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Analista de Apoio
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NV-014MA-22
Cód.: 7908428802196
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Obra
Autores
LÍNGUA PORTUGUESA • Monalisa Costa, Ana Cátia Collares, Giselli Neves, Isabella Ramiro e Gabriela
Coelho
DIREITOS HUMANOS (ON-LINE) • Ana Philippini, Aline Melo Borges, Camila Cury e Samara Kich
LEGISLAÇÃO • Aline Costa, Fernando Paternostro Zantedeschi, Marília Pepino e Samantha Rodrigues
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO • Kairton Batista (Prof. Kaká)
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ISBN: 978-65-87525-83-9
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Edição: Maio/2022
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Ao longo da teoria, você encontrará boxes – Importante e Dica
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– com orientações, macetes e conceitos fundamentais cobrados
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nas provas, e seção Hora de Praticar, trazendo exercícios gaba-
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ritados da banca CEBRASPE, organizadora dos últimos certames
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da instituição ZA
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com você!
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SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA.............................................................................................................................................9
INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO DE TEXTOS............................................................................. 9
Princípios Gerais............................................................................................................................................... 44
Uso dos Pronomes de Tratamento.................................................................................................................. 47
Estrutura Interna dos Gêneros: Ofício, Memorando, Requerimento, Relatório, Parecer.............................. 49
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CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS.................................................................................................... 66
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CONHECIMENTOS GRAMATICAIS CONFORME PADRÃO FORMAL DA LÍNGUA..........................................66
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PRINCÍPIOS GERAIS DE LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO...........................................................................69
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INTERTEXTUALIDADE.......................................................................................................................................70
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Vozes Discursivas: Citação, Paródia, Alusão, Paráfrase, Epígrafe................................................................ 70
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TIPOS DE DISCURSO.........................................................................................................................................73
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SEMÂNTICA......................................................................................................................................... 74
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CONSTRUÇÃO DE SENTIDO..............................................................................................................................74
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SINONÍMIA.........................................................................................................................................................74
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ANTONÍMIA........................................................................................................................................................75
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HOMONÍMIA......................................................................................................................................................75
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PARONÍMIA........................................................................................................................................................75
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POLISSEMIA......................................................................................................................................................76
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO............................................................................................................................76
FIGURAS DE LINGUAGEM.................................................................................................................................76
SINTAXE............................................................................................................................................... 83
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA...........................................................................................................................101
SISTEMA OPERACIONAL WINDOWS 10.........................................................................................101
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GOOGLE CHROME 93X OU SUPERIOR: NAVEGAÇÃO NA INTERNET..........................................146
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SEGURANÇA: TIPOS DE VÍRUS, CAVALOS DE TROIA, MALWARES, WORMS,
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SPYWARE, PHISHING, PHARMING, RANSOMWARES, SPAM......................................................147
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DIREITO ADMINISTRATIVO.............................................................................................................169
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA............................................................................................................................171
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Conceito.......................................................................................................................................................... 171
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Princípios......................................................................................................................................................... 171
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SERVIÇOS PÚBLICOS......................................................................................................................................184
Conceito.......................................................................................................................................................... 184
Princípios......................................................................................................................................................... 185
DIREITO CONSTITUCIONAL.............................................................................................................186
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS........................................................................................................................186
DIREITO PENAL.................................................................................................................................205
CADEIA DE CUSTÓDIA.....................................................................................................................................253
LEGISLAÇÃO...................................................................................................................... 259
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LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 E SUAS ALTERAÇÕES E LEI Nº 4.878,
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DE 3 DE DEZEMBRO 1965 (REGIME JURÍDICO DOS FUNCIONÁRIOS POLICIAIS CIVIS
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DA UNIÃO E DO DF)..........................................................................................................................259
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DECRETO-LEI Nº 2.266, DE 12 DE MARÇO 1985 (CRIAÇÃO DA CARREIRA PCDF,
CARGOS, VALORES E VENCIMENTOS)...........................................................................................280
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DA SEGURANÇA PÚBLICA..............................................................................................................................300
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DA POLÍCIA CIVIL............................................................................................................................................301
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RAZÕES E PROPORÇÕES.................................................................................................................347
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PORCENTAGENS...............................................................................................................................353
EQUAÇÕES DE 1º E DE 2º GRAUS....................................................................................................356
FUNÇÕES E GRÁFICOS.....................................................................................................................362
TABELAS-VERDADE E EQUIVALÊNCIAS........................................................................................................390
LEIS DE MORGAN............................................................................................................................................391
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PRINCÍPIOS DE CONTAGEM E PROBABILIDADE...........................................................................396
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OPERAÇÕES COM CONJUNTOS.....................................................................................................397
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RACIOCÍNIO LOGICO ENVOLVENDO PROBLEMAS ARITMÉTICOS, GEOMÉTRICOS E
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MATRICIAIS.......................................................................................................................................402
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CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS TEXTUAIS E SUAS
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Narrativo
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No intuito de conceituar melhor os tipos textuais,
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inspiramo-nos em Cavalcante (2013) e apresentamos a Esses sete passos podem ser encontrados no seguinte
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seguinte figura, que demonstra como podemos identi- exemplo, a canção “Era um garoto que como eu...” Vamos
.5
ficar os tipos textuais e suas principais características, lê-la e identificar essas características, bem como apren-
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tendo em vista que cada sequência textual apresenta der a identificar outros pontos do tipo textual narrativo.
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características próprias que pouco ou nada sofrem em
alterações, mantendo uma estrutura linguística quase
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Era um garoto que como eu Amava os
rígida que nos permite classificar os tipos textuais em Beatles e os Rolling Stones
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cinco categorias (Narrativo, Descritivo, Expositivo, Girava o mundo sempre a cantar
As coisas lindas da América Situação inicial:
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Instrucional e Argumentativo).
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minante que o texto deve manter, organizado pelas Era um garoto que como eu
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marcas do gênero textual ao qual o texto pertence. Amava os Beatles e os Rolling Stones
Resolução
Girava o mundo, mas acabou
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z Presença de marcadores temporais e espaciais; “Ali veríeis galantes, pintados de preto e vermelho, e
z Verbos, predominantemente, utilizados no passado; quartejados, assim pelos corpos como pelas pernas,
z Presença de narrador e personagens. que, certo, assim pareciam bem. Também andavam
entre eles quatro ou cinco mulheres, novas, que assim
nuas, não pareciam mal. Entre elas andava uma, com
uma coxa, do joelho até o quadril e a nádega, toda tin-
Importante!
gida daquela tintura preta; e todo o resto da sua cor
Os gêneros textuais que são predominantemen- natural. Outra trazia ambos os joelhos com as curvas
te narrativos apresentam outras tipologias tex- assim tintas, e também os colos dos pés; e suas ver-
tuais em sua composição, tendo em vista que gonhas tão nuas, e com tanta inocência assim desco-
bertas, que não havia nisso desvergonha nenhuma.”
nenhum texto é composto exclusivamente por
uma sequência textual. Por isso, devemos sem- Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/carta-de-pero-vaz-
de-caminha/>. Acesso em: 30 ago. 2021.
pre identificar as marcas linguísticas que são pre-
dominantes em um texto, a fim de classificá-lo.
Note que apesar da presença pontual da sequência
narrativa, há predominância da descrição do cenário
Para sua compreensão, também é necessário saber o e dos personagens, evidenciada pela presença de adje-
que são marcadores temporais e espaciais. São formas tivos (galantes, preto, vermelho, nuas, tingida, desco-
linguísticas como advérbios, pronomes, locuções etc. uti- bertas etc.). A carta de Pero Vaz constitui uma espécie
lizadas para demarcar um espaço físico ou temporal em de relato descritivo utilizado para manter a comuni-
textos. Nos tipos textuais narrativos, esses elementos são cação entre a Corte Portuguesa e os navegadores.
essenciais para marcar o equilíbrio e a tensão da histó- Considerando as emergências comunicativas do
ria, além de garantirem a coesão do texto. Exemplos de mundo moderno, a carta tornou-se um gênero menos
marcadores temporais e espaciais: Atualmente, naquele usual e, aos poucos, substituído por outros gêneros,
4
dia, nesse momento, aqui, ali, então... como, por exemplo, o e-mail.
-7
Outro indicador do texto narrativo é a presença do A sequência descritiva também pode se apresentar
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narrador da história. Por isso, é importante aprendermos de forma esquemática em alguns gêneros, como pode-
.5
mos ver no cardápio a seguir:
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a identificar os principais tipos de narrador de um texto:
.7
Narrador: Também conhecido como foco narrativo, é o
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responsável por contar os fatos que compõem o texto
-0
Narrador personagem: Verbos flexionados em 1ª pes- ZA
soa. O narrador participa dos fatos
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Descritivo
z Texto de opinião;
Dissertativo-Expositiva z Diálogo argumentativo;
z Carta de leitor;
Neste tipo textual o autor apresenta ideias, fatos z Carta de reclamação;
e fenômenos. O objetivo é informar o leitor (caráter z Carta de solicitação;
expositivo), sem a intenção de persuadi-lo, de conven- z Deliberação informal;
cê-lo em relação ao pensamento. É impessoal (redigida z Debate regrado;
em terceira pessoa). Portanto, neste caso, a dissertação Editorial;
4
z
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tende à simples exposição de ideias, de informações, z Discurso de defesa,
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de definições e de conceitos, como se nota no exemplo z Requerimento;
.5
abaixo, retirado da obra Textos Dissertativo-Argumen- z Ensaio;
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tativos, publicada pelo Instituto Nacional de Estudos e z Resenha;
.7
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep): z Crítica.
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As peças de Nelson Rodrigues tratam de denunciar Por sua vez, o tipo textual dissertativo-expositi-
toda a hipocrisia que paira sobre uma sociedade vo prevalece nos seguintes gêneros:
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vítima da repressão sexual. É o seu teatro que abre
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z Aula;
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z Texto explicativo;
Note que no trecho acima, o autor apenas mos-
z Tomada de notas;
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Neste tipo dissertativo, as ideias são organiza- cias, as reportagens, as crônicas e os contos. No editorial,
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das no sentido de convencer o leitor. Os argumentos discute-se um assunto, apresentando ponto de vista do
(enunciados) atribuem ao objeto ou fenômeno de que jornal, da empresa jornalística ou do redator-chefe. Já
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se fala, qualidades, informações, depoimentos, cita- no artigo de opinião, o autor busca convencer o leitor
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ções, fatos, evidências e dados estatístico, entre outros em relação a uma determinada ideia e, ao contrário do
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recursos, procurando defender o ponto de vista do editorial, o artigo de opinião não representa o ponto de
autor. Veja um exemplo de um trecho de texto disser- vista do veículo que publica o texto. O editorial e o artigo
tativo-argumentativo, retirado da obra Textos Disser- de opinião são gêneros textuais que pertencem ao tipo
LÍNGUA PORTUGUESA
Dica
Impossível desconhecer que Nelson Rodrigues é o
maior dramaturgo brasileiro de todos os tempos. Foi Lembre-se que parte do método para fazer uma boa
revolucionário, renovador e ousado em relação ao redação no concurso é ter um bom repertório de
teatro tradicional. Suas dezessete peças são sucessiva- ideias. A leitura de editoriais e de artigos de opinião
mente reeditadas. Sua obra é frequentemente encena- constitui uma das melhores formas de ampliar seu
da na atualidade. Seus textos são os mais estudados “capital cultural”, uma vez que tratam de assuntos
nos cursos de Letras. recentes e de relevância social. Além disso, servem
para ajudar a dominar a estrutura da redação, uma
Observe que agora, diferentemente do exemplo vez que, por pertencerem ao tipo textual dissertati-
anterior, o autor busca formar a opinião do leitor, vo-argumentativo, possuem a mesma estrutura do
buscando convencê-lo. texto que será cobrado nas provas. 11
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Outro gênero recorrente é a notícia, na qual são rela- Ir do Geral ao Específico
tados de forma objetiva e concisa, fatos da realidade.
A reportagem por sua vez, caracteriza-se por ser o Primeiramente fazendo uma exposição do tema de
gênero que apresenta um texto jornalístico que abor- forma abrangente, para logo após chegar às questões mais
da fatos de interesse geral; na reportagem, ao contrá- específicas que serão abordadas no texto. Veja o exemplo
rio da notícia, os fatos são tratados de uma forma mais abaixo, extraído da obra A Análise do Texto Argumentati-
aprofundada e didática. vo-Discursivo, de Cantarin, Bertucci e Almeida (2017).
Já a crônica e o conto, constituem gêneros tipicamente Ex.: É fato que as diferentes ações de marketing
narrativos; o primeiro sobre fatos do cotidiano, enquanto exercem grande influência no processo de formação
o último versa sobre um único conflito, uma só ação. dos sujeitos. Em se tratando de crianças, o poder das
propagandas na criação de hábitos e identidades é bas-
A ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA tante grande. Surge então o debate acerca dos limites
da publicidade infantil.
Como dissemos antes, o tipo dissertativo-argumenta- Observe que o autor inicia expondo algo genéri-
tivo é o mais cobrado em concursos, sobretudo naqueles co sobre o tema publicidade (ações de marketing) e,
para carreiras policiais. Assim sendo, vamos ver mais em seguida, indica que propagandas são capazes de
alguns detalhes relativos à dissertação argumentativa. influenciar hábitos infantis. É apenas no final do pará-
O texto dissertativo-argumentativo é aquele pelo grafo onde se apresenta a situação problema: a ques-
qual o autor busca convencer o leitor ou o ouvinte a tão da publicidade infantil;
aceitar a tese de quem produz o texto. Logo, o que está
em jogo é a capacidade do autor de expor uma situação- Introdução Direta
-problema, apresentando uma tese (opinião, ideia) sobre
o fato e expressando-a por meio de argumentos fortes e Em contrapartida, a introdução do tema pode
coerentes. Esse tipo textual é composto por três etapas: ser direta, como se observa no exemplo abaixo, tam-
bém retirado da obra de Cantarin, Bertucci e Almei-
z A introdução: na qual se apresenta o objeto, expon- da (2017), em que autor já inicia o texto apontando o
do uma breve visão do ponto de vista do autor; crescimento da “publicidade infantil no Brasil”.
z O desenvolvimento (quando se apresentam os Ex.: A publicidade infantil é um ramo que vem cres-
4
argumentos e é feita a defesa da tese); cendo muito no Brasil. Afinal, as crianças ainda não for-
-7
z Uma conclusão: que encerra o tema, com uma sín- maram toda base crítica necessária para entender toda
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tese de tudo o que foi exposto. a complexidade e persuasão de uma propaganda, fatos
.5
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que as tornam um público alvo facilmente convencido.
INTRODUÇÃO
.7
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DESENVOLVIMENTO/ARGUMENTAÇÃO
No início da dissertação, é necessário que o autor
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deixe claro qual é o assunto abordado no texto e, além Os parágrafos intermediários de um texto disser-
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disso, qual será a tese a ser defendida. É um parágrafo tativo-argumentativo devem ser destinados à defesa
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direto e curto no qual você vai demonstrar que com- da tese mediante argumentos (provas ou fundamen-
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preendeu o tema e vai fazer uma afirmação sobre ele. tos que confirmam o ponto de vista do autor).
A tese é elemento essencial na composição do texto
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dissertativo-argumentativo. Na redação é um posicio- tar, ou seja, apresentar ideias, razões, provas que
namento crítico, ou seja, o seu ponto de vista sobre o
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por questões de raça, etnia, gênero, credo, condição física, ou fatos sobre o tema;
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origem geográfica ou socioeconômica, nem apresentar z Fatos similares ou relacionados ao tema: argumen-
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“Já”, “ainda”, “agora” introduzir no enunciado
-7
z Indicar finalidade/objetivo: para, a fim de..., para
conteúdos pressupostos
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que. Ex.: Eu estudo a fim de passar no concurso
.5
para a polícia.
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O uso desses operadores é essencial para manter a
.7
Veja no quadro abaixo, de forma condensada, os coesão do texto.
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principais tipos de operadores, constante na obra
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Argumentação e Linguagem, de Ingedore Koch (2000): CONCLUSÃO
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OPERADOR FUNÇÃO O final de um texto dissertativo-argumentativo
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com foco nestes últimos (que serão pontuados):
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posta da seguinte forma:
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dissertação expositiva.
.5
z A banca costuma apresentar a redação a partir de
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um texto motivador, que serve para inspirar o Quanto ao tema, note que há uma tendência de
.7
texto a ser escrito (apenas para servir de exemplo. que assuntos da atualidade associados ao cotidiano
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Somente cite algum trecho se esse for o coman- do policial sejam cobrados; no entanto nada impede
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do da prova discursiva. Caso contrário, se não foi que a banca proponha algum outro tema em evidên-
pedido, não cite); cia, totalmente fora da área de segurança pública.
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z Logo após, indica o tema, que reflete o que o exa-
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pontuados (tópicos que devem ser obrigatoria- As provas discursivas para concursos das carrei-
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mente abordados em seu texto). ras policiais realizadas pelas bancas Fundep, Funrio,
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Observe que a estrutura da redação discursiva do ral do Paraná, entre outras, cobram temas da atuali-
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Cebraspe é flexível, ou seja, não segue o padrão de dade e não inserem os tópicos. Essas são as bancas
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uma redação: introdução, desenvolvimento e conclu- responsáveis pela seleção para polícias civis, policias
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Além disso, fique atento! O Cebraspe costuma Nas discursivas sem tópicos a abordagem deve ser
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defender uma tese. Lembre-se que o dissertativo expo- z Como não há tópicos a serem respondidos, é o
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sitivo é um texto objetivo, no qual o candidato deve candidato quem insere as ideias-força a serem
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z Lei Anticrime; coletivamente, não por acaso, o grande linguista e
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z Crise no Sistema Carcerário Brasileiro; estudioso da língua portuguesa, Luis Antonio Marcus-
91
z Armas de Fogo; chi (2007) afirmou que a coerência é “algo dinâmico
.5
que se encontra mais na mente que no texto”.
51
z Violência contra a mulher;
z Violência no trânsito; Dito isso, usamos as palavras de Cavalcante (2013)
.7
para esclarecer ainda mais o conceito de coerência e
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z Combate às drogas;
z Fake News e discurso de ódio; passarmos ao estudo detalhado dos processos de coe-
-0
z Riscos do aumento do consumo de álcool e de são. A autora afirma que a coerência:
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outras drogas entre os jovens no Brasil;
[...] Não está no texto em si; não nos é possível
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z Covid-19 (obrigatoriedade da vacinação ou
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coerente. Porém, como fazer para que essa organiza- COESÃO REFERENCIAL
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Os textos não são somente um aglomerado de pala- inserem ou retomam uma porção textual. Os pro-
vras e frases escritas. Suas partes devem ser articuladas cessos marcados pela referenciação caracterizam-se
e organizadas harmoniosamente de maneira que o tex- pela construção de referentes em um texto, os quais
to faça sentido como um todo. A ligação, a relação, os se relacionam com as ideias defendidas no texto. Esse
nexos entre essas partes estabelecem o que se chama de processo é marcado por vocábulos gramaticais e pode
coesão textual. Os articuladores responsáveis por essa ser reconhecido pelo uso de algumas classes de pala-
“costura” do tecido (tessitura) do texto são conhecidos vras, das quais falaremos a seguir.
como recursos coesivos que devem ser articulados de Antes, porém, faz-se mister reconhecer os proces-
forma que garanta uma relação lógica entre as ideias, sos referenciais que envolvem o uso de expressões
fazendo com que o texto seja inteligível e faça sentido anafóricas e catafóricas. Conforme Cavalcante (2013),
em determinado contexto. A respeito disso, temos a coe- “as expressões que retomam referentes já apresentados
rência textual, que está ligada diretamente à significa- no texto por outras expressões são chamadas de anáfo-
ção do texto, aos sentidos que ele produz para o leitor. ras”. Vejamos o exemplo a seguir: 15
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O Rocky Balboa era um humilde lutador de bairro, que Após a leitura do texto, é possível notar que a recu-
vivia de suas discretas lutas, no início de sua carreira. peração da informação apresentada é feita a partir de
Segundo seu treinador Mickey, Rocky era um jovem pro- muitos processos de coesão, porém, o uso dos pronomes
missor, mas nunca se interessou realmente em evoluir, destacados recupera o assunto informado e ajuda o lei-
preferiu trabalhar para um agiota italiano chamado Tony tor a construir seu posicionamento. É importante bus-
Gazzo, com quem manteve uma certa amizade. Gazzo car sempre o elemento a que o pronome faz referência;
gostava de Rocky por ele ser descendente de italiano e por exemplo, o primeiro pronome pessoal destacado
o ajudou dando US$ 500,00 para o seu treinamento, na no texto refere-se ao termo “democratas”, já o segundo,
primeira luta que fez com Apollo Creed. faz referência aos presidenciáveis que participavam do
debate. Nota-se, com isso, que esses pronomes apontam
Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Rocky_Balboa>. Acessado em:
30/09/2020. Adaptado. para uma parcela objetiva do texto, diferente do pro-
nome “essa”, associado ao substantivo “tragédia”, que
A partir da leitura, podemos perceber que todos os recupera uma parcela textual maior, fazendo referência
termos destacados fazem referência a um mesmo refe- ao momento de pandemia pelo qual o mundo passa.
rente: Rocky Balboa. O processo de referenciação utiliza- O uso de pronomes pode ser um aliado na construção
do foi o uso de anáforas que assumem variadas formas da coesão, porém, o uso inadequado pode gerar ambi-
gramaticais e buscam conectar as ideias do texto. guidades, ocasionando o efeito oposto e prejudicando a
Já os processos referenciais catafóricos apontam coesão. Ex.: Encontrei Matheus, Pedro e sua mulher.
para porções textuais que ainda não foram mencio- Não é possível saber qual dos homens estava
nadas anteriormente no texto, conforme o exemplo a acompanhado.
seguir: “Os documentos requeridos para os candidatos Por fim, destacamos que as classes de palavras
são estes: Identidade, CPF, Título de eleitor e reservista” relacionadas neste capítulo com os processos de coe-
são não podem ser vistas apenas sob a ótica descriti-
Dica va-normativa, amplamente estudada nas gramáticas
escolares. O interesse das principais bancas de con-
Em provas de concursos e seleções, ainda se encontra cursos públicos é avaliar a capacidade interpreta-
a terminologia “expressões referenciais catafóricas”, tiva e racional dos candidatos, dessa feita, a análise
remetendo ao uso já indicado no material. No entanto, de processos coesivos visa analisar a capacidade do
4
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é importante salientar que, para linguistas e estudio- candidato de reconhecer a que e qual elemento está
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sos, as anáforas são os processos referenciais que construindo as referências textuais.
.5
recuperam e/ou apontam para porções textuais.
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Uso de Numerais
.7
Uso de Pronomes ou Pronominalização
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Conforme mencionamos anteriormente, o uso de
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Utilizar pronomes para manter a coesão de um categorias gramaticais concorre para a progressão tex-
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texto é essencial, evitando-se repetições desnecessá- tual; uma das classes gramaticais que auxilia esse pro-
rias que tornam o texto cansativo para o leitor. Como
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cesso é o uso de numerais.
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a classe de pronomes é vasta, vamos enfatizar neste Neste subtópico, iremos focar no valor coesivo que
estudo os principais pronomes utilizados em recursos essa classe promove, auxiliando na ligação de ideias
A
O primeiro debate entre Donald Trump e Joe Biden recuperam informação no texto, evitando a repetição
H
foi quente, com diversas interrupções e acusações de termos e auxiliando no desenvolvimento textual.
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os republicanos têm maioria no Senado [Casa que ratifi- ração e instauração de ideias no texto, auxiliando o
ca essa escolha] e criticou os democratas, dizendo “que processo de coesão. As formas adverbias que marcam
eles ainda não aceitaram que perderam a eleição”. […]. tempo e espaço podem também ser denominadas de
O segundo ponto discutido foi a covid-19. Os EUA marcadores dêiticos, caso dos seguintes elementos:
são o país mais atingido pela pandemia - são 7 milhões Hoje, aqui, acolá, amanhã, ontem...
de casos e mais de 200 mil mortos. O âncora Chris Wal- Perceba que esses advérbios só podem ser associa-
lace perguntou aos dois o que eles fariam até que uma dos a um referente se forem instaurados no discurso,
vacina aparecesse. Biden atacou o republicano dizendo isto é, se mantiverem associação com as pessoas que
que Trump “não tem um plano para essa tragédia”. Já produzem as falas. Assim, uma pessoa que lê “hoje
Trump começou sua resposta atacando a China - “deve- não haverá aula” em um cartaz na porta de uma sala
riam ter fechado suas fronteiras no começo” -, colocou compreenderá que a marcação temporal refere-se
em dúvida as estatísticas da Rússia e da própria China ao momento em que a leitura foi realizada. Por isso,
e, com pouca modéstia, disse que fez um “excelente tra- esses elementos são conhecidos como dêiticos.
balho” nesse momento dos EUA. Independentemente de como são chamados, esses
Fonte: <https://br.noticias.yahoo.com/eleicoes-eua- elementos colaboram para a ligação de ideias no tex-
16 debate-025314998.html>. Acessado em: 30/09/2020. Adaptado. to, auxiliando também a construção da coesão textual.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Uso de Nominalização iremos nos deter a maiores aspectos da elipse também
nessa seção. Aqui é importante salientar as proprieda-
As expressões que retomam ideias e nomes, já apre- des recategorizadoras e referenciais da elipse, com o
sentados no texto, mediante outras formas de expressão, propósito de manter a coesão textual.
podem ser analisadas como processos nominalizadores,
incluindo substantivos, adjetivos e outras classes nominais. Conforme Antunes (2005, p. 118), a elipse como
Essas expressões recuperam informações median- recurso coesivo “corresponde à estratégia de se omitir
te novos nomes inseridos no texto, ou ainda, com o um termo, uma expressão ou até mesmo uma sequência
uso de pronomes, conforme vimos anteriormente. maior (uma frase inteira, por exemplo) já introduzidos
Vejamos um exemplo: anteriormente em outro segmento do texto, mas recu-
perável por marcas do próprio contexto verbal”. Veja-
mos como ocorre, a partir do segmento abaixo:
Antonio Carlos Belchior, mais conhecido como Belchior
foi um cantor, compositor, músico, produtor, artista plásti-
co e professor brasileiro. Um dos membros do chamado “O Brasil evoluiu bastante
Pessoal do Ceará, que inclui Fagner, Ednardo, Amelinha e desde o início do século XXI.
outros. Bel foi um dos primeiros cantores de MPB do nor- O país proporcionou a inclu-
deste brasileiro a fazer sucesso internacional, em meados são social de muitas pessoas.
Sem Elipse
da década de 1970. A nação obteve notoriedade
internacional por causa disso.
Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Belchior>. Acessado em:
30/09/2020. Adaptado. A pátria, porém, ainda enfren-
ta certas adversidades...”
Todas as marcações em negrito fazem referência ao “O Brasil evoluiu bastante des-
nome inicial Antônio Carlos Belchior; os termos que se de o início do século XXI e pro-
referem a esse nome inicial são expressões nominaliza- porcionou a inclusão social de
doras que servem para ligar ideias e construir o texto. muitas pessoas, por causa disso Com Elipse
obteve notoriedade internacio-
Uso de Adjetivos nal, porém ainda enfrenta certas
adversidades...”
4
Os adjetivos também são considerados expressões
-7
nominalizadoras que fazem referência a uma porção
91
COESÃO SEQUENCIAL
textual ou a uma ideia referida no texto. No exemplo
.5
acima, a oração “Belchior foi um cantor, compositor,
51
A coesão sequencial é responsável por organizar a
músico, produtor, artista plástico e professor” apre-
.7
progressão temática do texto, isto é, garantir a manu-
79
senta seis nomes que funcionam como adjetivos de
tenção do tema tratado pelo texto de maneira a pro-
Belchior e, ao mesmo tempo, acrescentam informações
-0
mover a evolução do debate assumido pelo autor.
sobre essa personalidade, referida anteriormente.
Essa coesão pode ser garantida, em um texto, a
ZA
É importante recordar que não podemos identifi-
partir de locuções que marcam tempo, conjunções,
U
car uma classe de palavra sem avaliar o contexto em
desinências e modos verbais. Neste material, iremos
SO
que ela está inserida. No exemplo mencionado, as nos deter, sobretudo, aos processos de conjunções que
palavras cantor, compositor, músico, produtor, artis-
A
Conjunções Coordenativas
A
O vocábulo vicário é oriundo do latim vicarius e semântico independente. Na construção textual, elas
YG
significa “fazer as vezes”; assim, os verbos vicários são importantes, pois, com seus valores, adicionam
são verbos usados em substituição de outros que já
H
4
Conforme o Ministro da Eco-
-7
CONFORMATIVA nomia, os concursos não irão
91
acabar CONTEXTOS DE USO ADEQUADO DE REPETIÇÕES
.5
51
Ainda que vivamos um período O candidato foi encontra-
.7
CONCESSIVA de poucos concursos, não pode- do com duzentos milhões
Marcar ênfase
79
mos desanimar de reais na mala, duzen-
-0
tos milhões!
Se estudarmos, conseguiremos ZA
CONDICIONAL
ser aprovados! Marcar contraste Existem Políticos e políticos
U
SO
temática
ra e procuro um livro feito
R
Millôr Fernandes
L
Importante!
EL
XW
“Física e Química são disciplinas afins”. A paráfrase é um recurso de reiteração que pro-
M
A fim de – Relativo a ter finalidade, ter como obje- porciona maior esclarecimento sobre o assunto trata-
tivo, com desejo de: “Estou a fim de comer pastel”. do no texto. A paráfrase é utilizada para voltar a falar
sobre algo utilizando-se de outras palavras. Conforme
Antunes (2005, p. 63), “alguma coisa é dita outra vez, em
Conjunções Integrantes outro ponto do texto, embora com palavras diferentes”.
Vejamos o seguinte exemplo:
As conjunções integrantes fazem parte das orações
subordinadas, na realidade, elas apenas integram,
Ceará goleia Fortaleza no Fortaleza é goleado pelo
ligam uma oração principal a outra, subordinada.
Castelão Ceará no Castelão
Como podemos notar, o papel dessas conjunções é
essencialmente coesivo, tendo em vista que elas são
“peças” que unem as orações. Existem apenas dois Os textos acima poderiam ser manchetes de
tipos de conjunções integrantes: que e se. jornais da capital cearense. A forma como o texto se
apresenta indica que a ênfase dada ao nome dos ti-
mes, em posições diferentes, cumpre um papel impor-
18 tante na progressão temática do texto.
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Além dessa função, a paráfrase pode ser marcada pelo O número de letras e fonemas são diferentes pois,
uso de expressões textuais bem características, como: em nesse caso, a letra H não representa nenhum fonema.
outras palavras, em outros termos, isto é, quer dizer, em
resumo, em suma, em síntese etc. Essas expressões indi- Ex.: Sexo
cam que algo foi dito e passará a ser reessignificado no Letras (4): S, E, X, O
texto, garantindo a informatividade do texto. Fonemas (5): /s/, /e/, /k/, /s/, /o/
4
-7
“É necessário que vocês se ajudem e que estudem”
91
— Correto. Ao que diz respeito ao timbre, elas ainda podem
.5
Devemos manter a organização das orações, pois ser classificadas como:
51
não podemos coordenar orações reduzidas com orações
.7
desenvolvidas, é preciso manter o paralelismo e deixá- Abertas: pé, pó, casa, lata;
79
-las ou somente desenvolvida ou somente reduzidas. Fechadas: amor, avô, luta;
-0
No tocante ao paralelismo semântico, a ideia é Reduzidas: aparecem quase sempre ao final da
a mesma, porém deixamos de analisar os pares no
ZA
palavra: dedo, gente.
âmbito sintático e passamos ao plano das ideias. Veja-
U
SO
mente, por outro podem ter causado prejuízo à popu- ção ao céu da boca (palato duro).
A
“Encontrei duas pessoas conhecidas na rua: uma ção ao véu palatino (palato mole).
H
Ex.: ó, ô, u
EL
4
As seguintes palavras só podem ser escritas de
-7
� Outras palavras escritas com “X”: bexiga, laxativo,
91
caxumba, xenofobia, xícara, xarope, lixo, capixa- uma forma:
Cinquenta, cinquentenário, cinquentão, cinquentona.
.5
ba, xereta, faxina, maxixe, bruxa, relaxar, roxo,
51
graxa, puxar, rixa.
.7
Emprego do K, W e Y
79
Algumas palavras com “CH”: chicória, ficha, chi-
-0
marrão, churrasco, chinelo, chicote, cachimbo, fanto- Símbolos e siglas
che, penacho, broche, salsicha, apetrecho, bochecha,
ZA
brecha, pechincha, inchar, flecha, chute, deboche, � Kg – quilograma;
U
� Km – quilômetro;
SO
língua estrangeira;
� Há, ainda, algumas palavras homófonas, que podem
SI
�
O
4
Monossílabas Átonas
-7
(i-lha); galho (ga-lho); ninho (ni-nho); linha
91
(li-nha); vinho (vi-nho); guarda (guar-da);
São pronunciadas com pouca/fraca intensidade
.5
guerra (guer-ra); queijo (quei-jo); quantidade
51
(quan-ti-da-de); e, em geral, soam como uma sílaba fraca da palavra
anterior. Além disso, nunca são acentuadas.
.7
� Grupos consonantais iniciais: palavras inicia-
79
das por consoantes. Exs.:
-0
Ex.: Psicólogo (Psi-có-lo-go-); pneumático (pneu-
-má-ti-co); gnóstico (gnós-ti-co). z Artigos definidos e indefinidos: o, a, os, as, um,
ZA
uns;
U
� Hiatos: quando duas vogais estão em sequên- � Preposições: de, a, em, com, sem, sob;
A
cia, juntas, em uma palavra, mas em sílabas � Conjunções: e, mas, que, se, nem, ou;
LV
Ex.: Carro (car-ro); torre (tor-re); assado (as-sa- São pronunciadas com maior intensidade, inde-
O
-do); passagem (pas-sa-gem); nascer (nas-cer); pendentemente das outras palavras que as acompa-
YG
floresça (flo-res-ça); exceção (ex-ce-ção); exsu- nham, podendo ser acentuadas ou não.
H
dativo (ex-su-da-ti-vo); Ex.: Bem, bom, dor, lei, luz, noz, pneu, mar, flor, pá,
L
� Encontros consonantais disjuntos: quando má, lá, chá, fãs, lã, pé, mês, fé, três, pó, nó, dó, só, cós,
EL
Oxítonas
M
4
-7
de da vogal. Ex: cão, bastão, dragão, avião, gavião;
91
� Cedilha (ç). Sinal adicionado à letra C para que ela � Livro;
.5
fique com o som de S. Ex.: Faço, caça, louça. � Livrinho;
51
� Livreto.
.7
Regras de Acentuação
79
Perceba que, nos exemplos acima, existe uma base
-0
Há na língua portuguesa algumas regras de acen- fixa, invariável em todas as palavras e é ela que carre-
tuação das palavras segundo a sua classificação quan-
ZA
ga o significado. Na palavra “livro”, o radical é “-livr”.
to à tonicidade, e é importante conhecê-las para não Veja mais um exemplo:
U
SO
� “X”: tórax;
EL
� “UM”, “UNS”: álbum, álbuns; z Infeliz: prefixo “in”, acrescentado à palavra “feliz”;
� “Ã(S)”, “ÃO(S)”: órfã, órfãs, órfão, órfãos; z Felizardo: sufixo “ardo”, acrescentado à palavra
� Ditongo oral: jóquei, túneis. “feliz”.
4
temática, acertou! Nesse caso, o tema será “corrige”.
Pater Pai Paterno
-7
91
Vogais e Consoantes de Ligação Pade Pé Pedestre
.5
Puer Criança Pueril
51
Um assunto que deve ser estudado com bastante
.7
Quadri Quatro Quadrilátero
atenção é a vogal de ligação e a consoante de ligação.
79
As vogais de ligação são incluídas nas palavras para Silvi Floresta Silvícola
-0
facilitar sua pronúncia. Taur (i) ZATouro Taurino
Ex.: Bananeira; maresia; correria.
Uxor Esposa Uxoricida
U
As consoantes de ligação, assim como as vogais, são
SO
Processos de Composição
-se de um elemento eufônico, ou seja, relacionado à
A
Fonologia da palavra.
partir da junção de dois ou mais radicais.
R
O
Processos de Derivação
Girassol / passatempo / pé-de-galinha / guarda-sol.
Por meio da derivação, um dos processos de forma-
ção de palavras, formam-se novas palavras a partir de Palavras Compostas e Derivadas
outras, sendo que estas novas são palavras derivadas.
A derivação pode ser: As palavras compostas são aquelas que possuem
mais que um radical, podendo ou não ser separadas
� Prefixal: palavras formadas a partir do acréscimo por hífen, como nos exemplos a seguir:
de um ou mais prefixos à palavra primitiva. Ex.: Couve-flor, girassol.
Ex.: Refazer → palavra derivada prefixal de “Fazer”. Separamos uma lista com alguns exemplos de
Impaciente → palavra derivada prefixal de “Paciente”. palavras compostas. É importante conhecê-las, mas
� Sufixal: palavras formadas a partir do acréscimo não se preocupe em decorá-las. Tente identificar os
de um ou mais sufixos à palavra primitiva. dois radicais presentes nas palavras. Vejamos: 23
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z Topônimos (nome derivados de nomes de lugares)
Amor-perfeito; Pontapé;
Vaivém; compostos usam hífen, quando iniciados por Grã, Grão,
Arco-íris;
Varapau; por forma verbal ou quando tiverem internamente um
Beija-flor;
Segunda-feira; artigo, com exceção de: Guiné-Bissau e Timor-Leste.
Bem-me-quer;
Arco-íris; Ex.: Grã-Bretanha, Grão-Pará, Passa-Quatro, Que-
Cachorro-quente; bra-Costas, Albergaria-a-Velha;
Decreto-lei;
Cavalo-marinho; Ano-luz;
Couve-flor; Fim de semana; z Os topônimos compostos, escritos sem hífen, têm
Guarda-roupa; Dia a dia;
Sala de jantar; seus gentílicos hifenizados.
Guarda-chuva;
Cão de guarda; Ex.: África do Sul -> sul-africano; Rio Grande do Nor-
Peixe-espada; te -> norte-rio-grandense, rio-grandense-do-norte;
Roda-viva; Cor de vinho;
Café com leite.
Passatempo;
z Os compostos com elemento de ligação, na nova
ortografia, perderam o hífen.
Já as palavras derivadas são aquelas que provêm da Ex.: Mula-sem-cabeça → mula sem cabeça; Pé-de-mo-
mesma palavra (primitiva). Nesse caso, um mesmo radi- leque → pé de moleque;
cal forma um ou mais palavras. Veja os exemplos a seguir:
z Encadear palavras é um recurso econômico propi-
z Pedra (palavra primitiva) – pedreiro (palavra ciado pelo uso do hífen.
derivada); Ex.: O lema de Liberdade, Igualdade e Fraternida-
z Flor (palavra primitiva) – floricultura, florista de -→ o lema Liberdade-Igualdade-Fraternidade;
(palavras derivadas).
z Espécies botânicas, zoológicas e produtos deriva-
Observe na tabela a seguir alguns exemplos
dos se escrevem com hífen, independentemente de
de palavras primitivas e as que delas derivam:
ter ou não elemento de ligação. Exceção: girassol,
madressilva, malmequer.
PALAVRA PRIMITIVA PALAVRA DERIVADA Ex.: Abóbora-menina, banana-menina, ando-
Floração, flora, floral, rinha-do-mar, água-de-coco, azeite-de-dendê,
4
formiga-branca;
-7
floreado, floreio, flóreo,
91
Flor florescente, floriano,
z Prefixos e falsos prefixos usam hífen antes de “h”,
.5
floricultura, florido, florista,
51
florzinha exceto re, co, des, in, an.
Ex.: Anti-higiênico, contra-harmônico.
.7
Papel Papelada, papelão,
79
Arqui-hipérbole, semi-histeria.
papelaria, papeleiro, Reaver, coerdeiro, deserdado, inumano, anistórico;
-0
papelinho, papiro ZA
Pedra Pedreira, pedreiro, z Quando prefixo, ou falso prefixo, termina com a
U
ção.
bicicletista Coopositor, reeducar, preencher;
SI
Morte Imortal, mortal, morta, z São separados por hífen: r-r, b-b, d-d, b-r, d-r.
H
sistente, ad-rogar;
USO DO HÍFEN: CONFORME NOVO ACORDO
XW
4
(correto). ordinais, multiplicativos e fracionários.
-7
91
É importante saber que o “r” e o “s” são dobrados � Cardinais: expressam quantidade exata de seres
.5
quando estão perto de vogais, como já vimos, mas não
51
através da palavra
se juntam com consoantes. Ex.: Ganhei sete bombons ontem.
.7
79
� Ordinais: como o próprio nome diz, expressão
MORFOLOGIA – CLASSES GRAMATICAIS
-0
ordem ou posição dentro de uma sequência.
Ex.: João ganhou a corrida em segundo lugar.
ZA
Introdução Esta foi a primeira vez que consegui compreendê-lo.
U
Anteriormente, foi possível notar que a Morfologia pelo qual determinada quantidade é multiplicada.
estuda a estrutura das palavras, sua formação e clas- Dobro > duas vezes; triplo > três vezes; quádruplo
A
LV
As classes gramaticais (ou classes de palavras) são isto é, designam um conjunto, porém expressam uma
L
isso pode ser de grande ajuda para utilizarmos cada Dúzia = conjunto de doze unidades;
XW
uma delas de maneira correta. Veremos agora mais Novena = período de nove dias;
afundo cada uma delas! Década = período de dez anos;
A
M
4
seres.
-7
Ex.: constelação (conjunto de estrelas), time, esqua- REFERÊNCIA
91
dra, cardume (conjunto de peixes).
.5
51
Exemplos retirados da internet; Disponível em:
Substantivos Coletivos Mais Usados <https://www.todamateria.com.br/substantiv
.7
79
o-composto/#:~:text=O%20substantivo%20com-
Coletivo de:
-0
posto%20%C3%A9%20um,da%20jun%C3%A7%-
Abelhas: enxame, colmeia, abelhal C3%A3 o%20de%20duas%20palavras>. Acesso em
ZA
Alho: réstia, alhada, alhal 25 ago. 2020.
U
Alunos: turma, classe, alunato
SO
feminino e masculino.
Árvores: arvoredo, renque, mata, floresta, bosque
É comum fazermos a associação de que substan-
A
Cabras: fato, rebanho, cabrada, cabralhada, cabroeira O mesmo com os substantivos femininos, que vem
com o artigo “a” anteposto:
A
� Ana, Helena, Maria, professora, rainha, vendedora. Variação de Grau nos Substantivos
4
� Vaca, anta, galinha, pata.
-7
vo e normal.
91
O grau normal é o natural do ser.
z Nomes de cidades e ilhas em que se subentende
.5
51
por gênero feminino.
z Aumentativo: exprime o aumento do tamanho do
.7
ser nomeado.
79
� A Veneza, a marcante Florianópolis.
-0
� Livro – livrão;
Gênero Masculino
ZA
� Porta – portão;
U
� Cachorro – cachorrão.
São masculinos:
SO
� Cachorro – cachorrinho.
R
O
� Elefante, leão, boi. tantivos pode ser feita de duas formas diferentes:
L
EL
4
z Nome dos pontos cardeais e equivalentes.
-7
Os adjetivos de relação possuem algumas
91
� Norte / Sul / Leste / Oeste; características, e são assim classificados por:
.5
� Nordeste / Sudoeste;
51
z Ter valor semântico objetivo (não expressa nenhu-
� Oriente / Ocidente
.7
ma subjetividade).
79
-0
Ex.: Problema mundial = problema relativo ao
Importante! mundo. ZA
Escrevem-se com maiúsculas apenas quando
U
z Não possui variação de grau (veja no próximo
SO
Quando utilizados indicando uma direção, devem Ex.: Vinho chileno = não pode ser: chileníssimo,
LV
� Títulos de periódicos.
YG
Tipos de Adjetivos:
Adjetivos Pátrios
Os adjetivos pátrios são responsáveis por representar a origem das pessoas, objetos e seres em relação
4
-7
ao país, estado ou à cidade. Veja abaixo alguns deles:
91
.5
51
.7
79
-0
ZA
U
SO
A
LV
SI
A
D
R
O
YG
H
L
EL
XW
A
M
LÍNGUA PORTUGUESA
29
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ADVÉRBIOS � Locuções adverbiais de intensidade: de muito,
de pouco, em excesso, de todo.
São palavras que se referem a um adjetivo ou Ex.: Eles compram roupas em excesso.
a um verbo, modificando-o ou intensificando-o em
diferentes circunstâncias (tempo, modo e intensi- Advérbios Interrogativos
dade).
Os advérbios interrogativos introduzem uma per-
� Tempo: são os advérbios que fornecem informa- gunta, podendo exprimir uma ideia de modo, tempo,
ções temporais, isto é, indicam o momento em que lugar ou de causa (como, quando, onde e porque). Veja
a ação ocorreu, ocorre ou ocorrerá. abaixo nos exemplos:
São eles: Hoje, logo, já, afinal, amanhã, ontem,
tarde, breve, depois, cedo, antes, enfim, jamais, � Modo: Como se locomoveu até lá?
nunca, sempre, doravante, outrora, imediatamen- � Tempo: Quando ele foi embora?
te, antigamente, primeiramente, constantemente, � Lugar: Onde é que se escondeu?
sucessivamente, posteriormente; � Causa: Por que não veio ontem?
� Modo: são os advérbios que fornecem informações a
respeito da maneira com que a ação se dá, deu-se ou se Grau do Advérbio
dará. Em sua maioria, possuem a terminação –mente.
São eles: rapidamente, bem, mal, devagar, silencio- Os advérbios podem se flexionar em dois graus:
samente, vagarosamente, apressadamente, insis- comparativo e superlativo.
tentemente, tristemente, alegremente, etc.;
� Intensidade: são advérbios que ajudam na percep- � Comparativo: no grau comparativo, pode ser dividido
ção da intensidade do verbo, e é comumente utiliza- em: de igualdade, de superioridade e de inferioridade.
do com adjetivos e até mesmo com outros advérbios. � De igualdade: formado pela palavra “tão” antes
Alguns deles: meio, menos, mais, muito, pouco, demais. do advérbio e “quanto” ou “como” depois dele,
colocando dois elementos em mesmo nível.
Locuções Adverbiais Ex.: Ele chegou tão tarde quanto o pai.
Cantava tão bem como a irmã.
4
A locução adverbial é o conjunto de duas ou mais
-7
� De superioridade: formado pelo “mais” anteposto
91
palavras que pode desempenhar a função de advérbio, ao advérbio, acrescentado de “que” ou “de que”.
alterando o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio.
.5
Ex.: Ele chegou mais tarde que [de que] o pai.
51
A maioria das locuções adverbiais são formadas Cantava melhor que [de que] a irmã.
.7
por uma preposição e um substantivo. Há ainda os
79
que são formados por adjetivos ou por advérbios. Veja
-0
alguns exemplos: Importante!
Preposição + substantivo: de novo; ZA
Preposição + adjetivo: em breve; Os advérbios “bem” e “mal” recebem o grau
U
Professora, você pode me explicar a matéria de � No exame, você se saiu melhor que eu.
LV
novo? (de novo = novamente) � No exame, você se saiu pior que eu.
SI
Acho que eles foram por ali. � De inferioridade: formado pelo “antes” anteposto
R
As locuções adverbiais podem se classificar em: ao advérbio, seguido de “que” ou “de que”.
O
to, ao lado, à direita, à esquerda, para dentro, para Trata-se de um fato linguístico em que os adjetivos
fora... passam a pertencer à classe dos advérbios, conforme
Ex.: Os pais querem sempre os filhos por perto; sua utilização dentro da oração. Veja os exemplos:
� Locuções adverbiais de modo: às pressas, ao con- Os alunos chegaram apressados. > Os alunos
trário, em silêncio, de cor, às claras, à toa, em geral... chegaram apressadamente.
Ex.: O suspeito permaneceu em silêncio durante As alunas chegaram apressadas. > As alunas
todo o interrogatório; chegaram apressadamente.
� Locuções adverbiais de negação: de forma algu- Ou seja, para determinar a função de advérbio no
ma, de modo algum, de maneira nenhuma... adjetivo, basta transformar seus enunciados, levando
Ex.: Não usaria isto de forma alguma; em consideração as mudanças em gênero e número.
� Locuções adverbiais de afirmação: sem dúvida, O que vai definir se determinada palavra é um
de fato, com certeza, por certo... advérbio ou um adjetivo é o elemento ao qual ela se
Ex.: Ele, de fato, amava muito sua namorada; refere. Veja o exemplo:
� Locuções adverbiais de dúvida: com certeza, O menino alto cantava alto.
quem sabe, por certo... A primeira palavra “alto” é um adjetivo, pois quali-
30 Ex.: Quem sabe ele ainda apareça por aqui; fica o substantivo “menino”; a segunda palavra “alto”
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já funciona como advérbio, pois define a forma que o Dica
menino canta e complementa o verbo “cantava”.
“Os pronomes eu e tu são retos.
O mesmo pode ocorrer em relação ao pronome
Nós, vós, ele(s) serão os retos ou oblíquos,
indefinido. Vamos direto ao exemplo dado pelo autor
dependendo de seu emprego na frase.” (PIMEN-
do livro Gramática pela Prática:
TEL, 2015, p. 137)
Era muito problema... x Era problema muito fácil.
O “muito” do primeiro exemplo se refere a um
Pronomes de Tratamento
substantivo; em casos como esse, trata-se de um pro-
nome indefinido;
Os pronomes de tratamento são utilizados para se
O “muito” do segundo exemplo já faz referência ao
dirigir à pessoa com quem se fala. Existem pronomes
adjetivo “fácil”, definindo o substantivo “problema”.
de tratamento bastante específicos. Veja na tabela a
Palavras Denotativas seguir, da esquerda para a direita, pronome de trata-
mento, sua abreviação e seu uso, respectivamente.
As palavras denotativas se assemelham e muito
com os advérbios, porém não pertencem a nenhuma PRONOMES DE TRATAMENTO
classe de palavras em específico, segundo a Nomencla-
Príncipes,
tura Gramatical Brasileira. Vossa Alteza V. A.
duques
Vamos ao que interessa!!!
Sabemos que as palavras, como já visto, podem ter Vossa Eminência V. Ema.(s) Cardeais
diferentes significados, de acordo com a situação em Vossa Sacerdotes e
V. Revma.(s)
que são utilizadas. Isso não acontece com as palavras Reverendíssima bispos
denotativas. Palavras denotativas se referem a um Altas auto-
sentido literal, uma significação plena, e são muito Vossa
V. Ex.ª (s) ridades e
úteis na produção de texto, uma vez que podem fun- Excelência
oficiais-generais
cionar como mecanismo de coesão.
As palavras denotativas podem ser classificadas Vossa Reitores de
V. Mag.ª (s)
Magnificência universidades
4
de diferentes formas, isso de acordo com a ideia que
-7
expressam. Veja: Vossa
91
V. M. Reis e rainhas
Majestade
.5
51
� Inclusão: até, também, inclusive, ademais; Vossa Majesta-
Exclusão: apesar, apenas, salvo, exceto, menos; V. M. I. Imperadores
.7
� de Imperial
79
� Explicação: isto é, por exemplo, ou seja, a saber;
Vossa Santidade V. S. Papa
-0
� Retificação: aliás, ou melhor, digo, isto é;
� Realce: lá, cá, é porque, é que; ZA Tratamento
Vossa Senhoria V. S.ª (s)
� Situação: então, afinal, agora; cerimonioso
U
V. O. Deus
Onipotência
A
PRONOMES
LV
São as palavras que substituem ou acompanham Senhor – Sr. – em tratamento cerimonioso, “for-
A
Os pronomes são denominados de distintas manei- Senhora – Sr.ª – em tratamento cerimonioso, “for-
R
impreciso. Veja:
Confira a tabela a seguir:
Todos foram à festa ontem.
Muitos pais não se interessam verdadeiramente
LÍNGUA PORTUGUESA
4
-quem-quanto-qual.htm#:~:text=Pronomes%20
-7
indefinidos%20s%C3%A3o%20aqueles%20 São os pronomes utilizados para formular perguntas
91
que,modo%20vago%2C%20gen%C3%A9rico%20 diretas ou indiretas. São eles: quem, quanto, que, qual.
.5
e%20impreciso.&text=Alguns%20pronomes%20 Ex.: Quem entregará o trabalho hoje?
51
indefinidos%20s%C3%A3o%20vari%C3%A- Quantos alunos chegaram atrasados hoje?
.7
1veis,%2C%20nada%2C%20cada%2C%20quem>. Que é isso?
79
Qual é o resultado desse problema?...
Acesso em: 14 jul. de 2020.
-0
Pronomes Possessivos
ZA
Pronomes Demonstrativos
U
SO
soa do singular)”
esse e aquele.
D
4
Veja:
-7
deserto. Orgulhar-me-ei dos meus alunos.
91
Já se falou aqui da inconsequente... Orgulhar-me-ia dos meus alunos.
.5
Só se acredita naquilo por que se interessa.
51
Os relatórios talvez se abstenham de informar...
Dica
.7
Não se manifestará apoio ao desonesto, cor-
79
rupto e politiqueiro idealizador de semelhante Existem casos em que o adjetivo pode vir antes
-0
comemoração.
dos substantivos, e aí, o que fazer? Devo concor-
� A palavra ambos, bem como alguns indefinidos ZA
(alguém, todos, tudo, outro, qualquer) também dar com um ou com outro?
A regra é a seguinte: concorde o adjetivo com o
U
tem força atrativa. Ex.:
SO
dificuldade.
R
VERBOS
Qualquer pessoa se persigna quando a situa-
O
YG
Por que se deve realizar esta tarefa? Corro muitos quilômetros por dia.
Se o verbo estiver no futuro do presente ou O verbo pode variar em número (singular e plu-
A
�
M
futuro do pretérito, pode-se utilizar a antecipa- ral) e em pessoa (primeira [eu], segunda [tu] e terceira
ção pronominal. Ex.: [ele/ela]). Veja o mesmo verbo, conjugado em diferen-
Eu me dedicarei aos estudos gramaticais quando. tes pessoas e número.
Eu me dedicaria aos estudos gramaticais se.
LÍNGUA PORTUGUESA
São eles: pretérito perfeito composto, pretérito mais-que-perfeito composto, futuro do presente composto, futuro
do pretérito composto.
Trouxemos mais essa tabela para ajudar você!
4
-7
Indicativo Pretérito perfeito composto tenho estudado tenho escrito tenho dividido
91
Pretérito mais-que-perfeito
Indicativo tinha estudado tinha escrito tinha dividido
.5
composto
51
Indicativo Futuro do presente composto terei estudado terei escrito terei dividido
.7
79
Indicativo Futuro do pretérito composto teria estudado teria escrito teria dividido
-0
Subjuntivo Pretérito perfeito composto tenha estudado tenha escrito
ZA tenha dividido
Pretérito mais-que-perfeito
Subjuntivo tivesse estudado tivesse escrito tivesse dividido
U
composto
SO
As formas nominais do verbo são: o infinitivo, gerúndio e particípio. Elas possuem tanto função de
D
� Infinitivo: representa o nome do verbo, livre de conjugação (flexões de tempo, pessoa, número etc.). Corres-
pondem aos verbos terminados em ar, er e ir.
H
Locuções Verbais
Locução verbal é o nome dado à junção de dois verbos, um auxiliar e um principal, que quando aparecem
juntos numa oração, desempenham o papel de apenas um verbo. Veja alguns exemplos de locuções verbais:
Estive pensando;
34 Quero sair;
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Pode ocorrer; Podem ser classificados em verbos transitivos
Tem investigado; diretos, verbos transitivos indiretos e verbos tran-
Tinha decidido; sitivos diretos ou indiretos.
Estou esperando;
Vou correndo; � Transitivo Direto: pedem, como complemento,
Estou lendo. um objeto direto, indicando quem ou quê. Veja:
Verbo: ler [o quê?]
Tipos de Verbos Eu leio notícias.
Eu leio livros de romance.
Eu leio revistas.
Intransitivos
� Notícias, romance e revistas são objetos diretos.
Os verbos intransitivos são aqueles que não depen- Verbo: visitar [quem?]:
dem/necessitam de um complemento, pois possuem Visitar a avó.
sentido completo por si mesmos, então podem com- Visitar uns amigos.
por um predicado sozinhos. Visitar o doente.
Célia morreu. � Avó, uns amigos e “o doente” são objetos diretos.
Ana chegou.
Muitas vezes, os verbos intransitivos podem vir � Transitivo indireto: pede, como complemento,
acompanhados de um predicativo e de um adjunto um objeto indireto (que necessita de preposição).
adverbial. É importante relembrar a diferença entre Veja:
eles, uma vez que estes termos costumam trazer bas- Verbo: precisar [de quê?]
tante confusão para as pessoas: Precisar de ajuda.
O predicativo, em geral, caracteriza o substantivo, Precisar de dinheiro.
em grande maioria, através do uso de adjetivos, expri- Precisar de um casaco.
mindo uma qualidade ao sujeito.
Ex.: Laura é bonita. � Ajuda, dinheiro e “um casaco” são objetos
O adjunto adverbial, por usa vez, remete à ideia de indiretos.
circunstância, e modifica um verbo (Mudou imedia- Verbo: concordar [com quem?]
4
tamente), um adjetivo (Fiquei muito emocionado) ou Concordar com a mãe.
-7
o advérbio (Estava muito bem). Concordar com o diretor.
91
Agora, vamos voltar a tratar dos verbos intransi- Concordar com a amiga.
.5
tivos e seu acompanhamento. Veja: � A mãe, o diretor e a amiga são objetos indiretos.
51
Célia morreu serenamente.
.7
Célia = sujeito; � Transitivo direto e indireto: pede, como comple-
79
Morreu = verbo intransitivo (possui sentido por si mento, tanto um objeto direto quanto um objeto
-0
mesmo, sem necessidade de complemento); indireto. Veja:
Serenamente = adjunto adverbial (qualifica o ver- Verbo: agradecer [o quê? A quem?]
ZA
bo, indicando o modo como Célia morreu). Agradecer o presente ao namorado.
U
Satisfeita = predicativo (pois caracteriza o substanti- � O presente, o convite e a atenção são objetos
SI
VERBOS INTRANSITIVOS
H
tempo
EL
Elena brincou com Lucas Os verbos regulares são aqueles que, ao serem
XW
Não existe uma regra para conjugar estes verbos. Em alguns, as alterações acontecem apenas em seu radical,
já em outros, em suas terminações, e há os que ocorrem em ambos os casos.
Dentro dos verbos irregulares, podemos classificá-los em padrões de irregularidade:
Verbos irregulares fortes: são os verbos que, conjugados no tempo pretérito perfeito do indicativo apresen-
tam um radical diferente de quando conjugados no presente do indicativo. Veja a tabela abaixo que indica quais
são esses verbos e como se diferem nestas conjugações.
TRA-
VERBO CABER DIZER ESTAR FAZER HAVER PODER QUERER SABER
ZER
Presente do Indicativo eles eles eles eles eles eles eles eles
eles hão
(3ª pessoa do plural) cabem dizem estão fazem podem querem sabem trazem
Pretérito Perfeito do eles
eles eles eles eles eles eles eles eles
Indicativo (3ª pessoa trouxe-
couberam disseram estiveram fizeram houveram puderam quiseram souberam
do plural) ram
Verbos irregulares fracos: estes podem apresentar mais subgrupos de irregularidades. Veja abaixo,
mais uma vez, com exemplificação nas tabelas inseridas.
� Formas irregulares na 1.ª pessoa do singular do presente do indicativo e em todas as pessoas do presente do
subjuntivo.
VERBO ANSIAR INCENDIAR MEDIR MEDIAR ODIAR PEDIR REMEDIAR REQUERER VALER
4
-7
Presente do indica-
eu eu eu eu eu eu eu eu
91
tivo (1ª pessoa do eu requeiro
anseio incendeio meço medeio odeio peço remedeio valho
.5
singular)
51
Presente do sub- que
.7
que ele que ele que eu ele eu que ele que ele que ele
juntivo (3ª pessoa eu
79
anseie incendeie meça medeie odeie remedeie requeira valha
do singular) peça
-0
� Verbos terminados em -iar são conjugadas segundo as regras dos verbos terminados em –ear.
ZA
U
SO
singular)
SI
singular)
D
R
� Quando não apresentam alteração de “ele” para “tu” em algumas formas conjugadas do presente do indicativo
O
e do imperativo afirmativo.
YG
H
L
do singular) tu tu
Verbos Anômalos
Os verbos anômalos correspondem aos “verbos irregulares que apresentam radicais primários dife-
rentes quando conjugados.”
Os verbos “ser” e “ir” são os principais verbos anômalos. Para deixar bem claro, veja, mais uma vez, na
tabela:
4
-7
Completar Completado Completo Que casa tão
91
Limpar Eu tinha limpado a casa
Confundir Confundido Confuso limpa!
.5
51
Demitir Demitido Demisso Dados importantes Informações
.7
Omitir tinham sido omitidos estavam
Despertar Despertado Desperto
79
por ela omissas
-0
Dispersar Dispersado Disperso Deixe os
Eleger Elegido Eleito
ZA
Após ter submergido legumes
Submergir os legumes, reparou no submersos
U
Encher Enchido Cheio
SO
4
“se”, porém existem outras funções que ela pode
-7
Vozes Verbais exercer nos textos. Veja algumas delas:
91
.5
As vozes verbais correspondem à forma com z Pronome:
51
que os verbos se apresentam na oração, para assim
.7
determinar se o sujeito pratica ou sofre a ação.
79
� Pessoal reflexivo: nesse caso, pode ser substi-
tuído por “a si mesmo”; a ação recai sobre o
-0
z Voz ativa: aqui o sujeito é o agente, ele pratica a
sujeito da oração.
ação. Veja os exemplos:
ZA
Ex.: Carlos drogou-se a noite inteira.
Eu fiz o trabalho
U
� Pessoal recíproco: a ação de um elemento/sujei-
Bia tomou o café da manhã.
SO
Compra-se roupas.
R
Lembrando que a voz passiva pode ser classificada � Indefinido: tem função de indeterminação de
O
Sujeito paciente + verbo auxiliar (ser, estar, etc.) + Ex.: Ama-se a Deus.
L
Um verbo derivado, como o próprio nome revela, deriva de um verbo primitivo, e para trabalhar a conjugação
destes verbos, é importante ter clara a conjugação de seus “originários”.
É muito comum que em provas e vestibulares os alunos se equivoquem na conjugação destes verbos, isto
porque não se atentam à conjugação dos verbos primitivos. Por isso, dê uma conferida nesta lista de verbos irre-
gulares e algumas de suas derivações, e atente-se!!!
Outro problema é quando se precisa conjugá-los em determinados tempos, como no futuro do subjuntivo. Veja
como ficaria:
A conjugação do verbo refere-se à sua flexão em modos, pessoa, tempo, número e vozes. Aqui, vamos trazer
alguns verbos conjugados de diferentes formas para que você conheça melhor, e fique craque no assunto:
Verbos Regulares
4
-7
VERBO BEBER
91
.5
INDICATIVO
51
Pretérito I Pretérito Pretérito mais Futuro do
.7
Presente Futuro do Pretérito
79
mperfeito Perfeito que perfeito Presente
-0
Eu bebo Eu bebia Eu bebi Eu bebera Eu beberei Eu beberia
Tu bebes Tu bebias Tu bebeste Tu beberas Tu beberás Tu beberias
ZA
Ele bebe Ele bebia Ele bebeu Ele bebera Ele beberá Ele beberia
U
Nós bebemos Nós bebíamos Nós bebemos Nós bebêramos Nós beberemos Nós beberíamos
SO
Vós bebeis Vós bebíeis Vós bebestes Vós bebêreis Vós bebereis Vós beberíeis
A
Eles bebem Eles bebiam Eles beberam Eles beberam Eles beberão Eles beberiam
LV
SI
SUBJUNTIVO
A
D
IMPERATIVO
Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo
LÍNGUA PORTUGUESA
-
Bebe tu
Não bebas tu
Beba você
Não beba você
Bebamos nós
Não bebamos nós
Bebei vós
Não bebais vós
Bebam vocês
Não bebam vocês
39
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INFINITIVO
Infinitivo Pessoal
Por gostar eu
Por gostares tu
Por gostar ele
Por gostarmos nós
Por gostardes vós
Por gostarem eles
VERBO GOSTAR
INDICATIVO
Pretérito Pretérito Pretérito mais Futuro do Futuro do
Presente
Imperfeito Perfeito que perfeito Presente Pretérito
Eu gosto Eu gostei Eu gostara Eu gostarei Eu gostaria
Eu gostava
Tu gostas Tu gostaste Tu gostaras Tu gostarás Tu gostarias
Tu gostavas
Ele gosta Ele gostou Ele gostara Ele gostará Ele gostaria
Ele gostava
Nós gostamos Nós gostamos Nós gostáramos Nós gostaremos Nós gostaríamos
Nós gostávamos
Vós gostais Vós gostastes Vós gostáreis Vós gostareis Vós gostaríeis
Eles gostavam
Eles gostam Eles gostaram Eles gostaram Eles gostarão Eles gostariam
SUBJUNTIVO
Presente Pretérito Imperfeito Futuro
que eu goste se eu gostasse quando eu gostar
que tu gostes se tu gostasses quando tu gostares
4
-7
que ele goste se ele gostasse quando ele gostar
91
que nós gostemos se nós gostássemos quando nós gostarmos
.5
que vós gosteis se vós gostásseis quando vós gostardes
51
que eles gostem se eles gostassem quando eles gostarem
.7
79
-0
IMPERATIVO ZA
Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo
U
-
SO
Gosta tu
Não gostes tu
Goste você
A
Gostemos nós
Não gostemos nós
Gostai vós
SI
INFINITIVO
YG
Infinitivo Pessoal
H
L
Por gostar eu
EL
Por gostares tu
XW
PREPOSIÇÕES
Conceito
São as palavras que têm a função de ligar dois termos, tornando o segundo subordinado ao primeiro.
Algumas preposições essenciais: a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, entre, para, por, perante, sem,
sob, sobre, trás.
Ex.: Dei um presente a ele.
O evento começará após o jantar.
Veja essa relação de preposições e o seu valor dentro das orações:
“A”
4
-7
z MODO: andar com elegância. z CONSEQUÊNCIA: você deve ser muito esperto para
91
z REFERÊNCIA: com sua irmã aconteceu diferente; não cair em armadilhas.
.5
comigo sempre é assim. z FIM OU FINALIDADE: chegou cedo para a conferência.
51
z LUGAR: Em 2011, ele foi para Portugal.
.7
“CONTRA” z PROPORÇÃO: as baleias estão para os peixes assim
79
como nós estamos para as galinhas.
-0
z OPOSIÇÃO: jogar contra à seleção brasileira. z REFERÊNCIA: para mim, ela está mentindo.
ZA
z DIREÇÃO: olhar contra o sol. z TEMPO: para o ano irei à praia.
z DESTINO OU DIREÇÃO: olhe para frente!
U
z PROXIMIDADE OU CONTIGUIDADE: apertou o
SO
“DE”
z LUGAR: ele negou o crime perante o júri.
SI
“POR”
D
z DIMENSÃO: sala de vinte metros quadrados. z MODO: saber por alto o que ocorreu.
z FIM OU FINALIDADE: carro de passeio. z PREÇO: comprar um livro por vinte reais.
z INSTRUMENTO: apanhar de chicote. z QUANTIDADE: chocar por três vezes.
LÍNGUA PORTUGUESA
“DESDE” “SOB”
z DISTÂNCIA: dormiu desde o acampamento até z TEMPO: houve muito progresso no Brasil sob D.
aqui. Pedro II.
z TEMPO: desde ontem ele não aparece. z LUGAR: ficar sob o viaduto. 41
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z MODO: saiu da reunião sob pretexto não convincente. z Preposição DE:
4
Por causa de poucos pontos, não passei no exame. de + aí= daí
-7
de + ali= dali
91
� Para com:
Minha mãe me ensinou ter respeito para com os
.5
z Preposição EM:
51
mais velhos.
.7
� Por baixo de:
79
Por baixo do vestido, ela usa um short. � com artigo definido:
em + a(s)= na, nas
-0
Outras locuções prepositivas que você pode em + o(s)= no, nos ZA
encontrar: abaixo de, diante de, além de, antes de, em � com pronome demonstrativo:
U
cima de, por cima de, em frente a, ao lado de, junto a, em + esse(s)= nesse, nesses
SO
em + aquilo = naquilo
YG
ma redução.
em + ela(s) = nela, nelas
L
a + o = ao;
EL
a + os = aos.
XW
z Preposição PER
� Contração: quando, ao se ligarem, sofrem redução.
A
Para que você possa entender melhor sobre o que Conjunções Subordinativas
vamos falar, vale ressaltar o que é semântica! Semântica
é o que relaciona o significado da palavra ao seu contexto.
As conjunções subordinativas ligam duas ora-
As preposições estabelecem essa relação semântica
ções, sendo que uma delas é necessária para o sen-
entre o termo que pede preposição (chamado de termo
tido completo da outra. Podem ser classificadas em:
regente), e o termo que completa seu sentido (termo regi-
do). Veja alguns exemplos práticos para entender melhor:
Conjunções Subordinativas Adverbiais
� Peguei o livro do professor com o compromisso de
devolvê-lo amanhã - Posse. z Temporais: iniciam a oração expressando ideia de
� As esculturas de cerâmica fizeram o maior sucesso tempo (quando, depois que, antes que, logo que,
durante a exposição – Matéria. assim que, desde que...).
� Estudar com os amigos é muito mais proveitoso Ex.: Logo que chegou, fez a alegria das crianças.
– Companhia. z Causais: iniciam a oração dando ideia de causa.
� O conhecimento é a chave para o sucesso – Finalidade. (como, por isso que, porque, pois, visto que…).
� Fiz o trabalho conforme você sugeriu – Conformidade. Ex.: Como não choveu, a represa secou.
� Falamos sobre Machado de Assis durante a apre- z Condicionais: iniciam uma oração com ideia de
sentação do seminário – Assunto. hipótese, condição (se, salvo se, caso, contanto que,
� O garoto se feriu com a faca – Instrumento. a não ser que, a menos que...).
� Aguardávamos com ansiedade o resultado do Ex.: Se quiser, eu vou.
concurso – Modo. Posso lhe ajudar, caso necessite.
� O cachorro morreu de uma epidemia desconheci- z Proporcionais: ideia de proporcionalidade (à pro-
da – Causa. porção que, à medida que, ao passo que, quanto
� A plateia protestou contra o alto preço da mensali- mais, quanto menos).
dade – Oposição. Ex.: Quanto mais gritava, menos era entendido.
� O orientador estipulou um prazo de vinte dias Ia aprendendo, à medida que convivia com ela.
4
para a entrega da tese de dissertação – Tempo.
-7
z Finais: expressam ideia de finalidade (a fim de
91
que, para que, etc.).
CONJUNÇÕES
.5
Ex.: Mentiu para que todos lhe dessem crédito.
51
Comprou um computador a fim de que pudesse
.7
São as palavras que ligam duas orações ou dois ele- trabalhar tranquilamente.
79
mentos da frase que tem o mesmo sentido gramatical. z Consecutivas: iniciam a oração expressando ideia de
-0
consequência (que associado a tal, tanto, tão, tama-
Conjunções Coordenativas ZA
nho (expressos ou subentendidos na oração anterior);
de forma que, de maneira que, de modo que, etc.).
U
As conjunções coordenativas ligam elementos inde- Ex.: Era tanta beleza que chegava a ofuscar os
SO
mesma função gramatical e que, por si só, possuem Fala tanto que o marido decidiu fugir.
LV
sentido completo. Elas podem ser classificadas em: Desde que chegou, todos as cercam.
SI
z Aditivas: somam informações da mesma natureza contrária à da oração principal (embora, conquan-
D
(e, nem, não só.... mas também, etc.). to, ainda que, mesmo que, posto que, se bem que,
R
Ex.: Ela estudou e aprendeu. > positiva + positiva; por mais que, por menos que, apesar de que, nem
O
Ex.: Estudou, mas não aprendeu. > positiva + cionado a mais, menos, melhor, pior, maior, menor).
A
Não estudou, no entanto, aprendeu. > negativa + Ela dança menos [do] que Júlia. > Inferioridade;
positiva. Ela dança mais [do] que Renata. > Superioridade.
z Alternativas: ligam orações com ideias que não z Conformativas: expressam, como o próprio nome
LÍNGUA PORTUGUESA
acontecem simultaneamente, que se excluem (ou, diz, a conformidade de uma ideia com a da oração
ou... ou, ora... ora, quer... quer, seja... seja). principal (como, segundo, conforme, etc.).
Ex.: Estudava ou se divertia. Ex.: Conforme eu esperava, tudo acabou mal.
Ora estudava ora se divertia. Amanhã chove, segundo informa a previsão do
z Conclusivas: ligam duas ideias, de forma que a segun- tempo.
da conclua o que foi dito na primeira (logo, por isso,
portanto, por conseguinte, então, consequentemente). Conjunções Integrantes
Ex.: Seu combustível está no fim; portanto, não
conseguirá chegar. As conjunções integrantes apresentam uma ora-
Está na hora da decolagem; deve, então, apressar-se. ção que atua como sujeito, objeto direto ou indireto,
z Explicativas: ligam orações, de forma que em predicativo, aposto ou complemento nominal de uma
uma delas explica o que se afirma na outra (pois – outra oração (que, se).
em começo de oração –, porque, que, porquanto). Ex.: Tive medo, percebi que cometi um erro. 43
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Veja se compreende. Ex.: Psiu! A criança está dormindo.
Veja os diferentes tipos de orações com conjunções Oi! Que bom que você veio hoje.
integrantes: Bravo! Nosso time foi campeão pela 3ª vez
consecutiva!
� Oração subordinada substantiva subjetiva: aquela Há também a locução interjetiva, que são duas ou
que exerce função de sujeito da oração principal. mais palavras que possuem valor de interjeição.
Ex.: Poxa vida!
� É obrigatório que você esteja presente. Nossa senhora!
É obrigatório = oração principal; Veja algumas classificações de locução interjetiva
Que você esteja presente = sujeito. e seus exemplos:
Perceba: a conjunção “que” atuando como inte- De advertência: Olha lá!; Vê bem!; Presta aten-
grante sujeito. ção!; Volta aqui!;
De agradecimento: Graças a Deus!; Muito obriga-
� Oração subordinada substantiva objetiva direta: da!; Valeu a pena!;
aquela que exerce função de objeto direto da ora- De alegria: Que bom!; Que maravilha!;
ção principal. De animação: Vamos lá!; Você consegue!; Tenha
coragem!;
� Não sei se as inscrições já terminaram. De concordância: Sem dúvidas!; Com certeza!;
Não sei = oração principal; De aplauso: Isso aí!; Muito bem!;
Se as inscrições já terminaram = objeto direto. De desejo: Queira Deus!; Quem me dera!;
Conjunção “se”, atuando como objeto direto. De dor: Ai de mim!; Que dor!;
De espanto: Nossa mãe!; Meu Deus!; Senhor Jesus!;
� Oração subordinada substantiva objetiva indire- Crê em Deus Pai!
ta: aquela que exerce função de objeto indireto da
oração principal. GÊNEROS TEXTUAIS DA REDAÇÃO OFICIAL
4
Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é
-7
O diretor insistiu = oração principal;
a maneira pela qual o Poder Público redige comunica-
91
Em que aquela funcionária fosse despedida =
ções oficiais e atos normativos. Neste Manual, interes-
.5
objeto indireto.
51
Conjunção “em que” integrando orações, atuan- sa-nos tratá-la do ponto de vista do Serviço Público.
A redação oficial não é necessariamente árida e
.7
do como parte do objeto indireto.
79
contrária à evolução da língua. É que sua finalidade
-0
� Oração subordinada substantiva completiva nomi- básica – comunicar com objetividade e máxima cla-
nal: é aquela que exerce a função de complemento reza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz da
ZA
nominal de um termo da oração principal. língua, de maneira diversa daquele da literatura, do
U
� Tenho esperança de que você venha comigo. Apresentadas essas características fundamentais
da redação oficial, passemos à análise pormenorizada
A
Objetividade;
O
Formalidade e padronização;
EL
sujeito “dúvida”.
Conjunção “se” integrando orações, atuando z Clareza
como predicativo.
A clareza deve ser a qualidade básica de todo tex-
� Oração subordinada substantiva apositiva: aquela to oficial. Pode-se definir como claro aquele texto que
que exerce a função de aposto da oração principal. possibilita imediata compreensão pelo leitor. Não se
concebe que um documento oficial ou um ato nor-
� Apenas quero uma coisa: que sejamos amigos mativo de qualquer natureza seja redigido de forma
para sempre. obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreen-
Apenas quero uma coisa = oração principal; são. A transparência é requisito do próprio Estado
Que sejamos amigos para sempre = aposto. de Direito: é inaceitável que um texto oficial ou um
“Que” integrando orações, atuando como aposto. ato normativo não seja entendido pelos cidadãos. O
princípio constitucional da publicidade não se esgota
INTERJEIÇÕES na mera publicação do texto, estendendo-se, ainda, à
necessidade de que o texto seja claro.
44 São palavras que expressam emotividade. Para a obtenção de clareza, sugere-se:
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Utilizar palavras e expressões simples, em seu informação alguma ao texto, nem têm maior relação
sentido comum, salvo quando o texto versar com as fundamentais, podendo, por isso, ser dispensa-
sobre assunto técnico, hipótese em que se utili- das, o que também proporcionará mais objetividade ao
zará nomenclatura própria da área; texto.
Usar frases curtas, bem estruturadas; apresentar A objetividade conduz o leitor ao contato mais
as orações na ordem direta e evitar intercalações direto com o assunto e com as informações, sem sub-
excessivas. Em certas ocasiões, para evitar ambi- terfúgios, sem excessos de palavras e de ideias. É erra-
guidade, sugere-se a adoção da ordem inversa da do supor que a objetividade suprime a delicadeza de
oração; expressão ou torna o texto rude e grosseiro.
Buscar a uniformidade do tempo verbal em todo
Concisão
o texto;
Não utilizar regionalismos e neologismos;
A concisão é antes uma qualidade do que uma carac-
Pontuar adequadamente o texto; terística do texto oficial. Conciso é o texto que consegue
Explicitar o significado da sigla na primeira transmitir o máximo de informações com o mínimo de
referência a ela; palavras. Não se deve de forma alguma entendê-la como
Utilizar palavras e expressões em outro idioma economia de pensamento, isto é, não se deve eliminar
apenas quando indispensáveis, em razão de passagens substanciais do texto com o único objetivo
serem designações ou expressões de uso já con- de reduzi-lo em tamanho. Trata-se, exclusivamente, de
sagrado ou de não terem exata tradução. Nesse excluir palavras inúteis, redundâncias e passagens que
caso, grafe-as em itálico, conforme orientações nada acrescentem ao que já foi dito.
do subitem 10.2 deste Manual. Detalhes irrelevantes são dispensáveis: o texto
deve evitar caracterizações e comentários supérfluos,
z Precisão adjetivos e advérbios inúteis, além de uma subordina-
ção excessiva. A seguir, um exemplo de período mal
O atributo da precisão complementa a clareza e construído, prolixo:
caracteriza-se por: “Apurado, com impressionante agilidade e precisão,
naquela tarde de 2009, o resultado da consulta à popu-
Articulação da linguagem comum ou técnica lação acriana, verificou-se que a esmagadora e ampla
4
maioria da população daquele distante estado manifes-
-7
para a perfeita compreensão da ideia veiculada
tou-se pela efusiva e indubitável rejeição da alteração
91
no texto;
realizada pela Lei no 11.662, de 2008. Não satisfeita,
.5
Manifestação do pensamento ou da ideia com
inconformada e indignada, com a nova hora legal vin-
51
as mesmas palavras, evitando o emprego de
culada ao terceiro fuso, a maioria da população do Acre
.7
sinonímia com propósito meramente estilístico;
79
Escolha de expressão ou palavra que não confi- demonstrou que a ela seria melhor regressar ao quarto
fuso, estando cinco horas a menos que em Greenwich.”
-0
ra duplo sentido ao texto.
Nesse texto, há vários detalhamentos desnecessá-
ZA
É indispensável, também, a releitura de todo o tex- rios, abusou-se no emprego de adjetivos (impressio-
U
to redigido. A ocorrência, em textos oficiais, de trechos nante, esmagadora, ampla, inconformada, indignada),
SO
obscuros provém principalmente da falta da releitura, o que lhe confere carga afetiva injustificável, sobre-
o que tornaria possível sua correção. Na revisão de um tudo em texto oficial, que deve primar pela impes-
A
desconhecido por terceiros. O domínio que adquirimos “Apurado o resultado da consulta à população acrea-
A
sobre certos assuntos, em decorrência de nossa experiên- na, verificou-se que a maioria da população se manifestou
D
cia profissional, muitas vezes, faz com que os tomemos pela rejeição da alteração realizada pela Lei no 11.662, de
R
dade. Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termos terceiro fuso, a maioria da população do Acre demonstrou
técnicos, o significado das siglas e das abreviações e os que a ela seria melhor regressar ao quarto fuso, estando
H
conceitos específicos que não possam ser dispensados. cinco horas menos que em Greenwich.”
L
EL
4
-7
Outra estratégia para proporcionar coesão e coe- É imperativa, ainda, certa formalidade de trata-
91
mento. Não se trata somente do correto emprego deste
rência ao texto é utilizar conjunção para estabele-
.5
ou daquele pronome de tratamento para uma autori-
cer ligação entre orações, períodos ou parágrafos.
51
dade de certo nível, mais do que isso: a formalidade
Exemplo:
.7
diz respeito à civilidade no próprio enfoque dado ao
79
O Embaixador compareceu à reunião, pois iden- assunto do qual cuida a comunicação.
-0
tificou o interesse de seu Governo pelo assunto. A formalidade de tratamento vincula-se, também, à
necessária uniformidade das comunicações. Ora, se
ZA
Impessoalidade a administração pública federal é una, é natural que as
U
A impessoalidade decorre de princípio constitucio- belecimento desse padrão, uma das metas deste Manual,
A
nal (Constituição, art. 37), e seu significado remete a exige que se atente para todas as características da redação
LV
dois aspectos: o primeiro é a obrigatoriedade de que oficial e que se cuide, ainda, da apresentação dos textos.
SI
a administração pública proceda de modo a não pri- A digitação sem erros, o uso de papéis uniformes
vilegiar ou prejudicar ninguém, de que o seu norte seja,
A
pessoalidade dos atos administrativos, pois, apesar de a texto são indispensáveis para a padronização. Consul-
O
ação administrativa ser exercida por intermédio de seus te o Capítulo II, “As comunicações oficiais”, a respeito
YG
servidores, é resultado tão-somente da vontade estatal. de normas específicas para cada tipo de expediente.
H
A redação oficial é elaborada sempre em nome do Em razão de seu caráter público e de sua finalidade,
L
serviço público e sempre em atendimento ao interes- os atos normativos e os expedientes oficiais requerem
EL
se geral dos cidadãos. Sendo assim, os assuntos obje- o uso do padrão culto do idioma, que acata os precei-
XW
tos dos expedientes oficiais não devem ser tratados de tos da gramática formal e emprega um léxico compar-
outra forma que não a estritamente impessoal.
A
Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal padrão culto é, portanto, imprescindível na redação
que deve ser dado aos assuntos que constam das oficial por estar definido como padrão para tal ativi-
comunicações oficiais decorre: dade, sendo importante evitar as diferenças lexicais,
morfológicas ou sintáticas, regionais, os modismos
z Da ausência de impressões individuais de quem vocabulares e as particularidades linguísticas.
comunica: embora se trate, por exemplo, de um Recomendações: A língua culta é contra a pobre-
expediente assinado por Chefe de determinada za de expressão e não contra a sua simplicidade;
Seção, a comunicação é sempre feita em nome do O uso do padrão culto não significa empregar a lín-
serviço público. Obtém-se, assim, uma desejável gua de modo rebuscado ou utilizar figuras de lingua-
padronização, que permite que as comunicações gem próprias do estilo literário;
elaboradas em diferentes setores da administra- A consulta ao dicionário e à gramática é imperati-
ção pública guardem entre si certa uniformidade; va na redação de um bom texto.
z Da impessoalidade de quem recebe a comuni- Pode-se concluir que não existe propriamente um
cação: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre padrão oficial de linguagem, o que há é o uso da nor-
concebido como público, ou a uma instituição pri- ma padrão nos atos e nas comunicações oficiais. É cla-
46 vada, a outro órgão ou a outra entidade pública. ro que haverá preferência pelo uso de determinadas
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expressões, ou será obedecida certa tradição no empre- Presidente do Supremo
go das formas sintáticas, mas isso não implica, necessa- AUTORIDADE
Tribunal Federal
riamente, que se consagre a utilização de uma forma
de linguagem burocrática. O jargão burocrático, como ENDEREÇAMENTO A Sua Excelência o Senhor
todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua
compreensão limitada. Excelentíssimo Senhor
VOCATIVO Presidente do Supremo
Tribunal Federal
Uso dos Pronomes de Tratamento
TRATAMENTO NO Vossa Excelência
A redação das comunicações oficiais deve, antes CORPO DO TEXTO
de tudo, seguir os preceitos explicitados no Capítulo I,
“Aspectos gerais da redação oficial”. Além disso, há carac- ABREVIATURA Não se usa
terísticas específicas de cada tipo de expediente, que
serão tratadas em detalhe neste capítulo. Antes de pas-
AUTORIDADE Vice-Presidente da República
sarmos a sua análise, vejamos outros aspectos comuns a
quase todas as modalidades de comunicação oficial. ENDEREÇAMENTO A Sua Excelência o Senhor
4
-7
Tradicionalmente, o emprego dos pronomes de tra- VOCATIVO Senhor Ministro
91
tamento adota a segunda pessoa do plural, de manei-
TRATAMENTO NO Vossa Excelência
.5
ra indireta, para referenciar atributos da pessoa à qual
CORPO DO TEXTO
51
se dirige. Na redação oficial, é necessário atenção para
.7
o uso dos pronomes de tratamento em três momentos ABREVIATURA V. Exa.
79
distintos: no endereçamento, no vocativo e no corpo do
-0
texto. No vocativo, o autor dirige-se ao destinatário no
início do documento. No corpo do texto, pode-se empre- Secretário-Executivo de Minis-
ZA
gar os pronomes de tratamento em sua forma abreviada AUTORIDADE tério e demais ocupantes
U
CORPO DO TEXTO
R
ABREVIATURA V. Exa.
YG
Excelentíssimo Senhor
VOCATIVO
H
Presidente da República
L
AUTORIDADE Embaixador
EL
TRATAMENTO NO
Vossa Excelência
CORPO DO TEXTO ENDEREÇAMENTO A Sua Excelência o Senhor
XW
Nacional
ABREVIATURA V. Exa.
ENDEREÇAMENTO A Sua Excelência o Senhor
ABREVIATURA V. Exa.
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AUTORIDADE Outros postos militares Os pronomes Vossa Excelência ou Vossa Senhoria
são utilizados para se comunicar diretamente com o
ENDEREÇAMENTO Ao Senhor receptor. Ex.: Vossa Senhoria designará o assessor.
Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos
VOCATIVO Senhor + Posto a pronomes de tratamento são sempre os da terceira
TRATAMENTO NO Vossa Excelência pessoa. Ex.: Vossa Senhoria designará seu substituto. (E
CORPO DO TEXTO não “Vossa Senhoria designará vosso substituto.”)
Já quanto aos adjetivos referidos a esses prono-
ABREVIATURA V. Exa. mes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo
da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que
compõe a locução. Ex.: Se o interlocutor for homem, o
AUTORIDADE Senador da República correto é: Vossa Excelência está atarefado.
ENDEREÇAMENTO A Sua Excelência o Senhor O pronome Sua Excelência é utilizado para se fazer
referência a alguma autoridade (indiretamente). Ex.:
VOCATIVO Senhor Senador A Sua Excelência o Ministro de Estado Chefe da Casa
Civil (por exemplo, no endereçamento do expediente).
TRATAMENTO NO Vossa Excelência
CORPO DO TEXTO z Signatário
ABREVIATURA V. Exa.
Cargos interino e substituto: na identificação
do signatário, depois do nome do cargo, é pos-
AUTORIDADE Deputado Federal sível utilizar os termos interino e substituto,
conforme situações a seguir: interino é aquele
ENDEREÇAMENTO A Sua Excelência o Senhor nomeado para ocupar transitoriamente cargo
VOCATIVO Senhor Deputado público durante a vacância; substituto é aque-
le designado para exercer as atribuições de
TRATAMENTO NO Vossa Excelência cargo público vago ou no caso de afastamen-
CORPO DO TEXTO to e impedimentos legais ou regulamentares
4
-7
do titular. Esses termos devem ser utilizados
ABREVIATURA V. Exa.
91
depois do nome do cargo, sem hífen, sem vírgu-
.5
la e em minúsculo.
51
Ministro do Tribunal de Contas
.7
AUTORIDADE Exemplos: Diretor-Geral interino;
da União
79
Secretário-Executivo substituto;
-0
ENDEREÇAMENTO A Sua Excelência o Senhor
ZA
Signatárias do sexo feminino
Senhor Ministro do Tribunal de
VOCATIVO
U
Contas da União
SO
gênero feminino.
LV
CORPO DO TEXTO
Exemplos: Ministra de Estado;
SI
Técnica Administrativa;
D
Coordenadora Administrativa;
R
AUTORIDADE
Superiores
YG
4
Tribunal Federal. z Cabeçalho: o cabeçalho é utilizado apenas na pri-
-7
meira página do documento, centralizado na área
91
determinada pela formatação (ver subitem “5.2
.5
As demais autoridades, mesmo aquelas tratadas
Formatação e apresentação”).
51
por Vossa Excelência, receberão o vocativo Senhor ou
.7
Senhora seguido do cargo respectivo.
No cabeçalho, deverão constar os seguintes elementos:
79
Exemplos:
-0
Senhora Beneficiária; z Brasão de Armas da República: no topo da pági-
ZA
Senhor Contribuinte. na. Não há necessidade de ser aplicado em cores.
U
O uso de marca da instituição deve ser evitado na
SO
Na hipótese de comunicação com particular, pode- correspondência oficial para não se sobrepor ao
Brasão de Armas da República.
A
Exemplos:
A
D
Senhora Senadora;
R
O
Senhor Juiz;
YG
Senhora Ministra.
H
Exemplos:
M
� Senhora [Nome];
Prezado Senhor.
LÍNGUA PORTUGUESA
4
rodapé do documento, centralizados;
-7
91
O pronome de tratamento no endereçamento das
z Identificação do expediente
.5
comunicações dirigidas às autoridades tratadas por
51
Vossa Excelência terá a seguinte forma: “A Sua Exce-
.7
Os documentos oficiais devem ser identificados da lência o Senhor” ou “A Sua Excelência a Senhora”.
79
seguinte maneira: Quando o tratamento destinado ao receptor for
-0
Vossa Senhoria, o endereçamento a ser empregado é
Nome do documento: tipo de expediente por ZA
“Ao Senhor” ou “À Senhora”. Ressalte-se que não se
extenso, com todas as letras maiúsculas; utiliza a expressão “A Sua Senhoria o Senhor” ou “A
U
À Senhora
[Nome]
H
z Assunto
M
4
Quando forem usados para encaminhamento
-7
de documentos, a estrutura é modificada: O fecho da comunicação deve ser formatado
91
da seguinte maneira:
.5
Introdução: deve iniciar com referência ao expe-
51
diente que solicitou o encaminhamento. Se a remessa Alinhamento: alinhado à margem esquerda da
.7
página;
79
do documento não tiver sido solicitada, deve iniciar
com a informação do motivo da comunicação, que é Recuo de parágrafo: 2,5 cm de distância da mar-
-0
encaminhar, indicando a seguir os dados completos gem esquerda; ZA
Espaçamento entre linhas: simples;
do documento encaminhado (tipo, data, origem ou
Espaçamento entre parágrafos: de 6 pontos após
U
Encaminho, para exame e pronunciamento, cópia do Ofício fado em letras maiúsculas, sem negrito. Não se
H
no 12, de 1o de fevereiro de 2018, do Presidente da Con- usa linha acima do nome do signatário;
L
federação Nacional da Indústria, a respeito de projeto de Cargo: cargo da autoridade que expede o docu-
EL
modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste mento, redigido apenas com as iniciais maiús-
XW
jar fazer algum comentário a respeito do documen- deve ser centralizada na página.
to que encaminha, poderá acrescentar parágrafos de
desenvolvimento. Caso contrário, não há parágrafos de Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a
LÍNGUA PORTUGUESA
desenvolvimento em expediente usado para encami- assinatura em página isolada do expediente. Trans-
nhamento de documentos. fira para essa página ao menos a última frase anterior
ao fecho.
Exemplo:
Tanto na estrutura I quanto na estrutura II, o tex-
to do documento deve ser formatado da seguinte
maneira: (espaço para assinatura)
NOME
Alinhamento: justificado; Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência
da República
Espaçamento entre linhas: simples;
(espaço para assinatura)
Parágrafos:
NOME
Espaçamento entre parágrafos: de 6 pontos após
Coordenador-Geral de Gestão de Pessoas
cada parágrafo; 51
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z Numeração das páginas
A numeração das páginas é obrigatória apenas a partir da segunda página da comunicação. Ela deve ser
centralizada na página e obedecer à seguinte formatação:
z Formatação e apresentação
Os documentos do padrão ofício devem obedecer à seguinte formatação:
4
-7
Nome do arquivo: para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte
91
maneira:
.5
51
Tipo do documento + número do documento + ano do documento (com 4 dígitos) + palavras-chaves do conteúdo
.7
79
Exemplo: Ofício 123_2018_relatório produtividade anual
-0
A seguir, segue alguns exemplos de Ofício:
ZA
U
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(29,7 cm x 21 cm)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Os documentos oficiais podem ser identificados de acordo com algumas possíveis variações:
[NOME DO EXPEDIENTE] + CIRCULAR: Quando um órgão envia o mesmo expediente para mais de um
órgão receptor. A sigla na epígrafe será apenas do órgão remetente; 55
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[NOME DO EXPEDIENTE] + CONJUNTO: Quando mais de um órgão envia, conjuntamente, o mesmo expe-
diente para um único órgão receptor. As siglas dos órgãos remetentes constarão na epígrafe;
[NOME DO EXPEDIENTE] + CONJUNTO CIRCULAR: Quando mais de um órgão envia, conjuntamente, o
mesmo expediente para mais de um órgão receptor. As siglas dos órgãos remetentes constarão na epígrafe.
Exemplos:
OFÍCIO CIRCULAR Nº 652/2018/MEC
OFÍCIO CONJUNTO Nº 368/2018/SECEX/SAJ
OFÍCIO CONJUNTO CIRCULAR Nº 795/2018/CC/MJ/MRE
Nos expedientes circulares, por haver mais de um receptor, o órgão remetente poderá inserir no rodapé as
siglas ou nomes dos órgãos que receberão o expediente;
Exposição de Motivos
z Forma e estrutura
Apontar, na introdução: o problema que demanda a adoção da medida ou do ato normativo proposto; ou
4
-7
informar ao Presidente da República algum assunto;
91
Indicar, no desenvolvimento: a razão de aquela medida ou de aquele ato normativo ser o ideal para se
.5
solucionar o problema e as eventuais alternativas existentes para equacioná-lo; ou fornecer mais detalhes
51
sobre o assunto informado, quando for esse o caso;
.7
Na conclusão: novamente, propor a medida a ser tomada ou o ato normativo a ser editado para solucionar o
79
problema; ou apresentar as considerações finais no caso de EMs apenas informativas.
-0
ZA
As Exposições de Motivos que encaminham proposições normativas devem seguir o prescrito no Decreto nº 9.191,
de 1º de novembro de 2017. Em síntese, elas devem ser instruídas com parecer jurídico e parecer de mérito que permi-
U
O atendimento dos requisitos do Decreto nº 9.191, de 2017, nas exposições de motivos que proponham a edição
A
Ensejar avaliação das diversas causas do problema e dos efeitos que podem ter a adoção da medida ou a
D
edição do ato, em consonância com as questões que devem ser analisadas na elaboração de proposições
R
ministros. Além disso, pode, em certos casos, ser encaminhada cópia ao Congresso Nacional ou ao Poder Judiciário;
A
M
O Sistema de Geração e Tramitação de Documentos Oficiais (Sidof) é a ferramenta eletrônica utilizada para a
elaboração, a redação, a alteração, o controle, a tramitação, a administração e a gerência das exposições de motivos
com as propostas de atos a serem encaminhadas pelos Ministérios à Presidência da República.
Ao se utilizar o Sidof, a assinatura, o nome e o cargo do signatário, apresentados no exemplo do assunto Forma
e Estrutura, são substituídos pela assinatura eletrônica que informa o nome do ministro que assinou a exposição
de motivos e do consultor jurídico que assinou o parecer jurídico da Pasta.
Exemplo de exposição de motivos:
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Mensagem
A Mensagem é o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, notadamente, as
mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato da adminis-
tração pública; para expor o plano de governo por ocasião da abertura de sessão legislativa; para submeter ao
Congresso Nacional matérias que dependem de deliberação de suas Casas; para apresentar veto; enfim, fazer
comunicações do que seja de interesse dos Poderes Públicos e da Nação.
Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos ministérios à Presidência da República, a cujas assessorias
caberá a redação final.
As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Congresso Nacional têm as seguintes finalidades:
4
do Tribunal de Contas da União, presidentes e Outras mensagens remetidas ao Legislativo:
-7
91
diretores do Banco Central, Procurador-Geral da
República, chefes de missão diplomática, direto- Apreciação de intervenção federal (Constituição,
.5
51
res e conselheiros de agências etc.) têm em vista art. 36, § 2º).
.7
que a Constituição, incisos III e IV do caput do art. Encaminhamento de atos internacionais que acar-
79
52, atribui àquela Casa do Congresso Nacional retam encargos ou compromissos gravosos (Constitui-
-0
competência privativa para aprovar a indicação; ção, art. 49, caput, inciso I);
Pedido de estabelecimento de alíquotas aplicáveis
ZA
O curriculum vitae do indicado, assinado, com a às operações e prestações interestaduais e de exporta-
U
informação do número de Cadastro de Pessoa Físi- ção (Constituição, art. 155, § 2°, inciso IV);
SO
caput, inciso III e art. 83), e a autorização é da (Constituição, art. 57, § 6°);
O
Presidente da República, tradicionalmente, por dor-Geral da República (Constituição, art. 52, inciso
H
cortesia, quando a ausência é por prazo inferior XI, e art. 128, § 2°);
L
a 15 dias, faz uma comunicação a cada Casa do Pedido de autorização para declarar guerra e decretar
EL
Congresso, enviando-lhes mensagens idênticas; mobilização nacional (Constituição, art. 84, inciso XIX);
XW
e TV: a obrigação de submeter tais atos à aprecia- Justificativa para decretação do estado de defesa
M
ção do Congresso Nacional consta no inciso XII do ou de sua prorrogação (Constituição, art. 136, § 4°);
caput do art. 49 da Constituição. Somente produ- Pedido de autorização para decretar o estado de
zirão efeitos legais a outorga ou a renovação da sítio (Constituição, art. 137);
LÍNGUA PORTUGUESA
concessão após deliberação do Congresso Nacio- Relato das medidas praticadas na vigência do estado de
nal (Constituição, art. 223, § 3o). Descabe pedir na sítio ou de defesa (Constituição, art. 141, parágrafo único);
mensagem a urgência prevista na Constituição, Proposta de modificação de projetos de leis que
art. 64, uma vez que o § 1° do art. 223 já define o compreendem plano plurianual, diretrizes orçamen-
prazo da tramitação. Além do ato de outorga ou tárias, orçamentos anuais e créditos adicionais (Cons-
renovação, acompanha a mensagem o correspon- tituição, art. 166, § 5°);
dente processo administrativo; Pedido de autorização para utilizar recursos que
Encaminhamento das contas referentes ao ficarem sem despesas correspondentes, em decorrên-
exercício anterior: o Presidente da República cia de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orça-
tem o prazo de 60 dias após a abertura da sessão mentária anual (Constituição, art. 166, § 8°);
legislativa para enviar ao Congresso Nacional as Pedido de autorização para alienar ou conceder
contas referentes ao exercício anterior (Consti- terras públicas com área superior a 2.500 ha (Consti-
tuição, art. 84, caput, inciso XXIV), para exame e tuição, art. 188, § 1°). Forma e estrutura: 59
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
As mensagens contêm:
A mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente da República, não traz identificação de seu sig-
natário. Exemplo de mensagem:
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A utilização do e-mail para a comunicação tornou-se prática comum, não só em âmbito privado, mas também
na administração pública. O termo e-mail pode ser empregado com três sentidos. Dependendo do contexto, pode
significar gênero textual, endereço eletrônico ou sistema de transmissão de mensagem eletrônica.
Como gênero textual, o e-mail pode ser considerado um documento oficial, assim como o ofício. Portanto, deve-
60 -se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Como endereço eletrônico utilizado pelos servido- Atenciosamente é o fecho padrão em comunica-
res públicos, o e-mail deve ser oficial, utilizando-se a ções oficiais. Com o uso do e-mail, popularizou-se o
extensão “.gov.br”, por exemplo. uso de abreviações como “Att.”, e de outros fechos,
Como sistema de transmissão de mensagens ele- como “Abraços”, “Saudações”, que, apesar de ampla-
trônicas, por seu baixo custo e celeridade, transfor- mente usados, não são fechos oficiais e, portanto, não
mou-se na principal forma de envio e recebimento de devem ser utilizados em e-mails profissionais.
documentos na administração pública; O correio eletrônico, em algumas situações, aceita
uma saudação inicial e um fecho menos formal. No
z Valor documental entanto, a linguagem do texto dos correios eletrônicos
deve ser formal, como a que se usaria em qualquer
Nos termos da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 outro documento oficial;
de agosto de 2001, para que o e-mail tenha valor docu-
mental, isto é, para que possa ser aceito como documen- z Bloco de texto da assinatura
to original, é necessário existir certificação digital que
ateste a identidade do remetente, segundo os parâme- Sugere-se que todas as instituições da administra-
tros de integridade, autenticidade e validade jurídica da ção pública adotem um padrão de texto de assinatura.
Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil. A assinatura do e-mail deve conter o nome completo,
O destinatário poderá reconhecer como válido o cargo, a unidade, o órgão e o telefone do remetente.
o e-mail sem certificação digital ou com certificação Exemplo:
digital fora ICP-Brasil; contudo, caso haja questiona- Maria da Silva
mento, será obrigatório a repetição do ato por meio Assessora
documento físico assinado ou por meio eletrônico Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil
reconhecido pela ICP-Brasil. (61)XXXX-XXXX;
Salvo lei específica, não é dado ao ente público
impor a aceitação de documento eletrônico que não z Anexos
atenda os parâmetros da ICP-Brasil;
A possibilidade de anexar documentos, planilhas
z Forma e estrutura
4
e imagens de diversos formatos é uma das vantagens
-7
do e-mail. A mensagem que encaminha algum arqui-
91
Um dos atrativos de comunicação por correio vo deve trazer informações mínimas sobre o conteú-
.5
eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interes- do do anexo.
51
sa definir padronização da mensagem comunicada. Antes de enviar um anexo, é preciso avaliar se ele
.7
No entanto, devem-se observar algumas orientações é realmente indispensável e se seria possível colocá-lo
79
quanto à sua estrutura; no corpo do correio eletrônico.
-0
Deve-se evitar o tamanho excessivo e o reencami-
ZA
z Campo “Assunto” nhamento de anexos nas mensagens de resposta.
U
Os arquivos anexados devem estar em formatos
SO
O assunto deve ser o mais claro e específico possível, usuais e que apresentem poucos riscos de segurança.
relacionado ao conteúdo global da mensagem. Assim, Quando se tratar de documento ainda em discussão,
A
LV
quem irá receber a mensagem identificará rapidamente os arquivos devem, necessariamente, ser enviados em
do que se trata; quem a envia poderá, posteriormente, formato que possa ser editado;
SI
pareça, ao receptor, que se trata de mensagem não Sempre que necessário, deve-se utilizar recur-
YG
assunto mais preciso seria “Agendamento de reunião disponível, deve constar da mensagem pedido
L
São desnecessários no corpo da mensagem, uma mentos oficiais: Calibri ou Carlito, tamanho 12,
vez que o próprio sistema apresenta essa informação; cor preta;
Fundo ou papéis de parede eletrônicos não
LÍNGUA PORTUGUESA
z Ata
Ata é o resumo escrito dos fatos e decisões de uma assembleia, sessão ou reunião para um determinado fim;
Normas
Geralmente, as atas são transcritas à mão pelo secretário, em livro próprio, que deve conter um termo de aber-
tura e um termo de encerramento, assinados pela autoridade máxima da entidade ou por quem receber daquela
autoridade delegação de poderes para tanto; esta também deverá numerar e rubricar todas as folhas do livro.
Como a ata é um documento de valor jurídico, deve ser lavrada de tal forma, que nada lhe poderá ser acrescen-
tado ou modificado. Se houver engano, o secretário escreverá a expressão “digo”, retificando o pensamento. Se o
engano for notado no final da ata, escrever-se-á a expressão — “Em tempo: Onde se lê..., leia-se...”.
Nas atas, os números devem ser escritos por extenso, evitando-se também as abreviações. As atas são redigi-
das sem se deixarem espaços ou parágrafos. a fim de se evitarem acréscimos.
O tempo verbal preferencialmente utilizado na ata é o pretérito perfeito do indicativo.
Quanto à assinatura, deverão fazê-lo todas as pessoas presentes ou, quando deliberado, apenas o presidente
e o secretário.
Permite-se também a transcrição da ata em folhas digitadas, desde que as mesmas sejam convenientemente
arquivadas, impossibilitando fraude.
4
-7
Em casos muito especiais, usam-se formulários já impressos, como os das seções eleitorais.
91
.5
51
Comércio de Peças 24 horas Ltda.
.7
79
DATA/HORA E LOCAL - Aos vinte de abril de 2.002, às dez horas, na sede da sociedade, na rua
-0
Esmeralda nº 280, Bairro Pedralina, em Pedra Azul, em (nome do Estado), CEP 30.220.060; PRESENÇA – sócios
ZA
representando mais de ¾ do capital social; COMPOSIÇÃO DA MESA – FULANO DE TAL, presidente e BELTRANO
U
DE TAL, secretário; PUBLICAÇÕES – anúncio de convocação, no (órgão oficial do Estado) e no (jornal de
SO
grande circulação), nas edições de 10, 11 e 12 do corrente mês, às fls ... e.., respectivamente; ORDEM DO DIA
- tomar as contas dos administradores e deliberar sobre o balanço patrimonial e o de resultado econômico;
A
LV
DELIBERAÇÕES – após a leitura dos documentos mencionados na ordem do dia, que foram colocados à
disposição de todos os sócios, trinta dias antes, conforme recibo, postos em discussão e votação, foram aprovados
SI
qualquer outra manifestação, lavrou-se a presente ata que, lida, foi aprovada e assinada por todos os sócios.
D
R
Beltrano de Tal, Sicrano de Tal, Fulano de Tal , Filmando de tal, Orlando de Tal, Capistrano de Tal.
O
YG
H
z Atestado
L
EL
Atestado é o documento firmado por uma pessoa favor de outra, atestando a verdade a respeito de determina-
XW
do fato. As repartições públicas, em razão de sua natureza, fornecem atestados, e não declarações.
O atestado difere da certidão, porque, enquanto esta prova fatos permanentes, aquele se refere a fatos
A
M
transitórios.
Como fazer:
O Atestado, geralmente, é fornecido por alguém que exerce posição de cargo superior ou igual ao da pessoa
que está pedindo o atestado;
O papel do atestado deve conter carimbo ou timbre da entidade que o expede;
O atestado costuma ser escrito em atendimento à solicitação do interessado;
Atestamos para os devidos fins que o Sr. Adelmiro Floresta, residente nesta cidade na Rua
Fagundes Sobrinho, 123, Bairro Sobradinho, é pessoa de bons antecedentes, nada constando em nossos
arquivos, até a presente data, que venha a desabonar sua conduta.
São Paulo, 9 de setembro de 2009.
Roberto Dagoberto
Roberto Dagoberto
Escrivão DE Polícia da 17ª DP
z Circular
Circular é o meio de correspondência pelo qual alguém se dirige, ao mesmo tempo, a várias repartições ou
pessoas. E, portanto, correspondência multidirecional. Na circular, não consta destinatário, pois ela não é unidi-
recional, e o endereçamento vai no envelope.
4
CIRCULAR GERAL Nº 58, Porto Alegre, 17 de dezembro de 1998.
-7
91
.5
51
ASSUNTO: Obras no Estacionamento
.7
79
-0
ZA
Entre os dias X e Y o setor de estacionamento da Acme Com. Ltda. passará por obras de
reforma estrutural, de modo a melhorar o serviço prestado aos funcionários. Durante este período,
U
SO
o local estará interditado sendo liberado o uso do pátio dos fundos para guarda dos veículos.
A
Atenciosamente,
LV
Fulano de Tal
SI
A
Fulano de Tal
D
Diretor-Geral de Negócios
R
O
YG
H
L
z Declaração
EL
XW
Declaração é um documento que se assemelha ao atestado, mas que não deve ser expedido por órgãos públicos.
É um documento em que se manifesta uma opinião, conceito, resolução ou observação.
A
M
Compõe-se de:
Título: DECLARAÇÃO;
LÍNGUA PORTUGUESA
Texto: nome do declarante – identificação pessoal ou profissional (ou ambas, residência, domicílio, finali-
dade e exposição de assunto;
Local e data;
Assinatura (e identificação do signatário).
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O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
DECLARAÇÃO
Declaro, para os devidos fins, que Mulher Maravilha, brasileira, solteira, amazonense, natural
do município de Itacoatiara, nascida em 28 de fevereiro de 1986, filha de Batmam e de Super Girl ,
trabalhou na Liga da Justiça no período de 1999 a 2006, exercendo com correção, responsabilidade e
competência a função de heroína para a qual está devidamente qualificada, conforme currículo anexo.
ClarkKent
_____________________
Super Homem
z Requerimentos
Requerimentos são instrumentos utilizados para os mais diferentes tipos de solicitações às autoridades ou
órgãos públicos. A seguir, apresentamos um modelo, que pode ser adaptado para os diferentes casos.
Nele, podemos observar as seguintes partes:
4
Exposição e solicitação;
-7
Pedido de deferimento;
91
Local e data;
.5
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Assinatura.
.7
79
EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
-0
ZA
9 - 40/1
U
A Com FOCO Virtual, representada pelo Sr. João Paulo Silva, Gerente Comercial, vem, mui respeito-
SO
samente, requerer a Vossa Excelência que se digne declará-la de utilidade pública federal, na conformida-
de da Lei n° 91, de 28 de agosto de 1935 e Decreto n° 50.517, de 02 de maio de 1961, para o que, anexa ao
A
LV
Gerente Comercial
H
L
EL
XW
A
Importante!
M
Não é obrigatória a assinatura do presidente nos requerimentos apresentados como modelo, podendo fazê-lo
os seus prepostos desde que devidamente credenciados.
z Relatório
É modalidade de comunicação pela qual se faz a narração ou descrição, ordenada e mais ou menos minuciosa,
daquilo que se viu, ouviu ou observou.
Compõe-se de
4
no combate a criminalidade em todos os países.
-7
Logo após a cerimônia de abertura do curso, o diretor da Diretoria de Combate ao Crime Organizado, Delegado
91
de Polícia Federal, Getúlio Bezerra dos Santos, proferiu palestra, de uma hora, abordando o tema: Crime Organizado
.5
no Mercosul.
51
Na cerimônia de encerramento estiveram presentes, o diretor da Academia Nacional de Polícia, DPF
.7
79
Valdinho Jacinto Caetano; o representante da Argentina Omar Aníbal Tabares; o oficial de ligação do Chile
Armando Muñoz Moreno; o representante da Venezuela, Nino Gonzalez Suarez; além desta signatária.
-0
Nos discursos de encerramento, foi destacada a importância de se fortalecer o Centro de Coordenação
ZA
e Capacitação Policial do MERCOSUL, para que se realizem os eventos de capacitação continuada das
U
forças de segurança e/ou policiais, enviando participantes, o que criará uma rede integrada de pessoas, o
SO
que certamente reforçará o efetivo para o combate ao crime organizado nos nossos países.
Ao final foram entregues certificados a todos os participantes.
A
LV
z Parecer
A
A forma de comunicação pela qual um especialista emite uma opinião fundamentada sobre determinado
M
assunto.
Vocativo;
LÍNGUA PORTUGUESA
Identificação do especialista;
Introdução - apresentação do assunto;
Texto - exposição de opinião e seu fundamento;
Local e data;
Assinatura (e identificação do signatário).
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Ref. Ação 001/1.01.0000000-0
Sr. Juiz,
Nomeado Perito na ação número 001/1.01.0000000-0, em que são partes Engênio Da Silva Civil,
como Autor, e Réunaldo Culpaldo , como Réu, venho trazer aos autos o Laudo Pericial produzido.
Introdução
A Perícia buscou identificar as características físicas e o valor de locação para o imóvel em questão,
situado a Rua Xavante Xexeu, 999, no bairro Xaxambu, em Cidade Caxumba Paulista .
Vistoria
A vistoria ao imóvel objeto desta ação foi realizada no dia 31 de março, às 9h, na presença do Réu e
dos procuradores das partes, Dr. Causídico Leal e Dr. Jurisprudêncio Legal.
Na ocasião foram examinadas as construções, avaliando-se o estado de conservação, e foram
tomadas medidas para identificar as áreas construídas com registro fotográfico e croqui do imóvel.
O terreno tem dimensões de 12m x 32m e área de 384m2. Verificou-se que existem duas construções
(identificadas nesse Laudo como Casa A e Casa B). Pode-se dizer que são duas construções, pois são
independentes, embora compartilhem parte de área coberta (área de serviço). A construção principal
(Casa A) tem 106,40 m2 no total, sendo 63,00m2 referentes ao projeto original (fls. 28 dos autos em apenso
– referentes à ação número 1000000000-1), com acréscimos posteriores. A outra construção (Casa B) tem
31,20m2. A área total construída é de 137,60m2, aproximando-se da área apontada pela Prefeitura Municipal
a fls. 25 dos mesmos autos em apenso.
Concluindo esse laudo pericial, ressalto as principais questões abordadas: (a) no terreno da matrícula MA
8875H (Anexo I) existe uma área construída de 137,60m2 composta por duas casas, uma em madeira e outra em
alvenaria (Fotografias 1 e 2, Tabela 1); e (b) o valor de locativo mensal adequado para essas construções é de R$
400,00 (quatrocentos reais).
4
Respeitosamente,
-7
Cidade, 7 de abril de 2008.
91
.5
Eugênio Da Silva Civil
51
Profissional
.7
Engenheiro Civil
79
-0
ZA
É muito importante deixar claro que o Decreto 9.758, de 11 de abril de 2019, não alterou o Manual de Reda-
ção da Presidência da República. “O Decreto dispõe sobre a forma de tratamento empregada na comunicação,
U
SO
oral ou escrita, com agentes públicos da administração pública federal direta e indireta, e sobre a forma de
endereçamento de comunicações escritas a eles dirigidas.” Isso significa que serão novas regras aplicadas às
A
redações oficiais realizadas a partir dessa data apenas entre os agentes do Poder Executivo Federal.
LV
Comunicações destinadas aos outros poderes permanecem segundo o MRPR. Logo, só implicará alteração
SI
em provas de concurso caso o edital traga orientações que orientem sobre as mudanças pertinentes a esse
A
decreto, indicando claramente que serão cobradas as legislações correlatas ou especificando o Decreto n.
D
9.758, de 11 de abril de 2019. Do contrário, valem unicamente as determinações que estão no MANUAL.
R
Observa-se que as alterações se aplicam claramente às formas de emprego dos pronomes de tratamento.
YG
H
L
EL
CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS
XW
A
M
A língua não é uma, ou seja, não é indivisível; ela pode ser considerada um conjunto de dialetos. Alguém já disse
que em país algum se fala uma língua só, há várias línguas dentro da língua oficial. E no Brasil não é diferente: pode-
-se até afirmar que cada cidadão tem a sua. A essa característica da língua damos o nome de variação linguística.
De forma sintética, podemos dividir de duas formas a língua “brasileira”: padrão formal e padrão informal; cada um
desses tipos apresenta suas peculiaridades e espécies derivadas. Vejamos:
PADRÃO FORMAL
Norma Culta
A norma culta da língua portuguesa é estabelecida pelos padrões definidos conforme a classe social mais
66 abastada, detentora de poder político e cultural. As pessoas cujo padrão social lhe permite gozar de privilégios na sociedade
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
têm o poder de ditar, inclusive, as regras da língua, direcio- z Variação diafásica ou estilística
nando o que é considerado permitido e aquilo que não é.
A variação diafásica, como ocorreu com a diatópica
Norma Padrão e com a diastrática, pode ser também fonética, lexical
e sintática. Dizer “veio”, com o e aberto, não por morar
A norma padrão diz respeito às regras organizadas em determinado lugar nem porque todos de sua cama-
nas gramáticas, estabelecendo um conjunto de regras da social usem, é usar a variação diafásica fonética.
e preceitos que devem ser respeitados na utilização Um padre, em um momento de descontração, brincan-
da língua. Essa norma apresenta um caráter mais abs- do com alguém, dizer “presunto” para representar o
trato, tendo em vista que também considera fatores “corpo de pessoa assassinada”, usa a variação diafásica
sociais, como a norma culta. lexical. E, finalmente, um advogado dizer “Encontrei
ele”, também em momento de descontração, no lugar de
Língua Formal “Encontrei-o” é usar a variação diafásica sintática.
4
-7
Oralidade ocasionando erros
91
.5
A oralidade marca as maneiras informais de se z Variação diacrônica
51
comunicar. Tais formas não são reconhecidas pela
.7
norma formal, e, por isso, são chamadas de registros Diz respeito à mudança de forma e/ou sentido
79
orais ou coloquiais, embora nem sempre sejam reali- estabelecido em algumas palavras ao longo dos anos.
-0
zados apenas pela linguagem oral. Podemos citar alguns exemplos comuns, como as
ZA
palavras Pharmácia – Farmácia; Vossa Mercê – Você.
Linguagem Coloquial Além dessas, a variação diacrônica também marca a
U
SO
existem alguns tipos de variação linguística; dentre ESCRITA DE TEXTOS DE DIFERENTES GÊNEROS E
SI
ceitos fundamentais.
YG
A variação diatópica pode ocorrer com sons dife- A linguagem, em termos bem simples, é a capacida-
rentes. Quando isso acontece, dizemos que ocorreu uma de que nós, seres humanos, possuímos de expressar nos-
H
variação diatópica fonética, já que fonética significa sos pensamentos, ideias, sentimentos e opiniões. Ou seja,
L
EL
aquilo que diz respeito aos sons da fala. Temos também o é um código utilizado para estabelecer comunicação.
exemplo das variações que ocorrem em diversas partes do
XW
escolar para guardar canetas e lápis; no Nordeste, é comum gem não verbal não utiliza palavras para constituir
M
usarem a palavra cheiro para representar um carinho fei- a comunicação: ela faz uso de formas de comunica-
to em alguém. O que em outras regiões se chamaria de bei- ção como gestos, sinais, símbolos, cores luzes etc. (por
jinho. Macaxeira, no Norte e no Nordeste, é a mandioca ou exemplo, quando se observa um semáforo de trânsito,
LÍNGUA PORTUGUESA
o aipim. Essa variação denominamos diatópica lexical, já com suas luzes vermelha, amarela e verde e se enten-
que lexical significa algo relativo ao vocabulário. de que se deve ou não avançar; ou ainda, quando se
ouve o apito de um agente de trânsito).
z Variação diastrática ou sociocultural Já a linguagem verbal usa palavras para estabelecer
a comunicação: esse uso pode se dar na forma oral ou na
A variação diastrática, como também ocorre com a forma escrita (como, por exemplo, em uma entrevista na
diatópica, pode ser fonética, lexical e sintática, depen- TV ou em um e-mail). Observe a tabela abaixo que traz
dendo do que seja modificado pelo falar do indivíduo: exemplos que ajudam a diferenciar a linguagem não ver-
falar adevogado, pineu, bicicreta, é exemplo de variação bal da linguagem verbal (em suas duas formas).
diastrática fonética. Usar “presunto” no lugar de corpo
de pessoa assassinada é variação diastrática lexical.
E falar “Houveram menas percas” no lugar de “Houve
menos perdas” é variação diastrática sintática. 67
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
LINGUAGEM z Os vocábulos;
LINGUAGEM VERBAL - ORAL z A pronúncia (no caso da fala);
NÃO VERBAL
z A ortografia (no caso da escrita);
Telefonemas z A estruturação das sentenças.
Sinais de trânsito Conversas
Cores Discursos Quanto mais formal for um ato de linguagem, mais
Desenhos Aulas cuidado deve ser dedicado aos itens acima.
Gestos Entrevistas etc. Observe a tabela baixo, retirada do manual de Tex-
Postura tos Dissertativo-Argumentativo do Inep, que ilustra os
LINGUAGEM VERBAL - ESCRITA dois tipos de registro, o formal e o informal.
Placas
Pinturas Livros
Bandeiras E-mails REGISTRO FORMAL REGISTRO INFORMAL
Buzinas Jornais
Músicas etc. Jovem para o chefe: Jovem para a mãe:
Cartas
Leis etc. Boa tarde, chefe. Infeliz- Que droga, mãe! Bateram
mente, acabei de sofrer no meu carro!
A linguagem oral e a linguagem escrita são, pois, duas um acidente de trânsito e Tô bem, não se preocupe.
manifestações da linguagem verbal, cada uma com suas devo me atrasar, pois es- Me mande o
características próprias (a linguagem oral permite um tou aguardando a polícia, número da seguradora.
contato direto com o destinatário, é mais espontânea, para os trâmites formais, Depois te ligo
mais livre, não requer escolarização, renova-se perma- e a seguradora, para o re-
nentemente; já na linguagem escrita há maior distân- colhimento do veículo
cia entre emissor e receptor, sendo o contato indireto e
requer escolarização e aprendizagem formal da escrita). Note que o fato é o mesmo: o acidente de trânsito
no caminho para o trabalho. No entanto, função das
A LINGUAGEM FORMAL duas diferentes situações (avisar duas pessoas com as
quais tem diferentes níveis de intimidade), o registro
4
-7
Dependendo da situação, a linguagem verbal se faz necessário em suas duas espécies: no registro
91
(escrita e oral) pode ser mais ou menos formal. Quan- formal e no registro informal.
.5
do você conversa ao telefone com um velho amigo ou Assim, ao elaborar o texto da redação oficial,
51
envia uma mensagem de texto para um parente, se deve-se atentar para o uso do registro formal, uma
.7
comunica de uma forma mais livre; já numa entrevista vez que se espera o uso da modalidade escrita formal
79
de emprego ou ao escrever um e-mail solicitando algo a da língua portuguesa.
-0
uma autoridade, você escolhe melhor as palavras. Resumindo, a diferença entre linguagem formal e
Ou seja, o nível de formalidade nas comunica- linguagem informal está no contexto em que elas são
ZA
ções varia conforme a circunstância. utilizadas e na escolha das palavras e expressões
U
te é usada quando temos certo nível de intimidade A tabela abaixo apresenta uma comparação entre
A
de emprego e em outras situações que exigem tal pro- é aquela utilizada A linguagem in-
YG
tocolo, como na escrita de um texto científico, um livro em situações que formal é utilizada
H
O que é
O termo “registro” é usado para se fazer referência ções profissionais, traídas, quando
XW
aos níveis de formalidade na língua falada e na língua acadêmicas ou existe maior li-
quando não existe berdade entre os
A
Quando se fala em linguagem oficial é importante Para compreender um texto, é preciso identificar as
dar atenção aos vícios de linguagem, a fim de que sejam ideias relevantes propostas pelo autor, quando se trata
evitados. Os vícios de linguagem são defeitos, erros de textos argumentativos, como artigos científicos ou
cotidianos que cometemos no emprego da língua, nor- escritos presentes em jornais. Além disso, para respon-
malmente por falta de atenção e pouco conhecimento der questões de interpretação em concursos, deve-se
dos significados das palavras. Confira alguns vícios de observar, além do título e do nome do autor, a fonte da
4
linguagem (lembre-se quando estudarmos a redação qual o texto foi retirado (livro, blog, site, jornal ou outro).
