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Polícia Militar de São Paulo

PM-SP

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Soldado

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NV-004NB-22
Cód.: 7908428803612
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Obra

PM-SP – Polícia Militar de São Paulo


Soldado

Autores

LÍNGUA PORTUGUESA • Monalisa Costa, Ana Cátia Collares e Giselli Neves

MATEMÁTICA • Kairton Batista (Prof. Kaká)

HISTÓRIA GERAL E HISTÓRIA DO BRASIL • Jean Talvani e Otávio Massaro

GEOGRAFIA GERAL E GEGRAFIA DO BRASIL• Zé Soares

ATUALIDADES (ON-LINE) • Carla Kurz

NOÇÕES DE INFORMÁTICA • Fernando Nishimura

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA • Irineu Martins, Samara Kich, Samantha Rodrigues e Ana

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Philippini

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ISBN: 978-85-93690-91-4
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Edição: Novembro/2022

Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos


pela Lei nº 9.610/1998. É proibida a reprodução parcial ou total,
por qualquer meio, sem autorização prévia expressa por escrito da
editora Nova Concursos.

Esta obra é vendida sem a garantia de atualização futura. No caso Dúvidas


de atualizações voluntárias e erratas, serão disponibilizadas no
site www.novaconcursos.com.br. Para acessar, clique em “Erratas www.novaconcursos.com.br/contato
e Retificações”, no rodapé da página, e siga as orientações. sac@novaconcursos.com.br
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PIRATARIA
É CRIME!
Todos os direitos autorais deste material são reservados e

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protegidos pela Lei nº 9.610/1998. É proibida a reprodução parcial

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ou total, por qualquer meio, sem autorização prévia expressa por

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escrito da Nova Concursos.
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Pirataria é crime e está previsto no art. 184 do Código Penal,


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com pena de até quatro anos de prisão, além do pagamento


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de multa. Já para aquele que compra o produto pirateado


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sabendo desta qualidade, pratica o delito de receptação, punido


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com pena de até um ano de prisão, além de multa (art. 180 do CP).
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Não seja prejudicado com essa prática.


Denuncie aqui: sac@novaconcursos.com.br
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APRESENTAÇÃO
Um bom planejamento é determinante para a sua preparação
de sucesso na busca pela tão almejada aprovação. Por isso, pen-
sando no máximo aproveitamento de seus estudos, este livro
foi organizado de acordo com o Edital de Concurso Público nº
DP-3/321/22, para o cargo de Soldado PM de 2ª Classe do Quadro
de Praças de Polícia Militar (QPPM) da Polícia Militar de São
Paulo.

O conteúdo programático foi sistematizado em um sumário,


facilitando a busca pelos temas do edital, no entanto, nem sem-
pre a banca organizadora do concurso dispõe os assuntos em
uma sequência lógica. Por isso, elaboramos este livro abor-
dando os principais itens do edital e reorganizando-os quando
necessário, de uma maneira didática para que você realmente

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consiga aprender e otimizar os seus estudos.

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6.
Ao longo da teoria, você encontrará boxes – Importante e Dica

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– com orientações, macetes e conceitos fundamentais cobrados

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nas provas, e seção Hora de Praticar, trazendo exercícios gaba-

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ritados da banca VUNESP, organizadora contratada para a rea-
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lização do certame.
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A obra que você tem em suas mãos é resultado da competência


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de nosso time editorial e da vasta experiência de nossos profes-


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sores e autores parceiros – muitos também responsáveis pelas


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aulas que você encontra em nossos Cursos Online – o que será


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um diferencial na sua preparação. Nosso time faz tudo pensan-


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do no seu sonho de ser aprovado em um concurso público. Ago-


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ra é com você!
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Intensifique ainda mais a sua preparação acessando os con-


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teúdos complementares disponíveis on-line para este livro em


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nossa plataforma: Conteúdo Complementar de Atualidade dispo-


nível on-line em videoaulas.

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CONTEÚDO ON-LINE

Para intensificar a sua preparação para concursos, oferecemos em nossa plataforma on-
line materiais especiais e exclusivos, selecionados e planejados de acordo com a proposta
deste livro. São conteúdos que tornam a sua preparação muito mais eficiente.

CONTEÚDO COMPLEMENTAR:

• Atualidades – disponível em videoaulas

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SUMÁRIO

LÍNGUA PORTUGUESA....................................................................................................11
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DIVERSOS TIPOS DE TEXTOS (LITERÁRIOS E NÃO
LITERÁRIOS)........................................................................................................................................ 11

SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS, SENTIDO PRÓPRIO E FIGURADO DAS PALAVRAS........................... 13

PONTUAÇÃO....................................................................................................................................... 16

CLASSES DE PALAVRAS.................................................................................................................... 18

SUBSTANTIVO...................................................................................................................................................18

ADJETIVO...........................................................................................................................................................20

NUMERAL...........................................................................................................................................................23

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8-
PRONOME..........................................................................................................................................................23

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6.
Colocação Pronominal..................................................................................................................................... 26

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VERBO................................................................................................................................................................26

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ADVÉRBIO..........................................................................................................................................................32
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PREPOSIÇÃO .....................................................................................................................................................34
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CONJUNÇÃO......................................................................................................................................................37
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CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL............................................................................................ 38


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REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL........................................................................................................ 42


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CRASE.................................................................................................................................................. 43
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MATEMÁTICA.......................................................................................................................61
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NÚMEROS INTEIROS: OPERAÇÕES E PROPRIEDADES .................................................................. 61


G

NÚMEROS RACIONAIS, REPRESENTAÇÃO FRACIONÁRIA E DECIMAL: OPERAÇÕES


E PROPRIEDADES ............................................................................................................................... 64

MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM.............................................................................................................. 65

RAZÃO E PROPORÇÃO....................................................................................................................... 66

PORCENTAGEM................................................................................................................................... 70

REGRA DE TRÊS SIMPLES.................................................................................................................. 72

MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES.......................................................................................................... 73


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EQUAÇÃO DO 1º GRAU....................................................................................................................... 74

SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU.............................................................................................. 74

SISTEMA MÉTRICO: MEDIDAS DE TEMPO, COMPRIMENTO, SUPERFÍCIE E CAPACIDADE....... 75

RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS: TABELAS E GRÁFICOS................................................................. 78

NOÇÕES DE GEOMETRIA: FORMA, PERÍMETRO, ÁREA, VOLUME, TEOREMA


DE PITÁGORAS.................................................................................................................................... 79

RACIOCÍNIO LÓGICO.........................................................................................................................101

RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES-PROBLEMA.....................................................................................................106

HISTÓRIA GERAL............................................................................................................. 111


PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL.........................................................................................................111

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O NAZIFASCISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL...................................................................112

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A GUERRA FRIA.................................................................................................................................114

9 6.
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GLOBALIZAÇÃO E AS POLÍTICAS NEOLIBERAIS..........................................................................116

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A REVOLUÇÃO DE 1930 E A ERA VARGAS.....................................................................................118
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A ABERTURA POLÍTICA E A REDEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL.................................................................122
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AS CONSTITUIÇÕES REPUBLICANAS............................................................................................123
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A ESTRUTURA POLÍTICA E OS MOVIMENTOS SOCIAIS NO PERÍODO MILITAR........................123


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GEOGRAFIA GERAL........................................................................................................ 131


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A NOVA ORDEM MUNDIAL, O ESPAÇO GEOPOLÍTICO E A GLOBALIZAÇÃO..............................131


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OS PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS...................................................................................134


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A NATUREZA BRASILEIRA (RELEVO, HIDROGRAFIA, CLIMA E VEGETAÇÃO)............................135


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A POPULAÇÃO: CRESCIMENTO, DISTRIBUIÇÃO, ESTRUTURA E MOVIMENTOS......................141

AS ATIVIDADES ECONÔMICAS: INDUSTRIALIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO, FONTES DE


ENERGIA E AGROPECUÁRIA............................................................................................................146

OS IMPACTOS AMBIENTAIS............................................................................................................ 151

NOÇÕES DE INFORMÁTICA........................................................................................ 155


MS-WINDOWS 10..............................................................................................................................155

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CONCEITO DE PASTAS, DIRETÓRIOS, ARQUIVOS E ATALHOS....................................................................155

ÁREA DE TRABALHO.......................................................................................................................................157

ÁREA DE TRANSFERÊNCIA.............................................................................................................................158

MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PASTAS.....................................................................................................159

USO DOS MENUS.............................................................................................................................................162

PROGRAMAS E APLICATIVOS........................................................................................................................162

INTERAÇÃO COM O CONJUNTO DE APLICATIVOS MS-OFFICE 2010........................................................165

MS-WORD 2010.................................................................................................................................166

ESTRUTURA BÁSICA DOS DOCUMENTOS....................................................................................................166

EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE TEXTOS............................................................................................................168

CABEÇALHOS..................................................................................................................................................169

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PARÁGRAFOS..................................................................................................................................................169

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FONTES............................................................................................................................................................170

9 6.
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COLUNAS.........................................................................................................................................................171

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MARCADORES SIMBÓLICOS E NUMÉRICOS.................................................................................................171

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TABELAS..........................................................................................................................................................172
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IMPRESSÃO.....................................................................................................................................................173
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CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS...............................................................................174


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LEGENDAS........................................................................................................................................................174
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ÍNDICES............................................................................................................................................................174
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INSERÇÃO DE OBJETOS.................................................................................................................................175
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CAMPOS PREDEFINIDOS................................................................................................................................175
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CAIXAS DE TEXTO...........................................................................................................................................175
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MS-EXCEL 2010................................................................................................................................177

ESTRUTURA BÁSICA DAS PLANILHAS.........................................................................................................178

CONCEITOS DE CÉLULAS, LINHAS, COLUNAS, PASTAS E GRÁFICOS........................................................178

ELABORAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS......................................................................................................179

USO DE FÓRMULAS, FUNÇÕES E MACROS...................................................................................................182

IMPRESSÃO.....................................................................................................................................................184

INSERÇÃO DE OBJETOS.................................................................................................................................185

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CAMPOS PREDEFINIDOS................................................................................................................................187

CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS...............................................................................188

OBTENÇÃO DE DADOS EXTERNOS................................................................................................................188

CLASSIFICAÇÃO DE DADOS...........................................................................................................................189

MS-POWERPOINT 2010 ..................................................................................................................190

ESTRUTURA BÁSICA DAS APRESENTAÇÕES...............................................................................................191

CONCEITOS DE SLIDES ..................................................................................................................................192

ANOTAÇÕES.....................................................................................................................................................193

RÉGUA E GUIAS...............................................................................................................................................194

CABEÇALHOS E RODAPÉS..............................................................................................................................194

NOÇÕES DE EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE APRESENTAÇÕES......................................................................195

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INSERÇÃO DE OBJETOS.................................................................................................................................196

8-
86
NUMERAÇÃO DE PÁGINAS.............................................................................................................................197

9 6.
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BOTÕES DE AÇÃO ...........................................................................................................................................197

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-4
ANIMAÇÃO E TRANSIÇÃO ENTRE SLIDES....................................................................................................198

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CORREIO ELETRÔNICO....................................................................................................................200
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USO DE CORREIO ELETRÔNICO......................................................................................................................202


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PREPARO E ENVIO DE MENSAGENS..............................................................................................................202


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ANEXAÇÃO DE ARQUIVOS..............................................................................................................................203
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INTERNET..........................................................................................................................................204
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NAVEGAÇÃO NA INTERNET...........................................................................................................................205
K
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IE

CONCEITOS DE URL.........................................................................................................................................207
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A

LINKS................................................................................................................................................................208
R
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SITES................................................................................................................................................................209

BUSCA .............................................................................................................................................................211

IMPRESSÃO DE PÁGINAS...............................................................................................................................212

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA............................................................. 219


CONSTITUIÇÃO FEDERAL ...............................................................................................................219

DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS............................................................................................219

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Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos............................................................................................. 219
Dos Direitos Políticos..................................................................................................................................... 234

DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO.....................................................................................................................235

Da Administração Pública.............................................................................................................................. 235

DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS................................................................244

Da Segurança Pública..................................................................................................................................... 244

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO.................................................................................246

DA ORGANIZAÇÃO E PODERES......................................................................................................................246

Do Poder Executivo......................................................................................................................................... 246


Do Poder Judiciário........................................................................................................................................ 252

DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO.....................................................................................................................253

Da Administração Pública.............................................................................................................................. 253

69
Dos Servidores Públicos do Estado............................................................................................................... 257

8-
86
Da Segurança Pública..................................................................................................................................... 262

9 6.
.4
LEI FEDERAL Nº 12.527, DE 2011 – LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO........................................263

33
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DECRETO Nº 58.052, DE 2012 – REGULAMENTA A LEI Nº 12.527, DE 2011, QUE REGULA
O ACESSO A INFORMAÇÕES, E DÁ PROVIDÊNCIAS CORRELATAS............................................272 O
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INFERÊNCIA – ESTRATÉGIAS DE
INTERPRETAÇÃO

A inferência é uma relação de sentido conhecida


desde a Grécia Antiga e que embasa as teorias sobre
LÍNGUA PORTUGUESA interpretação de texto.

Dica
Interpretar é buscar ideias e pistas do autor do
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE texto nas linhas apresentadas.
DIVERSOS TIPOS DE TEXTOS
(LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS) Apesar de, parecer algo subjetivo, existem “regras”
para se buscar essas pistas.
INTRODUÇÃO A primeira e mais importante delas é identificar a
orientação do pensamento do autor do texto, que fica
perceptível quando identificamos como o raciocínio
A interpretação e a compreensão textual são
dele foi exposto, se de maneira mais racional, a partir
aspectos essenciais a serem dominados por aque-
da análise de dados, informações com fontes confiáveis
les candidatos que buscam a aprovação em seleções
ou se de maneira mais empirista, partindo dos efeitos,
e concursos públicos. Trata-se de um assunto que
das consequências, a fim de se identificar as causas.
abrange questões específicas e de conteúdo geral nas
Por isso, é preciso compreender como podemos
provas; conhecer e dominar estratégias que facilitem
interpretar um texto mediante estratégias de leitura.
a apreensão desse assunto pode ser o grande diferen-
Muitos pesquisadores já se debruçaram sobre o tema,
cial entre o quase e a aprovação.
que é intrigante e de grande profundidade acadêmica;
Além disso, seja a compreensão textual, seja a
neste material, selecionamos as estratégias mais efica-
interpretação textual, ambas guardam uma relação
zes que podem contribuir para sua aprovação em sele-
de proximidade com um assunto pouco explorado
ções que avaliam a competência leitora dos candidatos.

69
pelos cursos de português: a semântica, que incide
A partir disso, apresentamos estratégias de leitura

8-
suas relações de estudo sobre as relações de sentido
que focam nas formas de inferência sobre um texto.

86
que a forma linguística pode assumir.
Dessa forma, é fundamental identificar como ocorre

6.
Portanto, neste material você encontrará recursos
o processo de inferência, que se dá por dedução ou

9
.4
para solidificar seus conhecimentos em interpretação por indução. Para entender melhor, veja esse exemplo:

33
e compreensão textual, associando a essas temáticas O marido da minha chefe parou de beber.

-4
as relações semânticas que permeiam o sentido de Observe que é possível inferir várias informa-
todo amontoado de palavras, tendo em vista que qual-
O
ções a partir dessa frase. A primeira é que a chefe do
IR
quer aglomeração textual é, atualmente, considerada enunciador é casada (informação comprovada pela
M
texto e, dessa forma, deve ter um sentido que precisa expressão “marido”), a segunda é que o enuncia-
A

ser reconhecido por quem o lê. dor está trabalhando (informação comprovada pela
R

Assim, vamos começar nosso estudo fazendo uma expressão “minha chefe”) e a terceira é que o marido
E

breve diferença entre os termos compreensão e


R

da chefe do enunciador bebia (expressão comprovada


EI

interpretação textual. pela expressão “parou de beber”). Note que há pistas


R

Para muitos, essas palavras expressam o mesmo contextuais do próprio texto que induzem o leitor a
IF

sentido, mas, como pretendemos deixar claro neste interpretar essas informações.
N

material, ainda que existam relações de sinonímia


LI

Tratando-se de interpretação textual, os processos


O

entre palavras do nosso vocabulário, a opção do autor de inferência, sejam por dedução ou por indução, par-
R

por um termo ao invés de outro reflete um sentido tem de uma certeza prévia para a concepção de uma
A

que deve ser interpretado no texto, uma vez que a


K

interpretação, construída pelas pistas oferecidas no


interpretação realiza ligações com o texto a partir
LI

texto junto da articulação com as informações acessa-


IE

das ideias que o leitor pode concluir com a leitura. das pelo leitor do texto.
C

Já a compreensão busca a análise de algo exposto A seguir, apresentamos um fluxograma que repre-
A

no texto, e, geralmente, é marcada por uma palavra ou senta como ocorre a relação desses processos:
R
G

uma expressão, e apresenta mais relações semânticas


e sintáticas. A compreensão textual estipula aspectos
DEDUÇÃO → CERTEZA → INTERPRETAR
linguísticos essencialmente relacionados à significa-
ção das palavras e, por isso, envolve uma forte ligação
LÍNGUA PORTUGUESA

INFERÊNCIA
com a semântica. INDUÇÃO → INTERPRETAR → CERTEZA
Sabendo disso, é importante separarmos os con-
teúdos que tenham mais apelo interpretativo ou
compreensivo. A partir desse esquema, conseguimos visualizar
Esses assuntos completam o estudo basilar de melhor como o processo de interpretação ocorre.
semântica com foco em provas e concursos, sempre Agora, iremos detalhar esse processo, reconhecendo
de olho na sua aprovação. Por isso, convidamos você as estratégias que compõem cada maneira de inferir
a estudar com afinco e dedicação, sem esquecer de informações de um texto. Por isso, vamos apresentar
praticar seus conhecimentos realizando a seleção de nos tópicos seguintes como usar estratégias de cunho
exercícios finais, selecionados especialmente para dedutivo, indutivo e, ainda, como articular a isso o
que este material cumpra o propósito de alcançar sua nosso conhecimento de mundo na interpretação de
aprovação. textos. 11
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A Indução Ao formular hipóteses o leitor estará predizendo
temas, e ao testá-las ele estará depreendendo o tema;
As estratégias de interpretação que observam ele estará também postulando uma possível estru-
métodos indutivos analisam as “pistas” que o texto tura textual; na predição ele estará ativando seu
conhecimento prévio, e na testagem ele estará enri-
oferece e, posteriormente, reconhecem alguma certe-
quecendo, refinando, checando esse conhecimento.
za na interpretação. Dessa forma, é fundamental bus-
car uma ordem de eventos ou processos ocorridos no
Fique atento a essa informação, pois é uma das
texto e que variam conforme o tipo textual. primeiras estratégias de leitura para uma boa inter-
Sendo assim, no tipo textual narrativo, podemos pretação textual: formular hipóteses, a partir da
identificar uma organização cronológica e espacial no macroestrutura textual; ou seja, antes da leitura ini-
desenvolvimento das ações marcadas, por exemplo, cial, o leitor deve buscar identificar o gênero textual
pelo uso do pretérito imperfeito; na descrição, pode- ao qual o texto pertence, a fonte da leitura, o ano,
mos organizar as ideias do texto a partir da marcação entre outras informações que podem vir como “aces-
de adjetivos e demais sintagmas nominais; na argu- sórios” do texto e, então, formular hipóteses sobre a
mentação, esse encadeamento de ideias fica marcado leitura que deverá se seguir. Uma outra dica impor-
pelo uso de conjunções e elementos que expõem uma tante é ler as questões da prova antes de ler o texto,
ideia/ponto de vista. pois, assim, suas hipóteses já estarão agindo conforme
No processo interpretativo indutivo, as ideias são um objetivo mais definido.
organizadas a partir de uma especificação para uma O processo de interpretação por estratégias de dedu-
generalização. Vejamos um exemplo: ção envolve a articulação de três tipos de conhecimento:

Eu não sou literato, detesto com toda a paixão essa z Conhecimento Linguístico;
espécie de animal. O que observei neles, no tempo z Conhecimento Textual;
em que estive na redação do O Globo, foi o bastan- z Conhecimento de Mundo.
te para não os amar, nem os imitar. São em geral
de uma lastimável limitação de ideias, cheios de O conhecimento de mundo, por tratar-se de um
fórmulas, de receitas, só capazes de colher fatos assunto mais abrangente, será abordado mais adiante.

69
detalhados e impotentes para generalizar, cur- Os demais, iremos abordar detalhadamente a seguir.

8-
vados aos fortes e às ideias vencedoras, e antigas,

86
adstritos a um infantil fetichismo do estilo e guia- Conhecimento Linguístico

6.
dos por conceitos obsoletos e um pueril e errôneo

9
critério de beleza. Esse é o conhecimento basilar para compreensão

.4
33
(BARRETO, 2010, p. 21) e decodificação do texto, envolve o reconhecimento
das formas linguísticas estabelecidas socialmente por

-4
O trecho em destaque na citação do escritor Lima uma comunidade linguística, ou seja, envolve o reco-
Barreto, em sua obra “Recordações do escrivão Isaías O
nhecimento das regras de uma língua.
IR
É importante salientar que as regras de reconhe-
M
Caminha” (1917), identifica bem como o pensamento
cimento sobre o funcionamento da língua não são,
A

indutivo compõe a interpretação e decodificação de


R

um texto. Para deixar ainda mais evidentes as estraté- necessariamente, as regras gramaticais, mas as regras
E

que estabelecem, por exemplo, no caso da língua por-


gias usadas para identificar essa forma de interpretar,
R

tuguesa, que o feminino é marcado pela desinência -a,


EI

deixamos a seguir dicas de como buscar a organiza-


que a ordem de escrita respeita o sistema sujeito-ver-
R

ção cronológica de um texto.


IF

bo-objeto (SVO) etc.


N

Ângela Kleiman (2016) afirma que o conhecimento


LI

A propriedade vocabular leva linguístico é aquele que “abrange desde o conhecimento


O

o cérebro a aproximar as pa- sobre como pronunciar português, passando pelo conhe-
R

PROCURE SINÔNIMOS
lavras que têm maior asso- cimento de vocabulário e regras da língua, chegando até
A
K

ciação com o tema do texto o conhecimento sobre o uso da língua” (2016, p. 15).
LI

Um exemplo em que a interpretação textual é preju-


Os conectivos (conjunções,
IE

dicada pelo conhecimento linguístico é o texto a seguir:


preposições, pronomes) são
C

ATENÇÃO AOS
A

marcadores claros de opi-


CONECTIVOS
R

niões, espaços físicos e lo-


G

calizadores textuais

A Dedução

A leitura de um texto envolve a análise de diversos


aspectos que o autor pode colocar explicitamente ou
de maneira implícita no enunciado.
Em questões de concurso, as bancas costumam
procurar nos enunciados implícitos do texto aspectos
para abordar em suas provas.
No momento de ler um texto, o leitor articula seus
conhecimentos prévios a partir de uma informação
que julga certa, buscando uma interpretação; assim,
ocorre o processo de interpretação por dedução. Con-
12 forme Kleiman (2016, p. 47): Fonte: <https://bit.ly/3kCyWoI>. Acesso em: 22/09/2020.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Como é possível notar, o texto é uma peça publici-
tária escrita em inglês, portanto, somente os leitores SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS, SENTIDO
proficientes nessa língua serão capazes de decodificar PRÓPRIO E FIGURADO DAS PALAVRAS
e entender o que está escrito; assim, o conhecimento
linguístico torna-se crucial para a interpretação. Essas DENOTAÇÃO
são algumas estratégias de interpretação em que
podemos usar métodos dedutivos. O sentido denotativo da linguagem compreende
o significado literal da palavra independente do seu
Conhecimento Textual contexto de uso. Preocupa-se com o significado mais
objetivo e literal associado ao significado que aparece
Esse tipo de conhecimento atrela-se ao conheci- nos dicionários. A denotação tem como finalidade dar
mento linguístico e se desenvolve pela experiência ênfase à informação que se quer passar para o recep-
leitora. Quanto maior exposição a diferentes tipos de tor de forma mais objetiva, imparcial e prática. Por
textos, melhor se dá a sua compreensão. Nesse conhe- isso, é muito utilizada em textos informativos, como
cimento, o leitor desenvolve sua habilidade porque notícias, reportagens, jornais, artigos, manuais didá-
prepara sua leitura de acordo com o tipo de texto que ticos, entre outros.
está lendo. Não se lê uma bula de remédio como se lê Ex.: O fogo se alastrou por todo o prédio. (fogo:
uma receita de bolo ou um romance. Não se lê uma chamas)
reportagem como se lê um poema. O coração é um músculo que bombeia sangue para
Em outras palavras, esse conhecimento relaciona- o corpo. (coração: parte do corpo)
-se com a habilidade de reconhecer diferentes tipos de
discursos, estruturas, tipos e gêneros textuais. CONOTAÇÃO

Conhecimento de Mundo O sentido conotativo compreende o significado


figurado e depende do contexto em que está inserido.
O uso dos conhecimentos prévios é fundamental A conotação põe em evidência os recursos estilísticos
para a boa interpretação textual, por isso, é sempre dos quais a língua dispõe para expressar diferen-
tes sentidos ao texto de maneira subjetiva, afetiva e

69
importante que o candidato a cargos públicos reserve
poética. A conotação tem como finalidade dar ênfase

8-
um tempo para ampliar sua biblioteca e buscar fontes
à expressividade da mensagem de maneira que ela

86
de informações fidedignas, para, dessa forma, aumen-
possa provocar sentimentos ou diferentes sensações

6.
tar seu conhecimento de mundo.
no leitor. Por esse motivo, é muito utilizada em poe-

9
Conforme Kleiman (2016), durante a leitura, nosso

.4
conhecimento de mundo que é relevante para a com- sias, conversas cotidianas, letras de músicas, anúncios

33
preensão textual é ativado; por isso, é natural ao nosso publicitários e outros.

-4
cérebro associar informações, a fim de compreender Ex.: “Amor é fogo que arde sem se ver”.

O
Você mora no meu coração.
o novo texto que está em processo de interpretação.
IR
A esse respeito, a autora propõe o seguinte exer-
M

O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS


cício para atestarmos a importância da ativação do
A
R

conhecimento de mundo em um processo de interpre-


Quando escolhemos determinadas palavras ou
E

tação. Leia o texto a seguir e faça o que se pede:


R

expressões dentro de um conjunto de possibilidades


EI

de uso, estamos levando em conta o contexto que


R

Como gemas para financiá-lo, nosso herói desa-


influencia e permite o estabelecimento de diferentes
IF

fiou valentemente todos os risos desdenhosos que


relações de sentido. Essas relações podem se dar por
N

tentaram dissuadi-lo de seu plano. “Os olhos enga-


meio de: sinonímia, antonímia, homonímia, paroní-
LI

nam” disse ele, “um ovo e não uma mesa tipificam


O

corretamente esse planeta inexplorado.” Então as mia, polissemia, hiponímia e hiperonímia.


R

três irmãs fortes e resolutas saíram à procura de


A
K

provas, abrindo caminho, às vezes através de imen-


Importante!
LI

sidões tranquilas, mas amiúde através de picos e


IE

vales turbulentos (KLEIMAN, 2016, p. 24).


Léxico: Conjunto de todas as palavras e expres-
C

sões de um idioma.
A

Agora tente responder as seguintes perguntas


R

Vocabulário: Conjunto de palavras e expressões


G

sobre o texto:
que cada falante seleciona do léxico para se
Quem é o herói de que trata o texto?
comunicar.
Quem são as três irmãs?
Qual é o planeta inexplorado?
LÍNGUA PORTUGUESA

Certamente, você não conseguiu responder nenhu- Sinonímia


ma dessas questões, porém, ao descobrir o título des-
se texto, sua compreensão sobre essas perguntas será São palavras ou expressões que, empregadas em
afetada. O texto se chama “A descoberta da América um determinado contexto, têm significados seme-
por Colombo”. Agora, volte ao texto, releia-o e busque lhantes. É importante entender que a identidade dos
responder às questões; certamente você não terá mais sinônimos é ocasional, ou seja, em alguns contextos
as mesmas dificuldades. uma palavra pode ser empregada no lugar de outra,
Ainda que o texto não tenha sido alterado, ao vol- o que pode não acontecer em outras situações. O
tar seus olhos por uma segunda vez a ele, já sabendo uso das palavras “chamar”, “clamar” e “bradar”, por
do que se trata, seu cérebro ativou um conhecimen- exemplo, pode ocorrer de maneira equivocada se uti-
to prévio que é essencial para a interpretação de lizadas como sinônimos, uma vez que a intensidade
questões. de suas significações é diferente. 13
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O emprego dos sinônimos é um importante recur- cito (forma do verbo citar) sito (situado)
so para a coesão textual, uma vez que essa estratégia concertar (ajustar, combinar) consertar (reparar, corrigir)
revela, além do domínio do vocabulário do falante, a
concerto (sessão musical) conserto (reparo)
capacidade que ele tem de realizar retomadas coesi-
coser (costurar) cozer (cozinhar)
vas, o que contribuiu para melhor fluidez na leitura
do texto. exotérico (que se expõe em
esotérico (secreto)
público)
espectador (aquele que expectador (aquele que tem
Antonímia
assiste) esperança, que espera)
esperto (perspicaz) experto (experiente, perito)
São palavras ou expressões que, empregadas em
um determinado contexto, têm significados opostos. espiar (observar) expiar (pagar pena)
As relações de antonímia podem ser estabelecidas em espirar (soprar, exalar) expirar (terminar)
gradações (grande/pequeno; velho/jovem); reciproci- estático (imóvel) extático (admirado)
dade (comprar/vender) ou complementaridade (ele é esterno (osso do peito) externo (exterior)
casado/ele é solteiro). Vejamos o exemplo a seguir: extrato (o que se extrai de
estrato (camada)
algo)
estremar (demarcar) extremar (exaltar, sublimar)
incerto (não certo, impreciso) inserto (inserido, introduzido)
incipiente (principiante) insipiente (ignorante)
laço (nó) lasso (frouxo)
ruço (pardacento, grisalho) russo (natural da Rússia)
tacha (prego pequeno) taxa (imposto, tributo)
tachar (atribuir defeito a) taxar (fixar taxa)

Fonte: <https://www.soportugues.com.br/secoes/seman/seman6.
php>. Acessado em: 17/10/2020.

69
Parônimos

8-
86
Parônimos são palavras que apresentam sentido

6.
diferente e forma semelhante, conforme demonstra-

9
mos nos exemplos a seguir:

.4
33
Fonte: <https://bit.ly/3kETkpl>. Acesso em: 16/10/2020.

-4
z Absorver/absolver
A relação de sentido estabelecida na tirinha é
construída a partir dos sentidos opostos das palavras
O
„ Tentaremos absorver toda esta água com
IR
“prende” e “solta”, marcando o uso de antônimos, nes- esponjas. (sorver)
M

se contexto.
A

„ Após confissão, o padre absolveu todos os fiéis


R

de seus pecados (inocentar).


E

Homonímia
R
EI

z Aferir/auferir
R

Homônimos são palavras que têm a mesma pro-


IF

núncia ou grafia, porém apresentam significados dife- „ Realizaremos uma prova para aferir seus
N

rentes. É importante estar atento a essas palavras e a conhecimentos (avaliar, cotejar).


LI

seus dois significados. A seguir, listamos alguns homô- „ O empresário consegue sempre auferir lucros
O

nimos importantes: em seus investimentos (obter).


R
A
K

acender (colocar fogo) ascender (subir) z Cavaleiro/cavalheiro


LI

acento (sinal gráfico) assento (local onde se senta)


IE

acerto (ato de acertar) asserto (afirmação) „ Todos os cavaleiros que integravam a cavala-
C

ria do rei participaram na batalha (homem que


A

apreçar (ajustar o preço) apressar (tornar rápido)


R

anda de cavalo).
G

bucheiro (tripeiro) buxeiro (pequeno arbusto)


„ Meu marido é um verdadeiro cavalheiro, abre
bucho (estômago) buxo (arbusto)
sempre as portas para eu passar (homem edu-
caçar (perseguir animais) cassar (tornar sem efeito) cado e cortês).
cegar (deixar cego) segar (cortar, ceifar)

cela (pequeno quarto)


sela (forma do verbo selar; z Cumprimento/comprimento
arreio)
censo (recenseamento) senso (entendimento, juízo) „ O comprimento do tecido que eu comprei é de
céptico (descrente) séptico (que causa infecção) 3,50 metros (tamanho, grandeza).
cerração (nevoeiro) serração (ato de serrar) „ Dê meus cumprimentos a seu avô (saudação).
cerrar (fechar) serrar (cortar)
cervo (veado) servo (criado)
z Delatar/dilatar
chá (bebida) xá (antigo soberano do Irã)
„ Um dos alunos da turma delatou o colega que
cheque (ordem de xeque (lance no jogo de
chutou a porta e partiu o vidro (denunciar).
pagamento) xadrez)
„ Comendo tanto assim, você vai acabar dilatan-
14 círio (vela) sírio (natural da Síria) do seu estômago (alargar, estender).
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z Dirigente/diligente z Números: é deles que precisamos para comparar as
informações dadas pelos gráficos. Usados para repre-
„ O dirigente da empresa não quis prestar decla- sentar quantidade ou tempo (mês, ano, período);
rações sobre o funcionamento da mesma (pes- z Legendas: ajudam na leitura das informações
soa que dirige, gere). apresentadas. Na maioria dos casos, o uso de cores
„ Minha funcionária é diligente na realização de destaca diferentes informações.
suas funções (expedito, aplicado).
Gráfico de Exemplo
z Discriminar/descriminar 900
800
700
„ Ela se sentiu discriminada por não poder
600
entrar naquele clube (diferenciar, segregar). 500
„ Em muitos países se discute sobre descrimi- 400
nar o uso de algumas drogas (descriminalizar, 300
inocentar). 200
100
Fonte: <https://www.normaculta.com.br/palavras-paronimas/>. 0
Acessado em 17/10/2020. Maçãs Laranjas Bananas
2013 2014 2015
Polissemia (Plurissignificação)
Fonte: <https://support.microsoft.com/pt-br/office/adicionar-uma-
Multiplicidade de sentidos encontradas em algu- legenda-a-um-gráfico-eccd4b70-30ec-429d-8600-6305e08862c7>.
mas palavras, dependendo do contexto. As palavras
polissêmicas guardam uma relação de sentido entre Infográficos
si, diferenciando-as das palavras homônimas. A polis-
semia é encontrada no exemplo a seguir: Os infográficos são uma forma moderna de apre-
sentar o sentido. Essa palavra une os termos info

69
(informação) e gráfico (desenho, imagem, representa-

8-
ção visual), ou seja, um desenho ou imagem que, com o

86
apoio de um texto, informa sobre um assunto que não

6.
seria muito bem compreendido somente com um texto.

9
Para interpretar os dados informativos em um

.4
infográfico, é preciso boa leitura e esta requer atenção

33
aos detalhes. As representações neste formato aliam

-4
Fonte: <https://bit.ly/3jynvgs>. Acessado em: 17/10/2020.
ao texto uma série de atrativos visuais, cabendo ao
O
leitor ser extremamente observador. Ter atenção ao
IR
Hipônimo e Hiperônimo título, ao tema e a fonte das informações é vital para
M

uma boa análise e interpretação.


A

Relação estabelecida entre termos que guardam


R

relação de sentido entre si e mantém uma ordem gra-


E
R

dativa. Exemplo: Hiperônimo – veículo; Hipônimos –


EI

carro, automóvel, moto, bicicleta, ônibus...


R
IF

EFEITOS DE SENTIDO DECORRENTES DO


N

USO DE RECURSOS VERBAIS E NÃO VERBAIS


LI
O

EM GÊNEROS DIFERENTES: GRÁFICOS E


R

INFOGRÁFICOS
A
K
LI

A representação de sentido por meio de tabelas


IE

e gráficos está sempre presente em nosso cotidiano,


C

principalmente nos meios de comunicação, ainda


A

mais com as redes sociais. Isso está ligado à facilidade


R
G

com que podemos analisar e interpretar as informa-


ções que estão organizadas de forma clara e objetiva
e, além disso, ao fato de não exigir o uso de cálculos
complexos para a sua análise. A análise de gráficos
LÍNGUA PORTUGUESA

auxilia na resolução de questões não apenas de portu-


guês, assim, requer atenção.

Gráfico

Componentes de um gráfico:

z Título: na maioria dos casos possuem um título


que indica a que informação ele se refere;
z Fonte: a maioria dos gráficos contém uma fonte,
ou seja, de onde as informações foram retiradas, Fonte: <https://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/covid-19.htm>.
com o ano de publicação; Acessado em: 01/03/2021. 15
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
REFERÊNCIAS Muitas coisas que quebraram meu coração, con-
sertaram minha visão. (errado);
ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e � Entre o verbo e seu complemento, ou mesmo pre-
coerência. São Paulo: Parábola, 2005. dicativo do sujeito:
CAVALCANTE, Mônica Magalhães. Os sentidos do Ex.: Os alunos ficaram, satisfeitos com a explica-
texto. São Paulo: Contexto, 2013. ção. (errado)
KLEIMAN, Angela. Texto e leitor: aspectos cogniti- Os alunos precisam de, que os professores os aju-
vos da leitura. 16. ed. Campinas: Pontes, 2016. dem. (errado)
KOCH, Ingedore Grunfed Villaça; ELIAS, Vanda Os alunos entenderam, toda aquela explicação.
Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto. (errado);
3. ed . São Paulo: Contexto, 2015. � Entre um substantivo e seu complemento nominal
SACCONI, Luiz. Antonio. Nossa Gramática Com- ou adjunto adnominal.
pleta Sacconi – Teoria e Prática. 30ª. ed. São Paulo:
Ex.: A manutenção, daquele professor foi exigida
Nova Geração, 2010.
pelos alunos. (errado);
SCHLITTLER, José. Maria. Martins. Recursos de
� Entre locução verbal de voz passiva e agente da
Estilo em Redação Profissional. Campinas: Ser-
vanda, 2008. passiva:
Ex.: Todos os alunos foram convidados, por aquele
professor para a feira. (errado);
� Entre o objeto e o predicativo do objeto:
Ex.: Considero suas aulas, interessantes. (errado)
PONTUAÇÃO Considero interessantes, as suas aulas. (errado).

Um tópico que gera dúvidas é a pontuação. Vere- USO DE PONTO E VÍRGULA


mos a seguir as regras sobre seus usos.
É empregado nos seguintes casos o sinal de ponto
USO DE VÍRGULA e vírgula (;):

A vírgula é um sinal de pontuação que exerce três � Nos contrastes, nas oposições, nas ressalvas

69
funções básicas: marcar as pausas e as inflexões da Ex.: Ela, quando viu, ficou feliz; ele, quando a viu,

8-
voz na leitura; enfatizar e/ou separar expressões e
ficou triste;

86
orações; e esclarecer o significado da frase, afastando
� No lugar das conjunções coordenativas deslocadas

6.
qualquer ambiguidade.
Ex.: O maratonista correu bastante; ficou, portan-

9
Quando se trata de separar termos de uma mesma

.4
to, exausto;

33
oração, deve-se usar a vírgula nos seguintes casos:
� No lugar do e seguido de elipse do verbo (= zeugma)

-4
� Para separar os termos de mesma função Ex.: Na linguagem escrita é o leitor; na fala, o

O
Ex.: Comprei livro, caderno, lápis, caneta; ouvinte. IR
z Usa-se a vírgula para separar os elementos de Prefiro brigadeiros; minha mãe, pudim; meu pai,
M

enumeração. sorvete;
A

� Em enumerações, portarias, sequências


R

Ex.: Pontes, edifícios, caminhões, árvores... tudo foi


Ex.: São órgãos do Ministério Público Federal:
E

arrastado pelo tsunami;


R

� Para indicar a elipse (omissão de uma palavra que o Procurador-Geral da República;


EI

já apareceu na frase) do verbo o Colégio de Procuradores da República;


R

Ex.: Comprei melancia na feira; ele, abacate. o Conselho Superior do Ministério Público Federal.
IF

Ela prefere filmes de ficção científica; o namorado,


N
LI

filmes de terror; DOIS-PONTOS


O

� Para separar palavras ou locuções explicativas,


R

retificativas Marcam uma supressão de voz em frase que ainda


A

Ex.: Ela completou quinze primaveras, ou seja, 15


K

não foi concluída. Servem para:


anos;
LI

� Para separar datas e nomes de lugar


IE

� Introduzir uma citação (discurso direto):


Ex.: Belo Horizonte, 15 de abril de 1985;
C

Ex.: Assim disse Voltaire: “Devemos julgar um


A

� Para separar as conjunções coordenativas, exceto


homem mais pelas suas perguntas que pelas suas
R

e, nem, ou.
G

Ex.: Treinou muito, portanto se saiu bem. respostas”;


� Introduzir um aposto explicativo, enumerativo,
A vírgula também é facultativa quando o termo distributivo ou uma oração subordinada substan-
que exprime ideia de tempo, modo e lugar não for tiva apositiva
uma locução adverbial, mas um advérbio. Exemplos: Ex.: Em nosso meio, há bons profissionais: profes-
Antes vamos conversar. / Antes, vamos conversar. sores, jornalistas, médicos;
Geralmente almoço em casa. / Geralmente, almoço � Introduzir uma explicação ou enumeração após
em casa. expressões como por exemplo, isto é, ou seja, a
Ontem choveu o esperado para o mês todo. / saber, como.
Ontem, choveu o esperado para o mês todo. Ex.: Adquirimos vários saberes, como: Linguagens,
Filosofia, Ciências...;
Não se Usa Vírgula nas Seguintes Situações z Marcar uma pausa entre orações coordenadas
(relação semântica de oposição, explicação/causa
� Entre o sujeito e o verbo ou consequência)
Ex.: Todos os alunos daquele professor, entende- Ex.: Já leu muitos livros: pode-se dizer que é um
16 ram a explicação. (errado) homem culto.
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Precisamos ousar na vida: devemos fazê-lo com Ex.: Jogaremos comida fora à toa? (Ou seja: “Claro
cautela; que não jogaremos comida fora à toa”).
� Marcar invocação em correspondências
Ex.: Prezados senhores: PONTO DE EXCLAMAÇÃO
Comunico, por meio deste, que...
� É empregado para marcar o fim de uma frase com
TRAVESSÃO entonação exclamativa:
Ex.: Que linda mulher!
� Usado em discursos diretos, indica a mudança de Coitada dessa criança!
discurso de interlocutor: Ex.: � Aparece após uma interjeição:
— Bom dia, Maria! Ex.: Nossa! Isso é fantástico;
— Bom dia, Pedro! � Usado para substituir vírgulas em vocativos
� Serve também para colocar em relevo certas enfáticos:
expressões, orações ou termos. Pode ser subs- Ex.: “Fernando José! onde estava até esta hora?”
tituído por vírgula, dois-pontos, parênteses ou � É repetido duas ou mais vezes quando se quer
colchetes: marcar uma ênfase:
Ex.: Os professores ― amigos meus do curso cario- Ex.: Inacreditável!!! Atravessou a piscina de 50
ca ― vão fazer videoaulas. (aposto explicativo) metros em 20 segundos!!!
Meninos ― pediu ela ―, vão lavar as mãos, que
vamos jantar. (oração intercalada) RETICÊNCIAS
Como disse o poeta: “Só não se inventou a máqui-
na de fazer versos ― já havia o poeta parnasiano”. São usadas para:

PARÊNTESES � Assinalar interrupção do pensamento:


Ex.: ― Estou ciente de que...
Têm função semelhante à dos travessões e das ― Pode dizer...
vírgulas no sentido que colocam em relevo certos ter- � Indicar partes suprimidas de um texto:

69
mos, expressões ou orações. Ex.: Na hora em que entrou no quarto ... e depois

8-
Ex.: Os professores (amigos meus do curso carioca)
desceu as escadas apressadamente. (Também pode

86
vão fazer videoaulas. (aposto explicativo)
ser usado: Na hora em que entrou no quarto [...] e

6.
Meninos (pediu ela), vão lavar as mãos, que vamos
depois desceu as escadas apressadamente.)

9
jantar. (oração intercalada)

.4
� Para sugerir prolongamento da fala:

33
Ex.: ― O que vocês vão fazer nas férias?

-4
PONTO-FINAL
― Ah, muitas coisas: dormir, nadar, pedalar...

O
� Para indicar hesitação:
É o sinal que denota maior pausa. Usa-se:
IR
Ex.: ― Eu não a beijava porque... porque... tinha
M

vergonha.
A

� Para indicar o fim de oração absoluta ou de


R

� Para realçar uma palavra ou expressão, normal-


período.
E

mente com outras intenções:


Ex.: “Itabira é apenas uma fotografia na parede.”
R

Ex.: ― Ela é linda...! Você nem sabe como...!


EI

Carlos Drummond de Andrade;


R

� Nas abreviaturas
IF

USO DAS ASPAS


Ex.: apart. ou apto. = apartamento.
N

sec. = secretário.
LI

a.C. = antes de Cristo. São usadas em citações ou em algum termo que


O

precisa ser destacado no texto. Podem ser substituí-


R
A

das por itálico ou negrito, que têm a mesma função


Dica
K

de destaque.
LI

Símbolos do sistema métrico decimal e elemen- Usam-se nos seguintes casos:


IE

tos químicos não vêm com ponto final:


C
A

Exemplos: km, m, cm, He, K, C � Antes e depois de citações:


R

Ex.: “A vírgula é um calo no pé de todo mundo”,


G

PONTO DE INTERROGAÇÃO afirma Dad Squarisi, 64;


� Para marcar estrangeirismos, neologismos, arcaís-
Marca uma entonação ascendente (elevação da mos, gírias e expressões populares ou vulgares,
LÍNGUA PORTUGUESA

voz) em tom questionador. Usa-se: conotativas:


Ex.: O homem, “ledo” de paixão, não teve a fortuna
� Em frase interrogativa direta: que desejava.
Ex.: O que você faria se só lhe restasse um dia? Não gosto de “pavonismos”.
� Entre parênteses para indicar incerteza: Dê um “up” no seu visual;
Ex.: Eu disse a palavra peremptório (?), mas acho � Para realçar uma palavra ou expressão imprópria,
que havia palavra melhor no contexto; às vezes com ironia ou malícia
� Junto com o ponto de exclamação, para denotar Ex.: Veja como ele é “educado”: cuspiu no chão.
surpresa: Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um “não”
Ex.: Não conseguiu chegar ao local de prova?! (ou sonoro;
!?); � Para citar nomes de mídias, livros etc.
� E interrogações retóricas: Ex.: Ouvi a notícia do “Jornal Nacional”. 17
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COLCHETES � Para separar os versos de poesias, quando escritos
seguidamente na mesma linha. São utilizadas duas
Representam uma variante dos parênteses, porém barras para indicar a separação das estrofes.
têm uso mais restrito. Ex.: “[…] De tanto olhar para longe,/não vejo o que
Usam-se nos seguintes casos: passa perto,/meu peito é puro deserto./Subo mon-
te, desço monte.//Eu ando sozinha/ao longo da noi-
� Para incluir num texto uma observação de nature- te./Mas a estrela é minha.” Cecília Meireles;
za elucidativa: � Na escrita abreviada, para indicar que a palavra
Ex.: É de Stanislaw Ponte Preta [pseudônimo de não foi escrita na sua totalidade:
Sérgio Porto] a obra “Rosamundo e os outros”; Ex.: a/c = aos cuidados de;
� Para isolar o termo latino sic (que significa “assim”), s/ = sem;
a fim de indicar que, por mais estranho ou errado � Para separar o numerador do denominador nos
que pareça, o texto original é assim mesmo: números fracionários, substituindo a barra da
Ex.: “Era peior [sic] do que fazer-me esbirro aluga- fração:
do.” (Machado de Assis); Ex.: 1/3 = um terço;
� Para indicar os sons da fala, quando se estuda � Nas datas:
Fonologia:
Ex.: 31/03/1983
Ex.: mel: [mɛw]; bem: [bẽy];
� Nos números de telefone:
� Para suprimir parte de um texto (assim como
Ex.: 225 03 50/51/52;
parênteses)
� Nos endereços:
Ex.: Na hora em que entrou no quarto [...] e depois
Ex.: Rua do Limoeiro, 165/232;
desceu as escadas apressadamente. ou
� Na indicação de dois anos consecutivos:
Na hora em que entrou no quarto (...) e depois des-
ceu as escadas apressadamente. (caso não preferí- Ex.: O evento de 2012/2013 foi um sucesso;
vel segundo as normas da ABNT). � Para indicar fonemas, ou seja, os sons da língua:
Ex.: /s/.
ASTERISCO
Embora não existam regras muito definidas sobre

69
a existência de espaços antes e depois da barra oblí-

8-
� É colocado à direita e no canto superior de uma

86
palavra do trecho para se fazer uma citação ou qua, privilegia-se o seu uso sem espaços: plural/singu-

6.
comentário qualquer sobre o termo em uma nota lar, masculino/feminino, sinônimo/antônimo.

9
de rodapé:

.4
Identificação e Função do Parágrafo

33
Ex.: A palavra tristeza é formada pelo adjetivo

-4
triste acrescido do sufixo -eza*.
*-eza é um sufixo nominal justaposto a um adjeti- Um parágrafo é o conjunto de um ou mais períodos
vo, o que origina um novo substantivo; O
cujas orações se prendem pelo mesmo grupo de ideias
IR
� Quando repetido três vezes, indica uma omissão e centro de interesse. Assim, um parágrafo é uma uni-
M
A

ou lacuna em um texto, principalmente em substi- dade de sentido, inserida num todo textual coeso.
R

tuição a um substantivo próprio: Como identificar um parágrafo? A primeira linha


E

Ex.: O menor *** foi apreendido e depois encami- do parágrafo é iniciada um pouco à frente da margem
R
EI

nhado aos responsáveis; esquerda da folha, ponto onde se iniciam as restantes


R

� Quando colocado antes e no alto da palavra, repre- linhas do parágrafo.


IF

senta o vocábulo como uma forma hipotética, isto Exemplos de parágrafos:


N

é, cuja existência é provável, mas não comprovada: Meu dia começou como habitualmente. Acor-
LI

Ex.: Parecer, do latim *parescere;


O

dei, troquei de roupa, tomei o café da manhã e fui


R

� Antes de uma frase para indicar que ela é agrama- trabalhar.


A

tical, ou seja, uma frase que não respeita as regras Chegando ao trabalho, algo inesperado aconteceu:
K

da gramática.
LI

o escritório estava alagado. Todos os funcionários


* Edifício elaborou projeto o engenheiro.
IE

foram dispensados, porque não havia condições para


C

que fizéssemos nosso trabalho.


A

USO DA BARRA
R
G

A barra oblíqua [ / ] é um sinal gráfico usado:

� Para indicar disjunção e exclusão, podendo ser CLASSES DE PALAVRAS


substituída pela conjunção “ou”:
Ex.: Poderemos optar por: carne/peixe/dieta. SUBSTANTIVO
Poderemos optar por: carne, peixe ou dieta;
� Para indicar inclusão, quando utilizada na separa- Os substantivos classificam os seres em geral. Uma
ção das conjunções e/ou. característica básica dessa classe é admitir um deter-
Ex.: Os alunos poderão apresentar trabalhos orais minante — artigo, pronome etc. Os substantivos fle-
e/ou escritos; xionam-se em gênero, número e grau.
� Para indicar itens que possuem algum tipo de rela-
ção entre si. Tipos de Substantivos
Ex.: A palavra será classificada quanto ao número
(plural/singular). A classificação dos substantivos admite nove tipos
18 O carro atingiu os 220 km/h; diferentes. São eles:
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z Simples: Formados a partir de um único radical. Gênero e Significação
Ex.: vento, escola;
z Composto: Formados pelo processo de justaposi- Alguns substantivos uniformes podem aparecer
ção. Ex.: couve-flor, aguardente; com marcação de gênero diferente, ocasionando uma
z Primitivo: Possibilitam a formação de um novo modificação no sentido. Veja, por exemplo:
substantivo. Ex.: pedra, dente;
z Derivado: Formados a partir dos derivados. Ex.: z A testemunha: Pessoa que presenciou um crime;
pedreiro, dentista; z O testemunho: Relato de experiência, associado a
z Concreto: Designam seres com independência religiões.
ontológica, ou seja, um ser que existe por si, inde-
pendentemente de sua conotação espiritual ou
Algumas formas substantivas mantêm o radical e
real. Ex.: Maria, gato, Deus, fada, carro;
a pequena alteração no gênero do artigo interfere no
z Abstrato: Indicam estado, sentimento, ação, qua-
lidade. Os substantivos abstratos existem apenas significado:
em função de outros seres. A feiura, por exemplo,
depende de uma pessoa, um substantivo concreto z O cabeça: chefe / a cabeça: membro o corpo;
a quem esteja associada. Ex.: chute, amor, cora- z O moral: ânimo / a moral: costumes sociais;
gem, liberalismo, feiura; z O rádio: aparelho / a rádio: estação de transmissão.
z Comum: Designam todos os seres de uma espécie.
Ex.: homem, cidade; Além disso, algumas palavras na língua causam
z Próprio: Designam uma determinada espécie. Ex.: dificuldade na identificação do gênero, pois são usa-
Pedro, Fortaleza; das em contextos informais com gêneros diferentes.
z Coletivo: Usados no singular, designam um con- Alguns exemplos são: a alface; a cal; a derme; a libido;
junto de uma mesma espécie. Ex: pinacoteca, a gênese; a omoplata / o guaraná; o formicida; o tele-
manada. fonema; o trema.
Algumas formas que não apresentam, necessaria-
É importante destacar que a classificação de um mente, relação com o gênero, são admitidas tanto no
substantivo depende do contexto em que ele está inse-

69
masculino quanto no feminino: O personagem / a per-
rido. Vejamos: sonagem; O laringe / a laringe; O xerox / a xerox.

8-
Judas foi um apóstolo. (Judas como nome de uma

86
pessoa = Próprio);

6.
Flexão de Número
O amigo mostrou-se um judas (judas significando

9
.4
traidor = comum).

33
Os substantivos flexionam-se em número, de

-4
maneira geral, pelo acréscimo do morfema -s. Ex.:
Flexão de Gênero
Casa / casas.
O
Porém, podem apresentar outras terminações:
IR
Os gêneros do substantivo são masculino e
M

feminino. males, reais, animais, projéteis etc.


A

Porém, alguns deles admitem apenas uma forma Geralmente, devemos acrescentar -es ao singular
R

para os dois gêneros. São, por isso, chamados de uni- das formas terminadas em R ou Z, como: flor / flores;
E
R

formes. Os substantivos uniformes podem ser: paz / pazes. Porém, há exceções, como a palavra mal,
EI

terminada em L e que tem como plural “males”.


R

z Comuns-de-dois-gêneros: Designam seres huma- Já os substantivos terminados em AL, EL, OL, UL


IF

nos e sua diferença é marcada pelo artigo. Ex.: O fazem plural trocando-se o L final por -is. Ex.: coral /
N
LI

pianista / a pianista; O gerente / a gerente; O clien- corais; papel / papéis; anzol / anzóis.
O

te / a cliente; O líder / a líder; Entretanto, também há exceções. Ex.: a forma


R

z Epicenos: Designam geralmente animais que mel apresenta duas formas de plural aceitas: meles
A
K

apresentam distinção entre masculino e feminino, e méis.


LI

mas a diferença é marcada pelo uso do adjetivo Geralmente, as palavras terminadas em -ão fazem
IE

macho ou fêmea. Ex.: cobra macho / cobra fêmea; plural com o acréscimo do -s ou pelo acréscimo de -es.
C

onça macho / onça fêmea; gambá macho / gambá Ex.: capelães, capitães, escrivães.
A

fêmea; girafa macho / girafa fêmea;


R

Contudo, há substantivos que admitem até três


G

z Sobrecomuns: Designam seres de forma geral e formas de plural, como os seguintes:


não são distinguidos por artigo ou adjetivo; o gêne-
ro pode ser reconhecido apenas pelo contexto. Ex.:
z Ermitão: ermitãos, ermitões, ermitães;
LÍNGUA PORTUGUESA

A criança; O monstro; A testemunha; O indivíduo.


z Ancião: anciãos, anciões, anciães;
z Vilão: vilãos, vilões, vilães.
Já os substantivos biformes designam os substan-
tivos que apresentam duas formas para os gêneros
masculino ou feminino. Ex.: professor/professora. Podemos, ainda, associar às palavras paroxítonas
Destacamos que alguns substantivos apresentam que terminam em -ão o acréscimo do -s. Ex.: órgão /
formas diferentes nas terminações para designar for- órgãos; órfão / órfãos.
mas diferentes no masculino e no feminino:
Ex.: Ator/atriz; Ateu/ ateia; Réu/ré. Plural dos Substantivos Compostos
Outros substantivos modificam o radical para
designar formas diferentes no masculino e no femini- Os substantivos compostos são aqueles formados
no. Estes são chamados de substantivos heteroformes: por justaposição. O plural dessas formas obedece às
Ex.: Pai/mãe; Boi/vaca; Genro/nora. seguintes regras: 19
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z Variam os dois elementos: z Nomes de instituições e entidades. Ex.: Embai-
xada do Brasil, Ministério das Relações Exteriores,
Substantivo + substantivo. Ex.: mestre-sala / mes- Gabinete da Vice-presidência, Organização das
tres -salas; Nações Unidas;
Substantivo + adjetivo. Ex.: guarda-noturno / guar- z Títulos de obras. Ex.: Memórias póstumas de Brás
das -noturnos; Cubas. Caso a obra apresente em seu título um
Adjetivo + substantivo. Ex.: boas-vindas; nome próprio, como no exemplo dado, este tam-
Numeral + substantivo. Ex.: terça-feira / terças bém deverá ser escrito com inicial maiúscula;
-feiras. z Nomenclatura legislativa especificada. Ex.: Lei
de Diretrizes e Bases da Educação (LDB);
z Varia apenas um elemento: z Períodos e eventos históricos. Ex.: Revolta da
Vacina, Guerra Fria, Segunda Guerra Mundial;
Substantivo + preposição + substantivo. Ex.: canas- z Nome dos pontos cardeais e equivalentes. Ex.:
-de-açúcar; Norte, Sul, Leste, Oeste, Nordeste, Sudeste, Oriente,
Substantivo + substantivo com função adjetiva. Ocidente. Importante: os pontos cardeais são gra-
Ex.: navios-escola. fados com maiúsculas apenas quando utilizados
Palavra invariável + palavra invariável. Ex.: abai- indicando uma região. Ex.: Este ano vou conhecer
xo-assinados. o Sul (O Sul do Brasil); quando utilizados indican-
Verbo + substantivo. Ex.: guarda-roupas. do uma direção, devem ser escritos com minúscu-
Redução + substantivo. Ex.: bel-prazeres. las. Ex.: Correu a América de norte a sul;
Destacamos, ainda, que os substantivos compostos z Siglas, símbolos ou abreviaturas. Ex.: ONU, INSS,
Unesco, Sr., S (Sul), K (Potássio).
formados por
verbo + advérbio
verbo + substantivo plural Atente-se: Em palavras com hífen, pode-se optar
pelo uso de maiúsculas ou minúsculas. Portanto, são
ficam invariáveis. Ex.: Os bota-fora; os saca-rolha.
aceitas as formas Vice-Presidente, Vice-presidente e
vice-presidente; porém, é preciso manter a mesma
Variação de Grau
forma em todo o texto. Já nomes próprios compostos

69
por hífen devem ser escritos com as iniciais maiúscu-

8-
A flexão de grau dos substantivos exprime a varia-
las, como em Grã-Bretanha e Timor-Leste.

86
ção de tamanho dos seres, indicando um aumento ou

6.
uma diminuição.
ADJETIVO

9
.4
33
z Grau aumentativo: Quando o acréscimo de sufi-
Os adjetivos associam-se aos substantivos, garan-

-4
xos aos substantivos indicar um aumento de
tindo a estes um significado mais preciso. Os adjetivos
tamanho.
O
podem indicar:
Ex.: bocarra, homenzarrão, gatarrão, cabeçorra,
IR
fogaréu, boqueirão, poetastro;
M

z Qualidade: professor chato;


A

z Grau diminutivo: Exprime, ao contrário do z Estado: aluno triste;


R

aumentativo, a diminuição do tamanho/proporção z Aspecto, aparência: estrada esburacada.


E

do ser.
R
EI

Ex.: fontinha, lobacho, casebre, vilarejo, saleta, Locuções Adjetivas


R

pequenina, papelucho.
IF

As locuções adjetivas apresentam o mesmo valor


N

Dica
LI

dos adjetivos, indicando as mesmas características


O

deles.
O emprego do grau aumentativo ou diminuti-
R

Elas são formadas por preposição + substantivo,


A

vo dos substantivos pode alterar o sentido das


K

referindo-se a outro substantivo ou expressão subs-


palavras, podendo assumir um valor:
LI

tantivada, atribuindo-lhe o mesmo valor adjetivo.


Afetivo: filhinha / mãezona;
IE

A seguir, colocamos diferentes locuções adjeti-


C

Pejorativo: mulherzinha / porcalhão. vas ao lado da forma adjetiva, importantes para seu
A

estudo:
R
G

O Novo Acordo Ortográfico e o Uso de Maiúsculas


z Voo de águia / aquilino;
O novo acordo ortográfico estabelece novas regras z Poder de aluno / discente;
para o uso de substantivos próprios, exigindo o uso da z Conselho de professores / docente;
inicial maiúscula. z Cor de chumbo / plúmbea;
Dessa forma, devemos usar com letra maiúscula as z Luz da lua / lunar;
inicias das palavras que designam: z Sangue de baço / esplênico;
z Nervo do intestino / celíaco ou entérico;
z Nomes, sobrenomes e apelidos de pessoas z Noite de inverno / hibernal ou invernal.
reais ou imaginárias. Ex.: Gabriela, Silva, Xuxa,
Cinderela; É importante destacar que, mais do que “decorar”
z Nomes de cidades, países, estados, continentes formas adjetivas e suas respectivas locuções, é fun-
etc., reais ou imaginários. Ex.: Belo Horizonte, damental reconhecer as principais características de
Ceará, Nárnia, Londres; uma locução adjetiva: caracterizar o substantivo e
z Nomes de festividades. Ex.: Carnaval, Natal, Dia apresentar valor de posse.
20 das Crianças; Ex.: Viu o crime pela abertura da porta;
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A abertura de conta pode ser realizada on-line. „ Superioridade: Compara, evidenciando um
Quando a locução adjetiva é composta pela prepo- elemento como superior ao outro. Mais do que,
sição “de”, pode ser confundida com a locução adver- melhor do que. Ex.: O amor é mais suficiente
bial. Nesse caso, para diferenciá-las, é importante do que o dinheiro;
perceber que a locução adjetiva apresenta valor de „ Inferioridade: Compara, evidenciando um ele-
posse, pois, nesse caso, o meio usado pelo sujeito para mento como inferior ao outro. Menos do que,
ver “o crime”, indicado na frase, foi pela abertura da pior do que. Ex.: Homens são menos engajados
porta. Além disso, a locução destacada está caracteri- do que mulheres.
zando o substantivo “abertura”.
Já na segunda frase, a locução destacada é adver- z Grau superlativo: Em relação ao grau superlati-
bial, pois quem sofre a “ação” de ser aberta é a “con- vo, é importante considerar que o valor semântico
ta”, o que indica o valor de passividade da locução, desse grau apresenta variações, podendo indicar:
demonstrando seu caráter adverbial.
As locuções adjetivas também desempenham fun- „ Característica de um ser elevada ao último
ção de adjetivo e modificam substantivos, pronomes, grau: Superlativo absoluto, que pode ser analí-
numerais e orações substantivas. tico (associado ao advérbio) ou sintético (asso-
Ex.: Amor de mãe; Café com açúcar. ciação de prefixo ou sufixo ao adjetivo).
Subst. — loc. adj. / subst. — loc. adj. Ex.: O candidato é muito humilde (Superlativo
Já as locuções adverbiais desempenham função de absoluto analítico).
advérbio. Modificam advérbios, verbos, adjetivos e
O candidato é humílimo (Superlativo absoluto
orações adjetivas com esses valores.
sintético);
Ex.: Morreu de fome; Agiu com rapidez.
„ Característica de um ser relacionada com
Verbo — loc. adv. / verbo — loc. adv.
outros indivíduos da mesma classe: Superla-
tivo relativo, que pode ser de superioridade (o
Adjetivo de Relação
mais) ou de inferioridade (o menos).
Ex.: O candidato é o mais humilde dos concor-
No estudo dos adjetivos, é fundamental conhecer
rentes? (Superlativo relativo de superioridade).
o aspecto morfológico designado como “adjetivo de
O candidato é o menos preparado entre os con-

69
relação”, muito cobrado por bancas de concursos.
correntes à prefeitura (Superlativo relativo de

8-
Para identificar um adjetivo de relação, observe as
inferioridade).

86
seguintes características:
Importante! Ao compararmos duas qualidades

6.
de um mesmo ser, devemos empregar a forma

9
z Seu valor é objetivo, não podendo, portanto, apre-

.4
analítica (mais alta, mais magra, mais bonito etc.).

33
sentar meios de subjetividade. Ex.: Em “Menino
Ex.: A modelo é mais alta que magra.
bonito”, o adjetivo não é de relação, já que é sub-

-4
Porém, se uma mesma característica referir-se
jetivo, pois a beleza do menino depende dos olhos
O
a seres diferentes, empregamos a forma sinté-
de quem o descreve;
IR
tica (melhor, pior, menor etc.).
z Posição posterior ao substantivo: Os adjetivos de
M

Ex.: Nossa sala é menor que a sala da diretoria.


relação sempre são posicionados após o substanti-
A
R

vo. Ex.: Casa paterna, mapa mundial;


Formação dos Adjetivos
E

z Derivado do substantivo: Derivam-se do substan-


R

tivo por derivação prefixal ou sufixal. Ex.: paternal


EI

— pai; mundial — mundo; Os adjetivos podem ser primitivos, derivados,


R

simples ou compostos.
IF

z Não admitem variação de grau: os graus com-


N

parativo e superlativo não são admitidos. Ex.:


LI

Não pode ser mapa “mundialíssimo” ou “pouco z Primitivos: Adjetivos que não derivam de outras
O

mundial”. palavras. A partir deles, é possível formar novos


R

termos. Ex.: útil, forte, bom, triste, mau etc.;


A
K

Alguns exemplos de adjetivos relativos: Presiden- z Derivados: São palavras que derivam de verbos ou
LI

te americano (não é subjetivo; posicionado após o substantivos. Ex.: bondade, lealdade, mulherengo
IE

substantivo; derivado de substantivo; não existe a etc.;


C

forma variada em grau “americaníssimo”); platafor- z Simples: Apresentam um único radical. Ex.: por-
A

tuguês, escuro, honesto etc.;


R

ma petrolífera; economia mundial; vinho francês;


G

roteiro carnavalesco. z Compostos: Formados a partir da união de dois ou


mais radicais. Ex.: verde-escuro, luso-brasileiro,
Variação de Grau amarelo-ouro etc.
LÍNGUA PORTUGUESA

O adjetivo pode variar em dois graus: compara- O plural dos adjetivos simples é realizado da mes-
tivo ou superlativo. Cada um deles apresenta suas ma forma que o plural dos substantivos.
respectivas categorias.
Plural dos Adjetivos Compostos
z Grau comparativo: Exprime a característica de
um ser, comparando-o com outro da mesma classe O plural dos adjetivos compostos segue as seguin-
nos seguintes sentidos: tes regras:

„ Igualdade: Compara elementos colocando-os z Invariável:


em um mesmo patamar. Igual a, como, tanto
quanto, tão quanto. Ex.: Somos tão complexos „ Os adjetivos compostos por azul-marinho, azul-
quanto simplórios; -celeste, azul-ferrete; 21
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„ Locuções formadas de cor + de + substantivo, como em cor-de-rosa, cor-de-cáqui;
„ Adjetivo + substantivo, como tapetes azul-turquesa, camisas amarelo-ouro.

z Varia o último elemento:

„ Primeiro elemento é palavra invariável, como em mal-educados, recém-formados;


„ Adjetivo + adjetivo, como em lençóis verde-claros, cabelos castanho-escuros.

Adjetivos Pátrios

Os adjetivos pátrios, também conhecidos como gentílicos, designam a naturalidade ou nacionalidade de seres
e objetos.
O sufixo -ense, geralmente, designa a origem de um ser relacionada a um estado brasileiro. Ex.: amazonense,
fluminense, cearense.

z Curiosidade: O adjetivo pátrio “brasileiro” é formado com o sufixo -eiro, que é costumeiramente usado para
designar profissões. O gentílico que designa nossa nacionalidade teve origem com as pessoas que comercia-
lizavam o pau-brasil; esse ofício dava-lhes a alcunha de “brasileiros”, termo que passou a indicar os nascidos
em nosso país.

Veja a seguir alguns dos adjetivos pátrios de nosso país:

69
8-
86
96.
.4
33
-4
O
IR
M
A
R
E
R
EI
R
IF
N
LI
O
R
A
K
LI
IE
C
A
R
G

22
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NUMERAL PRONOME

São palavras que se relacionam diretamente ao Pronomes são palavras que representam ou acom-
substantivo, inferindo ideia de quantidade ou posi- panham um termo substantivo. Dessa forma, a função
ção. Os numerais podem ser: dos pronomes é substituir ou determinar uma pala-
vra. Eles indicam pessoas, relações de posse, indefini-
z Cardinais: Indicam quantidade em si. Ex.: Dois ção, quantidade, localização no tempo, no espaço e no
potes de sorvete; zero coisas a comprar; ambos os meio textual, entre outras funções.
meninos eram bons em português; Os pronomes exercem papel importante na análi-
z Ordinais: Indicam a ordem de sucessão de uma se sintática e também na interpretação textual, pois
série. Ex.: Foi o segundo colocado do concurso; che- colaboram para a complementação de sentido de ter-
gou em último/penúltimo/antepenúltimo lugar; mos essenciais da oração, além de estruturar a orga-
z Multiplicativos: Indicam o número de vezes pelo nização textual, contribuindo para a coesão e também
qual determinada quantidade é multiplicada. Ex.: para a coerência de um texto.
Ele ganha o triplo no novo emprego;
z Fracionários: Indicam frações, divisões ou dimi- Pronomes Pessoais
nuições proporcionais em quantidade. Ex.: Tomou
um terço de vinho; o copo estava meio cheio; ele Os pronomes pessoais designam as pessoas do dis-
recebeu metade do pagamento. curso. Acompanhe a tabela a seguir, com mais infor-
mações sobre eles:
Podemos encontrar ainda os numerais coletivos,
isto é, designam um conjunto, porém expressam uma PRONOMES DO PRONOMES DO
PESSOAS
quantidade exata de seres/conceitos. Veja: CASO RETO CASO OBLÍQUO
Dúzia: conjunto de doze unidades; 1ª pessoa do
Eu Me, mim, comigo
Novena: período de nove dias; singular
Década: período de dez anos; 2ª pessoa do
Tu Te, ti, contigo

69
Século: período de cem anos; singular
Bimestre: período de dois meses.

8-
3ª pessoa do Se, si, consigo

86
Ele/Ela
singular o, a, lhe

6.
Um: Numeral ou Artigo?
1ª pessoa do

9
Nós Nos, conosco

.4
plural

33
A forma um pode assumir na língua a função de
2ª pessoa do

-4
artigo indefinido ou de numeral cardinal; então, como Vós Vos, convosco
podemos reconhecer cada função? É preciso observar plural
o contexto em uso. Observe: O
IR
3ª pessoa do Se, si, consigo
Eles/Elas
M
plural os, as, lhes
A

z Durante a votação, houve um deputado que se


R

posicionou contra o projeto;


E

Os pronomes pessoais do caso reto costumam


R

z Durante a votação, apenas um deputado se posi-


substituir o sujeito.
EI

cionou contra o projeto.


Ex.: Pedro é bonito / Ele é bonito.
R
IF

Já os pronomes pessoais oblíquos costumam fun-


Na primeira frase, podemos substituir o termo um
N

cionar como complemento verbal ou adjunto.


LI

por uma, realizando as devidas alterações sintáticas, e Ex.: Eu a vi com o namorado; Maura saiu comigo.
O

o sentido será mantido, pois o que se pretende defen-


R

der é que a espécie do indivíduo que se posicionou


A

z Os pronomes que estarão relacionados ao obje-


K

contra o projeto é um deputado e não uma deputada, to direto são: O, a, os, as, me, te, se, nos, vos. Ex.:
LI

por exemplo. Informei-o sobre todas as questões;


IE

Já na segunda oração, a alteração do gênero não z Já os que se relacionam com o objeto indireto são:
C

implicaria em mudanças no sentido, pois o que se


A

Lhe, lhes, (me, te, se, nos, vos – complementados


R

pretende indicar é que o projeto foi rejeitado por UM por preposição). Ex.: Já lhe disse tudo (disse tudo
G

deputado, marcando a quantidade. a ele).


Outra forma de notarmos a diferença é ficarmos
atentos com a aparição das expressões adverbiais, o Lembre-se de que todos os pronomes pessoais são
LÍNGUA PORTUGUESA

que sempre fará com que a palavra “um” seja numeral. pronomes substantivos.
Ainda sobre os numerais, atente-se às dicas a Além disso, é importante saber que “eu” e “tu” não
seguir: podem ser regidos por preposição e que os pronomes
“ele(s)”, “ela(s)”, “nós” e “vós” podem ser retos ou oblí-
z Sobre o numeral milhão/milhares, é importante quos, dependendo da função que exercem.
destacar que sua forma é masculina. Logo, a con- Os pronomes oblíquos tônicos são precedidos de
cordância com palavras femininas é inaceitável preposição e costumam ter função de complemento:
pela gramática.
Errado: As milhares de vacinas chegaram hoje. z 1ª pessoa: Mim, comigo (singular); nós, conosco
Correto: Os milhares de vacina chegaram hoje; (plural);
z A forma 14 por extenso apresenta duas formas z 2ª pessoa: Ti, contigo (singular); vós, convosco
aceitas pela norma gramatical: catorze e quatorze. (plural); 23
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z 3ª pessoa: Si, consigo (singular ou plural); ele(s), Ainda sobre o assunto, veja algumas observações:
ela(s).
z Sobre o uso das abreviaturas das formas de tra-
Não devemos usar pronomes do caso reto como tamento é importante destacar que o plural de
objeto ou complemento verbal, como em “mate ele”. algumas abreviaturas é feito com letras dobradas,
Contudo, o gramático Celso Cunha destaca que é pos- como: V. M. / VV. MM.; V. A. / VV. AA. Porém, na
sível usar os pronomes do caso reto como comple- maioria das abreviaturas terminadas com a letra
mento verbal, desde que antecedidos pelos vocábulos a, o plural é feito com o acréscimo do s: V. Exa. / V.
“todos”, “só”, “apenas” ou “numeral”. Exas.; V. Ema. / V.Emas.;
Ex.: Encontrei todos eles na festa. Encontrei ape- z O tratamento adequado a Juízes de Direito é Meri-
nas ela na festa. tíssimo Juiz;
Após a preposição “entre”, em estrutura de recipro- z O tratamento dispensado ao Presidente da Repú-
cidade, devemos usar os pronomes oblíquos tônicos. blica nunca deve ser abreviado.
Ex.: Entre mim e ele não há segredos.
Pronomes Indefinidos
Pronomes de Tratamento
Os pronomes indefinidos indicam quantidade de
Os pronomes de tratamento são formas que expres- maneira vaga e sempre devem ser utilizados na 3ª
sam uma hierarquia social institucionalizada linguis- pessoa do discurso. Os pronomes indefinidos podem
ticamente. As formas de pronomes de tratamento variar e podem ser invariáveis. Observe a seguinte
apresentam algumas peculiaridades importantes: tabela:

z Vossa: Designa a pessoa a quem se fala (relativo à PRONOMES INDEFINIDOS1


2ª pessoa). Apesar disso, os verbos relacionados a Variáveis Invariáveis
esse pronome devem ser flexionados na 3ª pessoa
do singular. Algum, alguma, alguns, algumas Alguém
Ex.: Vossa Excelência deve conhecer a Constituição; Nenhum, nenhuma, nenhuns, Ninguém

69
z Sua: Designa a pessoa de quem se fala (relativo à nenhumas

8-
3ª pessoa). Todo, toda, todos, todas Quem

86
Ex.: Sua Excelência, o presidente do Supremo Tri-
Outro, outra, outros, outras Outrem

6.
bunal, fará um pronunciamento hoje à noite.

9
Muito, muita, muitos, muitas Algo

.4
Os pronomes de tratamento estabelecem uma hie-

33
Pouco, pouca, poucos, poucas Tudo
rarquia social na linguagem, ou seja, a partir das for-

-4
mas usadas, podemos reconhecer o nível de discurso Certo, certa, certos, certas Nada
e o tipo de poder instituídos pelos falantes. Vários, várias
O Cada
IR
Por isso, alguns pronomes de tratamento só devem
M
Quanto, quanta, quantos, Que
ser utilizados em contextos cujos interlocutores sejam
A

quantas
R

reconhecidos socialmente por suas funções, como juí-


Tanto, tanta, tantos, tantas
E

zes, reis, clérigos, entre outras.


R

Dessa forma, apresentamos alguns pronomes de Qualquer, quaisquer


EI
R

tratamento, seguidos de sua abreviatura e das funções Qual, quais


IF

sociais que designam:


Um, uma, uns, umas
N
LI

z Vossa Alteza (V. A.): Príncipes, duques, arquidu-


O

ques e seus respectivos femininos;


R

As palavras certo e bastante serão pronomes


A

z Vossa Eminência (V. Ema.): Cardeais; indefinidos quando vierem antes do substantivo, e
K

z Vossa Excelência (V. Exa.): Autoridades do gover- serão adjetivos quando vierem depois.
LI

no e das Forças Armadas membros do alto escalão; Ex.: Busco certo modelo de carro (pronome
IE

z Vossa Majestade (V. M.): Reis, imperadores e seus indefinido).


C
A

respectivos femininos; Busco o modelo de carro certo (adjetivo).


