SP Reta Final Dedicacao Delta Caderno de Jurisprudencia Semana 04

OS
NT
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA
SA
JULGADOS RELEVANTES
A
LV
SI
RETA FINAL – DELEGADO PARANÁ
NA
IA
DR
TURMA 3 - SEMANA 01
5A
61
22
90
51
85
SO
NT
SA
A
LV
SI
NA
IA
DR
5A
61
CADERNO DE
22
90
51
JURISPRUDÊNCIA
85
OS
NT
SA
A
LV
SI
SEMANA 04
A
AN
RI
AD
5
61
0 22
19
5
85
S
TO
N
SA
A
LV
SI
1
A
AN
RI
AD
AD
RI
AN
A
SI
LV
A
SA
N TO
S
85
519
022
61
5 AD
RI
AN
A
SI
LV
A
SA
NT
OS
85
51
2
90
22
61
5A
DR
IA
NA
SI
LV
A
SA
NT
O S
85
51
90
22
61
5A
DR
IA
NA
SI
LV
A
SA
NT
O S
OS
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 04/14
SI
NA
IA
DR
COMO UTILIZAR O MATERIAL
5A
61
O presente material de apoio deve ser lido semanalmente aos sábados. A ideia é que,
22
por meio da leitura recorrente, o aluno fixe os principais entendimentos do STF e STJ.
90
Em caso de dúvida sobre o teor do julgado, recomendamos que o aluno recorra ao site
51
Dizer o Direito e estude o informativo na íntegra.
85
O S
Sumário
NT
Sumário ............................................................................................................................. 3
SA
SEMANA 04 ....................................................................................................................... 4
A
LV
30.6 Crimes Contra a Economia Popular.................................................................................................. 4
SI
30.7 Temas Diversos ................................................................................................................................ 5
NA
DIREITO PROCESSUAL PENAL ........................................................................................... 7
IA
1. INVESTIGAÇÃO CRIMINAL ............................................................................................ 7
DR
5A
2. AÇÃO PENAL ............................................................................................................... 12

61
2.1 Denúncia .......................................................................................................................................... 13

22
2.2 Citação.............................................................................................................................................. 14
90
2.3 Sentença/Decisão............................................................................................................................. 14
51
2.4 Procedimento ................................................................................................................................... 15

85
2.5 Assistente de Acusação .................................................................................................................... 16

OS
3. COMPETÊNCIA ............................................................................................................ 16
NT
3.1 Competência .................................................................................................................................... 16

SA
3.2 Competências Das Justiças Federais X Justiça Estadual ................................................................... 17

3.3 Conflitos de Atribuições ................................................................................................................... 20
A
3.4 Outros Julgados Sobre Competência ............................................................................................... 20

LV
3.5 Foro por Prerrogativa de Função ..................................................................................................... 21

SI
A
AN
RI
5 AD
61
0 22
5 19
85
S
TO
N
SA
A
LV
SI
3
A
AN
RI
AD
S
O
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
SI
NA
SEMANA 04
IA
DR
5A
30.6 Crimes Contra a Economia Popular
61
22
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...
90
51
O momento consumativo do crime de formação de cartel deve ser analisado conforme o
85
caso concreto, sendo errônea a sua classificação como eventualmente permanente.
O S
Nota: No caso concreto, o STJ considerou que houve a celebração sucessiva de acordos
NT
econômicos anticompetitivos entre os agentes até 2014. Logo, o crime de formação de
SA
cartel no mercado de resinas fez-se permanente até 2014. Vale ressaltar, contudo, que o
A
STJ afirmou que é equivocada a nomenclatura “eventualmente permanente”, não
LV
podendo dizer que o crime de cartel seja “eventualmente permanente”.
SI
NA
Crime instantâneo: é aquele que se consuma em momento determinado e se esgota com
a ocorrência do resultado, sem prolongação. Crime permanente: é aquele em que a
IA
execução se protrai no tempo e se mantém ou cessa por vontade do agente. Crime
DR
eventualmente permanente: “é o delito instantâneo, como regra, mas que, em caráter

5A
excepcional, pode realizar-se de modo a lesionar o bem jurídico de maneira permanente.

61
Exemplo disso é o furto de energia elétrica. A figura do furto, prevista no art. 155,
22
concretiza-se sempre instantaneamente, sem prolongar o momento consumativo,

90
contudo, como o legislador equiparou à coisa móvel, para efeito punitivo, a energia elétrica
51
(art. 155, § 3º), permite-se, certamente, lesionar o bem jurídico (patrimônio) desviando a
85
energia de modo incessante, causando prejuízo continuado à distribuidora de energia.”

(NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. São Paulo: Grupo GEN, 2021). Crime
OS
instantâneo de efeito permanente: a consumação se dá em momento determinado, mas

NT
os efeitos são indeléveis, independente da continuidade da ação do agente.

SA
STJ. 5ª Turma. AREsp 1.800.334-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 09/11/2021 (Info 718).
A
LV
SI

A
AN
Nas hipóteses de crime contra a economia popular por pirâmide financeira, a identificação
de algumas das vítimas não enseja a responsabilização penal do agente pela prática de
RI
AD
estelionato.
5
61
Nota: Nos crimes da Lei nº 1.521/51, o bem jurídico é o patrimônio do povo ou de um número
22
indeterminado de pessoas (protege a economia popular).

0
19
No estelionato, o bem jurídico envolve o patrimônio de uma ou algumas pessoas

5
determinadas.
85
Delito contra a economia popular (art. 2º, IX, da Lei nº 1.521/51):

S
TO
Art. 2º São crimes desta natureza:

N
(...)
SA
A
LV
SI
4
A
AN
RI
AD
OS
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
SI
NA
IX - obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do povo ou de número indeterminado
IA
DR
de
pessoas mediante especulações ou processos fraudulentos (“bola de neve”, “cadeias”,
5A
“pichardismo” e quaisquer outros equivalentes);
61
(...)
22
90
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, de dois mil a cinqüenta mil
51
cruzeiros.
85
S
Súmula 498-STF: Compete a justiça dos estados, em ambas as instâncias, o processo e o
O
julgamento dos crimes contra a economia popular.
NT
STJ. 6ª Turma. RHC 132.655-RS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 28/09/2021 (Info 711).
SA
A
30.7 Temas Diversos
LV
SI
NA
A tipificação da conduta descrita no art. 5º da Lei Antiterrorismo (atos preparatórios de
IA
terrorismo) exige a motivação por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de
DR
raça, cor, etnia e religião, expostas no art. 2º do mesmo diploma legal.

5A
STJ. 6ª Turma. HC 537118-RJ, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 05/12/2019 (Info 663).
61
22

90
O tempo que o réu ficou submetido à medida cautelar de recolhimento domiciliar com
51
tornozeleira pode ser descontado da pena imposta na condenação.

85
OS
STJ. 3ª Seção. HC 455.097/PR, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 14/04/2021 (Info 693).
NT
SA

A
É necessária a edição de lei em sentido formal para a tipificação do crime contra a

LV
humanidade trazida pelo Estatuto de Roma, mesmo se cuidando de Tratado internalizado.

SI
O disposto na Convenção sobre a Imprescritibilidade dos Crimes de Guerra e dos Crimes

A
AN
contra a Humanidade não torna inaplicável o art. 107, inciso IV, do Código Penal.
STJ. 3ª Seção. REsp 1.798.903-RJ, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 25/09/2019. (Info 659)
RI
AD

5
61
É possível aplicar o princípio da insignificância para a conduta de transmitir sinal de internet

22
como provedor sem autorização da ANATEL (art. 183 da Lei nº 9.472/97)?

0
No STJ: é pacífico que NÃO (Súmula 606-STJ: Não se aplica o princípio da insignificância a casos
5 19
de transmissão clandestina de sinal de internet via radiofrequência, que caracteriza o fato

85
típico previsto no art. 183 da Lei n. 9.472/1997).