-7
oficial que estes são defeitos que não podem constar A primeira coisa que deve ser observada para uma
91
nas comunicações emitidas pelo poder público): melhor interpretação do texto é a questão que está
.5
sendo discutida. A partir daí, outros pontos devem
51
z Barbarismo: grafia ou pronúncia de uma palavra ser considerados, como, por exemplo, o que o autor
.7
79
em desacordo com a norma culta (como por exem- defende, o que ele rejeita, e os argumentos utilizados
plo escrever “previlégio” ao invés de “privilégio” ou
-0
para sustentar ambos os lados.
pronunciar “RUbrica” quando o correto é “ruBRI- Alguns aspectos que também devem ser identifi-
ZA
ca”); outra forma de barbarismo é o estrangeiris- cados ao ler um texto são as relações entre as ideias
U
mo: vício que se caracteriza pelo uso indevido de mais relevantes do texto e a conclusão do autor após
SO
expressões ou frases estrangeiras em nossa língua, apresentar todos os argumentos prós e contras.
A
como o uso de “performance” ao invés de “desempe- A forma como o autor conta a narrativa muda nos-
LV
nho, exibição”; ou “show”, no lugar de “espetáculo”; sa perspectiva ao ler a obra. Quando lemos um texto,
SI
z Solecismo: desvio da norma em relação à sinta- seja um livro, um artigo científico ou uma matéria de
jornal, sempre nos deparamos com diferentes formas
A
lugar de “Faz dois anos”; ou “Vamos no restauran- de contar histórias, que mudam nossa visão dos perso-
R
te”, no lugar de “Vamos ao restaurante”; nagens principais ou do tema que está sendo abordado.
O
z Cacofonia: mal uso de sons, causado pela junção de Existem três formas básicas de narração, chama-
YG
palavras, como em ela tinha muito dinheiro (parece das de ponto de vista literário em primeira pessoa, em
H
tente assume outro significado. Ex.: “deletar”, que perspectiva, do seu ponto de vista. Nesse caso, a leitu-
A
surge principalmente por conta do contexto da ra do livro ou do texto é feita com a visão do persona-
M
4
-7
Já a narração em terceira pessoa coloca o leitor
91
em uma posição externa, como se ele estivesse apenas Vozes Discursivas: Citação, Paródia, Alusão,
.5
observando a ocorrência da ação. Os diálogos são dife- Paráfrase, Epígrafe
51
rentes dos que aparecem da narrativa em primeira
.7
pessoa, pois, neste caso, o autor relata a história como Existem diversos mecanismos que são meios impor-
79
alguém que está apenas expondo o que cada persona- tantes e, muitas vezes, imprescindíveis à construção de
-0
gem disse. Leia o seguinte trecho: sentido dos gêneros textuais, dentre eles, a intertextua-
lidade. Ao nos referirmos à ideia de construção dos sen-
ZA
O sol estava começando a abaixar e a luz da tarde esta- tidos mediante o uso de gêneros textuais destacamos
U
va sobre a paisagem quando desceram a colina. Até a estrutura, o propósito comunicativo e a função dos
SO
agora não tinham encontrado vivalma na estrada. [...]. gêneros. Um outro elemento importante para a com-
preensão textual é a intertextualidade, que diz respeito
A
Sam parou por um momento, como se escutasse algo. à propriedade de um texto se relacionar com outros.
Estavam agora em terreno plano, e a estrada, depois Para se entender melhor a estrutura e a função
SI
de muitas curvas, estendia-se em linha reta através de do termo intertextualidade, pode-se separar a pala-
A
um capinzal salpicado de árvores altas, [...]. vra em partes: “inter” é de origem latina e refere-se
D
O elemento básico da narrativa (que geralmente é o a dia, sendo muito comum em gêneros oriundos da
internet e também da publicidade. A seguir, apresen-
XW
obra, ele insere em suas palavras muito de si. Sua visão tualidade que iremos trabalhar neste material:
M
STRICTO SENSU LATO SENSU Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
TEMÁTICA é um contentamento descontente,
ESTILÍSTICA é dor que desatina sem doer.
EXPLÍCITA
IMPLÍCITA
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
PARÓDIA é nunca contentar se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
A paródia é um tipo de intertextualidade estilística
4
em que o autor recupera o estilo de outro texto, seja É querer estar preso por vontade;
-7
verbal ou não-verbal. É muito comum tanto em tex-
91
é servir a quem vence, o vencedor;
tos musicais, nos quais são recuperados a melodia e o é ter com quem nos mata, lealdade [...]
.5
51
estilo do intérprete original, quanto em textos visuais,
REFERÊNCIA
.7
como no exemplo a seguir:
79
A referência é um tipo de intertextualidade explícita,
-0
muito comum e necessária em trabalhos acadêmicos,
ZA
pois ao mencionar uma obra ou autor e suas ideias, o pes-
U
quisador deverá realizar as devidas referências, indican-
SO
te, o qual baseia a paráfrase. Dessa forma, é conside- A citação também é um tipo de intertextualidade explí-
rada um tipo de intertextualidade temática. cita e diz respeito às formas de citação de uma obra. Em
um trabalho acadêmico, por exemplo, quando utilizamos
Um bom exemplo desse tipo de intertextualidade é
a música Monte Castelo, do grupo Legião Urbana, que as palavras de outros autores, devemos mencioná-los dire-
versa sobre o mesmo tema que a passagem bíblica “I ta ou indiretamente. A transcrição fiel das palavras do
carta de São Paulo aos Coríntios” e também dos versos autor do texto-fonte é chamada de citação direta. Quando
de Luís Vaz de Camões. nos baseamos na ideia do autor e escrevemos de outra for-
ma suas palavras, a citação passa a ser indireta.
Monte Castelo – Legião Urbana Independente da maneira como citamos em um
texto, é imprescindível dar os créditos aos autores das
Ainda que eu falasse a língua dos homens obras citadas, por isso, devemos mencioná-los nas cita-
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada ções que também seguem o padrão estabelecido pela
seria. É só o amor, é só o amor ABNT. 71
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Citação direta: que entrava enfim uma existência superiormente
interessante, onde cada hora tinha o seu intuito
“A confiabilidade das fontes citadas confere rele- diferente, cada passo conduzia um êxtase, e a alma
vância ao trabalho acadêmico, cabendo, portan- se cobria de um luxo radioso de sensações.”
to, ao produtor do texto, selecioná-las com rigor” Eça de Queirós – O Primo Basílio
(BOAVENTURA, 2004, p. 81).
Amor I Love You – Marisa Monte
z Citação indireta:
Deixa eu dizer que te amo
Segundo Boaventura (2004, p. 81), o respeito ao Deixa eu pensar em você
trabalho acadêmico é diretamente proporcional à Isso me acalma, me acolhe a alma
credibilidade das fontes utilizadas, por isso é neces- Isso me ajuda a viver
sário atentar-se para os diversos tipos de citação
[...]
aqui mencionados.
Meu peito agora dispara
Vivo em constante alegria
Dica É o amor que está aqui
A citação indireta é um tipo de paráfrase. Amor, I love you (x8)
4
-7
presentear os troianos com um cavalo de madeira
91
que fazia parte da estratégia grega para conseguirem Tradução
.5
invadir a cidade de Troia e destruí-la por dentro.
51
A tradução é uma espécie de paráfrase para mui-
.7
EPÍGRAFE tos autores, pois, como sabemos, há palavras e expres-
79
sões que só existem na língua de origem do escritor
-0
A epígrafe é uma pequena citação colocada no iní- original. Dessa forma, a tradução de textos em línguas
cio de capítulos de livros, seções de trabalhos acadê- diferentes é uma aproximação de sentidos, construída
ZA
micos ou de outros gêneros para manter uma relação a partir das leituras e do ponto de vista do tradutor.
U
cado a epígrafe: “Sei que às vezes uso palavras repe- expressões tão brasileiras que se tornam difíceis de
LV
tidas, mas quais são as palavras que nunca são ditas” expressar em outras línguas. É o caso do mineiro de
SI
(trecho da música Quase sem querer da banda Legião Cordisburgo, Guimarães Rosa, que apresenta uma
linguagem peculiar repleta de neologismos, como os
A
da” e “espadachim”.
EL
atua explicitamente no texto, pois se refere à mescla de “(en)gatinhar” serve para designar uma pessoa que,
vários elementos advindos de vários textos ou de várias de tão bêbada, chega a engatinhar.
obras de arte, em geral. Assim, a principal característi- Velvo: Adaptação do inglês velvet, que significa
ca da bricolagem é o uso de outros fragmentos textuais “veludo”. Na linguagem de Guimarães Rosa, é o
para a formação de uma nova composição textual. nome dado para uma planta de folhas aveludadas.
Esse recurso foi utilizado na letra da canção Amor Circuntristeza: Como a própria palavra sugere,
I love you, de Marisa Monte, na qual a cantora inseriu refere-se à “tristeza circundante”.
um trecho da obra O primo Basílio, de Eça de Queiroz,
para compor a letra da música. Fonte: <https://bit.ly/34DFj5D>. Acessado em: 16/10/2020.
“Tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamen- Diante desse complexo léxico, como traduzir
te! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas expressões que até para um brasileiro podem ser
sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao difíceis compreender? Por isso, a tradução é um texto
calor amoroso que saía delas, como um corpo res- intertextual, pois cabe ao tradutor adaptar e parafra-
sequido que se estira num banho lépido; Sentia um sear trechos cuja complexidade só poderia ser alcan-
72 acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe çada por falantes nativos.
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Pastiche
Importante!
É um tipo de intertextualidade que ocorre quando um
Cabe relembrar aqui o que são e quais são os ver-
modelo estrutural serve para inspirar um novo quadro,
bos de elocução.
texto ou programa de TV. Um exemplo bem típico deste
último era o programa de TV “Os trapalhões”; o modelo Os verbos de elocução são aqueles que introduzem
humorístico criado pelo trio “Os três patetas”, na década as falas dos personagens.
de 1960, inspirou programas no mundo todo. Os principais são:
O pastiche também é comum em textos imagéticos, Falar, contar, destacar, ressaltar, dizer, afirmar,
como o exemplo a seguir: perguntar, declarar, indagar e questionar.
DISCURSO INDIRETO
4
Em questões de concurso, geralmente é aborda-
-7
91
da a mudança de um discurso para o outro. Seja do
direto para o indireto ou do indireto para o direto, há
.5
51
mudanças principalmente nos verbos, e elas devem
ser observadas para manter a correção gramatical.
.7
79
-0
Passagem de Discurso Direto para Discurso Indireto
ZA
No caso da passagem do discurso direto para o discur-
U
so indireto, é necessário acrescentar informações como
SO
Fonte: <https://bit.ly/3e8lV3V>. Acessado em: 12/10/2020. como travessão e dois-pontos, já que o texto é corrido.
Por exemplo:
SI
“falas” dos personagens. São eles o discurso direto e o Discurso direto: Luna e Ana disseram:
— Nós viajaremos amanhã.
H
cada um a seguir.
EL
no dia seguinte.
As mudanças ocorrem em diversos aspectos, como
XW
DISCURSO DIRETO
destacaremos a seguir2:
A
nagens, sem participação do narrador. Ele é bastante z Mudança das pessoas do discurso
comum em muitos textos exatamente por transcrever
literalmente as palavras do outro, além disso, aproxi-
LÍNGUA PORTUGUESA
2 NEVES, F. Discurso direto e indireto. Norma Culta, 2022. Disponível em: <https://www.normaculta.com.br/discurso-direto-e-indireto/>. Acesso em: 28 mar.
2022. 73
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DISCURSO DISCURSO
DISCURSO DISCURSO MUDANÇA
MUDANÇA DIRETO INDIRETO
DIRETO INDIRETO
agora passa para naquele momento
pronomes (ele,
pronomes (me, ela, eles, elas, amanhã passa para no dia seguinte
passam
mim, comigo, nos, lhe, lhes, se, si, aqui, aí, cá passam para ali, lá
para
conosco) consigo, o, os,
a, as) aquele, aquela,
este, esta, isto passam para
aquilo
pronomes (meu,
meus, minha,
passam pronomes (seu, DISCURSO INDIRETO LIVRE
minhas, nosso,
para seus, sua e suas)
nossos, nossa,
nossas) Para finalizar, é importante mencionar o discurso
indireto livre, que é mais dinâmico. Nele, as falas das
personagens (na 1ª pessoa) estão inseridas dentro do
z Mudança nos tempos verbais discurso do narrador (na 3ª pessoa). Ou seja, há uma
mistura dos dois tipos anteriores. Neste tipo, nem
sempre há o uso dos verbos de elocução.
DISCURSO DISCURSO Esse tipo de discurso não apresenta uma estrutura
MUDANÇA fixa, mas também não há indício da introdução das
DIRETO INDIRETO
falas das personagens no texto.
Não é muito indicado porque as duas vozes são
pretérito confundidas dentro da narração, já que ele funciona
presente do
passa para imperfeito do como se o narrador assumisse o papel do personagem,
indicativo
indicativo mostrando o seu ponto de vista.
pretérito mais- Exemplo de discurso indireto livre:
pretérito perfeito Juliana estava revoltada com o namorado e com
passa para que-perfeito do
4
do indicativo a briga que tiveram. Como Paulo foi capaz de falar
-7
indicativo
aquelas coisas? Quem é que ele pensa que é?
91
futuro do
.5
futuro do presente
51
passa para pretérito do
do indicativo
indicativo
.7
79
pretérito SEMÂNTICA
-0
presente do
passa para imperfeito do
subjuntivo CONSTRUÇÃO DE SENTIDO
ZA
subjuntivo
U
pretérito
SO
subjuntivo
relações de sentido. Essas relações podem se dar por
R
DISCURSO Importante!
EL
z Mudança dos advérbios e adjuntos adverbiais São palavras ou expressões que, empregadas em um
determinado contexto, têm significados semelhantes. É
importante entender que a identidade dos sinônimos
DISCURSO DISCURSO é ocasional, ou seja, em alguns contextos uma palavra
MUDANÇA pode ser empregada no lugar de outra, o que pode não
DIRETO INDIRETO
acontecer em outras situações. O uso das palavras “cha-
ontem passa para no dia anterior mar”, “clamar” e “bradar”, por exemplo, pode ocorrer de
maneira equivocada se utilizadas como sinônimos, uma
hoje passa para naquele dia
74 vez que a intensidade de suas significações é diferente.
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O emprego dos sinônimos é um importante recurso concertar (ajustar, combinar) consertar (reparar, corrigir)
para a coesão textual, uma vez que essa estratégia reve- concerto (sessão musical) conserto (reparo)
la, além do domínio do vocabulário do falante, a capaci- coser (costurar) cozer (cozinhar)
dade que ele tem de realizar retomadas coesivas, o que exotérico (que se expõe em
esotérico (secreto)
contribuiu para melhor fluidez na leitura do texto. público)
espectador (aquele que expectador (aquele que tem
ANTONÍMIA assiste) esperança, que espera)
esperto (perspicaz) experto (experiente, perito)
São palavras ou expressões que, empregadas em espiar (observar) expiar (pagar pena)
um determinado contexto, têm significados opostos. espirar (soprar, exalar) expirar (terminar)
As relações de antonímia podem ser estabelecidas em estático (imóvel) extático (admirado)
gradações (grande/pequeno; velho/jovem); reciproci- esterno (osso do peito) externo (exterior)
dade (comprar/vender) ou complementaridade (ele é extrato (o que se extrai de
casado/ele é solteiro). Vejamos o exemplo a seguir: estrato (camada)
algo)
estremar (demarcar) extremar (exaltar, sublimar)
incerto (não certo, impreciso) inserto (inserido, introduzido)
incipiente (principiante) insipiente (ignorante)
laço (nó) lasso (frouxo)
ruço (pardacento, grisalho) russo (natural da Rússia)
tacha (prego pequeno) taxa (imposto, tributo)
tachar (atribuir defeito a) taxar (fixar taxa)
Fonte: <https://www.soportugues.com.br/secoes/seman/seman6.
php>. Acessado em: 17/10/2020
PARONÍMIA
4
-7
Parônimos
91
.5
Parônimos são palavras que apresentam sentido
51
diferente e forma semelhante, conforme demonstra-
.7
Fonte: <https://bit.ly/3kETkpl>. Acesso em: 16/10/2020.
mos nos exemplos a seguir:
79
-0
A relação de sentido estabelecida na tirinha é cons-
z Absorver/absolver
truída a partir dos sentidos opostos das palavras “prende” ZA
e “solta”, marcando o uso de antônimos, nesse contexto.
Tentaremos absorver toda esta água com espon-
U
SO
jas. (sorver)
HOMONÍMIA
Após confissão, o padre absolveu todos os fiéis
A
nimos importantes:
O
sela (forma do verbo selar; sempre as portas para eu passar. (homem edu-
cela (pequeno quarto) cado e cortês)
arreio)
censo (recenseamento) senso (entendimento, juízo)
céptico (descrente) séptico (que causa infecção) z Cumprimento/comprimento
cerração (nevoeiro) serração (ato de serrar)
cerrar (fechar) serrar (cortar) O comprimento do tecido que eu comprei é de
3,50 metros. (tamanho, grandeza)
cervo (veado) servo (criado)
Dê meus cumprimentos a seu avô. (saudação)
chá (bebida) xá (antigo soberano do Irã)
cheque (ordem de xeque (lance no jogo de
z Delatar/dilatar
pagamento) xadrez)
círio (vela) sírio (natural da Síria)
Um dos alunos da turma delatou o colega que
cito (forma do verbo citar) sito (situado) chutou a porta e partiu o vidro. (denunciar) 75
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Comendo tanto assim, você vai acabar dilatan- FIGURAS DE LINGUAGEM
do seu estômago. (alargar, estender)
O processo de comunicação é composto por vários
z Dirigente/diligente elementos. O linguista Jakobson estudou esse proces-
so e entendeu que, para que a comunicação ocorra,
são necessários alguns elementos que compõem este
O dirigente da empresa não quis prestar decla-
rações sobre o funcionamento da mesma. (pes- processo. A partir dessa teoria, cada elemento está
soa que dirige, gere) associado a uma função da linguagem.
Minha funcionária é diligente na realização de O esquema a seguir mostra a relação que cada um
suas funções. (expedito, aplicado) desses elementos exerce dentro do contexto da emis-
são de uma mensagem. Após uma visualização aten-
ta, conheceremos, de modo mais detalhado, cada um
z Discriminar/descriminar
desses elementos, a fim de compreender suas funções
dentro do processo comunicativo.
Ela se sentiu discriminada por não poder
entrar naquele clube. (diferenciar, segregar)
Em muitos países se discute sobre descrimi- CONTEXTO/REFERENTE
Fonte: <https://www.normaculta.com.br/palavras-
-par onimas/>. Acessado em 17/10/2020. Canal
POLISSEMIA
Código
Polissemia (Plurissignificação)
Elementos da Comunicação
Multiplicidade de sentidos encontradas em algu-
4
mas palavras, dependendo do contexto. As palavras z Emissor: quem formula a mensagem para enviar.
-7
polissêmicas guardam uma relação de sentido entre O emissor pode ser uma “pessoa” ou o eu-lírico,
91
si, diferenciando-as das palavras homônimas. A polis- uma empresa, uma instituição; é quem estabelece
.5
semia é encontrada no exemplo a seguir:
51
a intencionalidade da mensagem;
z Receptor: recebe a mensagem do emissor;
.7
79
z Mensagem: trata-se da mensagem propriamente
-0
dita, o que foi comunicado;
z Canal: é o meio através do qual a mensagem é
ZA
transmitida;
U
z Referente: trata-se do contexto e do assunto sobre
SO
Relação estabelecida entre termos que guardam São, ao todo, seis funções da linguagem, as quais
YG
relação de sentido entre si e mantém uma ordem gra- estão relacionadas a cada um dos elementos da lin-
H
A linguagem em uso pode assumir papéis sociais autor. A maior preocupação do emissor é conse-
diferentes, bem como significados diferentes a depen- guir externar suas opiniões, sensações, emoções e
der do contexto. Em relação a esse tema, podemos sentimentos.
falar em:
Suas principais características são:
z Linguagem denotativa: quando as palavras são
usadas com o seu significado real. Geralmente, é Verbos na primeira pessoa;
utilizada em artigos, notícias, editoriais, reporta- Pronomes em primeira pessoa (eu, meu, nosso,
gens e documentos; minha);
z Linguagem conotativa: quando as palavras assu- Utiliza linguagem subjetiva;
mem novos significados dentro de determinado Utiliza figuras de linguagem;
contexto. Esse tipo de linguagem é marcado pelo Explora o ponto de vista do emissor.
uso de figuras de linguagem, que conferem às pala-
vras novos sentidos. Geralmente, essa linguagem é Os gêneros em que mais vemos a função emotiva
vista em obras literárias e poéticas, letras de músi- em destaque são as cartas, alguns poemas, diários,
76 cas e anúncios publicitários. relatos, depoimentos e artigos de opinião.
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Exemplo: com o interlocutor. Geralmente, está presente na ora-
lidade, mas também pode aparecer na escrita.
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Suas principais características são:
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento. Tempo verbal variável
Linguagem objetiva
(Soneto da Felicidade, Vinícius de Moraes)
Uso da linguagem verbal
z Conativa/Apelativa: A função conativa está cen-
trada no receptor da mensagem. A mensagem é Exemplos: Alô!/ Bom dia!/ Tchau!/ Oi!/ Até logo!
construída com a intenção de convencer ou per-
suadir o leitor/receptor. z Metalinguística: A função metalinguística é carac-
terizada por usar determinada forma de código
Suas principais características são: para explicar o próprio código, como as músicas
que falam de canções, um vídeo do youtube que
Verbos no imperativo; apresenta um tutorial de como postar vídeos nessa
Linguagem clara e objetiva; plataforma, dentre outros.
Pode mesclar linguagem verbal e não verbal.
Suas principais características são:
Seus gêneros mais comuns são: anúncios publici-
tários escritos ou em vídeo, cartas argumentativas,
Não apresenta estrutura fixa;
discursos políticos, sermões religiosos, dentre outros.
Linguagem objetiva.
Exemplo:
Exemplo: Lutar com palavras é a luta mais vã.
4
-7
texto de uso). Também pode ser chamada de fun-
91
ção informativa.
.5
51
Suas principais características são:
.7
79
Impessoalidade;
-0
Escrito na terceira pessoa;
ZA
Linguagem objetiva;
Linguagem denotativa.
U
SO
z Poética: A função poética não está restrita aos poe- notícias, textos jornalísticos e materiais didáticos.
LV
prosa, sendo mais comum em textos poéticos. A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (4)
O
YG
Pode mesclar linguagem verbal e não verbal. Goiás, Mato Grosso, Paraná, Rondônia, Maranhão e
São Paulo. Por determinação judicial, mais de R$ 170
Exemplo: mil foram bloqueados.
LÍNGUA PORTUGUESA
João amava Teresa que amava Raimundo “Os objetivos da atuação conjunta e estratégica são
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili a identificação de fraudes massivas e a desarticulação
que não amava ninguém. de organizações criminosas que atuam causando pre-
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o juízos ao programa assistencial e, por consequência,
convento, atingindo a parcela da população que necessita desses
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, valores”, informou a Polícia Federal.
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Além da PF, participam dessa operação o Ministé-
Fernandes rio Público Federal, Ministério da Cidadania, a Caixa,
que não tinha entrado na história. Receita Federal, Controladoria-Geral da União e o Tri-
bunal de Contas da União.
(Quadrilha de Carlos Drummond de Andrade)
Fonte: <https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2021/03/04/
z Fática: O foco desta função é no canal de comunicação, operacao-da-pf-combate-fraudes-ao-auxilio-emergencial-em-
havendo interesse apenas em manter a comunicação oito-estados.html> 77
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Podemos resumir, portanto, a relação entre os ele- Polissíndeto
mentos da linguagem e as funções da linguagem con-
forme o esquema a seguir, que destaca as funções e o Figura que consiste no uso excessivo e repetitivo
elemento mais importante para cada uma delas. de conjunções.
Ex.: “Suspira, e chora, e geme, e sofre, e sua...” (Ola-
vo Bilac)
Função Referencial “Mãe gentil, mas cruel, mas traiçoeira.” (Alberto
(Contexto/Referente) Oliveira)
Assíndeto
Função Poética
(Mensagem) É a figura que consiste na omissão reiterada de
Função Função conjunções. Geralmente a conjunção omitida é a coor-
Emotiva Conotativa denativa. Essa estratégia torna a leitura do texto mais
(Emissor) (Receptor)
Função Fática
clara e dinâmica.
(Canal) Ex.: “Pense, fale, compre, beba, leia, vote, não se
esqueça.” (Pitty)
“Vim, vi, venci.” (Júlio César)
4
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
-7
Elipse É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol.” (Tom
91
Jobim)
.5
Utilizada para omitir termos numa oração que não
“Quando não tinha nada eu quis
51
foram mencionados anteriormente, mas que podem
Quando tudo era ausência, esperei
.7
ser facilmente identificados pelo interlocutor. Essa
Quando tive frio, tremi
79
omissão pode ser percebida por indícios gramaticais
Quando tive coragem, liguei”. (Daniela Mercury)
-0
ou dentro do próprio contexto.
Ex.: Ana Rita arrumou-se para o trabalho. Estava ZA
atrasada. (“elipse sujeito -ela”) Aliteração
U
políticos, caminhavam pelas ruas. (elipse da preposi- Recurso sonoro que consiste na repetição de sons
ção – “de mãos erguidas”) consonantais para intensificar a rima e o ritmo.
A
LV
se permaneço ou me desfaço,
A
lho a outra.
L
4
-7
sexo masculino (deputado, prefeito, vereador etc.);
91
.5
z Silepse de Número: Há uma discordância entre o
51
verbo e o sujeito da oração quando ele expressa
.7
uma ideia de coletividade. Nesse caso, o verbo con-
79
corda com a ideia que nele está contida.
-0
Ex.: A turma era barulhenta, falavam alto. (“fala-
vam” concorda com “alunos”); ZA
Comparação: relação de semelhança estabele-
U
cida por conectivos.
z Silepse de Pessoa: Há uma discordância entre o
SO
Anacoluto
H
L
EL
Ex.: Meu vizinho, ouvi dizer que está muito doente. Fonte: <instagram.com/academiadotexto>. Acesso em: 16/10/2020.
As figuras de palavras estão associadas ao significa- Consiste na substituição de um termo pelo outro
do delas. Caracterizam-se por apresentar uma substi- em virtude de uma relação de proximidade ou conti-
tuição ou transposição do sentido real da palavra para nuidade. Essa relação é qualitativa e pode ser realiza-
assumir um sentido figurado construído dentro de um da dos seguintes modos:
contexto. A substituição de uma palavra por outra pode
acontecer por uma relação muito próxima (contiguida- � A parte pelo todo:
de) ou por uma comparação/analogia (similaridade). Ex.: O brasileiro trabalha muito para garantir o
pão aos filhos (O brasileiro trabalha muito para
Comparação garantir alimento aos filhos).
� O autor pela obra:
Analogia explícita entre dois termos; a principal dife- Ex.: Os leitores de Machado de Assis são cultos (Os
rença entre a comparação e a metáfora, que é outro tipo leitores da obra de Machado de Assis são cultos). 79
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
� O continente pelo conteúdo: provenientes de diferentes sentidos (visão, audição, olfa-
Ex.: A menina bebeu a jarra de suco inteira (A to, paladar e tato). Na sinestesia, a percepção ou sensação
menina bebeu todo o suco da jarra). de um sentido é atribuída a outro.
� A marca pelo produto: Ex.: “As falas sentidas, que os olhos falavam.” (Ca-
Ex.: Minha filha pediu uma Melissa de aniversário simiro de Abreu)
(Minha filha pediu uma sandália de aniversário). “E o pão preserve aquele branco sabor de alvora-
� Singular pelo plural: da”. (Ferreira Gullar)
Ex.: O cidadão deve cumprir seus deveres legais
(Os cidadãos devem cumprir seus deveres legais). FIGURAS DE PENSAMENTO
� O concreto pelo abstrato:
Ex.: A juventude está cada vez mais ansiosa (Os
Processo expressivo que enfatiza o aspecto semân-
jovens estão cada vez mais ansiosos).
tico da linguagem. As figuras de pensamento introdu-
� A causa pelo efeito:
Ex.: Comprei a casa com o meu suor (Comprei a zem uma ideia diferente daquela que a palavra em
casa com o meu trabalho). seu sentido real exprime.
� O instrumento pelo agente:
Ex.: O carro atropelou o cachorro (O motorista do Antítese
veículo atropelou o cachorro).
� A coisa pela sua representação: Consiste no emprego de conceitos que se opõem e que
Ex.: O sonho de muitos candidatos é chegar ao podem ocorrer de maneira simultânea em uma mesma
Palácio do Planalto (O sonho de muitos candida- oração. Na antítese, os conceitos antônimos não se contra-
tos é chegar à Presidência da República). dizem e estão relacionados a referentes distintos.
� O inventor pelo invento: Ex.: “Tristeza não tem fim, felicidade sim!” (Viní-
Ex.: Diego comprou um Picasso no museu (Diego cius de Moraes)
comprou uma obra de Picasso no museu). “O mito não é nada que é tudo”. (Fernando Pessoa)
� A matéria pelo objeto:
Ex.: Custou-me apenas algumas pratas aque- Personificação ou Prosopopeia
la mobília. (Custou-me apenas algumas moedas
aquela mobília.) Consiste em atribuir características, sentimentos e
4
� O proprietário pela propriedade
-7
comportamentos próprios de seres humanos a seres
Ex.: Vou ao médico buscar meus exames (Vou ao
91
irracionais ou inanimados. É uma figura muito usada
consultório médico buscar meus exames).
.5
em textos literários, como fábulas e apólogos.
51
Ex.: “O cravo brigou com a rosa debaixo de uma
Sinédoque
.7
sacada...” (cantiga popular).
79
“As pedras andam vagarosamente”.
-0
Atualmente as gramáticas não realizam distinção
entre metonímia e sinédoque; a diferença entre essas Paradoxo ZA
figuras é tênue. Na sinédoque, a relação que se estabe-
U
lece entre os termos é quantitativa, ou seja, quando Consiste no emprego de conceitos opostos e contra-
SO
Antonomásia ou Perífrase
“Dor, tu és um prazer!” (Castro Alves)
YG
Ex.: O poeta dos escravos é autor do célebre poema validar a polidez nas relações sociais.
“O navio negreiro”. (Castro Alves) Ex.: “Suzanna é uma mulher desprovida de bele-
Este aeroporto tem o nome do pai da aviação. (San- za.” (feia)
tos Dumont) “Aquele pobre homem entregou a alma a Deus”
Observação: A antonomásia é uma espécie de (morreu)
perífrase. A diferença é que esta designa um ser (coi-
sas, animais ou lugares) por meio de características, Hipérbole
atributos ou um fato que o celebrizou.
Ex.: Fomos ao zoológico ver o rei da selva. (leão) Uso de expressões intencionalmente exageradas
Adoraria conhecer a cidade luz. (Paris) para dar maior ênfase à mensagem expressa pelo
Qualquer dúvida consulte o pai dos burros. (dicionário) emissor.
Ex.: “Amor da minha vida, daqui até a eternidade
Sinestesia Nossos destinos foram traçados na maternidade”.
(Cazuza)
Consiste no recurso que engloba um conjunto de per- “Vou caçar mais um milhão de vagalumes por aí”.
80 cepções e sensações interligadas aos processos sensoriais (Pollo)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Ironia 2. De vagas autônomas de garagem ou de espaços
para estacionamento de veículos;
Consiste em expressar ideias, pensamentos e julga- 3. De espaços destinados à publicidade.
mentos com o sentido contrário do que se diz. A ironia z Separar orações muito extensas ou que já possuam
tem como objetivo satirizar uma situação desagradá- vírgula.
vel ou depreciar alguém pelo seu comportamento. Ex.: “Às vezes, também a gente tem o consolo de
Ex.: “Marcela amou-me durante quinze meses e saber que alguma coisa que se disse por acaso
onze contos de réis...” (Machado de Assis) ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou
“Parece um anjinho, briga com todos”. com a sua vida; sonhar um pouco, a sentir uma
vontade de fazer coisa boa.” (Rubem Braga)
Gradação z Substituindo a vírgula.
Ex.: Amanhã terei duas provas; porém, ainda não
Consiste na apresentação de ideias sinônimas (ou consegui estudar nada.
não) em uma escala progressiva de maior ou menor
intensidade à expressão. Os termos da oração são fru- Uso dos Dois-Pontos (:)
tos de uma hierarquia e podem ser de ordem crescen-
te ou decrescente. Quando:
Ex.: “Mais dez, mais cem, mais mil e mais um bi-
lião, uns cingidos de luz, outros ensanguentados.” z Inicia-se uma fala ou citação.
(Machado de Assis) Ex.: Ela disse: hoje não posso, tenho compromisso.
“Eu era pobre. Era subalterno. Era nada.” (Montei- z Inicia-se uma enumeração.
ro Lobato) Ex.: Tenho apenas duas coisas para lhe dizer: não
estou de acordo e não mudo de ideia neste caso.
Apóstrofe
Uso do Travessão (–)
Consiste na invocação de alguém ou alguma coisa
Utilizado para indicar fala e mudança de interlo-
personificada. Essa figura de linguagem realiza-se por
cutor dentro de um diálogo, ou para desempenhar o
meio de um vocativo. A apóstrofe é um recurso estilís-
4
papel de vírgula ao separar orações intercaladas.
-7
tico muito utilizado na linguagem informal (cotidia- Ex.:
91
na), nos textos religiosos, políticos e poéticos. –Quais ideias você tem para revelar?
.5
Ex.: “Liberdade, Liberdade! É isso que pretende- –Não sei se serão bem-vindas.
51
mos nessa luta”. –Não importa, o fato é que assim você estará con-
.7
“Senhor, tende piedade de nós”. tribuindo para a elaboração deste projeto.
79
–Não seja tão estúpido, – disse a professora – vou
-0
chamar sua mãe!
ZA
PONTUAÇÃO E EFEITOS DE SENTIDO Uso dos Parênteses ( )
U
SO
nado ao texto.
Uso da Vírgula
SI
z Separar palavras com a mesma função na oração. É usado no final da frase, e indica pausa total.
L
Ex.: Ele gritou, chorou, esperneou, berrou e depois Ex.: Não tenho nada a declarar.
EL
dormiu.
XW
Uso do Ponto e Vírgula (;) plo: “Como assim? Não acredito que mentiu para mim!”
4
-7
2- Dios no ta di Brazil. [Deus não é brasileiro.] Por que
91
� Para inserir comentários e observações em textos
.5
já publicados. z Quando se subentende como motivo, podendo
51
Ex.: Machado de Assis escreveu muitas cartas a Síl- ocorrer em perguntas diretas ou indiretas.
.7
vio Dinarte. [pseudônimo de Visconde de Taunay, Ex.: Por que não são tomadas as devidas providências?
79
autor de “Inocência”] z Quando pode ser substituído pelo pronome pelo
-0
� Para indicar omissões de partes na transcrição de
qual e por suas flexões.
um texto. ZA
Ex.: Desconhecemos o motivo por que (pelo qual)
Ex.: “É homem de sessenta anos feitos [...] corpo
ele não compareceu.
U
do de Assis)
� Em definições do dicionário, para fazer referência Por quê
A
LV
à etimologia da palavra.
Ex.: amor- (ô). [Do lat. amore.] 1. Sentimento que z Quando é entendido também como motivo e está
SI
predispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de seguido de pausas, que são marcadas por : ; . / ! … - .
A
alguma coisa: amor ao próximo; amor ao patrimô- Ex.: Acentua-se o conflito na fronteira, resta saber
D
Uso do Asterisco (*) Não sabia por quê, mas estava confiante.
H
L
4
expressa condição acerca da realização de um deter-
-7
minado fato.
91
Conjunção subordinativa integrante: quando
Seu papel é o mesmo das outras conjunções que
.5
inicia uma oração subordinada substantiva.
expressam condição: se, salvo se, desde que etc.
51
Ex.: Perguntei se queria vê-la;
Veja nos exemplos a seguir:
.7
Conjunção subordinada condicional: inicia uma
Ex.: Se não houver conciliação, o processo será
79
oração subordinada adverbial condicional.
julgado.
-0
Ex.: Se mais pessoas tivessem comparecido, o
Sem que haja conciliação, o processo será julgado.
estádio estaria cheio. ZA
U
metrópole.
ARTICULAÇÃO DAS ORAÇÕES: COORDENAÇÃO
z Partícula ou pronome apassivador: quando ligada
A
z Pronome reflexivo: quando equivale a “si mesmo”. Ela é então, essencial para tornar a mensagem
XW
4
Termos Integrantes
-7
ser um artigo, um numeral, um pronome adjetivo,
91
Estudaremos agora os termos integrantes da ora- um adjetivo ou um locução adjetiva.
.5
ção. São eles: objeto direto, objeto indireto, comple- Ex.: A criança adormeceu. (artigo);
51
mento nominal e agente da passiva. As duas crianças adormeceram. (numeral);
.7
As crianças bonitas adormeceram. (adjetivo);
79
z Objeto direto: complementa a significação de um Aquelas crianças adormeceram. (pronome adjetivo);
-0
verbo transitivo direto sem precisar de preposições. Aquelas crianças adormeceram muito cedo. (locu-
ZA
ção adjetiva).
z Adjunto adverbial: todo termo que aparece na
U
A doceira fez um bolo.
SO
Orações coordenadas são orações independentes, isto Reduzida: É essencial comparecer no evento.
é, que não estabelecem relação sintática entre si. Veja: Desenvolvida: É essencial que você compareça no
evento.
O professor preparou a aula, aplicou as ativida-
des e avaliou os alunos. Oração subordinada substantiva objetiva direta
Perceba que todas as orações possuem sentido por si só,
sem dependerem uma da outra e sem estabelecerem uma Reduzida: Os alunos não sabiam ser dia de prova.
Desenvolvida: Os alunos não sabiam que era dia
ligação entre si, não precisando de uma conjunção. Pode
de prova.
haver a dúvida: mas o “e” não é conjunção? Sim, porém
nesse caso ele atua como conjunção coordenativa, utili-
zada para ligar palavras ou orações que tenham a mesma Oração subordinada substantiva objetiva
função gramatical, como é o caso do exemplo acima. indireta
Existem ainda dois tipos de orações coordenadas,
as assindéticas e as sindéticas. Reduzida: O médico insistiu em fazermos uma dieta.
Desenvolvida: O médico insistiu em que nós fizés-
semos uma dieta.
Assindéticas: orações sem conjunção coordenati-
va, ligadas por uma pausa, que geralmente se dá pelo
uso da vírgula. Oração subordinada substantiva completiva
nominal
Ex.: Ele viu, gostou, comprou.
Reduzida: Eu tenho esperança de conseguirem o
Sindéticas: são orações ligadas por uma conjun-
emprego.
4
ção coordenativa, classificadas em 5 tipos:
-7
Desenvolvida: Eu tenho esperança de que consi-
91
gam o emprego.
z Aditivas: e, nem, mas também.
.5
Ex.: Não quero feijão nem batata. / Eu e meu amigo
51
Oração subordinada substantiva predicativa
fomos à praia ontem;
.7
z Adversativas: porém, mas, contudo, todavia,
79
Reduzida: O melhor é ser sempre feliz!
entretanto.
-0
Desenvolvida: O melhor é que eu seja sempre feliz!
Ex.: Iríamos ao clube hoje, porém está chovendo ZA
muito. / Compramos uma bola de basquete, mas
Oração subordinada substantiva apositiva
U
não sabemos jogar.
SO
Ex.: Fica de graça e não escolhe nem uma coisa meu próprio caminho.
LV
nem outra! / Ou você come ou você joga; Desenvolvida: Apenas quero uma coisa: que eu
SI
z Conclusivas: por isso, logo, portanto, assim, então. encontre o meu próprio caminho.
A
dá atenção!
EL
Orações Subordinadas
XW
Uma oração subordinada é aquela que dá senti- Oração subordinada adverbial condicional
A
entendimento do período. Veja o exemplo: Reduzida: Sem arrumarem o quarto, não iremos
ao cinema.
A menina gosta | de ter toda atenção para si. Desenvolvida: Caso não arrumem o quarto, não
LÍNGUA PORTUGUESA
iremos ao cinema.
Oração principal: A menina gosta
[de quê?] Oração subordinada adverbial concessiva
Oração subordinada: de ter toda atenção para si. Reduzida: Sem saber nada sobre você, eu acredito
na sua honestidade.
Orações Reduzidas Desenvolvida: Embora eu não saiba nada sobre
você, eu acredito na sua honestidade.
São orações que não se introduzem por conjun-
ções e possuem verbos nas formas nominais (infiniti- Oração subordinada adverbial temporal
vo, gerúndio e particípio).
Reduzida: Ao entrar em casa, vi que tinha sido
z Orações reduzidas no infinitivo: assaltada. 85
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Desenvolvida: Quando entrei em casa, vi que tinha No particípio regular, os verbos terminam em -ado
sido assaltada. (1ª conjugação) e -ida (2ª e 3ª conjugação). No parti-
cípio irregular, terminam em -to ou -do.
Oração subordinada adverbial final
Oração subordinada adverbial causal
Reduzida: Para poder descansar, decidi ceder e
esquecer o assunto. Reduzida: Arrependido, tentou resolver a situação.
Desenvolvida: Para que eu pudesse descansar, Desenvolvida: Uma vez que se arrependeu, tentou
decidi ceder e esquecer o assunto. resolver a situação.
Reduzida: Ela comeu tanto, ao ponto de vomitar Reduzida: Cumprida a sua promessa, poderá fazer
tudo. como entender.
Desenvolvida: Ela comeu tanto, ao ponto que Desenvolvida: Desde que cumpra a sua promessa,
vomitou tudo. poderá fazer como entender.
Reduzida: A patinadora, a rodopiar no meio do Reduzida: Resolvido este problema, outras dificul-
palco, era a minha filha. dades virão.
Desenvolvida: A patinadora, que rodopiava no Desenvolvida: Mesmo que resolvam este proble-
meio do palco, era a minha filha. ma, outras dificuldades virão.
Norma Culta. Disponível em: <https://www.norma- Reduzida: Chegada à casa, o telefone tocou.
culta.com.br/oracoes-reduzidas/>. Acesso em 31 de Desenvolvida: Assim que cheguei à casa, o telefone
4
ago de 2020. tocou.
-7
91
Oração subordinada adjetiva
.5
z Orações reduzidas de gerúndio:
51
.7
No gerúndio, os verbos terminam em -ando (1ª Reduzida: Já foi usado o material comprado por
79
conjugação), -endo (2ª conjugação) e -indo (3ª mim.
-0
conjugação). Desenvolvida: Já foi usado o material que eu comprei.
ZA
Oração subordinada adverbial causal Períodos Mistos
U
SO
Reduzida: Não sendo honesta, só arrumou confusão. Tem-se um período misto quando, em um período,
A
Desenvolvida: Como não foi honesta, só arrumou aparecem orações que se relacionam, seja por coorde-
LV
Reduzida: Respeitando o combinado, outros acor- em que se dá o período composto. Os períodos podem
XW
4
-7
Diferentes situações:
Substantivas predicativas: são o predicativo
91
do sujeito da oração principal. Ex.: O problema
.5
Quando o núcleo do sujeito for uma palavra de
era que não tinha mais desejo algum.
51
sentido coletivo, o verbo fica no singular. Ex.: A
.7
multidão gritou entusiasmada.
79
Substantivas apositivas: têm a função de apos- Quando o sujeito é o pronome relativo que, o
-0
to de algum substantivo da primeira oração. verbo posterior ao pronome relativo concorda
com o antecedente do relativo. Ex.: Quais os
ZA
Ex.: Uma só coisa é necessária: respeitar as
limites do Brasil que se situam mais próximos
escolhas e opiniões do outro.
U
do Meridiano?
SO
Substantivas completivas nominais: comple- cordar com o pronome reto antecedente. Ex.: Fomos
D
Ex.: Seu problema é a fraqueza de ser muito Quando o sujeito é um pronome interrogativo,
YG
z Adjetivas: São as orações que se encaixam na ora- nome no plural ou com nós / vós. Ex.: Alguns
EL
ção principal como adjunto adnominal. Podem ser de nós resolviam essa questão. / Alguns de nós
XW
4
-7
mal.
91
Ex.: Nem a televisão nem a internet desviarão meu
.5
Os verbos bater, dar e soar concordam com o foco nos estudos.
51
número de horas ou vezes, exceto se o sujeito
.7
for a palavra relógio. Ex.: Deram duas horas, Entre os núcleos do sujeito, aparecem as palavras
79
e ela não chegou. (Duas horas deram...) como, menos, inclusive, exceto ou as expres-
-0
Bateu o sino duas vezes. (O sino bateu) sões bem como, assim como, tanto quanto
Soaram dez badaladas no relógio da sala. (Dez
ZA
badaladas soaram) Ex.: O Vasco ou o Corinthians ganhará o jogo na
U
SO
Quando o sujeito está em voz passiva sintética, tivas aditivas enfáticas (tanto... quanto / como
SI
o verbo concorda com o sujeito paciente. Ex.: / assim como; não só... mas também etc.)
A
Nunca se viu, em parte alguma, pessoa tão Ex.: Tanto ela quanto ele mantém/mantêm sua
R
o verbo fica sempre na 3ª pessoa. Ex.: Por que único núcleo, o verbo fica no singular con-
L
Vossa Majestade está preocupada? cordando com o núcleo único. Mas, se houver
EL
exclamativas. Ex.: Vivam os campeões! Ex.: O preço dos alimentos e dos combustíveis
aumentou. Ou: O preço dos alimentos e o dos
z Concordância Verbal com o Sujeito Composto combustíveis aumentaram.
4
-7
Na expressão expletiva “é que”, se o sujeito da Deve haver sérios problemas na cidade. (verbo
91
oração não aparecer entre o verbo ser e o que, auxiliar fica no singular)
.5
o ser ficará invariável. Se o ser vier separado Trata-se de problemas psicológicos.
51
do que, o verbo concordará com o termo não Geou muitas horas no sul.
.7
preposicionado entre eles.
79
� Concordância com sujeito oracional
Quando o sujeito é uma oração subordinada, o ver-
-0
Ex.: Eles é que sempre chegam cedo. bo da oração principal fica na 3ª pessoa do singular.
ZA
São eles que sempre chegam cedo. Ex.: Ainda vale a pena investir nos estudos.
U
É nessas horas que a gente precisa de ajuda. (cons- Sabe-se que dois alunos nossos foram aprovados.
SO
Exemplos com verbos no infinitivo pessoal: Veja agora uma lista com os casos mais abordados
O
em concursos:
YG
Falei sobre o desejo de aprontarmos logo o site. cal brasileira seres estranhos.
(dois pronomes implícitos: eu, nós)
A
M
Devo continuar trabalhando nesse projeto. (locu- Ex.: Contratei duas pessoas para a empresa, que
ção verbal) tinham experiência. 89
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Sujeito coletivo com especificador plural Ex.: Encontrei colégios e faculdades ótimas. /
Encontrei colégios e faculdades ótimos.
Ex.: A multidão de torcedores vibrou/vibraram.
Há casos em que o adjetivo concordará apenas
Sujeito oracional com o nome mais próximo, quando a qualidade per-
tencer somente a este.
Ex.: Convém a eles alterar a voz. (verbo no singular) Ex.: Saudaram todo o povo e a gente brasileira.
Foi um olhar, uma piscadela, um gesto estranho
Núcleo do sujeito no singular seguido de Quando o adjetivo funcionar como adjunto adno-
adjunto ou complemento no plural minal e estiver antes dos substantivos, poderá con-
cordar apenas com o elemento mais próximo. Ex.:
Ex.: Conversa breve nos corredores pode gerar Existem complicadas regras e conceitos.
atrito. (verbo no singular) Quando houver apenas um substantivo qualifica-
do por dois ou mais adjetivos pode-se:
z Casos Facultativos Colocar o substantivo no plural e enumerar o ad-
jetivo no singular. Ex.: Ele estuda as línguas inglesa,
A multidão de pessoas invadiu/invadiram o francesa e alemã.
estádio. Colocar o substantivo no singular e, ao enumerar
Aquele comediante foi um dos que mais me os adjetivos (também no singular), antepor um artigo
fez/fizeram rir. a cada um, menos no primeiro deles. Ex.: Ele estuda a
Fui eu quem faltou/faltei à aula. língua inglesa, a francesa e a alemã.
Quais de vós me ajudarão/ajudareis?
“Os Sertões” marcou/marcaram a literatura Com função de predicativo do sujeito
brasileira.
Somente 1,5% das pessoas domina/dominam a Com o verbo após o sujeito, o adjetivo concordará
ciência. (1,5% corresponde ao singular) com a soma dos elementos.
Chegaram/Chegou João e Maria. Ex.: A casa e o quintal estavam abandonados.
4
Um e outro / Nem um nem outro já veio/vie-
-7
ram aqui. Com o verbo antes do sujeito o predicativo do su-
91
Eu, assim como você, odeio/odiamos a política jeito acompanhará a concordância do verbo, que por
.5
brasileira. sua vez concordará tanto com a soma dos elementos
51
O problema do sistema é/são os impostos. quanto com o nome mais próximo.
.7
Hoje é/são 22 de agosto. Ex.: Estava abandonada a casa e o quintal. / Esta-
79
Devemos estudar muito para atingir/atingir- vam abandonados a casa e o quintal.
-0
mos a aprovação. ZA
Deixei os rapazes falar/falarem tudo. Como saber quando o adjetivo tem valor de adjun-
to adnominal ou predicativo do sujeito? Substitua os
U
SO
Silepse de número: usa-se um termo discor- Fazendo a troca, fica “Eles existem”, e não “Eles
A
existem complicados”.
D
tem. Ex.: Flor tem vida muito curta, logo mur- então é um adjunto adnominal.
YG
do processo verbal. O verbo fica na 1ª pessoa do Recomenda-se concordar com a soma dos substan-
EL
plural. Ex.: Os brasileiros, enquanto advindos tivos, embora alguns estudiosos admitam a concor-
XW
Concordância Nominal
M
4
um substantivo; mantém-se no singular)
-7
Ex.: Comprei duzentos gramas de farinha.
91
“A grama do vizinho sempre é mais verde.”
z Plural de Adjetivos Compostos
.5
51
É proibido entrada / É proibida a entrada
Quando houver adjetivo composto, apenas o últi-
.7
79
Se o sujeito vier determinado, a concordância do mo elemento concordará com o substantivo referente.
-0
verbo e do predicativo do sujeito será regular, ou Os demais ficarão na forma masculina singular.
seja, tanto o verbo quanto o predicativo concorda- Se um dos elementos for originalmente um subs-
ZA
rão com o determinante. tantivo, todo o adjetivo composto ficará invariável.
U
São invariáveis.
Ex.: Havia menos violência antigamente. bém pode ser um substantivo.
H
Aquelas garotas são pseudoatletas. / Seu argumen- O termo “mar” fica invariável por seguir a mesma
L
to é pseudo-objetivo.
XW
4
fim de semana — fins de semana;
-7
pé de moleque — pés de moleque. Preposições Prefixos Verbais
91
.5
z Flexão apenas do segundo elemento
Alguns nomes regem preposições semelhantes a
51
seus “prefixos”:
.7
Nos substantivos compostos formados por
79
tema verbal ou palavra invariável + substan-
dependente, dependência de
-0
tivo ou adjetivo:
inclusão, inserção emZA
bate-papo — bate-papos; inerente em/a
U
quebra-cabeça — quebra-cabeças; descrente de/em
SO
convívio com
SI
encerrado em
R
enfiado em
O
zum-zum — zum-zuns;
YG
4
-7
Objeto indireto: a um mês de férias
� Chamar: transitivo direto; transitivo seguido de
91
predicativo do objeto
.5
A seguir, uma lista dos principais verbos que Ex.: Chamou o filho para o almoço. (transitivo dire-
51
geram dúvidas quanto à regência: to com sentido de “convocar”)
.7
Chamei-lhe inteligente. (transitivo seguido de pre-
79
� Abraçar: transitivo direto dicativo do objeto com sentido de “denominar,
-0
Ex.: Abraçou a namorada com ternura. qualificar”)
O colar abraçava-lhe elegantemente o pescoço
ZA
� Custar: transitivo indireto; transitivo direto e indi-
U
� Agradar: transitivo direto; transitivo indireto reto; intransitivo
SO
Ex.: A menina agradava o gatinho. (transitivo dire- Ex.: Custa-lhe crer na sua honestidade. (transitivo
to com sentido de “acariciar”)
A
A notícia agradou aos alunos. (transitivo indireto A imprudência custou lágrimas ao rapaz. (transiti-
no sentido de “ser agradável a”)
SI
� Agradecer: transitivo direto; transitivo indireto; Este vinho custou trinta reais. (intransitivo)
D
personificado)
L
Ex.: Seguido de infinitivo intransitivo precedido da Mamãe sempre implicou com meus hábitos. (transiti-
preposição a, rege indiferentemente objeto direto vo indireto com sentido de “mostrar má disposição”)
e objeto indireto. Ele implicou-se em negócios ilícitos. (transitivo
LÍNGUA PORTUGUESA
Ajudou o filho a fazer as atividades. (transitivo direto) direto e indireto com sentido de envolver-se”)
Ajudou ao filho a fazer as atividades. (transitivo
indireto) � Informar: transitivo direto e indireto
Se o infinitivo preposicionado for intransitivo, Ex.: Referente à pessoa: objeto direto; referente à
rege apenas objeto direto: coisa: objeto indireto, com as preposições de ou
Ajudaram o ladrão a fugir. sobre
Informaram o réu de sua condenação.
Não seguido de infinitivo, geralmente rege objeto
Informaram o réu sobre sua condenação.
direto:
Referente à pessoa: objeto direto; referente à coi-
Ajudei-o muito à noite.
sa: objeto indireto, com a preposição a
Informaram a condenação ao réu.
� Ansiar: transitivo direto; transitivo indireto
Ex.: A falta de espaço ansiava o prisioneiro. (tran- � Interessar-se: verbo pronominal transitivo indi-
sitivo direto com sentido de “angustiar”) reto, com as preposições em e por 93
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Ex.: Ela interessou-se por minha companhia. Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos
científicos da contemporaneidade são as institui-
� Namorar: intransitivo; transitivo indireto; transi- ções e os pesquisadores norte-americanos; isso fez
tivo direto e indireto do inglês a língua científica internacional. Todavia, se
Ex.: Eles começaram a namorar faz tempo. (intran- os fatores históricos que produziram a supremacia
sitivo com sentido de “cortejar”) científica norte-americana se tivessem verificado, por
Ele vivia namorando a vitrine de doces. (transitivo exemplo, na Holanda, o holandês nos estaria servin-
indireto com sentido de “desejar muito”) do exatamente tão bem quanto o inglês o faz agora.
“Namorou-se dela extremamente.” (A. Gar- Não há no inglês traços estruturais intrínsecos que o
ret) (transitivo direto e indireto com sentido de façam superior ao holandês como língua adequada à
“encantar-se”) expressão de conceitos científicos.
Não se conhece caso em que o desenvolvimento da
� Obedecer/desobedecer: transitivos indiretos
superioridade literária ou científica de um povo possa
Ex.: Obedeçam à sinalização de trânsito.
ser claramente atribuído à qualidade da língua desse
Não desobedeçam à sinalização de trânsito.
povo. Ao contrário, as grandes literaturas e os grandes
� Pagar: transitivo direto; transitivo indireto; transi- movimentos científicos surgem nas grandes nações
tivo direto e indireto (as mais ricas, as mais livres de restrições ao pensa-
Ex.: Você já pagou a conta de luz? (transitivo direto) mento e também — ai de nós! — as mais poderosas
Você pagou ao dono do armazém? (transitivo política e militarmente). O desenvolvimento dos diver-
indireto) sos aspectos materiais e culturais de uma nação se dá
Vou pagar o aluguel ao dono da pensão. (transitivo mais ou menos harmoniosamente; a ciência e a arte
direto e indireto) são também produtos da riqueza e da estabilidade de
uma sociedade.
� Perdoar: transitivo direto; transitivo indireto; O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é
transitivo direto e indireto o de não desenvolverem vocabulário técnico e cien-
Ex.: Perdoarei as suas ofensas. (transitivo direto) tífico suficiente para acompanhar a corrida tecnoló-
A mãe perdoou à filha. (transitivo indireto) gica. Se a defasagem chegar a ser muito grande, os
Ela perdoou os erros ao filho. (transitivo direto e próprios falantes acabarão optando por utilizar uma
4
indireto) língua estrangeira ao tratarem de assuntos científicos
-7
e técnicos.
91
� Suceder: intransitivo; transitivo direto
.5
Ex.: O caso sucedeu rapidamente. (intransitivo no
51
Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para fazer
sentido de “ocorrer”)
ciência). In: Ciência Hoje, 1994 (com adaptações).
.7
A noite sucede ao dia. (transitivo direto no sentido
79
de “vir depois”) A respeito dos aspectos gramaticais do texto 14A1-I,
-0
julgue o item a seguir.
ZA
U
O vocábulo “intrínsecos”, empregado no parágrafo, é
HORA DE PRATICAR!
SO
e 2. ( ) CERTO ( ) ERRADO
SI
A
Texto 14A1-I
D
fazem com igual facilidade (embora lançando mão No último parágrafo, o verbo correr está empregado
L
4
sala as opiniões ouvidas numa esquina, e vice-ver- fotografias, os cartuns, as pinturas, entre outros” pode-
-7
ria ser reescrito da seguinte forma: onde se incluem a
91
sa, porque esse fato, posto indique certa carência de
palavra escrita, as peças teatrais, os filmes, os vídeos, as
.5
ideias, ainda assim pode não passar de uma traição da
fotografias, os cartuns, as pinturas e entre outros.
51
memória. Não; refiro-me ao gesto correto e perfilado
.7
com que usas expender francamente as tuas simpatias
79
ou antipatias acerca do corte de um colete, das dimen- ( ) CERTO ( ) ERRADO
-0
sões de um chapéu, do ranger ou calar das botas novas.
Eis aí um sintoma eloquente, eis aí uma esperança. No 5. (CEBRASPE-CESPE — 2020) Acerca das ideias, dos
ZA
entanto, podendo acontecer que, com a idade, venhas sentidos e dos aspectos linguísticos do texto prece-
U
a ser afligido de algumas ideias próprias, urge apare- dente, julgue o item, seguinte.
SO
reza espontâneas e súbitas; por mais que as soframos, É facultativo o emprego da vírgula presente na afirmação
LV
elas irrompem e precipitam-se. Daí a certeza com que atribuída a Voltaire, no primeiro período do texto.
SI
Machado de Assis. Teoria do medalhão. In: 50 contos escolhidos de 6. (CEBRASPE-CESPE — 2022) A tecnologia finalmen-
O
Machado de Assis. Seleção, introdução e notas de John Gledson. te está derrubando os muros do tradicionalismo que
YG
São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 82-83 (com adaptações envolve o mundo do direito. Cercado de costumes e
H
Considerando os aspectos linguísticos do texto Teo- têm a fama de serem apegados a formalismos, praxes
EL
ria do medalhão, apresentado anteriormente, julgue o e arcaísmos resistentes a mudanças mais radicais. São
XW
Na oração “urge aparelhar fortemente o espírito”, o seg- dade e a operacionalidade costumeira do sistema.
mento “urge aparelhar” constitui uma locução verbal. Nem mesmo o hermético universo do direito resistiu
às mudanças tecnológicas trazidas pela rede mundial
LÍNGUA PORTUGUESA
4
tural não fossem essenciais para desenvolver capa-
-7
entrada, esperando que o portão de ferro se abrisse.
91
Enquanto as mulheres que tinham voltado do tribunal cidade de escuta e habilidades protetivas em saúde
mental. Como se eles não nos ensinassem como
.5
estavam em pé do lado de fora dos portões de ferro,
51
fui levada para fora da sala. Lá, havia o mesmo piso de sofrer e, reciprocamente, como tratar o sofrimento no
.7
cimento imundo, paredes de azulejos amarelados des- contexto coletivo e individual do cuidado de si.
79
corados e duas escrivaninhas velhas de escritório. Uma
-0
Christian Dunker. A Arte da quarentena para principiantes.
inspetora branca e robusta estava no comando. Quan- São Paulo: Boitempo, 2020, p. 32-33 (com adaptações
ZA
do eu descobri, entre os papéis grudados na parede, um
cartaz de pessoas procuradas pelo FBI com a minha
U
No parágrafo, o termo “ironizar” está empregado com
SO
( ) CERTO ( ) ERRADO
para me vigiar. Ela era negra, jovem — mais nova do que
SI
de ela ser negra que me surpreendeu, foi seu comporta- Texto CB1A1-I
O
YG
alguma informação sobre a minha situação, perguntei soas ao redor do mundo, principalmente em relação à
L
sustentabilidade.
EL
por que a demora era tão longa. Ela não sabia deta-
lhes, disse, mas achavaque estavam tentando decidir Dentro de casa, aumentou a percepção quanto à
XW
como me manteriam separada da população prisional. importância de modelos de consumo mais conscien-
tes e responsáveis, como a escolha de produtos mais
A
área da prisão reservada para mulheres com transtor- duráveis e menos geradores de resíduos. No entanto,
nos psicológicos. Olhei para ela com incredulidade. a transformação mais significativa, que deveria vir das
Para mim, prisão era prisão — não existia gradação de empresas, ainda é relativamente tímida.
melhor ou pior. De acordo com Mariana Schuchovski, professora de
Sustentabilidade do ISAE Escola de Negócios, a disse-
Angela Y. Davis. Uma autobiografia. Heci Regina Candiani (Trad.). 1.ª minação do vírus é resultado do atual modelo de desen-
ed. São Paulo: Boitempo, 2019 (com adaptações). volvimento, que fomenta o uso irracional de recursos
naturais e a destruição de hábitats, como florestas e
Com referência às ideias e aos aspectos linguísticos outras áreas, o que faz que animais, forçados a mudar
do texto precedente, julgue o item a seguir. seus hábitos de vida, contraiam e transmitam doenças
que não existiriam em situações normais. “Situações de
Sem alteração dos sentidos do texto, a palavra “lúgu- desequilíbrio ambiental, causadas principalmente por
bre”, no primeiro parágrafo do texto, poderia ser subs- desmatamento e mudanças de clima, aumentam ainda
tituída por fúnebre. mais a probabilidade de que zoonoses, ou seja, doen-
ças de origem animal, nos atinjam e alcancem o pata-
96 ( ) CERTO ( ) ERRADO mar de epidemias e pandemias”, explica a professora.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A especialista aponta que todos nós, indivíduos, socie- Julgue o item que se segue, com relação a aspectos
dade e empresas, precisamos entender os impactos linguísticos do texto precedente.
desta pandemia no meio ambiente e na sustentabili-
dade bem como refletir sobre eles e, principalmente, No trecho “é o discurso que estabelece os limites da
sobre a sua relação inversa: o impacto da (in)sustenta- nossa liberdade e nos impulsiona a transgredir e trans-
bilidade dos nossos modelos de produção e consumo cender os limites” (primeiro parágrafo), as formas ver-
como causador desta pandemia. “Toda escolha que bais “impulsiona”, “transgredir” e transcender” estão
fazemos pode ser para apoiar ou não a sustentabili- coordenadas entre si, estabelecendo uma relação de
dade”, diz Mariana. Por outro lado, para que possamos adição, evidenciada pelo emprego do conectivo “e”
fazer melhores escolhas e praticar o verdadeiro consu- após “transgredir”.
mo consciente, é necessário que, em primeiro lugar, as
empresas realizem a produção consciente, assumindo ( ) CERTO ( ) ERRADO
sua verdadeira responsabilidade pelos impactos que
causam. 11. (CEBRASPE-CESPE — 2022) As forças da natureza
são obviamente indiferentes a modos de produção,
Internet: <www.ecodebate.com.br> (com adaptações). tempo e espaço. Mas são as estruturas sociais que
determinam as consequências, o grau de sofrimento e
Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A- quem morre mais. Em 1989, o terremoto de São Fran-
1-I, julgue o item que se segue. cisco, de intensidade 7,1 na escala Richter, causou a
morte de 63 pessoas e deixou cerca de 3.700 feridos.
No segundo período do terceiro parágrafo, a forma Em 2010, o terremoto em Porto Príncipe, no Haiti, de
pronominal ‘nos’ funciona como complemento das magnitude 7,0 na escala Richter, matou mais de 300
formas verbais ‘atinjam’ e ‘alcancem’. mil pessoas e deixou 300 mil feridos. Dez meses
depois, uma epidemia de cólera matou 9 mil pessoas.
( ) CERTO ( ) ERRADO Quando a natureza atinge a existência humana, o impul-
so primário é buscar o culpado mais à mão no imagi-
10. (CEBRASPE-CESPE — 2021) É o discurso que nos liber- nário. Pode ser Deus, a cruel natureza ou o enigmático
ta e é o discurso que estabelece os limites da nossa
4
ente a que se denomina destino. Mas muito frequente-
-7
liberdade e nos impulsiona a transgredir e transcender mente destino é uma expressão que encobre com um
91
os limites — já estabelecidos ou ainda a ser estabeleci-
véu de irracionalidade o que é apenas obra humana.
.5
dos no futuro. Discurso é aquilo que nos faz enquanto
51
O vírus atinge o planeta. O vírus ameaça a humani-
nós o fazemos. E é graças ao discurso, e seu ímpeto
.7
dade. Planeta ou humanidade designam tanto os
endêmico de espreitar além das fronteiras que ele esta-
79
habitantes de Manhattan, da Avenue Foch, em Paris,
belece para a sua própria liberdade, que nosso estar no
-0
do Leblon, no Rio de Janeiro, ou dos Jardins, em São
mundo é um processo de vir a ser perpétuo — inces-
Paulo, como também designam os 800 milhões de
ZA
sante e infinito: nosso vir a ser € o vir a ser do nosso
pessoas que passam fome no mundo, segundo dados
U
“mundo da vida” — juntar-se, misturar-se, embora sem
da Organização das Nações Unidas (2017). No plane-
SO
bremente conclamou (instruiu) seus colegas historia- palavras “confinamento”, “isolamento” ou “quarentena”
XW
dores do século XIX a recuperar. Comentando sobre são piadas de mau gosto. Vivem 4,5 bilhões de pes-
a história de Juan Goytisolo a respeito de um velho, soas que não têm saneamento nem água encanada,
A
4
-7
ção de uma estrutura cerebral chamada amígdala, liga-
91
Simone de Beauvoir. A força das coisas. Rio de Janeiro: Nova da a sensações como medo e ansiedade, em crianças
Fronteira, 2018, p. 497-498 (com adaptações).
.5
e adolescentes de 4 a 16 anos. O estudo mostrou que
51
a amígdala não responde à questão racial em crian-
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos
.7
ças: a sensação de medo começa a aparecer ao longo
79
linguísticos do texto CG1A1-II, julgue o seguinte item.
da adolescência, o que pode indicar que o racismo é
No parágrafo, o vocábulo “suas”, em “suas antepassa-
-0
aprendido ao longo da vida.
das”, refere-se a “crianças”. ZA
Já as pesquisas na área de psicologia experimental,
que muitas vezes estudam o comportamento dos
U
( ) CERTO ( ) ERRADO
SO
sendo obliterado e passa a ser apenas um novo ato de experimental da Universidade de São Paulo (USP). “O
que existe tipicamente entre os primatas, os macacos,
H
se implicar de espetáculo desde então terá um cunho eles pertencem; em geral, um grupo com alto grau de
XW
negativo; e como as funções da cerimônia penal dei- parentesco contra outro grupo.”.
xavam pouco a pouco de ser compreendidas, ficou a O geneticista Sérgio Pena não concorda com estudos evo-
A
Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo 18. (CEBRASPE-CESPE — 2020) Com base no Manual de
em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela Redação da Presidência da República, julgue o item
um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia que se segue, acerca de aspectos da redação oficial.
contar com ela para nada. Nem ela própria contava con- O expediente denominado ofício é apropriado como
sigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem forma de comunicação entre unidades administrati-
é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no vas de um mesmo órgão.
mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Clarice Lispector. Uma galinha. In: Laços de família: contos. Rio de
Janeiro: Rocco, 1998.
19. (CEBRASPE-CESPE — 2021) Julgue o seguinte item
Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos de acordo com as prescrições constantes no Manual
linguísticos do texto precedente, julgue o item que se de Redação da Presidência da República acerca das
segue. características formais e linguísticas das correspon-
dências oficiais.
No trecho “Nem ela própria contava consigo, como o
galo crê na sua crista”, existe uma relação de oposição O texto do documento oficial, padrão ofício, deve
entre as orações que compõem o período. seguir a seguinte padronização de estrutura: introdu-
ção, desenvolvimento e conclusão, sendo facultativo
( ) CERTO ( ) ERRADO o desenvolvimento nos casos em que há apenas enca-
minhamento de documentos.
16. (CEBRASPE-CESPE — 2022) Espinosa atravessou
4
lentamente a rua, olhar no chão, mãos nos bolsos, em ( ) CERTO ( ) ERRADO
-7
direção à praça. O sol ainda brilhava forte na tarde de
91
primavera. Procurou um banco vazio, de frente para o 20. (CEBRASPE-CESPE — 2020) Com base no Manual de
.5
51
porto, tendo às costas o velho prédio do jornal A Noite. Redação da Presidência da República, julgue o próxi-
mo item.
.7
À sombra de um grande fícus, deixou as ideias surgi-
79
rem anarquicamente.
-0
Poucas pessoas considerariam a praça Mauá um lugar O texto de um documento oficial deve seguir a estrutura
adequado à reflexão, exceto ele e os mendigos. No padronizada de introdução, desenvolvimento e conclusão,
ZA
começo era visto com desconfiança, mas aos poucos exceto em casos de encaminhamento de documentos.
U
8 ERRADO
No que concerne aos sentidos e aos aspectos linguís-
ticos do texto anterior, julgue o item que se segue. 9 ERRADO
10 ERRADO
O texto poderia ser classificado corretamente como
descritivo ou narrativo, não sendo possível afirmar 11 ERRADO
qual desses tipos textuais nele predomina.
12 ERRADO
( ) CERTO ( ) ERRADO 13 CERTO
17 ERRADO
18 CERTO
19 CERTO
20 CERTO
ANOTAÇÕES
4
-7
91
.5
51
.7
79
-0
ZA
U
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A
LV
SI
A
D
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EL
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A
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100
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Visão de Tarefas – permite alternar entre os pro-
gramas em execução e abre novas áreas de traba-
lho. Seu atalho de teclado é: Windows+TAB;
z Microsoft Edge – navegador de Internet padrão do
Windows 10. Ele está configurado com o buscador
NOÇÕES DE padrão Microsoft Bing, mas pode ser alterado;
z Microsoft Loja – loja de app’s para o usuário bai-
INFORMÁTICA xar novos aplicativos para Windows;
z Windows Mail – aplicativo para correio eletrôni-
co, que carrega as mensagens da conta Microsoft
e pode se tornar um hub de e-mails com adição de
outras contas;
SISTEMA OPERACIONAL WINDOWS 10 z Barra de Acesso Rápido – ícones fixados de pro-
gramas para acessar rapidamente;
NOÇÕES DE SISTEMA OPERACIONAL WINDOWS 10 z Fixar itens – em cada ícone, ao clicar com o botão
direito (secundário) do mouse, será mostrado o
O sistema operacional Windows foi desenvolvido menu rápido, que permite fixar arquivos abertos
pela Microsoft para computadores pessoais (PC) em recentemente e fixar o ícone do programa na bar-
meados dos anos 80, oferecendo uma interface gráfi- ra de acesso rápido;
ca baseada em janelas, com suporte para apontadores z Central de Ações – centraliza as mensagens de segu-
como mouses, touch pad (área de toque nos portáteis), rança e manutenção do Windows, como as atuali-
canetas e mesas digitalizadoras. zações do sistema operacional. Atalho de teclado:
Atualmente, o Windows é oferecido na versão 10, Windows+A (Action). A Central de Ações não precisa
que possui suporte para os dispositivos apontadores ser carregada pelo usuário, ela é carregada automa-
tradicionais, além de tela touch screen e câmera (para ticamente quando o Windows é inicializado;
acompanhar o movimento do usuário, como no siste- z Mostrar área de trabalho – visualizar rapida-
ma Kinect do videogame XBox). mente a área de trabalho, ocultando as janelas
Em concursos públicos, as novas tecnologias e que estejam em primeiro plano. Atalho de teclado:
4
Windows+D (Desktop);
-7
suportes avançados são raramente questionados. As
z Bloquear o computador – com o atalho de tecla-
91
questões aplicadas nas provas envolvem os conceitos
do Windows+L (Lock), o usuário pode bloquear o
.5
básicos e o modo de operação do sistema operacional em
51
computador. Poderá bloquear pelo menu de con-
um dispositivo computacional padrão (ou tradicional).
trole de sessão, acionado pelo atalho de teclado
.7
O sistema operacional Windows é um software
79
Ctrl+Alt+Del;
proprietário, ou seja, não tem o núcleo (kernel) dispo-
-0
z Gerenciador de Tarefas – para controlar os apli-
nível e o usuário precisa adquirir uma licença de uso
cativos, processos e serviços em execução. Atalho
ZA
da Microsoft.
de teclado: Ctrl+Shift+Esc;
O Windows 10 apresenta algumas novidades em
U
relação às versões anteriores, como assistente virtual, teclado Windows+M (Minimize), o usuário pode
navegador de Internet, locais que centralizam infor- minimizar todas as janelas abertas, visualizando
A
mações etc.
LV
a área de trabalho;
z Criptografia com BitLocker – o Windows oferece
SI
z Botão Iniciar – permite acesso aos aplicativos ins- o sistema de proteção BitLocker, que criptografa os
A
ordem alfabética. Combina os blocos dinâmicos e chave será gravada em um pendrive, e para aces-
YG
estáticos do Windows 8 com a lista de programas sar o Windows, ele deverá estar conectado;
H
z Pesquisar – com novo atalho de teclado, a opção facial ou biometria, para acesso ao computador
EL
de termos, itens no dispositivo, na rede local e na z Windows Defender – aplicação que integra recur-
Internet. Para facilitar a ação, tem-se o seguinte sos de segurança digital, como o firewall, antivírus
A
M
de informações no dispositivo, na rede local e na O botão direito do mouse aciona o menu de con-
Internet; texto, sempre.
A assistente virtual Cortana é uma novidade do No Windows 10, os diretórios são chamados de pas-
Windows 10 que está aparecendo em provas tas e algumas pastas são especiais, contendo coleções
de concursos com regularidade. Semelhante de arquivos que são chamadas de Bibliotecas. Ao todo
ao Google Assistente (Android), Siri (Apple) e são quatro Bibliotecas: Documentos, Imagens, Músi-
Alexa (Amazon), essa integra recursos de aces- cas e Vídeos. O usuário poderá criar Bibliotecas para
sibilidade por voz para os usuários do sistema sua organização pessoal, uma vez que elas otimizam
operacional. a organização dos arquivos e pastas, inserindo apenas
ligações para os itens em seus locais originais. 101
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
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Pasta com Pasta sem Pasta vazia
subpasta subpasta
O sistema de arquivos NTFS (New Technology File System) armazena os dados dos arquivos em localizações
dos discos de armazenamento. Por sua vez, os arquivos possuem nome e podem ter extensões.
O sistema de arquivos NFTS suporta unidades de armazenamento de até 256 TB (terabytes, trilhões de bytes)
O FAT32 suporta unidades de até 2 TB.
Antes de prosseguir, vamos conhecer estes conceitos.
4
Pastas ou diretórios Estrutura lógica do sistema de arquivos para organização dos dados na unidade de disco
-7
91
Arquivos Dados. Podem ter extensões
.5
Pode identificar o tipo de arquivo, associando com um software que permita visualização
51
Extensão
e/ou edição. As pastas podem ter extensões como parte do nome
.7
79
Arquivos especiais, que apontam para outros itens computacionais, como unidades, pas-
Atalhos tas, arquivos, dispositivos, sites na Internet, locais na rede etc. Os ícones possuem uma
-0
seta, para diferenciar dos itens originais ZA
U
O disco de armazenamento de dados tem o seu tamanho identificado em Bytes. São milhões, bilhões e até tri-
SO
lhões de bytes de capacidade. Os nomes usados são do Sistema Internacional de Medidas (SI) e estão listados na
escala a seguir.
A
LV
SI
Exabyte
A
(EB)
D
Petabyte
R
(PB)
O
Terabyte
YG
(TB)
Gigabyte
H
trilhão
(GB)
L
Megabyte
EL
bilhão
(MB)
XW
Kilobyte milhão
(KB) mil
A
Byte
M
(B)
Ainda não temos discos com capacidade na ordem de Petabytes (PB – quatrilhão de bytes) vendidos comercial-
mente, mas quem sabe um dia... Hoje estas medidas muito altas são usadas para identificar grandes volumes de
dados na nuvem, em servidores de redes, em empresas de dados etc.
Vamos falar um pouco sobre Bytes: 1 Byte representa uma letra, ou número, ou símbolo. Ele é formado por 8
bits, que são sinais elétricos (que vale zero ou um). Os dispositivos eletrônicos utilizam o sistema binário para repre-
sentação de informações.
A palavra “Nova”, quando armazenada no dispositivo, ocupará 4 bytes. São 32 bits de informação gravada na
memória.
A palavra “Concursos” ocupará 9 bytes, que são 72 bits de informação.
Os bits e bytes estão presentes em diversos momentos do cotidiano. Um plano de dados de celular oferece um
pacote de 5 GB, ou seja, poderá transferir até 5 bilhões de bytes no período contratado. A conexão Wi-Fi de sua
residência está operando em 150 Mbps, ou 150 megabits por segundo, que são 18,75 MB por segundo, e um arqui-
102 vo com 75 MB de tamanho levará 4 segundos para ser transferido do seu dispositivo para o roteador wireless.
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O Windows 10 usa o Explorador de Arquivos (que
Importante! antes era Windows Explorer) para o gerenciamento
de pastas e arquivos. Ele é usado para as operações de
O tamanho dos arquivos no Windows 10 é exi-
manipulação de informações no computador, desde o
bido em modo de visualização de Detalhes, nas básico (formatar discos de armazenamento) até o avan-
Propriedades (botão direito do mouse, menu de çado (organizar coleções de arquivos em Bibliotecas).
contexto) e na barra de status do Explorador de O atalho de teclado Windows+E pode ser acionado
Arquivos. Poderão ter as unidades KB, MB, GB, para executar o Explorador de Arquivos.
TB, indicando quanto espaço ocupam no disco Como o Windows 10 está associado a uma con-
de armazenamento. ta Microsoft (e-mail Live, ou Hotmail, ou MSN, ou
Outlook), o usuário tem disponível um espaço de
armazenamento de dados na nuvem Microsoft One-
Quando os computadores pessoais foram apresen- Drive. No Explorador de Arquivos, no painel do lado
tados para o público, a árvore foi usada como analo- direito, o ícone OneDrive sincroniza os itens com a
gia para explicar o armazenamento de dados, criando nuvem. Ao inserir arquivos ou pastas no OneDrive,
o termo “árvore de diretórios”. eles serão enviados para a nuvem e sincronizados
com outros dispositivos que estejam conectados na
mesma conta de usuário.
Documentos Os atalhos são representados por ícones com uma
Imagens Folhas seta no canto inferior esquerdo, e podem apontar para
Músicas Flores um arquivo, pasta ou unidade de disco. Os atalhos são
Vídeos Frutos independentes dos objetos que os referenciam, por-
tanto, se forem excluídos, não afetam o arquivo, pasta
ou unidade de disco que estão apontando.
Pastas e subpastas Tronco e galhos Podemos criar um atalho de várias formas diferentes:
4
-7
Diretório raiz Raiz z Um atalho para uma pasta cujo conteúdo está sen-
91
do exibido no Explorador de Arquivos pode ser
.5
criado na área de trabalho arrastando o ícone da
51
Árvore de diretórios
pasta, mostrado na barra de endereços e soltando-
.7
-o na área de trabalho.
79
No Windows 10, a organização segue a seguinte
-0
Arquivos ocultos, arquivos de sistema, arquivos
definição: somente leitura..., os atributos dos itens podem ser
ZA
definidos pelo item Propriedades no menu de con-
U
z Pastas texto. O Explorador de Arquivos pode exibir itens que
SO
gens), Vídeos (Meus Vídeos), Músicas (Minhas Windows exibe ícones de pastas, arquivos, programas,
YG
Estruturas do Usuário: Documentos (Meus Docu- ser executados e programas que estão sendo executa-
L
so à Lixeira, Barra de Tarefas, pastas, arquivos, imagem, que pode ser um bitmap (extensão BMP),
M
programas e atalhos;
uma foto (extensão JPG), além de outros formatos grá-
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Lixeira do Windows: Armazena os arquivos de ficos. Ao ver o papel de parede em exibição, sabemos
discos rígidos que foram excluídos, permitindo que o computador está pronto para executar tarefas.
a recuperação dos dados.
z Atalhos
z Drivers
Na área de trabalho podemos encontrar Ícones e estes podem ser ocultados se o usuário escolher ‘Ocultar
ícones da área de trabalho’ no menu de contexto (botão direito do mouse, Exibir). Os ícones representam atalhos,
arquivos, pastas, unidades de discos e componentes do Windows (como Lixeira e Computador).
No canto inferior esquerdo encontraremos o botão Iniciar, que pode ser acionado pela tecla Windows ou pela
combinação de teclas Ctrl+Esc. Ao ser acionado, o menu Iniciar será apresentado na interface de blocos que sur-
giu com o Windows 8, interface Metro.
A ideia do menu Iniciar é organizar todas as opções instaladas no Windows 10, como acessar Configurações
(antigo Painel de Controle), programas instalados no computador, apps instalados no computador a partir da
4
Windows Store (loja de aplicativos da Microsoft) etc.
-7
Ao lado do botão Iniciar encontramos a caixa de pesquisas (Cortana). Com ela, poderemos digitar ou ditar o
91
nome do recurso que estamos querendo executar e o Windows 10 apresentará a lista de opções semelhantes na
.5
área de trabalho e a possibilidade de buscar na Internet. Além da digitação, podemos falar o que estamos queren-
51
do procurar, clicando no microfone no canto direito da caixa de pesquisa.
.7
79
A seguir, temos o item Visão de Tarefas sendo uma novidade do Windows 10, que permite visualizar os dife-
rentes aplicativos abertos (como o atalho de teclado Alt+Tab clássico) e alternar para outra Área de Trabalho. O
-0
atalho de teclado para Visão de Tarefas é Windows+Tab. ZA
Enquanto no Windows 7 só temos uma Área de Trabalho, o Windows 10 permite trabalhar com várias áreas de
U
trabalho independentes, onde os programas abertos em uma não interfere com os programas abertos em outra.
SO
A seguir, a tradicional Barra de Acesso Rápido, que organiza os aplicativos mais utilizados pelo usuário, per-
mitindo o acesso rápido, tanto por clique no mouse, como por atalhos (Windows+1 para o primeiro, Windows+2
A
LV
para o segundo programa etc.) e também pelas funcionalidades do Aero (como o Aero Peek, que mostrará minia-
turas do que está em execução, e consequente transparência das janelas).
SI
A Área de Notificação mostrará a data, hora, mensagens da Central de Ações (de segurança e manutenção),
A
Por sua vez, em “Mostrar Área de Trabalho”, o atalho de teclado Windows+D mostrará a área de trabalho ao
O
primeiro clique e mostrará o programa que estava em execução ao segundo clique. Se a opção “Usar Espiar para
YG
visualizar a área de trabalho ao posicionar o ponteiro do mouse no botão Mostrar Área de Trabalho na extremida-
H
de da barra de tarefas” estiver ativado nas Configurações da Barra de Tarefas, não será necessário clicar. Bastará
L
Uma novidade do Windows 10 foi a incorporação dos Blocos Dinâmicos (que antes estavam na interface Metro
XW
do Windows 8 e 8.1) no menu Iniciar. Os blocos são os aplicativos fixados no menu Iniciar. Se quiser ativar ou
desativar, pressione e segure o aplicativo (ou clique com o botão direito do mouse) que mostra o bloco dinâmico
A
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Navegador padrão
do Windows 10 Atalhos
Itens Excluídos
4
Barra de Tarefas
-7
91
Figura 2. Elementos da área de trabalho do Windows 10.
.5
51
Mostrar área de trabalho agora está no canto inferior direito, ao lado do relógio, na área de notificação da
.7
Barra de Tarefas. O atalho continua o mesmo: Win+D (Desktop).
79
-0
ZA
U
SO
A
Aplicativos fixados na Barra de Tarefas são ícones que permanecem em exibição todo o tempo.
LV
SI
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O
YG
Aplicativo que está em execução 1 vez possui um pequeno traço azul abaixo do ícone.
H
L
EL
XW
A
M
Aplicativo que está em execução mais de 1 vez possui um pequeno traço segmentado azul no ícone.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
1 +1 Não está em
execução execução execução
105
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
ÁREA DE TRANSFERÊNCIA
Um dos itens mais importantes do Windows não é visível como um ícone ou programa. A Área de Transfe-
rência é um espaço da memória RAM, que armazena uma informação de cada vez. A informação armazenada
poderá ser inserida em outro local, e ela acaba trabalhando em praticamente todas as operações de manipulação
de pastas e arquivos.
No Windows 10, se quiser visualizar o conteúdo da Área de Transferência, acione o atalho de teclado Windo-
ws+V (View).
Ao acionar o atalho de teclado Ctrl+C (Copiar), estamos copiando o item para a memória RAM, para ser inse-
rido em outro local, mantendo o original e criando uma cópia.
Ao acionar o atalho de teclado PrintScreen, estamos copiando uma “foto da tela inteira” para a Área de Trans-
ferência, para ser inserida em outro local, como em um documento do Microsoft Word ou edição pelo acessório
Microsoft Paint.
Ao acionar o atalho de teclado Alt+PrintScreen, estamos copiando uma ‘foto da janela atual’ para a Área de
Transferência, desconsiderando outros elementos da tela do Windows.
Ao acionar o atalho de teclado Ctrl+V (Colar), o conteúdo que está armazenado na Área de Transferência será
inserido no local atual.
Dica
As três teclas de atalhos mais questionadas em questões do Windows são Ctrl+X, Ctrl+C e Ctrl+V, que acio-
nam os recursos da Área de Transferência.
As ações realizadas no Windows, em sua quase totalidade, podem ser desfeitas ao acionar o atalho de teclado
Ctrl+Z imediatamente após a sua realização. Por exemplo, ao excluir um item por engano, e pressionar Del ou
Delete, o usuário pode acionar Ctrl+Z (Desfazer) para restaurar ele novamente, sem necessidade de acessar a
Lixeira do Windows.
E outras ações podem ser repetidas, acionando o atalho de teclado Ctrl+Y (Refazer), quando possível.
Para obter uma imagem de alguma janela em exibição, além dos atalhos de teclado PrintScreen e Alt+PrintS-
4
-7
creen, o usuário pode usar o recurso Instantâneo, disponível nos aplicativos do Microsoft Office.
91
Outra forma de realizar esta atividade é usar a Ferramenta de Captura (Captura e Esboço), disponível no
.5
Windows.
51
Mas se o usuário quer apenas gravar a imagem capturada, poderá fazer com o atalho de teclado Windo-
.7
ws+PrintScreen, que salva a imagem em um arquivo na pasta “Capturas de Tela”, na Biblioteca de Imagens.
79
A área de transferência é um dos principais recursos do Windows, que permite o uso de comandos, realização
-0
de ações e controle das ações que serão desfeitas.
ZA
MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PASTAS
U
SO
Ao nomear arquivos e pastas, algumas regras precisam ser conhecidas para que a operação seja realizada com
A
sucesso.
LV
SI
z O Windows não é case sensitive. Ele não faz distinção entre letras minúsculas ou letras maiúsculas. Um arqui-
vo chamado documento.docx será considerado igual ao nome Documento.DOCX;
A
D
z O Windows não permite que dois itens tenham o mesmo nome e a mesma extensão quando estiverem arma-
R
z O Windows não aceita determinados caracteres nos nomes e extensões. São caracteres reservados, para outras
operações, que são proibidos na hora de nomear arquivos e pastas. Os nomes de arquivos e pastas podem ser
H
compostos por qualquer caractere disponível no teclado, exceto os caracteres * (asterisco, usado em buscas),
L
EL
? (interrogação, usado em buscas), / (barra normal, significa opção), | (barra vertical, significa concatenador
de comandos), \ (barra invertida, indica um caminho), “ (aspas, abrange textos literais), : (dois pontos, significa
XW
unidade de disco), < (sinal de menor, significa direcionador de entrada) e > (sinal de maior, significa direcio-
A
nador de saída);
M
z Existem termos que não podem ser usados, como CON (console, significa teclado), PRN (printer, significa
impressora) e AUX (indica um auxiliar), por referenciar itens de hardware nos comandos digitados no Prompt
de Comandos (por exemplo, para enviar para a impressora um texto através da linha de comandos, usamos
TYPE TEXTO.TXT > PRN).
Entre os caracteres proibidos, o asterisco é o mais conhecido. Ele pode ser usado para substituir de zero à N
caracteres em uma pesquisa, tanto no Windows como nos sites de busca na Internet.
As ações realizadas pelos usuários em relação à manipulação de arquivos e pastas podem estar condicionadas
ao local onde ela é efetuada, ou ao local de origem e destino da ação. Portanto, é importante verificar no enuncia-
do da questão, geralmente no texto associado, estes detalhes que determinarão o resultado da operação.
As operações podem ser realizadas com atalhos de teclado, com o mouse, ou com a combinação de ambos. As
bancas organizadoras costumam questionar ações práticas nas provas e, na maioria das vezes utilizam imagens
nas questões.
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OPERAÇÕES COM TECLADO
Atalhos de teclado Resultado da operação
Ctrl+X e Ctrl+V
Não é possível recortar e colar na mesma pasta. Será exibida uma mensagem de erro
na mesma pasta
Ctrl+X e Ctrl+V
Recortar (da origem) e colar (no destino). O item será movido
em locais diferentes
Ctrl+C e Ctrl+V Copiar e colar. O item será duplicado. A cópia receberá um sufixo (Copia) para diferenciar
na mesma pasta do original
Ctrl+C e Ctrl+V Copiar (da origem) e colar (no destino). O item será duplicado, mantendo o nome e
em locais diferentes extensão
Tecla Delete em um item do Deletar, apagar, enviar para a Lixeira do Windows, podendo recuperar depois, se o item
disco rígido estiver em um disco rígido local interno ou externo conectado na CPU
Tecla Delete em um item do Será excluído definitivamente. A Lixeira do Windows não armazena itens de unidades
disco removível removíveis (pendrive), ópticas ou unidades remotas
Shift+Delete Independentemente do local onde estiver o item, ele será excluído definitivamente
Renomear. Trocar o nome e a extensão do item. Se houver outro item com o mesmo
F2 nome no mesmo local, um sufixo numérico será adicionado para diferenciar os itens. Não
é permitido renomear um item que esteja aberto na memória do computador
Lixeira
Um dos itens mais questionados em concursos públicos é a Lixeira do Windows. Ela armazena os itens que
foram excluídos de discos rígidos locais, internos ou externos conectados na CPU.
Ao pressionar o atalho de teclado Ctrl+D, ou a tecla Delete (DEL), o item é removido do local original e arma-
4
zenado na Lixeira.
-7
Quando o item está na Lixeira, o usuário pode escolher a opção Restaurar, para retornar ele para o local
91
original. Se o local original não existe mais, pois suas pastas e subpastas foram removidas, a Lixeira recupera o
.5
51
caminho e restaura o item.
Os itens armazenados na Lixeira poderão ser excluídos definitivamente, escolhendo a opção “Esvaziar Lixeira” no
.7
79
menu de contexto ou faixa de opções da Lixeira.
Quando acionamos o atalho de teclado Shift+Delete, o item será excluído definitivamente. Pelo Windows, itens
-0
excluídos definitivamente ou apagados após esvaziar a Lixeira não poderão ser recuperados. É possível recuperar
ZA
com programas de terceiros, mas isto não é considerado no concurso, que segue a configuração padrão.
U
Os itens que estão na Lixeira podem ser arrastados com o mouse para fora dela, restaurando o item para o
SO
tamanho máximo reservado para a Lixeira, poderá desativar ela excluindo os itens diretamente e configurar Lixeiras
individuais para cada disco conectado.
SI
A
D
Duplo clique o programa padrão que está associado. Nos programas do com-
putador, poderá abrir um item através da opção correspondente
A
M
Arrastar na mesma unidade, será movido. Arrastar entre unidades diferentes, será copiado.
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OPERAÇÕES COM TECLADO E MOUSE
Arrastar com o botão principal pressionado um item com O item será copiado, quando a tecla CTRL for liberada, inde-
a tecla CTRL pressionada pendente da origem ou do destino da ação
Arrastar com o botão principal pressionado um item com O item será movido, quando a tecla SHIFT for liberada, inde-
a tecla SHIFT pressionada pendente da origem ou do destino da ação
Arrastar com o botão principal pressionado um item com Será criado um atalho para o item, independente da ori-
a tecla ALT pressionada (ou CTRL+SHIFT) gem ou do destino da ação
Extensões de Arquivos
O Windows 10 apresenta ícones que representam arquivos, de acordo com a sua extensão. A extensão caracteriza o
tipo de informação que o arquivo armazena. Quando um arquivo é salvo, uma extensão é atribuída para ele, de acordo
com o programa que o criou. É possível alterar esta extensão, porém corremos o risco de perder o acesso ao arquivo,
que não será mais reconhecido diretamente pelas configurações definidas em Programas Padrão do Windows.
Importante!
4
-7
Existem arquivos sem extensão, como itens do sistema operacional. Ela é opcional e procura associar o
91
arquivo com um programa para visualização ou edição. Se o arquivo não possui extensão, o usuário não
.5
conseguirá executar ele, por se tratar de conteúdo de uso interno do sistema operacional (que não deve ser
51
manipulado).
.7
79
-0
Confira na tabela a seguir algumas das extensões e ícones mais comuns em provas de concursos.
ZA
EXTENSÃO ÍCONE FORMATO
U
SO
Adobe Acrobat. Pode ser criado e editado pelos aplicativos Office. Formato de documento
PDF
A
portável (Portable Document Format) que poderá ser visualizado em várias plataformas
LV
SI
A
Documento de textos do Microsoft Word. Textos com formatação que podem ser editados
DOCX
D
Pasta de trabalho do Microsoft Excel. Planilhas de cálculos que podem ser editadas pelo Li-
XLSX
H
breOffice calc
L
EL
XW
Apresentação de slides do Microsoft PowerPoint, que poderá ser editada pelo LibreOffice
PPTX
Impress
A
M
Texto sem formatação. Formato padrão do acessório Bloco de Notas. Poderá ser aberto por
TXT
vários programas do computador
Rich Text Format – formato de texto rico. Padrão do acessório WordPad, este documento de
RTF
texto possui alguma formatação, como estilos de fontes
MP4, AVI, Formato de vídeo. Quando o Windows efetua a leitura do conteúdo, exibe no ícone a miniatura
MPG do primeiro quadro. No Windows 10, Filmes e TV reproduzem os arquivos de vídeo
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
EXTENSÃO ÍCONE FORMATO
Formato de áudio. O Gravador de Som pode gravar o áudio. O Windows Media Player e o Groo-
MP3
ve Music podem reproduzir o som
BMP, GIF,
Formato de imagem. Quando o Windows efetua a leitura do conteúdo, exibe no ícone a miniatura
JPG, PCX,
da imagem. No Windows 10, o acessório Paint visualiza e edita os arquivos de imagens
PNG, TIF
Formato ZIP, padrão do Windows para arquivos compactados. Não necessita de programas
ZIP
adicionais, como o formato RAR, que exige o WinRAR
Biblioteca de ligação dinâmica do Windows. Arquivo que contém informações que podem ser
DLL
usadas por vários programas, como uma caixa de diálogo
EXE, COM,
Arquivos executáveis, que não necessitam de outros programas para serem executados
BAT
Uma das extensões menos conhecidas e mais questionadas das bancas é a extensão RTF. Rich Text Format, uma
tentativa da Microsoft em criar um padrão de documento de texto com alguma formatação para múltiplas plata-
formas. A extensão RTF pode ser aberta pelos programas editores de textos, como o Microsoft Word e LibreOffice
Writer, e é padrão do acessório do Windows WordPad.
4
Se o usuário quiser, pode acessar Configurações (atalho de teclado Windows+I) e modificar o programa padrão.
-7
Alterando esta configuração, o arquivo será visualizado e editado por outro programa de escolha do usuário.
91
As Configurações do Windows e dos programas instalados estão armazenadas no Registro do Windows. O
.5
51
arquivo do registro do Windows pode ser editado pelo comando regedit.exe, acionado na caixa de diálogo “Exe-
cutar”. Entretanto, não devemos alterar suas hives (chaves de registro) sem o devido conhecimento, pois poderá
.7
79
inutilizar o sistema operacional.
No Windows 10, Configurações é o Painel de Controle. A troca do nome alterou a organização dos itens de ajus-
-0
tes do Windows, tornando-se mais simples e intuitivo. ZA
Através deste item o usuário poderá instalar e desinstalar programas e dispositivos, configurar o Windows,
U
além de outros recursos administrativos.
SO
Por meio do ícone Rede e Internet do Windows 10, acessado pela opção Configurações, localizada na lista exibi-
da a partir do botão Iniciar, é possível configurar VPN, Wi‐Fi, modo avião, entre outros. VPN/ Wi-Fi/ Modo avião/
A
Status da rede/ Ethernet/ Conexão discada/ Hotspot móvel/ Uso de dados/ Proxy.
LV
Modo Avião é uma configuração comum em smartphones e tablets que permite desativar, de maneira rápida,
SI
a comunicação sem fio do aparelho – que inclui Wi‑Fi, Bluetooth, banda larga móvel, GPS, GNSS, NFC e todos os
A
No Explorador de Arquivos do Windows 10, ao exibir os detalhes dos arquivos, é possível visualizar informa-
R
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Um dos temas mais questionados são os modos de exibição do Windows. Se tem um computador com Windows
10, procure visualizar os modos de exibição no seu Explorador de Arquivos. Praticar a disciplina no computador
ajuda na memorização dos recursos.
1. Barra de menus
6. Barra de Rolagem
1. Barra de menus: são apresentados os menus com os respectivos serviços que podem ser executados no
aplicativo.
4
2. Barra ou linha de título: mostra o nome do arquivo e o nome do aplicativo que está sendo executado na jane-
-7
la. Através dessa barra, conseguimos mover a janela quando a mesma não está maximizada. Para isso, clique
91
na barra de título, mantenha o clique e arraste e solte o mouse. Assim, você estará movendo a janela para a
.5
posição desejada. Depois é só soltar o clique.
51
3. Botão minimizar: reduz uma janela de documento ou aplicativo para um ícone. Para restaurar a janela para
.7
seu tamanho e posição anteriores, clique neste botão ou clique duas vezes na barra de títulos.
79
4. Botão maximizar: aumenta uma janela de documento ou aplicativo para preencher a tela. Para restaurar a
-0
janela para seu tamanho e posição anteriores, clique neste botão ou clique duas vezes na barra de títulos.
ZA
5. Botão fechar: fecha o aplicativo ou o documento. Solicita que você salve quaisquer alterações não salvas antes
U
de fechar. Alguns aplicativos, como os navegadores de Internet, trabalham com guias ou abas, que possui o seu
SO
Para deslocar-se para outra parte do documento, arraste a caixa ou clique nas setas da barra de rolagem.
SI
No Windows 10, tanto pelo Explorador de Arquivos como pelo menu Iniciar, encontramos as opções para
R
O
O Windows 10 disponibiliza listas de atalho como recurso que permite o acesso direto a sítios, músicas, docu-
mentos ou fotos. O conteúdo dessas listas está diretamente relacionado com o programa ao qual elas estão asso-
H
ciadas. O recurso de Lista de Atalhos, novidade do Windows 7 que foi mantida nas versões seguintes, possibilita
L
EL
organizar os arquivos abertos por um aplicativo ao ícone do aplicativo, com a possibilidade ainda de fixar o item
na lista.
XW
No Explorador de Arquivos do Windows 10, os menus foram trocados por guias, semelhante ao Microsoft Offi-
A
ce. Ao pressionar ALT, nenhum menu escondido será mostrado (como no Windows 7), mas os atalhos de teclado
M
O botão direito do mouse exibe a janela pop-up chamada “Menu de Contexto”. Em cada local que for clicado,
uma janela diferente será mostrada.
As opções exibidas no menu de contexto contêm as ações permitidas para o item clicado naquele local.
Através do menu de contexto da área de trabalho, podemos criar nova pasta (Ctrl+Shift+N), novo Atalho, ou
novos arquivos (Imagem de bitmap [BMP Paint], Documento do Microsoft Word [DOCX Microsoft Word], Formato
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Rich Text [RTF WordPad], Documento de Texto [TXT Bloco de Notas], Planilha do Microsoft Excel [XLSX Microsoft
Excel], Pasta Compactada [extensão ZIP], entre outros).
Dica
Arquivos de imagens são editados pelo acessório do Windows Microsoft Paint, que no Windows 10 oferece
a versão Paint 3D.
Cada item (pasta ou arquivo) armazena uma série de informações relacionadas a si próprio. Estas informa-
ções podem ser consultadas em Propriedades, acessado no menu de contexto, exibido quando clicar com o botão
direito do mouse sobre o item.
Ao clicar com o botão direito sobre o ícone da Lixeira, será mostrado o menu de contexto, e escolhendo ‘Esva-
ziar Lixeira’, os itens serão removidos definitivamente, utilizando o Windows, não haverá meio de recuperá-los.
PROGRAMAS E APLICATIVOS
Dica
Os acessórios do Windows são aplicativos nativos do sistema operacional, que estão disponíveis para utiliza-
ção mesmo que não existam outros programas instalados no computador. Os acessórios oferecem recursos
básicos para anotações, edição de imagens e edição de textos.
4
-7
91
Na primeira categoria encontramos o Configurações (antigo Painel de Controle). Usado para realizar as confi-
gurações de software (programas) e hardware (dispositivos), permite alterar o comportamento do sistema opera-
.5
51
cional, personalizando a experiência no Windows 7. No Windows 10 o Painel de Controle chama-se Configurações,
.7
e pode ser acessado pelo atalho de teclado Windows+X no menu de contexto, ou diretamente pelo atalho de tecla-
79
do Windows+I.
-0
Na segunda categoria, temos programas que realizam atividades e outros que produzem mais arquivos. Por
exemplo, a calculadora. É um acessório do Windows 10 que inclui novas funcionalidades em relação às versões
ZA
anteriores, como o cálculo de datas e conversão de medidas. Temos também o Notas Autoadesivas (como peque-
U
Outros acessórios são o WordPad (para edição de documentos com alguma formatação), Bloco de Notas (para
A
edição de arquivos de textos), MSPaint (para edição de imagens) e Visualizador de Imagens (que permite ver uma
LV
(para cópia de segurança dos dados do usuário) e Limpeza de Disco (para liberar espaço livre no disco).
R
O
YG
Otimizar
1 Em cada local do Windows, o item poderá ter um nome diferente. “Desfragmentar e Otimizar Unidades” é o nome do recurso. “Otimizar e
desfragmentar unidade” é o nome da opção.
2 Unidades de alocação. Quando uma informação é gravada no disco, ela é armazenada em um espaço chamado cluster. 111
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Firewall do Windows
Painel de controle
WINDOWS 10 O QUE
Explorador de Arquivos Gerenciamento de arquivos e pastas do computador
Referência ao local no gerenciador de arquivos e pastas para unidades de discos
Este Computador
e pastas Favoritas
Ferramenta de sistema para organizar os arquivos e pastas do computador, melho-
Desfragmentar e Otimizar Unidades
rando o tempo de leitura dos dados
Win+S Pesquisar
Envia imediatamente Pressionar DEL em um item selecionado
Configurações Permite configurar software e hardware do computador
Home, Pro, Enterprise, Education. Edições do Windows
xBox (Games, músicas = Groove) Integração com xBox, modo multiplayer gratuito, streaming de jogos do xBox One
Com blocos dinâmicos (live tiles) Menu Iniciar
Hyperboot & InstantGo Inicialização rápida
Menu Iniciar, Barra de Tarefas e Blo-
Fixar aplicativos
cos Dinâmicos
Windows Hello Autenticação biométrica permite logar no sistema sem precisar de senhas
4
Acessar os documentos do OneDrive diretamente do Windows Explorer e Explora-
-7
OneDrive integrado
dor de Arquivos
91
.5
Permite alternar de maneira fácil entre os modos de desktop e tablet, sendo ideal
Continuum
51
para dispositivos conversíveis
.7
Microsoft Edge O novo navegador da Microsoft está disponível somente no Windows 10
79
Com funcionamento análogo à Google Play Store e à Apple Store, o ambiente per-
-0
Windows Store
mite comprar jogos, apps, filmes, músicas e programas de TV
ZA
Desktops virtuais O recurso permite visualizar dados de vários computadores em uma única tela
U
SO
O modo tablet deixa o Windows mais fácil e intuitivo de usar com touch em dispo-
A
Modo tablet
D
Compartilhar Wi-Fi Compartilhar sua rede Wi-Fi com os amigos sem revelar a senha
L
Complemento para Telefone Sincronizar dados entre seu PC e smartphone ou tablete, seja iOs ou Android
EL
Cortana Assistente pessoal semelhante a Siri da Apple, que já está disponível em português
Na área de notificações do Windows 10, a Central de Notificações reúne as mensa-
Central de Notificações
gens do e-mail, do computador, de segurança e manutenção, entre outras
Quando você clica duas vezes em um arquivo, como por exemplo, uma imagem ou documento, o arquivo
é aberto no programa que está definido como o “programa padrão” para esse tipo de arquivo no Windows 10.
Porém, se você gosta de usar outro programa para abrir o arquivo, você pode defini-lo como padrão. Disponível
em Configurações, Sistema, Aplicativos Padrão.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O Bloco de Notas (notepad.exe) é um acessório do Windows para edição de arquivos de texto sem formatação,
com extensão TXT.
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.5
51
.7
79
-0
ZA
U
SO
O WordPad (wordpad.exe) é um acessório do Windows para edição de arquivos de texto com alguma formata-
ção, com extensão RTF e DOCX.
A
O Paint (mspaint.exe) é o acessório do Windows para edição de imagens BMP, GIF, JPG, PNG e TIF.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
A Ferramenta de Captura é um aplicativo da área de trabalho do Windows 10, que permite copiar parte de
alguma tela em exibição. 113
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Notas Autoadesivas (que agora se chama Stick Notes) é um aplicativo do Windows 10, que permite a inserção
de pequenas notas de texto na área de trabalho do Windows, como recados do tipo Post-It.
As Anotações podem ser vinculadas ao Microsoft Bing e assistente virtual Cortana. Assim, ao anotar um ende-
reço, o mapa é exibido. Ao anotar um número de voo, as informações serão mostradas sobre a partida.
O aplicativo “Filmes e TV” pode ser usado para visualização de vídeos, assim como o “Windows Media Player”.
O Prompt de Comandos (cmd.exe) é usado para digitar comandos em um terminal de comandos.
O Microsoft Edge é o navegador de Internet padrão do Windows 10 . Podemos usar outros navegadores, como
o Internet Explorer 11 , Mozilla Firefox , Google Chrome , Apple Safari, Opera Browser, etc.
O Windows Update (verificar se há atualizações) é o recurso do Windows para manter ele sempre atualizado.
Está em Configurações (atalho de teclado Windows+I), Atualização e segurança.
4
-7
INTERAÇÃO COM O CONJUNTO DE APLICATIVOS MS-OFFICE 2010
91
.5
z Os documentos de texto produzidos pelo Microsoft Word 2010 possuem a extensão DOCX;
51
z Os documentos de texto habilitados para macros3, possuem a extensão DOCM;
.7
z Um modelo4 de documento é um arquivo que pode ser usado para criar novos arquivos a partir de uma forma-
79
tação preestabelecida. A extensão é DOTX;
-0
z Um modelo de documento habilitado para macros contém além da formatação básica para criação de outros
documentos, comandos programados para automatização de tarefas. A extensão é DOTM; ZA
z As pastas de trabalho produzidas pelo Microsoft Excel 2010 possuem a extensão XLSX;
U
z O arquivo do Excel que contém os dados de uma planilha que não foi salva, que pode ser recuperada pelo
usuário, possui a extensão XLSB (binário);
SI
z O arquivo com extensão CSV (Comma Separated Values) contém textos separados por vírgula, que podem ser
A
D
importados pelo Excel, podem ser usados em mala direta do Word, incorporados a um banco de dados, etc.;
R
z Um arquivo com a extensão. contact é um contato, que pode ser usado no Outlook 2016;
O
z Arquivos compactados com extensão ZIP podem armazenar outros arquivos e pastas;
YG
z Os arquivos compactados podem ser criados pelo menu de contexto, opção Enviar para, Pasta Compactada;
H
z Os arquivos de Internet, como páginas salvas, recebem a extensão HTML e uma pasta será criada para os
L
z O conteúdo de arquivos do Office pode ser transferido para outros arquivos do próprio Office através da Área
XW
de Transferência do Windows;
z O conteúdo formatado do Office poderá ser transferido para outros arquivos do Windows, mas a formatação
A
Dica
Os atalhos de teclado do Windows são de termos originais em inglês. Por serem atalhos de teclado do siste-
ma operacional, são válidos para os programas que estiverem sendo executados no Windows.
ATALHO AÇÃO
Alt+Esc Alterna para o próximo aplicativo em execução
3 Macros são pequenos programas desenvolvidos dentro de arquivos do Office, para automatização de tarefas. Os códigos dos programas são
escritos em linguagem VBA – Visual Basic for Applications. Arquivos com macros podem conter vírus, e no momento da abertura, o programa
perguntará se o usuário deseja ativar ou não as macros.
114 4 Template = modelo de documento, planilha ou apresentação, com a formatação básica a ser usada no novo arquivo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
ATALHO AÇÃO
Alt+Tab Exibe a lista dos aplicativos em execução
Backspace Volta para a pasta anterior, que estava sendo exibida no Explorador de Arquivos
Ctrl+A Selecionar tudo
Ctrl+C Copia o item (os itens) para a Área de Transferência
Ctrl+Esc Botão Início
Ctrl+E / Ctrl+F Pesquisar
Ctrl+Shift+Esc Gerenciador de Tarefas
Ctrl+V Cola o item (os itens) da Área de Transferência no local do cursor
Ctrl+X Move o item (os itens) para a Área de Transferência
Ctrl+Y Refazer
Desfaz a última ação. Se acabou de renomear um arquivo, ele volta ao nome original. Se
Ctrl+Z
acabou de apagar um arquivo, ele restaura para o local onde estava antes de ser deletado
Del Move o item para a Lixeira do Windows
F1 Exibe a ajuda
F11 Tela Inteira
Renomear, trocar o nome: dois arquivos com mesmo nome e mesma extensão não podem
F2 estar na mesma pasta, se já existir outro arquivo com o mesmo nome, o Windows espera
confirmação, símbolos especiais não podem ser usados, como / | \ ? * “ < >
F3 Pesquisar, quando acionado no Explorador de Arquivos. Win+S fora dele
F5 Atualizar
4
Shift+Del Exclui definitivamente, sem armazenar na Lixeira
-7
91
Win Abre o menu Início
.5
Win+1 Acessa o primeiro programa da barra de tarefas
51
Win+2 Acessa o segundo programa da barra de tarefas
.7
79
Win+B Acessa a Área de Notificação
-0
Win+D Mostra o desktop (área de trabalho) ZA
Win+E Abre o Explorador de Arquivos
U
Win+M Minimiza todas as janelas e mostra a área de trabalho, retornando como estavam antes
A
Selecionar o monitor/projetor que será usado para exibir a imagem, podendo repetir, esten-
D
Win+P
der ou escolher
R
O
MICROSOFT WORD
Os documentos produzidos com o editor de textos Microsoft Word possuem a seguinte estrutura básica:
z Documentos: arquivos DOCX criados pelo Microsoft Word 2007 e superiores. Os documentos são arquivos editáveis
pelo usuário, que podem ser compartilhados com outros usuários para edição colaborativa;
z Os Modelos (Template): com extensão DOTX, contêm formatações que serão aplicadas aos novos documentos
criados a partir dele. O modelo é usado para a padronização de documentos;
z O modelo padrão do Word é NORMAL.DOTM (Document Template Macros – modelo de documento com
macros): As macros são códigos desenvolvidos em Visual Basic for Applications (VBA) para a automatização de
tarefas; 115
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Páginas: unidades de organização do texto, segundo a orientação, o tamanho do papel e margens. As principais
definições estão na guia Layout, mas também encontrará algumas definições na guia Design;
z Seção: divisão de formatação do documento, onde cada parte tem a sua configuração. Sempre que forem usadas
configurações diferentes, como margens, colunas, tamanho da página, orientação, cabeçalhos, numeração de
páginas, entre outras, as seções serão usadas;
z Parágrafos: formado por palavras e marcas de formatação. Finalizado com Enter, contém formatação inde-
pendente do parágrafo anterior e do parágrafo seguinte;
z Linhas: sequência de palavras que pode ser um parágrafo, ocupando uma linha de texto. Se for finalizado com
Quebra de Linha, a configuração atual permanece na próxima linha;
z Palavras: formado por letras, números, símbolos, caracteres de formatação etc.
Os arquivos produzidos nas versões anteriores do Word são abertos e editados nas versões atuais. Arquivos
de formato DOC são abertos em Modo de Compatibilidade, com alguns recursos suspensos. Para usar todos os
recursos da versão atual, deverá “Salvar como” (tecla de atalho F12) no formato DOCX.
Os arquivos produzidos no formato DOCX poderão ser editados pelas versões antigas do Office, desde que ins-
tale um pacote de compatibilidade, disponível para download no site da Microsoft.
Os arquivos produzidos pelo Microsoft Office podem ser gravados no formato PDF. O Microsoft Word, desde a
versão 2013, possui um que permite editar um arquivo PDF como se fosse um documento do Word.
O Microsoft Word pode gravar o documento no formato ODT, do LibreOffice, assim como é capaz de editar docu-
mentos produzidos no outro pacote de aplicativos.
Durante a edição de um documento, o Microsoft Word:
z Faz a gravação automática dos dados editados enquanto o arquivo não tem um nome ou local de armazena-
mento definidos. Depois, se necessário, o usuário poderá “Recuperar documentos não salvos”;
z Faz a gravação automática de auto recuperação dos arquivos em edição que tenham nome e local definidos,
permitindo recuperar as alterações que não tenham sido salvas;
z As versões do Office 365 oferecem o recurso de “Salvamento automático”, associado à conta Microsoft, para
4
armazenamento na nuvem Microsoft OneDrive. Como na versão on-line, a cada alteração, o salvamento será
-7
91
realizado.
.5
51
O formato de documento RTF (Rich Text Format) é padrão do acessório do Windows chamado WordPad, e por
.7
ser portável, também poderá ser editado pelo Microsoft Word.
79
Ao iniciar a edição de um documento, o modo de exibição selecionado na guia Exibir é “Layout de Impressão”.
-0
O documento será mostrado na tela da mesma forma que será impresso no papel.
O Modo de Leitura permite visualizar o documento sem outras distrações como a Faixa de Opções com os íco-
ZA
nes. Neste modo, parecido com Tela Inteira, a barra de título continua sendo exibida.
U
SO
O modo de exibição “Layout da Web” é usado para visualizar o documento como ele seria exibido se estivesse
publicado na Internet como página web.
A
Em “Estrutura de Tópicos” apenas os estilos de Títulos serão mostrados, auxiliando na organização dos blocos
LV
de conteúdo.
SI
O modo “Rascunho”, que antes era modo “Normal”, exibe o conteúdo de texto do documento sem os elementos gráfi-
A
Os modos de exibição estão na guia “Exibir”, que faz parte da Faixa de Opções. Ela é o principal elemento da
R
O
Acesso Rápido
H
L
EL
Para mostrar ou ocultar a Faixa de Opções, o atalho de teclado Ctrl+F1 poderá ser acionado. Na versão 2007
ela era fixa e não podia ser ocultada. Atualmente ela pode ser recolhida ou exibida, de acordo com a preferência
do usuário.
116 A Faixa de Opções contém guias, que organizam os ícones em grupos.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
GUIA GRUPO ITEM ÍCONE
Recortar
Copiar
Área de Transferência
Colar
Tamanho da fonte
Fonte
Aumentar fonte
Diminuir fonte
Folha de Rosto
4
Quebra de Página
-7
91
Inserir
.5
Tabelas Tabela
51
.7
79
Imagem
-0
ZA
Ilustrações Imagens Online
U
SO
A
Formas
LV
SI
A
As guias possuem uma organização lógica, sequencial, das tarefas que serão realizadas no documento, desde
D
BOTÃO/GUIA DICA
H
Arquivo Comandos para o documento atual. Salvar, salvar como, imprimir, Salvar e enviar
L
EL
Tarefas secundárias. Adicionar um objeto que ainda não existe no documento. Tabela, Ilustrações,
M
Inserir
Instantâneos
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Referências Índices e acessórios. Notas de rodapé, notas de fim, índices, sumários, etc.
Correção do documento. Ele está ficando pronto... Ortografia e gramática, idioma, controle de alte-
Revisão
rações, comentários, comparar, proteger, etc.
Exibir Visualização. Podemos ver o resultado de nosso trabalho. Será que ficou bom?
117
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Edição e Formatação de Textos
A edição e formatação de textos consiste em aplicar estilos, efeitos e temas, tanto nas fontes, como nos pará-
grafos e nas páginas.
Os estilos fornecem configurações padronizadas para serem aplicadas aos parágrafos. Estas formatações
envolvem as definições de fontes e parágrafos, sendo úteis para a criação dos índices ao final da edição do docu-
mento. Os índices são gerenciados através das opções da guia Referências.
No Microsoft Word estão disponíveis na guia Página Inicial, e no LibreOffice Writer estão disponíveis no menu
Estilos.
Com a ferramenta Pincel de Formatação, o usuário poderá copiar a formatação de um local e aplicar em outro
local no mesmo documento, ou em outro arquivo aberto. Para usar a ferramenta, selecione o ‘modelo de formatação
no texto’, clique no ícone da guia Página Inicial e clique no local onde deseja aplicar a formatação.
O conteúdo não será copiado, somente a formatação.
Se efetuar duplo clique no ícone, poderá aplicar a formatação em vários locais até pressionar a tecla Esc ou
iniciar uma digitação.
Seleção
Através do teclado e do mouse, como no sistema operacional, podemos selecionar palavras, linhas, parágrafos
e até o documento inteiro.
4
-7
Botão principal - 1 clique na margem Selecionar a linha
91
.5
Botão principal - 2 cliques na margem Seleciona o parágrafo
51
.7
Botão principal - 3 cliques na margem Seleciona o documento
79
-0
- Shift+Home Selecionar até o início Seleciona até o início da linha
ZA
- Shift+End Selecionar até o final Seleciona até o final da linha
U
SO
Botão principal Shift Seleção bloco Seleção de um ponto até outro local
R
O
Botão principal
Ctrl+Alt Seleção bloco Seleção vertical
YG
pressionado
H
Botão principal
L
pressionado
XW
Teclas de atalhos e seleção com mouse são importantes, tanto nos concursos como no dia a dia. Experimente
A
M
praticar no computador. No Microsoft Word, se você digitar =rand(10,30) no início de um documento em branco,
ele criará um texto ‘aleatório’ com 10 parágrafos de 30 frases em cada um. Agora você pode praticar à vontade.
As fontes são arquivos True Type Font (.TTF) gravadas na pasta Fontes do Windows, e aparecem para todos os
programas do computador.
Nomes de fontes como Calibri (fonte padrão do Word 2019), Arial, Times New Roman, Courier New, Verdana,
são os mais comuns. Atalho de teclado para formatar a fonte: Ctrl+Shift+F.
A caixa de diálogo Formatar Fonte poderá ser acionada com o atalho Ctrl+D.
Ao lado, um número indica o tamanho da fonte: 8, 9, 10, 11, 12, 14 e assim sucessivamente. Se quiser, digite o
valor específico para o tamanho da letra.
Atalhos de teclado: Pressione Ctrl+Shift+P para mudar o tamanho da fonte pelo atalho. E diretamente pelo
teclado com Ctrl+Shift+< para diminuir fonte e Ctrl+Shift+> para aumentar o tamanho da fonte.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Estilos são formatos que modificam a aparência do texto, como negrito (atalho Ctrl+N), itálico (atalho Ctrl+I) e sub-
linhado (atalho Ctrl+S). Já os efeitos modificam a fonte em si, como texto tachado (riscado simples sobre as palavras),
subscrito
(como na fórmula H2O – atalho Ctrl + igual), e sobrescrito (como em km2 – atalho Ctrl+Shift+mais)
A diferença entre estilos e efeitos é que, os estilos podem ser combinados, como negrito-itálico, itálico-subli-
nhado, negrito-sublinhado, negrito-itálico-sublinhado, enquanto os efeitos são concorrentes entre si.
Concorrentes entre si significa que você escolhe o efeito tachado ou tachado duplo, nunca os dois simultanea-
mente. O mesmo para o efeito TODAS MAIÚSCULAS e VERSALETE. Sobrescrito e subscrito, Sombra é um efeito indepen-
dente, que pode ser combinado com outros. Já as opções de efeitos Contorno, Relevo e Baixo Relevo não, devem
ser individuais.
Finalizando... Temos o sublinhado. Ele é um estilo simples, mas comporta-se como efeito dentro de si mesmo.
Temos então Sublinhado simples, Sublinhado duplo, Tracejado, Pontilhado, Somente palavras (sem considerar os
espaços entre as palavras), etc. São os estilos de sublinhados, que se comportam como efeitos.
4
-7
z Bordas: linhas ao redor do parágrafo.
91
.5
51
.7
79
-0
ZA
U
SO
A
LV
SI
A
D
R
O
Nos editores de textos, recursos que conhecemos no dia a dia possuem nomes específicos. Confira alguns
L
exemplos:
EL
XW
z
M
Muitos recursos de formatação não são impressos no papel, mas estão no documento. Para visualizar os caracte-
res não imprimíveis e controlar melhor o documento, você pode acionar o atalho de teclado Ctrl+* (Mostrar tudo).
4
-7
- - Hifens opcionais
91
.5
- - Âncoras de objetos
51
.7
79
- - Selecionar toda a tabela
-0
ZA
U
- - Campos atualizáveis pelo Word
SO
A
LV
Tabelas
SI
A
As tabelas são estruturas de organização muito utilizadas para um layout adequado do texto, semelhante a
D
colunas, com a vantagem que estas não criam seções exclusivas de formatação.
R
As tabelas seguem as mesmas definições de uma planilha de Excel, ou seja, tem linhas, colunas, são formadas por
O
YG
nilha de Excel, ou um dos modelos disponíveis, será apresentada a barra de ferramentas adicional na Faixa de Opções.
L
EL
Um texto poderá ser convertido em Tabela, e voltar a ser um texto, se possuir os seguintes marcadores de for-
matação: ponto e vírgula, tabulação, enter (parágrafo) ou outro específico.
XW
Algumas operações são exclusivas das Tabelas, como Mesclar Células (para unir células adjacentes em uma única),
A
Dividir Células (para dividir uma ou mais células em várias outras), alinhamento do texto combinando elementos
M
horizontais tradicionais (esquerda, centro e direita) com verticais (topo, meio e base).
O editor de textos Microsoft Word oferece ferramentas para manipulação dos textos organizados em tabelas.
O usuário poderá organizar as células nas linhas e colunas da tabela, mesclar (juntar), dividir (separar), visua-
lizar as linhas de grade, ocultar as linhas de grade, entre outras opções.
E caso a tabela avance em várias páginas, temos a opção Repetir Linhas de Cabeçalho, atribuindo no início da
tabela da próxima página, a mesma linha de cabeçalho que foi usada na tabela da página anterior.
As tabelas do Word possuem algumas características que são diferentes das tabelas do Excel. Geralmente estes itens
são aqueles questionados em provas de concursos.
Por exemplo, no Word, quando o usuário está digitando em uma célula, ocorrerá mudança automática de
linha, posicionando o cursor embaixo. No Excel, o conteúdo ‘extrapola’ os limites da célula, e precisará alterar as
configurações na planilha ou a largura da coluna manualmente.
Confira na tabela a seguir algumas das diferenças do Word para o Excel.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
WORD EXCEL
Tabela, Mesclar Todos os conteúdos são mantidos Somente o conteúdo da primeira célula será mantido
4
Alt+Enter Repetir digitação Quebra de linha manual
-7
91
Finaliza a entrada na célula e posiciona o cursor na
Shift+Enter Quebra de linha manual
.5
célula acima da atual, se houver
51
.7
Shift+F3 Alternar entre maiúsculas e minúsculas Inserir função
79
-0
Índices ZA
U
Os índices podem ser construídos a partir dos estilos usados na formatação do texto, ou posteriormente atra-
SO
vés da adição de itens manualmente. Basicamente, é todo o conjunto disponível na guia Referências.