R

z Vossa Reverendíssima (V. Rev. Ma.): Sacerdotes; A palavra bastante frequentemente gera dúvida
G

z Vossa Senhoria (V. Sa.): Funcionários públicos gra- quanto a ser advérbio, adjetivo ou pronome indefini-
duados, oficiais até o posto de coronel, tratamento do. Por isso, atente-se ao seguinte:
cerimonioso a comerciantes importantes;
z Vossa Santidade (V. S.): Papa; z Bastante (advérbio): Será invariável e equivalen-
z Vossa Excelência Reverendíssima (V. Exa. Rev- te ao termo “muito”.
ma.): Bispos. Ex.: Elas são bastante famosas;
z Bastante (adjetivo): Será variável e equivalente
Os exemplos apresentados fazem referência a pro- ao termo “suficiente”.
nomes de tratamento e suas respectivas designações Ex.: A comida e a bebida não foram bastantes para
sociais conforme indica o Manual de Redação oficial a festa;
da Presidência da República. Portanto, essas designa- z Bastante (pronome indefinido): Concorda com
ções devem ser seguidas com atenção quando o gêne- o substantivo, indicando grande, porém incerta,
ro textual abordado for um gênero oficial. quantidade de algo.
1 Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/pronomes-indefinidos-e-interrogativos-nenhum-outro-qualquer-quem-
24 quanto-qual.htm>. Acesso em: 14 jul. de 2020.
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Ex.: Bastantes bancos aumentaram os juros. Pronomes Relativos

Pronomes Demonstrativos Uma das classes de pronomes mais complexas, os


pronomes relativos têm função muito importante na
Os pronomes demonstrativos indicam a posição e língua, refletida em assuntos de grande relevância
apontam elementos a que se referem as pessoas do dis- em concursos, como a análise sintática. Dessa forma,
curso (1ª, 2ª e 3ª). Essa posição pode ser designada por é essencial conhecer adequadamente a função desses
eles no tempo, no espaço físico ou no espaço textual. elementos, a fim de saber utilizá-los corretamente.
Os pronomes relativos referem-se a um substantivo
z 1ª pessoa: Este, estes / Esta, estas; ou a um pronome substantivo mencionado anterior-
z 2ª pessoa: Esse, esses / Essa, essas; mente. A esse nome (substantivo ou pronome mencio-
z 3ª pessoa: Aquele, aqueles / Aquela, aquelas; nado anteriormente) chamamos de antecedente.
z Invariáveis: Isto, isso, aquilo. São pronomes relativos:

Usamos este, esta, isto para indicar: z Variáveis: O qual, os quais, cujo, cujos, quanto,
quantos / A qual, as quais, cuja, cujas, quanta,
� Referência ao espaço físico, indicando a proximi- quantas;
dade de algo ao falante. z Invariáveis: Que, quem, onde, como;
Ex.: Esta caneta aqui é minha. Entreguei-lhe isto z Emprego do pronome relativo que: Pode ser asso-
como prova. ciado a pessoas, coisas ou objetos.
� Referência ao tempo presente. Ex.: Encontrei o homem que desapareceu. O
Ex.: Esta semana começarei a dieta. Neste mês, cachorro que estava doente morreu. A caneta que
pagarei a última prestação da casa. emprestei nunca recebi de volta.
� Referência ao espaço textual. � Em alguns casos, há a omissão do antecedente do
Ex.: Encontrei Joana e Carla no shopping; esta pro- relativo “que”.
curava um presente para o marido (o pronome Ex.: Não teve que dizer (não teve nada que dizer).
refere-se ao último termo mencionado).
� Emprego do relativo quem: Seu antecedente deve
ser uma pessoa ou objeto personificado.

69
Este artigo científico pretende analisar... (o prono-
Ex.: Fomos nós quem fizemos o bolo.

8-
me “este” refere-se ao próprio texto).
� O pronome relativo quem pode fazer referência

86
Usamos esse, essa, isso para indicar:
a algo subentendido: Quem cala consente (aquele

6.
que cala).

9
z Referência ao espaço físico, indicando o afasta-

.4
mento de algo de quem fala. � Emprego do relativo quanto: Seu antecedente

33
Ex.: Essa sua gravata combinou muito com você. deve ser um pronome indefinido ou demonstrati-

-4
z Indicar distância que se deseja manter. vo; pode sofrer flexões.

O
Ex.: Não me fale mais nisso. A população não con- Ex.: Esqueci-me de tudo quanto foi me ensinado.
IR
fia nesses políticos. Perdi tudo quanto poupei a vida inteira.
M

z Referência ao tempo passado. � Emprego do relativo cujo: Deve ser empregado para
A

Ex.: Nessa semana, eu estava doente. Esses dias indicar posse e aparecer relacionando dois termos
R

estive em São Paulo. que devem ser um possuidor e uma coisa possuída.
E
R

z Referência a algo já mencionado no texto/ na fala. Ex.: A matéria cuja aula faltei foi Língua portugue-
EI

Ex.: Continuo sem entender o porquê de você ter sa — o relativo cuja está ligando aula (possuidor) à
R

falado sobre isso. Sinto uma energia negativa nes- matéria (coisa possuída).
IF

sa expressão utilizada.
N
LI

O relativo cujo deve concordar em gênero e núme-


O

Usamos aquele, aquela, aquilo para indicar: ro com a coisa possuída.


R

Jamais devemos inserir um artigo após o pronome


A

� Referência ao espaço físico, indicando afastamen-


K

cujo: Cujo o, cuja a


to de quem fala e de quem ouve.
LI

Não podemos substituir cujo por outro pronome


Ex.: Margarete, quem é aquele ali perto da porta?
IE

relativo.
� Referência a um tempo muito remoto, um passa-
C

O pronome relativo cujo pode ser preposicionado.


A

do muito distante. Ex.: Esse é o vilarejo por cujos caminhos percorri.


R

Ex.: Naquele tempo, podíamos dormir com as por-


G

Para encontrar o possuidor, faça-se a seguinte per-


tas abertas. Bons tempos aqueles!
gunta: “de quem/do que?”
� Referência a um afastamento afetivo.
Ex.: Vi o filme cujo diretor ganhou o Óscar (Diretor
Ex.: Não conheço mais aquela mulher.
do que? Do filme).
LÍNGUA PORTUGUESA

� Referência ao espaço textual, indicando o pri-


meiro termo de uma relação expositiva. Vi o rapaz cujas pernas você se referiu (Pernas de
Ex.: Saí para lanchar com Ana e Beatriz. Esta prefe- quem? Do rapaz).
riu beber chá; aquela, refrigerante.
� Emprego do pronome relativo onde: Empregado
para indicar locais físicos.
Dica
Ex.: Conheci a cidade onde meu pai nasceu.
O pronome “mesmo” não pode ser usado em fun- � Em alguns casos, pode ser preposicionado, assu-
ção demonstrativa referencial. Veja: mindo as formas aonde e donde.
Errado: O candidato fez a prova, porém o mesmo Ex.: Irei aonde você for.
esqueceu de preencher o gabarito. � O relativo “onde” pode ser empregado sem
Correto: O candidato fez a prova, porém esque- antecedente.
ceu de preencher o gabarito. Ex.: O carro atolou onde não havia ninguém. 25
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� Emprego de o qual: O pronome relativo “o qual” „ Pronomes indefinidos, demonstrativos, rela-
e suas variações (os quais, a qual, as quais) é usa- tivos. Ex: Foi ela que me colocou nesse papel.
do em substituição a outros pronomes relativos, „ Conjunções subordinativas. Ex.: Embora se
sobretudo o “que”, a fim de evitar fenômenos lin- apresente como um rico investidor, ele nada tem.
guísticos, como o “queísmo”. „ Gerúndio, precedido da preposição em. Ex: Em
Ex.: O Brasil tem um passado do qual (que) nin- se tratando de futebol, Maradona foi um ídolo.
guém se lembra. „ Infinitivo pessoal preposicionado. Ex.: Na
esperança de sermos ouvidos, muito lhe
O pronome “o qual” pode auxiliar na compreensão
agradecemos.
textual, desfazendo estruturas ambíguas.
„ Orações interrogativas, exclamativas, opta-
tivas (exprimem desejo). Ex.: Como te iludes!
Pronomes Interrogativos
z Mesóclise: Pronome posicionado no meio do ver-
São utilizados para introduzir uma pergunta ao
bo. Casos que atraem o pronome para mesóclise:
texto.
Apresentam-se de formas variáveis (Que? Quais?
„ Os pronomes devem ficar no meio dos verbos
Quanto? Quantos?) e invariáveis (Que? Quem?).
que estejam conjugados no futuro, caso não
Ex.: O que é aquilo? Quem é ela? Qual sua idade?
haja nenhum motivo para uso da próclise. Ex.:
Quantos anos tem seu pai?
O ponto de interrogação só é usado nas interroga- Dar-te-ei meus beijos agora... / Orgulhar-me-ei
tivas diretas. Nas indiretas, aparece apenas a intenção dos nossos estudantes.
interrogativa, indicada por verbos como perguntar,
indagar etc. Ex.: Indaguei quem era ela. z Ênclise: Pronome posicionado após o verbo. Casos
Atenção: Os pronomes interrogativos que e quem que atraem o pronome para ênclise:
são pronomes substantivos, pois substituem os subs-
tantivos, dando fluidez à leitura. „ Início de frase ou período. Ex.: Sinto-me mui-
Ex.: O tempo, que estava instável, não permitiu a to honrada com esse título.
realização da atividade (O tempo não permitiu a reali- „ Imperativo afirmativo. Ex.: Sente-se, por
favor.

69
zação da atividade. O tempo estava instável)2.
„ Advérbio virgulado. Ex.: Talvez, diga-me o

8-
86
Pronomes Possessivos quanto sou importante.

6.
9
Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do Casos proibidos:

.4
33
discurso e indicam posse. Observe a tabela a seguir:
„ Início de frase: Me dá esse caderno! (errado) /

-4
1ª pessoa Meu, minha / meus, minhas Dá-me esse caderno! (certo).
SINGULAR 2ª pessoa Teu, tua / teus, tuas O
„ Depois de ponto e vírgula: Falou pouco; se lem-
IR
3ª pessoa Seu, sua / seus, suas brou de nada (errado) / Falou pouco; lembrou-
M

-se de nada (correto).


A

1ª pessoa Nosso, nossa / nossos, nossas


R

„ Depois de particípio: Tinha lembrado-se do fato


PLURAL 2ª pessoa Vosso, vossa / vossos, vossas
E

(errado) / Tinha se lembrado do fato (correto).


R

3ª pessoa Seu, sua / seus, suas


EI

VERBO
R
IF

Os pronomes pessoais oblíquos (me, te, se, lhe, o,


N

a, nos, vos) também podem atribuir valor possessivo Certamente, a classe de palavras mais complexa e
LI

a uma coisa. importante dentre as palavras da língua portuguesa é


O

Ex.: Apertou-lhe a mão (a sua mão). Ainda que o o verbo. A partir dos verbos, são estruturados as ações
R
A

pronome esteja ligado ao verbo pelo hífen, a relação e os agentes desses atos, além de ser uma importante
K

do pronome é com o objeto da posse. classe sempre abordada nos editais de concursos; por
LI

Outras funções dos pronomes possessivos: isso, atente-se às nossas dicas.


IE

Os verbos são palavras variáveis que se flexionam


C

z Delimitam o substantivo a que se referem; em número, pessoa, modo e tempo, além da designa-
A
R

z Concordam com o substantivo que vem depois ção da voz que exprime uma ação, um estado ou um
G

dele; fato.
z Não concordam com o referente; As flexões verbais são marcadas por desinências,
z O pronome possessivo que acompanha o substan- que podem ser:
tivo exerce função sintática de adjunto adnominal.
z Número-pessoal: Indicando se o verbo está no
Colocação Pronominal singular ou plural, bem como em qual pessoa ver-
bal foi flexionado (1ª, 2ª ou 3ª);
Estudo da posição dos pronomes na oração. z Modo-temporal: Indica em qual modo e tempo
verbais a ação foi realizada.
z Próclise: Pronome posicionado antes do verbo.
Casos que atraem o pronome para próclise: Iremos apresentar essas desinências a seguir.
Antes, porém, de abordarmos as desinências modo-
„ Palavras negativas: Nunca, jamais, não. Ex.: -temporais, precisamos explicar o que são modo e
Não me submeto a essas condições. tempo verbais.
26 2 Exemplo disponível em: <https://www.todamateria.com.br/pronomes-substantivos/>. Acesso em: 30. jul. 2021.
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Modos

Indica a atitude da ação/do sujeito frente a uma relação enunciada pelo verbo.

z Indicativo: O modo indicativo exprime atitude de certeza.


Ex.: Estudei muito para ser aprovado.
z Subjuntivo: O modo subjuntivo exprime atitude de dúvida, desejo ou possibilidade.
Ex.: Se eu estudasse, seria aprovado.
z Imperativo: O modo imperativo designa ordem, convite, conselho, súplica ou pedido.
Ex.: Estuda! Assim, serás aprovado.

Tempos

O tempo designa o recorte temporal em que a ação verbal foi realizada. Basicamente, podemos indicar o tem-
po dessa ação no passado, presente ou futuro. Existem, entretanto, ramificações específicas. Observe a seguir:

z Presente:

Pode expressar não apenas um fato atual, como também uma ação habitual. Ex.: Estudo todos os dias no
mesmo horário.
Uma ação passada. Ex.: Vargas assume o cargo e instala uma ditadura.
Uma ação futura. Ex.: Amanhã, estudo mais! (equivalente a estudarei).

z Passado:

„ Pretérito perfeito: Ação realizada plenamente no passado.


Ex.: Estudei até ser aprovado.
„ Pretérito imperfeito: Ação inacabada, que pode indicar uma ação frequentativa, vaga ou durativa.

69
Ex.: Estudava todos os dias.

8-
„ Pretérito mais-que-perfeito: Ação anterior à outra mais antiga.

86
Ex.: Quando notei (passado), a água já transbordara (ação anterior) da banheira.

96.
z Futuro:

.4
33
„ Futuro do presente: indica um fato que deve ser realizado em um momento vindouro.

-4
Ex.: Estudarei bastante ano que vem.

O
„ Futuro do pretérito: Expressa um fato posterior em relação a outro fato já passado. IR
Ex.: Estudaria muito, se tivesse me planejado.
M
A

A partir dessas informações, podemos também identificar os verbos conjugados nos tempos simples e nos
R

tempos compostos. Os tempos verbais simples são formados por uma única palavra, ou verbo, conjugado no
E
R

presente, passado ou futuro.


EI

Já os tempos compostos são formados por dois verbos, um auxiliar e um principal; nesse caso, o verbo auxiliar
R

é o único a sofrer flexões.


IF

Agora, vamos conhecer as desinências modo-temporais dos tempos simples e compostos, respectivamente:
N
LI
O

Flexões Modo-Temporais — Tempos Simples


R
A

TEMPO MODO INDICATIVO MODO SUBJUNTIVO


K
LI

Presente * -e (1ª conjugação) e -a (2ª e 3ª conjugações)


IE

Pretérito perfeito -ra (3ª pessoa do plural) *


C
A

Pretérito imperfeito -va (1ª conjugação) -ia (2ª e 3ª conjugações) -sse


R
G

Pretérito mais-que-perfeito -ra *


Futuro -rá e -re -r
Futuro do pretérito -ria *
LÍNGUA PORTUGUESA

*Nem todas as formas verbais apresentam desinências modo-temporais.

Flexões Modo-Temporais — Tempos Compostos (Indicativo)

z Pretérito perfeito composto: Verbo auxiliar: Ter (presente do indicativo) + verbo principal particípio.
Ex.: Tenho estudado.
� Pretérito mais-que-perfeito composto: Verbo auxiliar: Ter (pretérito imperfeito do indicativo) + verbo prin-
cipal no particípio.
Ex.: Tinha passado.
� Futuro composto: Verbo auxiliar: Ter (futuro do indicativo) + verbo principal no particípio.
Ex.: Terei saído. 27
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� Futuro do pretérito composto: Verbo auxiliar: Ter Classificação dos Verbos
(futuro do pretérito simples) + verbo principal no
particípio. Os verbos são classificados quanto a sua forma
Ex.: Teria estudado. de conjugação e podem ser divididos em: regulares,
irregulares, anômalos, abundantes, defectivos, prono-
Flexões Modo-Temporais — Tempos Compostos minais, reflexivos, impessoais e auxiliares, além das
(Subjuntivo) formas nominais. Vamos conhecer as particularida-
des de cada um a seguir:
� Pretérito perfeito composto: Verbo auxiliar:
Ter (presente do subjuntivo) + Verbo principal z Regulares: Os verbos regulares são os mais fáceis
particípio. de compreender, pois apresentam regularidade no
Ex.: (que eu) Tenha estudado. uso das desinências, ou seja, das terminações ver-
� Pretérito mais-que-perfeito composto: Verbo bais. Da mesma forma, os verbos regulares man-
auxiliar: Ter (pretérito imperfeito do subjuntivo) + têm o paradigma morfológico com o radical, que
verbo principal no particípio. permanece inalterado. Ex.: Verbo cantar:
Ex.: (se eu) Tivesse estudado
� Futuro composto: Verbo auxiliar: Ter (futuro sim- PRETÉRITO PERFEITO
PRESENTE — INDICATIVO
ples do subjuntivo) + verbo principal no particípio. — INDICATIVO
Ex.: (quando eu) Tiver estudado. Eu canto Cantei
Tu cantas Cantaste
Formas Nominais do Verbo e Locuções Verbais
Ele/ você canta Cantou
As formas nominais do verbo são as formas no Nós cantamos Cantamos
infinitivo, particípio e gerúndio que eles assumem em
Vós cantais Cantastes
determinados contextos. São chamadas nominais pois
funcionam como substantivos, adjetivo ou advérbios. Eles/ vocês cantam Cantaram

z Gerúndio: Marcado pela terminação -ndo. Seu z Irregulares: Os verbos irregulares apresentam

69
valor indica duração de uma ação e, por vezes, alteração no radical e nas desinências verbais.

8-
pode funcionar como um advérbio ou um adjetivo. Por isso, recebem esse nome, pois sua conjugação

86
Ex.: Olhando para seu povo, o presidente se ocorre irregularmente, seguindo um paradigma

6.
compadeceu. próprio para cada grupo verbal.

9
z Particípio: Marcado pelas terminações mais

.4
comuns -ado, -ido, podendo terminar também em

33
Perceba a seguir como ocorre uma sutil diferença na
-do, -to, -go, -so, -gue. Corresponde nominalmente conjugação do verbo estar, que utilizamos como exem-

-4
ao adjetivo; pode flexionar-se, em alguns casos, em plo. Isso é importante para não confundir os verbos irre-
O
número e gênero. gulares com os verbos anômalos. Ex.: Verbo estar:
IR
Ex.: A Índia foi colonizada pelos ingleses.
M

Quando cheguei, ela já tinha partido. PRETÉRITO PERFEITO


A

Ele tinha aberto a janela. PRESENTE — INDICATIVO


R

— INDICATIVO
Ela tinha pago a conta.
E

Eu estou Estive
R

z Infinitivo: Forma verbal que indica a própria ação


EI

do verbo, ou o estado, ou, ainda, o fenômeno desig- Tu estás Estiveste


R

nado. Pode ser pessoal ou impessoal:


IF

Ele/ você está Esteve


N

Nós estamos Estivemos


„ Pessoal: O infinitivo pessoal é passível de con-
LI

jugação, pois está ligado às pessoas do discurso. Vós estais Estivestes


O
R

É usado na formação de orações reduzidas. Ex.: Eles/ vocês estão Estiveram


A

Comer eu. Comermos nós. É para aprenderem


K

que ele ensina;


LI

„ Impessoal: Não é passível de flexão. É o nome z Anômalos: Esses verbos apresentam profundas
IE

do verbo, servindo para indicar apenas a con- alterações no radical e nas desinências verbais,
C

consideradas anomalias morfológicas; por isso,


A

jugação. Ex.: Estudar - 1ª conjugação; Comer - 2ª


R

conjugação; Partir - 3ª conjugação. recebem essa classificação. Um exemplo bem


G

usual de verbo dessa categoria é o verbo “ser”. Na


O infinitivo impessoal forma locuções verbais ou língua portuguesa, apenas dois verbos são classifi-
orações reduzidas. cados dessa forma: os verbos ser e ir.
Locuções verbais: sequência de dois ou mais ver-
bos que funcionam como um verbo. Vejamos a conjugação o verbo “ser”:
Ex.: Ter de + verbo principal no infinitivo: Ter de
trabalhar para pagar as contas. PRETÉRITO PERFEITO
PRESENTE — INDICATIVO
Haver de + verbo principal no infinitivo: Havemos — INDICATIVO
de encontrar uma solução. Eu sou Fui
Tu és Foste
Dica Ele / você é Foi
Não confunda locuções verbais com tempos Nós somos Fomos
compostos. O particípio formador de tempo Vós sois Fostes
composto na voz ativa não se flexiona. Ex.: O
Eles / vocês são Foram
28 homem teria realizado sua missão.
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Os verbos ser e ir são irregulares, porém, apresen- PARTICÍPIO PARTICÍPIO
tam uma forma específica de irregularidade que oca- INFINITIVO
REGULAR IRREGULAR
siona uma anomalia em sua conjugação. Por isso, são
Eu já tinha aceita- O convite foi
classificados como anômalos. Aceitar
do o convite aceito
Aviso quando
z Abundantes: São formas verbais abundantes os
Entregar tiver entregado a Está entregue!
verbos que apresentam mais de uma forma de encomenda
particípio aceitas pela norma culta gramatical.
Geralmente, apresentam uma forma de particípio Quando chegou,
Havia morrido há
Morrer encontrou o ani-
regular e outra irregular. Vejamos alguns verbos dias
mal morto
abundantes:
A bala foi expelida Esta é a bala
Expelir
por aquela arma expulsa
PARTICÍPIO PARTICÍPIO
INFINITIVO Tinha enxugado
REGULAR IRREGULAR
a louça quan- A roupa está
Absolver Absolvido Absolto Enxugar
do o programa enxuta
Abstrair Abstraído Abstrato começou

Aceitar Aceitado Aceito Depois de ter fin-


Findar dado o trabalho, Trabalho findo!
Benzer Benzido Bento descansou
Cobrir Cobrido Coberto Se tivesse impri-
Onde está o docu-
Completar Completado Completo Imprimir mido tínhamos
mento impresso?
como provar
Confundir Confundido Confuso
Eu tinha limpado Que casa tão
Limpar
Demitir Demitido Demisso a casa limpa!
Despertar Despertado Desperto Dados importan-
Informações esta-
Omitir tes tinham sido
Dispersar Dispersado Disperso omitidos por ela
vam omissas

69
Eleger Elegido Eleito Após ter submer- Deixe os legumes

8-
Submergir gido os legumes, submersos por

86
Encher Enchido Cheio
reparou no amigo alguns minutos

6.
Entregar Entregado Entregue

9
Nunca tinha sus- Você está

.4
Morrer Morrido Morto Suspender
pendido ninguém suspenso!

33
Expelir Expelido Expulso

-4
Enxugar Enxugado Enxuto z Defectivos: São verbos que não apresentam algu-
O
mas pessoas conjugadas em suas formas, gerando
IR
Findar Findado Findo
um “defeito” na conjugação (por isso, o nome).
M

Fritar Fritado Frito


A

Alguns exemplos de defectivos são os verbos colo-


R

Ganhar Ganhado Ganho rir, precaver, reaver etc.


E
R

Gastar Gastado Gasto


EI

Esses verbos não são conjugados na primeira pes-


Imprimir Imprimido Impresso
R

soa do singular do presente do indicativo, bem como:


IF

Inserir Inserido Inserto aturdir, exaurir, explodir, esculpir, extorquir, feder,


N

fulgir, delinquir, demolir, puir, ruir, computar, colo-


LI

Isentar Isentado Isento rir, carpir, banir, brandir, bramir, soer.


O

Juntar Juntado Junto Verbos que expressam onomatopeias ou fenôme-


R
A

Limpar Limpado Limpo nos temporais também apresentam essa característi-


K

ca, como latir, bramir, chover.


LI

Matar Matado Morto


IE

Omitir Omitido Omisso z Pronominais: Esses verbos apresentam um pro-


C
A

Pagar Pagado Pago nome oblíquo átono integrando sua forma verbal.
R

É importante lembrar que esses pronomes não


G

Prender Prendido Preso apresentam função sintática. Predominantemen-


Romper Rompido Roto te, os verbos pronominas apresentam transitivida-
de indireta, ou seja, são VTI. Ex.: Sentar-se.
Salvar Salvado Salvo
LÍNGUA PORTUGUESA

Secar Secado Seco PRESENTE PRETÉRITO PERFEITO


Submergir Submergido Submerso — INDICATIVO — INDICATIVO
Suspender Suspendido Suspenso Eu me sento Sentei-me
Tingir Tingido Tinto Tu te sentas Sentaste-te
Torcer Torcido Torto Ele/ você se senta Sentou-se
Nós nos sentamos Sentamo-nos
Vós vos sentais Sentastes-vos
Eles/ vocês se sentam Sentaram-se
29
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z Reflexivos: Verbos que apresentam pronome oblí- Dica
quo átono reflexivo, funcionando sintaticamen-
te como objeto direto ou indireto. Nesses verbos, O verbo “pôr” corresponde à segunda conjuga-
o sujeito sofre e pratica a ação verbal ao mesmo ção, pois origina-se do verbo “poer”.
tempo. Ex.: Ela se veste mal. Nós nos cumprimen- O mesmo acontece com verbos que deste
tamos friamente; derivam.
z Impessoais: Verbos que designam fenômenos da
natureza, como chover, trovejar, nevar etc. Vozes Verbais
„ O verbo haver, com sentido de existir ou mar-
As vozes verbais definem o papel do sujeito na
cando tempo decorrido, também será impes-
oração, demonstrando se o sujeito é o agente da ação
soal. Ex.: Havia muitos candidatos e poucas
vagas. Há dois anos, fui aprovado em concurso verbal ou se ele recebe a ação verbal. Dividem-se em:
público.
„ Os verbos ser e estar também são verbos � Ativa: O sujeito é o agente, praticando a ação
impessoais quando designam fenômeno climá- verbal.
tico ou tempo. Ex.: Está muito quente! / Era tar- Ex.: O policial deteve os bandidos.
de quando chegamos. � Passiva: O sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação
„ O verbo ser para indicar hora, distância ou verbal.
data concorda com esses elementos. Ex.: Os bandidos foram detidos pelo policial —
„ O verbo fazer também poderá ser impessoal, passiva analítica;
quando indicar tempo decorrido ou tempo cli- � Detiveram-se os criminosos — passiva sintética.
mático. Ex.: Faz anos que estudo pintura. Aqui � Reflexiva: O sujeito é agente e paciente ao mes-
faz muito calor. mo tempo, pois pratica e recebe a ação verbal.
„ Os verbos impessoais não apresentam sujeito; sin-
Ex.: Os bandidos se entregaram à polícia. / O
taticamente, classifica-se como sujeito inexistente.
menino se agrediu.
„ O verbo ser será impessoal quando o espa-
ço sintático ocupado pelo sujeito não estiver � Recíproca: O sujeito é agente e paciente ao mes-
preenchido: “Já é natal”. Segue o mesmo para- mo tempo, porém há uma ação compartilhada

69
digma do verbo fazer, podendo ser impessoal, entre dois indivíduos. A ação pode ser comparti-

8-
também, o verbo ir: “Vai uns bons anos que lhada entre dois ou mais indivíduos que praticam

86
não vejo Mariana”. e sofrem a ação.

6.
Ex.: Os bandidos se olharam antes do julga-

9
z Auxiliares: Os verbos auxiliares são empregados mento. / Apesar do ódio mútuo, os candidatos se

.4
nas formas compostas dos verbos e também nas cumprimentaram.

33
locuções verbais. Os principais verbos auxiliares

-4
dos tempos compostos são ter e haver. A voz passiva é realizada a partir da troca de fun-
O
ções entre sujeito e objeto da voz ativa. Só podemos
IR
Nas locuções, os verbos auxiliares determinam a transformar uma frase da voz ativa para a voz passiva
M

concordância verbal; porém, o verbo principal deter-


A

se o verbo for transitivo direto ou transitivo direto e


R

mina a regência estabelecida na oração. indireto. Logo, só há voz passiva com a presença do
E

Apresentam forte carga semântica que indica objeto direto.


R

modo e aspecto da oração. São importantes na forma-


EI

Importante! Não confunda os verbos pronomi-


ção da voz passiva analítica.
R

nais com as vozes verbais. Os verbos pronominais


IF

que indicam sentimentos, como arrepender-se, quei-


z Formas Nominais: Na língua portuguesa, usamos
N

xar-se, dignar-se, entre outros, acompanham um


LI

três formas nominais dos verbos:


pronome que faz parte integrante do seu significado,
O
R

„ Gerúndio: Terminação -ndo. Apresenta valor diferentemente das vozes verbais, que acompanham
A

durativo da ação e equivale a um advérbio ou o pronome “se” com função sintática própria.
K

adjetivo. Ex.: Minha mãe está rezando;


LI

„ Particípio: Terminações -ado, -ido, -do, -to, -go, Outras Funções do “Se”
IE
C

-so. Apresenta valor adjetivo e pode ser classi-


A

ficado em particípio regular e irregular, sendo Como vimos, o “se” pode funcionar como item
R

as formas regulares finalizadas em -ado e -ido. essencial na voz passiva. Além dessa função, esse ele-
G

mento também acumula outras atribuições:


A norma culta gramatical recomenda o uso do par-
ticípio regular com os verbos “ter” e “haver”. Já com z Partícula apassivadora: A voz passiva sintética
os verbos “ser” e “estar”, recomenda-se o uso do par- é feita com verbos transitivos direto (TD) ou tran-
ticípio irregular. sitivos direto indireto (TDI). Nessa voz, incluímos
Ex.: Os policiais haviam expulsado os bandidos /
o “se” junto ao verbo, por isso, o elemento “se” é
Os traficantes foram expulsos pelos policiais.
designado partícula apassivadora, nesse contexto.
Ex.: Busca-se a felicidade (voz passiva sintética) —
„ Infinitivo: Marca as conjugações verbais.
“Se” (partícula apassivadora).
AR: Verbos que compõem a 1ª conjugação (Amar,
passear); O “se” exercerá essa função apenas:
ER: Verbos que compõem a 2ª conjugação (Comer,
pôr); „ Com verbos cuja transitividade seja TD ou TDI;
IR: Verbos que compõem a 3ª conjugação (Partir, „ Com verbos que concordam com o sujeito;
30 sair). „ Com a voz passiva sintética.
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Atenção: Na voz passiva nunca haverá objeto dire- Vamos conhecer agora alguns verbos cuja conjuga-
to (OD), pois ele se transforma em sujeito paciente. ção apresenta paradigma derivado, auxiliando a com-
preensão dessas conjugações verbais.
z Índice de indeterminação do sujeito: O “se” fun- O verbo criar é conjugado da mesma forma que os
cionará nessa condição quando não for possível verbos “variar”, “copiar”, “expiar” e todos os demais
identificar o sujeito explícito ou subentendido. que terminam em -iar. Os verbos com essa termina-
Além disso, não podemos confundir essa função ção são, predominantemente, regulares.
do “se” com a de apassivador, já que, para ser índi-
ce de indeterminação do sujeito, a oração precisa PRESENTE — INDICATIVO
estar na voz ativa.
Eu Crio
Outra importante característica do “se” como índi- Tu Crias
ce de indeterminação do sujeito é que isso ocorre em Ele/Você Cria
verbos transitivos indiretos, verbos intransitivos ou
verbos de ligação. Além disso, o verbo sempre deverá Nós Criamos
estar na 3ª pessoa do singular. Vós Criais
Ex.: Acredita-se em Deus. Eles/Vocês Criam
z Pronome reflexivo: Na função de pronome refle-
xivo, a partícula “se” indicará reflexão ou reci- Os verbos terminados em -ear, por sua vez, geral-
procidade, auxiliando a construção dessas vozes mente são irregulares e apresentam alguma modifi-
verbais, respectivamente. Nessa função, suas prin- cação no radical ou nas desinências. Acompanhe a
cipais características são: conjugação do verbo “passear”:

„ Sujeito recebe e pratica a ação; PRESENTE — INDICATIVO


„ Funcionará, sintaticamente, como objeto direto
Eu Passeio
ou indireto;

69
„ O sujeito da frase poderá estar explícito ou Tu Passeias

8-
implícito. Ele/Você Passeia

86
Nós Passeamos

6.
Ex.: Ele se via no espelho (explícito). Deu-se um

9
presente de aniversário (implícito). Vós Passeais

.4
33
Eles/Vocês Passeiam

-4
z Parte integrante do verbo: Nesses casos, o “se”
será parte integrante dos verbos pronominais,
O
Conjugação de Alguns Verbos
acompanhando-o em todas as suas flexões. Quan-
IR
do o “se” exerce essa função, jamais terá uma fun-
M

Vamos agora conhecer algumas conjugações de


A

ção sintática. Além disso, o sujeito da frase poderá


R

estar explícito ou implícito. verbos irregulares importantes, que sempre são obje-
E

Ex.: (Ele/a) Lembrou-se da mãe, quando olhou a filha. to de questões em concursos.


R

Observe o verbo “aderir” no presente do indicativo:


EI

z Partícula de realce: Será partícula de realce o


R

“se” que puder ser retirado do contexto sem pre-


IF

juízo no sentido e na compreensão global do texto. PRESENTE — INDICATIVO


N

A partícula de realce não exerce função sintática,


LI

Eu Adiro
pois é desnecessária.
O

Tu Aderes
R

Ex.: Vão-se os anéis, ficam-se os dedos.


A

z Conjunção: O “se” será conjunção condicional Ele/Você Adere


K

quando sugerir a ideia de condição. A conjunção


LI

Nós Aderimos
“se” exerce função de conjunção integrante, ape-
IE

Vós Aderis
C

nas ligando as orações, e poderá ser substituído


A

pela conjunção “caso”. Eles/Vocês Aderem


R

Ex.: Se ele estudar, será aprovado. (Caso ele estu-


G

dar, será aprovado).


A seguir, acompanhe a conjugação do verbo “por”.
São conjugados da mesma forma os verbos dispor,
Conjugação de Verbos Derivados
LÍNGUA PORTUGUESA

interpor, sobrepor, compor, opor, repor, transpor,


entrepor, supor.
Verbo derivado é aquele que deriva de um verbo
primitivo; para trabalhar a conjugação desses verbos, é
importante ter clara a conjugação de seus “originários”. PRESENTE — INDICATIVO
Atente-se à lista de verbos irregulares e de algu- Eu Ponho
mas de suas derivações a seguir, pois são assuntos Tu Pões
relevantes em provas diversas:
Ele/Você Põe
z Pôr: Repor, propor, supor, depor, compor, expor; Nós Pomos
z Ter: Manter, conter, reter, deter, obter, abster-se; Vós Pondes
z Ver: Antever, rever, prever;
z Vir: Intervir, provir, convir, advir, sobrevir. Eles/Vocês Põem 31
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ADVÉRBIO

Advérbios são palavras invariáveis que modificam um verbo, adjetivo ou outro advérbio. Em alguns casos, os
advérbios também podem modificar uma frase inteira, indicando circunstância.
As gramáticas da língua portuguesa apresentam listas extensas com as funções dos advérbios. Porém, decorar
as funções dos advérbios, além de desgastante, pode não ter o resultado esperado na resolução de questões de
concurso.
Dessa forma, sugerimos que você fique atento às principais funções designadas aos advérbios para, a partir
delas, conseguir interpretar a função exercida nos enunciados das questões que tratem dessa classe de palavras.
Ainda assim, julgamos pertinente apresentar algumas funções basilares exercidas pelo advérbio:

z Dúvida: Talvez, caso, porventura, quiçá etc.;


z Intensidade: Bastante, bem, mais, pouco etc.;
z Lugar: Ali, aqui, atrás, lá etc.;
z Tempo: Jamais, nunca, agora etc.;
z Modo: Assim, depressa, devagar etc.

Novamente, chamamos sua atenção para a função que o advérbio deve exercer na oração. Como dissemos,
essas palavras modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio, por isso, para identificar com mais pro-
priedade a função denotada pelos advérbios, é preciso perguntar: Como? Onde? Por quê?
As respostas sempre irão indicar circunstâncias adverbiais expressas por advérbios, locuções adverbiais ou
orações adverbiais.
Vejamos como podemos identificar a classificação/função adequada dos advérbios:

z O homem morreu... de fome (causa) com sua família (companhia) em casa (lugar) envergonhado (modo);
z A criança comeu... demais (intensidade) ontem (tempo) com garfo e faca (instrumento) às claras (modo).

Locuções Adverbiais

69
8-
Conjunto de duas ou mais palavras que pode desempenhar a função de advérbio, alterando o sentido de um

86
verbo, adjetivo ou advérbio.

96.
A maioria das locuções adverbiais é formada por uma preposição e um substantivo. Há também as que são

.4
formadas por preposição + adjetivos ou advérbios. Veja alguns exemplos:

33
-4
z Preposição + substantivo: de novo. Ex.: Você poderia me explicar de novo? (de novo = novamente);

O
z Preposição + adjetivo: em breve. Ex.: Em breve, o filme estará em cartaz (em breve = brevemente);
IR
z Preposição + advérbio: por ali. Ex.: Acho que ele foi por ali.
M
A
R

As locuções adverbiais são bem semelhantes às locuções adjetivas. É importante saber que as locuções adver-
E

biais apresentam um valor passivo.


R

Ex.: Ameaça de colapso.


EI

Nesse exemplo, o termo em negrito é uma locução adverbial, pois o valor é de passividade, ou seja, se inver-
R
IF

temos a ordem e inserirmos um verbo na voz passiva, a frase manterá seu sentido. Veja:
Ex.: Colapso foi ameaçado.
N
LI

Essa frase faz sentido e apresenta valor passivo, logo, sem o verbo, a locução destacada anteriormente é
O

adverbial.
R

Ainda sobre esse assunto, perceba que em locuções como esta: “Característica da nação”, o termo destacado
A
K

não terá o mesmo valor passivo, pois não aceitará a inserção de um verbo com essa função:
LI

Nação foi característica*. Essa frase quebra a estrutura gramatical da língua portuguesa, que não admite voz
IE

passiva em termos com função de posse (caso das locuções adjetivas). Isso torna tal estrutura agramatical; por
C

isso, inserimos um asterisco para indicar essa característica.


A
R
G

Dica
Locuções adverbiais apresentam valor passivo
Locuções adjetivas apresentam valor de posse

Com essas dicas, esperamos que você seja capaz de diferenciar essas locuções em questões. Buscamos desen-
volver seu aprendizado para que não seja preciso gastar seu tempo decorando listas de locuções adverbiais.
Lembre-se: o sentido está no texto.

Advérbios Interrogativos

Os advérbios interrogativos são, muitas vezes, confundidos com pronomes interrogativos. Para evitar essa
confusão, devemos saber que os advérbios interrogativos introduzem uma pergunta, exprimindo ideia de tempo,
modo ou causa.
Ex.: Como foi a prova?
32 Quando será a prova?
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Onde será realizada a prova?
Por que a prova não foi realizada?
De maneira geral, as palavras como, onde, quando e por que são advérbios interrogativos, pois não substi-
tuem nenhum nome de ser (vivo), exprimindo ideia de modo, lugar, tempo e causa.

Grau do Advérbio

Assim como os adjetivos, os advérbios podem ser flexionados nos graus comparativo e superlativo.
Vejamos as principais mudanças sofridas pelos advérbios quando flexionados em grau:

NORMAL SUPERIORIDADE INFERIORIDADE IGUALDADE


Bem Melhor (mais bem*) - Tão bem

GRAU COMPARATIVO Mal Pior (mais mal*) - Tão mal


Muito Mais - -
Pouco Menos - -

Obs.: As formas “mais bem” e “mais mal” são aceitas quando acompanham o particípio verbal.

ABSOLUTO ABSOLUTO
NORMAL RELATIVO
SINTÉTICO ANALÍTICO
Inferioridade
Bem Otimamente Muito bem
GRAU -
SUPERLATIVO Superioridade

69
Mal Pessimamente Muito mal
-

8-
86
Muito Muitíssimo - Superioridade: o mais

6.
Pouco Pouquíssimo - Superioridade: o menos

9
.4
33
Advérbios e Adjetivos

-4
O
O adjetivo é uma classe de palavras variável. Porém, quando se refere a um verbo, ele fica invariável, confun-
IR
M
dindo-se com o advérbio.
A

Nesses casos, para ter certeza de qual é a classe da palavra, basta tentar colocá-la no feminino ou no plural;
R

caso a palavra aceite uma dessas flexões, será adjetivo.


E
R

Ex.: O homem respondeu feliz à esposa.


EI

Os homens responderam felizes às esposas.


R
IF

Como “feliz” aceitou a flexão para o plural, trata-se de um adjetivo.


N

Agora, acompanhe o seguinte exemplo:


LI

Ex.: A cerveja que desce redondo.


O

As cervejas que descem redondo.


R
A

Nesse caso, como a palavra continua invariável, trata-se de um advérbio.


K
LI

Palavras Denotativas
IE
C
A

São termos que apresentam semelhança com os advérbios; em alguns casos, são até classificados como tal, mas
R
G

não exercem função modificadora de verbo, adjetivo ou advérbio.


Sobre as palavras denotativas, é fundamental saber identificar o sentido a elas atribuído, pois, geralmente, é
isso que as bancas de concurso cobram.
LÍNGUA PORTUGUESA

z Eis: Sentido de designação;


z Isto é, por exemplo, ou seja: Sentido de explicação;
z Ou melhor, aliás, ou antes: Sentido de ratificação;
z Somente, só, salvo, exceto: Sentido de exclusão;
z Além disso, inclusive: Sentido de inclusão.

Além dessas expressões, há, ainda, as partículas expletivas ou de realce, geralmente formadas pela forma
ser + que (é que). A principal característica dessas palavras é que elas podem ser retiradas sem causar prejuízo
sintático ou semântico à frase.
Ex.: Eu é que faço as regras / Eu faço as regras.
Outras palavras denotativas expletivas são: lá, cá, não, é porque etc. 33
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Algumas Observações Interessantes z Concessão: Com mais de 80 anos, ainda tem pla-
nos para o futuro;
z O adjunto adverbial sempre deve vir posicionado z Instrumento: Abrir a porta com a chave;
após o verbo ou complemento verbal. Caso venha z Matéria: Vinho se faz com uva;
deslocado, em geral, separamos por vírgulas. Ex.: z Modo: Andar com elegância;
Na reunião de ontem, o pedido foi aprovado (O z Referência: Com sua irmã aconteceu diferente;
pedido foi aprovado na reunião de ontem); comigo sempre é assim.
z Em uma sequência de advérbios terminados com
o sufixo -mente, apenas o último elemento recebe “Contra”
a terminação destacada. Ex.: A questão precisa ser
pensada política e socialmente. z Oposição: Jogar contra a seleção brasileira;
z Direção: Olhar contra o sol;
PREPOSIÇÃO z Proximidade ou contiguidade: Apertou o filho
contra o peito.
Conceito
“De”
São palavras invariáveis que ligam orações ou
outras palavras. As preposições apresentam funções
z Causa: Chorar de saudade;
importantes tanto no aspecto semântico quanto no
z Assunto: Falar de religião;
aspecto sintático, pois complementam o sentido de
z Matéria: Material feito de plástico;
verbos e/ou palavras cujo sentido pode ser alterado
sem a presença da preposição, modificando a transiti- z Conteúdo: Maço de cigarro;
vidade verbal e colaborando para o preenchimento de z Origem: Você descende de família humilde;
sentido de palavras deverbais3. z Posse: Este é o carro de João;
As preposições essenciais são: a, ante, até, após, z Autoria: Esta música é de Chopin;
com, contra, de, desde, em, entre, para, per, peran- z Tempo: Ela dorme de dia;
te, por, sem, sob, trás. z Lugar: Veio de São Paulo;

69
Existem, ainda, as preposições acidentais, assim z Definição: Pessoa de coragem;

8-
chamadas pois pertencem a outras classes grama- z Dimensão: Sala de vinte metros quadrados;

86
ticais, mas funcionam, ocasionalmente, como pre- z Fim ou finalidade: Carro de passeio;

6.
posições. Eis algumas: afora, conforme (quando z Instrumento: Comer de garfo e faca;

9
.4
equivaler a “de acordo com”), consoante, durante, z Meio: Viver de ilusões;

33
exceto, salvo, segundo, senão, mediante, que, visto z Medida ou extensão: Régua de 30 cm;

-4
(quando equivaler a “por causa de”). z Modo: Olhar alguém de frente;

O
Acompanhe a seguir algumas preposições e exem- z Preço: Caderno de 10 reais;
IR
plos de uso em diferentes situações: z Qualidade: Vender artigo de primeira;
M

z Semelhança ou comparação: Atitudes de pessoa


A

“A”
R

corajosa.
E
R

z Causa ou motivo: Acordar aos gritos das crianças; “Desde”


EI

z Conformidade: Escrever ao modo clássico;


R
IF

z Destino (em correlação com a preposição de): De z Distância: Dormiu desde o acampamento até aqui;
Santos à Bahia;
N

z Tempo: Desde ontem ele não aparece.


LI

z Meio: Voltarei a andar a cavalo;


O

z Preço: Vendemos o armário a R$ 300,00;


R

“Em”
A

z Direção: Levantar as mãos aos céus;


K

z Distância: Cair a poucos metros da namorada;


z Preço: Avaliou a propriedade em milhares de
LI

z Exposição: Ficar ao sol por um longo tempo;


IE

dólares;
z Lugar: Ir a Santa Catarina;
C

z Meio: Pagou a dívida em cheque;


z Modo: Falar aos gritos;
A

z Limitação: Aquele aluno em Química nunca foi


R

z Sucessão: Dia a dia;


G

z Tempo: Nasci a três de maio; bom;


z Proximidade: Estar à janela. z Forma ou semelhança: As crianças juntaram as
mãos em concha;
“Após” z Transformação ou alteração: Transformou dóla-
res em reais;
z Lugar: Permaneça na fila após o décimo lugar; z Estado ou qualidade: Foto em preto e branco;
z Tempo: Logo após o almoço descansamos. z Fim: Pedir em casamento;
z Lugar: Ficou muito tempo em Sorocaba;
“Com” z Modo: Escrever em francês;
z Sucessão: De grão em grão;
z Causa: Ficar pobre com a inflação; z Tempo: O fogo destruiu o edifício em minutos;
z Companhia: Ir ao cinema com os amigos; z Especialidade: João formou-se em Engenharia.
3 Palavras deverbais são substantivos que expressam, de forma nominal e abstrata, o sentido de um verbo com o qual mantêm relação.
Exemplo: a filmagem, o pagamento, a falência etc. Geralmente, os nomes deverbais são acompanhados por preposições e, sintaticamente, o
34 termo que completa o sentido desses nomes é conhecido como complemento nominal.
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“Entre” prepositivas sempre terminam em uma preposição
(há apenas uma exceção: a locução prepositiva com
z Lugar: Ele ficou entre os aprovados; sentido concessivo “não obstante”).
z Meio social: Entre as elites, este é o comportamento;
Veja alguns exemplos:
z Reciprocidade: Entre mim e ele sempre houve
discórdia.
z Apesar de. Ex.: Apesar de terem sumido, volta-
“Para” ram logo;
z A respeito de. Ex.: Nossa reunião foi a respeito
z Consequência: Você deve ser muito esperto para de finanças;
não cair em armadilhas; z Graças a. Ex.: Graças ao bom Deus, não aconteceu
z Fim ou finalidade: Chegou cedo para a conferên-
nada grave;
cia;
z Lugar: Em 2011, ele foi para Portugal; z De acordo com. Ex.: De acordo com W. Hamboldt,
z Proporção: As baleias estão para os peixes assim a língua é indispensável para que possamos pen-
como nós estamos para as galinhas; sar, mesmo que estivéssemos sempre sozinhos;
z Referência: Para mim, ela está mentindo; z Por causa de. Ex.: Por causa de poucos pontos,
z Tempo: Para o ano irei à praia;
não passei no exame;
z Destino ou direção: Olhe para frente!
z Para com. Ex.: Minha mãe me ensinou ter respeito
“Perante” para com os mais velhos;
z Por baixo de. Ex.: Por baixo do vestido, ela usa
z Lugar: Ele negou o crime perante o júri. um short.

“Por” Outros exemplos de locuções prepositivas:


Abaixo de; acerca de; acima de; devido a; a despeito
z Modo ou conformidade: Vamos escolher por
de; adiante de; defronte de; embaixo de; em frente de;

69
sorteio;
z Causa: Encontrar alguém por coincidência; junto de; perto de; por entre; por trás de; quanto a; a

8-
fim de; por meio de; em virtude de.

86
z Conformidade: Copiar por original;
z Favor: Lutar por seus ideais;

96.
z Medida: Vendia banana por quilo;

.4
z Meio: Ir por terra; Importante!

33
z Modo: Saber por alto o que ocorreu;

-4
z Preço: Comprar um livro por vinte reais; Algumas locuções prepositivas apresentam
z Quantidade: Chocar por três vezes;
O
semelhanças morfológicas, mas significa-
IR
z Substituição: Comprar gato por lebre; dos completamente diferentes. Observe estes
M

z Tempo: Viver por muitos anos.


A

exemplos4:
R

A opinião dos diretores vai ao encontro do plane-


E

“Sem”
R

jamento inicial = Concordância.


EI

z Ausência ou desacompanhamento: Estava sem


R

As decisões do público foram de encontro à pro-


IF

dinheiro.
posta do programa = Discordância.
N

Em vez de comer lanches gordurosos, coma fru-


LI

“Sob”
O

tas = Substituição.
R
A

z Tempo: Houve muito progresso no Brasil sob D. Ao invés de chegar molhado, chegou cedo =
K

Pedro II; Oposição.


LI

z Lugar: Ficar sob o viaduto;


IE

z Modo: Saiu da reunião sob pretexto não


C

convincente.
A

Combinações e Contrações
R
G

“Sobre”
As preposições podem se ligar a outras palavras de
outras classes gramaticais por meio de dois processos:
z Assunto: Não gosto de falar sobre política;
LÍNGUA PORTUGUESA

z Direção: Ir sobre o adversário; combinação e contração.


z Lugar: Cair sobre o inimigo.
z Combinação: Quando se ligam sem sofrer nenhu-
Locuções Prepositivas ma redução.
a + o = ao
São grupos de palavras que equivalem a uma
a + os = aos
preposição.
Ex.: Falei sobre o tema da prova. (preposição) / z Contração: Quando, ao se ligarem, sofrem
Falei acerca do tema da prova. (locução prepositiva) redução.
A locução prepositiva na segunda frase substi-
tui perfeitamente a preposição “sobre”. As locuções
4 Disponível em: <instagram.com/academiadotexto>. Acesso em: 20 nov. 2020. 35
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Veja a lista a seguir5, que apresenta as preposições z Preposição “per”:
que se contraem e suas devidas formas:
„ Com as formas antigas do artigo definido (lo, la):
z Preposição “a”: per + lo(s) = pelo, pelos
per + la(s) = pela, pelas
„ Com o artigo definido ou pronome demonstra-
tivo feminino: z Preposição “para” (pra):
a + a= à
a + as= às „ Com artigo definido:
„ Com o pronome demonstrativo: para (pra) + o(s) = pro, pros
a + aquele = àquele para (pra) + a(s)= pra, pras
a + aqueles = àqueles
a + aquela = àquela Algumas Relações Semânticas Estabelecidas por
a + aquelas = àquelas Preposições
a + aquilo = àquilo
Antes de entrarmos neste assunto, vale relembrar
z Preposição “de”: o que significa Semântica. Semântica é a área do
conhecimento que relaciona o significado da palavra
„ Com artigo definido masculino e feminino: ao seu contexto.
de + o/os = do/dos É importante ressaltar que as preposições podem
de + a/as = da/das apresentar valor relacional ou podem atribuir um
� Com artigo indefinido: valor nocional.
de + um= dum As preposições que apresentam um valor rela-
de + uns = duns cional cumprem uma relação sintática com verbos
de + uma = duma ou substantivos, que, em alguns casos, são chamados
de + umas = dumas deverbais, conforme já mencionamos. Essa mesma
� Com pronome demonstrativo: relação sintática pode ocorrer com adjetivos e advér-

69
de + este(s)= deste, destes bios, os quais também apresentarão função deverbal.

8-
de + esta(s)= desta, destas Ex.: Concordo com o advogado (preposição exigida

86
de + isto= disto pela regência do verbo concordar).

6.
de + esse(s) = desse, desses Tenho medo da queda (preposição exigida pelo

9
.4
de + essa(s)= dessa, dessas complemento nominal).

33
de + isso = disso Estou desconfiado do funcionário (preposição exi-

-4
de + aquele(s) = daquele, daqueles gida pelo adjetivo).
de + aquela(s) = daquela, daquelas
O
Fui favorável à eleição (preposição exigida pelo
IR
de + aquilo= daquilo advérbio).
M

� Com o pronome pessoal: Em todos esses casos, a preposição mantém uma


A

de + ele(s) = dele, deles


R

relação sintática com a classe de palavras a qual se


de + ela(s) = dela, delas
E

liga, sendo, portanto, obrigatória a sua presença na


R

� Com o pronome indefinido: sentença.


EI

de + outro(s)= doutro, doutros De modo oposto, as preposições cujo valor nocio-


R

de + outra(s) = doutra, doutras


IF

nal é preponderante apresentam uma modificação


� Com advérbio:
N

no sentido da palavra à qual se liga. Elas não são


LI

de + aqui= daqui
componentes obrigatórios na construção da senten-
O

de + aí= daí
ça, divergindo das preposições de valor relacional.
R

de + ali= dali
A

As preposições de valor nocional estabelecem uma


K

noção de posse, causa, instrumento, matéria, modo


LI

z Preposição “em”:
etc. Vejamos algumas na tabela a seguir:
IE
C

„ Com artigo definido:


A

VALOR NOCIONAL DAS


SENTIDO
R

em + a(s)= na, nas


PREPOSIÇÕES
G

em + o(s)= no, nos


� Com pronome demonstrativo: Posse Carro de Marcelo
em + esse(s)= nesse, nesses O cachorro está sob a
Lugar
em + essa(s)= nessa, nessas mesa
em + isso = nisso Votar em branco / Chegar
em + este(s) = neste, nestes Modo
aos gritos
em + esta(s) = nesta, nestas
em + isto = nisto Causa Preso por agressão
em + aquele(s) = naquele, naqueles Assunto Falar sobre política
em + aquela(s) = naquelas Descende de família
em + aquilo = naquilo Origem
simples
� Com pronome pessoal:
em + ele(s) = nele, neles Olhe para frente! / Iremos
Destino
em + ela(s) = nela, nelas a Paris

36 5 Disponível em: <https://www.preparaenem.com/portugues/combinacao-contracao-das-preposicoes.htm>. Acesso em: 20 nov. 2020.


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CONJUNÇÃO Dica
Assim como as preposições, as conjunções também As conjunções “e”, “nem” não devem ser empre-
são invariáveis e também auxiliam na organização gadas juntas (“e nem”). Tendo em vista que
das orações, ligando termos e, em alguns casos, ora- ambas indicam a mesma relação aditiva, o uso
ções. Por manterem relação direta com a organização concomitante acarreta em redundância.
das orações nas sentenças, as conjunções podem ser
coordenativas ou subordinativas. Conjunções Subordinativas

Conjunções Coordenativas Tal qual as conjunções coordenativas, as subor-


dinativas estabelecem uma ligação entre as ideias
As conjunções coordenativas são aquelas que apresentadas em um texto. Porém, diferentemente
ligam orações coordenadas, ou seja, orações que não daquelas, estas ligam ideias apresentadas em orações
fazem parte de uma outra; em alguns casos, ainda, subordinadas, ou seja, orações que precisam de outra
essas conjunções ligam núcleos de um mesmo termo para terem o sentido apreendido.
da oração. As conjunções coordenadas podem ser:
� Causal: Iniciam a oração dando ideia de causa.
z Aditivas: Somam informações. E, nem, bem como, Haja vista, que, porque, pois, porquanto, visto que,
não só, mas também, não apenas, como ainda, uma vez que, como (equivale a porque) etc.
senão (após não só). Ex.: Como não choveu, a represa secou.
Ex.: Não fiz os exercícios nem revisei. � Consecutiva: Iniciam a oração expressando ideia
O gato era o preferido, não só da filha, senão de de consequência. Que (depois de tal, tanto, tão), de
toda família. modo que, de forma que, de sorte que etc.
Ex.: Estudei tanto que fiquei com dor de cabeça.
z Adversativas: Colocam informações em oposição,
� Comparativa: Iniciam orações comparando ações
contradição. Mas, porém, contudo, todavia, entre-
e, em geral, o verbo fica subtendido. Como, que
tanto, não obstante, senão (equivalente a mas).
nem, que (depois de mais, menos, melhor, pior,
Ex.: Não tenho um filho, mas dois.

69
maior), tanto... quanto etc.
A culpa não foi a população, senão dos vereadores

8-
Ex.: Corria como um touro.
(equivale a “mas sim”).

86
Ela dança tanto quanto Carlos.

6.
� Conformativa: Expressam a conformidade de
Importante! A conjunção “e” pode apresentar

9
uma ideia com a da oração principal. Conforme,

.4
valor adversativo, principalmente quando é antecedi-

33
como, segundo, de acordo com, consoante etc.
da por vírgula: Estava querendo dormir, e o barulho
Ex.: Tudo ocorreu conforme o planejado.

-4
não deixava.
Amanhã chove, segundo informa a previsão do
tempo. O
IR
z Alternativas: Ligam orações com ideias que não
� Concessiva: Iniciam uma oração com uma ideia
M

acontecem simultaneamente, que se excluem. Ou,


A

contrária à da oração principal. Embora, conquan-


R

ou...ou, quer...quer, seja...seja, ora...ora, já...já. to, ainda que, mesmo que, em que pese, posto que
E

Ex.: Estude ou vá para a festa. etc.


R

Seja por bem, seja por mal, vou convencê-la.


EI

Ex.: Teve que aceitar a crítica, conquanto não


R

tivesse gostado.
IF

Importante! A palavra “senão” pode funcionar Trabalhava, por mais que a perna doesse.
N

como conjunção alternativa: Saia agora, senão cha- � Condicional: Iniciam uma oração com ideia de
LI

marei os guardas! (pode-se trocá-la por “ou”). hipótese, condição. Se, caso, desde que, contanto
O
R

que, a menos que, somente se etc.


A

z Explicativas: Ligam orações, de forma que em Ex.: Se eu quisesse falar com você, teria respondi-
K

uma delas explica-se o que a outra afirma. Que, por- do sua mensagem.
LI

que, pois, (se vier no início da oração), porquanto. Posso lhe ajudar, caso necessite.
IE

Ex.: Estude, porque a caneta é mais leve que a


C

� Proporcional: Ideia de proporcionalidade. À pro-


A

enxada! porção que, à medida que, quanto mais...mais,


R

Viva bem, pois isso é o mais importante. quanto menos...menos etc.


G

Ex.: Quanto mais estudo, mais chances tenho de


Importante! “Pois” com sentido explicativo ini- ser aprovado.
cia uma oração e justifica outra. Ex.: Volte, pois sinto Ia aprendendo, à medida que convivia com ela.
LÍNGUA PORTUGUESA

saudades. � Final: Expressam ideia de finalidade. Final, para


“Pois” conclusivo fica após o verbo, deslocado que, a fim de que etc.
entre vírgulas: Nessa instabilidade, o dólar voltará, Ex.: A professora dá exemplos para que você
pois, a subir. aprenda!
Comprou um computador a fim de que pudesse
z Conclusivas: Ligam duas ideias, de forma que a trabalhar tranquilamente.
segunda conclui o que foi dito na primeira. Logo, � Temporal: Iniciam a oração expressando ideia de
portanto, então, por isso, assim, por conseguinte, tempo. Quando, enquanto, assim que, até que, mal,
destarte, pois (deslocado na frase). logo que, desde que etc.
Ex.: Estava despreparado, por isso, não fui aprovado. Ex.: Quando viajei para Fortaleza, estive na Praia
Está na hora da decolagem; deve, então, apressar- do Futuro.
-se. Mal cheguei à cidade, fui assaltado. 37
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Importante! Esse período, apesar de extenso, constitui-se de um
sujeito simples “o Brasil”, portanto o verbo correspon-
Os valores semânticos das conjunções não se dente a esse sujeito, “ganha”, necessita ficar no singular.
prendem às formas morfológicas desses ele- Destrinchando o período, temos que os termos
mentos. O valor das conjunções é construído essenciais da oração (sujeito e predicado) são apenas
contextualmente, por isso, é fundamental estar “[...] o Brasil [...]” – sujeito – e “[...] ganha [...]” – predi-
atento aos sentidos estabelecidos no texto. cado verbal.
Ex.: Se Mariana gosta de você, por que você não Veja um caso de uso de verbo bitransitivo:
a procura? (Se = causal = já que) Ex.: Prefiro natação a futebol.
Por que ficar preso na cidade, quando existe tan- Verbo bitransitivo: Prefiro
to ar puro no campo? (Quando = causal = já que). Objeto direto: natação
Objeto indireto: a futebol

Conjunções Integrantes Concordância Verbal com o Sujeito Simples

As conjunções integrantes fazem parte das orações Em regra geral, o verbo concorda com o núcleo do
subordinadas; na realidade, elas apenas integram sujeito.
uma oração principal à outra, subordinada. Existem Ex.: Os jogadores de futebol ganham um salário
apenas dois tipos de conjunções integrantes: “que” e exorbitante.
“se”. Diferentes situações:

� Quando é possível substituir o “que” pelo pro- z Quando o núcleo do sujeito for uma palavra de
nome “isso”, estamos diante de uma conjunção sentido coletivo, o verbo fica no singular. Ex.: A
integrante. multidão gritou entusiasmada;
Ex.: Quero que a prova esteja fácil. (Quero. O quê? z Quando o sujeito é o pronome relativo que, o
Isso). verbo posterior ao pronome relativo concorda
� Sempre haverá conjunção integrante em orações com o antecedente do relativo. Ex.: Quais os limi-

69
substantivas e, consequentemente, em períodos tes do Brasil que se situam mais próximos do

8-
compostos. Meridiano?;

86
Ex.: Perguntei se ele estava em casa. (Perguntei. O z Quando o sujeito é o pronome indefinido quem, o

6.
quê? Isso). verbo fica na 3ª pessoa do singular. Ex.: Fomos nós

9
quem resolveu a questão;

.4
� Nunca devemos inserir uma vírgula entre um ver-

33
bo e uma conjunção integrante.

-4
Ex.: Sabe-se, que o Brasil é um país desigual Por questão de ênfase, o verbo pode também con-
(errado). cordar com o pronome reto antecedente. Ex.: Fomos
O
nós quem resolvemos a questão.
IR
Sabe-se que o Brasil é um país desigual (certo).
M
A

z Quando o sujeito é um pronome interrogativo,


R

demonstrativo ou indefinido no plural + de nós /


E

de vós, o verbo pode concordar com o pronome no


R

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL


EI

plural ou com nós / vós. Ex.: Alguns de nós resol-


R

viam essa questão. / Alguns de nós resolvíamos


IF

Na elaboração da frase, as palavras relacionam-se essa questão;


N

umas com as outras. Ao se relacionarem, elas obede- z Quando o sujeito é formado por palavras plurali-
LI

cem a alguns princípios: um deles é a concordância. zadas, normalmente topônimos (Amazonas, férias,
O

Observe o exemplo:
R

Minas Gerais, Estados Unidos, óculos etc.), se hou-


A

A pequena garota andava sozinha pela cidade. ver artigo definido antes de uma palavra plura-
K

A: Artigo, feminino, singular; lizada, o verbo fica no plural. Caso não haja esse
LI

Pequena: Adjetivo, feminino, singular; artigo, o verbo fica no singular. Ex.: Os Estados
IE

Garota: Substantivo, feminino, singular.


C

Unidos continuam uma potência.


A

Tanto o artigo quanto o adjetivo (ambos adjuntos z Estados Unidos continua uma potência.
R

adnominais) concordam com o gênero (feminino) e o z Santos fica em São Paulo. (Corresponde a: “A cida-
G

número (singular) do substantivo. de de Santos fica em São Paulo.”)


Na língua portuguesa, há dois tipos de concordân-
cia: verbal e nominal. Quando se aplica a nomes de obras artísticas, o
verbo fica no singular ou no plural.
Concordância Verbal Os Lusíadas imortalizou / imortalizaram Camões.

É a adaptação em número – singular ou plural – z Quando o sujeito é formado pelas expressões mais
e pessoa que ocorre entre o verbo e seu respectivo de um, cerca de, perto de, menos de, coisa de,
sujeito. obra de etc., o verbo concorda com o numeral. Ex.:
Ex.: De todos os povos mais plurais culturalmen- Mais de um aluno compareceu à aula.
te, o Brasil, mesmo diante de opiniões contrárias, as Mais de cinco alunos compareceram à aula.
quais insistem em desmentir que nosso país é cheio
de ‘brasis’ – digamos assim –, ganha disparando dos A expressão mais de um tem particularidades:
outros, pois houve influências de todos os povos aqui: se a frase indica reciprocidade (pronome reflexivo
38 europeus, asiáticos e africanos. recíproco se), se houver coletivo especificado ou se
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a expressão vier repetida, o verbo fica no plural. Ex.: � Sujeito constituído pelas expressões um e outro,
Mais de um irmão se abraçaram. nem um nem outro
Mais de um grupo de crianças veio/vieram à festa. Ex.: Um e outro já veio/vieram aqui;
Mais de um aluno, mais de um professor esta- � Núcleos do sujeito ligados por nem... nem
vam presentes. Ex.: Nem a televisão nem a internet desviarão meu
foco nos estudos;
z Quando o sujeito é formado por um número per- � Entre os núcleos do sujeito, aparecem as palavras
centual ou fracionário, o verbo concorda com o como, menos, inclusive, exceto ou as expressões
numerado ou com o número inteiro, mas pode bem como, assim como, tanto quanto
concordar com o especificador dele. Se o numeral Ex.: O Vasco ou o Corinthians ganhará o jogo na
vier precedido de um determinante, o verbo con- final;
cordará apenas com o numeral. Ex.: Apenas 1/3 z Núcleos do sujeito ligados pelas séries correlativas
das pessoas do mundo sabe o que é viver bem. aditivas enfáticas (tanto... quanto / como / assim
como; não só... mas também etc.)
Apenas 1/3 das pessoas do mundo sabem o que é Ex.: Tanto ela quanto ele mantém/mantêm sua
viver bem. popularidade em alta;
Apenas 30% do povo sabe o que é viver bem.
Apenas 30% do povo sabem o que é viver bem. z Quando dois ou mais adjuntos modificam um úni-
Os 30% da população não sabem o que é viver mal. co núcleo, o verbo fica no singular concordando
A seguir, pratique seus conhecimentos com o exer- com o núcleo único. Mas, se houver determinante
cício comentado abaixo. após a conjunção, o verbo fica no plural, pois aí o
sujeito passa a ser composto.
� Os verbos bater, dar e soar concordam com o Ex.: O preço dos alimentos e dos combustíveis
número de horas ou vezes, exceto se o sujeito for a aumentou. Ou: O preço dos alimentos e o dos
palavra relógio. Ex.: Deram duas horas, e ela não combustíveis aumentaram.
chegou (Duas horas deram...).
Bateu o sino duas vezes (O sino bateu). Concordância Verbal do Verbo Ser

69
Soaram dez badaladas no relógio da sala (Dez

8-
badaladas soaram). � Concorda com o sujeito

86
Soou dez badaladas o relógio da escola (O relógio Ex.: Nós somos unha e carne;

6.
da escola soou dez badaladas). � Concorda com o sujeito (pessoa)

9
z Quando o sujeito está em voz passiva sintética, o

.4
Ex.: Os meninos foram ao supermercado;

33
verbo concorda com o sujeito paciente. Ex.: Ven- � Em predicados nominais, quando o sujeito for

-4
dem-se casas de veraneio aqui. representado por um dos pronomes tudo, nada,
Nunca se viu, em parte alguma, pessoa tão isto, isso, aquilo ou “coisas”, o verbo ser concor-
interessada; O
IR
dará com o predicativo (preferencialmente) ou
z Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
M

com o sujeito
A

verbo fica sempre na 3ª pessoa. Ex.: Por que Vossa Ex.: No início, tudo é/são flores;
R

Majestade está preocupada? � Concorda com o predicativo quando o sujeito for


E

Suas Excelências precisam de algo?


R

que ou quem
EI

z Sujeito do verbo viver em orações optativas ou


Ex.: Quem foram os classificados?
R

exclamativas. Ex.: Vivam os campeões!


IF

� Em indicações de horas, datas, tempo, distância


(predicativo), o verbo concorda com o predicativo
N

Concordância Verbal com o Sujeito Composto


LI

Ex.: São nove horas.


O

É frio aqui.
R

� Núcleos do sujeito constituídos de pessoas grama-


A

Seria meio-dia e meia ou seriam doze horas?


ticais diferentes
K

� O verbo fica no singular quando precede termos


Ex.: Eu e ele nos tornamos bons amigos;
LI

como muito, pouco, nada, tudo, bastante, mais,


IE

� Núcleos do sujeito ligados pela preposição com


menos etc. junto a especificações de preço, peso,
C

Ex.: O ministro, com seus assessores, chegou/che-


A

garam ontem; quantidade, distância, e também quando seguido


R

do pronome o
G

� Núcleos do sujeito acompanhados da palavra cada


ou nenhum Ex.: Cem metros é muito para uma criança.
Ex.: Cada jogador, cada time, cada um deve man- Divertimentos é o que não lhe falta.
ter o espírito esportivo; Dez reais é nada diante do que foi gasto;
LÍNGUA PORTUGUESA

� Núcleos do sujeito sendo sinônimos e estando no � Na expressão expletiva “é que”, se o sujeito da ora-
singular ção não aparecer entre o verbo ser e o que, o ser
Ex.: A angústia e a ansiedade não o ajudava/aju- ficará invariável. Se o ser vier separado do que, o
davam (preferencialmente no singular); verbo concordará com o termo não preposiciona-
� Gradação entre os núcleos do sujeito do entre eles.
Ex.: Seu cheiro, seu toque bastou/bastaram para Ex.: Eles é que sempre chegam cedo.
me acalmar (preferencialmente no singular); São eles que sempre chegam cedo.
� Núcleos do sujeito no infinitivo É nessas horas que a gente precisa de ajuda. (cons-
Ex.: Andar e nadar faz bem à saúde; trução adequada)
� Núcleos do sujeito resumidos por um aposto resu- São nessas horas que a gente precisa de ajuda.
mitivo (nada, tudo, ninguém) (construção inadequada)
Ex.: Os pedidos, as súplicas, nada disso o comoveu; 39
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CASOS ESPECIAIS DE CONCORDÂNCIA VERBAL Casos mais Frequentes em Provas

Concordância do Infinitivo Veja agora uma lista com os casos mais abordados
em concursos:
z Exemplos com verbos no infinitivo pessoal:
Nós lutaremos até vós serdes bem tratados. (sujei- � Sujeito posposto distanciado
to esclarecido) Ex.: Viviam no meio de uma grande floresta tropi-
Está na hora de começarmos o trabalho. (sujeito cal brasileira seres estranhos;
implícito “nós”) � Verbos impessoais (haver e fazer)
Falei sobre o desejo de aprontarmos logo o site. Ex.: Faz dois meses que não pratico esporte.
(dois pronomes implícitos: eu, nós) Havia problemas no setor.
Até me encontrarem, vocês terão de procurar Obs.: Existiam problemas no setor. (verbo existir
muito. (preposição no início da oração) vai ter sujeito “problemas”, e vai ser variável);
Para nós nos precavermos, precisaremos de luz. � Verbo na voz passiva sintética
Ex.: Criaram-se muitas expectativas para a luta;
(verbos pronominais)
� Verbo concordando com o antecedente correto
Visto serem dez horas, deixei o local. (verbo ser
do pronome relativo ao qual se liga
indicando tempo)
Ex.: Contratei duas pessoas para a empresa, que
Estudo para me considerarem capaz de aprova-
tinham experiência;
ção. (pretensão de indeterminar o sujeito)
� Sujeito coletivo com especificador plural
Para vocês terem adquirido esse conhecimento,
Ex.: A multidão de torcedores vibrou/vibraram;
foi muito tempo de estudo. (infinitivo pessoal com- � Sujeito oracional
posto: locução verbal de verbo auxiliar + verbo no Ex.: Convém a eles alterar a voz. (verbo no
particípio); singular);
z Exemplos com verbos no infinitivo impessoal: � Núcleo do sujeito no singular seguido de adjun-
Devo continuar trabalhando nesse projeto. (locu- to ou complemento no plural
ção verbal) Ex.: Conversa breve nos corredores pode gerar

69
Deixei-os brincar aqui. (pronome oblíquo átono atrito. (verbo no singular).

8-
sendo sujeito do infinitivo).

86
Casos Facultativos

6.
Quando o sujeito do infinitivo for um substantivo

9
.4
no plural, usa-se tanto o infinitivo pessoal quanto o z A multidão de pessoas invadiu/invadiram o

33
impessoal. “Mandei os garotos sair/saírem”. estádio;

-4
Navegar é preciso, viver não é preciso. (infinitivo z Aquele comediante foi um dos que mais me fez/

O
com valor genérico) fizeram rir; IR
São casos difíceis de solucionar. (infinitivo prece- z Fui eu quem faltou/faltei à aula;
M

dido de preposição de ou para) z Quais de vós me ajudarão/ajudareis?


A
R

Soldados, recuar! (infinitivo com valor de imperativo) z “Os Sertões” marcou/marcaram a literatura
E

brasileira;
R

� Concordância do verbo parecer z Somente 1,5% das pessoas domina/dominam a


EI

ciência. (1,5% corresponde ao singular);


R

Flexiona-se ou não o infinitivo.


IF

Pareceu-me estarem os candidatos confiantes. (o z Chegaram/Chegou João e Maria;


N

equivalente a “Pareceu-me que os candidatos esta- z Um e outro / Nem um nem outro já veio/vieram
LI

vam confiantes”, portanto, o infinitivo é flexiona- aqui;


O

z Eu, assim como você, odeio/odiamos a política


R

do de acordo com o sujeito, no plural)


A

Eles parecem estudar bastante. (locução verbal, brasileira;


K

z O problema do sistema é/são os impostos;


logo o infinitivo será impessoal);
LI

z Hoje é/são 22 de agosto;


IE

� Concordância dos verbos impessoais


z Devemos estudar muito para atingir/atingirmos
C

São os casos de oração sem sujeito. O verbo fica


A

a aprovação;
sempre na 3ª pessoa do singular.
R

z Deixei os rapazes falar/falarem tudo.


G

Ex.: Havia sérios problemas na cidade.


Fazia quinze anos que ele havia se formado.
Silepse de Número e de Pessoa
Deve haver sérios problemas na cidade. (verbo
auxiliar fica no singular) Conhecida também como “concordância irregular,
Trata-se de problemas psicológicos. ideológica ou figurada”. Vejamos os casos:
Geou muitas horas no sul;
� Concordância com sujeito oracional z Silepse de número: usa-se um termo discordando
Quando o sujeito é uma oração subordinada, o do número da palavra referente, para concordar
verbo da oração principal fica na 3ª pessoa do com o sentido semântico que ela tem. Ex.: Flor tem
singular. vida muito curta, logo murcham. (ideia de plurali-
Ex.: Ainda vale a pena investir nos estudos. dade: todas as flores);
Sabe-se que dois alunos nossos foram aprovados. z Silepse de pessoa: o autor da frase participa do
Ficou combinado que sairíamos à tarde. processo verbal. O verbo fica na 1ª pessoa do plu-
Urge que você estude. ral. Ex.: Os brasileiros, enquanto advindos de
40 Era preciso encontrar a verdade diversas etnias, somos multiculturais.
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Concordância Nominal Algumas Convenções

Define-se como a adaptação em gênero e número � Obrigado / próprio / mesmo


que ocorre entre o substantivo (ou equivalente, como Ex.: A mulher disse: “Muito obrigada”.
o adjetivo) e seus modificadores (artigos, pronomes, A própria enfermeira virá para o debate.
adjetivos, numerais). Elas mesmas conversaram conosco.
O adjetivo e as palavras adjetivas concordam em
gênero e número com o nome a que se referem. Dica
Ex.: Parede alta. / Paredes altas.
Muro alto. / Muros altos. O termo mesmo no sentido de “realmente” será
invariável.
Casos com Adjetivos Ex.: Os alunos resolveram mesmo a situação.

z Com função de adjunto adnominal: quando o z Só / sós


adjetivo funcionar como adjunto adnominal e esti- Variáveis quando significarem “sozinho” / “sozi-
ver após os substantivos, poderá concordar com nhos”.
as somas desses ou com o elemento mais próximo. Invariáveis quando significarem “apenas, somente”.
Ex.: Encontrei colégios e faculdades ótimas. / Ex.: As garotas só queriam ficar sós. (As garotas
Encontrei colégios e faculdades ótimos. apenas queriam ficar sozinhas.)
A locução “a sós” é invariável.
Há casos em que o adjetivo concordará apenas Ex.: Ela gostava de ficar a sós. / Eles gostavam de
com o nome mais próximo, quando a qualidade per- ficar a sós;
tencer somente a este. � Quite / anexo / incluso
Ex.: Saudaram todo o povo e a gente brasileira. Concordam com os elementos a que se referem.
Foi um olhar, uma piscadela, um gesto estranho Ex.: Estamos quites com o banco.
Quando o adjetivo funcionar como adjunto adno- Seguem anexas as certidões negativas.
minal e estiver antes dos substantivos, poderá con- Inclusos, enviamos os documentos solicitados;
cordar apenas com o elemento mais próximo. Ex.:

69
� Meio
Existem complicadas regras e conceitos.

8-
Quando significar “metade”: concordará com o
Quando houver apenas um substantivo qualifica-

86
elemento referente.
do por dois ou mais adjetivos pode-se:

6.
Ex.: Ela estava meio (um pouco) nervosa.
Colocar o substantivo no plural e enumerar o adje-

9
Quando significar “um pouco”: será invariável.

.4
tivo no singular. Ex.: Ele estuda as línguas inglesa,

33
Ex.: Já era meio-dia e meia (metade da hora);
francesa e alemã.

-4
� Grama
Colocar o substantivo no singular e, ao enumerar
Quando significar “vegetação”, é feminino; quan-
O
os adjetivos (também no singular), antepor um artigo
do significar unidade de medida, é masculino.
IR
a cada um, menos no primeiro deles. Ex.: Ele estuda a
Ex.: Comprei duzentos gramas de farinha.
M

língua inglesa, a francesa e a alemã.


A

“A grama do vizinho sempre é mais verde.”;


R

� É proibido entrada / É proibida a entrada


z Com função de predicativo do sujeito
E

Se o sujeito vier determinado, a concordância do


R
EI

verbo e do predicativo do sujeito será regular, ou


Com o verbo após o sujeito, o adjetivo concordará
R

seja, tanto o verbo quanto o predicativo concorda-


com a soma dos elementos.
IF

rão com o determinante.