S
TO
No STF: prevalece que não. Assim, é inaplicável o princípio da insignificância no crime de

transmissão clandestina de sinal de internet, por configurar o delito previsto no art. 183 da Lei
N
SA
A
LV
SI
5
A
AN
RI
AD
OS
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
SI
NA
nº 9.472/97, que é crime formal, e, como tal, prescinde de comprovação de prejuízo para sua
IA
DR
consumação (STF. 1ª Turma. HC 124795 AgR, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 23/08/2019).
Ocorre que no HC 157014 AgR/SE, julgado pela 2ª Turma do STF em 17/9/2019 (Info 952),
5A
houve um empate na votação: dois Ministros entenderam que se deveria reconhecer o
61
princípio e dois outros negaram o HC.
22
90
Quando há um empate no julgamento de um habeas corpus, prevalece a decisão mais
51
favorável ao paciente, conforme determina o art. 146, parágrafo único, do Regimento Interno
85
do STF.
S
Assim, neste caso concreto, o réu foi absolvido por se tratar de delito de bagatela, em razão
O
do mínimo potencial ofensivo da conduta.
NT
STF. 2ª Turma. HC 157014 AgR/SE, rel. orig. Min. Cármen Lúcia, red. p/ o ac. Min Ricardo Lewandowski, julgado em 17/9/2019.
SA
(Info 952)
A
LV
SI
A concessão da prisão domiciliar com base no art. 318-A do CPP aplica-se também no caso
de execução provisória da pena.
NA
IA
Nota: NÃO É MAIS ADMITIDA A EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA, vide: STF. 1ª Turma. ARE
DR
1066359 AgR/AL, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 26/11/2019 (Info 961).
5A
Mesmo sentido: STF. Plenário. ADC 43/DF, ADC 44/DF e ADC 54/DF, Rel. Min. Marco Aurélio,
61
julgados em 7/11/2019 (Info 958).

22
Súmula 643-STJ: A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em julgado

90
da condenação. STJ. 3ª Seção. Aprovada em 10/02/2021.

51
85
STJ. 5ª Turma. HC 487.763-SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 02/04/2019. (Info 647)
OS
NT

SA
Para configurar o delito de calúnia eleitoral, é necessária a comprovação da lesividade da

A
conduta e, se o suposto atingido afirma não ter se ofendido, não há prova da materialidade.
LV
STF. Plenário. AP 929 ED-2º julg-EI/AL, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 17/10/2018. (Info 920)
SI
A

AN
Somente pode ser agente ativo do crime de tortura-castigo (art. 1º, II, da Lei nº 9.455/97)
RI
AD
aquele que detiver outra pessoa sob sua guarda, poder ou autoridade (crime próprio).
STJ. 6ª Turma. REsp 1.738.264-DF, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 23/08/2018. (Info 633)
5
61
22

0
Candidato que omite, na prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral, recursos

5 19
utilizados em sua campanha eleitoral, pratica o crime do art. 350 do Código Eleitoral.
85
Nota: Vale ressaltar que o delito de falsidade ideológica é crime formal. Não exige, portanto,
S
TO
o recolhimento do material não declarado.

STF. 1ª Turma. AP 968/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 22/5/2018. (Info 903)
N
SA
A
LV
SI
6
A
AN
RI
AD
OS
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
SI
NA
IA
DR
Segundo entendimento do STF, a incitação ao ódio público contra quaisquer denominações
5A
religiosas e seus seguidores não está protegida pela cláusula constitucional que assegura a
liberdade de expressão.
61
STF. RHC 146303/RJ, rel. Min. Edson Fachin, julgamento em 06/03/2018. (Info 893)
22
90
DIREITO PROCESSUAL PENAL
51
85
1. INVESTIGAÇÃO CRIMINAL
OS
NT
SA
O acordo de não persecução penal (ANPP) aplica-se a fatos ocorridos antes da Lei nº
A
13.964/2019, desde que não recebida a denúncia.
LV
SI
Nota: a retroatividade penal benéfica incide para permitir que o ANPP seja viabilizado a fatos
NA
anteriores à Lei nº 13.964/2019, desde que não recebida a denúncia. Assim, mostra-se
impossível realizar o ANPP quando já recebida a denúncia em data anterior à entrada em
IA
DR
vigor da Lei nº 13.964/2019.

5A
STJ. 5ª Turma. HC 607.003-SC, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 24/11/2020. (Info 683)
Mesmo sentido: STF. 1ª Turma. HC 191464 AgR, Rel. Roberto Barroso, julgado em 11/11/2020.
61
22

90
Eventual nulidade na oitiva do acusado no curso da investigação preliminar não tem o

51
condão de nulificar o recebimento da denúncia e a ação penal deflagrada, quando existam

85
elementos autônomos que sustentam a decisão impugnada. Ademais, cabe ressaltar que
OS
eventuais vícios na fase extrajudicial não contaminam o processo penal, dada a natureza
NT
meramente informativa do inquérito policial.

SA
Nota: Eventuais irregularidades ocorridas no inquérito policial não contaminam a ação penal.
A
STJ. 6ª Turma. RHC n. 112.336/SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 07/11/2019. O inquérito
LV
policial constitui procedimento administrativo, de caráter informativo, cuja finalidade

SI
consiste em subsidiar eventual denúncia a ser apresentada pelo Ministério Público, razão pela
A
AN
qual irregularidades ocorridas não implicam, de regra, nulidade de processo-crime. STF. 1ª

RI
Turma.HC 169.348/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 17/12/2019.

AD
STJ. 5ª Turma. AgRg no RHC 124.024/SP. Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 22/09/2020.
5
61

22
Não haverá infiltração policial se o agente apenas representa a vítima nas negociações de
0
19
extorsão.
5
Nota: Não há infiltração policial quando agente lotado em agência de inteligência, sob
85
identidade falsa, apenas representa o ofendido nas negociações da extorsão, sem se

S
TO
introduzir ou se infiltrar na organização criminosa com o propósito de identificar e angariar a

N
confiança de seus membros ou obter provas sobre a estrutura e o funcionamento do bando.

SA
STJ. 6ª Turma. HC 512290-RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 18/08/2020 (Info 677).
A
LV
SI
7
A
AN
RI
AD
OS
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
SI
NA
IA
DR
5A
É legal o auxílio da agência de inteligência ao Ministério Público Estadual durante
procedimento criminal instaurado para apurar graves crimes em contexto de organização
61
criminosa.
22
90
STJ. 6ª Turma. HC 512.290-RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 18/08/2020. (Info 677)
51
85
S
É lícita a gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem o conhecimento do
O
outro.
NT
Nota: As inovações do Pacote Anticrime na Lei n. 9.296/1996 não alteraram o entendimento
SA
de que é lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores
A
sem conhecimento do outro.
LV
STJ. 6ª Turma. HC 512290-RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 18/08/2020.
SI
NA
IA
Ação controlada do art. 8º, § 1º da Lei nº 12.850/2013 exige apenas comunicação prévia (e
DR
não autorização judicial).

5A
Nota: A ação controlada prevista no § 1º do art. 8º da Lei nº 12.850/2013 independe de

61
autorização, bastando sua comunicação prévia à autoridade judicial.

22
STJ. 6ª Turma. HC 512290-RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 18/08/2020 (Info 677).
90
51

85
É constitucional o Inquérito instaurado para investigar “fake news” e ameaças contra o STF.
OS
Nota: julgado importante. Recomenda-se a leitura completa.