A
z Notas de Rodapé: inseridas no final de cada página, não formam um índice, mas ajudam na identificação de
SI
citações e expressões;
A
z Citações e Bibliografia: permite a criação de índices com as citações encontradas no texto, além das Referências
R
O
z Legendas: inseridas após os objetos gráficos (ilustrações e tabelas), podem ser usadas para criação de um
Índice de Ilustrações;
H
Os índices serão criados a partir dos Estilos utilizados durante o texto, como Título 1, Título 2, e assim por dian-
A
te. Se não forem usados, posteriormente o usuário poderá ‘Adicionar Texto’ no índice principal (Sumário), Marcar
M
Os índices suportam Referências Cruzadas, que permitem o usuário navegar entre os links do documento de
forma semelhante ao documento na web. Ao clicar em um link, o usuário vai para o local escolhido. Ao clicar no
local, retorna para o local de origem.
Importante!
A guia Referências é uma das opções mais questionadas em concursos públicos por dois motivos: envolvem
conceitos de formatação do documento exclusivos do Microsoft Word e é utilizado pelos estudantes na formatação
de um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso).
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
LIBREOFFICE WRITER 7.1.6: EDIÇÃO E
FORMATAÇÃO DE TEXTOS A4
4
mos escolher em Texto. A novidade na versão 5 é
-7
que o menu Texto já exibe na lista todos os estilos
91
O botão abc é usado para fazer a verificação orto- e efeitos disponíveis no editor.
.5
gráfica (atalho F7). Para realizar a auto verificação
51
ortográfica o atalho é Shift+F7. A auto verificação Edição e Formatação de Textos
.7
79
ortográfica é para correção automática de todos os
erros do documento segundo as configurações prede- A edição e formatação de textos consiste em apli-
-0
terminadas pelo editor de textos Writer. car estilos, efeitos e temas, tanto nas fontes, como nos
ZA
O recurso de Ortografia e Gramática, acionado pela parágrafos e nas páginas. O LibreOffice Writer tem
U
tecla F7, permite identificar erros de ortografia (uma todos estes recursos, como o Microsoft Word.
SO
palavra de cada vez, sublinhado ondulado vermelho) A seguir, conheça alguns exemplos. Cada texto
ou gramática (várias palavras, sublinhado ondulado contém a explicação sobre o efeito, ou estilo, ou confi-
A
guração aplicada.
LV
maiúscula no início de uma frase, corrigir o uso aci- Edição e Formatação de Fontes
A
maiúscula e minúscula), acentuação na palavra não As fontes são arquivos True Type Font (.TTF) gra-
R
O
(quando digitamos naõ), e principalmente a substitui- vadas na pasta Fontes do Windows, e aparecem para
YG
ção de símbolos por palavras, definidos pelo usuário, todos os programas do computador.
Nomes de fontes como Liberation Serif (fonte
H
seguinte estrutura básica, semelhante aos conceitos Maiúsculas e Minúsculas, é chamado de “Circular
do Microsoft Word e conceitos: Caixa”.
Shift+F3 para alternar pelo teclado.
z Documentos: arquivos ODT (Open Document Text). As formatações de fontes e parágrafos podem ser remo-
Os documentos são arquivos editáveis pelo usuá- vidas pelo ícone “Limpar Formatação Direta (Ctrl+M), dis-
rio. Os Modelos, com extensão OTT (Open Template ponível na barra de formatação de Caracteres.
Text), contém formatações que serão aplicadas aos E na sequência temos os estilos e efeitos de textos.
novos documentos criados a partir dele; Assim como no Microsoft Word, os estilos podem
z Páginas: unidades de organização do texto, segundo ser combinados e os efeitos são concorrentes entre si.
o tamanho do papel e margens. Definições estão no Diferem nos atalhos de teclado (em inglês) e o nome
menu Formatar, item Estilo da Página..., guia Página; de alguns recursos.
Estilos são formatos que modificam a aparência do
texto, como negrito (atalho de teclado Ctrl+B - Bold),
itálico (atalho de teclado Ctrl+I), sublinhado (atalho de
teclado Ctrl+U - Underline) e sublinhado duplo (atalho de
teclado Ctrl+D – Double, que não possui correspondente
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no Microsoft Word). Já os efeitos modificam a fonte em si, como texto tachado (riscado simples sobre as palavras), subscrito
(como na fórmula H2O – atalho de teclado Ctrl+Shift+B), e sobrescrito (como em km2 – atalho de teclado Ctrl+Shift+P)
O LibreOffice Writer faz o mesmo que o Microsoft Word, mas com comandos diferentes e atalhos de teclado de
palavras em inglês.
O LibreOffice Writer tem algumas opções diferenciadas em relação ao Word. No Writer, acesse o menu Formatar,
Texto. Confira na tabela a seguir alguns exemplos comparativos entre o Writer e o Word.
4
Sobrescrito Ctrl+Shift+mais Ctrl+Shift+P Exemplo de Texto
-7
91
.5
Subscrito Ctrl+ igual Ctrl+Shift+B
51
Exemplo de Texto
.7
79
Sombra - -
-0
ZA
Contorno - - Exemplo de Texto
U
SO
Os atalhos de teclado usados no LibreOffice Writer para alinhamentos de parágrafos são: Ctrl+L (Left = Esquerda), Ctrl+E
(Centralizado), Ctrl+R (Right = Direita) e Ctrl+J (Justificado).
Uma dúvida muito comum entre os candidatos que prestam provas de concursos públicos está relacionada
com os atalhos de teclado. Afinal, qual é a lógica que existe por trás destas combinações de teclas? 123
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Os atalhos de teclado do Microsoft Office são próprios e em português. No LibreOffice, como em aplicações na
Internet (coloquei a opção do Google Documentos), os atalhos são em inglês.
Alguns atalhos não possuem exatamente a mesma inicial do comando, por estar sendo usado em outra situação.
Centralizado, por exemplo, do inglês Center. A letra C já está sendo usada em Ctrl+C (Copiar), e a próxima letra está dispo-
nível. Assim, o atalho de teclado para centralizar um texto é Ctrl+E, tanto no Word como no Writer.
Ctrl+D 5
Formatar Fonte Sublinhado Duplo (Double) -
Barra de endereços do
Ctrl+K Inserir hiperlink Inserir hiperlink
navegador
4
-7
Ctrl+N Negrito Novo documento (New) -
91
10
.5
Ctrl+O Novo documento Abrir documento (Open) Abrir documento (Open)
51
.7
Ctrl+Q Alinhar texto à esquerda Sair do LibreOffice (Quit) -
79
-0
Ctrl+R Repetir último comando Alinhar texto à direita (Right) Recarregar a página (Reload)
ZA
Ctrl+S Sublinhado Salvar documento (Save) Salvar página web
U
Importante!
A
M
Um dos comandos que mais confunde candidatos na prova é o Navegador, do LibreOffice. Não tem nenhuma relação
com o browser de Internet e é usado para navegar dentro do documento em edição.
5 O atalho de teclado Ctrl+D, quando acionado no navegador de Internet, permite adicionar a página atual em Favoritos, que são os sites
preferidos do usuário.
6 O atalho de teclado Ctrl+G, quando acionado no navegador de Internet, permite localizar uma informação na página atual.
7 O atalho de teclado Ctrl+J, quando acionado no navegador de Internet, permite visualizar as transferências de arquivos em andamento e
consultar os arquivos que foram baixados (Downloads).
8 O atalho de teclado Ctrl+L, quando acionado no navegador de Internet, permite localizar uma informação na página atual.
9 Recuo é a distância do texto em relação à margem da página. O atalho de teclado Ctrl+M no Microsoft Word, aumenta o recuo esquerdo do
parágrafo.
10 O atalho de teclado Ctrl+N, quando acionado no navegador de Internet, abre uma nova janela de navegação.
11 O atalho de teclado Ctrl+igual, quando acionado no navegador de Internet, aumenta o zoom de exibição da página.
124 12 O atalho F3 no navegador aciona a pesquisa, e Shift+F3 também.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
No LibreOffice Writer, o atalho F5 aciona o Navegador, que permite a navegação para:
z Página;
z Títulos;
z Tabelas;
z Quadros;
z Objetos OLE;
z Marca-páginas;
z Seções;
z Hiperlinks;
z Referências;
z Índices;
z Anotações;
z Objetos de Desenho;
z Controle;
z Fórmula de tabela;
z Fórmula de tabela incorreta.
A seleção no LibreOffice Writer tem uma sutil diferença em relação ao Microsoft Word. É a possibilidade de uso
de 4 cliques na seleção. Confira:
4
-7
Botão principal - 3 cliques na palavra Selecionar a frase
91
.5
Botão principal - 4 cliques na palavra Seleciona o parágrafo
51
.7
79
Cabeçalhos
-0
Localizado na margem superior da página, poderá ser configurado em Inserir, Cabeçalho e rodapé.
ZA
Assim como no Word, é possível trabalhar com configurações diferentes dentro do mesmo documento. Para
U
Esta região aceitará qualquer elemento que seria usado no documento, como textos, imagens, tabelas, campos,
A
Inserir
R
O
YG
H
L
EL
XW
A
M
Diferentemente da interface do Microsoft Word, que é baseada na Faixa de Opções com guias, grupos e ícones,
o LibreOffice tem a interface baseada em menus. Na tabela a seguir, confira algumas dicas para compreender a
sequência de comandos e menus do Writer. As dicas são válidas para o LibreOffice Calc e LibreOffice Impress.
MENU SIGNIFICADO
4
editáveis do documento
-7
MANIPULAÇÃO DE TABELAS E
91
Os estilos são formatações predefini-
GRÁFICOS
.5
das para serem usadas no texto. Pos-
51
Estilos
teriormente poderão ser organizadas
.7
em um índice MICROSOFT EXCEL
79
-0
Disponibilizam ferramentas para o As planilhas de cálculos são amplamente utilizadas
trabalho com tabelas, segundo as nas empresas para as mais diferentes tarefas. Desde
ZA
Tabelas convenções próprias do recurso. Ao a criação de uma agenda de compromissos, passan-
U
incluir uma tabela no documento, a do pelo controle de ponto dos funcionários e folha de
SO
barra de ícones Tabela será exibida pagamento, ao controle de estoque de produtos e base
A
padronizados
D
Oferece comandos para o gerencia- XLSX e XLTX, além do novo XLSM contendo macros. A
O
arquivos editados pelo aplicativo As planilhas de cálculos não são banco de dados.
L
Oferece opções para organizar as uma planilha de cálculos como se fosse um banco de
XW
Janela
janelas dos documentos em edição dados, porém o Microsoft Access é o software do paco-
te Microsoft Office desenvolvido para esta tarefa. Um
A
M
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Digitar o conteúdo na barra de fórmulas. Disponí-
vel na área superior do aplicativo, a linha de fór-
mulas é o conteúdo da célula. Se a célula possui um
valor constante, além de mostrar na célula, este
aparecerá na barra de fórmulas. Se a célula possui
um cálculo, seja fórmula ou função, esta será mos-
trada na barra de fórmulas;
z O preenchimento dos dados poderá ser agilizado
através da Alça de Preenchimento ou pelas opções
automáticas do Excel;
z Os dados inseridos nas células poderão ser forma-
tados, ou seja, continuam com o valor original (na
linha de fórmulas) mas são apresentados com uma
z Planilha: o conjunto de células organizado em uma formatação específica;
folha de dados. Na versão atual são 65546 colunas z Todas as formatações estão disponíveis no atalho
(nomeadas de A até XFD) e 1048576 linhas (numeradas); de teclado Ctrl+1 (Formatar Células);
z Pasta de Trabalho: arquivo do Excel (extensão
z Também na caixa de diálogo Formatar Células,
XLSX) contendo as planilhas, de 1 a N (de acor-
encontraremos o item Personalizado, para criação
do com quantidade de memória RAM disponível,
de máscaras de entrada de valores na célula.
nomeadas como Planilha1, Planilha2, Planilha3);
z Alça de preenchimento: no canto inferior direito
Formatos de Números, Disponível na Guia Página
da célula, permite que um valor seja copiado na
Inicial
direção em que for arrastado. No Excel, se hou-
ver 1 número, ele é copiado. Se houver 2 núme-
ros, uma sequência será criada. Se for um texto, é
GERAL: SEM FORMATO ESPECÍFICO
copiado. Mas texto com números é incrementado. 123
Dias da semana, nome de mês e datas são sempre
criadas as continuações (sequências); 12 NÚMERO: EX.: 4,00
4
z Mesclar: significa simplesmente “Juntar”. Haven-
-7
do diversos valores para serem mesclados, o Excel
91
MOEDA: EX.: R$4,00
manterá somente o primeiro destes valores, e cen-
.5
51
tralizará horizontalmente na célula resultante:
.7
CONTÁBIL: E.: R$4,00
79
Mesclar e Centralizar
-0
Mesclar e Centralizar
H
Desfazer Mesclagem de Células JANEIRO DE 1900
A
LV
E após a inserção dos dados, caso o usuário deseje, HORA: EX.: 00:00:00
poderá juntar as informações das células.
SI
1 FRAÇÃO: EX.: 4
O
TEXTO: EX.: 4
z Mesclar através: Mesclar cada linha das células
XW
dimento realizado para a união de células. data. Por isso conseguimos calcular a diferença entre
datas.
Elaboração de Tabelas e Gráficos Os formatos Moeda e Contábil são parecidos entre
si. Mas possuem exibição diferenciada. No formato
A tabela de dados, ou folha de dados, ou planilha de Moeda, o alinhamento da célula é respeitado e o
de dados, é o conjunto de valores armazenados nas símbolo R$ acompanha o valor. No formato Contábil,
células. Estes dados poderão ser organizados (classi- o alinhamento é ‘justificado’ e o símbolo de R$ posi-
ficação), separados (filtro), manipulados (fórmulas ciona na esquerda, alinhando os valores pela vírgula
e funções), além de apresentar em forma de gráfico decimal.
(uma imagem que representa os valores informados).
Para a elaboração, poderemos:
Moeda Contábil
z Digitar o conteúdo diretamente na célula. Basta iniciar R$4,00 R$4,00
a digitação, e o que for digitado é inserido na célula; 127
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O ícone % é para mostrar um valor com o formato de porcentagem. Ou seja, o número é multiplicado por 100.
Exibe o valor da célula como percentual (Ctrl+Shift+%).
1 100% 100,00%
0,5 50% 50,00%
2 200% 200,00%
100 10000% 10000,00%
0,004 0% 0,40%
O ícone 000 é o Separador de Milhares. Exibir o valor da célula com um separador de milhar. Este comando
alterará o formato da célula para Contábil sem um símbolo de moeda.
4
-7
VALOR FORMATO CONTÁBIL SEPARADOR DE MILHARES 000
91
1500 R$1.500,00 1.500,00
.5
51
16777418 R$16.777.418,00 16.777.418,00
.7
1 R$1,00 1,00
79
-0
400 R$400,00 400,00
ZA
27568 R$27.568,00 27.568,00
U
SO
,00
Os ícones ß,0
,00 à,0 são usados para Aumentar casas decimais (Mostrar valores mais precisos exibindo mais
A
casas decimais) ou Diminuir casas decimais (Mostrar valores menos precisos exibindo menos casas decimais).
LV
Quando um número na casa decimal possui valor absoluto diferente de zero, ele é mostrado ao aumentar casas deci-
SI
Quando um número na casa decimal possui valor absoluto diferente de zero, ele poderá ser arredondado para
D
cima ou para baixo, ao diminuir as casas decimais. É o mesmo que aconteceria com o uso da função ARRED, para
R
arredondar.
O
YG
Simbologia Específica
H
L
Cada símbolo tem um significado, e nas tabelas a seguir, além de conhecer o símbolo, conheça o significado e
EL
% (percentual) Percentual = 20% Faz 20 por cento, ou seja, 20 dividido por 100
z ( ) – parênteses;
z ^ – exponenciação (potência, um número elevado a outro número);
z * ou / – multiplicação (função MULT) ou divisão;
z + ou - – adição (função SOMA) ou subtração.
4
-7
Se o valor de A1 for diferente de 1, então mos-
91
<> (menor e maior) Diferente = SE (A1 <> 1 ; 100 ; 8 )
tre 100, senão mostre 8.
.5
51
Se o valor de A1 for igual a 2, então mostre 10,
= (igual) Igual a = SE (A1 = 2 ; 10 ; 50 )
.7
senão mostre 50.
79
-0
Princípios dos Operadores Relacionais ZA
U
z Um valor jamais poderá ser menor e maior que outro valor ao mesmo tempo
SO
z Uma célula vazia é um conjunto vazio, ou seja, não é igual a zero, é vazio
A
z O símbolo matemático ≠ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <>
LV
z O símbolo matemático ≥ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use >=
SI
z O símbolo matemático ≤ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <=
A
D
OPERADORES DE REFERÊNCIA
R
O
Planilha2
M
129
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Princípios dos Operadores de Referência
z O símbolo de cifrão transforma uma referência relativa ( A1 ) em uma referência mista ( A$1 ou $A1 ) ou em
referência absoluta ( $A$1 )
z O símbolo de exclamação busca o valor em outra planilha, na mesma pasta de trabalho ou em outro arquivo.
Ex.: =[Pasta2]Planilha1!$A$2
O símbolo de cifrão ($) é um dos mais importantes na manipulação de fórmulas de planilhas de cálculos. Todas
as bancas organizadoras questionam fórmulas com e sem eles nas referências das células.
O símbolo de cifrão transforma uma referência relativa ( A1 ) em uma referência mista ( A$1 ou $A1 ) ou em
referência absoluta ( $A$1 )
O símbolo de $ serve para fixar uma posição na referência (endereço da célula). A posição que ele estiver
acompanhando, não mudará. Quando não temos o símbolo de cifrão, temos uma referência relativa. A1
Se temos um símbolo de $, temos uma referência mista. $A1 ou A$1. E se temos dois símbolos de cifrão, temos
uma referência absoluta. $A$1
A fórmula =$F2-G$2 tem =$F2-G$2 fixo, ou seja, ao copiar e colar, não mudará. =$F__-__$2
Na célula H2 temos a fórmula =$F2-G$2
Na célula H6 teremos a fórmula =$F6-G$2, porque mudamos da célula H2 para H6 (linha 2 para linha 6), mas
permanecemos na mesma coluna H (não precisando mudar a letra G da segunda parte da fórmula).
4
-7
91
.5
51
.7
79
Na célula H6 teremos a fórmula =$F6-G$2
-0
SÍMBOLOS USADOS NAS FÓRMULAS E FUNÇÕES
ZA
U
Faz a soma de 15 e 3
A
= 15 + 3
LV
=SE ( A1 = 5 ; 10 ; 11 )
mostra 11
A
D
Importante!
As fórmulas e funções começam com o sinal de igual. Outros símbolos podem ser usados, mas o Excel subs-
tituirá pelo sinal de igual.
O símbolo & é usado para concatenar dois conteúdos, como por exemplo: =”15”&”A45” resulta em 15A45. Podere-
mos usar a função CONCATENAR, ou a função CONCAT, para obter o mesmo resultado do símbolo &.
Erros
Quando trabalhamos com planilhas de cálculos, especialmente no início dos estudos, é comum aparecerem men-
sagens de erros nas células, decorrente da falta de argumentos nas fórmulas, referências incorretas, erros de digita-
4
-7
ção, entre outros. Vamos ver algumas das mensagens de erro mais comuns que ocorrem nas planilhas de cálculos.
91
As planilhas de cálculos oferecem o recurso “Rastrear precedentes”, dentro do conceito de Auditoria de Fórmulas.
.5
Com este recurso, o usuário poderá ver setas na planilha indicando a relação entre as células, e identificar a origem
51
das mensagens de erros.
.7
A seguir, os erros mais comuns que podem ocorrer em uma planilha de cálculos no Microsoft Excel:
79
-0
z #DIV/0! – indica que a fórmula está tentando dividir um valor por 0;
z #NOME? – indica que a fórmula possui um texto que o Excel 2007 não reconhece; ZA
z #NULO! – a fórmula contém uma interseção de duas áreas que não se interceptam;
U
z
z #REF! – indica que na fórmula existe a referência para uma célula que não existe;
A
z ##### – indica que o tamanho da coluna não é suficiente para exibir seu valor.
SI
A
Funções Básicas
D
R
No Microsoft Excel, a função SOMA efetua a adição dos valores numéricos informados em seus argumentos. Se
H
existirem células com textos, elas serão ignoradas. Células vazias não são somadas.
L
=SOMA(A1;A2;A3) Efetua a soma dos valores existentes nas células A1, A2 e A3.
EL
=SOMA(A1;34;B3) Efetua a soma dos valores da célula A1, com 34 (valor literal) e B3.
=SOMA(A1:B4) Efetua a soma dos 8 valores existentes, de A1 até B4. O Excel não faz ‘triangulação’, operando
A
M
z SOMASE(valores;condição) : realiza a operação de soma nas células selecionadas, se uma condição for
atendida.
A sintaxe é =SOMASE(onde;qual o critério para que seja somado)
=SOMASE(A1:A5;”>15”) Efetuará a soma dos valores de A1 até A5 que sejam maiores que 15
=SOMASE(A1:A10;”10”) Efetuará a soma dos valores de A1 até A10 que forem iguais a 10.
z MÉDIA(valores) : realiza a operação de média nas células selecionadas e exibe o valor médio encontrado.
=MEDIA(A1:A5) Efetua a média aritmética simples dos valores existentes entre A1 e A5. Se forem 5 valores,
serão somados e divididos por 5. Se existir uma célula vazia, serão somados e divididos por 4. Células vazias não
entram no cálculo da média. 131
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z MED(valores) : informa a mediana de uma série =SE(A1=0;”Valor é igual a zero”;SE(A1<0;”Valor é
de valores. negativo”;”Valor é positivo”))
Mediana é o ‘valor no meio’. Se temos uma sequência Neste exemplo, se for igual a zero (primeiro teste),
de valores com quantidade ímpar, eles serão ordenados e exibe a mensagem e finaliza a função. Mas se não for
o valor no meio é a sua mediana. Por exemplo, os valores igual a zero, poderá ser menor do que zero (segundo
(5,6,9,3,4), ordenados são (3,4,5,6,9) e a mediana é 5. teste), e exibe a mensagem “Valor é negativo”, encer-
Se temos uma sequência de valores com quan- rando a função. E por fim, se não é igual a zero, e não
tidade par, a mediana será a média dos valores que é menor que zero, só poderia ser maior do que zero,
estão no meio. Por exemplo, os valores (2,13,4,10,8,1), e a mensagem final “Valor é positivo” será mostrada.
ordenados são (1,2,4,8,10,13), e no meio temos 4 e 8. A Obs.: o sinal de igual, para iniciar uma função, é
média de 4 e 8 é 6 ((4+8)/2). usado somente no início da digitação da célula.
As funções CONT são usadas para informar a quanti-
z MÁXIMO(valores) : exibe o maior valor das células dade de células, que atendem às condições especificadas.
selecionadas.
=MAXIMO(A1:D6) Exibe qual é o maior valor na - CONT.NÚM - para contar quantas células possuem
área de A1 até D6. Se houver dois valores iguais, ape- números.
nas um será mostrado. - CONT.VALORES - quantidade de células que estão
preenchidas.
z MAIOR(valores;posição) : exibe o maior valor de - CONTAR.VAZIO - quantidade de células que não
uma série, segundo o argumento apresentado. estão preenchidas.
- CONT.SE - quantidade de células que atendem a
Valores iguais ocupam posições diferentes. uma condição específica.
- CONT.SES - quantidade de células que atendem a
=MAIOR(A1:D6;3) Exibe o 3º maior valor nas célu- várias condições simultaneamente.
las A1 até D6.
z CONT.VALORES(células): esta função conta todas as
4
células em um intervalo, exceto as células vazias.
-7
z MÍNIMO(valores) : exibe o menor valor das célu-
91
las selecionadas.
.5
= CONT.VALORES(A1:A10) Informa o resultado da
51
=MINIMO(A1:D6) Exibe qual é o menor valor na contagem, informando quantas células estão preen-
.7
área de A1 até D6. chidas com valores, quaisquer valores.
79
-0
z MENOR(valores;posição) : exibe o menor valor de z CONT.NÚM (células): conta todas as células em um
uma série, segundo o argumento apresentado.
ZA
intervalo, exceto células vazias e células com texto.
U
SO
z SE(teste;verdadeiro;falso) : avalia um teste e retor- texto) em um intervalo de células (o usuário tem que
D
na um valor caso o teste seja verdadeiro ou outro indicar qual é o critério a ser contado)
R
z CONT.SES(células1;condição1;células2;condi-
ma parte. Verdadeiro ou falso. Uma ou outra. Jamais ção2): Esta função conta quantas vezes aparece
A
4
Retorna VERDADEIRO se
-7
Por exemplo: OU (Função OU) um dos argumentos for
91
VERDADEIRO
.5
=PROCV(105;A2:C7;2;VERDADEIRO) e
51
Inverte o valor lógico do
=PROCV(“Monte”;B2:E7;2;FALSO) NÃO (Função NÃO)
.7
argumento
79
A função PROCV é um membro das funções de pes- FALSO (Função FALSO) Retorna o valor lógico FALSO
-0
quisa e Referência, que incluem a função PROCH.
VERDADEIRO (Função ZARetorna o valor lógico
Use a função tirar ou a função arrumar para
VERDADEIRO) VERDADEIRO
remover os espaços à esquerda nos valores da tabela.
U
SO
sequência de texto, uma quantidade de caracteres SEERRO) liada para um erro; do contrário,
LV
ando” Importante!
R
O
YG
z DIREITA(texto;quantidade): Extrai de uma sequên- Foram apresentadas muitas funções neste mate-
rial, não é verdade? Existem milhares de funções
H
4
-7
91
.5
51
.7
z Os gráficos de Barras representam dados de forma z Os gráficos de Superfície parecem com os gráficos
79
semelhante ao gráfico de Colunas, mas na horizon- de Linhas, e preenchem a superfície com cores.
-0
tal. São opções dos gráficos de Barras: Agrupadas, São exemplos de gráficos de Superfície: 3D, 3D
Empilhadas, 100% Empilhadas, 3D Agrupadas, 3D
ZA
Delineada, Contorno e Contorno Delineado.
Empilhadas, e 3D 100% Empilhadas.
U
SO
A
LV
SI
134
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Os gráficos do tipo Histograma são usados para séries de valores com evolução, como idades da população. São
exemplos de gráficos do tipo Histograma: Histograma e Pareto.
z O gráfico do tipo Cascata, exibe e destaca as variações dos valores ao longo do tempo.
4
-7
91
.5
51
.7
79
-0
ZA
U
SO
z Os gráficos do tipo Combinação permitem combinar dois tipos de gráficos para a exibição de séries de dados. São
L
exemplos de gráficos do tipo Combinação: Coluna Clusterizada-Linha, Coluna Clusterizada-Linha no Eixo Secun-
EL
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Classificação de Dados
91
.5
A classificação de dados alfanuméricos poderá ser ‘Classificar de A a Z’ em
51
Classificar texto ordem crescente, ou ‘Classificar de Z a A’ em ordem decrescente. É possível
.7
diferenciar letras maiúsculas e minúsculas
79
-0
Classificar números Quando a coluna possui números, podemos ‘Classificar do menor para o maior’ ou
‘Classificar do maior para o menor’
ZA
U
Se houver datas ou horas, podemos ‘Classificar da mais antiga para a mais nova’
SO
de fonte ou ícones essas cores. Também será possível classificar por um conjunto de ícones cria-
A
D
Você pode usar uma lista personalizada para classificar em uma ordem definida
Classificar por uma lista
YG
pelo usuário. Por exemplo, uma coluna pode conter valores pelos quais você
personalizada
deseja classificar, como Alta, Média e Baixa
H
L
Classificar linhas
car da esquerda para a direita e, em seguida, clique em OK
XW
na ou linha
Conceitos Básicos
4
-7
Condiconal
z Célula: unidade da planilha de cálculos, o encon-
91
tro entre uma linha e uma coluna. A seleção indivi-
.5
dual é com a tecla CTRL e a seleção de áreas é com
51
a tecla SHIFT (assim como no sistema operacional);
.7
Geranciar...
z Coluna: células alinhadas verticalmente, nomea-
79
das com uma letra;
-0
z Linha: células alinhadas horizontalmente, nume-
radas com números;
ZA
z Planilha: o conjunto de células organizado em uma
U
SO
planilhas, de 1 a N (de acordo com quantidade de A formatação condicional pode apresentar visual-
LV
memória RAM disponível, nomeadas como Planilha mente as diferenças existentes nos dados da planilha
SI
1, Planilha 2, Planilha3). No Calc é extensão ODS; de cálculos. É um recurso útil e muito questionado em
A
Simbologia Específica
YG
meses, estas opções criam listas predefinidas; O formato de referência é idêntico no Excel e Calc.
XW
4
-7
Planilha2.
91
.5
Importante! z # (sinal de sustenido – iniciando uma mensagem,
51
apenas um) Erro.
.7
Uma das poucas diferenças existentes entre o
79
Microsoft Excel e o LibreOffice Calc é a forma Mensagens de Erros
-0
como referenciam planilhas. No Excel é o ponto
de exclamação, no Calc é o ponto final.
ZA
Seguem abaixo os erros mais comuns que podem
ocorrer em uma planilha do LibreOffice Calc:
U
SO
z > (sinal de maior) maior que. Usado para testes, z ##### A célula não é larga o suficiente para mos-
A
para comparação.
trar o conteúdo;
LV
z < (sinal de menor) menor que. Usado em testes, z #VALOR ou Err:519! Sem resultado. A fórmula
R
z >= (sinal de maior e sinal de igual, consecutivos, fórmula, está faltando a coluna, a linha ou a plani-
EL
sem espaço) maior ou igual a. Usado em testes, lha que contém uma célula referenciada;
XW
é maior que A1”) – teste e exibe uma mensagem. não foi possível encontrar uma referência válida,
um nome de domínio válido, uma etiqueta de colu-
z <= (sinal de menor e sinal de igual, consecutivos, na/linha, uma macro, um separador decimal incor-
sem espaço) menor ou igual a. Usado em testes, reto, suplemento não encontrado;
para comparação. z #DIV/0! ou Err:532! Divisão por zero. Operação
Exemplo: =SE(A1<=A2;”A1 é menor ou igual a A2”;”A2 de divisão / quando o denominador é 0.
é menor que A1”) – teste e exibe uma mensagem.
Funções Básicas
z <> (sinal de menor e sinal de maior, consecuti-
vos, sem espaço) diferente. O Excel/Calc não usa o z SOMA (valores) : realiza a operação de soma nas
símbolo ≠ Usado em testes, para comparação. células selecionadas.
Exemplo: =SE(A1<>A2;”Valores diferentes”;”São
iguais”) – teste e exibe uma mensagem. =SOMA(A1;A2;A3) Efetua a soma dos valores exis-
tentes nas células A1, A2 e A3.
z ( ) (parênteses) Organizam operadores, valores, =SOMA(A1:A5) Efetua a soma dos 5 valores exis-
138 expressões, alterando a ordem de cálculo. O Excel tentes nas células A1 até A5
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z SE (teste;verdadeiro;falso) : avalia um teste e retor-
=SOMA(A1;34;B3) Efetua a soma dos valores da na um valor caso o teste seja verdadeiro ou outro
célula A1, com 34 (valor literal) e B3. caso seja falso.
=SOMA(A1:B4) Efetua a soma dos 8 valores exis-
tentes, de A1 até B4. O LibreOffice Calc não faz ‘trian- z CONT.VALORES (células) : esta função conta todas
gulação’, operando apenas áreas quadrangulares. as células em um intervalo, exceto as células vazias.
=SOMA(A1;B1;C1:C3) Efetua a soma dos valores =CONT.VALORES(A1:A10) Informa o resultado da
A1 com B1 e C1 até C3. contagem, informando quantas células estão preen-
=SOMA(1;2;3;A1;A1) Efetua a soma de 1 com 2 chidas com valores, quaisquer valores.
com 3 e o valor A1 duas vezes.
z CONT.NÚM (células) : conta todas as células em
z SOMASE (valores;condição) : realiza a operação um intervalo, exceto células vazias e células com
de soma nas células selecionadas, se uma condição texto.
for atendida.
=CONT.NÚM(A1:A8) Informa quantas células no
=SOMASE(A1:A5;”>15”) Efetuará a soma dos valo- intervalo A1 até A8 possuem valores numéricos.
res de A1 até A5 que sejam maiores que 15.
=SOMASE(A1:A10;”10”) Efetuará a soma dos valo- z CONT.SE (células;condição) : Esta função conta quan-
res de A1 até A10 que forem iguais a 10. A sintaxe é tas vezes aparece um determinado valor (número ou
=SOMASE(onde;qual o critério para que seja somado). texto) em um intervalo de células (o usuário tem que
indicar qual é o critério a ser contado)
z MEDIA (valores) : realiza a operação de média nas
células selecionadas e exibe o valor médio encontrado. =CONT.SE(A1:A10;”5”) Efetua a contagem de quan-
tas células existem no intervalo de A1 até A10 conten-
=MEDIA(A1:A5) Efetua a média aritmética simples do o valor 5.
dos valores existentes entre A1 e A5. Se forem 5 valo-
res, serão somados e divididos por 5. Se existir uma z TEXTO (células;formato) : exibe um valor numéri-
célula vazia, serão somados e divididos por 4. Células co no formato especificado por uma máscara.
vazias não entram no cálculo da média.
=TEXTO(7;”000”) Exibirá o número 7 com 3 casas,
4
-7
portanto, 007
z MED (valores): obtém o valor da mediana. A
91
mediana é o valor que está ‘no meio’ dos valores
.5
ordenados informados z MUDAR (texto;início;caracteres;novo_texto) : per-
51
mite trocar no texto informado, iniciando na posi-
.7
ção início, o novo_texto, até o limite de caracteres.
79
=MUDAR(“José Carlos”; 1; 4; “João”) Troca o
-0
“José” por “João” ZA
U
z PROCV (valor_procurado; matriz_tabela; núm_
SO
índice_coluna; [intervalo_pesquisa])
A
=MED(A2:C2) qual é o valor que está no meio, de 6, valor_procurado dentro da matriz_tabela, e quando
SI
=MÉDIA(A2:C2) qual é a média dos valores de A2 núm_índice_coluna. A última opção, que será VERDA-
D
até C2? (6+2+1)/3 = 3. DEIRO ou FALSO, é usada para identificar se precisa ser
R
Por exemplo:
las selecionadas.
H
=PROCV(105;A2:C7;2;VERDADEIRO) e
L
=PROCV(“Monte”;B2:E7;2;FALSO)
área de A1 até D6. Se houver dois valores iguais, ape- A função PROCV é um membro das funções de pes-
XW
z MAIOR (valores;posição) : exibe o maior valor de curar_intervalo for VERDADEIRO, ela usará o maior
uma série, segundo o argumento apresentado. valor que é menor do que o valor_procurado.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
4
-7
transferência do Windows/Linux Modelo de apre-
Recursos para pa-
91
dronização e auto-
POTM sentação com
.5
Acesso aos controles sobre o que será matização de novas
macros
51
Exibir mostrado na tela de edição, e como apresentações
.7
será exibido Formato do LibreOffice
79
Open Document Impress, que pode ser
Adicionar qualquer objeto no arquivo ODP
-0
Presentation editado e salvo pelo
Inserir atualmente editado. Se este objeto é ZA Microsoft PowerPoint
atualizável, será um campo
Formato de documen-
U
SO
tação de slide
SI
Oferece opções para organizar as jane- As apresentações de slides podem ser gravadas em
A
Janela
M
las dos documentos formato de imagens (JPG, PNG), slide por slide, e até
transformadas em vídeo (extensão MP4).
Os recursos do PowerPoint, como animações, tran-
sições, narração, serão inseridos no vídeo, que poderá
ser reproduzido em outros dispositivos, como Smart
MICROSOFT POWERPOINT TV em totens de propagandas.
2016: ESTRUTURA BÁSICA DE
APRESENTAÇÕES, EDIÇÃO E
FORMATAÇÃO
MICROSOFT POWERPOINT
4
riores, com a inclusão do item Modo de Exibição de
-7
para outro layout. Cada slide da apresentação pode- Estrutura de Tópicos:
91
rá ter um layout diferente;
.5
z Normal: no modo de exibição Normal, miniaturas
51
dos slides ou os tópicos aparecerão no lado esquerdo,
.7
o slide atual aparecerá no centro (sendo possível sua
79
Slide de Título Título e Conteúdo Cabeçalho da Duas Partes de Comparação
edição) e na área inferior da tela aparecerá a área de
-0
Seção Conteúdo
anotações. Ajustar à janela encaixa o slide na área;
ZA
z Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: para
editar e alternar entre slides no painel de estru-
U
Microsoft Word;
LV
z SEÇÃO: divisão de formatação dentro da apresen- sificação de Slides, apenas miniaturas dos slides
A
da ou Trajetórias de Animação.
Noções de Edição e Formatação de Apresentações
Conceito de Slides
A preparação de uma apresentação de slides segue
Conforme observado no item anterior, os slides são as uma série de recomendações, quanto a quantidade de
unidades de trabalho do PowerPoint. Assim como as pági- texto, quantidade de slides, tempo da apresentação, etc.
nas de um documento do Microsoft Word, os slides pos- Entretanto, para concursos públicos, o foco é outro.
suem configurações como margens, orientação, números O questionamento é sobre como fazer, onde configu-
de páginas (slides, no caso), cabeçalhos e rodapés, etc. rar, como apresentar, etc.
O PowerPoint trabalha com 4 conceitos principais Para entrar em modo de apresentação de slides do
de slides, começo, devemos pressionar F5. Podemos escolher o
ícone ‘Do Começo’ na guia Apresentações de Slides, gru-
z Slide (modo de exibição Normal) : cada slide é po Iniciar Apresentação de Slides. E ainda clicar no íco-
mostrado para edição de seu conteúdo; ne correspondente na barra de status, ao lado do zoom. 141
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A apresentação iniciará, e ao contrário do modo de exibição Leitura em Tela Inteira, a barra de títulos não será
mostrada. A outra forma de iniciar uma apresentação de slides é a partir do Slide Atual, pressionando Shift+F5 ou
clicando no ícone da guia Apresentação de Slides.
Durante a apresentação de slides, as setas de direção permitem mudar o slide em exibição. O Enter passa para
o próximo slide. O ESC sai da apresentação de slides.
Segurar a tecla CTRL e pressionar o botão principal (esquerdo) do mouse exibirá um ‘laser pointer’ na apre-
sentação. Pressionar a letra C ou vírgula deixará a tela em branco (clara). Pressionar E ou ponto final, deixa a tela
preta (escura).
A edição dos elementos textuais e parágrafos segue os princípios do editor de textos Word. E os comandos
também são os mesmos. Por exemplo, o Salvar como PDF.
De acordo com o formato escolhido, alguns recursos poderão ser desabilitados.
O formato PDF é portável, e poderá ser usado em qualquer plataforma. Praticamente todos os programas dis-
poníveis no mercado reconhecem o formato PDF.
Confira a seguir os ícones do aplicativo, que costumam ser questionados em provas.
4
-7
91
Para entrar em modo de apresentação de slides do começo, devemos pressionar F5.
.5
51
.7
A outra forma de iniciar uma apresentação de slides é a partir do Slide Atual, pressionando Shift+F5 ou
79
clicando no ícone da guia Apresentação de Slides.
-0
Apresentar on-line: Transmitir a apresentação de slides para visualizadores remotos que possam assis-
ZA
ti-la em um navegador da Web.
U
SO
Uma apresentação de slides personalizada exibirá somente os slides selecionados. Este recurso permite
LV
que você tenha vários conjuntos de slides diferentes (por exemplo, uma sucessão de slides de 30 minutos
SI
Configurar Apresentação de Slides: Configurar opções avançadas para a apresentação de slides, como o
R
modo de quiosque (em que a apresentação reinicia após o último slide, e continua em loop até pressio-
O
nar ESC), apresentação sem narração, vários monitores, avançar slides, etc.
YG
H
Ocultar Slide: Ocultar o slide atual da apresentação. Ele não será mostrado durante a apresentação de
L
Testar Intervalos: Iniciar uma apresentação de slides em tela inteira na qual você possa testar sua apre-
sentação. A quantidade de tempo utilizada em cada slide é registrada e você pode salvar esses intervalos
A
M
Gravar Apresentação de Slides: Gravar narrações de áudio, gestos do apontador laser ou intervalos de
slide e animação para reprodução durante a apresentação de slides.
Álbum de Fotografias: criar ou editar uma apresentação com base em uma série de imagens. Cada ima-
gem será colocada em um slide individual.
Ação: Adicionar uma ação ao objeto selecionado para especificar o que deve acontecer quando você cli-
car nele ou passar o mouse sobre ele.
142
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Inserir vídeo no slide: permite inserir um videoclipe no slide.
Gravação de tela: gravar o que está sendo exibido na tela e inserir no slide.
Formas: linhas, retângulos, formas básicas, setas largas, formas de equação, fluxograma, estrelas e fai-
xas, textos explicativos e botões de ação.
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Arquivos do PowerPoint são abertos pelo LibreOffice Impress (antigo OpenOffice, BrOffice).
EL
Da mesma forma, arquivos do LibreOffice Impress (formato ODP – Open Document Presentation) podem ser
XW
O LibreOffice Impress permite exportar uma apresentação ou desenho para diferentes formatos, incluindo os
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Os modos de exibição permitem alternar entre a edição (Normal), exibição de títulos (Estrutura de Tópicos),
Notas (Anotações do apresentador) e Organizador de Slides (classificação de slides – miniaturas para organização). 143
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Normal Estrutura de tópicos Notas Organizador de slides
z LEIAUTE: Permite a escolha do tipo de conteúdo que será inserido no slide. Para não esquecer: é o esqueleto
de cada slide da apresentação. O layout do slide (leiaute do eslaide) é a definição da posição dos objetos dentro
de cada slide da apresentação;
z MODELOS: Permite a escolha do projeto visual que será utilizado no slide. Para não esquecer: é a aparência
da apresentação;
z TRANSIÇÃO: Permite a escolha do efeito visual que será utilizado na passagem de um slide para outro slide.
Para não esquecer: é a animação entre os slides da apresentação;
z MESTRE: Permite a escolha da posição de todos os elementos dentro de uma apresentação, assim como configurações
4
-7
específicas. Podemos configurar os slides, folhetos e anotações. Para não esquecer: é o esqueleto de toda a apresentação.
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Exibir
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Slide mestre
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Assim como nos demais aplicativos, o ícone permite transformar um objeto inserido em um hyperlink. O
M
Correio: abre o aplicativo de e-mail padrão para o envio de uma mensagem eletrônica.
Documento: para algum local do documento atual, como uma Tabela, Seção ou Quadro.
Diferentemente da interface do Microsoft PowerPoint, que é baseada na Faixa de Opções com guias, grupos e
ícones, o LibreOffice tem a interface baseada em menus. Na tabela a seguir, confira algumas dicas para compreen-
144 der a sequência de comandos e menus do Impress. As dicas são válidas para o LibreOffice Writer e LibreOffice Calc.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
MENU SIGNIFICADO
Arquivo Oferece comandos para o gerenciamento do arquivo atual, aquele que está em primeiro plano
Acesso a recursos temporários (localizar, substituir, selecionar) e área de transferência do
Editar
Windows/Linux
Acesso aos controles sobre o que será mostrado na tela de edição, e como será exibido.
Exibir
Cor, preto e branco, escala de cinza
Adicionar qualquer objeto na apresentação atualmente editada. Se este objeto é atualizá-
Inserir
vel, será um campo
Formatar Mudar a aparência, mudar a configuração, dar uma forma, alterar o que está em edição
Oferece comandos para o gerenciamento do aplicativo, alterando as configurações em
Ferramentas
todos os próximos arquivos editados pelo aplicativo
Iniciar a apresentação, configurar a apresentação, Cronometrar, Interação, Animação
Apresentação de slides personalizada, Transição de slides, Exibir e Ocultar slides, e criar uma apresentação
personalizada
Janela Oferece opções para organizar as janelas dos documentos
Menu Slide
Novidade do LibreOffice Impress 5 mantida na versão 6/7, que não existia nas versões anteriores. Possui opções
similares à guia Apresentação de Slides do Microsoft PowerPoint. Contém as opções para manipulação dos slides
da apresentação, incluindo o item Transição de Slides, para adicionar uma animação entre os slides.
Slide
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Outra novidade do LibreOffice Impress 5, com as opções e comandos para controle da apresentação. Foi man-
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Semelhante ao PowerPoint, F5 inicia a apresentação a partir do primeiro slide e Shift+F5 inicia a partir do slide
R
O
atual. Esta é uma alteração importante, pois nas versões anteriores, F5 iniciava no slide atual, e agora é como no
YG
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
4
são acessadas por programas instalados em nossos Navegador leve com
-7
dispositivos. São eles: proteções extras
91
Opera Opera contra rastreamento
.5
z Navegadores de Internet ou browsers, para con- e mineração de
51
teúdo em servidores web; moedas virtuais
.7
z Softwares de correio eletrônico, para mensa-
79
gens em servidores de e-mail;
-0
z Redes Sociais, para conteúdos compartilhados Google Chrome
ZA
por empresas e usuários;
z Sites de Busca, como o Google Buscas e Microsoft O navegador mais utilizado pelos usuários da
U
Este tópico é muito prático e nos concursos públi- para acesso à Barra de Endereços, que nos demais é
D
cos são questionados os termos usados nos diferentes F4 e nele é F6. Outra diferença é o acesso ao site de
R
softwares, como “Histórico”, para nomear a lista de pesquisas Google, que oferece a pesquisa por voz se
O
lhes do seu navegador e as mensagens que são exibidas. Gerenciador de Tarefas, acessado pelo atalho de tecla-
L
Ferramentas e Aplicativos Comerciais de Navegação poderá finalizar, sem finalizar todo o programa.
A
NAVEGADOR DESENVOLVEDOR CARACTERÍSTICAS z Modo Normal: sem estar conectado na conta Google,
o navegador armazena localmente as informações
Navegador padrão da navegação para o perfil atual do sistema operacio-
do Windows 10, que nal. Todos os usuários do perfil, poderão consultar as
Edge Microsoft
substituiu o Micro- informações armazenadas;
soft Internet Explorer z Modo Normal conectado na conta Google: o
146 navegador armazena localmente as informações
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
da navegação e sincroniza com outros dispositivos z Pop-up: janela exibida durante a navegação para
conectados na mesma conta Google; funcionalidades adicionais ou propaganda;
z Modo Visitante: o navegador acessa a Internet, mas z Atualizar página: acessar as informações armaze-
não acessa as informações da conta Google registrada; nadas na cópia local (cache);
z Modo de Navegação Anônima: o navegador aces- z Recarregar página: acessar novamente as infor-
sa a Internet e apaga os dados acessados quando a mações no servidor, ignorando as informações
janela é fechada. armazenadas nos arquivos temporários;
z Formato PDF: os arquivos disponíveis na Internet
no formato PDF podem ser visualizados direta-
Importante! mente no navegador de Internet, sem a necessida-
de de programas adicionais.
A navegação anônima é um recurso que muitos
usuários utilizam para aumentar a sua privacida-
Recursos de Sites, Combinados com os Navegadores
de enquanto navega na Internet. Entretanto, ela
de Internet
não te deixa anônimo. As informações acessa-
das serão registradas em dispositivos na rede e z Cookies: arquivos de texto transferidos do ser-
pelos servidores que foram acessados. vidor para o navegador, com informações sobre
as preferências do usuário. Eles não são vírus de
computador, pois códigos maliciosos não podem
O navegador Google Chrome, quando conectado
infectar arquivos de texto sem formatação;
em uma conta Google, permite que a exclusão do his-
z Feeds RSS: quando o site oferece o recurso RSS,
tórico de navegação seja realizada em todos os dis-
o navegador receberá atualizações para a página
positivos conectados. Esta funcionalidade não estará
assinada pelo usuário. O RSS é muito usado entre
disponível, caso não esteja conectado na conta Google.
sites para troca de conteúdo;
Como já dito, um dos atalhos de teclado diferente
z Certificado digital: os navegadores podem utilizar
no Google Chrome em comparação aos demais nave-
chaves de criptografia com mais de 1024 bits, ou seja,
gadores é F6. Para acessar a barra de endereços nos
aceitam certificados digitais para validação de cone-
outros navegadores, pressione F4. No Google Chrome
xões e transferências com criptografia e segurança;
4
o atalho de teclado é F6.
-7
z Corretor ortográfico: permite a correção dos
Para verificar a versão atualmente instalada do
91
textos digitados em campos de formulários, a par-
Chrome, acesse no menu a opção “Ajuda” e depois
.5
tir de dicionários on-line disponibilizados pelos
51
“Sobre o Google Chrome”. Se houver atualizações pen-
desenvolvedores dos navegadores.
dentes, elas serão instaladas. Se as atualizações foram
.7
79
instaladas, o usuário poderá reiniciar o navegador.
-0
Caso o navegador seja reiniciado, ele retornará nos
mesmos sites que estavam abertos antes do reinício, ZA
com as mesmas credenciais de login. SEGURANÇA: TIPOS DE VÍRUS,
U
serão registradas e mantidas pelo navegador. His- você encontrará as informações necessárias para isso.
YG
tórico de Navegação, Cookies, Arquivos Temporá- As redes de computadores tornaram-se cada vez
H
rios, Formulários, Favoritos e Downloads; mais interligadas e complexas. Elas integram, atualmen-
L
z Modo de navegação anônima: as informações de te, muitos dispositivos, que, talvez, você não conheça,
EL
navegação serão apagadas quando a janela for fecha- mas que estão ali, promovendo a troca de dados entre
XW
da. Apenas os Favoritos e Downloads serão mantidos; o seu equipamento e o servidor remoto o qual está aces-
z Dados de formulários: informações preenchidas sando. No entanto, é sabido que os criminosos virtuais
A
para acesso posterior. Os sites preferidos do usuá- Informação procuram proteger os dados armazenados
rio poderão ser exportados do navegador atual e e trafegados entre os dispositivos por meio de equipa-
importados em outro navegador de Internet; mentos, programas e técnicas direcionadas. Para isso, o
z Downloads: arquivos transferidos de um servidor treinamento dos usuários também é importante, consi-
remoto para o computador local. Os gerenciadores derando que eles compreendem o elo mais fraco e vul-
de downloads permitem pausar uma transferência nerável no que se refere à Segurança da Informação.
ou buscar outras fontes caso o arquivo não esteja
mais disponível;
z Uploads: arquivos enviados do computador local
para um servidor remoto;
z Histórico de navegação: são os endereços URL aces-
sados pelo navegador em modo normal de navegação;
z Cache ou arquivos temporários: cópia local dos
arquivos acessados durante a navegação; 147
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
à Segurança da Informação, utilizando medidas de
proteção em seu dispositivo, como antivírus, firewall
e anti-spyware).
Iniciaremos nossos estudos sobre Segurança da
Informação com o tópico VPN. Elas são muito impor-
tantes para a comunicação segura e tornaram-se des-
taque nos últimos anos, por causa do trabalho remoto
(home office). Empresas e usuários que não utilizavam
uma conexão remota segura precisaram adaptar-se
Figura 1. A conexão entre o usuário cliente e o servidor é realizada aos novos tempos. Em concursos, a tendência é que
por diferentes equipamentos, que são transparentes para o usuário
aumente a frequência de questões sobre esse tema,
final.
pois se tornou popular devido à pandemia.
A seguir, conheceremos como é a Computação na
Entre o servidor remoto e o usuário final, as infor-
Nuvem, suas características, os tipos de nuvem, os ser-
mações solicitadas passarão por vários dispositivos de
viços oferecidos e as vantagens e desvantagens. Vale
conexão (roteadores, repetidores de sinal, switches,
ressaltar que esse tópico já foi bastante abordado em
bridges, gateways) antes de serem apresentadas no
alguns concursos, em provas de diversos cargos.
dispositivo do usuário.
Vírus de computador e softwares maliciosos:
quem nunca foi vítima, não é mesmo? Esse será o ter-
Dica ceiro tópico sobre Segurança da Informação, no qual
Paradigma cliente-servidor: Nós somos clientes abordaremos os ataques e ameaças, com destaque
para os principais e mais comuns em provas de con-
e acessamos informações em servidores remo-
cursos. Assim como Computação na Nuvem, o tópico
tos. As redes de computadores, em concursos
“Noções de Vírus, Worms e Pragas Virtuais” também é
públicos, são abordadas, seguindo esse paradig-
muito questionado em concursos públicos.
ma. Usamos cliente web (browser ou navegador) Finalizando o conteúdo de Segurança da Informa-
para acessar um servidor web. Usamos cliente ção, estudaremos os mecanismos de proteção e defesa
de e-mail para acessar um servidor de e-mail. contra os ataques e ameaças. Existem equipamentos
4
Usamos um cliente FTP para acessar um servi- de proteção, no entanto, em concursos públicos, geral-
-7
dor FTP. mente, são questionados os aplicativos para seguran-
91
ça (antivírus, firewall, anti-spyware etc).
.5
51
Apesar de existirem soluções integradas e avança-
das para os problemas de Segurança da Informação,
.7
79
que até usamos em nossos dispositivos, nos concursos
-0
públicos, são questionadas as definições oficiais e as
configurações padrão dos programas.
ZA
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Figura 2. O tráfego de dados, em uma conexão, é um ativo As redes privadas virtuais, popularmente identi-
LV
interessante para invasores, vírus de computadores e softwares ficadas pela sigla VPN (do inglês Virtual Private Net-
maliciosos.
SI
tar os arquivos e causar danos aos sistemas. Esses softwares computadores, de acordo com as suas características
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arquivos.
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Importante!
Toda Intranet é uma LAN, mas nem toda LAN é uma Intranet.
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Figura 5. Usuários mal intencionados procuram “escutar” uma conexão insegura em busca de dados que possam comprometer a privacidade do
A
usuário ou empresa.
LV
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As empresas utilizam softwares de terceiros para estabelecer a conexão segura entre os dispositivos de seus
colaboradores. Existem vários softwares que possibilitam a conexão segura, como a Área de Trabalho Remota (Win-
A
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dows) e soluções de empresas de segurança digital (Forticlient VPN, Citrix Metaframe, TeamViewer, LogMeIn etc).
R
Os protocolos são padrões de comunicação. Para estabelecer uma conexão segura, protocolos seguros serão
O
usados, criando um túnel seguro entre o emissor e o receptor, por meio de um ambiente vulnerável. Eles pro-
YG
curam encapsular os dados transmitidos, para que, em caso de monitoramento, a leitura do conteúdo torne-se
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Figura 6. Usuários mal-intencionados não conseguem monitorar o conteúdo de uma conexão que esteja protegida com um protocolo seguro. 149
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
TIPO DE VPN CARACTERÍSTICA
� Um usuário pode conectar-se a uma rede, para acessar seus serviços e recursos
VPN de acesso remoto remotamente
(VPN client to site) � A conexão é segura e ocorrerá por meio de uma rede pública, como a Internet
� Será uma conexão (cliente) para um servidor remoto que aceita várias conexões
� Dois roteadores estabelecem uma conexão segura para a troca de dados, sendo que
um deles opera como cliente VPN e o outro, como servidor VPN
� É o modelo mais usado no âmbito empresarial, para conectar com segurança a rede
VPN site a site interna de uma filial com a rede interna de uma matriz
� Serão várias conexões (filial), acessando um servidor remoto que aceita várias cone-
xões (matriz)
� Também conhecida como VPN LAN to LAN
Protocolos
Quando uma navegação na Internet é realizada, os protocolos transferem os dados de um servidor para o
cliente de acordo com o paradigma Cliente-Servidor. O servidor oferece os dados e provê a conexão e, então, o
cliente acessa as informações e solicita serviços.
Em uma conexão, para evitar que os dados sejam acessados por pessoas não autorizadas, protocolos de segu-
rança e proteção poderão ser implementados, utilizando-se de chaves e certificados digitais para a garantia da
transferência segura dos dados.
Muitas siglas de protocolos estão relacionadas com este tópico. Confira algumas delas:
4
-7
TLS Transport Layer Security Camada de transporte seguro para a conexão Sim
91
Orientar o servidor para criação de uma conexão se-
.5
SSH Secure Shell Sim
gura com o cliente
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.7
Extensão do protocolo IP para suprir a falta de seguran-
IPsec IP Security Protocol Sim
79
ça de informações que trafegam em uma rede pública
-0
Protocolo para facilitar a comunicação bidirecional,
Telnet
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baseada em texto interativo (comandos), usando uma Não
conexão de terminal virtual
U
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nelamento Ponto-a-Ponto)
SI
OpenVPN VPN de Código aberto site (site to site), usando um protocolo personalizado Sim
baseado no TLS e SSL
H
L
EL
Dica
XW
Um protocolo seguro procura estabelecer uma conexão segura entre os dispositivos, possibilitando a troca de
informações. Antes do envio de dados, a conexão segura será negociada entre os dispositivos e aprovada após a
confirmação do certificado digital.
A conexão remota poderá ser uma simples conexão direta entre os dispositivos (ponto a ponto, túnel de cone-
xão, sem criptografia dos dados trafegados) ou uma conexão entre os dispositivos com segurança, utilizando
150 protocolos seguros, para criptografar o conteúdo trafegado no túnel de conexão.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Programas z Ameaças: vulnerabilidades que existem e podem
ser exploradas por usuários;
Após conhecer as definições de uma VPN e os pro- z Falhas: vulnerabilidades existentes nos sistemas,
tocolos que podem ser utilizados, é comum surgir uma sejam elas propositais ou acidentais;
dúvida: quais são os programas que usamos para z Ataques: ação que procura denegrir ou suspender
transformar o nosso dispositivo em um cliente VPN? a operação de sistemas.
A resposta é: depende. Cada dispositivo possui um
sistema operacional e, de acordo com a origem (clien- Devido à crescente integração entre as redes de
te) e o destino (servidor), existem programas mais comunicação, conexão com novos e inusitados dis-
adequados para cada cenário. positivos (IoT – Internet das Coisas) e criminosos
com acesso de qualquer lugar do mundo, as redes de
ORIGEM DESTINO EXEMPLO DE informações tornaram-se particularmente difíceis de
(CLIENTE) (SERVIDOR) PROGRAMA PARA VPN se proteger. Profissionais altamente qualificados são
Windows Windows Área de Trabalho Remota formados e contratados pelas empresas com a única
função de proteger os sistemas informatizados.
Windows Linux PuTTy
Em concursos públicos, as ameaças e os ataques
Linux Windows OpenVPN são os itens mais questionados.
Linux Linux Network-Manager.
Dica
A utilização de um software de VPN, a fim de aces- Você conhece a Cartilha de Segurança CERT?
sar a rede interna de uma organização (no modelo Disponível gratuitamente na Internet, ela é a fon-
VPN client to site), implementa segurança aos dados te oficial de informações sobre ameaças, ata-
trafegados na forma de criptografia, para garantir a ques, defesas e segurança digital. Ela pode ser
autenticidade e a integridade das conexões. No entan- acessada pelo link: <https://cartilha.cert.br/>.
to, onde a VPN será “iniciada”? (Acesso em: 13 nov. 2020).
Nas redes de computadores, o firewall é um item
especialmente importante em relação à segurança da Ameaças
4
informação. Ele é um filtro de portas TCP, que permite
-7
ou bloqueia o tráfego de dados. Logo, se uma cone-
91
As ameaças são identificadas como aquelas que
xão deseja enviar e receber dados, precisa ter a porta
.5
possuem potencial para comprometer a oferta ou exis-
51
correspondente liberada, em ambos os lados, tanto no tência dos ativos computacionais, tais como: informa-
cliente como no servidor.
.7
ções, processos e sistemas. Um ransomware – software
79
Se existe um firewall na rede, a VPN poderá ser ins- que sequestra dados, utilizando-se de criptografia e
-0
talada (e configurada) no firewall (mais comum), em solicita o pagamento de resgate para a liberação das
frente ao firewall (para autenticar o que está chegan- informações sequestradas – é um exemplo de ameaça.
ZA
do), atrás do firewall (para autenticar o que chegou), É importante entender que, apesar de a ameaça exis-
U
paralelamente ao firewall (para acompanhar o envio tir, se não ocorrer uma ação deliberada para sua execu-
SO
e recebimento dos pacotes) ou na interface dedicada ção ou se medidas de proteção forem implementadas,
do firewall (na conexão VPN site to site, para atender a
A
xão externa que deverá utilizar uma VPN, para pro- z Humanas: intencionais ou acidentais, que explo-
YG
teger os dados trafegados com o uso de criptografia ram vulnerabilidades nos sistemas;
H
Sabe-se que ameaças e riscos de segurança estão ameaças que possam causar danos ao ambiente com-
M
presentes no mundo virtual. Assim como existem pes- putacional dela mesma (Gerenciamento de Risco),
soas boas e más no mundo real, existem usuários com implementar sistemas de autenticação (Controlar o
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
boas ou más intenções no mundo virtual. Acesso), definir os requisitos de senha forte (Política de
Os criminosos virtuais são genericamente denomina- Segurança), manter um inventário e realizar o rastrea-
dos como hackers, porém o termo mais adequado seria mento de todos os ativos (Gerenciamento de Recursos),
cracker. Um hacker é um usuário que possui muitos conhe- além de utilizar sistemas de backup e restauração de
cimentos sobre tecnologia, podendo ser nomeado como dados (Gerenciamento de Continuidade de Negócios).
White Hat – hacker ético que usa suas habilidades com pro-
pósitos éticos e legais –, Gray Hat – aquele que comete cri- Falhas
mes, mas sem ganho pessoal (geralmente, para exposição
de falhas nos sistemas) – e Black Hat – aquele que viola a As falhas de segurança nos sistemas de informação
segurança dos sistemas para obtenção de ganhos pessoais. poderão ser propositais ou involuntárias. Se o progra-
Amadores ou inexperientes, profissionais ou expe- mador insere, no código do sistema, uma falha que
rientes, todo usuário está sujeito aos riscos inerentes produza danos ou permita o acesso sem autentica-
ao uso dos recursos computacionais. São riscos de ção, temos um exemplo de falha proposital. Já se uma
segurança digital: falha for descoberta após a implantação do sistema, 151
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
sem que tenha sido uma falha proposital, e tenha sido explorada por invasores, temos um exemplo de falha invo-
luntária, inerente ao sistema.
Quando identificadas, as falhas são corrigidas pelas empresas que desenvolveram o sistema por meio da dis-
tribuição de notificações e correções de segurança. O Windows Update, serviço da Microsoft para atualização do
Windows, distribui, mensalmente, os patches (pacotes) de correções de falhas de segurança.
Ataques
Sem dúvidas, o assunto de maior destaque, tanto em concursos como no mundo real, são os ataques. Coor-
denados ou isolados, os ataques procuram romper as barreiras de segurança definidas na Política de Segurança,
com o objetivo de anular o sistema ou capturar dados.
Os ataques podem ser classificados como:
z Baixa complexidade: exploram falhas de segurança de forma isolada e são facilmente identificados e anulados;
z Média complexidade: combinam duas ou mais ferramentas e técnicas, para obter acesso aos dados, sendo de
média complexidade para a solução, gerando impactos na operação dos sistemas, como a indisponibilidade;
z Alta complexidade: refinados e avançados, os ataques combinam o acesso às falhas do sistema, novos códi-
gos maliciosos desconhecidos e a distribuição do ataque com redes zumbis, tornando difícil a resolução do
problema.
Dica
� Ameaças existem e podem afetar ou não os sistemas computacionais;
� Falhas existem e podem ser exploradas ou não pelos invasores;
� Ataques são realizados todo o tempo contra todos os tipos de sistemas.
Vírus de Computador
4
O vírus de computador é a ameaça digital mais popular. Tem esse nome por se assemelhar a um vírus orgâ-
-7
nico ou biológico. O vírus biológico é um organismo que possui um código viral que infecta uma célula de outro
91
organismo. Quando a célula infectada é acionada, o código viral é duplicado e se propaga para outras células
.5
51
saudáveis do corpo. Quanto mais vírus existirem no organismo, menor será o seu desempenho, fazendo com que
recursos vitais sejam consumidos, podendo levar o hospedeiro à morte.
.7
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O vírus de computador é um código malicioso que infecta arquivos em um dispositivo. Quando o arquivo é
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executado, o código do vírus é duplicado, propagando-se para outros arquivos do computador. Quanto mais vírus
existirem no dispositivo, menor será o seu desempenho, fazendo com que recursos computacionais sejam consu-
ZA
midos, podendo levar o hospedeiro a uma falha catastrófica.
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O vírus de computador poderá entrar no dispositivo do usuário por meio de um arquivo anexado em uma
.5
mensagem de e-mail, ou por cópia de arquivos existentes em uma mídia removível, como o pen drive, recebidos
51
por alguma rede social, baixados de sites na Internet, entre outras formas de contaminação.
.7
79
-0
VÍRUS DE COMPUTADOR CARACTERÍSTICAS
� Infectam o setor de boot do disco de inicialização
ZA
Vírus de boot
� Cada vez que o sistema é iniciado, o vírus é executado
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SO
� As macros são desenvolvidas em linguagem Visual Basic for Applications (VBA) nos
SI
São programados para agir em uma determinada data, causando algum tipo de dano no
Vírus time bomb
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infectar um computador
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Vírus stealth � Ele mantém cópias dos arquivos que foram infectados para si e, quando um software
antivírus realiza a detecção, apresenta o arquivo original, enganando o mecanismo de
A
M
proteção
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Todos os sistemas operacionais são vulneráveis aos vírus de computador. Quando um vírus de computador
é desenvolvido por um hacker, este procura elaborá-lo para um software que tenha uma grande quantidade de
usuários iniciantes, o que aumenta as suas chances de sucesso.
O Windows, por exemplo, possui muitos usuários e a maioria deles não tem preocupações com segurança. Por
isso, grande parte dos vírus de computadores são desenvolvidos para atacarem sistemas Windows.
O Linux, por sua vez, tem poucos usuários, se comparado ao Windows, e a maioria deles possui muito conhe-
cimento sobre Informática, tornando a ação de vírus nesse sistema uma ocorrência rara.
Já o Android, software operacional dos smartphones populares, é uma variação do sistema Linux original.
Apesar de possuir essa origem nobre, é alvo de milhares de vírus, por causa dos seus usuários, que, na maioria
das vezes, não têm rotinas de proteção e segurança de seus aparelhos. 153
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Um vírus de computador poderá ser recebido por e-mail, transferido de sites na Internet, compartilhado em
arquivos, através do uso de mídias removíveis infectadas, nas redes sociais e por mensagens instantâneas. Vale
lembrar, no entanto, que um vírus necessita ser executado para que entre em ação, pois ele tem um hospedeiro
definido e um alvo estabelecido. Ele se propaga, inserindo cópias de si em outros arquivos, alterando ou removen-
do arquivos do dispositivo para propagação e autoproteção, a fim de não ser detectado pelo antivírus.
Worms
O worm é um verme que explora de forma independente as vulnerabilidades nas redes de dispositivos. Geralmente,
eles deixam a comunicação na rede lenta, por ocuparem a conexão de dados ao enviarem cópias de seu código malicioso.
Um verme biológico parasita um organismo, consumindo seus recursos e deixando o corpo debilitado. Um
verme tecnológico parasita um dispositivo, consumindo seus recursos de memória e conexão de rede, deixando o
aparelho e a rede de dados lentos.
Os worms não precisam ser executados pelo usuário como os vírus de computador e a sua propagação será
rápida caso não existam barreiras de proteção que os impeçam.
4
-7
91
.5
Smartphone com worm Roteador do Usuário Impressora
51
.7
79
2. Roteador infectado envia o worm para a impressora
-0
ZA
U
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YG
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O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
4. Um novo dispositivo se conecta e é infectado
4
-7
Smartphone
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.5
51
Dica
.7
79
Os worms infectam dispositivos e propagam-se para outros dispositivos de forma autônoma, sem interferên-
-0
cia do usuário. ZA
Os worms podem ser recebidos automaticamente pela rede, inseridos por um invasor ou por ação de outro
U
SO
código malicioso. Assim como os vírus, ele poderá ser recebido por e-mail, transferido de sites na Internet, com-
partilhado em arquivos, por meio do uso de mídias removíveis infectadas, nas redes sociais e por mensagens
A
instantâneas.
LV
Com o objetivo de explorar as vulnerabilidades dos dispositivos, os worms enviam cópias de si mesmos para
SI
outros dispositivos e usuários conectados. Por serem autoexecutáveis, costumam consumir grande quantidade de
A
recursos computacionais, promovendo a instalação de outros códigos maliciosos e iniciando ataques na Internet
D
Pragas Virtuais
H
As diversas pragas virtuais são, genericamente, chamadas de malwares (softwares maliciosos), por apresen-
L
EL
tarem características semelhantes: oferecem alguma vantagem para o usuário, mas realizam ações danosas que
acabarão prejudicando-o.
XW
A
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
É um código malicioso que realiza operações mal-intencionadas enquanto realiza uma operação desejada pelo
usuário, como um jogo on-line ou reprodução de um vídeo. Ele é enviado com o conteúdo desejado e, ao ser exe-
cutado, desativa as proteções do dispositivo, para que o invasor tenha acesso aos arquivos e dados.
Esse nome está, justamente, relacionado com a história do presente dado pelos gregos aos troianos, consis-
tindo em um cavalo de madeira, com soldados em seu interior. Após entrar nas fortificações de Troia, os gregos
desativaram as defesas e permitiram o acesso do seu exército.
Importante!
O Trojan ou Cavalo de Troia é apresentado, no enunciado de algumas questões de concursos, como um tipo
de vírus de computador.
155
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
1. E-mail com Cavalo de Troia é enviado para o usuário
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-7
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E-mail com vírus Usuário Jogo on-line
.7
79
-0
3. Enquanto o usuário joga, o trojan desativa as proteções
ZA
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
4. Enquanto o usuário joga, o invasor consegue acesso
4
-7
91
z Spyware
.5
51
É um programa malicioso que procura monitorar as atividades do sistema e enviar os dados capturados
.7
79
durante a espionagem para terceiros. Existem softwares espiões considerados legítimos (instalados com o consen-
-0
timento do usuário) e maliciosos (que executam ações prejudiciais à privacidade do usuário).
Os softwares espiões podem ser especializados na captura de teclas digitadas (keylogger), nas telas e cliques efe-
ZA
tuados (screenlogger) ou para apresentação de propagandas alinhadas com os hábitos do usuário (adware). Eles,
U
geralmente, são instalados por outros programas maliciosos, para aumentar a quantidade de dados capturados.
SO
A
z Bot
LV
SI
É um programa malicioso que mantém contato com o invasor, permitindo que comandos sejam executados remo-
tamente. O dispositivo controlado por um bot poderá integrar uma rede de dispositivos zumbis, a chamada botnet.
A
D
Quando o invasor deseja atacar sites para provocar Negação de Serviço, ele aciona os bots que estão distribuí-
R
dos nos dispositivos do usuário, para que façam a ação danosa. Além de esconderem os rastros da identidade do
O
verdadeiro atacante, os bots poderão continuar sua propagação através do envio de cópias para outros contatos
YG
do usuário afetado.
H
L
z Backdoor
EL
XW
É um código malicioso semelhante ao bot, mas que, além de executar comandos recebidos do invasor, realiza
A
ações para desativação de proteções e aberturas de portas de conexão. O invasor, ciente das portas TCP que estão
M
disponíveis, consegue acesso ao dispositivo para a instalação de outros códigos maliciosos e roubo de informações.
Assim como os spywares, existem backdoors legítimos (adicionados pelo desenvolvedor do software para fun-
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
z Rootkit
É um código malicioso especializado em esconder e assegurar a presença de outros códigos maliciosos para o
invasor acessar o sistema. Essas pragas virtuais podem ser incorporadas em outras pragas, para que o código que
camufla a presença seja executado, escondendo os rastros do software malicioso.
Após a remoção de um rootkit, o sistema afetado não se recupera dos dados apagados, sendo necessária uma
cópia segura (backup) para restauração dos arquivos.
Dica
Cavalo de Troia, Spyware, Bot, Backdoor e Rootkit são as pragas digitais mais questionadas em concursos
públicos. 157
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Confira, na tabela a seguir, outras pragas digitais que ameaçam a Segurança da Informação e a privacidade
dos usuários de sistemas computacionais.
4
Intercepta as comunicações do aparelho móvel, para roubar os dados que trafegam na
-7
Man-In-The-Mobile
conexão do aparelho smartphone
91
.5
Enquanto uma falha não é corrigida pelo desenvolvedor do software, invasores podem ex-
Ataque de dia zero
51
plorar a vulnerabilidade identificada antes da implantação da proteção
.7
Modificam páginas na Internet, alterando a sua apresentação (face) para os usuários
79
Defacement
visitantes
-0
Sequestrador de navegador que pode desde alterar a página inicial do browser, até realizar
HiJacker
ZA
mudanças do mecanismo de pesquisas e direcionamento para servidores DNS falsos
U
SO
Uma das ações mais comuns que procuram comprometer a segurança da informação é o ataque Phishing. O
A
usuário recebe uma mensagem (por e-mail, rede social ou SMS no telefone) e é induzido a clicar em um link mali-
LV
cioso. O link acessa uma página que pode ser semelhante ao site original, induzindo o usuário a fornecer dados
SI
pessoais, como login e senha. Em ataques mais elaborados, as páginas capturam dados bancários e de cartões de
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Usuário
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2. O link direciona o usuário para um site falso
Usuário
Usuário
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-7
4. Seus dados são enviados para o invasor, que rouba $$$ das contas bancárias ou faz compras
91
no seu cartão de crédito
.5
51
.7
79
-0
ZA
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SO
A
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Usuário
A
D
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YG
Outra ação mais elaborada tecnicamente é o Pharming. O invasor ataca um servidor DNS, modificando as
H
tabelas que direcionam o tráfego de dados e o usuário acessa uma página falsa. Da mesma forma que o Phishing,
L
esse ataque procura capturar dados bancários do usuário e roubar o seu dinheiro.
EL
XW
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Usuário
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
2. O link alterado direciona o usuário para um site falso
Usuário
Usuário
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4. Seus dados são enviados para o invasor, que rouba $$$ das contas bancárias ou faz compras
.5
no seu cartão de crédito
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.7
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-0
ZA
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Usuário
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Nos itens anteriores, conhecemos as diferentes ameaças e ataques que podem comprometer a segurança da
informação, expondo a privacidade do usuário. Para todas elas, existem mecanismos de proteção – softwares ou
A
M
Antivírus
Os vírus de computadores, como conhecemos no tópico anterior, infectam um arquivo e propagam-se para
outros arquivos quando o hospedeiro é executado. O código que infecta o arquivo é chamado de assinatura do
vírus.
Os programas antivírus são desenvolvidos para detectarem a assinatura do vírus existente nos arquivos do
computador. O antivírus precisa estar atualizado, com as últimas definições da base de assinaturas de vírus, para
que seja eficiente na remoção dos códigos maliciosos.
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1. O usuário tem um vírus de computador instalado
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Usuário Arquivo
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3. Ele compara o código com sua base de assinaturas
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Usuário Arquivo
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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Arquivo Arquivo
desinfectado excluído
Usuário
Quarentena
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Quando o antivírus encontra um código malicioso em algum arquivo, que tenha correspondência com a base
de assinaturas de vírus, ele poderá:
Assim, o antivírus poderá proteger o dispositivo através de três métodos de detecção: assinatura dos vírus
conhecidos, verificação heurística e comportamento do código malicioso quando é executado.
O que fazer quando o código malicioso do vírus não está na base de assinaturas?
A base de assinaturas é atualizada pelo fabricante do antivírus, com as informações conhecidas dos vírus
detectados. Entretanto, novos vírus são criados diariamente. Para a detecção desses novos códigos maliciosos, os
programas oferecem a Análise Heurística.
z Análise Heurística
O software antivírus poderá analisar os arquivos do dispositivo através de outros parâmetros, além da base
de assinaturas de vírus conhecidos, para encontrar novos códigos maliciosos que ainda não foram identificados.
Se o código enviado para análise for comprovadamente um vírus, o fabricante inclui sua assinatura na base
de vírus conhecidos. Assim, na próxima atualização do antivírus, todos poderão reconhecer e remover o novo
código descoberto.
1. Ele compara o código com sua base de assinaturas, mas não encontra correspondência com vírus conhecidos
4
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Usuário Arquivo
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2. O arquivo será isolado e uma cópia enviada para análise pelo fabricante do software antivírus
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Quarentena
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Usuário
Fabricante
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Windows Defender
Em concursos públicos, as soluções de antivírus de terceiros, como Avast, AVG, Avira e Kaspersky raramente
são questionadas. Nós as usamos em nosso dia a dia, mas, em provas de concursos, as bancas trabalham com as
configurações padrões dos programas.
O Windows 10 possui uma solução integrada de proteção, que é o Windows Defender. Na época do Windows 7,
a Microsoft adquiriu e disponibilizou o programa Microsoft Security Essentials como antivírus padrão do sistema
operacional.
A seguir, foi desenvolvida a solução Windows Defender, para detecção e remoção de outros códigos malicio-
sos, como os worms e Cavalos de Troia. Além disso, o Windows sempre ofereceu o firewall, um filtro de conexões
para impedir ataques oriundos das redes conectadas.
No Windows 10, o Windows Defender faz a detecção de vírus de computador, códigos maliciosos e opera o
firewall do sistema operacional, impedindo ataques e invasões.
Firewall
O firewall é um filtro de conexões que poderá ser um software, instalado em cada dispositivo, ou um hardware,
instalado na conexão da rede, protegendo todos os dispositivos da rede interna. O sistema operacional disponibi-
liza um firewall pré-configurado com regras úteis para a maioria dos usuários.
A maioria das portas comuns estão liberadas e a maioria das portas específicas estão bloqueadas.
4
-7
91
.5
51
.7
79
-0
ZA Usuário
U
SO
.
Figura 13. O firewall controla o tráfego proveniente de outras redes
A
LV
O firewall não analisa o conteúdo do tráfego, portanto ele permite que códigos maliciosos, como os vírus de
computadores, infectem o computador ao chegarem como anexos de uma mensagem de e-mail. O usuário deve
SI
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Firewall Usuário
Figura 14. O firewall não analisa o conteúdo do tráfego, então mensagens com anexos maliciosos passarão pela barreira e chegarão até o
usuário.
O firewall impede um ataque, seja de um hacker, de um vírus, de um worm, ou de qualquer outra praga digital
que procure acessar a rede ou o computador por meio de suas portas de conexão. Apenas o conteúdo liberado,
como e-mails e páginas web, não será bloqueado pelo firewall. 163
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
E-mail Página web
Figura 15. O firewall não analisa o conteúdo do tráfego, mas impede os ataques provenientes da rede.
O firewall não é um antivírus e nem um antispyware. Ele permite ou bloqueia o tráfego de dados nas portas
TCP do dispositivo. Sendo assim, sua utilização não dispensa o uso de outras ferramentas de segurança, como o
antivírus e o antispyware.
4
Importante!
-7
91
O firewall não é um antivírus, mas ele impede um ataque de vírus. Ele impedirá, por ser um ataque e, não, por
.5
ser um vírus.
51
.7
79
Antispyware
-0
ZA
Da mesma forma que existe a solução antivírus contra vírus de computadores, existe uma solução que procura
detectar, impedir a propagação e remover os códigos maliciosos que não necessitam de um hospedeiro.
U
SO
spywares ganharam destaque. Comercialmente, tornou-se interessante nomear a solução como antispyware.
LV
Worm Malware
EL
XW
A
M
Usuário Antispyware
Trojan Spyware
Figura 16. O antispyware é usado para evitar pragas digitais no dispositivo do usuário.
Figura 17. Para proteção: firewall ativado, antivírus atualizado e ativado, antispyware atualizado e ativado, atualizações de softwares instaladas
e uso de senha forte.
UTM
Unified Threat Management (UTM), ou “Gerenciamento Unificado de Ameaças”, são soluções abrangentes que
integram diferentes mecanismos de proteção em apenas um programa. Elas realizam, em tempo real, a filtragem
de códigos acessados, otimizam o tráfego de dados nas conexões, controlam a execução das aplicações, protegem
o dispositivo com um firewall, estabelecem uma conexão VPN segura para navegação e entregam relatórios de
fácil compreensão para o usuário.
4
-7
Quando o ataque é direcionado ao e-mail e navegador de Internet, os filtros antispam e filtros antiphishing aten-
91
dem aos requisitos de proteção. Se o ataque chega disfarçado, medidas de prevenção devem ser adotadas, como:
.5
51
z Nunca fornecer informações confidenciais ou secretas por e-mail;
.7
z Resistir à tentação de cliques em links das mensagens;
79
z Observar os downloads automáticos ou não iniciados;
-0
z Dentro das políticas de segurança para os funcionários, destacar que não se deve submeter à pressão de pes-
ZA
soas desconhecidas.
U
SO
Quando os ataques procuram atingir um servidor da empresa, como ataques DoS (negação de serviço), DDos
(ataque distribuído de negação de serviços) ou spoofing (fraude de identidade), uma das formas de proteção é o blo-
A
queio de pacotes externos não convencionais. Se o usuário está utilizando um dispositivo móvel e sofre um ataque,
LV
ele deve aumentar o nível de proteção do aparelho e as senhas precisam ser redefinidas o mais breve possível.
SI
Por fim, os ataques contra aplicativos poderão ser minimizados ou anulados se o usuário mantiver os progra-
A
mas atualizados em seu dispositivo, aplicando as correções de segurança tão logo elas sejam disponibilizadas.
D
R
O
Importante!
YG
H
Quando o usuário é envolvido na perpetração de ataques digitais, ele é considerado o elo mais fraco da cor-
L
rente de segurança da informação, por estar sujeito a enganos e trapaças dos atacantes. A Engenharia Social
EL
consiste no conjunto de técnicas e atividades que procuram estabelecer confiança mediante dados falsos,
XW
ameaças ou dissimulação.
A
M
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
HORA DE PRATICAR!
1. (CEBRASPE-CESPE — 2022) Julgue o item subsequente, acerca de redes de computadores e de segurança da infor-
mação na Internet.
O Windows Defender pode ser utilizado para dar segurança por meio tanto de firewall quanto de sistema anti-malware.
( ) CERTO ( )ERRADO
Situação hipotética: Um usuário relata que seu computador está muito lento devido à grande quantidade de programas
em execução que estão sobrecarregando o processador e a memória RAM. Assertiva: Nesse caso, para visualizar 165
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
quais são os aplicativos em aberto que estão sendo No Excel, para uma fórmula que tenha vários operado-
executados tanto no primeiro plano quanto no segundo res, as operações serão realizadas na seguinte ordem:
plano, bem como ordená-los de acordo com o consumo adição ou subtração (+ ou –); multiplicação ou divisão
de CPU, esse usuário deve utilizar o utilitário nativo do (* ou /); exponenciação (^); porcentagem (%).
Windows 10 denominado visualizador de eventos.
( ) CERTO ( )ERRADO
( ) CERTO ( )ERRADO
9. (CEBRASPE-CESPE — 2018) No seguinte item, é apre-
3. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Julgue o item, a respeito sentada uma situação hipotética, seguida de uma
de becape em estações de trabalho Windows. assertiva a ser julgada, com relação à edição de tex-
tos, planilhas e apresentações.
O Windows 10 permite que o usuário configure as
opções de becape para um disco de rede. Assim, o Com o uso de uma planilha no Microsoft Excel 2016,
becape copia, para o local definido, todo o conteúdo será realizada a soma de dois valores numéricos
da pasta C:\Users\<username>, em que <username> advindos de duas planilhas diferentes, mas ambas
equivale ao nome do usuário que configurou o becape. constantes do mesmo arquivo. A fórmula de soma
será inserida na célula A1 da planilha Plan1, e os
( ) CERTO ( )ERRADO dados a serem somados estão na célula A1 de Plan2
e na célula A2 de Plan1. Nessa situação, a fórmula
4. (CEBRASPE-CESPE — 2021) A respeito de noções de correta a ser inserida na célula A1 da planilha Plan1 é
informática, julgue o item a seguir. =SOMA(Plan2!A1;A2).
4
-7
5. (CEBRASPE-CESPE — 2018) No seguinte item, é apre- uma imagem que é resultado de uma pesquisa efetua-
91
sentada uma situação hipotética, seguida de uma da no buscador Bing, previamente o usuário deve gra-
.5
assertiva a ser julgada, com relação à edição de tex- var a imagem no seu computador ou no OneDrive, pois
51
tos, planilhas e apresentações. não é suportada a operação de adicionar a imagem
.7
diretamente.
79
Ao editar um documento utilizando o Microsoft Word 2016,
-0
um usuário verificou que estava gastando muito tempo ( ) CERTO ( )ERRADO
para atualizar manualmente o índice, com títulos e subtí- ZA
tulos e os respectivos números de páginas; isso porque, 11. (CEBRASPE-CESPE — 2022) A respeito de ferramen-
U
os títulos a serem inseridos no índice. Nessa situação, para No Google Chrome, ao se confirmar a opção Definir
SI
resolver o problema, o usuário pode utilizar a ferramenta do como Padrão, todos os links que se clicar serão auto-
A
Word que permite criar índices automaticamente por meio maticamente abertos nesse navegador.
D
( ) CERTO ( )ERRADO
( ) CERTO ( )ERRADO
YG
H
4
arquivo — está datado no mês de agosto deste ano.
-7
91
Posso publicar todos os seus dados pessoais na
19. (CEBRASPE-CESPE — 2021) A respeito de segurança
nuvem, incluindo os dados financeiros e, ainda, deixar
.5
da informação, julgue o item a seguir.
51
seus arquivos indisponíveis para sempre.
.7
Acho que você não quer que isso aconteça, pois será um
Para prevenir ações de programas que, de forma mali-
79
verdadeiro desastre em sua vida. Vamos resolver assim:
ciosa, monitoram atividades de um sistema e enviam
-0
você me transfere $ 1.000,00 (em bitcoin equivalente à
as informações coletadas a terceiros, o usuário deve
taxa de câmbio no momento da transferência) e, assim ZA
utilizar um software de anti-spyware.
que a transferência for recebida, eu removerei imediata-
U
( ) CERTO ( )ERRADO
Minha carteira bitcoin para pagamento é 123456789abcdef.
A
( ) CERTO ( )ERRADO
A
1 CERTO
M
12 CERTO
13 CERTO
14 CERTO
15 ERRADO
16 CERTO
17 CERTO
18 CERTO
19 CERTO
20 CERTO
ANOTAÇÕES
4
-7
91
.5
51
.7
79
-0
ZA
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O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Administrativo. Por isso, vamos conceituá-lo utilizan-
do todos esses aspectos em comum.
Podemos definir Direito Administrativo como o
conjunto de princípios e regras que regulam o exercí-
cio da função administrativa exercida pelos órgãos e
CONHECIMENTOS agentes estatais, bem como as relações jurídicas entre
eles e os demais cidadãos.
ESPECÍFICOS Não devemos confundir Direito Administrativo com
a Ciência da Administração. Apesar da nomenclatu-
ra ser parecida, são dois campos bastante distintos. A
administração, como ciência propriamente dita, não é
ramo jurídico. Consiste no estudo de técnicas e estraté-
DIREITO ADMINISTRATIVO gias de controle da gestão governamental. Suas regras
não são independentes, estão subordinadas às normas
CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO de Direito Administrativo. Os concursos públicos não
costumam exigir que o candidato tenha conhecimentos
Administração vem do latim administrare, que de técnicas administrativas para responder questões de
significa direcionar ou gerenciar negócios, pessoas e direito administrativo, mas requerem que conheçam a
recursos, tendo sempre como objetivo alcançar metas Administração como entidade governamental, com suas
específicas. A noção de gestão de negócios está intima- prerrogativas e prestando serviços para a sociedade.
mente ligada com o ramo de Direito Administrativo. No momento, estamos nos referindo ao Direi-
Estudar o direito administrativo não é uma tarefa to Administrativo, que é o ramo jurídico que regula
fácil. Isso porque o direito administrativo brasileiro as relações entre a Administração Pública e os seus
apresenta dois pontos específicos que demonstram cidadãos ou “administrados”. Administração Pública
certa dificuldade no seu estudo. é uma noção totalmente distinta, podendo ter uma
O primeiro ponto diz respeito a falta de codifica- acepção subjetiva e orgânica, ou objetiva e material.
ção do Direito Administrativo. No Brasil, não existe Na sua acepção subjetiva, orgânica e formal,
um “Código de Direito Administrativo”. Os ramos jurí- a Administração Pública confunde-se com a própria
4
dicos codificados possuem um conjunto de normas pessoa de seus agentes, órgãos, e entidades públicas
-7
apresentados/ordenados em uma linha lógica, o que que exercem a função administrativa, o que signifi-
91
facilita o seu estudo. Todavia, existem Leis, Decretos, ca que somente algumas pessoas e entes podem ser
.5
Instruções Normativas, Portarias, enfim, existem uma
51
considerados como Administração Pública. É, por isso,
multiplicidade de instrumentos legais, e é tarefa do uma acepção que tende a restringir sua definição.
.7
profissional do Direito conhecer e buscar esses instru-
79
Já na sua acepção objetiva e material da palavra,
mentos dentro de todo o ordenamento jurídico do País.
-0
podemos definir a administração pública (alguns dou-
Outro ponto que dificulta o estudo desse ramo jurí- trinadores preferem colocar a palavra em letras minús-
ZA
dico é o fato de que há uma enorme quantidade de culas para distinguir melhor suas concepções), como a
U
legislação com conteúdo de direito administrativo. Isso atividade estatal de promover concretamente o interes-
SO
se deve a própria lógica do sistema federalista, uma vez se público. O caráter subjetivo da administração é irre-
que os Estados possuem autonomia para criar as pró- levante, pois o que realmente importa não é a pessoa, e
A
fica que é uma tarefa impossível. O ramo de Direito NATUREZA JURÍDICA DO DIREITO
YG
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
4
-7
pessoa/órgão, mas ele está dividido em Funções ou de Administração, mas isso não significa que um modelo
91
Poderes distintos. O modelo mais aceito da Separa- é melhor ou pior do que outro. A justiça brasileira ape-
.5
ção dos Poderes, e que é o mais utilizado, é a teoria nas não apresenta um contencioso administrativo. Não
51
de Montesquieu, que busca separar o Poder Estatal existem órgãos brasileiros especializados em dirimir os
.7
em três vertentes, ou Funções. Uma função é encar- conflitos em que a nossa Administração Pública é parte.
79
regada de criar as leis que vigoram no País (Poder O direito administrativo brasileiro possui como uma
-0
Legislativo), outra função tem o dever de promo- maior fonte de inspiração o direito alemão, pois em ambos
ver a fiel execução das leis, bem como de gerir os os Países a jurisdição é una, é uma coisa só, e apesar do
ZA
negócios em que o Estado faz parte (Poder Execu- processo administrativo coexistir com o processo judi-
U
tivo). Por último, há uma terceira função, encar- cial, somente o último é capaz de proferir decisões que
SO
regada de dirimir os conflitos e as controvérsias transitam em julgado. Isso significa que todas as questões
presentes dentro da sociedade (Poder Judiciário);
A
z A legalidade como princípio fundamental: a sempre que o processo administrativo não se mostrar
ideia de que todos devem respeitar a vontade da
SI
povo francês), uma maior proteção contra os atos jurídica, no Brasil, é um princípio de Direito Administra-
tivo, pois as decisões emitidas na esfera administrativa,
H
esta que lhe dá forma e lhe confere seus Poderes. ciário, não podem prejudicar o ato jurídico perfeito, o
direito adquirido, bem como a matéria que já foi objeto
XW
Importante!
M
4
-7
deve ser conceituado a partir da ideia de que certas
Importante frisar que, das fontes mencionadas,
91
atividades desempenhadas devem alcançar um fim
apenas a Lei é fonte primária do Direito Administra-
.5
administrativo. Muito pouco utilizado, pelo fato de
tivo, sendo o único veículo habilitado para criar dire-
51
que muitas vezes há grande dificuldade em estabe-
tamente obrigações de fazer e não fazer. A doutrina, a
.7
lecer qual é, exatamente, a finalidade do Estado;
79
jurisprudência e os costumes jurídicos são considera-
z Corrente negativista: pelo fato de ser uma árdua
das fontes secundárias.
-0
tarefa, muitos autores decidem utilizar critério
negativo ao conceituar Direito Administrativo, defi-
ZA
nindo que pertence a esse ramo do Direito todas as ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
U
z Corrente funcional: é o critério predominante Segundo José Afonso da Silva (2017), adminis-
SI
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
4
na aceite sua existência, afinal, sem esses princípios
-7
z Moralidade: a Administração impõe a seus agentes
a Administração não poderia funcionar direito. São
91
o dever de zelar por uma “boa-administração”, bus-
dois: o princípio da supremacia do interesse público, e
.5
cando atuar com base nos valores da moral comum,
o princípio da indisponibilidade do interesse público.
51
isso é, pela ética, decoro, boa-fé, e lealdade. A mora-
O princípio da supremacia do interesse públi-
.7
lidade não é somente um princípio, mas também
79
co é o princípio que dá os poderes e prerrogativas à requisito de validade dos atos administrativos;
Administração Pública. A supremacia do interesse
-0
z Publicidade: a publicação dos atos da Administra-
público sobre o privado é um aspecto fundamental ção promove maior transparência e garante eficá-
ZA
para o exercício da função administrativa. Podemos cia erga omnes. Além disso, também diz respeito
U
citar como exemplo a desapropriação de um imóvel ao direito fundamental que toda pessoa tem de
SO
pertencente a um particular: o particular pode ter obter acesso a informações de seu interesse pelos
interesse em não ter seu bem desapropriado, ou achar órgãos estatais, salvo as hipóteses em que esse
A
Mas se o Estado apenas tivesse prerrogativas, com tiva promovida pela Emenda Constitucional nº 19
R
O
certeza ele agiria com abuso de autoridade. É por isso de 1998, a eficiência se traduz na tarefa da Adminis-
YG
que ao Estado também lhe incumbe uma série de deve- tração de alcançar os seus resultados de uma forma
res, fundadas pelo princípio da indisponibilidade célere, promovendo melhor produtividade e rendi-
H
do interesse público. Tal princípio pressupõe que o mento, evitando gastos desnecessários no exercício
L
EL
Poder Público não é dono do interesse público, ele deve de suas funções. A eficiência fez com que a Adminis-
manuseá-lo segundo o que a norma lhe impõe. É por tração brasileira adquirisse caráter gerencial, tendo
XW
isso que ele não pode se desfazer de patrimônio públi- maior preocupação na execução de serviços com
A
co, contratar quem ele quiser, realizar gastos sem pres- perfeição ao invés de se preocupar com procedi-
M
tar contas a seu superior, etc. Tais atos configuram em mentos e outras burocracias. A adoção da eficiência,
desvio de finalidade, uma vez que o objetivo principal todavia, não permite à Administração agir fora da
deles não é de interesse público, mas apenas do pró- lei, não se sobrepõe ao princípio da legalidade;
prio agente, ou de algum terceiro beneficiário.
4
recomposição da ordem jurídica afetada pelo ato ilí- te, ou em um instante posterior a prática do ato (em respei-
-7
cito, e garantir maior proteção ao interesse público
91
to ao princípio da eficiência). A motivação intempestiva,
contra os atos inconvenientes. isso é, aquela dada em um momento demasiadamente
.5
Segundo o disposto no art. 53 da Lei nº 9.784, de
51
posterior, é causa de nulidade do ato administrativo.
1999:
.7
79
Princípio da Finalidade
Art. 53 A Administração deve anular seus próprios
-0
atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode
revogá-los por motivo de conveniência ou oportuni- Sua previsão encontra-se no art. 2º, par. único, II,
ZA
dade, respeitados os direitos adquiridos. da Lei nº 9.784, de 1999.
U
SO
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
próprios atos, quando eivados de vícios que os tor- plo, ser justamente a proteção ao interesse público.
nam ilegais, porque deles não se originam direitos; Com isso, fica bastante clara a ideia de que todo
ou revogá-los, por motivo de conveniência ou opor- ato, além de ser devidamente motivado, possui um
tunidade, respeitados os direitos adquiridos, e res- fim específico, com a devida previsão legal. O desvio
salvada, em todos os casos, a apreciação judicial. de finalidade, ou desvio de poder, são defeitos que tor-
nam nulo o ato praticado pelo Poder Público.
Princípio da Motivação
Princípio da Razoabilidade
Um princípio implícito, também pode constar em
algumas questões como “princípio da obrigatória moti- Agir com razoabilidade é decorrência da própria
vação”. Trata-se de uma técnica de controle dos atos noção de competência. Todo poder tem suas corres-
administrativos, o qual impõe à Administração o dever pondentes limitações. O Estado deve realizar suas
de indicar os pressupostos de fato e de direito que jus- funções com coerência, equilíbrio e bom senso. Não
tificam a prática daquele ato. A fundamentação da prá- basta apenas atender à finalidade prevista na lei, mas
tica dos atos administrativos será sempre por escrito. é de igual importância o como ela será atingida. É uma
Possui previsão no art. 50 da Lei nº 9.784, de 1999: decorrência lógica do princípio da legalidade. 173
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Dessa forma, os atos imoderados, abusivos, irracio- Dica
nais e incoerentes, são incompatíveis com o interesse
Estudaremos a fundo os conceitos aqui expos-
público, podendo ser anulados pelo Poder Judiciário
tos, mas, de antemão, lembre-se do mnemônico
ou pela própria entidade administrativa que prati-
cou tal medida. Em termos práticos, a razoabilidade
“FASE” para memorizar as espécies de entidades
(ou falta dela) é mais aparente quando tenta coibir o descentralizadas: Fundação Pública, Autarquia,
excesso pelo exercício do poder disciplinar ou poder Sociedade de Economia Mista, Empresa Pública.
de polícia. Poder disciplinar traduz-se na prática de
atos de controle exercidos contra seus próprios agen- DOS ENTES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
tes, isso é, de destinação interna. Poder de polícia é o INDIRETA: AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES, EMPRESAS
conjunto de atos praticados pelo Estado que tem por PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
escopo limitar e condicionar o exercício de direitos
individuais e o direito à propriedade privada. As entidades da Administração Indireta podem ter per-
sonalidade jurídica de direito público ou de direito priva-
Princípio da Proporcionalidade do. Tal diferença é bastante relevante no que diz respeito
ao procedimento de criação dessas entidades autônomas.
O princípio da proporcionalidade tem similitudes As pessoas jurídicas de direito público são criadas
com o princípio da razoabilidade, sendo implícito por lei (XIX, art. 37, da CF, de 1988) e a sua personali-
também. Há muitos autores, inclusive, que preferem dade jurídica advém no momento em que tal legisla-
unir os dois princípios em uma nomenclatura só. De ção entra em vigor no âmbito jurídico, não havendo
fato, a Administração Pública deve atentar-se a exage- necessidade de registro em cartório. As pessoas jurí-
ros no exercício de suas funções. A proporcionalidade dicas de direito privado, todavia, são autorizadas pela
é um aspecto da razoabilidade voltado a controlar a lei (XX, art. 37, da CF, de 1988), ou seja, a legislação
justa medida na prática de atos administrativos. Bus- deve permitir que ela exista para que o Poder Execu-
ca evitar extremos, exageros, pois podem ferir o inte- tivo regulamente suas funções mediante a expedição
resse público. de decretos. Sua personalidade jurídica, dessa forma,
Segundo o art. 2º, par. único, VI, da Lei nº 9.784, de está condicionada ao seu registro em cartório.
1999, deve o Administrador agir com: São pessoas jurídicas de direito público, membros
4
da Administração Indireta: autarquias, fundações
-7
91
Art. 2° [...] públicas, agências reguladoras e associações públicas.
.5
Parágrafo único [...] São pessoas jurídicas de direito privado: empresas
51
IV - adequação entre meios e fins, vedada a imposi- públicas, sociedades de economia mista, fundações gover-
.7
ção de obrigações, restrições e sanções em medida namentais com estrutura de pessoa jurídica de direito pri-
79
superior àquelas estritamente necessárias ao aten- vado, subsidiárias e consórcios públicos de direito privado.
-0
dimento do interesse público.
Autarquias ZA
Na prática, a proporcionalidade também encontra
U
sua aplicação no exercício do poder disciplinar e do As autarquias são pessoas jurídicas de direito
SO
Esses não são os únicos princípios que regem as têm por escopo exercer as funções típicas da Adminis-
LV
relações da Administração Pública. Porém, escolhe- tração Pública. Trata-se da prestação descentralizada
SI
mos trazer com mais detalhes os princípios que jul- de serviços públicos.
gamos ser mais característicos da Administração. Isso
A
não quer dizer que outros princípios não possam ser lei, mais especificamente no inciso I, art. 5º, do Decreto-
R
estudados ou aplicados a esse ramo jurídico. A Admi- -Lei nº 200, de 1967: para os fins desta lei, considera-se:
O
princípio do contraditório e ampla defesa, ao princí- I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por
L
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA da Administração Pública, que requeiram, para seu
A
4
-7
desses servidores devem ser resolvidas tendo como z Corporativas: Corporações profissionais, que pro-
91
base a Lei nº 8.112, de 1990, conhecida também como movem o controle e a fiscalização de categorias
.5
Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União. profissionais. Exemplos: CREA, CRO, CRM;
51
O patrimônio das autarquias consiste em bens z Fundacionais: São as fundações públicas, enti-
.7
públicos, que gozam da garantia de serem inalie- dades que arrecadam patrimônio para o cumpri-
79
náveis e impenhoráveis. Se o patrimônio é público, mento de um objetivo específico. Exemplos: Funai,
-0
significa que ele é utilizado de forma a atender uma Procon, Funasa;
finalidade pública. Logo, a autarquia não pode abrir z Territoriais: Autarquias de controle da União,
ZA
mão desses bens, nem os dar em garantia. também denominadas territórios federais (art. 33,
U
As autarquias, por estarem submetidas ao regime da CF, de 1988). A atual Constituição aboliu os ter-
SO
de direito público, praticam, por meio de seus agentes, ritórios federais remanescentes;
A
atos administrativos (declarações unilaterais de vonta- z Associativas: São as autarquias criadas pelo resulta-
LV
de) e somente podem celebrar contratos públicos (con- do de uma celebração de consórcio público, também
SI
tratos administrativos), isto é, são contratos típicos da denominadas associações públicas. Se o contrato
A
Administração Pública, que a colocam em posição mais de consórcio público envolver múltiplos entes da
D
vantajosa em relação ao particular interessado. Federação, tais autarquias podem ser transfederati-
R
As autarquias possuem imunidade tributária, vas. Exemplo: associação criada entre União, estados
O
com fundamento no § 2º, do art. 150, da CF, que dispõe e municípios para a construção de um teatro.
YG
decorrentes.
XW
Pode-se afirmar que vigora o princípio da espe- Curioso é o caso da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB). A OAB sempre foi considerada uma
A
cada entidade é criada para atender a uma finalidade autarquia de regime comum. Todavia, durante o
individual e específica. Exemplificando: para tratar julgamento da ADI nº 3.026, o STF decidiu mudar
de questões do regime de previdência social, temos o seu entendimento, ao decidir que a OAB é um
INSS, que é a única autarquia responsável pela con- serviço independente e de natureza especial e
cessão de benefícios previdenciários. É o próprio INSS que, por isso mesmo, não pode sofrer controle
que responde em juízo, havendo uma ação previden- específico das autarquias. Assim, a OAB seria
ciária pleiteada por particular, e não a União/Estado. considerada uma entidade própria sui generis, e
O juízo competente para julgar causas comuns não é mais uma autarquia.
que envolvem as autarquias federais é a Justiça
Federal. Já no que tange aos processos que envolvem
as autarquias estaduais e municipais, a competên- Fundações Públicas
cia será da Justiça Estadual.
A responsabilidade civil das autarquias é objeti- As fundações públicas são consideradas espécies
va; elas respondem pelos prejuízos que seus agentes, de autarquias, possuindo diversas características
nessa qualidade, causarem a terceiros, nos termos do similares. Fundação pública é, nos termos do inciso
§ 6º, do art. 37, da CF. IV, art. 5º, do Decreto-Lei nº 200, de 1967: 175
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Art. 5° [...] Importante, também, destacar que as fundações
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de per- privadas podem celebrar contratos privados, os ins-
sonalidade jurídica de direito privado, sem fins trumentos contratuais típicos da esfera privada, como
lucrativos, criada em virtude de autorização compra e venda, locação de imóvel etc.
legislativa, para o desenvolvimento de atividades Quanto à competência para julgar as causas que
que não exijam execução por órgãos ou entidades
envolvem as fundações, devemos ter ciência de que
de direito público, com autonomia administrativa,
as fundações públicas de direito público, quando na
patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos
de direção, e funcionamento custeado por recursos esfera federal, submetem-se à Justiça Federal. Por
da União e de outras fontes. outro lado, embora isso seja alvo de controvérsia
na doutrina, entende-se que as fundações públicas
Já de acordo com o entendimento da doutrinadora de direito privado, nas causas comuns (inclusive de
Maria Sylvia Di Pietro, fundação pública é: âmbito federal), submetem-se à Justiça Estadual.
A responsabilidade civil das fundações públicas é
Instituída pelo Poder Público com o patrimônio, total ou de ordem objetiva. Respondem objetivamente pelos
parcialmente público, dotado de personalidade jurídica, prejuízos causados por seus agentes a terceiros.
de direito público ou privado, e destinado, por lei, ao Para facilitar seus estudos, veja na tabela a seguir as
desempenho de atividades do Estado na ordem social, principais informações e características das fundações:
com capacidade de autoadministração e mediante con-
trole da Administração Pública, nos limites da lei.3
FUNDAÇÕES PÚBLICAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS
DE DIREITO PÚBLICO DE DIREITO PRIVADO
A Funai, Funasa e o IBGE são alguns exemplos de
fundações públicas. Lei específica autoriza a Lei específica autoriza a
Pelo conceito disposto na legislação, percebe-se sua criação sua criação
que o referido Decreto-Lei dispõe serem as funda- Necessário obter registro Necessário obter registro
ções entidades com personalidade jurídica de direito dos atos constitutivos dos atos constitutivos
privado. Tal conceituação não foi recepcionada pela
Constituição de 1988 que, no inciso XIX, do art. 37, Pessoal regido pelo regi-
Pessoal regido pela CLT
decidiu não fazer tal distinção: me estatutário
4
-7
Competência para julgar: Competência para julgar:
91
Art. 37 (CF, de 1988) [...] Justiça Federal Justiça Estadual (comum)
XIX - somente por lei específica poderá ser criada
.5
Responsabilidade civil Responsabilidade civil
51
autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fun- objetiva objetiva
.7
79
dação, cabendo à lei complementar, neste último Bens públicos Bens privados
caso, definir as áreas de sua atuação;
-0
Agências Reguladoras: Características e
ZA
Dessa forma, concluímos que as fundações podem Classificação
U
ser tanto de Direito Público como de Direito Priva-
SO
jurídico privado devem obediência às normas públi- metade dos anos 1990. Nesse contexto, as agências regu-
SI
cas, e não à legislação civil. ladoras foram introduzidas, sobretudo pelas ECs nº 8 e
A
Sobre esse tema, cabe diferenciar o regime de 9, ambas de 1995, para atuar como órgãos reguladores,
D
pessoal das fundações públicas de direito público e fiscalizadores e controladores da iniciativa privada, que
R
privado. No âmbito das fundações públicas de direito passaram a desenvolver as tarefas originalmente atri-
O
aplicado o regime jurídico único (estatutário). As agências reguladoras também são autarquias
L
além de possuir autorização legislativa, obter registro ras não podem ser exonerados por qualquer moti-
dos atos constitutivos em cartório para adquirir sua vo, ao contrário do que acontece nas autarquias, nas
personalidade jurídica, como se fosse uma empresa. quais seus dirigentes atuam em cargos de comissão.
Quanto ao patrimônio, quando se tratar de funda-
Assim, os dirigentes das agências têm maior pro-
ções públicas de direito público, os bens serão caracte-
teção contra o desligamento forçado, promovendo
rizados como bens públicos. Por conseguinte, quanto
às fundações públicas de direito privado, seu patrimô- maior estabilidade no exercício de seu cargo;
nio consiste em bens privados, que não gozam das z Mandato fixo: Os dirigentes não possuem cargo
garantias de inalienabilidade e impenhorabilidade vitalício. Entretanto, a existência de mandato fixo
presentes nos bens públicos. garante também maior estabilidade no seu cargo,
Como o patrimônio se destaca do seu instituidor, o visto que ele tem prazo determinado para se encer-
controle desse referido patrimônio é feito por órgão rar. A duração dos mandatos pode variar depen-
especial, denominado curadoria das fundações. No dendo de cada agência, podendo ser de três anos,
caso das fundações de direito público, o controle fiscal como na Anvisa, quatro anos, como na Aneel, ou
é exercido pelo Ministério Público. até cinco anos, como na Anatel.
176 3 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 31. ed. São Paulo: Ed. GenMétodo, 2018.
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As agências reguladoras podem ser classificadas: Empresas do Estado: as Empresas Públicas e
Sociedades de Economia Mista
z Quanto à sua origem:
Passemos a analisar o grupo de pessoas jurídicas
denominado Empresas do Estado (ou empresas estatais).
Agências federais; São as pessoas jurídicas de direito privado pertencentes
Estaduais; à Administração Indireta e comportam duas espécies: as
Municipais; empresas públicas e as sociedades de economia mista.
Muitas das características apresentadas pelas
Distritais.
fundações privadas aplicam-se às empresas estatais,
isto é, sua criação depende de autorização legislati-
z Quanto à atividade preponderante: va além do registro em cartório; seu patrimônio se
constitui de bens privados; sua atividade principal
Agências de serviço, que exercem as funções consiste em exercer uma atividade econômica; e a
típicas; aptidão para celebrar contratos privados.
As empresas públicas e as sociedades de economia
Agências de polícia, que exercem fiscalização mista apresentam características em comum:
das atividades econômicas;
Agências de fomento, que ajudam a desenvol- z Atuação na prestação de serviços públicos ou
ver o setor privado; no desenvolvimento de atividade econômica:
As empresas exploradoras de atividade econômica
Agências de uso de bens públicos.
geralmente recebem menor controle pela Admi-
nistração, embora também apresentem certas des-
z Quanto à previsão constitucional: vantagens, como não terem imunidade a impostos
e o fato de seus bens não terem natureza pública,
Agências com referência constitucional (a Anatel podendo ser penhorados;
tem previsão no inciso XI, art. 21, da CF, de 1988); z Sofrem controle pelo Tribunal de Contas da
União: Também podem sofrer controle pelo Poder
Agências sem referência constitucional — são a Judiciário, no que couber;
4
grande maioria.
-7
z Contratação de bens e serviços mediante prévia
91
licitação: A licitação é o processo utilizado a fim de
.5
z Quanto ao momento de sua criação: promover uma competição justa com as empresas
51
privadas do mesmo setor. Tal imposição não é exi-
.7
gida para as empresas públicas e sociedades de eco-
Agências de primeira geração (1996 a 1999), na
79
nomia mista exploradoras de atividade econômica;
época das privatizações;
-0
z Obrigatoriedade de realização de concurso públi-
De segunda geração, de 2000 a 2004; co: Trata-se de uma forma de avaliar os melhores fun-
ZA
De terceira geração, que adveio com as agên- cionários dentro de um grupo seleto de candidatos;
U
consórcios públicos e dos convênios de cooperação, das estatais prestadoras de serviços públicos, nos ter-
autorizando a gestão associada de serviços públicos, mos do inciso I, art. 2º, da Lei nº 11.101, de 2005.
H
L
serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos As empresas públicas são pessoas jurídicas de
XW
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Essas pessoas jurídicas autônomas, criadas pelos seus atos constitutivos em cartório, com a totalidade
M
entes federados, e que têm por objeto medidas de de seu capital público e regime organizacional livre
mútua cooperação, denominam-se consórcio públi- (II, art. 5º, do Decreto-Lei nº 200, de 1967), podendo
ser organizadas como sociedade anônima, sociedade
cos. Os consórcios públicos são disciplinados pela Lei de responsabilidade limitada ou, ainda, sociedade por
nº 11.107, de 2005. Uma das características mais dis- comandita de ações. São empresas públicas: o Ban-
tintas dos consórcios é a possibilidade de eles possuí- co Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
rem natureza de Direito Público ou de Direito Privado. (BNDES), a Caixa Econômica Federal (CEF) e a Empresa
Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
Consórcios de Direito Privado obedecem às normas As sociedades de economia mista têm seu concei-
da legislação civil. Possuem regime celetista, embora não to legal previsto no III, art. 5º, do Decreto-Lei nº 200, de
possam ter fins lucrativos. Por isso, não integram a Admi- 1967. São pessoas jurídicas de direito privado cuja cria-
nistração Pública. Já os consórcios de direito público são ção também depende de autorização legal e de registro
em cartório. Possuem a maioria de seu capital públi-
as associações públicas propriamente ditas, podendo ser
co e devem ser obrigatoriamente organizadas como
inclusive transfederativas se integrarem todas as esferas sociedades anônimas. São sociedades de economia
das pessoas consorciadas (federal, estadual, municipal). mista: Petrobras, Banco do Brasil, Eletrobras. 177
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Percebemos algumas diferenças entre as empresas públicas e as sociedades de economia mista. A primeira diz respei-
to ao capital constitutivo: enquanto, nas empresas públicas, todo o seu capital deve ser público (o Decreto-Lei nº 200,
de 1967, dispõe que seu capital deve advir totalmente “da União”, mas se admite também o capital de origem estadual e
municipal), as sociedades de economia mista admitem a presença do capital de origem privada, mas pelo menos 50%
mais uma de suas ações com direito a voto devem pertencer ao Estado.
Além disso, outra diferença relevante é em relação à forma de sua organização: as sociedades de economia
mista devem obrigatoriamente ter a estrutura de sociedade anônima; trata-se de disposição legal do próprio
Decreto-Lei nº 200, de 1967. As empresas públicas, por sua vez, não sofrem essa imposição, podendo adotar a
estrutura que desejarem.
Outro ponto importante a ser levantado diz respeito às empresas subsidiárias de Empresa Pública (EP) e Sociedade de
Economia Mista (SEM). Isso corre quando as EP ou SEM, visando melhorar a organização das suas operações, criam outras
empresas, conhecidas como subsidiárias.
As empresas subsidiárias integram a Administração Indireta e possuem personalidade jurídica própria. De acor-
do com o Decreto 8.945, de 2016, as subsidiárias possuem a maioria das ações com direito a voto pertencente direta
ou indiretamente à EP ou SEM.
Cabe destacar também a diferença entre as empresas subsidiárias e as sociedades empresárias que possuem
participação do Estado. A primeira diferença está no fato de que as empresas subsidiárias de EP e SEM integram a
Administração Indireta, diferentemente das sociedades por participação. Outro ponto importante é que o Estado
não possui controle da entidade que possui participação.
4
-7
Por fim, lembre-se: é possível a participação estatal em sociedades privadas, com o capital minoritário e sob o
91
regime de direito privado.
.5
Quanto ao regime jurídico aplicável às EP e SEM, é necessário ter uma atenção especial. Em regra, o regime
51
aplicável é o de direito privado, porém, esse regime mudará a depender da atividade a ser desenvolvida.
.7
Quando a EP ou a SEM exercer atividade econômica em sentido estrito, estará sujeita a normas do direito pri-
79
vado. Já se prestar serviços públicos, aplicará o regime jurídico de direito público. Para facilitar seu estudo, veja
-0
o esquema a seguir:
ZA
U
SO
Empresa Pública
ou Sociedade de
A
LV
Economia Mista
SI
A
D
R
O
YG
Prestando serviços
Atuando em atividade econômica
públicos
H
L
EL
XW
A
Quanto à imunidade tributária, cabe ressaltar que quando a EP ou a SEM explorar atividade econômica em
sentido estrito, não fará jus à imunidade tributária recíproca ou a privilégios fiscais. Por outro lado, caso preste
serviços públicos, sem cunho econômico, fará jus às imunidades e aos privilégios mencionados.
Outro ponto importantíssimo diz respeito à responsabilidade civil por danos que seus agentes, nessa quali-
dade, causarem a terceiros. A responsabilidade será objetiva quando a EM ou a SEM for prestadora de serviços
públicos. Já caso a estatal seja exploradora de atividade econômica, a responsabilidade será subjetiva, ou seja, ela
só será obrigada a indenizar os danos causados por culpa ou dolo.
O juízo competente será a Justiça Estadual quando se tratar de EP ou SEM de nível estadual ou municipal. Em
contrapartida, quando se tratar de estatais da esfera federal, devemos separá-las: EP federais serão julgadas pela
justiça federal; SEM federais serão julgadas pela Justiça Estadual.
São muitos detalhes nos que concerne às EP e SEM. Para sistematizar as informações vistas, acompanhe os
178 esquemas a seguir:
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Pode adotar qualquer
forma admitida
Capital Social
integralmente público Objetiva, quando
prestadora de serviço
público
Responsabilidade civil
Subjetiva, quando
explorar atividade
Empresa Pública econômica
EP Federal: Justiça
Federal
Juízo competente
EP Estadual ou
Municipal: Justiça
Estadual
4
-7
91
.5
51
Capital Social misto
Objetiva, quando
.7
prestadora de serviço
79
público
-0
Responsabilidade civil ZA
Subjetiva, quando
U
explorar atividade
SO
Sociedade de Economia
Mista econômica
A
LV
SI
Estadual
D
R
Juízo competente
O
YG
SEM Estadual ou
Municipal: Justiça
H
Estadual
L
EL
Por fim, convém explanar sobre algumas pessoas jurídicas às quais, apesar de não integrarem a Adminis-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
M
tração Pública, seja Direta ou Indireta, são aplicáveis as normas gerais de Direito Administrativo. Essas são as
entidades paraestatais.
As entidades paraestatais são entidades privadas que realizam atividades de interesse coletivo, sem fins
lucrativos, que recebem incentivos de entidades públicas. Tais empresas privadas, cujo objetivo é a execução de
serviços de relevante interesse público, são denominadas entidades do Terceiro Setor. Tradicionalmente, conside-
ra-se “entidade paraestatal” sinônimo de entidades da Administração Indireta.
As entidades paraestatais, por serem regidas pelo direito privado, não têm os privilégios concedidos constitu-
cionalmente às entidades de direito público. Essas entidades paraestatais podem se apresentar sob as seguintes
formas:
Organização Social
A organização social (OS) não é uma pessoa jurídica especial, mas uma qualificação especial outorgada pelo
governo federal a entidades da iniciativa privada, sem fins lucrativos, cuja outorga autoriza a fruição de van-
tagens peculiares, como isenções fiscais, destinação de recursos orçamentários, repasse de bens públicos, bem
como empréstimo temporário de servidores governamentais. 179
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A Lei nº 9.637, de 1998, é a lei que regulamenta essa qualificação das OS, e seu art. 1º é bastante claro ao delimi-
tar a área de atuação de tais entidades privadas: de modo geral, a OS será concedida a empresas cujas principais
atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e
preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde. Desempenham, portanto, atividades de interesse público,
mas que não se caracterizam como serviços públicos stricto sensu, razão pela qual é incorreto afirmar que as
organizações sociais são concessionárias ou permissionárias.
O art. 2º, da referida Lei, dispõe sobre os requisitos para a outorga da qualificação como OS. São requisitos especí-
ficos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior habilitem-se à qualificação como organização social:
z Comprovar o registro de seu ato constitutivo, incluindo a natureza social de seus objetivos, suas finalidades não
lucrativas, a composição dos membros de sua diretoria etc. (inciso I, art. 2º);
z Haver aprovação, quanto à conveniência e oportunidade de sua qualificação como organização social, do Minis-
tro ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de atividade correspondente ao seu objeto social e do
Ministro de Estado da Administração Federal e Reforma do Estado (inciso II, art. 2º). Importante ressaltar que a
concessão de tal qualificação é ato discricionário, ficando a cargo do agente responsável (Ministro de Estado)
— considerando critérios de conveniência e oportunidade — conceder ou não tal qualificação.
As Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) são também pessoas jurídicas de direito pri-
4
-7
vado, sem fins lucrativos, instituídas por iniciativa dos particulares e qualificadas pelo Estado, para desempenhar
91
serviços não exclusivos do Estado, com fiscalização pelo Poder Público, formalizando a parceria com a Adminis-
.5
tração Pública por meio de termo de parceria.
51
A lei que disciplina as OSCIPs é a Lei nº 9.790, de 1999, regulamentada pelo Decreto nº 3.100, de 1999. O art. 3º,
.7
da Lei, dá uma noção mais ampla e geral sobre as entidades que podem ser qualificadas como OSCIPs, in verbis:
79
-0
Art. 3º A qualificação instituída por esta Lei, observado em qualquer caso, o princípio da universalização dos ser-
viços, no respectivo âmbito de atuação das Organizações, somente será conferida às pessoas jurídicas de direito
ZA
privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenham pelo menos uma das seguintes finalidades:
U
X - promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse
suplementar;
XW
XI - promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais;
A
conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencionadas neste artigo.
XIII - estudos e pesquisas para o desenvolvimento, a disponibilização e a implementação de tecnologias voltadas à
mobilidade de pessoas, por qualquer meio de transporte.
Como já mencionamos, o instrumento que regula essa relação do Poder Público com a OSCIP é o termo de
parceria, que discriminará direitos, responsabilidades e obrigações das partes signatárias (art. 10), prevendo espe-
cialmente metas a serem alcançadas, prazo de duração, direitos e obrigações das partes e formas de fiscalização.
Além disso, outra diferença marcante entre a OSCIP da OS é que sua concessão é ato vinculado (§ 2º, art. 1º, Lei nº
9.790, de 1999), podendo-se falar em um “direito adquirido” da empresa privada em obter a qualificação de OSCIP.
O requerimento deve ser encaminhado ao Ministro da Justiça, na forma do art. 5º da referida Lei.
Esquematicamente, podemos estabelecer as principais diferenças entre a OS e a OSCIP da seguinte forma:
Poder Hierárquico
Poder hierárquico é o poder que dispõe o Executivo para organizar e distribuir as funções de seus órgãos, bem
como ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo uma relação de subordinação entre os servidores do
seu quadro de pessoas. As relações de hierarquia são características únicas, existem somente no âmbito do Poder Exe-
cutivo, isso é, não existe hierarquia entre órgãos do Poder Legislativo e do Judiciário. Além disso, importante frisar que
não existe poder hierárquico entre membros da Administração Indireta, pois estes são entidades autônomas, que não
se subordinam aos entes que o criaram. Pela hierarquia, há a imposição ao subalterno da estrita obediência às ordens
e instruções legais superiores, além de definir a responsabilidade de cada um de seus agentes e órgãos públicos.
Quanto as suas características, diz-se que o poder hierárquico é interno e permanente. Interno é o poder que atinge
apenas os próprios membros da Administração e não tem o condão de atingir as relações dos particulares. É também um
poder permanente porque não é exercido de modo esporádico e episódico, como acontece no poder disciplinar.
4
-7
Do poder hierárquico são decorrentes certas faculdades implícitas ao superior, tais como dar ordens e fiscali-
91
zar o seu cumprimento, delegar e avocar atribuições, bem como rever atos de seus inferiores.
.5
A delegação é a transferência temporária de competência administrativa de seu titular, a outro órgão ou agen-
51
te público. A delegação poderá ser vertical quando a matéria for outorgada a um outro órgão ou agente público
.7
subordinado à autoridade outorgante, permanecendo na mesma linha hierárquica. Mas a delegação também
79
poderá ser feita para outro órgão ou agente que esteja fora da sua linha hierárquica, hipótese que denominamos
-0
de delegação horizontal.
O art. 12 da Lei n° 9.784, de 1999 dispõe do mesmo modo: ZA
U
Art. 12 Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua com-
SO
petência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for
A
Essa transferência de competência é sempre provisória, o que significa que pode ser revogada a qualquer tempo.
A regra geral é sempre a delegabilidade das competências. Todavia, a própria legislação (art. 13 da Lei n° 9.784, de 1999)
A
D
assevera três matérias que não podem ser delegadas. Assim, são indelegáveis: a edição de ato de caráter normativo, pois
R
constituem-se em regras gerais aplicáveis a todos os órgãos, incompatível com a delegação; a decisão em recursos adminis-
O
trativos, para evitar que a mesma autoridade possa julgar o mesmo processo mais de uma vez pela delegação; e as matérias
YG
A avocação encontra-se disposta no art. 15 da Lei n° 9.784, de 1999. Consiste na possibilidade da autoridade
L
competente de chamar para si a competência de um agente ou órgão subordinado. Trata-se de medida excepcio-
EL
nal e temporária e somente pode ser realizada dentro da mesma linha hierárquica, o que significa que a avocação
XW
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
M
DELEGAÇÃO AVOCAÇÃO
Por fim, a revisão é a capacidade de rever os atos dos inferiores hierárquicos, apreciando todos os seus aspectos para
a análise de sua manutenção ou invalidação. É somente possível a revisão de atos praticados pelos órgãos públicos e
agentes subordinados hierarquicamente.