Ex.: A casa e o quintal estavam abandonados.
N

Ex.: Caminhada é bom para a saúde. / Esta cami-


LI

Com o verbo antes do sujeito o predicativo do


nhada está boa.
O

sujeito acompanhará a concordância do verbo, que


R

por sua vez concordará tanto com a soma dos elemen- É proibido entrada de crianças. / É proibida a
A

entrada de crianças.
K

tos quanto com o nome mais próximo.


Pimenta é bom? / A pimenta é boa?;
LI

Ex.: Estava abandonada a casa e o quintal. / Esta-


� Menos / pseudo
IE

vam abandonados a casa e o quintal.


C

Como saber quando o adjetivo tem valor de adjun- São invariáveis.


A

to adnominal ou predicativo do sujeito? Substitua os Ex.: Havia menos violência antigamente.


R

Aquelas garotas são pseudoatletas. / Seu argumen-


G

substantivos por um pronome:


Ex.: Existem conceitos e regras complicados. to é pseudo-objetivo;
(substitui-se por “eles”) � Muito / bastante
Fazendo a troca, fica “Eles existem”, e não “Eles Quando modificam o substantivo: concordam com
LÍNGUA PORTUGUESA

existem complicados”. ele.


Como o adjetivo desapareceu com a substituição, Quando modificam o verbo: invariáveis.
então é um adjunto adnominal. Ex.: Muitos deles vieram. / Eles ficaram muito
irritados.
z Com função de predicativo do objeto Bastantes alunos vieram. / Os alunos ficaram bas-
tante irritados.
Recomenda-se concordar com a soma dos substan- Se ambos os termos puderem ser substituídos por
tivos, embora alguns estudiosos admitam a concor- “vários”, ficarão no plural. Se puderem ser substi-
dância com o termo mais próximo. tuídos por “bem”, ficarão invariáveis;
Ex.: Considero os conceitos e as regras complicados. � Tal qual
Tenho como irresponsáveis o chefe do setor e Tal concorda com o substantivo anterior; qual,
seus subordinados. com o substantivo posterior. 41
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Ex.: O filho é tal qual o pai. / O filho é tal quais os A seguir, uma lista dos principais verbos que
pais. geram dúvidas quanto à regência:
Os filhos são tais qual o pai. / Os filhos são tais
quais os pais. � Abraçar: transitivo direto
z Silepse (também chamada concordância Ex.: Abraçou a namorada com ternura.
figurada) O colar abraçava-lhe elegantemente o pescoço;
É a que se opera não com o termo expresso, mas o � Agradar: transitivo direto; transitivo indireto
que está subentendido. Ex.: A menina agradava o gatinho. (transitivo dire-
Ex.: São Paulo é linda! (A cidade de São Paulo é to com sentido de “acariciar”)
linda!) A notícia agradou aos alunos. (transitivo indireto
Estaremos aberto no final de semana. (Estaremos no sentido de “ser agradável a”);
com o estabelecimento aberto no final de semana.) � Agradecer: transitivo direto; transitivo indireto;
Os brasileiros estamos esperançosos. (Nós, brasi- transitivo direto e indireto
leiros, estamos esperançosos.); Ex.: Agradeceu a joia. (transitivo direto: objeto não
� Possível personificado)
Concordará com o artigo, em gênero e número, em Agradeceu ao noivo. (transitivo indireto: objeto
frases enfáticas com o “mais”, o “menos”, o “pior”. personificado)
Ex.: Conheci crianças o mais belas possíveis. / Agradeceu a joia ao noivo. (transitivo direto e indi-
Conheci crianças as mais belas possíveis. reto: refere-se a coisas e pessoas);
� Ajudar: transitivo direto; transitivo indireto
Ex.: Seguido de infinitivo intransitivo precedido da
preposição a, rege indiferentemente objeto direto
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL e objeto indireto.
Ajudou o filho a fazer as atividades. (transitivo
Regência é a maneira como o nome ou o verbo se direto)
relacionam com seus complementos, com ou sem pre- Ajudou ao filho a fazer as atividades. (transitivo
posição. Quando um nome (substantivo, adjetivo ou indireto)
advérbio) exige complemento preposicionado, esse Se o infinitivo preposicionado for intransitivo,

69
nome é um termo regente, e seu complemento é um rege apenas objeto direto:

8-
termo regido, pois há uma relação de dependência Ajudaram o ladrão a fugir.

86
entre o nome e seu complemento. Não seguido de infinitivo, geralmente rege objeto

6.
O nome exige um complemento nominal sempre direto:

9
.4
iniciado por preposição, exceto se o complemento Ajudei-o muito à noite;

33
vier em forma de pronome oblíquo átono. � Ansiar: transitivo direto; transitivo indireto

-4
Ex.: Os discípulos daquele mestre sempre lhe Ex.: A falta de espaço ansiava o prisioneiro. (tran-
foram leais.
O
sitivo direto com sentido de “angustiar”)
IR
Observação: Complemento de “lhe”: predicativo Ansiamos por sua volta. (transitivo indireto com
M
do sujeito (desprovido de preposição) sentido de “desejar muito” – não admite “lhe”
A

Pronome oblíquo átono: lhe como complemento);


R

Foram leais: complemento de “lhe”, predicativo do � Aspirar: transitivo direto; transitivo indireto
E
R

sujeito (desprovido de preposição). Ex.: Aspiramos o ar puro das montanhas. (transiti-


EI

vo direto com sentido de “respirar”)


R

REGÊNCIA VERBAL Sempre aspiraremos a dias melhores. (transitivo


IF

indireto no sentido de “desejar”);


N

Relação de dependência entre um verbo e seu


LI

� Assistir: transitivo direto; transitivo indireto


O

complemento. As relações podem ser diretas ou indi- Ex.: - Transitivo direto ou indireto no sentido de
R

retas, isto é, com ou sem preposição. “prestar assistência”


A

Há verbos que admitem mais de uma regência sem


K

O médico assistia os acidentados.


que o sentido seja alterado.
LI

O médico assistia aos acidentados.


IE

Ex.: Aquela moça não esquecia os favores - Transitivo direto no sentido de “ver, presenciar”
C

recebidos. Não assisti ao final da série;


A

V. T. D: esquecia
R
G

Objeto direto: os favores recebidos. O verbo assistir não pode ser empregado no
Aquela moça não se esquecia dos favores particípio.
recebidos. É incorreta a forma “O jogo foi assistido por milha-
V. T. I.: se esquecia res de pessoas.”
Objeto indireto: dos favores recebidos.
No entanto, na Língua Portuguesa, há verbos que, � Casar: intransitivo; transitivo indireto; transitivo
mudando-se a regência, mudam de sentido, alterando direto e indireto
seu significado. Ex.: Eles casaram na Itália há anos. (intransitivo)
Ex.: Neste país aspiramos ar poluídos. A jovem não queria casar com ninguém. (transiti-
(aspiramos = sorvemos) vo indireto)
V. T. D.: aspiramos O pai casou a filha com o vizinho. (transitivo dire-
Objeto direto: ar poluídos. to e indireto);
Os funcionários aspiram a um mês de férias. � Chamar: transitivo direto; transitivo seguido de
(aspiram = almejam) predicativo do objeto
V. T. I.: aspiram Ex.: Chamou o filho para o almoço. (transitivo dire-
42 Objeto indireto: a um mês de férias to com sentido de “convocar”);
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Chamei-lhe inteligente. (transitivo seguido de REGÊNCIA NOMINAL
predicativo do objeto com sentido de “denomi-
nar, qualificar”); Alguns nomes (substantivos, adjetivos e advér-
� Custar: transitivo indireto; transitivo direto e indi- bios) exigem complementos preposicionados, exceto
reto; intransitivo quando vêm em forma de pronome oblíquo átono.
Ex.: Custa-lhe crer na sua honestidade. (transitivo
indireto com sentido de “ser difícil”) Advérbios Terminados em “Mente”
A imprudência custou lágrimas ao rapaz. (transiti-
vo direto e indireto: sentido de “acarretar”) Os advérbios derivados de adjetivos seguem a
Este vinho custou trinta reais. (intransitivo); regência dos adjetivos:
� Esquecer: admite três possibilidades análoga / analogicamente a
Ex.: Esqueci os acontecimentos. contrária / contrariamente a
Esqueci-me dos acontecimentos. compatível / compativelmente com
Esqueceram-me os acontecimentos; diferente / diferentemente de
� Implicar: transitivo direto; transitivo indireto; favorável / favoravelmente a
transitivo direto e indireto paralela / paralelamente a
Ex.: A resolução do exercício implica nova teoria. próxima / proximamente a/de
(transitivo direto com sentido de “acarretar”) relativa / relativamente a
Mamãe sempre implicou com meus hábitos.
(transitivo indireto com sentido de “mostrar má Proposições Semelhantes a Primeira Sílaba dos
disposição”) Nomes a que se Referem
Ele implicou-se em negócios ilícitos. (transitivo
direto e indireto com sentido de envolver-se”); Alguns nomes regem preposições semelhantes a
� Informar: transitivo direto e indireto sua primeira sílaba. Vejamos:
Ex.: Referente à pessoa: objeto direto; referente à
dependente, dependência de
coisa: objeto indireto, com as preposições de ou
inclusão, inserção em
sobre

69
inerente em/a
Informaram o réu de sua condenação.

8-
descrente de/em
Informaram o réu sobre sua condenação.

86
desiludido de/com
Referente à pessoa: objeto direto; referente à coi-

6.
desesperançado de

9
sa: objeto indireto, com a preposição a

.4
desapego de/a
Informaram a condenação ao réu;

33
convívio com
� Interessar-se: verbo pronominal transitivo indi-

-4
convivência com
reto, com as preposições em e por
O
demissão, demitido de
Ex.: Ela interessou-se por minha companhia;
IR
encerrado em
M

� Namorar: intransitivo; transitivo indireto; transi- enfiado em


A

tivo direto e indireto imersão, imergido, imerso em


R

Ex.: Eles começaram a namorar faz tempo. (intran-


E

instalação, instalado em
R

sitivo com sentido de “cortejar”) interessado, interesse em


EI

Ele vivia namorando a vitrine de doces. (transitivo intercalação, intercalado entre


R
IF

indireto com sentido de “desejar muito”) supremacia sobre


“Namorou-se dela extremamente.” (A. Gar-
N
LI

ret) (transitivo direto e indireto com sentido de


O

“encantar-se”);
R

CRASE
A

� Obedecer/desobedecer: transitivos indiretos


K

Ex.: Obedeçam à sinalização de trânsito.


LI

Não desobedeçam à sinalização de trânsito; Outro assunto que causa grande dúvida é o uso da
IE

� Pagar: transitivo direto; transitivo indireto; transi- crase, fenômeno gramatical que corresponde à junção
C

da preposição a + artigo feminino definido a, ou da


A

tivo direto e indireto


R

Ex.: Você já pagou a conta de luz? (transitivo direto) junção da preposição a + os pronomes relativos aque-
G

Você pagou ao dono do armazém? (transitivo le, aquela ou aquilo. Representa-se graficamente pela
indireto). marcação (`) + (a) = (à).
Vou pagar o aluguel ao dono da pensão. (transitivo Ex.: Entregue o relatório à diretoria.
LÍNGUA PORTUGUESA

direto e indireto); Refiro-me àquele vestido que está na vitrine.


� Perdoar: transitivo direto; transitivo indireto; Regra geral: haverá crase sempre que o termo
transitivo direto e indireto antecedente exija a preposição a e o termo conse-
Ex.: Perdoarei as suas ofensas. (transitivo direto) quente aceite o artigo a.
A mãe perdoou à filha. (transitivo indireto) Ex.: Fui à cidade (a + a = preposição + artigo)
Ela perdoou os erros ao filho. (transitivo direto e Conheço a cidade (verbo transitivo direto: não exi-
indireto); ge preposição).
� Suceder: intransitivo; transitivo direto Vou a Brasília (verbo que exige preposição a +
Ex.: O caso sucedeu rapidamente. (intransitivo no palavra que não aceita artigo).
sentido de “ocorrer”). Essas dicas são facilitadoras quanto à orientação
A noite sucede ao dia. (transitivo direto no sentido no uso da crase, mas existem especificidades que aju-
de “vir depois”). dam no momento de identificação: 43
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Casos Convencionados � Antes de pronomes indefinidos alguma, nenhu-
ma, tanta, certa, qualquer, toda, tamanha
z Locuções adverbiais formadas por palavras Ex.: Direcione o assunto a alguma cláusula do
femininas: contrato.
Ex.: Ela foi às pressas para o camarim. Não disponibilizaremos verbas a nenhuma ação
Entregou o dinheiro às ocultas para o ministro. suspeita de fraude.
Espero vocês à noite na estação de metrô. Eles estavam conservando a certa altura.
Estou à beira-mar desde cedo; Faremos a obra a qualquer custo.
z Locuções prepositivas formadas por palavras A campanha será disponibilizada a toda a
femininas: comunidade;
Ex.: Ficaram à frente do projeto; � Antes de demonstrativos
z Locuções conjuntivas formadas por palavras Ex.: Não te dirijas a essa pessoa;
femininas: � Antes de nomes próprios, mesmo femininos, de
Ex.: À medida que o prédio é erguido, os gastos vão personalidades históricas
aumentando; Ex.: O documentário referia-se a Janis Joplin;
� Quando indicar marcação de horário, no plural � Antes dos pronomes pessoais retos e oblíquos
Ex.: Pegaremos o ônibus às oito horas. Ex.: Por favor, entregue as frutas a ela.
Fique atento ao seguinte: entre números teremos O pacote foi entregue a ti ontem;
que de = a / da = à, portanto: � Nas expressões tautológicas (face a face, lado a
Ex.: De 7 as 16 h. De quinta a sexta. (sem crase) lado)
Das 7 às 16 h. Da quinta à sexta. (com crase); Ex.: Pai e filho ficaram frente a frente no tribunal
� Com os pronomes relativos aquele, aquela ou
de justiça;
aquilo:
� Antes das palavras casa, Terra ou terra, distância
Ex.: A lembrança de boas-vindas foi reservada
sem determinante
àquele outono.
Ex.: Precisa chegar a casa antes das 22h.
Por favor, entregue as flores àquela moça que está
sentada. Astronauta volta a Terra em dois meses.
Dedique-se àquilo que lhe faz bem; Os pesquisadores chegaram a terra depois da
� Com o pronome demonstrativo a antes de que ou expedição marinha.

69
de: Vocês o observaram a distância.

8-
Ex.: Referimo-nos à que está de preto.

86
Referimo-nos à de preto; Crase Facultativa

6.
� Com o pronome relativo a qual, as quais:

9
Ex.: A secretária à qual entreguei o ofício acabou Nestes casos, podemos escrever as palavras das

.4
33
de sair. duas formas: utilizando ou não a crase. Para entender
As alunas às quais atribuí tais atividades estão de detalhadamente, observe as seguintes dicas:

-4
férias.
O
� Antes de nomes de mulheres comuns ou com quem
IR
Casos Proibitivos se tem proximidade
M

Ex.: Ele fez homenagem a/à Bárbara;


A
R

Em resumo, seguem-se as dicas abaixo para melhor � Antes de pronomes possessivos no singular
E

orientação de quando não usar a crase. Ex.: Iremos a/à sua residência;
R

� Após preposição até, com ideia de limite


EI

� Antes de nomes masculinos Ex.: Dirija-se até a/à portaria.


R
IF

Ex.: “O mundo intelectual deleita a poucos, o mate- “Ouvindo isto, o desembargador comoveu-se até
N

rial agrada a todos.” (MM) às (ou “as”) lágrimas, e disse com mui estranho
LI

O carro é movido a álcool. afeto.” (CBr. 1, 67)


O

Venda a prazo;
R

� Antes de palavras femininas que não aceitam


A

Casos Especiais
K

artigos
LI

Ex.: Iremos a Portugal. Veremos a seguir alguns casos que fogem à regra.
IE

Macete de crase: Quando se relacionar a instrumentos cujos nomes


C

Se vou a; Volto da = Crase há! forem femininos, normalmente a crase não será utili-
A

Se vou a; Volto de = Crase pra quê?


R

zada. Porém, em alguns casos, utiliza-se a crase para


Ex.: Vou à escola / Volto da escola.
G

evitar ambiguidades.
Vou a Fortaleza / Volto de Fortaleza;
Ex.: Matar a fome. (Quando “fome” for objeto
� Antes de forma verbal infinitiva
direto).
Ex.: Os produtos começaram a chegar.
Matar à fome. (Quando “fome” for advérbio de
“Os homens, dizendo em certos casos que vão falar
instrumento).
com franqueza, parecem dar a entender que o
fazem por exceção de regra.” (MM); Fechar a chave. (Quando “chave” for objeto direto).
� Antes de expressão de tratamento Fechar à chave. (Quando “chave” for advérbio de
Ex.: O requerimento foi direcionado a Vossa instrumento).
Excelência;
� No a (singular) antes de palavra no plural, quando Quando Usar ou Não a Crase em Sentenças com
a regência do verbo exigir preposição Nomes de Lugares
Ex.: Durante o filme assistimos a cenas chocantes;
� Antes dos pronomes relativos quem e cuja z Regidos por preposições de, em, por: não se usa
Ex.: Por favor, chame a pessoa a quem entregamos crase
o pacote. Ex.: Fui a Copacabana. (Venho de Copacabana,
44 Falo de alguém a cuja filha foi entregue o prêmio; moro em Copacabana, passo por Copacabana);
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� Regidos por preposições da, na, pela: usa-se crase a) É preciso manifestar o desejo de ser doador de órgão.
Ex.: Fui à Bahia. (Venho da Bahia, moro na Bahia, b) A Constituição garante o direito do cidadão.
passo pela Bahia). c) O carnaval tem sido aguardado pelo folião.
d) É preciso saber partilhar o pão.
Macetes e) Nem sempre o nosso irmão é de sangue.

z Haverá crase quando o “à” puder ser substituído 2. (VUNESP — 2021) Leia o texto para responder a questão.
por ao, da na, pela, para a, sob a, sobre a, contra
a, com a, à moda de, durante a; Vivendo e aprendendo
z Quando o de ocorre paralelo ao a, não há crase.
Quando o da ocorre paralelo ao à, há crase; A vida não tem rascunhos. Essa é uma ideia antiga e
z Na indicação de horas, quando o “à uma” puder que tem valor. Ela parte da constatação de que nós
ser substituído por às duas, há crase. Quando o a vamos vivendo a vida enquanto aprendemos a vivê-la.
uma equivaler a a duas, não ocorre crase; Nesse sentido, o jogo da vida, de fato, não tem rascu-
z Usa-se a crase no “a” de àquele(s), àquela(s) e àqui- nho. Estamos vivendo e aprendendo a jogar.
lo quando tais pronomes puderem ser substituídos Há uma música chamada “Aprendendo a jogar”, do
por a este, a esta e a isto; cantor e compositor paulistano Guilherme Arantes,
z Usa-se crase antes de casa, distância, terra e que traz uma ideia importante para nós: “Vivendo e
nomes de cidades quando esses termos estiverem aprendendo a jogar. Nem sempre ganhando, nem sem-
acompanhados de determinantes. Ex.: Estou à dis- pre perdendo, mas aprendendo a jogar”.
tância de 200 metros do pico da montanha. É fundamental que crianças, jovens e adultos entendam
que, na vida, nem sempre ganharemos, nem sempre
A compreensão da crase vai muito além da estética perderemos, mas estaremos o tempo todo aprendendo
gramatical, pois serve também para evitar ambigui- a jogar. Afinal, como diziam algumas pessoas, “não há
dades comuns, como o caso seguinte: Lavando a mão. mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe”.
Nessa ocasião, usa-se a forma “Lavando a mão”,
pois “a mão” é o objeto direto, e, portanto, não exi- (Mário Sérgio Cortella. Vamos pensar mais um pouco? Lições
ge preposição. Usa-se a forma “à mão” em situações ilustradas com a turma da Mônica. São Paulo: Cortez, 2018.

69
Adaptado)
como “Pintura feita à mão”, já que “à mão” seria o

8-
advérbio de instrumento da ação de pintar.

86
Assinale a alternativa em que a palavra destacada atri-

6.
bui uma qualidade ao vocábulo anterior.

9
HORA DE PRATICAR!

.4
33
a) A vida não tem rascunhos. (primeiro parágrafo)

-4
1. (VUNESP — 2022) Leia o texto para responder à questão. b) Essa é uma ideia antiga e que tem valor. (primeiro
parágrafo)
O
c) Nesse sentido, o jogo da vida, de fato, não tem rascu-
IR
O desafio
nho. (primeiro parágrafo)
M
A

d) Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo...


Vou desafiar meus leitores e minhas leitoras. É um
R

(segundo parágrafo)
convite a uma posição mais científica na formulação
E

e) ... não há mal que sempre dure... (terceiro parágrafo)


R

de opiniões. O pensamento científico tenta enfrentar o


EI

que for “preconceito”. Dentre muitos sentidos, a pala-


R

3. (VUNESP — 2022) Leia o texto para responder à


vra indica um conceito surgido antes da experiência,
IF

questão.
algo que está na cabeça sem observação da realida-
N

de. Como na parábola dos cegos que apalpam um ele-


LI

Pedra da morte”: Relíquia centenária aparece rachada e


O

fante, uns imaginam que a forma do mamiífero seja


assusta japoneses
R

de uma espada por tocarem no marfim, outro afirma


A

ser uma parede por tocar seu abdômen e um terceiro


K

garante que é uma mangueira por ter encostado, exclu- A cidade de Nasu, no Japão, recebe turistas diariamen-
LI

te em suas montanhas vulcânicas, muitos querendo


IE

sivamente, na tromba. (...) Tenho encontrado defen-


ver o que é chamado de “a pedra da morte” – sessho-
C

sores e detratores apaixonados da obra do recifense


A

[Paulo Freire]. Encontro bem menos leitores. Lanço o -seki em japonês. No sábado (05.03.2022), visitantes
R

encontraram a famosa rocha partida em dois pedaços


G

desafio cheio de esperança no centenário dele: antes


de defender ou atacar Paulo Freire, leia dois livros dele e, diante da cena e do nome pouco amigável do objeto,
ao menos. Depois de ler e examinar a obra, (...) emita surgiu o medo de que alguma “força maligna” tenha
sua sagrada opinião, agora com certo embasamento. escapado de lá, teoria sustentada pela mitologia local.
LÍNGUA PORTUGUESA

Educação é algo muito sério. Paulo Freire encarou o Segundo a lenda, a sessho-seki é o corpo transforma-
gravíssimo drama do analfabetismo. Hoje vivemos do de Tamamo-no-Mae, mulher que participou de uma
outro tipo de drama: pessoas que possuem a capaci- conspiração para matar Toba, imperador de 1107 a
dade de ler e se recusam a fazê-lo. 1123. Ela teria sido uma das cortesãs de Toba e usou
artifícios para deixá-lo doente.
(Leandro Karnal. O desafio. Jomal O Estado de São Paulo, set.2021. Mais tarde, um astrólogo expôs o que considera a ver-
Adaptado) dadeira identidade de Tamamo-no-Mae: um espírito
na forma de uma raposa de sete caudas. Em outros
Assinale a alternativa cujo termo em destaque forma períodos da história, o mesmo espírito já teria se apro-
o plural em —ões, assim como no termo em destaque ximado de outros líderes japoneses para prejudicá-los.
do trecho — ...formulação de opiniões. Após ser vítima da raposa, Toba enviou homens para

45
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matá-la, mas ela encontrou refúgio se incrustando na Pose exibicionista demais. Preferível brindando simples-
pedra em Nasu. mente com alguém. Qualquer um. Vamos lá? Vamos.
Desde então, diz a mitologia, a rocha passou a libe- Tintim. Choque espumante de duas taças. O primei-
rar um gás venenoso que matava tudo o que tocava. ro tim foi meu. O segundo, olhei atônito. Foi dele, sim
Outra parte da lenda diz que um monge budista a dele, o rei da boca-livre! Com um sorriso e uma taça,
exorcizou e destruiu, mas muitos japoneses não con- aproximara-se:
sideram esse trecho da história, por isso a “pedra da – Não comprei seu livro porque, imagine, recebi dois de
morte” nas montanhas Nasu é considerada o objeto presente.
real da lenda.
Ao conhecer a história, fica mais fácil entender o fre- (Marcos Rey. O coração roubado. Global. Adaptado)
nesi causado pela imagem da rocha partida. Muitos * vernissage: inauguração de uma exposição de arte
acreditam que o espírito da raposa se libertou e está
novamente vagando pelo Japão. Atendendo à norma-padrão de emprego e colocação
dos pronomes, assinale a alternativa em que o trecho
(https://noticias.uol.com.br/internacional, 09.03.2022. Adaptado) destacado na frase está corretamente substituído
pelo trecho indicado entre parênteses.
Observe as passagens do texto:
a) O nome dele, ninguém sabe o nome. (sabe-o)
� A cidade de Nasu, no Japão, recebe turistas diariamen- b) Os convites, ora, quem manda os convites deve saber.
te em suas montanhas vulcânicas... (1º parágrafo) (os manda)
� Ela teria sido uma das cortesãs de Toba e usou artifí- c) Notícias de coquetéis, é nos jornais que ele habitual-
cios para deixá-lo doente. (2º parágrafo) mente procura essas notícias. (procura-as)
d) Quanto ao uísque, o homem de identidade misteriosa
As formas verbais destacadas expressam, correta e armazena outro na estante. (lhe armazena)
respectivamente: e) Visitei uma exposição de pinturas, e quem estava lá
observando as pinturas? (observando-lhes)
a) ação acabada; ação habitual.
b) ação acabada; hipótese. 5. (VUNESP — 2021) Leia o texto, para responder a questão.

69
c) hipótese; ação habitual.

8-
d) ação habitual; hipótese. Diamantes no deserto

86
e) ação habitual; ação acabada.

6.
Vales marcados pela intensa aridez parecem ter se

9
.4
4. (VUNESP — 2022) tornado ambientes ideais para o florescimento de fru-

33
tos típicos do século XXI: os produtos tecnológicos.

-4
O rei da boca-livre O maior centro de inovação do planeta se encontra
em uma região seca da Califórnia. Todos os anos,
O
o Vale do Silício concentra 50 bilhões de dólares de
IR
– Preste atenção naquele homem.
M

Tinha pouco mais de 50 anos, altura mediana, atitudes investimentos de alto risco, usualmente destinados a
A

discretas e trajes bem passadinhos. Tipo de pessoa startups – quase metade do montante movimentado
R

que, mesmo com um guarda-roupa reduzido, não faz dentro dos Estados Unidos –, além de 15% da produ-
E

ção de patentes desse país.


R

feio em reuniões sociais. O referido comia delicada-


EI

mente um bolinho. A mais de 10 000 quilômetros de distância de lá, no


R

Na direita segurava um copo de uísque. Oriente Médio, o Deserto de Nevegue, em Israel, vê


IF

– Quem é a figura? crescer, sobre seu solo abrasador, um complexo indus-


N

– O maior frequentador de coquetéis da cidade. Já trial que põe o território em disputa direta com a cida-
LI

de chinesa de Shenzhen pelo posto de maior polo de


O

investiguei. Ninguém sabe o nome.


R

– Ora, quem manda os convites deve saber. inovação do mundo. No oásis tecnológico proliferam
A

– Nunca foi convidado. Lê a notícia dos coquetéis nos companhias de ponta, que se espalham ainda pela cos-
K

jornais. E numa noite de autógrafos ou vernissage*, ta litorânea, nos arredores de Tel-Aviv, fazendo dessa
LI

pequeníssima nação, com menos de 10% da área do


IE

quem vai barrar a entrada de prováveis compradores?


Estado de São Paulo e população pouco maior que a da
C

Estávamos na Livraria Teixeira. O homem de iden-


A

tidade misteriosa armazenara outro uísque numa cidade do Rio de Janeiro, um sinônimo de progresso.
R

estante. Colocado num lugar em que o garçom teria Como Israel transformou um deserto árido em centro
G

obrigatoriamente de passar, abastecia-se também de de inovação mundial? Responde Ran Natanzon, espe-
salgadinhos. Não bebia nem comia afobadamente, cialista em vender tal faceta do país: “Trata-se de uma
portando-se como um verdadeiro cavalheiro. combinação dos seguintes fatores, todos igualmente
Não comprou o livro de lançamento, mas o vi cumpri- essenciais: somos uma nação altamente militarizada;
mentar o autor à distância revelando infinita admiração. mantemos a indústria em ligação com as pesquisas
Semanas depois vou a uma exposição de pinturas e acadêmicas; o governo atua para fomentar o setor; há
quem estava lá, observando as obras de arte? Ele, cla- operação ativa de fundos de investimentos e multina-
ro. O interesse artístico não o impedia de beber uísque cionais; e existe uma proliferação de startups”.
e comer deliciosos pasteizinhos. Todo israelense, homem ou mulher, é obrigado a ser-
Desta vez, a bela festinha era em minha homenagem. vir no Exército ao completar 18 anos. O que não quer
Uma entidade cismara de premiar-me pela publicação dizer, no entanto, que o contingente completo vá para
de um romance. Recebi um objeto pequeno como tro- a linha de frente. Há, por exemplo, uma unidade, a 8
féu e um cheque ainda menor. Em compensação, qui- 200, integrante do Corpo de Inteligência das Forças de
seram que eu, diante do fotógrafo, erguesse vitorioso Defesa, cujos membros se dedicam a decifrar códigos
uma taça de champagne. de computador. “Essa tropa fornece veteranos hábeis
46
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
em trabalhar com segurança de dados digitais e em muito.” Quem tem suas necessidades básicas assegu-
outras áreas do mercado da tecnologia”, explicou o radas e pode consumir além do que precisa é o que
engenheiro israelense Lavy Shtokhamer, que chefia mais sofre dessa doença.
uma divisão que mescla agentes ligados ao governo Segundo Vicki, nos países mais ricos, as pessoas com
e representantes de empresas parceiras, como a IBM, acesso ao consumo estão viciadas no excesso. Vão
em ações contra ataques de hackers que têm como comprando. E vão acumulando. Num dia é um traves-
alvo Israel ou, como vem sendo mais frequente, siste- seiro; no outro, o sapato que vai sair uma única vez do
mas de companhias privadas. armário.
Surgem depois a roupa de marca, o azeite importado,
(Filipe Vilicic. Veja, 12.02.2020. Adaptado) o carro do ano, o eletrodoméstico mais moderno – e
mais um armário na casa para acomodar o que se
Assinale a alternativa com os pronomes demonstra- compra.
tivos que retomam as expressões destacadas, dando O que leva muita gente a consumir é a falta de contato
sequência à passagem – ... o Deserto de Nevegue, em com as próprias coisas. A pessoa se esquece do que
Israel, vê crescer, sobre seu solo abrasador, um com- tem e, com a sensação de não ter, acaba comprando
plexo industrial que põe o território em disputa dire- mais. Estímulos não faltam: nunca houve tanta ofer-
ta com a cidade chinesa de Shenzhen pelo posto de ta e tanta facilidade para pagar. Outro aspecto que
maior polo de inovação do mundo. interfere muito é o uso cada vez menor do dinheiro
vivo como forma de pagamento, o que contribui para
a) Essa se destaca mundialmente; este se desenvolve a estimular compras desnecessárias. Ao pagar com car-
cada dia. tões, a pessoa não sente que está gastando.
b) Aquela se destaca mundialmente; aquele se desenvol- Na base do consumo exagerado está a insatisfação
ve a cada dia. permanente do ser humano, a sensação de que sem-
c) Esta se destaca mundialmente; aquele se desenvolve pre falta algo. Queremos o que não temos, mas, assim
a cada dia. que passamos a ter, aquilo já não nos interessa mais.
d) Essa se destaca mundialmente; esse se desenvolve a Ao refletirmos profundamente a respeito do consu-
cada dia. mismo, podemos entender que é muito mais impor-
e) Esta se destaca mundialmente; este se desenvolve a tante investir nos relacionamentos pessoais – amigos,

69
cada dia. filhos, colegas de trabalho – pois são eles que nos

8-
enriquecem verdadeiramente.

86
6. (VUNESP — 2022) Leia o texto para responder à questão. Porque a relação com o consumismo é clara: quanto

6.
mais pobre for nossa vida interior, mais sentiremos

9
.4
Aprecio no mais alto grau a resposta daquele jovem necessidade de ter coisas.

33
soldado, a quem Ciro perguntava quanto queria pelo

-4
cavalo com o qual acabara de ganhar uma corrida, e (Leila Ferreira. A arte de ser leve. São Paulo: Globo, 2010. Adaptado)
se o trocaria por um reino: “Seguramente não, senhor,
O
No trecho do parágrafo – … e mais um armário na casa
IR
e no entanto eu o daria de bom grado se com isso
para acomodar o que se compra. –, a palavra destaca-
M
obtivesse a amizade de um homem que eu conside-
A

rasse digno de ser meu amigo”. E estava certo ao dizer da estabelece sentido de
R

“se”, pois se encontramos facilmente homens aptos


E

a travar conosco relações superficiais, o mesmo não a) adição.


R
EI

acontece quando procuramos uma intimidade sem b) oposição.


R

reservas. Nesse caso, é preciso que tudo seja límpido c) causa.


IF

e ofereça completa segurança. d) tempo.


N

e) finalidade.
LI

(Montaigne, Da amizade. Adaptado)


O
R

8. (VUNESP — 2022) Leia o texto para responder à questão.


A

Leia os trechos e assinale a alternativa que apresenta,


K

correta e respectivamente, as circunstâncias das expres- O que existe de comum entre os Beatles e Ary Barroso?
LI

sões em destaque.
IE

Ary Barroso foi um dos maiores compositores da


C
A

� Aprecio no mais alto grau a resposta daquele jovem música popular brasileira. Sempre lembrado pela
R

soldado... Aquarela do Brasil, ouvida e executada em escala pla-


G

� ...eu o daria de bom grado... netária, e também por Bahia, o nome que o mundo deu
à Na Baixa do Sapateiro, Ary deixou como legado um
a) modo − modo vastíssimo songbook que atravessa o tempo com sua
LÍNGUA PORTUGUESA

b) lugar − afirmação indiscutível qualidade.


c) lugar − intensidade Ary Barroso morreu cedo. Tinha somente 60 anos e
d) intensidade − afirmação estava hospitalizado na fase final da cirrose hepática
e) intensidade − modo provocada pelo alcoolismo. Sua morte ocorreu num
domingo de carnaval, no momento em que as escolas
7. (VUNESP — 2022) de samba desfilavam no centro do Rio de Janeiro. A
notícia enlutou os foliões.
Coisas são só coisas Já os Beatles nasceram para o mundo quando con-
quistaram os Estados Unidos. Antes disso, haviam
Uma das criadoras do movimento Simplicidade Volun- conquistado o Reino Unido e começavam a fazer
tária, Vicki Robin, critica rigorosamente o consumismo sucesso em vários países da Europa.
desenfreado e afirma: “Estamos vivendo a doença do 47
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Os rapazes estavam em Paris quando receberam a * Corrente de pensamento econômico que analisa o papel
notícia: I Wanna Hold Your Hand estava em primeiro instituições para o comportamento da economia.
(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/
lugar nas paradas dos Estados Unidos. Os Beatles helioschwartsman/ 2021/12/china-ultrapassa-os-eua-na-producao-
foram a Nova York e se apresentaram no programa cientifica.shtml.
de Ed Sullivan. Foram vistos, naquela noite, por uma 31.12.2021. Adaptado)
audiência de mais de 70 milhões de pessoas.
E o que há de comum entre os Beatles e Ary Barroso? Substituindo-se a expressão destacada por um prono-
Uma data. O domingo nove de fevereiro de 1964. Na me, a frase “A China também não tem ganhado tantos
noite daquele domingo de carnaval, enquanto morria prêmios Nobel...” atende à norma-padrão de uso e de
Ary Barroso, os Beatles nasciam para o mundo. colocação dos pronomes em:

(Sílvio Osias, “O que há de comum entre os Beatles e Ary Barroso? a) A China também não os tem ganhado...”
O colunista revela”. Em: https://jornaldaparaiba.com.br/cultura,
09.02.2022. Adaptado)
b) A China também não tem-lhes ganhado...”
c) A China também não tem ganhado-lhes...”
d) A China também não tem ganhado-os...”
Na frase final do texto – Na noite daquele domingo
e) A China também não lhes tem ganhado...”
de carnaval, enquanto morria Ary Barroso, os Beatles
nasciam para o mundo. – a relação de sentido estabe-
lecida pela conjunção destacada e a relação de sen- 10. (VUNESP — 2022) Assinale a alternativa em que a
tido estabelecida entre as formas verbais “morria” e colocação dos pronomes está de acordo com a nor-
“nascia” são, correta e respectivamente, de: ma-padrão da língua portuguesa.

a) consequência e inclusão. a) Nos enviaram ontem os materiais solicitados há uma


b) proporção e exclusão. semana.
c) tempo e oposição. b) Essa empresa sempre me enviou propagandas pelo
d) finalidade e simultaneidade. celular.
e) conclusão e equivalência. c) Nunca deve-se descuidar das amizades verdadeiras.
d) Já conhece-se aquela loja e seus preços tão abusivos.
e) Não pode-se gastar mais do que se ganha.

69
9. (VUNESP — 2022) Leia o texto, para responder à questão.

8-
11. (VUNESP — 2022)

86
China ultrapassa os EUA na produção científica

9 6.
Especialistas deveriam se impor pela competência, não
Pela primeira vez, a China superou os EUA em produ-

.4
pelo lobby*

33
ção científica. Em 2020, instituições chinesas publica-

-4
ram 788 mil artigos contra 767 mil das americanas. É
possível relativizar esse dado. Nesta semana eu quase recobrei minha fé na

O
A China tem uma população quatro vezes maior que humanidade. IR
a americana, de modo que a produção per capita dos
M

Com a retomada das aulas presenciais, perguntei a


A

EUA ainda é superior. A China também não tem ganha-


meu filho David, que cursa duas faculdades, como
R

do tantos prêmios Nobel quanto os EUA, o que faz


E

supor que, nas áreas mais relevantes, os americanos ele faria com a educação física. O menino me olhou
R

liderem. Tudo isso é verdade, mas o fato é que a ciên- como se eu viesse de Saturno e me explicou, para
EI

minha surpresa, que a educação física não é mais dis-


R

cia chinesa vem evoluindo de forma robusta. Nada


IF

indica que um apagão esteja próximo. ciplina obrigatória no ensino superior. Ao contrário do
que acontecia no meu tempo, a molecada não precisa
N

A questão é relevante para os economistas liberais, par-


LI

ticularmente os da escola institucionalista*. Para eles, mais submeter-se às aulas de Educação Física para
O

o crescimento sustentável só é possível quando as obter seu diploma.


R

Não me entendam mal. Sou um entusiasta da ativi-


A

instituições políticas de um país são inclusivas e seus


K

cidadãos gozam de liberdade para decidir o que farão dade física. Há mais de 20 anos corro quase que
LI

de suas vidas e recursos. Isso ocorre porque a prosperi- diariamente. E recomendo a todos que se mexam,
IE

dade duradoura depende de um fluxo constante de ino- se possível sob a orientação de um profissional. Mas
C

vações, que resulte em ganhos de produtividade. Ainda sou veementemente contrário ao hábito corporativis-
A

ta, tão disseminado por aqui, de sequestrar o poder do


R

segundo os institucionalistas, regimes autoritários,


G

como o chinês, não asseguram a liberdade necessária Estado para criar reservas de mercado.
para que ciência e tecnologia se desenvolvam. Acredito em ciência e estudo. Vale a pena procurar
É possível que tais economistas tenham razão e que um especialista. Mas fazê-lo deve ser uma escolha,
a China, por um déficit de liberdade, não consiga man- não uma obrigatoriedade. Numa sociedade funcional,
ter o ritmo. Já vimos ditaduras colapsarem porque você recorre aos serviços de um profissional, seja o
ficaram para trás na corrida tecnológica. O caso mais educador físico, o advogado ou qualquer outro, porque
notório é o da URSS, que, embora tenha chegado a lide- ele oferece um saber e uma experiência que lhe inte-
rar a ciência espacial, não foi capaz de manter-se com- ressam, não porque a lei o obriga a fazê-lo. Em outras
petitiva em outras áreas, com reflexos na economia. palavras, os especialistas deveriam se impor por sua
Mas não dá para descartar a hipótese de que os ins- competência, não por seus lobbies.
titucionalistas estejam errados. Não me parece em O leitor atento deve ter percebido que enfiei um “qua-
princípio impossível para um regime assegurar as se” ali no começo do texto. Embora tenha ficado feliz
liberdades necessárias para manter a ciência e a eco- ao descobrir que a educação física não é mais requisi-
nomia funcionando sem estendê-las à política. Ditadu- to para um diploma universitário, ao investigar melhor
ras podem se reinventar. como isso aconteceu, fiquei com a impressão de que
48 a desobrigatoriedade não veio porque legisladores e
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conselheiros ficaram mais sábios, mas porque o lobby havia por perto algum bolo de aniversário. Ao terminar
dos donos de faculdade é mais forte que o dos profes- a narrativa da tragédia de Veludo, havia olhos úmidos
sores de educação física. na pequena plateia. Esse era o nome do cão: Veludo.
Magro, asqueroso, revoltante, imundo – dizia o poema.
* Lobby: atividade de pressão de um grupo organizado sobre Passaram-se os anos e deles restaram em minha
políticos e poderes públicos, que visa exercer sobre estes qualquer memória os seis primeiros versos e uma lição de moral.
influência ao seu alcance.
(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/
Nem sabia quem era o autor. Então, numa conversa
helioschwartsman/2022/03/ especialistas-deveriam-se-impor- com um amigo amante de livros, ouvi dele a promessa:
pelacompetencia- nao-pelo-lobby.shtml. 18.03.2022. Adaptado) “Vou te mandar o poema”. Mandou mais do que isso:
a cópia da folha de rosto do volume onde o poema, de
Considere a seguinte passagem do parágrafo: Luiz Guimarães, aparecera na edição de 1886.
Começava assim: Eu tive um cão. Chamava-se Velu-
Sou um entusiasta da atividade física. Há mais de 20 do: / Magro, asqueroso, revoltante, imundo; / Para
anos corro quase que diariamente. E recomendo a dizer numa palavra tudo / Foi o mais feio cão que
todos que se mexam, se possível sob a orientação de houve no mundo. (Alguém se lembra?) Recebi-o das
um profissional. Mas sou veementemente contrário mãos de um camarada / Na hora da partida. Exata-
ao hábito corporativista, tão disseminado por aqui... mente aí terminavam as minhas lembranças.
Prossegue a história o narrador dizendo que o amigo
No contexto em que estão inseridos, os termos em desta- tinha lágrimas nos olhos ao se separar do cão. E ao se
que na passagem têm como sinônimos, respectivamente: despedir deseja que o cão console o novo dono.
Mas aquele cão incomodava o novo dono. Deu-o à
a) prestigiador; evidentemente; recriminado. mulher de um carvoeiro. Respirou aliviado por não ter
b) praticante; totalmente; divulgado. mais de dar ossos diariamente ao animal. Porém à noi-
c) incentivador; insistentemente; mascarado. te alguém bateu à porta: Era Veludo, que entrou lamben-
d) admirador; energicamente; difundido. do as mãos do narrador e farejando a casa satisfeito.
e) contestador; impetuosamente; propalado. Para se livrar do cão, resolveu jogá-lo ao mar. Longe
da costa, dentro do barco, ergueu o cão nos braços e o
12. (VUNESP — 2022) Examine a tirinha de André Dahmer atirou às ondas.

69
para responder à questão. Doloroso que fosse, o narrador deixou-o lá, voltou à

8-
terra, entrou em casa e notou que havia perdido, na

86
operação, o cordão de prata com o retrato da mãe,

6.
QUERIDA, OS
QUEM uma relíquia que prezava tanto. Concluiu, com rancor,

9
JUROS DO

.4
ESTÁ AÍ?
CARTÃO que a culpa era do cão.

33
Nesse momento, ouviu uivos à porta. Era Veludo!

-4
(Arrepiado, leitor?) O cão arfava e, antes de morrer,
entendeu-se a seus pés e deixou cair da boca a meda-
O
IR
lha suspensa na corrente.
M
Aprendíamos dramaticamente os valores da vida.
A

(André Dahmer. Quadrinhos do anos 10, 2016)


R

(Coleção Melhores Crônicas – Ivan Angelo. Seleção de Humberto


E

Werneck. Adaptado)
R

Em “Querida, os juros do cartão.” (3o quadrinho), a vír-


EI

gula é usada com a mesma finalidade da(s) vírgula(s)


R

Considere os trechos do texto.


empregada( s) em:
IF
N

• Mandou mais do que isso: a cópia da folha de rosto


LI

a) A fatura do cartão da minha esposa está alta, como a


do volume onde o poema, de Luiz Guimarães, aparece-
O

minha.
ra na edição de 1886. (3º parágrafo)
R

b) Os juros nem sempre foram altos assim, minha filha.


A

• Foi o mais feio cão que houve no mundo. (Alguém se


K

c) Minha filha, cujo nome é Helena, trabalha em um banco.


lembra?) (4º parágrafo)
LI

d) Minha esposa, embora seja a mais inteligente da famí-


• Nesse momento, ouviu uivos à porta. Era Veludo!
IE

lia, não entende de juros.


(Arrepiado, leitor?) (9º parágrafo)
C

e) Não posso falar agora com minha esposa, não.


A
R

Os dois-pontos introduzem a descrição do material


G

13. (VUNESP — 2022) Leia a crônica de Ivan Angelo para enviado pelo amigo, e os parênteses contêm observa-
responder à questão. ções pessoais do cronista.
Cão reencontrado
LÍNGUA PORTUGUESA

Assinale a alternativa que se refere, correta e respec-


tivamente, ao tipo de material enviado e ao intuito das
Era muitas vezes com lágrimas nos olhos que se observações do cronista.
aprendia a dar valor à amizade, ao caráter e ao amor.
Exemplos melodramáticos não faltavam e talvez por a) a reprodução da página do livro com informações sobre
isso se tenham tornado marcantes. a obra publicada; cativar a atenção dos interlocutores.
Nunca pude me esquecer de um longo poema lido em b) a edição rara do livro de Luiz Guimarães; incentivar a
aula pela professora, no segundo ano primário. Falava participação dos interlocutores.
de um cão, feio mas dedicado, de que o dono procura c) o texto integral do poema “Veludo”; conectar-se com
se desfazer, afogando-o no mar. Lembro-me da forte os interlocutores que já leram o poema.
emoção com que acompanhamos a leitura, e da minha
atenção ao copiá-lo depois. Decorei-o inteiro, e decla-
mava-o para os outros meninos, provavelmente quando 49
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d) a cópia da página do livro em que se comentam os grupo equivalente a 11,1% da força de trabalho. Mas
poemas selecionados; pôr em xeque as convicções as condições permaneceram muito mais feias para
dos interlocutores. negros, mulheres, jovens, trabalhadores com menor
e) a página da obra que resume a biografia do famoso escolaridade e habitantes de regiões menos industria-
poeta; comover os seus interlocutores. lizadas. Pode- se encontrar no mercado de trabalho
uma síntese das desigualdades brasileiras, principal-
14. (VUNESP — 2021) Quando o destino levou Jose Alcino, mente de raça, de gênero, de educação e de desen-
o marido, ao seu encontro, Donana não teve dúvidas volvimento regional. O exame dessas desigualdades
de que se abrigaria debaixo do chapéu que o protegeu poderia fundamentar planos, programas de governo e
do sol durante a longa travessia que havia feito. José projetos econômicos e sociais.
migrou das cercanias do Recôncavo para a Chapada, O contraste mais notável é visível quando se examina
atraído pela promessa de riqueza, vinda das notícias a relação entre desemprego e escolaridade. Estiveram
de exploração de diamante. Tão logo chegou à região, desocupados no primeiro trimestre 5,6% das pessoas
viu que a sanha pela pedra havia transformado a terra com nível superior completo. Mais que o dobro, 11,9%,
num horizonte de lutas e de bandos armados guiados foi o desemprego encontrado entre os trabalhadores
por coronéis que enriqueciam às custas do sangue e com educação superior incompleta. No caso daquelas
da loucura dos que se entregavam à sorte do garimpo. com ensino médio incompleto, a desocupação chegou
O homem, então, deitou sua sacola com seus poucos a 18,3%, taxa muito superior à taxa média geral, 11,1%.
objetos e duas mudas de roupa no chão onde Donana Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de
vivia. Decidiu fazer o que havia aprendido com seus Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de
pais, o que o havia sustentado até o momento da par- Geografia e Estatística (IBGE).
tida e durante o caminho em que seguiu para chegar As pessoas menos educadas, como têm apontado
à Chapada. José Alcino pediu uma enxada e mostrou outras pesquisas, são também aquelas mais sujeitas
que sabia trabalhar a terra. Pediu morada na mesma à informalidade e às piores condições de emprego
fazenda onde minha avó vivia cativa, sem nunca ter e de remuneração. Um acesso mais amplo à instru-
tentado deixar seus tutores, trabalhando pelo que ção, com melhor distribuição das oportunidades edu-
comia. Construiu uma casa de barro, cobriu com jun- cacionais, mudaria as possibilidades de trabalho de
co, fez amizade com o capataz que havia criado Dona- dezenas de milhares de pessoas e, ao mesmo tempo,

69
na. Com o tempo, disse que precisava de companhia, elevaria duplamente o potencial produtivo do fator tra-

8-
que queria família e não podia viver sozinho. Notou balho, tornando-o mais eficiente e qualificando-o para

86
que a moça não parava de olhar para o seu chapéu, e tarefas mais complexas. Ganhariam indivíduos, famí-

6.
mesmo evitando seus olhos, a levou para casa. lias, empresas e, portanto, a economia nacional, se

9
.4
o País dispusesse de uma política bem desenhada e

33
(VIEIRA JUNIOR, Itamar. Torto arado. São Paulo: Todavia, 2019) bem executada de formação de recursos humanos ou,

-4
como dizem alguns especialistas, de capital humano.
Assinale a alternativa que apresenta interpretação do Formar capital humano é algo dificilmente compatível,
O
IR
texto adequada à norma-padrão da língua portuguesa no entanto, com políticas já aplicadas no Brasil. O Bra-
M
quanto à regência nominal. sil dispõe de respeitados educadores, de estudiosos da
A

economia da educação e de experiências de sucesso em


R

a) Ao entender que o garimpo não seria sua vida, José políticas estaduais. São preciosas fontes de ideias para
E

Alcino decide provar para os demais sua capacidade formulação de boas políticas educacionais.
R
EI

de trabalhar a terra.
R

b) Depois de acomodar seus pertences, José Alcino (Opinião. https://opiniao.estadao.com.br/, 18.05.2022. Adaptado)
IF

assume rapidamente a enxada, como símbolo sobre


N

superação de obstáculos. Assinale a alternativa que está em conformidade com


LI

c) Atraído pela exploração de diamante e decepcionado a norma-padrão de concordância e de regência.


O
R

pela realidade que o recebe, José Alcino mostra-se


A

resoluto por trabalhar naquela terra. a) No Brasil, as desigualdades sociais apontam de que
K

d) Servil com seus tutores, Donana, a avó da narradora, muitas pessoas não dispõe de acesso à educação,
LI

vivia entre a pobreza e trabalhava por comida. ficando mais sujeitas à informalidade e às piores con-
IE

e) Com o tempo, José Alcino decide assumir a responsa dições de emprego e de remuneração.
C
A

bilidade com o capataz e tomar Donana para esposa. b) Dados da Pnad Contínua mostram que ainda há um
R

contingente expressivo de pessoas desempregadas, e


G

15. (VUNESP — 2021) Não deves perguntar mim. mas muitas delas, ainda que aspirem a um posto de traba-
sim quem esteve presente discussão. lho, sofrem com a baixa instrução.
c) Cabe o governo à formulação de boas políticas edu-
a) a-a-a cacionais para a formação de capital humano, com
b) a-a-à as quais ganhariam indivíduos, famílias, empresas e,
c) a-à-a portanto, a economia nacional.
d) à-a-a d) O País não pode esquecer de que as pessoas menos
e) à-à-à educadas são também aquelas mais sujeitas à infor-
malidade e às piores condições de emprego e de
16. (VUNESP — 2022) Leia o texto para responder à questão. remuneração, devido baixa escolaridade.
e) Respeitados educadores, estudiosos da economia
Os perdedores de sempre da educação e experiências de sucesso em políticas
estaduais constitui preciosas fontes de ideias para
Continuou feio o quadro do emprego, no primeiro tri- formulação de boas políticas educacionais.
50 mestre, com 11,9 milhões de pessoas desocupadas,
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
17. (VUNESP — 2021) CACHORROS ESPERAM POR DONO INTERNADO
NA PORTA DE HOSPITAL EM SC
A linguagem cinematográfica

Quem assiste a cinema hoje está longe de imaginar JÁ DIZIA O DITADO:


o longo e árduo processo em que consistiu o desen- MELHOR UM CACHORRO AMIGO DO
QUE UM AMIGO CACHORRO.
volvimento da linguagem cinematográfica, desde que
os irmãos Lumière exibiram o seu precário Saída dos
Operários da Fábrica no Grand Café de Paris, em 28 de
dezembro de 1895, oficialmente a primeira sessão de
cinema do mundo.
Uma ilustração bem instrutiva do desenvolvimen-
to da linguagem do cinema é a que diz respeito, por
exemplo, ao emprego da câmera. De início completa-
mente estática, somente aos trancos e barrancos foi
a câmera adquirindo a mobilidade que tem hoje. Nos
primeiros tempos do cinema mudo, filmava- -se com a
câmera imóvel posta diante de um cenário onde tudo
acontecia, como num palco teatral. Nessa época, ver (https://ndmais.com.br/opiniao/charges, 11.05.2021)
a imagem se movendo na tela já era suficientemente
divertido, quando o ponto de contraste para isso era o Supondo que o título da charge seja reescrito, a opção
estaticismo da fotografia. mais adequada está em:
Foi o americano D. W. Griffith (1875-1942) quem siste-
matizou, na prática, o uso do que chamamos hoje pla- a) Cachorros esperam por dono que está internado den-
nificação, angulação e enquadramento (a variação da tro de hospital em SC.
posição da câmera com relação ao elemento filmado). b) Dono está internado na porta de hospital em SC onde
Na verdade, Griffith não foi o primeiro a variar a posição seus cachorros o esperam.
da câmera, mas foi, sim, o pioneiro nessa sistematiza- c) Cachorros esperam em SC pelo dono que está interna-

69
ção. O espectador que já recebeu a linguagem cine- do na porta do hospital.

8-
matográfica “feita” – embora ainda hoje ela continue d) Na porta de hospital em SC, cachorros esperam por

86
“fazendo” a si mesma! – nem cogita das difíceis quere- dono que está internado.

6.
las entre Griffith e os colegas de produção da década e) Dono de cachorros internado dentro de hospital em SC

9
.4
de 10, quando ele insistia, por exemplo, em que podia é esperado por seus cachorros.

33
interromper a ação, geralmente filmada em plano de

-4
conjunto, para aí intercalar o rosto de um ator, tomado 19. (VUNESP — 2022) Leia o texto para responder à questão.
em primeiro plano. A produção alegava que tal prática
O
IR
era absurda, e que confundiria os espectadores, que Quando ouvir Beethoven, é hora de tirar o lixo
M
a recusariam como incompreensível. Griffith, por sua
A

vez, argumentava que o público a entenderia perfeita- “Pour Elise”, de Beethoven, é música onipresente em
R

mente, pois, no geral, era assim que funcionavam os lições de piano, mas para os moradores de Taiwan,
E

o jingle1 é um chamado à ação, o início de um ritual


R

processos narrativos na literatura de ficção. Confor-


EI

me sabemos, o seu modelo era o popular romance de noturno, um sinal para amarrar as sacolas plásticas e
R

Charles Dickens, superlido no final do século passado. descer: é hora da coleta de lixo.
IF

O resultado dessa polêmica, já o conhecemos, com a O caminhão de lixo amarelo e o caminhão de recicla-
N

vitória da intuição genial sobre o medo do novo. gem branco param na rua, os coletores descem e colo-
LI

cam uma série de latas separadas para papel, plástico,


O
R

(João Batista de Brito. Imagens Amadas. São Paulo: Ateliê Editoral, vidro, metal, comida crua (para adubo) e comida cozi-
A

1995. Adaptado.) da (para ração de porcos).


K

Nos minutos seguintes, a rua desanimada se trans-


LI

A alternativa que está de acordo com a norma-padrão forma em algo semelhante a uma festa de bairro à
IE

da língua portuguesa no que se refere à concordância medida que moradores, velhos e jovens, convergem
C
A

verbal é: de todas as direções para os caminhões. Eles vêm a


R

pé, de bicicleta e de scooter, com o lixo já separado em


G

a) Haviam membros da equipe de produção que eram con- sacolas plásticas.


trários às mudanças da linguagem cinematográfica. A coleta de lixo varia em todo o mundo, mas nenhum
b) Nos primórdios do cinema, quando este ainda era lugar faz como Taiwan. Nas cidades ou vilas rurais,
LÍNGUA PORTUGUESA

mudo, filmava-se como se tudo estivesse ocorrendo faça chuva ou faça sol, você encontrará pessoas com
num palco de teatro. sacolas na beira da estrada esperando os caminhões
c) Alguns alegavam que seria pouco inteligível para os de lixo. Alguns passam o tempo olhando para seus
espectadores as mudanças de plano proposto por Griffith. celulares. Outros atualizam as fofocas e conversam
d) Teatro, fotografia, literatura, toda forma de arte ser- com os vizinhos. Estão com os ouvidos abertos para
viam como inspiração para o cinema. os primeiros compassos da música.
e) Todas as movimentações de câmera eram permitidas, Há os tipos antissociais que só querem despejar seu
desde que fosse compreensíveis para os espectadores. lixo e ir embora, e também moradores de apartamen-
tos de luxo que têm funcionários para realizar a tarefa.
18. (VUNESP — 2022) Considere a charge de Ricardo Ainda assim, as pessoas dizem que poder ver rostos
Manhães para responder à questão. familiares tem sido uma fonte de satisfação.
51
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Recentemente em Taipei2, Kusmi, de 52 anos, recebeu de A identidade com os mamíferos é muito grande para
uma amiga um recipiente com espaguete e laranjas. Lin você e para mim. Há mais gente criando cachorros e
Yu-wen, de 78, ajudou sua vizinha e amiga de longa data, gatos do que cobras ou lagartos. O carinho escasseia
Yu Tzu-tsu, de 91, a jogar fora uma pilha de jornais velhos. ainda mais se tratamos de insetos.
Lin e Yu têm idade para se lembrar dos dias em que as A Espanha aprovou lei que proíbe venda, em lojas, de
ruas de Taipei ficavam cheias de lixo e os aterros da ilha animais de estimação. Você conhece alguma norma
transbordavam. A situação tornou-se tão insuportável jurídica, ou condenação moral, contra empresas que
que, a partir da década de 1990, o poder público resolveu eliminam ratos?
agir. Desratização é palavra consagrada e parece con-
Em Taipei, os moradores foram obrigados a comprar tar com certo apoio social. Um restaurante pode ser
sacos de lixo azuis emitidos pelo governo, criando um multado se não exterminar ratos. Ratos perto das
imposto sobre o lixo a fim de diminuir a quantidade de mesas espantam clientes. Permitir cachorros entre os
comensais é gesto simpático.
resíduos; mais de quatro mil pontos de coleta foram
Ratos, cachorros e felinos são mamíferos de sangue
instalados; a maioria das lixeiras públicas foi removida;
quente, inteligentes, amamentam filhotes e estão pre-
e multas foram aplicadas. Tudo isso faz parte de uma
sentes em muitas casas.
política de gestão de resíduos segundo a qual “o lixo não Em 2012, em Cambridge, um grupo de cientistas lan-
pode tocar o chão”. As medidas funcionaram. Em 2017, çou um documento que expunha: “O peso das evi-
Taiwan teve uma taxa de reciclagem doméstica de mais dências indica que os humanos não são os únicos a
de 50%, perdendo apenas para a Alemanha, segundo a possuírem os substratos neurológicos que geram a
empresa de consultoria Eunomia. consciência. Animais não humanos também possuem
O jingle tornou-se definitivamente parte integrante da esses substratos”.
trilha sonora de Taiwan, visto que atrai uma multidão de Temos evidências científicas de que muitos animais
forma tão confiável que, quando a cidade de Tainan se sofrem e possuem elevada consciência disso. O rela-
atreveu a mudar e transmitir aulas de inglês, ninguém tório de Cambridge é sólido.
apareceu. Os animais nunca deveriam sofrer. Vivemos dias em
que temos de dizer isso de humanos também. Ape-
(Amy Qin e Amy Chang Chien. https://www.estadao.com.br/ nas indiquei nossas ambiguidades, não para diminuir
internacional. Tradução de Lívia Bueloni Gonçalves. Acesso em: a proteção e a sensibilidade em relação a alguns seres

69
26.05.2022. Adaptado)
vivos, mas para ampliá-las. O casal se separa e pode

8-
levar a juízo a posse do cachorro. Os ratos da casa dos

86
1. jingle: mensagem publicitária musicada de curta divorciados? Eles (os camundongos) que lutem.

6.
duração

9
2. Taipei: capital de Taiwan

.4
(Leandro Karnal. Disponível em https://cultura.estadao.com.br/

33
noticias/geral,a-dignidade-dos-mamiferos,70004084877. Acesso em
De acordo com o conteúdo do texto, é correto afirmar

-4
19.06.2022. Adaptado)
que

O
Assinale a alternativa cuja afirmação está de acordo
IR
a) os idealizadores do sistema de coleta asseguraram ao com o texto.
M

poder público que o novo método intensificaria o con-


A

vívio social entre os habitantes.


R

a) É em casa que se deve aprender a distinguir os mamí-


b) a melodia “Pour Elise” foi escolhida pelos criadores do
E

feros dos demais animais existentes.


R

projeto por ser bastante conhecida entre aqueles que b) É característica dos mamíferos a adesão a regras que
EI

tiveram lições de música. visam ao bom convívio entre os indivíduos.


R

c) as autoridades de Taiwan se anteciparam e evitaram


IF

c) A preferência das pessoas por certas espécies ani-


que as condições do descarte do lixo na ilha se tornas-
N

mais tem relação com o risco de extinção destas.


sem críticas.
LI

d) Os seres humanos tendem a se identificar mais com


d) os resultados positivos na diminuição da quantidade
O

um determinado grupo de animais.


R

de resíduos domésticos colocaram Taiwan em pata- e) Não se aceita a presença de cães em ambientes onde
A

mar idêntico ao dos países europeus.


K

a higiene deve ser rigorosa.


e) os habitantes de Tainan demonstraram total compro-
LI

metimento com o projeto original de coleta de lixo a


IE

ponto de recusarem alterações. 9 GABARITO


C
A
R

20. (VUNESP — 2022) Leia o texto para responder à questão.


G

1 C
Vocês, queridas leitoras e estimados leitores, apre- 2 B
sentam sangue quente, como este articulista. Quem
registra ancestrais na Calábria ou Andaluzia costuma 3 D
se orgulhar de ter o fluido vermelho alguns graus aci-
ma da média. Talvez seja apenas lenda. 4 B
Nossos filhotes precisam ser amamentados. Em quan- 5 C
tidades e locais distintos, temos pelos. Nosso coração
é dividido em quatro cavidades. Se você se lembra do 6 E
Ensino Fundamental, algumas dessas características
nos classificam como mamíferos. 7 E
Somos também capazes de elaborar narrativas com
nossos cérebros desenvolvidos. A chamada Revo- 8 C
lução Cognitiva foi fundamental para a ascensão da 9 A
nossa espécie no planeta. Criamos códigos morais
52 como o interdito do assassinato de outro ser humano.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
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Há uma música chamada “Aprendendo a jogar”, do
10 B
cantor e compositor paulistano Guilherme Arantes,
11 D que traz uma ideia importante para nós: “Vivendo e
aprendendo a jogar. Nem sempre ganhando, nem sem-
12 B pre perdendo, mas aprendendo a jogar”.
É fundamental que crianças, jovens e adultos entendam
13 A que, na vida, nem sempre ganharemos, nem sempre
14 A perderemos, mas estaremos o tempo todo aprendendo
a jogar. Afinal, como diziam algumas pessoas, “não há
15 B mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe”.
16 B (Mário Sérgio Cortella. Vamos pensar mais um pouco? Lições
ilustradas com a turma da Mônica. São Paulo: Cortez, 2018.
17 B Adaptado)

18 D
Assinale a alternativa em que a palavra destacada atri-
19 E bui uma qualidade ao vocábulo anterior.

20 D a) A vida não tem rascunhos. (primeiro parágrafo)


b) Essa é uma ideia antiga e que tem valor. (primeiro
1. (VUNESP — 2022) Leia o texto para responder à questão. parágrafo)
c) Nesse sentido, o jogo da vida, de fato, não tem rascu-
O desafio nho. (primeiro parágrafo)
d) Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo...
Vou desafiar meus leitores e minhas leitoras. É um con- (segundo parágrafo)
vite a uma posição mais científica na formulação de opi- e) ... não há mal que sempre dure... (terceiro parágrafo)
niões. O pensamento científico tenta enfrentar o que for
“preconceito”. Dentre muitos sentidos, a palavra indica 3. (VUNESP — 2022) Leia o texto para responder à

69
um conceito surgido antes da experiência, algo que está questão.

8-
na cabeça sem observação da realidade. Como na pará-

86
bola dos cegos que apalpam um elefante, uns imaginam Pedra da morte”: Relíquia centenária aparece rachada e

6.
que a forma do mamiífero seja de uma espada por toca- assusta japoneses

9
rem no marfim, outro afirma ser uma parede por tocar

.4
33
seu abdômen e um terceiro garante que é uma manguei- A cidade de Nasu, no Japão, recebe turistas diariamen-
ra por ter encostado, exclusivamente, na tromba. (...)

-4
te em suas montanhas vulcânicas, muitos querendo
Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados ver o que é chamado de “a pedra da morte” – sessho-
da obra do recifense [Paulo Freire]. Encontro bem menos
O
-seki em japonês. No sábado (05.03.2022), visitantes
IR
leitores. Lanço o desafio cheio de esperança no cente- encontraram a famosa rocha partida em dois pedaços
M

nário dele: antes de defender ou atacar Paulo Freire, leia


A

e, diante da cena e do nome pouco amigável do objeto,


R

dois livros dele ao menos. Depois de ler e examinar a surgiu o medo de que alguma “força maligna” tenha
E

obra, (...) emita sua sagrada opinião, agora com certo escapado de lá, teoria sustentada pela mitologia local.
R

embasamento. Educação é algo muito sério. Paulo Frei-


EI

Segundo a lenda, a sessho-seki é o corpo transforma-


re encarou o gravíssimo drama do analfabetismo. Hoje
R

do de Tamamo-no-Mae, mulher que participou de uma


IF

vivemos outro tipo de drama: pessoas que possuem a conspiração para matar Toba, imperador de 1107 a
N

capacidade de ler e se recusam a fazê-lo. 1123. Ela teria sido uma das cortesãs de Toba e usou
LI

artifícios para deixá-lo doente.


O

(Leandro Karnal. O desafio. Jomal O Estado de São Paulo, set.2021. Mais tarde, um astrólogo expôs o que considera a ver-
R

Adaptado)
A

dadeira identidade de Tamamo-no-Mae: um espírito


K

na forma de uma raposa de sete caudas. Em outros


LI

Assinale a alternativa cujo termo em destaque forma períodos da história, o mesmo espírito já teria se apro-
IE

o plural em —ões, assim como no termo em destaque ximado de outros líderes japoneses para prejudicá-los.
C

do trecho — ...formulação de opiniões. Após ser vítima da raposa, Toba enviou homens para
A
R

matá-la, mas ela encontrou refúgio se incrustando na


G

a) É preciso manifestar o desejo de ser doador de órgão. pedra em Nasu.


b) A Constituição garante o direito do cidadão. Desde então, diz a mitologia, a rocha passou a libe-
c) O carnaval tem sido aguardado pelo folião. rar um gás venenoso que matava tudo o que tocava.
LÍNGUA PORTUGUESA

d) É preciso saber partilhar o pão. Outra parte da lenda diz que um monge budista a
e) Nem sempre o nosso irmão é de sangue. exorcizou e destruiu, mas muitos japoneses não con-
sideram esse trecho da história, por isso a “pedra da
2. (VUNESP — 2021) Leia o texto para responder a questão. morte” nas montanhas Nasu é considerada o objeto
real da lenda.
Vivendo e aprendendo Ao conhecer a história, fica mais fácil entender o fre-
nesi causado pela imagem da rocha partida. Muitos
A vida não tem rascunhos. Essa é uma ideia antiga e acreditam que o espírito da raposa se libertou e está
que tem valor. Ela parte da constatação de que nós novamente vagando pelo Japão.
vamos vivendo a vida enquanto aprendemos a vivê-la.
Nesse sentido, o jogo da vida, de fato, não tem rascu- (https://noticias.uol.com.br/internacional, 09.03.2022. Adaptado)
nho. Estamos vivendo e aprendendo a jogar.
53
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Observe as passagens do texto: a) O nome dele, ninguém sabe o nome. (sabe-o)
b) Os convites, ora, quem manda os convites deve saber.
� A cidade de Nasu, no Japão, recebe turistas diariamen- (os manda)
te em suas montanhas vulcânicas... (1º parágrafo) c) Notícias de coquetéis, é nos jornais que ele habitual-
� Ela teria sido uma das cortesãs de Toba e usou artifí- mente procura essas notícias. (procura-as)
cios para deixá-lo doente. (2º parágrafo) d) Quanto ao uísque, o homem de identidade misteriosa
armazena outro na estante. (lhe armazena)
As formas verbais destacadas expressam, correta e e) Visitei uma exposição de pinturas, e quem estava lá
respectivamente: observando as pinturas? (observando-lhes)

a) ação acabada; ação habitual. 5. (VUNESP — 2021) Leia o texto, para responder a questão.
b) ação acabada; hipótese.
c) hipótese; ação habitual. Diamantes no deserto
d) ação habitual; hipótese.
e) ação habitual; ação acabada. Vales marcados pela intensa aridez parecem ter se
tornado ambientes ideais para o florescimento de fru-
4. (VUNESP — 2022) tos típicos do século XXI: os produtos tecnológicos.
O maior centro de inovação do planeta se encontra
O rei da boca-livre em uma região seca da Califórnia. Todos os anos,
o Vale do Silício concentra 50 bilhões de dólares de
– Preste atenção naquele homem. investimentos de alto risco, usualmente destinados a
Tinha pouco mais de 50 anos, altura mediana, atitudes startups – quase metade do montante movimentado
discretas e trajes bem passadinhos. Tipo de pessoa dentro dos Estados Unidos –, além de 15% da produ-
que, mesmo com um guarda-roupa reduzido, não faz ção de patentes desse país.
feio em reuniões sociais. O referido comia delicada- A mais de 10 000 quilômetros de distância de lá, no
mente um bolinho. Oriente Médio, o Deserto de Nevegue, em Israel, vê
Na direita segurava um copo de uísque. crescer, sobre seu solo abrasador, um complexo indus-
– Quem é a figura? trial que põe o território em disputa direta com a cida-

69
– O maior frequentador de coquetéis da cidade. Já de chinesa de Shenzhen pelo posto de maior polo de

8-
investiguei. Ninguém sabe o nome. inovação do mundo. No oásis tecnológico proliferam

86
– Ora, quem manda os convites deve saber. companhias de ponta, que se espalham ainda pela cos-

6.
ta litorânea, nos arredores de Tel-Aviv, fazendo dessa

9
– Nunca foi convidado. Lê a notícia dos coquetéis nos

.4
jornais. E numa noite de autógrafos ou vernissage*, pequeníssima nação, com menos de 10% da área do

33
quem vai barrar a entrada de prováveis compradores? Estado de São Paulo e população pouco maior que a da

-4
Estávamos na Livraria Teixeira. O homem de iden- cidade do Rio de Janeiro, um sinônimo de progresso.
Como Israel transformou um deserto árido em centro
O
tidade misteriosa armazenara outro uísque numa IR
estante. Colocado num lugar em que o garçom teria de inovação mundial? Responde Ran Natanzon, espe-
M

obrigatoriamente de passar, abastecia-se também de cialista em vender tal faceta do país: “Trata-se de uma
A

salgadinhos. Não bebia nem comia afobadamente, combinação dos seguintes fatores, todos igualmente
R

portando-se como um verdadeiro cavalheiro. essenciais: somos uma nação altamente militarizada;
E
R

Não comprou o livro de lançamento, mas o vi cumpri- mantemos a indústria em ligação com as pesquisas
EI

mentar o autor à distância revelando infinita admiração. acadêmicas; o governo atua para fomentar o setor; há
R

Semanas depois vou a uma exposição de pinturas e operação ativa de fundos de investimentos e multina-
IF

quem estava lá, observando as obras de arte? Ele, cla- cionais; e existe uma proliferação de startups”.
N

Todo israelense, homem ou mulher, é obrigado a servir no


LI

ro. O interesse artístico não o impedia de beber uísque


Exército ao completar 18 anos. O que não quer dizer, no
O

e comer deliciosos pasteizinhos.


R

Desta vez, a bela festinha era em minha homenagem. entanto, que o contingente completo vá para a linha de
A

Uma entidade cismara de premiar-me pela publicação frente. Há, por exemplo, uma unidade, a 8 200, integran-
K

de um romance. Recebi um objeto pequeno como tro- te do Corpo de Inteligência das Forças de Defesa, cujos
LI

membros se dedicam a decifrar códigos de computador.


IE

féu e um cheque ainda menor. Em compensação, qui-


C

seram que eu, diante do fotógrafo, erguesse vitorioso “Essa tropa fornece veteranos hábeis em trabalhar com
A

uma taça de champagne. segurança de dados digitais e em outras áreas do merca-


R

do da tecnologia”, explicou o engenheiro israelense Lavy


G

Pose exibicionista demais. Preferível brindando simples-


mente com alguém. Qualquer um. Vamos lá? Vamos. Shtokhamer, que chefia uma divisão que mescla agentes
Tintim. Choque espumante de duas taças. O primei- ligados ao governo e representantes de empresas parcei-
ro tim foi meu. O segundo, olhei atônito. Foi dele, sim ras, como a IBM, em ações contra ataques de hackers que
dele, o rei da boca-livre! Com um sorriso e uma taça, têm como alvo Israel ou, como vem sendo mais frequente,
aproximara-se: sistemas de companhias privadas.
– Não comprei seu livro porque, imagine, recebi dois de
presente. (Filipe Vilicic. Veja, 12.02.2020. Adaptado)

(Marcos Rey. O coração roubado. Global. Adaptado) Assinale a alternativa com os pronomes demonstra-
* vernissage: inauguração de uma exposição de arte tivos que retomam as expressões destacadas, dando
sequência à passagem – ... o Deserto de Nevegue, em
Atendendo à norma-padrão de emprego e colocação Israel, vê crescer, sobre seu solo abrasador, um com-
dos pronomes, assinale a alternativa em que o trecho plexo industrial que põe o território em disputa dire-
destacado na frase está corretamente substituído ta com a cidade chinesa de Shenzhen pelo posto de
pelo trecho indicado entre parênteses. maior polo de inovação do mundo.
54
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) Essa se destaca mundialmente; este se desenvolve a Na base do consumo exagerado está a insatisfação
cada dia. permanente do ser humano, a sensação de que sem-
b) Aquela se destaca mundialmente; aquele se desenvol- pre falta algo. Queremos o que não temos, mas, assim
ve a cada dia. que passamos a ter, aquilo já não nos interessa mais.
c) Esta se destaca mundialmente; aquele se desenvolve Ao refletirmos profundamente a respeito do consu-
a cada dia. mismo, podemos entender que é muito mais impor-
d) Essa se destaca mundialmente; esse se desenvolve a tante investir nos relacionamentos pessoais – amigos,
cada dia. filhos, colegas de trabalho – pois são eles que nos
e) Esta se destaca mundialmente; este se desenvolve a enriquecem verdadeiramente.
cada dia. Porque a relação com o consumismo é clara: quanto
mais pobre for nossa vida interior, mais sentiremos
6. (VUNESP — 2022) Leia o texto para responder à questão. necessidade de ter coisas.

Aprecio no mais alto grau a resposta daquele jovem (Leila Ferreira. A arte de ser leve. São Paulo: Globo, 2010. Adaptado)
soldado, a quem Ciro perguntava quanto queria pelo
cavalo com o qual acabara de ganhar uma corrida, e No trecho do parágrafo – … e mais um armário na casa
se o trocaria por um reino: “Seguramente não, senhor, para acomodar o que se compra. –, a palavra destaca-
e no entanto eu o daria de bom grado se com isso da estabelece sentido de
obtivesse a amizade de um homem que eu conside-
rasse digno de ser meu amigo”. E estava certo ao dizer a) adição.
“se”, pois se encontramos facilmente homens aptos b) oposição.
a travar conosco relações superficiais, o mesmo não c) causa.
acontece quando procuramos uma intimidade sem d) tempo.
reservas. Nesse caso, é preciso que tudo seja límpido e) finalidade.
e ofereça completa segurança.
8. (VUNESP — 2022) Leia o texto para responder à questão.
(Montaigne, Da amizade. Adaptado)
O que existe de comum entre os Beatles e Ary Barroso?

69
Leia os trechos e assinale a alternativa que apresenta,

8-
correta e respectivamente, as circunstâncias das expres- Ary Barroso foi um dos maiores compositores da

86
sões em destaque. música popular brasileira. Sempre lembrado pela

6.
Aquarela do Brasil, ouvida e executada em escala pla-

9
.4
� Aprecio no mais alto grau a resposta daquele jovem netária, e também por Bahia, o nome que o mundo deu

33
soldado... à Na Baixa do Sapateiro, Ary deixou como legado um

-4
� ...eu o daria de bom grado... vastíssimo songbook que atravessa o tempo com sua
indiscutível qualidade.
O
IR
a) modo − modo Ary Barroso morreu cedo. Tinha somente 60 anos e
M

b) lugar − afirmação estava hospitalizado na fase final da cirrose hepática


A

c) lugar − intensidade provocada pelo alcoolismo. Sua morte ocorreu num


R

d) intensidade − afirmação domingo de carnaval, no momento em que as escolas


E
R

e) intensidade − modo de samba desfilavam no centro do Rio de Janeiro. A


EI

notícia enlutou os foliões.


R

7. (VUNESP — 2022) Já os Beatles nasceram para o mundo quando con-


IF

quistaram os Estados Unidos. Antes disso, haviam


N

Coisas são só coisas conquistado o Reino Unido e começavam a fazer


LI

sucesso em vários países da Europa.