NT
O STF, contudo, afirmou que o referido inquérito, para ser constitucional, deve cumprir as
SA
seguintes condicionantes: a) o procedimento deve ser acompanhado pelo Ministério Público;

A
b) deve ser integralmente observado o Enunciado 14 da Súmula Vinculante. c) o objeto do

LV
inquérito deve se limitar a investigar manifestações que acarretem risco efetivo à

SI
independência do Poder Judiciário (art. 2º da CF/88). Isso pode ocorrer por meio de ameaças
A
AN
aos membros do STF e a seus familiares ou por atos que atentem contra os Poderes
RI
instituídos, contra o Estado de Direito e contra a democracia; e, por fim, d) a investigação

AD
deve respeitar a proteção da liberdade de expressão e de imprensa, excluindo do escopo do

5
inquérito matérias jornalísticas e postagens, compartilhamentos ou outras manifestações

61
(inclusive pessoais) na internet, feitas anonimamente ou não, desde que não integrem
22
esquemas de financiamento e divulgação em massa nas redes sociais. O art. 43 do RISTF prevê
0
19
o seguinte: “Art. 43. Ocorrendo infração à lei penal na sede ou dependência do Tribunal, o
5
85
Presidente instaurará inquérito, se envolver autoridade ou pessoa sujeita à sua jurisdição, ou

S
delegará esta atribuição a outro Ministro.” Muito embora o dispositivo exija que os fatos
TO
apurados ocorram na “sede ou dependência” do próprio STF, o caráter difuso dos crimes
N
cometidos por meio da internet permite estender (ampliar) o conceito de “sede”, uma vez
SA
A
LV
SI
8
A
AN
RI
AD
OS
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
SI
NA
que o STF exerce jurisdição em todo o território nacional. Logo, os crimes objeto do inquérito,
IA
DR
contra a honra e, portanto, formais, cometidos em ambiente virtual, podem ser considerados
como cometidos na sede ou dependência do STF. (dizer o direito)
5A
STF. Plenário. ADPF 572 MC/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 17 e 18/6/2020. (Info 982)
61
22
90
Compete ao CNMP dirimir conflitos de atribuições entre membros do MPF e de Ministérios
51
85
Públicos estaduais.
OS
STF. Plenário. ACO 843/SP, Rel. para acórdão Min. Alexandre de Moraes, julgado em 05/06/2020.
NT
SA
A
Para ser decretada a medida de busca e apreensão, é necessário que haja indícios mais
LV
robustos que uma simples notícia anônima.
SI
NA
STF. 2ª Turma. HC 180709/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 5/5/2020 (Info 976).
IA
DR

5A
Não há nulidade na ação penal instaurada a partir de elementos informativos colhidos

61
em inquérito policial que não deveria ter sido conduzido pela Polícia Federal
22
considerando que a situação não se enquadrava no art. 1º da Lei 10.446/2002.

90
51
STF. 1ª Turma. HC 169348/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 17/12/2019 (Info 964).
85
OS

NT
Se o PGJ decidir arquivar um PIC instaurado no exercício de sua competência originária,

SA
ele não precisará submeter esse arquivamento ao Poder Judiciário, não se aplicando o
A
art. 28 do CPP.
LV
STF. Rcl 29303 AgR/RJ, rel. Min. Edson Fachin, julgamento em 12.12.2019. (Rcl-29303). (Info 963)
SI
A

AN
É possível o compartilhamento, sem autorização judicial, dos relatórios de inteligência

RI
AD
financeira da UIF e do procedimento fiscalizatório da Receita Federal com a Polícia e o

Ministério Público.
5
61
Nota: Deve ser resguardado o sigilo das informações em procedimentos formalmente

22
instaurados e sujeitos a posterior controle jurisdicional. Além disso, o compartilhamento

0
19
pela UIF e pela RFB deve ser feito unicamente por meio de comunicações formais, com
5
garantia de sigilo, certificação do destinatário e estabelecimento de instrumentos efetivos

85
de apuração e correção de eventuais desvios.

S
TO
STF. RHC 170559/MT, rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 3.12.2019. (RHC-170559) (Info 962)
N
SA

A
LV
SI
9
A
AN
RI
AD
OS
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
SI
NA
É possível a deflagração de investigação criminal com base em matéria jornalística.
IA
DR
Nota: Existe julgado em sentido contrário: STJ. 2ª Turma. REsp 1.360.534-RS, Rel. Min.
5A
Humberto Martins, julgado em 7/3/2013 (Info 519).
61
STJ. 6ª Turma. RHC 98.056-CE, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 04/06/2019. (Info 652)
22
90
51
85
É desnecessária a remessa de cópias dos autos ao Órgão Ministerial prevista no art. 40 do
CPP, que, atuando como custos legis, já tenha acesso aos autos.
OS
STJ. 3ª Seção. EREsp 1.338.699-RS, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 22/05/2019. (Info 649)
NT
Em sentido contrário: STJ, 2ª Turma. Resp. 1.360.534-RS, julgado em 7/3/2013. (Info 519)
SA
A
LV
Não é necessária, mesmo após a Lei 13.245/2016, a intimação prévia da defesa técnica do
SI
investigado para a tomada de depoimentos orais na fase de inquérito policial.
NA
Nota: A Lei n° 13.245/2016 reforçou as prerrogativas dos advogados, mas não conferiu à
IA
defesa técnica o direito subjetivo de intimação prévia e tempestiva do calendário de
DR
intimações a ser definido pela autoridade policial.

5A
STF. 2ª Turma. Pet 7612/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 12/03/2019. (Info 933)
61
22

90
O STF, ao receber pedido da PGR para remessa de investigação contra Senador para a 1ª
51
instância, determinou o retorno dos autos ao MP a fim de que apresente os indícios contra
85
o investigado.
OS
STF. 2ª Turma. Inq 4244/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, red. p/ o ac. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 20/11/2018. (Info
NT
924)
SA

A
LV
Em regra, a autoridade com foro por prerrogativa de função pode ser indiciada. Existem
SI
duas exceções previstas em lei de autoridades que não podem ser indiciadas: a)
A
Magistrados (art. 33, parágrafo único, da LC 35/79); b) Membros do Ministério Público (art.
AN
18, parágrafo único, da LC 75/93 e art. 41, parágrafo único, da Lei nº 8.625/93). Excetuadas
RI
as hipóteses legais, é plenamente possível o indiciamento de autoridades com foro por

AD
prerrogativa de função. No entanto, para isso, é indispensável que a autoridade policial

5
obtenha uma autorização do Tribunal competente para julgar esta autoridade.

61
22
Nota: O ato de indiciamento é privativo da autoridade policial (Lei nº 12.830/2013, art. 2º, §
0
6º). O Ministro Relator irá apenas autorizar que o Delegado realize o indiciamento.
19
STF. Decisão monocrática. Inq 4621, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 23/10/2018.
5
85
S

TO
O STF pode, de ofício, arquivar inquérito quando verificar que, mesmo após terem sido
N
feitas diligências de investigação e terem sido descumpridos os prazos para a instrução do

SA
A
LV
SI
10
A
AN
RI
AD
S
O
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
SI
NA
inquérito, não foram reunidos indícios mínimos de autoria ou materialidade (art. 231, § 4º,
IA
DR
“e”, do RISTF). A pendência de investigação, por prazo irrazoável, sem amparo em suspeita
contundente, ofende o direito à razoável duração do processo (art. 5º, LXXVIII, da CF/88) e
5A
a dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF/88).
61
Caso concreto: tramitava, no STF, um inquérito para apurar suposto delito praticado por
22
90
Deputado Federal. O Ministro Relator já havia autorizado a realização de diversas diligências
51
investigatórias, além de ter aceitado a prorrogação do prazo de conclusão das investigações.
85
Apesar disso, não foram reunidos indícios mínimos de autoria e materialidade. Com o fim do
S
foro por prerrogativa de função para este Deputado, a PGR requereu a remessa dos autos à
O
1ª instância. O STF, contudo, negou o pedido e arquivou o inquérito, de ofício, alegando que
NT
já foram tentadas diversas diligências investigatórias e, mesmo assim, sem êxito. Logo, a
SA
declinação de competência para a 1ª instância a fim de que lá sejam continuadas as
A
LV
investigações seria uma medida fadada ao insucesso e representaria apenas protelar o
SI
inevitável.
NA
STF. 2ª Turma. Inq 4420/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 21/8/2018. (Info 912)
No mesmo sentido: STF. Decisão monocrática. INQ 4.442, Rel. Min. Roberto Barroso, Dje 12/06/2018.
IA
DR

5A
A existência de denúncias anônimas somada à fuga do acusado, por si sós, não configuram
61
fundadas razões a autorizar o ingresso policial no domicílio do acusado sem o seu

22
consentimento ou determinação judicial.

90
STJ. 6ª Turma. RHC 83.501-SP, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 06/03/2018. (Info 623)
51
85

OS
O ingresso regular da polícia no domicílio, sem autorização judicial, em caso de flagrante

NT
delito, para que seja válido, necessita que haja fundadas razões (justa causa) que sinalizem
SA
a ocorrência de crime no interior da residência. A mera intuição acerca de eventual

A
traficância praticada pelo agente, embora pudesse autorizar abordagem policial em via
LV
pública para averiguação, não configura, por si só, justa causa a autorizar o ingresso em seu
SI
domicílio, sem o seu consentimento e sem determinação judicial.