Para as entidades da Administração Indireta, realmente, não há como aplicar o poder hierárquico, uma vez
que, por definição, elas não integram a mesma linha de hierarquia. São entes diferentes do seu criador, com per-
sonalidade jurídica própria, com patrimônio exclusivo e podendo se responsabilizar em juízo sem o auxílio da
Administração Direta.
O que existe para as entidades da Administração Indireta é uma forma de controle fiscalizatório e finalístico de
seus atos, o qual denomina-se supervisão ministerial. A supervisão é feita pelo ente controlador, geralmente são os
entes da Administração Direta (União, Estados, Municípios, Distrito Federal e os seus órgãos, ministérios e secretarias). 181
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A supervisão não se confunde com subordinação, pois é, só será aplicado se e quando o servidor cometer infra-
entende-se que na supervisão o ente controlado possui ção funcional. Percebe-se, então, que o poder disciplinar
uma maior margem de liberdade do que os órgãos hie- apresenta caráter punitivo e sancionador, enquanto
rarquicamente subordinados. A supervisão ministerial o poder hierárquico advém da simples obediência dos
não admite, por exemplo, a possibilidade de revisão dos subalternos para com a entidade detentora deste poder.
atos praticados pela entidade controlada, pois a revisão A discricionariedade do poder disciplinar traduz-se na
é uma forma de controle de mérito dos atos administra- possibilidade da Administração em poder escolher qual a
tivos. Isso infere na autonomia garantida constitucional- punição mais apropriada para cada caso, isso é, ela possui
mente a essas entidades. certa margem de liberdade para o seu exercício. Claro que,
dentre essas escolhas, o administrador não pode escolher
“não punir” o agente público. Por isso, costuma-se dizer
Importante! que, quanto ao dever de punir, esse tem natureza vincula-
da. A discricionariedade atinge, somente, quanto à modali-
Cuidado para não confundir alguns conceitos.
dade de punição que deve ser aplicada.
Quando um ato administrativo é ilícito (contrário a Os servidores públicos que cometerem qualquer
Lei), a hipótese de controle recai sobre a legalida- infração no exercício de suas funções estão sujeitos
de do ato. Se o vício for insanável, a hipótese é de às seguintes penalidades, dispostas no art. 127 da Lei
anulação, e pode ser realizada tanto pela Adminis- n° 8.112, de 1990: advertência; suspensão; demissão;
tração Pública quanto pelo Poder Judiciário. Por cassação de aposentadoria ou disponibilidade; desti-
outro lado, quando o ato for considerado inconve- tuição de cargo em comissão e destituição de função
niente e inoportuno, discricionário, o Poder Judiciá- comissionada. A aplicação de qualquer uma dessas
rio não pode exercer controle de mérito, pois essa penalidades depende de prévio processo administra-
é uma tarefa exclusiva da Administração, dentro da tivo, respeitada a garantia de contraditório e ampla
sua linha hierárquica. O método mais correto para defesa, sob pena de nulidade da sanção. Sobre qual
o ato inconveniente, neste caso, é o da revogação. sanção será aplicada, isso vai depender de cada caso,
considerando os danos que sua conduta causarem, se
houve aspectos agravantes ou atenuantes, se o agente
Lembrando que são considerados entes da Admi- público é primário ou reincidente, e os seus antece-
4
nistração Indireta: as autarquias, as fundações, as
-7
dentes funcionais (art. 128, Lei n° 8.112, de 1990).
91
empresas públicas e as sociedades de economia mista.
.5
Do mesmo modo, não há que se falar em Poder Hie- Poder Regulamentar
51
rárquico quando estamos diante de pessoas e órgãos
.7
independentes. Por exemplo: não há uma relação de O poder regulamentar consiste na possibilidade do
79
hierarquia entre as pessoas que ocupam cargos polí- Chefe do Poder Executivo de cada entidade da Federa-
-0
ticos. Não há hierarquia, também, entre os membros ção de editar atos administrativos gerais, abstratos ou
dos Três Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário): ZA
concretos, expedidos para dar fiel cumprimento à lei.
eles atuam de forma independente e harmônica entre Seu fundamento legal encontra-se disposto no art. 84,
U
República:
SI
tração de punir seus agentes, nas hipóteses em que estes IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis,
D
tenham cometido alguma infração de ordem funcional. bem como expedir decretos e regulamentos para
R
mente, isso é uma transgressão disciplinar, uma conduta O art. afirma que tal ato é de competência exclusi-
H
incompatível com a atuação dos servidores públicos. Por va do Presidente, o que significa que seria indelegável
L
isso ele deve ser punido, mas essa punição não advém de a qualquer subordinado. Porém, isso não é totalmente
EL
um processo penal (não enseja a prisão), é uma punição correto: o parágrafo único do mesmo dispositivo consti-
XW
aplicável por pessoas de dentro da própria Administra- tucional diz que há a possibilidade do Presidente delegar
A
ção, e geralmente envolvem ou a suspensão ou a demis- algumas de suas atribuições para os Ministros de Estado,
M
4
administrativos:
-7
Diante de tudo que foi exposto, podemos conceituar
91
“poder de polícia” como a atividade da Administra-
.5
z Regulamentos administrativos ou de organiza- ção Pública, com fundamento na lei e na supremacia
51
ção: são aqueles que disciplinam questões internas geral, que consiste na imposição de limites à liberdade
.7
de estruturação e funcionamento da Administra- e à propriedade dos particulares, regulando a prática
79
ção Pública, bem como as relações jurídicas de desses atos, ou a abstenção dos mesmos, manifestan-
-0
sujeição especial do Poder Público perante par- do-se por meio de atos normativos ou concretos, tudo
ticulares. Exemplo: regulamento que disciplina ZA
isso em benefício do interesse público.
organização e funcionamento da administração Ao dizer que se trata de atividade da Administra-
U
federal (art. 84, VI, a, da CF, de 1988); ção Pública, procuramos enfatizar a concepção stric-
SO
z Regulamentos habilitados ou delegados: em to sensu do poder de polícia, que não se confunde com
A
lativo delegar ao Executivo a disciplina de maté- impostas pelo legislador. Por ser atividade da Admi-
SI
rias reservadas privativamente à lei, havendo nistração, deve ser exercido respeitando-se os princí-
uma transferência de competência legislativa. pios da razoabilidade e proporcionalidade.
A
D
Tais regulamentos não são admitidos no direito A fundamentação legal é outro aspecto importan-
R
comuns, expedidos sobre matéria disciplinada pela licenças ou concessões pelo Poder Público. O legisla-
H
legislação, permitindo a fiel execução da norma dor deve, então, elaborar os requisitos necessários
L
legal. É a hipótese do art. 84, IV, da CF, de 1988; para o exercício do poder de polícia pelo Estado.
EL
z Regulamentos autônomos: são os que dispõem O poder de polícia tem por objeto a imposição de
XW
sobre tema não disciplinado pela legislação. Há um limitações à liberdade e propriedade dos particu-
lares, instituindo condições capazes de compatibili-
A
4
-7
licença. A licença é ato administrativo relacionado ao na exploração direta de atividades econômicas.
91
poder de polícia, que apresenta previsão legal para a O setor dos serviços públicos, por outro lado, é o
.5
sua obtenção, tratando-se, por isso, de ato vinculado. campo de atuação predominante do Estado. Este é
51
Com isso, podemos afirmar que a manifestação do encarregado de, dentre outras funções, o exercício da
.7
poder de polícia pode ocorrer mediante a expedição função administrativa, que é a atividade concreta e
79
de atos no exercício da competência discricionária da imediata desenvolvida sob regime de direito público,
-0
Administração, ou por meio de atos vinculados, com a para a consecução dos interesses coletivos. Dentre as
devida previsão legal. ZA
funções administrativas, temos a prestação de servi-
O poder de polícia também é em regra indelegá- ços públicos em sentido estrito.
U
a particulares (art. 4°, III, da Lei n° 11.079, de 2004). cia das atividades de fomento, do exercício do poder
LV
sa delegar as atividades consideradas preparatórias A matéria dos serviços públicos está contida, de
O
gação (entes da administração indireta, pessoas jurí- missão dos serviços públicos.
L
Polícia Administrativa e Polícia Judiciária época, a doutrina começava a analisar com detalhes
M
4
são custeados pelos próprios usuários, mediante o cos. Porém, há ainda alguns princípios específicos aos ser-
-7
pagamento de taxas.
91
viços públicos, que devem ser melhor analisados. São eles:
Assim, para o serviço público stricto sensu, pode-
.5
51
mos elencar, dentre todos os conceitos, alguns ele- z Princípio da continuidade do serviço público: é o
mentos identificadores que estão presentes em todas
.7
princípio que diz respeito a obrigação do Estado de
79
as definições. São eles: prestar o serviço público, que não pode parar, dada a
-0
sua relevante finalidade pública. É dizer que o Esta-
z Elemento Subjetivo: A titularidade do serviço do tem um poder-dever (obrigatoriedade) de prestar
ZA
público é exclusiva do Estado; tal atividade. O serviço deve ser ininterrupto, porém,
U
z Elemento Objetivo: A atividade caracterizada como o art. 6º, § 3º, da Lei nº 8.987, de 1995 admite que, nos
SO
serviço público (geralmente, atendem a um interesse casos de serviços concessionados a entidades priva-
A
z Elemento Formal: Qual o regime em que o serviço paralização quando motivada por razões de ordem
SI
é prestado. A maioria dos casos, trata-se do regime técnica ou de segurança das instalações; e por ina-
de Direito Público. dimplemento do usuário, considerado o interesse
A
D
O fenômeno conhecido como a “crise do serviço sos julgados que acabam contestando referido legal,
O
público” se deu com o advento do Estado Regulador, sobretudo no que diz respeito aos serviços de forne-
YG
na primeira metade do século XX. Ele traz a ideia de cimento de água e de energia elétrica;
H
um Estado que procura regular as atividades consi- z Princípio da mutabilidade do regime jurídico:
L
deradas serviços públicos. Se antes a execução dessas o interesse público não é estanque, mas variável
EL
tarefa era exclusiva do regime público, atualmente ao longo do tempo. A instauração de serviço públi-
XW
a execução desses serviços pode ser feita sob regime co mediante certo regime jurídico não gera um
privado. O Estado carece de recursos para cuidar de
A
4
-7
(fundamentos, objetivos, princípios). Observe que
91
Antes de adentrarmos propriamente no tema, é este mnemônico obedece a ordem alfabética, estando
importante esclarecer um ponto que já foi objeto de pro-
.5
também em conformidade com a ordem dos artigos
51
va: princípios, regras e normas se distinguem. Tem-se o
da constituição (F-1º; O-3º; P-4º).
.7
gênero normas, do qual decorre as espécies regras e prin-
Assim, quando a questão mencionar algo relacio-
79
cípios. As normas são amplas, abarcando assim a nature-
nado a fundamentos lembre-se que estará se referin-
-0
za abstrata dos princípios e a concretude das regras.
do ao exposto no art. 1º; quando mencionar objetivos,
ZA
art. 3º; e, quando mencionar princípios, art. 4º. Não se
esqueça também que o art. 2º não entra como referên-
U
Regras
SO
referido dispositivo:
O
YG
Os princípios são um alicerce de um sistema, uma Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada
H
estrutura básica do ordenamento jurídico, trazendo pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e
L
tos ou implícitos. Os princípios explícitos são aqueles III - a dignidade da pessoa humana;
que estão de forma expressa no texto constitucional IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
(escritos), já os implícitos são obtidos por meio de uma V - o pluralismo político.
construção lógica, ora, estão subentendidos no texto Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que
mesmo não aparecendo expressamente. o exerce por meio de representantes eleitos ou dire-
Como exemplo de princípios explícitos, podemos tamente, nos termos desta Constituição.
citar os princípios do art. 37 da CF, os quais dizem
respeito à Administração Pública. Já quanto aos prin- Dica
cípios implícitos, podemos citar o princípio da supre-
macia do interesse público, o qual, apesar de não Para auxiliá-lo na memorização dos mencionados fun-
ser encontrado expressamente na CF, é estritamente damentos guarde o mnemônico SO-CI-DI-VA-PLU
observado pelo Poder Público. Soberania
Cidadania
EXPLÍCITOS Dignidade
PRINCÍPIOS Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa
186 IMPLÍCITOS Pluralismo político
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A Soberania Os Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa
Como preleciona José Afonso da Silva (2017), a sobe- Dispositivo que objetiva a proteção ao trabalho, pois
rania é um poder supremo e independente, ainda, é é por meio deste que o homem garante sua subsistên-
fundamento do próprio conceito de Estado, diante disso, cia e o crescimento do Brasil. Aqui não se faz menção
não precisaria ser mencionada no texto constitucional4. somente ao “trabalhador CLT6”, mas também aos autô-
A demonstração do poder soberano pode ser vista de nomos, empresários, empreendedores e empregadores.
forma interna (poder do Estado, sendo, neste caso, exte-
riorizada pela prevalência de suas normas e decisões O Pluralismo Político
sobre todas as demais proferidas) ou externa (quando nos
relacionamos com entidades internacionais, sendo, nes- O legislador originário se preocupou em afirmar a
te caso, exteriorizado pela não subordinação a nenhum ampla participação popular nos destinos políticos do
outro Estado, decidindo pela subordinação a determina- Brasil, com a inclusão da sociedade na participação dos
processos de formação da vontade geral da nação, garan-
da regra somente quando livremente manifestado).
tindo a liberdade e a participação dos partidos políticos.
A Cidadania Ainda, podemos conceituar o pluralismo como a
garantia de que todo aquele que vive em sociedade terá
Podemos considerar cidadania como um objeto de direito a sua própria convicção política e partidária.
direito fundamental, pois é a participação do indiví-
Separação dos Poderes
duo no Estado Democrático de Direito. No texto consti-
tucional, em sentido amplo, a existência da cidadania O art. 2º da Constituição, ao definir a independên-
está atrelada à vivência social, na construção de rela- cia e a harmonia entre os poderes, consagra o chama-
ções, na mudança de mentalidade, na reivindicação do princípio da separação dos poderes, ou princípio
de direitos e no cumprimento de deveres. da divisão funcional do poder do Estado.
Assim, podemos concluir que a cidadania pode
ser exercida não somente com o direito de voto, mas Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmô-
também com a participação do cidadão em conselhos nicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
de temas importantes, como saúde, educação, compa-
recimento em audiências públicas e participação nas Assim, cada poder tem suas funções e organização
definidas, vejamos:
4
reuniões referentes ao orçamento participativo.
-7
Atenção, nem toda pessoa é considerada cidadã.
91
Em provas de concurso é importante observar que z Poder executivo: exerce as funções de governo e
.5
cidadão é todo ser humano que está em condição administração. Como exemplo de administração,
51
de votar e ser votado. Assim, podemos concluir que podemos mencionar o inciso I, art. 84 da CF, que
.7
uma criança e os estrangeiros não naturalizados não define como competência do Presidente da Repú-
79
podem ser considerados cidadãos. blica nomear e exonerar Ministros;
-0
z Poder legislativo: é exercido pelo Congresso
Nacional. Tem a função de legislar (função primária)
ZA
e fiscalizar (função secundária, entretanto, típica).
Importante!
U
Cuidado para não confundir cidadania com de elaborar as normas jurídicas gerais e abstratas.
Por exemplo, é de competência do Congresso Nacio-
A
nacionalidade:
LV
Nacionalidade é o vínculo jurídico político que une nal a votação para aprovação de lei complementar
(art. 69 da CF). Já como exemplo da função secundá-
SI
é requisito para ser cidadão, ou seja, para ser cidadão z Poder judiciário: cabe o exercício da jurisdição,
R
A dignidade da pessoa humana é um valor que do, a teoria objetiva que cada poder deve ser independen-
influencia o conteúdo de todos os direitos fundamentais te e harmônico entre si, como forma de dividir as funções
A
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
do homem consagrados no texto constitucional, é uma do Estado, entre poder executivo, poder legislativo e
M
proteção não somente do indivíduo em face do Estado, poder judiciário, entendimento esse também chamado
mas também perante a toda sociedade. Nesse sentido, de teoria dos freios e contrapesos (checks and balances),
considera Alexandre de Moraes (2011), a dignidade da já que cada um dos poderes exerce as funções dos outros
pessoa humana é valor espiritual e moral, que se mani- poderes de forma atípica.
festa na autodeterminação da própria vida e traz consi-
go a busca pelo respeito por parte das demais pessoas5. Objetivos da República Federativa do Brasil
Note que, a dignidade da pessoa humana é o direi-
to de titularidade universal, isto é, todos têm acesso O art. 3° da Constituição Federal apresenta os obje-
a esse direito pelo simples fato de ser pessoa, assim, tivos fundamentais do Estado brasileiro, ou seja, dita os
a nacionalidade e/ou capacidade não são fatores que compromissos que o Estado tem em relação aos cida-
possibilitam maior proteção, mas sim o fato de ser dãos, em especial na garantia plena de igualdade entre
cidadão, seja ele nacional ou estrangeiro. todos os brasileiros.
4 SILVA, op. cit, p. 106.
5 MORAES, op. cit, p. 24.
6 Trabalhador CLT – Termo vulgar utilizado para definir trabalhador/funcionário regido pela CLT (carteira assinada). 187
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José Afonso da Silva observa que (2017), é a primeira vez que uma Constituição relaciona especificamente os
objetivos do Estado brasileiro, que valem como base para as prestações positivas que venham a concretizar a demo-
cracia econômica, social e cultural7.
Dica
Para auxiliar na memorização disponibiliza-se a seguir duas dicas:
� Regra do verbo: observe que todas as primeiras palavras do rol são verbos no infinitivo;
� Mnemônico: CON-GA ER PRO.
O rol dos objetivos fundamentais relacionados no art. 3º da CF é um rol meramente exemplificativo, pois se
refere a metas, ou seja, objetivos que o Estado busca alcançar.
O art. 4º da Constituição enumera os princípios fundamentais orientadores das relações internacionais; consa-
gra, ainda, a não subordinação no plano internacional e a igualdade estre os Estados. Vejamos:
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
4
III - autodeterminação dos povos;
-7
IV - não-intervenção;
91
V - igualdade entre os Estados;
.5
VI - defesa da paz;
51
VII - solução pacífica dos conflitos;
.7
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
79
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
-0
X - concessão de asilo político. ZA
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos
povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
U
SO
Dica
A
LV
É possível a elaboração de um mnemônico para o referido rol, contudo, nota-se que, por ser extenso o rol,
SI
o mnemônico fica consequentemente também extenso. Assim, fica a seu critério adotar o que for passado
A
aqui.
D
In – independência nacional
H
D – defesa da paz
L
Os direitos individuais e coletivos estão disciplinados no art. 5º, da CF, de 1988. Muito cobrado em provas de
4
-7
concursos públicos, esse dispositivo é o mais extenso dessa norma, sendo composto pelo caput (capítulo), por 78
91
(setenta e oito) incisos e 4 (quatro) parágrafos. Vejamos cada uma de suas partes:
.5
51
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
.7
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e
79
à propriedade, nos termos seguintes:
-0
O caput do art. 5º traz os cinco pilares dos direitos individuais e coletivos, quais sejam: vida, liberdade, igual-
ZA
dade, segurança e propriedade. Deles decorrem todos os demais direitos estruturados nos seus incisos, como,
U
por exemplo, do direito à vida, decorrem o direito à integridade física e moral, a proibição da pena de morte e a
SO
Quando a Constituição fala “brasileiros e estrangeiros residentes no país”, não significa que o estrangeiro não
LV
residente não possua direitos, pois os direitos fundamentais são destinados a qualquer pessoa que se encontre
SI
em território nacional.
A
A CF, de 1988, adota o critério quantitativo para definir os titulares dos direitos fundamentais, ou seja, a popu-
D
Além disso, o caput traz o princípio da isonomia ou da igualdade (“todos são iguais perante a lei, sem dis-
O
tinção de qualquer natureza”). Tal princípio tem, como fundamento, o fato de que todos nascem e vivem com
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os mesmos direitos e obrigações perante o Estado brasileiro. São destinatários do princípio da igualdade tanto o
H
z Igualdade na lei: direcionado ao legislador, de modo a vedar a elaboração de dispositivos que estabeleçam
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
z Igualdade perante a lei: direcionado aos aplicadores da lei, uma vez que não é possível utilizar critérios
M
discriminatórios na aplicação da norma, salvo nos casos em que a própria norma constitucional estabelece a
aplicação desigual. Como exemplo, podem-se citar o caso da exclusão de mulheres e eclesiásticos do serviço
militar obrigatório em tempo de paz, ou os casos de existência de um pressuposto lógico e racional que justifi-
que a desequiparação efetuada, como a existência de assentos reservados para gestantes, idosos e pessoas com
deficiência nos transportes coletivos.
Art. 5º [...]
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
O inciso I decorre do direito à igualdade. Trata-se da igualdade entre homens e mulheres. Inicialmente, há de se
esclarecer que os direitos das mulheres são relativamente recentes, de modo que grande parte da legislação anterior à CF,
de 1988, estabelecia situações diferenciadas entre homens e mulheres, como, por exemplo, a necessidade de autorização
marital para que a esposa ocupasse cargo público ou exercesse a profissão fora do lar e o fato de o marido ser tido como
o chefe da sociedade conjugal, competindo a ele, entre outros deveres, a administração dos bens do casal.
Assim sendo, esse inciso foi direcionado tanto ao legislador, para que corrigisse tais desigualdades legais,
como aos operadores do direito, para que não fossem mais estabelecidos critérios discriminatórios. 189
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Atenção! Existem dois tipos de igualdade: a for- direito de pensar. Além disso, possuem direito de expres-
mal e a material. A igualdade formal consiste em tra- sar livremente esses pensamentos. Assim, o direito à
tar a todos de maneira igual, independentemente de expressão do pensamento, que decorre do direito à liber-
qualquer condição. Já a igualdade material busca a dade de expressão (sendo este fundamento do Estado
igualdade de fato, para que todos tenham os mesmos Democrático de Direito), está disciplinado no inciso IV.
direitos e obrigações. Trata-se, portanto, da igualdade O pensamento em si é absolutamente livre, por ser
efetiva, real, concreta ou situada. Assim, a igualdade uma questão de foro íntimo. O indivíduo pode pen-
nada mais é que tratar igualmente os iguais, com os sar em que quiser, sem que o Estado possa interferir.
mesmos direitos e obrigações, e desigualmente os No entanto, quando este pensamento é exteriorizado,
desiguais, na medida de sua desigualdade. passa a ser possível a tutela e proteção do Estado.
Cumpre mencionar que é da liberdade de expres-
Art. 5º [...] são que decorrem a proibição de censura e a vedação
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de do anonimato, por exemplo. Portanto, ao mesmo tem-
fazer alguma coisa senão em virtude de lei; po que a Constituição assegura a liberdade de mani-
festação de pensamento, ela obriga que as pessoas
O inciso II decorre do direito à segurança. Trata-se, assumam a responsabilidade pelo que exteriorizam.
portanto, da segurança em matéria pessoal estampa- Além disso, a vedação ao anonimato é aplicada,
da pelo princípio da legalidade. Em síntese, todas as também, às denúncias. Segundo o STF, é vedado o
pessoas estão submetidas ao império da lei, de modo recebimento de denúncias anônimas, contudo, isso
que somente a lei pode obrigar alguém a fazer ou não impede que o Estado apure de forma sumária a
deixar de fazer algo. Assim sendo, somente a lei pode verossimilhança das alegações.
limitar a vontade do indivíduo e obrigá-lo a fazer ou
não fazer algo, como, por exemplo, o uso obrigatório Art. 5º [...]
de máscaras faciais de proteção. V - é assegurado o direito de resposta, proporcio-
Ressalta-se que o princípio da legalidade possui nal ao agravo, além da indenização por dano mate-
duas facetas, sendo uma delas destinada aos parti- rial, moral ou à imagem;
culares e a outra destinada à Administração. A lega-
lidade aplicada ao particular difere-se da legalidade A expressão do pensamento é livre, porém, não
4
aplicada à Administração, tendo em vista que ao par- é absoluta. Assim, a pessoa é livre para expor sua
-7
91
ticular tudo pode se não proibido por lei. Já em rela- opinião, porém, atingindo-se a honra de alguém,
por exemplo, ela poderá ser responsabilizada civil e
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ção à Administração, seus atos são engessados, sendo
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assim, somente pode praticar atos dispostos em lei. penalmente. Além disso, a CF, de 1988, estabelece o
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direito de resposta, ou seja, o exercício do direito de
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Art. 5º [...] defesa da pessoa que foi ofendida em razão da mani-
-0
III - ninguém será submetido a tortura nem a tra- festação do pensamento de outra, como, por exemplo,
tamento desumano ou degradante; no caso de notícia inverídica ou errônea. Salienta-se
ZA
por fim que o direito de resposta é aplicado tanto à
U
O inciso III decorre do direito à vida, por decorrer pessoa física quanto à jurídica.
SO
O inciso VIII traz a chamada escusa de consciência Art. 150 (Código Penal) [...]
ou objeção de consciência. Trata-se do direito de não § 4º A expressão «casa» compreende:
cumprir um serviço obrigatório por razões relaciona- I - qualquer compartimento habitado;
das a sua consciência ou crença, de modo a assegurar II - aposento ocupado de habitação coletiva;
que não ocorrerá a perda dos direitos civis ou políticos III - compartimento não aberto ao público, onde
em decorrência de tal recusa. Por exemplo: a pessoa alguém exerce profissão ou atividade.
que, por questão religiosa, seja contrária ao serviço § 5º Não se compreendem na expressão «casa»:
militar poderá alegar tal imperativo de consciência em I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habita-
ção coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do
seu alistamento militar. No entanto, a CF, de 1988, esta-
n.º II do parágrafo anterior;
belece que, mesmo que dispensada da prática dessa ati-
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.
4
vidade, ela terá que cumprir serviço alternativo.
-7
91
O dispositivo traz três exceções à regra. A primei-
Art. 5º [...] ra exceção é a possibilidade de ingresso no caso de fla-
.5
IX - é livre a expressão da atividade intelectual,
51
grante delito ou desastre, ou seja, é possível ingressar
artística, científica e de comunicação, indepen-
.7
no local se um crime estiver ocorrendo ou tiver aca-
dentemente de censura ou licença;
79
bado de ocorrer, por exemplo. A segunda exceção per-
-0
O inciso IX trata da liberdade de expressão das mite a entrada no local para prestar socorro, como,
atividades intelectual, artística, científica e de comu- por exemplo, no caso de o imóvel estar pegando fogo e
ZA
nicação. Assim, a CF, de 1988, veda, expressamente, ter alguém em seu interior. Por fim, é possível ingres-
U
qualquer atividade de censura ou licença, inclusive a sar na casa mediante autorização judicial, como, por
SO
Cumpre esclarecer os conceitos de censura e licença: para busca de algum(a) objeto/pessoa no local.
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com as normas legais vigentes; timento do morador. Assim sendo, durante o dia, exibindo-
z Licença é a exigência de autorização para que o
R
pensamento possa ser exteriorizado. sem a concordância do morador, sendo possível, inclusive,
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Embora não conste do inciso, o sigilo foi estendido A liberdade de ir e vir encontra-se disciplinada no
aos dados telemáticos por meio da Lei nº 9.296, de 1996. inciso XV, do art. 5º, da CF, de 1988. Trata-se, portanto, do
Assim, estão protegidas as mensagens trocadas por meio direito de locomoção, que é um dos desdobramentos do
de Skype, e-mail, WhatsApp, Messenger, entre outros. direito à liberdade. Observa-se, no entanto, que a liberdade
É importante mencionar que as violações de cor- de locomoção é restrita a tempo de paz, ou seja, no caso de
respondência e de comunicação telegráfica são cri- decretação de guerra, passa a viger a lei marcial, de modo
mes previstos no art. 151, do Código Penal, e na Lei nº que o ir e vir dos indivíduos pode sofrer limitações.
6.538, de 1978, a qual dispõe sobre os serviços postais. A garantia constitucional que objetiva assegurar o
Cabe consignar, ainda, que a quebra das comuni- direito de locomoção é o habeas corpus, que será tra-
cações telefônicas é admitida mediante autorização tado adiante.
judicial (“salvo no último caso”) para fins de investiga- Art. 5º [...]
ção criminal ou instrução processual penal. Portanto, XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem
somente para fins penais. armas, em locais abertos ao público, indepen-
Atenção! Como não existe direito absoluto, é pos- dentemente de autorização, desde que não
sível a quebra do sigilo das demais comunicações frustrem outra reunião anteriormente convoca-
mediante autorização judicial. da para o mesmo local, sendo apenas exigido pré-
vio aviso à autoridade competente;
Art. 5º [...]
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofí- O inciso XVI traz outro desdobramento do direito
cio ou profissão, atendidas as qualificações profis- à liberdade: o direito de reunião. Por reunião, enten-
sionais que a lei estabelecer; de-se o agrupamento organizado de pessoas de cará-
ter transitório e voltado para determinada finalidade.
O direito de exercício de qualquer atividade pro- Portanto, é preciso que o evento seja organizado e
4
-7
fissional decorre do direito à liberdade. Trata-se da preencha os seguintes requisitos: reunião pacífica e
91
faculdade de escolher o trabalho que se pretende exer- sem armas; fins lícitos; aviso prévio à autoridade com-
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cer. No entanto, é necessário atender às qualificações petente e local aberto ao público.
51
profissionais exigidas pela lei, como, por exemplo, para O STF, quanto à “Marcha da Maconha”, entendeu
.7
ser médico, um dos requisitos é ter feito faculdade de que a passeata é constitucional, assim, compatível
79
Medicina em território nacional ou ter sido aprovado em com o direito de reunião. Contudo, é inadmissível a
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exame de revalidação no caso de faculdade estrangeira. incitação ao uso de entorpecentes.
Essa é uma norma constitucional de eficácia conti- Atenção! Aviso prévio não se confunde com auto-
ZA
da, ou seja, uma norma que produz todos os efeitos. No rização. Para se reunir, é preciso, apenas, comunicar
U
entanto, cabe destacar que uma norma infraconstitucio- à autoridade local, a fim de evitar, por exemplo, que,
SO
nal (lei) pode conter o seu alcance ao fixar condições ou no mesmo local, dia e hora, coincidam agrupamentos
requisitos para o pleno exercício da profissão, como, por
A
exemplo, a regra de que, para advogar, é necessária a manifestações pró-aborto e contrária ao aborto).
aprovação no exame da Ordem dos Advogados do Brasil.
SI
Art. 5º [...]
A
Art. 5º [...]
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é um dos desdobramentos do direito à liberdade. O direi- caráter do agrupamento for permanente, tem-se uma
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to à informação possui tríplice alcance, por englobar o associação. É importante mencionar que tanto a reu-
direito de informar, de se informar e de ser informado. nião como a associação devem possuir fins pacíficos.
A
4
bens de particulares, por meio do pagamento de jus-
-7
liberdade de escolha, podendo optar por fazer parte do
ta e prévia indenização. Portanto, trata-se de uma das
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grupo ou não. Além disso, uma vez associado, ele será
hipóteses de aquisição originária da propriedade. É
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livre para decidir se permanece ou não associado. Por-
cabível a desapropriação nas seguintes hipóteses:
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tanto, compreende o direito de associar-se a outras pes-
.7
soas para formação de uma entidade, como também de
z Por necessidade pública: hipótese na qual o bem
79
deixar de participar quando for de seu interesse.
a ser desapropriado é imprescindível para a reali-
-0
zação de uma atividade essencial do Estado;
Art. 5º [...] ZA
z Por utilidade pública: hipótese na qual o bem não
XXI - as entidades associativas, quando expressa-
é imprescindível, mas é conveniente para a reali-
U
em âmbito extrajudicial, isto é, ele se refere à legitima- cionatória, hipótese em que o bem não respeita a função
R
ção da associação para atuar em nome dos associados. social da propriedade. Nela, a indenização não é prévia,
O
caso das associações, para que estas atuem na condi- bens rurais. Ainda, não confunda desapropriação com
L
estatuto. Assim sendo, só poderão atuar se devida- balho escravo. Nela, não há pagamento de indenização.
A
4
de utilização, publicação ou reprodução de suas modificação da titularidade do bem em decorrência do
-7
obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo falecimento (sucessão hereditária). Assim, o patrimônio
91
que a lei fixar;
do de cujus transmite-se aos seus herdeiros, os quais se
.5
51
sub-rogam nas relações jurídicas do falecido, tanto no
O inciso XXVII disciplina o direito de proprieda-
.7
ativo como no passivo, até os limites da herança.
de intelectual, ou seja, a proteção legal e o reconheci-
79
mento de autoria em produções. Existem três tipos de
-0
propriedade intelectual, quais sejam:
Importante! ZA
O direito de sucessão está regulado no Código Civil.
U
z Propriedade industrial: criações que movimen-
SO
desenhos, indicações geográficas, entre outros; XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados
SI
z Direitos autorais: criações artísticas, culturais e no País será regulada pela lei brasileira em benefício
A
científicas, como, por exemplo, as obras intelec- do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não
D
os direitos autorais. Exemplos: a topografia dos sucessão envolva bens de estrangeiros situados no Bra-
L
4
agentes do Estado. Assegura, ainda, o direito de plei-
-7
Antes de preencher tal requisito, a lei é alterada e o tem-
tear, do Estado, documento expedido por este, que,
91
po majorado. Esta pessoa não poderá se aposentar, pois
por possuir fé pública, é utilizado para comprovar a
.5
tinha apenas expectativa de direito, uma vez que todos os
existência de um fato. Deste modo, assegura ao indi-
51
requisitos não foram preenchidos para a sua concessão;
víduo a obtenção de certidão para a defesa de direitos
.7
ou esclarecimento de situações de interesse pessoal.
79
z Ato jurídico Perfeito: trata-se do ato realizado
O exercício de tais direitos é gratuito, ou seja, inde-
-0
validamente sob a vigência de uma lei, mesmo que
pendem de qualquer pagamento. Importante men-
esta tenha sido posteriormente revogada ou modi-
ZA
cionar que, embora o dispositivo empregue o termo
ficada. Exemplo: adolescente que se casou antes
U
“taxas”, esta foi utilizada em sentido amplo, visto que
de ter completado a idade núbil nas hipóteses per-
SO
proíbe a cobrança de qualquer importância (taxa, mitidas pelo Código Civil terá seu casamento como
tarifa ou preço público). A função da gratuidade é não
A
obstar ou dificultar o exercício do direito, uma vez nº 13.811, de 2019, que proibiu, expressamente, o
que pessoas sem recursos financeiros teriam dificul-
SI
do ao pagamento.
D
para sanar ilegalidade quanto ao direito de certidão Assim, não é possível que, tempos depois, o suposto
— Mandado de Segurança —, pois as bancas cos-
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Art. 5º [...]
Importante!
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder A coisa julgada divide-se em coisa julgada mate-
Judiciário lesão ou ameaça a direito; rial — quando impede a discussão em qualquer
processo — e coisa julgada formal — quando
O princípio da inafastabilidade de jurisdição ou do impede a discussão no mesmo processo.
controle do Poder Judiciário está disciplinado no inciso
XXXV. Tal princípio é um desdobramento do direito à segu-
rança (garantias jurisdicionais). Esse princípio garante que Art. 5º [...]
todas as pessoas tenham acesso ao Poder Judiciário. XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
10 Em conformidade com o art. 6º, do Decreto Lei nº 4.657, de 1942 (Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro). Veja: “A Lei em vigor terá
efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. § 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consu-
mado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. § 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ale,
possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. § 3º
Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso”. 195
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A proibição dos tribunais de exceção, que decor- possuem os mesmos direitos e as mesmas proteções.
re do direito à segurança, encontra-se prevista no inci- Além disso, a lei não só não poderá ser aplicada de modo
so XXXVII. Busca-se proibir que os tribunais ou juízos discriminatório, como também deverá punir tais discri-
sejam criados especialmente para julgar determina- minações com base em qualquer condição pessoal, como
dos crimes ou pessoas (nos casos concretos). sexo, cor, origem, entre outras.
Atenção! Tribunal de exceção não se confunde
com Justiças especializadas e foro privilegiado. Art. 5º [...]
XLII - a prática do racismo constitui crime inafian-
Art. 5º [...] çável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a nos termos da lei;
organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa; O inciso XLII trata da prática de racismo. Embora a
b) o sigilo das votações; Constituição não tipifique o crime, ela manda criminalizar
c) a soberania dos veredictos; a conduta de racismo. Além disso, estabelece a não conces-
d) a competência para o julgamento dos crimes são de fiança ao racismo (inafiançável) e, ainda, que o ato
dolosos contra a vida; pode ser julgado a qualquer tempo, independentemente
da data em que foi cometido, pois não se sujeita ao decurso
Outro desdobramento do direito à segurança é a do tempo (imprescritível). Vale lembrar, aqui, que a Lei nº
garantia do julgamento pelo Tribunal do Júri em cri- 7.716, de 1989, é a Lei do Racismo, e a Lei nº 12.288, de 2010,
mes dolosos contra a vida, ou seja, homicídio (art. 121, CP), estabelece o Estatuto da Igualdade Racial.
induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou à auto-
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e
mutilação (art. 122, CP), infanticídio (art. 123, CP) e aborto
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tor-
(arts. 124 a 128, CP); contudo, salienta-se que lei ordinária
tura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
poderá ampliar a competência do Tribunal do Júri, não
afins, o terrorismo e os definidos como crimes
havendo qualquer ofensa quanto ao disposto na CF. hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
Trata-se de direito do indivíduo de ser julgado por executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
seus pares e, não, por um juízo de critério eminente-
mente técnico. O inciso XLIII estabelece os crimes em que não
cabe fiança nem perdão, ou seja, graça, indulto e
4
-7
Súmula Vinculante nº 45 A competência consti- anistia. Embora o dispositivo não mencione o indulto,
91
tucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro ele também não é cabível nos crimes elencados.
.5
por prerrogativa de função estabelecido exclusiva-
51
mente pela Constituição Estadual. Dica: Para lembrar dos crimes, memorize: T T T
.7
H ou 3TH:
79
Art. 5º [...]
Tortura;
-0
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defi-
na, nem pena sem prévia cominação legal; Tráfico; ZA
Terrorismo;
U
pelo princípio da anterioridade, a lei que estabelece o ça, o perdão é concedido de forma individual por meio
A
crime e a pena deve ser anterior a sua prática. de decreto e mediante provocação do interessado, no
D
Art. 5º [...]
YG
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para bene- vocação. O indulto pode ser total ou parcial (comutação).
Já a anistia é o perdão concedido pelo Congresso
H
ficiar o réu;
Nacional, por meio de lei, aos crimes e atos adminis-
L
Esquematizando todo o conteúdo relacionado O inciso XLVII, que decorre tanto do direito à vida
ao mnemônico, temos: como do direito à segurança, estabelece a proibição
Inafiançáveis RAAÇÃO 3TH de determinadas penas. Assim, é vedada a pena de
Imprescritíveis RAAÇÃO morte em tempos de paz. Isso porque, quando decla-
rada a guerra pelo Presidente da República após a
Insuscetíveis de graça ou anistia 3TH
autorização do Congresso Nacional, vigora a parte ati-
Art. 5º [...]
nente aos tempos de guerra11 do Código Penal Militar
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do conde- (CPM) e do Código de Processo Penal Militar (CPPM),
nado, podendo a obrigação de reparar o dano e a que estabelece, em determinados casos, a pena de
decretação do perdimento de bens ser, nos termos morte. Exemplo: traição (art. 355, CPM)12.
da lei, estendidas aos sucessores e contra eles execu-
tadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; Art. 5º [...]
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimen-
4
O princípio da intranscendência ou personaliza- tos distintos, de acordo com a natureza do deli-
-7
to, a idade e o sexo do apenado;
91
ção da pena está disciplinado no inciso XLV. Trata-se
da impossibilidade da pena ser aplicada a outra pessoa
.5
O inciso XLVIII traz um dos princípios relativos
51
que não o delinquente, uma vez que somente o autor
à execução da pena privativa de liberdade. Trata-
.7
da infração penal pode ser responsabilizado. Com a
79
morte do condenado, declara-se extinta a punibilidade -se da exigência de que o cumprimento da pena seja
feito de acordo com a natureza do crime, a idade e
-0
do crime. Assim, a pena não poderá ser cumprida, por
exemplo, pelos familiares ou herdeiros do autor do cri- o sexo do apenado. É por essa razão que os adoles-
ZA
me se este houver falecido. No entanto, refere-se ape- centes ficam em estabelecimentos distintos dos adul-
U
nas à esfera penal, ou seja, a obrigação civil de reparar tos, assim como as mulheres permanecem em local
SO
os danos pode ser estendida aos seus sucessores até o diverso dos homens. Esse dispositivo decorre tanto do
direito à segurança como do direito à vida.
A
Art. 5º [...]
R
e adotará, entre outras, as seguintes: O inciso XLIX estabelece outro princípio relativo à
YG
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
4
-7
Ademais, destaca-se o conteúdo da Súmula Vincu-
Art. 5º [...]
91
lante nº 14, a qual dispõe sobre o acesso a procedi-
LII - não será concedida extradição de estrangei-
.5
mento investigatório por defensor do investigado.
ro por crime político ou de opinião;
51
.7
Súmula Vinculante nº 14 É direito do defensor,
No que se refere à extradição de estrangeiro, o
79
no interesse do representado, ter acesso amplo aos
inciso LII veda a entrega por crime político ou de
-0
elementos de prova que, já documentados em pro-
opinião. Considera-se um crime como político se ele cedimento investigatório realizado por órgão com
ZA
envolver ações ou omissões que prejudicam os inte- competência de polícia judiciária, digam respeito
U
resses do país, do governo ou do sistema político. ao exercício do direito de defesa.
SO
quando conexo ao crime político, de modo a ter nature- Imagine, por exemplo, que em determinada inves-
A
za comum, mas conotação político-ideológica, como, por tigação tenha sido deferida, pelo Poder Judiciário, a
D
exemplo, a extorsão mediante sequestro para obter fun- interceptação telefônica de determinado investigado.
R
de opinião, que é aquele que se configura com o abuso gado, comprometeria a diligência, já que este poderia
da liberdade de expressão ou de pensamento, como, por avisar seu cliente da medida.
H
Art. 5º [...]
Art. 5º [...] LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas
XW
LIII - ninguém será processado nem sentencia- obtidas por meios ilícitos;
A
Art. 5º [...]
LVIII - o civilmente identificado não será subme- Art. 5º [...]
tido a identificação criminal, salvo nas hipóteses LXI - ninguém será preso senão em flagrante
previstas em lei; delito ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, salvo nos casos
A proibição da identificação criminal da pes- de transgressão militar ou crime propriamen-
soa já civilmente identificada encontra-se no inciso te militar, definidos em lei;
LVIII. Entende-se, por identificação, o processo utili-
zado para se estabelecer a identidade de pessoas ou Pelo inciso LXI, depreende-se que a liberdade é a
coisas. Assim, se o indivíduo apresenta documento de regra e a prisão é a exceção. Por essa razão, o dispo-
4
-7
identidade civil válido e sem qualquer suspeita funda- sitivo fixa as hipóteses em que o indivíduo será preso.
91
da de falsidade, ele não poderá ser identificado crimi- Assim, a CF, de 1988, protege os indivíduos da força do
.5
nalmente, ou seja, por meio do processo datiloscópico. Estado, uma vez que veda a prisão arbitrária ou abu-
51
O objetivo do dispositivo é evitar o constrangimento siva e estabelece que a restrição da liberdade só será
.7
pessoal de pessoas já identificadas civilmente. legítima quando respeitados os parâmetros legais.
79
Cumpre esclarecer que a Lei nº 12.037, de 2009, dis- Trata-se de um dos desdobramentos do direito à segu-
-0
ciplina o inciso e estabelece quais documentos servem rança, por envolver garantias processuais.
para a identificação civil. Ainda, a regra da não identi- Em termos de processo penal, existem dois tipos
ZA
ficação criminal não é absoluta e abarca exceções. No de prisão. A prisão pena que é aquela decorrente de
U
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação execução penal. Além disso, há a prisão processual,
SI
pública, se esta não for intentada no prazo legal; que tem função acautelatória e é aquela que ocorre
A
prazo legal, admite-se o oferecimento da queixa crime. (estiver cometendo o delito, acabou de cometê-lo, foi
L
diária da pública nos processos relativos aos delitos ou se for determinado pelo juiz nos demais casos das
A
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
nas ações em que se apuram crimes eleitorais. Observa-se, ainda, que o inciso traz exceções, quais
sejam: transgressão militar ou crime propriamente
Art. 5º [...] militar, definido em lei. Quanto às transgressões, estas
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos estão previstas nos regulamentos disciplinares, tanto
atos processuais quando a defesa da intimida- das Forças Armadas como das Forças Auxiliares. A elas é
de ou o interesse social o exigirem; aplicado procedimento de apuração específico, também
13 Art. 3º (Lei nº 12.037, de 2009) Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando: I - o docu-
mento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação; II - o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;
III - o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si; IV - a identificação criminal for essencial às
investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autorida-
de policial, do Ministério Público ou da defesa; V - constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações; VI - o esta-
do de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos
caracteres essenciais. Parágrafo único. As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos autos do inquérito, ou outra forma
de investigação, ainda que consideradas insuficientes para identificar o indiciado.
14 Art. 302 (CPP) Considera-se em flagrante delito quem: I -está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; III - é perseguido, logo
após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; IV - é encontrado, logo depois,
com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. 199
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
garantindo o contraditório e a ampla defesa. Já os cri- O magistrado deve revogar a prisão ou substituí-la por
mes militares encontram-se previstos no Código Penal medidas cautelares diversas.
Militar, porém esse diploma não define quais são os cri-
mes propriamente militares. Art. 5º [...]
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela
Art. 5º [...] mantido, quando a lei admitir a liberdade provi-
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se sória, com ou sem fiança;
encontre serão comunicados imediatamente ao
juiz competente e à família do preso ou à pessoa O inciso LXVI reforça que a regra é a liberdade e
por ele indicada; sua supressão é apenas medida excepcional e somente
deve ser decretada nos casos em que a norma autorizar.
Como a prisão em flagrante é a única modalidade
de prisão acautelatória que não conta com ordem judi- Art. 5º [...]
cial prévia, visto que é imposta no momento em que a LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo
infração penal é praticada ou em momentos após, faz-se a do responsável pelo inadimplemento voluntário
necessária sua comunicação imediata ao juiz, para que e inescusável de obrigação alimentícia e a do
este possa efetuar o controle de legalidade da prisão. depositário infiel;
A CF, de 1988, não fixa o prazo da comunicação,
porém o art. 306, do Código de Processo Penal, estabe- O inciso LXVII trata da prisão civil por dívida.
lece que a comunicação será imediata e os autos reme- Considera-se prisão civil a medida privativa da liber-
tidos em até 24 (vinte e quatro) horas após a prisão. dade que não possui caráter de pena e que tem como
Além da comunicação ao juiz, a CF, de 1988, prevê a finalidade compelir o devedor a satisfazer uma obri-
comunicação à família do preso ou pessoa por ele indi- gação. Atualmente, a única hipótese de prisão por
cada, com o escopo não só de dar notícia de seu para- dívidas é a de caráter alimentar, ou seja, o indivíduo
deiro, como também de prestar-lhe a assistência devida. deixou de pagar a pensão alimentícia devida.
Por se tratar de uma norma constitucional de efi-
Art. 5º [...] cácia contida, a prisão do depositário infiel, prevista
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre na CF, de 1988, embora constitucional, tornou-se ilíci-
os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegu- ta em razão das seguintes Súmulas:
4
rada a assistência da família e de advogado;
-7
Súmula Vinculante nº 25 (STF) É ilícita a prisão
91
Considerando que a liberdade é a regra e a sua res- civil de depositário infiel, qualquer que seja a moda-
.5
trição só é legítima quando efetuada nos estritos limites lidade do depósito.
51
legais, o inciso LXIII estabelece que o preso em flagran-
.7
te deve ser comunicado dos seus direitos. Entre esses Súmula nº 419 (STJ) Descabe a prisão civil do depo-
79
direitos, encontra-se o de permanecer em silêncio. sitário judicial infiel.
-0
O silêncio do preso é apenas silêncio e não poderá Art. 5º [...] ZA
ser utilizado de forma contrária. O acusado não é obri-
gado a produzir provas contra si mesmo. Ao se calar,
U
LXVIII - conceder-se-á habeas-corpus sempre que
SO
esse silêncio não pode ser considerado como prova. alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
Além disso, o dispositivo também estabelece a assis- violência ou coação em sua liberdade de loco-
A
tência da família e do advogado, garantindo tanto o apoio moção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LV
LXIV - o preso tem direito à identificação dos nais são as ações constitucionais previstas na própria
R
responsáveis por sua prisão ou por seu interro- Constituição com a finalidade de reclamar o restabele-
O
gatório policial;
YG
assegurada ao indivíduo a identificação dos responsá- sempre que alguém estiver sofrendo ou na iminência
de sofrer constrangimento ilegal do seu direito de ir
XW
autoridades em conformidade com a norma vigente e os penais como em questões civis, desde que haja cons-
M
4
inviável o exercício dos direitos e liberdades cons-
-7
mandado de segurança (MS). Se o HC tutela a liberdade
91
de locomoção e o habeas data, o acesso e a retificação de titucionais e das prerrogativas inerentes à nacionali-
dade, à soberania e à cidadania;
.5
dados, o MS é cabível para os demais direitos, sendo que
51
seu objetivo e alcance é feito por exclusão. Cabe destacar
O inciso LXXI traz o mandado de injunção (MI),
.7
que a lei que disciplina o MS é a Lei nº 12.016, de 2009.
79
O MS é cabível quando houver direito líquido e ação constitucional para a tutela dos direitos previs-
-0
certo, ou seja, direito que pode ser comprovado de tos na CF, de 1988, inerentes à nacionalidade, à sobe-
rania e à cidadania, os quais não podem ser exercidos
ZA
plano e que se apresenta de forma manifesta. Deste
em razão da falta de norma regulamentadora. Portan-
modo, a prova deve ser toda pré-constituída, sendo
U
to, são pressupostos para o MI:
SO
O MS pode ser de duas espécies: dora que inviabilize o exercício do direito previsto
D
na CF, de 1988.
R
de segurança objetiva cessar constrangimento ile- Cabe lembrar que a lei que disciplina o MI é a Lei
gal já existente;
H
nº 13.300, de 2016.
z Mandado de segurança preventivo, cuja ordem
L
de segurança busca pôr fim à iminência de cons- ção de ato legislativo ou administrativo permite ao
trangimento ilegal a direito líquido e certo.
XW
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
4
propor ação popular que vise a anular ato lesivo em uma escola, entre outros. Assim, a CF, de 1988, garan-
-7
ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado te que a falta de recursos financeiros não seja considera-
91
participe, à moralidade administrativa, ao meio
da um obstáculo para o exercício de tais direitos.
.5
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
51
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento
Art. 5º [...]
.7
de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
79
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas-cor-
pus e habeas-data, e, na forma da lei, os atos
-0
O inciso LXXIII traz outro remédio constitucional: necessários ao exercício da cidadania.
a ação popular. Trata-se da ação constitucional colo-
ZA
cada à disposição de qualquer cidadão para fiscalizar
U
O inciso LXXVII trata da gratuidade dos remédios
o Poder Público. Cabe esclarecer que cidadão é aque-
SO
Poder Público. No entanto, o inciso LXXIII estabelece quer no âmbito judicial, quer no âmbito administra-
XW
uma exceção: haverá custas e sucumbência caso o autor tivo, a duração razoável do processo, bem como dos
ingresse com a ação com má-fé e esta seja comprovada. meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
A
M
Art. 5º [...]
Importante! § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais têm aplicação imediata.
A má-fé deve ser sempre provada, enquanto a LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à pro-
boa-fé é sempre presumida. teção dos dados pessoais, inclusive nos meios digitais.
Art. 5º [...]
MINISTÉRIO PÚBLICO (ART. 127 A 130 CF)
§ 3º Os tratados e convenções internacionais
sobre direitos humanos que forem aprovados, em Incumbido da ordem jurídica, dos direitos sociais e direitos in-
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, dividuais indisponíveis
por três quintos dos votos dos respectivos membros, DEFENSORIA PÚBLICA (ART. 134 A 135 CF)
serão equivalentes às emendas constitucionais.
Promoção dos direitos humanos, e da defesa dos direitos cole-
tivos e individuais de forma não onerosa
O § 3º estabelece as regras para a incorporação do tra-
ADVOCACIA (ART. 131 A 133 CF)
tado internacional que verse sobre direitos humanos.
Via de regra, o tratado internacional, após a sua celebração Advocacia Pública: representa e assessora os interesses do Estado
e assinatura pelo Presidente da República, passa por refe- União: AGU
4
-7
rendo parlamentar para sua incorporação. Assim, o Poder Estados: Procuradorias Estaduais
91
Legislativo o aprova, por meio de um Decreto Legislativo,
.5
e o remete ao Presidente da República para sua ratificação, MINISTÉRIO PÚBLICO
51
por meio de Decreto. O Decreto do Executivo é, por sua vez,
.7
promulgado e publicado em Diário Oficial da União e pas- O Ministério Público é uma instituição permanen-
79
sa a ter força de lei. te, incumbido da ordem jurídica, dos direitos sociais
-0
No caso de tratado sobre direitos humanos, a CF, de e direitos individuais indisponíveis. Tem previsão no
art. 127 a 130 da CF, de 1988, tem autonomia funcional
1988, disciplinou a possibilidade de sua incorporação,
ZA
seguindo os mesmos procedimentos cabíveis para as e administrativa.
U
Deste modo, o tratado passa a ser incorporado, no orde- gram um só órgão sob direção do procurador geral),
LV
namento jurídico, com força de norma constitucional. indivisibilidade (não tem vinculação aos processos
SI
O § 3º, do art. 5º, da CF, de 1988, foi incluído pela em que atuam) e a independência funcional (não é
A
Emenda Constitucional nº 45, de 2004. Portanto, apenas subordinado aos poderes legislativo, executivo ou
D
os tratados incorporados após essa Emenda e seguindo judiciário). Partindo desta base que os membros do
R
os parâmetros do dispositivo possuem força de norma Ministério Público elaboram suas funções.
O
supralegais. Para todos os demais tratados, força legal. mitida recondução ao cargo anteriormente ocupado),
L
4
sultoria jurídica de entidades públicas. ser cidadão maior de 35 anos de notável saber jurídico
-7
e reputação ilibada, sendo nomeado pelo Presidente da
91
Observe que o Ministério Público tem capacidade República, conforme art. 131 § 1º da CF, de 1988.
.5
51
postulatória para promover o inquérito civil, ação
penal pública e ação civil pública para a proteção do
.7
Importante!
79
patrimônio público e social, do meio ambiente e de
-0
outros interesses difusos e coletivos. Conforme o art. 52, II e 102, I “c” da CF, de 1988
o Advogado Geral da União é Julgado no Senado
ZA
Ministério Público tem Poder de Investigação Federal nos crimes de responsabilidade e pelo
U
autoridade própria investigações de natureza penal, Nas funções da advocacia pública inclui consulto-
LV
conforme a tese assim sumulada: ria, onde o advogado assessora as Autoridades Públi-
SI
O Ministério Público dispõe de competência para e funções de contencioso, a qual representa em juízo
D
tucional de jurisdição e, também, as prerrogativas termos da lei complementar que dispuser sobre sua
organização e funcionamento, as atividades de consul-
XW
sem prejuízo da possibilidade – sempre presente Cada um dos entes da União possui sua respectiva
no Estado democrático de Direito – do permanen- advocacia pública. No que tange aos estados e Distri-
te controle jurisdicional dos atos, necessariamente to Federal, os procuradores terão ingresso na carreira
documentados (Súmula Vinculante 14), praticados por meio de concurso público de provas e títulos com
pelos membros dessa instituição. a participação da OAB em todas as fases. É assegura-
(STF. RE 593727 Tema de Repercussão Geral. STF. Min. Cezar da a estabilidade após três anos de efetivo exercício,
Peluso, julgado em 14.05.2015, DJe 08.09.2015) mediante avaliação de desempenho.
4
-7
vidores das defensorias públicas serão remunerados ção direta, sociedade de economia mista, empresa
91
na forma de subsídio. pública ou fundação instituída pelo poder público.
.5
51
Art. 135 Os servidores integrantes das carreiras
.7
disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo
79
serão remunerados na forma do art. 39, § 4º Importante!
-0
[...]
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato Para o direito penal, funcionário público é aquele
ZA
eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários que, embora transitoriamente ou sem remuneração,
U
Estaduais e Municipais serão remunerados exclu- exerce cargo, emprego ou função pública. Como é
SO
sivamente por subsídio fixado em parcela única, possível de se observar, o conceito de funcionário
vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adi- público é bastante amplo. No § 1º, art. 327, o Código
A
LV
cional, abono, prêmio, verba de representação ou Penal equipara a funcionário público quem exerce
outra espécie remuneratória, obedecido, em qual-
SI
caso.
H
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
4
É muito importante que você fique atento, em rela-
-7
da em que o autor deve ser funcionário público, e, em
ção ao peculato-apropriação, ao seguinte:
91
regra, não podem serem praticados por qualquer pes-
soa. Todavia, admitem a participação e a coautoria,
.5
z Para que se configure, é necessário que o agente
51
bem como a autoria mediata.
tenha a posse do bem em razão do seu cargo;
.7
Os crimes funcionais são próprios, porém admi-
z O bem pode ser público ou particular (imagine um
79
tem a coautoria de particular, sendo possível que este
objeto particular — notebook — apreendido em
-0
venha a ser responsabilizado por delito funcional
uma delegacia de polícia);
contra a Administração Pública, desde que pratique a ZA
z O sujeito passivo é a Administração Pública; con-
infração penal em concurso com funcionário público
tudo, no caso de bem particular, o dono do bem
U
e que tenha conhecimento desta qualidade.
também será sujeito passivo do delito.
SO
convida seu amigo de infância, Jonas, para juntos sub- ticular. O funcionário público dá destinação diversa
A
traírem um computador na repartição pública em que ao bem que está sob sua responsabilidade; esse desvio
D
aquele trabalha. O funcionário público obteria facilida- será necessáriamente em proveito próprio ou alheio.
R
chave da repartição naquele período. No dia determi- mas posições jurisprudenciais em sentido contrário), para
nado, os agentes vão ao local e subtraem o computador. que se configure o peculato-desvio, é necessário que o bem
H
No exemplo apresentado, tanto José quanto Jonas seja desviado para integrar o patrimônio do próprio fun-
L
EL
responderão pelo crime de peculato (vamos estudar cionário público ou de terceiros, não se configurando o
suas características a seguir), já que praticaram a condu-
XW
soal (ser funcionário público) comunica-se aos demais para que se configure o peculato-desvio, não é neces-
M
agentes (é necessário que eles conheçam a condição). sária a intenção de assenhoramento (apoderar-se) por
Vejamos agora cada um dos crimes funcionais: parte do funcionário público, podendo se configurar
com o mero uso irregular da coisa pública, em provei-
Peculato to próprio ou alheio.
Com base no que foi exposto acima, é importante
Art. 312 Apropriar-se o funcionário público de dinhei- mencionar que o peculato de uso, em regra, é conside-
ro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou rado figura atípica.
particular, de que tem a posse em razão do cargo, Segundo Cleber Masson, o uso momentâneo de
ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: coisa infungível, sem a intenção de incorporá-la ao
15 STF. 1ª Turma. HC 138484/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 11/9/2018 (Info 915).
16 STJ. 5ª Turma. AREsp 679.651/RJ, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 11/09/2018.
17 STJ. 5ª Turma. HC 264.459- SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 10/3/2016 (Info 579).
18 STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1101423/RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 06/11/2012.
19 STJ. 6ª Turma. REsp 1303748/AC, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 25/06/2012.
206 20 STJ. 6ª Turma. HC 402949-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 13/03/2018 (Info 623).
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patrimônio pessoal ou de terceiro, seguido da sua inte- Exemplo 1: Carlos é funcionário público. Certo dia,
gral restituição a quem de direito, é atípico. na hora de sair, valendo-se do fato de estar sozinho
É necessário sabermos o que significa infungível. na repartição, Carlos subtrai um notebook do órgão
O art. 85, do CC, dispõe que são fungíveis os móveis público. Está certamente configurado o crime de pecu-
que podem substituir-se por outros da mesma espécie, lato-furto, já que a condição de funcionário público de
qualidade e quantidade. Carlos foi uma facilidade para que ele subtraísse o bem.
O Código Civil não define os bens infungíveis, Exemplo 2: Michele é funcionária pública de Tribu-
mas podemos compreender que são os bens que não nal Federal. Certo dia, ao passar em frente a uma escola
podem ser substituídos por outros da mesma espécie, que se encontra próxima a sua casa, Michele percebe
quantidade e qualidade. que o vigilante esqueceu a porta dos fundos aberta,
É importante mencionar que é necessário, para estando próximo um aparelho celular da escola. Miche-
que não seja típica a conduta do peculato de uso, que le entra pela porta e subtrai o aparelho. Não há que se
o bem seja infungível e não consumível, a exemplo de falar em peculato-furto, já que a qualidade de funcioná-
um carro oficial ou de um computador. ria pública de Michele em nada contribuiu para a práti-
Caso o bem seja fungível e consumível, a exemplo ca da subtração, podendo qualquer pessoa, na mesma
do dinheiro, a conduta será típica. situação, praticar a conduta delituosa apresentada pelo
Se a conduta relacionada ao peculato de uso for exemplo. Michele responderá pelo crime de furto.
praticada por Prefeito, o fato será típico, independen- Observe que:
temente da natureza do bem, por expressa previsão
legal no inciso II, art. 1º, do Decreto-Lei nº 201, de 1967. z Admite a modalidade tentada, já que se trata de
crime plurissubsistente (atos múltiplos, ou seja, o
autor entra no local, o autor subtrai a coisa);
Importante! z O bem subtraído pode ser público ou particular;
z O sujeito passivo é a Administração Pública. Caso
O administrador que desconta valores da folha de o bem seja particular, também será sujeito passivo
pagamento dos servidores públicos para quitação da infração penal o dono do bem;
de empréstimo consignado e não os repassa à insti- z É crime material.
tuição financeira pratica peculato-desvio, sendo des-
4
necessária a demonstração de obtenção de proveito Peculato Culposo
-7
próprio ou alheio, bastando a mera vontade de realizar
91
o núcleo do tipo21. Deste modo, podemos constatar Art. 312 […]
.5
§ 2º Se o funcionário concorre culposamente
51
que basta a destinação diversa daquela que deveria
para o crime de outrem:
.7
ter o bem para que se consume o crime de pecula-
Pena - detenção, de três meses a um ano.
79
to-desvio. A obtenção de vantagem indevida é mero
-0
exaurimento do crime. Trata-se de crime formal.
O peculato culposo, previsto no § 2º, art. 312, con-
ZA
figura-se quando o funcionário público concorre cul-
U
público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou Dos crimes praticados por funcionário público
bem, subtrai-o, ou concorre para que ele seja subtraído, contra a administração em geral, o peculato é o úni-
A
LV
em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade co que prevê expressamente a possibilidade de ser
proporcionada pela qualidade de funcionário. cometido na modalidade culposa.
SI
O peculato-furto pode ser praticado de duas formas: No peculato culposo, o funcionário público não
A
z Para que se configure este crime, é necessário que outro funcionário cometa peculato (caput ou § 1º);
XW
o funcionário público não tenha a posse da coisa; z Um funcionário, por culpa, concorre para que outro
funcionário ou um particular cometam o fato;
A
ser arrebatado pelo próprio funcionário público; z Um funcionário, por culpa, concorre para que um
z O segundo é o verbo “concorrer”, que significa indu- particular cometa o fato (furto etc.).
zir, instigar ou auxiliar uma outra pessoa a realizar
a subtração (por exemplo, o funcionário público dis- Vejamos: José, agente de polícia legislativa, esque-
trai os demais para que o seu amigo, que é ladrão, ce, por omissão, já que queria assistir a um jogo de
ingresse na repartição para surrupiar os bens); futebol, de trancar uma porta da Câmara Legislativa
z Para que se configure o peculato-furto, é necessá- do Distrito Federal, ao qual somente ele tem acesso.
rio que o ato seja doloso; No ambiente em que a porta se encontra, há vários
z A qualidade de funcionário público deve acarretar objetos de valor considerável para o Poder Legislativo
alguma facilidade para a subtração da coisa. Caso distrital. Simba, também policial legislativo, aprovei-
não haja facilidade, o agente responderá por furto tando-se do fato de a porta estar aberta, ingressa no
normalmente. local e subtrai uma câmera fotográfica.
Neste exemplo, José poderá ser responsabilizado crimi-
Vamos trazer dois exemplos: nalmente pelo crime de peculato culposo, já que concorreu
21 APn 814-DF, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, Corte Especial, por maioria, julgado em 06/11/2019,
DJe 04/02/2020. 207
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
culposamente para o crime de outrem (peculato-furto de Art. 313-A Inserir ou facilitar, o funcionário autori-
Simba). O agente foi omisso ao deixar de trancar a porta, zado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir
fator que contribuiu para a prática da subtração. indevidamente dados corretos nos sistemas infor-
matizados ou bancos de dados da Administração
Art. 312 […] Pública com o fim de obter vantagem indevida para
§ 3º No caso do parágrafo anterior, a reparação do si ou para outrem ou para causar dano:
dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a
pena imposta. Dica
Sobre o peculato culposo, é importante saber que o A “inserção de dados falsos em sistemas de infor-
§ 3º, do art. 312, do CP, dispõe que: mação” é também chamada de peculato eletrônico.
z Se a reparação do dano resultante do peculato cul- Sujeito ativo é apenas o funcionário público autoriza-
poso ocorrer antes de a sentença transitar em jul- do a inserir ou excluir dados do sistema. Outros funcio-
gado, extingue a punibilidade; nários que não dispõem desta competência respondem
z Se a reparação do dano resultante do peculato cul- pelo crime do art. 313-B, do CP. Trata-se de crime próprio.
poso ocorrer após a sentença transitar em julgado, A fraude no sistema informatizado ou em bancos
a pena será reduzida da metade. de dados pelo funcionário competente, para obter
vantagem para si ou para outrem, caracteriza o delito
Art. 313 Apropriar-se de dinheiro ou qualquer uti- em análise, sendo que o estelionato, por ser um crime
lidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro menos grave, é absorvido.
de outrem: Para que este crime se configure, é necessário que as
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. condutas descritas no tipo penal sejam praticadas por fun-
cionário público autorizado a operar os sistemas informa-
O peculato mediante erro de outrem está previsto tizados ou bancos de dados da Administração Pública.
no art. 313, do CP, configurando-se quando o funcionário Trata-se de crime plurinuclear, já que o tipo penal
público se apropriar de dinheiro ou qualquer utilidade descreve vários verbos que podem ser praticados
que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem. para a sua configuração.
4
Parte da doutrina chama esta modalidade de
-7
Condutas:
91
peculato-estelionato.
Sujeito ativo é o funcionário público que, por erro Inserir dados falsos;
.5
z
51
de outrem, toma posse de um bem móvel, em razão z Facilitar a inserção de dados falsos;
da função, apropriando-se do mesmo. O terceiro que
.7
z Alterar dados corretos;
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induz o funcionário a apropriar-se do bem que rece- z Excluir indevidamente dados corretos.
-0
beu por erro será partícipe deste delito de peculato
mediante erro. É necessário, para a tipificação do delito, que as
ZA
O elemento subjetivo do tipo é o dolo subsequente, condutas acima sejam realizadas em sistema informa-
U
isto é, posterior ao recebimento da coisa. tizado (computador) ou bancos de dados (fichários,
SO
Em um primeiro momento, o funcionário público livros ou outro meio físico) da Administração Pública.
toma posse do bem de boa-fé, sem constatar o erro Objeto material:
A
LV
Administração Pública.
É importante levar em consideração as seguintes carac-
A
D
z É crime material, que se consuma quando o agen- z Obter vantagem indevida para si ou para outrem;
YG
4
-7
Exige que o emprego irregular aconteça em benefício
91
da própria Administração Pública, contrariando a legisla-
MODIFICAÇÃO
.5
ção, não podendo o agente desviar as verbas ou rendas em
INSERÇÃO DE DADOS OU ALTERAÇÃO
51
benefício próprio, sob pena de responder por outro crime.
FALSOS EM SISTEMAS NÃO AUTORIZADA
.7
Vamos exemplificar: a Câmara Legislativa do
DE INFORMAÇÃO DE SISTEMAS DE
79
Município XYZ aprova a utilização de um milhão de
INFORMAÇÃO
-0
reais para construção de uma passarela. A autoridade
Verbos: Inserir, facilitar a pública competente utiliza a verba mencionada para
ZA
inserção, alterar, excluir Verbos: modificar ou a construção de uma escola.
U
Deve ser praticado por Se praticado por funcio- de verbas ou rendas públicas. O agente deu às verbas
funcionário autorizado nário autorizado, será fato públicas destinação diversa daquela estabelecida em lei.
A
LV
Exige dolo específico de atípico Observe que a destinação da verba ocorreu no inte-
obter vantagem indevida Não exige dolo específico resse da administração, já que, caso se dê em benefí-
SI
Está previsto no art. 314, do Código Penal. desabrigaram grande parte da população), o fato será
L
EL
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não z Este crime será praticado pelo funcionário público
constitui crime mais grave. que tem poder de decisão sobre as verbas ou ren-
das públicas, podendo delas dispor;
Os núcleos do tipo são os verbos extraviar (fazer z Não exige nenhum fim específico;
desaparecer), sonegar (não apresentar) e inutilizar z Não admite a modalidade culposa;
(tornar imprestável). z Admite a tentativa;
Sobre este crime, é importante que você saiba: z Não exige a ocorrência de dano pela Administra-
ção Pública para a sua configuração.
z Trata-se de crime subsidiário (o crime fica absorvi-
do quando o fato constitui crime mais grave), res- Concussão
pondendo por ele, o funcionário público, apenas se
não se configurar crime mais grave; Art. 316 Exigir, para si ou para outrem, direta
z Não admite a modalidade culposa; ou indiretamente, ainda que fora da função ou
z Admite tentativa; antes de assumi-la, mas em razão dela, vanta-
z O extravio, a sonegação e inutilização podem ser gem indevida:
parciais ou totais. Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 209
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No crime de concussão, o funcionário público, ou, quando devido, emprega na cobrança meio
valendo-se de sua autoridade, exige (conduta mais vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:
forte do que apenas pedir) o pagamento de vanta- Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
gem não devida pela pessoa. O particular, por temer
qualquer represália por parte do funcionário público, Exação significa correção, exatidão.
pode ou não pagar a vantagem indevida.
Vamos exemplificar: funcionário público, agen-
te de trânsito, exige de particular a quantia de R$ Importante!
2.000,00 para que libere o seu veículo, sob pena de
levá-lo indevidamente ao pátio do Detran. São duas as formas de cometer este delito:
A vantagem indevida, segundo posicionamento � Exigência indevida de tributo ou contribuição
majoritário, não necessita ser patrimonial, podendo social;
ser qualquer outra vantagem. � Cobrança devida de tributo ou contribuição
É importante mencionar que a concussão ocorrerá em social, mas de forma vexatória ou gravosa.
razão da função do agente público, não se exigindo que o
fato seja praticado no efetivo desempenho das atribuições
do cargo. Sendo assim, este crime pode ser cometido por O núcleo do tipo é o verbo exigir que, diferentemente
funcionário público de férias e, segundo a doutrina domi- do que ocorre no crime de concussão, não significa uma
nante, nomeado, mas não empossado (antes de assumir). ameaça, mas sim a simples cobrança indevida.
A violência ou grave ameaça (morte, prisão) não A cobrança é indevida quando o tributo ou a con-
são elementos integrantes do crime de concussão. tribuição social não existe ou então já foi pago, bem
Se o funcionário público exigir o pagamento de van- como na hipótese em que a cobrança é excessiva, em
tagem indevida, mediante violência ou grave ameaça, valor maior que o devido.
estará cometendo o crime de extorsão, previsto no art. O elemento subjetivo do tipo é o dolo, que consiste
158, do Código Penal. no fato de o agente ter consciência, ou dúvida, de que
Sobre a concussão, é importante que você conheça se trata de uma cobrança indevida.
as seguintes informações, frequentemente cobradas Na segunda modalidade criminosa, cobrança
em prova: vexatória ou gravosa, o tributo ou contribuição social
é devido. O problema reside no “modus operandi” da
4
� Não pode ser praticada na modalidade culposa;
-7
cobrança, que é feita de forma vexatória, humilhante,
z Trata-se de crime formal, que se consuma com a
91
ou gravosa, vale dizer, com a imposição de medidas
prática da exigência, sendo o recebimento da van-
.5
totalmente desnecessárias.
tagem mero exaurimento do crime;
51
Neste caso, o crime consuma-se com a simples
z O particular, de quem se exigiu a vantagem inde-
.7
cobrança vexatória ou gravosa, independentemente
79
vida, é sujeito passivo secundário deste crime. A do recebimento.
Administração Pública é o sujeito passivo primário;
-0
Admite-se a tentativa quando a cobrança vexató-
z Em regra, não admite a tentativa, salvo quando for ria ou gravosa é realizada por escrito, mas, por cir-
ZA
possível fracionar o iter criminis, a exemplo da con- cunstâncias alheias à vontade do agente, é descoberta
U
cussão praticada mediante carta endereçada à vítima; antes que a vítima tomasse conhecimento.
SO
É importante diferenciar concussão e corrupção com a seguinte frase escrita: “Márcio, deixe de ser
A
de tributo à prefeitura”.
R
Solicitar é pedir, o que, portanto, não são “que sabe” é dolo direto, e a expressão “devia
A
PASSIVA Receber e aceitar pressupõem uma z Admite a tentativa quando for possível fracionar o
conduta ativa do particular, ou seja, iter criminis, a exemplo do excesso de exação prati-
além de não ocorrer intimidação, há cado mediante carta endereçada à vítima.
uma conduta inicial do terceiro
Art. 316 […]
§ 2º Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou
Excesso de Exação de outrem, o que recebeu indevidamente para reco-
lher aos cofres públicos:
O excesso de exação, previsto no § 1º, art. 316, do CP, é
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
uma forma de concussão. Configura-se quando o funcio-
nário público exige tributo ou contribuição social, que sabe
ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na Se o funcionário desviar, em proveito próprio ou
cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza. de outrem, o que recebeu indevidamente para reco-
lher aos cofres públicos, responderá por excesso de
Art. 316 [...] exação na modalidade qualificada.
§ 1º Se o funcionário exige tributo ou contribui- Quando observamos a forma qualificada do exces-
210 ção social que sabe ou deveria saber indevido, so de exação, é possível compreender que o tipo penal
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não exige que o funcionário público tenha a intenção Quando praticada por meio do verbo receber, é
de ficar para si ou para outro aquilo que recebeu. Caso crime material, que exige o efetivo recebimento
o faça, responderá pelo crime na forma qualificada. para se consumar (§ 2º, art. 317, do CP);
Na concussão propriamente dita, exige-se que o fun- z Em regra, não admite a tentativa, salvo quando for
cionário público pratique a conduta visando obter a possível fracionar o iter criminis, a exemplo da cor-
vantagem indevida para si ou para outrem, constituin- rupção passiva praticada mediante emprego de carta;
do-se, assim, elemento de distinção entre os tipos penais. z É possível praticar a corrupção passiva indiretamen-
te, quando, por exemplo, o funcionário público exige
Corrupção Passiva a vantagem indevida por meio de outra pessoa.
Art. 317 Solicitar ou receber, para si ou para É importante realizar um breve paralelo com o cri-
outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora me de corrupção ativa, que será estudado no tópico dos
da função ou antes de assumi-la, mas em razão crimes cometidos por particulares contra a administra-
dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa ção em geral, que é aquela em que o particular oferece
de tal vantagem: ou promete vantagem indevida a funcionário público.
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. Atenção! Na corrupção passiva, o particular que
paga a vantagem indevida solicitada pelo funcio-
A corrupção passiva, prevista no art. 317, do Códi- nário público não pratica crime algum, por falta de
go Penal, se configura quando o funcionário público tipicidade penal.
solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou O crime de corrupção, seja ativa ou passiva, é unila-
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de teral e formal — são independentes em si. A comprova-
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou ção de um dos crimes não pressupõe a do outro.
aceitar promessa de tal vantagem. A corrupção passiva possui uma forma privilegiada.
A doutrina classifica a corrupção passiva em pró-
pria ou imprópria, antecedente ou subsequente: Art. 317 […]
§ 2º Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou
z Própria: Quando o funcionário público pratica os retarda ato de ofício, com infração de dever funcio-
verbos do tipo penal para praticar ato ilícito (por nal, cedendo a pedido ou influência de outrem:
exemplo, oficial de justiça recebe dinheiro para Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
4
-7
retardar o cumprimento do mandado de citação);
91
z Imprópria: Quando o funcionário público pratica Observe que na corrupção passiva privilegiada
.5
os verbos do tipo penal para praticar ato lícito (por o agente pratica a conduta não com a finalidade de
51
exemplo, escrevente solicita dinheiro para que a conseguir alguma vantagem indevida, mas sim com
.7
certidão seja expedida dentro do prazo); a finalidade de ceder a pedido ou influência de outro.
79
z Antecedente: Quando a vantagem indevida é Trata-se de crime material e consuma-se quando
-0
entregue ao funcionário público antes de sua ação o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda o
ou omissão (por exemplo, juiz recebe vantagem ZA
ato de ofício.
indevida para prolatar sentença absolutória);
Por outro lado, a pena da corrupção passiva será
U
ou indireta:
O
gem indevida;
EL
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Se configura quando o funcionário público facili- z Própria: prevista no art. 319, do Código Penal;
tar, com infração de dever funcional, a prática de con- z Imprópria: prevista no art. 319-A, do Código Penal.
trabando ou descaminho.
Contrabando é a exportação ou a importação do A prevaricação própria se configura quando o
território nacional de uma mercadoria proibida. funcionário público retardar ou deixar de praticar,
Descaminho é a exportação ou importação do terri- indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra dis-
tório nacional de uma mercadoria lícita, mas median- posição expressa de lei, para satisfazer interesse ou
te sonegação dos direitos ou impostos devidos. sentimento pessoal.
O núcleo do tipo é o verbo facilitar, que signifi- O crime em estudo não se confunde com a corrup-
ca viabilizar, tornar mais simples o contrabando ou ção passiva privilegiada, em que o agente age ou deixa
descaminho. de agir cedendo a pedido ou influência de outrem.
O elemento subjetivo é o dolo que pode ser direto Na prevaricação, não existe esse pedido ou influên-
ou eventual. cia. O agente toma a iniciativa de agir ou se omitir para
Relembrando: satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Assim, se
um fiscal flagra um desconhecido cometendo irregulari-
z Dolo direto (determinado): ocorre quando o agen- dade e deixa de autuá-lo em razão de insistentes pedidos
te prevê determinado resultado, dirigindo sua con- deste, há corrupção passiva privilegiada, mas, se o fiscal
duta na busca de realizar esse mesmo resultado; deixa de autuar porque percebe que a pessoa é um anti-
z Dolo eventual: o agente prevê pluralidade de go amigo, configura-se a prevaricação.
resultados, porém dirige sua conduta na realiza- A prevaricação poderá ser praticada de três for-
ção de um deles. Quer um resultado, mas aceita o mas diferentes:
outro resultado.
� Retardar indevidamente a prática de ato de ofício;
Observa-se que o crime se consuma com a primei- z Deixar de praticar indevidamente ato de ofício;
ra conduta que facilita o contrabando ou descaminho, z Praticar ato de ofício contra disposição expressa
4
ainda que não haja efetivamente a entrada ou saída de lei.
-7
da mercadoria do território nacional.
91
Trata-se de crime formal, pois se consuma com a O crime de prevaricação exige um fim específico
.5
conduta, independentemente da ocorrência do con-
51
de agir: satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
trabando ou descaminho.
.7
Não confundir com o crime de corrupção passiva pri-
Admite-se a tentativa quando o agente se empenha
79
vilegiada (estudado anteriormente). Vejamos a tabela
para realizar a conduta de facilitar o contrabando ou
-0
a seguir para facilitar seu entendimento:
descaminho, mas é surpreendido antes de concluí-la. ZA
É possível extrair da leitura do tipo penal que o cri-
me será praticado pelo funcionário público que tem o CORRUPÇÃO PASSIVA
U
PREVARICAÇÃO
PRIVILEGIADA
SO
A doutrina dominante entende que, caso o funcionário ou retardar ato de ofício praticar ato de ofício
LV
terceiro)
O
YG
desviar-se da fiscalização), ou omissiva (quando soal de diversas formas: vingança, compaixão, ódio,
L
EL
z É crime formal, que se consuma com a facilitação, Sobre a prevaricação, leve para a sua prova:
independente ou não de o agente conseguir prati- � Não admite a forma culposa;
car o contrabando ou o descaminho; � Pode ser praticada de forma omissiva (retar-
z Admite a tentativa somente na forma comissiva, dar ou deixar de praticar) ou comissiva (praticar);
quando o funcionário público indica o método de
� Admite tentativa apenas quando praticado de
se desviar da fiscalização, mas outro servidor impe-
forma comissiva.
de o desvio;
z A competência é da Justiça Federal. Tentativa na prevaricação:
� Retardar ou deixar de praticar, indevidamente,
Prevaricação ato de ofício: não admite tentativa;
� Praticar ato de ofício contra disposição expres-
Art. 319 Retardar ou deixar de praticar, indevida- sa de lei: admite tentativa.
mente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição
expressa de lei, para satisfazer interesse ou senti- Art. 319-A Deixar o Diretor de Penitenciária e/
mento pessoal: ou agente público, de cumprir seu dever de vedar
212 Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio
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ou similar, que permita a comunicação com CORRUPÇÃO CONDES-
outros presos ou com o ambiente externo: PREVARICA-
PASSIVA CENDÊNCIA
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. ÇÃO
PRIVILEGIADA CRIMINOSA
O agente deixa O agente deixa O agente deixa
A prevaricação imprópria se configura quando o
de praticar ato de praticar ato de praticar ato
diretor de penitenciária e/ou agente público deixar
de ofício ceden- de ofício para de ofício (res-
de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a
do a pedido ou satisfazer sen- ponsabilizar o
aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita
influência de timento ou inte- subalterno) por
a comunicação com outros presos ou com o ambiente
outrem resse pessoal indulgência
externo.
Trata-se de crime próprio, só podendo ser pratica-
do pelo diretor de penitenciária ou pelo funcionário Advocacia Administrativa
público que tem o dever funcional de impedir que o
preso tenha acesso a aparelho de comunicação com O crime de advocacia administrativa, previsto no
outros presos ou com o ambiente externo. art. 321, do Código Penal, pode ser praticado na moda-
Sobre a prevaricação imprópria, é importante ressaltar: lidade simples ou qualificada.
z Não admite a forma culposa; Art. 321 Patrocinar, direta ou indiretamente, inte-
z Não admite tentativa. resse privado perante a administração pública,
valendo-se da qualidade de funcionário
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa
Condescendência Criminosa
Parágrafo único. Se o interesse é ilegítimo:
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da
A condescendência criminosa está prevista no art. multa.
320, do Código Penal:
Modalidade simples: configura-se quando o fun-
Art. 320 Deixar o funcionário, por indulgência, cionário público patrocinar, direta ou indiretamente,
de responsabilizar subordinado que cometeu interesse privado perante a Administração Pública,
infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte
4
valendo-se da qualidade de funcionário.
-7
competência, não levar o fato ao conhecimento É necessário que a condição de funcionário públi-
91
da autoridade competente:
co proporcione alguma facilidade ao sujeito ativo, que
.5
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
patrocina interesse de terceiro, pessoa privada; caso não
51
haja facilidade alguma proporcionada pelo cargo, o fato
.7
Este crime pode ser praticado de duas formas: será atípico.
79
O agente pode praticar este crime de diversas
-0
z Quando o funcionário público, por indulgência, maneiras, como, por exemplo, fazendo uma petição,
deixar de responsabilizar o subordinado que solicitando um benefício.
ZA
cometeu infração no exercício do cargo; Modalidade qualificada: o crime de advocacia
U
condescendência criminosa só pode ser praticado por Sobre a advocacia administrativa, fique atento em
R
Você pode entender indulgência como compaixão, z É crime formal, que se consuma com a conduta,
L
prática da condescendência criminosa: uma infração z Segundo doutrina majoritária, admite tentativa
A
ou penal) praticada por subordinado no exercício das z É desnecessário que o fato ocorra na própria repar-
atribuições do seu cargo. tição em que trabalha o agente. Este pode usar da
A consumação dá-se quando o superior toma sua qualidade de funcionário para pleitear favores
conhecimento da infração e não providencia imedia- em qualquer esfera da Administração.
tamente a responsabilização do infrator ou não comu-
nica o fato à autoridade competente. Violência Arbitrária
Sobre a condescendência criminosa, fique atento:
Art. 322 Praticar violência, no exercício de função
z Não admite a forma culposa; ou a pretexto de exercê-la.
z É crime omissivo; Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da
z Não admite tentativa. pena correspondente à violência.
Como é possível observar, os crimes de corrupção Este delito encontrava divergência quanto a sua
passiva privilegiada, prevaricação e condescendência aplicação, tendo em vista as edições realizadas pela
criminosa possuem características similares. Vejamos Lei de Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869, de 2019).
as diferenças: Esta discussão não mais possui fundamento, sendo 213
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que esta lei não tipificou o crime de violência arbitrá- norma penal em branco, visto que a definição da fai-
ria. Sendo assim, o delito ainda se encontra em vigor. xa de fronteira é fornecida pela Lei nº 6.634, de 1979,
A prática da violência deve dar-se em razão da compreendendo um raio de 150 (cento e cinquenta)
função pública, não havendo a exigência de que seja quilômetros ao longo das fronteiras nacionais.
praticada no efetivo desempenho das funções do car- O fundamento desta qualificadora é a proteção à
go, podendo, portanto, ser praticada, por exemplo, soberania nacional que, nas fronteiras, torna-se mais
por um funcionário público que se encontre de folga. vulnerável.
Sobre esse crime, leve em consideração os seguin- Exige-se que o abandono se dê por um prazo rele-
tes pontos: vante, apesar de o Código Penal não fixar prazo determi-
nado. Entende a doutrina que o prazo será fixado pelo
z A violência arbitrária não admite a forma culposa, estatuto a que estiver submetido o funcionário público.
devendo ser praticada dolosamente; Em regra, o prazo será de 30 (trinta) dias — prazo
z Admite tentativa; previsto na maioria dos estatutos de servidores públicos.
z Segundo Rogério Greco, o objeto material será o
administrado contra o qual é praticada a violência
arbitrária; Dica
z A violência tem que ser praticada arbitrariamente, Sobre o crime de abandono de função, leve para
não se enquadrando neste tipo penal as hipóteses
a sua prova:
de uso necessário e progressivo da força, admiti-
das em lei; � É crime omissivo;
z O crime aperfeiçoa-se ainda que as vítimas da � Não admite tentativa;
agressão não sofram lesões; � Só pode ser praticado dolosamente — não
z Caso alguma das vítimas sofra lesão ou morra, o admite a culpa.
agente responderá por este crime e pelo crime cor-
respondente à violência praticada (lesões corpo- Exercício Funcional Ilegalmente Antecipado ou
rais ou homicídio). Prolongado
4
-7
O crime de abandono de função está tipificado no Art. 324 Entrar no exercício de função pública antes de
91
art. 323, do CP. satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la,
.5
sem autorização, depois de saber oficialmente que foi
51
Art. 323 Abandonar cargo público, fora dos casos exonerado, removido, substituído ou suspenso:
.7
permitidos em lei: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
79
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
-0
§ 1º Se do fato resulta prejuízo público: Tutela-se a Administração Pública, no tocante ao
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. seu normal funcionamento, pois o exercício ilegal de
ZA
§ 2º Se o fato ocorre em lugar compreendido na fai- função pública afeta a prestação de serviços públicos.
U
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a
A
A conduta típica é: abandonar cargo público, fora que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso:
dos casos permitidos em lei.
SI
Trata-se de um crime de mão própria, ou seja, só tituição ou suspensão. Neste aspecto, ressalta-se
A
pode ser praticado pelo funcionário público ocupante que o crime é instantâneo e prescinde de habitua-
M
do cargo que foi abandonado. Este abandono deve ser lidade da conduta para sua consumação.
por tempo juridicamente relevante.
De acordo com posicionamento doutrinário majoritá- Observe que o exercício funcional ilegalmente ante-
rio, as hipóteses de greve não configuram este tipo penal. cipado ou prolongado somente pode ser praticado por
As hipóteses em que o agente abandona o cargo funcionário público já nomeado, mas ainda sem ter
público, admitidas em lei, não configuram o crime de cumprido todas as exigências legais (1ª parte), ou então
abandono de função. pelo indivíduo que era funcionário público, porém dei-
O crime de abandono de função tem circunstân- xou de sê-lo em razão de ter sido oficialmente exone-
cias que o qualificam: rado, removido, substituído ou suspenso (parte final).
Em ambas as hipóteses, o crime é de mão própria,
z Se o fato resulta prejuízo público; de atuação pessoal ou de conduta infungível, pois
z Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa somente pode ser cometido pela pessoa expressamen-
de fronteira. te indicada no tipo penal.
Se um particular entrar no exercício da função
Cabe destacar a qualificadora do § 2º, que diz res- pública, a ele deverá ser imputado o crime de usurpa-
214 peito à faixa de fronteira. Essa qualificadora é uma ção de função pública (art. 328, do CP).
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Sobre o tipo penal em comento, é importante saber: Art. 326 Devassar o sigilo de proposta de concor-
rência pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo
z Não admite a forma culposa; de devassá-lo:
z Admite tentativa. Pena - Detenção, de três meses a um ano, e multa.
4
deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação. público de fato (assunto bastante cobrado, tanto na
-7
Este crime pode ser praticado de duas formas: disciplina direito penal, quanto na disciplina direito
91
administrativo):
.5
z Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo
51
e que deva permanecer em segredo;
.7
z Usurpação de função pública: o agente exerce a
z Facilitar a revelação de fato de que tem ciência em
79
função sem nenhum tipo de investidura, apode-
razão do cargo e que deva permanecer em segredo.
-0
rando-se dela. É crime;
z Funcionário ou agente de fato: o agente exerce a
ZA
É importante mencionar que o agente toma conhe-
função pública, por ter ocorrido alguma irregula-
cimento do fato em relação ao qual deve permanecer
U
buições do cargo.
LV
agente tomar conhecimento do fato durante período Segundo posicionamento doutrinário majoritá-
A
de licença, mas em razão do cargo. rio, é necessário, para fins de consumação, que
D
O Código Penal apresenta duas formas equipara- o agente execute algum ato inerente ao exercício
R
Vamos exemplificar:
mento e empréstimo de senha ou qualquer outra
XW
4
-7
do posicionamento que prevalece, mas a função usa de violência, causando lesão corporal de nature-
91
usurpada deve ser totalmente alheia à função dele za grave, responderá pelos dois crimes: resistência e
.5
(sendo ele considerado particular); lesão grave.
51
z É crime formal, não se exigindo para a sua configu-
.7
ração prejuízo ou dano à Administração Pública; Desobediência
79
z Ação penal pública incondicionada.
-0
Este crime está previsto no art. 330, do Código
Resistência ZA
Penal. Se configura quando o agente desobedecer à
ordem legal de funcionário público.
U
público:
LV
Art. 329 Opor-se à execução de ato legal, mediante Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
SI
executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: Vitor Eduardo Rios Gonçalves destaca que:
D
§ 1º Se o ato, em razão da resistência, não se z Deve haver uma ordem: significa determinação,
O
§ 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuí- z A ordem deve ser legal: material e formalmente.
L
zo das correspondentes à violência. Pode até ser injusta, só não pode ser ilegal;
EL
A conduta típica deste crime é opor-se à execução te para proferi-la. Ex.: Delegado de polícia requisita
de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcio- informação bancária e o gerente do banco não aten-
A
M
nário competente para executá-lo ou a quem lhe este- de. Não há crime, pois o gerente só está obrigado a for-
ja prestando auxílio. necer a informação se houver determinação judicial;
Sobre a conduta típica, as seguintes informações z É necessário que o destinatário tenha o dever jurídico
são muito importantes: de cumprir a ordem. Além disso, não haverá crime se
a recusa se der por motivo de força maior ou por ser
z Exige-se que o ato praticado pelo funcionário impossível por algum motivo o seu cumprimento.
público seja legal;
z Se o ato praticado por funcionário público for ile- A ordem deve ser legal. Caso de trate de ordem ilegal,
gal, não há que se falar em resistência; não há que se falar na configuração deste tipo penal.
z Exige-se que o funcionário público seja competen- Sobre a desobediência, é importante que você leve
te para executar o ato; em consideração:
z Não se exige que a violência ou ameaça seja empre-
gada diretamente contra o funcionário competen- z Não admite a culpa;
te, podendo ser empregada contra o terceiro que z Pode ser praticada tanto na forma omissiva quan-
esteja auxiliando o funcionário. to na forma comissiva;
216 22 (TJSP — Rel. Onei Raphael — RT 577/342).
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Na forma omissiva, não admite tentativa; na for- Tráfico de Influência
ma comissiva, admite;
z Deve haver ordem emanada por funcionário públi- O crime de tráfico de influência está previsto no
co, não caracterizando este crime a mera solicitação. art. 332, do Código Penal:
Desacatar = ofender, faltar com respeito. Conduta típica: solicitar, exigir, cobrar ou obter,
Não se exige que o funcionário público esteja no para si ou para outrem, vantagem ou promessa de
efetivo desempenho das atribuições do seu cargo para vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por
caracterização do crime de desacato, mas sim que a funcionário público no exercício da função.
ofensa se dê em razão da função pública. Trata-se de crime plurinuclear, que pode ser prati-
Exemplo 1: Diego Souza xinga Cássio, policial civil, cado com o exercício de qualquer um dos verbos pre-
que estava no exercício de sua função, de “policialzinho vistos no tipo penal:
de merda”, quando este estava prestes a prender aquele.
Exemplo 2: Diego Souza xinga Cássio, policial civil, z Solicitar;
em um restaurante em Porto Seguro, durante as férias z Exigir;
deles, de “policialzinho de merda”, pelo fato de Cássio z Cobrar;
tê-lo prendido no passado. z Obter.
Exemplo 3: Diego Souza xinga Cássio, policial civil,
de “babaca sem noção”, em uma partida de futebol, O agente não tem influência sobre o funcionário
pelo fato deste ter pegado um pênalti daquele. público, mas passa a impressão de que a tem, com a fina-
4
-7
Nos exemplos 1 e 2, configura-se o crime de desa- lidade de obter vantagem ou promessa de vantagem.
91
cato, já que a ofensa proferida pelo agente se deu em Caso o agente realmente tenha poder de influência
.5
razão da função exercida pelo funcionário público. sobre o funcionário público que praticará o ato, não
51
No exemplo 3, não há que se falar em desacato. Embo- há que se falar em tráfico de influência, podendo, no
.7
ra Cássio seja funcionário público, a ofensa proferida pelo entanto, configurar-se outro crime.
79
agente em nada tem a ver com a função pública. Sobre o tráfico de influência, é importante que
-0
Sobre o desacato, é importante que você fique você tome cuidado com as seguintes informações:
atento às seguintes considerações:
ZA
z A pessoa que paga a vantagem pratica indiferente
U
z O desacato pode dar-se por qualquer meio: insul- penal, por falta de previsão legal desta conduta;
SO
tos, vias de fato, gestos, entre outros; z Em regra, é crime formal, consumando-se com a
z O desacato deve ser praticado contra funcionário
A
público, não caracterizando este tipo penal a críti- z No caso do verbo obter, o crime é material;
ca ou ofensa à repartição pública;
SI
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
mes contra a honra. No desacato, a ofensa é digi- Código Penal, é um dos tipos penais mais cobrados em
rida à figura do funcionário público e não à pessoa relação aos crimes contra a Administração Pública.
em si. Deste modo, a doutrina majoritária entende
que o crime de desacato deve ser praticado na pre- Art. 333 Oferecer ou prometer vantagem indevida
sença do funcionário público, ao passo que, caso a a funcionário público, para determiná-lo a praticar,
ofensa seja irrogada na ausência física do funcio- omitir ou retardar ato de ofício.
nário, será caracterizado crime contra a honra. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada de um terço,
Em dezembro de 2016, a 5ª turma do STJ decidiu se, em razão da vantagem ou promessa, o funcio-
pela descriminalização do crime de desacato, por nário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica
entender que este crime viola a liberdade de expres- infringindo dever funcional.
são do indivíduo, em julgamento de habeas corpus.
Contudo, a 3ª seção do STJ pacificou posicionamento Conduta típica: oferecer ou prometer vantagem
do tribunal no sentido de que o desacato continua sen- indevida a funcionário público, para determiná-lo a
do crime, pois isso não viola a liberdade de expressão. praticar, omitir ou retardar ato de ofício. 217
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
CORRUPÇÃO PASSIVA CORRUPÇÃO ATIVA
Solicitar
Oferecer
Receber
Aceitar Prometer
z Trata-se de crime plurinuclear, já que o tipo penal prevê mais de um verbo para sua prática: oferecer e prome-
ter. Por exemplo, João oferece uma quantia em dinheiro ao policial rodoviário federal para não ser multado
pela prática de infração de trânsito. Pedro promete entregar uma quantia em dinheiro ao guarda municipal
quando retornar ao seu veículo que está estacionado em local proibido;
z É crime formal, que se consuma com a prática da conduta delituosa, não se exigindo que o funcionário
público aceite a vantagem ou promessa de vantagem;
z Não admite a forma culposa;
z Exige-se dolo específico: a intenção de determinar o funcionário público a praticar, omitir ou retardar ato de ofício;
z Caso o particular ceda à solicitação (corrupção passiva) ou à exigência (concussão), e entregue vantagem indevida,
seja em pagamento ou dando algo, a sua conduta será atípica, conforme posicionamento jurisprudencial majoritário;
z A pena da corrupção ativa será aumentada de 1/3 (um terço) se em razão da vantagem ou promessa, o funcio-
nário público retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.
4
-7
ou promessa de vantagem, quer que va privilegiada, quando o funcionário
91
o funcionário público retarde ato de público “dá o jeitinho” e não pratica O agente exige, para si ou para outrem,
.5
ofício, omita ato de ofício ou pratique o ato que deveria, o particular figura vantagem indevida, direta ou indireta,
51
ato de ofício como partícipe por ter praticado o ainda que fora da sua função pública,
.7
Quando a corrupção ativa é para obter induzimento ou antes de assumi-la, mas em razão
79
voto, o crime será o tipificado no art. dela
-0
229, do Código Eleitoral ZA
Se o agente se limitar a pedidos como
“dar um jeitinho” ou “quebrar o galho”,
U
SO
Descaminho e Contrabando
SI
A
Os crimes de descaminho e contrabando, previstos nos arts. 334 e 334-A, respectivamente, do Código Penal,
D
constituem práticas distintas, que devem ser observadas. Vamos simplificar estes crimes:
R
O
Descaminho: consiste em não pagar direito ou imposto devido pela entrada, saída ou consumo de mercadoria.
YG
No descaminho, a mercadoria não tem a comercialização proibida no território brasileiro, já no contrabando, sim.
L
No passado, os dois tipos penais estavam previstos no mesmo dispositivo. Contudo, houve alteração e, no
EL
z Descaminho
M
Art. 334 Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou
pelo consumo de mercadoria.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 1º Incorre na mesma pena quem:
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei;
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho;
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no
exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu clandes-
tinamente no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no território
nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem;
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mer-
cadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal ou acompanhada de documentos que
sabe serem falsos.
§ 2º Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou
218 clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências.
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§ 3º A pena aplica-se em dobro se o crime de des- Sobre o crime de contrabando, é importante que
caminho é praticado em transporte aéreo, marí- você leve o seguinte para a sua prova:
timo ou fluvial.
Trata-se de crime comum, que pode ser pratica-
Sobre o crime de descaminho, é importante que do por qualquer pessoa;
você leve em consideração o seguinte: Não admite a modalidade culposa;
Admite tentativa;
Trata-se de crime comum, que pode ser pratica- Não admite a aplicação do princípio da
do por qualquer pessoa; insignificância.
Trata-se de crime tributário formal, ou seja, não é
É importante mencionar que, no caso de produ-
necessária a prévia constituição definitiva do cré- tos específicos, a exemplo de armas de fogo ou subs-
dito tributário; tâncias entorpecentes, prevalecerá a aplicação da
Admite a forma tentada; no caso de exportação, legislação especial, aplicando-se, respectivamente, o
o crime é tentado se a mercadoria não chega a Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826, de 2003) e a
sair do país; Lei de Drogas (Lei nº 11.343, de 2006).
A fraude utilizada pelo agente para iludir o De acordo com a Súmula 151, do STJ:
pagamento de imposto pode se dar tanto em
relação à quantidade quanto em relação à qua- Súmula 151 (STJ) A competência para o processo
lidade do produto; e julgamento por crime de contrabando ou desca-
Não admite a modalidade culposa; minho define-se pela prevenção do Juízo Federal do
O crime consuma-se com a simples conduta de lugar da apreensão dos bens.
iludir o Estado quanto ao pagamento dos tribu-
tos devidos; Impedimento, Perturbação ou Fraude de
Admite a aplicação do princípio da insignifi- Concorrência
cância, nos casos em que o valor seja inferior O crime previsto no art. 335 foi revogado pelos art.
àquele considerado irrelevante para fins de 337-I e 337-K, do Código Penal.
execução fiscal;
Art. 335 Impedir, perturbar ou fraudar concorrência
4
-7
pública ou venda em hasta pública, promovida pela
91
Importante! administração federal, estadual ou municipal, ou por
.5
entidade paraestatal; afastar ou procurar afastar
Tanto para o STF quanto para o STJ, atualmente,
51
concorrente ou licitante, por meio de violência, grave
poderá ser aplicado o princípio da insignificância
.7
ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem:
79
ao crime de descaminho que não exceda o valor Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou mul-
-0
de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). ta, além da pena correspondente à violência.
Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se
ZA
abstém de concorrer ou licitar, em razão da vanta-
U
O pagamento integral da dívida tributária não gem oferecida.
SO
z Contrabando
Art. 336 Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou
SI
Art. 334-A Importar ou exportar mercadoria conspurcar edital afixado por ordem de funcionário
A
proibida:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos. por determinação legal ou por ordem de funcionário
R
I - pratica fato assimilado, em lei especial, a Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
contrabando;
H
II - importa ou exporta clandestinamente merca- Conduta típica: rasgar ou, de qualquer forma,
L
EL
doria que dependa de registro, análise ou auto- inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem de
funcionário público; violar ou inutilizar selo ou sinal
XW
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
4
Por isso, é dever que seja confiada a custódia a
-7
§ 2º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou
funcionário, em razão de ofício, não se verificando
91
aplicar somente a de multa se o agente for primário
este crime quando alguém subtrai ou inutiliza, total
.5
e de bons antecedentes, desde que:
ou parcialmente, um livro oficial, processo ou docu-
51
I - (vetado)
mento de quem não o guarda por conta da sua função.
.7
II - o valor das contribuições devidas, inclusive
79
É importante analisar que, na parte final do precei- acessórios, seja igual ou inferior àquele estabele-
to primário do dispositivo em estudo, há a expressão
-0
cido pela previdência social, administrativamente,
“ou de particular em serviço público”, pois existem, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas
ZA
em certas hipóteses excepcionais, particulares que execuções fiscais.
U
desempenham funções públicas (por exemplo, mesá- § 3º Se o empregador não é pessoa jurídica e sua
SO
rio nas eleições). Observe que se alguém subtrair ou folha de pagamento mensal não ultrapassa R$
inutilizar, total ou parcialmente, algum documento 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz
A
Subtrair: retirar o livro oficial, processo ou docu- será reajustado nas mesmas datas e nos mesmos
D
mento do local em que se encontra, dele se apoderan- índices do reajuste dos benefícios da previdência
R
O
do o agente. social.
YG
Consuma-se o crime em estudo no instante em que importâncias ou valores e preste as informações devi-
o livro oficial, processo ou documento é subtraído,
XW
4
-7
91
Inicialmente, é importante destacar quem é o funcionário público estrangeiro e quem se equipara a funcioná-
.5
rio público estrangeiro.
51
.7
z Funcionário público estrangeiro: quem, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo,
79
emprego ou função pública em entidades estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro;
-0
z Equipara-se a funcionário público estrangeiro: quem exerce cargo, emprego ou função em empresas controladas,
diretamente ou indiretamente, pelo Poder Público de país estrangeiro ou em organizações públicas internacionais.
ZA
U
O crime de corrupção ativa em transação comercial internacional, previsto no art. 337-B, do Código Penal, é
LV
bastante parecido com o tipo penal de corrupção ativa, crime praticado por particular contra a administração em
SI
Art. 337-B Prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a funcionário público estrangeiro,
R
ou a terceira pessoa, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à transação comer-
O
cial internacional:
YG
Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário público
L
Não se deve confundir este crime com o crime de corrupção ativa. Vejamos a tabela comparativa:
A
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
M
O crime de corrupção ativa em transação comercial internacional terá sua pena aumentada de 1/3 (um terço)
se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário público estrangeiro retarda ou omite o ato de ofício, ou o
pratica infringindo dever funcional.
Sobre este crime, é importante mencionar que:
Crime consumado é quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal
Consumação
Fim do iter criminis
Não influi na tipicidade, mas pode influenciar na dosimetria da pena, ser reconhecido
Exaurimento
como qualificadora ou configurar crime autônomo
Art. 337-C Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem ou promessa
de vantagem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções,
relacionado a transação comercial internacional:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada
a funcionário estrangeiro.
4
O crime de tráfico de influência em transação comercial internacional, previsto no art. 337-C, do Código Penal,
-7
é muito parecido com o crime de tráfico de influência, crime praticado por particular contra a administração em
91
geral, previsto no art. 332, do Código Penal.
.5
51
Vejamos a tabela comparativa:
.7
79
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA EM TRANSAÇÃO
-0
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA
COMERCIAL INTERNACIONAL
ZA
Verbos: solicitar, exigir, cobrar ou obter Verbos: solicitar, exigir, cobrar ou obter
U
SO
Pretexto: influir em ato praticado por funcionário público Pretexto: influir em ato praticado por funcionário público
estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado à no exercício da função
A
LV
O crime de tráfico de influência em transação comercial internacional terá sua pena aumentada da metade se
D
R
o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário público estrangeiro.
O
z É crime comum;
EL
z Nos verbos solicitar, exigir e cobrar, trata-se de crime formal, de consumação antecipada;
XW
z No verbo obter, trata-se de crime material, que se consuma com a obtenção do resultado;
A
Em 1º de abril de 2021, foi publicada a Lei nº 14.133, de 2021, Nova Lei de Licitações e Contratos Administra-
tivos. Além de inovar na disposição sobre licitações e contratos, a nova lei trouxe algumas alterações legislativas
em outros diplomas, dentre os quais o Código Penal.
A grande novidade é que agora os crimes licitatórios estão dentro do Código Penal, inseridos dentro do
título “Dos Crimes Contra a Administração Pública” (arts. 337-E ao 337-P).
Importante!
Com a entrada em vigência da Lei nº 14.133, de 2021, os crimes licitatórios passaram a ser crimes contra a
Administração Pública.
222
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Vale destacar que não houve grande mudança em Frustração do Caráter Competitivo de Licitação
relação aos crimes que eram previstos na lei de licita-
REDAÇÃO NA LEI Nº REDAÇÃO ATUAL NO
ções anterior (Lei nº 8.666, de 1993), sendo as condutas
8.666, DE 1993 CÓDIGO PENAL
praticamente as mesmas, com idêntica ou muito pare-
cida tipificação. Art. 90 Frustrar ou frau-
Frustração do caráter
Resumidamente, foram as seguintes alterações: dar, mediante ajuste,
competitivo de licitação
combinação ou qual-
z Os crimes licitatórios ganharam “nomes legais” Art. 337-F Frustrar ou
quer outro expediente, o
(contratação direta ilegal; frustração do caráter fraudar, com o intuito
caráter competitivo do
competitivo de licitação etc.); de obter para si ou para
procedimento licitatório,
z A punição ficou mais rigorosa, uma vez que a outrem vantagem de-
com o intuito de obter,
maioria dos crimes que eram punidos com deten- corrente da adjudicação
para si ou para outrem,
ção agora são punidos com reclusão; do objeto da licitação, o
vantagem decorrente da
z A punição ficou mais rigorosa, também, em rela- caráter competitivo do
adjudicação do objeto da
ção à quantidade de pena, e foi inserido um novo processo licitatório:
licitação:
tipo penal, o crime de omissão grave de dado ou Pena - reclusão, de 4
Pena – detenção, de 2
de informação por projetista, no art. 337-O, do (quatro) anos a 8 (oito)
(dois) a 4 (quatro) anos,
CP. anos, e multa
e multa
Veja, a seguir, de forma esquematizada, como fica-
ram os crimes licitatórios após a mudança e sua inclu- Novamente, o destaque é para o tratamento mais
são no CP. rigoroso.
O sujeito ativo é o concorrente que frusta o caráter
Contratação Direta Ilegal competitivo da licitação, com intuito de receber van-
tagem (especial fim de agir).
REDAÇÃO NA LEI Nº REDAÇÃO ATUAL NO Trata-se de crime formal, consumando-se com o
8.666, DE 1993 CÓDIGO PENAL ato capaz de frustrar ou fraudar o caráter competitivo
da licitação. Não é necessário que o agente venha a
Art. 89 Dispensar ou
obter vantagem na licitação.
inexigir licitação fora das
4
-7
hipóteses previstas em Frustração do Caráter Competitivo de Licitação
91
lei, ou deixar de observar
.5
as formalidades perti- REDAÇÃO NA LEI Nº REDAÇÃO ATUAL NO
51
nentes à dispensa ou à 8.666, DE 1993 CÓDIGO PENAL
.7
Contratação direta ilegal
inexigibilidade:
79
Art. 337-E Admitir, pos- Patrocínio de contratação
Pena – detenção, de 3
-0
sibilitar ou dar causa à indevida
(três) a 5 (cinco) anos, e Art. 91 Patrocinar, direta
contratação direta fora ZA Art. 337-G Patrocinar,
multa. ou indiretamente, interes-
das hipóteses previstas direta ou indiretamente,
Parágrafo único. Na se privado perante a Ad-
U
celebração de contrato
ilegalidade, beneficiou-se vier a ser decretada pelo
cuja invalidação vier a
A
Judiciário:
contrato com o Poder (seis) meses a 2 (dois)
O
Pena - reclusão, de 6
YG
anos, e multa
L
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A exclusão do parágrafo único, que dispunha sobre a instauração de licitação ou com a celebração do
o beneficiário, não exclui a possibilidade de que ele contrato.
seja punido, uma vez que o crime se aplica a qualquer
pessoa que incorra na conduta de admitir, possibilitar
ou dar causa à contratação direta fora das hipóteses
previstas em lei (o que inclui o beneficiário).
Observe, também, que todos os crimes passaram a
ter um nomen criminis (nome do crime).
Trata-se de crime formal, e consuma-se com a
mera dispensa ou inexigibilidade de licitação fora das
hipóteses legais. Para a prática deste crime, é necessá-
ria a comprovação do dolo específico do agente.
223
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Modificação ou Pagamento Irregular em Contrato Administrativo
4
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e qualquer ato de processo licitatório:
-7
91
multa Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa
.5
51
A nova redação é idêntica à da lei anterior; houve apenas a inclusão do nome do crime e o aumento na quan-
.7
tidade de pena (o legislador manteve o crime apenado com detenção).
79
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. Trata-se de crime comum.
-0
A conduta do agente deve ser apta a lesionar o bem jurídico, quais sejam: os atos que compõem o processo
ZA
licitatório.
U
SO
cedimento licitatório, ou proporcionar a terceiro o ensejo Art. 337-J Devassar o sigilo de proposta apresentada em
A
D
Este foi o único crime licitatório que não foi alterado, havendo apenas a inclusão do nomen criminis.
L
EL
Afastamento de Licitante
XW
A
224
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Fraude em Licitação ou Contrato
No crime de fraude em licitação ou contrato, o destaque é para a inclusão do inciso I e a punição mais grave.
O crime consuma-se com a ocorrência do prejuízo à Administração Pública.
Contratação Inidônea
4
-7
presa ou profissional declarado inidôneo: Art. 337-M Admitir à licitação empresa ou profissional de-
91
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e clarado inidôneo:
.5
multa. Pena - reclusão, de 1 (um) ano a 3 (três) anos, e multa.
51
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que, de- § 1º Celebrar contrato com empresa ou profissional de-
.7
clarado inidôneo, venha a licitar ou a contratar com a clarado inidôneo:
79
Administração Pena - reclusão, de 3 (três) anos a 6 (seis) anos, e multa.
-0
§ 2º Incide na mesma pena do caput deste artigo aquele
que, declarado inidôneo, venha a participar de licitação
ZA
e, na mesma pena do § 1º deste artigo, aquele que, de-
U
Pública
A
LV
O novo tipo apresenta o mesmo teor do tipo revogado, apenas disposto de forma diferente e com pena maior.
SI
A
Impedimento Indevido
D
R
ção de qualquer interessado nos registros cadastrais ou Art. 337-N Obstar, impedir ou dificultar injustamente a
L
promover indevidamente a alteração, suspensão ou can- inscrição de qualquer interessado nos registros cadas-
EL
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
M
Novamente, o novo tipo apresenta a mesma redação do tipo revogado, aumentando-se a pena.
225
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REDAÇÃO NA LEI Nº 8.666, DE 1993 REDAÇÃO ATUAL NO CÓDIGO PENAL
Sem correspondente na Lei anterior Omissão grave de dado ou de informação por projetista
Art. 337-O Omitir, modificar ou entregar à Administração
Pública levantamento cadastral ou condição de contorno
em relevante dissonância com a realidade, em frustração
ao caráter competitivo da licitação ou em detrimento da
seleção da proposta mais vantajosa para a Administração
Pública, em contratação para a elaboração de projeto bá-
sico, projeto executivo ou anteprojeto, em diálogo compe-
titivo ou em procedimento de manifestação de interesse:
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa.
§ 1º Consideram-se condição de contorno as informa-
ções e os levantamentos suficientes e necessários para a
definição da solução de projeto e dos respectivos preços
pelo licitante, incluídos sondagens, topografia, estudos de
demanda, condições ambientais e demais elementos am-
bientais impactantes, considerados requisitos mínimos
ou obrigatórios em normas técnicas que orientam a ela-
boração de projetos.
§ 2º Se o crime é praticado com o fim de obter benefício,
direto ou indireto, próprio ou de outrem, aplica-se em do-
bro a pena prevista no caput deste artigo
O art. 337-O, do CP, que dispõe sobre o crime de omissão grave de dado ou informação por projetista, é o único
que não encontra correspondente na Lei nº 8.666, de 1993.
O tipo pune com pena de reclusão 6 meses a 3 anos e multa o contratado pela Administração Pública com a
finalidade de elaborar anteprojeto, projeto básico ou projeto executivo de obras e serviços de engenharia, que
4
omita, modifique ou entregue algum dado ou informação errado.
-7
O dispositivo visa coibir que o contratado omita, modifique ou entregue informações relevantes para o processo
91
licitatório que não reflitam a realidade no que diz respeito ao levantamento cadastral ou à condição de contorno.
.5
Observe que a pena se aplica em dobro se o crime for praticado com o fim de obter benefício, direto ou indi-
51
reto, próprio ou de outrem.
.7
79
Da Pena de Multa Cominada aos Crimes em Licitações e Contratos Administrativos
-0
ZA
REDAÇÃO NA LEI Nº 8.666, DE 1993 REDAÇÃO ATUAL NO CÓDIGO PENAL
U
SO
Art. 99 A pena de multa cominada nos arts. 89 a 98 desta Art. 337-P A pena de multa cominada aos crimes pre-
Lei consiste no pagamento de quantia fixada na sentença vistos neste Capítulo seguirá a metodologia de cálculo
A
e calculada em índices percentuais, cuja base correspon- prevista neste Código e não poderá ser inferior a 2% (dois
LV
derá ao valor da vantagem efetivamente obtida ou poten- por cento) do valor do contrato licitado ou celebrado com
SI
Outra modificação trazida foi a exclusão do teto previsto para a multa cominada aos crimes licitatórios, que
antes era limitada a 5% do valor do contrato licitado ou celebrado com dispensa ou inexigibilidade de licitação.
A
M
Além disso, o art. 99, da Lei nº 8.666, de 1993, trazia forma especial de cálculo de multa, que era aplicada em
porcentagem sobre o valor da vantagem efetivamente obtida ou potencialmente auferível pelo agente. Agora,
segue-se a regra geral do CP, com a estipulação de dias-multa.
O único ponto mantido de acordo com a Lei anterior foi que o valor da pena não pode ser inferior a 2% do
valor do contrato licitado ou celebrado com contratação direta.
Importante!
A forma do cálculo da pena de multa dos crimes licitatórios seguia forma especial na Lei nº 8.666, de 1993;
agora, o cálculo segue a sistemática prevista no CP .
Os crimes contra a administração da justiça têm como finalidade proteger uma regular fruição da atividade
226 judicial brasileira, incluindo atividades de natureza policial.
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A atividade judicial é de fundamental importância administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de
para a sociedade, necessitando, assim, de proteção que o sabe inocente.
por parte do direito penal. Como é possível se extrair pela leitura da figura
típica, o crime pode ser praticado mesmo que o agen-
Reingresso de Estrangeiro Expulso te dê causa a outro procedimento, ainda que não seja
processo judicial, a exemplo de investigação policial
Art. 338 Reingressar no território nacional o ou administrativa. É importante compreender isso,
estrangeiro que dele foi expulso: pois muitas questões abordam esta situação.
Pena - reclusão, de um a quatro anos, sem prejuízo Sobre o crime de denunciação caluniosa, é impor-
de nova expulsão após o cumprimento da pena. tante ficar atento ao seguinte:
Este crime, previsto no art. 338, do Código Penal, z Só pode ser praticado dolosamente. Parte da dou-
irá se configurar quando o estrangeiro que foi expulso trina não admite o dolo eventual neste crime, já
do Brasil reingressar ao território nacional. que o tipo penal exige que o agente saiba que o
Nos termos do art. 54, da Lei de Migração (Lei nº fato é imputado contra pessoa inocente.
13.445, de 2017):
A denunciação caluniosa poderá se configurar
Art. 54 A expulsão consiste em medida adminis- quando o agente imputa crime que realmente acon-
trativa de retirada compulsória de migrante ou teceu contra pessoa que sabe ser inocente ou quando
visitante do território nacional, conjugada com o imputa a alguém a prática de crime que não existiu
impedimento de reingresso por prazo determinado. (neste caso, não há dúvidas sobre a inocência da pes-
soa, já que o fato sequer aconteceu);
4
-7
so, é importante ficar atento ao seguinte: narra ao delegado de polícia que o autor de deter-
91
minado crime foi a pessoa A, mas o delegado não
.5
z É crime de mão própria, praticado pelo estrangeiro inicia qualquer investigação porque o verdadeiro
51
expulso, não podendo a figura típica ser praticada autor do crime é B, que se apresenta e confessa ter
.7
por intermédio de terceira pessoa. O fato de o cri- cometido o delito antes mesmo de a autoridade ter
79
me ser de mão própria não exclui a possibilidade de iniciado qualquer investigação;
-0
concurso de pessoas na modalidade participação; z A pessoa contra quem se imputa o crime deve ser
z É necessário, para configuração do crime, que o determinada, sendo ela, assim como o Estado, o
ZA
estrangeiro tenha ciência de que foi expulso do sujeito passivo da prática delituosa;
U
território brasileiro (prévia e oficial expulsão do z Em regra, a denunciação caluniosa absorve o cri-
SO
z É crime material, que se consuma com o devido A pena será aumentada de 1/6 (sexta parte), caso
reingresso ao território nacional, após ter deixado o agente se sirva de anonimato ou de nome suposto.
SI
o país em razão da expulsão. Não é necessário que No caso de denunciação caluniosa privilegiada, a
A
o agente realize alguma conduta típica criminosa pena será diminuída de metade, caso a imputação seja
D
z Não se tipifica o crime quanto o estrangeiro, após ção caluniosa e o crime de calúnia:
decretada sua expulsão, permanece indevidamen-
H
te no país. DENUNCIAÇÃO
L
CALÚNIA
EL
CALUNIOSA
Denunciação Caluniosa
XW
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
do Código Penal:
incondicionada; discute-
Art. 339 Dar causa à instauração de investigação -se na doutrina e jurispru-
policial, de processo judicial, instauração de inves- dência se o processo por
tigação administrativa, inquérito civil ou ação de É crime contra a honra
denunciação caluniosa
improbidade administrativa contra alguém, impu- A ação penal é privada
pode ser iniciado antes do
tando-lhe crime de que o sabe inocente: Punida pelo fato de o
desfecho do procedimen-
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. agente ofender a honra
to ou ação originários
§ 1º A pena é aumentada de sexta parte, se o agente objetiva da vítima
Punida pelo fato de o
se serve de anonimato ou de nome suposto. É admitida a imputação
agente movimentar falsa-
§ 2º A pena é diminuída de metade, se a imputação falsa apenas de crime
mente o aparato estatal,
é de prática de contravenção. tentando prejudicar a víti-
Tem como figura típica a seguinte conduta: dar cau- ma perante o Estado
sa direta ou indireta à instauração de investigação poli- É admitida a imputação
cial, de processo judicial, instauração de investigação falsa de crime ou contra-
administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade venção penal
227
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Comunicação Falsa de Crime ou Contravenção Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou
multa.
Art. 340 Provocar a ação de autoridade, comuni-
cando-lhe a ocorrência de crime ou de contraven- É possível a configuração deste tipo penal quando
ção que sabe não se ter verificado: o agente se acusar de:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
z Crime não existente (a conduta criminosa sequer
foi praticada, sequer existiu);
Importante! z Crime existente, mas praticado por outra pessoa
Ao contrário do que ocorre no crime de denun- (a conduta criminosa foi realmente realizada, mas
ciação caluniosa, no crime de falsa comunica- foi outro indivíduo que a praticou).
ção de crime ou contravenção, o agente não
individualiza o autor do fato que não existiu, mas Sobre a autoacusação falsa, é importante levar em
consideração:
apenas comunica à autoridade crime ou contra-
venção penal que sabe não ter ocorrido.
� Só pode ser praticado dolosamente;
z Admite a modalidade tentada na forma escrita,
Sobre este crime, é importante mencionar que: quando a confissão falsa remetida se extravia;
z Não se exige que seja praticado apenas perante
z Não admite a forma culposa. Assim, se o agente a autoridade policial, mas pode ser na presença
de qualquer autoridade competente (delegado de
comunica à autoridade, sem intenção, crime ou
polícia, membro do Ministério Público, autoridade
contravenção penal, provocando a ação desta, este
judicial etc.);
tipo penal não estará configurado;
z Não se exige a prática de qualquer ato por parte da
z É crime comum;
autoridade para a consumação do crime, bastando
z Admite tentativa;
a autoacusação falsa;
z Se o fato imputado for infração administrativa ou z O direito da autodefesa não permite que se impute
civil, não irá se configurar o crime; falsamente crime a si mesmo.
z A maioria da doutrina, não se configura o crime
4
-7
quando o agente se limita a comunicar ilícito penal Falso Testemunho ou Falsa Perícia
91
diverso do que realmente ocorreu, desde que o
.5
fato comunicado e o que realmente ocorreu sejam
O crime de falso testemunho ou falsa perícia está
51
crimes da mesma natureza;
previsto no art. 342, do Código Penal.
.7
z Se o agente faz a comunicação falsa para tentar
79
ocultar outro crime por ele praticado, responde
Art. 342 Fazer afirmação falsa, ou negar ou
-0
também pela comunicação falsa de crime. calar a verdade como testemunha, perito, con-
ZA
tador, tradutor ou intérprete em processo judi-
COMUNICAÇÃO FAL-
U
multa.
LV
como autora da infração autora da infração penal Trata-se de crime plurinuclear, que poderá ser
A
depoimento.
finalidade de apurar os procedimento investiga- Sobre o crime de falso testemunha ou falsa perícia,
H
4
-7
Art. 342 [...] Coação no Curso do Processo
91
§ 2º O fato deixa de ser punível se, antes da sen-
.5
tença no processo em que ocorreu o ilícito, o Art. 344 Usar de violência ou grave ameaça, com o
51
agente se retrata ou declara a verdade. fim de favorecer interesse próprio ou alheio, con-
.7
tra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que
79
Se o agente se retratar ou falar a verdade, poderá funciona ou é chamada a intervir em processo judi-
-0
ter extinta a punibilidade do crime, desde que isso: cial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, além
ZA
z Seja realizado antes da sentença (ainda prevalece o da pena correspondente à violência.