O
R

Uma das criadoras do movimento Simplicidade Volun- Os rapazes estavam em Paris quando receberam a
A

tária, Vicki Robin, critica rigorosamente o consumismo notícia: I Wanna Hold Your Hand estava em primeiro
K

desenfreado e afirma: “Estamos vivendo a doença do lugar nas paradas dos Estados Unidos. Os Beatles
LI

foram a Nova York e se apresentaram no programa


IE

muito.” Quem tem suas necessidades básicas assegu-


C

radas e pode consumir além do que precisa é o que de Ed Sullivan. Foram vistos, naquela noite, por uma
A

mais sofre dessa doença. audiência de mais de 70 milhões de pessoas.


R

E o que há de comum entre os Beatles e Ary Barroso?


G

Segundo Vicki, nos países mais ricos, as pessoas com


acesso ao consumo estão viciadas no excesso. Vão com- Uma data. O domingo nove de fevereiro de 1964. Na
prando. E vão acumulando. Num dia é um travesseiro; no noite daquele domingo de carnaval, enquanto morria
outro, o sapato que vai sair uma única vez do armário. Ary Barroso, os Beatles nasciam para o mundo.
LÍNGUA PORTUGUESA

Surgem depois a roupa de marca, o azeite importado, o


carro do ano, o eletrodoméstico mais moderno – e mais (Sílvio Osias, “O que há de comum entre os Beatles e Ary Barroso?
O colunista revela”. Em: https://jornaldaparaiba.com.br/cultura,
um armário na casa para acomodar o que se compra. 09.02.2022. Adaptado)
O que leva muita gente a consumir é a falta de contato
com as próprias coisas. A pessoa se esquece do que
Na frase final do texto – Na noite daquele domingo
tem e, com a sensação de não ter, acaba comprando
de carnaval, enquanto morria Ary Barroso, os Beatles
mais. Estímulos não faltam: nunca houve tanta ofer-
nasciam para o mundo. – a relação de sentido estabe-
ta e tanta facilidade para pagar. Outro aspecto que
lecida pela conjunção destacada e a relação de sen-
interfere muito é o uso cada vez menor do dinheiro
tido estabelecida entre as formas verbais “morria” e
vivo como forma de pagamento, o que contribui para
“nascia” são, correta e respectivamente, de:
estimular compras desnecessárias. Ao pagar com car-
tões, a pessoa não sente que está gastando. 55
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) consequência e inclusão. a) Nos enviaram ontem os materiais solicitados há uma
b) proporção e exclusão. semana.
c) tempo e oposição. b) Essa empresa sempre me enviou propagandas pelo
d) finalidade e simultaneidade. celular.
e) conclusão e equivalência. c) Nunca deve-se descuidar das amizades verdadeiras.
d) Já conhece-se aquela loja e seus preços tão abusivos.
9. (VUNESP — 2022) Leia o texto, para responder à questão. e) Não pode-se gastar mais do que se ganha.

China ultrapassa os EUA na produção científica 11. (VUNESP — 2022)

Pela primeira vez, a China superou os EUA em produ- Especialistas deveriam se impor pela competência, não
ção científica. Em 2020, instituições chinesas publica- pelo lobby*
ram 788 mil artigos contra 767 mil das americanas. É
possível relativizar esse dado. Nesta semana eu quase recobrei minha fé na
A China tem uma população quatro vezes maior que humanidade.
a americana, de modo que a produção per capita dos
EUA ainda é superior. A China também não tem ganha- Com a retomada das aulas presenciais, perguntei a
do tantos prêmios Nobel quanto os EUA, o que faz meu filho David, que cursa duas faculdades, como
supor que, nas áreas mais relevantes, os americanos ele faria com a educação física. O menino me olhou
liderem. Tudo isso é verdade, mas o fato é que a ciên- como se eu viesse de Saturno e me explicou, para
cia chinesa vem evoluindo de forma robusta. Nada minha surpresa, que a educação física não é mais dis-
indica que um apagão esteja próximo. ciplina obrigatória no ensino superior. Ao contrário do
A questão é relevante para os economistas liberais, par- que acontecia no meu tempo, a molecada não precisa
ticularmente os da escola institucionalista*. Para eles, mais submeter-se às aulas de Educação Física para
o crescimento sustentável só é possível quando as obter seu diploma.
instituições políticas de um país são inclusivas e seus Não me entendam mal. Sou um entusiasta da ativi-
cidadãos gozam de liberdade para decidir o que farão dade física. Há mais de 20 anos corro quase que

69
de suas vidas e recursos. Isso ocorre porque a prosperi- diariamente. E recomendo a todos que se mexam,

8-
dade duradoura depende de um fluxo constante de ino- se possível sob a orientação de um profissional. Mas

86
vações, que resulte em ganhos de produtividade. Ainda sou veementemente contrário ao hábito corporativis-

6.
segundo os institucionalistas, regimes autoritários, ta, tão disseminado por aqui, de sequestrar o poder do

9
como o chinês, não asseguram a liberdade necessária Estado para criar reservas de mercado.

.4
33
para que ciência e tecnologia se desenvolvam. Acredito em ciência e estudo. Vale a pena procurar

-4
É possível que tais economistas tenham razão e que um especialista. Mas fazê-lo deve ser uma escolha,
a China, por um déficit de liberdade, não consiga man- não uma obrigatoriedade. Numa sociedade funcional,
ter o ritmo. Já vimos ditaduras colapsarem porque O
você recorre aos serviços de um profissional, seja o
IR
ficaram para trás na corrida tecnológica. O caso mais educador físico, o advogado ou qualquer outro, porque
M
A

notório é o da URSS, que, embora tenha chegado a lide- ele oferece um saber e uma experiência que lhe inte-
R

rar a ciência espacial, não foi capaz de manter-se com- ressam, não porque a lei o obriga a fazê-lo. Em outras
E

petitiva em outras áreas, com reflexos na economia. palavras, os especialistas deveriam se impor por sua
R
EI

Mas não dá para descartar a hipótese de que os ins- competência, não por seus lobbies.
R

titucionalistas estejam errados. Não me parece em O leitor atento deve ter percebido que enfiei um “qua-
IF

princípio impossível para um regime assegurar as se” ali no começo do texto. Embora tenha ficado feliz
N

liberdades necessárias para manter a ciência e a eco- ao descobrir que a educação física não é mais requisi-
LI

nomia funcionando sem estendê-las à política. Ditadu- to para um diploma universitário, ao investigar melhor
O
R

ras podem se reinventar. como isso aconteceu, fiquei com a impressão de que
A

a desobrigatoriedade não veio porque legisladores e


K

* Corrente de pensamento econômico que analisa o papel conselheiros ficaram mais sábios, mas porque o lobby
LI

instituições para o comportamento da economia. dos donos de faculdade é mais forte que o dos profes-
IE

(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/


C

helioschwartsman/ 2021/12/china-ultrapassa-os-eua-na-producao-
sores de educação física.
A

cientifica.shtml.
R

* Lobby: atividade de pressão de um grupo organizado sobre


G

31.12.2021. Adaptado)
políticos e poderes públicos, que visa exercer sobre estes qualquer
influência ao seu alcance.
Substituindo-se a expressão destacada por um prono- (Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/
me, a frase “A China também não tem ganhado tantos helioschwartsman/2022/03/ especialistas-deveriam-se-impor-
prêmios Nobel...” atende à norma-padrão de uso e de pelacompetencia- nao-pelo-lobby.shtml. 18.03.2022. Adaptado)
colocação dos pronomes em:
Considere a seguinte passagem do parágrafo:
a) A China também não os tem ganhado...”
b) A China também não tem-lhes ganhado...” Sou um entusiasta da atividade física. Há mais de 20
c) A China também não tem ganhado-lhes...” anos corro quase que diariamente. E recomendo a
d) A China também não tem ganhado-os...” todos que se mexam, se possível sob a orientação de
e) A China também não lhes tem ganhado...” um profissional. Mas sou veementemente contrário
ao hábito corporativista, tão disseminado por aqui...
10. (VUNESP — 2022) Assinale a alternativa em que a
colocação dos pronomes está de acordo com a nor- No contexto em que estão inseridos, os termos em desta-
56 ma-padrão da língua portuguesa. que na passagem têm como sinônimos, respectivamente:
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a) prestigiador; evidentemente; recriminado. Mas aquele cão incomodava o novo dono. Deu-o à
b) praticante; totalmente; divulgado. mulher de um carvoeiro. Respirou aliviado por não ter
c) incentivador; insistentemente; mascarado. mais de dar ossos diariamente ao animal. Porém à noi-
d) admirador; energicamente; difundido. te alguém bateu à porta: Era Veludo, que entrou lamben-
e) contestador; impetuosamente; propalado. do as mãos do narrador e farejando a casa satisfeito.
Para se livrar do cão, resolveu jogá-lo ao mar. Longe
12. (VUNESP — 2022) Examine a tirinha de André Dahmer da costa, dentro do barco, ergueu o cão nos braços e o
para responder à questão. atirou às ondas.
Doloroso que fosse, o narrador deixou-o lá, voltou à
terra, entrou em casa e notou que havia perdido, na
QUERIDA, OS
QUEM
JUROS DO operação, o cordão de prata com o retrato da mãe,
ESTÁ AÍ? uma relíquia que prezava tanto. Concluiu, com rancor,
CARTÃO
que a culpa era do cão.
Nesse momento, ouviu uivos à porta. Era Veludo!
(Arrepiado, leitor?) O cão arfava e, antes de morrer,
entendeu-se a seus pés e deixou cair da boca a meda-
lha suspensa na corrente.
(André Dahmer. Quadrinhos do anos 10, 2016) Aprendíamos dramaticamente os valores da vida.

Em “Querida, os juros do cartão.” (3o quadrinho), a vír- (Coleção Melhores Crônicas – Ivan Angelo. Seleção de Humberto
Werneck. Adaptado)
gula é usada com a mesma finalidade da(s) vírgula(s)
empregada( s) em:
Considere os trechos do texto.
a) A fatura do cartão da minha esposa está alta, como a
minha. • Mandou mais do que isso: a cópia da folha de rosto
b) Os juros nem sempre foram altos assim, minha filha. do volume onde o poema, de Luiz Guimarães, aparece-
c) Minha filha, cujo nome é Helena, trabalha em um banco. ra na edição de 1886. (3º parágrafo)
• Foi o mais feio cão que houve no mundo. (Alguém se

69
d) Minha esposa, embora seja a mais inteligente da famí-
lembra?) (4º parágrafo)

8-
lia, não entende de juros.
• Nesse momento, ouviu uivos à porta. Era Veludo!

86
e) Não posso falar agora com minha esposa, não.
(Arrepiado, leitor?) (9º parágrafo)

9 6.
13. (VUNESP — 2022) Leia a crônica de Ivan Angelo para

.4
Os dois-pontos introduzem a descrição do material

33
responder à questão.
enviado pelo amigo, e os parênteses contêm observa-

-4
ções pessoais do cronista.
Cão reencontrado
O
IR
Assinale a alternativa que se refere, correta e respec-
Era muitas vezes com lágrimas nos olhos que se
M

tivamente, ao tipo de material enviado e ao intuito das


A

aprendia a dar valor à amizade, ao caráter e ao amor. observações do cronista.


R

Exemplos melodramáticos não faltavam e talvez por


E

isso se tenham tornado marcantes.


R

a) a reprodução da página do livro com informações sobre


EI

Nunca pude me esquecer de um longo poema lido em a obra publicada; cativar a atenção dos interlocutores.
R

aula pela professora, no segundo ano primário. Falava b) a edição rara do livro de Luiz Guimarães; incentivar a
IF

de um cão, feio mas dedicado, de que o dono procura participação dos interlocutores.
N

se desfazer, afogando-o no mar. Lembro-me da forte


LI

c) o texto integral do poema “Veludo”; conectar-se com


emoção com que acompanhamos a leitura, e da minha
O

os interlocutores que já leram o poema.


R

atenção ao copiá-lo depois. Decorei-o inteiro, e decla- d) a cópia da página do livro em que se comentam os
A

mava-o para os outros meninos, provavelmente quando


K

poemas selecionados; pôr em xeque as convicções


havia por perto algum bolo de aniversário. Ao terminar
LI

dos interlocutores.
a narrativa da tragédia de Veludo, havia olhos úmidos
IE

e) a página da obra que resume a biografia do famoso


C

na pequena plateia. Esse era o nome do cão: Veludo. poeta; comover os seus interlocutores.
A

Magro, asqueroso, revoltante, imundo – dizia o poema.


R

Passaram-se os anos e deles restaram em minha


G

14. (VUNESP — 2021) Quando o destino levou Jose Alcino,


memória os seis primeiros versos e uma lição de moral. o marido, ao seu encontro, Donana não teve dúvidas
Nem sabia quem era o autor. Então, numa conversa de que se abrigaria debaixo do chapéu que o protegeu
com um amigo amante de livros, ouvi dele a promessa:
LÍNGUA PORTUGUESA

do sol durante a longa travessia que havia feito. José


“Vou te mandar o poema”. Mandou mais do que isso: migrou das cercanias do Recôncavo para a Chapada,
a cópia da folha de rosto do volume onde o poema, de atraído pela promessa de riqueza, vinda das notícias
Luiz Guimarães, aparecera na edição de 1886. de exploração de diamante. Tão logo chegou à região,
Começava assim: Eu tive um cão. Chamava-se Velu- viu que a sanha pela pedra havia transformado a terra
do: / Magro, asqueroso, revoltante, imundo; / Para num horizonte de lutas e de bandos armados guiados
dizer numa palavra tudo / Foi o mais feio cão que por coronéis que enriqueciam às custas do sangue e
houve no mundo. (Alguém se lembra?) Recebi-o das da loucura dos que se entregavam à sorte do garimpo.
mãos de um camarada / Na hora da partida. Exata- O homem, então, deitou sua sacola com seus poucos
mente aí terminavam as minhas lembranças. objetos e duas mudas de roupa no chão onde Donana
Prossegue a história o narrador dizendo que o amigo vivia. Decidiu fazer o que havia aprendido com seus
tinha lágrimas nos olhos ao se separar do cão. E ao se pais, o que o havia sustentado até o momento da par-
despedir deseja que o cão console o novo dono. tida e durante o caminho em que seguiu para chegar 57
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à Chapada. José Alcino pediu uma enxada e mostrou As pessoas menos educadas, como têm apontado
que sabia trabalhar a terra. Pediu morada na mesma outras pesquisas, são também aquelas mais sujeitas
fazenda onde minha avó vivia cativa, sem nunca ter à informalidade e às piores condições de emprego
tentado deixar seus tutores, trabalhando pelo que e de remuneração. Um acesso mais amplo à instru-
comia. Construiu uma casa de barro, cobriu com jun- ção, com melhor distribuição das oportunidades edu-
co, fez amizade com o capataz que havia criado Dona- cacionais, mudaria as possibilidades de trabalho de
na. Com o tempo, disse que precisava de companhia, dezenas de milhares de pessoas e, ao mesmo tempo,
que queria família e não podia viver sozinho. Notou elevaria duplamente o potencial produtivo do fator tra-
que a moça não parava de olhar para o seu chapéu, e balho, tornando-o mais eficiente e qualificando-o para
mesmo evitando seus olhos, a levou para casa. tarefas mais complexas. Ganhariam indivíduos, famí-
lias, empresas e, portanto, a economia nacional, se
(VIEIRA JUNIOR, Itamar. Torto arado. São Paulo: Todavia, 2019) o País dispusesse de uma política bem desenhada e
bem executada de formação de recursos humanos ou,
Assinale a alternativa que apresenta interpretação do como dizem alguns especialistas, de capital humano.
texto adequada à norma-padrão da língua portuguesa Formar capital humano é algo dificilmente compatível,
quanto à regência nominal. no entanto, com políticas já aplicadas no Brasil. O Bra-
sil dispõe de respeitados educadores, de estudiosos da
a) Ao entender que o garimpo não seria sua vida, José economia da educação e de experiências de sucesso em
Alcino decide provar para os demais sua capacidade políticas estaduais. São preciosas fontes de ideias para
de trabalhar a terra. formulação de boas políticas educacionais.
b) Depois de acomodar seus pertences, José Alcino
(Opinião. https://opiniao.estadao.com.br/, 18.05.2022. Adaptado)
assume rapidamente a enxada, como símbolo sobre
superação de obstáculos.
c) Atraído pela exploração de diamante e decepcionado Assinale a alternativa que está em conformidade com
pela realidade que o recebe, José Alcino mostra-se a norma-padrão de concordância e de regência.
resoluto por trabalhar naquela terra.
d) Servil com seus tutores, Donana, a avó da narradora, a) No Brasil, as desigualdades sociais apontam de que
muitas pessoas não dispõe de acesso à educação,

69
vivia entre a pobreza e trabalhava por comida.
ficando mais sujeitas à informalidade e às piores con-

8-
e) Com o tempo, José Alcino decide assumir a responsa
dições de emprego e de remuneração.

86
bilidade com o capataz e tomar Donana para esposa.
b) Dados da Pnad Contínua mostram que ainda há um

6.
contingente expressivo de pessoas desempregadas, e

9
15. (VUNESP — 2021) Não deves perguntar mim. mas

.4
muitas delas, ainda que aspirem a um posto de traba-

33
sim quem esteve presente discussão.
lho, sofrem com a baixa instrução.

-4
c) Cabe o governo à formulação de boas políticas edu-
a) a-a-a
O
cacionais para a formação de capital humano, com
b) a-a-à
IR
as quais ganhariam indivíduos, famílias, empresas e,
c) a-à-a
M

portanto, a economia nacional.


A

d) à-a-a d) O País não pode esquecer de que as pessoas menos


R

e) à-à-à educadas são também aquelas mais sujeitas à infor-


E
R

malidade e às piores condições de emprego e de


EI

16. (VUNESP — 2022) Leia o texto para responder à questão. remuneração, devido baixa escolaridade.
R

e) Respeitados educadores, estudiosos da economia


IF

Os perdedores de sempre da educação e experiências de sucesso em políticas


N
LI

estaduais constitui preciosas fontes de ideias para


Continuou feio o quadro do emprego, no primeiro tri-
O

formulação de boas políticas educacionais.


R

mestre, com 11,9 milhões de pessoas desocupadas,


A

grupo equivalente a 11,1% da força de trabalho. Mas


K

17. (VUNESP — 2021)


as condições permaneceram muito mais feias para
LI

negros, mulheres, jovens, trabalhadores com menor


IE

A linguagem cinematográfica
C

escolaridade e habitantes de regiões menos industria-


A

lizadas. Pode- se encontrar no mercado de trabalho Quem assiste a cinema hoje está longe de imaginar o longo
R
G

uma síntese das desigualdades brasileiras, principal- e árduo processo em que consistiu o desenvolvimento da
mente de raça, de gênero, de educação e de desen- linguagem cinematográfica, desde que os irmãos Lumière
volvimento regional. O exame dessas desigualdades exibiram o seu precário Saída dos Operários da Fábrica no
poderia fundamentar planos, programas de governo e Grand Café de Paris, em 28 de dezembro de 1895, oficial-
projetos econômicos e sociais. mente a primeira sessão de cinema do mundo.
O contraste mais notável é visível quando se examina Uma ilustração bem instrutiva do desenvolvimen-
a relação entre desemprego e escolaridade. Estiveram to da linguagem do cinema é a que diz respeito, por
desocupados no primeiro trimestre 5,6% das pessoas exemplo, ao emprego da câmera. De início completa-
com nível superior completo. Mais que o dobro, 11,9%, mente estática, somente aos trancos e barrancos foi
foi o desemprego encontrado entre os trabalhadores a câmera adquirindo a mobilidade que tem hoje. Nos
com educação superior incompleta. No caso daquelas primeiros tempos do cinema mudo, filmava- -se com a
com ensino médio incompleto, a desocupação chegou câmera imóvel posta diante de um cenário onde tudo
a 18,3%, taxa muito superior à taxa média geral, 11,1%. acontecia, como num palco teatral. Nessa época, ver
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de a imagem se movendo na tela já era suficientemente
Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de divertido, quando o ponto de contraste para isso era o
58 Geografia e Estatística (IBGE). estaticismo da fotografia.
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Foi o americano D. W. Griffith (1875-1942) quem siste- a) Cachorros esperam por dono que está internado den-
matizou, na prática, o uso do que chamamos hoje pla- tro de hospital em SC.
nificação, angulação e enquadramento (a variação da b) Dono está internado na porta de hospital em SC onde
posição da câmera com relação ao elemento filmado). seus cachorros o esperam.
Na verdade, Griffith não foi o primeiro a variar a posição c) Cachorros esperam em SC pelo dono que está interna-
da câmera, mas foi, sim, o pioneiro nessa sistematiza- do na porta do hospital.
ção. O espectador que já recebeu a linguagem cine- d) Na porta de hospital em SC, cachorros esperam por
matográfica “feita” – embora ainda hoje ela continue dono que está internado.
“fazendo” a si mesma! – nem cogita das difíceis quere- e) Dono de cachorros internado dentro de hospital em SC
las entre Griffith e os colegas de produção da década é esperado por seus cachorros.
de 10, quando ele insistia, por exemplo, em que podia
interromper a ação, geralmente filmada em plano de 19. (VUNESP — 2022) Leia o texto para responder à questão.
conjunto, para aí intercalar o rosto de um ator, tomado
em primeiro plano. A produção alegava que tal prática Quando ouvir Beethoven, é hora de tirar o lixo
era absurda, e que confundiria os espectadores, que
a recusariam como incompreensível. Griffith, por sua “Pour Elise”, de Beethoven, é música onipresente em
vez, argumentava que o público a entenderia perfeita- lições de piano, mas para os moradores de Taiwan,
mente, pois, no geral, era assim que funcionavam os o jingle1 é um chamado à ação, o início de um ritual
processos narrativos na literatura de ficção. Confor- noturno, um sinal para amarrar as sacolas plásticas e
me sabemos, o seu modelo era o popular romance de descer: é hora da coleta de lixo.
Charles Dickens, superlido no final do século passado. O caminhão de lixo amarelo e o caminhão de recicla-
O resultado dessa polêmica, já o conhecemos, com a gem branco param na rua, os coletores descem e colo-
vitória da intuição genial sobre o medo do novo. cam uma série de latas separadas para papel, plástico,
vidro, metal, comida crua (para adubo) e comida cozi-
(João Batista de Brito. Imagens Amadas. São Paulo: Ateliê Editoral, da (para ração de porcos).
1995. Adaptado.) Nos minutos seguintes, a rua desanimada se trans-
forma em algo semelhante a uma festa de bairro à
A alternativa que está de acordo com a norma-padrão medida que moradores, velhos e jovens, convergem

69
da língua portuguesa no que se refere à concordância de todas as direções para os caminhões. Eles vêm a

8-
pé, de bicicleta e de scooter, com o lixo já separado em

86
verbal é:
sacolas plásticas.

96.
a) Haviam membros da equipe de produção que eram con- A coleta de lixo varia em todo o mundo, mas nenhum

.4
trários às mudanças da linguagem cinematográfica. lugar faz como Taiwan. Nas cidades ou vilas rurais,

33
b) Nos primórdios do cinema, quando este ainda era faça chuva ou faça sol, você encontrará pessoas com

-4
mudo, filmava-se como se tudo estivesse ocorrendo sacolas na beira da estrada esperando os caminhões

O
num palco de teatro. de lixo. Alguns passam o tempo olhando para seus
IR
c) Alguns alegavam que seria pouco inteligível para os celulares. Outros atualizam as fofocas e conversam
M

espectadores as mudanças de plano proposto por Griffith. com os vizinhos. Estão com os ouvidos abertos para
A

os primeiros compassos da música.


R

d) Teatro, fotografia, literatura, toda forma de arte ser-


Há os tipos antissociais que só querem despejar seu
E

viam como inspiração para o cinema.


R

e) Todas as movimentações de câmera eram permitidas, lixo e ir embora, e também moradores de apartamen-
EI

tos de luxo que têm funcionários para realizar a tarefa.


R

desde que fosse compreensíveis para os espectadores.


IF

Ainda assim, as pessoas dizem que poder ver rostos


familiares tem sido uma fonte de satisfação.
N

18. (VUNESP — 2022) Considere a charge de Ricardo


LI

Manhães para responder à questão. Recentemente em Taipei2, Kusmi, de 52 anos, recebeu


O

de uma amiga um recipiente com espaguete e laran-


R

jas. Lin Yu-wen, de 78, ajudou sua vizinha e amiga de


A

CACHORROS ESPERAM POR DONO INTERNADO


K

longa data, Yu Tzu-tsu, de 91, a jogar fora uma pilha de


NA PORTA DE HOSPITAL EM SC
LI

jornais velhos.
IE

Lin e Yu têm idade para se lembrar dos dias em que as


C

ruas de Taipei ficavam cheias de lixo e os aterros da


A

JÁ DIZIA O DITADO:
ilha transbordavam. A situação tornou-se tão insupor-
R

MELHOR UM CACHORRO AMIGO DO


G

QUE UM AMIGO CACHORRO. tável que, a partir da década de 1990, o poder público
resolveu agir.
Em Taipei, os moradores foram obrigados a comprar
LÍNGUA PORTUGUESA

sacos de lixo azuis emitidos pelo governo, criando um


imposto sobre o lixo a fim de diminuir a quantidade de
resíduos; mais de quatro mil pontos de coleta foram
instalados; a maioria das lixeiras públicas foi removi-
da; e multas foram aplicadas. Tudo isso faz parte de
uma política de gestão de resíduos segundo a qual “o
lixo não pode tocar o chão”. As medidas funcionaram.
Em 2017, Taiwan teve uma taxa de reciclagem domés-
tica de mais de 50%, perdendo apenas para a Alema-
(https://ndmais.com.br/opiniao/charges, 11.05.2021) nha, segundo a empresa de consultoria Eunomia.
O jingle tornou-se definitivamente parte integrante da
Supondo que o título da charge seja reescrito, a opção trilha sonora de Taiwan, visto que atrai uma multidão
mais adequada está em: de forma tão confiável que, quando a cidade de Tainan 59
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se atreveu a mudar e transmitir aulas de inglês, nin- Temos evidências científicas de que muitos animais
guém apareceu. sofrem e possuem elevada consciência disso. O rela-
tório de Cambridge é sólido.
(Amy Qin e Amy Chang Chien. https://www.estadao.com.br/ Os animais nunca deveriam sofrer. Vivemos dias em
internacional. Tradução de Lívia Bueloni Gonçalves. Acesso em: que temos de dizer isso de humanos também. Ape-
26.05.2022. Adaptado)
nas indiquei nossas ambiguidades, não para diminuir
a proteção e a sensibilidade em relação a alguns seres
1. jingle: mensagem publicitária musicada de curta vivos, mas para ampliá-las. O casal se separa e pode
duração levar a juízo a posse do cachorro. Os ratos da casa dos
2. Taipei: capital de Taiwan divorciados? Eles (os camundongos) que lutem.
De acordo com o conteúdo do texto, é correto afirmar que (Leandro Karnal. Disponível em https://cultura.estadao.com.br/
noticias/geral,a-dignidade-dos-mamiferos,70004084877. Acesso em
a) os idealizadores do sistema de coleta asseguraram ao 19.06.2022. Adaptado)
poder público que o novo método intensificaria o con-
vívio social entre os habitantes. Assinale a alternativa cuja afirmação está de acordo
b) a melodia “Pour Elise” foi escolhida pelos criadores do com o texto.
projeto por ser bastante conhecida entre aqueles que
tiveram lições de música. a) É em casa que se deve aprender a distinguir os mamí-
c) as autoridades de Taiwan se anteciparam e evitaram feros dos demais animais existentes.
que as condições do descarte do lixo na ilha se tornas- b) É característica dos mamíferos a adesão a regras que
sem críticas. visam ao bom convívio entre os indivíduos.
d) os resultados positivos na diminuição da quantidade c) A preferência das pessoas por certas espécies ani-
de resíduos domésticos colocaram Taiwan em pata- mais tem relação com o risco de extinção destas.
mar idêntico ao dos países europeus. d) Os seres humanos tendem a se identificar mais com
e) os habitantes de Tainan demonstraram total compro- um determinado grupo de animais.
metimento com o projeto original de coleta de lixo a e) Não se aceita a presença de cães em ambientes onde
ponto de recusarem alterações. a higiene deve ser rigorosa.

69
8-
20. (VUNESP — 2022) Leia o texto para responder à questão. 9 GABARITO

86
6.
Vocês, queridas leitoras e estimados leitores, apre-

9
sentam sangue quente, como este articulista. Quem 1 C

.4
33
registra ancestrais na Calábria ou Andaluzia costuma
2 B

-4
se orgulhar de ter o fluido vermelho alguns graus aci-
ma da média. Talvez seja apenas lenda. 3 D
Nossos filhotes precisam ser amamentados. Em quan- O
IR
tidades e locais distintos, temos pelos. Nosso coração 4 B
M
A

é dividido em quatro cavidades. Se você se lembra do


5 C
R

Ensino Fundamental, algumas dessas características


E

nos classificam como mamíferos. 6 E


R
EI

Somos também capazes de elaborar narrativas com


7 E
R

nossos cérebros desenvolvidos. A chamada Revo-


IF

lução Cognitiva foi fundamental para a ascensão da


8 C
N

nossa espécie no planeta. Criamos códigos morais


LI

como o interdito do assassinato de outro ser humano. 9 A


O

A identidade com os mamíferos é muito grande para


R
A

você e para mim. Há mais gente criando cachorros e 10 B


K

gatos do que cobras ou lagartos. O carinho escasseia


LI

ainda mais se tratamos de insetos. 11 D


IE

A Espanha aprovou lei que proíbe venda, em lojas, de 12 B


C

animais de estimação. Você conhece alguma norma


A
R

jurídica, ou condenação moral, contra empresas que 13 A


G

eliminam ratos?
Desratização é palavra consagrada e parece con- 14 A
tar com certo apoio social. Um restaurante pode ser 15 B
multado se não exterminar ratos. Ratos perto das
mesas espantam clientes. Permitir cachorros entre os 16 B
comensais é gesto simpático.
Ratos, cachorros e felinos são mamíferos de sangue 17 B
quente, inteligentes, amamentam filhotes e estão pre- 18 D
sentes em muitas casas.
Em 2012, em Cambridge, um grupo de cientistas lan- 19 E
çou um documento que expunha: “O peso das evi-
dências indica que os humanos não são os únicos a 20 D
possuírem os substratos neurológicos que geram a
consciência. Animais não humanos também possuem
esses substratos”.
60
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MATEMÁTICA

NÚMEROS INTEIROS: OPERAÇÕES E PROPRIEDADES


NÚMEROS NATURAIS

Operações e Propriedades

Os números construídos com os algarismos de 0 a 9 são chamados de naturais. O símbolo desse conjunto é a
letra N, e podemos escrever os seus elementos entre chaves:
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, …}
As reticências indicam que este conjunto tem infinitos números naturais.
O zero não é um número natural propriamente dito, pois não é um número de “contagem natural”. Por isso, utili-
za-se o símbolo N* para designar os números naturais positivos, isto é, excluindo o zero. Vejam: N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7…}

Dica
O símbolo do conjunto dos números naturais é a letra N e podemos ter ainda, o símbolo N*, que representa
os números naturais positivos, isto é, excluindo o zero.

69
Conceitos básicos relacionados aos números naturais:

8-
86
z Sucessor: é o próximo número natural.

96.
.4
Exemplo: o sucessor de 4 é 5, e o sucessor de 51 é 52. E o sucessor do número “n” é o número “n+1”.

33
-4
z Antecessor: é o número natural anterior.

O
IR
Exemplo: o antecessor de 8 é 7, e o antecessor de 77 é 76. E o antecessor do número “n” é o número “n-1”.
M
A

z Números consecutivos: são números em sequência.


R
E
R

Exemplo: 5, 6, 7 são números consecutivos, porém 10, 9, 11 não são. Assim, (n-1, n e n+1) são números
EI

consecutivos.
R
IF

z Números naturais pares: são aqueles que, ao serem divididos por 2, não deixam resto. Por isso o zero também
N
LI

é par. Logo, todos os números que terminam em 0, 2, 4, 6 ou 8 são pares.


O

z Números naturais ímpares: ao serem divididos por 2, deixam resto 1. Todos os números que terminam em 1,
R

3, 5, 7 ou 9 são ímpares.
A
K
LI
IE

Importante!
C
A

A soma ou subtração de dois números pares tem resultado par:


R

Ex.: 12 + 8 = 20; 12 – 8 = 4
G

A soma ou subtração de dois números ímpares tem resultado par:


Ex.: 13 + 7 = 20; 13 – 7 = 6
A soma ou subtração de um número par com outro ímpar tem resultado ímpar:
Ex.: 14 + 5 = 19; 14 – 5 = 9
A multiplicação de números pares tem resultado par:
Ex.: 8 x 6 = 48
MATEMÁTICA

A multiplicação de números ímpares tem resultado ímpar:


Ex.: 3 x 7 = 21
A multiplicação de um número par por um número ímpar tem resultado par:
Ex.: 4 x 5 = 20

Números Inteiros

Os números inteiros são os números naturais e seus respectivos opostos (negativos). Veja: 61
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Z = {..., -7, -6, -5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...} Ex.: A soma dos números inteiros 8 e 2 gera o
O símbolo desse conjunto é a letra Z. Uma coisa número inteiro 10 (8 + 2 = 10)
importante é saber que todos os números naturais
são inteiros, mas nem todos os números inteiros são � Subtração: subtrair dois números é o mesmo que
naturais. Logo, podemos representar através de dia- diminuir, de um deles, o valor do outro. Ou seja,
gramas e afirmar que o conjunto de números naturais subtrair 7 de 20 significa retirar 7 de 20, restando
está contido no conjunto de números inteiros ou ain- 13: 20 – 7 = 13.
da que N é um subconjunto de Z. Observe:
Veja mais alguns exemplos:
Subtrair 5 de 16: 16 -5 = 11
30 subtraído de 10: 30 – 10 = 20

As Principais Propriedades da Operação de


Z N Subtração

z Propriedade comutativa: como a ordem dos núme-


ros altera o resultado, a subtração de números não
possui a propriedade comutativa.

Podemos destacar alguns subconjuntos de núme- Ex.: 250 – 120 = 130 e 120 – 250 = -130
ros. Veja:
z Propriedade associativa: não há essa propriedade
z Números Inteiros não negativos = {4,5,6...}. Veja na subtração;
que são os números naturais; z Elemento neutro: o zero é o elemento neutro da
z Números Inteiros não positivos = {… -3, -2, -1, 0}. subtração, pois, ao subtrair zero de qualquer
Veja que o zero também faz parte deste conjunto, número, este número permanecerá inalterado.
pois ele não é positivo nem negativo;

69
z Números inteiros negativos = {… -3, -2, -1}. O zero Ex.: 13 – 0 = 13

8-
não faz parte;

86
z Números inteiros positivos = {5, 6, 7...}. Novamen- z Propriedade do fechamento: a subtração de dois

6.
te, o zero não faz parte. números inteiros sempre gera outro número

9
.4
inteiro.

33
Operações com Números Inteiros

-4
Ex.: 33 – 10 = 23
Há quatro operações básicas que podemos efetuar
O
IR
com estes números são: adição, subtração, multiplica- Multiplicação
M
ção e divisão.
A

A Multiplicação Funciona Como se Fosse uma


R

z Adição: é dada pela soma de dois números. Ou Repetição de Adições. Veja:


E
R

seja, a adição de 20 e 5 é: 20 + 5 = 25 A multiplicação 20 x 3 é igual à soma do número 20


EI

três vezes (20 + 20 + 20), ou à soma do número 3 vinte


R

Veja mais alguns exemplos: vezes (3 + 3 + 3 + ... + 3).


IF

Adição de 15 e 3: 15 + 3 = 18 Algo que é muito importante e você deve lembrar sem-


N

Adição de 55 e 30: 55 + 30 = 85 pre, são as regras de sinais na multiplicação de números.


LI
O
R

Principais Propriedades da Operação de Adição SINAIS NA MULTIPLICAÇÃO


A
K

z Propriedade comutativa: a ordem dos números Operações Resultados


LI
IE

não altera a soma.


+ + +
C
A

Ex.: 115 + 35 é igual a 35 + 115 - - +


R
G

z Propriedade associativa: quando é feita a adição + - -


de 3 ou mais números, podemos somar 2 deles, pri- - + -
meiramente, e depois somar o outro, em qualquer
ordem, que vamos obter o mesmo resultado.
Dica
Ex.: 2 + 3 + 5 = (2 + 3) + 5 = 2 + (3 + 5) = 10
� A multiplicação de números de mesmo sinal
z Elemento neutro: o zero é o elemento neutro da tem resultado positivo.
adição, pois qualquer número somado a zero é Ex.: 51 × 2 = 102; (-33) × (-3) = 99
igual a ele mesmo. � A multiplicação de números de sinais diferen-
tes tem resultado negativo.
Ex.: 27 + 0 = 27; 55 + 0 = 55 Ex.: 25 × (-4) = -100; (-15) × 5 = -75

z Propriedade do fechamento: a soma de dois núme- As principais propriedades da operação de


62 ros inteiros sempre gera outro número inteiro. multiplicação.
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z Propriedade comutativa: A x B é igual a B x A, ou Dividendo
Divisor
seja, a ordem não altera o resultado.
30 5
Ex.: 8 x 5 = 5 x 8 = 40 0 6

z Propriedade associativa: (A x B) x C é igual a (C x B) Resto Quociente


x A, que é igual a (A x C) x B.
Dividendo = Divisor × Quociente + Resto
Ex.: (3 x 4) x 2 = 3 x (4 x 2) = (3 x 2) x 4 = 24 30 = 5 · 6 + 0

z Elemento neutro: a unidade (1) é o elemento neu-


tro da multiplicação, pois ao multiplicar 1 por As principais propriedades da operação de divisão.
qualquer número, este número permanecerá
inalterado. z Propriedade comutativa: a divisão não possui essa
propriedade;
Ex.: 15 x 1 = 15 z Propriedade associativa: a divisão não possui essa
propriedade;
z Elemento neutro: a unidade (1) é o elemento neu-
z Propriedade do fechamento: a multiplicação de
tro da divisão, pois ao dividir qualquer número
números inteiros sempre gera um número inteiro.
por 1, o resultado será o próprio número.
Ex.: 9 x 5 = 45
Ex.: 15 / 1 = 15
z Propriedade distributiva: essa propriedade é
z Propriedade do fechamento: aqui chegamos em
exclusiva da multiplicação. Veja como fica: Ax(B+C)
uma diferença enorme dentro das operações de
= (AxB) + (AxC).
números inteiros, pois a divisão não possui essa
propriedade, uma vez que ao dividir números
Ex.: 3x(5+7) = 3x(12) = 36
inteiros podemos obter resultados fracionários ou

69
Usando a propriedade:
decimais.

8-
3x(5+7) = 3x5 + 3x7 = 15+21 = 36

86
Ex.: 2 / 10 = 0,2 (não pertence ao conjunto dos

6.
z Divisão: quando dividimos A por B, queremos
números inteiros)

9
repartir a quantidade A em partes de mesmo

.4
Realize os exercícios comentados a seguir para

33
valor, sendo um total de B partes.
fixar o conteúdo aprendido.

-4
Ex.: Ao dividirmos 50 por 10, queremos dividir 50
O
1. (VUNESP – 2015) Dividindo-se um determinado núme-
em 10 partes de mesmo valor. Ou seja, nesse caso tere-
IR
ro por 18, obtém-se quociente n e resto 15. Dividindo-
mos 10 partes de 5 unidades, pois se multiplicarmos 10
M

-se o mesmo número por 17, obtém-se quociente (n +


A

x 5 = 50. Ou ainda podemos somar 5 unidades 10 vezes


2) e resto 1. Desse modo, é correto afirmar que n(n +
R

consecutivas, ou seja, 5+5+5+5+5+5+5+5+5+5=50.


2) é igual a
E

Algo que é muito importante e você deve lembrar


R
EI

sempre, são as regras de sinais na divisão de números.


a) 440.
R

b) 420.
IF

SINAIS NA DIVISÃO c) 400.


N
LI

Operações Resultados d) 380.


O

e) 340.
R

+ + +
A
K

Dividendo = 18 x n + 15
- - +
LI

Dividendo = 17 x (n+2) + 1
IE

+ - - 18 x n + 15 = 17 x (n+2) + 1
C

18n + 15 = 17n + 34 + 1
A

- + - 18n – 17n = 35 – 15
R
G

n = 20
Logo, n.(n+2) = 20.(20+2) = 20.22 = 440.
Dica Resposta: Letra A.
� A divisão de números de mesmo sinal tem
2. (FGV – 2019) O resultado da operação 2+3×4−1 é
resultado positivo.
Ex.: 60 ÷ 3 = 20; (-45) ÷ (-15) = 3
a) 13.
MATEMÁTICA

� A divisão de números de sinais diferentes tem


b) 15.
resultado negativo. c) 19.
Ex.: 25 ÷ (-5) = -5; (-120) ÷ 5 = -24 d) 22.
e) 23.
Esquematizando:
Primeiro vamos fazer a multiplicação e depois as
demais operações:
2 + 3 × 4 − 1 = 2 + 12 − 1 = 13
Resposta: Letra A 63
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3. (INSTITUTO AOCP – 2018) O total de números que Representação Fracionária e Decimal
estão entre o dobro de 140 e o triplo de 100 é igual a
Há 3 tipos de números no conjunto dos Números
a) 17. Racionais:
b) 19.
c) 21. z Frações:
d) 23.
e) 25.
Ex.: 8 3 7 etc.
3 , 5 , 11
Dobro de 140 = 280
Triplo de 100 = 300 z Números decimais.
Total de números entre 280 e 300:
281 até 291 = 10 números Ex.: 1,75
291 até 299 = 9 números
10 + 9 = 19 números. z Dízimas periódicas.
Resposta: Letra B.
Ex.: 0,33333...
5. (INSTITUTO CONSULPLAN – 2019) Os símbolos das
operações que deverão ser inseridos nos quadrados Operações e Propriedades dos Números Racionais
para que o cálculo seja verdadeiro são, respectivamen-
te: 4_3_2_1 = 10 z Adição de números decimais: segue a mesma lógi-
ca da adição comum.
a) + / x / +
b) x / – / ÷ Ex.: 15,25 + 5,15 = 20,4
c) + / ÷ / –
d) x / + / + z Subtração de números decimais: segue a mesma
lógica da subtração comum.
4 * 3 – 2/1=

69
4 * 3 = 12

8-
Ex.: 57,3 – 0,12 = 57,18
–2/1= –2 =

86
12 – 2 = 10

6.
z Multiplicação de números decimais: aplicamos o

9
Resposta: Letra B. mesmo procedimento da multiplicação comum.

.4
33
-4
Ex.: 4,6 × 1,75 = 8,05

NÚMEROS RACIONAIS, O
z Divisão de números decimais: devemos multipli-
IR
REPRESENTAÇÃO FRACIONÁRIA car ambos os números (divisor e dividendo) por
M
A

uma potência de 10 (10, 100, 1000, 10000 etc.) de


E DECIMAL: OPERAÇÕES E
R

modo a retirar todas as casas decimais presentes.


E

PROPRIEDADES Após isso, é só efetuar a operação normalmente.


R
EI
R

São aqueles que podem ser escritos na forma da Ex.: 5,7 ÷ 1,3
IF

divisão (fração) de dois números inteiros. Ou seja, 5,7 × 100 = 570


N

escritos na forma A/B (A dividido por B), onde A e B 1,3 × 100 = 130
LI

são números inteiros. 570 ÷ 130 = 4,38


O

Exemplos: 7/4 e -15/9 são racionais. Veja, também,


R
A

que os números 87, 321 e 1221 são racionais, pois são A seguir, realize os exercícios comentados para
K

divididos pelo número 1. fixar o conteúdo visto.


LI
IE

Dica
C

1. (FGV– 2010) Julgue as afirmativas a seguir:


A
R

Qualquer número natural é também inteiro e todo


a) 0,555... é um número racional.
G

número inteiro é também racional.


( ) CERTO ( ) ERRADO
O símbolo desse conjunto é a letra Q e podemos
representar por meio de diagramas a relação entre os
Repare que o número 0,555... é uma dízima periódi-
conjuntos naturais, inteiros e racionais, veja:
ca. Vimos na teoria que as dízimas periódicas são
um tipo de número RACIONAL. Resposta: Certo.
Q
b) Todo número inteiro tem antecessor.

( ) CERTO ( ) ERRADO
Z N
Qualquer número inteiro é possível obter o seu ante-
cessor. Basta subtrair 1 unidade. Veja: o antecessor
de 35 é o 34. O antecessor de 0 é -1. E o antecessor de
64 -299 é o -300. Resposta: Certo.
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2. (FCC – 2018) Os canos de PVC são classificados de
acordo com a medida de seu diâmetro em polegadas. MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM
Dentre as alternativas, aquela que indica o cano de
maior diâmetro é Os múltiplos de um número X são aqueles núme-
ros que podem ser obtidos multiplicando X por outro
a) 1/2. número natural. Agora observe o seguinte os múlti-
b) 1 ¼. plos dos números 4 e 6:
c) 3/4. M(4) = 4,8,12,16,20,24,28,32,36,...
d) 1 ½. M(6) = 6,12,18,24,30,36,42,...
e) 5/8. Quais são os múltiplos iguais (comuns) entre os
números? São eles: 12,24,36. E qual o menor deles? É
Vamos deixar todos na forma decimal. Ou seja, o número 12.
vamos dividir o numerador pelo denominador da Sendo assim, o número 12 é o menor múltiplo
fração. Veja: comum entre 4 e 6, ou seja, o MMC entre 4 e 6 é igual
5/8 = 0,625 a 12.
½ = 0,5
1 ¼ = 1 + 0,25 = 1,25 Cálculo do MMC por Fatoração Simultânea
¾ = 0,75
1 ½ = 1 + 0,5 = 1,5 Podemos calcular o MMC entre 2 ou mais números,
Logo, o maior diâmetro será 1 ½ polegadas, que de maneira mais rápida, fazendo a fatoração simultâ-
corresponde a 1,5 polegadas. Resposta: Letra D. nea dos dois números. Veja:
Ex.: Calcule o MMC entre 6 e 8.
3. (FCC – 2017) Sabendo que o número decimal F é
0,8666 . . . , que o número decimal G é 0,7111 . . . e que 6 – 8 2 (aqui devemos colocar o menor número primo)
o número decimal H é 0,4222 . . . , então, o triplo da
3 – 4 2 (nesse caso repetimos o nº 3, pois ele não é dividido pelo 2)
soma desses três números decimais, F, G e H, é igual a
3–2 2
a) 6,111 . . .

69
3–1 3
b) 5,888 . . .

8-
1 – 1 MMC = 2 × 2 × 2 × 3 = 24.
c) 6

86
d) 3

6.
Logo, o MMC (6 e 8) = 24.

9
e) 5,98

.4
Com esse método é possível calcular o MMC entre

33
Podemos resolver de forma aproximada, somando: vários números. Vamos exercitar, dessa vez com mais

-4
0,8666 + 0,7111 + 0,4222 = 1,9999 (aproximadamente 2) números. Ex.: Calcule o MMC entre os números 10, 12, 20.

O
A soma é aproximadamente 3×2 = 6. Resposta: Letra IR
C. 10 – 12 – 20 2 (aqui devemos colocar o menor número primo)
M

5 – 6 – 10 2 (nesse caso repetimos o nº 3, pois ele não é dividido por 2)


A
R

4. (FGV – 2016) Durante três dias, o capitão de um navio 5–3–5 3


E

atracado em um porto anotou a altura das marés alta


R

(A) e baixa (B), formando a tabela a seguir. 5–1–5 5


EI

1–1–1 MMC = 2 × 2 × 3 × 5 = 60.


R
IF

A B A B A B A B A B A
N

1,0 0,3 1,1 0,2 1,3 0,4 1,4 0,5 1,2 0,4 1,0 Logo, o MMC (10, 12 e 20) = 60.
LI
O

Dica
R

A maior diferença entre as alturas de duas marés con-


A
K

secutivas foi Passos para calcular o MMC (fatoração


LI

simultânea):
IE

a) 1,0. 1 – Montar uma coluna para os fatores primos e


C

b) 1,1.
A

colunas para cada um dos números;


c) 1,2.
R

2 – Começar a divisão dos números pelo menor


G

d) 1,3.
fator primo (2) e só ir aumentando quando
e) 1,4.
nenhum dos números puder ser dividido;
Vamos calcular as diferenças entre os valores da � Se algum dos números não puder ser dividido,
tabela. Veja: basta copiá-lo para a próxima linha;
0,3 – 1 = -0,7 � O objetivo é fazer com que todos os números
1,1 – 0,3 = 0,8 cheguem ao valor 1;
MATEMÁTICA

0,2 – 1,1 = -0,9 � O MMC será a multiplicação dos fatores pri-


1,3 – 0,2 = 1,1 mos utilizados.
0,4 – 1,3 = -0,9
1,4 – 0,4 = 1 Pensando um pouco além e olhando para os tipos
0,5 – 1,4 = -0,9 de questões que aparecem nas provas, devemos ter
1,2 – 0,5 = 0,7 em mente que o enunciado relacionado a MMC sem-
0,4 – 1,2 = -0,8 pre trará uma ideia de periodicidade, repetição, ciclo
1,0 – 0,4 = 0,6 de acontecimentos.
Note que a maior diferença é 1,1. Resposta: Letra D. Veja um exemplo: 65
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Na linha de montagem de uma fábrica, há duas 2. (VUNESP – 2017) Um comerciante possui uma caixa
luzes de sinalização, sendo que uma delas pisca a cada com várias canetas e irá colocá-las em pacotinhos,
20 minutos e a outra pisca a cada 35 minutos. Se às cada um deles com o mesmo número de canetas. É
8 horas da manhã as duas luzes piscaram ao mesmo possível colocar, em cada pacotinho, ou 6 canetas, ou
tempo, isso irá ocorrer novamente às? 8 canetas ou 9 canetas e, em qualquer dessas opções,
Resolução: não restará caneta alguma na caixa.
Desse modo, o menor número de canetas que pode
Observe “a cada 20 minutos” e “a cada 35 minu-
haver nessa caixa é
tos”. Aqui temos uma ideia de repetição, pois se por
exemplo se a luz que pisca a cada 20 minutos picar às
a) 70.
15h, ela irá piscar novamente depois de 20 minutos,
b) 66.
ou seja, 15h20. Depois às 15h40, 16h, etc.
c) 64.
Logo, esse é um tipo clássico de questão sobre MMC.
d) 72.
e) 68.
Dica
Atente-se para as palavras “a cada”, “em”, “ou” MMC (6,8,9):
nos enunciados que elas indicam uma ideia de
repetição, ciclo e periodicidade. 6–8–9 2
3–4–9 2
A seguir, resolva os exercícios comentados para
fixar o conteúdo visto até aqui. 3–2–9 2
3–1–9 3
1. (FCC – 2015) Para um evento promovido por uma
determinada empresa, uma equipe de funcionários 1–1–3 3
preparou uma apresentação de slides que deveria
transcorrer durante um momento de confraternização. 1–1–1 2×2×2×3×3 = 72 canetas. Resposta: Letra D.
Tal apresentação é composta por 63 slides e cada um

69
será projetado num telão por exatos 10 segundos. Foi

8-
ainda escolhida uma música de fundo, com duração de

86
4min40s para acompanhar a apresentação dos slides.
RAZÃO E PROPORÇÃO

6.
Eles planejam que a música e a apresentação dos sli-

9
.4
des comecem simultaneamente e “rodem” ciclicamen-
A razão entre duas grandezas é igual à divisão

33
te, sem intervalos, até que ambas finalizem juntas. A
entre elas, veja:

-4
fim de estudar a viabilidade desse plano, eles calcula-
ram que a quantidade de vezes que a música teria de
O
IR 2
tocar até que seu final coincidisse, pela primeira vez 5
M
depois do início, com final da apresentação seria
A
R

Ou podemos representar por 2 ÷ 5 (Lê-se 2 está para 5).


a) 5.
E

Já a proporção é a igualdade entre razões, veja:


b) 42.
R
EI

c) 12.
R

2 4
d) 35. =
IF

3 6
e) 9.
N
LI

Ou podemos representar por 2 ÷ 3 = 4 ÷ 6 (Lê-se 2


O

Slide = 630 segundos (63×10s)


está para 3 assim como 4 está para 6).
R

Música = 280 segundos (4x60s+40s)


A

Os problemas mais comuns que envolvem razão e


MMC
K

proporção é quando se aplica uma variável qualquer


LI

dentro da proporcionalidade e se deseja saber o valor


IE

630 280 2 dela. Veja o exemplo:


C
A

315 140 2
R

2 x
ou 2 ÷ 3 = x ÷ 6
G

=
315 70 2 3 6

315 35 5 Para resolvermos esse tipo de problema devemos


63 7 7 usar a Propriedade Fundamental da razão e propor-
ção: produto dos meios pelos extremos.
9 1 3 Meio: 3 e x;
Extremos: 2 e 6.
3 1 3
Logo, devemos fazer a multiplicação entre eles
1 1 2×2×2×5×7×3×3 = 2520 numa igualdade. Observe:

3·X=2.6
Logo, após 2520 segundos a música e o slide irão
terminar ao mesmo tempo. 3X = 12
Slide: 2520/630 = 4 voltas
X = 12/3
Música: 2520/280 = 9 voltas.
66 Resposta: Letra E. X=4
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Lembre-se de que a maioria dos problemas envol- a
=
c
=
a+b
=
c+d
vendo esse tema são resolvidos utilizando essa proprie- b d a c
dade fundamental. Porém, algumas questões acabam
sendo um pouco mais complexas e pode ser útil conhe- Vejamos um exemplo:
cer algumas propriedades para facilitar. Vamos a elas.
x 2
=
Propriedade das Proporções -
14 x 5

z Somas Externas x + 14 - x 2+5


=
x 2
a c a+c 14 7
= = =
b d b+d x 2

Vamos entender um pouco melhor resolvendo 7 . x = 2 · 14


uma questão-exemplo: 14 · 2
x= =4
Suponha que uma fábrica vai distribuir um prê- 7
mio de R$10.000 para seus dois empregados (Carlos
e Diego). Esse prêmio vai ser dividido de forma pro- Portanto, encontramos que x = 4.
porcional ao tempo de serviço deles na fábrica. Carlos
está há 3 anos na fábrica e Diego está há 2 anos na
fábrica. Quanto cada um vai receber? Importante!
Primeiro, devemos montar a proporção. Sejam C
a quantia que Carlos vai receber e D a quantia que Vale lembrar que essa propriedade também ser-
Diego vai receber, temos: ve para subtrações internas.

C D
= z Soma com Produto por Escalar
3 2

69
a + 2b c + 2d

8-
Utilizando a propriedade das somas externas: a c
= = =

86
b d b d

6.
C D C+D

9
= = Vejamos um exemplo para melhor entendimento:
3+2

.4
3 2
Uma empresa vai dividir o prêmio de R$13.000

33
proporcionalmente ao número de anos trabalhados.

-4
Perceba que C + D = 10.000 (as partes somadas),
então podemos substituir na proporção: São dois funcionários que trabalham há 2 anos na
O
empresa e três funcionários que trabalham há 3 anos.
IR
Seja A o prêmio dos funcionários com 2 anos e B
M
C D C+D 10.000
= = = = 2.000 o prêmio dos funcionários com 3 anos de empresa,
A

3 2 3+2 5
R

temos:
E

A B
R

Aqui cabe uma observação importante! =


EI

2 3
Esse valor de 2.000, que chamamos de “Constante
R

de Proporcionalidade”, é que nos mostra o valor real


IF

das partes dentro da proporção. Veja: Porém, como são 2 funcionários na categoria A e 3
N

funcionários na categoria B, podemos escrever que a


LI

soma total dos prêmios é igual a R$13.000.


O

C
= 2.000
R

3
A

2A + 3B = 13.000
K

C = 2000 x 3
LI

Agora, multiplicando em cima e embaixo de um


IE

C = 6.000 (esse é o valor de Carlos)


lado por 2 e do outro lado por 3, temos:
C
A

D
= 2.000
R

2 2A 3B
G

=
D = 2.000 x 2 4 9

D = 4.000 (esse é o valor de Diego) Aplicando a propriedade das somas externas,


podemos escrever o seguinte:
Assim, Carlos vai receber R$6.000 e Diego vai rece-
ber R$4.000. 2A 3B 2A + 3B
=
MATEMÁTICA

=
4 9 4+9
z Somas Internas
Substituindo o valor da equação 2A + 3B na pro-
a c a+b c+d
= = = porção, temos:
b d b d
2A 3B 2A + 3B 13.000
É possível, ainda, trocar o numerador pelo denomi- = = = = 1.000
4 9 4+9 13
nador ao efetuar essa soma interna, desde que o mes-
mo procedimento seja feito do outro lado da proporção.
Logo, 67
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
2A
= 1.000 Exemplo:
4 Suponha que queiramos dividir 740 mil em partes
inversamente proporcionais a 4, 5 e 6.
2A = 4 x 1.000
Vamos chamar de X as quantias que devem ser dis-
2A = 4.000 tribuídas inversamente proporcionais a 4, 5 e 6, res-
pectivamente. Devemos somar as razões e igualar ao
A = 2.000
total que dever ser distribuído para facilitar o nosso
cálculo, veja:
Fazendo a mesma resolução em B:
3B X X X
= 1.000 + + = 740.000
9 4 5 6

3B = 9 × 1.000
Agora vamos precisar tirar o M.M.C (mínimo múl-
3B = 9.000 tiplo comum) entre os denominadores para resolver-
mos a fração.
B = 3.000
4–5–6|2
Sendo assim, os funcionários com 2 anos de casa
receberão R$2.000 de bônus. Já os funcionários com 3 2–5–3|2
anos de casa receberão R$3.000 de bônus. 1–5–3|3
O total pago pela empresa será:
1–5–1|5
2 · 2000 + 3 · 3000 = 4000 + 9000 = 13000 1 – 1 – 1 | 2 x 2 x 3 x 5 = 60

REGRA DA SOCIEDADE Assim, dividindo o M. M. C. pelo denominador e


multiplicando o resultado pelo numerador temos:
Diretamente Proporcional

69
15x 12x 10x
+ +

8-
Um dos tópicos mais comuns em questões de prova 60 60 60 = 740.000

86
é “dividir uma determinada quantia em partes propor-

6.
cionais a determinados números. Vejamos um exemplo 37x
= 740.000

9
para entendermos melhor como esse assunto é cobrado: 60

.4
Exemplo:

33
X = 1.200.000
A quantia de 900 mil reais deve ser dividida em

-4
partes proporcionais aos números 4, 5 e 6. A menor Agora basta substituir o valor de X nas razões para
dessas partes corresponde a:
O
IR
achar cada parte da divisão inversa.
Primeiro vamos chamar de X, Y e Z as partes pro-
M
A

porcionais, respectivamente a 4, 5 e 6. Sendo assim, X x 1.200.000


R

é proporcional a 4, Y é proporcional a 5 e Z é propor- = = 300.000


4 4
E

cional a 6, ou seja, podemos representar na forma de


R

x 1.200.000
EI

razão. Veja: = = 240.000


R

5 5
IF

X Y Z
= = = constante de proporcionalidade. x
=
1.200.000
= 200.000
N

4 5 6
LI

6 6
O
R

Usando uma das propriedades da proporção, Logo, as partes dividas inversamente propor-
A

somas externas, temos: cionais aos números 4, 5 e 6 são, respectivamente


K

300.000, 240.000 e 200.000.


LI

X+Y+Z
IE

900.000 Agora vamos treinar o que aprendemos na teo-


= 60.000
C

4+5+6 15 ria com exercícios comentados de diversas bancas.


A

Vamos lá!
R

A menor dessas partes é aquela que é proporcional


G

a 4, logo: 1. (FAEPESUL - 2016) Em uma turma de graduação em


Matemática Licenciatura, de forma fictícia, temos
X
= 60.000 que a razão entre o número de mulheres e o número
4 total de alunos é de 5/8. Determine a quantidade de
homens desta sala, sabendo que esta turma tem 120
X = 60.000 x 4
alunos.
X = 240.000
a) 43 homens.
Inversamente Proporcional b) 45 homens.
c) 44 homens.
É um tipo de questão menos recorrente, mas não d) 46 homens.
menos importante. Consiste em distribuir uma quan- e) 47 homens.
tia X a três pessoas, de modo que cada uma receba um
quinhão inversamente proporcional a três números. A razão entre o número de mulheres e o número
68 Vejamos um exemplo: total de alunos é de 5/8:
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M 5 o Arley. Assinale a alternativa que representa a diária
=
T 8 de cada um, em ordem crescente de valores.

A turma tem 120 alunos, então: T = 120 a) R$ 249,00, R$ 213,00 e R$ 169,00.


Fazendo os cálculos: b) R$ 169,00, R$ 213,00 e R$ 249,00.
c) R$ 145,00, R$ 228,00 e R$ 348,00.
M 5 d) R$ 223,00, R$ 231,00 e R$ 267,00
=
T 8 e) R$ 267,00, R$ 231,00 e R$ 223,00.
M 5
=
120 8 D + A + W = 721
A = D + 36
8 x M = 5 x 120 W = A - 44
8M = 600 Substituímos Arley em Wanderson:
W= A - 44
600
M= W= 36+D-44
8
W= D-8
M = 75 Substituímos na fórmula principal:
D + A + W = 721
A quantidade de homens da sala: D + 36 + D + D – 8 = 721
120 - 75 = 45 homens. 3D + 28 = 721
Resposta: Letra B. 3D = 721 - 28
D = 693/3
2. (VUNESP – 2020) Em um grupo com somente pessoas D = 231
com idades de 20 e 21 anos, a razão entre o número Substituímos o valor de D nas outras:
de pessoas com 20 anos e o número de pessoas com A = D + 36
21 anos, atualmente, é 4/5. No próximo mês, duas pes- A= 231+36= 267
soas com 20 anos farão aniversário, assim como uma W = A - 44

69
pessoa com 21 anos, e a razão em questão passará a W= 267-44

8-
ser de 5/8. O número total de pessoas nesse grupo é W= 223

86
Logo, os valores em ordem crescente que Wander-

6.
a) 30. son, Darlan, Arley recebem são, respectivamente,

9
b) 29. R$ 223,00, R$ 231,00 e R$ 267,00.

.4
33
c) 28. Resposta: Letra D.
d) 27.

-4
e) 26. 4. (CEBRASPE-CESPE - 2018) A respeito de razões, pro-
O
porções e inequações, julgue o item seguinte.
IR
A razão entre o número de pessoas com 20 anos e o Situação hipotética: Vanda, Sandra e Maura receberam
M
A

número de pessoas com 21 anos, atualmente, é 4/5. R$ 7.900 do gerente do departamento onde trabalham,
R

para ser divido entre elas, de forma inversamente pro-


E

120 4x total de 9x
= porcional a 1/6, 2/9 e 3/8, respectivamente. Assertiva:
R

121 5x
EI

Nessa situação, Sandra deverá receber menos de R$


R

No próximo mês, duas pessoas com 20 anos farão 2.500.


IF

aniversário, assim como uma pessoa com 21 anos, e


N

a razão em questão passará a ser de 5/8. ( ) CERTO ( ) ERRADO


LI
O

120 4x - 2
R

= = 5 6x
+
9x
+
8x
= 7.900
A

121 5x + 2 - 1 8 1 2 3
K
LI

4x - 2 5
= Tirando o MMC entre 1, 2 e 3 vamos achar 6. Temos:
IE

+
5x 1 8
C

36x 27x 16x


+ + = 7.900
A

8 (4x - 2) = 5 (5x + 1) 6 6 6
R
G

32x – 16 = 25x + 5 79x


= 7.900
6
7x = 21
x=3 x = 600

Para sabermos o total de pessoas, basta substituir o Sendo assim, Sandra está inversamente proporcio-
valor de X na primeira equação: nal a:
MATEMÁTICA

9x
9x = 9 x 3 = 27 é o número total de pessoas nesse
2
grupo.
Basta substituirmos o valor de X na proporção.
Resposta: Letra D.
9x 9 x 600
= = 2.700
3. (IBADE - 2018) Três agentes penitenciários de um 2 2
país qualquer, Darlan, Arley e Wanderson, recebem
(valor que Sandra irá receber é maior que 2.500).
juntos, por dia, R$ 721,00. Arley recebe R$ 36,00 mais
que o Darlan, Wanderson recebe R$ 44,00 menos que Resposta: Errado. 69
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5. (IESES - 2019) Uma escola possui 396 alunos matricu- Dessa maneira, 1000 é todo, enquanto 100 é a parte
lados. Se a razão entre meninos e meninas foi de 5/7, que corresponde a 10% de 1000.
determine o número de meninos matriculados.

a) 183 Dica
b) 225 Quando o todo varia, a porcentagem também
c) 165 varia!
d) 154
Veja um exemplo:
Total de alunos = 396
Roberto assistiu 2 aulas de Matemática Financeira.
Meninos = H Sabendo que o curso que ele comprou possui um total
de 8 aulas, qual é o percentual de aulas já assistidas
Meninas = M
por Roberto?
Razão: H + 5x O todo de aulas é 8. Para descobrir o percentual,
M 7x devemos dividir a parte pelo todo e obter uma fração.
Agora vamos somar 5x com 7x = 12x
2 1
12x é igual ao total que é 396 =
8 4
12x = 396
Precisamos transformar em porcentagem, ou seja,
x = 33
vamos multiplicar a fração por 100:
Portanto o número de meninos será:
Meninos = 5X = 5 x 33 = 165. 1 × 100 = 25%
4
Resposta: Letra C.
Soma e Subtração de Porcentagem

69
As operações de soma e subtração de porcentagem

8-
PORCENTAGEM

86
são as mais comuns. É o que acontece quando se diz

6.
que um número excede, reduziu, é inferior ou é supe-
A porcentagem é uma medida de razão com base

9
rior ao outro em tantos por cento. A grandeza inicial

.4
100. Ou seja, corresponde a uma fração cujo denomi-
corresponderá sempre a 100%. Então, basta somar ou

33
nador é 100. Vamos observar alguns exemplos e notar
subtrair o percentual fornecido dos 100% e multipli-

-4
como podemos representar um número porcentual.
car pelo valor da grandeza.
Exemplo 1:
O
30
IR
30% = (forma de fração)
Paulinho comprou um curso de 200 horas-aula.
M
100
A

Porém, com a publicação do edital, a escola precisou


R

30
30% = = 0,3 (forma decimal) aumentar a carga horária em 15%. Qual o total de
E

100
horas-aula do curso ao final?
R
EI

30 3 Inicialmente, o curso de Paulinho tinha um total


30% = = (forma de fração simplificada)
R

100 10 de 200 horas-aula que correspondiam a 100%. Com o


IF

aumento porcentual, o novo curso passou a ter 100% +


N

Sendo assim, a razão 30% pode ser escrita de várias 15% das aulas inicialmente previstas. Portanto, o total
LI

maneiras: de horas-aula do curso será:


O
R

(1 + 0,15) x 200 = 1,15 x 200 = 230 horas-aula


A

30 3 A avaliação do crescimento ou da redução percen-


K

30% = = 0,3 =
100 10 tual deve ser feita sempre em relação ao valor inicial
LI
IE

da grandeza.
C

Também é possível fazer a conversão inversa, isto


A

é, transformar um número qualquer em porcentual. Final - Inicial


R

Para isso, basta multiplicar por 100. Veja: Variação percentual =


G

Inicial

25 x 100 = 2500% Veja mais um exemplo para podermos fixar melhor.


0,35 x 100 = 35% Exemplo 2:
0,586 x 100 = 58,6% Juliano percebeu que ainda não assistiu a 200 aulas
do seu curso. Ele deseja reduzir o número de aulas não
Número Relativo
assistidas a 180. É correto afirmar que, se Juliano che-
gar às 180 aulas almejadas, o número terá caído 20%?
A porcentagem traz uma relação entre uma parte e
A variação percentual de uma grandeza corres-
um todo. Quando dizemos 10% de 1000, o 1000 corres-
ponde ao índice:
ponde ao todo. Já o 10% corresponde à fração do todo
que estamos especificando. Para descobrir a quanto
isso corresponde, basta multiplicar 10% por 1000. Final - Inicial 180 - 200
Variação percentual = = =
Inicial 200
10 x 1000 = 100 20
10% de 1000 = – = - 0,10
70 100 200
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Como o resultado foi negativo, podemos afirmar prova. Dos candidatos que fizeram a prova, 45% eram
que houve uma redução percentual de 10% nas aulas mulheres. Em relação ao número total de inscritos, o
ainda não assistidas por Juliano. O enunciado está número de homens que fizeram a prova corresponde a
errado ao afirmar que essa redução foi de 20%. uma porcentagem de
Agora vamos treinar o que aprendemos na teo-
ria com exercícios comentados de diversas bancas. a) 45,2%.
Vamos lá! b) 46,5%.
c) 47,8%.
1. (CEBRASPE-CESPE – 2020) Em determinada loja, d) 48,4%.
uma bicicleta é vendida por R$ 1.720 à vista ou em e) 49,3%.
duas vezes, com uma entrada de R$ 920 e uma par-
cela de R$ 920 com vencimento para o mês seguinte. Veja que se 12% faltaram, então 88% fizeram a
Caso queira antecipar o crédito correspondente ao prova.
valor da parcela, a lojista paga para a financeira uma Pessoas presentes (88%) e dessas 45% eram mulhe-
taxa de antecipação correspondente a 5% do valor da res e 55% eram homens. Portanto, basta multiplicar
parcela. o percentual dos homens pelo total:
Com base nessas informações, julgue o item a seguir. 55% de 88% das pessoas que fizeram a prova; ou
Na compra a prazo, o custo efetivo da operação de finan- 0,55 x 0,88 = 0,484.
ciamento pago pelo cliente será inferior a 14% ao mês. Transformando em porcentagem
0,484 x 100 = 48,4%.
( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Letra D.

Valor da bicicleta =1720,00 4. (FCC - 2018) Em uma pesquisa 60% dos entrevistados
Parcelado = 920,00 (entrada) + 920,00 (parcela) preferem suco de graviola e 50% suco de açaí. Se 15%
Na compra a prazo, o agente vai pagar 920,00 dos entrevistados gostam dos dois sabores, então,
(entrada), logo vai sobrar (1720-920 = 800,00) a porcentagem de entrevistados que não gostam de
No próximo mês é preciso pagar 920,00 ou seja nenhum dos dois é de

69
800,00 + 120,00 de juros. Agora é pegar 120,00
(juros) e dividir por 800,00 resultado: a) 80%.

8-
86
120,00/800,00 = 0,15% ao mês. b) 61%.
A questão diz que seria inferior a 0,14%, ou seja, c) 20%.

6.
9
está errada. d) 10%.

.4
Resposta: Errado. e) 5%.

33
-4
2. (CEBRASPE-CESPE – 2019) Na assembleia legislati- Vamos dispor as informações em forma de conjun-
va de um estado da Federação, há 50 parlamentares,
O
tos para facilitar nossa resolução:
IR
entre homens e mulheres. Em determinada sessão
M

plenária estavam presentes somente 20% das deputa- Graviola Açai


A
R

das e 10% dos deputados, perfazendo-se um total de 7


E

parlamentares presentes à sessão.


R

Infere-se da situação apresentada que, nessa assem-


EI

bleia legislativa, havia


R

60% – 15% = 15% 50% – 15% =


IF

a) 10 deputadas.
N

45% 35%
LI

b) 14 deputadas.
O

c) 15 deputadas. Nenhum = X
R

d) 20 deputadas.
A
K

e) 25 deputadas.
Vamos somar todos os valores e igualar ao total que
LI

é 100%: 45% + 15% + 35% + X = 100%


IE

50 parlamentares 95% + X = 100%


C

Deputadas = X
A

X = 5%.
R

Deputados = 50-X Resposta: Letra E.


G

Compareceram 20% x e 10% (50-x), totalizando 7


parlamentares. Não sabemos a quantidade exata de 5. (FUNCAB - 2015) Adriana e Leonardo investiram R$
cada sexo. Vamos montar uma equação e achar o 20.000,00, sendo o 3/5 desse valor em uma aplicação
valor de X. que gerou lucro mensal de 4% ao mês durante dez
20% x + 10% (50-x) = 7 meses. O restante foi investido em uma aplicação,
20/100 . x + 10/100 . (50-x) = 7 que gerou um prejuízo mensal de 5% ao mês, durante
2/10 . x + 1/10 . (50-x) = 7 o mesmo período. Ambas as aplicações foram feitas
MATEMÁTICA

2x/10 + 50 - x/10 = 7 (faz o MMC) no sistema de juros simples.


2x + 50 - x = 70 Pode-se concluir que, no final desses dez meses, eles
2x - x = 70 - 50 tiveram:
x = 20 deputadas fazem parte da Assembleia
Legislativa. a) prejuízo de R$2.800,00.
Resposta: Letra D. b) lucro de R$3.200,00.
c) lucro de R$2.800,00.
3. (VUNESP – 2016) Um concurso recebeu 1500 ins- d) prejuízo de R$6.000,00
crições, porém 12% dos inscritos faltaram no dia da e) lucro de R$5.000,00. 71
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3/5 de 20.000,00 = 12.000,00 12 m -------- 2 160 (tijolos)
12.000,00 · 4% = 480,00 30 m -------- X (tijolos)
480 · 10 (meses) = 4.800 (juros)
O que sobrou 20.000,00 - 12.000,00 = 8.000,00. Apli- Veja que de 12m para 30m tivemos um aumen-
cação que foi investida e gerou prejuízo de 5% ao to (+) e que para fazermos um muro maior vamos
mês, durante 10 meses: precisar de mais tijolos, ou seja, também deverá ser
8.000,00 · 5% = 400,00 aumentado (+). Logo, as grandezas são diretamente
400 · 10 meses= 4.000 proporcionais e vamos resolver multiplicando cruza-
Portanto 20.000,00 + 4.800(juros) = 24,800,00 - do. Observe:
4.000= 20.800,00 /10 meses= 2.080,00 lucros.
Resposta: Letra C. 12 m -------- 2.160 (tijolos)

30 m -------- X (tijolos)
12 · X = 30 . 2160
REGRA DE TRÊS SIMPLES
12X = 64800
A Regra de Três Simples envolve apenas duas
grandezas. São elas: X = 5400 tijolos

z Grandeza Dependente: é aquela cujo valor se Assim, comprovamos que realmente são necessá-
deseja calcular a partir da grandeza explicativa; rios mais tijolos.
z Grandeza Explicativa ou Independente: é aque- Exemplo 2: Uma equipe de 5 professores gastou 12
la utilizada para calcular a variação da grandeza dias para corrigir as provas de um vestibular. Consi-
dependente. derando a mesma proporção, quantos dias levarão 30
professores para corrigir as provas?
Existem dois tipos principais de proporcionalida- Do mesmo jeito que no exemplo anterior, vamos
des que aparecem frequentemente em provas de con- montar a relação e analisar:
cursos públicos. Veja a seguir:

69
8-
z Grandezas Diretamente Proporcionais: o aumen- 5 (prof.) --------- 12 (dias)

86
to de uma grandeza implica o aumento da outra; 30 (prof.) -------- X (dias)

6.
z Grandezas Inversamente Proporcionais: o aumen-

9
Veja que de 5 (prof.) para 30 (prof.) tivemos um

.4
to de uma grandeza implica a redução da outra.

33
aumento (+), mas como agora estamos com uma equi-
Vamos esquematizar para sabermos quando será pe maior o trabalho será realizado mais rapidamente.

-4
direta ou inversamente proporcionais: Logo, a quantidade de dias deverá diminuir (-). Des-
O
sa forma, as grandezas são inversamente proporcio-
IR
nais e vamos resolver multiplicando na horizontal.
M
DIRETAMENTE
+ / + OU - / -
A

PROPORCIONAL Observe:
R
E

5 (prof.) 12 (dias)
R
EI

Aqui as grandezas aumentam ou diminuem juntas 30 (prof.) X (dias)


R

(sinais iguais)
IF

30 · X = 5 · 12
N
LI

30X = 60
PROPORCIONAL + / - OU - / +
O
R

X=2
A
K

Aqui uma grandeza aumenta e a outra diminui A equipe de 30 professores levará apenas 2 dias
LI

(sinais diferentes) para corrigir as provas.


IE

Agora vamos esquematizar a maneira que iremos


C

Exercite seus conhecimentos a partir dos exercí-


A

resolver os diversos problemas: cios comentados a seguir.


R
G

DIRETAMENTE
Multiplica cruzado
1. (CEBRASPE-CESPE — 2019) No item seguinte apre-
PROPORCIONAL senta uma situação hipotética, seguida de uma asser-
tiva a ser julgada, a respeito de proporcionalidade,
INVERSAMENTE
Multiplica na horizontal porcentagens e descontos.
PROPORCIONAL
No primeiro dia de abril, o casal Marcos e Paula com-
prou alimentos em quantidades suficientes para que
Vejamos alguns exemplos para fixarmos um pouco eles e seus dois filhos consumissem durante os 30
mais como isso tudo funciona. dias do mês. No dia 7 desse mês, um casal de amigos
Exemplo 1: Um muro de 12 metros foi construído uti- chegou de surpresa para passar o restante do mês
lizando 2160 tijolos. Caso queira construir um muro de com a família. Nessa situação, se cada uma dessas
30 metros nas mesmas condições do anterior, quantos seis pessoas consumir diariamente a mesma quan-
tijolos serão necessários? tidade de alimentos, os alimentos comprados pelo
Primeiro vamos montar a relação entre as gran- casal acabarão antes do dia 20 do mesmo mês.
dezas e depois identificar se é direta ou inversamente
72 proporcional. ( ) CERTO ( ) ERRADO
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4 Pessoas ------- 24 Dias mecânicos, com a mesma capacidade e ritmo de trabalho
6 Pessoas ------- x Dias para realizar o mesmo serviço, quantos minutos levariam
Temos grandezas inversas, então é só multiplicar para concluir o conserto desse mesmo caminhão?
na horizontal:
6x = 4 . 24 a) 20 minutos.
6x = 96 b) 35 minutos.
x = 96/6 c) 45 minutos.
x = 16 d) 50 minutos.
Como já haviam comido por 6 dias é só somar: e) 55 minutos.
6 dias (consumidos por 4) + 16 dias (consumidos por
6) = 22 dias (a comida acabará no dia 22 de abril). Mecânicos ------ Minutos
Resposta: Errado. 5 ---------------- 27
3 ---------------- x
2. (CEBRASPE-CESPE – 2018) O motorista de uma Quanto menos mecânicos, mais minutos eles gasta-
empresa transportadora de produtos hospitalares rão para finalizar o trabalho, logo a grandeza é inver-
deve viajar de São Paulo a Brasília para uma entrega samente proporcional. Multiplica na horizontal:
de mercadorias. Sabendo que irá percorrer aproxima- 3x = 27.5
damente 1.100 km, ele estimou, para controlar as des- 3x = 135
pesas com a viagem, o consumo de gasolina do seu x = 135/3
veículo em 10 km/L. Para efeito de cálculos, conside- x = 45 minutos.
rou que esse consumo é constante. Resposta: Letra C.
Considerando essas informações, julgue o item que
segue. 5. (IESES – 2019) Cinco pedreiros construíram uma casa em
Nessa viagem, o veículo consumirá 110.000 dm3 de 28 dias. Se o número de pedreiros fosse aumentado para
gasolina. sete, em quantos dias essa mesma casa ficaria pronta?