A
AN
STJ. 6ª Turma. REsp 1574681-RS, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, julgado em 20/4/2017. (Info 606)
RI
AD

O arquivamento de inquérito policial por excludente de ilicitude realizado com base em
5
61
provas fraudadas não faz coisa julgada material.

22
Nota: É possível a reabertura da investigação e o oferecimento de denúncia se o inquérito

0
19
policial havia sido arquivado com base em excludente de ilicitude? • STJ: NÃO. Para o STJ, o
5
arquivamento do inquérito policial com base na existência de causa excludente da ilicitude

85
faz coisa julgada MATERIAL e impede a rediscussão do caso penal. O mencionado art. 18 do
S
TO
CPP e a Súmula 524 do STF realmente permitem o desarquivamento do inquérito caso surjam
N
provas novas. No entanto, essa possibilidade só existe na hipótese em que o arquivamento

SA
A
LV
SI
11
A
AN
RI
AD
OS
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
SI
NA
ocorreu por falta de provas, ou seja, por falta de suporte probatório mínimo (inexistência de
IA
DR
indícios de autoria e certeza de materialidade). STJ. 6ª Turma. REsp 791.471/RJ , Rel. Min. Nefi
Cordeiro, julgado em 25/11/2014 (Info 554). • STF: SIM. Para o STF, o arquivamento de
5A
inquérito policial em razão do reconhecimento de excludente de ilicitude não faz coisa julgada
61
material. Logo, surgindo novas provas seria possível reabrir o inquérito policial, com base no
22
90
art. 18 do CPP e na Súmula 524 do STF. STF. 1ª Turma. HC 95211, Rel. Min. Cármen Lúcia,
51
julgado em 10/03/2009. STF. 2ª Turma. HC 125101/SP , rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/
85
o acórdão Min. Dias Toffoli, julgado em 25/8/2015 (Info 796).
S
STF. Plenário. HC 87395/PR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 23/3/2017. (Info 858)
O
NT
SA
MPF não tem acesso irrestrito a todos os relatórios de inteligência produzidos pela Diretoria
A
de Inteligência da Polícia Federal.
LV
Nota: somente aos de natureza persecutório-penal.
SI
STJ. 1ª Turma. REsp 1439193-RJ, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 14/6/2016. (Info 587)
NA
IA
2. AÇÃO PENAL
DR
5A

61
O eventual trancamento de inquérito policial por excesso de prazo não impede, sempre e
22
de forma automática, o oferecimento da denúncia.

90
STF. 2ª Turma. HC 194023 AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 15/09/2021.
51
85

OS
A Ordem dos Advogados do Brasil – OAB – não tem legitimidade para atuar como assistente
NT
de defesa de advogado réu em ação penal.

SA
RMS 63.393-MG, Rel. Min. Reynaldo Soares Da Fonseca, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 23/06/2020, DJe
A
30/06/2020. (Info 675 STJ)

LV
SI

A
Não há nulidade na ação penal instaurada a partir de elementos informativos colhidos

AN
em inquérito policial que não deveria ter sido conduzido pela Polícia Federal
RI
considerando que a situação não se enquadrava no art. 1º da Lei 10.446/2002.

AD
Nota: O Fato de os crimes serem de competência da Justiça Estadual terem sido

5
61
investigados pela PF não gera nulidade. O “princípio do juiz natural” (art. 5º, LIII, da
22
Constituição Federal) não se estende para autoridades policiais, considerando que estas
0
não possuem competência para julgar.

5 19
STF. 1ª Turma. HC 169348/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 17/12/2019. (Info 964)
85
S

TO
A companheira, em união estável homoafetiva reconhecida, goza do mesmo status de

N
SA
cônjuge para o processo penal, possuindo legitimidade para ajuizar a ação penal privada.
A
LV
SI
12
A
AN
RI
AD
OS
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
SI
NA
STJ. Corte Especial. APn 912-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 07/08/2019. (Info 654)
IA
DR
2.1 Denúncia
5A
61
22
No momento da denúncia, prevalece o princípio do in dubio pro societate.
90
Nota: A propositura da ação penal exige tão somente a presença de indícios mínimos de
51
85
autoria. A certeza, a toda evidência, somente será comprovada ou afastada após a instrução
probatória, prevalecendo, na fase de oferecimento da denúncia o princípio do in dubio pro
S
O
societate. STJ. 5ª Turma. RHC 93.363/SP, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 24/05/2018.
NT
Cuidado: No julgamento do Agravo em Recurso Extraordinário nº 1.067.392, a 2ª Turma
SA
entendeu pela concessão de Habeas Corpus de ofício para reestabelecer a sentença de
A
impronúncia proferida pelo magistrado de primeiro grau, tendo em vista a interpretação
LV
indevida do in dubio pro societate pelo Tribunal de Justiça no acórdão recorrido.
SI
O Supremo Tribunal Federal entendeu que houve interpretação "confusa e equivocada
NA
ocasionada pelo suposto princípio in dubio pro societate" consignando que referido
IA
DR
princípio "além de não ter qualquer amparo constitucional ou legal, acarreta o completo
desvirtuamento das premissas racionais de valoração da prova e desvirtua o sistema
5A
bifásico do procedimento do júri brasileiro, a esvaziar a função da decisão de pronúncia" .

61
ARE 1067392, Relator(a): GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 26/03/2019,

22
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-167 DIVULG 01-07-2020 PUBLIC 02-07-2020.

90
51
Tal entendimento foi reafirmado pela Corte Suprema no recente julgamento do Habeas
85
Corpus nº 180.144/GO, no qual destacou a ilegitimidade da invocação do in dubio pro

OS
societate frente à presunção de inocência assegurada pela Constituição Federal, e que

havendo dúvida razoável, mesmo que na primeira fase do procedimento do Tribunal do
NT
Júri, esta deve beneficiar o réu. HC 180.144. Relator(a): CELSO DE MELLO, Segunda Turma,
SA
julgado em 10/10/2020, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-255 DIVULG 21-10-2020 PUBLIC 22-

A
LV
10-2020.
SI
A
STF. 1ª Turma. Inq 4506/DF, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 17/04/2018. (Info 898)
AN
Mesmo sentido: STJ. 5ª Turma. RHC 93.363/SP, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 24/05/2018; STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp
1193119/BA, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 05/06/2018; STF. 2ª Turma. ARE 986566 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado
RI
em 21/08/2017.
5 AD

61
22
O Promotor de Justiça que passou a ter atribuição para atuar no caso não está vinculado às
0
conclusões do Procurador-Geral de Justiça que estava anteriormente funcionando no

19
processo.
5
85
Nota: PGR ofereceu denúncia contra o réu perante o STJ. Este Tribunal declinou a
S
competência para o TJ. Em virtude disso, o PGJ ratificou a denúncia. Ocorre que o TJ declinou
TO
a competência para o juízo de 1ª instância. O Promotor de Justiça que atua na 1ª instância

N
SA
decidiu não ratificar a peça acusatória, oferecendo nova denúncia incluindo, inclusive, novos
A
LV
SI
13
A
AN
RI
AD
OS
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
SI
NA
réus. Não há qualquer nulidade neste caso. É possível o aditamento da denúncia a qualquer
IA
DR
tempo antes da sentença final, garantidos o devido processo legal, a ampla defesa e o
contraditório, especialmente quando a inicial ainda não tenha sido sequer recebida
5A
originariamente pelo juízo competente, como ocorreu no caso concreto. O membro do MP
61
possui total liberdade na formação de seu convencimento (opinio delicti). Assim, a sua
22
90
atuação não pode ser restringida ou ficar vinculada às conclusões jurídicas que o outro
51
membro do MP chegou, mesmo que este atue em uma instância superior. Em outras palavras.
85
STF. 1ª Turma. HC 137637/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 6/3/2018. (Info 893)
OS
2.2 Citação
NT
SA
A
Citado o réu por edital, nos termos do art. 366 do CPP, o processo deve permanecer
LV
suspenso enquanto o réu não for localizado ou até que seja extinta a punibilidade pela
SI
prescrição
NA
IA
DR
Nota: Súmula 415-STJ: O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo

máximo da pena cominada.
5A
STJ. 6ª Turma. RHC 135.970/RS, Rel. Min. Sebastião Reis Junior, julgado em 20/04/2021 (Info 693).
61
22

90
Se for expedida carta rogatória para citar um acusado no exterior, o prazo prescricional
51
85
ficará suspenso até que ela seja cumprida, ou seja, o prazo prescricional voltará a correr
antes mesmo que a carta seja juntada aos autos.
OS
NT
STJ. 5ª Turma. REsp 1.882.330/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 06/04/2021. (Info 691)
SA
A

LV
É possível a utilização de WhatsApp para a citação de acusado, desde que sejam adotadas
SI
medidas suficientes para atestar a autenticidade do número telefônico, bem como a

A
AN
identidade do indivíduo destinatário do ato processual.