U
z Seja realizado no processo em que ocorreu o ilícito O crime de coação no curso do processo é aquele
A
(no processo em que se deu o falso e não no proces- em que, para beneficiar a si ou a terceiro, o agente
LV
incriminador com a finalidade de não se autoincriminar. z Suponha que André tenha praticado um crime de
O
Lembre-se de que ninguém será prejudicado por roubo a um supermercado, estando ele sendo proces-
YG
não produzir provas contra si mesmo. sado por isso. Thais, funcionária do supermercado,
Quando a testemunha mente por estar sendo
H
responde pelo crime de falso testemunho. André, com a finalidade de favorecer seus próprios
XW
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Art. 343 Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou André praticou o crime de coação no curso do pro-
qualquer outra vantagem a testemunha, perito, cesso, já que empregou grave ameaça contra pessoa
contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirma- chamada a intervir em processo judicial;
ção falsa, negar ou calar a verdade em depoimento,
z Aproveitando a mesma hipótese anterior, porém,
perícia, cálculos, tradução ou interpretação:
agora André, sabendo sobre o que Thais disse na
Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa.
inquirição, vai à casa dela e, utilizando-se de uma
O art. 343, do Código Penal, apresenta um outro tipo arma de fogo para ameaçá-la, diz que irá matá-la
penal, chamado por parte da doutrina de corrupção ativa por não dizer que foi outra pessoa que praticou o
de testemunha contador, perito, intérprete ou tradutor. crime, por tê-lo incriminado. André, nesta hipótese,
praticou o crime de ameaça, uma vez que empregou
z Verbos: dar, oferecer ou prometer; grave ameaça contra a pessoa após o depoimento,
z Destinatário: testemunha, perito, contador, tra- exaurindo-se a participação daquela na ação.
dutor ou intérprete;
z Finalidade: fazer com que as pessoas façam afirma- Caso o agente se utilize de violência para praticar o
ção falsa, neguem ou calem a verdade em depoimen- crime de coação no curso do processo, responderá por
to, perícia, cálculos, tradução ou interpretação. este, além da pena correspondente à violência. 229
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Sobre a coação no curso do processo, fique atento z Só pode ser praticado dolosamente;
às seguintes informações: z É crime de ação múltipla, que irá se configurar com
a prática de quaisquer um dos verbos previstos no
z Pode ser praticado contra as autoridades respon- tipo penal: tirar, suprimir, destruir ou danificar;
sáveis pela condução do processo, como juízes, z Trata-se de crime próprio. Exige-se que a coisa seja
promotores, delegados de polícia, entre outros; própria do agente que praticou a conduta delituosa.
z Só pode ser praticado dolosamente; Pode haver coautoria ou participação de terceiros;
z Exige-se o dolo específico por parte do agente de z O objeto deve estar em poder de terceiro por deter-
favorecer interesse próprio ou alheio; minação judicial ou convenção. Se for por outro
z É crime formal, que se consuma com o uso de vio- motivo, não se configurará este crime;
lência ou grave ameaça, independentemente de o z Admite tentativa.
coagido ceder;
z Admite a forma tentada na hipótese de o crime ser Para consumação deste crime, existem duas correntes:
praticado por escrito e haver extravio.
z O crime é formal e consuma-se quando o agente
emprega o meio executório;
Exercício Arbitrário das Próprias Razões
z O crime é material e só se consuma com a satisfa-
ção da pretensão visada.
Art. 345 Fazer justiça pelas próprias mãos, para
satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quan- Fraude Processual
do a lei o permite:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, Art. 347 Inovar artificiosamente, na pendência de
além da pena correspondente à violência. processo civil ou administrativo, o estado de lugar,
Parágrafo único. Se não há emprego de violência, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o
somente se procede mediante queixa. juiz ou o perito:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
Observe a parte final da figura típica: salvo quan- Parágrafo único. Se a inovação se destina a produ-
do a lei o permite. zir efeito em processo penal, ainda que não inicia-
Pode-se concluir que, quando houver permissão do, as penas aplicam-se em dobro.
legal, o agente que fizer justiça com as próprias mãos
4
Com previsão legal no art. 347, do Código Penal, o cri-
-7
não será responsabilizado criminalmente. Assim, caso
me de fraude processual se configura quando o agente
91
o agente mate alguém em legítima defesa, não será ele
inovar artificiosamente, na pendência de processo civil
.5
responsabilizado criminalmente.
51
Observe o exemplo a seguir: Tício é proprietário de ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pes-
soa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito.
.7
uma casa que se encontra alugada para Mévio. O inquili-
79
no está devendo 6 (seis) meses de aluguel. Tício, indignado Aplica-se a pena em dobro se a inovação se destina
a produzir efeito em processo penal, ainda que não
-0
com a situação, vai até o local, troca todas as fechaduras e
coloca os objetos pessoais de Mévio do lado de fora. Neste indiciado o agente. ZA
caso, Tício praticou o crime de exercício arbitrário das pró- Exemplo: Carlos praticou o crime de homicídio, ao
U
prias razões, já que fez justiça com as próprias mãos, para matar Cláudio, que lhe devia uma quantia em dinhei-
SO
satisfazer pretensão legítima (ele tinha o direito de receber ro. Com a finalidade de simular uma hipótese de legíti-
ma defesa, para induzir o perito a erro, Carlos coloca,
A
ao seguinte:
quer pessoa;
H
z Caso o agente pratique o crime com emprego de z É crime formal, que se consuma com a prática da
M
violência, responderá também por ela. conduta prevista no tipo penal, ainda que não seja
efetivamente induzido a erro o juiz ou o perito;
Subtração ou Dano de Coisa Própria Legalmente em z Admite a modalidade tentada.
Poder de Terceiro
Importante!
Art. 346 Tirar, suprimir, destruir ou danificar coi-
sa própria, que se acha em poder de terceiro por A respeito do direito à não autoincriminação, veja-
determinação judicial ou convenção: mos o entendimento do STJ: “O direito à não
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. autoincriminação não abrange a possibilidade de
os acusados alterarem a cena do crime, inovando o
No art. 346, do Código Penal, há uma outra figu- estado de lugar, de coisa ou de pessoa, para, crian-
ra típica, bastante parecida com o crime de exercício do artificiosamente outra realidade, levar peritos ou
arbitrário das próprias razões.
o próprio Juiz a erro de avaliação relevante”.24
Sobre este tipo penal, é importante salientar:
230 24 (STJ: HC 137.206/SP, rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, 5ª Turma, j. 01.12.2009).
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Favorecimento Pessoal z Caso não ocorra êxito na subtração, haverá a
modalidade tentada;
Art. 348 Auxiliar a subtrair-se à ação de autorida- z É crime acessório, que exige a ocorrência de delito
de pública autor de crime a que é cominada pena anterior;
de reclusão: z A infração penal cometida pelo agente deve cons-
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
tituir um crime. Se a infração for tipificada como
§ 1º Se ao crime não é cominada pena de reclusão:
contravenção penal, o favorecimento será atípico;
Pena - detenção, de quinze dias a três meses, e multa.
§ 2º Se quem presta o auxílio é ascendente, des- z Não pratica o crime o agente que auxiliar a sub-
cendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica trair-se à ação de autoridade pública autor de con-
isento de pena. travenção penal.
Este tipo penal pode gerar algumas dúvidas. Para Ao favorecimento real não se aplica a escusa penal
4
-7
esclarecê-las, vamos analisar alguns exemplos: absolutória mesmo que a conduta seja praticada pelo
91
Exemplo 1: Júnior pratica o crime de roubo. O ascendente, descendente, cônjuge ou irmão.
.5
delegado de polícia da região está a sua procura. O Sobre o favorecimento real, é importante mencio-
51
autor do crime pede para se esconder do delegado na nar que:
.7
casa de Danilo, seu amigo. Danilo, em sua casa, escon-
79
de Júnior. Júnior responderá pelo crime de roubo; z Não admite a culpa;
-0
Danilo, pelo crime de favorecimento pessoal, já que z Admite tentativa;
auxiliou a se subtrair da ação de autoridade pública z O auxílio não pode ter sido combinado previamen-
ZA
autor de crime a que se comina pena de reclusão. te pelos agentes; caso os agentes combinem antes,
U
Exemplo 2: Francisco, Jefferson e César combinam o crime não será de favorecimento real, e sim
SO
z É crime comum.
LV
Todos os agentes responderão apenas pelo crime de Autorizado de Aparelho Telefônico ou Similar em
D
prévio entre os agentes, ou seja, ligação ou vínculo psi- parte da doutrina de favorecimento real impróprio.
L
EL
se comina uma pena mais branda se ao crime praticado liar ou facilitar a entrada de aparelho telefônico de
A
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
não é cominada pena de reclusão (detenção, por exemplo). comunicação móvel, de rádio ou similar, sem auto-
M
Haverá isenção de pena (escusa penal absolutória) rização legal, em estabelecimento prisional.
caso a conduta que configura o favorecimento pessoal Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
seja praticada por:
Trata-se de crime plurinuclear, que poderá ser
z Ascendente; praticado mediante a execução de quaisquer um dos
z Descendente; verbos descritos no tipo penal incriminador.
z Cônjuge; Sobre este crime, é importante levar para a sua
z Irmão. prova:
Fuga de Pessoa Presa ou Submetida à Medida de Evasão Mediante Violência Contra Pessoa
Segurança
Art. 352 Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou
Art. 351 Promover ou facilitar a fuga de pessoa o indivíduo submetido a medida de segurança
legalmente presa ou submetida a medida de segu- detentiva, usando de violência contra a pessoa:
rança detentiva: Pena - detenção, de três meses a um ano, além da
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. pena correspondente à violência.
Previsto no art. 351, do CP, este crime tem a seguinte Sobre este crime, é muito importante que você
figura típica: Promover ou facilitar a fuga de pessoa legal- leve em consideração:
mente presa ou submetida a medida de segurança detentiva. z Trata-se de crime próprio, que só poderá ser prati-
Como se pode observar pela leitura da figura típica, cado por pessoa presa ou submetida a medida de
este tipo penal poderá ser praticado de 2 (duas) formas: segurança detentiva;
z Só pode ser praticado dolosamente;
z Com a promoção da fuga; z É crime de atentado ou de empreendimento, pois
z Com a facilitação da fuga. prevê expressamente em sua descrição típica a
conduta de tentar o resultado, por isso, não admi-
4
-7
z Forma qualificada: te a tentativa;
91
z Exige-se o emprego de violência contra pessoa.
.5
Art. 351 [...]
51
§ 1º Se o crime é praticado a mão armada, ou por Caso não haja emprego de violência ou se esta seja
.7
mais de uma pessoa, ou mediante arrombamento, a empregada contra coisa, não irá se configurar este crime.
79
pena é de reclusão, de dois a seis anos. Exemplo 1: Michele, presa em uma penitenciária
-0
§ 2º Se há emprego de violência contra pessoa, apli- feminina, para fugir, emprega violência contra uma
ca-se também a pena correspondente à violência. agente prisional, conseguindo, assim, evadir-se.
ZA
§ 3º A pena é de reclusão, de um a quatro anos, se o Exemplo 2: Michele, presa em uma penitenciária
U
crime é praticado por pessoa sob cuja custódia ou feminina, aproveitando de um momento de descuido
SO
guarda está o preso ou o internado. dos agentes prisionais, quebra uma janela com um
soco e foge do estabelecimento prisional.
A
crime próprio. Obs: Se a prisão for ilegal, não dos, foge, pulando o muro do estabelecimento prisional.
A
haverá a incidência deste crime, uma vez que Apenas no exemplo 1 haverá a configuração do
D
estará presente a legítima defesa de terceiro; crime de evasão mediante violência contra pessoa, já
R
O
Se o crime é praticado à mão armada, ou por que no exemplo 2 a violência foi empregada contra
YG
mais de uma pessoa, ou mediante arromba- coisa e no exemplo 3 não houve emprego de violência.
mento, a pena é de reclusão, de dois a seis anos;
H
4
-7
prisional. versação, é importante saber que:
91
Disciplina consiste no respeito e obediência às
.5
regras previamente estabelecidas. É crime doloso;
51
Sobre este crime, fique atento ao seguinte: Não admite a modalidade culposa;
.7
A traição do advogado ou procurador deve pro-
79
z É crime plurissubjetivo ou de concurso necessário, duzir prejuízo relevante de qualquer natureza,
-0
já que será praticado por “presos”; material ou moral, desde que lícito;
z É crime próprio, que só poderá ser praticado por Admite tentativa; ZA
pessoas presas; A ação penal é pública incondicionada.
U
z O Código Penal não faz referência ao número de Sonegação de Papel ou Objeto de Valor Probatório
A
penal, mas deixa claro se tratar de um crime coletivo; Art. 356 Inutilizar, total ou parcialmente, ou
SI
z Não é relevante, para fins de caracterização deste cri- deixar de restituir autos, documento ou objeto
A
me, se o interesse dos presos é legítimo ou ilegítimo; de valor probatório, que recebeu na qualidade de
D
ponderão os agentes, também, por ela; Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
O
cia da violência empregada para o motim, respon- Previsto no art. 356, do CP, este crime se configu-
H
derão também pelo crime do art. 352, do CP; ra quando o agente inutilizar, total ou parcialmente,
L
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
M
4
-7
Ministério Público, Em ato praticado por ordem legal emitida por qualquer funcionário público.
91
funcionário de justiça, funcionário público no Neste crime, o agente vai além, exercendo função,
.5
perito, tradutor, intérprete exercício da função atividade, direito, autoridade ou múnus de que estava
51
ou testemunha suspenso ou privado por decisão judicial.
.7
Tutela-se a administração da justiça.
79
Quanto ao sujeito ativo, verifica-se que se trata de
-0
A pena do crime de exploração de prestígio será aumen-
tada de 1/3 (um terço) se o agente alega ou insinua que o crime próprio ou especial, pois somente pode ser prati-
ZA
dinheiro ou utilidade também se destina ao juiz, ao jurado, cado pela pessoa que, por decisão judicial, foi suspensa
ou privada relativamente ao exercício de determinada
U
ao órgão do ministério público, ao funcionário de justiça,
SO
z É crime comum, que poderá ser praticado por agente foi suspenso ou privado por decisão judicial,
A
qualquer pessoa; ainda que desta conduta não seja produzido nenhum
D
z No verbo solicitar, é crime formal; Basta a prática de um único ato capaz de afrontar a
YG
tação judicial; afastar ou procurar afastar con- z Exige-se que a suspensão ou privação se dê por
M
corrente ou licitante, por meio de violência, grave decisão judicial. Caso se trate de decisão adminis-
ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem: trativa, não se configurará este tipo penal.
Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa,
além da pena correspondente à violência. CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLICAS
Arrematação judicial, também conhecida como leilão Os crimes contra as finanças públicas foram acres-
ou praça, é o ato de transferência dos bens penhorados do cidos ao Código Penal, em capítulo próprio dos crimes
devedor, em que um funcionário da justiça apregoa e um contra a Administração Pública, no ano 2000.
interessado os adquire, em hasta pública, pelo maior lance. Estão previstos do art. 359-A ao art. 359-H.
Trata-se de atividade inerente ao Poder Judiciário,
consistente em verdadeira expropriação destinada à Dica
satisfação de crédito não cumprido voluntariamente.
Sobre este crime, é importante ficar atento ao seguinte: Os crimes contra as finanças públicas são pró-
prios, praticados por funcionário público (crimes
z É crime comum, que pode ser praticado por qual- funcionais), exigindo-se que este funcionário
234 quer pessoa; possa dispor sobre as finanças públicas.
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Parte considerável da doutrina entende ser possí- z Ordenar ou autorizar a inscrição em restos a pagar
vel que o particular seja sujeito ativo dos crimes con- de despesa que exceda limite estabelecido em lei.
tra as finanças públicas, desde que, por força de lei,
tenha disponibilidade sobre elas. Entretanto, tal pos- Faz-se necessário compreender o que significa
sibilidade é caso extremamente excepcional. empenho, liquidação e ordem de pagamento:
Todos os crimes contra as finanças públicas são pro-
cessados mediante ação penal pública incondicionada. z Empenho: ato emanado de autoridade competen-
te que cria para o Estado obrigação de pagamento
Contratação de Operação de Crédito pendente ou não de implemento de condição;
z Liquidação: consiste na verificação do direito
Este crime se encontra previsto no art. 359-A, do CP: adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios do respectivo crédito;
Art. 359-A Ordenar, autorizar ou realizar operação z Ordem de pagamento: despacho exarado por
de crédito, interno ou externo, sem prévia autoriza- autoridade competente, determinando que a des-
ção legislativa:
pesa seja paga.
Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos.
Parágrafo único. Incide na mesma pena quem orde-
na, autoriza ou realiza operação de crédito, interno Sobre os restos a pagar, trata-se das despesas empe-
ou externo: nhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro. Dessa
I - com inobservância de limite, condição ou mon- forma, o tipo penal pune o administrador que:
tante estabelecido em lei ou em resolução do Sena-
do Federal; z Inscreve em restos a pagar despesas que não foram
II - quando o montante da dívida consolidada ultra- previamente empenhadas;
passa o limite máximo autorizado por lei. z Inscreve em restos a pagar despesas previamente
empenhadas, mas com excesso aos limites legais.
Conduta típica: ordenar, autorizar ou realizar ope-
ração de crédito, interno ou externo, sem prévia auto- Quanto ao sujeito ativo, somente pode ser pra-
rização legislativa. ticado pelo agente público dotado da atribuição de
Trata-se de crime de ação múltipla, que poderá ser ordenar ou autorizar a inscrição da despesa. Se o fun-
4
praticado mediante a execução de qualquer um dos
-7
cionário público praticar o ato sem atribuição legal
91
verbos previstos no tipo penal. Responde por este cri- para tanto, este será passível de anulação pelo próprio
me aquele que praticar a conduta típica.
.5
Poder Público, tornando atípica a conduta.
51
Há formas equiparadas do crime de contratação O sujeito passivo é a União, os estados, os municí-
de operação de crédito, incorrendo nas mesmas penas
.7
pios ou o Distrito Federal, dependendo do ente federa-
79
aquele que ordena, autoriza ou realiza, operação de
tivo afetado pela conduta criminosa, e, mediatamente,
crédito, interno ou externo:
-0
a coletividade, em face do prejuízo causado pelo abalo
nas finanças públicas.
ZA
z Com inobservância de limite, condição ou montante
Consuma-se no momento da prática da conduta legal-
U
estabelecido em lei ou em resolução do Senado Federal;
SO
z Quando o montante da dívida consolidada ultra- mente descrita (ordenar ou autorizar a inscrição em res-
passa o limite máximo autorizado por lei. tos a pagar), independentemente da lesão ao erário.
A
z Nos verbos ordenar e autorizar, o crime é formal; Art. 359-C Ordenar ou autorizar a assunção de
L
EL
z No verbo realizar, o crime é material. obrigação, nos dois últimos quadrimestres do últi-
mo ano do mandato ou legislatura, cuja despesa
XW
Inscrição de Despesas Não Empenhadas em Restos não possa ser paga no mesmo exercício financei-
A
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
4
superior ao da garantia a ser concedida, visando ao
-7
z Este crime só se configura se as condutas típicas
91
forem praticadas nos dois últimos quadrimestres equilíbrio das finanças públicas.
.5
(oito meses anteriores ao término do mandato) do Sobre este crime, fique atento:
51
último ano do mandato ou legislatura;
.7
z É crime de ação múltipla; z Este crime não admite a modalidade culposa;
79
z Admite a modalidade tentada, apesar de ser de difícil z Não basta que seja constituída a contragarantia,
-0
comprovação, segundo posicionamento doutrinário exige-se que ela seja igual ou superior ao valor da
majoritário. garantia prestada; ZA
z Caso a contragarantia seja inferior ou não seja
U
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. inscrito em valor superior ao permitido em lei:
R
se realize a despesa pública, a qual compreende os Deixar de ordenar é não determinar a terceiro que
H
desembolsos efetuados pelo Estado para fazer frente algo seja feito.
L
às suas diversas responsabilidades junto à sociedade. Deixar de autorizar é não permitir que terceira
EL
especial, pois somente pode ser cometido pelo funcio- Deixar de promover equivale a não realizar direta-
nário público com atribuição para ordenar despesas,
A
conhecido como “ordenador de despesas”. O administrador público que se depara com restos
O tipo penal não alcança o “realizador de despesas”, a pagar inscritos em valor superior ao limite permiti-
compreendido como a pessoa que se limita a cumprir do em lei tem o dever legal de autorizar, ordenar ou
ou executar a ordem expedida pelo ordenador. promover o seu cancelamento, sob pena de incorrer
O sujeito passivo é a União, os estados, os municípios no crime de não cancelamento de restos a pagar.
ou o Distrito Federal, dependendo do ente federativo pre- O sujeito ativo é o funcionário público com atribui-
judicado pela conduta criminosa, e, secundariamente, a ção para ordenar, autorizar ou promover o cancela-
coletividade, em decorrência dos prejuízos causados pela mento do montante de restos a pagar indevidamente
ordenação de despesas públicas não autorizadas em lei. inscritos. Trata-se de crime próprio ou especial. Com
Consuma-se o crime quando o funcionário público isso, o funcionário público que deixa o cargo será res-
ordena a realização da despesa sem autorização legal, ponsabilizado pela “inscrição de despesas não empe-
independentemente da comprovação de efetiva lesão nhadas em restos a pagar” (art. 359-B), ao passo que
ao erário. o funcionário público que assume o cargo deverá ser
Sobre este tipo penal, é importante mencionar que: responsabilizado por não ter determinado o “cance-
lamento do montante de restos a pagar” (art. 359-F),
236 z Não admite a forma culposa; inscrito em valor superior ao legalmente permitido.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Os dois agentes contribuem para o mesmo resul- aumento de despesa total com pessoal no último ano
tado, mas a eles serão imputados crimes diversos, em do mandato ou legislatura.
face do especial tratamento conferido pela lei penal. Consuma-se quando o agente público ordena, auto-
O sujeito passivo é a União, os estados, os municí- riza ou executa o ato de aumento de despesa com pes-
pios ou o Distrito Federal, dependendo do ente federa- soal, nos últimos 180 dias de mandato ou legislatura,
tivo afetado pela conduta criminosa, e, mediatamente, independentemente da comprovação de prejuízo eco-
a coletividade, em razão dos prejuízos causados pelo nômico ao erário.
não cancelamento de restos a pagar. Sobre este crime, leve em consideração o seguinte:
O crime consuma-se quando o sujeito ativo deixa
z Só pode ser praticado dolosamente;
de ordenar, de autorizar ou de promover o cancela-
z É crime de ação múltipla;
mento do montante de restos a pagar inscrito inde-
z Para sua configuração, deve ser praticado nos 180 dias
vidamente, independentemente de comprovação de que antecedem o fim do mandato ou legislatura. Caso
lesão patrimonial ao erário. realizado em outro período, não irá se configurar;
A omissão que não ultrapassa os limites de restos a z Admite tentativa.
pagar não configura este crime.
Sobre este crime, fique atento ao seguinte: Oferta Pública ou Colocação de Títulos no Mercado
z Só pode ser praticado dolosamente; Este crime se encontra previsto no art. 359-H, do CP:
z É crime omissivo;
Art. 359-H Ordenar, autorizar ou promover a ofer-
z Não admite tentativa.
ta pública ou a colocação no mercado financeiro
de títulos da dívida pública sem que tenham sido
Aumento de Despesa Total com Pessoal no Último criados por lei ou sem que estejam registrados em
Ano do Mandato ou Legislatura sistema centralizado de liquidação e de custódia:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Art. 359-G Ordenar, autorizar ou executar ato que
acarrete aumento de despesa total com pessoal, Ordenar é determinar.
nos cento e oitenta dias anteriores ao final do man- Autorizar equivale a permitir que algo seja feito.
dato ou da legislatura: Promover traz a ideia de realizar, concretizar a
4
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
-7
oferta pública ou colocação de títulos no mercado.
91
O objeto material do crime são os títulos da dívida
Ordenar é determinar alguma coisa.
.5
pública. Nos termos do inciso II, art. 29, da Lei Com-
51
Autorizar significa permitir que algo seja feito. plementar nº 101, de 2000, Lei de Responsabilidade
Executar traz a ideia de realizar ou concretizar algo.
.7
Fiscal, considera-se dívida pública mobiliária aquela
79
Este crime tem como finalidade evitar que se “representada por títulos emitidos pela União, inclusive
-0
aumente as despesas totais com pessoal, concedendo os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios”.
aumentos, contratando, fazendo alterações na carrei- O sujeito ativo somente pode ser praticado pelo fun-
ZA
ra, entre outras formas, nos últimos dias do mandato cionário público dotado da atribuição para ordenar,
U
ou legislatura, deixando para outro funcionário públi- autorizar ou promover oferta pública ou colocação no
SO
CP, é que o crime em estudo não se relaciona com a cípios ou o Distrito Federal, dependendo do ente
infração penal tipificada no art. 359-C, do CP, porque
SI
to ou legislatura levam-se em conta despesas que não compra de títulos irregularmente emitidos.
R
podem ser pagas no mesmo exercício, ficando a obri- Consuma-se o crime em estudo no momento em que
O
gação de pagamento ao sucessor, sem ter disponibili- o agente público ordena, autoriza ou promove a oferta
YG
No art. 359-G, do CP, o aumento de despesa com pes- da dívida pública sem que tenham sido criados por lei
L
soal é permanente, ou seja, ultrapassará o exercício ou sem que estejam registrados em sistema centralizado
EL
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Observe que em relação ao crime de atentado à soberania ocorreu a chamada continuidade normativo-típica,
ou seja, o delito apenas “mudou de endereço”, deixando de estar previsto na revogada Lei de Segurança Nacional
(LSN) para estar disposto no caput, do art. 359-I, do CP (não houve, portanto, abolitio criminis).
O crime previsto no caput do art. 359-I é crime comum (pode ser praticado por qualquer pesssoa) e formal
(consuma-se com a negociação).
O § 1º, art. 359-I, apresenta causa de aumento de pena na hipótese de ser declarada guerra em função das
condutas de negociação previstas no caput.
Já o § 2º, art. 359-I, por sua vez, dispõe sobre crime mais grave, que se configura com a participação do agente
em operação bélica a fim de submeter o território nacional, ou parte dele, ao domínio ou à soberania de outro país.
4
LEI DE SEGURANÇA NACIONAL REDAÇÃO ATUAL DO CP
-7
91
Art. 11 Tentar desmembrar parte do território nacional Atentado à integridade nacional
.5
para constituir país independente Art. 359-J Praticar violência ou grave ameaça com a fi-
51
Pena: reclusão, de 4 a 12 anos nalidade de desmembrar parte do território nacional para
.7
constituir país independente
79
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, além da pena
-0
correspondente à violênciaZA
U
Veja que o crime se consuma com a efetiva prática de violência ou grave ameaça e requer que o agente aja com
SO
Espionagem
SI
A
a entrega, a governo ou grupo estrangeiro, ou a organiza- Art. 359-K Entregar a governo estrangeiro, a seus agentes,
YG
ção ou grupo de existência ilegal, de dados, documentos ou a organização criminosa estrangeira, em desacordo
H
ou cópias de documentos, planos, códigos, cifras ou as- com determinação legal ou regulamentar, documento ou
L
suntos que, no interesse do Estado brasileiro, são classifi- informação classificados como secretos ou ultrassecre-
EL
cados como sigilosos tos nos termos da lei, cuja revelação possa colocar em
XW
I - com o objetivo de realizar os atos previstos neste arti- Pena - reclusão, de 3 (três) a 12 (doze) anos
go, mantém serviço de espionagem ou dele participa § 1º Incorre na mesma pena quem presta auxílio a espião,
II - com o mesmo objetivo, realiza atividade aerofotográ- conhecendo essa circunstância, para subtraí-lo à ação da
fica ou de sensoreamento remoto, em qualquer parte do autoridade pública
território nacional § 2º Se o documento, dado ou informação é transmitido
III - oculta ou presta auxílio a espião, sabendo-o tal, para ou revelado com violação do dever de sigilo:
subtraí-lo à ação da autoridade pública Pena - reclusão, de 6 (seis) a 15 (quinze) anos
IV - obtém ou revela, para fim de espionagem, desenhos, § 3º Facilitar a prática de qualquer dos crimes previstos
projetos, fotografias, notícias ou informações a respeito neste artigo mediante atribuição, fornecimento ou em-
de técnicas, de tecnologias, de componentes, de equipa- préstimo de senha, ou de qualquer outra forma de acesso
mentos, de instalações ou de sistemas de processamento de pessoas não autorizadas a sistemas de informações:
automatizado de dados, em uso ou em desenvolvimento Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos
no País, que, reputados essenciais para a sua defesa, se- § 4º Não constitui crime a comunicação, a entrega ou
gurança ou economia, devem permanecer em segredo a publicação de informações ou de documentos com o
fim de expor a prática de crime ou a violação de direitos
238 humanos
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Trata-se de crime comum (crime do caput e do § 1º) e doloso.
O art 359-K, do CP, apresenta modalidade especial do crime de favorecimento pessoal, previsto no art. 348, do
CP, que se configura com auxílio ao espião.
O § 2º configura hipótese de crime próprio, isto é, só pode ser cometido por quem tem o dever de sigilo.
O § 3º apresenta um tipo penal autônomo que pune a facilitação à prática do crime do art. 359-K.
O § 4º apresenta causa de exclusão da tipicidade, não constituindo crime a conduta praticada nos termos que
constam no dispositivo.
Dica
O conceito de documentos secretos e ultrassecretos encontra-se na Lei nº 12.527, de 2011.
4
-7
Veja que conduta é a de visar abolir o Estado Democrático de Direito e não a mera deposição de governante
91
legítimo, conduta que é punida pelo art. 359-M, do CP.
.5
51
.7
Dica
79
Os crimes contra as finanças públicas são próprios, praticados por funcionário público (crimes funcionais),
-0
exigindo-se que este funcionário possa dispor sobre as finanças públicas. ZA
U
Golpe de Estado
SO
A
ameaça, a ordem, o regime vigente ou o Estado de Direito. Art. 359-M Tentar depor, por meio de violência ou grave
A
Parágrafo único. Se do fato resulta lesão corporal grave, Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos, além da
R
O
a pena aumenta-se até a metade; se resulta morte, au- pena correspondente à violência
YG
Observe que os delitos previstos no art. 359-L e no art. 359-M são crimes de atentado ou empreendimento, ou
seja, a tentativa, por si só, já consuma o crime (note que o verbo núcleo em ambos é “tentar”).
XW
A
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Art. 359-N Impedir ou perturbar a eleição ou a aferição de seu resultado, mediante violação indevida de
mecanismos de segurança do sistema eletrônico de votação estabelecido pela Justiça Eleitoral:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
O art. 359-N, do CP, apresenta conduta que, à primeira vista, se assemelha aos crimes previstos no art. 72, da
Lei nº 9.504, de 1997, Lei das Eleições:
Art. 72 (Lei nº 9.504, de 1997) Constituem crimes, puníveis com reclusão, de cinco a dez anos:
I - obter acesso a sistema de tratamento automático de dados usado pelo serviço eleitoral, a fim de alterar a apura-
ção ou a contagem de votos;
II - desenvolver ou introduzir comando, instrução, ou programa de computador capaz de destruir, apagar, eliminar,
alterar, gravar ou transmitir dado, instrução ou programa ou provocar qualquer outro resultado diverso do espera-
do em sistema de tratamento automático de dados usados pelo serviço eleitoral; 239
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III - causar, propositadamente, dano físico ao equipamento usado na votação ou na totalização de votos ou a suas
partes.
Ao que parece, tanto as condutas previstas no CP quanto as previstas na Lei Eleitoral visam impedir ou pertur-
bar a eleição ou o seu resultado. A diferença entre as condutas previstas nas duas leis é que, no caso do art. 359-M,
o crime é cometido mediante violação indevida de mecanismos de segurança do sistema eletrônico de votação.
Violência Política
Art. 359-P Restringir, impedir ou dificultar, com emprego de violência física, sexual ou psicológica, o exercício
de direitos políticos a qualquer pessoa em razão de seu sexo, raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
Sabotagem
4
-7
menta-se até o dobro;
91
c) morte, a pena aumenta-se até o triplo.
.5
§ 2º Punem-se os atos preparatórios de sabotagem com
51
a pena deste artigo reduzida de dois terços, se o fato não
.7
constitui crime mais grave
79
-0
Trata-se de crime material, consumando-se com a destruição ou inutilização de meios de comunicação ao
ZA
público, estabelecimentos, instalações ou serviços destinados à defesa nacional.
U
A sabotagem somente se configura com a finalidade especial de abolir o Estado Democrático de Direito.
SO
EXCLUDENTE E COMPETÊNCIA
A
LV
SI
O art. 359-T trouxe uma excludente para a aplicação dos crimes contra o estado democrático de direito, prote-
gendo o direito de crítica, a atividade jornalística e a reivindicação de direitos e garantias constitucionais:
A
D
R
Art. 359-T Não constitui crime previsto neste Título a manifestação crítica aos poderes constitucionais nem a ati-
O
vidade jornalística ou a reivindicação de direitos e garantias constitucionais por meio de passeatas, de reuniões, de
YG
greves, de aglomerações ou de qualquer outra forma de manifestação política com propósitos sociais.
H
L
Vale observar, por fim, que todos os crimes contra o estado democrático de direito são de competência da
EL
Justiça Federal.
XW
A
M
O Título II, do Código de Processo Penal, cuida, entre os seus arts. 4º e 23, do inquérito policial (IP).
De forma simples, o inquérito policial consiste em uma investigação formal e devidamente documentada que
tem a finalidade de colher elementos para a futura proposição de uma ação penal, seja por meio de denúncia
oferecida pelo Ministério Público ou por meio de queixa-crime nos casos de ação penal privada.
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Não se sabe exatamente quando surgiu um procedimento que, de alguma forma, visava apurar as infra-
240 ções penais; no entanto, os primeiros relatos que se tem dando conta de uma forma organizada de investigação
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remontam à época da Roma Antiga. É de lá que se origi- Finalidade e Destinatário
na o termo inquérito, que vem da expressão em latim
in + quaerere e quer dizer buscar alguma coisa em A finalidade do inquérito policial é colher elemen-
uma determinada direção, procurar, perguntar. tos de informação a respeito da autoria, materialida-
Muito embora tenham existido outras normas de e das circunstâncias do crime a fim de formar a
anteriores que estabeleceram procedimentos destina- convicção do titular da ação penal.
dos a apurar a autoria e a materialidade de um crime, A convicção do titular da ação penal de que hou-
no Brasil, o primeiro diploma legal a trazer expressa- ve um crime e sobre quem é seu autor é chamada de
mente o termo e a definição de inquérito policial, com opinio delicti.
esse nome, foi o Decreto nº 4.824, de 22 de novembro O destinatário do inquérito policial é o Ministério
de 1871, que regulamentou a Lei nº 2.033, de 20 de Público, que é titular da ação penal pública, ou o ofen-
setembro de 1871: dido, que é o titular da ação penal de iniciativa privada.
4
Conceito de Inquérito Policial
-7
Excepcionalmente, ocorre a produção de provas
91
Inquérito policial pode ser definido como um durante o inquérito policial, como no caso da produção
.5
procedimento administrativo, conduzido pelo de provas urgentes (provas, por exemplo, que podem vir
51
Delegado de Polícia, que objetiva a apuração da a se perder se não forem produzidas); no entanto, duran-
.7
materialidade e autoria de uma infração penal, te o processo, as partes podem se manifestar sobre essas
79
visando a que o titular da ação penal (Ministério provas (é o que se denomina contraditório diferido).
-0
Público ou ofendido) possa ingressar em juízo. ZA
Além de identificar a autoria e materialidade, o inquéri- CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL
to policial presta-se, também, a identificar as circunstân-
U
dora, privilégio, causa de aumento ou diminuição de pena. têm origem na doutrina e nas jurisprudências. O IP é:
LV
infrações penais de menor potencial ofensivo (crimes Todos os atos que forem produzidos durante o
D
cuja pena máxima não seja superior a 2 anos e con- inquérito policial devem ser escritos ou, quando
R
travenções penais) são apuradas por meio de termo forem realizados de forma oral, reduzidos a termo.
O
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
M
4
diz respeito à liberdade de atuação da autoridade Nesse sentido, assim dispõe o § 1º, art. 2º, da Lei nº
-7
policial nos limites estabelecidos em lei. Quando a
91
12.830, de 2013:
autoridade policial ultrapassa tais limites, ela passa a
.5
atuar de forma arbitrária (contrária à lei).
51
Art. 2º (Lei nº 12.830, de 2013) [...]
.7
§ 1º Ao delegado de polícia, na qualidade de auto-
Oficial
79
ridade policial, cabe a condução da investigação
-0
criminal por meio de inquérito policial ou outro
Incumbe ao delegado de polícia (civil ou federal) a procedimento previsto em lei, que tem como objeti-
ZA
presidência do inquérito policial. vo a apuração das circunstâncias, da materiali-
U
dade e da autoria das infrações penais.
SO
Oficioso
Do art. 4º, do CPP, é possível identificar a caracte-
A
Segundo o art. 20, do CPP, o inquérito policial, em dores de polícia, escrivães e agentes policiais, entre outros.
YG
regra, será sigiloso às pessoas em geral. No que con- O fundamento constitucional do exercício das fun-
H
cerne aos envolvidos (ofendido, indiciado, advogados ções de polícia judiciária pela Polícia Federal encon-
L
etc.), esta regra não será aplicável. tra-se no § 1º, art. 144, da CF; por sua vez, a previsão
EL
Nesse sentido, vale observar o que diz a Súmula do exercício pelas Polícias Civis dos estados e do Dis-
XW
Como visto, o art. 5º, do CPP, estabelece cinco formas pelas quais pode se instaurar um IP. O fluxograma a
seguir sistematiza as informações trazidas pelo artigo:
Ofício
Autoridade
4
judiciária
-7
Requisição
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INSTAURAÇÃO
.5
DO INQUÉRITO Ministério Público
51
POLICIAL
.7
79
Ministério
-0
Requerimento
Público
ZA
U
SO
APF — Auto
de Prisão em
A
Flagrante
LV
SI
A
Instauração de Ofício
D
R
O
A instauração de ofício (I, art. 5º, do CPP) ocorre por ato voluntário da autoridade policial, sem que alguém
YG
tenha feito um pedido expresso. Sempre que a autoridade policial tomar conhecimento da ocorrência de um cri-
me de ação pública, dentro de sua área de atuação, deve obrigatoriamente instaurar inquérito policial, mediante
H
a produção de um documento denominado portaria (é usual que se utilize a expressão “baixar portaria”).
L
EL
A informação (chamada de notitia criminis) pode chegar ao conhecimento do delegado de polícia, por exem-
XW
plo, mediante a lavratura de um boletim de ocorrência na delegacia, por uma matéria publicada na imprensa ou,
ainda, por meio de fatos trazidos por outros policiais ou pessoas do povo. Veja que, conforme dispõe o § 3º, art. 5º,
A
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
do CPP, qualquer pessoa — não necessariamente a vítima — pode levar ao conhecimento do delegado a ocorrên-
M
cia de um fato que consiste em infração penal (é o que se chama de delatio criminis).
Notitia criminis é o nome que se dá ao conhecimento pela autoridade policial de um fato criminoso. A notitia
crimininis de cognição imediata, direta ou espontânea é aquela em que a autoridade toma conhecimento do fato
por meio de suas atividades rotineiras (como, por exemplo, por informações trazidas por outros policiais ou pela
imprensa). Já a notitia criminis de cognição mediata, indireta ou provocada é que se dá de forma indireta (como
quando há requerimento do ofendido). Por sua vez, a notitia criminis de cognição obrigatória ou compulsória
ocorre quando o delegado toma conhecimento sobre o crime no caso da prisão em flagrante delito. Por fim, a
delatio criminis é uma espécie de notitia criminis que ocorre quando a comunicação do crime se dá por terceiro
(e não pela vítima). A denúncia anônima, que pode dar origem às investigações, mas que não autoriza por si só a
instauração do IP, é chamada de notitia criminis inqualificada ou apócrifa.
Para facilitar a compreensão das espécies de notitia criminis, veja o esquema a seguir:
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Autoridade toma
Imediata ou conhecimento do fato
direta por meio de suas
atividades rotineiras
É provocada
NOTITIA Mediata ou Autoridade toma
CRIMINIS indireta conhecimento de forma
indireta (requerimento)
Vale mencionar que o STF, ao analisar o Inquérito 1.957/PR, decidiu que a autoridade policial não pode ins-
taurar um IP de imediato quando a notícia da prática de um crime vier de fonte anônima e desacompanhada
de qualquer elemento de prova. Nessa hipótese, a autoridade policial deve determinar a realização de diligên-
cias preliminares e, somente caso se confirme a possibilidade da ocorrência do delito, é que pode dar início ao
inquérito.
4
DELATIO
-7
CRIMINIS
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Postulatória: comunicação
.5
feita pelo ofendido
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.7
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Denúncia anônima (não autoriza
-0
Inqualificável ou Apócrifa
por si só a instauração do IP)
ZA
U
SO
Requisição do Juiz ou do Ministério Público (1ª Parte, Inciso II, Art. 5º, do CPP)
A
LV
A requisição, tanto do juiz quanto do MP, é sinônimo de ordem. Ou seja, a autoridade policial está obrigada a
dar início ao IP, baixando portaria, quando recebe requisição de um juiz ou promotor de justiça.
SI
A
Dica
D
R
Nem o juiz nem o representante do Ministério Público são superiores hierárquicos do delegado; por tal moti-
O
YG
vo, não podem dar ordens à autoridade policial. Nesse sentido, ao requisitar a instauração do IP, o MP ou o
juiz estão apenas fazendo com que o delegado cumpra a lei.
H
L
EL
Muito embora, como prevê o § 3º, art. 5º, qualquer pessoa possa levar ao conhecimento do delegado a ocor-
A
rência de um crime (normalmente por meio da lavratura de um boletim de ocorrência), o legislador optou por
M
possibilitar que a vítima possa solicitar formalmente à autoridade policial o início do inquérito.
De acordo com o § 1º, art. 5º, do CPP, o requerimento do ofendido deve conter a indicação detalhada da ocor-
rência e do objeto da investigação (não cabe uma petição genérica, simplesmente requerendo a instauração de
inquérito). Muito embora o § 1º faça referência somente ao requerimento do ofendido, que não pode ser genérico,
o entendimento é que se aplica tal regra também à requisição feita pelo juiz ou promotor.
A autoridade policial pode indeferir o requerimento, conforme determina o § 3º, art. 5º, do CPP. Neste caso,
o ofendido pode recorrer ao chefe de polícia (parte da doutrina entende ser o Delegado-Geral; outro entendem
ser o Secretário de Segurança Pública). Caso o recurso seja deferido, o IP é instaurado sem a necessidade de a
autoridade baixar portaria.
Importante!
O requerimento para instauração de IP pode ser feito tanto em crimes de ação pública quando em crimes de
ação privada (§ 5º, art. 5º, do CP).
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Auto de Prisão em Flagrante
O auto de prisão em flagrante consiste no documento que contém as informações relativas à prisão em flagrante.
Uma vez lavrado o auto de prisão em flagrante, o inquérito já está instaurado (não requer que se baixe portaria).
Conforme dispõe o § 5º, art. 5º, do CPP, nos crime de ação privada, o IP só pode ser instaurando mediante a
apresentação de requerimento do titular da ação (ofendido ou seu representante legal, ou, no caso de morte, o
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão). Veja que não se exige que seja feito por intermédio de advogado.
Por fim, para facilitar a memorização, o fluxograma a seguir reúne as formas de instauração do inquérito policial:
Ofício
Requisição do
Ministério Público
Crimes de ação penal
pública incondicionada
Requerimento da
vítima
APF
FORMAS DE
INSTAURAÇÃO DO
INQUÉRITO
4
POLICIAL
-7
91
.5
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Crimes de ação penal Necessária a
representação da
.7
pública condicionada
79
à representação vítima
-0
ZA
U
DILIGÊNCIAS
SI
A
Assim que a notitia criminis chegar ao conhecimento da autoridade policial, o delegado deve observar o que
D
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada
H
O inciso I, art. 6º, cuida da preservação do local de crime, que visa impedir que se altere o local dos fatos que
XW
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
M
Dica
A modificação dolosa de local de crime, com a finalidade de induzir a erro o juiz ou perito, configura o delito
de fraude processual, previsto no art. 347, do CP. Por sua vez, o art. 312, do Código de Trânsito Brasileiro,
define como crime a conduta de inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na
pendência do respectivo procedimento policial ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa,
a fim de induzir a erro o agente policial, o perito ou juiz.
Art. 6° [...]
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
Os objetos relacionados ao fato podem ser os mais variados, de armas de fogo até objetos de uso comum, mas que
podem contribuir para a busca da verdade sobre os fatos. Veja que tais objetos destinam-se, em primeiro lugar, à análise
por parte dos peritos e, somente após liberados por estes, passam para a guarda da autoridade policial. Posteriormente,
os objetos que puderem ser restituídos são devolvidos aos legítimos proprietários, exceto se consistirem em coisas cujo
uso, fabrico, alienação, porte ou detenção são proibidos, conforme estabelece a alínea “a”, inciso II, do art. 91, do CP. 245
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 6° [...] de fogo, por exemplo) e sobre os objetos materiais do
III - colher todas as provas que servirem para o crime (como os objetos furtados).
esclarecimento do fato e suas circunstâncias; Já a acareação consiste no ato de colocar frente
a frente duas pessoas que prestaram depoimentos
O inciso III traz uma permissão genérica para que divergentes sobre pontos relevantes para a investiga-
a autoridade policial colha (produza) qualquer tipo ção. A acareação segue as regras previstas nos arts.
de prova que entenda necessária para a investigação, 229 e 230, do CPP.
ainda que tal não esteja expressamente prevista nos
demais incisos do art. 6º, como, por exemplo, a oitiva de Art. 6° [...]
testemunhas e a representação ao juiz para decretação VII - determinar, se for caso, que se proceda a
de quebra de sigilo telefônico. exame de corpo de delito e a quaisquer outras
perícias;
Art. 6° [...]
IV - ouvir o ofendido; O exame de corpo de delito está previsto no art.
158 e seguintes do CPP, e é indispensável nos crimes
Ouvir a vítima do delito é uma das mais importantes que deixam vestígios (sua não realização gera nulida-
providências a serem tomadas pela autoridade policial, de da ação, conforme determina a alínea “b”, inciso
uma vez que o ofendido pode fornecer dados essenciais III, do art. 564, do CPP).
para a descoberta da autoria e para a convicção sobre a São algumas perícias que devem ser realizadas,
materialidade. dentre outras: exame químico-toxicológico nos cri-
mes de tráfico ou porte de droga; exame da arma de
Art. 6° [...] fogo nos crimes previstos no Estatuto do Desarma-
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for mento; exame no documento para apurar a falsidade
aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, des- documental.
te Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por
duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
Art. 6° [...]
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo
O inciso V cuida do interrogatório do indiciado, que processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar
4
é a pessoa a quem se aponta, na fase do inquérito, como aos autos sua folha de antecedentes;
-7
autor da infração penal (indiciar é verificar que existe
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a probabilidade do até então suspeito ser o agente). Apesar de o inciso VIII, art. 6º, mencionar apenas
.5
O § 6º, art. 2º, da Lei nº 12.830, de 2013, exige que
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o processo datiloscópico, a identificação criminal con-
a autoridade policial, ao indiciar o suspeito, aponte
.7
siste na coleta de dados físicos (fotografia, impressão
nos autos do IP os motivos que levaram a proceder
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datiloscópica e material genético) com a finalidade de
ao indiciamento, bem como justifique a classificação
-0
individualizar o indiciado.
feita em determinado tipo penal.
Atualmente, a Lei nº 12.037, de 2009, dispõe sobre
ZA
Ao interrogatório do indiciado aplicam-se as regras
o assunto e regulamenta a regra constitucional previs-
U
do interrogatório judicial, previstas nos arts. 185 a 196,
ta no inciso LVIII, art. 5º, de que a pessoa civilmente
SO
respondeu.
EL
O inciso X foi incluído no art. 6º pela Lei nº 13.257, de 2016, denominada Lei da Primeira Infância. O dispositivo
visa à proteção das crianças de até 6 anos de idade que podem sofrer consequências decorrentes da prática de
crimes por seus pais. Com base em tal conhecimento, a autoridade policial pode, por exemplo, solicitar apoio de
órgãos de assistência social ou de proteção da criança.
Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial
poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.
O art. 7º trata da reconstituição do crime, que consiste em uma simulação dos fatos, muito comum principal-
mente em homicídios.
Não é permitida a reconstituição que contrariar a moral e a ordem pública, como, por exemplo, a reprodução de
crimes sexuais utilizando a vítima e o indiciado.
Além das atividades que constam nos arts. 6º e 7º, do CPP, a autoridade policial tem outras funções durante o
IP, que se encontram elencadas no art. 13, do CPP, que será estudado mais adiante.
Art. 8º Havendo prisão em flagrante, será observado o disposto no Capítulo II do Título IX deste Livro.
No caso da lavratura de auto de prisão em flagrante, devem ser seguidas as disposições constantes nos arts.
301 e seguintes, do CPP.
4
Art. 9º Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste
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caso, rubricadas pela autoridade.
91
.5
O IP é um procedimento formal, que exige peças escritas e datilografadas, rubricadas pelo delegado de polícia.
51
O art. 9º expressa a característica de ser o inquérito escrito.
.7
79
PRAZO DO INQUÉRITO
-0
ZA
Art. 10 O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver
U
preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no
SO
O art. 10, do CPP, estabelece prazo para a conclusão do inquérito. A regra geral é que o prazo de conclusão é de 10
dias, caso o indivíduo esteja preso, e de 30 dias, se estiver solto (para fins de memorização, utilize o famoso 10:30).
SI
A Lei nº 13.964, de 2019, denominada Lei Anticrime, trouxe a possibilidade de o juiz das garantias prorrogar
A
o prazo de conclusão no caso do inquérito com investigado preso por 15 dias, uma única vez. Para tanto, o dele-
D
ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que,
L
EL
se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada.
XW
Em que pese haver a previsão de prorrogação do prazo do inquérito, esse artigo está suspenso por prazo inde-
A
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Deste modo, a regra prevista no CPP é que o prazo do inquérito policial é de 10 dias (preso) e 30 dias (solto),
com possibilidade de prorrogação de 15 dias (preso) por uma única vez (lembre-se: esta possibilidade está suspen-
sa). Porém, existem outros prazos, conforme se vê na tabela a seguir:
PRESO SOLTO
É de suma importância destacar que, estando o indiciado solto, a violação do limite estabelecido no art. 10, do
CPP, não possui repercussão, pois não gera prejuízos ao incidiado. O STJ entende que tal prazo é considerado como
prazo impróprio (seu desatendimento não gera consequências).
RELATÓRIO FINAL
Art. 10 [...]
§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente.
§ 2º No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar
onde possam ser encontradas.
§ 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução
dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.
O inquérito deve encerrado por minucioso relatório dando conta de tudo o que foi apurado (materialidade e
autoria da infração ou sua ausência), relatando as diligências efetuadas, como regra, em ordem cronológica.
Uma vez relatado, o IP é remetido ao juiz competente, que é identificado segundo os critérios de competência
jurisdicional estabelecidos nos arts. 69 e seguintes, do CPP.
O § 2º, art. 10, do CPP, menciona a hipótese de indicação de testemunhas não inquiridas, o que deve ser excep-
cional, cabível somente no caso de investigado preso cujo prazo para terminar o inquérito é de 10 dias. No caso de
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-7
investigado solto, o delegado pode pedir a dilação do prazo do IP, prevista no § 3º.
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INSTRUMENTOS DO CRIME E OBJETOS DE PROVA
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Art. 11 Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, acompanharão os autos
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do inquérito.
-0
ZA
Os instrumentos do crime, assim como os objetos de interesse da prova, devem ser encaminhados ao fórum,
juntamente com o IP, para apreciação pelo juiz ou pelos jurados ou, ainda, para que neles possa ser feita contra-
U
SO
falsos. Objetos de interesse da prova, por sua vez, são coisas que servem para demonstrar a verdade do ocorrido, tais
LV
como telefone celular, computador, objeto da vítima com marcas de violência, entre outros.
SI
A
Art. 12 O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.
YG
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O inquérito não é imprescindível para o oferecimento da denúncia (peça acusatória inicial apresentada pelo Minis-
L
tério Público nos casos de ação penal pública) nem da queixa (peça acusatória inical apresentada por meio do advoga-
EL
do do ofendido quando a ação for de iniciativa privada). No entanto, de acordo com o art. 12, do CPP, quando o IP servir
XW
O art. 13, do CPP, elenca uma série de atribuições do delegado de polícia. Vale lembrar que o delegado exerce
atividade de polícia judiciária, que é auxiliar do Poder Judiciário em sua atividade investigatória.
No inciso IV, “representar” significa dar razões para que alguém seja preso cautelarmente pela autoridade
judiciária.
Além das funções previstas no art. 13, o delegado de polícia possui outras funções previstas no CPP e em outras
leis e que são ligadas, de forma direta ou indireta, à instrução do processo, como, por exemplo, o arbitramento de
fiança nos crimes cuja pena cominada não seja superior a 4 anos, de acordo com o art. 322, do CPP, e a representa-
248 ção para instauração de incidente de insanidade mental, conforme prevê o § 1º, art. 149, entre outras atividades.
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PODER DE REQUISIÇÃO DE DADOS E Por sua vez, o art. 13-B passou a tratar do que se
INFORMAÇÕES CADASTRAIS PELO MINISTÉRIO chama genericamente de informação ERB — Estações
PÚBLICO E AUTORIDADE POLICIAL de Rádio Base. De acordo com o que dispõe o art. 13-B,
o membro do MP ou o delegado de polícia podem
Art. 13-A Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e
149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei requisitar, mediante autorização judicial, às empre-
no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), sas de telefonia/telemática que disponibilizem ime-
e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 diatamente os meios técnicos que possam permitir
(Estatuto da Criança e do Adolescente), o membro do a localização da vítima ou dos suspeitos de crime de
Ministério Público ou o delegado de polícia pode- tráfico de pessoas. Dentre esses meios, um de grande
rá requisitar, de quaisquer órgãos do poder público eficácia é o que utiliza as informações das Estações de
ou de empresas da iniciativa privada, dados e infor- Rádio Base (ERB), que são os equipamentos (antenas)
mações cadastrais da vítima ou de suspeitos que fazem a conexão entre os telefones celulares e a
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no companhia telefônica; por meio desses equipamentos,
prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conterá: é feita a localização das coordenadas de GPS dos apa-
I - o nome da autoridade requisitante relhos de celular da vítima ou dos autores do crime.
II - o número do inquérito policial; e Veja que não se trata de realizar a interceptação
III - a identificação da unidade de polícia judiciária das comunicações (que é tratada por lei específica)
responsável pela investigação
mas sim de acesso a dados de coordenadas. Observe,
Art. 13-B Se necessário à prevenção e à repressão
também, a diferença entre o disposto no art. 13-A, do
dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas,
o membro do Ministério Público ou o delegado de
CPP, situação que não requer autorização judicial,
polícia poderão requisitar, mediante autorização para o que prevê o art. 13-B, opção que só pode ser
judicial, às empresas prestadoras de serviço de tele- feita com ordem do juiz.
comunicações e/ou telemática que disponibilizem
imediatamente os meios técnicos adequados – como REQUERIMENTO DE DILIGÊNCIAS DURANTE O
sinais, informações e outros – que permitam a locali- INQUÉRITO POLICIAL
zação da vítima ou dos suspeitos do delito em curso.
§ 1º Para os efeitos deste artigo, sinal significa posi- Art. 14 O ofendido, ou seu representante legal, e o
cionamento da estação de cobertura, setorização e indiciado poderão requerer qualquer diligência,
4
-7
intensidade de radiofrequência. que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.
91
§ 2º Na hipótese de que trata o caput, o sinal:
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I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunica- A vítima, pessoalmente ou por meio de seu repre-
51
ção de qualquer natureza, que dependerá de autori- sentante legal, assim como o indiciado, podem reque-
.7
zação judicial, conforme disposto em lei; rer ao delegado a realização de alguma diligência
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II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia (como a oitiva de uma testemunha, por exemplo) que
-0
móvel celular por período não superior a 30 (trinta)
considerem útil para a elucidação dos fatos.
dias, renovável por uma única vez, por igual período; ZA
A autoridade policial pode deferir ou indeferir tal
III - para períodos superiores àquele de que trata o inci-
pedido, sem necessidade de fundamentação.
U
so II, será necessária a apresentação de ordem judicial.
SO
zo de 12 (doze) horas, a autoridade competente Art. 14-A Nos casos em que servidores vinculados
D
telecomunicações e/ou telemática que disponibili- tuição Federal figurarem como investigados em
O
a localização da vítima ou dos suspeitos do delito for a investigação de fatos relacionados ao uso
L
em curso, com imediata comunicação ao juiz. da força letal praticados no exercício profis-
EL
A Lei nº 13.444, de 2016, Lei de Prevenção e Repres- as situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o
A
4
praticados no exercício profissional por integrantes no art. 28, do CPP, e será estudado com detalhes mais
-7
das forças de segurança pública. adiante. Desde já vale alertar, no entanto, que a Lei
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A partir de tal alteração, o integrante das forças de Anticrime promoveu importante alteração nas regras
.5
segurança pública que figurar como investigado em de arquivamento do IP.
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caso de letalidade policial (morte de civil causada por O art. 17, por sua vez, indica que o inquérito é
.7
ação das forças de segurança) deve ser cientificado (a indisponível, isto é, uma vez instaurado, não pode ser
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lei usa a expressão “citado”, que, apesar de impropria- arquivado pelo delegado de polícia.
-0
mente utilizada, deve ser observada para fins de prova) ZA
da existência de procedimento investigatório (entre Desarquivamento do Inquérito
os quais, o IP) e poderá nomear defensor técnico. Vale
U
SO
mencionar que o mesmo procedimento foi incluído no Art. 18 Depois de ordenado o arquivamento do inqué-
Código de Processo Penal Militar, no art. 16-A. rito pela autoridade judiciária, por falta de base para
A
A citação prevista no art. 14-A deve ser observada a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a
LV
tanto nos casos consumados quanto nos tentados e, novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
SI
te de ilicitude.
D
A Garantia da Lei e da Ordem (GLO) a que se refere sível seu desarquivamento caso surjam novas pro-
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das atuem em situações de grave perturbação da ordem Nesse sentido, vale trazer o teor da Súmula 524,
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ou em eventos de grandes proporções (como a Copa do do STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho
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Mundo). As operações de GLO são previstas no art 142, da do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não
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Constituição Federal, e regulamentadas pela Lei Comple- pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.
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CURADOR Importante!
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Art. 15 Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado De acordo com o art. 18, do CPP, e com o teor da
curador pela autoridade policial. Súmula 524, do STF, somente é possível o desar-
quivamento do IP pelo surgimento de provas novas
O curador é a pessoa que, tanto no interrogatório quando o fundamento do arquivamento foi a insu-
prestado na fase policial, quanto no interrogatório em ficiência de provas (indícios de autoria e prova do
juízo, tem a função de proteger ou orientar o menor de crime). Assim sendo, inquéritos arquivados por atipi-
21 anos, suprindo-lhe a imaturidade. No entanto, após a cidade (não constituir o fato um crime), excludente de
redução da maioridade civil de 21 para 18 anos, trazida ilicitude, concludente de culpabilidade ou extinção da
pelo Código Civil de 2002, não se deve mais considerar punibilidade não podem ser desarquivados.
que a pessoa menor de 21 necessite de curador, uma vez
que alguém que atingiu a maioridade aos 18 anos é ple-
namente capaz de exercer qualquer atividade pública. Por fim, vale mencionar que, em relação ao arqui-
Vale sempre lembrar que os menores de 18 não vamento fundamentado em excludente da ilicitude,
podem ser indiciados em inquérito, tendo em vista existe certa polêmica tendo em vista alguns julgados
250 sua inimputalibilidade penal. do próprio STF (por exemplo, o HC 87395). Para o STJ,
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o desarquivamento somente é possível no caso de sem que se permita a comunicação externa e o direito
insuficiência de provas. Para fins de concurso, vale o de contato com o advogado e com a família.
entendimento da Súmula 524, do STF. De acordo com o inciso LXII, art. 5º, da CF, a prisão
de qualquer pessoa e o local onde ela se encontra devem
INQUÉRITO POLICIAL NOS CRIMES DE AÇÃO ser imediatamente comunicados ao juiz competente e
PRIVADA à família do preso ou à pessoa por ele indicada. Por sua
vez, o inciso IV, § 3º, do art. 136, da CF, veda a incomuni-
Art. 19 Nos crimes em que não couber ação públi- cabilidade do preso até mesmo na vigência do estado
ca, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo de defesa, que é uma situação excepcional de crise.
competente, onde aguardarão a iniciativa do ofen-
dido ou de seu representante legal, ou serão entre- CIRCUNSCRIÇÃO POLICIAL
gues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.
Art. 22 No Distrito Federal e nas comarcas em
O art. 19, do CPP, indica que, uma vez concluído o que houver mais de uma circunscrição policial,
inquérito que apurou crime que se procede median- a autoridade com exercício em uma delas poderá,
te ação penal privada, este deve ser remetido ao juízo nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar
competente, aguardando em cartório o ajuizamento diligências em circunscrição de outra, independen-
da queixa-crime por parte do ofendido, ou, caso este temente de precatórias ou requisições, e bem assim
deseje melhor analisar os autos, poderá levar consigo providenciará, até que compareça a autoridade
(o que se denomina “fazer carga”) o IP, devendo ficar competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua
cópia integral no cartório (a cópia é chamada traslado). presença, noutra circunscrição.
4
que lhe forem solicitados, a autoridade policial não
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circunscrição de outra autoridade policial para efe-
poderá mencionar quaisquer anotações referentes
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tuar diligências, sem que haja necessidade de expedir
a instauração de inquérito contra os requerentes.
.5
ofícios ou requisições para a realização do ato.
51
O inquérito é sigiloso, conforme indica o art. 20,
.7
COMUNICAÇÃO AO INSTITUTO DE IDENTIFICAÇÃO
do CPP. Isso significa que o acesso aos autos do IP
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E ESTATÍSTICA
não é livre a qualquer pessoa do povo, nem mesmo
-0
ao indiciado, pessoalmente. No entanto, tal restrição ZA
Art. 23 Ao fazer a remessa dos autos do inquérito
não se aplica ao advogado, tendo em vista o que o
ao juiz competente, a autoridade policial oficiará
U
inciso XIV, art. 7º, da Lei nº 8.906, de 1994 (Estatuto da
ao Instituto de Identificação e Estatística, ou
SO
[...]
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XIV - examinar em qualquer repartição policial, mes- Atualmente, por conta da informatização, tais dados
D
mo sem procuração,autos de flagrante e de inquérito, são lançados em sistemas e acessados diretamente pelos
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findos ou em andamento, ainda que conclusos à auto- institutos de identificação e estatística. Em cada Estado, o
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Nesse sentido, já decidiu o STF, no julgamento do Gumbleton Daunt o responsável por concentrar todas
L
HC 82.354, que o advogado do indiciado tem pleno as informações criminais sobre qualquer indivíduo.
EL
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Art. 21 A incomunicabilidade do indiciado depen- No processo, através das provas, é possível compro-
derá sempre de despacho nos autos e somente será var a existência da verdade de um fato, que influencia
permitida quando o interesse da sociedade ou a diretamente no momento de convencer o julgador.
conveniência da investigação o exigir. Os possíveis meios de provas e como o julgador
Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não avaliará cada uma, serão discutidos nesta sessão,
excederá de três dias, será decretada por despacho observando os tipos de valoração dessas provas.
fundamentado do Juiz, a requerimento da autorida- Serão abordados os principais princípios que
de policial, ou do órgão do Ministério Público, res- estão diretamente ligados às provas apresentadas no
peitado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo processo penal, buscando demonstrar a importância
89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados delas para identificação da verdade e da justiça que é
do Brasil (Lei n. 4.215, de 27 de abril de 1963) (Reda- o principal objetivo do processo.
ção dada pela Lei nº 5.010, de 30.5.1966)
DAS PROVAS NO PROCESSO PENAL
O art. 21, do CPP, não foi recepcionado pela Cons-
tituição de 1988, não tendo, pois, aplicação. A incomu- A prova é o ato que busca comprovar a veracidade
nicabilidade consiste na hipótese de se prender alguém dos fatos, e também, reconstruir um fato passado afim 251
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de instruir o julgador. Dessa forma, será comprovada I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal,
a autenticidade dos fatos. a produção antecipada de provas consideradas
O autor Lopes Jr. (2017, p. 344) informa que o pro- urgentes e relevantes, observando a necessidade,
cesso penal e a prova integram os modos de constru- adequação e proporcionalidade da medida;
ção do convencimento do julgador que influenciará II – determinar, no curso da instrução, ou antes de
na sua convicção e legitimará a sentença. proferir sentença, a realização de diligências para
A prova geralmente é produzida na fase judicial, dirimir dúvida sobre ponto relevante
pois permite a manifestação da outra parte, respei-
tando assim, o princípio do contraditório e da ampla Ônus da Prova e In Dubio Pro Reo
defesa, direito de ser julgado de acordo com as provas
produzidas, em contraditório e diante de um juiz com- Inicialmente, cabe ressaltar que os certames públi-
petente, com todas as garantias. cos usualmente se atrelam à literalidade da Lei, sendo
O art. 155, do Código de Processo Penal, preceitua assim, é indiscutível que o candidato tenha o conheci-
no mesmo sentido, informando que o juiz formará sua mento do art. 156 do Código de Processo Penal. Ade-
convicção pelas provas produzidas em contraditório mais, para elucidar os conceitos por trás do artigo, é
judicial, não podendo fundamentar exclusivamente nos necessário que seja estabelecido os conceitos de ônus
elementos da investigação. Isso porque as provas pro- da prova e in dubio pro reo.
duzidas nessa fase não possibilitaram o contraditório da
outra parte, assim, poderão ser utilizadas aquelas provas z Ônus da prova é do Ministério Público (MP): O MP,
cautelares, as que não são repetíveis e as antecipadas. ao oferecer a peça inicial acusatória, descreve um fato
Os atos de investigação são realizados na inves- típico, imputando a autoria ao denunciado, e pede sua
tigação preliminar, no qual há uma hipótese para condenação a uma pena. Ao requerer a aplicação da
formação de um juízo de probabilidade, e não de con- pena, está alegando na denúncia a prática de um cri-
vicção, de como são designadas as provas. me (fato típico, antijurídico e culpável), ou seja, está a
alegar a presença da tipicidade e a ausência de qual-
Art. 155 O juiz formará sua convicção pela livre quer causa excludente de antijuridicidade e de culpa-
apreciação da prova produzida em contraditório bilidade. Por consequência, o ônus de provar prática
judicial, não podendo fundamentar sua decisão de delito é do MP. Ele deve, no curso da ação penal,
4
exclusivamente nos elementos informativos colhi-
demonstrar não apenas a autoria e a tipicidade, deve
-7
dos na investigação, ressalvadas as provas caute-
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lares, não repetíveis e antecipadas. (Redação dada provar também a inocorrência de causas excludentes
.5
pela Lei nº 11.690, de 2008) da antijuridicidade e da culpabilidade.
51
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z Objeto da prova: Não é apenas a hipótese delitiva O acusado não tem obrigação de comprovar o
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contida na denúncia que é objeto da prova, mas que quer que seja, embora possa e deva contribuir
-0
toda tese relevante para a aplicação da lei penal, para a demonstração de sua inocência. Esse é o real
que surgir no curso do processo, e suas circunstân- significado da norma esculpida no caput dessa dispo-
ZA
cias, sejam elas favorável à defesa ou à acusação; sição. Ao imputar a prática de delito de homicídio, por
U
aos autos, como também que a prova, uma vez Caso ela venha a ser confirmada como tese de defe-
LV
z Provas do inquérito: As provas do inquérito A defesa pode e deve contribuir para essa prova, mas
A
valem para o convencimento, desde que repetidas não tem o ônus. Percebe-se que o réu é inocente. Possui
D
em juízo e se encontrem em harmonia com as cole- assim, uma situação jurídica de inocência.
R
úteis tanto à acusação quanto também à defesa. Se z In dubio pro reo: Como frisado anteriormente, o
confirmadas pela instrução processual, favorecem réu é inocente a inocência do réu não precisa ser
H
Perícias e documentos produzidos na fase inqui- sunção de inocência, do princípio in dubio pro reo.
A
sitorial são revestidos de eficácia probatória sem a A dúvida sempre favorecerá o acusado, no que diz
M
necessidade de serem repetidos no curso da ação respeito à prática da hipótese delitiva. Em delito de
penal por se sujeitarem ao contraditório diferido. Fon- homicídio, se o acusado alegar, sem provar, legítima
te: Jurisprudência em teses (STJ). Fonte: Jurisprudên- defesa, compete ao MP demonstrar que a conduta do
cia em teses (STJ). réu não se deu sob o manto dessa excludente de anti-
juridicidade. Restando a dúvida quanto a ter ou não
Art. 155 Parágrafo único: Somente quanto ao esta- o acusado agido em legítima defesa, a decisão há de
do das pessoas serão observadas as restrições esta- ser a de absolvição, pois que sua situação jurídica de
belecidas na lei civil inocência não foi eficazmente desconstituída.
z Liberdade probatória: A liberdade probatória Art. 157 São inadmissíveis, devendo ser desen-
não é absoluta. Sofre limites quanto ao estado tranhadas do processo, as provas ilícitas, assim
das pessoas em que vale a lei civil. As provas não entendidas as obtidas em violação a normas
podem ser obtidas por meios ilícitos. constitucionais ou legais.
§ 1º São também inadmissíveis as provas deriva-
Art. 156 A prova da alegação incumbirá a quem a das das ilícitas, salvo quando não evidencia-
252 fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: do o nexo de causalidade entre umas e outras,
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
ou quando as derivadas puderem ser obtidas a prova derivada puder ser obtida de forma indepen-
por uma fonte independente das primeiras. dente da ilícita.
§ 2º Considera-se fonte independente aquela que
por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, Art. 158 Quando a infração deixar vestígios, será
próprios da investigação ou instrução criminal, seria indispensável o exame de corpo de delito, direto
capaz de conduzir ao fato objeto da prova. ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do
§ 3º Preclusa a decisão de desentranhamento da acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008).
prova declarada inadmissível, esta será inutilizada Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do
por decisão judicial, facultado às partes acompa- exame de corpo de delito quando se tratar de crime
nhar o incidente. que envolva:(Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018
§ 4º (VETADO) I – violência doméstica e familiar contra mulher;
§ 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova decla- (Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)
rada inadmissível não poderá proferir a sentença ou II – violência contra criança, adolescente, idoso ou
acórdão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) pessoa com deficiência. (Incluído dada pela Lei nº
13.721, de 2018)
Garantia e Fundamento Constitucionais
Trata-se de um tema muito cobrado em provas,
portanto muita atenção! O caput do art. 158 dita que,
z Garantia constitucional: É a seguinte redação do
quando a infração deixar vestígios é indispensável o
inciso LVI, art. 5º, da CF: “São inadmissíveis, no pro-
exame de corpo de delito seja direto ou indireto. A
cesso, as provas obtidas por meios ilícitos”;
confissão não é capaz de suprir a falta do exame de
z Fundamento constitucional: O fundamento da
corpo delito. Lembre-se: sempre que a infração deixar
proibição da prova ilícita está ancorado no art. 5º, vestígios será necessário o exame de corpo de delito.
inciso X, da CF: “São invioláveis a intimidade, a vida O exame de corpo de delito terá prioridade na sua
privada, a honra e a imagem das pessoas […]”. realização, quando se tratar de: violência doméstica
e familiar contra a mulher; violência contra criança,
adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.
Importante! Para compreender um pouco mais, veja as defini-
ções a seguir:
Jurisprudência
4
-7
Ministro Joel Ilan Pacionrnik, flagrante e pro-
z Infração que deixa vestígios: Algumas infrações
91
va ilícita: Trata-se de decisão valiosa, contendo penais deixam vestígios (lesões corporais, por exem-
.5
diversas lições a propósito de prova. Da ementa, plo). Outras, não (calúnia feita oralmente e não regis-
51
lê-se que “o Tribunal de origem considerou que, trada por nenhum método de gravação). Quando ela
.7
embora nada de ilícito houvesse sido encontra- deixa vestígios, o exame de corpo de delito, direto ou
79
do em poder do acusado, a prova da traficância indireto, é indispensável, sendo que a confissão do
-0
foi obtida em flagrante violação ao direito cons- acusado não supre a falta. O exame do corpo de deli-
ZA
titucional à não autoincriminação, uma vez que to é uma perícia. Podem ser realizadas outras perí-
cias durante o inquérito ou no curso do processo.
U
aquele foi compelido a reproduzir, contra si, con-
SO
versa travada com terceira pessoa pelo sistema Mas o exame do corpo de delito é obrigatório, pois
viva-voz do celular, que conduziu os policiais à que objetiva comprovar a materialidade do delito.
A
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A interceptação de comunicações telefônicas, de infor- deverá dirigir-se ao local, providenciando para que não
M
mática ou telemática constitui crime tipificado no art. se alterem o estado e conservação das coisas, até a che-
10 da Lei nº 9.296, de 1996. Os delitos de violação de cor- gada dos peritos criminais; – apreender os objetos que
respondência, telegráfica e radioelétrica encontram-se tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
previstos no art. 151 do CP. A obtenção de depoimento criminais; – determinar, se for caso, que se proceda a
mediante coação configura delito de abuso de autorida- exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias”.
de. A violação de domicílio constitui crime do art. 250
do CP. A violação de sigilo bancário está prevista na Lei CADEIA DE CUSTÓDIA
Complementar nº 105, de 2001. Como dissemos, embo-
ra comumente a prova ilícita seja delito (o que já em Cadeia de Custódia
muito contribui para diferenciá-la da nulidade), nem
sempre o é. Damos exemplo de prova ilícita que não Art. 158-A Considera-se cadeia de custódia o
constitui delito: a gravação ambiental em alguns casos. conjunto de todos os procedimentos utilizados
Perceba que o § 1º do art. 157, dita duas exceções para manter e documentar a história cronoló-
quanto a possibilidade de se utilizar a prova derivada gica do vestígio coletado em locais ou em vítimas
das ilícitas, sendo: quando a prova derivada não pos- de crimes, para rastrear sua posse e manuseio
suir nexo de causalidade com a prova ilícita, quando a partir de seu reconhecimento até o descarte. 253
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A Lei Anticrime introduziu a figura da cadeia de X - descarte: procedimento referente à liberação
custódia no CPP. A cadeia de custódia pode ser defi- do vestígio, respeitando a legislação vigente e,
nida como o conjunto de procedimentos adotados quando pertinente, mediante autorização judicial.
para manter e documentar a sequencia cronoló-
gica dos vestígios coletados em locais de crime ou Esquematicamente, as etapas da cadeia de custó-
nas próprias vítimas. dia são as seguintes:
A finalidade da cadeia de custódia é assegurar a
idoneidade dos vestígios coletados, evitando even- ETAPAS EXTERNAS À
ETAPAS INTERNAS
tuais dúvidas quanto à origem ou manipulação destes CENTRAL DE CUSTÓDIA
durante a investigação e o processo criminal. 1º reconhecimento
2° isolamento 7° recebimento
Início da Cadeia de Custódia 3° fixação 8° processamento
4° coleta 9° armazenamento
Art. 158-A [...] 5° acondicionamento 10° descarte
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a
6° transporte
preservação do local de crime ou com proce-
dimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio. Art. 158-C A coleta dos vestígios deverá ser rea-
§ 2º O agente público que reconhecer um elemen- lizada preferencialmente por perito oficial, que
to como de potencial interesse para a produção da dará o encaminhamento necessário para a central
prova pericial fica responsável por sua preservação. de custódia, mesmo quando for necessária a reali-
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visí- zação de exames complementares.
vel ou latente, constatado ou recolhido, que se rela- § 1º Todos vestígios coletados no decurso do inqué-
ciona à infração penal. rito ou processo devem ser tratados como descrito
nesta Lei, ficando órgão central de perícia oficial de
Etapas da Cadeia de Custódia natureza criminal responsável por detalhar a for-
ma do seu cumprimento.
Art. 158-B A cadeia de custódia compreende o ras- § 2º É proibida a entrada em locais isolados
bem como a remoção de quaisquer vestígios de
treamento do vestígio nas seguintes etapas:
locais de crime antes da liberação por parte do
4
I - reconhecimento: ato de distinguir um elemen-
-7
perito responsável, sendo tipificada como frau-
to como de potencial interesse para a produção da
91
de processual a sua realização.
prova pericial;
.5
II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das
51
coisas, devendo isolar e preservar o ambiente imedia- A coleta de vestígios é feita preferencialmente por
.7
to, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime; perito oficial (não se trata de exclusividade, pode ser
79
III - fixação: descrição detalhada do vestígio confor- feita por outro não perito). A entrada em local de cri-
-0
me se encontra no local de crime ou no corpo de deli- me isolado, antes da liberação pelo perito oficial con-
to, e a sua posição na área de exames, podendo ser figura o crime previsto no art. 347, do CP.
ZA
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo
U
metido à análise pericial, respeitando suas caracte- vestígio será determinado pela natureza do material.
rísticas e natureza; § 1º Todos os recipientes deverão ser selados com
SI
qual cada vestígio coletado é embalado de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestí-
D
cas físicas, químicas e biológicas, para posterior § 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, pre-
O
VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um para registro de informações sobre seu conteúdo.
L
local para o outro, utilizando as condições adequadas § 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito
EL
(embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de que vai proceder à análise e, motivadamente, por
XW
4
-7
A perda da função pública só poderá ser efetivada
91
HORA DE PRATICAR! após o trânsito em julgado da sentença.
.5
51
( ) CERTO ( ) ERRADO
.7
1. (CEBRASPE-CESPE — 2021) Acerca de sistemas
79
administrativos, de administração pública e de organi-
-0
zação administrativa do Estado, julgue o item a seguir. 7. (CEBRASPE-CESPE — 2020) Considerando as disposi-
ções da Lei n.º 8.429/1992 (Lei de Improbidade Admi-
ZA
O surgimento do contencioso administrativo no sis- nistrativa), julgue o item a seguir.
U
SO
dade administrativa.
SI
( ) CERTO ( ) ERRADO
A
( ) CERTO ( ) ERRADO
D
plina administrativa.
De acordo com o Código Civil, a emancipação volun-
A
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
O poder que a administração possui de intervir na órbita 9. (CEBRASPE-CESPE — 2021) À luz do Código Civil
particular para resguardar o interesse público, limitando brasileiro, no que diz respeito às pessoas naturais e
direitos individuais, é denominado poder disciplinar. jurídicas, julgue o item subsequente.
11. (CEBRASPE-CESPE — 2021) Julgue o item que se segue, 16. (CEBRASPE-CESPE — 2022) Com base na jurispru-
a respeito do Estado brasileiro e da sua organização. dência majoritária e atual do Supremo Tribunal Fede-
ral, julgue o item que se segue.
Embora se reconheça que o Brasil é um Estado demo-
crático de direito, tal afirmação é uma construção dou- É inconstitucional a assinatura de acordo coletivo
trinária que não tem previsão constitucional expressa. de trabalho para permitir que empregadas grávidas
trabalhem expostas a condições insalubres, ainda
( ) CERTO ( ) ERRADO que essas empregadas consintam em permanecer
atuando em atividades que as exponham a tais
12. (CEBRASPE-CESPE — 2020) No que diz respeito aos condições.
princípios, direitos e garantias fundamentais estabe-
lecidos na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o ( ) CERTO ( ) ERRADO
item a seguir.
17. (CEBRASPE-CESPE — 2021) Com relação a aspectos
4
-7
Os objetivos fundamentais são limitados pelo sistema do direito constitucional e às disposições da Constitui-
91
de freios e contrapesos e traduzem fins a serem per- ção Federal de 1988, julgue o item a seguir.
.5
seguidos pelo Estado brasileiro, como, por exemplo,
51
garantir o desenvolvimento nacional. Os princípios institucionais da unidade, indivisibilidade
.7
e independência funcional restringem-se aos integran-
79
( ) CERTO ( ) ERRADO tes do Ministério Público da União.
-0
(
ZA
) CERTO ( ) ERRADO
13. (CEBRASPE-CESPE — 2021) Considerando a teoria
geral dos direitos fundamentais, julgue o item seguinte.
U
SO
público na esfera particular dos indivíduos, demanda Funcionário público que exija para si vantagem indevi-
SI
predominantemente atuações estatais de natureza da para realizar ato de ofício pratica o crime de corrup-
A
14. (CEBRASPE-CESPE — 2021) Com base nos dispositi- 19. (CEBRASPE-CESPE — 2021) Com relação aos crimes
L
vos da Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos contra a administração pública, julgue o item subsequente.
EL
pública, julgue o item subsequente. Servidor público que, violando dever funcional, facilite
a prática de contrabando responderá como partícipe
A
M
Ao agente que tiver praticado fato criminoso será pela prática desse crime.
garantido o privilégio contra a autoincriminação, isto
é, o direito de manter-se em silêncio. ( ) CERTO ( ) ERRADO
22 ERRADO
4
23. (CEBRASPE-CESPE — 2020) Acerca de técnicas de
-7
ações de busca utilizadas no contexto de uma investi- 23 CERTO
91
gação policial, julgue o próximo item.
.5
24 CERTO
51
A identificação do tipo penal, de suas circunstân-
.7
25 ERRADO
cias e da sua autoria constitui finalidade imediata da
79
investigação.
-0
ZA
( ) CERTO ( ) ERRADO
ANOTAÇÕES
U
SO
( ) CERTO ( ) ERRADO
O
YG
se seguem.
EL
XW
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
( ) CERTO ( ) ERRADO
Gabarito
1 CERTO
2 ERRADO
3 ERRADO
4 ERRADO
5 CERTO
257
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ANOTAÇÕES
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.5
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
os agentes estatais: o regime estatutário ou de cargos
públicos, e o regime celetista ou de empregos públicos.
Os servidores públicos são contratados pelo regi-
me estatutário, enquanto os empregados públicos são
contratados pelo regime celetista, que muito se asse-
LEGISLAÇÃO melha às regras contidas na CLT.
Atente-se a este conceito: servidor público é o
agente contratado pela Administração Pública, direta
ou indireta, sob o regime estatutário, sendo selecio-
nado mediante concurso público, para ocupar cargos
LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO públicos, possuindo vinculação com o Estado de natu-
DE 1990 E SUAS ALTERAÇÕES E reza estatutária e não-contratual.
LEI Nº 4.878, DE 3 DE DEZEMBRO O regime dos cargos públicos é disciplinado pela
Lei Federal nº 8.112, de 1990, também conhecida como
1965 (REGIME JURÍDICO DOS Estatuto do Servidor Público.
FUNCIONÁRIOS POLICIAIS CIVIS DA Frente a isso, um ponto relevante a ser ressaltado
UNIÃO E DO DF) desse regime é o alcance da estabilidade mediante o
fim do período de estágio probatório. Tal alcance per-
ESPÉCIES E DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS mite que o servidor não seja desligado de suas funções,
APLICÁVEIS salvo pelas hipóteses previstas em lei, como a sentença
judicial transitada em julgado, processo administrativo
Nas lições de Celso Antônio Bandeira de Mello, disciplinar, ou a não aprovação em avaliação periódica
são agentes públicos as pessoas que exercem uma de desempenho (§ 1º, art. 41, da CF, de 1988).
função pública, ainda que em caráter temporário ou Dentre os cargos públicos, ainda, há aqueles que
sem remuneração. Trata-se de uma expressão ampla são vitalícios, que se apresentam de forma mais van-
e genérica, uma vez que engloba todos aqueles que, tajosa, uma vez que o estágio probatório possui um
dentro da organização da Administração Pública, tempo menor (2 anos, sendo de 3 anos para os car-
exercem determinada função pública. gos não-vitalícios), bem como possui a característica
4
Assim, podemos dizer que agente público é gênero, de o desligamento ocorrer apenas mediante sentença
-7
o qual comporta diversas espécies, como os agentes condenatória transitada em julgado. São vitalícios os
91
políticos, os agentes militares, os servidores públi- cargos de: Magistratura, do Tribunal de Contas, e os
.5
cos estatutários, os empregados públicos, os agentes
51
cargos dos membros do Ministério Público.
honoríficos, entre outros. Por isso, vamos especificar Além da estabilidade, são também assegurados aos
.7
cada um deles com maiores detalhes.
79
servidores estatutários alguns direitos trabalhistas.
-0
Vejamos aqui os mais importantes, de acordo com o §
Agentes Políticos 3º, art. 39, da CF, de 1988:
ZA
U
Os agentes políticos possuem como característica z Salário mínimo;
SO
principal o fato de exercerem uma função pública de z Remuneração de trabalho noturno superior ao
alta direção do Estado. Seu ingresso é feito mediante diurno;
A
z Férias trabalhadas;
modo automático pelo simples decurso do tempo. Per-
z Licença à gestante.
A
Empregado Público
São agentes políticos os parlamentares, o Presidente da
O
YG
Agentes Militares
vistas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
XW
Os agentes militares constituem uma categoria à par- Trata-se de uma vinculação contratual. A contratação
de empregados públicos dá-se, em regra, pelas pes-
A
ções militares possuem fortes bases fundamentadas na soas jurídicas de direito privado integrantes da Admi-
hierarquia e na disciplina. Apesar de também apresen- nistração Indireta (empresas públicas, sociedades de
tarem vinculação estatutária, seu regime jurídico é disci- economia mista, consórcios etc.). Além disso, o ingres-
plinado por legislação especial, e não aquela aplicável aos so de tais pessoas também depende da sua aprovação
servidores civis. São agentes militares os membros das em concurso público.
Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros militares O regime dos empregados públicos é menos prote-
dos Estados, Distrito Federal e Territórios, bem como os tivo do que o regime estatutário. Isso se deve ao fato de
LEGISLAÇÃO
demais militares ligados ao Exército, Marinha e Aeronáu- que os empregados públicos não gozam da estabilida-
tica. Algumas características que merecem destaque são: de que os servidores possuem. Ao serem empossados,
a proibição de sindicalização dos militares, a proibição do os empregados passam por um período de experiên-
direito de greve e a proibição à filiação partidária. cia de 90 dias. Todavia, mesmo após esse período, os
empregados públicos podem ser dispensados.
Servidores Públicos A diferença dos empregados públicos para com
os demais consiste no fato de que a sua demissão será
De modo geral, podemos dizer que a Constituição sempre motivada, após regular processo administrati-
Federal de 1988 apresenta dois tipos de regimes para vo, mediante contraditório e ampla defesa. Importante 259
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
lembrar que, para a Administração Pública, a motivação Conforme aludido no art. 7º, da Lei n° 8.112, de 1990,
de seus atos, bem como o tratamento impessoal e a fina- a investidura em cargo público ocorrerá com a posse.
lidade pública, são princípios norteadores de sua atua-
ção. Uma demissão imotivada de um empregado público z Provimento
seria absolutamente inadmissível nessas condições.
Há diversas formas de provimento dos cargos
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS: A públicos, podendo ser classificado em dois grupos:
LEI N° 8.112, DE 1990
Quanto à durabilidade: O provimento pode ser de
O regime dos servidores públicos possui ampla pre- caráter efetivo, capaz de garantir estabilidade e até
visão normativa. Além do renomado art. 37, da Consti- mesmo vitaliciedade para o ocupante; ou em comis-
tuição Federal, no âmbito infraconstitucional temos a são, quando o referido cargo não goza de estabilida-
Lei nº 8.112, de 1990 (Estatuto dos Servidores Públicos de, podendo o servidor ser destituído ad nutum, isto
Federais), isto é, a legislação que institui o regime jurí- é, de forma unilateral, sem a anuência do servidor;
dico dos servidores públicos da União, autarquias, fun- Quanto à preexistência de vínculo: temos o provi-
dações, agências reguladoras e associações, todas em mento originário, que não depende de vinculação
jurídica anterior com o Estado (nomeação); ou deri-
âmbito federal. Bastante exigida em concursos públi-
vado, se o referido servidor já possuía algum víncu-
cos, convém salientar as principais características a
lo com o Estado (promoção, remoção, readaptação).
respeito do regime dos servidores públicos:
O art. 8º, da Lei n° 8.112, de 1990, dispõe sobre as
Dos Cargos Públicos: Conceito, Investidura na
formas de provimento em cargos públicos:
Função Pública, Provimento, Vacância
Nomeação: trata-se da única forma de provi-
z Conceito
mento originário, uma vez que não exige uma
relação jurídica prévia do servidor para com o
Para todos os efeitos legais, o servidor público está Estado. A nomeação depende sempre de pré-
intrinsecamente ligado à noção de cargo público. Con- via habilitação em concurso público de provas,
forme dispõe o art. 3° do Estatuto dos Servidores, cargo ou de provas e títulos. Além disso, a nomeação
4
-7
público é o conjunto de atribuições e responsabilidades pre- poderá ser promovida não somente em caráter
91
vistas na estrutura organizacional que devem ser cometi- efetivo, como também para os cargos de con-
das a um servidor. A expressão “cometida” no contexto do
.5
fiança ou em comissão (incisos I e II, dos arts.
51
artigo de lei refere-se às atribuições e responsabilidades 9º e 10, da Lei nº 8.112, de 1990);
.7
que são atribuídas ao servidor público em decorrência Promoção: é uma forma de provimento derivado,
79
do cargo público ocupado. Os cargos públicos, acessíveis
haja vista que ela beneficia somente os servidores
-0
a todos os brasileiros, são criados por lei, com denomi-
que já ingressaram em cargos públicos em cará-
nação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, ZA
ter efetivo. Os demais requisitos para o ingresso e o
para provimento em caráter efetivo ou em comissão. desenvolvimento do servidor na carreira, mediante
U
A criação, transformação e extinção de cargos, empre- promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as
SO
gos ou funções públicas depende sempre de uma lei ins- diretrizes do sistema de carreira na Administração
tituidora (inciso X, art. 48, CF, de 1988). Porém, havendo
A
um cargo ou função vago, a sua extinção pode se dar único, art. 10, da Lei nº 8.112, de 1990);
mediante expedição de decreto pelo Poder Executivo.
SI
z Investidura na Função
D
Para ocupar um cargo público, é necessário haver patíveis com a limitação que tenha sofrido em
YG
o seu devido provimento, ou seja, deve haver um ato sua capacidade física ou mental, verificada
administrativo constitutivo e hábil para a investidu-
H
requisitos para a investidura em cargo público, dis- perdendo algum membro essencial para diri-
XW
põe o art. 5º, da Lei n° 8.112, de 1990: gir poderá ser readaptado para executar uma
função similar, mas não idêntica à anterior. Na
A
Art. 5º São requisitos básicos para investidura em hipótese do servidor readaptando se mostrar
M
4
III - promoção;
-7
injusto pode advir de qualquer evento, como ter sido
91
erroneamente acusado de ter praticado uma transgres- IV (REVOGADO);
V (REVOGADO);
.5
são (falaremos das transgressões em momento poste-
51
rior). Carlos, então, resolveu ingressar com ação em VI - readaptação;
VII - aposentadoria;
.7
juízo e por meio de decisão judicial (ou administrativa)
VIII - posse em outro cargo inacumulável;
79
conseguiu comprovar que a sua demissão foi injusta,
IX - falecimento.
-0
ficando determinada a sua invalidação. Com isso, ele
pode ser reintegrado ao seu cargo a fim de voltar a ZA
Observe que algumas das hipóteses de vacância são
desempenhar suas funções na repartição pública.
U
as mesmas das hipóteses de provimento. Isso ocorre
É proibida a criação de cargos excessivos pela
SO
4
A substituição encontra-se disposta no art. 38, do dor estável. São elas:
-7
91
Estatuto. Segundo o caput desse dispositivo, os servi-
z Por sentença judicial transitada em julgado: é
.5
dores investidos em cargo ou função de direção ou che-
51
fia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão a forma mais demorada para se demitir um servi-
.7
substitutos indicados no regimento interno ou, no caso dor, considerando todo o aspecto burocrático exis-
79
de omissão, previamente designados pelo dirigente tente no processo judicial. O trânsito em julgado da
-0
máximo do órgão ou entidade. sentença somente ocorre quando esgotados todos
A substituição é uma troca de um servidor por os recursos cabíveis; ZA
outro, aplicável somente para os cargos de comissão ou z Mediante processo administrativo em que lhe
U
função de direção e chefia, bem como cargos de Natu- seja assegurada ampla defesa. As regras referentes
SO
reza Especial. O servidor substituto indicado assume, ao Processo Administrativo Disciplinar (ou PAD)
A
do titular, bem como na hipótese de vacância do cargo. de desempenho, na forma de lei complementar,
Um direito muito importante do servidor substitu- assegurada ampla defesa: quem não for aprovado
A
D
to é que ele pode optar, entre o cargo que ocupava na avaliação periódica de desempenho pode ser
R
antes e o cargo que passa a ocupar pela substituição, exonerado de seu cargo público, independentemen-
O
pela remuneração mais vantajosa (§ 2º, art. 38). Seria te de ter completado o período de efetivo exercício;
YG
injusto o substituto ganhar menos do que recebia z Por excesso de gasto com pessoal: as hipóteses 1
H
Das Prerrogativas, dos Direitos, das Vantagens e das II, § 3º, art. 169, da CF, de 1988. Sob o aspecto orça-
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A prerrogativa é qualquer situação de vantagem tos em seu orçamento anual. Com isso, havendo a
obtida pela natureza de um cargo ou de uma função. necessidade, é possível, sim, que um servidor está-
No caso dos agentes públicos, existem algumas prer- vel seja exonerado de seu cargo apenas por moti-
rogativas que são comuns para todo e qualquer car- vos de “balancear” as contas públicas.
go público, e existem algumas prerrogativas que são
mais restritas, exclusivas apenas para alguns cargos. Outra prerrogativa que merece maior destaque é
Geralmente essas prerrogativas mais exclusivas são a vitaliciedade. É um instituto bastante parecido com
aplicáveis para os cargos militares e para os cargos de a estabilidade, mas não pode ser confundido com a
natureza política. mesma. A vitaliciedade não é adquirida por qualquer
No momento, é importante focar nas prerrogativas servidor: ela é somente concedida para alguns cargos
que se aplicam para todos os servidores públicos, que públicos especiais.
ocupam cargos públicos em geral. A primeira grande São considerados cargos vitalícios, segundo a pró-
prerrogativa diz respeito à estabilidade. pria Constituição Federal: os cargos de Magistratura
A estabilidade é a condição que o servidor público (inciso I, art. 95), os membros do Ministério Público
atinge após completar alguns requisitos. O seu princi- (“a”, § 5º, art. 128) e os cargos ocupados pelos membros
262 pal efeito é que, uma vez estável no cargo, o servidor do Tribunal de Contas da União ou TCU (§ 3º, art. 73).
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A vitaliciedade é um instituto ainda mais forte do que Indenizações são valores pagos aos servidores, mas
a estabilidade. Uma vez que a pessoa ocupe um desses car- que não integram seus vencimentos. O Estatuto prevê
gos vitalícios, ela somente pode ser exonerada mediante algumas hipóteses de recebimento de indenizações:
sentença judicial transitada em julgado. Essa é a única
hipótese de exoneração, motivo pelo qual ela garante Ajuda de custo por mudança (art. 53) devida
uma prerrogativa maior do que apenas a estabilidade. como forma de compensar as despesas de ins-
Das hipóteses de exoneração, apesar de ser um talação de servidor que tiver exercício em nova
aspecto relativo ao Regime de Previdência, é também sede, ocorrendo mudança de seu domicílio;
considerada como uma forma de exoneração a apo- Ajuda de custo por falecimento (§ 2º, art. 53):
sentadoria compulsória, isto é, a concessão do referido devido à família do servidor que vier a falecer
benefício previdenciário quando o servidor estável ou na nova sede, sendo devido para custear o
vitalício completar 75 (setenta e cinco) anos de idade. transporte para a localidade de origem;
A diferença é que, no caso da aposentadoria compul- Diárias por deslocamento (art. 58): devida ao
sória, o servidor para de trabalhar, mas continua rece- servidor que se afastar, por motivos de serviço,
bendo uma “remuneração”, chamada de provento. da sede em caráter transitório, para outro local
A Lei nº 8.112, de 1990, em seus arts. 40 e 41, elen- dentro ou fora do país, receberá tal indenização
ca diversos direitos e gratificações aos servidores como forma de ajuda no custeio de passagens e
públicos, os quais são de grande importância conhe- diárias destinadas a indenizar as parcelas de des-
cer. Vejamos os principais direitos: pesas extraordinárias com pousada, alimentação
e locomoção urbana. O § 3º, do art. 59, prevê que
z Vencimentos: vencimentos está para o servidor o servidor que receber diárias e não se afastar da
assim como o salário está para o empregado. Con- sede, por qualquer motivo, fica obrigado a resti-
siste na retribuição pecuniária pelo exercício do tuí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias;
cargo público, cujo valor é previamente fixado Transporte (art. 60): será concedida inde-
em lei. Os vencimentos de cargos efetivos são, em nização ao funcionário público que realizar
regra, irredutíveis; despesas com a utilização de meio próprio de
z Remuneração: é mais abrangente. É o vencimen- locomoção para a execução de serviços exter-
to do cargo, somado a todas as outras vantagens nos, por força das atribuições próprias do car-
4
go, conforme disposto em regulamento;
-7
pecuniárias estabelecidas em lei. O menor valor
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pago ao servidor público, independentemente de Auxílio-moradia (art. 60-A): trata-se de res-
.5
sua vinculação, é o valor do salário mínimo vigen- sarcimento das despesas comprovadamente
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te (§ 3º, art. 39, da CF, de 1988). realizadas pelo servidor com aluguel de mora-
.7
dia ou com hospedagem realizado por algum
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hotel, dependendo do preenchimento de alguns
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Importante! requisitos, como não ter um imóvel funcional
disponível para uso, seu cônjuge não ser ocu-
ZA
O art. 39, da Constituição Federal, apresenta pante de imóvel funcional, ou que nenhuma
U
algumas regras gerais sobre o regime dos servi- outra pessoa que resida com o servidor receba
SO
dade e a complexidade dos cargos componentes bém prevê o pagamento das seguintes gratificações:
R
chefia e assessoramento;
L
O regime de subsídios, previsto no § 4º, art. 39, da IV - adicional pelo exercício de atividades insalu-
CF, de 1988, foi introduzido com a finalidade de bres, perigosas ou penosas;
A
M
4
Art. 81 [...] pectivo cargo, havendo uma expectativa para o seu
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I - por motivo de doença em pessoa da família; retorno. As licenças poderão ser concedidas com ou
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sem remuneração, a depender de cada situação.
.5
Essa licença somente poderá ser concedida se for
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indispensável assistência direta do servidor, de forma Dos Afastamentos
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que não possa ser prestada simultaneamente com o
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exercício das funções públicas, pelo que dispõe o § 1º, Os afastamentos propriamente ditos não se confun-
-0
do art. 83, da Lei nº 8.112, de 1990. dem com as licenças já estudadas. Trata-se de hipóteses
ZA
em que ocorre o afastamento do servidor de suas fun-
U
Art. 83 [...] ções por determinação da administração pública, e, em
SO
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou regra, o servidor receberá sua remuneração integral. A
companheiro; previsão legal está elencada nos arts. 93 e seguintes, da
A
LV
vidor para acompanhar cônjuge que foi deslocado z Para servir a outro órgão ou entidade;
A
para outro ponto do território nacional, para o exte- Para exercício de mandato eletivo;
D
z
rior ou para exercer mandato eletivo dos poderes Para estudos ou missões no exterior;
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z
O
executivo e legislativo. Nesse caso, a licença será por z Para participação em programa de pós-graduação
YG
prazo indeterminado e sem remuneração, nos temos stricto sensu dentro do País.
do caput e § 1º, do art. 84, da nº Lei 8.112, de 1990.
H
L
Art. 84 [...] tação no art. 93, e será cedida ao servidor nas seguintes
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III - para o serviço militar (art. 85 da Lei 8.112, de condições: para exercício de cargo em comissão ou fun-
1990); ção de confiança e em casos previstos em leis específicas.
A
4
nismo internacional de que o Brasil participe ou com o
-7
qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração.
91
É importante ressaltar que ao servidor é conferido
direito de petição, na forma do art. 104 e seguintes,
.5
O afastamento do servidor com a finalidade de parti-
51
da Lei nº 8.112, de 1990, para requerer direitos e inte-
cipação em programa de pós-graduação stricto sensu no
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resses próprios em face do Poder Público.
país, no interesse da Administração Pública, acontecerá
79
O requerimento será dirigido à autoridade competen-
desde que a participação não possa ocorrer simultanea-
-0
te para decidi-lo e na sequência encaminhado por inter-
mente com o exercício do cargo ou mediante compen- médio daquela a qual o servidor estiver imediatamente
ZA
sação de horário, art. 96-A, da Lei nº 8.112, de 1990. O subordinado, nos termos do art. 105, da referida legislação.
U
servidor continuará a receber sua remuneração no Deve ser respeitado o princípio do contraditório e
SO
período em que estiver cursando sua especialização. da ampla defesa, dando espaço para que tanto o servi-
Para compreender melhor a diferença entre licen- dor público como o Estado possam impugnar todos os
A
Finalidade é de interesse
Finalidade é de interesse ex- quanto aos atos de demissão e de cassação de apo-
R
do agente e da Adminis-
clusivo do agente público
O
bro da família; para exercer lização; realização de mis- casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.
L
EL
(dias, semanas) gos (meses, anos) Servidor público não é empregado. Por isso, não se
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se afastar do cargo e deixar de receber a remuneração servidor público do ente federativo que o tenha ins-
do mesmo. Porém, tratando-se de exercício de mandato tituído, com teto e subtetos definidos pela Emenda
de Prefeito, o servidor afastado poderá optar, dentre Constitucional nº 41, de 2003.
as duas remunerações, por aquela que lhe for mais Mas o Regime de Previdência dos Servidores tam-
vantajosa (valores maiores, mais benefícios etc.). bém possui dispositivos previstos na Lei nº 8.112, de
Outro aspecto importante: no caso de mandato de 1990. Segundo o art. 184, da referida lei,
Vereador, o servidor poderá exercer os dois car-
gos e receber ambas as remunerações, desde que Art. 184 O Plano de Seguridade Social visa a dar
comprovada a compatibilidade de horários (atua cobertura aos riscos a que estão sujeitos o servidor 265
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
e sua família, e compreende um conjunto de benefí- professora, com proventos integrais; aos 30 (trin-
cios e ações que atendam às seguintes finalidades: ta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e
I - garantir meios de subsistência nos eventos de cinco) se mulher, com proventos proporcionais a
doença, invalidez, velhice, acidente em serviço, ina- esse tempo; aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade,
tividade, falecimento e reclusão; se homem, e aos 60 (sessenta) se mulher, com pro-
II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade; ventos proporcionais ao tempo de serviço (alíneas
III - assistência à saúde.
a, b e c, inciso III, do art. 186).
De modo geral, pode-se dizer que ao servidor é
garantido os seguintes benefícios previdenciários: Importante!
z Aposentadoria: possui previsão tanto na Cons- Com a entrada em vigor da Emenda Constitucio-
tituição Federal quanto na Lei nº 8.112, de 1990. nal nº 103, de 2019, as regras para a aposenta-
O Regime Próprio de Previdência dos Servido- doria voluntária dos agentes públicos sofreram
res (RPPS) também sofreu alterações na chama- algumas alterações. As chances de uma questão
da “Reforma da Previdência”, promulgada pela sobre essas novas regras caírem em uma prova
Emenda Constitucional nº 103, de 2019. Com isso, no momento são pequenas, mas é importante
temos dois textos normativos que, até o presente se prevenir. Existem também regras de transição
momento, dispõem sobre a aposentadoria. mais específicas, as quais devem ser conheci-
das pelo candidato, ao menos um pouco. Por
À luz da Constituição Federal (art. 40), o servidor isso, uma leitura da emenda constitucional 103,
será aposentado: de 2019, na íntegra, é altamente recomendada.
z Por incapacidade permanente para o trabalho, no
cargo em que estiver investido, quando insuscetí- z Auxílio-natalidade (art. 196): o auxílio-natalida-
vel de readaptação. O Texto Constitucional explici- de é devido à servidora por motivo de nascimento
ta que será obrigatória a realização de avaliações de filho, em quantia equivalente ao menor ven-
periódicas para verificação da continuidade das cimento do serviço público, inclusive no caso de
4
condições que ensejaram a concessão da aposenta- natimorto;
-7
doria, na forma de lei do respectivo ente federativo;
91
z Salário-Família (caput e § ° único, do art. 197): o
z Compulsoriamente, com proventos proporcionais salário-família é devido ao servidor segundo o núme-
.5
51
ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de ro de dependentes econômicos deste. Para todos os
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idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na efeitos, são considerados dependentes econômicos:
79
forma da lei complementar nº 152, de 2015. Essa
-0
lei complementar dispõe sobre a aposentadoria Art. 197 [...]
compulsória com proventos proporcionais, sendo Parágrafo único. [...]
ZA
aplicável aos servidores ocupantes de cargos públi- I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive
U
cos da União, Estados, Municípios, Distrito Federal os enteados até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se
SO
e suas autarquias e fundações; aos membros do estudante, até 24 (vinte e quatro) anos ou, se inváli-
do, de qualquer idade;
A
co; e aos membros da Defensoria Pública; II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, median-
te autorização judicial, viver na companhia e às
SI
âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni- z Licença para tratamento de saúde (art. 202):
O
cípios, na idade mínima estabelecida mediante essa licença dependente de perícia médica, sem
YG
emenda às respectivas Constituições e Leis Orgâ- prejuízo da remuneração a que fizer jus. O servi-
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nicas, observados o tempo de contribuição e os dor precisa comprovar que realmente está doente
L
servidor federal poderá ser concedido aposentadoria: rior a 120 dias, sem prejuízo da remuneração.
Todavia, a servidora gestante poderá prorrogar
z Aposentadoria por invalidez permanente, sendo esse prazo, desde que o requeira até o final do pri-
os proventos integrais quando decorrente de aciden- meiro mês após o parto, e terá duração de sessenta
te em serviço, moléstia profissional ou doença grave, dias. Trata-se de uma inovação trazida pelo Decre-
contagiosa ou incurável, especificada em lei, e pro- to nº 6.690, de 2008. Pelo nascimento ou adoção de
porcionais nos demais casos (inciso I, do art. 186); filhos, o servidor terá direito à licença-paternidade
z Aposentadoria compulsória, aos setenta anos de de 5 (cinco) dias consecutivos;
idade, com proventos proporcionais ao tempo de z Licença por acidente em serviço (art. 212): o
serviço (inciso II, do art. 186); Estatuto considera como acidente em serviço o
z Aposentadoria voluntária, de acordo com os dano físico ou mental sofrido pelo servidor, que se
seguintes critérios de idade e de contribuições: aos relacione, mediata ou imediatamente, com as atri-
35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos buições do cargo exercido. O servidor acidente em
30 (trinta) se mulher, com proventos integrais; aos serviço receberá remuneração integral;
30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções z Pensão por morte (art. 215): esse é um dos raros
266 de magistério se professor, e 25 (vinte e cinco) se benefícios que não é devido ao servidor (por motivos
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
óbvios), mas a seus dependentes, incluindo nesse VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;
grupo o cônjuge, o cônjuge divorciado ou separado IX - manter conduta compatível com a moralidade
judicialmente ou de fato; o companheiro ou compa- administrativa;
nheira que comprove união estável como entidade X - ser assíduo e pontual ao serviço;
familiar; ou ainda o filho de qualquer condição, ou XI - tratar com urbanidade as pessoas;
seja, todos os entes equiparados a filho (enteado, XII - representar contra ilegalidade, omissão ou
abuso de poder.
menor tutelado), desde que preencha as seguintes
condições: a) seja menor de 21 (vinte e um) anos; b)
seja inválido; c) tenha deficiência grave; ou ainda d) Das Proibições
tenha deficiência intelectual ou mental;
z Auxílio-funeral: trata-se de benefício devido à O art. 117, da mesma Lei, impõe aos servidores
públicos diversas proibições. Trata-se de uma matéria
família do servidor falecido na atividade ou aposen-
que exige grande capacidade de memorização, ainda
tado, em valor equivalente a um mês da remunera-
que não necessite de um alongamento muito detalhado.
ção ou provento, que será pago à pessoa da família
que tiver custeado o funeral, segundo o que dispõe
Art. 117 Ao servidor é proibido:
o caput e § 3º, do art. 226, da Lei nº 8.112, de 1990; I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem
z Auxílio-reclusão (art. 229): outro benefício tam- prévia autorização do chefe imediato;
bém devido aos dependentes do servidor, cujo II - retirar, sem prévia anuência da autoridade com-
valor poderá ser: petente, qualquer documento ou objeto da repartição;
III - recusar fé a documentos públicos;
Art. 229 [...]
I - dois terços da remuneração, quando afastado Recusar fé a documentos públicos significa dizer
por motivo de prisão, em flagrante ou preventiva, que o servidor não pode se recusar a receber qualquer
determinada pela autoridade competente, enquan- tipo de documento oficial (documento proveniente de
to perdurar a prisão; órgãos públicos), com a exceção dos casos em que exis-
II - metade da remuneração, durante o afastamen- tir suspeita de fraude ou qualquer outra irregularidade.
to, em virtude de condenação, por sentença defini-
tiva, a pena que não determine a perda de cargo. Art. 117 [...]
4
IV - opor resistência injustificada ao andamento de
-7
DO REGIME DISCIPLINAR documento e processo ou execução de serviço;
91
V - promover manifestação de apreço ou desapreço
Dos Deveres dos Servidores Públicos
.5
no recinto da repartição;
51
Apesar da grande quantidade de direitos e vantagens,
.7
O serviço nas repartições públicas deve ser execu-
o Estatuto dos Servidores Públicos também atribui, aos
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tado com imparcialidade dos servidores, sendo regra
mesmos, diversos deveres, com base no regime disciplinar
-0
que seja evitado a exposição de convicções particula-
o qual, se não for atendido, enseja a instauração de pro- res (ideologias políticas, religiosas etc.) que possam
ZA
cesso disciplinar para a apuração de infrações funcionais. intervir negativamente no ambiente de trabalho.
Os deveres disciplinados pelo Estatuto Federal
U
SO
cargo
A liberdade de associação sindical é um direi-
A
4
-7
XVII - cometer a outro servidor atribuições estra- dades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos
91
nhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de (art. 120).
.5
emergência e transitórias;
51
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam Responsabilidades dos Servidores Públicos
.7
incompatíveis com o exercício do cargo ou função e
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com o horário de trabalho; Por fim, em relação à responsabilidade dos ser-
-0
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais vidores públicos, o art. 121, da Lei nº 8.112, de 1990,
quando solicitado. é bastante claro ao dispor que “O servidor responde
ZA
civil, penal e administrativamente pelo exercício irregu-
U
Acumulação de Cargo, Emprego e Função Pública lar de suas atribuições”. Vemos, então, que uma única
SO
públicas, deve-se salientar que o ordenamento jurídi- A responsabilidade civil do servidor público decor-
SI
co brasileiro, em regra, proíbe a acumulação de car- re da prática de atos comissivos ou omissivos, dolosos
gos e empregos públicos. Tal proibição se estende,
A
inclusive, para as entidades da Administração Indire- riais ao erário (patrimônio público), ou a terceiros, pelo
R
ta. O caput do art. 118, da Lei nº 8.112, de 1990, dispõe que dispõe o art. 122, da Lei nº 8.112, de 1990.
O
no mesmo sentido: Ressalvados os casos previstos na A responsabilidade penal do servidor tem seu
YG
cargos públicos. Apesar de o referido texto legal dis- isso é, a hipótese em que o servidor público possa pra-
L
por sobre agentes públicos no âmbito federal, enten- ticar um ilícito penal, ou crime. A responsabilidade
EL
demos que também possa ser aplicado aos agentes penal é, definitivamente, a mais grave e perigosa, uma
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públicos dos Estados, Municípios e Distrito Federal. vez que ela pode repercutir nas demais esferas, tanto
A proibição de acumular cargos estende-se tam-
A
bém a empregos e funções em autarquias, fundações sua absolvição devido à falta de provas materiais ou
públicas, empresas públicas, sociedades de economia pela negação de sua autoria, sendo essas últimas hipó-
mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos teses apenas exceções, segundo aludido pelo art. 123.
Territórios e dos Município (§ 1º, art. 118). A responsabilidade administrativa resulta de
Pela leitura do dispositivo, percebe-se que a pró- ato omissivo ou comissivo praticado pelo servidor
pria Constituição Federal dispõe de um rol de casos no desempenho de cargo ou função, à luz do art. 124.
excepcionais em que é permitida a acumulação des- Consiste na instauração de processo disciplinar,
sas funções. Há entendimento praticamente unânime motivo pelo qual haverá a verificação da conduta deli-
de que se trata de um rol taxativo, ou seja, são válidas tuosa do agente, bem como a aplicação da pena mais
apenas aquelas hipóteses de acumulação de cargos. adequada. Imprescindível reforçar que a aplicação de
Assim, as hipóteses de acumulação de cargos cons- qualquer pena ao servidor público pressupõe um pro-
titucionalmente autorizadas são: cesso administrativo, sendo assegurado ao acusado
direito ao contraditório e à ampla defesa, sendo obri-
z Dois cargos de professor (“a”, XVI, art. 37); gatória, inclusive, a presença do advogado em todas
z Um cargo de professor com outro técnico ou cien- as fases do referido processo (Súmula nº 343, do STJ).
268 tífico (“b”, XVI, art. 37); Todavia, tal entendimento vem sofrendo alterações,
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pois o STF já reconheceu na Súmula Vinculante nº 5 em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.
que a falta de defesa técnica no processo administrati- Ou seja, dentro desse prazo estabelecido, ainda que
vo disciplinar não é inconstitucional. o ex-servidor público demitido ou destituído preste
Em relação às penalidades administrativas apli- novo concurso e se classifique, não poderá ser investi-
cáveis aos servidores públicos, a Lei nº 8.112, de 1990, do e tomar posse de novo cargo.
(art. 127) prevê aplicação das seguintes sanções: Não poderá retornar ao serviço público federal o
servidor que for demitido ou destituído do cargo em
z Advertência: é a sanção mais branda, aplicável comissão por infringência dos incisos I, IV, VIII, X e XI,
por escrito para o servidor que cometer atos como: art. 132, (parágrafo único, do art. 137).
ausentar-se do serviço injustificadamente; recusar Configura abandono de cargo a ausência inten-
fé a documento público; retirar qualquer docu- cional do servidor ao serviço por mais de trinta dias
mento da repartição sem a devida autorização; consecutivos (art. 138). Nesse caso, o servidor deixa
manter sob sua chefia cônjuge, companheiro ou de comparecer ao serviço por mera liberalidade por
parente até o segundo grau; entre outros; mais de trinta dias seguidos.
z Suspensão: aplicável somente quando o servidor Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao ser-
é reincidente nas faltas puníveis por advertên- viço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpola-
cia, desde que não tipifiquem infrações sujeitas a damente, durante o período de doze meses (art. 139).
demissão do cargo. A suspensão não poderá ser
aplicada por prazo maior a noventa dias; Art. 140 Na apuração de abandono de cargo ou
z Demissão: trata-se da penalidade mais grave atri- inassiduidade habitual, também será adotado o
buída ao servidor público, uma vez que tem o con- procedimento sumário a que se refere o art. 133 [...].
dão de exonerá-lo de seu cargo. A demissão será
aplicada nos seguintes casos: O procedimento administrativo sumário é aplicável
somente em situações de verificação de acúmulo ilegal
Art. 132 [...] de cargos, inassiduidade habitual e abandono de cargo e
I - crime contra a administração pública; em todos esses casos é cabível e penalidade de demissão.
II - abandono de cargo; E ainda para que se aplique o procedimento sumá-
III - inassiduidade habitual; rio é importante que se siga os requisitos apresenta-
4
IV - improbidade administrativa; dos a seguir, indicando a materialidade da infração
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V - incontinência pública e conduta escandalosa, na administrativa, ou seja, apresentando provas de que o
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repartição; fato ocorreu e deve ser julgado.
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VI - insubordinação grave em serviço;
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VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particu- Art. 140 [...]
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lar, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; I - a indicação da materialidade dar-se-á:
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VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; a) na hipótese de abandono de cargo, pela indica-
-0
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em ção precisa do período de ausência intencional do
ZA
razão do cargo; servidor ao serviço superior a trinta dias;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patri- b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação
U
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XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou fun- poladamente, durante o período de doze meses;
LV
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. borará relatório conclusivo quanto à inocência ou
A
Muitas dessas hipóteses impedem que o infrator as peças principais dos autos, indicará o respectivo
R
retorne ao serviço público federal, por isso trata-se de dispositivo legal, opinará, na hipótese de abandono
O
falta punível com a demissão terá a sua aposenta- Os responsáveis pela aplicação das penalidades
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contra o erário público, nos casos dos incisos IV, VIII, X quia imediatamente inferior àquelas mencionadas
e XI, do art. 132, implica a indisponibilidade dos bens no inciso anterior quando se tratar de suspensão
(bens adquiridos pelo servidor em decorrência de superior a 30 (trinta) dias;
atos cometidos contra os cofres públicos utilizando-se III - pelo chefe da repartição e outras autoridades
da condição de servidor) e o ressarcimento ao erário, na forma dos respectivos regimentos ou regula-
sem prejuízo da ação penal cabível. mentos, nos casos de advertência ou de suspensão
A demissão ou a destituição de cargo em comis- de até 30 (trinta) dias;
são, por infringência dos incisos IX e XI, do art. 117, IV - pela autoridade que houver feito a nomeação,
incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura quando se tratar de destituição de cargo em comissão. 269
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Mesmo que a administração pública tenha o dever de disposto no § 3º, do art. 143, que indicará, dentre eles,
responsabilizar os seus servidores públicos pelas infra- o seu presidente, que deverá ser ocupante de cargo
ções praticadas de que tiver conhecimento, é importante efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de
observar que essas penalidades devem ser aplicadas a escolaridade igual ou superior ao do indiciado.
contar da data em que o fato se tornou conhecido. A pres- Não temos a figura de um Juiz de Direito no proces-
crição da ação disciplinar é regulamentada pelo art. 142. so administrativo, e sim uma “autoridade julgadora”. A
Comissão não faz parte da autoridade julgadora, ela fica
Art. 142 A ação disciplinar prescreverá: encarregada de realizar um relatório contendo todas as
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis provas colhidas e todos os fatos devidamente investigados.
com demissão, cassação de aposentadoria ou dis- Ao todo, são três as fases do processo adminis-
ponibilidade e destituição de cargo em comissão; trativo disciplinar (art. 151):
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência. Art. 151 [...]
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data I - instauração, com a publicação do ato que cons-
em que o fato se tornou conhecido. tituir a comissão;
§ 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal II - inquérito administrativo, que compreende ins-
aplicam-se às infrações disciplinares capituladas trução, defesa e relatório;
também como crime. III - julgamento.
§ 3º A abertura de sindicância ou a instauração de Art. 152 O prazo para a conclusão do proces-
processo disciplinar interrompe a prescrição, até a so disciplinar não excederá 60 (sessenta) dias,
decisão final proferida por autoridade competente. contados da data de publicação do ato que consti-
§ 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo tuir a comissão, admitida a sua prorrogação por
começará a correr a partir do dia em que cessar a igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.
interrupção.
z Do Inquérito Administrativo
Do Processo Administrativo Disciplinar: Conceito,
Princípios, Fases e Modalidades
O inquérito administrativo é a fase em que temos
a apuração da responsabilidade disciplinar do servi-
O processo administrativo é o instrumento desti-
4
dor público. Ela compreende a fase instrutória (colhei-
-7
nado a apurar as responsabilidades do servidor por
ta de provas), a citação e apresentação da defesa do
91
infração praticada no exercício de suas atribuições ou
servidor que está sendo acusado, além da produção
.5
relacionada ao cargo que ocupa. O processo pode ocor-
de um documento chamado relatório.
51
rer em procedimento ordinário ou em sindicância.
.7
A sindicância é definida como uma averiguação Art. 155 Na fase do inquérito, a comissão promoverá
79
sumária promovida no intuito de obter informações a tomada de depoimentos, acareações, investigações
-0
ou esclarecimentos necessários à determinação do e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova,
verdadeiro significado dos fatos denunciados. Com- recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos,
ZA
parando com o processo penal, pode-se afirmar que a de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.
U
o fim dela não resulta em uma sentença ou decisão: Importante o conteúdo do art. 156, ao dispor que:
A
Segundo o art. 145, da sindicância poderá resultar: médio de procurador, arrolar e reinquirir testemu-
I - arquivamento do processo; II - aplicação de pena-
A
lidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) quesitos, quando se tratar de prova pericial.
R
Como forma de impedir que o servidor venha inter- O art. 156 trata de um conteúdo muito importante,
YG
ferir de forma negativa durante a investigação da apura- ou seja, cuida do direito de defesa do servidor público.
H
ção de sua conduta, estabelece o art. 147 o afastamento Não é porque não estamos em um processo judicial
L
preventivo do mesmo: Como medida cautelar e a fim de (com a figura de um membro do Poder Judiciário) que
EL
que o servidor público não venha a influir na apuração da não devem ser aplicados os princípios mais básicos e
XW
a existência de veementes indícios de responsabilidades, dos princípios do contraditório e ampla defesa, a dis-
poderá ordenar o seu afastamento do exercício do cargo. paridade de armas, o direito de ter ciência e conheci-
mento do processo, o direito de ser representado por
z Do Processo Disciplinar autoridade competente etc.
A seguir temos alguns meios de prova que são admi-
Uma vez encerrada a sindicância e, constatado tidos no processo administrativo, sendo, praticamente os
uma conduta irregular, temos o início do processo mesmos meios de prova admitidos em processo judicial.
administrativo disciplinar (PAD), ou ordinário. Segun- As testemunhas estão dispostas no art. 157, e serão
do o art. 148, o processo administrativo ordinário é intimadas a depor mediante mandado expedido pelo
o instrumento destinado a apurar responsabilidade do presidente da comissão, devendo a segunda via, com
servidor público pela infração praticada no exercício de o ciente do interessado, ser anexado aos autos. Quem
suas atribuições ou que tenha relação com as atribui- convoca as testemunhas para colher seus respectivos
ções do cargo em que se encontre investido. depoimentos, e quem faz toda a colheita de todos os
Segundo o art. 149, o processo será conduzido meios de prova, é a Comissão e não a autoridade jul-
por Comissão composta de três servidores estáveis gadora que, por sua vez, somente vai atuar no PAD
270 designados pela autoridade competente, observado o quando todo o trabalho da Comissão tiver encerrado.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Se a testemunha for servidor público, a expedição ou ainda em caso de incapacidade mental do servidor
do mandado tem que ser imediatamente comunicada público, pelo respectivo curador (§ § 1º e 2º, art. 174).
ao chefe da repartição onde serve, com a indicação do No processo revisional, o ônus da prova recai sem-
dia e hora marcados para inquirição. (parágrafo único, pre ao requerente, correndo em apenso ao processo
art. 157). O servidor não pode se ausentar de seu servi- original (arts. 175 e 178).
ço sem apresentar uma justificativa válida para tanto. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a con-
Concluída a inquirição das testemunhas, a comis- clusão dos trabalhos de revisão (art. 179). O prazo para jul-
são promoverá o interrogatório do acusado, observa- gamento será de 20 (vinte) dias, contados do recebimento
dos os procedimentos previstos nos arts. 158 e 159. do processo, no curso do qual a autoridade julgadora pode-
No caso de mais de um acusado, cada um deles será rá determinar diligências (parágrafo único, do art. 181).
ouvido separadamente e, sempre que divergirem em Lembrando que, se da revisão do processo resultar a
suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será inocência do servidor, ele tem direito de ser reintegrado
promovida a acareação entre eles. ao cargo que antigamente ocupava, exceto em relação ao
A citação do indiciado está disposta no art. 161. cargo em comissão, que será convertido em exoneração.
A revisão do processo não admite a reformatio in pejus,
Tipificada a infração disciplinar, será formulada a
o que significa que não poderá resultar agravamento da
indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a
penalidade já aplicada (parágrafo único, do art. 182).
ele imputados e das respectivas provas.
O indiciado será citado por mandado expedido
pelo presidente da comissão para apresentar defesa LEI Nº 4.878, DE 1965 — REGIME PECULIAR DOS
POLICIAIS CIVIS-DF
escrita, no prazo de 10 (dez) dias, sendo assegurado
dar vista do processo na repartição, isso é, olhar pági-
na por página, parágrafo por parágrafo, tudo o que já A Lei Federal nº 4.878, de 3 de dezembro de 1965,
foi produzido no PAD (§ 1º, do art. 161). é a legislação que institui o Regime Peculiar dos Poli-
Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente ciais Civis da União e do Distrito Federal. Essa legisla-
citado, não apresentar defesa no prazo legal. A revelia ção é importante para nossos estudos, uma vez que
será declarada, por termo, nos autos do processo e devol- ela dispõe sobre os aspectos mais característicos do
verá o prazo para a defesa (caput e § 1º, do art. 164). regime jurídico dos policiais civis.