( ) CERTO ( ) ERRADO a) 18 dias.


b) 16 dias.

69
Com 1 litro ele faz 10 km. c) 20 dias.

8-
d) 22 dias.

86
Sabendo que 1 L é igual a 1dm³, então podemos
dizer que com 1dm³ ele faz 10km

6.
9
Portanto, 5 (pedreiros) ---------- 28 (dias)

.4
10 km -------- 1dc³ 7 (pedreiros) ------------- X (dias)

33
1.100 km --------- x Perceba que as grandezas são inversamente propor-

-4
10x = 1.100 cionais, então basta multiplicar na horizontal.

O
x = 110dm³ (a gasolina que será consumida). 5 . 28=7 . X IR
Resposta: Errado. 7X = 140
M

X = 140/7
A

X = 20 dias.
R

3. (VUNESP – 2020) Uma pessoa comprou determinada


Resposta: Letra C.
E

quantidade de guardanapos de papel. Se ela utilizar 2


R

guardanapos por dia, a quantidade comprada irá durar


EI

15 dias a mais do que duraria se ela utilizasse 3 guarda-


R
IF

napos por dia. O número de guardanapos comprados foi


MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES
N
LI

a) 60.
O

b) 70. MÉDIA ARITMÉTICA


R

c) 80.
A
K

d) 90. A média aritmética é um valor que pode substituir


LI

e) 100. todos os elementos de uma lista sem alterar a soma


IE

dos elementos dessa lista. Considere que há uma lista


C

x = dias
A

de n números (x1, x2, x3, ..., xn). A soma dos termos des-
R

3 guardanapos por dia -------- x ta lista é igual a (x1 + x2 + x3 + ... + xn).


G

2 guardanapos por dia -------- x+15 Para calcular a média aritmética de uma lista de
São valores inversamente proporcionais, quanto números, basta somar todos os elementos e dividir
mais guardanapos por dia, menos dias durarão. pela quantidade de elementos. Ou seja,
Assim, multiplicamos na horizontal:
3x = 2 . (x+15)
X1+X2+ ⋯ +Xn
3x = 30+2x X=
3x-2x = 30 n
MATEMÁTICA

x = 30
Podemos substituir em qualquer uma das duas Veja um exemplo: Calcular a média aritmética dos
situações: números 5, 10, 15, 20, 50:
3 guardanapos x 30 dias= 90
2 guardanapos x 45(30+15) dias = 90. 5+10+15+20+50 100
Resposta: Letra D. X= = = 20
5 5
4. (FUNDATEC – 2017) Cinco mecânicos levaram 27 minutos
para consertar um caminhão. Supondo que fossem três A média aritmética é igual a 20. 73
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Sendo a e b números reais e a ≠ 0, veja um exemplo
EQUAÇÃO DO 1º GRAU a seguir:
Resolva a inequação 5x + 20 < 40:
EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES
5x + 20 < 40
Conceito 5x < 40 – 20
5x < 20
Uma equação é uma igualdade na qual uma ou mais x < 20 / 5
variáveis – geralmente são as letras do nosso alfabeto – x<4
denominadas por incógnitas são desconhecidas. O nosso
principal objetivo é encontrar o valor dessa incógnita. Podemos resolver uma inequação de uma outra
maneira, fazendo um gráfico no plano cartesiano.
Resolução e Discussão No gráfico, fazemos o estudo do sinal da inequação.
Vamos identificar quais valores de x transformam a
z Equação do Primeiro Grau desigualdade em uma sentença verdadeira.
Siga os passos:
A forma geral de uma equação do primeiro grau Resolva a inequação 5x + 20 < 40:
é: ax + b = 0.
O termo “a” é o coeficiente de “x” e o termo “b” é z Coloque todos os termos da inequação em um mes-
chamado de termo independente. mo lado.
Para resolver uma equação do 1°, devemos isolar
todas as partes que possuem incógnitas de um lado igual
5x + 20 - 40 < 0
e do outro os termos independentes. Veja um exemplo:
5x - 20 < 0
10x = 5x + 20
z Substitua o sinal da desigualdade pelo da igualdade.
Vamos achar o valor de “x”:
5x -20 = 0

69
10x – 5x = 20

8-
z Resolva a equação, ou seja, encontre sua raiz.

86
6.
Passamos o “5x” para o outro lado da igual com o
5x -20 = 0

9
sinal trocado:

.4
5x = 20

33
5x = 20 x = 20 / 5

-4
x = 20 / 5 x=4

O
IR
Isolamos o “x” transferindo o seu coeficiente “5” z Faça o estudo do sinal da equação, identificando os
M

dividindo: valores de x que representam a solução da inequa-


A

ção. Obs.: O gráfico desse tipo de equação é uma


R

reta.
E

x = 4.
R
EI

O valor de x que torna a igualdade correta é cha-


R
IF

mado de “raiz da equação”. Uma equação de primeiro


grau sempre tem apenas 1 raiz. Veja que se substituir-
N

+
LI

mos o valor encontrado de “x” na equação ela ficará 4 x


O

igual a zero em ambos os lados. Observe:


R

Para x = 4
A


K
LI

10x = 5x + 20
IE

10 . 4 = 5 · 4 + 20
C

40 = 40
A

40 – 40 = 0
R

Identificamos que os valores < 0 (valores negati-


G

vos) são os valores de x < 4.


z Inequação do Primeiro Grau

Nas inequações temos pelo menos um valor desco-


nhecido (incógnita) e sempre uma desigualdade. Nas
inequações usamos os símbolos: SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU
> maior que
< menor que INTRODUÇÃO
≥ maior que ou igual
≤ menor que ou igual z Sistemas de equações de primeiro grau (siste-
Podemos representar das formas a seguir: mas lineares)

ax + b > 0 Em alguns casos, pode ser que tenhamos mais de uma


ax + b < 0 incógnita. Imagine que um exercício diga que: x + y = 10.
ax + b ≥ 0 Perceba que há infinitas possibilidades de x e y que
74 ax + b ≤ 0 tornam essa igualdade verdadeira: 2 e 8, 5 e 5, 15 e –5,
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etc. Por esse motivo, faz-se necessário obter mais uma para eliminarmos o “y” da equação. Então, devemos
equação envolvendo as duas incógnitas para poder fazer apenas a soma das equações. Veja:
chegar nos seus valores exatos. Veja o exemplo a seguir:

*
x + y = 10
*
x + y = 10
4x - y = 5
4x - y = 5
5x = 15
A principal forma de resolver esse sistema é usan- x=3
do o método da substituição. Este método é muito sim-
ples e consiste basicamente em duas etapas: Substituindo o valor de “x” na primeira equação
achamos o valor de “y”:
„ Isolar uma das variáveis em uma das equações;
„ Substituir esta variável na outra equação pela x + y = 10
expressão achada no item anterior.
3 + y = 10
Vamos aplicar no nosso exemplo: y = 10 – 3
Isolando “x” na primeira equação
y=7
x = 10 – y
Veja um outro exemplo que vamos precisar
Substituindo “x” na segunda equação por “10-y” multiplicar:

4(10-y) – y = 5 (faz uma distributiva)


*
x + y = 10
40 – 4y – y = 5 x - 2y = 4
-5y = 5 – 40

69
-5y = -35 (multiplica por -1) Multiplicando por -1 a primeira equação, temos:

8-
86
5y = 35

6.
- x - y = - 10
y=7

9
.4
x - 2y = 4

33
Logo, voltando na primeira equação, acharemos o

-4
valor de “x”
Fazendo a soma:
O
IR
x = 10 – y

(
M
- x - y = - 10
x = 10 – 7
A
R

x - 2y = 4
x=3
E
R

-3y = -6
EI

Assim, x = 3 e y = 7.
R

y = -6 / -3
IF

Dica y= 2
N
LI

Método da substituição
O

Substituindo o valor de “y” na primeira equação


R

1: Isolar uma das variáveis em uma das equações;


achamos o valor de “x”:
A

2: Substituir essa variável na outra equação pela


K

expressão achada no item anterior.


LI

x + y = 10
IE
C

Há um outro método para resolver um sistema x + 2 = 10


A

de equação do 1° grau, que é o método da adição (ou


R

x = 10 – 2
G

soma) de equações. Veja:


x=8
„ Multiplicar uma das equações por um número que
seja mais conveniente para eliminar uma variável;
„ Somar as duas equações, de forma a ficar ape-
nas com uma variável. SISTEMA MÉTRICO: MEDIDAS DE
MATEMÁTICA

Veja o exemplo a seguir: TEMPO, COMPRIMENTO, SUPERFÍCIE E


CAPACIDADE
*
x + y = 10
UNIDADES DE MEDIDA
4x - y = 5
Métrica, Áreas, Volumes, Estimativas e Aplicações

Nesse exemplo, não vamos precisar fazer uma Quando estudamos o sistema de medidas, nos
multiplicação, pois já temos a condição necessária atentamos ao fato de que ele serve para quantificar 75
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dimensões que podem ter uma variação gigantesca. ×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000
Porém, existem as conversões entre as unidades para
uma melhor interpretação e leitura.
Km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
Medidas de Comprimento
:1.000 :1.000 :1.000 :1.000 :1.000 :1.000
A unidade principal tomada como referência é o
metro. Além dele, temos outras seis unidades dife- Exemplo: Converter 5,3 m3 para cm3:
rentes que servem para medir dimensões maiores ou Para sair do metro cúbico e chegar no centímetro
menores. A conversão de unidades de comprimento cúbico devemos multiplicar por 1000000 (1000x1000),
segue potências de 10. Veja o esquema abaixo: pois “andamos” duas casas até chegar em centímetro
cúbico. Logo,
Km hm dam m dm cm mm
(quilômetro) (hectômetro) (decâmetro) (metro) (decímetro) (centímetro) (milímetro)
5,3m3 = 5,3 x 1000000 = 5300000 cm3.

×10 ×10 ×10 ×10 ×10 ×10 Veja, agora, algumas relações interessantes e que
você precisa ter em mente para resolver a diversas
questões.
Km hm dam m dm cm mm

:10 UNIDADE RELAÇÃO DE UNIDADE


:10 :10 :10 :10 :10
1 quilograma (kg) 1000 gramas (g)
Exemplo: Converter 5,3 metros para centímetros: 1 tonelada (t) 1000 quilogramas (kg)
Para sair do metro e chegar no centímetro deve- 1 litro (l) 1 decímetro cúbico (dm3)
mos multiplicar por 100 (10x10), pois “andamos” duas
1 mililitro (ml) 1centímetro cúbico (cm3)
casas até chegar em centímetro. Logo,
1 hectare (ha) 1 hectômetro quadrado (hm2)

69
8-
5,3m = 5,3 x 100 = 530 cm. 1 hectare (ha) 10000 metros quadrados (m2)

86
6.
Medidas de Área (Superfície) Medidas de Tempo

9
.4
33
A unidade principal tomada como referência é o Medindo intervalos de tempos temos (hora – minu-

-4
metro quadrado. Além dele, temos outras seis unidades to – segundo) que são os mais conhecidos. Veja como
diferentes que servem para medir dimensões maiores se faz a relação nessa unidade.
ou menores. A conversão de unidades de superfície O
Para transformar de uma unidade maior para a
IR
segue potências de 100. Veja o esquema a seguir: unidade menor, multiplica-se por 60. Veja:
M
A
R

1 hora = 60 minutos
E

Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2


h = 4 x 60 = 240 minutos
R

(quilômetro (hectômetro (decâmetro (metro (decímetro (centímetro (milímetro


EI

quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado)


R

Para transformar de uma unidade menor para a


IF

×100 ×100 ×100 ×100 ×100 ×100 unidade maior, divide-se por 60. Veja:
N
LI

20 minutos = 20 / 60 = 2/6 = 1/3 da hora ou 1/3h.


O

Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2


R
A

Para medir ângulos a unidade básica é o grau.


K

:100 :100 :100 :100 :100 :100


Temos as seguintes relações:
LI
IE
C

Exemplo: Converter 5,3 m2 para cm2: 1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’)
A

Para sair do metro quadrado e chegar no cen-


R

1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”)


tímetro quadrado devemos multiplicar por 10000
G

(100x100), pois “andamos” duas casas até chegar em


Aqui vale fazer uma observação que os minutos e
centímetro quadrado. Logo, 5,3m2 = 5,3 x 10000 =
os segundos dos ângulos não são os mesmos do sistema
53000 cm2.
(hora – minuto – segundo). Os nomes são semelhantes,
mas os símbolos que os indicam são diferentes, veja:
Medidas de Volume (Capacidade)
1h32min24s é um intervalo de tempo ou um instante
A unidade principal tomada como referência é o
do dia.
metro cúbico. Além dele, temos outras seis unidades
diferentes que servem para medir dimensões maiores 1º 32’ 24” é a medida de um ângulo.
ou menores. A conversão de unidades de superfície
segue potências de 1000. Veja o esquema a seguir Medidas de Massa

As unidades a seguir são as mais utilizadas quando


Km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
(quilômetro (hectômetro (decâmetro (metro (decímetro (centímetro (milímetro estamos trabalhando a massa de uma matéria. Veja
76
cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico)
quais são:
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z Tonelada (t); UNIDADE RELAÇÃO DE UNIDADE
z Quilograma (kg);
1 quilograma (kg) 1000 gramas (g)
z Grama (g) e;
z Miligrama (mg). 1 tonelada (t) 1000 quilogramas (kg)
1 litro (l) 1 decímetro cúbico (dm3)
Vamos tomar como base as relações a seguir para
1 mililitro (ml) 1centímetro cúbico (cm3)
converter uma unidade em outra. Observe:
1 hectare (ha) 1 hectômetro quadrado (hm2)
z 1 t = 1000 kg (uma tonelada tem mil quilogramas); 1 hectare (ha) 10000 metros quadrados (m2)
z 1 kg = 1000 g (um quilograma tem mil gramas);
z 1 g = 1000 mg (uma grama tem mil miligramas). Resolução de Problemas Envolvendo Grandezas

Observe o exemplo a seguir de uma conversão: Após olharmos toda a parte teórica, vamos resolver
algumas questões de diversas bancas que envolvem
Vamos transformar 3,5 kg em gramas. as grandezas de comprimento, volume, capacidade,
Sabemos que 1 kg equivale a 1000 gramas, logo: tempo, massa, temperatura e área.

1 kg — 1000 g 1. (ENCCEJA – 2019) Tonel é um recipiente utilizado


3,5 Kg — x para armazenar líquidos. Uma vinícola utiliza tonéis
com capacidade de 1 000 litros cada um, para armaze-
x = 3,5 × 1000 nar sua produção de 50 m³ de vinho.
x = 3500 g Quantos tonéis serão necessários para armazenar
toda a produção dessa vinícola?
Então, podemos dizer que 3,5 kg equivalem a 3500 g.
a) 50.
Medidas de Temperatura b) 20.
c) 5.

69
d) 2.
O instrumento para a medição de temperatura é o

8-
termômetro, que é um tubo graduado com um líquido

86
em seu interior (mercúrio ou álcool). As escalas mais Para responder à questão, é necessário que lembre-

6.
comuns para medir temperatura são: mos da seguinte relação:

9
.4
1 m³ = 1000 l. Logo, 50 m³ = 50000 l. Então, a quan-

33
tidade de tonéis é de: 50000 / 1000 = 50 tonéis. Res-
z Celsius: Medida em graus centígrados;

-4
posta: Letra A.
z Kelvin: Medido em Kelvin;

O
z Fahrenheit: Medida em graus Fahrenheit.
2. (ENCCEJA – 2019) De acordo com dados do Instituto
IR
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produ-
M

As conversões entre essas escalas termométricas


A

ção brasileira de café, no segundo semestre de 2014,


são dadas pelas fórmulas a seguir:
R

foi estimada em 47 milhões de sacas de 60 kg cada.


E
R

„ De graus Celsius para Kelvin: TK = ToC + 273;


EI

Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em: 20 jul. 2014 (adaptado).


„ De graus Celsius para Fahrenheit: ToC / 5 = (ToF-
R

32) / 9.
IF

A produção brasileira de café, em milhão de quilogra-


N

mas, segundo essa estimativa, foi de:


LI

Veja os exemplos a seguir:


O

a) 107.
R

Exemplo 1: Transformar 250 K para °C:


A

b) 282.
K

c) 2 420.
LI

TK = ToC + 273 d) 2 820.


IE

250 = ToC + 273


C

ToC = 273 – 250 Para responder à questão, basta fazermos a seguin-


A
R

ToC = –23° te multiplicação: 47 milhões × 60 kg.


G

Como a resposta é pedida em milhão de quilogra-


Exemplo 2: Transformar 85 oC para oF: mas, faremos uma multiplicação direta:
47 × 60 = 2820 milhões de quilogramas. Resposta:
ToC / 5 = (ToF-32) / 9 Letra D.
85/5 = (ToF-32) / 9 3. (ENCCEJA – 2018) Uma comunidade rural de um esta-
17 = (ToF-32) / 9 do brasileiro possui 4 hectares de terra, em forma qua-
MATEMÁTICA

drada, para plantação de cana. Sabe-se que 1 hectare


17 × 9 = ToF-32 equivale a uma área de 10 000 m2.
153 + 32 = ToF Dessa forma, a medida do lado, em metro, das terras
dessa comunidade é:
ToF = 185°
a) 200.
Veja, agora, algumas relações que você precisar ter b) 400.
em mente para resolver diversas questões: c) 20 000.
d) 40 000. 77
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Extraindo os dados, temos: VALOR DA VARIÁVEL FREQUÊNCIAS
1ha ------ 10 000m2 RELATIVAS (Fri)
4ha ------- x
Masculino 56,67%
x = 4 × 10000
x = 40 000 m2 Feminino 43,33%
Como o terreno é quadrado, então sabemos que sua
área é calculada elevando um lado ao quadrado, ou Note que a frequência relativa é dada por Fi / n,
seja: onde Fi é o número de frequências de determinado
l2 = 40000 valor da variável, e n é o número total de observações.
l = √40000 Agora, vamos analisar uma tabela onde a variável
l = 200 metros. pode assumir um grande número de valores distintos.
Logo, a medida do lado é de 200 metros. Resposta: Vamos representar na tabela a variável “Altura dos
Letra A. moradores de Campinas”:

4. (ENEM – 2020) É comum as cooperativas vende- VALOR DA VARIÁVEL FREQUÊNCIAS (Fi)


rem seus produtos a diversos estabelecimentos. Uma 1,51m 12
cooperativa láctea destinou 4 m3 de leite, do total 1,54m 17
produzido, para análise em um laboratório da região,
1,57m 4
separados igualmente em 4 000 embalagens de mesma
capacidade. 1,60m 2
Qual o volume de leite, em mililitro, contido em cada 1,63m 10
embalagem? 1,67m 5
1,75m 13
a) 0,1 1,81m 15
b) 1,0
1,89m 2
c) 10,0
d) 100,0
e) 1 000,0 Quando isto acontece, é importante resumir os

69
dados de maneira que fique mais fácil para uma leitu-

8-
ra e interpretação da tabela. Na ocasião, vamos criar
Vamos fazer as devidas conversões: 4 m3 = 4 × 103

86
dm3 = 4 000 dm3 = 4 000 litros intervalos que chamaremos de “Classes”.

6.
O volume de leite, em litros, contido em cada emba-

9
.4
lagem é (4000 litros) ÷ 4000 = 1 litro. CLASSE FREQUÊNCIAS (FI)

33
Logo, 1 litro = 1000 ml. Resposta: Letra E.
1,50 | - 1,60 33

-4
1,60 | - 1,70 17
O
IR
1,70 | - 1,80 13
M

RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS: 1,80 | - 1,90 17


A

TABELAS E GRÁFICOS
R
E

O símbolo “|” significa que o valor que se encontra


R

A apresentação de dados estatísticos por meio de ao seu lado está incluído na classe. Por exemplo, 1,50
EI

tabelas e gráficos fazem parte do ramo da Estatística | - 1,60 nos indica que as pessoas com altura igual a
R
IF

Descritiva. Esta tem por objetivo descrever um con- 1,50 são contadas entre as que fazem parte dessa clas-
N

junto de dados, resumindo as suas informações prin- se, porém as pessoas com exatamente 1,60 não são
LI

cipais. Para isso, as tabelas e gráficos estatísticos são contabilizadas.


O

ferramentas muito importantes. Veja novamente a última tabela, agora com a colu-
R

na de frequências absolutas acumuladas à direita:


A
K

TABELAS
LI

CLASSE FREQUÊNCIAS FREQUÊNCIAS AB-


IE

Para descrever um conjunto de dados, um recurso


(FI) SOLUTAS ACUMU-
C

muito utilizado são tabelas, como essa a seguir, referente à


A

LADAS (FCA)
R

observação da variável “Sexo dos moradores de São Paulo”:


G

1,50 | - 1,60 33 33
VALOR DA VARIÁVEL FREQUÊNCIAS (Fi) 1,60 | - 1,70 17 50
Masculino 34 1,70 | - 1,80 13 63
Feminino 26 1,80 | - 1,90 17 80
Observe que na coluna da esquerda colocamos as
A coluna da direita exprime o número de indiví-
categorias de valores que a variável pode assumir, ou
seja, masculino e feminino, e na coluna da direita colo- duos que se encontram naquela classe ou abaixo dela.
camos o número de Frequências, isto é, o número de Ou seja, o número acumulado de frequências do valor
observações (ou repetições) relativas a cada um dos mais baixo da amostra (1,50m) até o valor superior
valores. Veja, ainda, que foi analisada uma amostra de daquela classe. Perceba que, para obter o número 50,
60 pessoas, das quais 34 eram homens e 26 mulheres. bastou somar 17 (da classe 1,60| - 1,70) com 33 (da
Estes são os valores de frequências absolutas. Pode- classe 1,50| - 1,60). Isto é, podemos dizer que 50 pes-
mos, ainda, representar as frequências relativas (per- soas possuem altura inferior a 1,70m (limite superior
centuais): sabemos que 34 em 60 são 56,67%, e 26 em da última classe). Analogamente, 63 pessoas possuem
78 60 são 43,33%. Portanto, teríamos: altura inferior a 1,80m.
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
GRÁFICOS ESTATÍSTICOS z Gráfico de Linha

Uma outra maneira muito utilizada para a Estatística São mais utilizados nas representações de séries
Descritiva são os gráficos. Vejamos a seguir alguns tipos. temporais. Vamos analisar a evolução de um ano para
o outro, se houve um crescimento ou um decréscimo
z Colunas ou barras justapostas no número de alunos dentre as séries que estão em
evidência para estudo dentro da escola. Observe:
Utilizamos o gráfico de colunas ou barras justapos- Evolução anual no número de alunos do sétimo ao nono anos
tas para dados agrupados por valor ou por atributo. 35
Vamos supor que estamos interessados nas idades de
30
alguns alunos. O gráfico relaciona as idades com as
respectivas frequências. 25
20
Idade X Frequência
15
25
10
Frequência Absoluta Simples

20 5
0
2017 2018 2019 2020
15
sétimo ano oitavo ano nono ano
10
Histograma
5
É muito utilizado na representação gráfica de dados
0 agrupados em classes (distribuição de frequências).
20 23 27 30 33
Imagine que realizamos uma pesquisa sobre os salá-
rios dos funcionários de uma empresa de cosméticos e
Agora suponha, por exemplo, que queremos saber
obtivemos a seguinte distribuição de frequências:

69
a cidade natal de alguns alunos. Como algumas cida-

8-
des possuem nomes muito grandes, poderíamos optar

86
em usar um gráfico de barras justapostas. Veja: SALÁRIOS EM FREQUÊNCIA
MILHARES DE REAIS

9 6.
Cidade Natal X Frequência 10 – 15 15

.4
33
15 – 20 17

-4
Salvador
20 – 25 13
25 - 30 O 7
IR
Florianópolis
M
A

Esses dados podem ser resumidos com um histo-


R

Rio de Janeiro grama, como mostra o gráfico a seguir.


E
R
EI

São Paulo Salário dos Funcionários da Empresa de Cosméticos X Em


R

Milhares de Reais
18
IF

0 2 4 6 8 10 12 14 16
N

14
LI

z Gráfico de Setores (ou de Pizza)


O

12
R

10
A

Esse gráfico tem a vantagem de mostrar rapidamen-


K

8
te a relação com o total de observações. Vamos supor
LI

6
que analisamos as notas trimestrais de alguns alunos.
IE

4
Veja como fica a disposição usando o gráfico de pizza.
C

2
A
R

0
G

(10 - 15) (15 - 20) (20 - 25) (25 - 30)

É importante destacar que a área de cada retângu-


lo é proporcional à frequência.
MATEMÁTICA

NOÇÕES DE GEOMETRIA: FORMA,


PERÍMETRO, ÁREA, VOLUME,
TEOREMA DE PITÁGORAS
GEOMETRIA PLANA

A Geometria Plana (ou Geometria Euclidiana) deve


Média de Notas Escolares Trimestrais ser vista como um dos principais ramos da Matemática. 79
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Sua origem remonta a Euclides de Alexan-
dria (360 a.C. – 295 a.C.), que foi um matemático da
antiguidade. A
Vamos estudar de agora em diante todos os tópicos
relacionados à Geometria Plana!
Boa leitura e bons estudos!
O

ÂNGULOS
B
Definições, Elementos e Propriedades

z Definição de Ângulo Figura 3. Setor Angular

Definimos ângulo como a união de duas semirre- Observação: A figura acima mostra o Setor Angu-
tas de mesma origem e não colineares (que não per- lar do AOB
tencem a uma mesma reta). Veja a figura adiante:
z Classificação dos Ângulos
A
Vejamos de que maneira os ângulos podem ser
classificados.

„ Ângulos Consecutivos: dois ângulos serão


chamados de Consecutivos quando tiverem o
mesmo vértice e um lado em comum.
O

A
B

69
8-
Figura 1. Definição de Ângulo

86
6.
Observação 1: O é chamado de Vértice do ângulo B

9
.4
e OA e OB são chamados de lados.

33
Observação 2: Na figura acima o ângulo é indica-

-4
do por AOB ou BOA.

O C
IR
z Ponto Interior de um Ângulo
M
A

Seja um ângulo e um ponto P qualquer, dizemos Figura 4. Dois Ângulos Consecutivos


R

que P será um Ponto Interior ao Ângulo, quando


E

uma reta qualquer que passa por P intercepta os lados Observação: os pares de ângulos AÔB e BÔC; AÔC
R
EI

do ângulo em dois pontos distintos A e B, de modo que e AÔB; AÔC e BÔC são consecutivos.
R

o ponto P seja obrigatoriamente um ponto entre A e B.


IF

„ Ângulos adjacentes: dois ângulos serão cha-


N

mados de Adjacentes quando forem consecu-


LI

tivos e não tiverem pontos internos em comum.


O
R
A
K

A
LI

A
IE
C
A

P
R

O
G

B
B O

Figura 2. Representação de um Ponto no Interior de um Ângulo


C
Observação: Na figura acima, o ponto P é um pon-
to interior ao AOB Figura 5. Ângulos Adjacentes

z Setor Angular Observação: os ângulos AÔB e BÔC são adjacentes.

Denominamos Setor Angular a reunião dos pontos „ Ângulos Opostos pelo Vértice: dois ângu-
80 pertencentes ao ângulo e dos seus pontos interiores. los serão chamados de Opostos pelo Vértice
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quando os lados de um deles forem semirretas
opostas aos lados do outro.
A

H
O B

O Figura 9. Ângulo Obtuso

I G Observação: AÔB é um ângulo obtuso.

„ Ângulos Complementares: dois ângulos serão


complementares quando a soma de suas
medidas for igual a 90°. Dizemos que um ângu-
Figura 6. Ângulos Opostos pelo Vértice lo é o complemento do outro.

Observação: o par de ângulos FÔG e HÔI são opos-


tos pelo vértice.

„ Ângulo Reto: um ângulo será chamado de Reto


quando sua medida for igual a 90º. I M

69
8-
A

86
9 6.
O H

.4
33
-4
O
IR
Figura 10. Ângulos Complementares
M
A
R

O B Observação: os ângulos IÔM e MÔH são comple-


E

mentares.
R
EI

Figura 7. Ângulo Reto


R

„ Ângulos Suplementares: dois ângulos serão


IF

Observação: AÔB é um ângulo reto. suplementares quando a soma de suas medi-


N

das for igual a 180°. Dizemos que um ângulo é o


LI

„ Ângulo Agudo: um ângulo será chamado de suplemento do outro.


O

Agudo quando sua medida for menor que 90º.


R
A

A
K
LI
IE

A
C
A
R
G

C O B
B
O Figura 11. Ângulos Suplementares
MATEMÁTICA

Observação: os ângulos AÔC e AÔB são suplemen-


Figura 8. Ângulo Agudo tares.

Observação: AÔB é um ângulo agudo. Bissetriz de um Ângulo

„ Ângulo Obtuso: um ângulo será chamado de Sejam os ângulos AÔB e BÔC, de vértice comum e
Obtuso quando sua medida for maior que 90º lado OB, também comum, conforme a figura abaixo.
e, ao mesmo tempo, menor que 180°. A semirreta OC divide o ângulo AÔB em duas partes 81
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congruentes, ou seja, iguais. Essa semirreta é denomi- z Elementos de uma Circunferência: na figura
nada bissetriz do ângulo AÔB. abaixo temos uma circunferência de centro C e
Portanto, a Bissetriz de um Ângulo é uma semir- raio r.
reta que tem origem no vértice e divide o ângulo em
duas partes iguais. N

A
B

r
C
Bissetriz r C
O

B D E

Figura 12. Bissetriz de um Ângulo


M
CIRCUNFERÊNCIAS, CÍRCULOS E SEUS ELEMENTOS Figura 15. Elementos de uma Circunferência

Ângulos na Circunferência
AC = raio
Vejamos abaixo as definições importantes acerca AB = diâmetro
de ângulos na circunferência.
DME = arco

69
8-
z Circunferência: definimos circunferência como ANB = semicircunferência

86
o conjunto de todos os pontos de um plano, de
AC = r e AB = 2r

6.
modo que a distância a um ponto fixo é uma cons-

9
tante positiva. A figura a seguir representa uma

.4
circunferência λ, em que C é o centro (ponto fixo), z Posições de um Ponto em Relação a uma Circun-

33
PC é um raio, com PC = r (constante positiva). ferência: sejam um ponto P e uma circunferência

-4
de centro C e raio r, sendo d a distância de P ao
centro C, temos:
O
IR
M

„ O ponto P é interno à circunferência: d < r


A
R

„ O ponto P é externo à circunferência: d > r


E

P „ O ponto P pertence à circunferência: d = r


R

r
EI

C F
R
IF
N
LI
O
R
A
K

Figura 13. Circunferência λ


LI
IE

z Círculo: definimos círculo como o conjunto r


C

A
A

de todos os pontos de um plano cuja distância a


R

um ponto fixo é menor ou igual a uma constante


G

positiva.
C

P
r
C
Figura 16. Posições de alguns pontos em relação à Circunferência λ

Observação: na figura acima, F é um ponto exter-


no à circunferência; A é um ponto que pertence à cir-
cunferência; e D é um ponto interno à circunferência.

82 Figura 14. Círculo


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z Medidas de um Ângulo pela Circunferência: Veja a figura:
para medir o Arco (uma espécie de “pedaço” da
circunferência), primeiramente a dividimos em
360 “partes” e denominamos 1 Grau ( º ) a cada
A
“parte” obtida.

Fazer a medição do arco em graus é determinar a


quantidade de partes compreendida neste arco. Veja O
a figura adiante:

Figura 19. Ângulo Central em uma Circunferência


S
O Observação 1: O ângulo AÔB (α) é o Ângulo
Central.
Observação 2: APB é o arco correspondente do
ângulo AÔB.
B A medida de um ângulo central é igual à medida de
seu arco correspondente AÔB = m (AB) = α.
Veja a representação desta igualdade abaixo:

Figura 17. Arco S representado em uma Circunferência


A

69
8-
A Medida de um Ângulo é a medida do menor

86
arco determinado pelo ângulo em uma circunferência

6.
com o centro em seu vértice.

9
.4
O

33
-4
A

O B
IR
M
A
R

O
E
R
EI

Figura 20. Ângulo e Arco Correspondente em uma Circunferência


R

B
IF

z Ângulo Inscrito: chamamos de ângulo inscrito


N

aquele que tem vértice na circunferência e lados


LI

secantes à mesma. O arco da circunferência com pon-


O

tos internos ao ângulo é o seu arco correspondente.


R
A

Figura 18. Ângulo em uma Circunferência


K

Veja a figura abaixo:


LI

A medida do ângulo AOB é a medida do arco AB assi-


IE

nalado na figura acima. Indicamos esta situação por:


C

A
A
R

m (AOB) = AÔB
G

z Ângulo Central: definimos um ângulo central


como sendo aquele cujo vértice coincide com o Q
centro da circunferência. O arco de uma circunfe-
rência com pontos internos ao ângulo é o seu Arco O
Correspondente. P
MATEMÁTICA

Figura 21. Ângulo Inscrito em uma Circunferência

83
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Observação 1: O ângulo AP̂B é inscrito na circunferência.
Observação 2: AQB é o arco correspondente do ângulo AP̂B.

z Ângulo de Vértice Externo: denominamos de ângulo de vértice externo, ao ângulo que tem o vértice no exterior
da circunferência e seus lados secantes a ela.

Vejamos abaixo:

D N
M O
P
C
B

Figura 22. Ângulo de Vértice Externo em relação à Circunferência

Observação 1: APB é de vértice externo.


^ .
Observação 2: ANB e CMD são os arcos correspondentes do ângulo APB

PARALELISMO

Retas Paralelas

69
8-
Duas retas serão chamadas de paralelas se, e somente se, elas forem coincidentes (iguais) ou se forem copla-

86
nares (pertencerem ao mesmo plano e não possuírem nenhum ponto em comum).

6.
r s

9
.4
33
r

-4
s

O
IR
M
A
R

Figura 23. Retas Paralelas r e s


E
R

Observação 1: β é um plano que contém as retas r e s.


EI

Observação 2: r ⸦ β, s ⸦ β e r ∩ s = ø
R

Dadas duas retas r e s paralelas (ou não paralelas) e uma reta t concorrente com r e s, temos:
IF
N
LI
O

t
R
A
K
LI

a
IE

b
C
A
R
G

d r

e
f

s
h
g

84 Figura 24. Retas Paralelas r e s cortadas pela Transversal t


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Observação 1: A reta t será chamada de transver- r
sal de r e s
Observação 2: Os ângulos formados pela figura
acima são denominados de:

Alternos: â e ĝ, b̂ e ĥ, ĉ e ê, d̂ e f ̂

Correspondentes: â e ê, b̂ e f,̂ ĉ e ĝ, d̂ e ĥ

Colaterais: â e ĥ, b̂ e ĝ, ĉ e f,̂ d̂ e ê


O s
Existência da Paralela

Se duas retas distintas e coplanares e uma trans-


versal determinarem ângulos alternos, ou ângulos Figura 26. Retas r e s perpendiculares entre si
correspondentes congruentes, podemos concluir
então que essas duas retas são paralelas. Mediatriz de um segmento

Denominamos Mediatriz de um segmento a reta


perpendicular (m) ao segmento (AB) que passa pelo
t seu ponto médio (M), ou seja, a mediatriz divide o seg-
mento em duas partes iguais.

69
8-
r

86
6.
9
.4
33
-4
A B
M
O
IR
s
M
A
R
E
R
EI
R

Figura 27. Mediatriz de um segmento AB qualquer


IF
N

Figura 25. Existência da Paralela


LI

TRIÂNGULOS
O

Observação: Se α = β, então r//s


R

Ângulo Externo
A
K

Postulado de Euclides Em todo triângulo, qualquer um de seus ângulos


LI

externos é igual à soma dos dois ângulos internos não


IE

O postulado de Euclides afirma o seguinte: adjacentes a ele. Na figura abaixo, representamos um


C
A

destes ângulos externos:


R

z Por um ponto passa uma única reta paralela a


G

A
uma reta dada;
z Se duas retas paralelas distintas interceptam uma
transversal, então os ângulos alternos, ou ângulos
correspondentes, são congruentes.
e
PERPENDICULARIDADE
MATEMÁTICA

Retas Perpendiculares B
C
Duas retas serão chamadas de Perpendiculares Figura 28. Ângulo Externo a um Triângulo ABC
se, e somente se, forem concorrentes e formarem dois
ângulos retos suplementares, ou seja, cada um dos Observação: conforme mencionado acima, o ângu-
ângulos medindo 90°. lo externo a um triângulo é dado pela soma dos ângu-
los internos ao triângulo e que não são adjacentes a e
(Teorema do Ângulo Externo). Neste caso, temos: 85
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A z Os ângulos correspondentes sejam congruentes.
z Os lados homólogos sejam proporcionais.

B
C

Figura 29. Ângulo Externo e soma de ângulos internos do Triângulo


ABC C B

Observação: No caso acima, temos ê = Â + B̂ A’

Soma dos Ângulos Internos de um Triângulo

Em virtude do Teorema do Ângulo Externo, pode-


mos demonstrar facilmente que a soma dos ângulos
internos de qualquer triângulo será igual a 180°.
C’ B’
A
Figura 32. Dois Triângulos Semelhantes

 = Â’ , B̂ = B̂ ’ , Ĉ = Ĉ ’ e
AB AC BC ⇔ ΔABC ~ ΔA’ B’ C’
= = =k
A’ B’ A’ C’ B’ C’

69
8-
86
B C

6.
Observação: a constante k é chamada de Razão

9
de Semelhança.

.4
Figura 30. Soma dos ângulos internos de um Triângulo ABC

33
-4
Observação: a Soma dos Ângulos Internos de um Casos de Semelhança
triângulo é dada por: Â + B̂ + Ĉ = 180°.
O
Abaixo apresentamos cada um dos casos de seme-
IR
M

Altura de um Triângulo lhança entre triângulos:


A
R

A altura de um triângulo é dada pelo segmento de z Caso AA (Ângulo-Ângulo): Se dois triângulos pos-
E

suem dois ângulos ordenadamente congruentes,


R

reta perpendicular à reta suporte de um dos lados do


EI

triângulo (no caso abaixo, a reta suporte é dada pelo então eles são semelhantes.
R

segmento BC), com extremidade nessa reta e no vér-


IF

A
tice oposto (na figura é dada pelo vértice A) ao lado
N
LI

considerado.
O
R

A
A
K
LI
IE
C
A

C B
R
G

A’

B C
H

Figura 31. Altura de um Triângulo ABC

Observação: No triângulo acima, a altura é dada C’ B’


pelo segmento AH
Figura 33. Dois Triângulos Semelhantes pelo caso AA
SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
z Caso LAL (Lado-Ângulo-Lado): Se dois triângulos
Dois triângulos serão denominados de semelhan- possuem dois pares de lados proporcionais e os
tes se, e somente se, for possível estabelecer uma cor- ângulos compreendidos entre eles são congruen-
86 respondência entre seus vértices de modo que: tes, então esses dois triângulos são semelhantes.
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A A

F D
G

C B C B
E
A’
Figura 36. Medianas e Baricentro de um Triângulo ABC

Observação 1: medianas do triângulo ABC: AE, BF


e CD
Observação 2: pontos médios dos lados do triân-
gulo ABC: D, E e F
Observação 3: Baricentro do ΔABC : G

z Incentro: para definir o incentro de um triângu-


C’ B’ lo, vamos relembrar o conceito de bissetriz de um
ângulo. A bissetriz de um ângulo é a semirreta
Figura 34. Dois Triângulos Semelhantes pelo caso com pontos internos ao ângulo e que determina
LAL com seus lados dois ângulos adjacentes congruen-
tes. A bissetriz interna de um triângulo é o seg-
z Caso LLL (Lado-Lado-Lado): se dois triângulos mento da bissetriz de um ângulo interno que tem

69
têm os três lados correspondentes proporcionais, extremidades no vértice desse ângulo e no ponto

8-
então esses dois triângulos são semelhantes. de encontro com o lado oposto. Logo, o incentro é

86
o ponto de encontro das bissetrizes internas deste

6.
A triângulo.

9
.4
33
A

-4
O
IR
M

D
A

F
R

I
E
R
EI

C B
R
IF
N

A’ C B
LI

E
O
R
A

Figura 37. Bissetrizes Internas e Incentro de um Triângulo ABC


K
LI

Observação 1: Bissetrizes Internas do triângulo


IE

ABC: AE, BF e CD
C

Observação 2: Incentro do ΔABC: I


A
R

Observação 3: uma observação importante é que


G

C’ B’ o incentro de um triângulo é o centro da circunferên-


cia nele inscrita.
Figura 35. Dois Triângulos Semelhantes pelo caso LLL
z Circuncentro: para definir o circuncentro de um
PONTOS NOTÁVEIS NO TRIÂNGULO triângulo, precisamos entender a definição de
mediatriz primeiramente. A mediatriz de um seg-
MATEMÁTICA

Apresentamos abaixo os pontos notáveis (B.I.C.O.) mento de reta é a reta perpendicular a esse seg-
de um triângulo: mento pelo seu ponto médio. Logo, o circuncentro
de um triângulo é o ponto de encontro das três
z Baricentro: para definir o baricentro de um triân- mediatrizes deste triângulo.
gulo temos que definir primeiro o que é a mediana
de um triângulo. A mediana é o segmento que une
um vértice ao ponto médio do lado oposto. Logo,
o baricentro será o ponto de encontro das três
medianas do triângulo.
87
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B
A
m1
m2

m3 D
F

C B
E

AC
Figura 38. Mediatrizes e Circuncentro de um Triângulo ABC
Figura 40. Triângulo ABC Retângulo no Vértice A
Observação 1: mediatrizes do triângulo ABC: m1,
m2 e m3 TEOREMA DE PITÁGORAS
Observação 2: pontos médios dos lados do triân-
gulo ABC: D, E e F O Teorema de Pitágoras diz que em todo triângu-
Observação 3: circuncentro do ΔABC : C lo retângulo, o quadrado da medida da hipotenusa é
Observação 4: uma observação importante é que igual a soma dos quadrados das medidas dos catetos.
o circuncentro de um triângulo é o centro da circunfe-
rência nele circunscrita. B

z Ortocentro: Para definir ortocentro precisamos


primeiro entender que a altura de um triângulo é

69
o segmento da perpendicular traçada de um vérti-

8-
ce à reta suporte do lado oposto e que possui extre-
a

86
midades nesse vértice e no ponto de encontro com

6.
essa reta suporte. Logo, o ortocentro é o ponto de c

9
encontro das retas suportes das três alturas de um

.4
33
triângulo.

-4
A
D O
IR
F
M
A C
b
A

O
R
E

Figura 41. Triângulo Retângulo ABC


R
EI

Observação 1: a medida dos lados BC, AC e AB são


R
IF

dados respectivamente por a, b e c.


Observação 2: o lado a é chamado de hipotenusa
N
LI

e os lados b e c de catetos.
O

C B Observação 3: pelo teorema de Pitágoras temos


R

E a seguinte relação entre os lados do triângulo retân-


A
K

gulo: a2 = b2 + c2
Figura 39. Alturas e Ortocentro de um Triângulo ABC
LI
IE

RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO


C

Observação 1: alturas do triângulo ABC: AE, BF e


A

CD
R

Considere um Triângulo Retângulo ABC, com hipo-


Observação 2: ortocentro do ΔABC : O
G

tenusa BC e altura AH.


TRIÂNGULOS RETÂNGULOS A

Um triângulo recebe o nome de triângulo retân-


gulo se possuir um dos seus ângulos internos iguais a
90°. Observe na figura abaixo: b c
h

n m
CB
H
a
88
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Figura 42. Triângulo Retângulo ABC com Hipotenusa BC e Altura do produto dessas medidas pelo cosseno do ângulo
AH que eles formam.

Em relação ao triangulo retângulo acima, temos: A

z BC é a hipotenusa;
z AB e AC são os catetos;
z AH é a altura relativa à hipotenusa; b c
z BH e CH são, respectivamente, as projeções dos
catetos AB e AC sobre a hipotenusa BC

No triângulo retângulo ABC da figura, sendo BC =


a, AC = b, AB = c, AH = h, BH = m e CH = n, então valem C B
as seguintes relações: a

b2 = a · n Figura 44. Triângulo ABC qualquer

c2 = a · m Seja um triângulo qualquer ABC, conforme a figu-


a =b +c
2 2 2 ra 44.
Neste caso, verifica-se que:
h2 = m · n
a2 = b2 + c2 – 2 · b · c · cos Â
b·c=a·h
b2 = a2 + c2 – 2 · a · c · cos B̂
RELAÇÕES MÉTRICAS EM UM TRIÂNGULO
QUALQUER c2 = a2 + b2 – 2 · a · b · cos Ĉ

z Lei dos Senos: em todo triângulo, as medidas dos

69
lados são proporcionais aos senos dos ângulos FEIXE DE RETAS PARALELAS E TRANSVERSAIS

8-
86
opostos e a razão de proporcionalidade é a medi-
A transversal de um conjunto de retas todas para-

6.
da do diâmetro da circunferência circunscrita ao
lelas é uma reta do plano das paralelas que é concor-

9
triângulo.

.4
rente com todas as retas deste conjunto.

33
Os pontos correspondentes de duas transversais
Consideremos o triângulo ABC, inscrito na circun-

-4
são pontos destas transversais que estão numa mes-
ferência de raio R:
O
ma reta do conjunto de paralelas.
IR
Os segmentos correspondentes de duas transver-
M

sais são segmentos que possuem por extremidades os


A

A
pontos correspondentes.
R
E
R

b
EI

t1 t2
R
IF

C
N

A A’
LI

c
O
R

B B’
A
K

R
LI
IE

a
C

C C’
A
R
G

D D’
B

Figura 43. Triângulo ABC inscrito em uma Circunferência de Raio R


MATEMÁTICA

Verifica-se pela Lei dos Senos que:


Figura 45. Feixe de Retas Paralelas cortadas por Transversais
a b c
= = = 2R Observação 1: as transversais são indicadas por
sen A sen B sen C
t1 e t2
Observação 2: os pontos correspondentes são
z Lei dos Cossenos: em todo triângulo, o quadrado indicados por A e A’, B e B’, C e C’, D e D’.
da medida de um lado é igual à soma dos quadra- Observação 3: os segmentos correspondentes são
dos das medidas dos outros lados, menos o dobro indicados por AB e A’ B’, BD e B’ D’. 89
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TEOREMA DE TALES Pelo Teorema da Bissetriz Interna, temos a seguin-
te igualdade:
O Teorema de Tales diz que se duas retas são
transversais de um conjunto de retas paralelas, então,
a razão entre dois segmentos quaisquer de uma AC AB
=
delas é igual à razão entre os segmentos corres- CD BD
pondentes da outra.
Observação 1: AD é a bissetriz do ângulo BÂC
no triângulo ABC, ou seja, divide o ângulo  em dois
ângulos congruentes.
t1 t2 Observação 2: utilizando as medidas dos lados da
figura 51, temos:

A’ b c
A
=
B B’ n m

O teorema da bissetriz externa de um triângu-


lo nos diz que em qualquer triângulo, uma bissetriz
C C’ externa, ou seja, bissetriz de um ângulo externo ao
triângulo, intercepta a reta que contém o lado oposto
externamente em segmentos proporcionais aos lados
D’ adjacentes.
D
Seja AD a bissetriz do ângulo externo ao triângulo
ABC no vértice A, com AB = c, AC = b e BD = x e DC = y

69
A

8-
86
Figura 46. Feixe de Retas Paralelas, Transversais e Teorema de Tales

9 6.
.4
Pelo Teorema de Tales, temos as seguintes

33
igualdades:

-4
C
AB AC AD BC BD CD a B O
IR
x
= = = = =
M

A’B’ A’C’ A’D’ B’C’ B’D’ C’D’


A

y
R
E

TEOREMA DA BISSETRIZ INTERNA E EXTERNA DE


R

Figura 48. Teorema da Bissetriz Externa


UM TRIÂNGULO
EI
R

Pelo teorema da bissetriz externa, temos a seguin-


IF

O teorema da bissetriz interna de um triângu- te igualdade:


N

lo nos diz que em qualquer triângulo, uma bissetriz


LI

interna, ou seja, bissetriz de um ângulo interno ao


O

AC AB
R

triângulo, sempre divide o lado oposto em segmentos


=
A

proporcionais aos lados adjacentes.


K

CD BD
Seja AD a bissetriz do ângulo BAC no triângulo
LI
IE

ABC, com AB = c, AC = b e BD = m e DC = n Observação 1: AD é a bissetriz do ângulo exter-


C

no ao triângulo ABC no vértice A, ou seja, divide este


A

A ângulo externo em dois ângulos congruentes.


R
G

Observação 2: utilizando as medidas dos lados da


figura 52, temos:

b c
=
y x

POLÍGONOS
C B
Polígonos e seus Elementos

Figura 47. Teorema da Bissetriz Interna Vamos considerar n · (n ≥ 3) pontos ordenados A1,
A2, ..., An. Consideremos também os n segmentos con-
secutivos determinados por estes pontos (A1A2, A2A3,
90 ..., AnA1), de modo que não existam dois segmentos
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consecutivos colineares. Definimos Polígono como a
reunião dos pontos dos n segmentos considerados.
Vejamos alguns exemplos:
B
A

D
A

C C
B

E
J D
E

F Figura 51. Polígono Convexo

H Observação: em um polígono convexo, a região

69
poligonal é convexa.
M

8-
L Por definição, um polígono que não é convexo é

86
Q O côncavo.

9 6.
.4
33
-4
R N G
P
O
IR
Figura 49. Polígonos
I
M
A

Região Poligonal
R

H
E

F
R

A região poligonal é a reunião do polígono com o


EI

seu interior.
R
IF

G
N
LI
O
R

A
A

F
K
LI

J
IE

H
C
A
R

Figura 52. Polígono Côncavo


G

D E B

Observação 2: em um polígono côncavo, a região


poligonal é côncava.

C Nomenclatura dos Polígonos


MATEMÁTICA

Figura 50. Região Poligonal Nomeamos os Polígonos de acordo com o número


n de lados:
Polígono Côncavo e Polígono Convexo
z 1° caso: 3� n � 9
Um polígono é convexo se, e somente se, qualquer n = 3 – Triângulo
reta suporte, de um lado do polígono, deixar todos os n = 4 – Quadrilátero
outros lados em um mesmo semi-plano dos dois que n = 5 – Pentágono
ela determina. n = 6 – Hexágono
n = 7 – Heptágono 91
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n = 8 – Octógono
n = 9 – Eneágono

z 2º caso: n é múltiplo de 10
n = 10 – Decágono
n = 20 – Icoságono
n = 30 – Tricágono
n = 40 – Quadricágono
n = 50 – Pentacágono
n = 60 – Hexacágono L
K
z 3° caso: n > 10 e n não é múltiplo de 10
n = 11 – Unodecágono
n = 17 – Heptdecágono
n = 26 – Hexaicoságono
n = 35 – Pentatricágono H
J
Número de Diagonais de um Polígono Convexo

O Número de Diagonais em um Polígono Convexo I


é dado pela expressão:
Q
P
n (n – 3)
d= R
2

69
Ângulos Internos de um Polígono Convexo

8-
86
A soma dos ângulos internos de um polígono con-
M

6.
vexo é dada pela expressão:
N

9
.4
Si = (n – 2) · 180º

33
A1
B1

-4
z
Ângulos Externos de um Polígono Convexo
C1
O
IR
A soma dos ângulos externos de um polígono con- W
M

vexo é dada pela expressão:


A

D1
R
E

Se = 360º V
R
EI

S
R

Perímetro de Polígonos U
T
IF
N

Quando nos referimos ao Perímetro de um Polí- Figura 53. Polígonos Regulares


LI

gono, estamos na prática indicando que nosso interes-


O

se diz respeito à soma dos lados deste. Portanto, para


R

QUADRILÁTEROS NOTÁVEIS
A

calcular o Perímetro de um Polígono qualquer, basta


K

somar os lados.
Trapézio: um quadrilátero é um Trapézio se, e
LI
IE

somente se, tiver dois lados paralelos.


POLÍGONOS REGULARES
C
A
R

Um Polígono é denominado de regular quando pos-


G

sui todos os seus lados e ângulos internos congruentes.


Seguem alguns exemplos de Polígonos Regulares:

AB

Figura 54. Trapézio com vértices ABCD

C Observação 1: o lado AB é chamado de base maior.


Observação 2: o lado CD é chamado de base menor.
92
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Classificação dos Trapézios Observação: AB // CD e AD // BC

z Trapézio Isósceles: os lados não paralelos são Propriedades dos Paralelogramos


congruentes.
z Em todo Paralelogramo os ângulos opostos são
congruentes;
z Todo Quadrilátero convexo que possui ângulos
opostos congruentes é Paralelogramo.
z Todo Retângulo é Paralelogramo;
z Em todo Paralelogramo os lados opostos são
congruentes;
z Todo Quadrilátero convexo que possui os lados
opostos congruentes é Paralelogramo;
z Todo Losango é Paralelogramo;
z Em todo Paralelogramo as diagonais se intercep-
tam nos respectivos pontos médios;

Figura 55. Trapézio Isósceles Todo Quadrilátero convexo em que as diago-


nais se interceptam nos respectivos pontos médios é
z Trapézio Escaleno: os lados não paralelos não são Paralelogramo.
congruentes. Losango: um quadrilátero é um Losango se, e
somente se, possuir os quatro lados congruentes.
D C
B

69
8-
86
9 6.
.4
AB

33
-4
Figura 56. Trapézio Escaleno

O
IR
A C
z Trapézio Retângulo: quando existem dois ângu-
M

los internos retos.


A
R
E
R
EI
R
IF
N
LI
O
R
A
K
LI

D
IE
C

Figura 59. Losango


A
R

Figura 57. Trapézio Retângulo


G

Observação: AB = BC = CD = DA
Paralelogramo: um quadrilátero é Paralelogra-
mo se, e somente se, possuir os lados opostos paralelos. Propriedades dos Losangos

D C z Todo Losango tem as diagonais perpendiculares;


z Todo Paralelogramo que tem as diagonais perpen-
diculares é Losango;
MATEMÁTICA

z Todo Losango tem as diagonais nas bissetrizes


dos ângulos internos;
z Todo Paralelogramo que tem as diagonais nas bis-
setrizes dos ângulos internos é Losango.

Retângulo: um quadrilátero é um Retângulo


A B se, e somente se, possuir os quatro ângulos internos
congruentes.
Figura 58. Paralelogramo 93
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B Observação: A área é dada por A = L2

Área de um Retângulo

A área de um Retângulo é dada pelo produto das


suas dimensões, comprimento vezes largura, ou seja,
base vezes a altura.

B C

Figura 60. Retângulo


h
Observação 1: AB = CD e BC = AD
Observação 2: Â = B̂ = Ĉ = D̂ = 90°

Propriedades dos Retângulos

z Todo Retângulo tem as diagonais congruentes; b D


z Todo Paralelogramo que tem diagonais congruen-
tes é um Retângulo. Figura 63. Área de um Retângulo

Quadrado: um quadrilátero é um Quadrado se, e


Observação: A área é dada por A = b · h
somente se, possuir os quatro ângulos internos con-
gruentes e os quatro lados congruentes.
Área de um Paralelogramo
B
Á área de um Paralelogramo é dada pelo produto

69
de uma base, ou seja, um lado, pela altura relativa.

8-
86
D

6.
9
.4
33
-4
O
h IR
M
D
A
R

Figura 61. Quadrado


B
E
R
EI

Observação 1: AB = BC = CD = AD
Observação 2: Â = B̂ = Ĉ = D̂ = 90°
R

b
IF

Figura 64. Área de um Paralelogramo


N

Propriedades dos Quadrados


LI
O

z Todo Quadrado é Retângulo; Observação: A área é dada por A = b · h


R
A

z Todo Quadrado é Losango.


K

Área de um Triângulo
LI

ÁREAS DE FIGURAS PLANAS


IE

Temos duas situações no caso do cálculo da área


C

Área de um Quadrado do Triângulo.


A
R

A área de um Triângulo qualquer é dada pelo pro-


G

A área de um Quadrado é dada pelo lado (L) ao duto da base pela altura, dividido por dois.
quadrado.

B L C

h
L

B
L D H

Figura 62. Área de um Quadrado b


94
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Figura 65. Área de um Triângulo
Observação 2: a área é dada por:

Observação: A área é dada por: D·d


A= 2
b·h
A= 2
Área de um Trapézio

A área de um Triângulo Retângulo também é Temos duas situações no caso do cálculo da área
dada pelo produto da base pela altura, dividido por do Trapézio.
dois. A área de um Trapézio Isósceles é dada pela soma
das bases (maior e menor) multiplicada pela altura,
B
dividido por dois:

b B
Figura 66. Área de um Triângulo Retângulo
B

69
Observação: A área é dada por:

8-
Figura 68. Área de um Trapézio Isósceles

86
b·h

6.
A= 2 Observação: A área é dada por:

9
.4
33
Área de um Losango (b + B) · h

-4
A= 2
Á área de um Losango é dada pelo semiproduto
O
IR
das diagonais. A área de um Trapézio Retângulo também é dada
M

pela soma das bases (maior e menor) multiplicada


A

B pela altura, dividido por dois:


R
E

D
R
EI
R
IF
N
LI

h
O
R
A
K
LI

D B
IE

b
C
A
R

Figura 69. Área de um Trapézio Retângulo


G

Observação: A área é dada por:

(b + B) · h
A= 2
MATEMÁTICA

Área do Círculo
D
Á área do Círculo é dada pelo produto de π pelo
d raio ao quadrado.

Figura 67. Área de um Losango

Observação 1: D é a diagonal maior e d é a diago-


nal menor.
95
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CONGRUÊNCIA DE FIGURAS PLANAS

Ao considerarmos a congruência entre figuras


planas, dois elementos devem ser observados: os
P lados e os ângulos correspondentes. Casos estes dois
elementos apresentem mesma medida, constataremos
r que as respectivas figuras planas são congruentes.
Vejamos algumas figuras planas relacionadas
abaixo (observe a igualdade existente entre lados e
ângulos):

A
e=1
E
α = 121.86°
Ϛ = 118.08°
Figura 70. Área de um Círculo d = 3,16 a = 6.66

Observação: A área é dada por A = π · r2

Área do Setor Circular D ɛ = 136.09°

Υ = 69,17° B
Á área do Círculo é dada pelo produto do raio r
pelo arco L.
c = 4.17
δ = 94.8° b = 5.98
A

69
C

8-
C'

86
6.
L
O

9
.4
b' = 5.98 α1 = 121.86°

33
r c' = 4.17

-4
B
O
IR
B' Υ1 = 69,17°
M

D'
A

ɛ1 = 136.09°
R
E

Figura 71. Área de um Setor Circular


R

d' = 3,16
EI
R

Observação: A área é dada por A = L · r a' = 6.66


IF

Ϛ1 = 118.08°
N

β1 = 94.8°
FÓRMULA DE HERON (HIERÃO)
LI

E'
O

e' = 2
R

A área um triângulo de lados com medidas a, b e c A'


A

e semiperímetro p será dada por:


K

Figura 73. Congruência entre duas figuras planas (Pentágonos)


LI

A = √ p · (p – a) · (p – b) · (p – c)
IE

F
C
A
R

g = 3.03
G

Ɵ = 98.82°

h = 4.6
H K = 50.63°

c
l = 30.55°
f = 5.88
G

B
a

Figura 72. Triângulo ABC

Observação: o Semiperímetro é dado por p = a +


b+c
96
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J S'
η = 98.82 l = 4.6°
K
λ = 30.55° v' = 1.67
θ1 = 114.29°
s' = 3.11
k = 3.03°
μ1 = 80.03°
V'
j = 5.88

μ = 50.63° T' K1 = 46.47°

L λ1 = 119.21°
u' = 1,95

Figura 74. Congruência entre duas figuras planas (Triângulos) t' = 2.77
U'
Q
2.29 Figura 76. Congruência entre duas figuras planas (Quadriláteros)

2.29 v = 120° P RAZÃO ENTRE ÁREAS


σ = 120°

R Razão entre Áreas de Dois Triângulos Semelhantes


u = 120°
2.29
A razão entre as áreas de dois triângulos seme-
lhantes é igual ao quadrado da razão de semelhança.
2.29 p = 120° O

ξ = 120°
M o = 120° 2.29

69
2.29

8-
N

86
Q1

6.
2.29

9
.4
2.29
P1

33
v1 = 120°

-4
σ1 = 120°
B

O
R1 IR
u1 = 120° 2.29 A’
M
A
R

2.29
E

p1 = 120° O1
R
EI
R

ξ1 = 120°
IF

M1 o1 = 120°
2.29
N
LI

2.29 C’ B’
O

N1
R

Figura 77. Dois Triângulos Semelhantes


A
K

Figura 75. Congruência entre duas figuras planas (Hexágonos)


Observação 1: área do Triângulo ABC: A1
LI
IE

S Observação 2: área do Triângulo A’ B’ C’: A2


C

v = 1.67 Observação 3: razão de Semelhança: k


A

Observação 4: razão entre as áreas dos Triângulos


R

ϕ = 114.29°
G

V ABC e A’ B’ C’:
η1 = 80.03°

s = 3.11 A1
A2
= k2

u = 1,95 Razão entre Áreas de dois Polígonos Semelhantes


ω = 119.21°
MATEMÁTICA

Ψ = 46.47°
T A Razão entre as Áreas de dois Polígonos seme-
lhantes é igual ao quadrado da razão de semelhança.
U t = 2.77

97
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Figura 79. Triângulo Equilátero inscrito em uma Circunferência

E G

D
B

C’ E

Figura 80. Quadrado inscrito em uma Circunferência

K
L
B’
C’

69
8-
86
6.
9
C’ J

.4
33
A’
H

-4
Figura 78. Dois Polígonos Semelhantes

O
IR
Observação 1: Área do Polígono ABCDE: A1
M

Observação 2: Área do Polígono A’ B’ C’ D’ E’: A2


A
R

Observação 3: Razão de Semelhança: k I


E

Observação 4: Razão entre as áreas dos Polígonos


R

ABCDE e A’ B’ C’ D’ E’:
EI

Figura 81. Pentágono inscrito em uma Circunferência


R
IF

A1
= k2 Q
N

A2
LI
O

POLÍGONOS INSCRITOS (INSCRIÇÃO) E P


R
A

CIRCUNSCRITOS (CIRCUNSCRIÇÃO)
K
LI

Abaixo seguem representados vários Polígonos


R
IE

inscritos em uma circunferência.


C
A
R
G

Figura 82. Hexágono inscrito em uma Circunferência

Abaixo seguem representados vários Polígonos


circunscritos em uma Circunferência.

98 �
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
C Q

A
R

N
B
Figura 86. Hexágono circunscrito em uma Circunferência
Figura 83. Triângulo Equilátero circunscrito em uma Circunferência
Resolva os exercícios a seguir para fixar o conteú-
G do aprendido.

1. (VUNESP – 2011) Meia pizza foi dividida em 3 fatias,


F cada uma delas com um ângulo diferente, conforme
mostra a figura.

69
8-
86
96.
.4
2x

33
-4
x – 20º
O
IR
M
Se a pizza inteira tivesse sido dividida em fatias iguais,
A

todas com ângulo de x – 20°, então, o número de fatias


R

D dessa pizza seria:


E
R
EI

a) 9
E
R

b) 10
IF

c) 11
N

Figura 84. Quadrado circunscrito em uma Circunferência


d) 12
LI

e) 13
O

K
R

L
A

Note que meia pizza é uma semicircunferência.


K

Logo, a soma dos três ângulos será igual a 180º.


LI

Fazendo a soma dos ângulos e igualando a 180º,


IE

encontramos o valor de x.
C
A

Desta maneira, temos:


R
G

x + 2x + x – 20º = 180º
4x – 20º = 180º

J 4x = 200º
x = 50º
H
Uma pizza inteira representa uma circunferência.
MATEMÁTICA

Sabemos que a circunferência possui 360º. Se a piz-


za toda deve ser dividida em x – 20°, as fatias devem
possuir 50° – 20° = 30°
360°
I Fazendo = 12
30°
Figura 85. Pentágono circunscrito em uma Circunferência Concluímos que o número de fatias dessa pizza
seria igual a 12. Resposta: Letra D.
99
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2. (ITAME – 2015) Sabendo-se que 8x, 6x e 4x são ângu- 4. (VUNESP – 2015) As figuras, fora de escala, mos-
los de um triângulo, qual o valor do menor ângulo? tram as dimensões de dois terrenos, A e B, ambos
retangulares.
a) 10º
b) 20º
c) 30º B X + 7,5 m
d) 40º X A

50 m 40 m
A soma dos ângulos internos de um triângulo é
igual a 180°. Portanto, basta somar os ângulos for-
Sabendo-se que os dois terrenos têm a mesma área e
necidos e igualar a 180°. Fazendo isso, encontrare-
que, no terreno A, será construído um galpão cuja área
mos o valor de x.
terá 1/6 da área dos dois terrenos juntos, então a área
4x + 6x + 8x = 180º do galpão, em metros quadrados, será:
18x = 180º
x = 10º
a) 450
Pelo enunciado, sabemos que o menor ângulo deste b) 500
triângulo é igual a 4x. Se x = 10°, então: c) 360
4x = 4 · 10° = 40° d) 420
Resposta: Letra D. e) 480

3. (VUNESP – 2020) Murilo vai colocar um varal em Os dois terrenos possuem a mesma área. Logo, a
seu quintal. Ele já colocou os ganchos em duas pare- ÁreaA=ÁreaB. Sabemos que a área de um retângulo
des perpendiculares, conforme indicado pelas setas é dada por b · h (medida da base multiplicada pela
da imagem a seguir, de acordo com as distâncias medida da altura).
marcadas. Deste modo, teremos:
ÁreaA = ÁreaB
Teorema de Pitágor as
a2 = b 2 + c 50x = 40 ⋅ (x+7,5)

69
8-
50x = 40x + 300

86
Representação Vara l
3m 50x – 40x = 300

6.
vista de cima a

9
b
10x = 300

.4
33
x = 30

-4
c
4m Sendo x = 30, e as duas áreas tendo a mesma medi-
O
da, ao descobrirmos a área de um terreno, teremos
IR
a área do outro.
M

Murilo utilizou o teorema de Pitágoras para descobrir


A

ÁreaA = ÁreaB = 50 · x = 50 · 30 = 1500m2


R

o comprimento de corda de varal que ele terá disponí-


E

vel para colocar suas roupas. Sabendo-se que Murilo


1
Pelo o enunciado, a área do galpão terá da soma
R

6
colocará o varal bem esticado, se calcular corretamen- das duas áreas.
EI

te, descobrirá que terá de varal, em metros, o total de:


R

Neste contexto, teremos:


IF
N

a) 5,0 ÁreaGalpão =
1
(ÁreaA + ÁreaB) =
1
· (1500 + 1500) =
LI

b) 5,5 6 6
O

c) 6,0
R

3000
d) 6,5 = 500m 2
A

6
K

e) 7,0
LI

Resposta: Letra B.
IE

Perceba que o comprimento do varal é a hipotenu-


C

sa do triângulo retângulo formado na figura. Nesse 5. (INSTITUTO EXCELÊNCIA – 2019) Observando o polí-
A
R

caso, temos catetos iguais a 3m e 4m. Pela definição gono abaixo, o valor de x será:
G

de triângulo retângulo Pitagórico, a hipotenusa des-


se triângulo será igual a 5m. Veja que conhecendo
2x
a definição não é necessário fazer cálculo algum.
Para fins didáticos, vamos resolver a questão utili-
zando o Teorema de Pitágoras: 11x + 25° 9x – 8°
a2 = b2 + c2
a2 = 32 + 42
a2 = 9 + 16
a2 = 25 3x + 46°
a = ±√25 15x – 3°
a = ±5
Como estamos tratando de medida, desconsidera-
a) 11
mos o valor negativo.
b) 16
Logo: a = 5
c) 12
Resposta: Letra A.
d) Nenhuma das Alternativas
100
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A soma dos ângulos internos de um polígono é dada Toda proposição pode ser representada simbolica-
por Si = 180° · (n – 2), onde n é o número de lados do mente pelas letras do alfabeto, veja no exemplo:
polígono. Como temos um Pentágono, ou seja, um
polígono de 5 lados, chegamos em: z p: Sabino é um pintor esperto;
Si = 180º ⋅ (n – 2) z r: Kate é uma mulher alta.
15x – 3º + 3x + 46º + 11x + 25º + 2x + 9x – 8º = 180º
⋅ (5 – 2) Na situação temos duas proposições sendo repre-
40x + 60º = 180º ⋅ 3 sentadas pelas letras p e r.
40x = 540º – 60º Bom! Agora que já sabemos o que são proposições
40x = 480º lógicas, fica tranquilo distinguir o que não são pro-
x = 12º posições. Isto é fundamental, pois várias questões de
Resposta: Letra C. prova perguntam exatamente isso – são apresentadas
algumas frases e você precisa identificar qual delas
não é uma proposição. Vejamos os casos em que mais
aparecem:
RACIOCÍNIO LÓGICO
� Perguntas: são as orações interrogativas.
VALORES LÓGICOS Exemplo: Que horas vamos ao cinema?
Essa pergunta não pode ser classificada como ver-
Na lógica temos apenas dois valores lógicos – ver- dadeira ou falsa;
dadeiro ou falso. Quando temos uma declaração ver- � Exclamações: são frases exclamativas.
dadeira, o seu valor lógico é Verdade (V) e quando é Exemplo: Que lindo cabelo!
falsa, dizemos que seu valor lógico é Falso (F). Essa exclamação não pode ser valorada, pois apre-
sentam percepções subjetivas;
PROPOSIÇÕES LÓGICAS SIMPLES
� Ordens: são orações com verbo no imperativo.
Vamos começar nosso estudo falando sobre o que Exemplo: Pegue o livro e vá estudar.
é uma proposição lógica. Observe a frase a seguir:

69
Ex.: Paula vai à praia. Uma ordem não pode ser classificada como verdadeira

8-
Para saber se temos ou não uma proposição, preci- ou falsa. Muito cuidado com esse tipo de oração, pois pode

86
samos de três requisitos fundamentais: ser facilmente confundida com uma proposição lógica.

6.
Não são proposições – perguntas, exclamações e

9
z Ser uma oração: ou seja, são frases com verbos;

.4
ordens.
z Oração declarativa: a frase precisa estar apresen-

33
Temos um outro caso menos cobrado em provas,
tando uma situação, um fato;

-4
mas que também não é proposição lógica: o paradoxo.
z Pode ser classificada como Verdadeira ou Falsa:
Para ficar mais claro, veja o exemplo a seguir:
O
ou seja, podemos atribuir o valor lógico verdadeiro IR
ou o valor lógico falso para a declaração. Ex.: Esta frase é uma mentira.
M
Quando atribuímos um valor de verdade para a
A

Tendo isso em vista, podemos afirmar claramen- frase, então na verdade, ele mentiu, uma vez que a
R

te que a frase “Paula vai à praia” é uma proposição própria frase já diz isso, e se atribuirmos o valor falso,
E

lógica, pois temos a presença de um verbo (ir), uma então a frase é verdade, pois ela diz ser uma mentira
R
EI

informação completa (temos o sujeito claro na oração) e já sabemos que isso é falso.
R

e podemos afirmar se é verdade ou falsa. Perceba que sempre que valoramos a frase ela nos
IF

resulta um valor contrário, ou seja, estamos diante de


N

uma frase que é contraditória em si mesma. Isso é a


LI

Importante! definição de um paradoxo.


O
R

Proposição Lógica é uma oração declarativa


A

que admite apenas um valor lógico: V ou F. SENTENÇA ABERTA


K
LI
IE

Dizemos que uma sentença é aberta quando não


C

Ou então podemos também esquematizar o que é conseguimos ter a informação completa que a oração
A

uma proposição lógica assim: nos mostra. Veja o exemplo a seguir:


R

Chama-se proposição toda sentença declarativa


G

que pode ser valorada ou só como verdadeira ou só Ex.: Ele é o melhor cantor de rock.
como falsa. A presença do verbo é obrigatória junta- Perceba que há presença do verbo e que consegui-
mente com o sentido completo (caráter informativo). mos parcialmente entender o que a frase quer dizer.
Todavia, logo surge a pergunta: Ele quem? Aqui nossa
Verdadeira informação não consegue ser completa e por isso temos
mais um caso que não é proposição lógica. Observe ou-
MATEMÁTICA

Sentença tros exemplos:


Ou Sentido
Declarativa
completo
X + 5 = 10
Aquele carro é amarelo.
Falsa
5+5
X – Y = 20
Obrigatório

Verbo Todos os exemplos acima são sentenças abertas,


então podemos resumir da seguinte forma: 101
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As variáveis: Ele, aquele ou variáveis matemáti- z Na linguagem natural:
cas (X ou Y) tornam a sentença aberta.
Sempre será uma proposição lógica na escrita „ O macaco bebe leite e o gato come banana;
matemática e podemos notar que há verbos nos casos „ Maria é bailarina ou Juliano é atleta;
a seguir: „ Ou o elefante corre rápido ou a raposa é lenta;
„ Se estudar, então vai passar;
z = (é igual); „ Bino vai ao cinema se e somente se ele receber
z ≠ (é diferente); dinheiro.
z > (é maior);
z < (é menor); z Na linguagem simbólica:
z ≥ (é maior ou igual);
z ≤ (é menor ou igual); „ p ^ q;
„ p v q;
Esquematizando o que não são proposições lógicas: „ p v q;
„ p → q;
„ p ⟷ q.
Sentenças Interrogativas(?)

Agora que conhecemos os conectivos lógicos,


Sentenças sem Verbo vamos ver algumas camuflagens dos operadores lógi-
NÃO SÃO
PROPOSIÇÕES cos que podem aparecer na prova. Veja:
Sentenças com Verbo no Imperativo
� Conectivos “e” usando “mas”:
Sentenças Abertas Exemplo: Jurema é atriz, mas Pedro é cantor;
� Conectivo “ou...ou” usando “...ou..., mas não
Paradoxo ambos”:
Exemplo: Baiano é corredor ou ele é nadador, mas
não ambos;
PRINCÍPIOS DA LÓGICA PROPOSICIONAL � Conectivo “Se então” usando “Desde que, Caso,

69
Basta, Quem, Todos, Qualquer, Toda vez que”:

8-
É fundamental que você conheça três princípios Exemplos: Desde que faça sol, Pedrinho vai à

86
para deixarmos tudo alinhado com as proposições praia;

6.
lógicas. Veja: Caso você estude, irá passar no concurso;

9
.4
Basta Ana comer massas, e engordará;

33
z Princípio do terceiro excluído: Uma proposição Quem joga bola é rápido;

-4
deve ser Verdadeira ou Falsa, não havendo outra Todos os médicos sabem operar;
possibilidade. Não é possível que uma proposição Qualquer criança anda de bicicleta;
O
IR
seja “quase verdadeira” ou “quase falsa”; Toda vez que chove, não vou à praia.
M
z Princípio da não contradição: Dizemos que uma
A

mesma proposição não pode ser, ao mesmo tempo, É importante saber que na condicional a primeira
R

verdadeira e falsa; proposição é o termo antecedente e a segunda é o


E
R

z Princípio da Identidade: Cada ser é único, ou termo consequente.


EI

seja, uma proposição não assume o significado de


R

outra proposição lógica. P→Q


IF
N

P = antecedente
PROPOSIÇÕES COMPOSTAS
LI
O

Q = consequente
R

Temos proposições compostas quando há duas ou


A

mais proposições simples ligadas por meio dos conec- TABELA VERDADE
K

tivos lógicos. Veja os exemplos:


LI
IE

Trata-se de uma tabela na qual conseguimos


C

z Sabino corre e Marcos compra leite; apresentar todos os valores lógicos possíveis de uma
A

z O gato é azul ou o pato é preto; proposição.


R
G

z Se Carlinhos pegar a bola, então o jogo vai acabar.


Números de Linhas de Tabela Verdade
Cada conectivo tem sua representação simbólica e
sua nomenclatura. Veja a relação de conectivos: Neste momento, vamos aprender a construir tabe-
las verdade para proposições compostas.
CONECTIVOS NOMENCLATURA SIMBOLOGIA
z 1º passo: Contar a quantidade de proposições
e Conjunção ^ envolvidas no enunciado.
ou Disjunção v
Disjunção v Exemplo: P v Q (temos duas proposições).
ou...ou
Exclusiva
z 2º passo: Calcular a quantidade de linhas da tabela
se...então Condicional →
usando a fórmula 2n = 2proposições (onde n é o número
se e somente se Bicondicional ⟷ de proposições).

102 Exemplos: Exemplo: P v Q = 22 = 4 linhas.


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P Q PVQ P ~P ~(~P)
F V F

Conectivo Conjunção “e” (^)

Só teremos uma resposta verdadeira quando todos


os valores lógicos envolvidos forem verdadeiros.

z 3º passo: Dispor os valores “V” e “F” na primeira


P Q P^Q
coluna fazendo o agrupamento pela metade do
número de linhas da tabela. V V V
V F F
Exemplo: P v Q = 22 = 4 linhas = (agrupamento da
F V F
primeira coluna de 2 em 2 – V V / F F).
F F F
P Q PVQ
Conectivo Disjunção “ou” (v)
V
V Teremos resposta verdadeira quando, pelo menos,
F um dos valores lógicos envolvidos for verdadeiro.

F
P Q PVQ
V V V
z 4º passo: Preencher as demais colunas com agru- V F V
pamento de valores lógicos (V ou F) sempre pela
F V V
metade do agrupamento anterior.
F F F

69
8-
Exemplo: primeira coluna de 2 em 2 (a próxima
Conectivo Disjunção Exclusiva “ou...ou” ( v )

86
será de 1 em 1).

96.
Teremos resposta verdadeira quando os valores

.4
P Q PVQ
lógicos envolvidos forem diferentes.

33
V V

-4
V F P Q PVQ
O
IR
F V V V F
M

F F V F V
A
R

F V V
E
R

Pronto! A nossa tabela já está montada, agora precisa- F F F


EI

mos aprender qual o resultado que teremos quando com-


R

binamos os valores lógicos usando os conectivos lógicos.


IF

Conectivo Bicondicional “se e somente se” ()


Número de linhas da tabela verdade:
N

2n = 2proposições (onde n é o número de proposições).