RI
AD
STJ. 5ª Turma. HC 641.877/DF, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 09/03/2021. (Info 688)
5
61
2.3 Sentença/Decisão
022
19

5
A sentença ou acórdão penal condenatório, ao fixar o valor mínimo para reparação dos
85
danos causados pela infração (art. 387, IV, do CPP) poderá condenar o réu ao pagamento
S
TO
de danos morais coletivos.

N
Nota: arts. 5°, X da CF e 186 do CC.

SA
STF. 2ª Turma. AP 1002/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 9/6/2020. (Info 981)
A
LV
SI
14
A
AN
RI
AD
OS
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
SI
NA
IA
DR
2.4 Procedimento
5A
61
É inexigível o pagamento de custas processuais em embargos de divergência oriundos de
22
90
ação penal pública.
51
85
Nota: O art. 806 do CPP prevê que o pagamento prévio de custas somente é exigível nos casos
S
de ação penal privada.
O
NT
Cuidado: Jurisprudência em Teses, é necessário riscar a tese 1 da edição nº 173, que está
superada: 1) Os embargos de divergência não são modalidade de recurso previsto na
SA
legislação processual penal, contudo podem ser utilizados no âmbito penal como meio geral
A
LV
de impugnação interna, de forma que a eles não se aplica a isenção estipulada no art. 7º da
SI
Lei nº 11.636/2007, sendo lícita a exigência de recolhimento antecipado das custas.
NA
STJ. Corte Especial. EAREsp 1.809.270-SC, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, Rel. Acd. Min. Laurita Vaz, julgado em 06/10/2021
(Info 713). IA
DR

5A
O prazo de 30 dias do art. 529 do CPP não afasta a decadência pelo não exercício do
61
direito de queixa em 6 meses (art. 38), contados da ciência da autoria do crime.

22
Nota: Nos crimes contra a propriedade imaterial que deixam vestígios, depois que o
90
ofendido tem ciência da autoria do delito, ele possui o prazo decadencial de 6 meses para
51
85
a propositura da ação penal, nos termos do art. 38 do CPP. Se, antes desses 6 meses, o
laudo pericial for concluído, o ofendido terá 30 dias para oferecer a queixa crime. Assim,
OS
em se tratando de crimes contra a propriedade imaterial que deixem vestígio, a ciência da

NT
autoria do fato delituoso dá ensejo ao início do prazo decadencial de 6 meses (art. 38 do

SA
CPP), sendo tal prazo reduzido para 30 dias (art. 38) se homologado laudo pericial nesse
A
ínterim.
LV
STJ. 6ª Turma. REsp 1.762.142/MG, Rel. Min. Sebastião Reis Junior, julgado em 13/04/2021 (Info 692).
SI
A
AN

RI
O Poder Judiciário não pode impor ao Ministério Público a obrigação de ofertar acordo
AD
de não persecução penal (ANPP).

5
61
STF. 2ª Turma. HC 194677/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 11/5/2021 (Info 1017).
022
19

5
Promotor de Justiça condenado criminalmente pelo Tribunal de Justiça impetrou habeas

85
corpus alegando que o julgamento seria nulo por não ter observado o art. 400 do CPP, já
S
TO
que o interrogatório do acusado não foi o último ato da instrução. O Min. Relator Marco
N
Aurélio indeferiu a ordem manifestando sua posição no sentido de que não se deve aplicar
SA
A
LV
SI
15
A
AN
RI
AD
OS
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
SI
NA
a regra geral do art. 400 do CPP (interrogatório como último ato) considerando que, por se
IA
DR
tratar de Promotor de Justiça, julgado perante o Tribunal de Justiça, a norma aplicável seria
a do art. 7º da Lei nº 8.038/90, segundo a qual a audição do acusado é o primeiro ato do
5A
procedimento. O Min. Alexandre de Moraes votou por indeferir a ordem com base em outro
61
fundamento, alegando que a defesa não demonstrou prejuízo, afirmando, portanto, que
22
90
não haverá declaração de nulidade quando não demonstrado o efetivo prejuízo causado à
51
parte (pas de nullité sans grief).
85
STF. 1ª Turma. HC 178252/ES, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 2/6/2020. (Info 980)
SO
2.5 Assistente de Acusação
NT
SA
A
LV
Se o acórdão absolutório foi combatido tempestivamente pelo assistente de acusação, não
SI
houve formação de coisa julgada em favor do réu e o recurso deve ser apreciado pelo
Tribunal. NA
IA
DR
STF. 2ª Turma. HC 154076 AgR/PA, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 29/10/2019. (Info 958)
5A
3. COMPETÊNCIA
61
22
3.1 Competência
90
51
85

A Justiça Eleitoral é competente para processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns
OS
que lhe forem conexos.

NT
SA
A
Nota: O art. 806 do CPP prevê que o pagamento prévio de custas somente é exigível nos casos
LV
de ação penal privada.

SI
A
Cuidado: Jurisprudência em Teses, é necessário riscar a tese 1 da edição nº 173, que está
AN
superada: 1) Os embargos de divergência não são modalidade de recurso previsto na

RI
legislação processual penal, contudo podem ser utilizados no âmbito penal como meio geral
AD
de impugnação interna, de forma que a eles não se aplica a isenção estipulada no art. 7º da
5
Lei nº 11.636/2007, sendo lícita a exigência de recolhimento antecipado das custas.

61
STJ. 5ª Turma. HC 612.636-RS, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Rel. Acd. Min. Ribeiro Dantas,
22
julgado em 05/10/2021 (Info 713).

0
19
Mesmo sentido: STF. Plenário. Inq 4435 AgR-quarto/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 13 e 14/3/2019 (Info 933).
5
85

S
Nos crimes de estelionato, quando praticados mediante depósito, por emissão de cheques
TO
sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou

N
SA
por meio da transferência de valores, a competência será definida pelo local do domicílio
A
LV
SI
16
A
AN
RI
AD
OS
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
SI
NA
da vítima, em razão da superveniência de Lei nº 14.155/2021, ainda que os fatos tenham
IA
DR
sido anteriores à nova lei.
5A
STJ. 3ª Seção. CC 180.832-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 25/08/2021 (Info 706).
61
22
90
A Justiça Eleitoral é competente para processar e julgar crime comum conexo com crime
51
85
eleitoral, ainda que haja o reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva do delito
eleitoral.
SO
NT
STF. 2ª Turma. RHC 177243/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 29/6/2021 (Info 1024).
SA
A
LV
Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime de esbulho possessório de imóvel
SI
vinculado ao Programa Minha Casa Minha Vida.
NA
IA
Nota: A vítima do crime de esbulho possessório, tipificado no art. 161, § 1º, II, do Código
DR
Penal é o possuidor direto, pois é quem exercia o direito de uso e fruição do bem. Na
5A
hipótese de imóvel alienado fiduciariamente, é o devedor fiduciário que ostenta essa

61
condição, pois o credor fiduciário possui tão-somente a posse indireta. A Caixa Econômica
22
Federal, enquanto credora fiduciária e, portanto, possuidora indireta, não é a vítima do

90
referido delito. Contudo, no âmbito cível, a empresa pública federal possui legitimidade
51
85
concorrente para propor eventual ação de reintegração de posse, diante do esbulho

ocorrido. A sua legitimação ativa para a ação possessória demonstra a existência de
OS
interesse jurídico na apuração do crime, o que é suficiente para fixar a competência penal
NT
federal, nos termos do art. 109, IV, da CF/88.