Uma vez apuradas todas as provas, a Comissão ela- Os dispositivos trazidos neste material dizem res-
4
borará um relatório de tudo que foi constado no pro- peito aos seguintes assuntos, que são os assuntos que
-7
mais costumam cair nas provas de concursos: os car-
91
cesso. Não é ainda uma decisão, pois o relatório será
encaminhado para a autoridade julgadora. gos públicos e as respectivas formas de provimento;
.5
os direitos e vantagens conferidos pelo exercício no
51
cargo; o regime disciplinar, envolvendo uma enorme
.7
z Do Julgamento
gama de deveres, vedações, a tríplice responsabilida-
79
de; e o processo administrativo disciplinar.
-0
A fase do julgamento tem início com o recebimen-
to do relatório da Comissão, e terá prazo máximo de 20 ZA
dias para decidir se acata o relatório ou não (art. 167). DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
U
geral, que a autoridade julgadora não está subordinada De início, o art. 2º apresenta-nos quem a legislação
considera como policial civil. Ela impõe, assim, um
A
rado a pedido, ou aposentado voluntariamente, após novembro de 1964, com as alterações constantes
L
trata o inciso I, parágrafo único, do art. 34, o ato será derado funcionário policial o ocupante de cargo em
A
a inadequação da penalidade aplicada (art. 174). saram pelas etapas do concurso público para ocupar
A revisão é uma forma de defesa utilizada pelo cargos na Polícia Civil é que podem exercer a função
acusado ou seu representante, para que a autoridade policial. Nesse mesmo sentido, o texto do art. 3º dispõe:
possa realizar um novo julgamento do PAD, porque
apareceu um fato ou circunstância nova que compro- Art. 3º O exercício de cargos de natureza policial é
vem a inocência do requerente. privativo dos funcionários abrangidos por esta Lei.
A revisão de que trata este artigo poderá ser requeri-
da em caso de falecimento, ausência ou desaparecimen- Essas características da função policial são muito
to do servidor público, por qualquer pessoa da família, importantes, uma vez que a referida legislação deixa 271
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bastante claro que o exercício da função policial torna VIII - ter sido habilitado previamente em concurso
o agente incompatível para o exercício de qualquer público de provas ou de provas e títulos.
outra função. Na prática, isso significa que o agente § 1º A prova da condição prevista no item IV deste
policial civil somente pode ser agente policial civil: ele artigo não será exigida da candidata ao ingresso na
não pode ocupar outro cargo de outro órgão público. Polícia Feminina.
A incompatibilidade também se estende para ativida- § 2º Será demitido, mediante processo disciplinar
des características da esfera privada. Ele não pode, regular, o funcionário policial que, para ingressar no
por exemplo, estabelecer comércio ou abrir empresa. Departamento Federal de Segurança Pública e na Polí-
cia do Distrito Federal, omitiu fato que impossibilitaria
DISPOSIÇÕES PECULIARES a sua matrícula na Academia Nacional de Polícia.
Do Ingresso e Provimento na Carreira Uma vez aprovado, tanto no concurso público como
no curso de formação mestrado pela Academia de Polí-
Uma vez compreendidos os aspectos introdutórios cia, o agente policial deve seguir um caminho parecido
da Polícia Civil, convém fazer uma análise sobre as car- com os demais servidores públicos civis: ele deve assi-
reiras policiais, principalmente quanto à sua forma de nar termo de posse em sessão formal e solene, prome-
provimento. Assim, quando lemos que a Administração tendo cumprir bem as atribuições de seu cargo.
Pública é competente para prover seus próprios cargos, O art. 10 dispõe que a autoridade competente para
significa que ela é competente para preencher os cargos dar posse ao novo membro da PC-DF varia de acordo
que ela mesma cria, sendo desnecessário a interferência com o tipo de agente policial:
de outro Poder. É isso o que dispõe o art. 6º:
Art. 10 São competentes para dar posse:
Art. 6º A nomeação será feita exclusivamente: I - o Diretor-Geral do Departamento Federal de
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo Segurança Pública, ao Chefe de seu Gabinete, ao
integrante de classe singular ou inicial de série de Corregedor, aos Delegados Regionais e aos direto-
classes condicionada à anterior aprovação em cur- res e chefes de serviço que lhe sejam subordinados;
so específico da Academia Nacional de Polícia; II - o Diretor da Divisão de Administração do
II - em comissão, quando se tratar de cargo isola- mesmo Departamento, nos demais casos;
do que em virtude de lei, assim deva ser provido. III - o Secretário de Segurança Pública do Dis-
trito Federal, ao Chefe de seu Gabinete e aos Dire-
4
-7
tores que lhe sejam subordinados;
De início, é importante esclarecer que os cargos
91
IV - o Diretor da Divisão de Serviços Gerais da
públicos dentro da PC-DF serão de provimento efeti-
.5
Polícia do Distrito Federal, nos demais casos.
vo ou de cargos em comissão. Cargos de provimento
51
Parágrafo único. O Diretor-Geral do Departamento
efetivo são aqueles que, para a sua ocupação, o candi-
.7
Federal de Segurança Pública, o Secretário de Segu-
dato deve, antes, ser aprovado em exame de concurso
79
rança Pública do Distrito Federal e o Diretor da
público de provas ou de provas e títulos.
-0
Divisão de Administração do referido Departamen-
Os cargos em comissão, por outro lado, são cargos to poderão delegar competência para dar posse.
ZA
cujo preenchimento exige critérios muito mais sub-
jetivos: esses são de livre nomeação pela autoridade
U
alguns requisitos habilitatórios, que estão previstos nos Art. 12 A frequência aos cursos de formação profis-
incisos do art. 9º. Esses requisitos se assemelham com os sional da Academia Nacional de Polícia para primeira
A
Art. 9º São requisitos para matrícula na Academia Uma vez ingresso no cargo, o agente policial já
Nacional de Polícia: é considerado estável? Não! Ele deve passar por um
I - ser brasileiro; período denominado de estágio probatório antes de
II - ter completado dezoito anos de idade; adquirir a estabilidade no cargo. O estágio probatório
III - estar no gozo dos direitos políticos; tem previsão no art. 13:
IV - estar quite com as obrigações militares;
V - ter procedimento irrepreensível e idoneidade moral Art. 13 Estágio probatório é o período de dois anos
inatacável, avaliados segundo normas baixadas pela de efetivo exercício do funcionário policial, durante
Direção Geral do Departamento de Polícia Federal; o qual se apurarão os requisitos previstos em lei.
VI - gozar de boa saúde, física e psíquica, compro- Parágrafo único. Mensalmente, o responsável pela
vada em inspeção médica; repartição ou serviço, em que esteja lotado funcioná-
VII - possuir temperamento adequado ao exercício rio policial sujeito a estágio probatório, encaminhará
da função policial, apurado em exame psicotécnico ao órgão de pessoal relatório sucinto sobre o compor-
272 realizado pela Academia Nacional de Polícia; tamento do estagiário.
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O estágio probatório, assim, é o período em que o entre seus pares, avaliados no decurso da carreira e
agente policial será avaliado, constantemente, com base no desempenho de cargos e comissões exercidas, em
em critérios de produtividade, assiduidade, eficiência, particular no posto que ocupam, ao serem cogitados
entre outros. A sua aprovação em estágio probatório é para a promoção. Há um Quadro de Acesso de Pro-
imprescindível para adquirir sua estabilidade no cargo. moção por Merecimento, que classifica os agentes em
O estágio probatório inicia-se com o efetivo exercí- ordem decrescente de merecimento. Para ter direito à
cio do servidor no cargo. Assim que ele ocupa o cargo promoção por merecimento, o policial deve também
e começa a exercer as suas atribuições, será computa- passar por um período de interstício.
do o período de estágio probatório. Para se candidatar à promoção por merecimento,
A reprovação no estágio probatório, isto é, quando o o art. 16 dispõe da necessidade de conclusão de curso
agente policial não obtém avaliação satisfatória durante na Academia Nacional de Polícia da classe superior a
esse período em que é avaliado, enseja na sua exonera- que o agente policial pertence.
ção de ofício. Contudo, o art. 14 dispõe que o responsável
pelas avaliações de sua repartição deve comunicar ao Art. 16 Para a promoção por merecimento é requisito
agente avaliado, seis meses antes do término do período necessário a aprovação em curso da Academia Nacio-
de avaliação, sobre a sua aprovação ou reprovação. nal de Polícia correspondente à classe imediata-
mente superior àquela a que pertence o funcionário.
Art. 14 Sem prejuízo da remessa prevista no pará-
grafo único do artigo anterior, o responsável pela Mas o Regimento Interno também dispõe de outras
repartição ou serviço em que sirva funcionário formas de provimento derivado. É o caso da readapta-
policial sujeito a estágio probatório, seis meses ção, prevista no art. 20.
antes da terminação deste, informará reservada- A readaptação é quando um policial, que tenha sofrido
mente ao órgão de pessoal sobre o funcionário, ten- limitação em sua capacidade física ou mental, verificada
do em vista os requisitos previstos em lei. em inspeção médica, investe em outro cargo que apresen-
ta atribuições compatíveis com a sua situação de saúde.
Dica:
Art. 20 O funcionário policial que, comprovada-
A nomeação é a única forma de provimento originá- mente, se revelar inapto para o exercício da função
policial, sem causa que justifique a sua demissão
4
rio de cargos públicos, pois é a forma de provimento
-7
em que não se pressupõe uma relação preexistente ou aposentadoria, será readaptado em outro cargo
91
mais compatível com a sua capacidade, sem deces-
entre o servidor e a Administração. Todas as outras
.5
so nem aumento de vencimento.
formas de provimento são derivadas.
51
Parágrafo único. A readaptação far-se-á mediante a
.7
transformação do cargo exercido em outro mais com-
79
Da Ascensão e Formas de Provimento Derivado na patível com a capacidade física ou intelectual e vocação.
-0
Carreira
DAS VANTAGENS ESPECÍFICAS
ZA
Mesmo que não seja permitida a movimentação
U
na carreira policial por acesso ou por transferência, Do Sistema Remuneratório do Policial Civil e
SO
uma vez que é uma forma de ascensão na carreira fei- De modo geral, a legislação que trata do regime
SI
abril e 28 de outubro de cada ano, desde que veri- niária (que afetam quanto o servidor ganha) e os de
O
ficada a existência de vaga e haja funcionários em natureza não-pecuniária. Vamos tratar, primeiro, das
YG
A promoção dos agentes policiais pode ser feita de duas remuneratório dos agentes policiais. Mas sabemos
EL
formas distintas: por antiguidade e por merecimento. que a grande maioria dos servidores públicos são
XW
tício. É o período considerado mínimo o qual ele deve uma garantia, inclusive, de ordem constitucional.
permanecer no cargo, exercendo as atribuições ineren- O mais importante da remuneração do agente poli-
tes. Apesar de o Estatuto não fazer referência ao tempo cial, para nossos estudos, são as vantagens pecuniá-
necessário para a concessão de promoções, entende- rias às quais essas pessoas têm direito. Sobre o tema,
mos que o período de interstício para os cargos iniciais o art. 22 menciona duas vantagens que integram a
em carreira é o mesmo período do estágio probatório. remuneração dos policiais civis:
A promoção por merecimento é a ascensão fun-
cional baseada no conjunto de atributos e qualidades Art. 22 O funcionário policial fará jus ainda às
que distinguem e realçam o valor dos agentes policiais seguintes vantagens: 273
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I - Gratificação de função policial; Art. 27 O funcionário policial casado, quando
Il - Auxílio para moradia. lotado em Delegacia Regional, terá direito a
auxílio para moradia correspondente a 10% (dez
A gratificação de atividade policial é concedida por cento) do seu vencimento mensal.
para os policiais pelo efetivo exercício das atribuições Parágrafo único. O auxílio previsto neste artigo
próprias e peculiares da função em regime de dedica- será pago ao funcionário policial até completar 5
ção exclusiva. É isso o que dispõe o art. 23: (cinco) anos na localidade em que, por necessidade
de serviço, nela deva residir, e desde que não dispo-
nha de moradia própria.
Art. 23 O policial fará jus à gratificação de função poli-
cial por ficar, compulsoriamente, incompatibilizado
para o desempenho de qualquer outra atividade, públi- Assim, o auxílio moradia possui caráter comple-
ca ou privada, e em razão dos riscos a que está sujeito. tamente distinto da gratificação pelo exercício da ati-
§ 1º A gratificação a que se refere este artigo será vidade policial. O auxílio moradia possui natureza
calculada, percentualmente, sobre o vencimento do indenizatória, uma vez que ela só será devida como
cargo efetivo do policial, na forma a ser fixada pelo forma de garantir que o agente policial possa adquirir
Presidente da República. imóvel próprio, eventualmente. Nesse sentido, o art.
§ 2º Quando se tratar de ocupante de cargo ou função 28 dispõe que, na hipótese de o agente policial ocupar
de direção, chefia ou assessoramento com atribuições imóvel sob a responsabilidade do órgão em que servir,
e responsabilidades de natureza policial, a gratificação 20% (vinte por cento) do valor do auxílio serão recolhi-
será calculada sobre o valor do símbolo do cargo em dos como receita da União e o restante será empregado
comissão ou da função gratificada. conforme for estabelecido pelo referido órgão, de acor-
§ 3º Ressalvado o magistério na Academia Nacional do com as suas peculiaridades. Vejamos os dispositivos:
de Polícia e a prática profissional em estabelecimento
hospitalar, para os ocupantes de cargos da série de Art. 28 Quando o funcionário policial, de que trata
classes de Médicos Legista, ao funcionário policial é o artigo anterior, ocupar imóvel sob a responsabi-
vedado exercer outra atividade, qualquer que seja a lidade do órgão em que servir, 20% (vinte por cen-
forma de admissão, remunerada ou não, em entidade to) do valor do auxílio previsto no artigo anterior
pública ou empresa privada. serão recolhidos como receita da União e o restan-
te, empregado conforme for estabelecido pelo refe-
4
Essa gratificação existe, assim, como um bônus rido órgão de acordo com as suas peculiaridades.
-7
Art. 29 Quando o funcionário policial ocupar imó-
91
para o agente policial que atua em regime de dedica-
vel de outra entidade, a importância referida no
.5
ção exclusiva. Lembre-se de que o exercício da função
art. 28 terá o seguinte destino:
51
policial torna o agente incompatível para o exercício
a) a importância correspondente ao aluguel, reco-
.7
de qualquer outro cargo público e o impossibilita de lhida ao órgão responsável pelo imóvel;
79
praticar alguns atos da esfera privada. b) o restante, empregado na forma estabelecida no
-0
A gratificação de função policial não será paga artigo anterior, in fine.
enquanto o funcionário policial deixar de perceber o ZA
Art. 30 Esgotado o prazo previsto no parágrafo
vencimento do cargo em virtude de licença ou outro único do art. 27, o funcionário que continuar ocu-
U
afastamento, exceto quando estiver investido em cargo pando imóvel de responsabilidade da repartição
SO
em comissão ou função gratificada com atribuições e res- em que servir indenizá-la-á da importância corres-
A
ponsabilidades de natureza policial. Nesse caso, ele conti- pondente ao auxílio para moradia.
LV
nuará a perceber a gratificação na base do vencimento do Parágrafo único. Se a ocupação for de imóvel per-
SI
cargo efetivo. Vejamos a disposição dos artigos: tencente a outro órgão, o funcionário indeniza-la-á
pelo aluguel correspondente.
A
D
funcionário policial à prestação, no mínimo, de 200 Na hipótese de o agente policial ocupar imóvel per-
O
(duzentas) horas mensais de trabalho. tencente a outra entidade pública que não seja a PC-DF,
YG
Art. 25 A gratificação de função policial não será a importância do auxílio terá o seguinte destino: a
H
paga enquanto o funcionário policial deixar de per- importância correspondente ao aluguel, recolhida pelo
L
ceber o vencimento do cargo em virtude de licença órgão responsável pelo imóvel; o restante, empregado
EL
ou outro afastamento, salvo quando investido em na forma estabelecida no artigo anterior, in fine (art. 29).
XW
cargo em comissão ou função gratificada com atri- Para facilitar a memorização desse conteúdo,
buições e responsabilidades de natureza policial, segue a estrutura da remuneração dos agentes poli-
A
Vencimentos
REMUNERAÇÃO
ESTRUTURA DA
O auxílio moradia, por sua vez, é o benefício con- Resta-nos dispor sobre as vantagens não pecuniá-
cedido ao agente policial casado, que vive em lotação rias, isto é, os benefícios que não inferem, economica-
em Delegacia Regional. O valor do auxílio moradia mente, na remuneração do agente policial. O Regimento
corresponde a 10% (dez por cento) do valor do venci- Interno apresenta apenas duas vantagens não pecuniá-
274 mento mensal do policial civil. rias: a assistência médico-hospitalar e a prisão especial.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A assistência médico-hospitalar é um benefício bas- perdurar a viuvez, e os demais dependentes menciona-
tante importante para os agentes policiais, considerando dos nas letras “b” a “f”, desde que vivam sob a respon-
a natureza de seus serviços. Tendo em vista as importan- sabilidade legal da viúva.
tes funções exercidas pelos agentes da Polícia Civil e o
Outro benefício que merece nossa atenção é a
trabalho, que é bastante perigoso e pode colocar em risco
questão da prisão especial. O agente policial tem a
as suas próprias vidas, é evidente que esses profissionais
prerrogativa de permanecer em prisão especial até o
devem ser recompensados com ampla assistência a exa-
trânsito em julgado da ação penal. A hipótese de pri-
mes, tratamentos e atendimentos médico-hospitalares.
são especial está prevista no art. 40:
Esse benefício compreende duas vertentes, confor-
me expõe o art. 31: Art. 40 Preso preventivamente, em flagrante ou em
virtude de pronúncia, o funcionário policial, enquan-
Art. 31 A assistência médico-hospitalar to não perder a condição de funcionário, permanecerá
compreenderá: em prisão especial, durante o curso da ação penal
a) assistência médica contínua, dia e noite, ao poli- e até que a sentença transite em julgado.
cial enfermo, acidentado ou ferido, que se encontre § 1º O funcionário policial nas condições deste arti-
hospitalizado; go ficará recolhido a sala especial da repartição
b) assistência médica ao policial ou sua família, em que sirva, sob a responsabilidade do seu diri-
através de laboratórios, policlínicas, gabinetes odonto- gente, sendo-lhe defeso exercer qualquer atividade
lógicos, pronto-socorro e outros serviços assistenciais. funcional ou sair da repartição sem expressa auto-
rização do Juízo a cuja disposição se encontre.
Assim, esse benefício se diverge quanto ao agente § 2º Publicado no Diário Oficial o decreto de demis-
policial e à sua família. são, será o ex-funcionário encaminhado, desde logo,
No caso da família do agente policial, não há como a estabelecimento penal, onde permanecerá em
fornecer atendimento hospitalar pela ocorrência de sala especial, sem qualquer contato com os demais
acidente em serviço. Contudo, a essas pessoas (depen- presos não sujeitos ao mesmo regime, e, uma vez con-
dentes do policial civil) é garantida a assistência médi- denado, cumprirá a pena que lhe tenha sido imposta,
ca, mediante a realização de exames em laboratórios, nas condições previstas no parágrafo seguinte.
policlínicas, gabinetes odontológicos, prontos-socor- § 3º Transitada em julgado a sentença conde-
natória, será o funcionário encaminhado a
4
ros e outros serviços de caráter assistencial.
-7
estabelecimento penal, onde cumprirá a pena
Vejamos os demais dispositivos:
91
em dependência isolada dos demais presos não
.5
abrangidos por esse regime, mas sujeito, como eles,
Art. 32 A assistência médico-hospitalar será pres-
51
ao mesmo sistema disciplinar e penitenciário.
tada pelos serviços médicos dos órgãos a que per-
.7
§ 4º Ainda que o funcionário seja condenado às
79
tença ou tenha pertencido o policial, dentro dos penas acessórias dos itens I e II do Art. 68 do Códi-
recursos próprios colocados à disposição deles.
-0
go Penal, cumprirá a pena em dependência isolada
Art. 33 O funcionário policial terá hospitalização e dos demais presos, na forma do parágrafo anterior.
ZA
tratamento por conta do Estado, quando acidenta-
do em serviço ou acometido de doença profissional.
U
material aplicado ou da peça fornecida. O regime jurídico dos policiais civis não apresenta
EL
O art. 35 é um dispositivo importante, pois ele indi- tância dentro da sociedade, as suas atitudes e ações são
ca quais pessoas o Regimento Interno considera como fiscalizadas por um rigoroso regime disciplinar.
A
4
comanditário;
-7
irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo;
XV - praticar a usura em qualquer de suas formas;
91
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência
XVI - pleitear, como procurador ou intermediário,
.5
em razão do cargo ao conhecimento da autoridade
junto a repartições públicas, salvo quando se tratar
51
superior ou, quando houver suspeita de envolvi-
mento desta, ao conhecimento de outra autoridade de percepção de vencimentos, vantagens e proven-
.7
tos de parentes até segundo grau civil;
79
competente para apuração;
VII - zelar pela economia do material e a conserva- XVII - faltar à verdade no exercício de suas funções,
-0
ção do patrimônio público; por malícia ou má-fé;
ZA
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; XVIII - utilizar-se do anonimato para qualquer fim;
XIX - deixar de comunicar, imediatamente, à auto-
U
IX - manter conduta compatível com a moralidade
SO
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso ra de suas atribuições, as leis e os regulamentos;
SI
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso a quem a esteja substituindo, informação que tiver sobre
D
XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada iminente perturbação da ordem pública, ou da boa mar-
R
pela autoridade superior àquela contra a qual é formu- cha de serviço, tão logo disso tenha conhecimento;
O
lada, assegurando-se ao representando ampla defesa. XXII - deixar de informar com presteza os proces-
YG
Observe que os deveres traduzem sempre em uma XXIII - dificultar ou deixar de levar ao conhecimento
L
conduta positiva (obrigação de fazer), pois são ações de autoridade competente, por via hierárquica e em
EL
e atitudes que a sociedade espera que um bom agente 24 (vinte e quatro) horas, parte, queixa, represen-
XW
policial pratique no seu dia a dia. tação, petição, recurso ou documento que houver
As transgressões, por sua vez, são as condutas nega- recebido, se não estiver na sua alçada resolvê-lo;
A
M
tivas, e estão dispostas no Regimento Interno, de modo XXIV - negligenciar ou descumprir a execução de
a proibir que os agentes policiais pratiquem tais ações e qualquer ordem legítima;
atitudes, pois são consideradas condutas deploráveis, que XXV - apresentar maliciosamente, parte, queixa ou
maculam a reputação da Polícia Civil do Distrito Federal. representação;
As transgressões estão previstas nos incisos do art. 43: XXVI - aconselhar ou concorrer para não ser cum-
prida qualquer ordem de autoridade competente,
Art. 43 São transgressões disciplinares: ou para que seja retardada a sua execução;
I - referir-se de modo depreciativo às autoridades e XXVII - simular doença para esquivar-se ao cumpri-
atos da administração pública, qualquer que seja o mento de obrigação;
meio empregado para esse fim; XXVIII - provocar a paralisação, total ou parcial,
II - divulgar, através da imprensa escrita, falada ou tele- do serviço policial, ou dela participar;
visionada, fatos ocorridos na repartição, propiciar-lhes XXIX - trabalhar mal, intencionalmente ou por
a divulgação, bem como referir-se desrespeitosa e depre- negligência;
ciativamente às autoridades e atos da administração; XXX - faltar ou chegar atrasado ao serviço, ou dei-
III - promover manifestação contra atos da admi- xar de participar, com antecedência, à autoridade a
nistração ou movimentos de apreço ou desapreço a que estiver subordinado, a impossibilidade de com-
276 quaisquer autoridades; parecer à repartição, salvo motivo justo;
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
XXXI - permutar o serviço sem expressa permissão LVI - impedir ou tornar impraticável, por qualquer
da autoridade competente; meio, na fase do inquérito policial e durante o inter-
XXXII - abandonar o serviço para o qual tenha sido rogatório do indiciado, mesmo ocorrendo incomu-
designado; nicabilidade, a presença de seu advogado;
XXXIII - não se apresentar, sem motivo justo, ao fim LVII - ordenar ou executar medida privativa da
de licença, para o trato de interesses particulares, liberdade individual, sem as formalidades legais,
férias ou dispensa de serviço, ou, ainda, depois de ou com abuso de poder;
saber que qualquer delas foi interrompida por ordem LVIII - submeter pessoa sob sua guarda ou custódia
superior; a vexame ou constrangimento não autorizado em
XXXIV - atribuir-se a qualidade de representante de lei;
qualquer repartição do Departamento Federal de Segu- LIX - deixar de comunicar imediatamente ao Juiz
rança Pública e da Polícia do Distrito Federal, ou de competente a prisão em flagrante de qualquer pessoa;
seus dirigentes, sem estar expressamente autorizado; LX - levar à prisão e nela conservar quem quer que
XXXV - contrair dívida ou assumir compromisso se proponha a prestar fiança permitida em lei;
superior às suas possibilidades financeiras, com- LXI - cobrar carceragem, custas, emolumentos ou
prometendo o bom nome da repartição; qualquer outra despesa que não tenha apoio em lei;
XXXVI - frequentar, sem razão de serviço, lugares LXII - praticar ato lesivo da honra ou do patrimô-
incompatíveis com o decoro da função policial; nio da pessoa, natural ou jurídica, com abuso ou
XXXVII - fazer uso indevido da arma que lhe haja desvio de poder, ou sem competência legal;
sido confiada para o serviço; LXIII - atentar, com abuso de autoridade ou pre-
XXXVIII - maltratar preso sob sua guarda ou usar de valecendo-se dela, contra a inviolabilidade de
violência desnecessária no exercício da função policial; domicílio.
XXXIX - permitir que presos conservem em seu
poder instrumentos com que possam causar danos Não há a necessidade de memorizar todas as trans-
nas dependências a que estejam recolhidos, ou pro- gressões apresentadas. Porém, é importante estabelecer
duzir lesões em terceiros; que a prática de transgressões mais graves devem ense-
XL - omitir-se no zelo da integridade física ou moral jar na aplicação de uma sanção disciplinar mais severa.
dos presos sob sua guarda; Podemos, então, dividir esse grande rol de trans-
XLI - desrespeitar ou procrastinar o cumprimento gressões em três grandes grupos, com base na gravi-
4
de decisão ou ordem judicial, bem como criticá-las; dade da conduta.
-7
XLII - dirigir-se ou referir-se a superior hierárquico As transgressões leves são atos reprimidos com as
91
de modo desrespeitoso; sanções disciplinares mais brandas. É o caso, por exem-
.5
XLIII - publicar, sem ordem expressa da autorida-
51
plo, da impontualidade habitual; deixar de comparecer
de competente, documentos oficiais, embora não às convocações de autoridade superior para a realização
.7
reservados, ou ensejar a divulgação do seu conteú-
79
de qualquer finalidade; manter relações de amizade com
do, no todo ou em parte;
-0
pessoas de má reputação; dar informações inexatas; etc.
XLIV - dar-se ao vício da embriaguez; As transgressões médias são condutas puníveis com
ZA
XLV - acumular cargos públicos, ressalvadas as sanções um pouco mais severas. Essas condutas são con-
exceções previstas na Constituição;
U
ridade competente;
LV
pectiva comissão, negligenciar no cumprimento sido confiada para o serviço; ou, ainda, retirar qualquer
R
das obrigações que lhe são inerentes; documento da repartição sem a devida autorização.
O
XLVIII - prevalecer-se, abusivamente, da condição Já as transgressões graves são condutas que devem
YG
de funcionário policial; ser punidas com as sanções mais severas, como a demis-
H
XLIX - negligenciar a guarda de objetos pertencen- são do agente policial ou a cassação de sua aposentado-
L
tes à repartição e que, em decorrência da função ria. São atos que não apenas demonstram a falta de ética
EL
ou para o seu exercício, lhe tenham sido confiados, e boa-fé do agente policial, mas também acarretam a
XW
LIII - exercer, a qualquer título, atividade pública nio público; atentar contra a inviolabilidade de domicílio,
ou privada, profissional ou liberal, estranha à de caracterizando em abuso de autoridade etc.
seu cargo;
LIV - lançar em livros oficiais de registro anota- Sanções Disciplinares Aplicáveis
ções, queixas, reivindicações ou quaisquer outras
matérias estranhas à finalidade deles; Não cumprindo com um dos deveres inerentes de
LV - adquirir, para revenda, de associações de clas- seu cargo, ou na prática de uma das transgressões pre-
se ou entidades beneficentes em geral, gêneros ou vistas no art. 43, o policial civil estará sujeito à aplica-
quaisquer mercadorias; ção da sanção disciplinar correspondente. 277
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O art. 44 apresenta um rol com todas as sanções Federal, quando se tratar de ocupante de cargo em
disciplinares. São, ao todo, sete penalidades: comissão ou função gratificada ou funcionário ocu-
pante de cargo para o qual ingresso ou desempe-
Art. 44 São penas disciplinares: nho seja exigido diploma de nível universitário;
I - repreensão; III - em sala especial na Delegacia Regional, quando
II - suspensão; se tratar de funcionário nela lotado;
III - multa; IV - em sala especial da repartição, nos demais casos.
IV - detenção disciplinar;
V - destituição de função; Uma vantagem importante da detenção é o fato
VI - demissão; de que ela não prejudica a percepção de vencimen-
VII - cassação de aposentadoria ou disponibilidade. tos pelo agente policial: ele continua recebendo sua
remuneração, mesmo não trabalhando.
A repreensão é uma penalidade mais branda, uma A demissão, por sua vez, é a hipótese em que há o
vez que ela será aplicada para as transgressões disciplina- desligamento permanente do policial civil com o seu
res mais leves. A repreensão é sempre aplicada por escrito, respectivo cargo. É considerada, por isso, uma das san-
devendo constar o documento no assentamento indivi- ções mais rigorosas, sendo aplicável somente para as
dual do funcionário. O art. 46 apresenta, também, as trans- transgressões disciplinares mais graves. O Regimento
gressões que estão suscetíveis de aplicação da repressão: Interno, inclusive, determina a aplicação da pena de
demissão para as hipóteses dos incisos do art. 48:
Art. 46 A pena de repreensão será sempre apli-
cada por escrito nos casos em que, a critério da Art. 48 A pena de demissão, além dos casos pre-
Administração, a transgressão seja considerada de vistos na Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952,
natureza leve, e deverá constar do assentamento será também aplicada quando se caracterizar:
individual do funcionário. I - crimes contra os costumes e contra o
Parágrafo único. Serão punidas com a pena de patrimônio, que, por sua natureza e configura-
repreensão as transgressões disciplinares previstas
ção, sejam considerados como infamantes, de
nos itens V, XVII, XIX, XXII, XXIII, XXIV, XXV, XLIX e
modo a incompatibilizar o servidor para o
LIV do art. 43 desta lei.
exercício da função policial.
4
II - transgressão dos itens IV, IX, XI, XII, XIII, XIV,
-7
A pena de suspensão é a hipótese em que há um des- XV, XVI, XXVIII, XXXVI, XXXVIII, XL, XLIII, XLIV,
91
ligamento temporário do cargo, em que o policial civil XLV, XLVIII, L, LI, LII, LIII, LV, LVIII, LXI e LXII do
.5
deixa de trabalhar. A suspensão é aplicável para as trans- art. 43 desta Lei.
51
gressões mais graves ou, ainda, quando o agente policial § 1º Poderá ser, ainda, aplicada a pena de demissão,
.7
for reincidente. Nesse sentido, temos o texto do art. 47: ocorrendo contumácia na prática de transgressões
79
disciplinares.
-0
Art. 47 A pena de suspensão, que não excederá § 2º A aplicação de penalidades pelas transgressões
de noventa dias, será aplicada em caso de falta
ZA
disciplinares constantes desta Lei não exime o fun-
grave ou reincidência. cionário da obrigação de indenizar a União pelos
U
prejuízos causados.
de natureza grave as transgressões disciplinares
A
previstas nos itens I, II, III, VI, VII, VIII, X, XVIII, XX, Apesar de o Regimento Interno não fazer menção
LV
XXI, XXVI, XXVII, XXIX, XXX, XXXI XXXII, XXXIII, expressa, caso o policial civil já seja aposentado, ele
SI
XXXIV, XXXV, XXXVII, XXXIX, XLI, XLII, XLVI, não pode ser demitido, pois o policial aposentado não
XLVII, LVI, LVII, LIX, LX e LXIII do art. 43 desta Lei.
A
É importante ressaltar que há um prazo máximo da ve, que seja sujeita a aplicação da pena de demissão.
O
90 dias.
L
público, a fim de transformar a suspensão em deten- O Processo Administrativo Disciplinar (ou PAD) é
M
O processo administrativo disciplinar é dividido em Art. 51 A suspensão preventiva, que não exce-
três fases: Fase de Instauração, com a publicação do ato derá de noventa dias, será ordenada pelo Dire-
que constituir a Comissão; Fase de Instrução, em que tor-Geral do Departamento Federal de Segurança
serão colhidas todas as provas e apresentada a defesa Pública ou pelo Secretário de Segurança Pública do
do acusado; e Fase de Julgamento, em que temos a efe- Distrito Federal, conforme o caso, desde que o afas-
tiva condenação ou absolvição do indiciado. tamento do funcionário policial seja necessário,
O procedimento ordinário tem o seu início com a sua para que este não venha a influir na apuração da
instauração mediante inquérito. A autoridade que ins- transgressão disciplinar.
taura o PAD deverá encaminhar a peça para a Comissão Parágrafo único. Nas faltas em que a pena aplicável
Permanente de Disciplina, que deve ser composta por três seja a de demissão, o funcionário poderá ser afas-
membros. Esses membros poderão, ou não, serem agentes tado do exercício de seu cargo, em qualquer fase do
4
policiais, desde que sejam de categoria igual ou superior processo disciplinar, até decisão final.
-7
ao indiciado. É o art. 53 que dispõe sobre essas comissões:
91
Durante os trabalhos da Comissão de Disciplina, serão
.5
Art. 53 Ressalvada a iniciativa das autoridades colhidas as provas da conduta transgressora, podendo
51
que lhe são hierarquicamente superiores, compete ser ouvidas testemunhas e apresentados diversos docu-
.7
ao Diretor-Geral do Departamento Federal de Segu- mentos que comprovem a acusação ou inocência do indi-
79
rança Pública, ao Secretário de Segurança Pública ciado. Os autos do inquérito administrativo integram o
-0
do Distrito Federal e aos Delegados Regionais nos processo disciplinar como peça informativa da instrução.
ZA
Estados, a instauração do processo disciplinar. O policial indiciado também pode apresentar a
§ 1º Promoverá o processo disciplinar uma Comissão
U
sua defesa técnica, resguardando-se de todos os argu-
SO
uma em cada Delegacia Regional. gadora pela condenação ou pela absolvição do indiciado.
YG
§ 3º Caberá ao Diretor-Geral do Departamento Fede- Uma vez encerrado esse relatório da Comissão, o refe-
rido documento é encaminhado à autoridade julgadora
H
repartição e nas Delegacias Regionais mediante indi- Um ponto importante que costuma cair em ques-
tões de prova: a autoridade julgadora não está vin-
XW
Federal compete designar as Comissões Permanen- Ela poderá discordar do relatório, podendo absolver
M
tes de Disciplina da Polícia do Distrito Federal. o policial, mesmo com a Comissão aconselhando pela
aplicação de uma sanção disciplinar. Essa é uma carac-
Cada um dos membros dessa Comissão deve atuar terística prevista expressamente no regime dos servi-
por mandatos de seis meses, período que pode ser dores públicos civis estatais, e se aplica também aqui.
prorrogado pelo tempo necessário para a conclusão do O Regimento Interno dispõe sobre a atuação do
PAD. Enquanto integrarem as Comissões Permanentes Conselho de Polícia no processo disciplinar. Toda vez
de Disciplina, os membros podem ser dispensados do que o julgamento do PAD ensejar a condenação do
LEGISLAÇÃO
exercício de seu cargo. É isso o que dispõe o art. 55: agente policial, a pena de repreensão, suspensão de
até trinta dias e detenção disciplinar de até vinte dias,
Art. 55 Enquanto integrarem as Comissões Per- a apreciação da transgressão desse agente será feita,
manentes de Disciplina, seus membros ficarão à também, por esse Conselho.
disposição do respectivo Conselho de Polícia e dis-
pensados do exercício das atribuições e responsabi- Art. 58 Os Conselhos de Polícia, levando em conta a
lidades de seus cargos. repercussão do fato, ou suas circunstâncias, pode-
§ 1º Os membros das Comissões Permanentes rão, por convocação de seu Presidente, apreciar as
de Disciplina terão o mandato de seis meses, transgressões disciplinares passíveis de punição 279
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com as penas de repreensão, suspensão até trinta (PC-200) existentes ficam transformadas nas seguin-
dias e detenção disciplinar até vinte dias. tes: Segunda Classe, Primeira Classe e Classe Especial.
Parágrafo único. No ato de convocação, o Presiden-
te do Conselho designará um de seus membros para As pessoas ocupantes de cargos das categorias fun-
relator da matéria. cionais que não sofreram transformação, serão desig-
nadas para as carreiras mencionadas no art. 1º
Assim, percebemos que o Conselho atua como auto-
ridade julgadora, decidindo pela maioria de votos de Art. 3º Os ocupantes dos cargos das atuais catego-
seus membros pela procedência ou não da transgres- rias funcionais do Grupo PC-200 serão transpostos,
são (se ela realmente ocorreu), e qual a penalidade na forma do Anexo II, para a carreira a que se refe-
disciplinar aplicável. Quem profere a decisão final é o re o artigo 1º deste Decreto-lei.
Presidente do Conselho, conforme expõe o art. 60: Parágrafo único. Ficam extintos os cargos das cate-
gorias designadas pelos Códigos PC-201, PC-202,
Art. 60 Após ouvir as razões do funcionário, o Conselho, PC-203, PC-204, PC-205, PC-206 e PC-207.
pela maioria ou totalidade de seus membros, concluirá
pela procedência ou não da transgressão, deliberará O Decreto-Lei também dedica alguns de seus dispo-
sobre a penalidade a ser aplicada e, finalmente, o Presi- sitivos para tratar da progressão funcional da carreira
dente proferirá a decisão final. policial civil. Segundo o art. 5º, a progressão funcional
Parágrafo único. Votará em primeiro lugar o relator do será feita na conformidade do que dispõem a Lei nº
processo e, por último, o Presidente do órgão, assegura- 5.920, de 19 de setembro de 1973, e o Decreto-lei nº 1.462,
do a este o direito de veto às deliberações do Conselho. de 29 de abril de 1976, e suas modificações subsequentes.
O art. 6º, por sua vez, apresenta um conteúdo impor-
O Regimento Interno não prevê de forma expres- tante sobre as formas de progressão na carreira: “Não
sa, mas o processo disciplinar não precisa se encerrar haverá transferência nem ascensão funcional
automaticamente com a publicação da decisão. Se con- para a Carreira Policial Civil do Distrito Federal”.
siderarmos que o PAD é um ato administrativo (ou uma O conteúdo desse dispositivo é importante, pois a
sequência de atos administrativos), é evidente que ele é, legislação federal acabou alterando o regime jurídico
também, passível de recurso. O recurso é sempre cabível dos servidores públicos no âmbito federal, e o refe-
4
quando o policial condenado demonstrar inconformida- rido Estatuto (Lei nº 8.112, de 1990) não prevê mais
-7
de com a decisão que o condena a uma sanção disciplinar. as hipóteses de acesso e transferência, por serem
91
consideradas inconstitucionais.
.5
A vedação ao acesso e à transferência está de acor-
51
do com o texto do enunciado da Súmula Vinculante nº
.7
79
DECRETO-LEI Nº 2.266, DE 12 43, do STF, ao dispor que:
-0
DE MARÇO 1985 (CRIAÇÃO DA Súmula Vinculante nº 43 É inconstitucional toda
ZA
CARREIRA PC-DF, CARGOS, VALORES E modalidade de provimento que propicie ao servidor
U
investir-se, sem prévia aprovação em concurso públi-
VENCIMENTOS)
SO
cial Civil do Distrito Federal e seus cargos, bem como legislação também possa criar critérios utilizados
A
fixa os valores de seus vencimentos. como requisito básico para o acesso a essa Classe.
D
A questão da carreira policial da PC-DF é um tema Segundo o art. 7º, o requisito básico para o agente
R
cada legislação apresenta um contorno próprio sobre aproveitamento, respectivamente, do Curso superior
a mencionada matéria, motivo pelo qual devemos
H
Segundo o art. 1º, do referido Decreto-Lei, a Carrei- para ingressar na Classe Especial em nível médio.
ra de Policial Civil é composta de cargos de Delegado
XW
de Polícia, Médico-Legista, Perito Criminal, escrivão Art. 7º Constitui requisito básico para a progres-
A
de Polícia, Agente de Polícia, Datiloscopista Policial e são à Classe Especial das categorias funcionais de
M
Agente Penitenciário. A carreira de delegado policial nível superior e médio, a conclusão, com aproveita-
se encontra à parte dos demais cargos. mento, respectivamente, do Curso superior de Polí-
cia e Curso Especial de Polícia;
Art 1º Fica criada, no Quadro de Pessoal do Dis- § 1º Os cursos referidos neste artigo destinam-se ao
trito Federal, a Carreira Policial Civil, composta aperfeiçoamento dos servidores policiais civis que
de cargos de Delegado de Polícia, Médico-Legista, se encontrem no Padrão final da Primeira Classe
Perito Criminal, escrivão de Polícia, Agente de Poli- das categorias funcionais de nível superior e médio,
cia, Datiloscopista Policial e Agente Penitenciário, obedecidos os critérios estabelecidos nos referidos
conforme o Anexo I deste Decreto-lei com os encar- cursos, por ordem de antiguidade.
gos previstos em legislação específica. § 2º Os atuais ocupantes da classe especial das catego-
rias funcionais de nível superior e médio serão matricu-
Há uma alteração importante a respeito das Clas- lados nos referidos cursos, por ordem de antiguidade.
ses dentro das carreiras da PC-DF, disposta no art. 2º:
O art. 8º, por sua vez, dispõe sobre a hipótese de
Art. 2º As atuais classes integrantes das categorias o agente policial receber Indenização de Habilitação
280 funcionais do Grupo Polícia Civil do Distrito Federal Policial Civil. Como uma forma de incentivo para
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
o agente policial se dedicar em seu curso de forma- A legislação denomina “desmembramento” como
ção (habilitação), ele receberá um bônus baseado no a divisão da carreira em duas vertentes. Como já men-
aproveitamento que obteve em seu curso. O art. 8º cionamos, dentro da Polícia Civil do Distrito Federal
apresenta os valores correspondentes desse bônus a estruturação dos cargos públicos se dá, agora, por
remuneratório para cada tipo de curso: duas carreiras distintas: a Carreira de Delegado de
Polícia e a Carreira do Policial Civil.
Art. 8º Ao servidor que completar com aprovei-
tamento os cursos de formação profissional e os Art. 2º A Carreira de Delegado de Polícia do Distrito
mencionados no artigo precedente, realizados pela Federal é constituída do cargo de Delegado de Polícia.
Academia de Polícia Civil da Secretaria de Segu-
rança Pública do Distrito Federal, será atribuída A carreira de Policial Civil, por sua vez, é carreira
Indenização de Habilitação Policial Civil, com os de nível superior, sendo constituída dos cargos rema-
percentuais calculados sobre o vencimento básico nescentes de provimento efetivo, como o Perito Cri-
correspondente, na forma seguinte:
minal, o Perito Médico-Legista, o Agente de Polícia, o
I - 10% (dez por cento) - Curso de Formação Policial
Escrivão, o Papiloscopista e o Agente de Custódia.
Profissional;
II - 20% (vinte por cento) - Curso Especial de Polícia;
III - 20% (vinte por cento) - curso Superior de Polícia. Art. 3º A Carreira de Polícia Civil do Distrito Fede-
§ 1º Na ocorrência de mais de um curso, será atribuí- ral é de nível superior e compõe-se dos cargos de
da somente a indenização de maior valor percentual. Perito Criminal, Perito Médico-Legista, Agente de
§ 2º A indenização de Habilitação Policial Civil Polícia, Escrivão de Polícia, Papiloscopista Policial
será incorporada aos proventos da aposentadoria e Agente Policial de Custódia.
do servidor. Parágrafo único. O ingresso na Carreira referida
§ 3º o policial civil que já tiver concluído os Cursos no caput deste artigo ocorrerá sempre na terceira
de Formação Profissional e Curso superior de Polí- classe, mediante concurso público de provas ou de
cia, fará jus à indenização referida neste artigo. provas e títulos, exigido o nível superior completo,
em nível de graduação, e observados os requisitos
É interessante notar que esse bônus será aplicado fixados na legislação pertinente.
para o agente policial que já tenha concluído o seu
4
-7
respectivo curso de formação policial ou o curso supe- Sobre os Agentes Policiais de Custódia, a legisla-
91
rior, quando da data da publicação do Decreto-lei. ção passa a disciplinar sobre a sua lotação pelo tex-
.5
Por fim, o art. 12 apresenta a hipótese de afasta- to do novo art. 3º-A, introduzido mediante alteração
51
mento de alguns agentes policiais civis, para que eles apresentada pela Lei nº 13.064, de 2014. Quem deverá
.7
possam buscar seu aperfeiçoamento profissional. designar a lotação dos Agentes de Custódia é o Diretor-
79
Durante esse período de afastamento, segundo o art. -Geral da PC-DF, conforme expõe o próprio art. 3º-A:
-0
12, serão assegurados ao policial civil todos os direitos
e vantagens inerentes de seu cargo, inclusive o tempo ZA
Art. 3º-A Os servidores ocupantes dos cargos de
de serviço para o cálculo de promoção e outros bene- Agente Policial de Custódia passam a ter lotação
U
aperfeiçoar o contingente de recursos humanos da Polí- § 1º Para os fins do disposto no caput, a apresentação
SI
cia Civil do Distrito Federal, o Governador do Distrito dos servidores ao Diretor-Geral da Polícia Civil do Dis-
Federal poderá autorizar, assegurados todos os direitos
A
e vantagens, inclusive o tempo de serviço, o afastamento oitenta) dias, contado da data de publicação desta Lei.
R
de funcionários para cursos de pós-graduação, especia- § 2º As atividades dos servidores ocupantes dos
O
É evidente que, no caso da realização de curso de relacionadas às atribuições daquele cargo público.
L
de afastamento deve ser maior do que o período de agen- momento da publicação desta Lei, por período superior
XW
te que realiza curso de aperfeiçoamento dentro do País. ao estabelecido no § 1º, as lotações serão alteradas auto-
maticamente pela unidade administrativa competente;.
A
M
Os agentes policiais que não se encaixam nessa estrutura devem solicitar o seu enquadramento, o qual é irrevo-
gável e irretratável. Cabe ressaltar que essa requisição deve ser feita no prazo de 60 dias após a publicação da Lei.
Art. 9º O enquadramento nas tabelas de que tratam os Anexos I, II E III far-se-á mediante requerimento do servidor, em
caráter irrevogável e irretratável, a ser apresentado no prazo de sessenta dias contado da data da publicação desta Lei.
Parágrafo único. O requerimento a que alude este artigo conterá, obrigatoriamente, expressa renúncia do interessa-
do relativamente a parcelas remuneratórias eventualmente deferidas às Carreiras de Delegado de Polícia do Distrito
Federal e de Polícia Civil do Distrito Federal decorrentes de lei, ato administrativo ou decisão judicial.
Quem não solicitou o enquadramento nas classes no prazo mencionado não poderá fazer mais, pois o art. 10
dispõe que o pedido feito fora do tempo permitido é considerado como renúncia ao enquadramento.
Art. 10 A não apresentação do requerimento nas condições previstas no artigo anterior presumirá renúncia ao
direito de enquadramento nas tabelas de que tratam os Anexos I, II e III, às gratificações referidas no caput do art.
7° e aos percentuais fixados no art. 8º desta Lei.
4
-7
91
ESTRUTURA EM
.5
CARREIRA DA
51
PC-DF
.7
79
Delegado de
-0
Policial Cívil
Polícia
ZA
U
Classe Classe
3ª Classe 3ª Classe
especial especial
SI
A
D
Cessão é uma hipótese de movimentação do funcionário público em que ele passa a exercer um cargo idêntico
ou distinto, com as mesmas atribuições ou com atribuições distintas a depender do caso, mas em outra entidade
H
pública ou privada. No caso do policial civil, a legislação apresenta todas as hipóteses em que tais pessoas podem
L
EL
ser cedidas no texto do novo art. 12-B. Esse artigo foi introduzido pela publicação da Lei nº 13.690, de 2018, e
sofreu alterações pela Lei nº 14.059, de 2020. Observe as hipóteses legais:
XW
A
Art. 12-B A cessão dos integrantes das carreiras de que trata esta Lei somente será autorizada para:
M
4
do Poder Executivo Distrital, isto é, o Governador;
-7
Observe que de todas as hipóteses de cessão, o agente z Servidores públicos efetivos em carreira: nova-
91
policial será cedido para ocupar cargo em comissão, com mente o artigo busca enfatizar que os funcionários
.5
atribuições de direção, chefia e assessoramento. Lembre- da Polícia Civil são servidores públicos civis, e não
51
-se de que o exercício das funções policiais é exclusivo agentes militares. Tais pessoas são providas em
.7
para o ocupante de cargo efetivo dentro da Polícia Civil.
79
cargos efetivos, sendo exigida a sua prévia apro-
Ao ser cedido, o ex-agente policial perde direito a receber
-0
vação em exame de concurso público. Analisare-
a gratificação pelo exercício da função policial. mos esses requisitos de admissão em momento
ZA
Ademais, a Lei n º 14.262, de 2021, incluiu o art. posterior.
U
12-C, que dispõe sobre a concessão de assistência à
SO
saúde. Vejamos:
Importante!
A
LV
trito Federal poderá conceder aos integrantes das dinhas com esses conceitos apresentados, dispon-
A
carreiras que são regidos por esta Lei assistência do, por exemplo, que a Polícia Civil “é uma entidade”,
D
disponibilidade orçamentária do fundo de que trata taria de Segurança Pública”. Cuidado com esses
YG
a Lei nº 10.633, de 27 de dezembro de 2002. conceitos: a Polícia Civil é uma instituição perma-
H
4
-7
não proíbe que ela possa, internamente, criar outros as funções de polícia judiciária do Distrito
91
órgãos (Departamentos, Secretarias etc.) para melhor Federal e a apuração de infrações penais, exce-
.5
executar as suas funções. to as militares e eleitorais;
51
O princípio da autonomia funcional é o princípio II - Organizar, executar e manter serviços de
.7
que estabelece a Polícia Civil como órgão competente controle e fiscalização de armas, munições e
79
para executar as suas próprias funções de caráter admi- explosivos, na forma da legislação pertinente;
-0
nistrativo, sem a necessidade de intervenção de outro III - Zelar pela ordem e segurança pública, promoven-
órgão ou de outro Poder do Estado. A Polícia Civil é com- do e participando de medidas de proteção à sociedade;
ZA
petente, por exemplo, para estabelecer a estrutura de IV - Promover o intercâmbio policial com organi-
U
para o preenchimento dos referidos cargos, a contrata- V - Colaborar na execução de serviços policiais
relacionados com a prevenção e a repressão da
A
também se encontram dispostos no caput do art. 37, IX - Cooperar com os demais órgãos de segurança
H
4
dir, ainda que internamente, em múltiplos órgãos com o 5.16. Delegacia de Repressão a Roubos
-7
intuito de facilitar a execução de suas tarefas primordiais. 5.17. Delegacia da Criança e do Adolescente II
91
Recomendamos uma leitura aprofundada dos próximos 6. DEPARTAMENTO DE ATIVIDADES ESPECIAIS
.5
dispositivos, uma vez que essa matéria também costuma 6.1. Divisão de Apoio Logístico Operacional
51
cair com bastante frequência em questões de prova. 6.2. Divisão de Repressão a Sequestros
.7
6.3. Divisão Operações Especiais
79
A estrutura organizacional da Polícia Civil do Distrito
Federal está disposta no art. 5º de seu Regimento Interno: 6.4. Divisão de Operações Aéreas
-0
6.5. Divisão de Controle de Armas, Munições e Explosivos
ZA
Art. 5º A Polícia Civil do Distrito Federal, para o 6.6. Divisão de Controle de Denúncias e Ocorrên-
U
cumprimento de suas atribuições legais e a exe- cias Eletrônicas
SO
cução de suas atividades, compõe-se da seguinte 6.7. Divisão de Estatística e Planejamento Operacional
estrutura administrativa: 6.8. Divisão de Inteligência Policial
A
1.1. Assessoria da Direção Geral da Polícia Civil 6.10. Divisão de Repressão aos Crimes de Alta Tecnologia
SI
1.2. Secretaria Executiva da Direção Geral da Polí- 6.11. Divisão Especial de Repressão aos Crimes
A
4
VI - Propor a criação e extinção de cargos e funções; PC-DF. É o art. 8º o dispositivo que apresenta suas atri-
-7
VII - Propor a criação de unidades policiais; buições mais específicas:
91
VIII - Com o auxílio dos respectivos Diretores dos
.5
Departamentos e dos demais órgãos de direção Art.8º A Secretaria Executiva da Direção-Geral da
51
superior, planejar, normatizar, dirigir, supervisio- Polícia Civil, unidade orgânica de execução e asses-
.7
nar, fiscalizar, administrar, coordenar, executar, soramento, diretamente subordinada ao Diretor-
79
controlar e avaliar as ações de polícia circunscri- -Geral Adjunto de Polícia, tem como atribuições:
-0
cional, de polícia especializada, de polícia técnico I - Executar os serviços de assistência à Direção-Ge-
ZA
científica, de atividades especiais, de ensino e trei- ral Adjunta de Polícia;
namento e de correição; II - Executar as atividades de administração de pes-
U
SO
IX - Praticar outros atos próprios de gestão confor- soal, de material, de transporte e de comunicações
me previsto na legislação em vigor. de todo o Gabinete do Diretor-Geral, mantendo sis-
A
A Direção-Geral engloba três órgãos de menor porte: III - Prover a segurança pessoal do Diretor-Geral e
SI
Assessoria para Assuntos Internos da Polícia Civil. IV - Executar medidas de segurança física e manu-
D
mais detalhada, as atribuições específicas desse órgão Adjunta, relatório das atividades desenvolvidas;
estão previstas nos incisos do art. 7º: VIII - Desempenhar outras atividades que se enqua-
A
M
4
XX - Desempenhar outras atividades que se enqua-
-7
de controlar registros de procedimentos penais, fisca-
91
drem no âmbito de suas atribuições.
lizar e avocar inquéritos e outras atividades relativas
.5
ao exercício da polícia judiciária, além de exercer o
51
A Corregedoria-Geral não pode atuar por conta pró-
controle dos servidores que ainda estão em estágio
.7
pria. Por isso, ela possui sete órgãos subordinados a ela.
probatório e dos atos de processo administrativo dis-
79
A Ouvidoria é o órgão que recebe denúncias, quei-
ciplinar. De forma mais detalhada, o art. 10 dispõe
-0
xas e reclamações a respeito da conduta dos agentes
sobre as atribuições mais específicas da Corregedoria:
policiais durante o exercício normal de suas atribui-
ZA
ções. Essas denúncias são feitas pelos particulares.
U
Art. 10 A Corregedoria-Geral de Polícia Civil, órgão
Suas atribuições mais específicas estão dispostas nos
SO
IV - Controlar os registros de procedimentos penais; tra serviços prestados pelas unidades orgânicas;
L
tros criminais na Polícia Civil; ofertadas sobre o funcionamento dos serviços pres-
XW
autoria seja imputada a policial civil ou funcionários V - Propor ao Corregedor-Geral, recomendações aos
que exerçam suas atividades no âmbito da Polícia Civil; dirigentes de unidades, de providências necessárias
XI - Instaurar e julgar sindicâncias objetivando a ao aperfeiçoamento, racionalização e melhoria dos
apuração de responsabilidade funcional de policial serviços públicos prestados pela Polícia Civil do
civil e demais servidores que exerçam suas ativida- Distrito Federal;
des no âmbito da Polícia Civil, os licenciados para VI - Elaborar relatório das atividades desenvolvidas;
mandatos classistas ou cedidos para outras unida- VII - Remeter, mensalmente, ao Serviço de Planeja-
des da União, Estados, Distrito Federal e Municí- mento, Estatística e Informática as informações neces-
pios, com exceção daqueles servidores que exercem sárias ao desempenho das atividades daquele Serviço; 287
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
VIII - Avaliar o desempenho funcional dos servido- IX - Certificar-se dos casos de contumácia, na for-
res lotados na Ouvidoria; ma da Lei, dando conhecimento ao Diretor-Geral
IX - Desempenhar outras atividades que se enqua- da Polícia Civil;
drem no âmbito de suas atribuições. X - Proceder ao arquivamento dos processos disci-
plinares e sindicâncias;
Para a execução do processo administrativo dis- XI - Desempenhar outras atividades que se enqua-
ciplinar, capaz de aplicar a sanção disciplinar cabí- drem no âmbito de suas atribuições.
vel quando um agente policial não cumpre com seus
deveres, a Corregedoria-Geral conta com o apoio da A tarefa de investigação de infrações penais deve ser
Comissão Permanente de Disciplina. É essa Comissão realizada pelo órgão denominado Divisão de Investiga-
o órgão encarregado, por exemplo, de verificar todas ção. Suas atribuições estão previstas nos incisos do art. 16:
as etapas do PAD, averiguando se todas as provas
foram produzidas no momento oportuno, se o indicia- Art. 16 A Divisão de Investigação, unidade orgâni-
do teve oportunidade para se defender da acusação e ca de execução, diretamente subordinada à Corre-
se a revisão arguida pelo agente policial é cabível. gedoria-Geral de Polícia, tem como atribuições:
Considerando o fato de que a Comissão Permanen- I - Realizar investigações destinadas à apuração
te de Disciplina lida com o julgamento dos agentes de infrações penais com notícia de participação de
policiais, o art. 13 procura deixar bastante claro que a integrantes da Polícia Civil do Distrito Federal;
II - Organizar e manter em cadastro, registros de
Comissão exercerá suas atividades com independên-
ocorrências, de qualquer origem, que noticiem o
cia e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário
envolvimento de integrantes da Polícia Civil do Dis-
à elucidação dos fatos ou exigido pelo interesse da trito Federal em infrações penais ou administrativas;
Administração, sendo suas audiências e reuniões rea- III - Acompanhar, em outras unidades policiais, inves-
lizadas em caráter reservado. tigações de interesse da Corregedoria Geral de Polícia;
IV - Organizar e manter atualizado arquivo foto-
Art. 12 A Comissão Permanente de Disciplina, unida- gráfico e dados dos integrantes da Polícia Civil do
de orgânica de execução, diretamente subordinada à Distrito Federal;
Corregedoria-Geral da Polícia Civil, é incumbida de V - Comparecer a locais onde haja ocorrido infra-
promover o processo administrativo disciplinar no ção penal com indícios de autoria ou participação
4
âmbito da Polícia Civil do Distrito Federal. de integrantes da Polícia Civil do Distrito Federal;
-7
Art. 13 A Comissão exercerá suas atividades com VI - Conduzir procedimentos apuratórios de infra-
91
independência e imparcialidade, assegurado o sigi- ções penais, especialmente as funcionais, envolven-
.5
lo necessário à elucidação dos fatos ou exigido pelo do integrante da Polícia Civil do Distrito Federal;
51
interesse da Administração, sendo suas audiências VII - Auxiliar as demais autoridades policiais da
.7
e reuniões realizadas em caráter reservado. A fun- Corregedoria-Geral de Polícia, nos procedimentos
79
ção de cada membro da Comissão é considerada de sob suas responsabilidades, seja fornecendo-lhes
-0
interesse relevante para a administração. informações, seja apoiando-as operacionalmente;
ZA
VIII - Consultar os cadastros especializados de pes-
Sobre as suas atribuições específicas, elas estão soas, veículos e telefones, envolvidos em infrações
U
como atribuições:
de dados, existentes em autos, arquivos ou recebi-
I - Promover o processo administrativo disciplinar,
SI
Polícia;
O
4
Para o exercício do controle dos atos relativos ao
-7
de sanar esses defeitos ou, caso não seja possível, de
processo administrativo disciplinar (PAD), a PC-DF
91
extinguir todo o procedimento.
conta com uma Divisão de Procedimentos Admi-
.5
A PC-DF também conta com um órgão único encarre-
nistrativos Disciplinares. As atribuições desse órgão
51
gado de controlar os registros criminais decorrentes da
estão previstas no art. 20:
.7
instauração de inquéritos policiais e termos circunstan-
79
ciados. Essa é a tarefa primordial Da Divisão de Regis-
Art. 20 A Divisão de Procedimentos Administrati-
-0
tros Criminais e Controle de Procedimentos. O art. 18
vos Disciplinares, unidade orgânica de execução,
ZA
é o dispositivo que apresenta todas as suas atribuições: diretamente subordinada à Corregedoria-Geral de
U
Polícia, tem como atribuições:
SO
de Polícia;
policiais e termos circunstanciados no âmbito da
YG
lotados na Divisão;
M
4
dores cedidos, aposentados e pensionistas;
ta, ou até mesmo licitação para aquisição de material
-7
II - Executar as atividades de administração de recur-
91
de escritório a ser utilizado pelos Escrivães de Polícia. sos humanos, obedecidas as normas legais pertinentes,
.5
Considerando que há uma grande variedade de com observância das diretrizes das unidades centrais;
51
ações a serem desempenhadas no setor de gestão e III - Registrar e controlar pagamentos, descontos,
.7
administração da PC-DF, o Departamento de Admi- consignações, empréstimos e transferências funcio-
79
nistração Geral conta com múltiplos órgãos de menor nais e financeiras dos servidores quer sejam ativos,
-0
porte para dividir melhor as suas tarefas. aposentados e pensionistas;
As tarefas de elaboração do plano plurianual, do ZA
IV - Cumprir a legislação e as normas expedidas
relatório de atividades da polícia civil, e a prestação sobre recursos humanos;
U
de contas de Ordenador de Despesas, são tarefas V - Propor a elaboração de normas relativas à sua
SO
nistrativo. Nesse sentido, temos o texto do art. 22: VI - Executar as ações relativas à revisão de apo-
LV
sentadorias e pensões;
SI
dinada ao Departamento de Administração Geral, VIII - Elaborar documentos e coletar dados estatís-
R
I - Realizar estudos a respeito das necessidades IX - Controlar o Plano Anual de Férias das unidades
YG
manente, viaturas policiais, armamentos e demais X - Organizar e apurar os resultados das avaliações
L
servidores policiais às diversas Unidades integran- XI - Desempenhar outras atividades que se enqua-
tes da Polícia Civil; drem no âmbito de suas atribuições.
A
M
4
tecnológico e o intercâmbio eletrônico de dados de inte-
-7
II - Propor normas relativas ao transporte e equipa-
91
mentos motorizados, acompanhando sua execução; resse da Polícia Civil;
V - Elaborar programas e promover cursos na área
.5
III - Cadastrar, manter, avaliar e propor a renovação
51
da frota de veículos da Polícia Civil do Distrito Federal; de informática, em articulação com a Academia da
Polícia Civil do Distrito Federal;
.7
IV - Manter o registro e controle de componentes e
VI - Avaliar, propor, desenvolver e implementar
79
peças para manutenção dos veículos;
soluções que objetivem a automação e otimização
-0
V - Propor a aquisição, locação e alienação de veí-
culos oficiais; de rotinas da instituição, observando as normas de
ZA
VI - Proceder ao recebimento, registro, distribui- controle de segurança e auditoria dos sistemas;
VII - Participar do desenvolvimento e implantação de
U
ção e regularização da documentação de veículos e
SO
equipamentos motorizados pertencentes à própria programas de melhoria de gestão dos sistemas infor-
frota ou terceirizados; matizados das unidades orgânicas da Polícia Civil;
A
VII - Supervisionar e providenciar a baixa ou trans- VIII - Elaborar estudos, relatórios e projetos, além
LV
ferência de propriedade de veículos; do apoio técnico, para subsidiar decisões dos supe-
SI
Polícia Civil, decorrentes de acidentes ou uso indevido; com a Divisão de Arquitetura e Engenharia, os ser-
R
X - Providenciar o recolhimento de multas e guarda comunicação de dados nas unidades da Polícia Civil;
H
XII - Coordenar a execução das atividades de contro- técnicas da área de informática, objetivando a
le e manutenção da frota de veículos da Polícia Civil; aquisição de recursos tecnológicos;
A
XIII - Promover a vistoria, a revisão preventiva e a XII - Avaliar, inspecionar e emitir parecer técnico
M
XVII - Propor critério de avaliação de veículo, para XV - Desempenhar outras atividades que se enqua-
alienação;
drem no âmbito de suas atribuições.
XVIII - Vistoriar, avaliar e opinar acerca do recebi-
mento de veículos a título de doação ou utilização
de veículos apreendidos; O controle do funcionamento e manutenção de apare-
XIX - Desenvolver e executar as atividades típicas lhos de rádio e outros instrumentos de comunicação são
de borracharia, abastecimento, lavagem e lubrifica- realizados pela Divisão de Telecomunicações (art. 27).
ção de veículos;
XX - Propor a fixação de critérios para abasteci- Art. 27 A Divisão de Telecomunicações, unidade
mento de veículos, controlando o fornecimento e orgânica de execução, diretamente subordinada ao 291
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Departamento de Administração Geral, tem como Art. 29 A Divisão de Apoio e Serviços Gerais, uni-
atribuições: dade orgânica de execução, diretamente subordina-
I - Executar, orientar e controlar as atividades de da ao Departamento de Administração Geral, tem
telecomunicações e radiocomunicações da Polícia como atribuições:
Civil do Distrito Federal; I - Executar e fiscalizar os serviços relativos alve-
II - Supervisionar e fiscalizar o cumprimento da naria, carpintaria, marcenaria, serralheria e ins-
legislação pertinente às telecomunicações; talações hidráulicas, hidrosanitárias e elétricas de
III - Coordenar e executar serviços de instalação, interesse da Polícia Civil;
manutenção, conserto e remoção de equipamentos e II - Receber solicitações de serviço e providenciar o
aparelhos de telecomunicações e radiocomunicações; atendimento de acordo com as prioridades;
IV - Orientar os usuários quanto à adequada utili- III - Promover a manutenção, recuperação e con-
zação dos equipamentos de telecomunicações; servação de paredes em alvenaria, recuperação e
V - Manter contato com as unidades da Polícia instalação de revestimentos de forros, pisos e pare-
Civil, com o objetivo de coletar, processar, dissemi- des, chumbamentos e colocação de vidros, espelhos
nar, padronizar e integrar os dados necessários ao e esquadrias, serviços de pintura, dentre outros;
desempenho das atividades de telecomunicações; IV - Realizar pequenas reformas nas edificações
VI - Manter contato com empresas de telefonia e da Polícia Civil do Distrito Federal, em articulação
radiocomunicação, com vistas à atualização em com a Divisão de Arquitetura e Engenharia;
V - Efetuar revisões periódicas e preventivas dos
novas tecnologias;
sistemas elétrico, hidrosanitário, contra incêndios,
VII - Promover o controle de gastos das ligações
telhados e calhas;
telefônicas locais, interestaduais e internacionais;
VI - Conferir a realização de serviços por terceiros
VIII - Manter atualizada a lista dos telefones inter-
e atestar as notas fiscais pertinentes, correlaciona-
nos da Polícia Civil do Distrito Federal e colaborar
dos à sua área de atuação;
na confecção do catálogo telefônico;
VII - Levantar custos de mão-de-obra e materiais
IX - Elaborar estudos, relatórios, projetos e mapas
para subsidiar os orçamentos de obras e serviços;
estatísticos, para divulgação e aprimoramento das VIII - Desempenhar outras atividades que se enqua-
atividades da Unidade; drem no âmbito de suas atribuições.
X - Elaborar projetos técnicos para aquisição de
equipamentos;
É interessante notar que há uma divisão própria
4
XI - Desempenhar outras atividades que se enqua-
-7
drem no âmbito de suas atribuições. para controlar as atividades relativas a obras de
91
arquitetura e engenharia (art. 30), se destacando dos
.5
demais serviços de apoio. Essa distinção reflete bas-
Existe, também, uma divisão própria que cuida do
51
tante no aspecto licitatório: há algumas modalidades
manuseio e controle dos recursos materiais a serem
.7
de licitação consideradas mais adequadas para a pres-
79
utilizados pelos agentes policiais civis (art. 28).
tação de serviços de obras desse tipo.
-0
Art. 28 A Divisão de Recursos Materiais, unidade orgâ- ZA
nica de execução, diretamente subordinada ao Departa- Art. 30 A Divisão de Arquitetura e Engenharia, uni-
dade orgânica de execução, diretamente subordina-
U
mento de Administração Geral, tem como atribuições:
SO
trito Federal;
IV - Propor normas e rotinas para a aquisição, distribui-
O
trole do estoque;
EL
4
VI - Manter atualizados e de modo uniforme os Para controlar as atividades relativas ao controle de
-7
prontuários das áreas médica, odontológica, psico- contas especiais, a PC-DF também apresenta uma Comis-
91
lógica e fisioterápica, e os registros de controle de são Permanente de Tomada de Contas Especial (art. 33).
.5
tempo das licenças concedidas aos servidores, por
51
motivo de doença ou tratamento de saúde; Art. 33 A Comissão Permanente de Tomada de Contas
.7
VII - Proceder a perícias médicas nas áreas administra- Especial, unidade orgânica de execução, diretamen-
79
tiva e trabalhista dos servidores, com vistas a exames te subordinada ao Departamento de Administração
-0
admissionais, demissionais, periódicos, de verificação Geral, composta de um presidente, dois membros e
de capacidade laborativa, física e sanidade mental e
ZA
um secretário, todos designados pelo Diretor-Geral
outros exames da esfera trabalhista; da Polícia Civil, tem como atribuições:
U
bem como orientar e encaminhar pacientes para instauradas no âmbito da Polícia Civil, de acordo
LV
IX - Solicitar, realizar, analisar e interpretar resul- tas do Distrito Federal e outros órgãos de controle;
tados de exames complementares de laboratório e II - Controlar a tramitação e os prazos dos procedi-
A
D
X - Emitir laudos relativos à saúde do servidor em III - Expedir e controlar intimações e ordens de ser-
O
seu ambiente de trabalho e em relação às ativida- viços, bem como realizar todas as diligências ineren-
YG
para as atividades médico-periciais, trabalhista e trito Federal e com a Corregedoria do Distrito Fede-
EL
XIII - Desenvolver e executar programas de pre- VI - Elaborar e controlar as folhas de ponto, licença
M
venção e de tratamento de dependentes químicos de pessoal, planos de chamada e de férias dos servi-
e alcoólicos, integrantes do quadro da Polícia Civil dores da Comissão;
do Distrito Federal; VII - Providenciar as avaliações de desempenho
XIV - Elaborar estudos, relatórios e projetos para divul- funcional e de estágio probatório dos servidores da
gação e aprimoramento das atividades da Policlínica; Comissão;
XV - Estabelecer cronograma de inspeção de saúde VIII - Desempenhar outras atividades que se enqua-
e psicológica dos policiais civis, os quais deverão drem no âmbito de suas atribuições.
LEGISLAÇÃO
4
-7
adolescentes, e os crimes contra o meio ambiente. expedidas pelo Diretor-Geral de Polícia, de acordo
91
O art. 36 é o dispositivo que apresenta as atribuições com as diretrizes da Secretaria de Estado de Segu-
.5
específicas do Departamento de Polícia Especializada: rança Pública do Distrito Federal;
51
XIII - Elaborar e expedir projetos, planos de traba-
.7
Art. 36 O Departamento de Polícia Especializada, lho e normas para a execução das atividades das
79
órgão central de coordenação técnica e operacio- unidades policiais subordinadas e;
-0
nal, diretamente subordinado a Direção-Geral, tem XIV - Executar outras atividades que se enquadrem
como atribuições: no âmbito de suas atribuições.
ZA
I - Planejar, coordenar, supervisionar e orientar a execu-
U
ção de todas as atividades das unidades subordinadas; O Departamento de Polícia Técnica, por fim, é o
SO
II - Propor políticas e normas de prevenção e órgão responsável pela coordenação das atividades rela-
repressão a prática de infrações penais;
A
III - Prestar apoio operacional a todas as unidades da demais perícias realizadas durante as atividades de inves-
Polícia Civil do Distrito Federal, quando solicitado;
SI
veículos automotores;
ficas, diretamente subordinado à Direção-Geral da
YG
diretamente subordinadas;
órgão encarregado de exercer controle de operações de III - Inspecionar as unidades sob sua subordinação,
natureza mais técnica, como as interceptações telefôni- do ponto de vista administrativo, técnico científico
cas, as situações críticas de rebelião e motim dentro das e de polícia judiciária, verificando a regularidade
Delegacias, entre outras atividades especiais. do serviço e o cumprimento das diretrizes emana-
O art. 56 é o dispositivo que apresenta todas as das pela Direção-Geral da Polícia Civil;
atribuições específicas desse Departamento: IV - Autorizar o deslocamento de viaturas e servi-
dores para municípios circunvizinhos com objetivo
Art. 56 O Departamento de Atividades Especiais, de serviço, desde que não importe em despesa;
órgão de coordenação técnica e operacional, dire- V - Fazer a lotação de servidores quando a movi-
tamente subordinado à Direção-Geral da Polícia mentação ocorrer no âmbito do Departamento;
Civil, tem como atribuições: VI - Propor políticas e normas para a execução das
I - Dirigir, coordenar, orientar e controlar a execução atividades de suas atribuições;
de todas as atividades que lhe estão subordinadas; VII - Articular-se com outras unidades de polícia
II - Assessorar o Diretor-Geral de Polícia Civil nos técnico-científica buscando o intercâmbio de infor-
assuntos de planejamento operacional, gerenciamento mações e experiências, visando o aperfeiçoamento
294 de situações críticas e atividade de inteligência policial; de suas atividades;
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
VIII - Promover a articulação dos institutos dentre Parágrafo único. São atividades desenvolvidas em
si e com os demais órgãos de investigação da Polí- regime de plantão na Academia de Polícia Civil:
cia Civil, visando à integração da atividade fim de a) Zelar pela segurança, vigilância e conservação
apuração das infrações penais; das instalações da unidade orgânica e do patrimô-
IX - Fomentar estudos e pesquisas científicas no nio público;
âmbito do Departamento, visando o aperfeiçoa- b) Proceder à recepção, à identificação, e ao enca-
mento da investigação criminal técnico-científica e minhamento das pessoas que ingressem nas depen-
da identificação civil e criminal; dências da Academia de Polícia Civil;
X - Elaborar, analisar e consolidar os relatórios das c) Proceder à guarda e posterior devolução das
atividades das unidades que lhe são subordinadas; armas portadas por visitantes e alunos que ingres-
XI - Expedir normas de caráter técnico-científico visan- sem no prédio;
do disciplinar as atividades das unidades subordinadas; d) Efetuar o registro de todas as ocorrências disci-
XII - Desempenhar outras atividades que se enqua- plinares e administrativas;
drem no âmbito de suas atribuições. e) Realizar, diariamente, o hasteamento e o arriamento
das bandeiras, e zelar pela sua guarda e conservação;
Da Academia de Polícia Civil f) Controlar a utilização dos estandes de tiro, nos
dias não úteis e nos horários fora do expediente
Outro órgão essencial para a Polícia Civil Distrital é normal, observando o cumprimento das normas;
a Academia de Polícia Civil. Esse é o órgão responsável g) Controlar, o horário de acesso e saída de alunos
pela capacitação e aperfeiçoamento profissional dos na Academia, observando as normas internas rela-
agentes policiais. Lembre-se, também, que o ingresso tivas ao uso de arma de fogo e de uniforme;
no cargo da PC-DF exige do candidato a aprovação em h) Prestar auxílio aos alunos, aos visitantes e aos ser-
curso ministrado pela Academia. vidores que necessitem de socorro médico durante as
Sobre as suas atribuições específicas, o art. 86 pro- atividades desenvolvidas na Academia de Polícia Civil;
cura dividir as suas competências em dois grupos. Seu i) Cumprir e zelar pelo cumprimento das normas
caput apresenta as atribuições realizadas em jornada disciplinares, escolares e administrativas no âmbi-
to da Academia de Polícia Civil;
normal de trabalho, enquanto o parágrafo único apre-
j) Executar outras atividades que se enquadrem no
senta as atribuições realizadas em regime de plantão. O
âmbito de suas atribuições.
regime de plantão é aquele que supera a jornada normal
4
-7
de trabalho, e pode ser realizado por outros órgãos da A Academia busca apoio de órgãos de menor porte
91
PC-DF também, como os Departamentos e as Delegacias. para o exercício de suas atribuições. Para as atividades
.5
É importante conhecer o texto do art. 86: letivas (de ensino), temos as Divisão Técnica de Ensino
51
e a Divisão de Apoio ao Ensino. As atribuições de cada
.7
Art. 86 A Academia de Polícia Civil, unidade orgâ- uma dessas divisões estão dispostas nos arts. 87 e 88:
79
nica de formação e capacitação profissional poli-
-0
cial, diretamente subordinada à Direção Geral da
Art. 87 A Divisão Técnica de Ensino, unidade orgâ-
Polícia Civil, tem como atribuições: ZA
nica de execução, diretamente subordinada à Aca-
I - Planejar, organizar, coordenar, controlar e exe-
U
demia de Polícia, tem como atribuições:
cutar a política de seleção, formação e capacitação
SO
policial civil e a dar uniformidade à doutrina de III - Submeter à aprovação superior, planos, progra-
D
4
institucional desses profissionais;
-7
tivas à seleção de pessoal; XI - Propor programas de ensino, treinamento e
91
IV - Analisar propostas, acompanhar e fiscalizar os seminários, objetivando a formação e o aprimora-
.5
processos que envolvam terceirização de concurso mento dos policiais civis como das comunidades
51
público e as diversas etapas da seleção de pessoal; com foco na filosofia de Segurança Comunitária;
.7
V - Manter atualizado cadastro geral de candidatos XII - Coordenar e acompanhar projetos comunitários
79
inscritos em concurso público para os cargos da Polí- desenvolvidos nas áreas dos Conselhos de Segurança;
-0
cia Civil do Distrito Federal, com informações referen- XIII - Identificar as áreas prioritárias para imple-
tes a conhecimentos, a habilidades e a aptidões; mentação de projetos sociais que visem redução da
ZA
VI - Realizar estudos e pesquisas relacionados à criminalidade; no sentido de promover desenvolvi-
U
VII - Monitorar e assessorar o sistema de cargos das delegacias circunscricionais, em locais onde se
A
VIII - Realizar levantamento de dados referentes ao XIV - Fomentar o envolvimento de ONGs, e outras
quantitativo de servidores da PC-DF;
SI
que subsidiem as estimativas e projeções de neces- O último órgão a ser analisado é o Conselho Supe-
YG
sidades de servidores para a PC-DF; rior da Polícia Civil. Esse órgão é bastante distinto
XI - Propor cronogramas de processos seletivos
H
Art. 90 A Divisão de Polícia Comunitária, unida- Art. 91 O Conselho Superior da Polícia Civil do Distrito
de orgânica de execução e assessoramento, dire- Federal, com atribuições consultivas, opinativa, nor-
tamente subordinada à Academia de Polícia Civil, mativa, de deliberação colegiada, presidido pelo Dire-
tem como atribuições: tor-Geral da Polícia Civil tem a seguinte composição:
I - Elaborar o planejamento estratégico para sedi- I - Membros natos:
mentação das ações do Programa de Segurança a) Diretor-Geral da Polícia Civil;
296 Comunitária no âmbito da Polícia Civil; b) Diretor-Geral Adjunto da Polícia Civil;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
c) Corregedor-Geral de Polícia Civil; V - Opinar sobre a proposta Orçamentária da Poli-
d) Diretor do Departamento de Polícia Especializada; cia Civil do Distrito Federal;
e) Diretor do Departamento de Polícia Circunscricional; VI - Funcionar como Conselho de Ética;
f) Diretor do Departamento de Polícia Técnica; VII - Opinar sobre pedidos de anistia;
g) Diretor do Departamento de Atividades Especiais; VIII - Aprovar medidas que visem ao aperfeiçoa-
h) Diretor do Departamento de Administração Geral; mento profissional e dos serviços prestados pela
i) Diretor da Academia de Polícia Civil; Polícia Civil do Distrito Federal;
j) Ex-Diretor-Geral da Polícia Civil; IX - Opinar sobre propostas de alterações na estru-
k) Ex-Corregedor Geral de Polícia Civil. tura orgânica e no quadro funcional da Polícia Civil;
II- Membros escolhidos: X - Opinar em planos de aplicação de recursos;
a) Um Delegado de Polícia da classe especial; XI - Elaborar e aprovar regimento interno próprio;
b) Um Perito Médico Legista da classe especial; XII - Aprovar normas regimentais da Polícia Civil;
c) Um Perito Criminal da classe especial; XIII - Propor normas gerais de procedimentos de
d) Um Papiloscopista da classe especial; apuração de infrações penais e de gestão da Polícia
e) Um Agente de Polícia da classe especial;
Civil do Distrito Federal;
f) Um Escrivão de Polícia da classe especial;
XIV - Aprovar normas gerais de procedimentos
g) Um Agente Penitenciário da classe especial.
para apuração do estágio probatório;
§1º Os membros natos de que tratam as alíneas “j”
XV - Propor ao Diretor-Geral de Polícia outras pro-
e “k” do inciso I, farão parte do Conselho até que
completem o tempo regular para a aposentadoria. vidências que visem a recompor a ordem discipli-
§2º Os membros de que tratam as alíneas “a” à “g” nar e administrativa das atividades da Polícia Civil;
do inciso II, serão escolhidos em listas sêxtuplas na XVI - Formular moções sobre assuntos relevantes
forma do Decreto Distrital nº 23.291, do dia 18 de de interesse da Polícia Civil do Distrito Federal;
outubro de 2002 e suas alterações. XVII - Opinar sobre temas relativos à interpretação
§3º Os membros de que tratam as alíneas “a” à de normas disciplinares, administrativas e penais
“g” do inciso II serão substituídos pelo primeiro no exercício das atividades da Polícia Civil;
suplente nos casos de ausência ou impedimento e, XVIII - Opinar sobre a movimentação de dirigente
por decisão do Diretor-Geral de Polícia Civil, até o de unidade orgânica da Polícia Civil;
final do respectivo mandato, no caso de vacância. XIX - Deliberar sobre fato de relevância que envolva
§4º Qualquer um dos membros escolhidos poderá os interesses da Polícia Civil do Distrito Federal.
4
desistir de sua participação no Conselho Superior
-7
de Polícia Civil. Para facilitar a memorização dessa complexa
91
estrutura organizacional da PC-DF, apresentamos os
.5
É interessante notar que o Regimento Interno órgãos mais importantes na seguinte ilustração:
51
faz uma divisão dos membros do Conselho Superior.
.7
Temos membros natos, que integram o Conselho e a
79
sua presença é absolutamente obrigatória. Dos mem- Direção-Geral
-0
bros natos, temos os membros que ocupam posição de ZA Divisões de Recursos
grau elevado em seu respectivo órgão, como o Diretor- Humanos, Informática,
-Geral, seu Adjunto, o Corregedor-Geral, e os Diretores Corregedoria-Geral Transportes.
U
SO
Circunscricional
Ex-Corregedor-Geral da Polícia Civil: essas pessoas Administração-Geral
LV
mesmo que não estejam mais ocupando o respectivo Departamento de Polícia especializadas (drogas,
A
especiais (sequestro,
qualquer um dos membros escolhidos tem o direito controle de armas)
H
Departamento de
de abrir mão e desistir de participar das reuniões do
Atividades Especiais
L
Perícias, Identificação
soas que ocupam uma posição hierárquica inferior, Departamento de de Pessoas, Instituto
XW
4
liberdade na escolha do servidor ocupante desse car- Sobre a carreira de policial civil, temos múltiplos
-7
cargos pelos quais o candidato poderá ingressar. O pri-
91
go. Mesmo apresentando uma lista de candidatos que
meiro cargo tratado pelo Regimento Interno é o Perito
.5
preenchem alguns requisitos mínimos, a autoridade
Criminal. Esse é o agente policial encarregado de reali-
51
nomeante pode utilizar de critérios mais subjetivos,
zar os exames periciais nos locais de ocorrência do cri-
.7
baseados no voto de confiança que a autoridade tem
me. O trabalho dessas pessoas ajuda a identificar, por
79
pelo candidato. Justamente pelo fato de o cargo em
exemplo, a sequência de fatos até a ocorrência do crime,
-0
comissão ser geralmente criado para as funções de
bem como a realização de diversos exames especiais,
direção, chefia, e assessoramento, não há a necessida- ZA
como o exame datiloscópico, grafotécnico, balística etc.
de de abrir concurso público para preenchê-los.
U
As atribuições do Perito Criminal estão dispostas
Os cargos em comissão da Polícia Civil, ao contrá-
SO
Por ser de nosso maior interesse, devemos dedicar II - Instruir e orientar pessoal sob sua chefia visando
R
nosso tempo aos cargos efetivos. estabelecer novas técnicas e procedimentos de trabalho;
O
YG
Delegado de Polícia ou da carreira de Policial Civil. V - Efetuar exames documentos cópicos e grafotécnicos;
A
4
visando à elucidação de infrações penais, suicídios
-7
e ocorrências de natureza acidental; ção e de padrões papilares;
91
II - Executar e complementar perícia médico-legal, XII - Realizar perícia poroscópica, objetivando a
.5
no vivo e no morto; identificação humana;
51
III - Proceder a exames e emitir laudos e pareceres XIII - Realizar, no âmbito de sua competência, perícia
.7
em todos os assuntos de medicina legal e da sua de representação facial humana, a partir de descri-
79
especialidade; ção de caracteres somatoscópicos distintivos da face;
-0
IV - Instruir e orientar pessoal sob sua chefia visando XIV - Efetuar a coleta, análise, codificação e decodi-
estabelecer novas técnicas e procedimentos de trabalho; ficação de padrões papiloscópicos, visando possibi-
ZA
V - Planejar, desenvolver e executar estudos e proje- litar o acesso sistematizado;
U
tos de pesquisa, visando ao estabelecimento de novos XV - Realizar perícia de reconstituição facial humana,
SO
métodos e técnicas no campo da medicina legal; no âmbito de sua competência, com a finalidade de
recompor caracteres somatos++cópicos do cadáver que
A
des periciais;
mento e rejuvenescimento facial humano para fins
VII - Instruir e orientar pessoal sob sua chefia visando
A
de identificação;
D
dos periciais;
XIX - Realizar perícia prosopográfica humana, no
XW
cura trabalhar mais com o corpo da vítima, tal como o macrofotográficos para instruir laudos periciais;
Médico-Legista. A diferença é que o papiloscopista realiza XXIII - Cumprir e fazer cumprir o presente regimen-
exames voltados à identificação de pessoas mediante a aná- to, regulamentos administrativos e leis em vigor;
lise de suas impressões digitais. De forma mais detalhada, XXIV - Executar outras atribuições de natureza e
o art. 98 apresenta todas as atribuições do Papiloscopista: requisitos similares.
Art. 98 São atribuições do Papiloscopista Policial: O Agente de Polícia é outro cargo de grande
I - Planejar, coordenar, supervisionar, organizar e importância na carreira policial civil. Esse é o princi-
realizar todas as perícias atinentes ao cargo. pal membro que executa todas as ações características 299
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
da atividade policial. O Agente de Polícia está presen- DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
te em diversos instantes, desde investigar a cena do
crime, realizar intimações, e até mesmo escoltar pre- A sessão das disposições finais e transitórias do
sos ou realizar a condução coercitiva de testemunhas regimento interno apresenta apenas uma matéria
para depor sobre o crime. As atribuições do agente de de nosso interesse, que diz respeito aos símbolos da
polícia estão previstas no art. 99: Polícia Civil do Distrito Federal. Essa informação
encontra-se disposta no art. 135:
Art. 99 São atribuições do Agente de Polícia:
I - Investigar atos ou fatos que caracterizem ou Art. 135 Os símbolos oficiais de identificação da
possam caracterizar infrações penais;
Polícia Civil são: Bandeira, Hino, Brasão e Distin-
II - Assistir a autoridade policial no cumprimento
das atividades de Polícia Civil; tivo instituídos pelas Portarias da Secretaria Estado
III - Coordenar ou executar operações e ações de natu- de Segurança Pública do Distrito Federal nºs: 002,
reza policial ou de interesse de segurança pública; de 12 de janeiro de 1987, 612, de 12 de dezembro de
IV - Executar intimações, notificações ou quais- 1983 e 117, de 11 de março de 1983, e a Lei nº 1.677,
quer outras atividades julgadas necessárias ao de 1997 regulamentada pelo Decreto nº 20.232, de
esclarecimento de atos ou fatos sob investigações; 1999, sendo vedado a utilização de quaisquer
V - Dirigir veículos automotores em serviços, ações
outros identificadores pelas unidades policiais;
e operações policiais;
VI - Executar outras atividades decorrentes de sua Parágrafo Único. É obrigatória a utilização do Brasão
lotação; da Polícia Civil, com exclusividade, em todos os docu-
VII - Cumprir e fazer cumprir o presente regimento, mentos oficiais e meios de transportes caracterizados.
regulamentos administrativos e leis em vigor.
O Hino, a Bandeira, o Brasão e o Distintivo são
O Escrivão de Polícia, por sua vez, é o membro os símbolos que identificam essa instituição, e o seu
da PC-DF responsável por toda a atividade de registro, uso é privativo dos agentes policial, apenas. Não pode,
documentação, e outras atividades cartorárias. Nesse
por exemplo, um particular utilizar o uniforme de
mesmo sentido, temos o texto do art. 100:
policial civil, ou o Distintivo. A vedação do uso dos
4
-7
Art. 100 São atribuições do Escrivão de Polícia: símbolos da Polícia Civil estende-se, inclusive, para
91
I - Planejar, controlar e executar todas as ativida- todas as entidades civis, integrantes da esfera privada.
.5
des específicas de cartório;
51
II - Providenciar o recolhimento das fianças
.7
prestadas; Importante!
79
III - Certificar as atividades cartorárias realizadas;
-0
IV - Acompanhar a autoridade policial nas dili- Procure memorizar os símbolos da Polícia Civil:
gências externas, quando necessário ao desenvol- ZA
Hino, Bandeira, Brasão, Distintivo.
vimento de atividades cartoriais;
U
V - Executar os registros das atividades cartorárias;
SO
sua lotação;
R
no âmbito de suas atribuições ou determinadas por dever do Estado e direito e responsabilidade de todos. Ela
L
Por fim, o Agente Penitenciário é o membro da belecidos por esse artigo. Para facilitar seu estudo, dividi-
PC-DF encarregado de realizar as atividades de guar- mos tais princípios e objetivos na tabela a seguir. Vejamos:
A
M
4
z
SUJEITOS DO CRIME
-7
z Moralidade;
91
z Impessoalidade;
O art. 2º da Lei traz um rol de autoridades que
.5
z Hierarquia funcional;
51
podem ser sujeitos ativos dos crimes previstos na Lei
z Disciplina e unidade de doutrina e de procedimentos.
.7
de Abuso de Autoridade. Atente-se para o fato de que
79
se trata de um rol exemplificado.
Aos integrantes da categoria de delegado de polícia
-0
é garantida independência funcional no exercício das
Art. 2º É sujeito ativo do crime de abuso de auto-
ZA
atribuições de Polícia Judiciária, segundo o que dispõe ridade qualquer agente público, servidor ou não,
o §4°, do art. 119.
U
da administração direta, indireta ou fundacional
SO
Os Institutos de Criminalística, de Medicina Legal de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
e de Identificação compõem a estrutura administrati- do Distrito Federal, dos Municípios e de Território,
A
va da Polícia Civil, devendo seus dirigentes ser esco- compreendendo, mas não se limitando a:
LV
periciais, à luz do que alude o §9, do art. 119. Pode cometer o crime qualquer agente público, ser-
Segundo redação dada pelo §16°, do art. 119, a Polí- vidor ou não, da administração direta, indireta ou fun-
XW
cia Civil do Distrito Federal pode dispor de unidade dacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
A
especializada na custódia de presos provisórios e bens do Distrito Federal, dos Municípios e de Território.
M
4
-7
91
O art. 4º da Lei 13.869 de 2019 elenca os efeitos Art. 6º As penas previstas nesta Lei serão aplica-
.5
secundários da condenação. Assim, uma vez conde- das independentemente das sanções de nature-
51
nado, o agente terá que: tornar certa a obrigação de za civil ou administrativa cabíveis.
.7
indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, Parágrafo único. As notícias de crimes previstos
79
a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor nesta Lei que descreverem falta funcional serão
-0
informadas à autoridade competente com vistas à
mínimo para reparação dos danos causados pela
apuração. ZA
infração, considerando os prejuízos por ele sofridos
U
(I); ser inabilitado para o exercício de cargo, mandato
Podemos concluir, portanto, que as notícias de
SO
rão ser expressamente declarados na sentença pelo O art. 7º da Lei 13.869 de 2019 apresenta a seguinte
A
EFEITO DA CONDENAÇÃO
do fato quando essas questões tenham sido decidi-
L
Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo Imagine que um agente penitenciário realiza a
crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na
conduta de constranger o preso, mediante violência,
A
4
-7
A consumação da conduta prevista no caput são em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal:
91
dar-se-á no momento da decretação da medida de pri- Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
.5
vação da liberdade; trata-se de uma conduta comissiva.
51
Já a consumação do parágrafo único (descrito a seguir) O parágrafo único do art. 12 estabelece as condu-
.7
ocorrerá com a prática de uma das condutas descritas, tas equiparadas em seus incisos. Desse modo, incorre
79
tratando-se de uma conduta omissiva (deixar de fazer). na mesma pena quem:
-0
Art. 9º Decretar medida de privação da liberdade em I - deixa de comunicar, imediatamente, a execu-
ZA
manifesta desconformidade com as hipóteses legais: ção de prisão temporária ou preventiva à autori-
U
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. dade judiciária que a decretou;
SO
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autorida- II - deixa de comunicar, imediatamente, a prisão
A
de judiciária que, dentro de prazo razoável, deixar de: de qualquer pessoa e o local onde se encontra à sua
LV
e juízes, pois são estes os responsáveis por decretar executar o alvará de soltura imediatamente após
recebido ou de promover a soltura do preso quando
XW
privada de liberdade.
M
Trata-se de um crime formal, pois não há necessi- O crime previsto nesse artigo é um crime omissi-
dade do resultado para a sua consumação. vo próprio, consumando-se quando o agente deixa de
A próxima conduta que iremos analisar é a do art. 10, fazer o que estabelece a lei.
que consiste no decreto de condução coercitiva de teste- O art. 13 traz uma modalidade de constrangimento
munha ou investigado de forma manifestamente descabi- ilegal, sendo tipificado o ato de constranger o preso
da ou ainda sem prévia intimação de comparecimento ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou
ao juízo. A consumação do crime dá-se no momento em redução de sua capacidade de resistência.
LEGISLAÇÃO
que é decretada a medida de condução, sendo que a pena Inicialmente, cabe ressaltar a diferença entre pre-
é de detenção, de um a quatro anos, e multa. so e detento. Preso é a pessoa que teve sua prisão for-
É importante considerar que, ao contrário do cri- malizada; já o detento é aquele que está sob custódia
me previsto no art. 9º, esse não é cometido apenas do Estado, porém, não condenado por sentença transi-
pelos magistrados, uma vez que pode ser cometido por tada em julgado (não teve a prisão formalizada).
autoridade policial, membro do Ministério Público ou,
até mesmo, por Comissão Parlamentar de Inquérito. Art. 13 Constranger o preso ou o detento, mediante
O sujeito ativo é a autoridade que possui competência violência, grave ameaça ou redução de sua capaci-
para decretar a medida de condução coercitiva. dade de resistência, a: 303
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
I - exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido falsamente ao preso por ocasião de sua captura ou
à curiosidade pública; quando deva fazê-lo durante sua detenção ou prisão. A
II - submeter-se a situação vexatória ou a cons- pena é de detenção de 6 meses a 2 anos e multa.
trangimento não autorizado em lei;
III - (VETADO). Art. 16 [...]
III - produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem,
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e mul- como responsável por interrogatório em sede de
ta, sem prejuízo da pena cominada à violência. procedimento investigatório de infração penal, dei-
xa de identificar-se ao preso ou atribui a si mesmo
O art. 15 prevê como crime o ato de obrigar alguém falsa identidade, cargo ou função.
que possua dever legal de sigilo a depor mediante
ameaça de prisão. O art. 18 estabelece como crime a conduta de sub-
meter o preso a interrogatório policial durante o
Art. 15 Constranger a depor, sob ameaça de prisão, período noturno, salvo em caso de prisão em flagran-
pessoa que, em razão de função, ministério, ofício ou te ou se ele, devidamente assistido, consentir em pres-
profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo: tar declarações. Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem O interrogatório do preso não poderá ser realizado
prossegue com o interrogatório:
durante o repouso noturno. Segundo os professores
I - de pessoa que tenha decidido exercer o direito ao
e doutrinadores Rogério Sanches e Rogério Greco, o
silêncio; ou
período de repouso noturno é estabelecido após as 21
II - de pessoa que tenha optado por ser assistida
por advogado ou defensor público, sem a presença horas e antes das 5 horas.
de seu patrono. Recentemente, a Nova Lei de Abuso de Autoridade
(13.869, de 2019) tratou sobre este assunto, concretizan-
Nesse mesmo sentido, dispõe o art. 207 do Código do os entendimentos doutrinários quanto ao horário:
de Processo Penal:
Art. 22 Invadir ou adentrar, clandestina ou astu-
ciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante,
Art. 207 São proibidas de depor as pessoas que,
4
imóvel alheio ou suas dependências, ou nele per-
-7
em razão de função, ministério, ofício ou profissão,
manecer nas mesmas condições, sem determinação
91
devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela
judicial ou fora das condições estabelecidas em lei:
.5
parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
51
§ 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista no
.7
Um exemplo dessa situação é o advogado que expla- caput deste artigo, quem: [...]
79
na seu cliente com a finalidade de constrangê-lo, sendo III - cumpre mandado de busca e apreensão domi-
-0
que possuía o dever de guardar segredo ou resguardar ciliar após as 21h (vinte e uma horas) ou antes das
sigilo, em razão da profissão (cabe lembrar que nada ZA
5h (cinco horas).
impede que o advogado testemunhe em determinado
U
interrogatório de pessoa que tenha decidido exercer Penal, porque se trata de uma legislação especial, que
LV
o direito ao silêncio ou optado por ser assistida por somente se aplica aos crimes de abuso de autoridade.
SI
Dica
D
R
Art. 15-A. Submeter a vítima de infração penal ou nesse artigo quando o agente estiver em flagrante.
H
I - a situação de violência; ou
Art. 19 Impedir ou retardar, injustificadamente,
II - outras situações potencialmente geradoras de
A
Art. 20 [...] Outro crime que tem como escopo a proteção dos
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, direitos fundamentais previstos na Constituição Fede-
e multa. ral refere-se ao inciso XI do art. 5º, que estabelece
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem que a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém
impede o preso, o réu solto ou o investigado de nela podendo penetrar sem consentimento do mora-
entrevistar-se pessoal e reservadamente com dor, o imóvel alheio salvo em caso de flagrante delito
seu advogado ou defensor, por prazo razoável, ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia,
antes de audiência judicial, e de sentar-se ao por determinação judicial.
seu lado e com ele comunicar-se durante a audiên- Portanto, de acordo com o § 2º do art. 22 da Lei
cia, salvo no curso de interrogatório ou no caso de
13.869 de 2019, não haverá crime se o ingresso for
audiência realizada por videoconferência.
para prestar socorro, ou quando houver fundados indí-
cios que indiquem a necessidade do ingresso em razão
Esse direito possui base constitucional, sendo con-
de situação de flagrante delito ou de desastre.
siderado uma garantia fundamental, podendo ser loca-
Vale pontuar que incorre na mesma pena, de acor-
lizado no inciso LXIII, art. 5º, da Constituição Federal,
do com o § 1° do art. 22, quem:
expondo que o preso será informado de seus direitos,
entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe asse-
z Coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a
gurada a assistência da família e de advogado.
franquear-lhe o acesso a imóvel ou suas dependências;
Ademais, podemos citar o inciso IX, art. 41, da Lei
z Cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar
de Execução Penal:
após as 21h (vinte e uma horas) ou antes das 5h
(cinco horas).
Art. 41 - Constituem direitos do preso: [...]
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado;
O art. 23 desta Lei trata de uma forma do crime de
4
[...]
-7
fraude processual (CP):
91
A conduta criminosa versa sobre o impedimento
.5
injustificado de entrevista pessoal e reservada com o Art. 23 Inovar artificiosamente, no curso de dili-
51
advogado. Atente-se para a palavra “injustificado”, gência, de investigação ou de processo, o estado de
.7
lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de eximir-se
79
vez que, caso o impedimento for devidamente justifi-
de responsabilidade ou de responsabilizar criminal-
cável, estaremos diante de uma conduta atípica.
-0
mente alguém ou agravar-lhe a responsabilidade:
Trata-se de conduta proibida, constituindo crime, ZA
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
a manutenção de presos de ambos os sexos em uma Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem pra-
U
mesma cela ou espaço de confinamento. tica a conduta com o intuito de:
SO
tade do ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou investigação, da diligência ou do processo (II).
nele permanecer nas mesmas condições, sem determina- O art. 24 possui a mesma essência do artigo ante-
ção judicial ou fora das condições estabelecidas em lei. rior; trata-se de um tipo de fraude processual que visa
punir o agente que:
Art. 22 [...]
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e Art. 24 Constranger, sob violência ou grave ameaça,
multa. funcionário ou empregado de instituição hospitalar
LEGISLAÇÃO
§ 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista no pública ou privada a admitir para tratamento pessoa
caput deste artigo, quem: cujo óbito já tenha ocorrido, com o fim de alterar local
I - coage alguém, mediante violência ou grave ou momento de crime, prejudicando sua apuração:
ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel ou suas Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e mul-
dependências; ta, além da pena correspondente à violência.
II - (VETADO);
III - cumpre mandado de busca e apreensão domi- Exemplo: policial que realiza o constrangimento
ciliar após as 21h (vinte e uma horas) ou antes das do médico de um determinado hospital, com a finali-
5h (cinco horas). dade de alterar o momento do crime. 305
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Proceder à obtenção de prova, em procedimento de nos requisitos do art. 27 (instaurar procedimento com
investigação ou fiscalização, por meio manifestamente a falta de indício), responderá por este crime.
ilícito é conduta tipificada no art. 25 da Lei de Abuso O art. 31 determina que aquele que estender, de
de Autoridade. forma injustificada, a investigação a fim de procrasti-
ná-la, em prejuízo do investigado, incorre em condu-
Art. 25 [...] ta típica punível com detenção, de 6 (seis) meses a 2
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem faz
uso de prova, em desfavor do investigado ou fisca- Art. 31 [...]
lizado, com prévio conhecimento de sua ilicitude. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem,
inexistindo prazo para execução ou conclusão de
Um exemplo da doutrina é a obtenção de provas procedimento, o estende de forma imotivada, procras-
por meio de escuta telefônica não autorizada. Portan- tinando-o em prejuízo do investigado ou do fiscalizado.
to, se a autoridade fizer uso de prova que saiba ser
ilícita, incide em conduta equiparada. O grande enfoque dessa conduta é gerar prejuízo ao
O art. 27 estabelece como conduta criminosa o investigado pela procrastinação da autoridade respon-
ato de iniciar procedimento de investigação contra sável; no entanto, nem sempre a demora no procedi-
alguém sem haver qualquer prova do cometimento mento constitui abuso de autoridade, devendo-se pautar
do delito ou infração. pelos princípios da razoabilidade e proporcionalidade.
Portanto, atente-se à conduta e ao prejuízo causado.
Art. 27 Requisitar instauração ou instaurar procedi- No art. 32, lê-se:
mento investigatório de infração penal ou adminis-
trativa, em desfavor de alguém, à falta de qualquer Art. 32 Negar ao interessado, seu defensor ou advo-
indício da prática de crime, de ilícito funcional ou de gado acesso aos autos de investigação preliminar, ao
infração administrativa: termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. outro procedimento investigatório de infração penal,
Parágrafo único. Não há crime quando se tratar de
civil ou administrativa, assim como impedir a obten-
sindicância ou investigação preliminar sumária,
ção de cópias, ressalvado o acesso a peças relativas
devidamente justificada.
a diligências em curso, ou que indiquem a realização
4
-7
de diligências futuras, cujo sigilo seja imprescindível:
91
Podemos analisar que o referido texto traz a esfera Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
administrativa e a esfera penal, tendo a finalidade de
.5
51
evitar a instauração de procedimento investigatória O grande eixo desse ponto relaciona-se à condu-
.7
com a falta de indícios da prática do crime. ta de negar, prejudicando a defesa e a proteção dos
79
Vale destacar que a investigação preliminar sumá- direitos fundamentais do acusado.
-0
ria constitui procedimento administrativo e tem como Vale ressaltar a Súmula de nº 14 do Supremo Tri-
objetivo o caráter preparatório, informal e de acesso bunal Federal: ZA
restrito, visando a coleta de elementos de autoria e
U
que se pretenda produzir, à despeito de expor a intimi- procedimento investigatório realizado por órgão
SI
dade ou vida privada da vítima, ferindo-lhe a honra e com competência de polícia judiciária, digam res-
a imagem, constitui crime punível na forma do art. 28. peito ao exercício do direito de defesa.
A
D
R
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. aos autos já documentados, não englobando aqueles em
YG
A grande finalidade desse crime é evitar a divulga- Com base no art. 33 da Lei 13.869 de 2019, é puní-
L
ção da vida privada do investigado ou acusado, valendo vel o ato de exigir informação ou cumprimento de
EL
destacar que nesse crime é necessário que a gravação ou obrigação, inclusive o dever de fazer ou de não fazer,
XW
trecho de gravação decorra de uma interceptação legal, sem expresso amparo legal.
sem relação com a prova que se pretenda produzir.
A
falsa sobre procedimento judicial, policial, fiscal Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos,
ou administrativo com o fim de prejudicar interes- e multa.
se de investigado. (Pena - detenção, de 6 (seis) meses a
2 (dois) anos, e multa). Incorre na mesma pena quem se utiliza de cargo ou
De acordo com o art. 30, instaurar procedimento função pública ou invoca a condição de agente público
de investigação contra alguém, sabendo ser esta pes- para se eximir de obrigação legal ou para obter vanta-
soa inocente, constitui crime: gem ou privilégio indevido (parágrafo único, art. 33).
4
Aqui, englobam-se as turmas recursais ou órgãos cole- rência às duas separadamente, do mesmo modo
-7
giados, nos quais se demora demasiada e injustificada- que há referência aos princípios da razoabilidade
91
e da proporcionalidade como princípios diversos,
mente o exame do processo, tendo como base o intuito de
.5
quando este último é apenas um aspecto do pri-
51
procrastinar seu andamento ou retardar o julgamento. meiro. No entanto, quando se fala em improbidade
Finalmente, o último crime previsto nessa Lei encon-
.7
como ato ilícito, como infração sancionada pelo orde-
79
tra-se no art. 38. Vejamos: namento jurídico, deixa de haver sinonímia entre as
-0
expressões improbidade e imoralidade, porque aquela
Art. 38 Antecipar o responsável pelas investiga- tem um sentido muito mais amplo e muito mais pre-
ZA
ções, por meio de comunicação, inclusive rede ciso que abrange não só atos desonestos ou imorais,
U
social, atribuição de culpa, antes de concluídas as mas também e principalmente atos ilegais. Na lei de
SO
Um exemplo é quando a autoridade manda men- Art. 1º O sistema de responsabilização por atos de
SI
sagem para o aplicativo WhatsApp do acusado, anteci- improbidade administrativa tutelará a probidade na
A
PROCEDIMENTO
YG
4
organização do Estado e no exercício de suas fun-
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agen-
-7
ções e a integridade do patrimônio público e social
te público o agente político, o servidor público e todo
91
dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
.5
bem como da administração direta e indireta, remuneração, por eleição, nomeação, designação,
51
no âmbito da União, dos Estados, dos Municí- contratação ou qualquer outra forma de investidura
.7
pios e do Distrito Federal. ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas
79
§ 6º Estão sujeitos às sanções desta Lei os atos entidades referidas no art. 1º desta Lei.
-0
de improbidade praticados contra o patrimônio Parágrafo único. No que se refere a recursos de ori-
de entidade privada que receba subvenção, benefício ZA
gem pública, sujeita-se às sanções previstas nesta
ou incentivo, fiscal ou creditício, de entes públicos ou Lei o particular, pessoa física ou jurídica, que celebra
U
ção indireta, estão sujeitos às sanções desta Lei de cooperação ou ajuste administrativo equivalente.
LV
z Servidores públicos;
Os parágrafos 5º, 6º e 7º descrevem os sujeitos passivos
H
z Patrimônio público e social dos Poderes Executi- forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo,
vo, Legislativo e Judiciário, bem como da admi- emprego ou função;
A
nistração direta e indireta, no âmbito da União, z O particular, pessoa física ou jurídica, que celebra
M
dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal; com a administração pública convênio, contrato de
z Entidade privada que receba subvenção, bene- repasse, contrato de gestão, termo de parceria, ter-
fício ou incentivo, fiscal ou creditício, de entes mo de cooperação ou ajuste administrativo equiva-
públicos ou governamentais citados acima; lente (Particular equiparado a Agente Público).
z Entidade privada para cuja criação ou custeio
o erário haja concorrido ou concorra no seu Além deles, temos como sujeitos ativos também
patrimônio ou receita atual, limitado o ressarci- aqueles que, mesmo não sendo agentes públicos, indu-
mento de prejuízos, nesse caso, à repercussão do zam ou concorram dolosamente para a prática do ato
ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. de improbidade.
Com relação às entidades privadas que, mesmo não Art. 3º As disposições desta Lei são aplicáveis, no
integrando a administração indireta, recebem dinheiro que couber, àquele que, mesmo não sendo agente
público (“criação ou custeio o erário haja concorrido ou público, induza ou concorra dolosamente para a
concorra no seu patrimônio ou receita” — § 7º), o ressar- prática do ato de improbidade.
cimento dos prejuízos será limitado à repercussão do § 1º Os sócios, os cotistas, os diretores e os colabo-
308 ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. radores de pessoa jurídica de direito privado não
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
respondem pelo ato de improbidade que venha a ser o limite do valor da herança ou do patrimônio transferi-
imputado à pessoa jurídica, salvo se, comprovada- do. Essa regra já estava prevista no texto anterior da Lei
mente, houver participação e benefícios diretos, caso de Improbidade.
em que responderão nos limites da sua participação. A novidade agora é com relação às fusões e incor-
§ 2º As sanções desta Lei não se aplicarão à pes- porações de empresas às quais também se aplica a
soa jurídica, caso o ato de improbidade adminis- responsabilidade sucessória do art. 8º.
trativa seja também sancionado como ato lesivo à
administração pública de que trata a Lei nº 12.846, DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
de 1º de agosto de 2013.
As hipóteses de improbidade administrativa estão
O art. 3º traz algumas novidades importantes, pois divididas em três espécies: art. 9º — atos que impor-
dispõe que: tam enriquecimento ilícito; art. 10 — atos que causam
prejuízo ao erário e art. 11 — atos que atentam contra
Salvo se, os princípios da administração pública.
Não respondem comprovadamente, O art. 10-A, incluído em 2016, que tratava dos atos
Sócios, Cotistas
pelo ato de
Diretores e
improbidade
houver participação e de improbidade administrativa decorrentes de con-
Colaboradores de benefícios diretos, caso
que venha a cessão ou aplicação indevida de benefício financeiro
pessoa jurídica de em que responderão
direito privado
ser imputado à nos limites da sua ou tributário, deixou de existir como espécie de ato
pessoa jurídica participação e foi incorporado em uma das hipóteses de atos que
causam lesão ao erário.
Além disso, o rol de hipótese, que antes era exempli-
Além disso, as sanções trazidas nessa lei não se ficativo, agora se tornou rol taxativo. O rol exemplificati-
aplicarão à pessoa jurídica caso o ato praticado seja vo é aquele que pode ser acrescido por outras hipóteses,
também sancionado como ato lesivo à administração já o rol taxativo traz uma relação de situações restritas
pública de que trata a Lei Anticorrupção. às quais não haverá acréscimo. A seguir, destacaremos
A Lei nº 14.230, de 2021 (diferentemente do texto as mudanças trazidas pela Lei nº 14.230, de 2021.
original da Lei nº 8.429, de 1992) incluiu expressa-
mente “agente político” como agente público, conso- Dica
lidando o que a jurisprudência já decidia a respeito da
4
-7
aplicação da Lei de Improbidade aos agentes políticos. Antes de adentrarmos propriamente nas espé-
91
Com relação aos Chefes do Executivo, é importante cies de atos de improbidade, vale ressaltar uma
.5
ficar atento para a exceção quanto ao Presidente da técnica utilizada pelos concurseiros que serve
51
República. para distinguir cada conduta ou exemplo prático
.7
Ou seja, para os Prefeitos e Governadores, temos que o examinador possa trazer.
79
a possibilidade de aplicação da Lei de Improbida- Em caso de o agente público se beneficiar do ato
-0
de, inclusive com a possibilidade de duplo regime de improbidade, o ato será classificado como ato
sancionatório (pela LIA e mediante impeachment), e ZA
de improbidade que causa enriquecimento ilícito.
não há foro por prerrogativa de função.
U
a possibilidade de aplicação da Lei de Improbidade, mas o agente público envolvido não se beneficiou,
resta observar se algum terceiro foi beneficiado;
A
próprio de punição dentro da Constituição Federal com se a resposta for positiva, o ato de improbidade
SI
uma previsão específica para crimes de responsabilidade. importou em lesão ao erário. Caso ninguém tenha
se beneficiado, o ato (desde que ímprobo) impor-
A
D
Art. 7º Se houver indícios de ato de improbida- tou em violação dos princípios administrativos.
R
dano ao erário ou que se enriquecer ilicitamente estão Art. 9º Constitui ato de improbidade administra-
EL
sujeitos apenas à obrigação de repará-lo até o limite tiva importando em enriquecimento ilícito aufe-
XW
do valor da herança ou do patrimônio transferido. rir, mediante a prática de ato doloso, qualquer
Art. 8º-A A responsabilidade sucessória de que tipo de vantagem patrimonial indevida em razão
A
previstas nesta Lei decorrentes de atos e de fatos atingido ou amparado por ação ou omissão decor-
ocorridos antes da data da fusão ou da incorpo- rente das atribuições do agente público;
ração, exceto no caso de simulação ou de eviden- II - perceber vantagem econômica, direta ou indire-
te intuito de fraude, devidamente comprovados. ta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação
de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de ser-
A responsabilidade sucessória teve alguns acrésci- viços pelas entidades referidas no art. 1° por preço
mos. Nas hipóteses de dano ao erário e enriquecimento superior ao valor de mercado;
ilícito, se houver o falecimento do causador do dano, o III - perceber vantagem econômica, direta ou indi-
sucessor ou o herdeiro ficam obrigados à reparação até reta, para facilitar a alienação, permuta ou locação 309
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
de bem público ou o fornecimento de serviço por no art. 1º desta lei, sem observância das formalida-
ente estatal por preço inferior ao valor de mercado; des legais e regulamentares aplicáveis à espécie;
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, qualquer IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou
bem móvel, de propriedade ou à disposição de qual- locação de bem integrante do patrimônio de qual-
quer das entidades referidas no art. 1º desta Lei, quer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou
bem como o trabalho de servidores, de empregados ainda a prestação de serviço por parte delas, por
ou de terceiros contratados por essas entidades; preço inferior ao de mercado;
V - receber vantagem econômica de qualquer nature- V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação
za, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a de bem ou serviço por preço superior ao de mercado;
prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, VI - realizar operação financeira sem observância
de contrabando, de usura ou de qualquer outra ati- das normas legais e regulamentares ou aceitar
vidade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem; garantia insuficiente ou inidônea;
VI - receber vantagem econômica de qualquer natu- VII - conceder benefício administrativo ou fiscal
reza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sem a observância das formalidades legais ou regu-
sobre qualquer dado técnico que envolva obras lamentares aplicáveis à espécie;
públicas ou qualquer outro serviço ou sobre VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de
quantidade, peso, medida, qualidade ou carac- processo seletivo para celebração de parcerias com
terística de mercadorias ou bens fornecidos a entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los inde-
qualquer das entidades referidas no art. 1º desta Lei; vidamente, acarretando perda patrimonial efetiva;
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de IX - ordenar ou permitir a realização de despesas
mandato, de cargo, de emprego ou de função públi- não autorizadas em lei ou regulamento;
ca, e em razão deles, bens de qualquer natu- X - agir ilicitamente na arrecadação de tributo ou
reza, decorrentes dos atos descritos no caput de renda, bem como no que diz respeito à conserva-
deste artigo, cujo valor seja desproporcional à ção do patrimônio público;
evolução do patrimônio ou à renda do agente XI - liberar verba pública sem a estrita observância
público, assegurada a demonstração pelo agen- das normas pertinentes ou influir de qualquer for-
te da licitude da origem dessa evolução; ma para a sua aplicação irregular;
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer ativi- XII - permitir, facilitar ou concorrer para que tercei-
dade de consultoria ou assessoramento para pes- ro se enriqueça ilicitamente;
soa física ou jurídica que tenha interesse suscetível XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço
4
-7
de ser atingido ou amparado por ação ou omis- particular, veículos, máquinas, equipamentos ou
91
são decorrente das atribuições do agente público, material de qualquer natureza, de propriedade ou à
.5
durante a atividade; disposição de qualquer das entidades mencionadas
51
IX - perceber vantagem econômica para interme- no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servi-
.7
diar a liberação ou aplicação de verba pública de dor público, empregados ou terceiros contratados
79
qualquer natureza; por essas entidades.
-0
X - receber vantagem econômica de qualquer natu- XIV - celebrar contrato ou outro instrumento que
reza, direta ou indiretamente, para omitir ato tenha por objeto a prestação de serviços públicos
ZA
de ofício, providência ou declaração a que esteja por meio da gestão associada sem observar as for-
U
obrigado; malidades previstas na lei;
SO
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patri- XV - celebrar contrato de rateio de consórcio públi-
mônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes co sem suficiente e prévia dotação orçamentária,
A
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas para a incorporação, ao patrimônio particular de
A
ou valores integrantes do acervo patrimonial das pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou
D
entidades mencionadas no art. 1° desta lei. valores públicos transferidos pela administração
R
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam de parcerias, sem a observância das formalidades
Prejuízo ao Erário legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
H
Art. 10 Constitui ato de improbidade administrativa ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou
que causa lesão ao erário qualquer ação ou omis- valores públicos transferidos pela administração
XW
são dolosa, que enseje, efetiva e comprovadamente, pública a entidade privada mediante celebração
A
perda patrimonial, desvio, apropriação, malbarata- de parcerias, sem a observância das formalidades
M
mento ou dilapidação dos bens ou haveres das enti- legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
dades referidas no art. 1º desta Lei, e notadamente: XVIII - celebrar parcerias da administração pública
I - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para com entidades privadas sem a observância das forma-
a indevida incorporação ao patrimônio particular, lidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
de pessoa física ou jurídica, de bens, de rendas, de XIX - agir para a configuração de ilícito na celebra-
verbas ou de valores integrantes do acervo patri- ção, na fiscalização e na análise das prestações de
monial das entidades referidas no art. 1º desta Lei; contas de parcerias firmadas pela administração
II - permitir ou concorrer para que pessoa física pública com entidades privadas;
ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela
valores integrantes do acervo patrimonial das enti- administração pública com entidades privadas sem a
dades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a obser- estrita observância das normas pertinentes ou influir
vância das formalidades legais ou regulamentares de qualquer forma para a sua aplicação irregular.
aplicáveis à espécie; XXI - (Revogado)
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao XXII - conceder, aplicar ou manter benefício finan-
ente despersonalizado, ainda que de fins educativos ceiro ou tributário contrário ao que dispõem o
ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº
310 patrimônio de qualquer das entidades mencionadas 116, de 31 de julho de 2003.
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§ 1º Nos casos em que a inobservância de forma- § 2º Aplica-se o disposto no § 1º deste artigo a
lidades legais ou regulamentares não implicar quaisquer atos de improbidade administrativa tipi-
perda patrimonial efetiva, não ocorrerá impo- ficados nesta Lei e em leis especiais e a quaisquer
sição de ressarcimento, vedado o enriqueci- outros tipos especiais de improbidade administrati-
mento sem causa das entidades referidas no art. va instituídos por lei.
1º desta Lei. § 3º O enquadramento de conduta funcional na
§ 2º A mera perda patrimonial decorrente da categoria de que trata este artigo pressupõe
atividade econômica não acarretará improbi- a demonstração objetiva da prática de ilega-
dade administrativa, salvo se comprovado ato lidade no exercício da função pública, com a
doloso praticado com essa finalidade. indicação das normas constitucionais, legais
ou infralegais violadas.
Dos Atos de Improbidade Administrativa que § 4º Os atos de improbidade de que trata este
Atentam Contra os Princípios da Administração artigo exigem lesividade relevante ao bem
Pública jurídico tutelado para serem passíveis de sancio-
namento e independem do reconhecimento da
produção de danos ao erário e de enriqueci-
Art. 11 Constitui ato de improbidade administrati-
mento ilícito dos agentes públicos.
va que atenta contra os princípios da administração
§ 5º Não se configurará improbidade a mera
pública a ação ou omissão dolosa que viole os deve-
nomeação ou indicação política por parte dos
res de honestidade, de imparcialidade e de legalidade,
detentores de mandatos eletivos, sendo neces-
caracterizada por uma das seguintes condutas:
sária a aferição de dolo com finalidade ilícita
I - (Revogado)
por parte do agente.
II - (Revogado)
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência
em razão das atribuições e que deva permanecer Importante!
em segredo, propiciando beneficiamento por infor-
mação privilegiada ou colocando em risco a segu- Frustrar a licitude de licitação:
rança da sociedade e do Estado; � Se houver perda patrimonial efetiva → Prejuízo
IV - negar publicidade aos atos oficiais, exceto em ao erário;
razão de sua imprescindibilidade para a seguran- � Se não houver perda patrimonial efetiva →
4
ça da sociedade e do Estado ou de outras hipóteses
-7
Atenta contra os princípios.
91
instituídas em lei;
V - frustrar, em ofensa à imparcialidade, o caráter con-
.5
51
correncial de concurso público, de chamamento ou
DAS PENAS
de procedimento licitatório, com vistas à obtenção de
.7
79
benefício próprio, direto ou indireto, ou de terceiros; Com relação às sanções, a suspensão dos direitos
VI - deixar de prestar contas quando esteja obriga-
-0
políticos terá prazo máximo de 14 anos e o valor das
do a fazê-lo, desde que disponha das condições para multas diminuiu. Veja: ZA
isso, com vistas a ocultar irregularidades;
U
VII - revelar ou permitir que chegue ao conheci- Art. 12 Independentemente do ressarcimento inte-
SO
mento de terceiro, antes da respectiva divulgação gral do dano patrimonial, se efetivo, e das sanções
oficial, teor de medida política ou econômica capaz penais comuns e de responsabilidade, civis e adminis-
A
calização e aprovação de contas de parcerias firmadas cominações, que podem ser aplicadas isolada ou
A
pela administração pública com entidades privadas. cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:
D
grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servi- valente ao valor do acréscimo patrimonial e proibi-
L
dor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de ção de contratar com o poder público ou de receber
EL
direção, chefia ou assessoramento, para o exercício benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta
XW
de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de ou indiretamente, ainda que por intermédio de pes-
função gratificada na administração pública direta e
A
indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Esta- zo não superior a 14 (catorze) anos;
dos, do Distrito Federal e dos Municípios, compreen- II - na hipótese do art. 10 desta Lei, perda dos bens
dido o- ajuste mediante designações recíprocas; ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio,
XII - praticar, no âmbito da administração pública e se concorrer esta circunstância, perda da função
com recursos do erário, ato de publicidade que con- pública, suspensão dos direitos políticos até 12
trarie o disposto no § 1º do art. 37 da Constituição (doze) anos, pagamento de multa civil equivalente
Federal, de forma a promover inequívoco enalteci- ao valor do dano e proibição de contratar com o
mento do agente público e personalização de atos, poder público ou de receber benefícios ou incenti-
LEGISLAÇÃO
O § 1º dispõe que a perda da função pública só vai alcançar o vínculo que o agente público detinha ao tempo
do cometimento da infração.