LI

Bom! Vamos caminhar mais um pouco e apren- Teremos resposta verdadeira quando os valores
O

lógicos envolvidos forem iguais.


R

der todas as combinações lógicas possíveis para cada


A

conectivo lógico.
K

P Q PQ
LI

Negação (~P)
IE

V V V
C
A

Uma proposição, quando negada, recebe valores V F F


R

lógicos opostos ao da proposição original. O símbolo


G

F V F
que iremos utilizar é ¬ p ou ~p.
F F V

P ~P Conectivo Condicional “se...,então” (→)


V F
F V Especialmente nesse caso, vamos aprender quan-
MATEMÁTICA

do teremos o resultado falso, pois o conectivo con-


Dupla Negação ~(~P) dicional só tem uma possibilidade de tal ocorrência
Somente teremos resposta falsa quando o valor lógico
A dupla negação nada mais é do que a própria pro- do antecedente for verdadeiro e o consequente falso.
posição. Isto é, ~(~P) = P
P Q P→Q
P ~P ~(~P) V V V
V F V V F F 103
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z Contradição: uma proposição que é sempre falsa;
P Q P→Q z Contingência: uma proposição que pode assumir
F V V valores lógicos V e F, conforme o caso.
F F V
Exercite o que aprendeu através dos exercícios
Condicional falsa: Vai Ficar Falsa comentados a seguir.

VF=F 1. (CEBRASPE-CESPE – 2019) Acerca da lógica senten-


cial, julgue o item que segue.
TAUTOLOGIA Se uma proposição na estrutura condicional — isto é, na
forma P→Q, em que P e Q são proposições simples — for
É uma proposição cujo valor lógico é sempre falsa, então o precedente será, necessariamente, falso.
verdadeiro.
Exemplo 1: A proposição P ∨ (~P) é uma tautologia, ( ) CERTO ( ) ERRADO
pois o seu valor lógico é sempre V, conforme a tabela
verdade. Veja que P→Q foi considerado falso pelo enunciado
da questão. Assim na condicional para ser falso a
regra é que o Precedente (antecedente) seja verda-
P ~P P V ~P deiro o seguinte (consequente) falso. Lembre-se da
V F V dica: Vai Ficar Falso = V  F. Resposta: Errado.
F V V
2. (AOCP – 2019) Considere a proposição: “O contingen-
Exemplo 2: A proposição (P Λ Q) → (PQ) é uma te de policiais aumenta ou o índice de criminalidade
tautologia, pois a última coluna da tabela verdade só irá aumentar”. Nesse caso, a quantidade de linhas da
possui V. tabela verdade é igual a

a) 2.

69
P Q (P^Q) (PQ) (P^Q)→(PQ) b) 4.

8-
V V V V V c) 8.

86
V F F F V d) 16.

6.
e) 32.

9
F V F F V

.4
33
F F F V V O número de linhas da tabela verdade depende do

-4
número de proposições e é calculado pela fórmula:
CONTRADIÇÃO 2ⁿ. Assim,
O
IR
O contingente de policiais aumenta (1º proposição)
M

É uma proposição cujo valor lógico é sempre falso. O índice de criminalidade irá aumentar (2°
A

Exemplo: A proposição P ^ (~P) é uma contradição, proposição)


R

pois o seu valor lógico é sempre F, conforme a tabela 22 = 4 linhas. Resposta: Letra B.
E
R

verdade.
EI

3. (FUNDATEC – 2019) Trata-se de um exemplo de tauto-


R

logia a proposição:
IF

P ~P P ^ (~P)
N

V F F a) Se dois é par então é verão em Gramado.


LI
O

F V F b) É verão em Gramado ou não é verão em Gramado.


R

c) Maria é alta ou Pedro é alto.


A

d) É verão em Gramado se e somente se Maria é alta.


K

CONTINGÊNCIA
e) Maria não é alta e Pedro não é alto.
LI
IE

Sempre que uma proposição composta recebe


C

valores lógicos falsos e verdadeiros, independente- Você precisa guardar essa dica: A proposição que
A

mente dos valores lógicos das proposições simples contiver uma afirmação com o conectivo ou mais
R
G

componentes, dizemos que a proposição em questão é a negação dessa mesma afirmação (ou vice-versa)
uma contingência. Ou seja, é quando a tabela verda- será sempre uma tautologia. Então,
de apresenta, ao mesmo tempo, alguns valores verda- É verão em Gramado ou não é verão em Gramado.
deiros e alguns falsos. A proposição p ∨ (~p) é uma tautologia, pois o seu
Exemplo: A proposição [P ^ (~Q)] v (P→~Q)] é uma valor lógico é sempre “verdadeiro”. Resposta: Letra
contingência, conforme a tabela verdade. B.

4. (CEBRASPE-CESPE – 2018) Julgue o seguinte


P Q [P^(~Q)] (P→~Q) [P^(~Q)]V(P→~Q)
item, relativo à lógica proposicional e à lógica de
V V F F F argumentação.
V F V V V Se P e Q são proposições simples, então a proposição
[P→Q]∧P é uma tautologia, isto é, independentemente
F V F V V
dos valores lógicos V ou F atribuídos a P e Q, o valor
F F F V V lógico de [P→Q]∧P será sempre V.

104 z Tautologia: uma proposição que é sempre verdadeira; ( ) CERTO ( ) ERRADO


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Basta perceber que o conectivo em questão é o “E” CONECTIVO NOMENCLATURA SÍMBOLO LEITURA
(Conjunção), que só é verdadeiro quando as duas p se e
são verdadeiras, sendo assim se P for falso, já irá se e Bicondicional
somente
invalidar o argumento. Resposta: Errado. somente se (bi-implicação)
se q

5. (VUNESP – 2018) Seja M a afirmação: “Marília gosta


z Conjunção (conectivo “e”): Sua representação
de dançar”. Seja J a afirmação “Jean gosta de estu-
simbólica é ^.
dar”. Considere a composição dessas duas afirma-
ções: “Ou Marília gosta de dançar ou Jean gosta de Exemplo:
estudar”. A tabela verdade que representa corretamen-
te os valores lógicos envolvidos nessa situação é: „ Na linguagem natural: O macaco bebe leite e o
gato come banana;
TABELA - VERDADE „ Na linguagem simbólica: p ^ q.
M J Ou M ou J z Disjunção Inclusiva (conectivo “ou”): Sua repre-
V V 1 sentação simbólica é v.
V F 2
F V 3 Exemplo:
F F 4 „ Na linguagem natural: Maria é bailarina ou
Juliano é atleta;
Os valores 1, 2, 3 e 4 da coluna “Ou M ou J” devem ser
„ Na linguagem simbólica: p v q.
preenchidos, correta e respectivamente, por:
z Disjunção Exclusiva (conectivo “ou...ou”): Sua
a) V, F, V e F. representação simbólica é: v.
b) F, V, V e F.
c) F, F, V e V. Exemplo:
d) V, F, F e V.

69
e) V, V, V e F. „ Na linguagem natural: Ou o elefante corre rápi-
do ou a raposa é lenta;

8-
86
Veja que precisamos saber quando o resultado das „ Na linguagem simbólica: p v q.

6.
combinações lógicas do conectivo “ou...ou” dá ver-

9
z Condicional (conectivos “se, então”): Sua repre-

.4
dade. Lembrando da nossa parte teórica, sempre sentação simbólica é →.

33
que tivermos valores lógicos diferentes, o resultado

-4
será verdadeiro. Sabendo disso, Exemplo:

O
IR
M J Ou M ou J „ Na linguagem natural: Se estudar, então vai
M
passar;
V V F
A

„ Na linguagem simbólica: p → q.
R

V F V
E

F V V z Bicondicional (conectivo “se e somente se”): Sua


R
EI

F F F representação simbólica é ⟷.
R
IF

Resposta: Letra B. Exemplo:


N
LI

„ Na linguagem natural: Bino vai ao cinema se e


CONECTIVOS LÓGICOS
O

somente se ele receber dinheiro;


R

„ Na linguagem simbólica: p⟷q.


A

Conceito
K

z Negação: Uma proposição quando negada, recebe


LI

Os conectivos lógicos ou operadores lógicos, como


IE

valores lógicos opostos dos valores lógicos da pro-


C

também podem ser chamados, servem para ligar duas posição original. O símbolo que iremos utilizar é
A

ou mais proposições simples e formar, assim, propo- ¬p ou ~p.


R
G

sições compostas.
Temos 05 (cinco) operadores lógicos no total e cada Exemplos:
um tem sua nomenclatura e representação simbólica.
„ p: O gato é amarelo;
Veja a tabela abaixo:
„ ~p: O gato não é amarelo;
„ q: Raciocínio Lógico é difícil;
Tabela de Conectivos
„ ~q: É falso que raciocínio lógico é difícil;
MATEMÁTICA

„ r: Maria chegou tarde em casa ontem;


CONECTIVO NOMENCLATURA SÍMBOLO LEITURA „ ~r: Não é verdade que Maria chegou tarde em
e Conjunção ^ peq casa ontem.
ou Disjunção v p ou q
Dica
Disjunção
ou...ou v Ou p ou q A negação além da forma convencional, pode
exclusiva
ser escrita com as expressões a seguir:
Condicional
se...,então → Se p, então q É falso que ...
(implicação)
Não é verdade que... 105
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Agora que já fomos apresentados aos conectivos uma proposição composta pela condicional na forma
lógicos, vamos ver algumas “camuflagens” dos opera- “camuflada” dentro de uma relação de causa e conse-
dores lógicos que podem aparecer na prova. Veja: quência “ Dado que...”. Resposta: Errado.

z Conectivo “e” usando “mas” 3. (CEBRASPE-CESPE – 2018) Considere as seguintes


proposições: P: O paciente receberá alta; Q: O paciente
„ Exemplo: Jurema é atriz, mas Pedro é cantor; receberá medicação; R: O paciente receberá visitas.
Tendo como referência essas proposições, julgue o
z Conectivo “ou...ou” usando “...ou..., mas não ambos” item a seguir, considerando que a notação ~S significa
a negação da proposição S.
„ Exemplo: Baiano é corredor ou ele é nadador, A proposição ~P→[Q∨R] pode assim ser traduzida: Se
mas não ambos; o paciente receber alta, então ele não receberá medi-
cação ou não receberá visitas.
z Conectivo “Se então” usando “Desde que, Caso,
Basta, Quem, Todos, Qualquer, Toda vez que” ( ) CERTO ( ) ERRADO

„ Exemplos: P: O paciente receberá alta;


~P: O paciente não receberá alta;
Desde que faça sol, Pedrinho vai à praia; Q: O paciente receberá medicação;
Caso você estude, irá passar no concurso; R: O paciente receberá visitas.
Basta Ana comer massas, e engordará; A proposição ~P→[Q∨R] pode assim ser traduzida:
Quem joga bola é rápido; Se o paciente NÃO receber alta, então ele receberá
Todos os médicos sabem operar; medicação ou receberá visitas. Resposta: Errado.
Qualquer criança anda de bicicleta;
Toda vez que chove, não vou à praia. 4. (CEBRASPE-CESPE – 2018) Julgue o item a seguir, a
respeito de lógica proposicional.
Dica A proposição “A vigilância dos cidadãos exercida pelo

69
Estado é consequência da radicalização da sociedade
Na condicional a 1° proposição é o termo ante- civil em suas posições políticas.” pode ser corretamente

8-
cedente e a 2° é o termo consequente.

86
representada pela expressão lógica P→Q, em que P e Q
PQ são proposições simples escolhidas adequadamente.

6.
P = antecedente

9
.4
Q = consequente ( ) CERTO ( ) ERRADO

33
-4
RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES-PROBLEMA A vigilância dos cidadãos exercida pelo Estado é (ver-
O
bo de ligação) consequência da radicalização da socie-
IR
1. (CEBRASPE-CESPE – 2018) As proposições P, Q e R a dade civil em suas posições políticas. Temos apenas
M

seguir referem-se a um ilícito penal envolvendo João, um verbo e por esse motivo é uma proposição simples.
A

Carlos, Paulo e Maria:


R

Cuidado com o uso da palavra consequência em


P: “João e Carlos não são culpados”. Q: “Paulo não é
E

proposições como esta. Em determinadas situações,


R

mentiroso”. R: “Maria é inocente”. de fato, teremos uma proposição condicional, senão


EI

Considerando que ~X representa a negação da propo- vejamos:


R

sição X, julgue o item a seguir.


IF

Passar (verbo no infinitivo) é consequência de estu-


A proposição “Se Paulo é mentiroso então Maria é dar (verbo no infinitivo)
N

culpada.” pode ser representada simbolicamente por


LI

Nesse caso temos uma proposição composta pela


O

(~Q)↔(~R). condicional. Resposta: Errado.


R
A

( ) CERTO ( ) ERRADO
K

5. (CEBRASPE-CESPE – 2016) Considerando os símbo-


LI

los normalmente usados para representar os conecti-


IE

Veja que temos uma proposição condicional (se vos lógicos, julgue o item seguinte, relativos a lógica
C

então) e a representação simbólica apresentada é de proposicional e à lógica de argumentação. Nesse sen-


A

uma bicondional. Representação da condicional ().


R

tido, considere, ainda, que as proposições lógicas sim-


Resposta: Errado.
G

ples sejam representadas por letras maiúsculas.


A sentença A fiscalização federal é imprescindível
2. (CEBRASPE-CESPE – 2018) Julgue o seguinte para manter a qualidade tanto dos alimentos quanto
item, relativo à lógica proposicional e à lógica de dos medicamentos que a população consome pode
argumentação. ser representada simbolicamente por P∧Q.
A proposição “A construção de portos deveria ser
uma prioridade de governo, dado que o transporte ( ) CERTO ( ) ERRADO
de cargas por vias marítimas é uma forma bastante
econômica de escoamento de mercadorias.” Pode ser
Para ser proposição composta, haveria mais de um ver-
representada simbolicamente por P∧Q, em que P e Q
bo na frase, por isso, a frase em questão é considerada
são proposições simples adequadamente escolhidas.
uma proposição simples. Procure o verbo na oração.
A fiscalização federal é imprescindível para manter
( ) CERTO ( ) ERRADO a qualidade tanto dos alimentos quanto dos medica-
mentos que a população consome. Resposta: Certo.
A representação simbólica apresentada para julgar-
106 mos é de uma conjunção. E na questão foi apresentada
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a) R$ 43,70.
HORA DE PRATICAR! b) R$ 43,90.
c) R$ 44,00.
1. (VUNESP — 2022) A dona de uma papelaria irá doar d) R$ 44,20.
80 cadernos, 112 canetas e 144 lápis para escolas da e) R$ 44,50.
cidade. Ela irá fazer pacotes contendo esses 3 itens,
garantindo que todos os pacotes sejam iguais no 6. (VUNESP — 2022) “O Brasil é o maior produtor mundial
conteúdo, ou seja, tenham as mesmas quantidades de cana-de-açúcar e, na safra 2020/21, foi responsável
de cadernos, de canetas e de lápis. Dessa maneira, o pela produção de 654,5 milhões de toneladas [de cana
número máximo de pacotes que ela poderá fazer é de açúcar] destinadas à produção de 41,2 milhões de
toneladas de açúcar [...].”
a) 4.
b) 8. (http://www.iea.sp.gov.br/out/TerTexto.php?cod Texto=15925#:~:
c) 12. text=O%20Brasil%20%C3%A9%20o%20maior, de%20litros%20de%20
etanol1.)
d) 16.
e) 20.
A informação apresentada consta do artigo intitulado
Alta na Produção e nas Exportações de Açúcar Marca
2. (VUNESP — 2021) Em uma avenida plana, há três
a Safra 2020/21 de Cana.
faróis, A, B e C, que acendem o sinal verde simulta-
Supondo-se proporcional a relação apresentada, para
neamente às 8 horas e 20 minutos. Os faróis A, B e
a produção de 61,8 milhões de toneladas de açúcar, a
C acendem o sinal verde, respectivamente, a cada 35
quantidade de cana de açúcar, em milhões de tonela-
segundos, 40 segundos e 45 segundos. O próximo
das, que seria necessária é de, aproximadamente,
horário em que esses três faróis acenderão novamen-
te o sinal verde simultaneamente será às
a) 974.
b) 976.
a) 8 horas e 54 minutos.
c) 978.
b) 8 horas e 58 minutos.
d) 980.
c) 9 horas e 02 minutos.

69
e) 982.
d) 9 horas e 08 minutos.

8-
e) 9 horas e 14 minutos.

86
7. (VUNESP — 2022) Um grupo de 5 funcionários de

6.
uma mesma escola, todos trabalhando com a mesma
3. (VUNESP — 2021) Na garagem de um prédio, há auto-

9
eficiência e no mesmo ritmo, levaram 4 horas organi-

.4
móveis, motos e bicicletas, no total de 120 veículos.

33
1 3 zando as salas para uma feira cultural. Se mais 3 fun-
Desse total, 10 são motos, são bicicletas, e os cionários, de mesma eficiência e mesmo ritmo que os

-4
20
demais, tivessem feito parte desse grupo desde o iní-
demais são automóveis. Donúmero total de veículos
O
cio, essas mesmas salas teriam sido organizadas em
IR
dessa garagem, os automóveis correspondem à fração
M
A

2 a) 2 horas e 20 minutos.
R

a) b) 2 horas e 30 minutos.
3
E

c) 2 horas e 40 minutos.
R

3
b) d) 2 horas e 50 minutos.
EI

4
R

4 e) 3 horas.
IF

c)
5
N

5 8. (VUNESP — 2022) Soraia foi a uma loja de produtos


LI

d)
6 naturais e comprou: 50 g de orégano, a R$ 80,00 o qui-
O

lo; 120 g de açafrão, a R$ 120,00 o quilo; e 100 g de


R

7
e)
A

8 uvas-passas, a R$ 30,00 o quilo. Soraia, então, pagou


K

pela compra um valor total de


4. (VUNESP — 2021) Em uma empresa, trabalham 150
LI
IE

funcionários, dos quais 40% possuem ensino superior.


a) R$21,40.
C

Entre os outros funcionários, 90% possuem ensino


A

b) R$21,80.
médio completo, e os demais somente ensino funda-
R

c) R$ 22,40.
G

mental. Em relação ao número total de funcionários


d) R$ 22,80.
da empresa, aqueles que possuem somente o ensino
e) R$ 23,20.
fundamental correspondem a
9. (VUNESP — 2021) Uma corda tem 3 metros e 20 cen-
a) 6%.
tímetros de comprimento. Essa corda será cortada
b) 7%.
em 8 pedaços iguais. O comprimento de cada pedaço
c) 8%.
MATEMÁTICA

será de
d) 9%.
e) 10%.
a) 34 centímetros.
b) 36 centímetros.
5. (VUNESP — 2021) Um produto que custava R$ 40,00
c) 38 centímetros.
sofreu um aumento de 15%. Após o aumento, qualquer
d) 40 centímetros.
compra a dinheiro terá um desconto de 5% sobre o
novo preço. O valor a ser pago por esse produto, com-
prando a dinheiro, será de 10. (VUNESP — 2021) A soma dos pesos de todos paco-
tes no interior de um elevador é de 362,8 quilogramas.
107
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Se cada um dos pacotes pesasse 850 gramas a mais, lado do terreno correspondente ao lado BC é igual a 50
o peso total passaria a ser 395,1 quilogramas. Assim, metros, a área total do terreno AIBCD é igual a
é correto afirmar que o número total de pacotes é
a) 860 m2.
a) 38. b) 980 m2.
b) 40. c) 1 600 m2.
c) 45. d) 1 740 m2.
d) 50. e) 1 940 m2.
e) 55.
14. (VUNESP — 2022) Miguel comprou uma lata de tinta
11. (VUNESP — 2021) Em uma sala de aula, há 40 alunos, spray com 200 mL, cujo rendimento total é de 3,0 m2,
dos quais 60% falam inglês. Entre os alunos que falam e pretende usá-la para pintar a superfície circular da
inglês, 75% são meninas. Sabe-se que, nessa sala, há tampa de um poço, cujo raio mede 0,5 m. Assumindo
12 meninos que não falam inglês. Assim, o número a aproximação π = 3, depois de ter pintado a tampa do
total de meninas da sala é poço, a quantidade de tinta que ainda restará na lata
de tinta spray corresponderá a
a) 22.
b) 20. a) 75 mL.
c) 18. b) 100 mL.
d) 16. c) 125 mL.
e) 14. d) 150 mL.
e) 175 mL.
12. (VUNESP — 2022) Uma piscina tem uma capacidade
de 30 000 litros de água. O desenho a seguir ilustra a 15. (VUNESP — 2021) As dimensões internas de um
forma da piscina que em todos os vértices tem 90º. paralelepípedo reto-retân gulo são tais que a maior
dimensão é o triplo da menor dimensão e a dimensão
intermediária mede 10 cm a me nos do que a maior
dimensão. Se a face de maior área desse paralelepípe-

69
7m
do tem 231 cm² , seu volume é igual a

8-
86
a) 1617 cm³ .

6.
5m
b) 1848 cm³ .

9
.4
4m c) 2079 cm³ .

33
d) 2310 cm³ .

-4
e) 2541 cm³ .

O
IR
8m 16. (VUNESP — 2022) Os irmãos Alex, Breno e Caio, quan-
M

do saem todos juntos, seguem as seguintes regras:


A

O perímetro e a área da superfície dessa piscina, res-


R

pectivamente, são: Se Alex sai de tênis, Breno também sai de tênis;


E


R

� Alex ou Caio usam óculos escuro;


EI

a) 26 m e 33 m2. � Breno e Caio usam camisas de cores diferentes;


R

b) 26 m e 32 m2. Se Breno sai de tênis ou Caio usa óculos escuro, então


IF


c) 26 m e 34 m2. Alex usa camisa preta.
N

d) 24 m e 33 m2.
LI

e) 24 m e 32 m2.
O

Hoje esses três irmãos saíram juntos e Alex não usou


R

camisa preta, logo é correto afirmar que


A

13. (VUNESP — 2021) O polígono AIBCD da figura repre-


K

senta um terreno. ABCD é um retângulo e BIA é um


LI

a) Breno não usou óculos escuro.


triângulo retângulo em I.
IE

b) Caio ou Breno usaram camisa preta.


C

c) Alex e Breno estavam de tênis.


A

I
d) Caio não estava de tênis.
R
G

e) Alex usou óculos escuro.

B A 17. (VUNESP — 2021) Considere verdadeiras as afirmações


I, II e III.

I. Se Francisco é mecânico, então Geraldo é encanador.


II. Se Heitor é vendedor, então Geraldo não é encanador.
III. Se Heitor não é vendedor, então José é pedreiro.

Considere falsidade a afirmação a seguir.

C D IV. Se Lucas é eletricista, então José é pedreiro.

A área do terreno correspondente ao triângulo BIA é igual A partir dessas informações, é correto concluir que
a 240 m2 e a medida do lado BI é 16 m. Se a medida do
108
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a) Lucas não é eletricista. 9 GABARITO
b) Geraldo é encanador.
c) Francisco não é mecânico.
d) José é pedreiro. 1 D
e) Heitor não é vendedor.
2 C
18. (VUNESP — 2021) Considere verdadeiras as afirmações: 3 B
I, III e IV, e considere falsa a afirmação II.
4 A
I. Se Leonardo é escrevente, então Marcela é técnica 5 A
judiciária.
II. Se Natália é analista judiciária, então Olívia é oficial de 6 E
justiça.
III. Se Marcela é técnica judiciária, então Olívia é oficial de 7 B
justiça.
8 A
IV. Patrícia é juíza ou Leonardo é escrevente.
9 D
A partir dessas afirmações, é correto concluir que
10 A
a) Olívia é oficial de justiça ou Leonardo é escrevente. 11 A
b) Leonardo é escrevente e Natália é analista judiciária.
c) Patrícia é juíza ou Olívia é oficial de justiça. 12 A
d) Marcela é técnica judiciária e Patrícia é juíza.
e) Marcela é técnica judiciária e Natália é analista judiciária. 13 E

14 D
19. (VUNESP — 2022) Considere o diagrama, em que o
conjunto retangular representa os pescadores (P), o 15 A
conjunto triangular os bombeiros (B) e o conjunto cir-

69
cular os mergulhadores (M). 16 E

8-
86
17 C

6.
18 C

9
P

.4
M

33
19 C

-4
20 A
O
IR
B
M
A
R

ANOTAÇÕES
E
R
EI
R
IF

Sabendo que as regiões acinzentadas no diagrama


N
LI

indicam ausência de pessoas na região, a análise do


O

diagrama permite concluir que


R
A
K

a) não existe mergulhador que é bombeiro.


LI

b) a maioria dos mergulhadores não são bombeiros.


IE

c) todo bombeiro é pescador.


C

d) um bombeiro ou é mergulhador ou é pescador.


A
R

e) pelo menos um pescador é bombeiro e não é mergulhador.


G

20. (VUNESP — 2022) Considere que seja verdadeiro que:

� os melhores relógios são os suíços;


� o relógio de André nunca atrasa;
� os relógios que não atrasam são caros.
MATEMÁTICA

É correto deduzir logicamente, a partir dessas afirmações,


que

a) o relógio de André é caro.


b) os relógios suíços não atrasam.
c) o relógio de André é suíço.
d) os relógios suíços são mais caros.
e) o relógio de André sempre marca a hora certa.
109
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ANOTAÇÕES

69
8-
86
96.
.4
33
-4
O
IR
M
A
R
E
R
EI
R
IF
N
LI
O
R
A
K
LI
IE
C
A
R
G

110
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HISTÓRIA GERAL E HISTÓRIA DO BRASIL

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL


O IMPERIALISMO E OS ANTECEDENTES DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

O desenvolvimento industrial do século XIX levou as grandes potências mundiais a empreender a colonização
de vários territórios na África, Ásia e Oceania. Além do poder econômico, essas potências possuíam força militar
muito expressiva, já que estavam munidas de diversas inovações tecnológicas no setor bélico.
Dessa maneira, o imperialismo dominou vários povos e moldou o mundo na passagem do século XIX para o século
XX. O mapa a seguir demonstra como o mundo estava dividido entre as grandes potências no início do século XX:

69
8-
86
6.
9
.4
33
-4
O
IR
M
A
R
E
R

Fonte: Pinterest.
EI
R

A Conferência de Berlim, entre 1884 e 1885, foi convocada pelo chanceler alemão Otto Von Bismark e contou
IF

com a presença de 13 nações europeias, além dos Estados Unidos e do Império Turco-Otomano. O objetivo da
N

conferência era estabelecer regras e critérios para a anexação dos territórios africanos. A posse de um território
LI
O

era reconhecida mediante a fixação de um protetorado ou outra forma de administração sobre aquele território.
R

Vale destacar que o processo neocolonial foi caracterizado também pela grande violência empregada. Esta se deu
A

em sentido militar, sufocando qualquer iniciativa de oposição dos colonizados, assim como em sentido cultural, já que o
K

racismo, a segregação dessas populações e o esforço em aniquilar as práticas culturais nativas foram práticas europeias.
LI
IE
C

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL


A
R
G

HISTÓRIA GERAL

Francisco Ferdinando e sua esposa Sofia. Fonte: Portal G1.

Na imagem acima, observa-se o arquiduque Francisco Ferdinando acompanhado de sua esposa Sofia. No dia
28 de junho de 1914, o herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro foi à Sarajevo para uma solenidade. Um gru-
po de nacionalistas sérvios e bósnios assassinou o futuro imperador. Com isso, um jogo de alianças foi formado: 111
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acusada de envolvimento, a Rússia defendeu a Sérvia alumínio, carvão mineral e petróleo servir à recons-
contra Alemanha, Áustria-Hungria e Itália, ganhando trução industrial. Além dos empréstimos, os EUA
o reforço da Entente, formada com França e Inglater- viram o crescimento do nível de consumo de sua
ra. Tinha início a Primeira Guerra Mundial. população, o que deu força inclusive a países agroex-
As causas para a guerra vinham amadurecendo portadores, como era o Brasil naquela ocasião.
desde o século XIX. A emergência da Alemanha como Esse grande boom econômico levou a um grande
potência após sua unificação e tomada de territórios da otimismo por parte de investidores que passaram
França levou a um forte sentimento de revanche entre a hipotecar casas e outros bens na bolsa de valores
os franceses. Logo que a Alemanha formou a Tríplice esperando que eles rendessem cada vez mais. Esse
Aliança, a França correu para formar a Tríplice Entente. processo ao longo do tempo gerou uma bolha de espe-
A expansão do nacionalismo em meio às diver- culação, na qual muita gente estava colocando seus
gências étnicas e a expansão do neocolonialismo bens na oferta, mas não havia demanda.
Foi, então, em outubro de 1929 que a crise explodiu,
promovida sobre territórios na Ásia e na África con-
pois todos bens sofreram uma desvalorização profun-
duziram a Europa ao conflito em 1914. Vale o desta-
da. Ocorreu então um “efeito dominó” em que o setor
que para o fato de que a Itália abandonou a Tríplice
financeiro produziu uma crise econômica generaliza-
Aliança e se juntou à Entente no ano seguinte.
da afetando a produção, a renda nacional, o emprego,
A primeira fase da guerra foi conhecida Guerra de o empréstimo e, inclusive, o comércio externo, que viu
Movimento, quando a Alemanha avançou sobre territó- perder dois terços de sua atividade anterior.
rios franceses e sobre a região dos Balcãs no Leste Euro- Como resposta à crise de 1929, o governo de
peu. No entanto, o que realmente marcou a guerra foi sua Franklin D. Roosevelt, eleito em 1933, lançou o new
segunda fase, chamada de Guerra de Posição ou Guer- deal. Sua estratégia era romper com a doutrina libe-
ra de Trincheiras, entre 1915 e início de 1918, sem que ral de não intervenção na economia. Sendo assim: o
nenhum bloco tivesse conseguido avançar de maneira setor financeiro passou a sofrer com maior regulação,
considerável. O uso de novas armas, produzidas em rit- os sindicatos foram base para negociações de conflitos
mo industrial, e a presença de aviões e tanques, levou a de classe e obras públicas foram espalhadas por todo
uma grande mortalidade, estimada em 17 milhões de pes- o país para a retomada do emprego. No entanto, a
soas (soldados e civis) ao longo de toda a guerra. recuperação da chamada Grande Depressão só seria
Em 1917, a Tríplice Entente perdeu a Rússia, que saiu consolidada após a Segunda Guerra Mundial.

69
da guerra após a Revolução Bolchevique de outubro. No Na imagem a seguir pode ser visto a crítica feita ao slo-

8-
entanto, ganhou apoio militar, além de econômico, dos gan “O mais alto padrão de vida: não há vida igual à vida

86
Estados Unidos. A guerra chegou ao fim em 1918, com a americana”, pois o índice de desemprego era muito alto.

6.
vitória da Tríplice Entente e derrota da Tríplice Aliança.

9
.4
33
Consequências da Primeira Guerra Mundial

-4
O
Em 1919, o Tratado de Versalhes penalizou a Ale- IR
manha com a perda de território e de exército e obriga-
M

da a pagar uma grande indenização aos vencedores. O


A

Império Austro-Húngaro foi dissolvido, assim como o


R

Império Turco-Otomano.
E
R

Além disso, a Liga das Nações foi criada para estrei-


EI

tar a diplomacia entre as nações europeias. Como a Histó-


R

ria comprovaria 20 anos depois, o Tratado de Versalhes e


IF

a Liga das Nações não só fracassaram em pôr fim às hos-


N

Desempregados em frente a uma propaganda que diz: “O mais alto


LI

tilidades, como deram força ao revanchismo e à continui- padrão de vida: não há vida igual à vida americana”.
O

dade da disputa imperialista.


R
A

Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d7/
K

American_way_of_life.jpg
LI
IE

O NAZIFASCISMO E A SEGUNDA O período entre guerras também foi marcado pela


C

ascensão dos regimes fascistas. Em geral, eles prometiam


A

GUERRA MUNDIAL um retorno a um passado idealizado e grandioso pelo qual


R
G

seu povo tinha passado. Para isso, a sociedade deveria ser


O PERÍODO ENTRE GUERRAS: AS DEMOCRACIAS militarizada, o Estado comandado por um partido único,
LIBERAIS E OS REGIMES AUTORITÁRIOS sem pluralidade política e ideológica, além do componen-
te racista e preconceituoso que atingia diversos grupos: os
Período entre guerras é como é conhecido o perío- judeus, os ciganos, os negros, os homossexuais etc.
do entre o fim da Primeira Guerra Mundial em 1918 Os regimes que se destacam nesse sentido são:
e início da Segunda Guerra Mundial em 1939. Com
a Europa devastada, os Estados Unidos apareceram
Fascismo na Itália
com empréstimos que os auxiliaram a se reconstruir.
O modelo de vida americano, ou american way of life,
passou a ser admirado por aquele mundo europeu em Benito Mussolini era um antigo militante socialis-
ruínas. Os Estados Unidos, com isso, acabaram se con- ta que rompeu com a esquerda quando se opuseram à
solidando como a principal potência mundial. entrada de seu país na guerra. O revanchismo não foi um
Como a Europa estava necessitando retomar sua fator aproveitado como em outros países, já que a Itália
indústria, abriu-se uma grande oportunidade para a foi uma das vitoriosas na guerra. Porém, a frustração em
industrialização de setores que forneciam aço, ferro, não receber compensações territoriais após a vitória e a
112 grave crise econômica enfrentada pelo país fizeram com
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
que desempregados, estudantes, classe média, militares e
proprietários de terra aderissem à ideologia fascista, que
prometia o retorno ao suposto “passado glorioso italiano”
a partir da obediência a Mussolini, combate aos adeptos
da esquerda e controle do Estado sobre as relações de
classe. Esse último ponto fez com que o fascismo ganhas-
se a simpatia da burguesia. Após a bem sucedida Marcha
sobre Roma em 1922, o rei Vitor Emanuel III nomeou
Mussolini primeiro-ministro. Aos poucos ele concentrou
poderes ditatoriais, aboliu sindicatos e partidos políticos,
pôs fim ao poder legislativo e submeteu o poder judiciá-
rio ao seu governo.

Hitler diante das SS, milícia que substituiu as SA após 1934.

Fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/
um-lider-propagandista-como-adolf-hitler-enganou-toda-uma-nacao.
phtml

A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

A Segunda Guerra Mundial teve entre suas causas a


tensão entre os imperialismos europeus, vitoriosos e der-
rotados, ao fim do primeiro conflito. O acordo de paz de
Versalhes, mais do que estabelecer novas relações diplo-
máticas, procurou culpar a Alemanha pelo conflito. Isso
Mussolini durante a Marcha sobre Roma. fez com que persistisse aquele sentimento de revanchis-
mo entre as nações, em especial, entre alemães e france-

69
Fonte: http://herdeirodeaecio.blogspot.com/2017/10/a-marcha- ses. Nesse sentido, a Liga das Nações nasceu quase que

8-
sobre-roma.html fadada ao fracasso em garantir a paz. No Oriente, o Japão

86
começou a guerra de colonização da China em 1931. Esse
Nazismo na Alemanha

6.
conflito acabou se somando à Segunda Guerra.

9
Outro importante fator é o impacto da Revolução

.4
Os alemães foram tratados como os grandes cul- Bolchevique de 1917. Com a vitória dos comunistas, o

33
pados pela Primeira Grande Guerra, o que acarretou restante dos países europeus temeu que a revolução se

-4
grandes perdas territoriais, militares, além dos custos espalhasse naquele contexto de crise. Para evitar que isso

O
das indenizações ficassem sob sua responsabilidade. acontecesse, parte da burguesia europeia aderiu a movi-
IR
mentos radicalmente anticomunistas como no caso da
Nesse contexto, surgiu o Partido Nacional Socialista
M
Alemanha e da Itália. Outras nações viam o nazifascismo
dos Trabalhadores Alemães, que teve como importan-
A

como um “mal menor” diante da “ameaça comunista”,


R

te porta-voz um cabo da Primeira Guerra chamado de modo que foram complacentes com o militarismo e o
E

Adolf Hitler. Em 1923, no auge do colapso econômico expansionismo dos países que formaram o Eixo.
R

alemão, ele tentou promover em Munique uma Mar- A expansão territorial empenhada pela Alemanha
EI

cha sobre Berlim. Preso e solto quase dois anos depois, fazia parte da formação daquilo que os nazistas cha-
R
IF

tomou a liderança do partido e divulgou suas ideias mavam de “espaço vital”, região que deveria abrigar
os arianos. A prosperidade dos alemães seria garantida
N

por meio de sua obra Mein Kampf (Minha Luta),


LI

em que defendia que o “passado glorioso alemão” foi por meio da exploração dos povos vistos como “sub-hu-
O

perdido graças à conspiração judaica e marxista que manos” e como “inferiores”, como os eslavos e judeus.
R

Em 1938, os alemães anexam a Áustria em um even-


A

dominava a República de Weimar (governo alemão).


to conhecido como Anschluss. Depois, os alemães se
K

Eleição em eleição, o Partido Nazista foi ganhando voltaram para dominar a Tchecoslováquia, dominando
LI

cadeiras, na medida em que sua milícia, as SA, atuava os Sudetos e integrando a minoria alemã ao território do
IE

perseguindo opositores políticos. Com a crise de 1929 Reich. Durante a Conferência de Munique, ingleses e
C
A

e declínio da recuperação econômica alemã, o discur- franceses cederam às pressões alemãs e permitiram que
R

so extremista ganhou força, até que em janeiro de os alemães invadissem o território da Tchecoslováquia
G

1933 Hitler foi nomeado Chanceler. Por meio de sabo- para evitar que uma guerra fosse iniciada. No entanto,
tagens e perseguições, ele acumulou mais poderes, houve a contrapartida que aquela seria a última ofen-
até que, com a morte do presidente Hindenburg, ele siva alemã. Essa estratégia adotada por ingleses e fran-
assumiu o comando absoluto do país, sendo chamado ceses era conhecida como política de apaziguamento.
Para ganhar tempo, Hitler conseguiu assinar o
de führer (líder).
Pacto de Não Agressão com a União Soviética em agos-
HISTÓRIA GERAL

to de 1939. Em setembro, a Polônia foi invadida. Ingla-


terra e França cumpriram a promessa de garantir a
Importante! integridade da Polônia e declararam guerra à Alema-
nha. Tinha início a Segunda Guerra Mundial.
O regime ditatorial Nazista promoveu a persegui-
ção de judeus, ciganos, eslavos, homossexuais,
testemunhas de jeová e comunistas.

Na imagem vemos Hitler discursando diante da SS,


milícia que substituiu as AS: 113
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z 1944-1945: avanço e vitória dos aliados. Ingla-
terra e EUA invadiram a Normandia na França e
reconquistam o país. A URSS lançou a Operação
Bagration, expulsou os alemães de seus territórios
e partiu rumo a derrubada do Reich. Os EUA con-
seguem avançar sobre os domínios japoneses.

Chamberlain (Inglaterra), Daladier (França), Hilter (Alemanha) e


Mussolini (Itália) na Conferência de Munique.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/guerras/os-preparativos-
segunda-guerra-mundial.htm

As fases da guerra podem ser divididas em três:

z 1939-1941: avanço do Eixo (Alemanha-Itália-Japão),


conquistando novos territórios. A Alemanha con- Soldado soviético colocando a bandeira da URSS no Reichstag.
quistou França, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo a
oeste e começou sua expansão a leste, que ganharia Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Bandeira_da_vit%C3%B3ria
impulso com o início da Operação Barbarossa para
invadir a União Soviética. O Japão conquistou áreas

69
do sudoeste asiático e a Itália tomou áreas na África. O fim da Segunda Guerra ocorreu primeiro na
Europa. Mussolini foi morto em 28 de abril de 1945.

8-
86
Dois dias depois, Hitler se suicidou em seu bunker na

6.
Chancelaria do Reich em Berlim, quando os soviéticos já

9
tomavam a cidade. A rendição alemã ocorreu em 8 de

.4
maio.

33
No Oriente, a guerra se arrastou até agosto. Os ataques

-4
com bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki junto à
O
entrada da União Soviética na luta contra o Japão, fez com
IR
que declarasse o fim das hostilidades em 14 de agosto. A
M

rendição oficial foi assinada em 2 de setembro de 1945.


A
R

A Segunda Guerra Mundial deixou cerca de 60


E

Hitler em Paris. milhões de mortos, sendo o conflito mais letal em toda


R

história. Os crimes contra a humanidade cometidos


EI

Fonte: http://memorialdademocracia.com.br/card/tropas-nazistas- pelos nazistas nos campos de concentração foram


R
IF

desfilam-em-paris
julgados pelo Tribunal de Nuremberg em 1946, com
N

alguns condenados à pena de morte, outros à prisão


LI

z 1942-1943: equilíbrio entre as forças aliadas (URSS-In- perpetua e também os que tiveram a pena com direito
O

glaterra-EUA) e as forças do Eixo. Os EUA entraram na à liberdade depois de cumprida. Em 1948, foi criada
R

guerra após o ataque japonês a Pearl Harbor. A URSS


A

a Organização das Nações Unidas para reformar a


K

conseguiu reagir ao avanço alemão em seu território diplomacia mundial e manejar a paz mundial.
LI

e passou a equilibrar o conflito, destaque para a Bata-


IE

lha de Moscou e a Batalha de Stalingrado. A Alemanha


C

toma territórios de antigos aliados seus para formar


A

estados fantoches e garantir sua força.


R

A GUERRA FRIA
G

A FASE DO PÓS-GUERRA E A GUERRA FRIA

Quando os Estados Unidos lançaram as bombas atô-


micas sobre Hiroshima e Nagasaki, além de terem posto
um fim à Segunda Guerra, mostraram o tamanho de sua
força bélica, em especial, à União Soviética, a outra super-
potência que emergia dos escombros do conflito. Durante
a Conferência de Yalta e a Conferência de Potsdam, em
1945, as duas começaram a desenhar seu campo de força
em torno das negociações de paz. Como diria o primeiro-
Ataque japonês a Pearl Harbor. -ministro inglês Winston Churchill, formara-se uma “cor-
tina de ferro” sobre a Europa, que dividia o lado oriental
Fonte: https://br.sputniknews.com/asia_oceania/201612287302853- comunista, do lado ocidental capitalista. Como também
114 pearl-harbor-inimigo-derrotado-aliado/ ficou claro com a divisão da Alemanha.
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69
8-
86
Fonte: http://bibliotecadigital.sedis.ufrn.br/interativos/eopolítica/pgs/box-figura13.html

9 6.
.4
Empenhadas em manter as áreas de influência que haviam conquistado e em adquirir outras, as disputas

33
entre as duas superpotências geraram blocos de cooperação econômica: o Conselho de Assistência Mútua

-4
(COMECOM) foi fundado pelo governo soviético para ajudar os países de orientação comunista, enquanto os
Estados Unidos operaram o Plano Marshall, com o objetivo de reconstruir os países do ocidente europeu e o
O
IR
Japão destruídos pela guerra. Também houve a fundação de dois blocos de cooperação militar: a Organização
M
do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) tinha como objetivo impedir a expansão do comunismo pela Europa,
A

enquanto o Pacto de Varsóvia formou uma aliança militar entre os países alinhados à URSS.
R

Em alguns momentos, a Guerra Fria resultou em confrontos em regiões pretendidas pelas duas superpotên-
E

cias. Destacam-se a Guerra da Coreia, travada entre 1950 e 1953, quando a Coreia do Norte comunista tentou,
R
EI

sem sucesso, invadir e unificar a Coreia do Sul capitalista, e a Guerra do Vietnã, travada entre 1964 e 1974, quan-
R

do os EUA interviram para evitar que o Vietnã do Sul fosse integrado ao Vietnã do Norte, mas fracassou.
IF
N

A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL


LI
O
R

Quanto ao Brasil, a Segunda Guerra contaria com uma participação brasileira bem mais ativa e significativa do que
A

teve na Primeira Guerra. No início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, o governo de Vargas ensaiou uma neutralidade
K

para negociar tanto com os Aliados quanto com o Eixo, conseguindo financiamento dos Estados Unidos para a constru-
LI

ção da usina siderúrgica de Volta Redonda e trocas comerciais com a Alemanha. Apesar da neutralidade de Getúlio, que
IE

esperava o desenrolar do conflito para determinar apoio ao provável vencedor, em seu governo havia grupos divididos
C
A

e definidos sobre quem apoiar: Oswaldo Aranha, que era ministro das Relações Exteriores, era favorável aos Estados
R

Unidos, enquanto os generais Gaspar Dutra e Góis Monteiro eram favoráveis ao nazismo.
G

HISTÓRIA GERAL

Emblema utilizado pela Força Expedicionária Brasileira durante a Segunda Guerra Mundial.

Fonte: Wikimedia Commons. 115


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Em 2018, as negociações entre os países fundado-
GLOBALIZAÇÃO E AS POLÍTICAS res totalizaram US$ 44 bi, valor equivalente a quase
NEOLIBERAIS dez vezes as trocas comerciais realizadas em 1991,
ano em que o bloco foi oficializado.
GLOBALIZAÇÃO
União Europeia
Blocos Econômicos
Foi efetivada em 1992, por meio da assinatura do
No mundo globalizado, os blocos econômicos con- Tratado de Maastricht, e é formada por vinte e sete
solidaram-se como organismos supranacionais que países europeus. É o maior bloco do mundo em núme-
seriam responsáveis por conduzir as relações econô- ro de membros, volume de vendas e PIB.
micas e comerciais na Nova Ordem Mundial. Seu processo de formação teve início ainda nos
Porém, o processo de surgimento de vários blocos anos 1940, logo após o término da Segunda Guerra
econômicos deu-se pouco após o término da Segunda Mundial, quando se formou o Benelux, formado ape-
Guerra Mundial; nos anos 1990, os blocos multiplica- nas por Bélgica, Holanda e Luxemburgo. Assim, o
ram-se pelo mundo. bloco passou por várias etapas de integração e assina-
Podemos conceituar bloco econômico como uma turas de acordos até chegar no estágio atual.
forma de união entre países de uma mesma região A União Europeia passou por uma grave crise no
ou não, visando fomentar o crescimento de suas eco- ano de 2010, provocada por um descontrole nas con-
nomias e estabelecer políticas de integração a fim de tas públicas de alguns de seus membros, com desta-
formar um mercado regional comum, estabelecendo que para a situação caótica dos gregos.
facilidades tarifárias entre seus membros. Recentemente, passou pela turbulenta saída de um
As associações de blocos econômicos podem possuir de seus principais membros, a Grã-Bretanha. O Brexit
várias estruturas organizacionais. Um exemplo é a União (nome dado ao processo de saída da Grã-Bretanha) teve
Aduaneira, na qual ocorre a redução parcial ou total início em 2016 e só se finalizou em 2020, ficando, porém,
dos impostos nas relações comerciais entre os membros com decisões e impasses a serem ainda resolvidos.
do bloco. Também existem as zonas de livre comércio,

69
quando ocorre entre os países membros o comércio com USMCA

8-
a eliminação total de tarifas entre os seus membros.

86
Outra forma de organização de bloco econômico Esse novo acordo entre os três países da América
do Norte foi criado em 2018 em substituição ao Acor-

6.
é o Mercado Comum, no qual os países membros

9
do de Livre Comércio da América do Norte (na sigla

.4
usufruem de políticas igualitárias acerca da livre cir-
em inglês, NAFTA). A proposta feita pelos Estados Uni-

33
culação de pessoas, capitais e mercadorias, e tarifas
dos (principal economia do bloco) demorou a ser acei-

-4
externas diferenciadas para membros do bloco. ta pelos outros membros (Canadá e México).
A Zona de Preferência Tarifária é uma modalidade
O
Esse bloco caracteriza-se como área de livre
de bloco econômico na qual as tarifas alfandegárias entre
IR
comércio, com destaque para a produção automobi-
M
os países membros são fixadas de acordo com estratégias lística, eletrônicos e algumas atividades do setor pri-
A

específicas. Por último, existe também a União Econômi- mário, como o mercado lácteo do Canadá.
R

ca e Monetária ou União Política e Monetária, na qual


E

os países membros adotam uma moeda única, ocorrendo


R

Outros Blocos
EI

também a implantação de um organismo supranacional


R

para as questões políticas de forma permanente. Com menor expressividade, pode-se destacar,a
IF

Veja a seguir quais são os principais blocos econô- Ásia, a Associação de Nações do Sudeste Asiático
N

micos do mundo: (ASEAN). Há, ainda, a Aliança do Transpacífico, tam-


LI

bém asiática, mas com a presença de países de outros


O
R

Mercosul continentes, que acabou reformulada e transforma-


A

da em Parceria Econômica Regional Abrangente


K

O Mercado Comum do Sul é considerado o princi- (na sigla em inglês, RCEP), tornando-se o maior bloco
LI

pal bloco econômico do hemisfério sul. Foi fundado comercial do mundo, tendo vista que a China está nele.
IE

em 1991 através da assinatura do Tratado de Assun- Na África, temos a Comunidade para o Desenvolvi-
C
A

ção, e tem como seus principais membros (signatários mento da África Austral (SADC); na América do Sul temos
R

– fundadores) Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. a Comunidade Andina, formada por países andinos.
G

Posteriormente, ocorreu a entrada da Venezuela; É importante também destacar a formação da asso-


outros países estão na condição de membros associa- ciação comercial dos países emergentes da economia
dos (são países que tem vantagens comerciais, mas mundial, no início deste século, denominada BRICS: Bra-
não as mesmas vantagens que os membros signatá- sil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que estabeleceram
rios, estabelecidas com a assinatura de acordos para importantes parcerias comerciais por vários anos. Porém,
estimular suas economias e trocas comerciais) como nos últimos anos, as relações têm se enfraquecido.
Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana e Suriname.
Existem também os membros observadores (países CONSEQUÊNCIAS DA GLOBALIZAÇÃO
que podem acompanhar as reuniões do bloco, o anda-
mento das negociações, mas não têm direito de voto): O processo de globalização tem como uma de suas
México e Nova Zelândia. Em 1994, o bloco passou por principais características o processo de integração em
uma reestruturação e deixou de ser um mercado comum, vários setores ou campos da sociedade, como cultura,
passando a ser uma União Aduaneira, com o estabeleci- economia, política, finanças e questões territoriais.
mento de uma Tarifa Externa Comum (TEC) que deter- Esse conjunto de mudanças em diversos setores da
mina os valores das tarifas cobradas nas importações e sociedade veio acompanhado de consequências nega-
116 exportações dos países intra bloco e extra bloco. tivas e positivas:
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Aspectos positivos: Um exemplo de bloco econômico de união adua-
neira é o Mercosul.
„ Evolução dos meios tecnológicos;
„ Maior difusão da ciência e do conhecimento; Área de Livre Comércio
„ Maiores fluxos comerciais;
„ Expansão das multinacionais; As Áreas de Livre Comércio avançam nas medi-
„ Maior circulação de pessoas e capitais; das de protecionismo comercial dos países-membros,
„ Desenvolvimento nos setores de transportes e criando isenções tarifárias para produtos estratégi-
telecomunicações; cos. Assim, esses bens passam a ser comercializados
„ Maior desenvolvimento tecnológico; como produtos nacionais, não como bens importados.
„ Mercados mais competitivos; Nesse tipo de acordo, os produtos são isentos de
„ Encontro entre diferentes culturas. taxas para circulação dentro do bloco, mas os paí-
ses-membros ainda têm autonomia para criar taxas
z Aspectos negativos: externas diferenciadas para países que estão fora do
bloco, viabilizando a integração regional entre eles,
„ Aumento da desigualdade entre ricos e pobres; sem influenciar suas políticas alfandegárias externas.
„ Enfraquecimento de culturas locais em detri- Um dos exemplos de bloco econômico de Área
mento de uma cultura global; De Livre Comércio é o United States-Mexico-Canada
„ Crises econômicas em proporções mundiais; Agreement (USMCA), firmado em 2018 para dar conti-
„ Aumento do desemprego por conta dos avan- nuidade à manutenção do NAFTA.
ços tecnológicos;
„ Exploração da mão de obra e da matéria-prima União Política, Econômica e Monetária
em países mais pobres;
„ Redução dos investimentos em países com Conserva as características dos demais blocos eco-
menores níveis de desenvolvimento; nômicos, indo além em sua integração, cujas caracte-
„ Criação de monopólios em países pequenos por rísticas incluem a adoção de uma moeda comum para
conta da entrada de multinacionais. todos os países-membros e a organização supranacio-

69
nal permanente, com representantes de todos os paí-
ses membros.

8-
ETAPAS DA INTEGRAÇÃO ECONÔMICA

86
Assim, além da livre circulação de produtos, do
estabelecimento de um mercado comum e da livre

6.
As etapas de integração econômica dizem respeito

9
à estruturação em que os blocos econômicos se encon- circulação de pessoas, a União Econômica, Política e

.4
Monetária estabelece a abordagem de políticas econô-

33
tram; são adotadas como critérios para classificação.
A seguir, listarem as etapas do menor para o maior micas comuns para todo o bloco.

-4
nível de integração econômica. Um exemplo de União Econômica, Política e Mone-

O
tária é a União Europeia, considerado o bloco econô-
IR
Zona de Preferência Tarifária mico de maior integração do mundo.
M
A
R

Nessa modalidade de bloco, as tarifas alfandegá- POLÍTICAS NEOLIBERAIS: BRASIL NA


E

rias entre os produtos dos países-membros são fixa- GLOBALIZAÇÃO


R

das de acordo com estratégias específicas que sejam


EI

vantajosas para as economias regionais. Na década de 1990, o governo Collor promoveu o


R
IF

Assim, os países que pertencem ao bloco terão vanta- processo acelerado de abertura econômica, e a situa-
ção gerou o aumento das importações. As empresas
N

gens na importação e exportação de produtos intra bloco.


LI

Um exemplo de bloco econômico de Zona De Pre- estatais foram privatizadas e houve redução da parti-
O

ferência Tarifária é a Associação Latino Americana cipação do Estado na tomada de decisões; foram reali-
R

de Integração (ALADI), que possui treze países mem- zadas reduções de subsídios e mudanças na estrutura
A
K

bros, incluindo o Brasil. industrial do país.


LI

Esse cenário, que estimulava a competitividade,


IE

Mercado Comum não proporcionou a pequenas e médias empresas o


C

suporte financeiro e técnico para suportar e se ade-


A
R

Nessa etapa, a liberdade de circulação não se restrin- quar a essas mudanças; como consequência dessa
G

ge apenas a produtos, mas se estende a outros agentes situação, muitas empresas foram fechadas.
do mercado, como serviços, capital e pessoas. O estabe- Essa dificuldade, presente no cenário econômico
lecimento de um Mercado Comum visa diminuir (suces- dos anos 1990, permanece até os dias atuais: os peque-
sivamente, por meio de políticas), as barreiras físicas, nos e médios empresários não conseguem realizar
técnicas e fiscais entre seus países-membros, possibili- grandes investimentos em tecnologia, já que o crédito
tando o fortalecimento regional e integral entre eles.
HISTÓRIA GERAL

concedido para que os investimentos ocorram depen-


Um exemplo de Mercado Comum é a União Europeia. de ainda da autorização burocrática e do resguardo
do Estado; assim, o processo acaba emperrando.
União Aduaneira Com essa forma de conduzir sua economia, o Bra-
sil acabou implementando políticas econômicas neoli-
Na União Aduaneira, são fixadas as mesmas taxas berais que se tornaram políticas de Estado.
de importação e exportação para qualquer país do No início dos anos 2000, o país passou por um perío-
grupo. Isso significa que um país externo compra e do de crescimento econômico, com destaque para a polí-
vende produtos para os países de uma União Adua- tica de exportações de bens primários (commodities).
neira como se eles fossem (ao menos para fins comer- O incentivo ao consumo do mercado interno criou
ciais) um mesmo país. condições que facilitaram o crédito; essas políticas 117
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
econômicas proporcionaram índices de crescimento Porém, em 2020, ano atípico por conta da pande-
do PIB em torno de 6% ao ano. mia do novo coronavírus, as projeções para a econo-
Assim, o Brasil entrou no seleto grupo das maio- mia do Brasil e de várias nações do mundo não são
res economias do mundo, chegando a ser classificado muito animadoras. De acordo com as projeções do
como um emergente e promissor membro da econo- Fundo Monetário Internacional (FMI), nosso país deve
mia mundial. O país começou a integrar o grupo BRIC, sofrer uma retração no seu PIB em torno de 5,8%.
composto por países com economias emergentes do
mundo no período: Brasil, Rússia, Índia e China. Em
2011, o grupo passou a contar também com a África
do Sul, mudando seu nome para BRICS. A REVOLUÇÃO DE 1930 E A ERA
O crescimento econômico do início do século não
ocorreu na década seguinte, o Brasil passou por um VARGAS
processo de desaceleração econômica e seu PIB sofreu
quedas constantes. REVOLUÇÃO DE 1930: CRISES POLÍTICAS
Os anos mais críticos, de maior recessão, foram entre
2014 e 2017, o que pode ser observado na tabela a seguir: Embora tenha encontrado alguns pontos de esta-
bilidade, a Primeira República passou por diversos
momentos críticos. Em 1904, eclodiu, no Rio de Janeiro,
RESULTADOS DO PIB BRASILEIRO a Revolta da Vacina. No contexto da Reforma Urbana
SEGUNDO O IBGE do prefeito Pereira Passos, a proposta de saneamento
do secretário Oswaldo Cruz previa a vacinação obriga-
ANO PIB tória contra a varíola e a limpeza e desinfecção obri-
gatória das casas por conta da peste bubônica. Quem
2010 7,5% não aceitasse tais condições era obrigado a pagar mul-
ta, ficava proibido de assumir emprego público ou pri-
2011 4,0% vado, não podia realizar matrícula em escolas nem se
hospedar em hotéis. A lei foi vista como um “despotis-
2012 1,9% mo sanitário”, incomodando as classes mais privilegia-

69
das, por conta da interferência na liberdade individual

8-
2013 3% e propriedade, e as classes mais pobres, pela violação

86
da “honra” e dos valores da casa e da família.

6.
2014 0,5%

9
.4
33
2015 -3,5%

-4
2016 -3,3%
O
IR
M
2017 1,1%
A
R

2018 2,2%
E
R
EI

2019 3,5%
R
IF

Fonte: IBGE.
N
LI
O

A balança comercial (saldo entre importações e expor-


R

tações) brasileira vem, desde 2017, operando de forma Charge de Leônidas Freire, em 1904, ironizando o “despotismo” do
A

secretário Oswaldo Cruz.


K

positiva e apresentando superávits (as exportações estão


ocorrendo em maior volume que as importações – em resu- Fonte: Wikimedia Commons.
LI
IE

mo, o país está vendendo mais do que está comprando).


Em 1910, durante o governo Hermes da Fonseca,
C

A eleição do presidente Jair Bolsonaro trouxe


A

mudanças nas políticas externas. O Brasil voltou a ter eclodiu a Revolta da Chibata, quando marinheiros,
R

maior aproximação com os Estados Unidos, governa- liderados por João Cândido, exigiram o fim de casti-
G

do pelo agora ex-presidente Donald Trump. gos físicos na Marinha. Derrotados na Ilha das Cobras,
Foi adotada uma política econômica mais liberal, os 250 sobreviventes foram fuzilados ou enviados ao
com reduzida participação do Estado, defendida pelo trabalho forçados nos seringais da Amazônia, onde
Ministro da Economia Paulo Guedes. Estava na pauta muitos morreram de malária.
econômica uma série de privatizações em vários seto- Quatro anos depois, Hermes da Fonseca intervi-
res, porém, por enquanto, essa desburocratização e ria no Ceará. A Política das Salvações imposta por ele
menor participação do Estado Brasileiro nas questões tirou do poder a família Accioly no Ceará. Com sua
econômicas, propostas pelo Ministro, não ocorreram. popularidade, Padre Cícero convenceu os populares a
No cenário internacional, o Brasil possui como pegarem em armas contra a intervenção. Os Accioly
seus três maiores parceiros comerciais a China, os acabaram retomando o poder. Esse movimento foi
Estados Unidos e a Argentina. A Guerra Comercial que conhecido como Revolta de Juazeiro.
aconteceu entre Estados Unidos e China proporcionou Já em Santa Catarina, ocorreu a Guerra do Contes-
pontos positivos para o Brasil em determinados seto- tado, entre 1912 e 1916, conflito de cunho religioso.
res, promovendo um maior rendimento nas expor- O governo Venceslau Brás coincidiu com a Pri-
tações brasileiras para a China, com destaque para o
meira Guerra Mundial entre 1914 e 1918: o Brasil
118 agronegócio (em especial, a soja).
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
manteve-se neutro até outubro de 1917, quando a da Academia Brasileira de Letras, realizou exposições
Marinha Alemã afundou um navio mercante brasilei- que visavam criticar o “passadismo” e propor expres-
ro. A participação brasileira restringiu-se ao envio de sões estéticas inovadoras. Destacaram-se nesse movi-
uma equipe médica e de uma frente da Marinha para mento Tarsila do Amaral, Manuel Bandeira, Heitor
a patrulha da costa norte-africana. Villa-Lobos e Anita Malfatti.

Wenceslau Braz assinando a Declaração de Guerra ao Império


Alemão.
Fonte: Brasil Escola.

Artur Bernardes, presidente entre 1922 e 1926,


começou e terminou seu governo sob estado de sítio.
Durante seu mandato, destacou-se o Movimento
Tenentista, primeiro com os “18 do Forte de Copaca-

69
bana” em julho de 1922.

8-
Entre 1924 e 1926, a Coluna Prestes, sob a liderança

86
de Miguel Costa, Luís Carlos Prestes e Juarez Távora,

6.
pretendia movimentar o país, guiada pelo sentimen- “Abaporu”, obra de Tarsila do Amaral, de 1928.

9
to patriótico de libertar as massas da dominação dos

.4
Fonte: Wikimedia Commons.
coronéis.

33
-4
Washington Luís, que governou entre 1926 e 1930,
não se deu conta da frágil relação entre as oligarquias
O
IR
mais poderosas, em especial São Paulo e Minas Gerais,
M
indicando o também paulista Júlio Prestes para sua
A

sucessão, e não Antônio Carlos de Andrada, de Minas


R

Gerais. Os mineiros romperam com ele e apoiaram


E

a Aliança Liberal, encabeçada por Getúlio Vargas e


R
EI

João Pessoa, contra Júlio Prestes. A máquina política


R

dominada pelos paulistas levou a melhor sobre a ino-


IF

vadora e reformista campanha da Aliança Liberal nas


N

eleições de maio de 1930.


LI

A indignação dos derrotados e as acusações de


O
R

fraude eleitoral foram incorporadas pelas oligarquias


A

Coluna Prestes. contrárias a São Paulo, pelo Exército, pelo movimento


K

Fonte: Wikimedia Commons. operário e pelas classes médias. O assassinato de João


LI

Pessoa, em 26 de julho de 1930, indignou a opinião


IE

A insatisfação tinha entre seus atores: classe média pública, que acusava motivações políticas por trás do
C
A

(descontente com a inflação), intelectuais (que viam crime.


R

o coronelismo como uma “pedra no caminho” para o No início de outubro, Minas, Rio Grande do Sul,
G

Brasil tornar-se civilizado), empresários (ligados aos Pernambuco e Paraíba mobilizaram tropas até as
setores têxteis e alimentícios que exigiam uma políti- fronteiras de São Paulo. Com a iminência de uma
ca de industrialização para o país), operários (comba- guerra civil, uma junta militar depôs Washington Luís
tivos e organizados em torno do Partido Comunista, em 24 de outubro de 1930.
fundado em 1922) e oficiais do exército (defendendo
HISTÓRIA GERAL

um Estado forte, autoritário e intervencionista para O BRASIL NA ERA VARGAS


a modernização do país). A dissidência veio até mes-
mo de São Paulo, com a fundação em 1926 do Partido Em 31 de outubro, Getúlio Vargas chegou ao Rio de
Democrático (PD), que pretendia questionar o conser- Janeiro na condição de líder da Revolução, aclamado
vadorismo do Partido Republicano Paulista (PRP). pelos tenentes e pela multidão. Em 3 de novembro de
Em 1922, ocorreu a Semana de Arte Moderna. 1930, iniciava-se o governo provisório (1930-1934) sob
Um grupo liderado por Oswald de Andrade, Mário a chefia de Vargas.
de Andrade e Di Cavalcanti, sob o financiamento de
Paulo Prado, incomodado com o “atraso cultural” dos
“conservadores” da Escola Nacional de Belas Artes e
119
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z Fascismo: Organizado sob a Ação Integralista Bra-
sileira (AIB), a ideologia misturava nacionalismo,
civismo, corporativismo, anticomunismo e antili-
beralismo, que deveriam ser conduzidos por um
Estado forte. Possuíam forte inspiração nos movi-
mentos nazifascistas europeus.

Getúlio Vargas sendo recebido no Rio de Janeiro durante a


Revolução de 1930.

Fonte: Aventuras na História.

Governo Provisório (1930-1934) e Governo


Democrático (1934-1937)

Uma coligação entre oligarquias adversárias de Integralistas reunidos.


São Paulo e frações do Exército ocupou o poder na
Fonte: Toda Matéria.
queda da República Oligárquica. Todavia, a única
coisa que unia todos esses setores era a oposição aos
oligarcas do Partido Republicano Paulista (PRP): os Em 1932, eclodiu a Revolução Constitucionalis-
tenentes defendiam um governo forte e centralizado ta de 1932. A tensão teve início com a nomeação do
que tutelasse a sociedade e intervisse na economia; as coronel João Alberto (pernambucano, tenentista e de
esquerda), causando a ira dos paulistas, organizados

69
elites gaúchas positivistas eram inclinadas a um Esta-
sob Frente Única Paulista (junção do PRP com o Parti-

8-
do centralizado e interventor; já as elites mineiras
do Democrático).

86
liberais simpatizavam com o federalismo e com algu-
Com a pressão, Vargas acabou nomeando Pedro de

6.
mas reformas sociais.

9
Em meio às tensões entre liberais e autoritários, Toledo (paulista e civil). A intenção de acalmar os âni-

.4
estava Getúlio Vargas fazendo o papel de mediador de mos foi por água abaixo com a depredação do Diário

33
interesses em conflitos, dando equilíbrio entre os gru- Carioca (crítico do Governo Provisório), o que levou

-4
pos em disputa e isolando seus opositores. ao acirramento dos ânimos entre liberais e tenen-

O
Esse esquema ganhou o nome de “Estado de com- tistas. A visita do ministro Osvaldo Aranha foi vista
IR
promisso”, que reuniu liberais da velha prática polí- como uma provocação pelos liberais.
M

tica, reformadores políticos e sociais, o empresariado Em 23 de maio, a tentativa de tomar de assalto o


A

industrial – que ainda era dependente da ajuda do Partido Popular Paulista (PPP) acabou com a morte de
R

café –, a classe operária organizada em torno de orga- Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo, e suas iniciais
E
R

nizações sindicais e uma classe média que ocupava MMDC deram nome à sociedade secreta criada para
EI

cargos de funcionários públicos e profissionais libe- derrubar Vargas. A revolta explodiu em 9 de julho,
R

rais. Nesse período, destacam-se a fundação do Minis- durou quase 3 meses e terminou com a rendição de
IF

tério do Trabalho e o Ministério da Educação em 1931 São Paulo em 3 de outubro.


N

e a vigência do novo Código Eleitoral (direito ao voto


LI

feminino e Justiça Eleitoral autônoma para monitorar


O
R

resultados e coibir fraudes) em 1932.


A

Entre as tendências político-ideológicas nos anos


K

1930, sobressaíram-se:
LI
IE

z Positivismo Corporativista: Estado forte, buro-


C
A

cratizado e interventor na economia, na educação


R

e nas relações de trabalho;


G

z Liberalismo: Livre-iniciativa na economia, direito


inviolável de propriedade, liberdade individual,
de expressão, federalismo, independência entre
os Três Poderes, limitação na participação política
popular e repressão contra movimentos de massa;
z Esquerda (Reformista e Revolucionária): Para
os comunistas, a saída para a crise capitalista era
o fim da propriedade privada e a construção de
uma sociedade igualitária. Ficavam entre a defesa
da revolução radical e a construção de uma alian-
ça entre setores democráticos e progressistas. Em
1934, socialistas, nacionalistas e comunistas con-
Cartaz convocando os paulistas a lutarem na Revolução
vergiram na formação da Aliança Nacional Liber-
Constitucionalista de 1932.
tadora (ANL). Suas principais bandeiras eram o
antifascismo, a crítica aos latifundiários e a crítica Fonte: Wikimedia Commons.
120 ao capital financeiro e estrangeiro;
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Para a redação de uma nova Constituição, houve a z O sistema judiciário ficou subordinado ao poder
formação de uma Assembleia Constituinte, que se reu- executivo;
niu entre 1933 e 1934. Mesmo aprovando o aumento z Os Estados eram governados por intervento-
dos poderes da União, sobretudo no campo da legis- res nomeados por Vargas, os quais, por sua vez,
lação econômica e social, frente aos estados, o prin- nomeavam os prefeitos municipais;
cípio federalista foi mantido. O voto passaria a ser z A Polícia Especial (PE) e as polícias estaduais
obrigatório e secreto, mas continuava proibido aos adquiriram total liberdade de ação, prendendo,
analfabetos. Houve a criação da Justiça do Trabalho, torturando e assassinando qualquer pessoa sus-
do salário mínimo, da jornada de oito horas diárias e peita de se opor ao governo;
das férias anuais, que acabaram demorando em ser z A propaganda pela imprensa e pelo rádio foi larga-
implementadas. O governo foi derrotado com a apro- mente usada pelo governo, por meio do Departa-
vação da pluralidade sindical. Vargas foi confirmado mento de Imprensa e Propaganda (DIP). O DIP era
incansável tanto na censura quanto na propaganda,
como presidente pelo voto indireto com mandato até
voltada para todos os setores da sociedade, como ope-
1938, quando deveriam ocorrer novas eleições.
rários, estudantes, classe média, crianças e militares.
No entanto, a Intentona Comunista iniciada em
Procurava-se, assim, formar uma “ideologia esta-
julho de 1935 acabou mudando os rumos. Prestes donovista” que fosse aceita por diversas camadas
divulgou um manifesto pedindo a derrubada de sociais e diversos grupos profissionais e intelectuais.
Vargas e defendendo todo poder à Aliança Nacional Cabia também ao DIP o preparo das gigantescas
Libertadora. Getúlio respondeu suspendendo as ativi- manifestações operárias, particularmente no dia 1º
dades da ANL. No final de novembro de 1935, vários de Maio, quando os trabalhadores, além de comemo-
quartéis se rebelaram em Natal, Recife e no Rio de rarem o Dia do Trabalho, prestavam homenagem a
Janeiro, mas acabaram derrotados. A repressão foi Vargas, apelidado de “pai dos pobres”.
intensa com prisões, deportações, proibição do Parti-
do Comunista Brasileiro (PCB) e declaração de “estado
de guerra” pelo governo. Ainda em 1935, o governo
instituiu o Tribunal de Segurança Nacional para rea-
lizar julgamentos rápidos, praticamente sem direito
de defesa. Na prática, a Constituição de 1934 estava

69
suspensa.

8-
Em 1937, aproveitando-se do clima de agitação,

86
o governo alegou ter descoberto um documento que

6.
provava um plano de tomada do poder pelos comu-

9
.4
nistas, denominado Plano Cohen. Essa falsificação ser-

33
viu de pretexto para que Vargas fechasse o Congresso

-4
e suspendesse a constituição, dando início à ditadura,

O
chamada de Estado Novo. IR
M

Estado Novo (1937-1945)


A
R

Embora Vargas agisse habilidosamente com o


E
R

intuito de aumentar o próprio poder, não foi somente


EI

sua atuação que gerou o Estado Novo. Pelo menos três


R

elementos convergiam para sua criação:


IF
N
LI

z A defesa de um Estado forte por parte dos cafeicul-


O

tores, que dependiam dele para manter os preços


R

do café;
A
K

z O apoio dos industriais, que seguiam a mesma


LI

linha de defesa dos cafeicultores, já que o cresci- Propaganda veiculada durante o Estado Novo.
IE

mento das indústrias dependia da proteção estatal;


C

z O respaldo das oligarquias e da classe média urba- Fonte: Indagação.


A

na, que se assustavam com a expansão da esquer-


R

Política Econômica do Estado Novo


G

da e julgavam que para “manter a ordem” era


necessário um governo forte.
Com a criação do Departamento Administrativo do
Além disso, Vargas também tinha o apoio dos mili- Serviço Público (DASP), além de centralizar a reforma
tares. Durante o período, foram implacáveis o autori- administrativa, o governo tinha poderes para elabo-
rar o orçamento dos órgãos públicos e controlar a exe-
tarismo, a censura, a repressão policial e política e a
HISTÓRIA GERAL

cução orçamentaria deles. Com a criação do DASP e


perseguição daqueles que fossem considerados inimi-
do Conselho Nacional de Economia, não só a atuação
gos do Estado. administrativa e econômica do governo passou a ser
Em termos práticos, o governo do Estado Novo muito mais efetiva, como também aumentou conside-
funcionou da seguinte maneira: ravelmente o poder do Estado.
A cafeicultura foi convenientemente defendida, a
z O poder político concentrava-se todo nas mãos do exportação agrícola foi diversificada, a dívida exter-
presidente da república; na foi congelada, a indústria cresceu rapidamente, a
z O Congresso Nacional, as Assembleias Estaduais e mineração de ferro e carvão expandiram e a legisla-
as Câmaras Municipais foram fechadas; ção trabalhista foi consolidada com a adoção da Con-
z Houve o fechamento de todos os partidos políticos; solidação das Leis do Trabalho (CLT). 121
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As principais empresas estatais criadas no período Já no final de 1951, Getúlio enviou ao congresso
foram: Companhia Siderúrgica Nacional – CSN (1940); o projeto para criação da Petrobras, mantendo-se de
Companhia Vale do Rio Doce (1942); Companhia acordo com suas propostas de estabelecer um desen-
Nacional de Álcalis – CNA (1943); Fábrica Nacional de volvimento autônomo, e a dependência da importação
Motores – FNM (1943) e Companhia Hidroelétrica do de petróleo atrapalhava seus planos industrializantes.
São Francisco – CHESF (1945). A “Campanha do Petróleo” mobilizou e agrupou seto-
res contraditórios, sendo um dos poucos episódios de
Fim do Estado Novo maior consenso na história política brasileira. Outra
proposta do governo estava associada ao investimen-
O antigetulismo tentava mostrar a contradição de to em energia elétrica; contudo, apenas em 1962 a Ele-
um regime ditatorial que lutava por democracia ao trobras foi finalmente viabilizada.
lado dos aliados na Europa. A pressão política acabou No seu governo, também aconteceu a expansão da
por levar o governo a aprovar o Ato Adicional n. 9, que indústria de base, sobretudo siderúrgica, assim como
previa realização de eleições e liberdade partidária. a fabricação de automóveis, principalmente tratores
Entre abril e julho de 1945, o Partido Comunista Bra- e caminhões, o que refletiu positivamente no governo
sileiro voltou a funcionar, e foram fundados a União seguinte, que conseguiu implementar a indústria de
Democrática Nacional (UDN), o Partido Trabalhista automóveis.
Brasileiro (PTB) e o Partido Social Democrático (PSD). Evidentemente, a nacionalização de áreas conside-
O debate sobre a possibilidade de Vargas concorrer às radas estratégicas, como energia e petróleo, e a pro-
eleições intensificou-se quando ele nomeou seu irmão posta de diversificação do mercado interno, causaram
Benjamin Vargas para a chefia da Polícia do Distrito o primeiro embate sério de propostas entre o ideário
Federal, o que a oposição e o Alto Comando do Exér- nacional-desenvolvimentista do governo e aqueles
cito não aceitaram. Todavia, sem maiores resistências, que acreditavam em um desenvolvimento associado
Getúlio aceitou a deposição em 29 de outubro de 1945. com o capital internacional.
Na ausência de Congresso, José Linhares, presi- Havia, ainda, a pressão exercida pelos latifundiá-
dente do STF, dirigiu o país até a posse do eleito Eurico rios intocáveis e de industriais que consideravam a
Gaspar Dutra em 31 de janeiro de 1946. Vargas seguia, legislação trabalhista onerosa demais, e a crise que se
mesmo de sua fazenda em São Borja - RS, uma lide- abateu sob os partidos governistas. A oposição, sobre-
rança importante; não à toa ele voltaria ao Palácio do

69
tudo a UDN, soube utilizar essas contradições.
Catete através do voto em 1951.

8-
Para piorar, a partir de 1952, o apoio ao programa

86
de investimentos dos Estados Unidos no Brasil dimi-
A ABERTURA POLÍTICA E A REDEMOCRATIZAÇÃO

6.
nuiu e o Banco Mundial iniciou a cobrança da dívida

9
DO BRASIL pelos empréstimos vencidos. Os sintomas foram ele-

.4
33
vação da inflação, aumento do gasto público e do cus-
A Redemocratização e a Constituição de 1946 to de vida e diminuição dos salários.

-4
As greves da primeira metade de 1953 deram
Com a redemocratização e o fim do Estado Novo,
O
um empurrão maior, sendo afrouxadas apenas com
IR
nove siglas partidárias foram criadas, sendo as princi- a nomeação de João Goulart, hábil articulador com
M

pais a União Democrática Nacional (UDN), de caráter os sindicatos, para o Ministério do Trabalho. Um ano
A

liberal e antigetulista; o Partido Social Democrático


R

depois, a proposta de duplicar o valor do salário míni-


(PSD), que uniu correntes diversas entre liberais e
E

mo elevou ainda mais a temperatura, agitando os


R

desenvolvimentistas e o Partido Trabalhista Brasi- quartéis em disposições golpistas, tornadas públicas


EI

leiro (PTB), herdeiro do Varguismo. Com o insucesso no “Manifesto dos Coronéis”, de autoria de Golbery
R

do movimento queremista e a deposição de Vargas,


IF

do Couto e Silva. A crise levou à demissão de Goulart,


o ex-presidente apoiou-se – sem muita empolgação – assim como do Ministro da Guerra de Vargas.
N

no ex-ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra (PSD),


LI

Em 5 de agosto de 1954, iniciava-se a contagem


que veio a se eleger.
O

regressiva para o fim trágico do governo Vargas. Um


R

A Constituição de 1946 previa: atentado deixou o principal opositor, Carlos Lacerda,


A
K

levemente ferido, e levou à morte o major Rubens Vaz.


z A autonomia entre os poderes Executivo, Legislati-
LI

A campanha de desmoralização do governo mobili-


vo e Judiciário, tendo o Congresso o poder de ins-
IE

zada pela imprensa foi intensificada, denunciando


pecionar o governo federal, inclusive de sancionar
C

verdades e muitas outras calúnias, isolando cada vez


A

qualquer medida econômica empreendida pelo mais o presidente no Palácio do Catete.