SA
STJ. 3ª Seção. CC 179.467-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 09/06/2021 (Info 700).
A
LV

SI
O TJDFT faz parte do Poder Judiciário da União. Mesmo assim, se for praticado falso
A
AN
testemunho em processo que ali tramita, a competência será da Justiça do Distrito Federal
RI
(e não da Justiça Federal comum). Isso porque a Justiça do Distrito Federal possui
AD
competência para julgar crimes, não havendo interesse direto e específico da União a atrair
5
o art. 109, IV, da CF/88.

61
STJ. 3ª Seção. CC 166732-DF, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 14/10/2020 (Info 681).
022
19
3.2 Competências Das Justiças Federais X Justiça Estadual

5
85

S
TO
Não compete à Justiça Federal processar e julgar o desvio de valores do auxílio

N
SA
emergencial pagos durante a pandemia da covid-19, por meio de violação do sistema de

A
LV
SI
17
A
AN
RI
AD
OS
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
SI
NA
segurança de instituição privada, sem que haja fraude direcionada à instituição
IA
DR
financeira federal.
5A
STJ. 3ª Seção. CC 182.940-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 27/10/2021 (Info 716).
61
22
90
51
Não afronta a competência legislativa da União o dispositivo de constituição estadual que
85
proíbe a caça em seu respectivo território.
S
STF. Plenário. ADI 350/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 18/6/2021 (Info 1022).
O
NT
SA
Compete à Justiça Estadual o pedido de habeas corpus preventivo para viabilizar, para fins
A
LV
medicinais, o cultivo, uso, porte e produção artesanal da Cannabis (maconha), bem como
SI
porte em outra unidade da federação, quando não demonstrada a internacionalidade da
NA
conduta. IA
CC 171.206-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 10/06/2020, DJe 16/06/2020. (Info 673-
DR
STJ)
5A

61
Os crimes relacionados com pirâmide financeira envolvendo criptomoedas são, em

22
princípio, de competência da Justiça Estadual.

90
51
85
STJ. 3ª Seção. CC 170392-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 10/06/2020. (Info 673)
OS

NT
Compete à Justiça Estadual julgar homicídio praticado por Policial Rodoviário Federal após
SA
desavença no trânsito ocorrida no seu deslocamento de casa para o trabalho.

A
Nota: o deslocamento do réu não guarda qualquer vinculação com o exercício das funções de
LV
PRF.
SI
STF. HC 157012/MS, rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 10.12.2019. (HC-157012). (Info 963)
A
AN
RI

AD
Compete à Justiça Federal julgar crime contra a vida em desfavor de policiais militares,
consumado ou tentado, praticado no contexto de crime de roubo armado contra órgãos,
5
61
autarquias ou empresas públicas da União.

22
STJ. CC 165.117-RS, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 23/10/2019, DJe 30/10/2019 (Info
0
19
659)
5
85

S
Compete à Justiça Estadual o julgamento de crimes ocorridos a bordo de balões de ar

TO
quente tripulados.
N
SA
A
LV
SI
18
A
AN
RI
AD
OS
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
SI
NA
Nota: os balões de ar quente não se enquadram no conceito de “aeronave” (art. 106 da Lei n.
IA
DR
7.565/86), razão pela qual não se aplica a competência da J. Federal.
STJ. 3ª Seção. CC 143.400-SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 24/04/2019. (Info 648)
5A
61
22
A competência da Justiça Federal pressupõe a demonstração concreta das situações
90
veiculadas no art. 109 da Constituição Federal (CF). A mera condição de servidor público
51
85
não basta para atraí-la, na medida em que o interesse da União há de sobressair das funções
institucionais, não da pessoa do paciente.
SO
HC 157012/MS, rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 23.4.2019.
NT
SA
A
O fato de o delito ter sido cometido por brasileiro no exterior, por si só, não atrai a
LV
competência da Justiça Federal. Assim, em regra, compete à Justiça Estadual julgar o crime
SI
praticado por brasileiro no exterior e que lá não foi julgado em razão de o agente ter fugido
NA
para o Brasil, tendo o nosso país negado a extradição para o Estado estrangeiro. Somente
IA
será de competência da Justiça Federal caso se enquadre em alguma das hipóteses do art.
DR
109 da CF/88.
5A
STF. 1ª Turma. RE 1.175.638 AgR/PR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 2/4/2019. (Info 936)
61
22

90
Compete à Justiça Federal apreciar o pedido de medida protetiva de urgência decorrente

51
de crime de ameaça contra a mulher cometido por meio de rede social de grande alcance,
85
quando iniciado no estrangeiro e o seu resultado ocorrer no Brasil.

OS
CASO: concessão de medidas protetivas em favor de mulher ameaçada por ex-namorado que
NT
mora nos EUA e fez ameaças por meio de facebook.

SA
STJ. 3ª Seção. CC 150.712-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 10/10/2018. (Info 636)
A
LV

SI
Compete à Justiça Federal o julgamento dos crimes de contrabando e de descaminho, ainda

A
AN
que inexistentes indícios de transnacionalidade na conduta.

RI
STJ. 3ª Seção. CC 160.748-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 26/09/2018. (Info 635)
AD

5
61
Compete à Justiça Federal a condução do inquérito que investiga o cometimento do delito

22
previsto no art. 334, § 1º, IV, do Código Penal, na hipótese de venda de mercadoria
0
19
estrangeira, permitida pela ANVISA, desacompanhada de nota fiscal e sem comprovação de

5
pagamento de imposto de importação.

85
STJ. Plenário. CC 159.680-MG, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 08/08/2018. (Info 631)
S
TO

N
SA
A
LV
SI
19
A
AN
RI
AD
SO
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
SI
NA
Compete à Justiça Federal o processamento e o julgamento da ação penal que versa sobre
IA
DR
crime praticado no exterior, o qual tenha sido transferido para a jurisdição brasileira, por
negativa de extradição, aplicável o art. 109, IV, da CF/88.
5A
61
STJ. 3ª Seção. CC 154.656-MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 25/04/2018. (Info 625)
22
90
3.3 Conflitos de Atribuições
51
85
O S
Compete ao CNMP dirimir conflitos de atribuições entre membros do MPF e de Ministérios
NT
Públicos estaduais.
SA
STF. Plenário. ACO 843/SP, Rel. para acórdão Min. Alexandre de Moraes, julgado em 05/06/2020.
A
LV
3.4 Outros Julgados Sobre Competência
SI
NA
IA
Se o STF determinar que Justiça Eleitoral de 1ª instância apure crime eleitoral e também
DR
crime federal conexos e, ao receber os autos, a Justiça Eleitoral arquivar a investigação do

5A
crime eleitoral e remeter os autos à Justiça Federal, isso afrontará a decisão do STF.
61
Nota: o Juízo Eleitoral arquivou o inquérito e remeteu os autos à Justiça Federal, mesmo
22
diante da expressa decisão dessa Corte que fixou sua competência para supervisão dos fatos.
90
As instâncias inferiores, portanto, ignoraram os termos da decisão reclamada, que assentou

51
85
a competência da Justiça Eleitoral para o processamento e a apuração dos fatos em questão.

STF. 2ª Turma. Rcl 34805 AgR/DF, Rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, julgado em 1º/9/2020. (Info 989)
OS
NT

SA
Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes consistentes em disponibilizar ou

A
adquirir material pornográfico, acessível transnacionalmente, envolvendo criança ou

LV
adolescente, quando praticados por meio da rede mundial de computadores (arts. 241, 241-
SI
A e 241-B da Lei nº 8.069/1990).

A
AN
STF. Plenário. RE 628624 ED, Rel. Edson Fachin, julgado em 18/08/2020 (Repercussão Geral – Tema 393). (Info 990)
RI
AD

A Justiça do Trabalho não tem competência para processar e julgar ações penais.
5
61
22
STF. Plenário. ADI 3684, Rel. Gilmar Mendes, julgado em 11/05/2020. (Info 980)
0
19

5
85
Compete à Justiça Eleitoral julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos.
S
Cabe à Justiça Eleitoral analisar, caso a caso, a existência de conexão de delitos comuns aos
TO
delitos eleitorais e, em não havendo, remeter os casos à Justiça competente.