Vamos dar um exemplo. Um servidor público efetivo que ocupa o cargo de Analista no Tribunal Regional do
Trabalho da 3ª Região na Comarca de Belo Horizonte foi licenciado para exercer o mandato eletivo de Prefeito no
Município. No curso do mandato eletivo, ele comete ato de improbidade; nessa circunstância, a perda da função
pública será aplicada apenas ao mandato eletivo, não atingindo seu cargo efetivo de Analista.
Nas hipóteses previstas no inciso I, do caput desse artigo (os casos que importam enriquecimento ilícito), o Magis-
trado poderá, em caráter excepcional, estender a perda da função aos demais vínculos, consideradas as circunstâncias
do caso e a gravidade da infração.
§ 2º A multa pode ser aumentada até o dobro, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do
réu, o valor calculado na forma dos incisos I, II e III do caput deste artigo é ineficaz para reprovação e prevenção
do ato de improbidade.
§ 3º Na responsabilização da pessoa jurídica, deverão ser considerados os efeitos econômicos e sociais das sanções,
de modo a viabilizar a manutenção de suas atividades.
O § 3º respeita o princípio da razoabilidade. Na aplicação das sanções às pessoas jurídicas, deve-se levar em considera-
ção os efeitos econômicos e sociais para não tornar inviável a continuidade das atividades prestadas pela pessoa jurídica.
4
§ 4º Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a sanção de proibição de
-7
contratação com o poder público pode extrapolar o ente público lesado pelo ato de improbidade, observa-
91
dos os impactos econômicos e sociais das sanções, de forma a preservar a função social da pessoa jurídica, conforme
.5
disposto no § 3º deste artigo.
51
.7
A proibição de contratar, em regra, será aplicada só no âmbito do ente lesado; por exemplo, um servidor
79
municipal cometeu um ato de improbidade que gerou lesão ao erário no respectivo Município. Sendo assim, a
-0
proibição de contratar com o poder público será aplicada somente ao Município onde ocorreu a lesão.
ZA
No entanto, excepcionalmente e por motivos relevantes devidamente justificados, a sanção de proibição de
U
contratar poderá extrapolar o ente público lesado.
SO
Além disso, outro ponto importante acrescido pela Lei nº 14.230, de 2021, é a necessidade da sanção de proibi-
ção de contratação com o poder público constar do Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS),
A
LV
§ 5º No caso de atos de menor ofensa aos bens jurídicos tutelados por esta Lei, a sanção limitar-se-á à apli-
A
cação de multa, sem prejuízo do ressarcimento do dano e da perda dos valores obtidos, quando for o caso,
D
§ 6º Se ocorrer lesão ao patrimônio público, a reparação do dano a que se refere esta Lei deverá deduzir o res-
YG
sarcimento ocorrido nas instâncias criminal, civil e administrativa que tiver por objeto os mesmos fatos.
§ 7º As sanções aplicadas a pessoas jurídicas com base nesta Lei e na Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, deverão
H
§ 8º A sanção de proibição de contratação com o poder público deverá constar do Cadastro Nacional de
Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, observadas as
XW
§ 9º As sanções previstas neste artigo somente poderão ser executadas após o trânsito em julgado da sen-
M
tença condenatória.
§ 10 Para efeitos de contagem do prazo da sanção de suspensão dos direitos políticos, computar-se-á retroa-
tivamente o intervalo de tempo entre a decisão colegiada e o trânsito em julgado da sentença condenatória.
A decisão colegiada prevista no § 10 significa decisão em 2ª instância; sendo assim, a contagem do prazo da
sanção de suspensão dos direitos políticos será a partir da condenação em 2ª instância.
Observe o quadro a seguir, que sistematiza as sanções para cada tipo de ato de improbidade administrativa
visto:
Proibição de contratar ou
Até 14 anos Até 12 anos Até 4 anos
receber benefícios fiscais
DA DECLARAÇÃO DE BENS
Na redação anterior, era facultado ao agente público entregar a cópia da declaração anual de bens apresen-
tada à Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de
qualquer natureza.
Na atual redação, a declaração de bens será a própria declaração de imposto de renda. Tal declaração deve ser
atualizada anualmente e na data em que o agente público deixar o cargo. Se o agente deixar de prestar a declara-
ção ou prestá-la falsa, sofrerá a pena de demissão.
Art. 13 A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração de impos-
to de renda e proventos de qualquer natureza, que tenha sido apresentada à Secretaria Especial da Receita Federal
do Brasil, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente.
4
§ 1º (Revogado).
-7
91
§ 2º A declaração de bens a que se refere o caput deste artigo será atualizada anualmente e na data em que o
agente público deixar o exercício do mandato, do cargo, do emprego ou da função.
.5
51
§ 3º Será apenado com a pena de demissão, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recu-
sar a prestar a declaração dos bens a que se refere o caput deste artigo dentro do prazo determinado ou que
.7
79
prestar declaração falsa.
§ 4º (Revogado).
-0
ZA
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E DO PROCESSO JUDICIAL
U
SO
Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa para que instaure uma investigação para
a apuração da prática de atos de improbidade. Essa representação deve observar os requisitos previstos no §
A
1º, art. 14. Observados os requisitos, a autoridade determinará a apuração dos fatos por meio de um processo
LV
administrativo.
SI
A
Art. 14 Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instau-
D
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do repre-
O
sentante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento.
YG
§ 3º Atendidos os requisitos da 55.representação, a autoridade determinará a imediata apuração dos fatos, obser-
XW
Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a requerimento, designar repre-
sentante para acompanhar o procedimento administrativo.
INDISPONIBILIDADE DE BENS
Art. 16 Na ação por improbidade administrativa poderá ser formulado, em caráter antecedente ou incidente,
pedido de indisponibilidade de bens dos réus, a fim de garantir a integral recomposição do erário ou do acréscimo
LEGISLAÇÃO
4
-7
seja fruto de vantagem patrimonial indevida, conforme descrito no art. 9º desta Lei.
91
.5
Em caráter antecedente ou
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incidente – antes ou no curso da
.7
ação principal
79
-0
Pedido formulado pelo ZA
Ministério Público Garantir a integral recomposição
do erário ou do acréscimo
U
SO
patrimonial resultante de
enriquecimento ilícito
A
LV
INDISPONIBILIDADE DE
SI
BENS
Desde que o juiz se convença da
A
em 5 dias
R
O
DEMONSTRAR: perigo de
YG
dano irreparável ou de
risco ao resultado útil do
H
� Multa civil
EL
� Acréscimo patrimonial
XW
Poderá ser decretada sem a oitiva prévia do réu, sempre que o contraditório prévio puder comprovada-
mente frustrar a efetividade da medida ou houver outras circunstâncias que recomendem a proteção liminar,
não podendo a urgência ser presumida.
Ordem da Indisponibilidade
4
-7
rá ser proposta perante o foro do local onde ocor- a inexistência do ato de improbidade, o juiz julgará
91
rer o dano ou da pessoa jurídica prejudicada. a demanda improcedente.
.5
§ 5º A propositura da ação a que se refere o caput § 12 (Revogado).
51
deste artigo prevenirá a competência do juízo para § 13 (Revogado).
.7
todas as ações posteriormente intentadas que pos- § 14 Sem prejuízo da citação dos réus, a pessoa jurí-
79
suam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. dica interessada será intimada para, caso queira,
-0
§ 6º A petição inicial observará o seguinte: intervir no processo.
I - deverá individualizar a conduta do réu e apon- § 15 Se a imputação envolver a desconsideração de
ZA
tar os elementos probatórios mínimos que demons- pessoa jurídica, serão observadas as regras previs-
U
trem a ocorrência das hipóteses dos arts. 9º, 10 e tas nos arts. 133, 134, 135, 136 e 137 da Lei nº 13.105,
SO
11 desta Lei e de sua autoria, salvo impossibilidade de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).
devidamente fundamentada; § 16 A qualquer momento, se o magistrado iden-
A
LV
dos fatos e do dolo imputado ou com razões fun- que estejam presentes todos os requisitos para
A
de qualquer dessas provas, observada a legislação no polo passivo da demanda, poderá, em deci-
R
vigente, inclusive as disposições constantes dos são motivada, converter a ação de improbidade
O
YG
§ 6º-B A petição inicial será rejeitada nos casos conversão caberá recurso de agravo de instrumento.
M
4
II - a reversão à pessoa jurídica lesada da van-
-7
tagem indevida obtida, ainda que oriunda de forma isolada ou cumulativa:
91
agentes privados. a) os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade;
.5
§ 1º A celebração do acordo a que se refere o caput b) a natureza, a gravidade e o impacto da infração
51
deste artigo dependerá, cumulativamente: cometida;
.7
I - da oitiva do ente federativo lesado, em momento c) a extensão do dano causado;
79
anterior ou posterior à propositura da ação; d) o proveito patrimonial obtido pelo agente;
-0
II - de aprovação, no prazo de até 60 (sessenta) e) as circunstâncias agravantes ou atenuantes;
dias, pelo órgão do Ministério Público compe- f) a atuação do agente em minorar os prejuízos e as
ZA
tente para apreciar as promoções de arqui- consequências advindas de sua conduta omissiva
U
g) os antecedentes do agente;
ajuizamento da ação;
V - considerar na aplicação das sanções a dosime-
A
sanção.
EL
§ 4º O juiz poderá autorizar o parcelamento, em até 48 (quarenta e oito) parcelas mensais corrigidas moneta-
riamente, do débito resultante de condenação pela prática de improbidade administrativa se o réu demonstrar
incapacidade financeira de saldá-lo de imediato.
Art. 18-A A requerimento do réu, na fase de cumprimento da sentença, o juiz unificará eventuais sanções
aplicadas com outras já impostas em outros processos, tendo em vista a eventual continuidade de ilícito ou a
prática de diversas ilicitudes, observado o seguinte:
I - no caso de continuidade de ilícito, o juiz promoverá a maior sanção aplicada, aumentada de 1/3 (um ter-
ço), ou a soma das penas, o que for mais benéfico ao réu;
II - no caso de prática de novos atos ilícitos pelo mesmo sujeito, o juiz somará as sanções.
Parágrafo único. As sanções de suspensão de direitos políticos e de proibição de contratar ou de receber
incentivos fiscais ou creditícios do poder público observarão o limite máximo de 20 (vinte) anos.
4
Esquematizando alguns pontos importantes:
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.5
Proposta Pelo MP, único legitimado
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79
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Natureza repressiva, Caráter sancionatório
ZA
U
SO
A
LV
SI
Se não se identificam
A
ação de improbidade em
caracterização do ato de
R
improbidade
YG
H
L
EL
Art. 19 Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quan-
do o autor da denúncia o sabe inocente.
Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais,
morais ou à imagem que houver provocado. 317
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 20 A perda da função pública e a suspensão Art. 23 A ação para a aplicação das sanções previs-
dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito tas nesta Lei prescreve em 8 (oito) anos, conta-
em julgado da sentença condenatória. dos a partir da ocorrência do fato ou, no caso
§ 1º A autoridade judicial competente poderá de infrações permanentes, do dia em que ces-
determinar o afastamento do agente público do sou a permanência.
exercício do cargo, do emprego ou da função, I - (revogado);
sem prejuízo da remuneração, quando a medi- II - (revogado);
da for necessária à instrução processual ou III - (revogado).
para evitar a iminente prática de novos ilícitos. § 1º A instauração de inquérito civil ou de pro-
§ 2º O afastamento previsto no § 1º deste artigo será cesso administrativo para apuração dos ilí-
de até 90 (noventa) dias, prorrogáveis uma única citos referidos nesta Lei suspende o curso do
vez por igual prazo, mediante decisão motivada. prazo prescricional por, no máximo, 180 (cento
Art. 21 A aplicação das sanções previstas nesta e oitenta) dias corridos, recomeçando a correr
lei independe: após a sua conclusão ou, caso não concluído o
I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio processo, esgotado o prazo de suspensão.
público, salvo quanto à pena de ressarcimento e às § 2º O inquérito civil para apuração do ato de
condutas previstas no art. 10 desta Lei; improbidade será concluído no prazo de 365
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo (trezentos e sessenta e cinco) dias corridos,
órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou prorrogável uma única vez por igual período,
Conselho de Contas. mediante ato fundamentado submetido à revi-
§ 1º Os atos do órgão de controle interno ou externo são da instância competente do órgão ministerial,
serão considerados pelo juiz quando tiverem servido conforme dispuser a respectiva lei orgânica.
de fundamento para a conduta do agente público. § 3º Encerrado o prazo previsto no § 2º deste artigo,
§ 2º As provas produzidas perante os órgãos de contro- a ação deverá ser proposta no prazo de 30 (trinta)
le e as correspondentes decisões deverão ser conside- dias, se não for caso de arquivamento do inquérito civil.
radas na formação da convicção do juiz, sem prejuízo § 4º O prazo da prescrição referido no caput des-
da análise acerca do dolo na conduta do agente. te artigo interrompe-se:
§ 3º As sentenças civis e penais produzirão efei- I - pelo ajuizamento da ação de improbidade
tos em relação à ação de improbidade quando administrativa;
concluírem pela inexistência da conduta ou II - pela publicação da sentença condenatória;
4
pela negativa da autoria. III - pela publicação de decisão ou acórdão de
-7
§ 4º A absolvição criminal em ação que discu-
91
Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal
ta os mesmos fatos, confirmada por decisão que confirma sentença condenatória ou que refor-
.5
colegiada, impede o trâmite da ação da qual ma sentença de improcedência;
51
trata esta Lei, havendo comunicação com todos IV - pela publicação de decisão ou acórdão do Supe-
.7
os fundamentos de absolvição previstos no art. 386 rior Tribunal de Justiça que confirma acórdão conde-
79
do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 natório ou que reforma acórdão de improcedência;
-0
(Código de Processo Penal). V - pela publicação de decisão ou acórdão do
§ 5º Sanções eventualmente aplicadas em
ZA
Supremo Tribunal Federal que confirma acórdão con-
outras esferas deverão ser compensadas com denatório ou que reforma acórdão de improcedência.
U
to nesta Lei, o Ministério Público, de ofício, a do prazo previsto no caput deste artigo.
LV
Parágrafo único. Na apuração dos ilícitos previs- § 8º O juiz ou o tribunal, depois de ouvido o Ministério
tos nesta Lei, será garantido ao investigado a Público, deverá, de ofício ou a requerimento da parte
H
Sentenças civis e penais produzirão efeitos em Art. 23-A É dever do poder público oferecer con-
M
relação à ação de improbidade quando concluírem: tínua capacitação aos agentes públicos e políticos
que atuem com prevenção ou repressão de atos de
z Pela inexistência da conduta; improbidade administrativa.
z Pela negativa da autoria. Art. 23-B Nas ações e nos acordos regidos por esta
Lei, não haverá adiantamento de custas, de prepa-
A absolvição criminal em ação que discuta os ro, de emolumentos, de honorários periciais e de
mesmos fatos → confirmada por decisão colegia- quaisquer outras despesas.
da → impede o trâmite da ação de improbidade, § 1º No caso de procedência da ação, as custas e as
demais despesas processuais serão pagas ao final.
havendo comunicação com todos os fundamentos
§ 2º Haverá condenação em honorários sucumben-
de absolvição previstos no CPP.
ciais em caso de improcedência da ação de impro-
bidade se comprovada má-fé.
DA PRESCRIÇÃO Art. 23-C Atos que ensejem enriquecimento ilícito, per-
da patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento
O prazo prescricional passou a ser de 8 anos em ou dilapidação de recursos públicos dos partidos políti-
todas as hipóteses e a contagem se dá a partir da ocor- cos, ou de suas fundações, serão responsabilizados nos
318 rência do fato. termos da Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995.
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Das Disposições Finais
Art. 24 Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 25 Ficam revogadas as Leis n°s 3.164, de 1° de junho de 1957, e 3.502, de 21 de dezembro de 1958 e demais
disposições em contrário.
A lei traz hipóteses de suspensão e de interrupção. Na suspensão, após a instauração de inquérito civil ou de pro-
cesso administrativo, o prazo prescricional suspende-se por até 180 dias corridos e volta a contar de onde parou.
Já na interrupção, após a ocorrência das hipóteses previstas, volta-se a contar o prazo do zero.
O § 5º traz uma inovação, que é a prescrição intercorrente. Essa modalidade de prescrição só ocorre depois da
apresentação da ação de improbidade, ou seja, ocorre dentro do processo e será contada pela metade.
Exemplo: um agente praticou um ato de improbidade há 6 anos; o MP apresenta a ação e, no dia da apresentação,
o prazo será interrompido. Na interrupção, o prazo volta a contar do zero, ou seja, com a apresentação da ação de
improbidade administrativa pelo MP, voltaríamos a contar os 8 anos. Entretanto, na prescrição intercorrente do §
5º, o prazo volta a ser contado pela metade, ou seja, 4 anos. Podemos dizer, então, que o prazo da prescrição inter-
corrente será de 4 anos.
4
de arquivamento do
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inquérito civil
91
INQUÉRITO CIVIL
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Em 8 anos, contados a
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partir da ocorrência do
-0
A ação para a aplicação das
fato ou, no caso de
sanções previstas nesta Lei ZA
infrações permanentes,
prescreve
U
do dia em que cessou a
SO
permanência
A
LV
REFERÊNCIAS
SI
CÂMARA DOS DEPUTADOS. 2021. Página inicial. Disponível em: <https://www.camara.leg.br/>. Acesso em: 5
A
D
nov. 2021.
R
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo – 33ª Ed. São Paulo: Atlas, 2019.
O
CARVALHO, Matheus. Manual de Direito Administrativo – 9ª Ed. São Paulo: Juspodivm, 2021.
YG
CASA CIVIL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Guia da política de governança pública. Brasília: Casa Civil
H
CASTRO JÚNIOR, Renério de. Manual de Direito Administrativo – 1ª Ed. São Paulo: Juspodivm, 2021.
EL
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo – 33ª Ed. São Paulo: Atlas, 2020.
XW
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro – 44ª Ed. Salvador: Juspodivm, 2020.
MELLO, Celso Antônio Bandeira. Curso de Direito Administrativo – 34ª Ed. São Paulo: Juspodivm, 2019.
A
No dia 26 de outubro de 2021 foi publicada a Lei 14.230, de 2021, que traz alterações significativas na Lei de Impro-
bidade Administrativa — Lei 8.429, de 1992. Faremos a análise da Lei de Improbidade apontando tais alterações.
A Improbidade Administrativa tem fundamento no princípio da moralidade e no § 4º, art. 37, da Constituição
Federal;
Art. 37 [...]
§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função públi-
ca, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da
ação penal cabível. 319
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Dica Observe que nessa questão a banca trouxe os con-
ceitos de moralidade e probidade como equivalentes
Para memorizar as sanções do mencionado arti- e considerou como correta a questão. Portanto, se a
go: PARIS banca não citar a diferença explicada acima conside-
Perda da função pública re conceitos equivalentes.
Ação Penal
Ressarcimento Art. 1º O sistema de responsabilização por atos de
Indisponibilidade dos bens improbidade administrativa tutelará a probidade
Suspensão dos direitos políticos na organização do Estado e no exercício de suas
funções, como forma de assegurar a integrida-
de do patrimônio público e social, nos termos
Nesse sentido, percebe-se que a Administração
desta Lei.
Pública, além da legalidade formal, precisa observar,
também, os princípios éticos de lealdade, da boa-fé e
de regras que assegurem a boa administração. A primeira mudança importante da lei é que os
O art. 1º dispõe que o sistema de responsabiliza- atos de improbidade passam a depender de uma con-
ção por atos de improbidade administrativa tutelará duta dolosa, ou seja, não é mais admitida a modalida-
a probidade na organização do Estado. E qual seria a de culposa nos atos de improbidade.
diferença entre probidade e moralidade? Existe dife- O § 2º traz o conceito de dolo. Além disso, é impor-
rença ou são sinônimos? tante que você saiba que o dolo aqui descrito é o dolo
Ambos têm fundamento na ideia de honestidade, específico, ou seja, a intenção de alcançar o resultado
mas a moralidade é um conceito jurídico indetermi- exemplo; um servidor frauda a licitação para benefi-
nado trazido como princípio constitucional no caput ciar um amigo.
do art. 37, da CF. Segundo Di Pietro, “a moralidade exi-
ge basicamente honestidade, observância das regras de § 1º Consideram-se atos de improbidade adminis-
boa administração, atendimento ao interesse público, trativa as condutas dolosas tipificadas nos arts. 9º,
boa-fé, lealdade.” (DI PIETRO, 2020) 10 e 11 desta Lei, ressalvados tipos previstos em
Já a probidade é prevista em lei. A improbidade leis especiais.
é gênero que alcança atos de ilegalidade, imoralida- § 2º Considera-se dolo a vontade livre e consciente
4
de e qualquer violação a princípios da Administração de alcançar o resultado ilícito tipificado nos arts.
-7
Pública. Ainda nos ensinamentos de Di Pietro, 9º, 10 e 11 desta Lei, não bastando a voluntariedade
91
do agente.
.5
Comparando moralidade e probidade, pode-se afir- § 3º O mero exercício da função ou desempenho de
51
mar que como princípios, significam praticamente a competências públicas, sem comprovação de ato
.7
mesma coisa, embora algumas leis façam referência doloso com fim ilícito, afasta a responsabilidade
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às duas separadamente, do mesmo modo que há refe- por ato de improbidade administrativa.
-0
rência aos princípios da razoabilidade e da propor- § 4º Aplicam-se ao sistema da improbidade disci-
ZA
cionalidade como princípios diversos, quando este plinado nesta Lei os princípios constitucionais do
último é apenas um aspecto do primeiro. No entanto, direito administrativo sancionador.
U
SO
lidade administrativa é apenas uma das inúmeras Nesse sentido, observe este julgado do Superior
YG
hipóteses de atos de improbidade previstas na lei.1 Tribunal de Justiça sobre o tema direito administra-
H
tivo sancionador:
L
dade e moralidade como sinônimos e essa vem sendo [...] o tema insere-se no âmbito do Direito Adminis-
XW
a regra nas provas, mas é importante que você saiba trativo sancionador e, segundo doutrina e jurispru-
essa sutil diferença caso a banca queira aprofundar. dência, em razão de sua proximidade com o Direito
A
Observe um exemplo de questão que abordou esse Penal, a ele se estende a norma do artigo 5º, XVIII,
M
§ 5º Os atos de improbidade violam a probidade na organização do Estado e no exercício de suas funções e a integri-
dade do patrimônio público e social dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como da administra-
ção direta e indireta, no âmbito da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
§ 6º Estão sujeitos às sanções desta Lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade
privada que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de entes públicos ou governamentais,
previstos no § 5º deste artigo.
§ 7º Independentemente de integrar a administração indireta, estão sujeitos às sanções desta Lei os atos de impro-
bidade praticados contra o patrimônio de entidade privada para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido
ou concorra no seu patrimônio ou receita atual, limitado o ressarcimento de prejuízos, nesse caso, à repercussão do
ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.
Com relação às entidades privadas que, mesmo não integrando a administração indireta, recebem dinheiro
público “criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra no seu patrimônio ou receita” o ressarcimento dos
prejuízos será limitado à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.
Exemplo: uma entidade privada recebe R$ 55.000,00 de dinheiro público, então ela poderá pleitear em ação de
Improbidade Administrativa o ressarcimento dos prejuízos até o limite de 55.000,00.
§ 8º Não configura improbidade a ação ou omissão decorrente de divergência interpretativa da lei, baseada em
jurisprudência, ainda que não pacificada, mesmo que não venha a ser posteriormente prevalecente nas decisões dos
órgãos de controle ou dos tribunais do Poder Judiciário.
No § 8º a Lei deixa claro que as divergências interpretativas das leis, baseadas em jurisprudências não confi-
guram ato de improbidade. Se um agente público, por exemplo, efetua a dispensa de licitação em uma hipótese
na qual há divergência jurisprudencial a respeito da possibilidade ou impossibilidade de dispensa em tal situação
4
-7
não há que se falar em improbidade mesmo que posteriormente a interpretação prevalente seja contrária ao ato
91
praticado pelo agente. Esse dispositivo garante mais segurança jurídica.
.5
51
SUJEITOS ATIVOS DO ATO DE IMPROBIDADE
.7
79
O sujeito ativo é aquele que pratica o ato descrito na Lei de Improbidade e segundo dispõe a norma, conside-
-0
ra-se sujeito ativo os agentes políticos, servidores públicos, aqueles que exercem, ainda que transitoriamente ou
ZA
sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função. Aqui entra a figura do mesário, do jurado, do estagiário etc.
U
SO
Além deles, temos como sujeito ativo também aqueles que mesmo não sendo agentes públicos, induzam ou
concorram dolosamente para a prática do ato de improbidade.
A
LV
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público o agente político, o servidor público e todo aquele
SI
que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
A
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades referidas no art.
D
Parágrafo único. No que se refere a recursos de origem pública, sujeita-se às sanções previstas nesta Lei o particular,
O
pessoa física ou jurídica, que celebra com a administração pública convênio, contrato de repasse, contrato de gestão,
YG
termo de parceria, termo de cooperação ou ajuste administrativo equivalente. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
H
L
O art. 2º descreve o conceito de Agente Público; podemos dizer que o conceito trazido na lei trata de agentes
EL
z Agentes Políticos;
M
z Servidores Públicos;
z Todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, desig-
nação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função;
z O particular, pessoa física ou jurídica, que celebra com a administração pública convênio, contrato de
repasse, contrato de gestão, termo de parceria, termo de cooperação ou ajuste administrativo equiva-
lente (Particular Equiparado a Agente Público).
LEGISLAÇÃO
Art. 3º As disposições desta Lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza
ou concorra dolosamente para a prática do ato de improbidade.
§ 1º Os sócios, os cotistas, os diretores e os colaboradores de pessoa jurídica de direito privado não respondem pelo
ato de improbidade que venha a ser imputado à pessoa jurídica, salvo se, comprovadamente, houver participação e
benefícios diretos, caso em que responderão nos limites da sua participação.
§ 2º As sanções desta Lei não se aplicarão à pessoa jurídica, caso o ato de improbidade administrativa seja tam-
bém sancionado como ato lesivo à administração pública de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013.
Além disso, as sanções trazidas nessa lei não se aplicarão à pessoa jurídica, caso o ato praticado seja tam-
bém sancionado como ato lesivo à administração pública de que trata a Lei Anticorrupção.
Ainda com relação aos agentes políticos, pode-se citar como exemplos os Chefes do Executivo e seus auxiliares
diretos; membros do Legislativo, membros do Judiciário; membros do Ministério Público; membros dos Tribunais
de Contas e representantes diplomáticos.
A Lei 14.230, de 2021, incluiu expressamente “agente político” como agente público, consolidando o que a juris-
prudência já decidia a respeito da aplicação da Lei de Improbidade aos Agentes Políticos. Com relação aos Chefes do
Executivo, é importante ficar atento para a exceção quanto ao Presidente da República. Veja:
Ementa: Direito Constitucional. Agravo Regimental em Petição. Sujeição dos Agentes Políticos a Duplo Regime San-
cionatório em Matéria de Improbidade. Impossibilidade de Extensão do Foro por Prerrogativa de Função à Ação de
Improbidade Administrativa. 1. Os agentes políticos, com exceção do Presidente da República, encontram-se
sujeitos a um duplo regime sancionatório, de modo que se submetem tanto à responsabilização civil pelos
atos de improbidade administrativa, quanto à responsabilização político-administrativa por crimes de
responsabilidade [...]2
Ou seja, para os Prefeitos e Governadores temos a possibilidade de aplicação da Lei de Improbidade, inclusive
com a possibilidade de duplo regime sancionatório (pela Lei de Improbidade e mediante Impeachment) e não há
foro por prerrogativa de função, ou seja, o julgamento será em primeira instância. Já com relação ao Presidente
da República não há a possibilidade de aplicação da Lei de Improbidade, uma vez que o Presidente da República
já tem um sistema próprio de punição dentro da Constituição Federal com uma previsão específica para crimes
de responsabilidade.
4
Lembre-se sempre de responder de acordo com o comando da questão, se a questão citar “de acordo com
-7
entendimento do Supremo Tribunal Federal” você já terá conhecimento suficiente para responder à questão. Se
91
ela trouxer apenas o texto da lei, considere o texto legal.
.5
51
Art. 7º Se houver indícios de ato de improbidade, a autoridade que conhecer dos fatos representará ao Minis-
.7
tério Público competente, para as providências necessárias.
79
Art. 8º O sucessor ou o herdeiro daquele que causar dano ao erário ou que se enriquecer ilicitamente estão sujeitos ape-
-0
nas à obrigação de repará-lo até o limite do valor da herança ou do patrimônio transferido.
ZA
Art. 8º-A A responsabilidade sucessória de que trata o art. 8º desta Lei aplica-se também na hipótese de altera-
ção contratual, de transformação, de incorporação, de fusão ou de cisão societária.
U
Parágrafo único. Nas hipóteses de fusão e de incorporação, a responsabilidade da sucessora será restrita à obriga-
SO
ção de reparação integral do dano causado, até o limite do patrimônio transferido, não lhe sendo aplicáveis as
A
demais sanções previstas nesta Lei decorrentes de atos e de fatos ocorridos antes da data da fusão ou da incorpo-
LV
A responsabilidade sucessória teve alguns acréscimos. Nas hipóteses de dano ao erário e enriquecimento ilícito, se
A
D
houver o falecimento do causador do dano o sucessor ou o herdeiro ficam obrigados à reparação até o limite do valor da
R
Essa regra já estava prevista no texto anterior da Lei de Improbidade. A novidade agora é que a responsabili-
YG
dade sucessória de que trata o art. 8º aplica-se também nas hipóteses de:
H
L
z Alteração contratual;
EL
z De transformação;
XW
z De incorporação;
z De fusão;
A
M
z De cisão societária.
Observe que o parágrafo único do art. 8º-A traz uma redação cheia de detalhes importantes e pode ser muito
explorado em provas. Abanca examinadora pode usar tal dispositivo para elaborar questões que podem induzi-lo
ao erro. Por isso, é muito importante memorizar o conteúdo, já que a maioria das provas cobra o texto da lei.
Sendo assim, atente-se para as informações na tabela a seguir.
FUSÃO E INCORPORAÇÃO
Responsabilidade da sucessora será restrita à obrigação de reparação integral do dano causado
Até o limite do patrimônio transferido
Não aplicando as demais sanções decorrentes de atos e de fatos ocorridos antes da data da fusão ou da
incorporação
Exceto no caso de simulação ou de evidente intuito de fraude, devidamente comprovados
2 Pet 3240 AgR, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Relator(a) p/ Acórdão: Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 10/05/2018, ACÓR-
322 DÃO ELETRÔNICO DJe-171 DIVULG 21-08-2018 PUBLIC 22-08-2018.
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DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercí-
cio de mandato, de cargo, de emprego ou de função
As hipóteses de improbidade administrativa estão pública, e em razão deles, bens de qualquer nature-
divididas em três espécies; art. 9º: atos que importam za, decorrentes dos atos descritos no caput deste
enriquecimento ilícito, art. 10: atos que causam pre- artigo, cujo valor seja desproporcional à evolução
juízo ao erário e art. 11: atos que atentam contra os do patrimônio ou à renda do agente público, asse-
princípios da administração pública. gurada a demonstração pelo agente da licitude da
O art. 10-A, incluído em 2016 que tratava dos atos origem dessa evolução;
de improbidade administrativa decorrentes de con- VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer ati-
cessão ou aplicação indevida de benefício financeiro vidade de consultoria ou assessoramento para pes-
ou tributário deixou de existir como espécie de ato soa física ou jurídica que tenha interesse suscetível
e foi incorporado em uma das hipóteses de atos que de ser atingido ou amparado por ação ou omissão
causam lesão ao erário. decorrente das atribuições do agente público, duran-
te a atividade;
Além disso, o rol de hipótese que antes era exem-
IX - perceber vantagem econômica para inter-
plificativo agora se tornou rol taxativo. O rol exem-
mediar a liberação ou aplicação de verba pública
plificativo é aquele que pode ser acrescido por outras
de qualquer natureza;
hipóteses, já o rol taxativo traz uma relação de situa-
X - receber vantagem econômica de qualquer natu-
ções restritas às quais não haverá acréscimo. reza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofí-
cio, providência ou declaração a que esteja obrigado;
Dos Atos de Improbidade Administrativa que XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patri-
Importam Enriquecimento Ilícito mônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes
do acervo patrimonial das entidades mencionadas
Da leitura dos artigos você vai perceber que nessa no art. 1° desta lei;
espécie existe um enriquecimento, um aumento patri- XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, ver-
monial do agente com a prática dos atos descritos. bas ou valores integrantes do acervo patrimonial
Observe os verbos: receber, perceber, adquirir, das entidades mencionadas no art. 1° desta lei.
usar, incorporar, utilizar para conseguir qualquer
tipo de vantagem patrimonial indevida. Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam
4
-7
Prejuízo Ao Erário
91
Art. 9º Constitui ato de improbidade administrati-
.5
va importando em enriquecimento ilícito auferir, Já nos atos que causam prejuízo ao erário, não há
51
mediante a prática de ato doloso, qualquer tipo de van- um proveito econômico pelo agente, ocorre um prejuí-
.7
tagem patrimonial indevida em razão do exercício de zo aos cofres públicos. Aqui, o agente vai contribuir
79
cargo, de mandato, de função, de emprego ou de ati- para que outro enriqueça às custas do dinheiro público,
-0
vidade nas entidades referidas no art. 1º desta Lei, e deixar de observar alguma exigência prevista em lei,
notadamente:
ZA
e essa inobservância causa algum prejuízo, por exem-
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem
U
plo: frustrar a licitude de licitação ou processo seletivo
móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem eco-
SO
II - perceber vantagem econômica, direta ou são dolosa, que enseje, efetiva e comprovadamente,
R
indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou perda patrimonial, desvio, apropriação, malbarata-
O
locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação mento ou dilapidação dos bens ou haveres das enti-
YG
de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por dades referidas no art. 1º desta Lei, e notadamente:
H
preço superior ao valor de mercado; I - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para
L
indireta, para facilitar a alienação, permuta ou loca- pessoa física ou jurídica, de bens, de rendas, de verbas
XW
ção de bem público ou o fornecimento de serviço por ou de valores integrantes do acervo patrimonial das
ente estatal por preço inferior ao valor de mercado; entidades referidas no art. 1º desta Lei;
A
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, qual- II - permitir ou concorrer para que pessoa físi-
M
quer bem móvel, de propriedade ou à disposição de ca ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas
qualquer das entidades referidas no art. 1º desta Lei, ou valores integrantes do acervo patrimonial das
bem como o trabalho de servidores, de empregados entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a
ou de terceiros contratados por essas entidades; observância das formalidades legais ou regu-
V - receber vantagem econômica de qualquer natu- lamentares aplicáveis à espécie;
reza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente
prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, despersonalizado, ainda que de fins educativos ou
LEGISLAÇÃO
de contrabando, de usura ou de qualquer outra ativi- assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patri-
dade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem; mônio de qualquer das entidades mencionadas no art.
VI - receber vantagem econômica de qualquer 1º desta lei, sem observância das formalidades
natureza, direta ou indireta, para fazer declara- legais e regulamentares aplicáveis à espécie;
ção falsa sobre qualquer dado técnico que envolva IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou
obras públicas ou qualquer outro serviço ou sobre locação de bem integrante do patrimônio de qual-
quantidade, peso, medida, qualidade ou caracterís- quer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou
tica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer ainda a prestação de serviço por parte delas, por
das entidades referidas no art. 1º desta Lei; preço inferior ao de mercado; 323
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V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou de ressarcimento, vedado o enriquecimento sem
locação de bem ou serviço por preço superior ao de causa das entidades referidas no art. 1º desta Lei.
mercado; § 2º A mera perda patrimonial decorrente da
VI - realizar operação financeira sem obser- atividade econômica não acarretará improbi-
vância das normas legais e regulamentares ou dade administrativa, salvo se comprovado ato
aceitar garantia insuficiente ou inidônea; doloso praticado com essa finalidade.
VII - conceder benefício administrativo ou fis-
cal sem a observância das formalidades legais O parágrafo segundo, do referido artigo, reforça a
ou regulamentares aplicáveis à espécie; ideia de que os atos descritos na lei de improbidade
VIII - frustrar a licitude de processo licitató- precisam de dolo, ou seja, a vontade livre e consciente
rio ou de processo seletivo para celebração de de alcançar o resultado ilícito.
parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou
dispensá-los indevidamente, acarretando perda Dos Atos de Improbidade Administrativa que
patrimonial efetiva; Atentam Contra Os Princípios Da Administração
IX - ordenar ou permitir a realização de despe- Pública
sas não autorizadas em lei ou regulamento;
X - agir ilicitamente na arrecadação de tributo ou
Com relação aos atos de improbidade que aten-
de renda, bem como no que diz respeito à conserva-
tam contra os princípios, a conduta do agente de
ção do patrimônio público;
alguma forma vai violar os princípios que norteiam
XI - liberar verba pública sem a estrita obser-
a atividade da administração pública. Como é um rol
vância das normas pertinentes ou influir de
menor, se você memorizar as hipóteses do art. 11 e
qualquer forma para a sua aplicação irregular;
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que
tiver em mente o raciocínio explicado acima nos arts.
terceiro se enriqueça ilicitamente; 9º e 10, fica fácil identificar na questão o que é o enri-
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço par- quecimento ilícito e o prejuízo ao erário.
ticular, veículos, máquinas, equipamentos ou material
de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição Art. 11 Constitui ato de improbidade administrativa
de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° des- que atenta contra os princípios da administração
ta lei, bem como o trabalho de servidor público, empre- pública a ação ou omissão dolosa que viole os deve-
res de honestidade, de imparcialidade e de legalidade,
4
gados ou terceiros contratados por essas entidades.
-7
XIV - celebrar contrato ou outro instrumento caracterizada por uma das seguintes condutas:
91
que tenha por objeto a prestação de serviços públi- I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de
.5
cos por meio da gestão associada sem observar 2021)
51
as formalidades previstas na lei; II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230,
.7
XV - celebrar contrato de rateio de consórcio públi- de 2021)
79
co sem suficiente e prévia dotação orçamentária, III - revelar fato ou circunstância de que tem
-0
ou sem observar as formalidades previstas na lei. ciência em razão das atribuições e que deva
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, permanecer em segredo, propiciando beneficia-
ZA
para a incorporação, ao patrimônio particular de mento por informação privilegiada ou colocando
U
pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou em risco a segurança da sociedade e do Estado;
SO
valores públicos transferidos pela administração IV - negar publicidade aos atos oficiais, exceto em
razão de sua imprescindibilidade para a seguran-
A
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa físi- V - frustrar, em ofensa à imparcialidade, o cará-
A
ca ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ter concorrencial de concurso público, de cha-
D
XVIII - celebrar parcerias da administração gado a fazê-lo, desde que disponha das condições
L
EL
pública com entidades privadas sem a obser- para isso, com vistas a ocultar irregularidades;
vância das formalidades legais ou regulamen- VII - revelar ou permitir que chegue ao conhe-
XW
XIX - agir para a configuração de ilícito na divulgação oficial, teor de medida política ou
M
4
ao erário ou de enriquecimento ilícito dos agentes.
-7
§ 1º Nos termos da Convenção das Nações Unidas Se por exemplo um agente público deixar de prestar
91
contra a Corrupção, promulgada pelo Decreto nº contas quando esteja obrigado a fazê-lo, com vistas
.5
5.687, de 31 de janeiro de 2006, somente have- a ocultar irregularidades por ele praticadas e ficar
51
rá improbidade administrativa, na aplica- provado o dolo da conduta mesmo não havendo um
.7
ção deste artigo, quando for comprovado na prejuízo ao erário ou enriquecimento, o agente será
79
conduta funcional do agente público o fim de responsabilizado.
-0
obter proveito ou benefício indevido para si ou ZA
para outra pessoa ou entidade.
U
Importante!
SO
haverá improbidade administrativa, quando for Com relação ao ato de frustrar procedimen-
LV
comprovado o fim de obter proveito ou benefício to licitatório, tome cuidado, pois o examinador
SI
Novamente o legislador faz ênfase à proibição de do tanto no art. 10 quanto no art. 11 sendo que
D
contra princípios.
EL
XW
ou infralegais violadas. rerá sempre que houver dano, trata-se de uma conse-
quência lógica decorrente da conduta ilícita. Se, por
A exigência do parágrafo 3º diz respeito à neces- exemplo um agente público incorporar, por qualquer
sidade de motivação, fundamentação de todas as ale- forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou
gações feitas, assim como deve ser feito nas decisões valores integrantes do acervo patrimonial das entida-
proferidas pelo judiciário, indicando as normas que des referidas na lei esse agente tem o dever de ressar-
foram violadas pelo agente público. cir o dano que foi causado a essa entidade, seja dano
Ou seja, se o Ministério Público ingressou com financeiro ou patrimonial. Já a multa é uma sanção
uma ação contra um agente público pelo suposto aplicada pela prática do ato ilícito. 325
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A Lei 14.230, de 2021, trouxe algumas alterações § 2º A multa pode ser aumentada até o dobro,
com relação às sanções. A suspensão dos direitos polí- se o juiz considerar que, em virtude da situação
ticos terá prazo máximo de 14 anos e o valor das mul- econômica do réu, o valor calculado na forma dos
incisos I, II e III do caput deste artigo é ineficaz para
tas diminuiu. Veja:
reprovação e prevenção do ato de improbidade.
§ 3º Na responsabilização da pessoa jurídica,
Art. 12 Independentemente do ressarcimento deverão ser considerados os efeitos econômicos e
integral do dano patrimonial, se efetivo, e das san- sociais das sanções, de modo a viabilizar a manu-
ções penais comuns e de responsabilidade, civis e tenção de suas atividades.
administrativas previstas na legislação específica,
está o responsável pelo ato de improbidade sujeito O § 3º respeita os princípios da razoabilidade e da pro-
às seguintes cominações, que podem ser aplicadas porcionalidade que consistem basicamente na adequa-
isolada ou cumulativamente, de acordo com a ção entre meios e fins e é dividido em três subprincípios:
gravidade do fato:
I - na hipótese do art. 9º desta Lei, perda dos bens ou � Adequação: verificar se a decisão ou conduta
valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda alcançará o ato/resultados almejados;
da função pública, suspensão dos direitos políticos � Necessidade: verificar se há um meio menos gra-
até 14 (catorze) anos, pagamento de multa civil equi- voso e igualmente eficaz para ser adotado;
valente ao valor do acréscimo patrimonial e proibi- � Proporcionalidade em sentido estrito: significa
ção de contratar com o poder público ou de receber verificar se as restrições decorrentes são compen-
sadas pelos benefícios que serão gerados.
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta
ou indiretamente, ainda que por intermédio de pes-
No âmbito da Lei de Improbidade, o objetivo desse
soa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo pra-
parágrafo é que na aplicação das sanções às pessoas
zo não superior a 14 (catorze) anos;
jurídicas, deve-se levar em consideração os efeitos
II - na hipótese do art. 10 desta Lei, perda dos bens
econômicos e sociais para não tornar inviável a conti-
ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, nuidade das atividades prestadas pela pessoa jurídica.
se concorrer esta circunstância, perda da função
pública, suspensão dos direitos políticos até 12 § 4º Em caráter excepcional e por motivos rele-
(doze) anos, pagamento de multa civil equivalente vantes devidamente justificados, a sanção de
4
ao valor do dano e proibição de contratar com o proibição de contratação com o poder público
-7
poder público ou de receber benefícios ou incenti- pode extrapolar o ente público lesado pelo ato
91
vos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, de improbidade, observados os impactos econô-
.5
ainda que por intermédio de pessoa jurídica da micos e sociais das sanções, de forma a preservar a
51
qual seja sócio majoritário, pelo prazo não supe- função social da pessoa jurídica, conforme disposto
.7
rior a 12 (doze) anos; no § 3º deste artigo.
79
III - na hipótese do art. 11 desta Lei, pagamento de
-0
multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor Com relação à sanção de proibição de contratar, em
da remuneração percebida pelo agente e proibição regra, será aplicada só no âmbito do ente lesado, por
ZA
de contratar com o poder público ou de receber exemplo, um servidor municipal cometeu um ato de
U
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, dire- improbidade que gerou lesão ao erário no respectivo
SO
ta ou indiretamente, ainda que por intermédio de Município. Sendo assim, a proibição de contratar com
pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo
A
§ 1º A sanção de perda da função pública, nas No entanto, excepcionalmente e por motivos rele-
A
hipóteses dos incisos I e II do caput deste artigo, vantes devidamente justificados, a sanção de proibição
D
atinge apenas o vínculo de mesma qualida- de contratar poderá extrapolar o ente público lesado.
R
de e natureza que o agente público ou políti- Além disso, outro ponto importante acrescido pela
O
co detinha com o poder público na época do Lei 14.230, de 2021, é a necessidade de a sanção de
YG
cometimento da infração, podendo o magistra- proibição de contratação com o poder público constar
H
do, na hipótese do inciso I do caput deste artigo, e do Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Sus-
L
em caráter excepcional, estendê-la aos demais pensas (CEIS) observadas as limitações territoriais
EL
a gravidade da infração.
A
Conforme dispõe o § 6º, se um agente estiver sendo processado pelo mesmo fato nas três esferas (criminal, civil
e administrativa) e ocorrer lesão ao patrimônio público, a reparação do dano em sede de improbidade adminis-
trativa deverá deduzir o ressarcimento ocorrido nas instâncias referidas.
O § 10 fala sobre a decisão colegiada e o trânsito em julgado da sentença condenatória. A sentença condenatória
transitada em julgado é aquela da qual não caiba mais recurso tornando-se definitiva. Já a decisão colegiada, é a deci-
são proferida em 2ª instância. Sendo assim, a contagem do prazo da sanção de suspensão dos direitos políticos será a
partir da condenação em 2ª instância.
Importante lembrar, também, que as sanções trazidas no art. 12 só podem ser executadas após o trânsito
em julgado da sentença condenatória que será proferida após o regular processo judicial que garanta contra-
ditório e ampla defesa ao acusado.
Analisando provas anteriores, percebe-se que a parte das disposições gerais da lei, o capítulo referente aos
atos de improbidade e o capítulo das penas são os mais cobrados em provas de concursos. É claro que tudo que
está previsto na lei pode ser abordado em provas, mas já que esse é um dos tópicos de maior incidência, segue um
quadro para facilitar a memorização das sanções previstas na lei.
4
SUSPENSÃO DOS
-7
Até 14 anos Até 12 anos ---
91
DIREITOS POLÍTICOS
.5
PERDA DOS BENS
51
ACRESCIDOS Sim Sim, se houver ---
.7
ILICITAMENTE
79
MULTA CIVIL Valor do acréscimo patrimonial Valor do dano Até 24X o valor da remuneração
-0
PROIBIÇÃO DE ZA
CONTRATAR
Até 14 anos Até 12 anos Até 4 anos
U
OU RECEBER
SO
BENEFÍCIOS FISCAIS
A
LV
Importante: Ressarcimento integral do dano: Aplicável sempre que houver dano efetivo.
SI
A
DA DECLARAÇÃO DE BENS
D
R
Na redação anterior, ou o agente entregava a declaração de bens elaborada por ele mesmo ou poderia se
O
forma facultativa entregar a cópia da declaração anual de bens apresentada à Delegacia da Receita Federal na
YG
Na atual redação, o agente deve entregar a declaração anual de bens apresentada à Delegacia da Receita Fede-
L
ral (Declaração de Imposto de Renda). Tal declaração deve ser atualizada anualmente e na data em que o agente
EL
público deixar o cargo. Se o agente deixar de prestar a declaração ou prestá-la falsa sofrerá a pena de demissão.
XW
Art. 13 A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração de impos-
A
M
to de renda e proventos de qualquer natureza, que tenha sido apresentada à Secretaria Especial da Receita Federal
do Brasil, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente.
§ 1º (Revogado).
§ 2º A declaração de bens a que se refere o caput deste artigo será atualizada anualmente e na data em que o
agente público deixar o exercício do mandato, do cargo, do emprego ou da função.
§ 3º Será apenado com a pena de demissão, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recu-
sar a prestar a declaração dos bens a que se refere o caput deste artigo dentro do prazo determinado ou que
prestar declaração falsa.
LEGISLAÇÃO
§ 4º (Revogado).
O procedimento administrativo é realizado internamente com o intuito de investigar o suposto ato praticado
por um agente público. O início do processo administrativo pode se dar de ofício, ou seja, pela própria administra-
ção ou mediante representação de qualquer pessoa. Após a representação, a autoridade determinará a apuração
dos fatos, observada a legislação que regula o processo administrativo disciplinar aplicável ao agente, se for um
agente federal, por exemplo, o procedimento observará a Lei 8.112, de 1990. 327
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Já o processo judicial é instaurado no judiciário Art. 16 Na ação por improbidade administrativa
mediante petição apresentada pelo Ministério Públi- poderá ser formulado, em caráter antecedente
co, que é o titular da referida ação, para aplicação das ou incidente, pedido de indisponibilidade de
penalidades referidas no art. 12 aos agentes públicos e bens dos réus, a fim de garantir a integral recom-
aos particulares que mesmo não sendo agentes públi- posição do erário ou do acréscimo patrimonial
cos, induzam ou concorram dolosamente para a práti- resultante de enriquecimento ilícito.
ca do ato de improbidade. § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230,
de 2021)
São procedimentos independentes; no processo
§ 1º-A O pedido de indisponibilidade de bens a que
administrativo serão aplicadas as sanções de natureza
se refere o caput deste artigo poderá ser formu-
administrativa podendo inclusive ser aplicada a pena
lado independentemente da representação de
de demissão. O processo administrativo é mais rápido que trata o art. 7º desta Lei.
e a decisão de demissão em âmbito administrativo pro- § 2º Quando for o caso, o pedido de indisponibili-
duz efeitos imediatos em decorrência dos princípios da dade de bens a que se refere o caput deste artigo
autoexecutoriedade e da presunção de legitimidade dos incluirá a investigação, o exame e o bloqueio
atos. Sendo assim, a entidade que sofreu a lesão poderá de bens, contas bancárias e aplicações finan-
instaurar um processo administrativo, demitir o agente ceiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos
público e na ação judicial haverá a aplicação das demais termos da lei e dos tratados internacionais.
penalidades referidas na lei. § 3º O pedido de indisponibilidade de bens a que
se refere o caput deste artigo apenas será defe-
Art. 14 Qualquer pessoa poderá representar à rido mediante a demonstração no caso concreto
autoridade administrativa competente para que de perigo de dano irreparável ou de risco ao
seja instaurada investigação destinada a apurar a resultado útil do processo, desde que o juiz se
prática de ato de improbidade. convença da probabilidade da ocorrência dos atos
§ 1º A representação, que será escrita ou redu- descritos na petição inicial com fundamento nos
zida a termo e assinada, conterá a qualifica- respectivos elementos de instrução, após a oitiva
ção do representante, as informações sobre o do réu em 5 (cinco) dias.
fato e sua autoria e a indicação das provas de
que tenha conhecimento. Importante ressaltar que agora a lei exige a
demonstração de perigo irreparável, antes o Supe-
4
§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a repre-
-7
sentação, em despacho fundamentado, se esta rior Tribunal de Justiça entendia que o periculum in
91
não contiver as formalidades estabelecidas no mora — perigo da demora — era implícito, presumido
.5
§ 1º deste artigo. A rejeição não impede a repre- no referido dispositivo. Com as alterações, é preciso
51
sentação ao Ministério Público, nos termos do demonstrar perigo de dano irreparável ou de risco ao
.7
art. 22 desta lei. resultado útil do processo.
79
§ 3º Atendidos os requisitos da representação, a Para entender melhor imagine o seguinte. Um agen-
-0
autoridade determinará a imediata apuração dos te público está sendo investigado por, supostamente,
ZA
fatos, observada a legislação que regula o processo ter incorporado ao seu patrimônio bens, rendas, ver-
administrativo disciplinar aplicável ao agente. bas ou valores integrantes do acervo patrimonial das
U
SO
Art. 15 A comissão processante dará conhecimento entidades mencionadas na lei. Há fortes indícios da
ao Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de praticado do referido ato e no curso da investigação o
A
Contas da existência de procedimento administra- Ministério Público percebe que o agente está come-
LV
tivo para apurar a prática de ato de improbidade. çando a dilapidar todo o seu patrimônio gerando o
SI
Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal perigo de dano irreparável ou de risco ao resultado
A
ou Conselho de Contas poderá, a requerimento, útil do processo, uma vez que a essa conduta poderia
D
designar representante para acompanhar o proce- inviabilizar o ressarcimento dos valores indevida-
R
A indisponibilidade de bens é uma medida cautelar processo (impossibilitando a futura reparação do dano)
que pode ser requerida antes ou no curso da ação principal a indisponibilidade de bens será deferida.
XW
caso de condenação. Imagine que um agente público esteja § 4º A indisponibilidade de bens poderá ser decretada
M
sendo investigado pela possível prática de ato que gerou sem a oitiva prévia do réu, sempre que o contradi-
enriquecimento ilícito, é possível que o indiciado acabe tório prévio puder comprovadamente frustrar a
com todo o seu patrimônio, transfira para outras pessoas efetividade da medida ou houver outras circuns-
e ao final do processo judicial não seja possível o ressar- tâncias que recomendem a proteção liminar, não
cimento aos cofres públicos. Para evitar que isso ocorra, o podendo a urgência ser presumida.
Ministério Público irá requerer ao Juiz essa medida caute- § 5º Se houver mais de um réu na ação, a somató-
lar para garantir o ressarcimento do prejuízo quando for ria dos valores declarados indisponíveis não poderá
proferida a decisão transitada em julgado. superar o montante indicado na petição inicial como
dano ao erário ou como enriquecimento ilícito.
Quando essa medida for deferida pelo juiz, o investi-
§ 6º O valor da indisponibilidade considerará a
gado ou indiciado não poderá se desfazer de seus bens. estimativa de dano indicada na petição inicial,
Tal medida de certa forma “trava” o patrimônio, bloqueia permitida a sua substituição por caução idô-
os bens e ele não poderá, por exemplo, vender imóveis, nea, por fiança bancária ou por seguro-garan-
movimentar aplicações financeiras, valores em conta tia judicial, a requerimento do réu, bem como a
bancária etc. Foram acrescidos alguns artigos que regu- sua readequação durante a instrução do processo.
lamentam de forma mais detalhada a indisponibilidade. § 7º A indisponibilidade de bens de terceiro
328 Além disso, não existe mais o sequestro de bens na lei. dependerá da demonstração da sua efetiva
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
concorrência para os atos ilícitos apurados ou, quando se tratar de pessoa jurídica, da instauração de
incidente de desconsideração da personalidade jurídica, a ser processado na forma da lei processual.
§ 8º Aplica-se à indisponibilidade de bens regida por esta Lei, no que for cabível, o regime da tutela provisória de
urgência da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).
§ 9º Da decisão que deferir ou indeferir a medida relativa à indisponibilidade de bens caberá agravo de instru-
mento, nos termos da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).
§ 10 A indisponibilidade recairá sobre bens que assegurem exclusivamente o integral ressarcimento do
dano ao erário, sem incidir sobre os valores a serem eventualmente aplicados a título de multa civil ou
sobre acréscimo patrimonial decorrente de atividade lícita.
§ 11 A ordem de indisponibilidade de bens deverá priorizar veículos de via terrestre, bens imóveis, bens móveis em
geral, semoventes, navios e aeronaves, ações e quotas de sociedades simples e empresárias, pedras e metais preciosos
e, apenas na inexistência desses, o bloqueio de contas bancárias, de forma a garantir a subsistência do acusado e a
manutenção da atividade empresária ao longo do processo.
§ 12 O juiz, ao apreciar o pedido de indisponibilidade de bens do réu a que se refere o caput deste artigo, observará os
efeitos práticos da decisão, vedada a adoção de medida capaz de acarretar prejuízo à prestação de serviços públicos.
§ 13 É vedada a decretação de indisponibilidade da quantia de até 40 (quarenta) salários mínimos depositados
em caderneta de poupança, em outras aplicações financeiras ou em conta corrente.
§ 14 É vedada a decretação de indisponibilidade do bem de família do réu, salvo se comprovado que o imóvel
seja fruto de vantagem patrimonial indevida, conforme descrito no art. 9º desta Lei.
A nova lei trouxe alguns dispositivos que possivelmente vão gerar uma certa discussão entre doutrinadores e estudiosos
do Direito Administrativo e talvez você já tenha até lido algum artigo a respeito ou ouviu algum professor falando sobre isso,
mas para provas de concursos, fique com o que está previsto na letra da lei. Para facilitar o entendimento deste tópico, veja
o fluxograma que segue:
4
-7
Pedido formulado pelo
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ministério Público
.5
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Garantir a integral recomposição do
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erário ou do acréscimo patrimonial
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resultante de enriquecimento ilícito
-0
ZA
INDISPONIBILIDADE
U
SO
DE BENS
A
processo
YG
� Multa civil
L
atividade lícita
XW
A
M
A indisponibilidade de bens poderá ser decretada sem a oitiva prévia do réu, sempre que o contraditório
prévio puder comprovadamente frustrar a efetividade da medida ou houver outras circunstâncias que recomen-
dem a proteção liminar, não podendo a urgência ser presumida.
A lei em seu § 11, art. 16, traz uma ordem para que o Juiz determine a indisponibilidade dos bens, qual seja:
Além disso, existem hipóteses em que a indisponibilidade de bens será vedada, §§ 13 e 14 do art. 16: 329
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Quantia de até 40 (quarenta) salários mínimos § 10 (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230,
depositados em caderneta de poupança, em outras de 2021)
aplicações financeiras ou em conta corrente; § 10-A Havendo a possibilidade de solução con-
z Bem de família do réu, salvo se comprovado que o sensual, poderão as partes requerer ao juiz a
imóvel seja fruto de vantagem patrimonial indevida. interrupção do prazo para a contestação, por
prazo não superior a 90 (noventa) dias.
PROCESSO JUDICIAL § 10-B Oferecida a contestação e, se for o caso, ouvi-
do o autor, o juiz:
I - procederá ao julgamento conforme o estado do
No texto anterior da Lei 8.429, de 1992, tanto o
processo, observada a eventual inexistência mani-
Ministério Público quanto a Pessoa Jurídica lesada festa do ato de improbidade;
tinham legitimidade para dar início à ação judicial II - poderá desmembrar o litisconsórcio, com vistas
de improbidade. Com as alterações trazidas pela Lei a otimizar a instrução processual.
14.230, de 2021, o Ministério Público passa a ser o úni- § 10-C Após a réplica do Ministério Público, o juiz
co legitimado para propor a ação. proferirá decisão na qual indicará com precisão
a tipificação do ato de improbidade administrati-
Art. 17 A ação para a aplicação das sanções va imputável ao réu, sendo-lhe vedado modificar
de que trata esta Lei será proposta pelo Minis- o fato principal e a capitulação legal apresentada
tério Público e seguirá o procedimento comum pelo autor.
previsto na Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 § 10-D Para cada ato de improbidade administra-
(Código de Processo Civil), salvo o disposto nesta tiva, deverá necessariamente ser indicado apenas
Lei. um tipo dentre aqueles previstos nos arts. 9º, 10 e
§ 1º (Revogado). 11 desta Lei.
§ 2º (Revogado). § 10-E Proferida a decisão referida no § 10-C deste
§ 3º (Revogado). artigo, as partes serão intimadas a especificar as
§ 4º (Revogado). provas que pretendem produzir.
§ 4º-A A ação a que se refere o caput deste artigo § 10-F Será nula a decisão de mérito total ou
deverá ser proposta perante o foro do local parcial da ação de improbidade administrati-
onde ocorrer o dano ou da pessoa jurídica va que:
prejudicada.
4
I - condenar o requerido por tipo diverso daquele
-7
§ 5º A propositura da ação a que se refere o caput definido na petição inicial;
91
deste artigo prevenirá a competência do juízo para II - condenar o requerido sem a produção das pro-
.5
todas as ações posteriormente intentadas que pos- vas por ele tempestivamente especificadas.
51
suam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. § 11. Em qualquer momento do processo, verificada
.7
§ 6º A petição inicial observará o seguinte: a inexistência do ato de improbidade, o juiz julgará
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I - deverá individualizar a conduta do réu e apon- a demanda improcedente.
-0
tar os elementos probatórios mínimos que demons- § 12 (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230,
trem a ocorrência das hipóteses dos arts. 9º, 10 e de 2021)
ZA
11 desta Lei e de sua autoria, salvo impossibilidade § 13 (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230,
U
II - será instruída com documentos ou justificação § 14 Sem prejuízo da citação dos réus, a pessoa jurí-
que contenham indícios suficientes da veracidade
A
16 de março de 2015 (Código de Processo Civil sanadas sem que estejam presentes todos os
§ 6º-B A petição inicial será rejeitada nos casos
XW
A Lei 14.230, de 2021, trouxe de forma mais detalhada os requisitos para que se possa realizar um acordo de
não persecução civil no âmbito da improbidade administrativa. Trata-se de um acordo celebrado entre o Minis-
tério Público e pessoas físicas ou jurídicas investigadas pela prática de improbidade administrativa com o intuito
de não prosseguir com a ação caso o acordo seja aceito e homologado pelo judiciário; entretanto, para a aplicação
desse acordo, devem ser observados alguns requisitos, veja:
Art. 17-B O Ministério Público poderá, conforme as circunstâncias do caso concreto, celebrar acordo de não
persecução civil, desde que dele advenham, ao menos, os seguintes resultados:
I - o integral ressarcimento do dano;
II - a reversão à pessoa jurídica lesada da vantagem indevida obtida, ainda que oriunda de agentes
privados.
§ 1º A celebração do acordo a que se refere o caput deste artigo dependerá, cumulativamente:
I - da oitiva do ente federativo lesado, em momento anterior ou posterior à propositura da ação;
II - de aprovação, no prazo de até 60 (sessenta) dias, pelo órgão do Ministério Público competente para
4
-7
apreciar as promoções de arquivamento de inquéritos civis, se anterior ao ajuizamento da ação;
91
III - de homologação judicial, independentemente de o acordo ocorrer antes ou depois do ajuizamento da
ação de improbidade administrativa.
.5
51
§ 2º Em qualquer caso, a celebração do acordo a que se refere o caput deste artigo considerará a personalidade
do agente, a natureza, as circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do ato de improbidade, bem
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79
como as vantagens, para o interesse público, da rápida solução do caso.
§ 3º Para fins de apuração do valor do dano a ser ressarcido, deverá ser realizada a oitiva do Tribunal de
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Contas competente, que se manifestará, com indicação dos parâmetros utilizados, no prazo de 90 (noven-
ZA
ta) dias.
U
§ 4º O acordo a que se refere o caput deste artigo poderá ser celebrado no curso da investigação de apuração
SO
§ 6º O acordo a que se refere o caput deste artigo poderá contemplar a adoção de mecanismos e procedi-
SI
efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito da pessoa jurídica, se for o caso, bem como de outras
D
§ 7º Em caso de descumprimento do acordo a que se refere o caput deste artigo, o investigado ou o demandado ficará
O
impedido de celebrar novo acordo pelo prazo de 5 (cinco) anos, contado do conhecimento pelo Ministério Público do
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efetivo descumprimento.
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LEGISLAÇÃO
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Legitimidade para propor Ministério Público
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III - de homologação judicial,
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independentemente de acordo ocorrer
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antes ou depois do ajuizamento da ação de
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improbidade administrativa
-0
ZA
O acordo de não persecução civil poderá ser realizado em 3 momentos:
U
SO
O art. 17-C estabelece que a sentença deverá observar, além dos requisitos previstos no Código de Processo Civil,
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também os trazidos na lei. Destaca-se que o § 2º fala sobre a hipótese de litisconsórcio passivo, que ocorre quando
R
O
se tem mais de um réu no processo. Nessas circunstâncias, a lei prevê que a condenação ocorrerá no limite da parti-
YG
cipação e dos benefícios diretos de cada um, vedada qualquer solidariedade; ou seja, cada réu responderá pela sua
H
Art. 17-C A sentença proferida nos processos a que se refere esta Lei deverá, além de observar o disposto no art. 489
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II - considerar as consequências práticas da decisão, sempre que decidir com base em valores jurídicos abstratos;
III - considerar os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem
prejuízo dos direitos dos administrados e das circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou condiciona-
do a ação do agente;
IV - considerar, para a aplicação das sanções, de forma isolada ou cumulativa:
a) os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade;
b) a natureza, a gravidade e o impacto da infração cometida;
c) a extensão do dano causado;
d) o proveito patrimonial obtido pelo agente;
e) as circunstâncias agravantes ou atenuantes;
f) a atuação do agente em minorar os prejuízos e as consequências advindas de sua conduta omissiva ou comissiva;
g) os antecedentes do agente;
V - considerar na aplicação das sanções a dosimetria das sanções relativas ao mesmo fato já aplicadas ao agente;
VI - considerar, na fixação das penas relativamente ao terceiro, quando for o caso, a sua atuação específica, não
admitida a sua responsabilização por ações ou omissões para as quais não tiver concorrido ou das quais não tiver
332 obtido vantagens patrimoniais indevidas;
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VII - indicar, na apuração da ofensa a princípios, critérios objetivos que justifiquem a imposição da sanção.
§ 1º A ilegalidade sem a presença de dolo que a qualifique não configura ato de improbidade.
§ 2º Na hipótese de litisconsórcio passivo, a condenação ocorrerá no limite da participação e dos benefícios diretos,
vedada qualquer solidariedade.
§ 3º Não haverá remessa necessária nas sentenças de que trata esta Lei.
Art. 17-D A ação por improbidade administrativa é repressiva, de caráter sancionatório, destinada à aplica-
ção de sanções de caráter pessoal previstas nesta Lei, e não constitui ação civil, vedado seu ajuizamento para o
controle de legalidade de políticas públicas e para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros
interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos.
Parágrafo único. Ressalvado o disposto nesta Lei, o controle de legalidade de políticas públicas e a responsabilidade de
agentes públicos, inclusive políticos, entes públicos e governamentais, por danos ao meio ambiente, ao consumidor, a
bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, a qualquer outro interesse difuso ou coletivo,
à ordem econômica, à ordem urbanística, à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos e ao patrimônio
público e social submetem-se aos termos da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985.
Art. 18 A sentença que julgar procedente a ação fundada nos arts. 9º e 10 desta Lei condenará ao ressar-
cimento dos danos e à perda ou à reversão dos bens e valores ilicitamente adquiridos, conforme o caso, em
favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.
§ 1º Se houver necessidade de liquidação do dano, a pessoa jurídica prejudicada procederá a essa determi-
nação e ao ulterior procedimento para cumprimento da sentença referente ao ressarcimento do patrimônio
público ou à perda ou à reversão dos bens.
§ 2º Caso a pessoa jurídica prejudicada não adote as providências a que se refere o § 1º deste artigo no
prazo de 6 (seis) meses, contado do trânsito em julgado da sentença de procedência da ação, caberá ao
Ministério Público proceder à respectiva liquidação do dano e ao cumprimento da sentença referente ao
ressarcimento do patrimônio público ou à perda ou à reversão dos bens, sem prejuízo de eventual responsa-
bilização pela omissão verificada.
§ 3º Para fins de apuração do valor do ressarcimento, deverão ser descontados os serviços efetivamente prestados.
4
-7
§ 4º O juiz poderá autorizar o parcelamento, em até 48 (quarenta e oito) parcelas mensais corrigidas moneta-
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riamente, do débito resultante de condenação pela prática de improbidade administrativa se o réu demonstrar
.5
incapacidade financeira de saldá-lo de imediato. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
51
Art. 18-A A requerimento do réu, na fase de cumprimento da sentença, o juiz unificará eventuais sanções
.7
aplicadas com outras já impostas em outros processos, tendo em vista a eventual continuidade de ilícito ou a
79
prática de diversas ilicitudes, observado o seguinte: (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
-0
I - no caso de continuidade de ilícito, o juiz promoverá a maior sanção aplicada, aumentada de 1/3 (um ter-
ço), ou a soma das penas, o que for mais benéfico ao réu; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
ZA
II - no caso de prática de novos atos ilícitos pelo mesmo sujeito, o juiz somará as sanções. (Incluído pela Lei
U
nº 14.230, de 2021)
SO
Parágrafo único. As sanções de suspensão de direitos políticos e de proibição de contratar ou de receber incen-
tivos fiscais ou creditícios do poder público observarão o limite máximo de 20 (vinte) anos. (Incluído pela Lei
A
LV
nº 14.230, de 2021)
SI
O art. 18-A traz a possibilidade de unificação das penas. Após o Juiz proferir a sentença judicial transitada em
A
D
julgado, da qual não caiba mais recurso a próxima fase é cumprir o que foi determinado na sentença. Nessa fase de
R
cumprimento, o juiz unificará, ou seja, vai reunir eventuais sanções aplicadas com outras já impostas em outros
O
z Se houver continuidade de ilícito, o Juiz aplica a maior sanção aumentada de 1/3 (um terço), ou soma as
L
z No caso de prática de novos atos ilícitos pelo mesmo sujeito, o juiz somará as sanções.
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A
Importante!
M
Nas hipóteses do art. 18-A, a suspensão de direitos políticos e a proibição de contratar ou de receber incen-
tivos fiscais observarão o limite máximo de 20 (vinte) anos (parágrafo único, do art. 18-A).
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Proposta pelo MP, único legitimado. (art. 17)
Natureza Repressiva,
Caráter Sancionatório (art. 17-D)
A acessória jurídica que emitiu o parecer atestando a legalidade prévia dos atos
administrativos praticados pelo administrador público ficará obrigada a defendê - lo
judicialmente, caso este venha a responder a ação por improbidade administrativa até o
trânsito em julgado (§ 20, art. 17)
Importante: Não existe mais a defesa preliminar; o requerido já será citado para apresentar a contestação.
As sanções trazidas na Lei de Improbidade Administrativa têm natureza repressiva, de caráter sancionatório.
4
O único momento em que a lei trata de alguma sanção penal é no art. 19, mas nesse caso a sanção será aplicada
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ao denunciante e não ao agente que cometeu ato de Improbidade.
.5
51
Art. 19 Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário,
.7
quando o autor da denúncia o sabe inocente.
79
Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
-0
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais,
morais ou à imagem que houver provocado. ZA
Art. 20 A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da
U
sentença condenatória.
SO
cargo, do emprego ou da função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida for necessária à instru-
LV
§ 2º O afastamento previsto no § 1º deste artigo será de até 90 (noventa) dias, prorrogáveis uma única vez por
igual prazo, mediante decisão motivada.
A
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Muitas pessoas acham estranho quando se fala que o afastamento do agente público do exercício do cargo,
O
emprego ou função ocorrerá sem prejuízo da sua remuneração, mas isso ocorre em decorrência da presunção de
YG
inocência. Todos se presumem inocentes até que se prove o contrário por meio do devido processo legal.
H
Portanto, enquanto não houver uma decisão condenatória não é possível que o servidor seja, desde já conde-
L
nada a perder sua remuneração. Esse afastamento ocorrerá quando for necessário para a instrução processual ou
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para evitar o cometimento de novos ilícitos. Por não ser uma sanção deverá ter prazo determinado de até 90 dias
XW
podendo ser prorrogado mais uma vez por igual prazo. O afastamento não é por 90 dias e sim por até 90 dias,
A
sendo assim, se o for determinado que o agente se afaste por 60 dias a prorrogação só poderá ser por mais 60 dias.
M
A ABSOLVIÇÃO CRIMINAL EM AÇÃO QUE DISCUTA OS MESMOS FATOS, CONFIRMADA POR DECISÃO
COLEGIADA:
Impede o trâmite da ação de improbidade, havendo comunicação com todos os fundamentos de absolvição previstos no CPP
DA PRESCRIÇÃO
A prescrição ocorre quando o decurso do tempo impede que o titular da ação de improbidade possa aplicar a
sanção ao suposto autor do ato de improbidade. Esse instituto existe no direito brasileiro para resguardar a segu-
rança jurídica. Sendo assim, o Estado tem um tempo determinado para poder sancionar os atos de improbidade.
A demora do Estado extingue a possibilidade de punir o suposto autor do ato ímprobo praticado por agentes
públicos e particulares.
Se, por exemplo, um agente público comete ato de improbidade que causa prejuízo ao erário o Ministério
4
Público tem um prazo para ingressar com a ação e efetivar as sanções previstas na lei, passado o prazo o Estado
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não poderá mais responsabilizar o acusado.
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Importante: Atente-se para este julgado, que trata da imprescritibilidade da ação de ressarcimento ao erário:
.5
São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na Lei de
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Improbidade Administrativa3.
.7
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Tese repercussão geral STF nº 897: são imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática
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de ato doloso tipificado na Lei de Improbidade Administrativa. ZA
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Com as alterações da Lei 14.230, de 2021 o prazo prescricional passou a ser de 8 (oito) anos em todas as hipó-
SO
Art. 23 A ação para a aplicação das sanções previstas nesta Lei prescreve em 8 (oito) anos, contados a partir da
ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que cessou a permanência. (Redação
SI
I - (revogado);
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II - (revogado);
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III - (revogado);
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§ 1º A instauração de inquérito civil ou de processo administrativo para apuração dos ilícitos referi-
dos nesta Lei suspende o curso do prazo prescricional por, no máximo, 180 (cento e oitenta) dias corri-
H
dos, recomeçando a correr após a sua conclusão ou, caso não concluído o processo, esgotado o prazo de
L
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suspensão.
§ 2º O inquérito civil para apuração do ato de improbidade será concluído no prazo de 365 (trezentos e ses-
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senta e cinco) dias corridos, prorrogável uma única vez por igual período, mediante ato fundamentado
A
submetido à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica.
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§ 3º Encerrado o prazo previsto no § 2º deste artigo, a ação deverá ser proposta no prazo de 30 (trinta) dias,
se não for caso de arquivamento do inquérito civil.
§ 4º O prazo da prescrição referido no caput deste artigo interrompe-se:
I - pelo ajuizamento da ação de improbidade administrativa;
II - pela publicação da sentença condenatória;
III - pela publicação de decisão ou acórdão de Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal que confirma
sentença condenatória ou que reforma sentença de improcedência;
LEGISLAÇÃO
IV - pela publicação de decisão ou acórdão do Superior Tribunal de Justiça que confirma acórdão condenatório
ou que reforma acórdão de improcedência;
V - pela publicação de decisão ou acórdão do Supremo Tribunal Federal que confirma acórdão condenatório ou
que reforma acórdão de improcedência.
§ 5º Interrompida a prescrição, o prazo recomeça a correr do dia da interrupção, pela metade do prazo
previsto no caput deste artigo.
§ 6º A suspensão e a interrupção da prescrição produzem efeitos relativamente a todos os que concorreram para a
prática do ato de improbidade.
3 [Lei 8.429, de 1992, arts. 9 a 11 (1)]. RE 852475/SP, rel. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgamento em 8.8.2018. (RE-852475) 335
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
§ 7º Nos atos de improbidade conexos que sejam objeto do mesmo processo, a suspensão e a interrupção relativas a
qualquer deles estendem-se aos demais.
§ 8º O juiz ou o tribunal, depois de ouvido o Ministério Público, deverá, de ofício ou a requerimento da parte inte-
ressada, reconhecer a prescrição intercorrente da pretensão sancionadora e decretá-la de imediato, caso, entre os
marcos interruptivos referidos no § 4º, transcorra o prazo previsto no § 5º deste artigo.
4
Importante!
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O prazo do inquérito civil é de 365 dias corridos prorrogável uma vez por igual período mediante fundamen-
.5
tação, ou seja, 365 + 365. Cuidado com as provas: são 365 dias e não 1 ano.
51
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Prorrogável uma única vez por igual
ZA
período, mediante ato fundamentado
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Será concluído no
A
INQUÉRITO CIVIL
O
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Art. 23-A É dever do poder público oferecer contínua capacitação aos agentes públicos e políticos que atuem com
prevenção ou repressão de atos de improbidade administrativa.
Art. 23-B Nas ações e nos acordos regidos por esta Lei, não haverá adiantamento de custas, de preparo, de emolu-
mentos, de honorários periciais e de quaisquer outras despesas.
§ 1º No caso de procedência da ação, as custas e as demais despesas processuais serão pagas ao final.
§ 2º Haverá condenação em honorários sucumbenciais em caso de improcedência da ação de improbidade se com-
provada má-fé.
Art. 23-C Atos que ensejem enriquecimento ilícito, perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou
dilapidação de recursos públicos dos partidos políticos, ou de suas fundações, serão responsabilizados nos termos
da Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995.
PESSOAS JURÍDICAS
Sociedades Simples
de organização ou modelo
societário adotado
(ANTICORRUPÇÃO)
Sociedades estrangeiras, com
sede, filial ou representação no
A presente Lei dispõe acerca das responsabiliza- território brasileiro, constituídas
de fato ou de direito, ainda que
ções, no âmbito administrativo e civil, das pessoas temporariamente
jurídicas ao praticarem atos contra a Administração
Pública nacional ou estrangeira e regulamenta provi-
dências. Essa norma possui 31 (trinta e um) artigos, Da Responsabilização
dos quais a leitura se mostra imprescindível.
A Lei Anticorrupção destaca que as empresas serão
DISPOSIÇÕES GERAIS responsabilizadas de forma objetiva no âmbito civil
e administrativo. As responsabilidades existentes na
O art. 1º dispõe sobre as responsabilidades das doutrina são duas: objetiva e subjetiva, sendo neces-
pessoas jurídicas, doravante empresas, que realiza- sário, para que ocorra essa última, ser apurada, em
rem atos contra a Administração Pública. Vejamos: processo competente, a existência de dolo ou culpa.
Conforme se depreende da Lei estudada, a respon-
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização sabilidade das pessoas jurídicas será a objetiva, pois
objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas não depende da apuração de dolo ou culpa.
pela prática de atos contra a administração públi- Ressalta-se que não se excluirá a responsabilida-
ca, nacional ou estrangeira.
de individual de seus dirigentes ou administradores,
4
-7
bem como de qualquer pessoa natural, autora, coau-
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É necessário ter atenção ao fato de que tais respon- tora ou partícipe do ato ilícito.
sabilidades serão incumbidas às empresas nos âmbi-
.5
Ainda, o art. 3º destaca ainda, que as pessoas jurí-
51
tos civil e administrativo. dicas serão responsabilizadas independentemente da
.7
responsabilização individual das pessoas naturais e
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Dica ressalta ser necessária a apuração da culpabilidade
-0
dos dirigentes ou administradores, para que possam
Fique de olho nas questões de prova quanto à ZA
vir a ser responsabilizados por seus atos ilícitos:
cobrança das partículas e/ou. No art. 1º, por
U
Do Ato Ilícito
D
sociedades empresárias e às sociedades sim- Art. 186 Aquele que, por ação ou omissão volun-
L
forma de organização ou modelo societário adota- causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
XW
do, bem como a quaisquer fundações, associa- moral, comete ato ilícito.
ções de entidades ou pessoas, ou sociedades
A
4
I - multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento)
-7
tauração do processo administrativo, a multa aplica-
a 20% (vinte por cento) do faturamento bruto do
91
último exercício anterior ao da instauração do pro- da poderá ser no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais)
.5
cesso administrativo, excluídos os tributos, a qual a R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais). Vale
51
nunca será inferior à vantagem auferida, quando ressaltar que será necessária a manifestação jurídica
.7
for possível sua estimação; e elaborada pela Advocacia Pública ou pelo órgão de
79
II - publicação extraordinária da decisão condenatória. assistência jurídica ou equivalente do ente público.
-0
§ 1º As sanções serão aplicadas fundamentadamen- Lembre-se de que, mesmo com a aplicação da sanção
te, isolada ou cumulativamente, de acordo com as
ZA
pecuniária, não será excluída a hipótese de haver a repa-
peculiaridades do caso concreto e com a gravidade ração integral do dano causado à Administração Pública.
U
§ 2º A aplicação das sanções previstas neste artigo Publicação Extraordinária da Decisão Condenatória
A
§ 3º A aplicação das sanções previstas neste artigo aplicadas às pessoas jurídicas será a publicação
A
não exclui, em qualquer hipótese, a obrigação da extraordinária da decisão condenatória. Tal publicação
D
reparação integral do dano causado. ocorre na forma de extrato da sentença da pessoa jurí-
R
possível utilizar o critério do valor do faturamen- na área da prática da infração e de atuação daquela.
to bruto da pessoa jurídica, a multa será de R$ Na ausência destes, a publicação dar-se-á em meio de
H
6.000,00 (seis mil reais) a R$ 60.000.000,00 (sessen- publicação nacional, bem como por afixação de edital
L
ta milhões de reais).
EL
As sanções aplicadas no caso concreto consistirão em Art. 7º Serão levados em consideração na aplica-
multa pecuniária e publicação extraordinária da decisão ção das sanções:
condenatória, conforme disposição dos incisos. É impor- I - a gravidade da infração;
tante ressaltar, nos termos da disposição legal, que as II - a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator;
sanções poderão ser aplicadas de forma isolada, ou seja, III - a consumação ou não da infração;
somente uma das punições ou de forma cumulada, o que IV - o grau de lesão ou perigo de lesão;
338 resultará na aplicação das duas sanções de forma conjunta. V - o efeito negativo produzido pela infração;
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
VI - a situação econômica do infrator; Art. 5º (CF, de 1988) [...]
VII - a cooperação da pessoa jurídica para a apura- LV - Aos litigantes, em processo judicial e adminis-
ção das infrações; trativo, e aos acusados em geral são assegurados o
VIII - a existência de mecanismos e procedimentos contraditório e ampla defesa, com os meios e recur-
internos de integridade, auditoria e incentivo à denún- sos a ela inerentes;
cia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos
de ética e de conduta no âmbito da pessoa jurídica; O art. 5º da nossa Carta Magna, estabelece de for-
IX - o valor dos contratos mantidos pela pessoa ma expressa os princípios constitucionais da ampla
jurídica com o órgão ou entidade pública lesados; e defesa e do contraditório, os quais são garantidos aos
X - (VETADO).
processos judiciais e administrativos.
O referido artigo discrimina as condutas a serem
Apuração dos Atos Ilícitos Praticados em Desfavor
consideradas para a correlata aplicação da sanção.
da Administração Pública Estrangeira
Porém, o inciso X é vetado. Os parâmetros do inciso
VIII serão estabelecidos em regulamento do Poder
Os atos ilícitos praticados em desfavor da Adminis-
Executivo Federal.
tração Pública estrangeira serão apurados pela Contro-
A gravidade da infração será considerada, visto
ladoria Geral da União – CGU –, responsável por apurar
que os danos à Administração Pública poderão trazer
o processo e julgamento, observando-se o disposto no
inúmeras consequências.
Quando esta é prejudicada, prejudicam-se, ainda, art. 4º da Convenção sobre o Combate à Corrupção
os cofres públicos, os administrados, as pessoas liga- de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações
das às empresas etc. Desta forma, é necessário anali- Comerciais Internacionais, nos termos do art. 9º.
sar a gravidade da infração cometida, a fim de sopesar
a sansão na proporção do dano causado. Dos Trâmites
Como vimos, não somente a pessoa jurídica será
responsabilizada, mas também os dirigentes, adminis- Art. 10 O processo administrativo para apuração
tradores ou qualquer pessoa natural autora, coautora da responsabilidade de pessoa jurídica será con-
duzido por comissão designada pela autoridade
ou partícipe do ato ilícito. Assim sendo, a vantagem
instauradora e composta por 2 (dois) ou mais ser-
4
auferida ou pretendida pelo infrator revelará a
-7
vidores estáveis.
intenção concreta do prejuízo que estaria disposto a
91
§ 1º O ente público, por meio do seu órgão de represen-
causar ou que realmente causou, para que, por fim,
.5
tação judicial, ou equivalente, a pedido da comissão a
possa receber a sanção adequada.
51
que se refere o caput, poderá requerer as medidas judi-
A consumação ou não da infração é algo impor-
.7
ciais necessárias para a investigação e o processamen-
tante a ser averiguado. Da mesma forma, é preciso
79
to das infrações, inclusive de busca e apreensão.
mensurar o efeito negativo da infração, seja aos cofres
-0
§ 2º A comissão poderá, cautelarmente, propor à
públicos, aos administrados, à própria empresa etc. autoridade instauradora que suspenda os efeitos
ZA
do ato ou processo objeto da investigação.
U
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE § 3º A comissão deverá concluir o processo no pra-
SO
A Lei trata, ainda, sobre o funcionamento e o pro- sentar relatórios sobre os fatos apurados e even-
cedimento a serem realizados no âmbito administra- tual responsabilidade da pessoa jurídica, sugerindo
SI
tivo, para que se possa apurar a responsabilização das de forma motivada as sanções a serem aplicadas.
A
cação, observados o contraditório e a ampla defesa. composta por 2 (dois) ou mais servidores estáveis.
M
responsabilidade da pessoa jurídica poderá ser e, ao final, deverá apresentar relatórios sobre os fatos
delegada, vedada a subdelegação. apurados e a eventual responsabilidade da pessoa
§ 2º No âmbito do Poder Executivo federal, a Con- jurídica, sugerindo, de forma motivada, as sanções
troladoria-Geral da União - CGU terá competência a serem aplicadas. Tal prazo poderá ser prorrogado
concorrente para instaurar processos administra- mediante fundamento da autoridade instauradora.
tivos de responsabilização de pessoas jurídicas ou
para avocar os processos instaurados com funda- § 4º O prazo previsto no § 3º poderá ser prorro-
mento nesta Lei, para exame de sua regularidade gado, mediante ato fundamentado da autoridade
ou para corrigir-lhes o andamento. instauradora. 339
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Atente-se sempre à letra da Lei. Conforme o § 4º, z Cesse completamente seu envolvimento na infra-
vê-se que não importa quantas vezes a prorrogação ção investigada a partir da data de propositura do
do prazo poderá ser realizada. O dispositivo mencio- Acordo;
na somente que o prazo poderá ser prorrogado. z Admita sua participação no ilícito e coopere, ple-
A pessoa jurídica terá o prazo de 30 (trinta) dias na e permanentemente, com as investigações e o
para apresentar sua defesa, prazo este contado a par- processo administrativo, comparecendo, sob suas
tir da data da intimação. expensas, sempre que solicitada a todos os atos
A instauração de procedimento para que haja a processuais até seu encerramento.
reparação integral do dano não prejudica as demais
aplicações imediatas de sanções trazidas por esta Lei. O Acordo, desde que preenchidos os requisitos
Ressalta-se, ainda, que, caso não haja o pagamen- exigidos, não eximirá a pessoa jurídica da reparação
to, o crédito apurado será inscrito em dívida ativa da integral do dano causado, bem como estipulará as
Fazenda Pública. condições necessárias para que seja assegurada a efe-
tividade da colaboração e para o resultado útil do pro-
Da Desconsideração da Personalidade Jurídica cesso. Ainda, a celebração do Acordo isentará a pessoa
jurídica da publicação extraordinária da decisão con-
A presente Lei garante, em seu art. 14, a desconsi- denatória e reduzirá em até 2/3 (dois terços) do valor
deração da personalidade jurídica. Vejamos: da multa aplicável, nos termos do § 2º do art. 16.
4
-7
A comissão designada dará conhecimento ao MP § 6º A proposta de acordo de leniência somente se
91
após a conclusão do Procedimento Administrativo, tornará pública após a efetivação do respectivo
.5
para que haja apuração de eventuais delitos. acordo, salvo no interesse das investigações e do
51
processo administrativo.
.7
Art. 15 A comissão designada para apuração da § 7º Não importará em reconhecimento da prática
79
responsabilidade de pessoa jurídica, após a conclu- do ato ilícito investigado a proposta de acordo de
-0
são do procedimento administrativo, dará conheci- leniência rejeitada.
mento ao Ministério Público de sua existência, para § 8º Em caso de descumprimento do acordo de
ZA
apuração de eventuais delitos. leniência, a pessoa jurídica ficará impedida de
U
ser realizado um Acordo de Leniência com as pes- A celebração de Acordo rejeitada não importará
em reconhecimento de ato ilícito e, caso seja realiza-
A
condutas ilícitos contra a Administração Pública. Tal do, ocasionará a suspensão do prazo prescricional dos
R
Acordo será realizado caso haja a colaboração efetiva atos dispostos nesta Lei.
O
YG
com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática prática de atos ilícitos realizados nos ditames da
A
dos atos previstos nesta Lei que colaborem efetiva- Lei nº 8.666, de 1993 (Lei de Licitações).
M
4
Federal e os Municípios, por meio das respectivas
-7
ou estrangeiro, contra princípios da administra-
91
ção pública ou contra os compromissos internacio- Advocacias Públicas ou órgãos de representação
judicial, ou equivalentes, e o Ministério Público,
.5
nais assumidos pelo Brasil, assim definidos:
51
I - prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamen- poderão ajuizar ação com vistas à aplicação das
seguintes sanções às pessoas jurídicas infratoras:
.7
te, vantagem indevida a agente público, ou a tercei-
I - perdimento dos bens, direitos ou valores que
79
ra pessoa a ele relacionada;
representem vantagem ou proveito direta ou indi-
-0
II - comprovadamente, financiar, custear, patroci-
retamente obtidos da infração, ressalvado o direito
nar ou de qualquer modo subvencionar a prática ZA
do lesado ou de terceiro de boa-fé;
dos atos ilícitos previstos nesta Lei;
II - suspensão ou interdição parcial de suas
U
III - comprovadamente, utilizar-se de interposta
SO
atividades;
pessoa física ou jurídica para ocultar ou dissimular
III - dissolução compulsória da pessoa jurídica;
seus reais interesses ou a identidade dos beneficiá-
A
fraude ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo; ções às empresas jurídicas. No que concerne ao inciso
L
d) fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente; III, para que ocorra a dissolução compulsória da pessoa
EL
e) criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica, deverá ter sido a personalidade jurídica usada
XW
jurídica para participar de licitação pública ou de maneira habitual com o objetivo de facilitar ou de
celebrar contrato administrativo; promover a prática dos atos ilícitos ou, ainda, ter sido
A
M
f) obter vantagem ou benefício indevido, de modo frau- criada para ocultar ou dissimular interesses ilícitos ou
dulento, de modificações ou prorrogações de contratos a identidade de quem se beneficiaria com a prática dos
celebrados com a administração pública, sem autori- atos ilícitos. Vejamos a íntegra do dispositivo:
zação em lei, no ato convocatório da licitação pública
ou nos respectivos instrumentos contratuais; ou Art. 19 [...]
g) manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-fi- § 1º A dissolução compulsória da pessoa jurídica
nanceiro dos contratos celebrados com a adminis- será determinada quando comprovado:
tração pública; I - ter sido a personalidade jurídica utilizada de for-
LEGISLAÇÃO
Atente-se quanto aos verbos dispostos nos incisos: As sanções dispostas na letra da lei poderão ser apli-
prometer, oferecer, dar, obter e outros, pois a banca cadas de forma isolada ou cumulativamente, bem como
examinadora pode querer confundir você. as ações que forem propostas pelo Ministério Público 341
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
poderão aplicar as sanções dispostas no art. 6º desta Lei REFERÊNCIAS
juntamente com as sanções dispostas no art. 19.
Em caso de condenação, a obrigação de reparar o <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/
dano será certa e o valor deverá ser apurado em liqui- l10406compilada.htm. Acesso em: 02 de jul. de 2021.
dação de sentença caso esta não tenha já apurado o http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
valor expressamente. 2014/2013/lei/l12846.htm. Acesso em: 05 jul. de 2021.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicao.htm>. Acesso em: 05 jul. de 2021.
Importante!
As sanções poderão ser aplicadas de forma iso- HORA DE PRATICAR!
lada ou cumulativa.
1. (CEBRASPE-CESPE — 2020) Considerando as regras
da Lei federal n.º 12.846/2013 e suas alterações, jul-
DISPOSIÇÕES FINAIS
gue o próximo item.
Será criado, no âmbito do Poder Executivo federal,
O acordo de leniência poderá ser celebrado com pes-
o CNEP – Cadastro Nacional de Empresas Punidas –, a
soa jurídica que cometa ato lesivo contra a adminis-
fim de dar publicidade às sanções que forem aplicadas.
tração pública, desde que da colaboração resulte a
Art. 22 Fica criado no âmbito do Poder Executivo identificação de outros envolvidos no ato de corrup-
federal o Cadastro Nacional de Empresas Punidas ção ou, opcionalmente, a obtenção de informações
- CNEP, que reunirá e dará publicidade às sanções que comprovem o ilícito sob apuração.
aplicadas pelos órgãos ou entidades dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esfe- ( ) CERTO ( ) ERRADO
ras de governo com base nesta Lei.
§ 1º Os órgãos e entidades referidos no caput deve- 2. (CEBRASPE-CESPE — 2021) Considerando o disposto
rão informar e manter atualizados, no Cnep, os na Lei Orgânica do Distrito Federal sobre a Polícia Civil
4
dados relativos às sanções por eles aplicadas.
-7
do Distrito Federal, julgue o item que se segue.
91
§ 2º O Cnep conterá, entre outras, as seguintes infor-
mações acerca das sanções aplicadas:
.5
São princípios institucionais da Polícia Civil do Distri-
51
I - razão social e número de inscrição da pessoa jurí-
dica ou entidade no Cadastro Nacional da Pessoa to Federal a unidade, a indivisibilidade, a legalidade, a
.7
Jurídica - CNPJ; moralidade, a impessoalidade, a hierarquia funcional, a
79
II - tipo de sanção; e disciplina e a unidade de doutrina e de procedimentos.
-0
III - data de aplicação e data final da vigência do efeito ZA
limitador ou impeditivo da sanção, quando for o caso. ( ) CERTO ( ) ERRADO
U
SO
paração do dano integral causado, serão excluídos os do judicialmente o cometimento de ato de improbida-
LV
mento do órgão ou entidade sancionadora. obras que não foram realizadas, não obstante terem
A
Art. 25 Prescrevem em 5 (cinco) anos as infra- federais. O juiz determinou o bloqueio de bens da
R
cia da infração ou, no caso de infração permanente zo de cinco dias, valor correspondente a três vezes o
ou continuada, do dia em que tiver cessado.
H
§ 1º As sociedades sem personalidade jurídica e considerando essa situação hipotética, julgue o item
serão representadas pela pessoa a quem couber a a seguir.
A
M
5. (CEBRASPE-CESPE — 2020) No que se refere a ação 11. (CEBRASPE-CESPE — 2021) Uma testemunha devida-
de improbidade administrativa, julgue o item a seguir. mente notificada a comparecer em audiência judicial não
atendeu à notificação nem apresentou motivo justificado.
Ação de improbidade administrativa deve ser processa- A autoridade judicial determinou, então, a condução coer-
da e julgada nas instâncias ordinárias, ainda que pro- citiva da testemunha, mediante apoio policial.
posta contra agente político que tenha foro privilegiado.
Considerando essa situação hipotética e os termos
( ) CERTO ( ) ERRADO da legislação que dispõe sobre os crimes de abuso de
autoridade, julgue o item a seguir.
6. (CEBRASPE-CESPE — 2020) No que se refere a ação
de improbidade administrativa, julgue o item a seguir. Eventual abuso cometido no cumprimento da medida
alcança exclusivamente os agentes policiais, visto que
Nas ações de improbidade administrativa, a utilização de a legislação de regência não prevê como sujeito ativo
prova emprestada colhida na persecução penal depende membros do Poder Judiciário.
de se assegurarem o contraditório e a ampla defesa.
( ) CERTO ( ) ERRADO
( ) CERTO ( ) ERRADO
12. (CEBRASPE-CESPE — 2021) Uma testemunha devida-
7. (CEBRASPE-CESPE — 2019) No que se refere a man- mente notificada a comparecer em audiência judicial
dado de segurança, ação civil pública, ação de impro- não atendeu à notificação nem apresentou motivo justi-
bidade administrativa e ação rescisória, julgue o ficado. A autoridade judicial determinou, então, a condu-
seguinte item. ção coercitiva da testemunha, mediante apoio policial.
De acordo com o STF, são imprescritíveis as ações de Considerando essa situação hipotética e os termos
da legislação que dispõe sobre os crimes de abuso de
ressarcimento de danos ao erário decorrentes de ato
autoridade, julgue o item a seguir.
4
doloso de improbidade administrativa.
-7
91
Caracterizado o crime de abuso de autoridade, caberá
( ) CERTO ( ) ERRADO
.5
ao conduzido representar criminalmente contra a auto-
51
ridade que determinou a medida, cuja representação é
8. (CEBRASPE-CESPE — 2019) A respeito de ação de
.7
condição de procedibilidade para eventual ação penal.
79
improbidade administrativa, mandado de segurança,
-0
ação popular e ação civil pública, julgue o item a seguir.
( ) CERTO
ZA ( ) ERRADO
Na ação de improbidade administrativa, é possível
13. (CEBRASPE-CESPE — 2021) No que se refere ao Regi-
U
hipótese em que o mesmo regime prescricional será Civil do Distrito Federal e à carreira de policial civil do
LV
ções da Lei de Improbidade Administrativa e na juris- ciplinar grave, punível com suspensão de noventa dias.
prudência do STJ acerca dos aspectos processuais
H
( ) CERTO ( ) ERRADO
EL
3 CERTO
16. (CEBRASPE-CESPE — 2021) No que se refere ao Regi-
me Jurídico dos Funcionários Policiais Civis da União 4 CERTO
e do Distrito Federal, ao Regimento Interno da Polícia
Civil do Distrito Federal e à carreira de policial civil do 5 CERTO
Distrito Federal, julgue o item que se segue.
6 CERTO
As atribuições da Divisão de Registros Criminais e 7 CERTO
Controle de Procedimentos incluem controlar o regis-
tro de tramitação de inquéritos policiais e termos 8 CERTO
circunstanciais na Polícia Civil e emitir relatórios men-
sais e anuais com mapas estatísticos desta atividade. 9 ERRADO
10 ERRADO
( ) CERTO ( ) ERRADO
11 ERRADO
17. (CEBRASPE-CESPE — 2020) No que se refere ao Regi-
me Jurídico dos Funcionários Policiais Civis da União 12 ERRADO
e do Distrito Federal, ao Regimento Interno da Polícia 13 ERRADO
Civil do Distrito Federal e à carreira de policial civil do
Distrito Federal, julgue o item que se segue. 14 ERRADO
4
16 CERTO
-7
atribuição receber e controlar as comunicações de pri-
91
são em flagrante. 17 ERRADO
.5
51
( ) CERTO ( ) ERRADO 18 CERTO
.7
19 ERRADO
79
18. (CEBRASPE-CESPE — 2021) Considerando a legisla-
-0
ção referente à carreira policial civil do DF bem como 20 ERRADO
o Regimento Interno da PC-DF e a Lei Orgânica do Dis- ZA
trito Federal, julgue o item a seguir.
U
SO
( ) CERTO ( ) ERRADO
R
O
da corporação.
( ) CERTO ( ) ERRADO
4
Sendo “n” um número natural, observe como meio de transporte);
-7
3. Multiplicar:
91
desenvolver o fatorial de n:
4 · 3 = 12 maneiras.
.5
51
n! = n · (n-1) · (n-2) · ... · 2 · 1, para n ≥ 2
Permutação Simples
.7
1! = 1
79
0! = 1
-0
Imagine que temos 5 livros diferentes para serem
Exemplos: ordenados em uma estante. De quantas maneiras é
ZA
possível ordenar? Para questões envolvendo permu-
U
Agora, veja esse outro exemplo: lugar, ..., 1 modo de escolher o objeto (um outro livro)
que ocupará o último lugar. Então, temos:
A
D
6! Modos de ordenar:
Calcular 4!
R
O
n · (n-1) · ... 1 = n!
YG
Resolução:
H
=
maneiras de ordenar os livros na estante.
EL
4! 4·3·2·1
Poderíamos, também, resolver abrindo o 6! até 4! e Agora, observe um outro exemplo: MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
XW
4
-7
CADEIRA 1ª 2ª 3ª
91
A E
OCUPANTE Ana Bianca Clara
.5
51
B A Perceba que Daniele e Esmeralda ficaram em pé
.7
E D
79
MESA
nessa disposição.
MESA
-0
CADEIRA
ZA
1ª 2ª 3ª
D C C B
U
OCUPANTE Clara Bianca Ana
SO
disposições são iguais, ou seja, a pessoa A tem à sua Bianca permaneceu no mesmo lugar. O que mudou
foi a posição da Ana em relação a Clara. Assim, uma
SI
mula da permutação circular de n pessoas, que é: Para entendermos esse tema, vamos imaginar que
L
Pc (n) = (n-1)! frutas das 4 que temos disponíveis: maçã, banana, mamão
XW
Em nosso exemplo, o número de possibilidades de depois colocando em um prato. Agora cortando as frutas
M
posicionar 5 pessoas ao redor de uma mesa será: banana, morango e maçã para colocar em um outro prato.
Você percebeu que a ordem aqui não importou? É
Pc(5) = (5-1)! = 4! = 4 · 3 · 2 · 1 = 24 exatamente isso, a ordem não importa e estamos diante
de um problema de Combinação. Será preciso calcular
Arranjo Simples quantas combinações de 4 frutas, 3 a 3, é possível formar.
Para resolvermos é necessário usar a fórmula:
Imagine agora que quiséssemos posicionar 5 pes-
soas nas cadeiras de uma praça, mas tínhamos apenas n!
3 cadeiras à disposição. De quantas formas podería- C(n, p) = (n - p) !p!
mos fazer isso?
Para a primeira cadeira temos 5 pessoas disponíveis, Substituindo na fórmula, os valores do exemplo,
isto é, 5 possibilidades. Já para a segunda cadeira, restam- temos:
4!
-nos 4 possibilidades, dado que uma já foi utilizada na pri- C(4, 3) =
-
(4 3) !3!
meira cadeira. Por último, na terceira cadeira, poderemos
colocar qualquer das 3 pessoas restantes. Observe que 4·3·2·1
346 sempre sobrarão duas pessoas em pé, pois temos apenas C(4, 3) =
1·3·2·1
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
C(4, 3) = 4 ( ) CERTO ( ) ERRADO
4
de aventura e 3 de romance; e dentre esses 14 filmes
-7
C(6, 3) = 6! 6 · 5 · 4 · 3! = 6·5·4 = 6·5·4 =5 disponíveis tem que escolher um, portanto o total
91
=
(6 - 3) !3! 3!3! 3! 3·2·1
de possibilidades será dado pela combinação de 14
.5
· 4 = 20.
51
elementos, tomados um a um.
.7
Resposta: Letra E. C(14,1) = 14 possibilidades.
79
Resposta: Letra D.
-0
2. (IDECAN — 2016) Felipe é uma criança muito bagun-
ceira e sempre espalha seus brinquedos pela casa. 5. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Em um processo de cole-
ZA
Quando vai brincar na casa da sua avó, ele só pode ta de fragmentos papilares para posterior identifica-
U
levar 3 brinquedos. Felipe sempre escolhe 1 carrinho, ção de criminosos, uma equipe de 15 papiloscopistas
SO
1 boneco e 1 avião. Sabendo que Felipe tem 7 carri- deverá se revezar nos horários de 8 h às 9 h e de 9 h às
nhos, 5 bonecos e 4 aviões diferentes, quantas vezes
A
10 h.
LV
a seguir.
A
a) 100 vezes.
atender no primeiro horário e outro no segundo horá-
R
b) 115 vezes.
O
1° horário? 15.
brinquedos diferentes). Agora, já para escolher o que ficará no 2° horário,
Resposta: Letra D. temos apenas 14, pois um já foi escolhido para ficar
no 1° horário. Multiplicando as possibilidades =
3. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Em um aeroporto, 30
15x14 = 210.
passageiros que desembarcaram de determinado
voo e que estiveram nos países A, B ou C, nos quais Resposta: Errado.
ocorre uma epidemia infecciosa, foram selecionados
para ser examinados. Constatou-se que exatamente
25 dos passageiros selecionados estiveram em A ou
em B, nenhum desses 25 passageiros esteve em C e 6 RAZÕES E PROPORÇÕES
desses 25 passageiros estiveram em A e em B.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o
A razão entre duas grandezas é igual à divisão
item que segue.
entre elas, veja:
A quantidade de maneiras distintas de se escolher 2
dos 30 passageiros selecionados de modo que pelo
2
menos um deles tenha estado em C é superior a 100. 347
5
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Ou podemos representar por 2 ÷ 5 (Lê-se 2 está Aqui cabe uma observação importante!
para 5). Esse valor 2.000, que chamamos de “Constante de
Já a proporção é a igualdade entre razões, veja: Proporcionalidade”, é que nos mostra o valor real das
partes dentro da proporção. Veja:
2 4
=
3 6 C = 2.000
Ou podemos representar por 2 ÷ 3 = 4 ÷ 6 (Lê-se 2 3
está para 3 assim como 4 está para 6). C = 2000 x 3
Os problemas mais comuns que envolvem razão e C = 6.000 (esse é o valor de Carlos)
proporção é quando se aplica uma variável qualquer D = 2.000
dentro da proporcionalidade e se deseja saber o valor 2
dela. Veja o exemplo: D = 2.000 x 2
D = 4.000 (esse é o valor de Diego)
2 x ou 2 ÷ 3 = x ÷ 6
=
3 6
Assim, Carlos vai receber R$6.000 e Diego vai rece-
Para resolvermos esse tipo de problema devemos ber R$4.000.
usar a Propriedade Fundamental da razão e propor-
ção: produto dos meios pelos extremos. z Somas Internas
Meio: 3 e x
Extremos: 2 e 6 a c a+b = c+d
= =
Logo, devemos fazer a multiplicação entre eles b d b d
numa igualdade. Observe:
É possível, ainda, trocar o numerador pelo deno-
minador ao efetuar essa soma interna, desde que
3·X=2.6
3X = 12 o mesmo procedimento seja feito do outro lado da
X = 12/3 proporção.
4
X=4
-7
a c a+b = c+d
91
= =
b d a c
.5
Lembre-se de que a maioria dos problemas envol-
51
vendo esse tema são resolvidos utilizando essa pro- Vejamos um exemplo:
.7
priedade fundamental. Porém, algumas questões
79
acabam sendo um pouco mais complexas e pode ser x 2
=
-0
útil conhecer algumas propriedades para facilitar. 14 - x 5
Vamos a elas. ZA
x + 14 x = 2 + 5
-
U
x 2
SO
z Somas Externas x 2
LV
7 . x = 2 · 14
SI
a c a+c
= =
A
b d b+d x = 14 · 2 = 4
D
R
2A 3B X = 240.000
=
4 9
Inversamente Proporcional
Aplicando a propriedade das somas externas,
podemos escrever o seguinte:
É um tipo de questão menos recorrente, mas não
menos importante. Consiste em distribuir uma quan-
2A 3B = 2A + 3B
= tia X a três pessoas, de modo que cada uma receba um
4 9 4+9 quinhão inversamente proporcional a três números.
Substituindo o valor da equação 2A + 3B na pro- Vejamos um exemplo:
porção, temos: Exemplo:
Suponha que queiramos dividir 740 mil em partes
2A 3B = 2A + 3B = 13.000 = 1.000 inversamente proporcionais a 4, 5 e 6.
= Vamos chamar de X as quantias que devem ser dis-
4 9 4+9 13
tribuídas inversamente proporcionais a 4, 5 e 6, res-
Logo, pectivamente. Devemos somar as razões e igualar ao
total que dever ser distribuído para facilitar o nosso
2A = 1.000 cálculo, veja:
4
2A = 4 x 1.000 X + X + X = 740.000
4
-7
2A = 4.000 4 5 6
91
A = 2.000
Agora vamos precisar tirar o M.M.C (mínimo múl-
.5
Fazendo a mesma resolução em B:
tiplo comum) entre os denominadores para resolver-
51
3B = 1.000 mos a fração.
.7
79
9
3B = 9 x 1.000 4–5–6|2
-0
3B = 9.000 ZA2–5–3|2
B = 3.000 1–5–3|3
U
Sendo assim, os funcionários com 2 anos de casa 1–5–1|5
SO
60 60 60
envolvendo razão e proporção.
O
37x = 740.000
YG
X = 1.200.000
L
4
-7
DIRETAMENTE
+ / + OU - / -
91
PROPORCIONAL 5 (prof.) 12 (dias)
.5
30 (prof.) X (dias)
51
Aqui as grandezas aumentam ou diminuem juntas
.7
(sinais iguais) 30 · X = 5 · 12
79
-0
30X = 60
PROPORCIONAL + / - OU - / +
ZA X=2
U
SO
DIRETAMENTE
Multiplica cruzado
O
porcentagens e descontos.
H
INVERSAMENTE
Multiplica na horizontal No primeiro dia de abril, o casal Marcos e Paula com-
PROPORCIONAL
L
Vejamos alguns exemplos para fixarmos um pouco dias do mês. No dia 7 desse mês, um casal de amigos
mais como isso tudo funciona. chegou de surpresa para passar o restante do mês
A
M
Exemplo 1: Um muro de 12 metros foi construído uti- com a família. Nessa situação, se cada uma dessas
lizando 2 160 tijolos. Caso queira construir um muro de seis pessoas consumir diariamente a mesma quan-
30 metros nas mesmas condições do anterior, quantos tidade de alimentos, os alimentos comprados pelo
tijolos serão necessários? casal acabarão antes do dia 20 do mesmo mês.
Primeiro vamos montar a relação entre as gran-
dezas e depois identificar se é direta ou inversamente ( ) CERTO ( ) ERRADO
proporcional.
4 Pessoas ------- 24 Dias
12 m -------- 2 160 (tijolos) 6 Pessoas ------- x Dias
30 m -------- X (tijolos) Temos grandezas inversas, então é só multiplicar
na horizontal:
Veja que de 12m para 30m tivemos um aumento (+) 6x = 4 . 24
e que para fazermos um muro maior vamos precisar 6x = 96
de mais tijolos, ou seja, também deverá ser aumentado x = 96/6
(+). Logo, as grandezas são diretamente proporcionais x = 16
350 e vamos resolver multiplicando cruzado. Observe: Como já haviam comido por 6 dias é só somar:
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
6 dias (consumidos por 4) + 16 dias (consumidos por d) 50 minutos.
6) = 22 dias (a comida acabará no dia 22 de abril). e) 55 minutos.
Resposta: Errado.
Mecânicos ------ Minutos
2. (CEBRASPE-CESPE — 2018) O motorista de uma 5 ---------------- 27
empresa transportadora de produtos hospitalares 3 ---------------- x
deve viajar de São Paulo a Brasília para uma entrega Quanto menos mecânicos, mais minutos eles gasta-
de mercadorias. Sabendo que irá percorrer aproxima- rão para finalizar o trabalho, logo a grandeza é inver-
damente 1.100 km, ele estimou, para controlar as des- samente proporcional. Multiplica na horizontal:
pesas com a viagem, o consumo de gasolina do seu 3x = 27.5
veículo em 10 km/L. Para efeito de cálculos, conside- 3x = 135
rou que esse consumo é constante. x = 135/3
Considerando essas informações, julgue o item que x = 45 minutos.
segue. Resposta: Letra C.
Nessa viagem, o veículo consumirá 110.000 dm3 de
gasolina. 5. (IESES — 2019) Cinco pedreiros construíram uma casa
em 28 dias. Se o número de pedreiros fosse aumenta-
( ) CERTO ( ) ERRADO do para sete, em quantos dias essa mesma casa fica-
ria pronta?
Com 1 litro ele faz 10 km.
Sabendo que 1 L é igual a 1dm³, então podemos a) 18 dias.
dizer que com 1dm³ ele faz 10km b) 16 dias.
Portanto, c) 20 dias.
10 km -------- 1dc³ d) 22 dias.
1.100 km --------- x
10x = 1.100 5 (pedreiros) ---------- 28 (dias)
x = 110dm³ (a gasolina que será consumida). 7 (pedreiros) ------------- X (dias)
Resposta: Errado.
4
Perceba que as grandezas são inversamente propor-
-7
cionais, então basta multiplicar na horizontal.
91
3. (VUNESP — 2020) Uma pessoa comprou determinada 5 . 28=7 . X
.5
quantidade de guardanapos de papel. Se ela utilizar 2
51
7X = 140
guardanapos por dia, a quantidade comprada irá durar X = 140/7
.7
15 dias a mais do que duraria se ela utilizasse 3 guarda-
79
X = 20 dias.
napos por dia. O número de guardanapos comprados foi:
-0
Resposta: Letra C.
ZA
a) 60. Regra de Três Composta
U
b) 70.
SO
c) 80.
A Regra de Três Composta envolve mais de duas
d) 90.
A
e) 100.
mente e inversamente proporcionais devem ser feitas
SI
3x = 2 . (x+15)
EL
4
Agora basta resolver a proporção para acharmos equipamento é capaz de digitalizar em 3 dias, operan-
-7
o valor de X. do 4 horas e 30 minutos diários para esse fim, é igual
91
a:
.5
51
40 3000
= a) 2.666.
.7
X 12000
b) 2.160.
79
3X = 40 x 12 c) 1.215.
-0
d) 1.500.
3X = 480 ZA
e) 1.161.
X = 160
U
SO
4h30min= 270min.
Para fixarmos mais ainda nosso conhecimento,
SI
300 -------4-------1800
cada uma, com 80 letras (ou espaços) em cada linha.
R
X 3
# 270 (Simplifica por 30)
1800 = 4
A
X 3 9
X (pág.) -------- 30 (linhas) -------- 40 (letras) 4 · X · 10 = 1800 · 3 · 9
6 ?
= #
? X = 1215 páginas que esse mesmo equipamento é
X ? ? capaz de digitalizar.
Analisando isoladamente duas a duas: Resposta: Letra C.
4
Veja que se aumentar o tempo de trabalho quer dizer
-7
91
( ) CERTO ( ) ERRADO que serão engarrafados mais refrigerantes (direta) e
se aumentar o tempo de trabalho quer dizer que são
.5
51
3 caixas - 12 clientes - 10 minutos menos máquinas trabalhando (inversa).
.7
5 caixas - 20 clientes - x minutos 4 5000 2
79
= #
X 6000 3
-0
10 5 12
= #
X 3 20 2·X·5 = 4·6·3 ZA
5 · 12 · X = 10 · 3 · 20
U
10X = 72
SO
60x = 600
x = 7, 2 horas (7 horas + 0,2 horas = 7 horas + 0,2 ×
A
Os 5 caixas atenderão em exatamente 10 minutos. Obs: Para transformar horas em minutos, basta mul-
SI
Não em menos de 10 como a questão afirma. tiplicarmos o número por 60 min. Logo, 0,2 horas =
A
Resposta: Errado.
D
Porcentagem
M
a) 5 horas e 54 minutos.
b) 6 horas e 06 minutos. A porcentagem é uma medida de razão com base
c) 6 horas e 20 minutos. 100. Ou seja, corresponde a uma fração cujo denomi-
d) 6 horas e 40 minutos. nador é 100. Vamos observar alguns exemplos e notar
e) 7 horas e 06 minutos. como podemos representar um número porcentual.
4
nal, é melhor pagar o mais tarde possível caso não haja
-7
incidência de juros (ou caso esses juros sejam inferio-
91
Veja um exemplo: res ao que você pode ganhar aplicando o dinheiro).
.5
Roberto assistiu 2 aulas de Matemática Financeira. “Juros” é o termo utilizado para designar o “preço
51
Sabendo que o curso que ele comprou possui um total do dinheiro no tempo”. Quando você pega certa quantia
.7
de 8 aulas, qual é o percentual de aulas já assistidas emprestada no banco, o banco te cobrará uma remune-
79
por Roberto? ração em cima do valor que ele te emprestou, pelo fato
-0
O todo de aulas é 8. Para descobrir o percentual, de deixar você ficar na posse desse dinheiro por um certo
devemos dividir a parte pelo todo e obter uma fração.
ZA
tempo. Esta remuneração é expressa pela taxa de juros.
Nos juros simples a incidência recorre sempre sobre
U
SO
2
=
1 o valor original. Veja um exemplo para melhor entender.
8 4 Exemplo 1:
A
4
O
CAPITAL
YG
(1000,00)
As operações de soma e subtração de porcentagem
L
rior ao outro em tantos por cento. A grandeza inicial 3° mês = 1100,00 1100,00 + (5% de 1000,00) = 1150,00
A
subtrair o percentual fornecido dos 100% e multipli- 4° mês = 1150,00 1150,00 + (5% de 1000,00) = 1200,00
car pelo valor da grandeza. 5° mês = 1200,00 1200,00 + (5% de 1000,00) = 1250,00
Exemplo 1:
Paulinho comprou um curso de 200 horas-aula. Ao final do 5° mês você terá recebido 250,00 reais
Porém, com a publicação do edital, a escola precisou de juros.
aumentar a carga horária em 15%. Qual o total de Fórmulas utilizadas em juros simples
horas-aula do curso ao final?
Inicialmente, o curso de Paulinho tinha um total
de 200 horas-aula que correspondiam a 100%. Com o J=C·i·t
aumento porcentual, o novo curso passou a ter 100% +
15% das aulas inicialmente previstas. Portanto, o total M=C+J
de horas-aula do curso será:
(1 + 0,15) x 200 = 1,15 x 200 = 230 horas-aula
M = C · (1 + i ·J)
A avaliação do crescimento ou da redução percen-
tual deve ser feita sempre em relação ao valor inicial Onde,
354 da grandeza. J = juros
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C = capital 4º MÊS 14.641,00
i = taxa em percentual (%)
t = tempo Logo, ao final de 4 meses você deverá devolver
M = montante ao banco R$14.641,00 que é a soma da dívida inicial
(R$10.000,00) e de juros de R$4.641,00.
Para aplicar corretamente uma taxa de juros, é impor- Fórmula utilizada em juros compostos
tante saber a unidade de tempo sobre a qual a taxa de ju-
ros é definida. Isto é, não adianta saber apenas que a taxa
de juros é de “5%”. É preciso saber se essa taxa é mensal, M = C · (1 + i)t
bimestral, anual etc. Dizemos que duas taxas de juros são
proporcionais quando guardam a mesma proporção em Poderíamos ter utilizado a fórmula no nosso exem-
relação ao prazo. Por exemplo, 12% ao ano é proporcional plo. Veja:
a 6% ao semestre, e também é proporcional a 1% ao mês.
Basta efetuar uma regra de três simples. Para M = 10000 x (1 + 10%)4
obtermos a taxa de juros bimestral, por exemplo, que M = 10000 x (1 + 0,10)4
é proporcional à taxa de 12% ao ano: M = 10000 x (1,10)4
M = 10000 x 1,4641
M = 14.641,00 reais
12% ao ano ----------------------- 1 ano
Taxa bimestral ------------------ 2 meses Podemos fazer a comparação entre juros simples e
compostos. Observe a tabela abaixo:
Podemos substituir 1 ano por 12 meses, para dei-
xar os valores da coluna da direita na mesma unidade JUROS SIMPLES JUROS COMPOSTOS
temporal, temos:
Mais onerosos se t < 1 Mais onerosos se t > 1
12% ao ano ---------------------- 12 meses Mesmo valor se t = 1 Mesmo valor se t = 1
Taxa bimestral ------------------ 2 meses Juros capitalizados no final Juros capitalizados periodi-
do prazo camente (“juros sobre juros”)
4
Efetuando a multiplicação cruzada, temos:
-7
Crescimento linear (reta) Crescimento exponencial
91
12% x 2 = Taxa bimestral x 12 Valores similares para pra- Valores similares para pra-
.5
zos e taxas curtos zos e taxas curtos
51
Taxa bimestral = 2% ao bimestre
.7
Juros compostos – cálculo do prazo
79
Duas taxas de juros são equivalentes quando são Nas questões em que é preciso calcular o prazo
-0
capazes de levar o mesmo capital inicial C ao montan- você deverá utilizar logaritmos, visto que o tempo “t”
ZA
te final M, após o mesmo intervalo de tempo. está no expoente da fórmula de juros compostos. A
propriedade mais importante a ser lembrada é que,
U
Uma outra informação muito importante e que você
SO
deve memorizar é que o cálculo de taxas equivalentes sendo dois números A e B, então:
quando estamos no regime de juros simples pode ser
A
log AB = B x log A
LV
mos é a seguinte:
O
Importante !
YG
bAl
log = 𝑙𝑜𝑔𝐴 − 𝑙𝑜𝑔B
No regime de juros simples, taxas de juros propor-
H
B
cionais são também taxas de juros equivalentes.
L
EL
Observe um exemplo:
Imagine que você pegou um empréstimo de No regime de juros compostos com capitalização
R$10.000,00 no banco, cujo pagamento deve ser rea- mensal à taxa de juros de 1% ao mês, a quantidade de
lizado após 4 meses, à taxa de juros de 10% ao mês. meses que o capital de R$100.000 deverá ficar investido
Ficou combinado que o cálculo de juros de cada mês para produzir o montante de R$120.000 é expressa por:
será feito sobre o total da dívida no mês anterior, e
não somente sobre o valor inicialmente emprestado. log2, 1
Neste caso, estamos diante da cobrança de juros com- .
log1, 01
postos. Podemos montar a seguinte tabela:
Temos a taxa j = 1%am, capital C = 100.000 e mon-
tante M = 120.000. Na fórmula de juros compostos:
MÊS DO EMPRÉSTIMO 10.000,00
1º MÊS 11.000,00 M = C x (1+j)t
2º MÊS 12.100,00 120000 = 100000 x (1+1%)t
12 = 10 x (1,01)t
3º MÊS 13.310,00 1,2 = (1,01)t 355
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Podemos aplicar o logaritmo dos dois lados: ≥ maior que ou igual
log1,2 = log (1,01)t ≤ menor que ou igual
log1,2 = t · log 1,01 Podemos representar das formas a seguir:
t = log1, 1 ax + b > 0
log1, 01 ax + b < 0
ax + b ≥ 0
Logo, questão errada. ax + b ≤ 0
Conceito 5x + 20 < 40
5x < 40 – 20
Uma equação é uma igualdade na qual uma ou mais 5x < 20
variáveis – geralmente são as letras do nosso alfabeto – x < 20 / 5
denominadas por incógnitas são desconhecidas. O nosso x<4
principal objetivo é encontrar o valor dessa incógnita.
Podemos resolver uma inequação de uma outra
Resolução e Discussão maneira, fazendo um gráfico no plano cartesiano.
No gráfico, fazemos o estudo do sinal da inequação.
z Equação do Primeiro Grau Vamos identificar quais valores de x transformam a
desigualdade em uma sentença verdadeira.
A forma geral de uma equação do primeiro grau Siga os passos:
é: ax + b = 0. Resolva a inequação 5x + 20 < 40:
O termo “a” é o coeficiente de “x” e o termo “b” é
chamado de termo independente.
z Coloque todos os termos da inequação em um mes-
4
Para resolver uma equação do 1°, devemos isolar
-7
mo lado.
todas as partes que possuem incógnitas de um lado igual
91
e do outro os termos independentes. Veja um exemplo:
.5
5x + 20 - 40 < 0
51
5x - 20 < 0
10x = 5x + 20
.7
79
z Substitua o sinal da desigualdade pelo da igualdade.
-0
Vamos achar o valor de “x”:
ZA
10x – 5x = 20 5x -20 = 0
U
SO
Passamos o “5x” para o outro lado da igual com o z Resolva a equação, ou seja, encontre sua raiz.
sinal trocado:
A
5x -20 = 0
LV
5x = 20 5x = 20
SI
x = 20 / 5 x = 20 / 5
A
x=4
D
R
reta.
EL
10x = 5x + 20 –
10 . 4 = 5 · 4 + 20
40 = 40
40 – 40 = 0
Identificamos que os valores < 0 (valores negati-
z Inequação do Primeiro Grau vos) são os valores de x < 4.
Nas inequações temos pelo menos um valor desco- z Equação do Segundo Grau
nhecido (incógnita) e sempre uma desigualdade. Nas
inequações usamos os símbolos: Equações do segundo grau são equações nas quais
> maior que o maior expoente de x é igual a 2.
356 < menor que Sua forma geral é expressa por: ax2 + bx + c = 0.
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Onde a, b e c são os coeficientes da equação. Soma e Produto das Raízes
4
b = -3
-7
S4, se em 2020 a soma de suas idades for igual a 140 anos,
91
c=2 então é correto afirmar que S2 nasceu antes de 1984.
.5
51
Substituindo na fórmula: ( ) CERTO ( ) ERRADO
.7
S3 tem 40 anos em 2020. S1 é 8 anos mais novo que
79
2
x = -b ! b - 4ac S3, ou seja, em 2020 sabemos que S1 terá 32 anos de
-0
2a idade. Como S2 é 2 anos mais velho que S4, podemos
ZA
dizer que:
-(-3) ± √(-3)2 - 4 × 1 × 2
U
x= Idade de S2 = Idade de S4 + 2
SO
x= 3! 9-8 X2 = X4 + 2
Sabemos que a soma das idades, em 2020, é igual a
SI
2
x= 3!1 140 anos:
A
X1 + X2 + X3 + X4 = 140
D
2
x1 = 3 + 1 = 2 32 + (X4+2) + 40 + X4 = 140
R
O
2 74 + 2.X4 = 140
YG
x2 = 3 - 1 = 1 2.X4 = 66
H
2 X4 = 33
L
Na fórmula de bhaskara, podemos usar um discri- S2 deve ter nascido em 2020 – 35 = 1985.