R

Executivo (medida que não sobreviveu na prática);


G

A Aeronáutica assumiu as investigações e logo


z A restauração do princípio federalista; chegou-se à conclusão de que se tratava de crime de
z A fixação do mandato em cinco anos, sem direito
mando, e o pior: o mandante foi o chefe da Guarda
à reeleição;
Presidencial, Gregório Fortunato. Embora Getúlio fos-
z O direito de voto às mulheres;
se inocente, as pressões foram corroendo a autoridade
z O direito de greve;
do presidente, culminando na invasão do Catete pelos
z O imposto sindical, visando à continuidade da
oficiais da Aeronáutica para confiscar documentos.
hegemonia do Estado nas relações entre trabalha-
Getúlio Vargas passou os últimos dias isolado no
dores e empregadores.
Catete, com a opinião pública contrária à sua perma-
nência no poder. Na madrugada do dia 24 de agosto,
Segundo Governo Vargas
quando reuniu seu ministério, apenas um ministro,
Tancredo Neves, era partidário de uma resistência.
Vargas retornou ao Catete pelo voto popular, mas
Contudo, Vargas sabia que sem os militares e os traba-
logo percebeu as dificuldades de governar sob um
lhadores mobilizados seria inviável e, se negociasse,
regime democrático. Além disso, teria que pagar a
seria desmoralizado. Assim, nas primeiras horas da
conta das diversas reivindicações que havia pactuado
manhã, o presidente cometeu suicídio.
122 durante a campanha eleitoral.
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A reação foi tremenda, nunca vista nem repetida Os limites, contudo, ficavam evidentes na res-
em toda história do Brasil. Uma população colérica, trição do direito de greve, na não incorporação dos
amargurada, saiu às ruas depredando qualquer sím- trabalhadores rurais à legislação social, assim como
bolo de oposição a Getúlio Vargas, como as redações não regulava a intromissão cada vez mais acentuada
de O Globo e da Tribuna da Imprensa e a sede da Stan- dos militares na vida pública. Essa Constituição vigo-
dard Oil. Iniciava-se uma caçada a Carlos Lacerda, que rou por quase vinte anos, marcando um período de
primeiro se refugiou na embaixada norte-americana aumento significativo da participação política, cessa-
e logo foi transferido de helicóptero, quando a popu- da com o golpe civil-militar de 1964 e formalmente
lação ameaçou invadir o prédio. Em frente ao quar- substituída em 1967.
tel-general da 3ª Zona Aérea, a população também A Constituição da Ditadura Militar tinha o pro-
ameaçou invadir, mas foi duramente reprimida pelos pósito de institucionalizar o novo regime, e seu
oficiais da Aeronáutica. texto basicamente era a reunião dos diversos Atos
Institucionais estabelecidos até 1967. De modo geral,
concedia amplos poderes às Forças Armadas, como
suspender direitos políticos, cassar mandatos legisla-
tivos, interferir nos estados da federação, determinar
AS CONSTITUIÇÕES REPUBLICANAS eleições indiretas para governadores e prefeitos e ins-
tituir o bipartidarismo.
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Em outubro de 1969, estando o Congresso fecha-
do desde a implementação do Ato Institucional nº
A primeira Constituição brasileira foi a de 1824
5 (AI-5), a Junta Militar impôs uma emenda constitu-
e, para os padrões da época, foi considerada bastan-
cional reformando o texto de 1967; dentre as altera-
te “liberal”. A carta estabelecia que todos os homens
ções, constavam a implementação da pena de morte,
acima de 25 anos, com renda mínima anual de 100
o banimento, a ampliação do estado de sítio de 60
mil-réis, podiam votar, mas esse critério de renda não
para 180 dias ou tempo indeterminado, assim como
era grande barreira, pois a maioria dos trabalhadores
a determinação de novas limitações ao exercício dos
ganhava mais que essa quantia.
direitos políticos, liberdade de cátedra e expressão
Analfabetos também possuíam direito a voto, e
artística.

69
os libertos podiam votar nas eleições primárias. Essa
A Constituição de 1988, que é a vigente em nossos

8-
constituição, que foi mantida até o final do Império,
dias, é conhecida como Constituição Cidadã. O texto

86
não mexeu na questão da escravidão nem na estru-
restabeleceu eleições diretas para presidente e demais

6.
tura da terra, sendo alguns aspectos alterados em
cargos executivos, reduziu o mandato para quatro

9
.4
meados do século XIX, assim como impôs uma grande
anos, fortaleceu o Ministério Público, deu direito de

33
centralização dos poderes na mão do Imperador.
voto aos analfabetos, assim como a pessoas a partir

-4
A Constituição republicana de 1891 definiu as
dos 16 anos, diminuiu a jornada de trabalho para 44
bases do novo regime nos termos do presidencialismo,
O
horas semanais, criou o abono de férias e o seguro-
do federalismo e do sistema bicameral. Na questão do
IR
-desemprego, o décimo terceiro salário para aposen-
voto, foram mantidas as reformas restritivas imple-
M

tados, definiu como crimes inafiançáveis o racismo e


A

mentadas no fim do Império, excluindo os analfabe-


a tortura, proibiu a censura, garantiu a liberdade de
R

tos. Esse é um aspecto fundamental, pois a maioria


expressão e aumentou significativamente os mecanis-
E

esmagadora da população era analfabeta e, portanto,


R

mos de participação popular direta.


EI

deveria ficar fora das eleições. A constituição introdu-


R

ziu o registro civil de nascimentos, casamentos e mor-


IF

te, assim como separou o Estado da Igreja.


N

A Constituição seguinte foi promulgada em 1934.


LI

Nesse novo texto, o Executivo deveria ser submetido A ESTRUTURA POLÍTICA E OS


O

à fiscalização do Legislativo, eliminava a maneira de MOVIMENTOS SOCIAIS NO PERÍODO


R
A

governar baseada em decretos, garantia a indepen-


MILITAR
K

dência do Tribunal de Contas, limitava o mandato


LI

presidencial em quatro anos e impedia a reeleição.


IE

A estrutura do Estado pouco se alterou, mas hou- ESTRUTURA POLÍTICA


C
A

ve a manutenção da estrutura da terra, a exclusão


Castelo Branco
R

dos analfabetos do processo eleitoral, e o trabalha-


G

dor rural não foi incorporado à agenda de proteção


social. Essa Constituição durou apenas três anos, uma Cumprindo o rito institucional, o Congresso Nacional
vez que o golpe de 1937 interrompeu completamen- elegeu, no dia 9 de abril de a1964, o Marechal Humber-
te qualquer garantia constitucional, embora também to de Alencar Castelo Branco, com 361 votos, à presi-
possuísse seu próprio texto. dência da república. O discurso oficial afirmava, com
HISTÓRIA GERAL

Findada a ditadura de Vargas, a carta de 1946 apoio de importantes lideranças como Juscelino Kubits-
preservaria as conquistas sociais obtidas no período chek e Carlos Lacerda, que os militares permaneceriam
anterior e realocaria a democracia enquanto aspec- no poder apenas por um período curto, até que a corrup-
to fundamental da vida pública. Estabelecia eleições ção fosse extinta e o crescimento econômico fosse reto-
diretas para o executivo e para o legislativo em todos mado, gozando, assim, de grande legitimidade. Contudo,
os âmbitos da federação, a liberdade de imprensa e logo descobriu-se que a intervenção de 1964 seria muito
opinião, e incorporava os eleitores alfabetizados aci- diferente das demais intervenções militares.
ma de 18 anos. O texto constitucional também regulou No dia 9 de abril de 1964, o primeiro Ato Institucio-
o fortalecimento dos partidos políticos, assim como a nal (AI-1) foi baixado, tendo sido elaborado por Francis-
independência dos sindicatos. co Campos, simpatizante do fascismo e idealizador do
Estado Novo, e possuía validade de 2 dois anos. Esse ato 123
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
previa a cassação dos direitos políticos dos cidadãos, o “linha dura”, diferentemente de seu antecessor. Além
controle do Congresso Nacional, o decreto do estado de disso, implementou uma política externa mais nacio-
sítio, assim como marcava as eleições presidenciais para nalista e menos alinhada aos Estados Unidos.
o dia 3 de outubro de 1965, o que, evidentemente, não Seu breve governo ficou marcado pela implementa-
aconteceu. Esse ato marcou as primeiras dissidências ção do quinto Ato Institucional (AI-5), cujo conteúdo
dos liberais que apoiaram inicialmente o golpe como viabilizou o terrorismo de Estado. Esse ato estabele-
Lacerda e Kubitschek. cia a cassação ampla e irrestrita de políticos e cidadãos,
A vitória da oposição liberal nas eleições de 1965 suspendia o habeas corpus de presos políticos, permitia
fez com que o governo planejasse, também, o controle a decretação de estado de sítio sem autorização prévia
do sistema eleitoral. Assim, o segundo Ato Institucional mediante a centralização excessiva do poder Executivo
(AI-2) tinha como finalidade evitar que a oposição ascen- Federal e, por fim, a censura prévia sob todos os meios
de comunicação e sob os produtos culturais.
desse ao governo estadual de 9 estados nas eleições do
ano seguinte, ao mesmo tempo que almejava criar uma
fachada democrática. Médici
A manobra foi a seguinte: o multipartidarismo foi
substituído pelo bipartidarismo, a ARENA (Aliança O terceiro presidente da ditadura foi Emílio Gar-
rastazu Médici, o general de maior patente entre
Renovadora Nacional), partido governista, e o MDB
os pré-candidatos e que também pertencia à “linha
(Movimento Democrático Brasileiro), partido oposicio-
dura” palaciana. Seu governo ficou conhecido como
nista. Esse mesmo ato estabelecia eleições indiretas para
os “anos de chumbo”, dada à violação sistemática dos
presidente, realizadas via Colégio Eleitoral. Já o terceiro direitos humanos. Todo cidadão era passível de ser
Ato Institucional (AI-3) previa eleições indiretas para os acusado de subversivo, baseado em uma simples sus-
governos estaduais. A Lei da Imprensa e a Lei de Segu- peita, e ficando sujeito à detenção, à tortura e à morte.
rança Nacional, de 1967, solaparam de vez a liberdade Seu governo coincidiu, ainda, com o período do
de expressão e quarto Ato Institucional (AI-4) foi baixado “milagre econômico”, cuja taxa de crescimento
para garantir a aprovação da nova Constituição Federal. médio foi de 10% ao ano. A maior expansão industrial
Na intenção de erradicar a elite política e intelectual ficou concentrada – e sustentada pelos juros baixos –
reformista do coração do Estado, o governo de Marechal no setor de bens de consumo duráveis, além de um
Castelo Branco apelou ao uso irrestrito de Inquéritos crescimento exponencial no setor automobilístico. No

69
Policiais Militares (IPMs), sendo mais de 700 processos campo social, contudo, a situação não era favorável,

8-
tocados. Além disso, outras 3644 pessoas receberam uma vez que o arrocho salarial e a concentração de

86
sanções políticas baseadas nos Atos Institucionais, o que renda não permitiram a transformação dos ganhos de

6.
correspondeu a 65% de todo o ocorrido dessa natureza produtividade dos trabalhadores.

9
.4
nos 21 anos de ditadura, e 90% das 1230 punições aos O endividamento externo é, também, marca des-

33
militares oposicionistas ao longo de todo o regime foram se período, agravado ainda mais pela primeira crise do

-4
efetuadas sob seu mando. petróleo, em 1971, quando os preços e os juros interna-
A economia ficou a cargo de Roberto Campos, e suas cionais cresceram vertiginosamente. O maior problema
principais medidas estavam sintetizadas no Plano de O
estava no financiamento das indústrias estatais median-
IR
te crédito de bancos privados internacionais, que, por
M
Ação Econômica do Governo (Paeg), cujas prioridades
sua vez, possuíam taxas de juros altíssimas e flutuantes.
A

eram a contenção da inflação, o retorno da capacidade


R

do Estado em investir em infraestrutura produtiva, a O endividamento externo saltou de menos de 5 bilhões


E

reorganização das finanças públicas mediante um novo de dólares em 1964 para mais de 90 bilhões de dólares
R

em 1983; ao mesmo tempo em que o Brasil ascendeu à


EI

sistema tributário e, por fim, a renegociação da dívida


condição de 10ª potência do mundo, os indicadores de
R

externa a fim de alcançar novos empréstimos.


qualidade de vida o alocavam entre os últimos.
IF

No que se refere à nova política salarial, os salários


N

eram reajustados baseados em um cálculo que consi-


LI

Geisel
derava não somente a inflação dos últimos doze meses,
O

como também a previsão de inflação dos próximos doze


R

Ernesto Beckmann Geisel firmou-se como suces-


A

meses. Assim, “como a inflação era sistematicamente


K

sor de Médici, tornando-se o quarto presidente da


subestimada, a nova legislação provocou perda salarial
ditadura. O novo presidente ficou responsável por
LI

sistemática, com perversos efeitos distributivos” (LUNA;


IE

uma nova fase de institucionalização do regime,


KLEIN, 2014, p. 94).
C

conhecida como “lenta, gradual e segura” até transi-


Esse arrocho salarial era visto pelo governo como um
A

ção para o um poder civil.


R

fator para a insatisfação popular e para a consequente Geisel propôs quatro objetivos estratégicos: o
G

instabilidade do novo regime; assim, em 1964, foi cria- primeiro diz respeito ao restabelecimento da pro-
do o Banco Nacional da Habitação (BNH), mais tarde fissionalização dos quadros das Forças Armadas e à
incrementado pela criação do Fundo de Garantia do redução do poder dos “linha duras”; o segundo propu-
Tempo de Serviço (FGTS), formando uma política de nha a manutenção do controle da oposição de centro e
financiamento para a construção de casas populares e de esquerda, além daqueles indivíduos considerados
um fundo para o trabalhador demitido sem justa causa. “subversivos”; o terceiro planejava a construção de
Por fim, o projeto de modernização autoritária pressu- uma democracia restrita e controlada; e o quarto pre-
punha o controle das organizações de trabalhadores via a manutenção das elevadas taxas de crescimento,
urbanos e rurais pelo Estado, assim como a perseguição uma vez que era o principal mecanismo que atribuía
de líderes sindicais. legitimidade ao regime frente às classes médias e
empresariais.
Costa e Silva Somava-se a isso a aproximação do governo à
grande imprensa liberal. Contudo, alguns aconteci-
O Marechal Artur da Costa e Silva foi o segundo mentos provam que a tendência autoritária do regime
militar a ocupar a presidência e, empossado em 15 de ainda estava em voga: com a vitória do MDB nas elei-
124 março de 1967, pertencia ao grupo conhecido como ções parlamentares de 1974 e com as previsões de que
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a oposição ganharia ainda mais espaço nas eleições Jango, também começou a ser rediscutida ainda no
de 1978, órgãos do governo passaram a disseminar a começo do governo militar. Assim, o ministro Rober-
tese de que o Partido Comunista havia se infiltrado no to Campos apresentou uma proposta do Estatuto da
partido de modo a ampliar o número de votos. Terra baseada em três aspectos: primeiro, a tributa-
Além disso, militares de extrema direita respon- ção progressiva da propriedade, levando-se em con-
deram violentamente às medidas propostas por Gei- sideração seu tamanho e produtividade; o segundo
sel, participando de diversos ataques terroristas, ao previa a desapropriação mediante indenização para
mesmo tempo em que organizações anticomunistas o caso de terras improdutivas; terceiro, a coloniza-
tornavam a ganhar fôlego. Ainda em seu governo, ção de terras ociosas. Em outubro de 1964, o texto foi
39 opositores desapareceram e 42 foram mortos pela enviado para a apreciação do Congresso. Contudo,
repressão, o Congresso foi fechado por 15 dias e a cen- tratava-se de um texto bastante diferente do que fora
sura foi largamente utilizada até 1976. apresentado ao público dias antes, o que refletia con-
Em outubro de 1975, o comando do II Exército, com flitos de interesses.
sede em São Paulo, noticiou que o renomado diretor A principal alteração estava relacionada à des-
jornalístico da TV Cultura, Wladimir Herzog, havia centralização do aspecto fiscal da reforma agrária
suicidado. A notícia repercutiu negativamente, uma proposta pelo governo, uma vez que o mecanismo de
vez que setores importantes da sociedade descredita- tributação progressiva ficaria a cargo dos governos
vam o comunicado oficial. Diante do ocorrido, o pre- estaduais. Nesse sentido, o conflito mais claro era entre
sidente, tido como moderado, nada fez senão advertir a perspectiva modernizante defendida pelos militares,
o comandante do II Exército, Ednardo D’Ávila Melo. em detrimento à perspectiva conservadora dos gran-
Em 1976, outra morte tornou-se pública e como- des proprietários e por membros da UDN. A queda de
veu a sociedade: o sindicalista Manoel Fiel Filho braço entre o governo e as elites regionais resultou na
apareceu morto após ser interrogado pelas forças da derrota do primeiro e na impossibilidade de se imple-
repressão. Somente após forte pressão houve a demis- mentar o projeto de modernização do campo.
são de D’Avila Melo pelo presidente. É importante des-
tacar que embora somente esses dois casos tenham MOVIMENTOS SOCIAIS
repercutido de forma mais ampla, outras centenas de
denúncias eram feitas em relação às torturas.

69
Os movimentos de resistência à ditadura acontece-
Já em abril de 1977, o governo, prevendo a derro- ram em diversas frentes, começando pelas artes (sobre-

8-
ta do partido governista nas eleições do ano seguinte,

86
tudo o teatro, a música popular e o cinema) mobilizadas
fechou o Congresso por 15 dias e editou um conjun-

6.
em vanguarda pelas classes médias engajadas à esquer-

9
to de medidas autoritárias conhecido como “Pacote da. Por conta da característica heterogênea do golpe de

.4
de Abril”. Esse pacote, em síntese, previa a extensão Estado, e sendo as classes médias as principais apoiado-

33
do mandato do presidente, de cinco para seis anos, ras dos militares, a repressão, de início, não pôde recair

-4
eleições indiretas para governadores de Estado e a sobre essa parcela contestadora, embora fosse conside-
O
nomeação de um terço do Senado pelo presidente. rada subversiva. Aconteceu, assim, uma politização da
IR
A “Lei Falcão” foi promulgada na esteira do pacote, cultura concomitantemente ao fechamento dos canais
M

inviabilizando o acesso da oposição à televisão. de representação política, e todos aqueles que deseja-
A

O governo Geisel, por fim, marcou um avanço na


R

vam ouvir suas reivindicações acabavam participando


industrialização pesada, sobretudo no setor elétrico,
E

das manifestações artísticas.


R

nuclear, petroquímico e de equipamentos industriais, Assim, nesse começo, a ditadura teve de reprimir
EI

promovendo, ademais, a estatização da economia. mais instituições e movimentos culturais, sobretudo os


R

Embora tenha conseguido, em 1974, manter o cres-


IF

ligados às esquerdas e ao PCB, como o Centro Popular


cimento econômico, dependendo cada vez mais de de Cultura, o Movimento de Cultura Popular de Recife
N
LI

quantidade vultuosa de investimentos exteriores, é e o Instituto Superior de Estudos Brasileiros. A repres-


O

possível afirmar que a crise econômica efetivamen- são somente recaiu-se sobre esses indivíduos quando a
R

te havia se iniciado em seu governo, intercalada com classe média estudantil se engajou na luta armada. Ainda
A
K

períodos de crescimento, que seguiriam até o início do assim, é preciso dizer que a cultura engajada foi um dos
LI

governo Figueiredo. principais focos de resistência à ditadura, pelo menos até


IE

a primeira metade da década de 1970.


C

Figueiredo Uma entidade civil suprapartidária também foi cria-


A
R

da, em 1966, como forma de resistência à ditadura. A


G

O último presidente da ditadura foi João Baptista Frente Ampla era liderada por antigos simpatizantes
Figueiredo, cuja promessa ao tomar posse foi a conso- do golpe, como Juscelino Kubitschek e Carlos Lacerda, e
lidação da abertura. O último presidente não possuía contou até mesmo com a adesão do presidente deposto,
a mesma expertise política de seu antecessor e não João Goulart.
conseguiu manter o controle do processo de abertura. No que se refere às esquerdas, a radicalização do
HISTÓRIA GERAL

Seu governo ficou marcado pela maior crise eco- movimento estudantil era concomitante à preparação
nômica vivida pelo país e pelo fim do AI-5. Uma série e organização da luta armada. A adoção, pelo Partido
de protestos e a emersão de novos movimentos sociais Comunista Brasileiro, da perspectiva de se adotar uma
ocorreram sob sua governança, assim como violentos resistência pacífica à ditadura fez com que ocorressem
ataques terroristas praticados pela extrema direita muitas deserções no seio do partido.
militar, intencionando parar o processo de abertura. Assim, muitas figuras importantes organizaram-se
em grupos guerrilheiros, sendo os mais conhecidos Car-
Reforma Agrária los Marighela, com a Ação Libertadora Nacional (ALN),
e Carlos Lamarca com o Movimento Revolucionário
A questão agrária, que há tempos vinha se arras- Oito de Outubro (MR-8). O PCdoB também montou uma
tando no Brasil e foi fator importante na queda de base de guerrilha na região amazônica brasileira, ao 125
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longo do rio Araguaia. Com a guerrilha urbana pratica-
mente extinta já no início do governo Médici, a repressão
pôde se concentrar totalmente no Araguaia, operaciona-
lizando uma verdadeira guerra que dizimou os últimos
guerrilheiros do PCdoB por volta de 1975 e a guerrilha
na região amazônica brasileira, ao longo do rio Araguaia.
Já o movimento estudantil viu seu auge em engaja-
mento em 1968. O assassinato do secundarista Edson
Luís Lima Souto pela polícia em um protesto contra
o fechamento do restaurante Calabouço gerou uma
grande comoção na sociedade como um todo, eviden-
Campanha pela Anistia.
ciada pela presença massiva em seu cortejo fúnebre. Fonte: Departamento de Direito da PUC-Rio.
Na conhecida “sexta-feira sangrenta”, no dia
21 de junho, mais um confronto violento aconteceu, Em 1981, a política econômica de Delfim Neto
resultando na morte de 4 pessoas e em mais de 20 colapsara e, em 1982, os partidos de oposição conse-
feridos à bala, aumentando a indignação da opinião guiram eleger cinco deputados a mais que o partido
pública. Por fim, em 26 de junho, estudantes, trabalha- governista (agora Partido Democrático Social), segun-
dores, artistas, políticos e intelectuais reuniram-se na do a reformulação partidária, demonstrando clara-
conhecida “Passeata dos Cem Mil”. mente aos militares que o fim do regime era iminente.
A imprensa, sobretudo a alternativa, mesmo sob Foi nesse momento que ganhou força entre os mili-
censura prévia e com oficiais instalados dentro das tares a possibilidade de uma “saída negociada”, uma
redações, também procurava meios de denunciar a vez que não estavam dispostos a se submeterem a tri-
tortura, a corrupção massiva, os erros da política eco- bunais de justiça que os investigassem e os punissem
nômica, o encaminhamento da guerrilha, a cassação pelas sucessivas violações aos direitos humanos.
de políticos, entre outros. Em relação ao PMDB, uma parte liderada por Ulys-
Ademais, os novos movimentos sociais que sur- ses Guimarães reivindicava a organização de comí-
giram ainda durante o auge repressor do governo cios e a condução de uma ampla campanha em prol
Médici protestavam contra a miséria da vida dos

69
das eleições diretas, enquanto outra parcela, liderada
trabalhadores urbanos. O melhor exemplo está nas

8-
por Tancredo Neves, estava disposta a negociar nos
Comunidades Eclesiais de Base, surgidas em 1969,

86
termos dos militares.
que estavam ligadas à Igreja Católica, mas abrigavam

6.
As ruas, contudo, pareciam ditar o ritmo da aber-
um número diverso de militantes.

9
tura e não estavam dispostas a ceder, e foi nesse

.4
Finalmente, desde os primeiros meses de 1978 o momento que estourou uma das maiores e mais entu-

33
movimento dos operários ganhava força, sobretudo siasmadas campanhas políticas da história brasileira:

-4
no ABC paulista. Em maio, milhares de metalúrgicos as Diretas Já, que, entre fevereiro e março de 1984, se
O
cruzavam os braços em sinal de protesto, ao mesmo espalharam por todo o país.
IR
tempo em que lideranças oriundas efetivamente das Na madrugada de 25 de abril de 1983, data da vota-
M

fábricas emergiam, como Luís Inácio Lula da Silva. ção da emenda Diretas Já, uma parte dos deputados,
A

Em 1979, em meio à posse de Figueiredo, uma


R

liderada pelo candidato do PDS, Paulo Maluf, boico-


ampla e organizada greve operária no ABC paulista
E

tou a votação, impedindo um quórum mínimo para


R

sinalizou ao governo e aos parlamentares que a popu- a aprovação da PEC. Um balde de água fria foi jogado
EI

lação trabalhadora estava descontente com o ritmo na vigília cívica que acompanhava na madrugada a
R

das discussões a respeito da abertura política e da


IF

votação.
agenda econômica do governo. Nesse sentido, o Tri-
N

Nos meses seguintes à derrota, a sociedade não se


bunal Regional do Trabalho (TRT) declarou a greve
LI

desmobilizou, embora não escondesse sua frustração


O

ilegal; entretanto, isso não surtiu efeito na mobiliza- e agitação. Assim, um conjunto de negociatas escusas
R

ção dos trabalhadores. nos bastidores da política desfechou o modelo final da


A

O novo sindicalismo, como ficou conhecido, tinha


K

abertura, entre articulações partidárias: uma parte do


como objetivo descolar-se do sindicalismo “pelego”,
LI

PDS debandou do governo formando a Frente Liberal.


IE

herança da Era Vargas, procurando ter mais indepen- Esses indivíduos, junto à uma parcela significativa
C

dência junto aos trabalhadores. do PMDB, formaram uma chapa conservadora, a fim
A

Golbery do Couto Silva, escolhido por Geisel


R

de disputar a eleição no Colégio Eleitoral, marcada


G

como estrategista e chefe da Casa Civil, estipulou para 1985: Tancredo Neves encabeçava a chapa, ten-
uma agenda para a transição do poder civil, incor- do como vice o até então aliado histórico da ditadu-
porando diversas reformas políticas como a anistia ra, José Sarney. A chapa saiu vitoriosa nas eleições
política, a reorganização partidária e a eleição direta de janeiro de 1985; entretanto, por motivos de saúde,
para os governos públicos. As campanhas pela Anis- Tancredo Neves não pôde assumir a presidência, sen-
tia recebiam bastante atenção dos movimentos pela do empossado seu vice. Produto da saída negociada, a
democracia. transição democrática seria iniciada por Sarney, um
Em 1979, seguindo a pauta da abertura, foi pro- entusiasta da ditadura.
mulgada uma lei que prescrevia a maioria dos crimes
políticos ocorridos entre 1964 e 1979, seja daqueles
considerados subversivos, seja pelas forças da repres-
são. No mesmo ano, uma nova lei extinguia o sistema
bipartidário e estabelecia condições para um regime
HORA DE PRATICAR!
pluripartidário. Nesse ínterim, uma série de atenta-
1. (VUNESP — 2022) Depois que o novo sistema federal
dos terroristas ocorreu por parte dos militares contrá- se estabilizou, sob o controle civil, no final da década
126 rios à agenda da abertura. de 1890, a intervenção do governo central nos estados
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tornou-se frequente, com exceção dos três grandes e macro-institucional e societário” como diz Roberto
suas máquinas políticas. Se por acaso um presidente Romano.
hostil aos interesses de São Paulo assumisse o poder
– ocorrência rara –, ele seria impedido de intervir no (Maria Helena Rolim Capelato, Estado Novo: novas histórias.
estado […] In: Marcos Cezar de Freitas (org.), Historiografia brasileira em
perspectiva. São Paulo: Contexto, 1998, p. 199)
(Joseph L. Love, A república brasileira: federalismo e regionalismo
(1889-1937). Em: Carlos Guilherme Mota (org.), Viagem incompleta: Para os historiadores que defendem que o Estado
a experiência brasileira (1500-2000): a grande transação) Novo não pode ser considerado um regime totalitário,
coloca- -se como argumentos, entre outros, que
O impedimento da intervenção federal em São Paulo,
ao menos até os anos 1930, tem relação, entre outras a) havia uma aversão, de Vargas e do seu ministério, em
razões, com relação às forças políticas nazifascistas, e a demora
em declarar guerra ao Eixo foi devida às exigências da
a) a exigência dos credores internacionais do Brasil de diplomacia estadunidense.
que novos empréstimos fossem concedidos desde b) forças partidárias continuaram atuando de forma legal
que fossem afiançado pelo governo paulista. durante o período autoritário, caso dos integralistas,
b) a existência da Força Pública paulista, organização importante grupo de apoio ao presidente Vargas, inclu-
policial estadual, que era efetivamente um exército e sive com participação no seu ministério.
chegou a contar com 14 mil soldados efetivos. c) mesmo com a outorga da Constituição de 1937 e o
c) o direito que os paulistas tinham de controlar a taxa de fechamento das casas legislativas em todas as esfe-
câmbio da moeda nacional, condição que prejudicava ras, ocorreu uma ampliação dos mecanismos de con-
as finanças federais. sulta popular, como nos plebiscitos.
d) a legislação tributária derivada da Constituição de 1891, d) durante esse regime, as oposições democráticas con-
que diminuía a autonomia dos estados, mas concentrava tinuaram atuando e, apesar da repressão intensa, não
nestes a arrecadação dos impostos sobre a importação. ocorreu o monopólio absoluto do Estado no plano jurí-
dico ou econômico.
e) o controle exercido pelos paulistas sobre o Poder Judi-
e) parcela considerável da legislação do período auto-
ciário federal, que sempre atendia aos interesses de
ritário tinha um caráter essencialmente liberal e, na

69
São Paulo contra as demandas federais.
realidade, houve pouco interferência do Estado em

8-
questões econômicas.

86
2. (VUNESP — 2021) A convocação para as eleições,

6.
visando à composição da Assembleia Constituinte,

9
4. (VUNESP — 2022) Tão visivelmente defeituosa era a
e os novos partidos, organizações políticas de mas-

.4
prática do nosso sistema representativo que os esta-

33
sa que surgiam, agitavam os anos que vão de 1932 a
distas, legisladores e escritores políticos do Império e

-4
1935. Nesse período, são perceptíveis ao menos quatro da Primeira República costumavam atribuir-lhe a prin-
grandes tendências político-ideológicas: autoritarismo
O
cipal responsabilidade pelos males do regime. […] Com
cientificista, liberalismo, esquerdismos e fascismo.
IR
semelhante visão dos problemas políticos brasileiros, é
M

muito explicável que o aperfeiçoamento da legislação


A

(Marcos Napolitano, História do Brasil República: da queda da eleitoral tenha sido um dos mais eficientes slogans da
R

Monarquia ao fim do Estado Novo, p. 101. Texto adaptado) campanha de que resultou a Revolução de 1930.
E
R
EI

Sobre a tendência fascista, é correto afirmar que (Victor Nunes Leal. Coronelismo, enxada e voto, 1976. p. 240-241)
R
IF

a) se organizou em um partido de abrangência nacional, Os governos de Getúlio Vargas, de 1930 a 1945, procura-
N

o Partido Republicano Constitucional (PRC), que tinha ram responder a essa questão do regime representativo
LI

amplo apoio das classes populares e defendia o direito


O

inviolável da propriedade e a liberdade de expressão.


R

a) ampliando o direito ao sufrágio à grande massa de tra-


A

b) se organizou em movimentos sociais e não em partido balhadores imigrantes das indústrias.


K

político, e fazia uma defesa radical das riquezas nacio- b) restringindo o número de candidatos às casas legisla-
LI

nais, caso do minério de ferro e do petróleo, que deve- tivas por meio do sufrágio universal.
IE

riam ser explorados pela iniciativa privada. c) suspendendo a eleição para presidente da República
C

c) esteve presente em vários partidos políticos, de ideo-


A

após a adoção constitucional do voto secreto.


R

logias variadas, que apoiavam medidas estatais para d) qualificando o voto popular por meio da concessão de
G

livrar o país da influência das grandes potências eco- direitos civis aos operários urbanos.
nômicas da época, como a França e a Inglaterra. e) generalizando as consultas plebiscitárias nos casos
d) teve origem nas organizações sindicais-operárias e sua de reformas políticas mais relevantes.
influência esteve presente, em especial, nas grandes
cidades do Nordeste ao fazer a defesa de uma inter- 5. (VUNESP — 2021) O Estado Novo foi arquitetado
HISTÓRIA GERAL

venção estatal para industrializar o Brasil. como um Estado autoritário e modernizador que deve-
e) se formou a Ação Integralista Brasileira (AIB) como ria durar muitos anos. No entanto, seu tempo de vida
principal grupo, que tinha apoio da classe média e acabou sendo curto, pois não chegou a oito anos. Os
uma ideologia caracterizada pelo nacionalismo, civis- problemas do regime resultaram mais da inserção do
mo, corporativismo e catolicismo ultraconservador. Brasil no quadro das relações internacionais do que
das condições políticas internas do país.
3. (VUNESP — 2022) Concordo com o argumento de que
os traços totalitários são identificáveis nos discursos (Boris Fausto, História concisa do Brasil)
e práticas de Vargas [durante o Estado Novo], mas não
se pode dizer que tenha havido, no período, “efetiva- No contexto apresentado no excerto, o “quadro das
ção histórica do conceito [de totalitarismo] em plano relações internacionais” refere-se à 127
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a) demissão de parte do ministério de Vargas quando, responsabilização individual dos coautores dos crimes
em meio à Segunda Guerra, o governo ditatorial esta- praticados pelo Estado durante o regime autoritário.
beleceu um acordo com o Eixo, permitindo que esse b) proposta pelo ministro da Justiça e aprovada depois
bloco usasse o espaço marítimo do Brasil. de exaustivas negociações com os parlamentares
b) pressão diplomática da Argentina para que o Estado da ARENA, que não aceitavam que as principais lide-
brasileiro aderisse às forças aliadas, declarasse guer- ranças antes da ruptura institucional de 1964 fos-
ra aos países do Eixo e mandasse tropas para libertar sem anistiadas e tivessem os seus direitos políticos
o Norte da África das forças nazistas. reestabelecidos.
c) deliberação da I Conferência Internacional de Estados c) produto de uma longa negociação entre as lideran-
Americanos determinando, apesar da discordância do ças da ARENA e do MDB e, com a forte oposição das
Brasil, que todas as nações da América deveriam se principais centrais sindicais, resultou numa lei bem
manter neutras na Segunda Guerra. abrangente, que permitiu que os cargos políticos e
d) entrada do Brasil na Segunda Guerra, ao lado dos Alia- administrativos exercidos antes de 1964 fossem ime-
dos, provocando ação de opositores, que começaram diatamente reassumidos.
a explorar a contradição entre a ditadura Vargas e o d) derivada de uma emenda constitucional proposta pelos
apoio do governo brasileiro às democracias. deputados e senadores do MDB, com o apoio de alguns
parlamentares da ARENA, e garantiu uma anistia políti-
6. (VUNESP — 2022) Embora o argumento do pêndulo ca a todas as forças políticas, com exceção dos militan-
possa ter servido como elemento secundário de con- tes ligados aos grupos clandestinos de esquerda.
vencimento no processo decisório junto a funcioná- e) de Iniciativa Popular, a partir das lideranças da OAB e
rios em Washington, o mais plausível é, uma vez mais, da CNBB, aprovada apenas com os votos da oposição
a explicação pelo cálculo estratégico: tendo em vista a ao governo federal, permitindo a imediata liberdade de
alta possiblidade de envolvimento dos Estados Unidos todos os presos políticos, assim como a legalização
na guerra, seria útil atrair o Brasil como principal ponto dos partidos comunistas e das centrais sindicais.
de sustentação político-diplomática no hemisfério sul.
8. (VUNESP — 2022) A economia mundial deixara total-
(Rubens Ricupero. A diplomacia na construção do Brasil – 1750- mente de ser, como fora em meados do século XIX,
2016, 2017. p. 329 - 330) um sistema solar girando em torno de uma estrela
única, a Grã-Bretanha. […] Um certo número de eco-

69
nomias industriais nacionais agora se enfrentavam

8-
O texto alude à política exterior do governo de Getúlio
mutuamente. Sob tais circunstâncias a concorrência

86
Vargas durante o Estado Novo (1939-1945). A grave
econômica passou a estar entrelaçada com as ações

6.
tensão ideológica e militar em grande parte dos anos
políticas, ou mesmo militares do Estado. […] Do pon-

9
de 1930 poderia favorecer uma atitude “pendular” do

.4
governo brasileiro entre a Alemanha e os Estados Uni- to de vista do capital, o apoio político passaria a ser

33
dos da América. essencial para manter a concorrência estrangeira à

-4
distância. […] Do ponto de vista dos Estados, a econo-
mia passou a ser desde então tanto a base mesma do
No final, a aliança com os Estados Unidos
O
IR
poder internacional como seu critério.
M

a) favoreceu o projeto do Estado brasileiro de proteger o


A

(Eric J. Hobsbawm. A era dos Impérios, 1988. p. 437- 438)


R

preço dos produtos manufaturados exportados.


E

b) aboliu a tradição brasileira de oposição à hegemonia


R

norte-americana na América. O texto refere-se à conjuntura histórica às vésperas da


EI

c) pressupôs formalmente a democratização da política Primeira Guerra Mundial, que teria contribuído para a
R

sua eclosão na medida em que


IF

brasileira.
d) decorreu da condenação pública do regime nazista
N

a) as independências das nações colonizadas da África


LI

pelo governo brasileiro.


e da Ásia prejudicavam a continuidade do crescimento
O

e) implicou o financiamento norte-americano da indús-


R

tria de base no Brasil. econômico dos países imperialistas.


A

b) as disputas por mercados consumidores de produtos


K

industriais e fornecedores de matérias-primas impe-


LI

7. (VUNESP — 2021) Em fevereiro de 1978, no Rio de


diam a formação de alianças entre os países.
IE

Janeiro, foi fundado o primeiro Comitê Brasileiro pela


c) a exigência de proteção política das economias nacio-
C

Anistia (CBA). E o que até então se apresentava como


A

nais promoveu a ascensão de regimes ditatoriais nas


uma medida de justiça restaurativa se transformou
R

nações economicamente desenvolvidas.


G

numa afirmativa de direitos – a “face imprescindível d) a vinculação de governos economicamente fortaleci-


das liberdades democráticas”, sublinhou a Carta de dos com forças produtivas de grande dinamismo mul-
Princípios do CBA paulista, criado em maio de 1978. tiplicava no mundo as áreas de conflito.
Os CBAs foram a senha para o início de um movimento e) as grandes corporações econômicas procuravam
memorável – a campanha pela anistia ampla, geral e irres- explorar politicamente a ideologia nacionalista no
trita –, que unificou as forças de oposição, reuniu artistas combate às organizações socialistas multinacionais.
e intelectuais, ganhou a opinião pública, e transbordou
para a rua em passeatas, comícios e atos públicos. 9. (VUNESP — 2021) A “Política de Apaziguamento“ é um
ponto que deve ser analisado com cuidado quando
(Lilia M. Schwarcz e Heloísa M. Starling, Brasil: uma biografia, p. 479) se discute a questão das origens da Segunda Guerra
Mundial. Na medida em que a situação internacional
A Lei da Anistia de agosto de 1979 foi tornava-se mais tensa, ao longo da década de 1930, e
o militarismo fascista (japonês, italiano e alemão) se
a) enviada pelo presidente da República ao Congresso e agudizava, as potências ocidentais democráticas, apa-
teve como resultado a volta de exilados e a libertação rentemente para evitar um conflito de maiores propor-
128 de presos políticos e, ao mesmo tempo, não permitiu a ções ou adiar uma confrontação inevitável, fecharam
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
os olhos às agressões do nazifascismo contra regiões A novidade dessa transformação está tanto em sua
e países vizinhos. extraordinária rapidez quanto em sua universalidade.
Claro, as partes desenvolvidas do mundo, isto é, para
(Ricardo de Moura Faria, História – volume 3, p. 304. Adaptado) fins práticos, as partes central e ocidental da Europa e
da América do Norte, além de uma pequena faixa de
A “Política de Apaziguamento“ esteve presente ricos e cosmopolitas em toda parte, há muito viviam
num mundo de constante mudança, transformação
a) na Guerra Civil Espanhola, porque as forças chefiadas tecnológica e inovação cultural. Para eles, a revolu-
pelo general Franco, interessadas em derrubar um ção da sociedade global significou uma aceleração
governo republicano, receberam apoio da Alemanha e ou intensificação de movimento a que já se achavam
da Itália, enquanto França e Inglaterra não defenderam acostumados em princípio. […] para a maior parte do
a ordem democrática espanhola. globo as mudanças foram igualmente súbitas e sísmi-
b) na crise da Renânia, região fronteiriça entre Alemanha, cas. Para 80% da humanidade, a Idade Média acabou
Bélgica e França, que foi ocupada pelos franceses, de repente em meados da década de 1950; ou talvez
com o aval da Liga das Nações, apesar das determina- melhor, sentiu-se que ela acabou na década de 1960.
ções do Tratado de Versalhes que havia determinado
que esse espaço pertencia à Bélgica. (Eric Hobsbawm, Era dos extremos. Adaptado)
c) na crise da Manchúria, porque essa região chinesa foi
invadida pelo Japão e, apesar dos protestos da Alemanha Para Hobsbawm, tais transformações presentes após
e da Bélgica, a diplomacia estadunidense fez uma decisi- a Segunda Guerra, referem-se
va defesa do direito japonês em expandir o seu território.
d) no processo de criação da Liga das Nações, porque a) à preponderância das democracias representativas em
esta entidade, com o apoio francês e inglês, defendia todos as regiões, especialmente no Oriente Médio; ao
que os acordos assinados após a Primeira Guerra não acentuado envelhecimento das populações nas nações
tinham validade porque não contaram com a participa- mais pobres; às lentas transformações ocorridas nas
ção da Alemanha e da Rússia. estruturas agrárias dos países em desenvolvimento.
e) no acordo de Munique, firmado entre Alemanha, Áus- b) à drástica redução do campesinato; ao crescimento
tria, França, Inglaterra e Itália, com a chancela dos das ocupações profissionais que exigiam uma edu-

69
Estados Unidos, que acabou a autonomia nacional da cação secundária e universitária; ao declínio, a partir

8-
Polônia e incorporou a maior parte do seu território à dos anos 1980, das classes operárias industriais e

86
Tchecoslováquia. ao papel impressionantemente maior desempenhado

6.
pelas mulheres nas sociedades desenvolvidas.

9
10. (VUNESP — 2022) Quarta-feira, 9 de maio de 1945, foi c) à percepção, por parte das nações neocolonizadas, da

.4
33
o primeiro dia de paz na Europa. As celebrações nessa importante contribuição civilizatória oferecida pelos
países europeus; à materialização de um comércio

-4
semana foram ensombradas pelos acontecimentos
no leste da Europa. internacional marcado pela equidade entre nações
Churchill exprimia seu temor de que as infiltrações O
ricas e pobres e ao decréscimo dos gastos das nações
IR
soviéticas na Europa Central e nos Balcãs conduzis- com armamento.
M

d) à contraditória recuperação da população do campo


A

sem a uma terceira guerra mundial. Perturbado por


R

notícias acerca da iminente partida para o Pacífico de nas nações mais ricas; ao aumento da igualdade eco-
E

pelo menos metade das tropas americanas na Europa, nômica entre as nações desenvolvidas e as nações
R

Churchill alertava para o fato de que os russos ainda mais pobres e o frágil desenvolvimento científico- tec-
EI

podiam manter grandes efetivos em campo, ainda por nológico fora das fronteiras norte-americanas.
R
IF

um longo período de tempo. e) à extraordinária proteção à economia das nações mais


N

pobres realizada pelo Banco Mundial e pelo FMI; à con-


LI

(Martin Gilbert. Churchill: uma vida, vol. 2, 2016. p. 315. Adaptado) quista da universalização do acesso à escola, mesmo
O

nas nações subdesenvolvidas e ao fortalecimento


R

geopolítico e econômico do continente europeu.


A

O resultado da Segunda Guerra Mundial, que já se


K

esboçava em maio de 1945,


LI

12. (VUNESP — 2022) Leia o trecho do discurso do ex-pri-


IE

a) provocou a fusão das economias industriais desenvolvi- meiro-ministro inglês Winston Churchill, pronunciado
C

das por meio da adoção de um único padrão monetário. na cidade norte-americana de Fulton, em 1946.
A
R

b) dividiu o mundo entre países predominantemente


G

capitalistas na Europa ocidental e predominantes De Stettin, no Báltico, a Trieste, no Adriático, desceu


socialistas no extremo oriente. uma cortina de ferro sobre o continente. Por trás des-
c) consolidou a democracia liberal nos países da aliança sa linha estão todas as capitais dos antigos Estados
militar de combate aos Estados fascistas totalitários. da Europa Central e Oriental: Varsóvia, Berlim, Viena,
d) reconfigurou as relações internacionais de poder com Budapeste, Belgrado, Sófia e Bucareste.
HISTÓRIA GERAL

a emergência de regimes anticapitalistas em países


do continente europeu. (Martin Gilbert. Churchill: uma vida, 2016.)
e) manteve a integridade territorial da Alemanha como uma
barreira militar contrária à expansão do comunismo. Nesse discurso foi empregada a expressão “cortina
de ferro”, que se referiu, em grande parte da segunda
11. (VUNESP — 2022) O mundo, ou seus aspectos relevan- metade do século XX,
tes, tornou-se pós- -industrial, pós-imperial, pós-mo-
derno, pós-estruturalista, pós-marxista, pós-Gutenberg, a) às nações contrárias ao totalitarismo fascista na
qualquer coisa. […] a transformação mais sensacional, Segunda Guerra Mundial.
rápida e universal na história humana entrou na cons- b) à divisão do mundo em economias industrializadas e
ciência das mentes pensadoras que a viveram. subdesenvolvidas. 129
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
c) à comunidade econômico-monetária dos países da d) aceita a criação da OTAN, mas exige que o Ocidente
Europa Oriental. tenha a mesma relação com o recém-fundado Pacto
d) aos países socialistas liderados por uma potência de Varsóvia.
dotada de armas nucleares. e) avalia como positivas as ações soviéticas nos proces-
e) à emergência de Estados devido à dissolução de sos de libertação colonial na Ásia e na África.
impérios como o Austro-húngaro.
15. (VUNESP — 2022) A ecologia está em toda parte:
13. (VUNESP — 2022) Uma das teses que mais se dis- Mas que ecologia? “Preservar o meio ambiente é, para
seminaram no período da Guerra Fria foi a chama- a Louis Vuitton, muito mais do que uma obrigação: é
da Doutrina de Segurança Nacional. Essa doutrina, um imperativo, um motor de competividade”, explica o
desenvolvida nos Estados Unidos e divulgada entre os grupo especializado em artigos de luxo. Entre 1993 e
seus aliados em sua zona de influência, foi uma das 2021, o número de países europeus cujo governo conta
armas teóricas que formaram gerações de lideranças com um ministro ligado aos partidos da ecologia polí-
militares e civis […] tica passou de um para onze. O bom resultado obtido
pelos Verdes nas eleições legislativas alemãs de 26 de
(Marcos Napolitano, História contemporânea 2: do entreguerras à setembro de 2021 (14,8%), por exemplo, pode ser mais
nova ordem mundial. São Paulo: Contexto, 2020, p. 61) bem avaliado quando detalhamos as características
sociológicas de um eleitorado mais jovem, urbano, oci-
Tal doutrina dental, abastado e feminino. O partido obteve os votos
de apenas 8% dos trabalhadores braçais.
a) considerava o comunismo uma ameaça internacional,
que precisava ser combatida em todas as frentes, que (Benoît Bréville e Pierre Rimbert. “Os ecologistas no poder: amornar
não se limitaria ao campo militar, abrangendo o econô- a fervura”. Le monde diplomatique Brasil, dezembro de 2021.
mico, o político e o cultural, e todos os países antico- Adaptado.)
munistas deveriam cooperar entre si.
b) preconizava que as nações capitalistas, pobres ou O excerto faz um balanço do movimento ambientalista
ricas, tratassem as nações socialistas sob a influência europeu,
do Pacto de Varsóvia como inimigas e que não travas-
sem quaisquer contatos com elas, seja no campo eco- a) denunciando a adesão desse movimento ao equilíbrio

69
nômico, diplomático ou cultural. político internacional.

8-
c) defendia que o mundo ocidental corria riscos com a b) demonstrando a inconsistência programática desse

86
consistente expansão do socialismo real, mas reco- movimento aos olhos dos grupos sociais.

6.
nhecia que a reconstrução europeia depois da Segun- c) expondo o papel de contestação desse movimento

9
.4
da Guerra dependia da planificação econômica. aos grandes conglomerados econômicos.

33
d) compreendia que o avanço da ordem socialista colo- d) problematizando os resultados políticos desse movi-

-4
cava em risco a paz mundial e que o combate a essa mento do ponto de vista socioeconômico.
ordem precisava ser feito, prioritariamente, por meio e) revelando a oposição desse movimento à estrutura
O
IR
de ações dirigidas, pelas nações capitalistas, na ONU político- eleitoral convencional.
M
e em outros organismos internacionais.
A

e) entendia que a sobrevivência do mundo chamado


9 GABARITO
R

mundo livre dependia da destruição militar do mundo


E

socialista, dessa forma, era fundamental que os Esta-


R
EI

dos capitalistas controlassem e dirigissem o desen- 1 B


R

volvimento científico-tecnológico.
IF

2 E
N

14. (VUNESP — 2021) Leia o excerto de um discurso do líder


LI

soviético Nikita Kruschev, em 06 de junho de 1956. 3 D


O
R

4 C
A

Pode ser que vosso vizinho vos seja simpático, ou não.


K

Não tendes a obrigação de ser seus amigos ou de visi- 5 D


LI

tá-los. Porém, viveis lado a lado, e que fazer se nem nós


IE

nem ele se dispõem a deixar o lugar a que estão habi- 6 E


C

tuados, para se fixar em outra cidade? Com muito maior


A

7 A
R

razão, o mesmo ocorre nas relações entre os Estados.


G

[…] Quer nosso vizinho vos agrade ou não, não há outra 8 D


coisa a fazer senão encontrar um terreno de entendi-
mento com ele, pois nós temos um só planeta. 9 A

(apud Adhemar Martins Marques et al., História do tempo presente)


10 D

11 B
Considerando o contexto histórico dessa manifesta-
ção, é correto afirmar que o líder soviético 12 D

a) considera o armamentismo dos EUA um perigo à paz 13 A


mundial, decidindo dotar a URSS com armas nucleares. 14 C
b) condena a interferência dos EUA em países da Cortina
de Ferro, sob a influência soviética. 15 D
c) sinaliza a possibilidade de um acordo em bases dife-
rentes entre as duas superpotências.
130
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Embora algumas nações, como Portugal, Espanha
e França já fossem reconhecidas como potências mun-
diais, com as suas economias baseadas em atividades
manufaturadas, a primeira Ordem Mundial foi estabe-

GEOGRAFIA GERALE
lecida por meio da consolidação do Reino Unido como
uma grande nação hegemônica entre o século XVIII
e parte do século XIX (ordem unipolar – somente um
GEOGRAFIA DO BRASIL país exercendo o processo de influências e agindo de
forma hegemônica), é importante destacar o expres-
sivo poder marítimo e comercial, atrelado ao desen-
volvimento de seu processo produtivo no contexto da
Primeira Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra
A NOVA ORDEM MUNDIAL, O ESPAÇO por volta de 1750, com a transição da economia manu-
GEOPOLÍTICO E A GLOBALIZAÇÃO fatureira para a economia maquinofatureira.
Essa supremacia exercida pelos britânicos ocorreu
O Termo poder pode ser definido como “o direito até meados do século XIX, quando havia o processo de
ou a capacidade de decidir, agir e ter voz de mando; industrialização e expansão das áreas de influências
autoridade”, ou ainda, “como a supremacia em dirigir de algumas nações como França, Alemanha, Rússia
e governar ações de outrem pela imposição da obe- e Japão. Por meio da expansão das áreas de influên-
diência; domínio, influência”. Esses conceitos são bas- cias destas potências para regiões como África, Ásia
tante elucidativos, mas de que forma essas relações de e Oceania, em um contexto conhecido como Imperia-
poder se aplicam à geopolítica mundial? lismo ou Neocolonialismo, ocorreu nestas colônias a
Para compreendermos esse processo é necessá- formação de uma divisão internacional do trabalho
rio entender qual é o significado de Ordem Mundial: (DIT), na qual as áreas e países colonizados forneciam
uma forma de equilíbrio de poder que existe no cená- para as suas metrópoles europeias matérias-primas
rio internacional, mundial, global em um determi- de baixo custo e valor agregado, funcionado como
nado momento e período histórico da humanidade. uma economia complementar de sua metrópole.
É comum que essa forma de equilíbrio de poder se Essa Primeira Ordem Mundial tem seu término

69
encontra atrelada a momentos específicos em que com o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, quan-

8-
o crescimento econômico, as disputas políticas e/ou do as potências europeias se encontram enfraqueci-

86
comerciais e até mesmo os períodos de instabilidades das em vários aspectos, em especial o financeiro, oca-

6.
sionado pelos gastos com o conflito, e com um grande

9
diplomáticas podem alterar a ordem vigente.

.4
O conceito de Ordem Mundial é contestado por desafio pela frente que seria o processo de reconstru-

33
vários estudiosos, bem como por diplomatas e especialis- ção no período pós Guerra. Esse enfraquecimento das

-4
tas em política internacional, como o ex-secretário esta- potências europeias proporcionou o processo de inde-

O
dunidense Henry Kissinger, que acredita que o mundo pendência de suas colônias na África, Ásia e Oceania.
IR
no atual momento esteja passando por uma desordem. Sendo assim, ocorreu o deslocamento do centro
M

Segundo Kissinger, a comunidade internacional não de poder mundial para os países que saíram vitorio-
A

possui e não apresenta, de uma maneira clara e objeti- sos na Segunda Guerra Mundial, e emergiram como
R

va, um conjunto de metas, métodos e até mesmo limites. potências econômicas e políticas no pós guerra: EUA
E
R

De acordo com Kissinger, existe a necessidade de e URSS, tinha início então uma nova Ordem Mundial.
EI

se construir uma ordem capaz de equilibrar os dese-


R

jos conflitantes das nações, que são divididas em dois A Segunda Ordem Mundial: 1945 a 1991
IF

grupos diferentes:
N
LI

Em uma linha temporal, a Ordem Bipolar ou


O

z Potência Ocidentais: estabeleceram as regras Segunda Ordem Mundial tem relação direta com a
R

vigentes, como os EUA; forma que o mundo se organizou do ponto de vista


A
K

z Potências emergentes: que não aceitam essas regras, geopolítico e econômico no período posterior ao da
LI

com destaque para a China, Rússia e Mundo Islâmico. Segunda Guerra Mundial.
IE

O conflito militar global, conhecido como Segunda


C

Ao longo da história foram constatados períodos Guerra Mundial, que ocorreu entre 1939 e 1945, assim
A

de ordem mundial e, para muitos, isso ainda ocorre como a Primeira Guerra Mundial, evidenciava a neces-
R
G

na contemporaneidade. Tais períodos poderiam ser sidade de reafirmação de uma Ordem Mundial em um
divididos em três momentos distintos, mas que mui- mundo que, desde o início do século XX, presenciava
tas vezes se complementam. um ambiente de pseudomultipolaridade. Entende-se
Abordaremos as três Ordens Mundiais existentes como multipolaridade um cenário que conta com
no mundo moderno e contemporâneo – entre os sécu- vários países na condução do processo de formação e
GEOGRAFIA GERAL

los XVIII e XXI. atuação nos ambientes político, econômico, militar e


financeiro, dentro de um contexto de Ordem Mundial.
A Primeira Ordem Mundial: Séculos XVIII ao XX Entende-se tal situação, então, como pseudomultipo-
laridade, pois o cenário político já apresentava vários
Para que ocorra a consolidação de uma ordem atores no cenário global, exercendo suas influências,
mundial é necessário que o processo de globalização porém, ainda existia um certo controle por uma única
já esteja em andamento, pois, para que uma Ordem potência, no caso, a Inglaterra.
Mundial se torne realidade, é necessário um mínimo Já nesse cenário de pseudomultipolaridade, diver-
processo de inter-relação entre as diversas nações, sas nações buscavam o seu fortalecimento por meio
povos e territórios do mundo, as quais virão a sofrer a de seus domínios imperialistas, tanto de forma territo-
influência ou até mesmo a hegemonia de outras. rial quanto por meio de ações políticas e econômicas. 131
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A Segunda Guerra Mundial pode ser considerada O período pode ser explicado em uma frase do filó-
como a mais abrangente da história, pois diversos paí- sofo francês Raymond Aron como um tempo em que
ses se organizaram em duas alianças militares opos- “a guerra era improvável, e a paz, impossível”. Essa
tas: os Aliados e o Eixo. Com mais de 100 milhões de comparação pode ser comprovada, dado que, mesmo
militares mobilizados e com mais de 70 milhões de com diversos momentos de tensão e conflitos indire-
mortos, o resultado final do confronto teve como con- tos, uma guerra direta entre Estados Unidos e União
sequência uma nova forma de organização geopolíti- Soviética não era interessante a nenhum dos dois
ca e econômica do mundo. lados. As duas grandes potências da época tiveram
Entre 17 de Julho e 2 de agosto de 1945 ocorreu a influências em conflitos internacionais entre as déca-
Conferência de Potsdam (cidade a sudoeste de Berlim), das de 1950 e 1970, entre os quais é possível destacar:
essa conferência reuniu Estados Unidos, Reino Unido Guerra das Coreias (1950-1953), Revolução Húngara
e União Soviética, que estabeleceram várias diretri- (1956), Guerra do Vietnã (1960 – 1975), Crise dos Mís-
zes políticas e econômicas para a Alemanha no pós- seis de Cuba (1962), Primavera de Praga, na Tchecoslo-
-guerra. Muitos já consideravam o processo de divisão váquia (1968), Guerra do Afeganistão (1979).
administrativa da Alemanha em quatro zonas de ocu- Dentro de um contexto de medo e incerteza, atrair
pação feita pelo Conselho Interaliado, o primeiro pas- cada vez mais aliados para o lado de cada uma das
so para a segregação política-ideológica que tomaria potências tornou-se algo prioritário, assim como pre-
conta de toda a Europa nas décadas seguintes. parar-se para se defender de ataques inimigos. Em
Por causa de atritos internos, a partir de 1948, a um contexto mundial, no qual a qualquer momento
URSS considerou extinto o Conselho Interaliado e blo- poderia ocorrer uma guerra nuclear, duas grandes
queou a zona oriental de Berlim, o que levou à sepa- organizações militares começaram a surgir e juntar
ração, de fato, entre as duas Alemanhas. No dia 23 as nações nos dois lados do confronto. Elas foram a
de maio de 1949, entrou em vigor a lei Fundamental, Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN
assinada por Estados Unidos, Reino Unido e França, ou NATO, em inglês), criada em 1949, e o Pacto de
que deu origem à República Federal da Alemanha Varsóvia (URSS), criado em 1955.
(RFA), de caráter capitalista. Em dezembro de 1988, Mikhail Gorbatchev, líder
Temendo o avanço socialista em uma Europa arra- da União Soviética na época, anunciou a chamada
sada economicamente, e, consequentemente, nos Doutrina Sinatra, que contribuiu para a aceleração
demais países do mundo, em 12 de março de 1947, o das mudanças que varreram o Leste Europeu e que

69
então presidente dos EUA, Harry Truman, apresen- culminaram na total dissolução do Pacto de Varsóvia,

8-
tou ao Congresso as diretrizes da sua nova política no início dos anos 1990. O enfraquecimento do Pacto

86
externa, que exigia esforços especiais para combater de Varsóvia e a conseguinte Queda do Muro de Ber-

6.
a expansão dos soviéticos no mundo. lim, em 9 de novembro de 1989, depois de 28 anos de

9
existência, marcam o início da derrocada da Guerra

.4
Dentre as principais propostas estavam a Doutrina

33
Truman e o Plano Marshall. A doutrina que levava o Fria, assim como da velha ordem mundial.

-4
sobrenome do ex-presidente, explicitava que o mun-
do, a partir daquele momento, estaria dividido entre A Terceira Ordem Mundial
dois sistemas: aqueles formados por governos livres O
IR
e apoiados na vontade da maioria (democráticos), e O processo de desintegração da URSS, seu conse-
M

outros, totalitários (comunistas), apoiados na vontade


A

quente enfraquecimento e sua desorganização políti-


R

de uma minoria imposta à força a uma maioria. ca, foram responsáveis por determinar a formação de
E

Um dos pontos fortes dessa doutrina de contenção uma Nova Ordem Mundial.
R

política era a ajuda econômica aos países conhecidos Com o processo de independência dos países que
EI

como “elos frágeis”, por meio do plano de ajuda e recu- formavam a antiga URSS, e a posterior formação da
R
IF

peração econômica conhecido como Plano Marshall. Comunidade dos Estados Independentes (CEI), bloco
A Doutrina Truman promoveu um real antagonismo que a Rússia, maior república soviética, criou para
N
LI

entre as duas superpotências que já dominavam o pla- manter o domínio ou pelo menos as influências sobre
O

co internacional pós guerra, acirrando o período que os países do leste europeu, um ponto final na ordem
R

ficou conhecido como Guerra Fria. bipolar e na Guerra Fria estava preste a acontecer.
A

Atualmente chamada de Velha Ordem Mundial,


K

A partir de 1991 começa a ocorrer a abertura de


a ordem mundial bipolar (dois polos de influência e
LI

novos horizontes geopolíticos e econômicos que deram


IE

atuação: capitalista, representado pelos EUA; socialis- início à ordem mundial multipolar: desde então não
C

ta, representado pela URSS), teve início com o término existe mais o socialismo enquanto sistema socioeconô-
A

da Segunda Guerra Mundial (1945) e a consequente mico e o capitalismo passa a ter vários polos de influên-
R

disputa geopolítica entre EUA e URSS. Esses dois Esta- cia, caracterizando assim a Nova Ordem Mundial.
G

dos emergiram como grandes potências mundiais que De uma maneira diferente do que ocorreu durante
lutaram pela hegemonia econômica, militar, política a Ordem Bipolar, as potências do novo mundo mul-
e cultural do mundo, tendo como reflexo dessa dispu- tipolar são os países que detém poderio econômico,
ta as corridas pelo desenvolvimento das tecnologias embora não há como descartar, no aspecto geopolíti-
espacial e armamentista, as guerras que foram palco co, o poder bélico dos EUA.
de conflitos indiretos (Vietnã, Coreias, Afeganistão) e o Em relação à questão econômica, destacam-se os
conflito ideológico entre sistemas políticos e socioeco- países considerados no cenário atual como os novos
nômicos opostos: capitalismo e socialismo. “polos de poder”. Além dos EUA, estão também nesse
Esse período histórico foi marcado por uma inten- grupo o Japão, os países da União Europeia e a China.
sa disseminação de ideologias pelas duas superpotên- Em um contexto mais recente, principalmente a partir
cias que, para o caso de um conflito bélico (possivel- do início dos anos 2000, não pode-se ignorar também
mente nuclear) em larga escala, buscavam conquistar o papel exercido pela Rússia, que passou a aumentar
cada vez mais países para fortalecerem suas fileiras. A sua influência após um longo período de sucessivas
bipolaridade entre o leste socialista e oeste capitalista crises econômicas. A quantidade de atores nesse novo
só se encerrou em 1991 com o desmembramento da cenário geopolítico mundial demonstra que a Nova
132 URSS. Ordem Mundial ainda está em processo de formação.
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O mundo multipolarizado se apresentou com um Mesmo com a consolidação do modelo neoliberal,
maior processo de integração entre os países graças ideologia que propõe uma menor interferência do
ao fenômeno da globalização internacional. Nos dias Estado na tomada de decisões relacionadas às ques-
atuais, ocorre entre as várias nações do mundo um tões econômicas, e as ideias neoliberais estarem atre-
constante processo de cooperação, uma maior inter-
ladas ao processo de globalização e vice-versa, a ori-
dependência que pode ser facilmente percebida no
aspecto econômico (assim como na questão política), gem deste termo ainda gera várias discussões, sendo
e isso fica evidente a partir da formação de merca- que a hipótese mais aceita é a de que o termo surge em
dos regionais, que ficaram mundialmente conhecidos meados dos anos 60, onde o teórico Marshall Mcluhan
como blocos econômicos. e o cientista político Zbigniew Brzezinski descrevem
Sendo assim, a velha divisão do mundo em Leste ideias consideradas inovadoras sobre o tema em seus
(socialista) e Oeste (capitalista) deu lugar a uma nova livros “Guerra e Paz na Aldeia Global” e “A Revolução
forma de regionalização, o que é representada pelos
Tecnotrônica”.
países do Norte (ricos) e os países do Sul (pobres), que
Nas obras, os autores apresentam termos como
mesmo com diferenças socioeconômicas e estrutu-
rais, ainda promovem um processo de integração e aldeia global e sociedade global, que buscavam con-
interdependência internacional. textualizar e caracterizar as variadas mudanças que
Mas afinal o que é o processo de globalização? vinham acontecendo, em especial aquelas de cunho
Quais são suas principais características? tecnológico, que estavam ligadas principalmente à
questão da comunicação global. E essa questão de
comunicação em escala global passou a ser uma reali-
Importante! dade a partir da cobertura da Guerra do Vietnã pelas
A globalização pode ser compreendida como um redes de televisão e também pela cobertura de acon-
conjunto de fatores e acontecimentos que vem tecimentos posteriores como o Massacre na Praça da
determinando de forma cada vez mais intensa a Paz Celestial ocorrido na China em 1988, e pela Queda
integração e a interdependência entre os diver- do Muro de Berlim em 1989.
sos países do mundo nos seguintes aspectos: O surgimento dessa aldeia global proporcionaria

69
político, econômico, comercial, financeiro, cul- um maior estreitamento dos laços entre as nações do

8-
tural, territorial e social. mundo, que realizariam entre si um volume cada vez

86
maior e mais complexo de transações financeiras, por

96.
A globalização pode ser vista também como o pro- meio da expansão das grandes empresas multinacio-

.4
33
cesso pelo qual a economia do mundo identifica-se nais para diversas localidades do globo, formando
como a economia mundial, ou seja, o espaço mundial

-4
assim um gigante e avassalador aumento do mercado
adquire dessa forma uma unidade. consumidor internacional.
Em um contexto histórico, o processo de globaliza-
O
IR
O término da Guerra Fria e da Velha Ordem Mun-
ção pode ser visto como o momento em que os seres
M

dial Bipolar serviu para aquecer ainda mais os moto-


humanos, que até certo tempo atrás viviam isola-
A

res do processo de globalização, processo que se


R

dos em seus países e continentes, passaram a tomar


E

conhecimento de sociedades que habitavam regiões expandia para alguns países que estavam bem distan-
R

além-mar e passaram também a promover uma tes do capitalismo internacional globalizado. A antiga
EI

maior interação, em especial por meio das práticas Divisão Internacional do Trabalho (DIT) passou por
R
IF

comerciais. Assim fica fácil compreender o processo um processo de transformação e reformulação, sendo
N

conhecido com as Grandes Navegações ou a Expan- adequada para esta nova realidade, em especial pelo
LI

são Marítimo Comercial Europeia, esse fenômeno que processo de formação e consequente expansão dos
O

aproximou povos de diversas localidades pode ser


R

blocos econômicos, e também pelo processo de inter-


A

considerado o início do processo de globalização.


dependência da econômica mundial.
K

As fases seguintes do processo de globalização


LI

podem ser descritas e exemplificadas por meio do O mundo parecia estar cada vez menor, o chamado
IE

neocolonialismo europeu nos continentes africa- encolhimento do sistema mundo, pois o processo de
C

no e asiático, a industrialização de várias nações globalização e de mundialização de hábitos permitiu


A
R

europeias, com destaque para Inglaterra, França, que ficasse cada vez mais barata, rápida e fácil (mes-
G

Alemanha, e também para o período ocorrido após a mo que sendo somente para alguns grupos de países,
2ª Guerra Mundial, que mesmo com as tensões pro-
pois a integração não ocorreu de forma homogênea) a
vocadas pela Guerra Fria, não impediu o processo de
obtenção de informações, conhecimento e influências
globalização, que atingiu seu ápice com o colapso do
socialismo entre os anos de 1989 e 1991. nos processos de transações comerciais, culturais e
GEOGRAFIA GERAL

É importante destacar que o processo de globaliza- econômicas mundo afora.


ção é um fenômeno de caráter capitalista, que cresceu As consequências desse processo ainda estão em
e ocorreu com o fortalecimento baseado na lei da ofer- consolidação, e a humanidade ainda não sabe por
ta e da procura, na incansável e interminável busca completo quais as extensões exatas que as mudanças
pelo lucro. Estes fenômenos estavam acompanhados que ainda ocorrerão no mundo nos próximos anos e
diretamente pelo processo de desenvolvimento das
décadas podem acarretar.
redes de transportes e de telecomunicações, promo-
vendo assim a aniquilação do espaço pelo tempo, ou A fase atual do processo de globalização pode ser
seja, passando a permitir um maior fluxo nas relações caracterizada como fenômeno comum, com conse-
e nos deslocamentos de pessoas, serviços, materiais e quências positivas e negativas, dentre as consequên-
finanças. cias da globalização podemos destacar: 133
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PONTOS POSITIVOS PONTOS NEGATIVOS

z Maior abertura e maior internacionalização dos z Aumento do desemprego


mercados z Aumento da desigualdade social e redução de políticas
z Crescimento industrial que proporciona o aumento da públicas que visem o bem-estar do cidadão
oferta de produtos z Maior possibilidade de ocorrência de crises financei-
z Aumento da concorrência internacional e de uma maior ras que podem afetar vários países em escala global
flexibilização dos preços z Aumento das dívidas externas dos países, assim como
z Constante avanço tecnológico e desenvolvimento dos um aumento da dependência econômica entre as
meios de transportes e de telecomunicações nações do mundo

Desta forma, o processo de globalização, visto antes como um processo com aspectos positivos, acabou por se
mostrar como algo muito mais nocivo a humanidade, além de mais complexo e excludente como poucos imagi-
navam até então.

OS PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS


Os recursos naturais são os elementos presentes na natureza, que o ser humano usa para o desenvolvimento
da civilização, a sobrevivência e o bem-estar da sociedade.
É de extrema importância que os seres humanos foquem na necessidade de preservar seus recursos naturais,
usando-os de forma racional e disciplinada e preocupando-se com o critério da esgotabilidade, que seria o fim
da capacidade do planeta Terra em oferecer estes recursos. Na tentativa de buscar soluções para a problemática
ambiental, as lideranças mundiais ao longo do século XX realizaram encontros, conferências e acordos para ame-
nizar os danos causados nesta relação homem-meio e que é prejudicial a todos.

69
O despertar para a questão ambiental ganha força com o movimento ambientalista dos anos 60, intensificando

8-
a atenção política para as questões ambientais. Nesse contexto surge o Clube de Roma, formado por industriais,

86
chefes de Estado e profissionais ligados ao movimento ambientalista. O objetivo desta reunião ocorrida em 1968

6.
era traçar metas e soluções para a problemática ambiental que deveriam ser tomadas em prol das gerações futu-

9
ras e para uma relação de harmonia entre os seres humanos e o meio ambiente. A partir da reunião do Clube de

.4
Roma, ficou decidida a realização de uma grande conferência ambiental que seria realizada no ano de 1972.

33
Após as decisões tomadas pelo Clube de Roma, os planos de ações pensados para a questão ambiental propor-

-4
cionaram a realização da Conferência de Estocolmo na Suécia, onde foram discutias questões como a possibili-
O
dade de crescimento econômico zero. Após estudos realizados pelo Massachusets Institute of Technology (MIT),
IR
que alertava as autoridades para um colapso ambiental, a proposta de desacelerar seus programas industriais
M

que estavam a todo vapor nos anos 70 não agradou as grandes potências econômicas do mundo, e os países mais
A
R

pobres que ansiavam por uma melhoria nas suas condições econômicas acabaram também por rejeitar essa
E

proposta.
R

Porém, nem tudo que foi discutido nessa conferência acabou perdido: dela surgiu as bases para fomentar o
EI
R

Direito Ambiental Internacional, que serviu para nortear as políticas públicas relacionadas ao meio ambiente nas
IF

décadas seguintes e os 26 princípios que as nações deveriam adotar para amenizar a problemática ambiental.
N

Em 1982, foi realizada a Conferência de Nairóbi no Quênia, que teve como principal objetivo avaliar de que
LI

forma as decisões tomadas em Estocolmo tinham avançado. No ano de 1983, foi criada a Comissão Mundial sobre
O

o Meio Ambiente, por pesquisadores e cientistas, e tinha como principais membros dez países desenvolvidos e
R
A

dez países emergentes e era presidida pela primeira-ministra norueguesa Gro Harlem Brundtland. Como conse-
K

quência desse grupo de estudiosos e chefes de Estado, foi elaborado o Relatório Brundtland, que tratava sobre os
LI

principais pontos da sustentabilidade e do desenvolvimento sustentável, relatório que foi oficialmente denomi-
IE

nado Relatório Our Common Future (Nosso Futuro Comum).


C
A
R
G

Importante!
O termo Desenvolvimento Sustentável está relacionado com a exploração de recursos naturais de forma
que não ocorresse a degradação e o esgotamento ao ponto de comprometer a sobrevivências das gerações
futuras.

Na tentativa de diminuir a destruição da camada de Ozônio, responsável por filtrar os raios ultravioletas que
incidem sobre o planeta, foram realizadas a Convenção de Viena, em 1985, e a assinatura do Protocolo de Mon-
treal, em 1987. O objetivo era promover a redução, tanto pelos países desenvolvidos, quanto pelos subdesenvol-
vidos, da emissão dos gases CFC – clorofluorcarbonetos, que são extremamente nocivos a Camada de Ozônio. O
acordo foi assinado por 24 países que participaram da Convenção de Viena, e o Brasil veio a ratificar esse acordo
por meio do Decreto Presidencial nº 99.280 de 1990. De acordo com a ONU, no ano de 2008, o protocolo represen-
tava 191 nações.
No ano de 1992 foi realizada a maior Conferência Ambiental da história: denominada Rio-92, Eco-92 ou Cúpula
134 da Terra, nesta conferência foram definidas ações como:
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z Assinatura da Agenda 21, que trabalharia pela sus-
tentabilidade e justiça social; A NATUREZA BRASILEIRA (RELEVO,
z A criação do painel de mudanças climáticas, em HIDROGRAFIA, CLIMA E VEGETAÇÃO)
inglês United Nations Framework Convention on
Climate Change (UNFCCC), contando com a assina- RELEVO BRASILEIRO
tura de 150 Estados. Após várias negociações com
o objetivo de traçar metas para minimizar os efei- O relevo brasileiro possui como principais carac-
tos das ações antrópicas (causadas pelo homem) terísticas médias e baixas altitudes, ocorre o predomí-
nas mudanças climáticas no século XXI, o principal nio de formas de relevo como planaltos e depressões
ponto de discussão era a estagnação e a redução (que são formações de relevo cuja sua origem é crista-
dos chamados Gases do Efeito Estufa (monóxido lina e sedimentar).
de carbono, dióxido de carbono, metano etc.), com As formações de relevo, planaltos e depressões,
o objetivo de reverter o quadro em relação a esse ocupam em torno de 95% do nosso território. Já as pla-
problema e evitar futuras catástrofes. nícies, que possuem também uma origem sedimentar,
ocupam cerca de 5% do nosso território. Dessa forma,
Também na década de 90, no ano de 1997, foi assi- cerca de 60% do território nacional é composto por
nado o Protocolo de Kyoto, que visava a redução dos bacias sedimentares e os escudos cristalinos represen-
gases causadores do efeito estufa em pelo menos 5%, tam cerca de 40% do todo o território nacional, ocupan-
e a referência seria a quantidade presente no ano de do uma área de 5,000,00 km², as formas mais comuns
1990, e determinava que o principal gás a ser redu- são picos, as serras, as colinas, os morros e as chapadas.
zido era o dióxido de carbono. O Protocolo de Kyoto
entrou em vigor no ano de 2005, e recebe críticas, pois PLANALTOS
existe a não obrigatoriedade de cumprir metas para
São formas também denominadas como platôs,
os países que estão em desenvolvimento, como por
esta formação de relevo tem como principais caracte-
exemplo Brasil, China e Índia.
rísticas sua formação elevada e plana, com altura aci-
Para alcançar as metas foi criado o Mecanismo de
ma de 300 metros, e estão submetidos a um constante
Desenvolvimento Limpo (MDL), e a venda de créditos

69
processo erosivo.
de carbono, comercializado pelas empresas do país, Os planaltos podem ser classificados de acordo

8-
pela poluição que os países deixaram de emitir.