N
SA
STF. Plenário. Inq 4435 AgR-quarto/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 13 e 14/3/2019. (Info 933)
A
LV
SI
20
A
AN
RI
AD
SO
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
SI
NA
IA
DR
3.5 Foro por Prerrogativa de Função
5A
61
22
É indispensável a existência de prévia autorização judicial para a instauração de inquérito
90
ou outro procedimento investigatório em face de autoridade com foro por prerrogativa
51
de função em Tribunal de Justiça.
85
S
STJ. 6ª Turma. HC 653.515-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, Rel. Acd. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 23/11/2021 (Info 720).
O
NT
SA
A
LV
Compete aos tribunais de justiça estaduais processar e julgar os delitos comuns, não
SI
relacionados com o cargo, em tese praticados por Promotores de Justiça.
NA
Nota: considerando que a previsão da prerrogativa de foro da Magistratura e do Ministério
Público encontra-se descrita no mesmo dispositivo constitucional (art. 96, III, da CF/88), seria
IA
DR
desarrazoado conferir-lhes tratamento diferenciado.

5A
STJ. 3ª Seção. CC 177.100-CE, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 08/09/2021 (Info 708).
61

22
É inconstitucional norma de constituição estadual que estende o foro por prerrogativa de

90
função a autoridades não contempladas pela Constituição Federal de forma expressa ou

51
por simetria.
85
STF. Plenário. ADI 6501/PA, ADI 6508/RO, ADI 6515/AM e ADI 6516/AL, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados em 20/8/2021 (Info
OS
1026).
NT
SA

A CF/88 não previu foro por prerrogativa de função aos Vereadores e aos Vice-prefeitos.
A
LV
STF. Plenário. ADI 558/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 22/04/2021.
SI
A

AN
É inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que confere foro por prerrogativa

RI
de função, no Tribunal de Justiça, para o Delegado Geral da Polícia Civil.

5 AD
Nota: Extrapola a autonomia do estado previsão, em constituição estadual, que confere

61
22
foro privilegiado a Delegado Geral da Polícia Civil. A autonomia dos estados para dispor
0
sobre autoridades submetidas a foro privilegiado não é ilimitada, não pode ficar ao arbítrio
19
político do constituinte estadual e deve seguir, por simetria, o modelo federal.

5
85
STF. Plenário. ADI 5591/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 20/3/2021. (Info 1010)
S
TO

N
SA
A
LV
SI
21
A
AN
RI
AD
OS
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
SI
NA
É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que confere foro por prerrogativa de
IA
DR
função para Defensores Públicos e Procuradores do Estado.
5A
Nota: Constituição estadual não pode atribuir foro por prerrogativa de função a autoridades
61
diversas daquelas arroladas na Constituição Federal.
22
90
STF. Plenário. ADI 6501 Ref-MC/PA, ADI 6508 Ref-MC/RO, ADI 6515 Ref-MC/AM e ADI 6516 RefMC/AL, Rel. Min. Roberto Barroso,
julgados em 20/11/2020. (Info 1000)
51
85
O S
Depois de anos sendo investigado em inquérito que tramitava no STF, o Ministro Relator
NT
declinou a competência para apurar os crimes porque os fatos ocorreram antes de o
SA
investigado ser Deputado Federal; logo, aplica-se o entendimento firmado na AP 937 QO.
A
LV
Nota: O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o
SI
exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas. Após o final da instrução
NA
processual, com a publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações
IA
finais, a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de
DR
o agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja
5A
o motivo. STF. Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 03/05/2018
61
(Info 900).
22
Pet 7716 AgR/DF, rel. Min. Edson Fachin, julgamento em 18.2.2020. (Pet-7716) – (Info 967-STF)
90
51

85
Senador que pratica corrupção passiva que não está relacionada com seu cargo e que não
OS
ofende bens, serviços ou interesse da União, deverá ser julgado em 1ª instância pela justiça
NT
comum estadual.
SA
STF. 1ª Turma. Inq 4624 AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 8/10/2019. (Info 955).
A
LV

SI
Eventual nulidade decorrente da inobservância da prerrogativa de foro não se estende aos

A
AN
agentes que não se enquadrem nessa condição.

A usurpação da competência do STF não contamina os elementos probatórios colhidos no
RI
AD
que se refere aos investigados que não possuem foro por prerrogativa de função.
STF. Plenário. Rcl 25537/DF e AC 4297/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgados em 26/6/2019. (Info 945)
5
61
22

0
STJ não é competente para julgar crime praticado por Governador no exercício do mandato
5 19
se o agente deixou o cargo e atualmente voltou a ser Governador por força de uma nova
85
eleição.
S
TO
Nota: o foro de prerrogativa exige contemporaneidade e pertinência temática entre os fatos

em apuração e exercício da função pública.
N
SA
STJ. Corte Especial. QO na APn 874-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/05/2019. (Info 649)
A
LV
SI
22
A
AN
RI
AD
OS
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
SI
NA
IA
DR
5A
A prorrogação do foro por prerrogativa de função só ocorre se houve reeleição, não se
aplicando em caso de eleição para um novo mandato após o agente ter ficado sem ocupar
61
função pública.
22
90
51
1ª Turma. RE 1185838/SP, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 14/5/2019. (Info 940)
85
S
O
É inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que confere foro por
NT
prerrogativa de função, no Tribunal de Justiça, para Procuradores do Estado,
SA
Procuradores da ALE, Defensores Públicos e Delegados de Polícia.
A
ADI 2553/MA, Rel. Min. Gilmar Mendes, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 15/5/2019. (Info 940)
LV
SI
NA
O STF entende que o recebimento de doação ilegal destinado à campanha de reeleição ao
IA
cargo de Deputado Federal é um crime relacionado com o mandato parlamentar. Logo, a
DR
competência é do STF. Além disso, mostra-se desimportante a circunstância de este delito

5A
ter sido praticado durante o mandato anterior, bastando que a atual diplomação decorra
61
de sucessiva e ininterrupta reeleição.

22
STF. Plenário. Inq 4435 AgR-quarto/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 13 e 14/3/2019. (Info 933)
90
51

85
Se os fatos criminosos que teriam sido supostamente cometidos pelo Deputado Federal não
OS
se relacionam ao exercício do mandato, a competência para julgá-los não é do STF.

NT
Nota: Isso porque o foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos
SA
durante o exercício do cargo e relacionado às funções desempenhadas (STF AP QO/RJ, Min.

A
Barroso, julgado em 03/05/2018).

LV
STF. 1ª Turma. Inq 4619 AgR-segundo/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 19/2/2019. (Info 931)
SI
A
AN

RI
Com a decisão proferida pelo STF, em 03/05/2018, na AP 937 QO/RJ, todos os inquéritos e
AD
processos criminais que estavam tramitando no Supremo envolvendo crimes não

relacionados com o cargo ou com a função desempenhada pela autoridade, foram
5
61
remetidos para serem julgados em 1ª instância. Isso porque o STF definiu, como 1ª tese,
22
que “o foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o
0
19
exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas”. O entendimento acima não

5
se aplica caso a instrução já tenha se encerrado. Em outras palavras, se a instrução

85
processual já havia terminado, mantém-se a competência do STF para o julgamento de

S
TO
detentores de foro por prerrogativa de função, ainda que o processo apure um crime que
N
não está relacionado com o cargo ou com a função desempenhada. Isso porque o STF
SA
A
LV
SI
23
A
AN
RI
AD
SO
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
SI
NA
definiu, como 2ª tese, que “após o final da instrução processual, com a publicação do
IA
DR
despacho de intimação para apresentação de alegações finais, a competência para
processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a
5A
ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo.”
61
STF. 1ª Turma. AP 962/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 16/10/2018. (Info 920)
22
90
51
85
O Superior Tribunal de Justiça é o tribunal competente para o julgamento nas hipóteses em
que, não fosse a prerrogativa de foro (art. 105, I, da CF/88), o desembargador acusado
O S
houvesse de responder à ação penal perante juiz de primeiro grau vinculado ao mesmo
NT
tribunal. Assim, mesmo que o crime cometido pelo Desembargador não esteja relacionado
SA
com as suas funções, ele será julgado pelo STJ se a remessa para a 1ª instância significar
A
que o réu seria julgado por um juiz de primeiro grau vinculado ao mesmo tribunal que o
LV
Desembargador. A manutenção do julgamento no STJ tem por objetivo preservar a isenção
SI
(imparcialidade e independência) do órgão julgador.
NA
STJ. Corte Especial. QO na APn 878-DF, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 21/11/2018. (Info 639)
IA
DR