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
XW
minante que é representado por “Δ”. Seu valor é igual a: Resposta: Errado.
A
Δ = b2 - 4ac
M
*
Para que a equação do segundo grau tenha raízes x + y = 10
iguais, é preciso que o delta (discriminante) seja
4x - y = 5
igual a zero. Isto é, Δ = b2 - 4ac.
0 = 62 – 4.1.m A principal forma de resolver esse sistema é usan-
0 = 36 – 4m do o método da substituição. Este método é muito sim-
4m = 36 ples e consiste basicamente em duas etapas:
m = 9.
Resposta: Letra B. Isolar uma das variáveis em uma das equações;
Substituir esta variável na outra equação pela
4
-7
4. (CONSULPLAN — 2016) Julgue a afirmativa: expressão achada no item anterior.
91
A soma das raízes da equação x2 - 5x + 6 = 0 é um
.5
número ímpar. Vamos aplicar no nosso exemplo:
51
Isolando “x” na primeira equação
.7
( ) CERTO ( ) ERRADO
79
x = 10 – y
-0
A soma das raízes é:
S = -b / a ZA
Substituindo “x” na segunda equação por “10-y”
S = -(-5) / 1 = 5.
U
Resposta: Certo.
SO
y=7
YG
a) 18.
H
c) 24.
EL
valor de “x”
d) 27.
XW
x = 10 – y
A
x = 10 – 7
x² -10x + 21 = 0
x=3
-(-10) ± √(-10)2 - 4 × 1 × 21
x= Assim, x = 3 e y = 7.
2×1
Dica
x = 10 ! 100 - 84
2 Método da substituição
x = 10 ! 16 1: Isolar uma das variáveis em uma das equações;
2 2: Substituir essa variável na outra equação pela
x1 = + 10 + 4 = 7 expressão achada no item anterior.
2
x2 = - 10 - 4 = 7 Há um outro método para resolver um sistema
2 de equação do 1° grau, que é o método da adição (ou
358 O produto das raízes é igual a 7 × 3 = 21 anos. soma) de equações. Veja:
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Multiplicar uma das equações por um número que Vamos usar o mesmo método principal para resol-
seja mais conveniente para eliminar uma variável; vermos os sistemas de equações do 2° grau que utili-
Somar as duas equações, de forma a ficar ape- zamos no sistema de equações do 1° grau, ou seja, o
nas com uma variável. Método da Substituição. Veja um exemplo:
(
x+y=3
Veja o exemplo a seguir:
2 2
x -y =-3
*
x + y = 10 Isolando x na primeira equação, temos que x =
3 – y. Efetuando a substituição na segunda equação,
4x - y = 5 temos que:
Logo,
*
x + y = 10
4x - y = 5 x=3–y=3–2=1
4
x + y = 10
-7
candidatos inscritos para o cargo A era 3000 unidades
91
3 + y = 10 menor que o número de candidatos inscritos para o
.5
cargo B, e que a razão entre os respectivos números,
51
y = 10 – 3 nessa ordem, era igual a 0,4, então é verdade que o
.7
número de candidatos inscritos para o cargo B corres-
y=7
79
pondeu, do total de candidatos inscritos, a:
-0
Veja um outro exemplo que vamos precisar multiplicar:
a) 3/7. ZA
b) 5/9.
U
*
x + y = 10 c) 4/7.
SO
d) 2/3.
x - 2y = 4
A
e) 5/7.
LV
A = B – 3000
A
A/B = 0,4
(
D
- x - y = - 10
A = 0,4B
R
temos:
YG
3000 = B – 0,4B
L
(
3000 = 0,6B
EL
- x - y = - 10
B = 3000/0,6 MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
XW
x - 2y = 4
B = 5000
A
A:
y = -6 / -3 A = 0,4 x 5000
A = 2000
y= 2 Total
A + B = 5000 + 2000 = 7000
Substituindo o valor de “y” na primeira equação O número de inscritos para o cargo B, em relação
achamos o valor de “x”: ao total, será:
5000/7000 = 5/7.
x + y = 10 Resposta: Letra E.
4
patentes mensais solicitadas para produtos de outra
-7
natureza. Considere, ainda, que, em um mês, além
91
dos produtos da indústria alimentícia, tenham sido
SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS E
.5
51
requeridos pedidos de patentes de mais dois tipos de
produtos, X e Y, com quantidades dadas por x e y, res- PROGRESSÕES ARITMÉTICAS E
.7
GEOMÉTRICAS
79
pectivamente. Supondo que T seja a quantidade total
-0
de pedidos de patentes requeridos nesse escritório, no
referido mês, julgue os itens seguintes. Sequências Numéricas ZA
U
4. (CEBRASPE-CESPE — 2013) Se T = 128, então as Esse tema é cobrado de uma maneira que ao mes-
SO
quantidades x e y são tais que x + y = 64, com 0 ≤ x ≤ mo tempo pode parecer fácil, mas ser, na verdade, bem
64.
A
Se T = 128, então as quantidades x e y são tais que x alguma “regra” implícita, alguma lógica de formação. O
R
+ y = 64, com 0 ≤ x ≤ 64. desafio é exatamente descobrir essa “regra” para, com
O
Seja “a” a quantidade de pedidos de patentes da isso, encontrar outros termos daquela mesma sequência.
YG
indústria alimentícia. Foi dito que este total é igual Veja o exemplo abaixo:
H
a=x+y 2, 4, 6, 8,...
EL
O total de pedidos é:
XW
4
-7
número para o outro, basta somar 5 unidades, elas a200 = 199
91
estão em sequências numéricas alternadas. Veja:
.5
1° Sequencia: 2, 4, 6, 8,... Soma do Primeiro ao N-ésimo Termo da PA
51
2° Sequencia: 5, 10, 15, 20, ...
.7
79
A fórmula a seguir nos permite calcular a soma dos
Progressão Aritmética
-0
“n” primeiros termos de uma progressão aritmética:
ZA
Uma progressão aritmética é aquela em que os
n # (a1 + an)
termos crescem, sendo adicionados a uma razão cons-
U
Sn =
SO
2
tante, normalmente representada pela letra r.
Termo inicial: valor do primeiro número que Para entendermos um pouco melhor, vamos calcu-
A
compõe a sequência;
LV
{1,3,5,7,9,11,13, ...}
YG
n # (a1 + an)
H
2
vamente. Temos um exemplo nítido de uma Progressão
EL
Aritmética (PA) com uma razão 2, ou seja, r = 2 e termo 7 # (1 + 13) MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
XW
4
a1 = 1. Da mesma maneira que vimos para o caso de
-7
PA, normalmente, precisamos calcular o termo geral
91
e a soma dos termos.
.5
51
Termo geral da PG FUNÇÕES E GRÁFICOS
.7
79
A fórmula a seguir nos permite obter qualquer INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES
-0
termo (an) da progressão geométrica, partindo-se do ZA
primeiro termo (a1) e da razão (q): O conceito de função é um dos mais importantes
U
em toda a matemática. Essa teoria aparece em mui-
SO
No nosso exemplo, o quinto termo, a5 (n = 5), pode qual seria o preço a ser pago numa conta de luz que
ser encontrado assim: depende da quantidade de energia consumida? Ou será
SI
{2, 4, 8, 16, 32...} sorvete? E assim, o seu estudo se torna apropriado para
D
a5 = 2 × 25-1
O
a5 = 32
L
Soma do Primeiro ao N-ésimo Termo da PG em função do outro. Podemos representar uma função
XW
n DISTÂNCIA PERCORRIDA
a1 # (q - 1) 10 15 20 25
Sn = (KM)
q-1
VALOR PAGO (R$) 25 35 45 55
Usando novamente o nosso exemplo e fazendo a
soma dos 4 primeiros termos (n = 4), temos: {2, 4, 8,
16, 32...} Para toda distância percorrida nesta tabela, existe
4 um único correspondente de valor pago por corrida. Um
2 # (2 - 1)
S4 = matemático diria que o valor pago na corrida de táxi está
2-1 em função da distância percorrida. Se chamarmos D de
2 # (16 - 1) distância e VP de valor pago, pode-se escrever então a
S4 = 1 fórmula que represente essa função: VP = 2D + 5, onde as
2 # 15 duas letras na fórmula são as variáveis, tendo VP varian-
S4 = 1 do de acordo com a variação de D, isto é, VP está em fun-
362 S4 = 30 ção de D. A fórmula da função permite escrever a sua
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
correspondente Tabela, bastando substituir os valores D todos os valores que as ordenadas (eixo y) podem assu-
e obter seus respectivos VP. Podemos dizer ainda, que o mir. A imagem (Im) é formada por todos os elementos
valor fixo na fórmula (cinco) seria o valor da bandeira. do contradomínio que se relacionam com algum elemen-
Definição: Uma relação 𝑓 de um conjunto A em um to do domínio. Assim, quando todo elemento x ϵ A está
conjunto B, ou uma função 𝑓 de A em B, que é denota- associado a um elemento y ϵ B, dizemos que y é a ima-
do por 𝑓: A → B, e apresenta a seguinte propriedade: ⩝x gem de x, e denotamos por y = 𝑓(x).
ϵ A, existe um único y ϵ B tal que (x, y) ϵ 𝑓. Seja uma função 𝑓: ℕ → ℕ, ou seja, com domínio e
Na figura abaixo, observa-se que as relações 𝑓 e g contradomínio nos naturais, definida por y = 𝑓(x) = x +
não são funções, pois para 𝑓 nem todo elemento de A 2. Seu conjunto imagem é formado por meio da subs-
tem um respectivo em B. Já para a relação g, não se tituição dos valores de x = {0, 1, 2, 3, 4, ...}, pertencente
tem todo elemento de A com um único respectivo em aos ℕ, em y = 𝑓(x), então para x = 1 → y = 𝑓(1) = 1 + 2
B. A relação h: esta sim é uma função, visto que para = 3, e assim sucessivamente, de modo geral, a Im( 𝑓)
todo elemento de A existe um único respectivo em B, = x + 2.
A f B Importante!
Se tivermos um elemento do conjunto de parti-
da (A) do qual não tem seu respectivo valor em
relação ao conjunto (B), então essa relação não
é função.
√x – 2
4
𝑓(x) =
-7
√3 – x
91
.5
51
Assim, o domínio são todos valores possíveis para
.7
x tal que y = 𝑓(x) exista nos reais. Tem-se duas restri-
79
A ções na função, a primeira que não existe raiz quadra-
H B
-0
da negativa e que o denominador não seja nulo. Para
isso faremos: ZA
x – 2 ≥ 0 → x ≥ 2 e 3 – x > 0 → x < 3, note que a
U
B⇒CD(f)
Geralmente existe uma expressão y = 𝑓 (x) que
A
A⇒D(f)
O
𝑓 = {(x, y) | x ϵ A, y ϵ B e y = 𝑓 (x)} ou
a d
L
EL
𝑓: A → B
g
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
XW
x ↦ 𝑓(x) b e
A
h
M
𝑓 = {(x, y) | x ϵ A, y ϵ B e y = 2x} ou
𝑓: A → B ⇓
Im(f)
x ↦ 2x
Domínio, Contradomínio e Imagem da função Diagrama A e B, em relação ao domínio (D), contradomínio (CD)
e imagem (Im).
O domínio (D) de uma função é sempre o próprio
conjunto de partida, ou seja, é formado por todos os pos- Funções Injetoras, Sobrejetoras e Bijetoras
síveis elementos do conjunto A (D=A) e nos gráficos são
os valores que a abscissa (eixo x) pode assumir. O contra- As funções Injetoras são funções tais que os dis-
domínio (CD=B) é o conjunto de chegada, formado por tintos elementos do domínio se relacionam com distin-
todos os elementos do conjunto B e são formados por tos elementos da imagem, ou seja, dois elementos do 363
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domínio não podem ter a mesma imagem (Figura 5a). z Funções Pares e Ímpares
Uma função 𝑓: ℝ → ℝ dada por 𝑓(x) = 4x é injetora, visto
que para x1 ≠ x2tem-se 4x1 ≠ 4x2, logo, 𝑓 (x1) ≠ 𝑓 (x2).
4
-7
Funções periódicas a grosso modo são funções
91
especiais de fácil identificação visual ou gráfica, onde
.5
se observa uma característica de repetição do decor-
51
1 -1
4 2 rer da curva em intervalos subsequentes.
.7
7 5 Uma função 𝑓 : ℝ → ℝ é dita periódica de tempo T,
79
9 7 se existe uma constante positiva T tal que 𝑓(x) = 𝑓(x +
-0
11 9 T) para todo x ϵ ℝ. Assim, se 𝑓 é periódica de período
ZA
T, então, 𝑓 também é periódica de período nT, onde
n ϵ ℕ, 𝑓(x) = 𝑓(x + T) = 𝑓(x + 2T) = ... = 𝑓(x + nT). Por
U
B
SO
As funções Sobrejetoras são funções nas quais Para que uma função composta 𝑓 com g exista, cada
LV
o seu conjunto imagem (Im) é igual ao contradomí- uma delas 𝑓 e g devem ser funções dentro do domínio
SI
nio (CD), isto é, Im=CD=B (Figura 5b). Em funções que e contradomínio definido, ou seja, 𝑓: A → B e g: B → C,
A
aconteçam as duas situações ao mesmo tempo, ou então para todo x ϵ A temos um único y ϵ B tal que y =
D
seja, a função é Injetora e Sobrejetora, então dizemos 𝑓(x) e para todo y ϵ B tem-se um único z ϵ C tal que z =
R
que ela é uma função Bijetora (Figura 5c). 𝑓(y), logo, existe uma função h: A → C, definida por h(x)
O
YG
Uma função é dita par se, e somente se, 𝑓(x) = = 9x2 +2.
Já a composta de gο𝑓 seria: g[𝑓 (x) ] = g[(x2 +2)] =
XW
função for definida por 𝑓(–x) = – 𝑓(x), então dizemos a Podemos ainda, conhecendo a composta gο𝑓, vol-
M
função é ímpar. Seja 𝑓:A→B, os diagramas para fun- tar para as funções individuais, 𝑓 e g. Supondo 𝑓(x) =
ções par e ímpar seguem na Figura 6. 2x e 𝑓[g(x)] = x + 3, qual será a função g(x)?
Se 𝑓(x) = 2x então, 𝑓[g(x)] = 2g(x), como temos tam-
z Diagramas para funções pares bém que 𝑓[g(x)] = x + 3, logo:
x+3
-2 𝑓[g(x)] = 2g(x) = x + 3 → g(x) =
2
-1 1
0 2
Relações entre Funções
1 5
2 A igualdade entre duas funções, é uma relação
entre funções, e é definida da seguinte forma: seja
B as funções 𝑓: A → B e g: C → D, são funções iguais se, e
364 A somente se, A = C e B = D e 𝑓(x) = g(x) para todo x ∊ A.
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Assim, sendo A = {1, 2, 3} e B = {–2, –1, 0, 1, 2} e as O domínio da função quociente é D𝑓/g = ]4, +∞[, pois
funções de A em B definidas por: nesse caso o denominador não pode ser nulo.
12 – 1
g(1) = =0 1
1+1 (x, y) = ,0
2
22 – 1
g(2) = =1 FUNÇÃO CONSTANTE, CRESCENTE E
2+1 DECRESCENTE
4
-7
y = 𝑓(x) = c. O gráfico da função constante é uma reta
91
Como 𝑓(1) = g(1); 𝑓(2) = g(2); 𝑓(3) = g(3) para todo x paralela ao eixo das abcissas (eixo x) passando pelo
.5
∊ A, temos que as funções são iguais. ponto (x, y) = (0, c), figura a seguir, assim o conjunto
51
Podemos ter outras relações entre funções, como Imagem (Im) de 𝑓 é Im = {c}.
.7
a soma de duas funções 𝑓 e g definida por:
79
-0
(𝑓 + g) (x) = 𝑓 (x) + g(x)
ZA
A diferença entre funções, definida por:
U
SO
{
Figura 9. Exemplos de funções crescente (a) e decrescente (b). y+1
𝑓(x) = y = 2x – 1 → 2x = y + 1 → x =
FUNÇÃO DEFINIDA POR MAIS DE UMA SENTENÇA 2
Funções definidas por mais de uma sentença Logo, se 𝑓 = {(x, y) ∊ A × B | y = 2x – 1}, então:
são funções em que cada subdomínio tem uma função
associada a ela e a união desses subdomínios forma
o domínio da função original 𝑓(x). Com isso, conse-
guimos construir o gráfico das funções 𝑓(x) em cada
subdomínio, Figura 10, dois exemplos de funções com
𝑓–1 = { (y, x) ∊ B × A | x =
y+1
2
{
domínio de f–1 é B que é a imagem da f.
–x + 1, se x < –2 Na Figura 11, vemos os gráficos das funções 𝑓 e 𝑓 -1
acima, percebemos pela Figura 11c que eles são simé-
a) 𝑓(x) = x2 – 1, se – 2 ≤ x ≤ 1 tricos em relação à bissetriz nos quadrantes ímpares
4
-7
do plano cartesiano. Para construir o gráfico basta
–x + 1, se x > 1
91
plotar os pontos (x, y) ou (y, x) das duas funções no
(Figura 10a);
.5
plano cartesiano e traçar uma reta.
51
{
.7
–x2 + 1, se x < 1
79
b) 𝑓(x) =
-0
(x – 2)2 – 1, se x ≥ 1
(Figura 10b).
ZA
U
SO
A
LV
SI
A
D
R
O
YG
H
L
EL
(Figura 10a)
XW
A
M
(Figura 10b)
4
pela origem e liga os pontos (x, y) = (x, ax) no plano a raiz sendo:
-7
91
cartesiano (Figura 12).
.5
b
51
𝑓(x) = ax + b = 0 → x = –
.7
a
79
-0
Agora, teremos dois casos para estudo do sinal da
ZA
função afim, um quando o coeficiente angular é posi-
tivo (a > 0) outro quando é negativo (a < 0):
U
SO
b b
f ( x==
) axax →0x →
+ b+>b0 > > – x > −; ;
SI
𝑓(x)
a a
A
b
D
f ( x= b
𝑓(x) =) axax →0x →
+ b+<b0 < < – x < −; ;
R
a
O
Figura 12. Gráfico da Função Linear 𝑓(x) = 2x e o ponto (x, y) = (2, 4). a
YG
H
1
2x + 1 = 0 → x = –
2 Logo, a solução para esse primeiro caso é:
{
Como o coeficiente angular é positivo (a = 2 > 0),
então o estudo de sinal de 𝑓(x) será: S1 ⌒ S2= x∊ℜ|x>
1
{
3
x > – 1 → 𝑓(x) > 0 b
f ( x= ) ax + b > 0 → x > − ;
2 a x+2<0→x<–2 b
f ( x= ) ax + b > 0 → x > − ;
1 b a
fx <( x– =
) ax + b< <0 0 → x < − ;
→ 𝑓(x)
2 a f3x(–x1=
1 b
)< 0 →ax
x <+ b < 0 → x < − ;
3 a
4
-7
91
.5
51
.7
79
-0
Logo, a solução para esse segundo caso é S3 ⌒ S4 =
ZA
{x ∊ ℜ | x < – 2}. Assim, o conjunto solução para inequa-
U
Inequações Produto e Quociente para Função Afim ção produto (x + 2) (3x – 1) > 0 é:
SO
{
Sejam as funções 𝑓(x) e g(x), as inequações produ-
A
1
{
LV
to delas são dadas por: S = {S1 ⌒ S2} ◡ {S3 ⌒ S4} = x ∊ ℜ | x < –2 ou x >
SI
𝑓(x) · g(x) ≤ 0
D
números reais, temos que (+ × + = +); (– × – = +); (+ × – tes delas são dadas por:
YG
inequações pode ser encontrado da seguinte forma, 𝑓(x) 𝑓(x) 𝑓(x) 𝑓(x)
L
> 0 ou < 0 ou ≥ 0 ou ≤0
EL
seja a inequação produto 𝑓(x) · g(x) > 0, para o produto g(x) g(x) g(x) g(x)
XW
(x + 2)
𝑓(x) ≥1
≥0 (3x – 1)
g(x)
É:
É dada pela união das soluções anteriores, S = {S1
⌒ S2} ◡ {S3 ⌒ S4}. Raciocínio análogo para as outras
{
inequações quocientes.
S = {S1 ⌒ S2} ◡ {S3 ⌒ S4} =
x∊ 1
<x≤
3
{
Tomemos como exemplo a inequação quociente: ℜ| 3 2
(x + 2)
≥1 Quando se está trabalhando algebricamente com
(3X – 1) uma inequação e no momento que se tem a necessida-
de de multiplicar por -1 ambos os lados para isolar x,
Ou seja, (–1) · – x ≤ – 3/2 · (–1) , não esqueça de também inver-
ter o sinal da inequação, ficando nesse caso, x ≥ 3/2 .
4
quadrática, 𝑓(x) = x2 – 3x + 2; a = 1, b = –3, c = 2.
-7
𝑓(x)
O gráfico para a função quadrática, 𝑓(x) = ax2 +
91
> 0 → 𝑓(x) = – 2x + 3 e g(x) = 3x – 1
g(x) bx + c, é uma parábola, assim para sua construção é
.5
necessário mais que dois pontos, diferente do visto
51
anteriormente na construção da reta. Inicialmente
.7
Seguindo os dois passos acima temos:
encontra-se os zeros ou raízes da função, o vértice e o
79
ponto de encontro com o eixo y. São três coeficientes
-0
– 2x + 3 ≥ 0 → x – ≤ 3 b na função quadrática, a, b e c. O primeiro (a) indica se
f ( x= ) ax + b > 0 → x > − ; ZA
a concavidade da parábola está voltada para cima (a >
2 a
U
0) ou para baixo (a < 0), já o terceiro (c) indica onde a
b
SO
3 1
H
(xv, yv) = ,–
{
{
L
1 3 2 4
EL
3 2
Logo seu gráfico segue na Figura 14.
A
M
– 2x + 3 ≤ 0 → x – ≥ 3 b
f ( x )
= ax + b > 0 → x > − ;
2 a
f (3x 1 b
x=)– 1ax
< 0+→bx<< 0 → x < − ;
3 a
369
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAXWELL HYGOR DA SILVA SOUZA - 079.751.591-74, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Figura 14. Gráfico da Função Quadrática 𝑓(x) = x2 – 3x + 2 com
^3 h
1
Para ∆ < 0 temos:
vértice: (x v, y v = 2 , – 4 e raízes (x1, y) = (1, 0); (x2, y) = (2, 0).
As raízes ou zeros da função quadrática são os valores de x tal que a a > 0 → 𝑓(x) >0, ⩝x ∊ ℜ
𝑓(x) = ax2 + bx + c = 0.
a < 0 → 𝑓(x) < 0, ⩝x ∊ ℜ
Pela forma canônica tem-se que a função 𝑓(x) = ax2
No gráfico da função quadrática com ∆ < 0, como não
+ bx + c pode ser escrita da seguinte forma:
existe raiz real, logo a parábola não corta o eixo x (abscissa).
[ ]
2
b ∆
𝑓(x) = a x+ –
2a 4a2
– (–3) – √1 3–1
x1 = = =2
4
-7
2·1 2
91
.5
– (–3) + √1 3+1
51
x2 = = =2 Para ∆ > 0 temos:
2·1 2
.7
79
b
-0
Assim, as raízes para a função quadrática são: (x1,
y) = (1, 0); (x2, y) = (2, 0). f ( x>=
𝑓(x) ) 0, {x
ax∊+ℜb|>x 0< x→
1 x > −2 ;
ou x > x }
ZA a
a>0→
b
U
𝑓(x)
f ( x<=
) 0, {x
ax∊+ℜb|<x0 <→x <x x<2}− ;
SO
Importante!
1
a
A
1
a
O
b
Com ∆ = b2 – 4ac.
f ( x>=
𝑓(x) ) 0, {x
ax∊+ℜb|>x0< →
1 oux x>>−2} ;
Agora, teremos os casos para estudo do sinal da a
função quadrática, quando o coeficiente a é positivo a>0→
𝑓(x) b
(a > 0) outro quando é negativo (a <0) e ainda quando f ( x<=
) 0, {x
ax∊+ℜb|<10< →
x <x2}< − ;
370 ∆ > 0; ∆ < 0 e ∆ = 0
a
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Inequações para Função Quadrática Para g(x) = –x2 +2x – 1, com ∆ = 0 e a < 0:
f ( x=
2
b
) –(1) ax b 0 x ;
g
+ < → < −
fx( x==) ax +–b√9> 0 → b a
4
x>− ;
-7
= –1
1
a
91
2·2
𝑓(x) = 0
.5
1 b
) –(1)
f ( x= ax ++b√9< 0 →
51
= x<− ;
x2 =
a
.7
No caso de inequação produto faz-se o estudo de 2·2 2
79
sinal de cada uma das funções quadráticas e define-se
-0
como solução de acordo com a regra de sinais do pro- x = –(2) – √4 = 2 b
duto de números reais, temos que (+ × + = +); (– × – = f (1 x=
) ax + b > 0 → x > − ;
ZA
2 · (–1) a
+); (+ × – = –), assim, um conjunto solução (S) para uma g(x) = 0
U
b
SO
2
2 · (–1)
LV
Então seja a inequação produto (x2 – x – 6) · (– x2 Para 𝑓(x) = 2x2 + x – 1, com ∆ > 0 e a > 0:
A
D
𝑓(x) a
a
g(x) = –x2 + 2x – 1: f ( x; =
)b> 0,
−ax
b
+xf →
∊ℜ )00<→
( x>
| xax x xb
< –1 ou
> ; ( fx
−x0=>)→
YG
< − b ;
a
<x
= b++ a< x
a 2 a
b
H
b f; (ax−= b( → b
) > ax + b < 0 → x < − 1 ;
L
f ( x=
) ax +b > 0 → x > − ; x
→ f (0x>
) b ax
= + x+ab = ) x0
> f x > − ;
∆𝑓 = (–1) – 4(1)(–6) = 1 + 24 = 25
2
a
EL
∆ = b – 4ac →
2
a
𝑓(x)
;
b < 0, x ∊ ℜ | –1 < x <
− < x →
f (0x<
) b ax
= + x+ab = a
) x0( →
< f
x < −
b
;
b
f ( x=
) 2 ax + b < 0 → x < − ; a
2
a
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
∆g = (2) – 4(–1)(–1) = 4 – 4 = 0 a
XW
b
A
x = = + > →
= –2 > −
1
2·1 a
𝑓(x) = 0
g(x) > 0,ax
{x +
∊ℜ | 00<→
x <x2}
b
b f ( x=
) b > > ; −
ax + b < 0 →= 3x < − ;
f ( x= b
) ax + b < 0 → x < − ;
g(x) < 0, {x ∊ ℜ | x < 0 ou x > 2}
a
2 a
2·1
b
f ( x=
) ax +–(2)
b >±0 √0→ x > −
a
; Assim, para a inequação quociente ser negativa, 𝑓(x)/
g(x) = 0 x =x =
f (1x= 2
=1 b g(x) = (2x2 + x – 1) / (–x2 + 2x) < 0, temos duas situações,
) ax + b < 0 → x < − ;
2 · (–1) a a primeira com 𝑓(x) > 0 e g(x) < 0. Assim, a solução será:
4
-7
∆
−–b b −∆
− b–∆
−
91
(= yM ,)y
xM , (x (
)V== )
v ,v,yyvv) = V
Vx(x V ,, V = ) vy , vx ( V =
) My ,Figura
Mx ( 15. Gráfico da Função Modular 𝑓(x) = |x|.
.5
M M
a22a
4a a44a2a
51
.7
Para funções modulares com potência quadrática
79
Para a função quadrática 𝑓(x) = x2 – 3x + 2, o vértice como 𝑓(x) = |x2 + 4x|, primeiro divida a função modu-
-0
é dado por: lar em funções definidas por duas sentenças:
ZA
b
U
−b b−∆
∆−–b −
–∆ f 2( x=
x + 4x
) ax + b > 0 → x > − ;
(=
xM , yM ) V=
(V(x
xv ,v ,yyv v)) = VV ,, V = ) vy , vx ( V =
) My , Mx (
SO
a
𝑓(x) =
b
a22a
4a a44a
2a f ( x2 =
)
–(x + 4x)
ax + b < 0 → x < − ;
A
a
LV
(=
xM , yM ) V= ) vy , vx ( V =
) AMyessas ( funções encontramos as suas raízes:
, Mx duas
A
2a2 · 14a 4 a· 14 a2
D
∆ = b – 4ac = 4 – 4 · 1 · 0 = 16
2 2
R
∆
−3− b−
b −∆1
O
(=
xM , yM ) ( xv , yv ) =VV , ,– 4 V =
V= ) vy , vx ( V =
) My , Mx ( b
YG
a224a a42a
–(4) – √16
fx( x==) ax2 ·+1b > 0=→ –4 x > − ;
H
1
a
L
EL
está voltada para cima e o vértice será ponto de míni- ax + b < 0 =→0 x < − ;
2
mo da função. 2·1 a
A
M
2
|3x – 2| < 4 ⇔ –4 < 3x – 2 < 4 → –2 < 3x < 6 → – <x<2
3
b b
; − > x→f (0
x=)> bax
+2x
+ab >)0
= x (→f x > − ;
a a
b S = x∊ℜ|– < x < 2
b
; − < x→f (x
0=)< bax
+3x
+ab <)0
= x (→f x < − ;
a
a
|5x + 4| ≥ 4 ⇔ 5x + 4 ≤ –4 ou 5x + 4 ≥ 4 ⇔ 5x ≤ –8
Ou
4
b < b
ro real, em que para um número k > 0 tem-se |x| = k ; − f (xx=
) 0
→ ax bb
<+ 5<
+ 0→
xa = f
) xx( < − ;
-7
a
a
91
⇔ x = k ou x = –k. Então a solução da equação modu-
lar |x + 2| = 3 é:
.5
Para a inequação |x + 1| + 2x – 7 ≥ 0 temos:
51
.7
b
x+2=3→x=1
|x + 1| + 2x – 7 ≥ 0 → |x + 1| ≥ 7 – 2x
79
f ( x=
) ax + b > 0 → x > − ;
a
|x + 2| = 3 ⇔
-0
f ( x= b
) ax + b < 0 → x < − ;
x + 2 = –3 → x = –5
a b
f ( x=
) ax + b > 0 → x > − ;
x + 1, se x ≥ – 1
ZA a
|x + 1| =
b
U
S = {–5, 1} f ( x=
–x – 1, se x < –1
) ax + b < 0 → x < − ;
SO
a
te forma:
S1 = {x ∊ ℜ | x ≥ – 1} ⌒ { x ∊ ℜ | x ≥ 2} = {x ∊ ℜ | x ≥ 2}
A
D
2 a
YG
|3x + 2| = |x – 1| ⇔
b S2 = {x ∊ ℜ| x < –1} ⌒ {x ∊ ℜ| x ≥ 8} = {∅}
H
1
f3x( x+=)2 =ax < x0=→– x < − ;
+ 1b →
–x +
L
EL
b b
; − > x → 0 > b+fx(a ) =
3x= )x (1f+b > 0 → x > −
ax ;
a a S1 ◡ S2 = {x ∊ ℜ| x ≥ 2} ◡ ∅ = {x ∊ ℜ| x ≥ 2}
A
S = – , –
M
b b
; − < x → 0 < b+fx(a ) =
2x= )x (4f+b < 0 → x < −
ax ;
a a
FUNÇÃO EXPONENCIAL
4
b b
; − > x → 0 > b + x )xx=
a f (= )(1f ax +b > 0 → x > − ;
-7
eixo y, é no ponto (x, y) = (0, 1), x = 0 → 𝑓(0) = a0 = 1. Assim, o a
a
S = – 2,
91
gráfico para duas funções exponenciais, crescente (a > 1) e ;
b
− < x → 0 < b + x
a f (= )(2f
)xx= +b < 0 → x < − b;
ax
.5
decrescente (0 < a < 1), segue como na Figura 17. a
a
51
.7
Inequações Exponenciais
79
-0
Inequações exponenciais são aquelas inequações onde
a incógnita x está no expoente, como: 2x > 32 e 2x – 4x < 2.
ZA
A forma de solucionar a inequação exponencial é
U
SO
com base (0 < a < 1), podemos dizer então que a desi-
LV
x x
11x
521 ≥ 1 ≥≥ 125
125
555
Temos duas formas:
x x x x
11 11
x x
≥→ ≥≥5 125
1125
521 ≥ 5≥2≥125 → (5 ) 3 –1 x
≥ 53 → 5–x ≥ 53
55 55
Figura 17. Gráfico da Função Exponencial, (a) crescente (𝑓(x) = 2x) e 5–x ≥ 53 → – x ≥ 3 → x ≤ –3
374 (b) decrescente (𝑓(x) = (0, 5)x ). S = {x ∊ ℜ | x ≤ –3}
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
x x x x x x x x
111 x 111 x 111 x 111 –3 z a ≠ 1, b ≠ 1 loga b =
1
521 ≥ ≥≥125
125 → ≥ 5 → ≥ ≥ 125
5 2 1 ≥ ≥ 125
5 2
3 1≥ 5 2
≥ 1
125
≥ ;
555 555 555 555 loga a
x ≤ –3
1
S = {x ∊ ℜ | x ≤ –3} z β ∊ ℝ* logaβ b = loga b ;
β
FUNÇÃO LOGARÍTMICA
Definição, Características, Domínio, Imagem e
Logaritmo Gráfico
Antes de definir a Função Logarítmica, temos que Seja a um número real, tal que seja maior que zero
ter uma noção básica de Logaritmo. A ideia de Loga- e diferente de 1(0 < a ≠ 1 ou a ∊ ℜ*+ –{1}), a função 𝑓: ℝ*+
ritmo surgiu para solucionar problemas de equações → ℝ que associa a cada x ∊ ℝ*+ o número 𝑓(x) = loga x, é
exponenciais do tipo 2x = 3, ou seja, exponenciais que conhecida como Função Logarítmica. Assim funções
não são possíveis deixar os dois membros com a mes- como: log2 x, log½ x e log x são exemplos de funções
ma base, assim define-se o conceito de logaritmo, seja logarítmicas.
dois números reais positivos a e b, com a ≠ 1, chama-se Da definição de função logarítmica algumas carac-
x o logaritmo de b na base a, onde o expoente que se terísticas quando a ∊ ℜ*+ –{1}, pode-se notar:
deve dar à base a de modo que a potência obtida seja
igual a b, ou seja: z 𝑓: ℝ*+ → ℝ e g: ℝ → ℝ*+: 𝑓(x) = loga x → 𝑓–1 (x) = g(x) =
ax , relação inversa;
loga b = x ⇔ ax = b z 𝑓(x) = loga x é crescente para a > 1;
z 𝑓(x) = loga x é decrescente para 0 < a < 1;
Em que, a é base do logaritmo; b é o logaritmando z a > 1; 0 < x < 1 → loga x < 0;
e x é o logaritmo. Assim, por exemplo, o logaritmo log2 z a > 1; x > 1 → loga x > 0;
8 = 3 pois 23 = 8. z 0 < a < 1; 0 < x < 1 → loga x > 0;
Logo, dessa definição decorrem algumas proprie- z 0 < a < 1; x > 1 → loga x < 0;
4
-7
dades, seja (a ∊ ℜ*+ –{1}) e b > 0:
91
O domínio da função logarítmica é o conjunto
.5
z loga 1 = 0; dos reais positivos não nulos, ou seja, para todo x ∊
51
ℝ*+, existe um único y ∊ Im(𝑓), como a função 𝑓: ℝ*+
.7
z loga a = 1; → ℝ, 𝑓(x) = loga x, admite a inversa g: ℝ → ℝ*+, g(x) =
79
ax, assim 𝑓 é bijetora e portanto a imagem da função
-0
z aloga b = b; assume qualquer valor real. Logo, Im (𝑓) = ℜ. Note que
ZA
no gráfico da função 𝑓(x) = loga x, a curva está toda a
z loga b = loga c ⇔ b = c; direita do eixo y, pois x > 0. Além disso, temos que o
U
SO
x x
1 1 n
A
52a1≥Πnb ≥125
log = Σ loga bi, n ≥ 2;
D
5i =1 5i i = 1
R
O
YG
x x
1b1
H
z b>0ec>05 →2log
1 ≥a ≥ 125a b – loga c, então loga
= log
5c5
L
x x
EL
111
521 ≥ ≥ = –125
loga c; MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
XW
5c5
A
M
1
z n ∊ ℕ → loga √b = loga(b) =
*
loga b ;
n
z a, b, c ∊ ℝ+ e a ≠ 1, c ≠ 1:
logc b
loga b = , mudança de base com quociente;
logc a
b
f ( x=
) ax + b > 0 → x > − ;
𝑓(x) > g(x) se a > 1
a
loga 𝑓(x) > loga g(x) ⇔
b
f ( x=
0 < 𝑓(x) < g(x) se 0 < a < 1
) ax + b < 0 → x < − ;
a
Ou
b
f ( x=
) kax + b > 0 → x > − ;
Figura 18. Gráfico da Função Logarítmica, (a) crescente (𝑓(x) = log2 𝑓(x) > a se a > 1
a
x) e (b) decrescente (𝑓(x) = log½ x). loga 𝑓(x) > k ⇔
b
f ( x=
0 < 𝑓(x) < a se 0 < a < 1
) ax k+ b < 0 → x < − ;
a
Equações Logarítmicas b
0 < 𝑓(x) < a se a > 1
f ( x=
) ax k+ b > 0 → x > − ;
a
loga 𝑓(x) > k ⇔
b
Equações logarítmicas são aquelas equações do f ( x=
) kax + b < 0 → x < − ;
𝑓(x) > a se 0 < a < 1
a
tipo: loga 𝑓(x) = loga g(x) ou loga 𝑓(x) = α, α ∊ ℝ e com
(a ∊ ℜ*+ –{1}).
A forma de solucionar a equação logarítmica é Seja a inequação logarítmica log2 (2x2 – 5x) ≤ log23,
4
-7
deixando os logaritmos com a mesma base, e igualan- para acharmos a solução primeiro fazemos o estudo
91
do as função 𝑓(x) = g(x) > 0 ou aplicando propriedade do sina de 𝑓(x) = 2x2 – 5x:
.5
inversa e transformando em equação exponencial,
51
loga 𝑓(x) = α → 𝑓(x) = aα 2x2 – 5x > 0 → ∆ = (–5)2 – 4 · 2 · 0 = 25
.7
Seja a equação logarítmica log4 (3x + 2) = log4 (2x +
79
5), temos a solução o valor de x = 3, pois foi maior que b
-0
– (–5) – √25
x > –2/3 e x > –5/2:
f
x ( x
= )
= ax + b > 0 →
= x >
0 − ;
a
1 ZA
2·2
U
b
b
f ( x=
) 0→ ;
< ax
0 →+xb>>–2/3 x > −
3x + 2
fx( x==) –(–5) + √25 5
SO
ax + b < 0 →= x < − ;
a
b
f ( x=
)
2x + 5 > ax 0→ x < −
0 →+xb><–5/2 ;
1
2·2 2 a
A
a
LV
SI
log4 (3x + 2) = log4 (2x + 5) → (3x + 2) = (2x + 5) → x = 3 Como para a 𝑓(x) = 2x2 – 5x temos a > 0 e ∆ > 0,
A
; − >xf → )0 >ax
( x= b++xba> 0
=)→x (5fx> − ;
YG
= 2 temos x igual a: a a
S1 =
b
x ∊ ℜ | x < 0 ou x >
b
; − <xf →
( x=
)0 <ax
b++xba< 0
=)→x (2fx< − ;
H
a
a
2x2 + 5x + 4 > 0
L
EL
∆ = b2 – 4ac = 25 – 32 = –7
Agora o estudo da inequação logarítmica começa
logo, 𝑓(x) > 0, ⩝ x ∊ ℜ
XW
16 → 2x2 + 5x – 12 = 0
a = 2 > 1 → log2 (2x2 – 5x) ≤ log2 3 → 2x2 – 5x ≤ 3 → 2x2 –
5x – 3 ≤ 0
∆ = b2 – 4ac = 52 – 4 · 2 · (–12) = 25 + 96 = 121
2x2 – 5x – 3 ≤ 0 → ∆ = (–5)2 – 4 · 2 · (–3) = 25 + 24 = 49
– b – √∆ b
– 5 – √121
f
x ( x
= )
= ax + b > 0 →
= x > − ; = –4
2 ·a 1b
1
2a 2 – (–5) – √49
– b + √∆ b
– 5 +√121 3
fx( x==) ax2+· b2 > 0 →= x –> −2 a ;
1
10 0000 0043 0086 0128 0170 0212 0253 0294 0334 0374
5
𝑓(x) = 3x + 5 > 0 → x > – 11 0414 0453 0492 0531 0569 0607 0645 0682 0719 0755
3 12 0792 0828 0864 0899 0934 0969 1004 1038 1072 1106
13 1139 1173 1206 1239 1271 1303 1335 1367 1399 1430
14 1461 1492 1523 1553 1584 1614 1644 1673 1703 1732
Como a solução x > 1 é também maior que:
15 1761 1790 1818 1847 1875 1903 1931 1959 1987 2014
16 2041 2068 2095 2122 2148 2175 2201 2227 2253 2279
5
4
x>– 17 2304 2330 2355 2380 2405 2430 2455 2480 2504 2529
-7
3 18 2553 2577 2601 2625 2648 2672 2695 2718 2742 2765
91
19 2788 2810 2833 2856 2878 2900 2923 2945 2967 2989
.5
51
Logo temos o intervalo de solução para x sendo: 20 3010 3032 3054 3075 3096 3118 3139 3160 3181 3201
.7
21 3222 3243 3263 3284 3304 3324 3345 3365 3385 3404
79
S = {x ∊ ℜ | x > 1} 22 3424 3444 3464 3483 3502 3522 3541 3560 3579 3598
-0
23 3617 3636 3655 3674 3692 3711 3729 3747 3766 3784
Logaritmos Decimais 24
ZA
3802 3820 3838 3856 3874 3892 3909 3927 3945 3962
U
25 3979 3997 4014 4031 4048 4065 4082 4099 4116 4133
SO
São funções logarítmicas onde a base a = 10, ou 26 4150 4166 4183 4200 4216 4232 4249 4265 4281 4298
pode ser escrita como potência de base 10, como: log10
A
27 4314 4330 4346 4362 4378 4393 4409 4425 4440 4456
𝑓(x) ou log10α 𝑓(x), α ∊ ℝ*. Pode-se ter também a nota-
LV
28 4472 4487 4502 4518 4533 4548 4564 4579 4594 4609
ção: log10 𝑓(x) = log 𝑓(x), onde não há a necessidade de
SI
29 4624 4639 4654 4669 4683 4698 4713 4728 4742 4757
escrever o valor 10 na base. Todas as características
A
e propriedades de logaritmos também valem para os 30 4771 4786 4800 4814 4829 4843 4857 4871 4886 4900
D
logaritmos decimais. 31 4914 4928 4942 4955 4969 4983 4997 5011 5024 5038
R
O
Seguem algumas propriedades: 32 5051 5065 5079 5092 5105 5119 5132 5145 5159 5172
YG
33 5185 5198 5211 5224 5237 5250 5263 5276 5289 5302
34 5315 5328 5340 5353 5366 5378 5391 5403 5416 5428
H
z 10c ≤ x < 10c+1 ⇔ log 10c ≤ log x < log 10c+1 → c ≤ log x
L
< c + 1, x > 0 e c ∊ ℤ; 35 5441 5453 5465 5478 5490 5502 5514 5527 5539 5551
EL
z log x = c + m, onde c ∊ ℤ é característica e 0 ≤ m < 1 36 5563 5575 5587 5599 5611 5623 5635 5647 5658 5670
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
XW
é a mantissa; 37 5882 5694 5705 5717 5729 5740 5752 5763 5775 5786
z x > 1 → c ≥ 0; 0 < x < 1 → c < 0;
A
38 5798 5809 5821 5832 5843 5855 5866 5877 5888 5899
M
z A mantissa (m) é um valor tabelado; 39 5911 5922 5933 5944 5955 5966 5977 5988 5999 6010
z A mantissa do decimal de x não se altera quando
40 6021 6031 6042 6053 6064 6075 6085 6096 6107 6117
multiplica-se x por potência de 10 com expoente
41 6128 6138 6149 6160 6170 6180 6191 6201 6212 6222
inteiro, ou seja a mantissa (m) de log x não muda
42 6232 6243 6253 6263 6274 6284 6294 6304 6314 6325
quando temos log10p x, p ∊ ℤ.
43 6335 6345 6355 6365 6375 6385 6395 6405 6415 6425
44 6435 6444 6454 6464 6474 6484 6493 6503 6513 6522
Valores da característica (c) são dados da seguinte
forma: 45 6532 6542 6551 6561 6571 6580 6590 6599 6609 6618
46 6628 6637 6646 6656 6665 6675 6684 6693 6702 6712
log 2,3 → c = 0 b 47 6721 6730 6739 6749 6758 6767 6776 6785 6794 6803
f ( x =) ax + b
log 31,421 → c = 1> 0 → x > − ; 48 6812 6821 6830 6839 6848 6857 6866 6875 6884 6893
a 49 6902 6911 6920 6928 6937 6946 6955 6964 6972 6981
x>1
flog( x204 →c=2 b 50 6990 6998 7007 7016 7024 7033 7042 7050 7059 7067
=) ax + b < 0 → x < − ; 51 7075 7084 7093 7101 7110 7118 7126 7135 7143 7152
log 6542,3 → c = 3 a 52 7160 7168 7177 7185 7193 7202 7210 7218 7226 7235 377
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Mantissas Deixando em função de número de peças produzi-
N 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 das por hora temos:
12,03n – 7,05n > 31,25t – 12,03t → 4,98n > 19,22t →
53 7243 7251 7259 7267 7275 7284 7292 7300 7308 7316
n > 3,86t
54 7324 7332 7340 7348 7356 7464 7372 7380 7388 7396
Logo, para o valor da empresa ser maior que a do
sindicato os funcionários terão que produzir mais
Tabela 1. Exemplo de tabela de Mantissas para valores de 100 a 549 que três peças por hora trabalhada, ou seja, n>3.
(IEZZI; MURAKAMI, 1977). Resposta: Letra E.
A seguir, exercite seus conhecimentos analisando 3. (FCC — 2016) O valor da expressão log2 16 + log4 8 +
os exercícios comentados abaixo. log8 4 é igual a:
4
= 4log2 2 + log2 2 + log2 2 = 4 + +
-7
{−4, −3, −2, 3, 4, 5, 6, 7} então B = {–20, –9, 0 ,7, 12}.
2 3 2 3
91
Assim, a menor imagem para a função K é -20, já a
.5
maior imagem para a função J, como o coeficiente
51
a< 0, a concavidade está voltada para baixo e o seu 24 + 9 + 4 37
.7
ponto de máximo será o: = =
79
6 6
-0
∆ 64 Resposta: Letra C.
yvértice = – =– = 16 ZA
4a 4 · (–1) 4. (VUNESP — 2014) Uma população P cresce em função
U
SO
b) 25 anos.
D
e) 10 anos.
unidade inteira fabricada em cada hora. A empresa por
H
sua vez ofereceu 12,03 reais por hora trabalhada mais Resolvendo deixando todos log na mesma base:
L
produzida por hora. Na audiência de negociação, foram P = 2000 · 50,1t → 50000 = 2000 · 50,1t → 50,1t
XW
4
Exemplos:
-7
x > –2
91
x2 + 2x – 15 ≤ 0 z Na linguagem natural:
.5
51
∆ = b – 4ac = 4 – 4 · 1 · (–15) = 4 + 60 = 64
2
O macaco bebe leite e o gato come banana.
.7
79
– b – √∆ –2–8 b
f ( x )
= ax + b > 0 → x > − =;–5
-0
z Na linguagem simbólica:
x
1
=
2a
=
2 a ZA
p ^ q.
–2 + 8 b
U
fx( x==) – ax
b + √∆
+ b < 0= → x < − =; 3
SO
Exemplos:
a concavidade voltada para cima assim para que a
A
z Na linguagem natural:
= {x ∊ ℜ | – 5 < x < 3} mas também deve satisfazer
R
O
ℜ | –2 < x ≤ 3}.
H
REFERÊNCIAS
Representação simbólica: ⊻
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto e Exemplos:
aplicações. 3. ed. São Paulo: Ática, 2016. 3 v.
IEZZI, Gelson et al. Fundamentos de Matemática z Na linguagem natural:
Elementar. 3. ed. São Paulo: Atual, 1977. 10 v.
IEZZI, Gelson et al. Matemática: ciência e aplica- Ou o elefante corre rápido ou a raposa é lenta.
ções. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. 3 v.
z Na linguagem simbólica:
LEONARDO, Fabio Martins de et al. Conexões com
a Matemática. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2016. 3 v. p ⊻ q.
PAIVA, Manoel Rodrigues. Matemática. 2. ed. São
Paulo: Moderna, 2010. 3 v. Condicional (Conectivo Se e Então)
SOUZA, Joamir Roberto de; GARCIA, Jacqueline
da Silva Ribeiro. #Contato Matemática. 1. ed. São Representação simbólica: →
Paulo: FTD, 2016. 3 v. Exemplo: 379
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z Na linguagem natural: A proposição ~P→[Q∨R] pode assim ser traduzida: Se
o paciente receber alta, então ele não receberá medi-
Se estudar, então vai passar. cação ou não receberá visitas.
( ) CERTO ( ) ERRADO
z Na linguagem simbólica:
P: O paciente receberá alta;
p → q. ~P: O paciente não receberá alta;
Q: O paciente receberá medicação;
Bicondicional (Conectivo “Se e somente se”) R: O paciente receberá visitas.
A proposição ~P→[Q∨R] pode assim ser traduzida:
Representação simbólica: Se o paciente não receber alta, então ele receberá
Exemplo: medicação ou receberá visitas. Resposta: Errado.
p ⟷ q. ( ) CERTO ( ) ERRADO
4
Carlos, Paulo e Maria: proposições como esta. Em determinadas situações,
-7
P: “João e Carlos não são culpados”. Q: “Paulo não é de fato, teremos uma proposição condicional, senão
91
mentiroso”. R: “Maria é inocente”. vejamos:
.5
Passar (verbo no infinitivo) é consequência de estu-
51
Considerando que ~X representa a negação da propo-
dar (verbo no infinitivo)
.7
sição X, julgue o item a seguir.
Nesse caso, temos uma proposição composta pela
79
A proposição “Se Paulo é mentiroso então Maria é
condicional. Resposta: Errado.
-0
culpada.” pode ser representada simbolicamente por
(~Q)↔(~R). 5. (CEBRASPE-CESPE — 2016) Considerando os símbo-
ZA
los normalmente usados para representar os conecti-
U
Veja que temos uma proposição condicional (se tido, considere, ainda, que as proposições lógicas sim-
LV
então) e a representação simbólica apresentada é ples sejam representadas por letras maiúsculas.
SI
uma prioridade de governo, dado que o transporte Para ser proposição composta, haveria mais de um ver-
L
EL
de cargas por vias marítimas é uma forma bastante bo na frase, por isso, a frase em questão é considerada
uma proposição simples. Procure o verbo na oração.
XW
A representação simbólica apresentada para julgar- O silogismo vem da Teoria Aristotélica dentro do
mos é de uma conjunção e na questão foi apresen- raciocínio dedutivo e geralmente é formado por três
tada uma proposição composta pela condicional na proposições, em que de duas delas, que funcionam
forma “camuflada” dentro de uma relação de causa como premissas ou antecedente, extrai-se outra propo-
e consequência “ Dado que...”. Resposta: Errado. sição que é a sua conclusão ou consequente. Além disso,
podemos dizer que é um tipo especial de argumento.
3. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Considere as seguintes Estrutura do Silogismo Categórico
proposições: P: O paciente receberá alta; Q: O paciente
receberá medicação; R: O paciente receberá visitas. z Premissa maior: Geralmente é a primeira Con-
Tendo como referência essas proposições, julgue o têm o termo maior (T), que é sempre o predicado
item a seguir, considerando que a notação ~S significa da conclusão e diz-nos qual é a premissa maior, da
380 a negação da proposição S. qual faz parte;
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z Premissa menor: Geralmente é a segunda Contêm o termo menor (t), que é sempre o sujeito da conclusão e
indica-nos qual é a premissa menor;
z Conclusão: Identificamos por não conter o termo médio (M);
z Termo médio: Estabelece a ligação entre o termo maior e termo menor. Aparece nas duas premissas, mas
nunca aparece na conclusão.
Exemplo 2:
4
-7
Regras Relativas aos Termos
91
.5
z 1ª Regra: O silogismo tem três termos: o maior, o menor e o médio. Exemplos:
51
.7
79
As margaridas são flores;
Algumas mulheres são Margaridas;
-0
Logo, algumas mulheres são flores. ZA
U
Veja que margaridas e Margaridas são termos equívocos. Não respeitamos esta regra, porque esse silogismo
SO
tem 4 termos. O termo margaridas está empregado em 2 sentidos, valendo por 2 termos;
A
LV
z 2ª Regra: Se um termo está distribuído na conclusão, tem de estar distribuído nas premissas.Exemplos:
SI
z 4ª Regra: O termo médio tem de estar distribuído pelo menos uma vez. Exemplos:
Não se pode concluir se existe ou não alguma relação entre os termos “holandês” e “palhaço”, uma vez que não
existe nenhuma relação entre estes e o termo médio (que é o único que nos permite relacioná-los); 381
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z 6ª Regra: De duas premissas afirmativas não se pode tirar uma conclusão negativa. Exemplos:
z 7ª Regra: A conclusão segue sempre a parte mais fraca (particular e/ou negativa). Se uma premissa for negativa,
a conclusão tem de ser negativa, se uma premissa for particular, a conclusão tem de ser particular. Exemplos:
Pelo menos, uma premissa tem de ser universal, para que possa existir ligação entre o termo médio e os outros
termos e ser possível extrair uma conclusão.
Esquematizando!
REGRAS
PREMISSAS TERMOS
z Todo silogismo contém somente três termos: maior,
z De duas premissas negativas, nada se conclui
médio e menor
4
z De duas premissas afirmativas não pode haver conclu-
z Os termos da conclusão não podem ter extensão maior
-7
são negativa
91
que os termos das premissas
z A conclusão segue sempre a premissa mais fraca
.5
z O termo médio não pode entrar na conclusão
z De duas premissas particulares, nada se conclui
51
z O termo médio deve ser universal ao menos uma vez
.7
79
Agora vamos treinar o que aprendemos na teoria com exercícios comentados de diversas bancas. Vamos lá!
-0
1. (FGV — 2019) Considerando que a afirmação “Nenhum pescador sabe nadar” não é verdadeira, é correto concluir que:
ZA
U
Veja que a questão pede a negação do quantificador “nenhum”, e como já aprendemos, nunca devemos negar o
R
“nenhum” usando o quantificado “todo” e vice-versa. Sabendo disso, podemos eliminar estrategicamente as alter-
O
nativas C, D e E. Como temos um quantificador universal negativo e sabemos que para negar precisamos de um
YG
particular afirmativo, só nos resta a letra A como resposta, pois a letra B não está de acordo com a regra. Você
H
Resposta: Letra A.
EL
XW
2. (FUNDATEC — 2019) A negação da sentença “algum assistente social acompanhou o julgamento” está na alternativa:
A
A questão pede a negação do “algum” – quantificador particular afirmativo. Já aprendemos que, para fazer essa
negação, usamos um quantificador universal. Qual? O quantificador “nenhum”, pois o mesmo é universal negati-
vo. Assim, a nossa sentença ficará:
p: “Algum assistente social acompanhou o julgamento”
~p: “Nenhum assistente social acompanhou o julgamento” Resposta: Letra D.
3. (FUNDATEC — 2019) Assinale a alternativa que corresponde à negação de “Todos os analistas de tecnologia da infor-
mação são bons desenvolvedores”.
a) Nenhum cantor é músico e não existe advogado que III. Se Luiz não é dialético, então não é matemáti-
seja cantor. co (Correta, pois todo matemático é dialético. Veja
b) Pelo menos um cantor não é músico ou não existe também que temos um dos casos de equivalência
advogado que seja cantor. lógica do conectivo “se...então” – a contrapositiva).
IV. Se Renato não é matemático, então não é dialéti-
c) Há cantores que são músicos e existe advogado que
co (Incorreta, pois nem todo dialético é matemático
4
não é cantor.
-7
como vimos nos diagrama da alternativa II).
d) Nenhum cantor é músico ou não existe advogado que
91
Resposta: Letra A.
seja cantor.
.5
e) Pelo menos um cantor não é músico ou existe advoga-
51
VERDADES E MENTIRAS
do que é cantor.
.7
79
Estamos diante de um assunto bem interessante,
Só podemos negar um Quantificador Universal
-0
pois em Verdades e Mentiras você será apresentado a
(“Todo” / “Nenhum”) com um Quantificador Existen- um caso onde várias pessoas afirmam certas situações
ZA
cial (“Existe” / “Algum” / “Pelo menos um”), assim, e entre elas existe aquela que diz algo verdadeiro, mas
U
eliminamos as letras A, C e D, ficando, assim, apenas também há aquela que só mente. Então, o seu dever
SO
as letras B e E para análise. Segundo a Lei de Mor- é entender o que o enunciado está querendo e achar
gan – devemos trocar o “e” por “ou” e negar tudo. quem são os mentirosos e verdadeiros.
A
LV
Então, negando a proposição P ^ Q, fica ~ P v ~Q: Em algumas questões, você terá que fazer um teste
P: todos os cantores são músicose (^) lógico e depois avaliar cada afirmação que está dis-
SI
Q: existe advogado que é cantor. posta no enunciado. Caso não aconteça divergência
A
~P: alguns cantores não são músicos (pelo menos um você conseguirá achar quem está falando a verdade
R
O
não é = algum não é) ou (v) ou mentindo. Agora, se houver divergência, você terá
YG
~Q: não existe advogado que é cantor. (Não existe = que fazer uma nova suposição. Esse tema não tem
teoria como já vimos em alguns pontos do Raciocínio
H
Das implicações enunciadas por Laura, estão corretas Sabendo que somente um dos três falou a verdade,
apenas: conclui-se que o sobrinho que quebrou o vaso e o que
disse a verdade são, respectivamente,
a) I e III.
b) I e II. a) Huguinho e Luizinho.
c) III e IV. b) Huguinho e Zezinho.
d) II e III. c) Zezinho e Huguinho.
e) II e IV. d) Luizinho e Zezinho. 383
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e) Luizinho e Huguinho. z Vitor afirmou que não tinha sido nem ele nem Rogério;
z Sandro jurou que o ladrão era Rogério ou Lucas;
Para esse tipo de questão devemos buscar as infor- z Rogério disse que tinha sido Paulo;
mações contraditórias, pois numa contradição z Lucas disse ter sido Paulo ou Vitor;
haverá uma “verdade e mentira”. z Paulo termina dizendo que Sandro é um mentiroso.
Sendo assim, o enunciado diz que somente um dos
três falou a verdade. Então, vamos analisar as infor- Sabe-se que um e apenas um deles mentiu. Sendo
mações contraditórias: assim, a pessoa que furtou a bicicleta foi
Veja que as afirmações de Zezinho e Luizinho se
contradizem. a) Lucas.
Zezinho → “Foi o Luizinho quem quebrou o vaso!” b) Sandro.
Luizinho → “O Zezinho está mentindo!” c) Rogério.
Não podemos afirmar quem disse a verdade ou d) Vitor.
quem mentiu ainda, mas já sabemos que quem que- e) Paulo.
brou o vaso foi Huguinho (sobrou apenas mentira
para quem não está na contradição). As frases de Paulo e Sandro são contraditórias. Veja:
Huguinho → “Eu não quebrei o vaso!” – mentiu, logo Sandro jurou que o ladrão era Rogério ou Lucas;
ele quebrou o vaso. Paulo termina dizendo que Sandro é um mentiroso.
Eliminamos as letras C, D e E. Se um estiver falando a verdade, outro está mentindo.
Agora, perceba que não tem como o Zezinho está Como, ao todo, temos apenas uma mentira, então as
falando a verdade, pois já sabemos que foi Huguinho demais frases são verdadeiras. Assim, analisando as
quem quebrou o caso. Logo, Zezinho está mentindo e afirmações, percebemos que a frase de Rogério (que é
Luizinho falando a verdade. 100% verdade) deixa claro que o culpado foi Paulo.
Resposta: Letra A. Resposta: Letra E.
2. (IF-PA — 2019) Ângela, Bruna, Carol e Denise são 4. (COLÉGIO PEDRO II — 2017) Na mesa de um bar estão
quatro amigas com diferentes idades. Quando se per- cinco amigos: Arnaldo, Belarmino, Cleocimar, Dionésio
guntou qual delas era a mais jovem, elas deram as e Ercílio. Na hora de pagar a conta, eles decidem divi-
seguintes respostas: di-la em partes iguais. Cada um deles deve pagar uma
4
quota. O garçom confere o valor entregue por eles e
-7
nota que um deles não entregou sua parte, consegue
91
z Ângela: Eu sou a mais velha;
detê-los antes que deixem o bar e os interroga, ouvin-
.5
z Bruna: Eu sou nem a mais velha nem a mais jovem;
51
z Carol: Eu não sou a mais jovem; do as seguintes alegações:
.7
� Denise: Eu sou a mais jovem.
79
I. Não fui eu nem o Cleocimar, disse Arnaldo;
II. Foi o Cleocimar ou o Belarmino, disse Dionésio;
-0
Sabendo que uma das meninas não estava dizendo a
verdade, a mais jovem e a mais velha, respectivamen- III. Foi o Ercílio, disse Cleocimar;
ZA
te, são: IV. O Dionésio está mentindo, disse Ercílio;
U
V. Foi o Ercílio ou o Arnaldo, disse Belarmino.
SO
c) Carol é a mais jovem e Bruna é a mais velha. tiu, pode-se concluir que quem não pagou a conta foi?
SI
b) Belarmino.
D
c) Cleocimar.
R
Vamos analisar:
O
Não tem como Carol e Denise estarem mentido, pois ros e 1 mentiroso). Analisando as “falas” dos 5 ami-
XW
se Carol estiver mentindo, então ela é a mais jovem e gos, já foi possível identificar a contradição. Repare
automaticamente a Denise estará mentindo também. E o que diz Dionésio e Ercílio:
A
LÓGICA E RACIOCÍNIO LÓGICO: PROBLEMAS 3. (VUNESP — 2019) Três moças, Ana, Bete e Carol, tra-
ENVOLVENDO LÓGICA E RACIOCÍNIO LÓGICO balham no mesmo ambulatório. Na segunda-feira, Ana
4
-7
chegou depois de Bete, e Carol chegou antes de Ana.
91
Dentro de toda a teoria que já foi estudada sobre os Nesse dia, Carol não foi a primeira a chegar no serviço.
.5
diversos conceitos de Raciocínio Lógico, vamos agora A primeira, a segunda e a terceira moça a chegar no
51
resolver algumas questões que envolvem problemas
serviço nesse dia foram:
.7
com lógica e raciocínio. Aqui não tem teoria, pois como
79
disse: esse tópico reúne diversos conceitos já estudados,
a) Bete, Ana e Carol.
-0
tais como Diagrama de Venn, Associação Lógica, Equiva-
lências, Negações, etc. Logo, devemos resolver questões b) Bete, Carol e Ana. ZA
para entendermos como são cobradas em provas. c) Ana, Carol e Bete.
U
1. (FUNDATEC — 2020) Em shopping da cidade, foram Ana chegou depois de Bete Então, Ana não foi a
entrevistadas 320 pessoas para apurar quem gosta de primeira a chegar, elimine as alternativas C e D.
SI
séries ou quem gosta de filmes. Dos dados levanta- Carol chegou antes de Ana Se Carol chegou antes
A
uma das duas opções e que ninguém disse que não Carol não foi a primeira a chegar no serviço. Já
YG
gosta de nada, quantas pessoas gostam de séries e que Carol não foi a primeira a chegar, elimine a
filmes ao mesmo tempo?
H
alternativa E.
L
a) 110.
Resposta: Letra B. MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
XW
b) 130.
c) 150.
A
4
__Flávio___ Bruno___ Dani-Carla___ z Se der erro (não ficar de acordo com o padrão de
-7
Falta Alberto e Evandro, lembrando que: valoração que afirmamos) dizemos que o argu-
91
Só a Dani pode ser a quarta pessoa ou não: mento é válido.
.5
Flávio – Evandro – Bruno – Alberto – Dani – Carla
51
Obedecendo todas as regras, o quarto pode ser Alber- Veja na prática:
.7
79
to ou Bruno, então, necessariamente deixa o item
errado, pois tem outra forma.
-0
Se fizer sol, então vou à praia. (V)
Resposta: Errado. Fez sol. (V) ZA
Logo, vou à praia. (F)
U
ARGUMENTOS: VALIDADE DE UM ARGUMENTO/
SO
Em nosso estudo sobre argumentos lógicos, estaremos lembrete. Agora, vamos valorar! Veja que ir à praia é
interessados em verificar se eles são válidos ou inválidos. falso e fez sol é verdadeiro. Colocamos os mesmos
SI
Então, passemos a seguir a entender o que significa um valores lógicos para proposição composta pelo conec-
A
conclusão seja verdadeira, é preciso que as premissas e Como podemos notar, quando temos a combina-
a conclusão estejam relacionadas corretamente, ou seja, ção lógica verdade no antecedente e falso no conse-
A
M
quando a conclusão é uma consequência necessária quente (V F) para o conectivo “se...,então”, o nosso
das premissas, dizemos que o argumento é válido. resultado só poderá ser falso.
Vamos analisar o exemplo:
(V) (F)
z p1: Todo padre é homem; Se fizer sol, então vou à praia. (V) (F)
z p2: José é padre; Fez sol. (V)
z c: José é homem. Logo, vou à praia. (F)
Quando temos argumentos utilizando os quantifica- Percebe-se, então, que não está de acordo com a
dores lógicos, representamos por meio dos diagramas nossa valoração inicial, ou seja, deu erro. Logo, nosso
lógicos para saber a validade de um argumento. Veja argumento é válido.
que temos uma proposição do tipo Todo A é B, logo:
ARGUMENTOS INVÁLIDOS
4
Gostam de chocolate
-7
Logo, nosso argumento é inválido.
91
Sabendo disso, guarde o esquema abaixo.
.5
51
Crianças
.7
Deu Erro Argumento Válido
79
-0
Patrícia Não Deu
ZA Argumento
Erro Inválido
U
SO
de certeza que Patrícia não gosta de chocolate, como Portanto, Ana Maria não sabe escrever petições.
consta na conclusão. Logo, o argumento é inválido. MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
XW
Para um argumento usando conectivos lógicos, Ana Maria nunca escreve petições.
M
devemos usar o mesmo que já vimos para argumentos Portanto, Ana Maria não sabe escrever petições.
válidos, só muda um detalhe. Veja:
Comparando a validade formal dos dois argumentos e
z Vamos afirmar que a conclusão é falsa e que as a plausibilidade das primeiras premissas de cada um,
premissas são verdadeiras; é correto concluir que:
z Vamos valorar de acordo com a tabela-verdade do
conectivo envolvido no argumento;
a) o argumento I é inválido e o argumento II é válido, mes-
z Se não der erro (ficar de acordo com o padrão de
valoração que afirmamos) dizemos que o argu- mo que a primeira premissa de I seja mais plausível
mento é inválido. que a de II.
b) ambos os argumentos são válidos, a despeito das pri-
Veja na prática: meiras premissas de ambos serem ou não plausíveis.
Se o tempo ficar nublado, então não vou ao cine- c) ambos os argumentos são inválidos, a despeito das pri-
ma. (V) meiras premissas de ambos serem ou não plausíveis.
O tempo ficou nublado. (V) d) o argumento I é inválido e o argumento II é válido, pois
Logo, vou ao cinema. (F) a primeira premissa de II é mais plausível que a de I. 387
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e) o argumento I é válido e o argumento II é inválido, mes- Vamos desenhar os diagramas para facilitar a nos-
mo que a primeira premissa de II seja mais plausível sa chegada à conclusão:
que a de I.
Bom raciocínio
Começarei pelo Argumento II, para que você possa
entender o “macete”.
Argumento II.
Se Ana Maria não sabe escrever petições (F), então Joga xadrez
ela nunca escreve petições (V). = verdadeiro
Ana Maria nunca escreve petições. = verdadeiro
Conclusão: Portanto, Ana Maria não sabe escrever
petições. = falso
Não deu erro Portanto,argumento inválido.
Argumento I.
Se Ana Maria nunca escreve petições (verdadeiro), Homens
então ela não sabe escrever petições. (falso) = ver-
dadeiro. (falso)
Ana Maria nunca escreve petições. = verdadeiro
Conclusão: Portanto, Ana Maria não sabe escrever Agora, vamos analisar cada alternativa e interpre-
petições. = falso. tar os diagramas para achar nosso gabarito.
Ocorreu um erro, pois no V F = falso. Portanto, a a) “Todos os homens têm bom raciocínio”. Errado,
premissa não teve como resultado verdadeiro. pois alguns homens têm bom raciocínio.
Se deu erro, então argumento válido Logo, b) “Mulheres não jogam xadrez”. Errado, pois a afir-
Argumento I - válido mação acima só fala de homens.
Argumento II - Inválido c) “Quem tem bom raciocínio joga xadrez” Errado,
Sabendo disso, já daria para excluir as alternativas pois eu posso ter bom raciocínio e jogar dama, car-
A, B, C e D. Resposta: Letra E. tas, etc. alguns que tem bom raciocínio jogam xadrez.
d) “Homem que não tem bom raciocínio não joga
4
2. (FCC — 2019) Em uma festa, se Carlos está acompanha- xadrez”. Certo, pois se o homem não tem bom racio-
-7
do ou está feliz, canta e dança. Se, na última festa em cínio nem adianta jogar xadrez. Quem joga xadrez
91
que esteve, não dançou, então Carlos, necessariamente: tem bom raciocínio.
.5
e) “Quem não joga xadrez não tem bom raciocínio”.
51
a) não estava acompanhado, mas estava feliz. Errado, pois eu posso jogar dama, cartas e ter bom
.7
raciocínio. Resposta: Letra D.
79
b) estava acompanhado, mas não estava feliz.
c) não estava acompanhado, nem feliz.
-0
d) não cantou. 4. (IDECAN — 2019) Se Davi é surfista, então Ana não é
ZA
e) cantou. bailarina. Bruno não é jogador de futebol ou Cinthia
U
não é ginasta. Sabendo-se que Cinthia é ginasta e que
SO
Veja que precisamos achar uma conclusão para Ana é bailarina, pode-se concluir corretamente que:
o argumento e podemos escrever a sentença da
A
seguinte maneira:
Temos a condicional: b) Bruno é jogador de futebol e Davi não é surfista.
SI
(está acompanhado ou está feliz) (canta e dança) c) Bruno não é jogador de futebol e Davi é surfista.
A
(P v Q) (R ^ T)
e) Bruno não é jogador de futebol e Davi não é surfista.
R
so, pois temos o conetivo “e” e basta um valor falso Lembre-se do que estudamos quando o enunciado não
dá a valoração das premissas: tudo é verdade!
H
conetivo “ou” e que tudo precisa ser falso para que na (V) podemos fazer a valoração das outras premissas:
XW
tenhamos o resultado do antecedente falso. � Se Davi é surfista (F), então Ana não é bailarina
Assim, “não está acompanhado e não está feliz”. (F). F F = V
A
Resposta: Letra C.
é ginasta (F). V
3. (FGV — 2019) Considere as afirmativas a seguir. � Cinthia é ginasta (V) e que Ana é bailarina (V). V
Devemos agora analisar as alternativas fazermos
z “Alguns homens jogam xadrez”. uso da tabela verdade, ou seja, se resultar verdade
z “Quem joga xadrez tem bom raciocínio”. essa é a questão certa.
a) Bruno é jogador de futebol (F) e Davi é surfista
A partir dessas afirmações, é correto concluir que (F). Falso
b) Bruno é jogador de futebol (F) e Davi não é sur-
a) “Todos os homens têm bom raciocínio”. fista (V). Falso
b) “Mulheres não jogam xadrez”. c) Bruno não é jogador de futebol (V) e Davi é sur-
c) “Quem tem bom raciocínio joga xadrez” fista (F). Falso
d) “Homem que não tem bom raciocínio não joga xadrez”. d) se Bruno não é jogador de futebol (V), então Davi
e) “Quem não joga xadrez não tem bom raciocínio”. é surfista (F). Falso
e) Bruno não é jogador de futebol (V) e Davi não é
surfista (V). Verdade Resposta: Letra E.
388
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5. (IDECAN — 2019) Considere as premissas a seguir. Chama-se proposição toda sentença declarativa
que pode ser valorada ou só como verdadeira ou só
1) Se o instrumento está afinado, eu toco bem. como falsa. A presença do verbo é obrigatória junta-
2) Se o público aplaude, eu fico feliz. mente com o sentido completo (caráter informativo).
3) Se eu toco bem, consigo dinheiro.
4) Se eu consigo dinheiro, me caso ou compro uma bicicleta.
Verdadeira
Sabendo-se que eu não me casei e não fiquei feliz,
assinale a alternativa correta.
4
-7
lógico da segunda proposição. Resposta: Letra A.
91
z p: Sabino é um pintor esperto;
.5
z r: Kate é uma mulher alta.
51
.7
Na situação temos duas proposições sendo repre-
LÓGICA SENTENCIAL (OU
79
sentadas pelas letras p e r.
-0
PROPOSICIONAL) Bom! Agora que já sabemos o que são proposições
lógicas, fica tranquilo distinguir o que não são proposi-
ZA
PROPOSIÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS ções. Isto é fundamental, pois várias questões de prova
U
SO
é uma proposição lógica. Observe a frase a seguir: � Perguntas: são as orações interrogativas.
A
Para saber se temos ou não uma proposição, preci- Essa pergunta não pode ser classificada como ver-
R
dadeira ou falsa;
YG
z Oração declarativa: a frase precisa estar apresen- Essa exclamação não pode ser valorada, pois apre-
L
EL
Disjunção v
ou...ou P Q PVQ
Exclusiva
se...então Condicional →
4
-7
se e somente se Bicondicional ⟷
91
.5
Exemplos:
51
.7
z Na linguagem natural:
79
-0
O macaco bebe leite e o gato come banana; 3º passo: Dispor os valores “V” e “F” na primeira
Maria é bailarina ou Juliano é atleta; coluna fazendo o agrupamento pela metade do núme-
ZA
Ou o elefante corre rápido ou a raposa é lenta; ro de linhas da tabela.
U
dinheiro.
LV
P Q PVQ
z Na linguagem simbólica:
SI
V
A
p ^ q;
D
V
p v q;
R
F
O
p v q;
YG
p → q; F
p ⟷ q.
H
L
EL
Agora que conhecemos os conectivos lógicos, 4º passo: Preencher as demais colunas com agru-
vamos ver algumas camuflagens dos operadores lógi-
XW
4
-7
Só teremos uma resposta verdadeira quando todos LEIS DE MORGAN
91
os valores lógicos envolvidos forem verdadeiros.
.5
Conceito
51
P Q P^Q Os conectivos lógicos ou operadores lógicos, como
.7
79
V V V também podem ser chamados, servem para ligar duas
-0
V F F ou mais proposições simples e formar, assim, propo-
sições compostas. ZA
F V F Temos 05 (cinco) operadores lógicos no total e cada
U
Tabela de Conectivos
SI
um dos valores lógicos envolvidos for verdadeiro. CONECTIVO NOMENCLATURA SÍMBOLO LEITURA
D
e Conjunção ^ peq
R
O
P Q PVQ
YG
ou Disjunção v p ou q
V V V
H
V F V Disjunção
ou...ou v Ou p ou q
L
F V V exclusiva
EL
Condicional Se p,
se...,então →
(implicação) então q
A
se e p se e
Teremos resposta verdadeira quando os valores Bicondicional
somente somente
lógicos envolvidos forem diferentes. (bi-implicação)
se se q
Teremos resposta verdadeira quando os valores z Disjunção Inclusiva (conectivo “ou”): Sua repre-
lógicos envolvidos forem iguais. sentação simbólica é v. 391
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Exemplo: Exemplo: Baiano é corredor ou ele é nadador,
mas não ambos;
Na linguagem natural: Maria é bailarina ou
Juliano é atleta; z Conectivo “Se então” usando “Desde que, Caso,
Na linguagem simbólica: p v q. Basta, Quem, Todos, Qualquer, Toda vez que”
4
-7
Exemplo: seguir referem-se a um ilícito penal envolvendo João,
91
Carlos, Paulo e Maria:
.5
Na linguagem natural: Bino vai ao cinema se e P: “João e Carlos não são culpados”. Q: “Paulo não é
51
somente se ele receber dinheiro; mentiroso”. R: “Maria é inocente”.
.7
Considerando que ~X representa a negação da propo-
Na linguagem simbólica: p⟷q.
79
sição X, julgue o item a seguir.
-0
A proposição “Se Paulo é mentiroso então Maria é
z Negação: Uma proposição quando negada, recebe culpada.” pode ser representada simbolicamente por
ZA
valores lógicos opostos dos valores lógicos da pro- (~Q)↔(~R).
U
~r: Não é verdade que Maria chegou tarde em A proposição “A construção de portos deveria ser
L
casa ontem.
de cargas por vias marítimas é uma forma bastante
XW
A negação além da forma convencional, pode são proposições simples adequadamente escolhidas.
ser escrita com as expressões a seguir:
( ) CERTO ( ) ERRADO
É falso que ...
Não é verdade que... A representação simbólica apresentada para julgar-
mos é de uma conjunção. E na questão foi apresen-
Agora que já fomos apresentados aos conectivos tada uma proposição composta pela condicional na
lógicos, vamos ver algumas “camuflagens” dos opera- forma “camuflada” dentro de uma relação de causa
dores lógicos que podem aparecer na prova. Veja: e consequência “ Dado que...”. Resposta: Errado.
4
ção simples. B
-7
91
Cuidado com o uso da palavra consequência em
proposições como esta. Em determinadas situações,
.5
A
51
de fato, teremos uma proposição condicional, senão
.7
vejamos:
79
Passar (verbo no infinitivo) é consequência de estu-
-0
dar (verbo no infinitivo)
Nesse caso temos uma proposição composta pela ZA
condicional. Resposta: Errado.
U
SO
Exemplos:
Para ser proposição composta, haveria mais de um
A
M
z Todo A é B – É falsa;
z Algum A é B – É falsa;
z Algum A não é B – é verdadeira.
Exemplos:
z Algum A é B;
z Algum homem joga bola.
Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no exemplo, o do homem e o de jogar bola. Vale lembrar que
Algum A é B significa que o conjunto A tem pelo menos um elemento em comum com o conjunto B, ou seja, há
intersecção entre os círculos A e B. Logo, podemos fazer representações com diagramas:
A B
4
-7
Veja que as representações de A e B possuem intersecção. Então, quando Algum A é B é verdadeira, os valores
91
lógicos das outras proposições categóricas, interpretando o diagrama, serão os seguintes:
.5
51
z Todo A é B : É indeterminado;
.7
z Nenhum A é B : É falsa;
79
z Algum A não é B : É indeterminado.
-0
Quantificador Particular (negativo): Algum / Pelo Menos um / Existe + a Partícula Não ZA
U
Exemplos:
SO
z Algum A não é B;
A
Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no exemplo, o do homem e o de jogar bola. Vale lembrar que Algum A
não é B significa que o conjunto A tem pelo menos um elemento que não pertence ao conjunto B. Logo, podemos fazer
A
D
Os dois conjuntos possuem uma parte em comum, mas não há contato de alguns elementos de A com B
Veja que nas representações o conjunto A tem pelo menos um elemento que não pertence ao conjunto B.
Então, quando Algum A não é B é verdadeira, os valores lógicos das outras proposições categóricas, interpretan-
do o diagrama, serão os seguintes:
z Todo A é B : É falsa;
z Nenhum A é B : É indeterminada;
z Algum A não é B : É indeterminado.
Você vai aprender de uma vez por todas como negar proposições quantificadas, ou seja, proposições que utilizam
expressões como “todo”, “algum” e “nenhum”. Podemos, então, dizer que negar uma proposição significa trocar o seu valor
lógico. Em outras palavras, a negação de uma proposição verdadeira é uma proposição falsa; a negação de uma proposição
394 falsa é uma proposição verdadeira.
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Tudo que você precisa para negar uma proposição quantificada é saber como classificá-la, então, veja alguns
exemplos:
Verbo Verbo
Negação Afirmativo
Negativo
4
z
-7
z Se o verbo for afirmativo, a negação utilizará um verbo negativo;
91
z Se o verbo for negativo, a negação utilizará um verbo afirmativo.
.5
51
Esquematizando tudo:
.7
79
-0
QUANTIFICADOR NEGAÇÃO EXEMPLO
ZA
p: Todo homem joga bola
Universal afirmativa “todo” Particular negativa “algum + não”
~p: Algum homem não joga bola
U
SO
Olhando para as iniciais de cada quantificador lógico particular (Pelo menos / Existe / Algum), podemos escre-
YG
z Todo
Vemos aqui que troca-se “todo” por “nenhum”, ou seja, a primeira sentença é mantida e nega-se a segunda.
Exemplo: “Todo gato pula alto” = “Nenhum gato não pula alto”.
4
Neste mesmo contexto, por exemplo, se temos interesse
-7
PROBABILIDADE em obter um número menor que 7, tem-se então o evento
91
B = {1, 2, 3, 4, 5, 6} que é igual ao espaço amostral Ω. A este
.5
As origens da probabilidade remetem ao século XVI e tipo de evento damos o nome de evento certo. Já quando
51
suas aplicações se limitavam a jogos de azar. Hoje, a utili- queremos obter um número negativo no lançamento de
.7
zação das probabilidades ultrapassou o âmbito dos jogos. um dado de seis faces, temos que esse evento não contém
79
O Governo e as empresas incorporaram a teoria das pro- elementos, C={ }, ou seja, evento vazio Φ, a este tipo de
-0
babilidades em seus processos diários de deliberações. evento damos o nome de evento impossível.
ZA
O estudo das probabilidades indica que existe um Sendo dois eventos A e B, se a ocorrência de um
U
elemento de acaso, ou de incerteza, quanto à ocorrência deles, implicar necessariamente na não ocorrência
SO
ou não de um evento futuro. Assim, em muitos casos é do outro, ou seja, se esses eventos (conjuntos) forem
impossível afirmar por antecipação o que irá ocorrer, disjuntos (sem intersecção, (A ⌒ B = ∅), dizemos que
A
novo produto, o cálculo dos custos de produção, a com- Experimento aleatório ou processo aleatório é
O
pra de apólices de seguro, o preparo de um orçamento, qualquer fenômeno que gere resultados incertos
YG
m y
P(A) = lim 𝑓rA = lim
n→∞ n→∞ n
x
Sendo m o número de eventos favoráveis e n o
número de resultados possíveis.
4
-7
todos os elementos que pertencem (compõem) ao con-
91
junto X, já na parte externa do círculo estão todos os
.5
elementos que não fazem parte de X, ou seja, “y” não
51
pertence ao conjunto X.
.7
No gráfico acima podemos dizer que o elemento “x”
79
pertence ao conjunto X e o elemento “y” não pertence.
-0
Matematicamente, usamos o símbolo Є para indi-
car essa relação de pertinência. Isto é: x Є X, já o ele-
ZA
mento “y” não pertence ao conjunto X, onde usamos
U
Matematicamente:
A
LV
y ∉ X.
SI
Complemento de um Conjunto
A
D
União de Conjuntos
de elementos do espaço amostral:
Uma outra situação é quando temos dois conjuntos (X
e Y), podemos representar da seguinte forma, no geral:
n(A)
P(A) = X Y
n(Ω)
Importante!
Entenda a diferença:
4
-7
X–Y X∩Y Y–X ● Falamos que um elemento pertence ou não
91
pertence a um conjunto;
.5
● Falamos que um conjunto está contido ou não
51
.7
está contido em outro conjunto.
79
-0
Representação de Conjunto usando Chaves
ZA
Nesta representação, podemos interpretar a região
U
Geralmente usamos letras maiúsculas para repre-
SO
X – Y (diferença de conjuntos) como sendo a região sentar os nomes de conjuntos e minúsculas para repre-
formada pelos elementos de X que não fazem parte do sentar elementos. Ex.: A = {4, 6, 7, 9}; B = {a, b, c, d}
A
X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}
A
Y = {5, 6, 7, 9, 10} A = {∀ x Є Z | x ≥ 0}
D
R
O
X – Y = basta tirar de X os elementos que estão nele Podemos entender e fazer a leitura do conjunto
YG
Y = {5, 6, 7, 9, 10}
Y – X = {9, 10} B = {∃ x Є Z | x > 5}
A
M
Podemos falar, também, da região de interseção Uma interpretação para o conjunto é: no conjunto
dos conjuntos X ∩ Y. B existe x pertencente ao conjunto dos números intei-
ros, tal que x é maior do que 5.
X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} Agora vamos esquematizar todas as simbologias
Y = {5, 6, 7, 9, 10} para que você possa gravar mais facilmente e aplicar na
X ∩ Y = {5, 6, 7} hora de resolver as questões. Observe a tabela a seguir:
4
-7
sentação em chaves” Matemática (20) Português (30)
91
união de Lê-se como “X união Y”.
A∪B
.5
conjuntos
51
interseção de Lê-se como “X intersec-
.7
A∩B
79
conjuntos ção Y”
-0
diferença de Lê-se como “diferença de
A-B 20 – 10 = 10
ZA 10 30 – 10 = 20
conjuntos A com B”
U
SO
Refere-se ao complemen-
XC complementar
to do conjunto X
A
5
LV
Diagrama de VENN
SI
Total = X
A
duas matérias. Sabendo que 5 alunos não gostam z Some todas as regiões e iguale ao total de elemen-
de nenhuma dessas duas matérias, quantos alunos tos envolvidos;
A
z Identifique os conjuntos;
z Represente em forma de diagramas;
z Preencha as informações de dentro para fora (da
interseção para as demais informações);
z Preencha as demais informações no diagrama;
z Some todas as regiões e iguale ao total de elemen-
tos envolvidos. 20 – 10 = 10 10 30 – 10 = 20
Vamos à resolução:
z Identifique os conjuntos;
z Represente em forma de diagramas; 5 399
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10+10+20+5 = X z Preencha as informações de dentro para fora (da
X = 45 alunos é o total dessa sala. interseção para as demais informações);
4
meio de fórmula. Acompanhe a resolução do exemplo:
-7
91
André, Bernardo e Carol ouviram certa quantidade 0 12 0
de músicas. Nenhum deles gostaram de seis músicas
.5
51
e os três gostaram de dez músicas. Além disso, hou-
.7
ve doze músicas que só André e Bernardo gostaram, 10
79
nove músicas que só André e Carol gostaram e quatro
-0
músicas que só Bernardo e Carol gostaram. Não houve
música alguma que somente um deles tenha gostado. 9 ZA 4
O número de músicas que eles ouviram foi?
U
0 Carol
A
z Identifique os conjuntos;
LV
z Some todas as regiões e iguale ao total de elemen- Colocamos o número 10 bem no centro, pois sabe-
O
Vamos à resolução:
L
André Bernardo z 6 músicas que ninguém gostou (de fora dos três
conjuntos);
z Os “zeros” representam o fato de que não houve
música que somente um deles tenha gostado.
Total = X
6+0+12+10+9+0+4+0=X
X = 41 músicas
Carol
Questões com três conjuntos podem ser resolvidas
400 usando a seguinte fórmula:
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n(X ∪ Y ∪ Z) = n(X) + n(Y) + n(Z) – n(X ∩ Y) – n(X 800 contêineres distribuição;
∩ Z) – n(Y ∩ Z) + n(X ∩ Y ∩ Z) 0 contêineres com os 3 produtos;
300 contêineres carne bovina;
Traduzindo a fórmula: 450 contêineres carne suína;
Total de elementos da união = soma dos conjuntos 100 contêineres com frango e carne bovina;
– interseções dois a dois + interseção dos três 150 contêineres com carne suína e carne bovina;
Bom! Já vimos a teoria e precisamos praticar o que
aprendemos, não é mesmo? Vamos praticar! 100 contêineres com frango e carne suína.
Bovina Frango
1. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Determinado porto rece-
beu um grande carregamento de frango congelado,
carne suína congelada e carne bovina congelada, para 50 100 X
exportação. Esses produtos foram distribuídos em
800 contêineres, da seguinte forma: nenhum contêiner
foi carregado com os três produtos; 300 contêineres
foram carregados com carne bovina; 450, com carne 0
suína; 100, com frango e carne bovina; 150, com carne
suína e carne bovina; 100, com frango e carne suína. 150 100
Nessa situação hipotética, 250 contêineres foram car-
regados somente com carne suína. 200 Suína
( ) CERTO ( ) ERRADO
4
beu um grande carregamento de frango congelado,
-7
450 contêineres carne suína;
carne suína congelada e carne bovina congelada, para
91
100 contêineres com frango e carne bovina;
exportação. Esses produtos foram distribuídos em
.5
150 contêineres com carne suína e carne bovina;
800 contêineres, da seguinte forma: nenhum contêiner
51
100 contêineres com frango e carne suína.
foi carregado com os três produtos; 300 contêineres
.7
foram carregados com carne bovina; 450, com carne
79
Bovina Frango
suína; 100, com frango e carne bovina; 150, com carne
-0
suína e carne bovina; 100, com frango e carne suína.
ZA
50 100 X Nessa situação hipotética, 400 contêineres continham
frango congelado.
U
SO
( ) CERTO ( ) ERRADO
A
LV
0
Com as informações colocadas nos diagramas na
SI
50 (só bovinos);
O
200 Suína
YG
Veja que apenas 200 contêineres foram carregados para a questão. MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
XW
somente com carne suína. Resposta: Errado. 800-400= 400 contêineres contêm franco. (Lembre-se, a
banca não perguntou somente frango). Logo, 400 con-
A
M
2. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Determinado porto rece- têineres continham frango congelado. Resposta: Certo.
beu um grande carregamento de frango congelado,
carne suína congelada e carne bovina congelada, para 4. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Em um aeroporto, 30
exportação. Esses produtos foram distribuídos em passageiros que desembarcaram de determinado
800 contêineres, da seguinte forma: nenhum contêiner voo e que estiveram nos países A, B ou C, nos quais
foi carregado com os três produtos; 300 contêineres ocorre uma epidemia infecciosa, foram selecionados
foram carregados com carne bovina; 450, com carne para ser examinados. Constatou-se que exatamente
suína; 100, com frango e carne bovina; 150, com carne 25 dos passageiros selecionados estiveram em A ou
suína e carne bovina; 100, com frango e carne suína. em B, nenhum desses 25 passageiros esteve em C e 6
Nessa situação hipotética, 50 contêineres foram car- desses 25 passageiros estiveram em A e em B.
regados somente com carne bovina. Com referência a essa situação hipotética, julgue os
itens que se seguem.
( ) CERTO ( ) ERRADO Se 11 passageiros estiveram em B, então mais de 15
estiveram em A.
Vamos extrair as informações e colocar dentro dos
diagramas: ( ) CERTO ( ) ERRADO 401
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Dos 30 passageiros, são 25 que estiveram apenas
em A ou B, de modo que os outros 5 passageiros esti- RACIOCÍNIO LÓGICO ENVOLVENDO
veram apenas em C. Veja ainda que 6 passageiros PROBLEMAS ARITMÉTICOS,
estiveram A e B, de modo que os outros 19 estiveram
GEOMÉTRICOS E MATRICIAIS
somente em um desses dois países. Logo,
A PROBLEMAS ARITMÉTICOS
B
Vamos relembrar alguns conceitos e fórmulas sobre
aritmética para que possamos resolvermos questões
sobre esse tópico. Como o próprio nome já diz “Pro-
blemas de Raciocínio Lógico envolvendo Aritmética”.
Então, vamos fazer várias questões ao longo da teoria
X 6 25 – 6 – x = para entender e praticar mais ainda sobre esse assunto.
PROBLEMAS ARITMÉTICOS
19 – x
Vimos no início dessa apostila toda a parte teóri-
ca que nos dá suporte para que cheguemos até aqui
e consigamos resolver mais algumas questões sobre
esse tópico. Todavia antes disso, lembre-se que, geral-
mente, os tópicos como fração, razão e proporção e
porcentagem são os mais cobrados e por isso este é o
nosso foco principal. Mãos à obra.
4
-7
91
a) R$ 27.600,00.
.5
b) R$ 28.400,00.
51
c) R$ 28.800,00.
.7
d) R$ 29.200,00.
79
e) R$ 29.400,00.
-0
Sabemos que o número de pessoas que estiveram em Aqui temos uma questão clássica sobre problemas
ZA
B é dado pela soma 6 + (19 – X). Ou seja, com frações. Para resolver, você precisa ficar atento
U
11 = 6 + (19 – X) ao enunciado da questão para extrair os dados da
SO
3. (FGV — 2017) Fernando teve três filhos em três anos Resposta: Letra C.
seguidos. Quando ele fez 39 anos reparou que essa
sua idade era igual à soma das idades dos seus três 5. (CEBRASPE-CESPE — 2017) Em um tanque A, há uma
filhos. Nesse dia, o seu filho mais velho tinha: mistura homogênea de 240 L de gasolina e 60 L de
álcool; em outro tanque B, 150 L de gasolina estão
a) 12 anos. misturados homogeneamente com 50 L de álcool.
b) 13 anos. A respeito dessas misturas, julgue os itens subsequentes.
c) 14 anos. Para que a proporção álcool/gasolina no tanque A fique
d) 15 anos. igual à do tanque B é suficiente acrescentar no tanque
e) 16 anos. A uma quantidade de álcool que é inferior a 25 L.
Perceba que os filhos nasceram em anos seguidos, ( ) CERTO ( ) ERRADO
então, podemos dizer que o mais novo tem X anos,
4
os demais têm X+1 e X+2 anos de idade. Sabemos A proporção álcool/gasolina do tanque B é de 50/150
-7
que a idade de Fernando (39) é igual à soma das ida- = 1/3.
91
des dos filhos, ou seja, Suponha que precisamos acrescentar uma quanti-
.5
dade X de álcool no tanque A para ele chegar nesta
51
39 = X + X+1 + X+2 mesma proporção. A quantidade de álcool passará
.7
39 = 3X + 3 a ser de 60 + X e a de gasolina será 240, de modo que
79
3X = 39 – 3
ficaremos com a razão:
-0
3X = 36
1/3 = (60+X) / 240
X = 12 ZA
Como o 240 está dividindo o lado direito, vamos
U
passá-lo para o lado esquerdo multiplicando:
O filho mais velho tem X+2 = 12+2= 14 anos.
SO
240 × 1/3 = 60 + X
Resposta: Letra C.
80 = 60 + X
A
60 + X = 80
LV
pagamentos, sobraram apenas R$ 200,00, então, é 6. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Os indivíduos S1, S2, S3
YG
verdade que o valor utilizado para o serviço A, quando e S4, suspeitos da prática de um ilícito penal, foram
comparado ao valor utilizado para o serviço B, corres- interrogados, isoladamente, nessa mesma ordem. No
H
d) 16. anos mais novo que S3 e S2 seja 2 anos mais velho que
e) 17. S4, se em 2020 a soma de suas idades for igual a 140 anos,
então é correto afirmar que S2 nasceu antes de 1984.
Seja “X” o valor da verba. O serviço A foi pago com
¾ dessa verba: ¾ de x = 3x/4. Não foi utilizado, por- ( ) CERTO ( ) ERRADO
tanto, ¼ de x = x/4.
O serviço B foi pago com um quinto do que não foi
S3 tem 40 anos em 2020. S1 é 8 anos mais novo que S3,
utilizado do serviço A.
ou seja, em 2020 sabemos que S1 terá 32 anos de idade.
Logo: 1/5 de x/4 = x/20. Como S2 é 2 anos mais velho que S4, podemos dizer que:
Após esses dois pagamentos, restaram 200 reais. Idade de S2 = Idade de S4 + 2
Portanto: Usando X1, X2, X3 e X4 para designar as respectivas
idades no ano de 2020, podemos escrever que:
x - 3x - x = 200 X2 = X4 + 2
4 20 Sabemos que a soma das idades, em 2020, é igual a
20x - 15x - x = 200 140 anos:
20 X1 + X2 + X3 + X4 = 140 403
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32 + (X4+2) + 40 + X4 = 140 Pontos colineares são aqueles que pertencem à
74 + 2X4 = 140 mesma reta.
2. X4 = 66
X4 = 33
Logo, X2 = X4 + 2 = 33 + 2 = 35 anos em 2020. C
E S2 deve ter nascido em 2020 – 35 = 1985. Não
podemos afirmar que S2 nasceu antes de 1984. B
Resposta: Errado. B
A
PROBLEMAS GEOMÉTRICOS E MATRICIAIS A c
r
Antes de começar a resolver exercícios sobre esse
COLINEARES
assunto, é necessário ter o entendimento adequado r
sobre geometria e matrizes. Para isso, vamos expla-
NÃO COLINEARES
nar a parte teórica sobre geometria e matriz e logo em
seguida iremos resolver algumas questões envolven-
do problemas geométricos e matriciais. Um plano pode ser determinado de algumas
maneiras. Veja:
GEOMETRIA
Três pontos não colineares:
Ponto, Reta e Plano
C α
Quando falamos sobre ponto, reta e plano, deve-
mos ficar atentos que a parte mais importante é em
relação à sua representação geométrica e espacial.
z Representação Simbólica:
B
Os pontos são representados por letras maiús- A
4
-7
culas do nosso alfabeto, ou seja, A, B, C etc;
91
As retas são representadas pelas letras minús-
.5
culas do nosso alfabeto, ou seja, a, b, c etc;
51
Os planos são representados pelas letras gregas
.7
minúsculas, ou seja, β, ∞, α etc. Por uma reta e um ponto fora dela:
79
-0
z Representação Gráfica: P
ZA α
r
U
SO
P
A
LV
α
r A B
SI
ponto
A
D
R
reta
H
plano α
L
EL
XW
A α
S
B
r
404
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z Razão entre Segmentos de Reta: Ângulos
Quando dois pontos delimitam um conjunto de Ângulo é a medida de uma abertura delimitada
pontos numa mesma reta, chamamos de segmento de por duas semi-retas. Veja na figura a seguir o ângulo
reta e podemos representar por duas letras como, por A, que é a abertura delimitada pelas duas semi-retas
exemplo AB. O início do segmento é em A e termina desenhadas:
em B. Veja a seguir:
Reta s
s
Segmento de Reta AB
A B t
A
Semirreta AB
A B u
s t
4
-7
A
91
b
.5
51
.7
c
79
-0
d Como 360o representam uma volta completa, 180º
ZA
representam meia-volta, como você pode ver a seguir
U
SO
180°
z Teorema de Tales:
A
LV
s t
lo reto e tem uma representação bem característica:
H
L
A D
EL
a
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
XW
E
A
B
b
M
C F 90°
c
D G
d Os ângulos podem ser classificados quanto ao
valor do ângulo em relação à 90°:
B E
A/2
A/2
4
-7
B
91
Para calcular o número de diagonais de um polí-
gono, vamos precisar levar em consideração os vér-
.5
A
C
51
tices (lados). Dessa forma, chegaremos na seguinte
.7
D fórmula:
79
-0
D = n # (n - 3)
Os ângulos formados pelo cruzamento das retas ZA 2
são denominados ângulos opostos pelo vértice e tem
o mesmo valor, ou seja, A = C e B = D.
U
Veja que o pentágono (n = 5) possui 5 diagonais.
SO
Ângulos opostos pelo vértice têm a mesma medida. z A soma dos ângulos internos de um polígono de n
SI
Dica
H
3 ± √9 + 160
x n=
D E 2
115°
3 ± 13
n=
a 55°
2
K L
Como “n” é o número de diagonais, precisamos ape-
A soma dos valores dos ângulos “x” e “a” é: nas pegar o resultado positivo. Logo,
a) 170°. 3 + 13
b) 180°. n= = 8 lados
c) 185°. 2
d) 190°.
e) 195°. Aplicando a fórmula da soma dos ângulos internos
de um polígono, temos:
4
J
S = (n – 2) × 180°
-7
91
S = (8 – 2) × 180°
.5
51
55° x S = 1080°.
.7
D
a
Resposta: Letra D.
E
79
-0
115° 3. (FEPESE — 2019) Na figura abaixo, as retas r e s são
paralelas. ZA
U
a 55° r
SO
α
K L
A
LV
β
do ângulo “x”. Assim,
R
O
a + 115 = 180 θ
YG
s
a = 65º
H
------------------
L
Logo, x + a = 190º.
A
b) 55°30’.
2. (CONSULPLAN — 2018) A soma dos ângulos internos c) 60°.
de um polígono regular que tem 20 diagonais é d) 44°30”.
e) 80°.
a) 495.
b) 720. r
c) 990. α
d) 1080.
Resposta: Letra A.
×100 ×100 ×100 ×100 ×100 ×100
4. (ESAF — 2003) Os ângulos de um triângulo encon-
tram-se na razão 2 : 3 : 4. O ângulo maior do triângulo, Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 MM2
portanto, é igual a:
:100 :100 :100 :100 :100 :100
a) 40°.
b) 70°.
c) 75°. Exemplo: Converter 5,3 m2 para cm2:
d) 80°. Para sair do metro quadrado e chegar no centímetro
e) 90°. quadrado devemos multiplicar por 10000 (100x100),
pois “andamos” duas casas até chegar em centímetro
Se os ângulos do triângulo se encontram na razão quadrado. Logo, 5,3m2 = 5,3 x 10000 = 53000 cm2.
2:3:4, podemos chamá-los de 2x, 3x e 4x e a soma dos
Medidas de Volume (Capacidade)
ângulos de um triângulo qualquer é sempre 180º.
Assim, 2x + 3x + 4x = 180° A unidade principal tomada como referência é o
9x = 180° metro cúbico. Além dele, temos outras seis unidades
x = 20° diferentes que servem para medir dimensões maiores
O maior ângulo é 4x = 4 ∙ 20° = 80° ou menores. A conversão de unidades de superfície
Resposta: Letra D. segue potências de 1000. Veja o esquema a seguir
MÉTRICA, ÁREAS E VOLUMES, ESTIMATIVAS, Km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 MM3
APLICAÇÕES (quilômetro
cúbico)
(hectômetro
cúbico)
(decâmetro
cúbico)
(metro
cúbico)
(decímetro
cúbico)
(centímetro
cúbico)
(MILÍMETRO
CÚBICO)
4
Sistema de Unidades de Medidas
×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000
-7
91
Quando estudamos o sistema de medidas nos
.5
atentamos ao fato de que ele serve para quantificar Km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 MM3
51
dimensões que podem ter uma variação gigantesca.
.7
Todavia existem as conversões entre as unidades para
79
:1.000 :1.000 :1.000 :1.000 :1.000 :1.000
uma melhor interpretação e leitura.
-0
ZA
Medidas de Comprimento Exemplo: Converter 5,3 m3 para cm3:
Para sair do metro cúbico e chegar no centímetro
U
SO
A unidade principal tomada como referência é o cúbico devemos multiplicar por 1000000 (1000x1000),
metro. Além dele, temos outras seis unidades dife- pois “andamos” duas casas até chegar em centímetro
A
segue potências de 10. Veja o esquema abaixo: 5,3m3 = 5,3 x 1000000 = 5300000 cm3.
A
D
:10 :10 :10 :10 :10 1 mililitro (ml) 1centímetro cúbico (cm3)
M
:10
1 hectare (ha) 1 hectômetro quadrado (hm2)
Exemplo: Converter 5,3 metros para centímetros: 1 hectare (ha) 10000 metros quadrados (m2)
Para sair do metro e chegar no centímetro deve-
mos multiplicar por 100 (10x10), pois “andamos” duas Medidas de Tempo
casas até chegar em centímetro. Logo,
Medindo intervalos de tempos temos (hora – minu-
5,3m = 5,3 x 100 = 530 cm. to – segundo) que são os mais conhecidos. Veja como
se faz a relação nessa unidade.
Para transformar de uma unidade maior para a
Medidas de Área (Superfície)
unidade menor, multiplica-se por 60. Veja:
A unidade principal tomada como referência é o 1 hora = 60 minutos
metro quadrado. Além dele, temos outras seis unidades h = 4 x 60 = 240 minutos
diferentes que servem para medir dimensões maiores
ou menores. A conversão de unidades de superfície Para transformar de uma unidade menor para a
408 segue potências de 100. Veja o esquema a seguir: unidade maior, divide-se por 60. Veja:
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20 minutos = 20 / 60 = 2/6 = 1/3 da hora ou 1/3h. L
4
-7
91
.5
h
51
h h
.7
79
-0
ZA B
U
b
SO
2
A
Área do Retângulo
D
Losango
R
O
cação de sua base (b) pela sua altura (h), conforme a É um polígono com 4 lados de mesmo comprimen-
to. Veja a seguir:
H
fórmula:
L
EL
A=b×h L L
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
XW
Quando trabalhamos o conceito e cálculo de áreas Para calcular a área de um losango, vamos preci-
das figuras geométricas, usamos a unidade ao quadra- sar das suas duas diagonais: maior (D) e menor (d) de
do que no nosso exemplo tínhamos centímetros e pas- acordo com a figura a seguir:
samos para centímetros quadrados, que neste caso é a
unidade de área.
L L
Quadrado d
b a a
h c
b
A A
A área do paralelogramo também é dada pela mul-
tiplicação da base pela altura:
A=b×h C
Triângulo
z Triângulo escaleno: é o triângulo que possui os
três lados com medidas diferentes, tendo também
4
Trata-se de uma figura geométrica com 3 lados.
-7
os três ângulos internos distintos entre si:
Veja-a a seguir:
91
.5
51
.7
79
B
-0
a c
a c ZA
U
SO
C A
A
LV
b
SI
b
A
D
cer a sua altura (h): os lados iguais. Consequentemente, ele terá todos
YG
a c A
M
a a
h h
A A
b
a
O lado “b”, em relação ao qual a altura foi dada, é
chamado de base. Assim, calcula-se a área do triângu- Podemos calcular a altura usando a seguinte fórmula:
lo utilizando a seguinte fórmula:
A= b#h h= a 3
410 2 2
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Para calcular a área do triângulo equilátero usan-
do apenas o valor da medida dos lados (a), usamos a
fórmula a seguir:
2
A= a 3
r
4
z Triângulo retângulo: possui um ângulo de 90°.
A = π × r2
A A = π × (10)2
A = π × 100
b
Substituindo π por 3,14, temos:
4
O perímetro de uma circunferência que é a mesma
-7
(90º). Oposto a ele temos o lado “c” do triângulo, que coisa que o comprimento da circunferência é dado por:
91
chamaremos de hipotenusa. Já os lados “a” e “b”, que
.5
são adjacentes ao ângulo reto, são chamados de catetos.
C=2×π×r
51
O Teorema de Pitágoras nos dá uma relação entre
.7
a hipotenusa e os catetos, dizendo que a soma dos
Para exemplificar, vamos calcular o perímetro
79
quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipote-
daquela circunferência com 10cm de raio:
-0
nusa: a2 = b2 + c2.
Agora vamos falar sobre algumas métricas interes- ZA
santes que estão presentes no triângulo retângulo. C = 2 × 3,14 × 10
U
C = 6,28 × 10 = 62,8 cm
SO
A
h c
mento de reta que liga um lado ao outro da circun-
b
SI
n m
R
O
C H B
YG
a
H
L
EL
D = 2r
Devemos nos atentar em relação a algumas fórmulas
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO
XW
h2 = m×n
b2 = m×a
c2 = n×a Repare na figura a seguir:
b×c = a×h A
Círculo C B
360° --------------------- 2 πr
α -------------------------- Comprimento do setor circular
4
-7
91
Logo, comprimento do setor circular =
.5
Prisma Prisma
51
Prisma triangular Prisma
a # 2rr Pentagonal Hexagonal Quadrangular
.7
360c
79
O volume para qualquer tipo de prisma será sem-
-0
GEOMETRIA ESPACIAL pre o produto da área da base pela altura. Veja:
ZA
Poliedros V = Ab × h
U
SO
São figuras espaciais formadas por diversas faces, A área total de um prisma será a soma da área late-
A
cada uma delas sendo um polígono regular. Vamos ral com duas bases.
LV
c a
EL
XW
A
M
b base (círculo)
a a
Geratriz
O cubo é um caso particular do paralelepípedo re-
to-retângulo, ou seja, basta que igualemos os valores A distância entre as duas bases é chamada de altu-
de a = b = c. ra (h). Quando a altura do cilindro é igual ao diâmetro
Para calcular o volume de um paralelepípedo reto- da base, o cilindro é chamado de equilátero.
-retângulo, devemos multiplicar suas três dimensões.
Veja: Cilindro equilátero: ℎ = 2r
V=a×b×c
A base do cilindro é um círculo. Portanto, a área da
No caso do cubo, o volume fica: base do cilindro é igual a πr2.
Perceba que se “desenrolarmos” a área lateral e
412 V = a × a × = a3 ““abrirmos” todo o cilindro, temos o seguinte:
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Quando “abrimos” um cone, temos seguinte figura:
H H G
R C
Esfera
R
Quando estamos estudando a esfera, precisamos
lembrar que tudo depende e gira em torno do seu raio,
ou seja, é o sólido geométrico mais fácil de trabalhar.
Temos, também, a área lateral que é dada pela fór-
mula πrg , onde “g” é o comprimento da geratriz do cone.
Para calcularmos o volume de um cone, basta
sabermos que equivale a 1/3 do produto entre a área
da base pela altura. Veja:
2
V = rr h
4
-7
3
Em um cone equilátero a sua geratriz será igual ao
91
diâmetro, ou seja, 2r.
.5
51
O raio é simplesmente a distância do centro da es-
.7
Pirâmides
fera até qualquer ponto da sua superfície.
79
O volume da esfera é calculado usando a seguinte
-0
A base de uma pirâmide poderá ser qualquer polí-
fórmula:
V= 4 # 3 gono regular, no caso estamos falando apenas de pirâ-
ZA
3 rr mides regulares.
U
SO
A = 4 × πr2
SI
Cone
A
D
R
Altura
L
EL
Geratriz
M
Pirâmide Pirâmide
Hexagonal Heptagonal
a) 20 m².
A área lateral da pirâmide é dada por: b) 100 m².
c) 1.000 m².
Aℓ = pm′ d) 1.900 m².
e) 2.000 m².
A área total da pirâmide é dada por:
A área de um quadrado é L². Inicialmente os lados
AT = Ab + Aℓ do quadrado deveriam medir L = 100 m, portanto a
área seria A = 100² = 10000 m². Porém, L foi regis-
O volume da pirâmide é calculado da mesma for- trado com 10% a menos, ou seja, 100 – 10% x 100 =
90 m. Logo, a área passou a ser 90² = 8100 m².
ma que o volume do cone: 1/3 do produto da área da
Então, a área que deixou de ser registrada foi de:
base pela altura. Veja:
10000 – 8100 = 1900 m². Resposta: Letra D.
4
V = Ab # h
-7
3. (IDECAN — 2018) A figura a seguir é composta por
91
3
losangos cujas diagonais medem 6 cm e 4 cm. A área
.5
Exercite seus conhecimentos analisando os exercí-
da figura mede:
51
cios comentados abaixo.
.7
79
1. (VUNESP — 2018) Uma praça retangular, cujas medi-
-0
das em metros, estão indicadas na figura, tem 160m
de perímetro. ZA
U
SO
A
LV
SI
×
A
D
R
O
a) 48 cm2.
YG
b) 50 cm2.
H
c) 52 cm2.
L
d) 60 cm2.
EL
× + 20 e) 64 cm2.
XW
dada por:
Sabendo que 70% da área dessa praça estão recober- Área = D x d / 2 = 6 x 4 / 2 = 12cm2
tos de grama, então, a área não recoberta com grama Como ao todo temos 5 losangos, a área total é:
tem 5 x 12 = 60cm2. Resposta: Letra D.
Matrizes
; E
5 -3
A A=
a 1 7
a
Veja que temos 2 linhas e 2 colunas, ou seja, Aij =
B A2x2.
O termo a12, por exemplo, é igual a -3.
Temos 4 vértices A, B, C e V. Também sabemos que É importante saber que dizemos que a ordem des-
temos 4 faces. O número de arestas pode ser conta- ta matriz é 2x2. A partir dela, podemos criar a matriz
do ou, então, obtido pela relação: transposta AT, que é construída trocando a linha de
V+F=A+2 cada termo pela sua coluna, e a coluna pela linha.
4+4=A+2 Repare que a ordem de AT é 2x2:
A = 6 arestas .
< 3 7F
Resposta: Letra D. 5 1
AT =
5. (VUNESP — 2018) Em um reservatório com a forma
de paralelepípedo reto retângulo, com 2,5 m de com-
-
4
-7
primento e 2 m de largura, inicialmente vazio, foram
Uma matriz é quadrada quando possui o mesmo
91
despejados 4 m³ de água, e o nível da água nesse
número de linhas e colunas. Foi o que aconteceu no
.5
reservatório atingiu uma altura de x metros, conforme
51
mostra a figura. nosso exemplo.
Uma matriz possui uma diagonal principal, que no
.7
79
nosso exemplo da matriz A2x2 é formada pelos núme-
-0
ros 5 e 7. A outra diagonal é dita secundária, formada
pelos números -3 e 1.
ZA
U
SO
; E
5 -3
A=
×
A
1 7
LV
Secundária Principal
SI
h
A
D
RS1 0 0V
L
W
EL
1W
M
4
plicados por zero e o resultado final será igual a zero.
-7
O cofator A34 será:
91
-2 3 5 -2 3
.5
Escolher uma linha ou coluna da matriz (dê
51
0 7 -1 0 7
preferência para a que tiver mais zeros);
.7
79
Multiplicar os termos no sentido da diagonal
JK1 2 1 0N
-0
principal (retas pontilhadas) e subtrair a mul-
KK O O
tiplicação dos termos no sentido da diagonal 3 1 0O
ZA
secundária (retas lisas):
KK2 O O
KK2 1O
U
3 2 OO
SO
KK
2 1 1 4O
1 1 2 1 1 L P
A
LV
-2 3 5 -2 3
Olhando somente para os termos que sobraram,
SI
– 1.1.1
× 7 + 1 × (-2) × (-1))]
YG
Determinante = -2
(-3 + 0 – 28) – (0 + 35 + 2) = O cofator A34 será:
H
L
-31 – 37 = -68.
EL
KK
-3 2 OO
4O
O cofator de uma matriz de ordem n ≥ 2 é definido
como: 2 1 1
416 Aij = (-1) i + j. Dij L P
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Calculando o determinante 3x3 que restou, temos: A base maior desse trapézio mede 12 m, a base menor
Determinante = 1.3.2 + 2.1.2 + 2.(-3).1 – 1.3.2 – 1.(- mede 6 m e a altura mede 4 m. A área e o perímetro
3).1 – 2.2.2 desse terreno são, respectivamente, iguais a:
Determinante = -7
Assim, o cofator A44 é: a) 32 m² e 28 m.
b) 36 m² e 28 m.
A44 = (-1)4+4× determinante c) 36 m² e 24 m.
d) 32 m² e 24 m.
A44 = (-1)8 × (-7) e) 36 m² e 26 m.
A44 = 1 × (-7)
Extraindo os dados temos B = 12 m, b = 6 m e H =
A44 = -7. 4m. Vamos chamar os lados não paralelos de “L”.
Veja como fica esse trapézio:
Agora, podemos calcular o determinante da matriz
original: 6m
4
-7
do por kn, onde n é a ordem da matriz; L² = 4² + 3²
91
z Se trocarmos de posição duas linhas ou colunas de A,
o determinante da nova matriz será igual a –det(A); L² = 16 + 9
.5
51
z Se A tem duas linhas ou colunas iguais, então
L² = 25
.7
det(A) = 0;
79
z Sendo A e B matrizes quadradas de mesma ordem, L=5m
-0
det(AxB) = det(A)det(B);
z Uma matriz quadrada A é inversível se, e somente O perímetro do trapézio é dado pela soma de seus
ZA
se, det(A) ≠ 0; quatro lados. Logo:
U
z Se A é uma matriz inversível, det(A-1) = 1/det(A). L + L + 6 + 12 = 5 + 5 + 18 = 28 m
SO
cobradas em provas. 2
YG
A = 18 # 4
1. (CEBRASPE-CESPE — 2018) Os lados de um terreno qua-
H
2
drado medem 100 m. Houve erro na escrituração, e ele foi
L
A = 72 = 36m2
EL
HORA DE PRATICAR!
< 1 2F
1 4
; E
A= 3 -2 eB=
1. (CEBRASPE-CESPE — 2022) João vai receber líquidos R$
1 2 - 3.300,00 por salário, e decidiu que vai usar 70% de sua ren-
da com despesas pessoais e aplicar o restante. Dos recur-
Então, o resultado da expressão
sos que destinará a aplicações, investirá 25% em ações de
empresas listadas na bolsa brasileira, 25% em títulos de
detA
renda fixa, 25% em fundos de investimento imobiliário e o
detB
restante em ativos lastreados em dólar. Seus estudos indi-
É igual a: caram dez empresas boas pagadoras de dividendos, com
boa liquidez e cujas ações estão com bom preço. Com
a) 4/3. base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
b) -2.
c) 3/4. Seguindo a estratégia mencionada, João aplicará 7,5% de
d) 2. sua remuneração mensal em ativos lastreados em dólar.
e) ½.
4
-7
( ) CERTO ( ) ERRADO
91
Para encontra a resposta da questão, você precisa
.5
achar o determinante de cada matriz. Sendo assim: 2. (CEBRASPE-CESPE — 2021) A respeito de sequências
51
3 2 numéricas, julgue o item que se seguem, consideran-
.7
det A = = 3 × 2 – (-2 × 1) = 6 + 2 = 8 do, para cálculos, que 1,0110=1,1.
79
1 2
-0
1 4 Suponha que, no período chuvoso, o volume de água em
ZA
det B = = 1 × 2 – 4 × (-1) = 6 um reservatório aumente 1% do seu volume presente por
1 2 dia. Se tiver chovido durante 20 dias seguidos, então ape-
U
SO
detA 8 4
= = ( ) CERTO ( ) ERRADO
SI
detB 6 3
A
to de um prisma reto com 15 cm de altura e uma base que recebe essa notícia por unidade de tempo — é
retangular com 6 cm de comprimento, conforme mostra a diretamente proporcional ao percentual de indivíduos
H
• Houve, no local investigado, uma festa, com aglome- Os quinze primeiros termos da progressão geométrica
ração de moças e rapazes; não havia álcool em gel e de primeiro termo igual a 240 e terceiro termo igual a
ninguém estava usando máscaras. 540 são iguais ao valor da função no P(t) nos números
• Cada rapaz cumprimentou exatamente uma vez a 1,2,...,15.
todos os outros rapazes com apertos de mão.
• Cada moça cumprimentou exatamente uma vez a todos ( ) CERTO ( ) ERRADO
os outros presentes com um aceno.
10. (CEBRASPE-CESPE — 2021) Determinado contribuin-
Considerando que são verdadeiras as informações te, em débito com a receita estadual, constatou que
prestadas pela testemunha da situação hipotética pre- deve pagar R$ 2.100 para quitar todos os débitos,
cedente, julgue o item a seguir. após desconto concedido por aquele órgão. Após tal
desconto, o pagamento pode ser parcelado em até
O número de cumprimentos entre rapazes e moças é 10 parcelas mensais, sendo a primeira calculada pela
proporcional ao número de rapazes presentes. razão entre o valor da dívida pós- desconto e o número
escolhido de parcelas, paga no momento do acordo.
( ) CERTO ( ) ERRADO As demais têm seu valor corrigido em 10% em relação
à do mês anterior.
5. (CEBRASPE-CESPE — 2022) Julgue o item a seguir,
com base em conhecimentos da matemática. Com base nessa situação hipotética, julgue o item a
seguir.
Considere que 6 bois ou 8 vacas levem 28 dias para
pastarem por completo um terreno de determinada Se o contribuinte optar por parcelar a dívida em n par-
área. Sendo assim, 9 bois e 2 vacas levarão exatamen- celas, 2 ≤ n ≤ 10, conforme previsto no acordo, então a
4
te 16 dias para pastarem um terreno de mesma área. sequência de pagamentos P1, ..., Pn forma uma progres-
-7
são geométrica, independentemente do valor de n.
91
( ) CERTO ( ) ERRADO
.5
( ) CERTO ( ) ERRADO
51
6. (CEBRASPE-CESPE — 2021) o item a seguir apresenta
.7
uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a
79
11. (CEBRASPE-CESPE — 2021) o item a seguir, relativos
ser julgada, com relação a raciocínio lógico. à trigonometria do triângulo retângulo.
-0
ZA
Em uma pesquisa, perguntou-se a um grupo de pessoas Sendo, na figura seguinte, α + β = 90º, então, tg(α) =
U
o seguinte: “você está feliz com o seu trabalho atual?”. H
SO
( ) CERTO ( ) ERRADO
H
equação —ax2+bx+1=0:
( ) CERTO ( ) ERRADO
( ) CERTO ( ) ERRADO
12. (CEBRASPE-CESPE — 2022) Acerca de lógica mate-
8. (CEBRASPE-CESPE — 2022) Julgue o item a seguir, mática, julgue o item a seguir.
relacionados a problemas aritméticos.
Se, para uma progressão aritmética, a soma dos 2 A frase “Saia daqui!” é uma proposição simples.
primeiros termos é 100 e a soma dos 6 primeiros ter-
mos é 276, então existirá um n ∈ N tal que a soma dos ( ) CERTO ( ) ERRADO
primeiros termos dessa progressão aritmética será
negativa. 13. (CEBRASPE-CESPE — 2022) Assunto: Proposições:
definição, reconhecimento, princípios lógicos.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Uma frase afirmativa que possa ser classificada em ver-
9. (CEBRASPE-CESPE — 2022) Considere que P(t) = 160. dadeira ou falsa é uma proposição. Para formular com-
(3/2)t expresse a quantidade aproximada de moradores posições de proposições simples, a lógica matemática 419
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faz uso de alguns conectivos padronizados: a conjunção A negação da proposição P pode ser corretamente
(e, indicada por ˄); a disjunção (ou, indicada por ˅); a expressa por “Presença de evidência de um crime é
condicional (se… então, indicada por →); e a bicondicio- evidência da presença do crime.”.
nal (se, e somente se, indicada por ↔). Também tem-se
a negação, indicada por ¬, que age sobre uma proposi- ( ) CERTO ( ) ERRADO
ção sozinha, negando seu sentido. Algumas sentenças,
denominadas sentenças abertas, não são consideradas 19. (CEBRASPE-CESPE — 2021) Considere a seguinte
proposições porque seu valor- verdade depende de uma proposição.
ou mais variáveis; elas podem ser transformadas em pro-
posições pelo uso de um quantificador universal (para P: “Se a vegetação está seca e sobre ela cai uma faís-
qualquer x) ou de um quantificador existencial (existe x). ca, ocorre um incêndio.”
Com relação à proposição apresentada, julgue o item
Considerando essas informações, e que Z representa o seguinte.
conjunto dos números inteiros, julgue o item seguinte. Uma negação da proposição P pode ser expressa por
“A vegetação não está seca e sobre ela não cai uma
A seguinte afirmação é uma proposição: A quantidade faísca, mas não ocorre nenhum incêndio.”.
de formigas no planeta Terra é maior que a quantidade
de grãos de areia. ( ) CERTO ( ) ERRADO
A lógica bivalente não obedece ao princípio da não A negação da frase: “Se Ana é professora então ou
contradição, segundo o qual uma proposição não Pedro é médico ou Roberto é enfermeiro” é igual a
assume simultaneamente valores lógicos distintos. “Ana é professora e Pedro não é médico e Roberto não
é enfermeiro”.
4
( ) CERTO ( ) ERRADO
-7
( ) CERTO ( ) ERRADO
91
15. (CEBRASPE-CESPE — 2022) Julgue o item seguinte,
.5
9 GABARITO
51
considerando a proposição P: “Como nossas reservas
.7
de matéria prima se esgotaram e não encontramos
79
um novo nicho de mercado, entramos em falência”.
1 CERTO
-0
O número de linhas da tabela-verdade associada à pro- 2
ZA ERRADO
posição P é inferior a dez.
U
3 ERRADO
SO
( ) CERTO ( ) ERRADO
4 CERTO
A
LV
duro, vencerão.”.
7 ERRADO
R
O
8 CERTO
menos de 10 linhas.
H
9 CERTO
L
( ) CERTO ( ) ERRADO
EL
10 CERTO
XW
420
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