA
S
B) É sempre necessário utilizar insulina, no tratamento;

E
NT
C) Comumente, tem como complicação aguda a cetoacidose diabética;
D) O uso de hipoglicemiantes orais pode melhorar os níveis glicêmicos se a modificação da

FO
dieta e exercício não tiverem sucesso;

SO
E) A etiologia inclui fatores genéticos, imunológicos e ambientais.

RU
27) Em relação às complicações crônicas do Diabetes Melitus, associe a segunda coluna de

LIA
acordo com a primeira e, a seguir, assinale a alternativa com a sequência correta.

OG
1. Coma ( ) Complicação microvascular associada à morte prematura por
uremia ou problemas cardiovasculares.

NA
2. Nefropatia ( ) Doença assintomática ou incapacitante em fibras nervosas

RI
sensoriais, motoras e/ou autonômicas.

AB
3. Retinopatia ( ) Classifica-se em não proliferativa leve, moderada ou grave e

5S
proliferativa.
4. Cetoacidose ( ) Compreende a doença coronariana, doença cerebrovascular

74
e doença vascular periférica.

42
5. Neuropatia

40
51
6. Doença Macrovascular

10
RA
A) 2-5-3-6
B) 2-1-4-5 LA
C) 4-5-3-6
ES

D) 4-2-3-5
NT

E) 6-5-3-1
FO
SO

28) Assinale a alternativa que apresenta características da artropatia de charcot.


A) Acomete pessoas com nefropatia diabética (especialmente dialítica);
RU

B) Apresenta-se como eritema, calor, edema, perda da concavidade da região plantar causando
LIA

uma grosseira deformidade.


OG

C) Apresenta-se com pulso periférico preservado, atrofia da pele e músculos, rarefação dos
pelos.
NA

D) Apresenta-se com pele descamativa, onicomicose e intertrigo micótico.


I

E) Acomete pacientes diabéticos com retinopatia.


BR
SA
45
27
04
4
51

GABARITO
10

1.A 2.E 3.C 4.C 5.D 6.C 7.C 8.A 9. B 10.A


RA

11.A 12.C 13.B 14.C 15.B 16. A 17.C 18.B 19.A 20.E
LA

21.A 22.E 23.C 24.C 25.E 26.D 27. A 28.B


Questão 5. Segundo o Manual do pé diabético (2016)a medida de maior impacto para a saúde
S
TE

da pessoa com DM é a cessação do tabagismo.


Questão 16 – Ela inicia falando do tipo 2, mas pergunta sobre sintomas clássicos (4 P) e pede
N
FO

qual não é.
SO
RU
LIA
OG

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O conteúdo deste material é protegido por lei. Sua comercialização, reprodução, adaptação,
A
IN

modificação, distribuição total ou parcial não autorizada, constitui crime.


BR
SA
SA
BR
IN
A
OG
LIA
RU
SO
FO
N TE
S
LA
RA
10
51
40
42
74
5S
AB
RI
NA
OG
LIA
RU
SO
FO
NT
ES
LA
RA
10

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42
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AB
RI
NA

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LIA
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SO
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E S
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