5A
Se uma pessoa sem foro por prerrogativa está sendo interceptada por decisão do juiz de 1ª
61
instância e ela liga para uma autoridade com foro (ex: Promotor de Justiça), a gravação
22
desta conversa não é ilícita. Isso porque se trata de encontro fortuito de provas (encontro
90
fortuito de crimes), também chamado de serendipidade ou crime achado. Se, após essa
51
85
ligação, o Delegado ainda demora três dias para comunicar o fato às autoridades
competentes para apurar a conduta do Promotor, este tempo não é considerado excessivo,
OS
tendo em vista a dinâmica que envolve as interceptações telefônicas. Assim, o STF decidiu
NT
que a prerrogativa de foro de membro do Ministério Público é preservada quando a possível

SA
participação deste em conduta criminosa é comunicada com celeridade ao Procurador-

A
Geral de Justiça. Tais gravações, por serem lícitas, podem servir como fundamento para que
LV
o CNMP aplique sanção de aposentadoria compulsória a este Promotor.

SI
A
STF. 1ª Turma. MS 34751/CE, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 14/8/2018. (Info 911)
AN
RI

AD
A iminente prescrição do crime praticado por Desembargador excepciona o entendimento

5
consolidado na APn 937 - o foro por prerrogativa de função é restrito a crimes cometidos
61
ao tempo do exercício do cargo e que tenham relação com o cargo - e prorroga a

22
competência do Superior Tribunal de Justiça.

0
19
STJ. Corte Especial. QO na APn 703-GO, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 01/08/2018. (Info 630)
5
85

S
TO
As hipóteses de foro por prerrogativa de função perante o STJ restringem-se àquelas em

N
que o crime for praticado em razão e durante o exercício do cargo ou função.

SA
STJ AgRg na APn 866-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade, julgado em 20/06/2018, DJe 03/08/2018.
A
LV
SI
24
A
AN
RI
AD
OS
NT
RETA FINAL
SA
DELEGADO SÃO PAULO
A
LV
SI
NA
IA
DR
5A
As normas da Constituição de 1988 que estabelecem as hipóteses de foro por prerrogativa
de função devem ser interpretadas restritivamente, aplicando-se apenas aos crimes que
61
tenham sido praticados durante o exercício do cargo e em razão dele. Assim, por exemplo,
22
90
se o crime foi praticado antes de o indivíduo ser diplomado como Deputado Federal, não se
51
justifica a competência do STF, devendo ele ser julgado pela 1ª instância mesmo ocupando
85
o cargo de parlamentar federal. Além disso, mesmo que o crime tenha sido cometido após
S
a investidura no mandato, se o delito não apresentar relação direta com as funções
O
NT
exercidas, também não haverá foro privilegiado. Foi fixada, portanto, a seguinte tese: O
FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO APLICA-SE APENAS AOS CRIMES COMETIDOS
SA
DURANTE O EXERCÍCIO DO CARGO E RELACIONADOS ÀS FUNÇÕES DESEMPENHADAS. APÓS
A
LV
O FINAL DA INSTRUÇÃO PROCESSUAL, COM A PUBLICAÇÃO DO DESPACHO DE INTIMAÇÃO
SI
PARA APRESENTAÇÃO DE ALEGAÇÕES FINAIS, A COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR
NA
AÇÕES PENAIS NÃO SERÁ MAIS AFETADA EM RAZÃO DE O AGENTE PÚBLICO VIR A OCUPAR
IA
OUTRO CARGO OU DEIXAR O CARGO QUE OCUPAVA, QUALQUER QUE SEJA O MOTIVO.
DR
STF. Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 03/05/2018. (Info 900)
5A
61
22
90
51
85
OS
NT
SA
A
LV
SI
A
AN
RI
5 AD
61
0 22
519
85
S
TO
N
SA
A
LV
SI
25
A
AN
RI
AD

SP Reta Final Dedicacao Delta Caderno de Jurisprudencia Semana 04

Enviado por

Dados do documento

Descrição original:

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

SP Reta Final Dedicacao Delta Caderno de Jurisprudencia Semana 04

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

OS

2. AÇÃO PENAL ............................................................................................................... 12

2.1 Denúncia .......................................................................................................................................... 13

2.4 Procedimento ................................................................................................................................... 15

2.5 Assistente de Acusação .................................................................................................................... 16

3.1 Competência .................................................................................................................................... 16

3.2 Competências Das Justiças Federais X Justiça Estadual ................................................................... 17

3.4 Outros Julgados Sobre Competência ............................................................................................... 20

3.5 Foro por Prerrogativa de Função ..................................................................................................... 21

eventualmente permanente: “é o delito instantâneo, como regra, mas que, em caráter

excepcional, pode realizar-se de modo a lesionar o bem jurídico de maneira permanente.

concretiza-se sempre instantaneamente, sem prolongar o momento consumativo,

energia de modo incessante, causando prejuízo continuado à distribuidora de energia.”

instantâneo de efeito permanente: a consumação se dá em momento determinado, mas

os efeitos são indeléveis, independente da continuidade da ação do agente.

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...

indeterminado de pessoas (protege a economia popular).

No estelionato, o bem jurídico envolve o patrimônio de uma ou algumas pessoas

Delito contra a economia popular (art. 2º, IX, da Lei nº 1.521/51):

Art. 2º São crimes desta natureza:

raça, cor, etnia e religião, expostas no art. 2º do mesmo diploma legal.

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...

tornozeleira pode ser descontado da pena imposta na condenação.

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...

É necessária a edição de lei em sentido formal para a tipificação do crime contra a

humanidade trazida pelo Estatuto de Roma, mesmo se cuidando de Tratado internalizado.

O disposto na Convenção sobre a Imprescritibilidade dos Crimes de Guerra e dos Crimes

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...

É possível aplicar o princípio da insignificância para a conduta de transmitir sinal de internet

como provedor sem autorização da ANATEL (art. 183 da Lei nº 9.472/97)?

de transmissão clandestina de sinal de internet via radiofrequência, que caracteriza o fato

típico previsto no art. 183 da Lei n. 9.472/1997).

No STF: prevalece que não. Assim, é inaplicável o princípio da insignificância no crime de

julgados em 7/11/2019 (Info 958).

Súmula 643-STJ: A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em julgado

da condenação. STJ. 3ª Seção. Aprovada em 10/02/2021.

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...

Para configurar o delito de calúnia eleitoral, é necessária a comprovação da lesividade da

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...

Candidato que omite, na prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral, recursos

o recolhimento do material não declarado.

vigor da Lei nº 13.964/2019.

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...

Eventual nulidade na oitiva do acusado no curso da investigação preliminar não tem o

condão de nulificar o recebimento da denúncia e a ação penal deflagrada, quando existam

meramente informativa do inquérito policial.

policial constitui procedimento administrativo, de caráter informativo, cuja finalidade

qual irregularidades ocorridas não implicam, de regra, nulidade de processo-crime. STF. 1ª

Turma.HC 169.348/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 17/12/2019.

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...

identidade falsa, apenas representa o ofendido nas negociações da extorsão, sem se

introduzir ou se infiltrar na organização criminosa com o propósito de identificar e angariar a

confiança de seus membros ou obter provas sobre a estrutura e o funcionamento do bando.

não autorização judicial).

Nota: A ação controlada prevista no § 1º do art. 8º da Lei nº 12.850/2013 independe de

autorização, bastando sua comunicação prévia à autoridade judicial.

NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...

Nota: julgado importante. Recomenda-se a leitura completa.

seguintes condicionantes: a) o procedimento deve ser acompanhado pelo Ministério Público;

b) deve ser integralmente observado o Enunciado 14 da Súmula Vinculante. c) o objeto do

inquérito deve se limitar a investigar manifestações que acarretem risco efetivo à