86
com a sua formação geológica:
A Conferência de Joanesburgo, na África do Sul,

6.
realizada em 2002, ficou também conhecida como

9
z Os planaltos sedimentares são formados por

.4
Rio +10. Nesta conferência foram propostas medidas rochas sedimentares;

33
como: a busca para tentar diminuir as desigualda- z Os planaltos cristalinos são formados por rochas

-4
des comerciais entre os países pobres e ricos, além cristalinas;

O
de uma análise das propostas de políticas ambientais z Os planaltos basálticos são formados por rochas
IR
que foram propostas em anos anteriores, mas que de origem vulcânica.
M

sofriam grandes dificuldades em sua implementação,


A
R

pois o esforço desempenhado não era o mesmo entre Dentre os principais planaltos presentes no territó-
E

as nações, principalmente as ricas. rio brasileiro, podemos destacar:


R

Em 2012 foi realizada, novamente no Rio de Janei-


EI

ro, a Conferência Rio +20, também chamada de Con- z Planalto Central: que tem como destaque a Cha-
R
IF

ferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimen- pada dos Veadeiros, com altitudes que variam
entre 600m e 1650m, localizado nos estados de
N

to Sustentável, com o objetivo do comprometimento


LI

das nações em trabalhar pela solução dos problemas Minas Gerais, Tocantins, Goiás, Mato Grosso e
O

ambientais. Uma questão também discutida nesta Mato Grosso do Sul;


R

z Planalto das Guianas: que está presente no ter-


A

conferência foi a utilização de fontes de energia alter-


K

nativas ou limpas, e a busca pela redução da desigual- ritório brasileiro nos estados do Amazonas, Pará,
LI

dade e da miséria em todo o mundo. Roraima e Amapá, se estendendo também para


IE

países vizinhos na América do Sul como: Vene-


No ano de 2015 foi assinado um compromisso
C

zuela, Colômbia, Suriname, Guiana Francesa e


A

mundial sobre as mudanças climáticas, que prevê


Guiana. Nesta formação de relevo está localizado
R

também a redução dos gases do efeito estufa. Esse


G

o ponto de maior altitude do Brasil, que é o Pico da


compromisso recebeu o nome de Acordo de Paris. Neblina, com altitude de 3,000 metros, na Serra do
Para que o acordo fosse ratificado era necessário que Imeri no estado do Amazonas;
os países responsáveis por cerca de 55% dos poluen- z Planalto Brasileiro: é constituído pelas seguintes
tes emitidos o assinassem. No dia 12 de dezembro de formações: Planalto Central, Planalto Meridional,
GEOGRAFIA GERAL

2015, após várias rodadas de negociações, o acordo Planaltos do Leste e Sudeste, Planaltos do Mara-
foi assinado por 195 países, sendo que deste total, 147 nhão e Piauí, Planalto Nordestino, e pelo Planalto
países ratificaram. Esse acordo passou a vigorar em 4 Uruguaio-Rio-Grandense, destaque para o Pico da
de novembro de 2016. Bandeira, localizado na Serra do Caparaó, com alti-
No ano de 2017, os EUA, um dos principais emisso- tude em torno de 2900 metros.
res de poluentes, saem do acordo, por conta de uma
política adotada pelo ex-presidente Donald Trump. PLANÍCIES
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, já
prometeu colocar o país de volta no acordo e cumprir São formações que ocupam uma área em torno de
as propostas realizadas para chegarem no objetivo 3.000.000 km² de todo o território nacional, com des-
final e comum. taque para as seguintes áreas: 135
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z Planície Amazônica: é considerada a maior área de em torno de 18ºC, porém, no período de inverno as
terras com baixa altimetria do país, está localizada quedas de temperaturas podem ser bem maiores;
principalmente no estado de Rondônia, as formas z Clima Tropical de Altitude: este tipo climático está
de planícies mais presentes aqui são as planícies de presente na região Sudeste do país, e devido a alti-
várzeas, os baixos planaltos e os terraços fluviais; metria do relevo, suas temperaturas são mais baixas
z Planícies Litorâneas: as faixas de terra localiza- que as temperaturas registradas no tipo climático
das em todo o litoral brasileiro, abrangendo uma tropical, em média os registros são inferiores a 18ºC,
área aproximada de 600 km; podendo ocorrer o registro de temperatura variando
z Planície do Pantanal: que está localizada nos esta- entre 7ºC e 9ºC. As atuações das frentes frias podem
dos do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, uma provocar a ocorrência de geadas. Já em relação ao
das características é que esta região está sujeita as regime de chuvas o clima tropical de altitude possui
um regime semelhante ao clima tropical;
constantes inundações, é a maior área de planície
z Clima Tropical Litorâneo: está presente em toda
inundável do mundo.
a faixa litorânea, principalmente entre o estado do
Rio de Janeiro e o estado do Rio Grande do Norte,
CLIMAS DO BRASIL a região é quente e chuvosa e possui essas carac-
terísticas por conta da ação da massa de ar Tro-
O território brasileiro encontra-se quase que em sua pical Atlântica. As médias de temperatura anuais
totalidade em regiões de baixas latitudes, principalmente variam entre 18ºC e 26ºC, com pluviosidade em
entre a Linha do Equador e o Trópico de Capricórnio, ou torno de 1.500 mm anuais. No litoral nordestino,
seja, nosso país está localizado na faixa tropical e por esse as chuvas ocorrem com mais frequência no outo-
motivo ocorre o predomínio de climas úmidos e quentes. no e inverno, já no litoral do sudeste, as chuvas são
Também por isso, temos em nosso território regiões que mais constantes e intensas no verão;
apresentam grandes índices de pluviosidade como, por z Clima Tropical: este tipo climático está presente
exemplo, a região norte, e regiões que sofrem com a falta na região Centro-Oeste e suas principais caracte-
e a escassez de chuvas, como o semiárido nordestino. rísticas são verões chuvosos e quentes e invernos
Os principais tipos climáticos do Brasil são os frios e secos. As estações são bem definidas e a
seguintes, classificados de acordo com as zonas cli- média de temperatura anual está acima de 18ºC,

69
máticas da Terra, nosso país possui 6 tipos de clima porém, podem ocorrer momentos em que as tem-
peraturas registradas podem chegar até 7ºC. Em

8-
listados a seguir:

86
relação ao clico de chuvas, a pluviosidade pode
variar entre 1.000 e 1.500 mm por ano;

6.
z Clima Equatorial;

9
z Clima Subtropical; z Clima Semiárido: este tipo climático está presente

.4
na região Nordeste e tem como principais carac-

33
z Clima Tropical de Altitude;
terísticas a ocorrências de chuvas irregulares. São

-4
z Clima Semiárido;
raras em determinadas áreas do sertão nordesti-
z Clima Tropical Litorâneo;
O
no e têm as temperaturas bem elevadas, chegando
z Clima Tropical.
IR
a registrar médias térmicas anuais em torno de
M

27ºC. Possui elevada amplitude térmica por conta


A

Vamos destacar as principais características dos das chuvas irregulares a região sofre com a falta
R

tipos climáticos presentes no território brasileiro: de chuvas e a escassez de água. Essa região faz par-
E
R

te do conhecido Polígono das Secas, área do terri-


EI

z Clima Equatorial: esse tipo climático está localizado tório brasileiro que sofre com a seca.
R

em áreas próximas à Linha do Equador. Tem como


IF

principais características: temperaturas bastantes HIDROGRAFIA BRASILEIRA


N

elevadas em todo o ano e elevado índice pluviomé-


LI

trico. Está presente em toda a região Norte do país e


O

A hidrografia do Brasil é caracterizada por possuir


em partes da região Centro-Oeste. O clima Equatorial
R

cerca de 12% dos cursos d’água do mundo, os rios bra-


A

possui uma média de temperatura anual em torno sileiros estão entre os mais extensos e diversificados,
K

dos 25ºC, com baixa amplitude térmica (a diferença essa diversidade hídrica está relacionada a questões
LI

entre a maior e a menor temperatura registradas) e o como clima, relevo e vegetação. No total o Brasil pos-
IE

ciclo ou regime de chuvas sofre variações constantes


C

sui 12 regiões hidrográficas, os rios foram divididos


de acordo com a atuação das massas de ar.
A

de acordo com a extensão e a vazão de cada um – des-


R

sa forma os rios brasileiros estão classificados em rios


G

Como forma de demonstrar como as massas de ar de grande e pequena vazão.


interferem nessa questão, ocorre o fenômeno climáti- Os rios brasileiros são formados por regimes plu-
co conhecido como friagem, que provoca uma queda viais (chuvas) e são quase em sua totalidade rios de
nas temperaturas, podendo chegar a 10ºC. Esse fenô- planaltos (encachoeirados, com quedas d’água). São
meno é provocado pela atuação da massa de ar fria quase todos perenes, onde o curso d’água é constante
polar, que atua no território brasileiro. durante todo o ano, e também são em maioria rios de
estuário – deságuam direto no oceano.
z Clima Subtropical: é o tipo climático predominan- As principais bacias hidrográficas brasileiras são:
te na região sul, com características bem definidas:
verões quentes e invernos mais frios, mais rigo- z Bacia Amazônica: formada pelo Rio Amazonas e seus
rosos, podendo ocorrer geadas e, em raros casos, afluentes, ocupando uma área de 3.843.402 km², sen-
neve, por conta da atuação da massa de ar polar. do que o Rio Amazonas é o maior do mundo em volu-
No clima subtropical, as chuvas são constantes e me de água e o segundo maior em extensão, ficando
bem distribuídas ao longo do ano, com registros de atrás do Rio Nilo. A área ocupada por esta bacia cor-
pluviosidade que variam entre 1.500 mm e 2.000 responde a 44,63% do território nacional. Destaque
136 mm por ano. As médias térmicas registradas ficam para os afluentes Javari, Jari, Madeira, Tapajós, etc;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Bacia Tocantins Araguaia: essa bacia estende-se por o clima, as unidades de relevo, a cobertura de vege-
uma área de 967.059 km², correspondente a 11,36% tação e também os impactos das ações antrópicas na
do território nacional, está localizada nas regiões Cen- natureza.
tro-Oeste e Norte. Nessa bacia hidrográfica está locali- O mapa abaixo apresenta um breve resumo da
zada a maior ilha fluvial do mundo, a Ilha do Bananal. hidrografia do Brasil.
Como rios de destaque temos: Tocantins e Araguaia,
Garças, Paraná, Rio Sono, Santa Tereza, etc; Bacia Tocantins
z Bacia do Paraguai: ocupa uma área de 361,35 km², Araguaia
Bacia Atlântico
está localizada na região Centro-Oeste, nos estados de Nordeste
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A região onde está Ocidental
localizada o Pantanal é banhada pelo Rio Paraguai; Bacia Bacia do Parnaíba
Amazônica Bacia Atlântico
z Bacia do Rio São Francisco: ocupa uma área de Nordeste
Oriental
641.000 km², que corresponde a 7,52% do territó- Bacia do São
rio nacional, está localizada em estados das regiões Francisco
Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. O rio São Francis- Bacia do
Atlântico Leste
co tem sua nascente na Serra da Canastra em Minas Bacia do
Paraguai Bacia do
Gerais, possui mais de 2.0000 km de trechos que são Bacia do Atlântico Sudeste
aptos a navegação. A região que mais sofre com a Paraná
seca e a falta de água no Brasil – o semiárido nor- Bacia do
Bacia do Atlântico Sul
destino, é banhada pelo rio São Francisco, uma boa Uruguai
parte dos afluentes do São Francisco são temporá-
rios ou intermitentes – que são rios que sofrem uma
redução do seu volume de água em um período do Regiões Hidrográficas do Brasil. Fonte: IBGE.
ano por causa do ciclo de chuvas irregular;
z Bacia do Rio Paraná: localizada na região de
As reservas de água no Brasil estão distribuídas
maior desenvolvimento econômico do país e na
em 12 regiões hidrográficas, que foram agrupadas em
região mais habitada também, presente em esta-
bacias hidrográficas com rios de maior vazão; existem
dos do Centro-Oeste, Sudeste e Sul, ocupa cerca de
também as microbacias localizadas no do litoral brasi-
10,33% do território nacional, destaque para o Rio

69
Paraná com extensão de 2.750 km. Dentre os prin- leiro, formadas por rios que possuem pequena exten-

8-
cipais afluentes do Rio Paraná podemos destacar são e vazão. A seguir, destacamos as principais bacias

86
os rios Tietê, Paranapanema, Paranaíba, Iguaçu; hidrográficas presentes no território brasileiro.

6.
z Podemos destacar também as bacias dos rios Uru-

9
.4
guai no sul do Brasil e parte da Argentina, Bacia Região Hidrográfica Amazônica

33
do Parnaíba, localizada na região Nordeste. Bacia

-4
do Atlântico Nordeste Oriental com destaque para A Região Hidrográfica Amazônica ou Bacia Amazô-
nica tem como principal rio o Amazonas e seus afluen-
O
o Rio Paraíba, Bacia do Atlântico Leste, Bacia do IR
Atlântico Sudeste, com destaque para o rio Paraíba tes. Ocupa uma área de 3.843.402 km², correspondente a
M

do Sul e para o rio Doce, com extensão de 229.972 km². 44,63% do território nacional. Abrange os territórios dos
A

E por último a bacia do Atlântico Sul, com 185.856 estados do Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia, Roraima,
R

km², localizada nos estados da região Sul e na região Pará e Mato Grosso. O rio Amazonas é o maior rio do
E
R

Sudeste, com destaque para os rios Jacuí e Camaquã. mundo em volume de água e o segundo em extensão,
EI

ficando atrás somente do rio Nilo, no Egito.


R

Além das reservas de água superficiais, podemos Podemos destacar como principais afluentes do rio
IF

destacar também os reservatórios subterrâneos que o Amazonas os rios Javari, Juruá, Jutaí, Purus, Madeira,
N

Brasil possui, conhecidos como aquíferos, nosso país Tapajós e Xingu, localizados na margem direita; e os
LI

tem 2 grandes aquíferos.


O

rios Iça, Japurá, Negro, Trombetas e Jari, localizados


O Aquífero Guarani, também conhecido como Aquí-
R

na margem esquerda.
A

fero do Cone Sul ou SAG (Sistema Aquífero Guarani) está


K

localizado na porção sul da América do Sul, é a segunda


Região Hidrográfica Tocantins Araguaia
LI

maior fonte de água doce subterrânea do mundo, ocu-


IE

pando uma área de 1,2 milhões de km², com profundi-


C

dade de 1500 metros, possui um volume de água em A Região Hidrográfica Tocantins Araguaia ou Bacia
A

Tocantins-Araguaia ocupa uma área de 967.059 km²,


R

torno de 45 mil km³, cerca de 70% das reservas de água


G

estão localizadas no território brasileiro. representando cerca de 11,36% do território nacional.


Já o Aquífero Alter do Chão também conhecido Está localizada nos estados de Goiás, Tocantins, Pará,
como SAGA – Sistema Grande Aquífero Amazônia está Maranhão, Mato Grosso, além do Distrito Federal.
localizado na região Norte do país, possui 86 mil km³ No estado do Tocantins, com uma extensão de
de água e 400 mil km² de área. Estudos apontam que 2.600 km, está o rio Araguaia, que abriga a maior ilha
GEOGRAFIA GERAL

o SAGA tem reservas de água suficientes para abaste- fluvial do mundo, a Ilha do Bananal. Os principais rios
cer a população mundial mantendo os atuais níveis de afluentes da Bacia Tocantins Araguaia são: Formoso,
consumo por pelo menos 250 anos. Garças, Bagagem, Tocantíssimo, Paraná, Manuel Alves
O Brasil possui uma das mais extensas e diversifica- Grande, Rio Sono e Santa Tereza.
das reservas de recursos hídricos do planeta. No terri-
tório brasileiro, estão presentes cerca de 12% do total Região Hidrográfica do Paraná
das reservas de água doce existentes em todo o planeta.
Os rios ou cursos d’água brasileiros possuem A Região Hidrográfica do Paraná ou Bacia do Para-
características próprias e complexas resultantes da ná ocupa uma área de 879.860 km², correspondente a
combinação de diversos aspectos geográficos, como 10,33% de todo o território nacional. Localiza-se nos
por exemplo: a região onde os rios estão localizados, estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, 137
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina e o Distrito Fede- território nacional. Localiza-se nos estados do Ceará,
ral, região de maior desenvolvimento econômico e de Rio Grande do Norte Paraíba, Pernambuco e Alagoas.
maior concentração populacional do país. A região possui baixa disponibilidade de água prin-
O principal rio dessa bacia, o Paraná, possui uma cipalmente no período de seca ou estiagem; os prin-
extensão de 2.750 km; sua nascente está localizada cipais rios localizados na região são o Capibaribe,
entre os estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Paraíba, Jaguaribe e Acaraú.
Grosso do Sul e corre na fronteira do Brasil com o
Paraguai até desaguar no rio Iguaçu. Os principais Região Hidrográfica do Parnaíba
afluentes são o rio Grande, Iguaçu, Paranaíba, Para-
napanema, Paraná e Tietê. A Região Hidrográfica do Parnaíba ou Bacia do
Parnaíba ocupa uma área de 344.112 km², que equiva-
Região Hidrográfica do São Francisco le a 4,04% do território nacional. Localizada nos esta-
dos do Piauí, Maranhão e Ceará. A maioria dos seus
A Região Hidrográfica do São Francisco ou Bacia do afluentes são rios perenes e abastecidos por águas
Rio São Francisco ocupa uma área de 641.000 km², abran- pluviais e subterrâneas.
gendo área equivalente a 7,52% do território nacional.
Localiza-se nos estados de Minas Gerais, Goiás, Bahia, Per- Região Hidrográfica Atlântico Leste
nambuco, Alagoas, Sergipe e também o Distrito Federal.
O rio São Francisco percorre todo o Sertão nordes- A Região Hidrográfica do Atlântico Leste ou Bacia
tino, região mais seca do Brasil. Suas águas são usadas Hidrográfica do Atlântico Leste ocupa uma área de
principalmente para abastecimento, lazer e irrigação. 374.677 km², que equivale a 4,4% do território nacio-
O rio São Francisco possui mais de 2.000 km de tre- nal. Localiza-se em parte dos estados de Sergipe, Bah-
cho navegáveis. Existem 158 afluentes; cerca de 90 são ia, Minas Gerais e Espírito Santo. Seus principais rios
perenes e 68 são temporários. Como principais afluen- são o Paraguaçu, São Mateus, Pardo, Salinas, Contas,
tes, destacam-se os rios Das Velhas, Abaeté, Correntes, Jequitinhonha e Mucuri.
Jequitaí, Verde Grande e Paracatu.
Região Hidrográfica Atlântico Sudeste
Região Hidrográfica do Paraguai

69
A Região Hidrográfica do Atlântico Sudeste ou Bacia

8-
A Região Hidrográfica do Paraguai ou Bacia do Hidrográfica do Atlântico Sudeste ocupa uma área de

86
Paraguai ocupa uma área de 361,35 km² e está locali- 229.972 km², equivalente a uma área de 2,7% do territó-

6.
zada nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. rio nacional. Localiza-se nos estados do Espírito Santo,

9
.4
O rio Paraguai tem sua nascente localizada na Cha- Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e no litoral do

33
pada dos Parecis, no estado do Mato Grosso. Ao lon- Paraná. Destaque para os rios Parnaíba do Sul e Doce.

-4
go de seu percurso em direção ao sul, recebe vários

O
afluentes, com destaque aos rios Cuiabá, Taquari, São Região Hidrográfica Atlântico Sul
IR
Lourenço, Negro e Miranda.
M

O rio percorre todo o Pantanal Mato-Grossense, con- A Região Hidrográfica Atlântico Sul ou Bacia Hidro-
A

siderado uma das maiores áreas úmidas contínuas do gráfica Atlântico Sul ocupa uma área de 185.856km², que
R

planeta. O Pantanal age como um grande reservatório, corresponde a 2,18% do território nacional. Tem início
E
R

concentrando a maior parte da água vinda do planalto, na divisa dos estados de São Paulo e Paraná e se estende
EI

e contribui para a regulação da vazão do rio Paraguai. até o Arroio Chuí no extremo sul do país. Compreende os
R

Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.


IF

Região Hidrográfica do Uruguai Na região, predominam rios de pequeno porte que


N
LI

escoam diretamente para o mar, com exceção dos rios


O

A Região Hidrográfica do Uruguai ou Bacia do Uru- Itajaí e Capivari em Santa Catarina, que apresentam
R

guai ocupa uma área de 174.612 km², totalizando uma maior volume de água. São encontrados outros rios de
A

área de 2,05% do território nacional. Está localizada


K

grande porte, como Taquari-Antas e Jacuí.


na região de divisa dos estados do Rio Grande do Sul e
LI
IE

Santa Catarina, assim como na área de fronteira entre ESTRUTURAS DO SOLO E DO RELEVO
C

o Brasil e a Argentina. Os principais afluentes são os


A

rios Chapecó, Passo Fundo, Peixe e Várzea. Os agentes do relevo são classificados em agentes
R
G

internos e externos. São responsáveis por formar e mode-


Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental lar as diferentes formas existentes de relevo no planeta. O
relevo é formado pela ação das forças endógenas (inter-
A Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Ociden- nas), formadoras do relevo; e a ação das forças exógenas
tal ou Bacia Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental (externas), responsáveis por modelar o relevo.
ocupa uma área de 254.100 km², que equivale a 2,98%
do território nacional. Está localizada no estado do z Agentes internos: Chamados de agentes endó-
Maranhão e em uma pequena área do estado do Pará. genos, formam relevos e atuam na terra, como o
Na região, podemos destacar os rios Gurupi, Turiaçu, movimento tectônico (movimento das placas tec-
Pericumã, Mearim e Itapecuru. tônicas), as ondas sísmicas (terremotos) e o vulca-
nismo (erupções vulcânicas);
Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental z Agentes externos: Conhecidos como agentes exó-
genos, simulam as formas de relevo que atuam em
A Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Orien- partes da superfície terrestre, por exemplo, huma-
tal ou Bacia Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental nos e vento, chuva, água (rio, oceano), neve, gelei-
138 tem uma área de 287.348 km², totalizando 3,37% do ras, temperatura, entre outros.
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Modeladores do Relevo Características Climáticas do Território Brasileiro

Os agentes modeladores do relevo são responsáveis A maior parte do território brasileiro está locali-
por transformar e modificar as formas e estruturas do zada nas baixas latitudes entre o Equador e o Trópi-
relevo terrestre. Eles atuam de forma intensa e cons- co de Capricórnio. Portanto, o clima quente e úmido
tante e também podem ser chamados de intemperismo. predomina. Em relação à umidade, existem algumas
O intemperismo é uma série de fenômenos bio- diferenças de clima de uma região para outra, de ultra
lógicos, químicos e físicos que degradam as rochas. O úmido (mais de 2500 mm de chuva por ano) a semiári-
intemperismo químico é comum em áreas tropicais, do (entre 300 e 600 mm de chuva anual).
nas quais a temperatura e a umidade são altas e os
elementos químicos na rocha se decompõem. Por Tipos de Climas do Brasil
outro lado, o intemperismo físico depende do vento,
da temperatura e da pressão, além da ação da água, As regiões brasileiras apresentam seis tipos de cli-
mas não há mudança química nos elementos; então, mas classificados com relação às zonas térmicas da
as rochas se fragmentam. Terra. São eles: equatorial, tropical, tropical semiári-
Os tipos de erosão são os seguintes: do, tropical de altitude, tropical litorâneo, subtropical
e clima equatorial. Vejamos as principais característi-
z Erosão pluvial: Causada pela chuva. As áreas cas de cada um dos climas do Brasil:
desmatadas de encostas dos rios são as principais
afetadas; quando há muita chuva em uma deter- z Tropical
minada área, o desmatamento acaba se tornando
um fator secundário nessa questão; Localizado na região central do Brasil, mais pre-
z Erosão fluvial: Causada pelas águas dos rios. O sente na região Centro-Oeste. Este clima tem duas
maior problema é que, quando a floresta marginal estações distintas: a temperatura é moderada e seca
é cortada e o assoreamento é promovido, o rio per- no inverno, e o verão é quente e chuvoso. A tempe-
de sua força e fica mais difícil chegar ao estuário. ratura média anual é superior a 18º C e a amplitude
Outro processo que pode ocorrer é o desgaste do térmica anual chega a 7º C. A precipitação anual varia
leito do rio, tornando-o mais profundo, como é o de 1.000 mm a 1.500 mm. Quanto à umidade, a região

69
caso do Grand Canyon nos Estados Unidos; central do país possui clima semiúmido;

8-
z Erosão das geleiras: Uma vez por ano, o desgaste é

86
formado nas áreas congeladas, pois a ação do con- z Tropical Semiárido

6.
gelamento e derretimento irá erodir diretamente

9
.4
as rochas (quando a água flui sobre as rochas), for- Esse clima é característico do Nordeste, região que

33
mando os chamados fiordes; inclui uma área chuvosa e outra com menos chuvas, e

-4
z Abrasão marinha: Causada pelas ondas, seja o a maior temperatura do país. No clima tropical semiá-
impacto das ondas no litoral suave ou erosivo; leva
O
rido, a temperatura média anual é de cerca de 27º C e a
IR
à degradação das rochas matriz, principalmente amplitude térmica é de cerca de 5º C. O índice de chuvas
M
das praias. Quando esses impactos são fortes, for- não é maior que 800 mm por ano. Neste tipo climático,
A

mam-se as chamadas falésias, como as de Torres-RS; está presente o Polígono das Secas, área que passa por
R

z Erosão eólica: Causada pelo vento, mas com a aju- constantes processos de escassez de água e de chuvas;
E
R

da de partículas de rocha e partículas de areia. É


EI

a causa do desgaste da rocha e desempenha um z Tropical Litorâneo


R

papel de jato de areia, muito comum em áreas mais


IF

secas. Esta erosão proporciona belas paisagens. Do Rio Grande do Norte ao Rio de Janeiro, o clima
N
LI

tropical costeiro domina a maior parte do litoral do


SITUAÇÃO GERAL DA ATMOSFERA E
O

país. Afetado pelas massas de ar do Atlântico, o clima


R

CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA nessa área é quente e chuvoso. A temperatura média


A

anual está entre 18ºC e 26ºC, e o índice de precipitação


K

A classificação climática é o estudo da climatologia é de cerca de 1.500 mm / ano. No litoral nordeste, as


LI

chuvas no outono e inverno são mais intensas. Na cos-


IE

que define os limites dos tipos de clima que ocorrem


C

em uma determinada área com base na temperatura, ta sudeste, são mais fortes no verão;
A

umidade e distribuição sazonal.


R

Tipos de classificação: z Tropical de Altitude


G

z Köppen-Geiger: Sistema de classificação global A área montanhosa e serrana do Sudeste possui um


para tipos de clima; clima tropical com alturas tropicais. Devido à altitude,
z Alisov: Baseada no conceito de massa de ar; apresentam a temperatura mais baixa de toda a região
GEOGRAFIA GERAL

z Trewartha: Publicada pelo geógrafo americano tropical, com média inferior a 18º C. Sua amplitude tér-
Glenn Thomas Trewartha em 1966; mica anual também está entre 7º C e 9º C, e seu padrão
z Thornthwaite: Criada por Charles Warren Thorn- de chuvas é semelhante ao do clima tropical. No inver-
thwaite; o fator mais importante é a evapotranspira- no, a entrada de frentes frias pode causar geadas;
ção potencial e sua comparação com a precipitação;
z Strahler: Proposta pelo climatologista indiano z Subtropical
e professor de Ciências da Terra Arthur Newell
Strahler (Kolapur, Índia, 1918-2002), estrutura-se O clima subtropical ocorre na parte sul do país, abai-
de acordo com a origem do fenômeno, classifican- xo da zona tropical de Mori; por isso o nome subtropical.
do o estado da área, o desempenho da massa de ar, Possui duas estações distintas: verão quente e inverno
o tipo genético ou explicativo. rigoroso, durante o qual podem ocorrer geadas ou neve.
139
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A precipitação é uniformemente distribuída ao longo do Brasil, assim como em outras partes do continente ame-
ano, variando de 1.500 mm a 2.000 mm por ano. A tem- ricano e na África, Ásia e Oceania;
peratura média anual está quase sempre abaixo de 18º
C, e a amplitude térmica está entre 9º C e 13º C. z Pampa

GRANDES DOMÍNIOS DA VEGETAÇÃO NO BRASIL As características dos pampas são relevo pouco
acidentado e vegetação de herbáceas, pequenas árvo-
Vegetação é o termo usado para se referir à cober- res e arbustos. Ocorrem em regiões de clima subtropi-
tura vegetal do espaço geográfico. A vegetação nati- cal. É encontrado no sul do país e em países vizinhos,
va de uma área é diretamente afetada por seu clima. como Argentina e Uruguai;
Além do clima, outros fatores também participam do
desenvolvimento da vegetação, como relevo, hidro- z Pantanal
logia, solo, pressão atmosférica, altitude, latitude e
movimentação da qualidade do ar. É considerado a maior planície de inundação do
A vegetação é importante para regular os ciclos mundo. A vegetação que existe no Pantanal é chama-
biogeoquímicos, como os ciclos da água e do carbono, da de “vegetação de transição” (entre a pradaria e os
a manutenção do solo, o equilíbrio do clima, o habitat campos). Grande parte dessa vegetação desenvolve-se
e outras fontes de energia biológica. no período mais seco (estiagem), a maior parte do ano
Vale ressaltar que vegetação não é sinônimo de na área ainda submersa por inundações. Está locali-
flora. A vegetação representa as características gerais zado na região tropical Centro-Oeste do país (nos esta-
da vida vegetal e a flora é uma coleção de todas as dos de Mato Grosso e sul de Mato Grosso). Além do
espécies de plantas desenvolvidas em um único lugar. Brasil, esse bioma abrange também os vizinhos Para-
guai e Bolívia, lá chamado de “chaco”;
Tipos de Vegetação do Brasil
z Mata Atlântica
A vegetação do Brasil pode ser dividida em:
Também conhecida como floresta tropical, é rica

69
z Florestais ou arbóreas: Densas vegetações forma- em diversidade vegetal, incluindo árvores de médio

8-
das por árvores, como Floresta Amazônica, Mata e grande porte que foram florestas densas. Devido ao

86
Atlântica, Mata das Araucárias e Mata dos Cocais; clima tropical predominantemente úmido (quente e

6.
z Herbáceas e arbustivas: Formada por plantas de úmido), também pode apresentar microclima (tropi-

9
.4
porte rasteiro, nomeadamente, ervas e arbustos, cal alto úmido subtropical) por ser formado por pla-

33
como no Cerrado, na Caatinga e nos Pampas; naltos e montanhas. Esse tipo de vegetação existe na

-4
z Complexas: Formações vegetais heterogêneas, maioria das áreas do litoral do Brasil e também pode
como o Pantanal e a vegetação litorânea. ser encontrada em outros países da América do Sul,
O
IR
América Central, África, Ásia e Oceania;
M
A seguir, veremos algumas características das
A

vegetações presentes no Brasil: z Mata das Araucárias


R
E

z Caatinga
R

Também conhecida como “Mata dos Pinhais”, cres-


EI

ce em clima subtropical (frio no inverno e quente no


R

A Caatinga cresce no clima tropical semiárido e verão). Há grandes árvores, dentre as quais se destaca
IF

reúne principalmente vegetação arbustiva, cactos e o pinheiro-do-paraná ou “araucária”, que forma uma
N

plantas secas, próprias para climas áridos. Esse tipo de densa floresta fechada. Essa vegetação está distribuí-
LI
O

vegetação está distribuído na parte nordeste do Brasil da principalmente na parte sul do país. Embora seja
R

e, em menor medida, na parte sudeste. Também é cha- encontrada principalmente nos estados do Paraná
A

mado de estepe em países da Europa, Ásia e África; e Santa Catarina, a formação dessa planta também
K

ocorre na Serra do Mar e na Mantiqueira no estado


LI
IE

z Cerrado de São Paulo;


C
A

O Cerrado é comparado à savana porque reúne z Mata dos Cocais


R
G

árvores baixas, troncos esparsos e retorcidos, além


de gramíneas e arbustos. Essa vegetação é encontrada É considerada uma “floresta de transição” porque
nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste se situa entre os biomas Amazônia, Catinga e Cerrado.
do país e se desenvolve em um clima tropical sazonal; Portanto, esse tipo de vegetação aparece em dois tipos
de clima: equatorial úmido e semiárido. Geralmente,
z Mangue manifesta-se com alta temperatura e invernos secos e
verões chuvosos. Possui grandes árvores que formam
Os manguezais são vegetação típica de pântanos e matas, entre as quais se destacam a carnaúba, o buri-
áreas lamacentas, chamados de “vegetação de transi- ti, o açaí e o babaçu. Essa vegetação está localizada no
ção”, e aparecem entre os ambientes terrestre e marinho. Nordeste do país (Planalto do Maranhão-Piauí);
Apresentam um tipo de solo rico em nutrientes, água
salobra (devido à combinação de rios e mares), e coletam z Floresta Amazônica
vegetais tolerantes ao sal, bem como árvores de médio e
grande porte. Devido à falta de oxigênio nos manguezais, A classificação da Floresta Amazônica é muito
essas árvores podem ter raízes aéreas. São encontrados diversa, dividida em: Floresta de Várzea, Floresta Ter-
140 em áreas tropicais e subtropicais ao longo da costa do ra Firme, Floresta Igarapé e Floresta Andina. Esse tipo
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de vegetação cresce na zona de clima equatorial (quente e úmida) e apresenta uma floresta densamente fechada
composta por árvores de grande, médio e pequeno porte. A Amazônia está localizada no norte do Brasil, com uma
área total de 4.196.943 de quilômetros quadrados, abrangendo outros países da América do Sul: Bolívia, Colômbia,
Equador, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa, Peru e Suriname, na chamada Amazônia Internacional.

A POPULAÇÃO: CRESCIMENTO, DISTRIBUIÇÃO, ESTRUTURA E MOVIMENTOS


O Brasil é o sexto país mais populoso do mundo. A população brasileira foi estimada em 211.755.692 habitantes em
5.570 municípios, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa com o total de habitantes
dos estados e dos municípios se refere a 1° de julho de 2020. População cresceu 0,77% em relação a 2019. O estado
de São Paulo segue na liderança, com 46,289 milhões de pessoas. Desses quase 84% vivem nas cidades e pouco
menos de 16% vivem no campo. Esse contingente populacional sobre uma área de 8515692 km² resultou em uma
densidade demográfica de aproximadamente 23,8 habitantes por km².
A heterogeneidade da população brasileira é uma marca em sua história, pois a população se distribui de
forma irregular pelo território nacional desde o período colonial. Onde a maior concentração populacional ocor-
ria na porção oriental do país, em uma faixa que tem a extensão aproximada de 200 quilômetros entre a faixa
litorânea e o interior. No mapa abaixo podemos ver como está distribuída a população pelo território brasileiro.

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8-
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96.
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E
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GEOGRAFIA GERAL

As razões para esta maior concentração populacional nas porções centro-sul e litorânea do país se devem aos ciclos
econômicos realizados ao longo da nossa história. Nosso país possui uma ocupação territorial diversificada, demons-
trando assim uma heterogeneidade estatístico-demográfica de sua população. Possuímos unidades da federação den-
samente povoadas, exemplos de Brasília (444 hab./km²) ou Rio de Janeiro (365 hab./km²), e possuímos também áreas
com reduzidas densidades demográficas por exemplo em Roraima ou Amazonas, ambas em torno de 2 hab./km².
A concentração populacional na vertente (que é um termo frequentemente utilizado na geografia como sinônimo de
“lado”, “flanco”), que é resultante do processo histórico de ocupação, que ocorreu da faixa litorânea para o interior do país
de forma gradual. Nas áreas litorâneas das regiões Sudeste, Nordeste, e Sul, ocorrem elevadas taxas de densidade demográ-
fica do país, em algumas chegam a ultrapassar a marca de 10 mil hab./km², em contrapartida as taxas mais baixas estão nos
estados da região amazônica (norte do país) e na região Centro-Oeste. A cidade de Brasília é uma exceção, pois o processo de 141
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construção da cidade foi em um momento específico da história do país, como políticas criadas pelo Governo Federal para
ocupar diversas áreas do território nacional. A tabela a seguir mostra dados sobre nosso país e as regiões administrativas.

POPULAÇÃO TOTAL
BRASIL/ DENSIDADE
(ABSOLUTA) EM POPULAÇÃO URBANA (%) POPULAÇÃO RURAL (%)
REGIÃO (HAB. / KM²)
MILHÕES

Brasil 211.755.692 23,8 84,4 15,6

Sudeste 89.012.240 87 92,9 7,1

Nordeste 57.374.243 36,06 73,1 26,9

Sul 30.192.315 42,5 84,9 15,1

Norte 18.672.591 4,12 73,5 26,5

Centro-Oeste 16.504.303 8,7 88,8 11,2

Fonte: IBGE, Anuário da população Brasileira, julho, 2020.

Apesar de serem menos populosas, as regiões Norte e Centro-Oeste apresentam um constante aumento da repre-
sentatividade populacional brasileira, enquanto as demais regiões apresentam uma leve tendência de declínio. (este
fato ocorre por conta da saturação das regiões que polarizavam as atividades econômicas e agora as outras regiões do
país, como Centro-Oeste e Norte estão passando por um processo de desenvolvimento).

O termo populoso refere-se à quantidade total de Já o termo povoado refere-se a forma como a população
pessoas em um país, estado, município. Refere-se ao se distribui pelo território, esse termo também pode
número total de habitantes de uma região, também ser explicado por população relativa ou densidade

69
conhecido como população absoluta. demográfica (número de habitantes por km² em uma

8-
determinada área)

86
9 6.
.4
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

33
-4
Para compreendermos melhor a questão demográfica brasileira, é importante tomarmos conhecimento dos
seguintes dados divulgados recentemente pelo IBGE, e estes dados traçam um panorama geral da população
O
IR
brasileira:
Segundo dados divulgados pelo IBGE em 2020, a expectativa de vida do brasileiro é de 76,6 anos, a expectativa de vida
M
A

dos homens é de 73,1 anos e para as mulheres de 80,1. Esses indicadores vêm aumentando ano após ano desde a década
R

de 40, quando a expectativa de vida do brasileiro era de 45,5 anos (G1,2020). Nos recém nascidos essa situação se repete,
E

a mortalidade infantil (quando a criança vem a óbito antes de completar 1 ano de vida, para cada grupo de mil nascimen-
R
EI

tos), é maior entre os meninos, entre os nascidos do sexo masculino em 2018 cerca de 13,8 não chegam ao primeiro ano
R

de vida, já entre as meninas este número é de 11,8 mortes a cada mil nascimentos – dados do IBGE. (G1 em 2018.)
IF

E esse padrão se repete ao longo da vida: quando as mulheres completam 20 anos de idade elas tem cerca de
N

4,5 mais chances de chegar aos 25 anos que um homem da mesma idade.
LI

Essa diferença, de acordo com o IBGE se explica pela alta taxa de homicídios, suicídios, acidentes de trânsito
O

e outras mortes não naturais entre os indivíduos do sexo masculino. De acordo com o IBGE as causas de mortes
R
A

em homens a partir dos anos 80 começavam a ter um papel significativo na sociedade brasileira – isso pode ser
K

explicado pelo aumento populacional, agravamento da desigualdade social, aumento da criminalidade, etc.
LI

Um outro fator que tem consequência direta nas questões demográficas é a mortalidade infantil – crianças que
IE

vêm a óbito antes de completarem 5 anos de vida - Essas taxas vem caindo aos longo dos anos, em 2019 esse número
C

era de 14,4 contra 14,9 em 2017 e 15,5 em 2015, as chances são maiores no grupo que tem menos de 1 ano de vida – o
A

número registrado no ano passado é de cerca de 85% das crianças que morreram e tinham menos que 1 ano. Porém
R
G

mesmo com esses dados, as taxas de mortalidade infantil vêm diminuindo, no ano passado foram registradas 14
mortes a cada grupo de mil nascimentos, contra 17,2 em 2010 – dados do IBGE. No Brasil a redução total de mortali-
dade infantil e morte na infância foram os seguintes:

z Nos últimos 19 anos, os índices registraram queda de 56,11% nas mortes de recém-nascidos e 59,8% para crian-
ças de até cinco anos – dados do relatório da Unicef em 2020.

Em relação à expectativa de vida o estado de Santa Catarina tem os maiores índices com 79,9 anos ( 3,3 anos acima
da média nacional), e o estado do Maranhão tem a pior expectativa de vida registrando 71,4, seguido do Piauí com 71,6
e Rondônia com 71,9, ou seja, para cada criança nascida no Maranhão espera-se ou estima-se que ela viva em média 8,5
anos a menos do que uma criança nascida em Santa Catarina. Todos os estados da região Nordeste têm dados abaixo
da média nacional, ao contrário do que ocorre em todos os estados das regiões Sul e Sudeste, onde todos registram
expectativa de vida para populações acima da média nacional.
O envelhecimento da população nacional e consequentemente o aumento da expectativa de vida pode ser
explicado com o fenômeno da transição demográfica, onde são registrados um aumento da expectativa de vida e
142 de uma queda nas taxas de natalidade.
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
No gráfico abaixo podemos perceber o aumento da As maiores migrações inter-regionais da história
expectativa de vida do brasileiro desde os anos 40: do Brasil foram realizadas por nordestinos para os
grandes centros econômicos da Região Sudeste. Essas
migrações tiveram início ainda no século XIX, decor-
reram em maior quantidade durante o século XX, per-
sistindo até os dias atuais, mesmo que em um ritmo
menos acelerado nas últimas décadas – veremos os
motivos que contribuem para esse fenômeno mais
adiante.
Esses movimentos migratórios se deram em espe-
cial por conta do crescimento e desenvolvimento eco-
nômico alcançado pela Região Sudeste – a princípio
com a lavoura de café, depois com os surtos indus-
triais, mas também contribui para que ocorresse o
deslocamento de nordestinos em massa para o sudes-
te alguns fatores repulsivos (que expulsam ou forçam
a população a sair de uma determinada região):

z O declínio que a economia do Nordeste vinha


sofrendo há várias décadas;
z Fatores naturais como a falta de chuvas e conse-
quentemente a ocorrência de secas.

No fim dos anos 50, a construção de Brasília ser-


viu como um estímulo para a população nordesti-
na migrar para a porção central do país (havia uma
demanda de mão de obra elevada), fazendo com que

69
nos anos 60 a região Centro-Oeste fosse palco de uma

8-
das maiores correntes migratórias da nossa história.

86
No sul do país, o processo de modernização da

6.
agricultura (provocado pela mecanização do campo

9
Fonte: G1,2020.

.4
(utilização de máquinas no processo de produção

33
agrícola) e a Revolução Verde) juntamente com a con-
MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS NO BRASIL

-4
centração fundiária (onde as terras pertencem a uma
pessoa ou a um grupo econômico) na região, impul-
O
O deslocamento populacional interno (também IR
sionaram o deslocamento de pessoas para a região
conhecido como migrações), ocorre em nosso país
M
central do país.
desde o período colonial, porém estes movimentos se
A

Os fatores que contribuíram para a expansão da


R

intensificaram a partir do século XX, em especial após


fronteira agrícola do Sudeste para o Centro-Oeste e,
E

a 1ª Guerra Mundial (1914 – 1918).


R

Na história do Brasil, nossa economia foi caracte- logo depois para a região da Amazônia foram:
EI

rizada pelos ciclos ou fases, quando um determinado


R

z A construção de uma malha rodoviária que pro-


IF

produto surgia e consolidava como o mais impor-


tante. Dessa forma ocorreram os seguintes ciclos moveu a integração das regiões do país;
N

z O desenvolvimento de técnicas de correção dos


LI

econômicos:
O

solos do Cerrado;
R

Ciclo da cana-de-açúcar (séculos XVI e XVII); z A assistência realizada pelos engenheiros agrôno-
A

z
mos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agrope-
K

z Ciclo da mineração ou do ouro (século XVIII);


cuária (Embrapa);
LI

z Ciclo da borracha (entre 1870 e 1910);


IE

z Ciclo do café (final do século XIX e início do século z Os financiamentos por parte dos governos esta-
C

XX). duais e federal.


A
R

A inserção das regiões Norte e Centro-Oeste no


G

Cada ciclo e período que o produto ficava em evi-


dência, dependia das condições do mercado externo ( processo produtivo do país fazia parte de um conjun-
to de ações governamentais que tinham como obje-
visto que os produtos eram voltados para exportação),
tivo principal promover a ocupação do interior do
e necessitava de uma grande quantidade de mão-de-
país e buscar a redução das desigualdades existentes
-obra, provocando assim a ocorrência de grandes des-
GEOGRAFIA GERAL

entre as regiões. Como proposta para auxiliar nesse


locamentos populacionais de diversas regiões do país processo foram criados órgãos de planejamento e
para as áreas produtoras (essas migrações chamadas desenvolvimento regionais, especificamente para as
de inter-regionais) ocorriam de forma moderada, regiões mais estagnadas do país. Como por exemplo
havendo um aumento no volume de pessoas deslo- de iniciativas nesse sentido, podemos citar a SUDAM
cando-se principalmente a partir da segunda metade (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia)
do século XX ( conforme fora dito anteriormente). e a SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento
Após a Princesa Isabel assinar a Lei Áurea – que do Nordeste).
colocou um ponto final na escravatura –, os fluxos e os A construção de grandes rodovias, como por
deslocamentos populacionais aumentaram (o ex-es- exemplo a Belém-Brasília, a Transamazônica e a Cuia-
cravo podia deslocar-se livremente pelo território – bá-Santarém, bem como a criação de projetos agrope-
fato que antes não era possível). cuários e para a extração de recursos minerais, como 143
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por exemplo o Projeto Carajás (no Pará), foram algumas das medidas adotas para inserir a região Amazônica no
contexto de desenvolvimento nacional.
Alguns fatores como a instabilidade política e econômica que eram marcantes, principalmente nos anos 80,
foram responsáveis por uma mudança de comportamento nos processos migratórios inter-regionais do país. A
crise econômica proporcionou a desconcentração produtiva ( deslocamento de indústrias e suas estruturas para
o interior do país), que buscavam medidas para deslocar-se através da política de incentivos fiscais ( redução de
impostos) que eram concedidos pelos governos municipais e estaduais, além do uso de mão de obra mais barata
presentes na porção interior do país e isso refletiu e contribuiu para a ocorrência de novos fluxos migratórios
intrarregionais.
Porém nas últimas décadas foi possível perceber uma redução do deslocamento de nordestinos para São Pau-
lo, por exemplo, na década de 1980, pela primeira vez na história o município registou uma saldo migratório
negativo: a diferença entre o número de pessoas que saíram e o número de pessoas que chegaram, entre 1980 e
1991, foi em torno de 750 mil. A maioria das pessoas que deixaram a metrópole do Sudeste foram para cidades
do interior do próprio estado, como Ribeirão Preto e Campinas. Muitas realizaram o fenômeno que no estudo da
demografia ficou conhecido como migração de retorno (voltando para as cidades nordestinas de origem), entre
1999 e 2004, cerca de 714 mil nordestinos deixaram o Sudeste e retornaram para a sua região de origem (isso se
deve ao fato de um maior desenvolvimento estar ocorrendo no Nordeste brasileiro).

Onde estão os Imigrantes?

Observe o mapa a seguir:

Saldos Migratórios, por Unidade da Federação 2005 / 2010

69
8-
86
96.
.4
33
-4
O
IR
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A
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E
R
EI
R
IF
N
LI
O
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A
K
LI
IE
C
A
R
G

Fonte: IBGE,2010.

Mesmo com as mudanças no quadro de desenvolvimento regional, a região Sudeste ainda continua sendo o
principal destino das migrações internas, seguido pelo Nordeste e pelo Centro-Oeste. O Sudeste também é a região
que possui a maior parcela de habitantes que são oriundos de outras regiões, sendo que a maioria desses migran-
tes que se encontram no Sudeste tem como área de origem o Nordeste.
O Centro-Oeste é a região que apresenta o maior percentual de imigrantes nascidos em outras regiões (cerca
de 34,1% de acordo com dados do IBGE em 2012). A criação do órgão de desenvolvimento regional nos anos 60,
o Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste), as políticas de subsídios que foram ofertados
144
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para atividades agropecuárias, que impulsionaram o agronegócio, serviram como fatores de atração populacio-
nal para a região Centro-Oeste.
Por que as pessoas migram?
A migração pode ocorrer de diversas maneiras, espontânea ou forçada. Nos casos em que o migrante não se
desloca por vontade própria, existem fatores naturais ou conjunturais que impulsionam a sua saída como por
exemplo:

z Êxodo Rural: movimento de deslocamentos de pessoas das áreas rurais para as áreas urbanas por conta do
desemprego no campo, falta de moradia, dentre outros fatores;
z Transumância: é o tipo de movimento migratório que é temporário e pode ser reversível e é determinado
pelas condições climáticas (sazonalidade), como mudanças das estações ou secas temporárias;
z Movimento Pendular: é um movimento migratório diário, comum em grandes centros urbanos-industriais,
onde os trabalhadores residem em uma cidade e deslocam-se para trabalhar em outra, nesse caso a cidade
onde o cidadão mora passa a ser chamada de cidade-dormitório.

No mapa a seguir temos os principais fluxos migratórios do Brasil e os respectivos períodos da história em que
ocorreram:

69
8-
86
9 6.
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O
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K
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C
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G

Disponível em: SANTOS, R. B. Migração no Brasil. São Paulo: Scipione, 1994.

Já no próximo mapa temos a caracterização e ocorrência dos fluxos migratórios que são conhecidos como
migração de retorno. Os migrantes que saem principalmente do Sudeste e retornam para os seus estados de
origem.
GEOGRAFIA GERAL

145
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96.
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33
-4
AS ATIVIDADES ECONÔMICAS: INDUSTRIALIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO, FONTES DE
ENERGIA E AGROPECUÁRIA O
IR
M
A

INDUSTRIALIZAÇÃO
R
E
R

O processo de industrialização do Brasil teve seu início no século XIX, com surtos industriais, principalmente no
EI

Sudeste, no estado de São Paulo. Porém, foi somente com o declínio da lavoura cafeeira e com a ocorrência da crise do
R

modelo agrário exportador, que ruiu com a crise de 1929 e a adoção de políticas industriais com objetivos de substituir
IF

as importações. Contaram também com os incentivos governamentais, que de fato proporcionaram um processo de
N

Revolução Industrial em nosso país.


LI
O

A sociedade urbana e industrial, resultado de um intenso processo de êxodo rural, é um fenômeno que ocor-
R

reu em nosso país de forma tardia e recente, ocorrendo em um período de quase 200 anos de atraso em relação à
A

Revolução Industrial que ocorreu na Inglaterra por volta de 1750, no século XVIII.
K

A industrialização brasileira pode ser dividida em fases que vamos listar a seguir:
LI
IE
C

z Primeira fase (1500 – 1930);


A

z Segunda fase (1931 – 1955);


R

Terceira fase (1956 – 1989);


G

z
z Quarta fase (1990 - atualidade).

Primeira Fase (1500 - 1808)

Neste período, entre 1500 e 1808, nosso país estava preso a acordos que atendiam única e exclusivamente aos inte-
resses da Coroa Portuguesa, como por exemplo o Pacto Colonial, no qual as colônias só podiam estabelecer relações
comerciais com suas metrópoles. Este acordo proporcionou grandes vantagens para os portugueses e gerou uma série
de déficits e atrasos para o nosso país.
O Brasil era um simples fornecedor de matéria-prima e recebia em troca produtos manufaturados ou semi-indus-
trializados, já que existia uma política restritiva de desenvolvimento industrial no território brasileiro. Esta política era
o Alvará de Proibição Industrial, que foi assinado por D. Maria I em 1785 e proibia a instalação de fábricas e manufatu-
ras em território nacional. O objetivo desse acordo era que os brasileiros continuassem empenhados na exploração de
recursos naturais presentes em nosso território, como por exemplo a extração do ouro e do cultivo de gêneros tropicais.
Os portugueses tinham a preocupação que o desenvolvimento das atividades industriais e do comércio afetaria a mão de
146 obra utilizada nas atividades já citadas e dessa forma os lucros dos portugueses diminuiriam de forma drástica.
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O ano de 1808 marca a chegada da Família Real Por- como JK. Foi desenvolvido o processo de abertura do
tuguesa ao Brasil e uma série de mudanças, dentre elas mercado brasileiro para sediar as filiais das grandes
o processo de abertura dos portos para as nações ami- indústrias estrangeiras, em especial das automobilísti-
gas de Portugal e a revogação do Alvará assinado ante- cas. Esse período foi marcado por um tripé econômico:
riormente por D. Maria I. Porém, esse processo pouco
alterou a realidade industrial brasileira e a depen- z Capital Privado Internacional;
dência dos produtos industrializados importados. A z Capital Privado Nacional;
dependência, principalmente da Inglaterra, continua- z Capital Estatal.
va ocorrendo. Além disso, o governo que se instala no
Brasil, chefiado por D. João VI, concede grandes bene-
JK estabeleceu o Plano de Metas, que tinha como
fícios aos ingleses, prejudicando e inibindo qualquer
slogan promover o crescimento do país “50 anos em 5”.
tipo de investimento no setor industrial do nosso país.
Dentre os principais objetivos do Plano de Metas esta-
No período conhecido como Segundo Reinado, o
vam a realização de investimentos nas seguintes áreas:
Brasil enfrentava vários problemas, e a adoção da Tari-
fa Alves Branco, que impunha uma série de impostos
a produtos importados, proporcionou um desenvolvi- z Educação;
mento tímido do setor industrial, com alguns surtos z Transportes;
no século XIX, em especial na indústria têxtil. z Energia;
Alguns acontecimentos que começam a mudar a z Alimentação;
realidade industrial do Brasil foram: z Indústria de base.

z A assinatura de leis abolicionistas, que proibiam o Dessa forma, o presidente e sua equipe de gover-
trabalho escravo e ampliavam o trabalho assala- no acreditavam que o país daria passos cada vez mais
riado e o mercado consumidor; largos para o desenvolvimento que todos tanto alme-
z Crises e tensões na Europa; javam. Ocorreu a entrada de empresas multinacio-
z Grande quantidade de matérias-primas; nais, o que estimulou o setor de bens duráveis, como
z Modernização da infraestrutura portuária, com por exemplo o setor automobilístico, fazendo com que
destaque para o Porto de Santos e com o acúmulo o governo brasileiro fizesse investimentos no setor de
de capitais oriundos da lavoura de café.

69
transportes, em especial no setor rodoviário, causan-
do um problema que se arrasta até os dias atuais: a

8-
Ainda assim, a realidade industrial brasileira con-

86
dependência do setor rodoviário. A chegada dessas
tinuava extremamente dependente da manufatura corporações internacionais foi provocada pelo fenô-

6.
estrangeira.

9
meno conhecido como desconcentração industrial.

.4
Desconcentração industrial é o processo de desloca-

33
Segunda Fase (1931 - 1955) mentos de indústrias de regiões com elevados níveis

-4
de industrialização, que acabaram tornando-se onero-

O
Já no século XX, em especial no período da 1ª Guer- sos, com altos custos de manutenção, para regiões com
IR
ra Mundial (1914 -1918), o Brasil se viu na obrigação de menores custos para a manutenção da produção
M

adotar uma política industrial mais agressiva, pois os nos- industrial. Nestes novos locais que receberiam as indús-
A

sos principais fornecedores de produtos industrializados


R

trias, os custos com os fatores locacionais são menores.


estavam envolvidos no conflito que ocorria na Europa.
E

A maior concentração de indústrias ocorria na


R

Após a crise de 1929, que determinou a Quebra região Sudeste, em especial no estado de São Paulo, por
EI

da Bolsa de Nova York, e as constantes crises que a conta de todo o histórico de importância que a região
R

lavoura cafeeira vinha passando, associados a uma


IF

exercia para a economia do país desde o período colo-


mudança na política brasileira, ocorreu a chegada de
nial, perpassando por vários ciclos econômicos. Neste
N

Getúlio Vargas ao poder e o Brasil começa a passar de


LI

contexto, merece destaque a região do ABCD Paulista,


fato pela sua Revolução Industrial.
O

No governo de Getúlio Vargas foram adotadas área de elevada concentração industrial.


R

Nos anos da ditadura militar, em especial no final dos


A

medidas que visavam o aumento do investimento na


K

indústria brasileira, criando uma espécie de suporte anos 60 e começo dos anos 70, ocorreu o chamado Mila-
LI

para as outras fases de industrialização que viriam a gre Econômico Brasileiro, época que o país apresentava
IE

seguir. Vargas, com seu projeto nacionalista, investiu taxas de crescimento econômico em torno de 10% ao ano.
C

na instalação de indústrias de base para a extração de Esse crescimento é medido por meio do Produto
A

Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todas


R

recursos minerais como por exemplo:


G

as riquezas que o país produz durante o período de


z A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN); um ano, mas esse estudo também pode ser realizado
z A Vale do Rio Doce; de forma mensal ou trimestral, depende do objeto de
z A Companhia Siderúrgica do Pará (COSIPA); estudo realizado.
z A Companhia Siderúrgica de Minas Gerais É importante destacar o processo de desconcentra-
GEOGRAFIA GERAL

(COSIMINAS); ção das indústrias, que começa a ocorrer no período


z A Eletrobrás – produção de energia elétrica; em que os militares estão no poder. Nesse aspecto
z E o projeto mais sucedido de Vargas que foi a destacamos a instalação da Zona Franca de Manaus
Petrobrás: que iniciou nos anos 40 aqui em nosso – um polo industrial na zona Norte do país, onde os
país o processo da extração de petróleo. objetivos eram além de promover uma política de
desenvolvimento regional, estabelecer um processo
Terceira Fase (1956 - 1989) de integração entre as regiões do país.
Assim como ocorreu a instalação de indústrias na
Essa fase é marcada pelo início do processo de inter- região Norte, o mesmo ocorre em outras regiões sen-
nacionalização da nossa economia, promovido pelo pre- do que esse processo é a principal características da
sidente Juscelino Kubitschek, popularmente conhecido próxima fase. 147
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Antes de iniciarmos a quarta e última fase da FONTES DE ENERGIA
industrialização brasileira, é importante destacar o
processo de crise econômica ocorrida em nosso país Fontes de energia são as matérias-primas utiliza-
desde os anos 70, se intensificando nos anos 80 e se das para a produção de energia, que movimentam
estendendo até meados dos anos 90. máquinas de maneira direta ou indireta. São extraí-
O mundo viveu uma grave crise econômica nos das da natureza e precisam passar por processos de
anos 70 ocasionado pelo 1º choque do petróleo, no transformação para gerar energia.
qual ocorreu um aumento no valor do barril e esse As fontes de energia são classificadas como reno-
aumento gerou reflexos em todo o mundo. váveis: hidrelétricas, energia solar, produção eólica
Em nosso país, o choque do petróleo significou a (ventos) e geotérmica (do calor proveniente do interior
retirada de capitais pelos investidores, e esse episódio da Terra), Biomassa (produzida a partir da utilização
acabou expondo a grande dependência que nosso país de matérias-orgânicas), energia das marés (força das
tinha em relação às questões econômicas e tecnológi- ondas) e do hidrogênio (por meio do processo de rea-
cas perante as nações mais industrializadas. ção química entre oxigênio e hidrogênio que acaba
Assim, com o agravamento da crise e elevação dos por liberar energia). As outras formas de energia são
juros no mercado financeiro internacional, na década as não renováveis: combustíveis fósseis como o petró-
de 1980, começa a ocorrer o processo de sucateamen- leo, carvão mineral, gás natural e o gás de xisto, além
to da indústria no Brasil. da energia nuclear, produzida por meio do processo de
fissão (quebra) nuclear dos átomos de Urânio e Tório.
Quarta Fase (1990 - Atualidade) O mundo contemporâneo está diante do desafio de
utilizar cada vez mais energias não poluentes e renová-
Nos anos 90, o Brasil começa a adotar medidas veis, com o objetivo de reduzir os impactos da matriz
impostas por organismos financeiros internacionais, energética sobre o meio ambiente. No Brasil já temos
como o Fundo Monetário Internacional (FMI), que programas de produção de energia com o objetivo de
visava promover a implantação de medidas neolibe- reduzir os impactos ambientais, como por exemplo a
rais na condução da economia, privatizando empresas produção de etanol para combustível veicular, que foi
estatais (pertenciam ao Estado brasileiro), aumentan- inserido em nosso país nos anos 70 a partir do Progra-

69
do o processo de internacionalização da economia. ma do Álcool Brasileiro, principalmente a partir do 1º

8-
choque do petróleo, ocorrido em 1973, que provocou

86
aumentos consideráveis no valor de barril.
Importante!

6.
O Brasil destaca-se também pela produção de

9
energia a partir de usinas hidrelétricas, com destaque

.4
Neoliberalismo: Conjunto de doutrinas econô-

33
micas, que começam a serem implantadas no para as Usinas de Itaipu, Ilha Solteira, Belo Monte,

-4
mundo nos anos 70 e 80, em nações como EUA Cachoeira Dourada e Furnas. Em relação à energia
eólica, merece destaque o crescimento apresentado
O
e Inglaterra, que forma baseadas nas ideias libe-
na região nordeste na interface continente-oceano
IR
rais do pensador Adam Smith, e as ideias neo-
(litoral), especialmente a Usina de Prainha no Ceará.
M

liberais visam reduzir a participação do Estado


A

A produção da energia solar, em especial no cinturão


(governo) na economia e permitir uma regulação
R

do sol, localizado no Nordeste, e em várias usinas na


E

mais flexível na condução de ações econômicas região Sul também aumenta cada vez mais. Como evi-
R

– o mercado age com mais intensidade. Para


EI

dência da biomassa temos o processamento de cana-


a América Latina, essas ações foram impostas
R

-de-açúcar e a produção de etanol.


IF

pelo Consenso de Washington. Em relação às fontes de energia não renováveis, des-


N

tacamos a utilização de gás natural, que é importado da


LI

Bolívia. As poucas reservas de carvão mineral estão loca-


O

A entrada de capitais estrangeiros sem uma maior


R

regulação do Estado brasileiro, acabou por expor a lizadas em estados da região Sul, principalmente Santa
A

Catarina. O processo de extração e refino de petróleo é


K

fragilidade que existia do ponto de vista tecnológico,


realizado pela Petrobrás desde os anos 50, quando ocor-
LI

além do baixo poder de competitividade, e isso levou


IE

várias empresas a falirem. reu sua inauguração e, nesse quesito, podemos destacar
C

A disparidade que existia entre as regiões do Brasil as reservas localizadas nas Bacias de Campos e Santos.
A

Também é importante destacar a presença das reser-


R

era gritante: a região Sudeste chegou a ser responsá-


G

vel por concentrar cerca de 80% das indústrias pre- vas de petróleo no pré-sal, localizado entre os estados de
sentes no território brasileiro. Diante desse cenário, Santa Catarina e Espírito Santo, totalizando uma área de
a partir dos anos 90, e principalmente nos anos 2000, mais de 800 km de extensão. Essa reserva de petróleo
o governo brasileiro, juntamente com governos esta- está localizada a uma profundidade superior a sete mil
duais e municipais, começa a criar uma série de situa- metros abaixo do nível do mar, por baixo de uma cama-
ções para que determinados segmentos industriais da de sal com espessura de 2 km, o que durante muito
se deslocassem para regiões como Norte, Nordeste e tempo inviabilizou a sua exploração. Com o desenvolvi-
Centro-Oeste. mento tecnológico, a Petrobrás já extrai grandes quanti-
Tem início um período de forte isenção fiscal por dades de petróleo na região. Estima-se que as reservas
parte dos gestores públicos para atrair indústrias para no pré-sal ultrapassam 200 milhões de barris e, por
seu território, iniciando um processo que ficou conhe- conta dessas reservas encontradas, o Brasil passou a ser
cido como Guerra Fiscal ou Guerra dos Lugares, autossuficiente na produção de petróleo.
nas quais as unidades da Federação disputavam para Em relação à energia nuclear, merecem destaque as
oferecer as melhores e mais atrativas cargas tributá- Usinas de Angra I e II, construídas nos anos 70, porém
rias e atrair as grandes marcas industriais para seus sem muita representatividade na matriz energética
148 territórios. brasileira, que atualmente se divide da seguinte forma:
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Lixívia e outras aumento da produtividade agrícola e consequentemente
renováveis Carvão a redução dos índices de fome na região.
Outras não 1,4% 5,7% O objetivo era acabar com a fome em todo o mundo,
renováveis porém em algumas regiões como América Latina e África
1,4%
não houve o recebimento desses incentivos, sendo assim
Lenha e Carvão os quadros de fome nestas duas regiões se agravaram.
vegetal O processo de utilização de insumos agrícolas na
1,4% produção ficou conhecido como Revolução Verde, que
além de receber produtos químicos e sementes melhora-
das e selecionadas, contava também com a utilização de
Petróleo e maquinários no campo e com a forte injeção de capitais
Derivados da
derivados
cana de grupos específicos.
36,4%
12,0% No Brasil, país com um histórico agrícola muito
intenso e forte (conforme vimos anteriormente), as con-
sequências da Revolução Verde foram chegando em
Hidráulica ritmo diferente dos outros países da América Latina), a
12,0% extensão do nosso território, a tropicalidade dos nossos
climas contribuiu para atrair os investimentos para o
Gás natural
setor agrícola.
13,0%
Nuclear A agricultura brasileira se modernizava em ritmo
1,4% cada vez mais acelerado, porém esse processo ocorreu
de forma desigual dentro do território nacional, visto
que a modernização da agricultura atingia uma parcela
A EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA FUNDIÁRIA E pequena das propriedades rurais. Aquelas que possuíam
PROBLEMAS DEMOGRÁFICOS NO CAMPO as melhores condições financeiras garantiam a esse gru-
po restrito de produtores o aumento da produtividade,
A atividade agropecuária teve um papel extrema- variedade de produtos lançados no mercado e o aumen-
mente importante no processo de evolução da huma- to das exportações – esse modelo é caracterizado como
nidade, pois possibilitou a produção de alimentos, a

69
agricultura comercial, que pratica a monocultura volta-
transição do estilo de vida nômade para o estilo seden-

8-
da para a exportação, também conhecida como latifún-
tário e a formação de aglomerados humanos, que poste-

86
dio agrário exportador.
riormente se transformaram em vilas e em cidades.

6.
Um outro tipo de agricultura presente no nosso país
Até a ocorrência da 1ª Revolução Industrial, a agri-

9
é a agricultura familiar – onde ocorre o emprego de mão-

.4
cultura era a principal atividade econômica, sendo res- -de-obra em grande quantidade, não há a utilização de

33
ponsável pela produção de recursos no meio rural e as máquinas e outros equipamentos em grande quantidade

-4
cidades eram os locais onde ocorria a distribuição das –, ocorre a prática de policultura que visa atender o mer-

O
mercadorias, criando assim espaços geograficamente cado interno, principalmente o mercado de alimentos.
IR
distintos: os espaços de produção (áreas produtoras) e O processo de mecanização e modernização da agri-
M

espaços de circulação (áreas em que ocorria o comércio). cultura trouxe problemas para a maioria dos trabalhado-
A

No século XVIII, como consequência do processo de res rurais que se viram à margem de toda essa situação
R

industrialização que o mundo passava, ocorreu o deslo- em decorrência única e exclusivamente da questão
E
R

camento do eixo econômico do meio rural para o meio econômica.


EI

urbano, assim os espaços urbanos passaram a concen- A Revolução Verde provocou a formação de um exér-
R

trar os recursos financeiros e tecnológicos, fazendo com cito de desempregados no campo (o uso da mão de obra
IF

que o meio rural se adequasse às novas exigências do em grande quantidade se fazia cada vez menor com a
N

mercado. utilização das máquinas), sendo assim essa parcela de


LI

Com o desenvolvimento técnico-científico ocorrido


O

trabalhadores desempregados no campo optaram por


R

na Europa e em outras regiões do mundo nos séculos migrar para os centros urbanos, gerando o processo
A

XVIII e XIX, o mundo passou por um conjunto de trans- conhecido como Êxodo rural.
K

formações sociais, econômicas etc. Os conflitos no campo em prol de uma maior equida-
LI

Com a eclosão da 2ª Revolução Industrial surgiram de em relação a questão fundiária aumentavam cada vez
IE

várias inovações para o setor agrícola, como a produ- mais, provocando assim o surgimento de movimentos
C
A

ção de insumos, adubos e agrotóxicos, que ampliaram a sociais que lutavam pela reforma agrária como a Pasto-
R

capacidade produtiva dos solos (diminuindo as perdas ral da Terra e, posteriormente, em tempos mais recentes,
G

das lavouras por conta das ações de pragas). com o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MTST).
Até o fim do século XIX, essa modernização na agri- Podemos destacar como ponto negativo do processo de
cultura estava concentrada nos países desenvolvidos, mecanização e modernização da produção agropecuária
pois neles estavam as melhores condições econômicas, o aumento da concentração fundiária – grandes porções
GEOGRAFIA GERAL

além de melhores condições técnico-científicas para rea- de terras nas mãos de poucas pessoas, problema este que
lizar investimentos no setor rural. está presente na realidade brasileira desde o período
A partir da segunda metade do século XX, em especial colonial.
nos anos 60, um grande problema mundial chamava a Os pequenos produtores rurais começaram a se des-
atenção das autoridades – a fome, embora esse problema locar pelo território brasileiro em um movimento que
já existisse anteriormente, foi com a 2ª Guerra Mundial ficou conhecido como expansão da fronteira agríco-
que ficou claro a desigualdade entre os países do mundo. la, muitas famílias saíram da região Sul em direção às
Com o apoio de organismos financeiros internacio- regiões Centro-Oeste e para a porção sul da região da
nais como o Banco Mundial e corporações privadas, Amazônia, constituindo uma nova dinâmica no cenário
começa a ocorrer a introdução de insumos, adubos, fer- brasileiro, com destaque para a soja e a criação de gado.
tilizantes, sementes selecionadas em algumas regiões Com o intenso processo de utilização de tecno-
da Ásia, e esse processo acabou por contribuir para o logias na produção agropecuária, estas atividades 149
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
tornaram-se bases da economia brasileira no século XXI, ocorreu uma evolução na produção agrícola brasileira
das extensas monoculturas para uma diversificação da produção. No Brasil é possível encontrar uma grande
variedade de produtos que vão desde os mais historicamente tradicionais, como a cana-de-açúcar e o café, pas-
sando para outros, como soja, laranja, arroz, milho, trigo, algodão, dentre outros que encontram condições climá-
ticas favoráveis ou que foram adaptados pelas novas tecnologias agrárias, transformando o Brasil em um dos
grandes produtores agrícolas do mundo. Observe a tabela a seguir com alguns dados dos produtos agrícolas
brasileiros.

RANKING DA PRODUÇÃO E DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DO AGRONEGÓCIO

Produto Produção Exportação Nº de países Principal Comprador

Açúcar 1º 1º 132 Rússia

Café 1º 1] 129 EUA

Suco de Laranja 1º 1º 74 Bélgica

Soja em grão 2º 1º 42 China

Carne bovina 2º 1º 143 China

Carne de frango 3º 1º 145 Rússia

Óleo de soja 3º 2º 47 -

Farelo de soja 3º 2º 60 Japão

Milho 3º 1º 76 Irã

Carne suína 4º 4º 72 Rússia

69
8-
86
Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2014/15.

96.
Os dados podem sofrer variações, pois em alguns produtos como a soja (o Brasil reveza com os EUA como

.4
33
principal produtor) e a carne bovina (a Índia, destaca-se nesse seguimento). O setor agropecuário alcançou níveis

-4
elevados de participação na economia brasileira que o PAP (Plano Agrícola e Pecuário – também conhecido como
Plano Safra), que já tem o valor de R$ 236,3 bilhões como crédito para os produtores para o biênio 2020/2021, onde
O
a maior parte vai para custeio e para a comercialização. Estes valores são distribuídos de acordo com o nível de
IR
M
importância do gênero ou atividade na economia brasileira. Os principais produtos do agronegócio brasileiro são:
A
R

z Cana-de-açúcar: produto agrícola importante desde o período colonial com produção anual estimada de 47
E
R

milhões de toneladas, com destino da produção para o etanol (combustível veicular) e para a produção do açúcar.
EI

As áreas produtoras com maior destaque são: São Paulo (60% da cana produzida no país), estados do Centro-Oeste,
R

Maranhão, Paraná, Minas Gerais, e a tradicional Zona da Mata Nordestina;


IF

z Café: Principal produto no século XIX e início do Século XX, o Brasil é hoje o maior produtor e exportador de
N
LI

café do mundo, são mais de 2 milhões de hectares de áreas destinadas ao consumo, destaque para o estado de
O

Minas Gerais que detém 50% da produção nacional;


R

z Soja: Principal produto do agronegócio brasileiro, com destaque para a produção nas regiões Centro-Oeste e
A
K

Nordeste, além de uma parcela de produção na região Sul;


LI

z Outros produtos importantes no agronegócio brasileiro: milho, citricultura, arroz, algodão.


IE
C

Na pecuária o destaque vai para a criação de bovinos: o rebanho já ultrapassa 219 milhões de cabeças de gado:
A
R
G

PECUÁRIA INTENSIVA PECUÁRIA EXTENSIVA

Os rebanhos são criados em estábulos, confinados, em


pequenas e médias propriedades, com grandes cuidados Os rebanhos são numerosos, criados soltos e com pou-
em relação a alimentação, higiene e saúde, esse tipo de ca necessidade de cuidados e investimentos, e alimen-
pecuária necessita de maiores investimentos e mão de tam-se de pasto natural
obra qualificada

O Brasil destaca-se também na criação de suínos, com rebanho superior a 38 milhões de cabeças, com des-
taque para a região Sul do país, com quase a metade do rebanho, seguido por Nordeste e Sudeste. A criação de
suínos gera lucros superiores a US$ 1 bilhão por ano.
Destaque também para a criação de ovinos e caprinos, com rebanho superior a 14 milhões de animais, com
destaques para as regiões Sul e Nordeste.
O Brasil destaca-se como grande produtor de aves, chegando a dominar uma fatia do mercado de 90% do
150 comércio de carne de frango.
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Destaque também para a equinocultura que gera construção de aterros sanitários). O problema ainda
lucros superiores a R$ 7,3 bilhões por ano com criação persiste por falta de interesse dos agentes públicos em
de bubalinos, asininos e muares. promover políticas para resolver a questão e também
pela falta de consciência da população em contribuir
Dica para amenizar os impactos deste problema. Como
consequências deste tipo de problema temos a conta-
Ovinos: Ovelhas minação dos solos e dos lençóis freáticos, por conta da
Caprinos: Cabras produção de chorume, a produção de gases tóxicos e o
Equinocultura: Criação de cavalos aquecimento global.
Bubalinos: Búfalos
Asininos: Jumentos A POLUIÇÃO DOS SOLOS
Muares: Burros e mulas
Por conta da utilização de agrotóxicos no setor
agrícola, a poluição dos solos acontece em conse-
quência do descarte incorreto dos produtos químicos
OS IMPACTOS AMBIENTAIS utilizados no meio rural. Nesse contexto, nosso país
é um grande produtor agrícola e o país que mais uti-
O histórico do agravamento dos impactos ambien- liza agrotóxicos em todo o mundo. Como impactos
tais no Brasil e no mundo começa a ser alterado a par- ambientais decorrentes dessa situação destacamos o
tir dos anos 30, e, no nosso país especificamente, esse processo de empobrecimento do solo, a contaminação
fenômeno veio acompanhado do processo de indus- dos lençóis freáticos e a destruição da biodiversidade
trialização e de urbanização. Esses eventos propor- (flora e fauna).
cionaram um certo desenvolvimento do país, porém,
o desenvolvimento não veio acompanhado de legis- POLUIÇÃO DO AR
lações adequadas que protegessem o meio ambien-
te das possíveis consequências de um crescimento Nosso país está entre as nações que mais emitem
industrial. dióxido de carbono. Esse problema tem como prin-

69
O crescimento urbano e industrial, associado ao cipais causas o crescimento da indústria e uma ele-

8-
crescimento populacional, são batalhas travadas vada concentração de veículos automotivos. Porém,

86
cotidianamente para conter o avanço da degradação não podemos esquecer de destacar a emissão do gás

6.
ambiental. metano na atividade pecuária. Os impactos ambien-

9
tais causados pela liberação dos gases do efeito estufa

.4
(GEE), são: o aumento do buraco na Camada de Ozô-

33
O DESMATAMENTO
nio, o agravamento de mudanças climáticas provo-

-4
cadas pelo aquecimento global e a contaminação da
Considerado como um dos mais antigos e mais
O
água, comprometimento da fauna e da flora.
IR
graves problemas ambientais que nosso país possui,
M
desde a chegada dos portugueses e dos diversos ciclos A POLUIÇÃO DA ÁGUA
A

de exploração este problema vem sendo agravado. O


R

processo de urbanização e crescimento das cidades, a


E

Nos centros urbanos, principalmente, está asso-


R

expansão das atividades agropecuárias, a extração de ciada à falta de políticas para descarte do esgoto e
EI

madeira de lei e a utilização das terras para a pecuá- tratamento. Pouco mais da metade dos domicílios
R

ria extensiva foram determinantes para o agravamen-


IF

brasileiros têm o sistema de coleta de esgoto e for-


to desta situação. Como consequências do processo de necimento de água potável, grande parte do esgo-
N

desmatamento podemos destacar: a destruição da bio-


LI

to doméstico produzido em nosso país é lançado in


O

diversidade, os processos de erosão e empobrecimen- natura diretamente nos rios sem qualquer forma de
R

to dos solos, a redução no ciclo das chuvas, o aumento tratamento.


A

das temperaturas e a questão do aquecimento global.


K

O Brasil possui cerca de 12% das reservas de água


LI

doce do mundo, porém, somente 4% é própria para o


IE

z As queimadas: em sua maioria estão diretamen- consumo de acordo com estudos da Agência Nacional
C

te associadas às práticas de agricultura. Em nos- das Águas (ANA). Como consequências deste tipo de
A

so país, as queimadas vêm aumentando de forma problema ambiental destacamos a destruição e perda
R
G

considerável nos últimos anos, vide os exemplos de da biodiversidade, falta de água com qualidade para o
2020 ocorridos no Pantanal e na Amazônia. Como consumo humano e uma queda na qualidade de vida
consequências das queimadas, destaca-se o acele- da população, além do agravamento de doenças asso-
ramento do processo de desertificação, a poluição ciadas às questões citadas acima.
do ar e o processo de empobrecimento dos solos. O Governo Federal, no mês de julho de 2020, san-
GEOGRAFIA GERAL

cionou a Lei nº 14.026, promovida como o Marco de


A QUESTÃO DO LIXO Saneamento Básico, Lei essa que visa universalizar
no território nacional os sistemas de coleta de esgoto
Considerado como o grande desafio das autorida- e tratamento de água até o ano de 2033, promoven-
des brasileiras, visto que o consumo do ser humano e do parcerias público-privadas para buscar resolver
a produção de lixo só aumentam ano após ano. As difi- os problemas que mais afligem os brasileiros, serão
culdades se potencializam com a coleta e o tratamento investidos cerca de R$ 753 bilhões, totalizando R$ 47
que ocorrem de forma inadequada, mesmo com a lei bilhões por ano no setor.
federal nº 12.305 de 2010, também conhecida como a Dentre os problemas ambientais em zonas urba-
Lei Nacional de Resíduos Sólidos, que proíbe o descar- nas, podemos destacar a formação das ilhas de calor
te do lixo coletado em lixões a céu aberto (o ideal é a (também conhecidas como micro climas), que são 151
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provocadas por retirada da cobertura vegetal, verticalização das construções, o que acaba por impedir uma maior
circulação dos ventos, circulação de veículos automotivos e o processo de impermeabilização dos solos, causando
assim um aumento da temperatura das áreas centrais em relação as áreas periféricas: tal aumento pode chegar a 10ºC.
Um outro problema ambiental dos centros urbanos é a formação das chuvas ácidas que ocorrem em regiões
com alto nível de poluentes na atmosfera. Ao entrar em contato com as gotículas de água, os poluentes promovem
o aumento da acidez da chuva e traz consequências como: a destruição de lavouras agrícolas localizadas próxi-
mas a centros urbanos, a corrosão de monumentos históricos e o aumento de doenças de pele.
Por último, vamos destacar o fenômeno da inversão térmica. O evento ocorre principalmente em áreas urba-
nizadas com elevados índices de poluição, em especial no inverno, da seguinte forma: a camada de ar poluído
impede a troca de ar na atmosfera (que é um fenômeno de ordem natural), esse impedimento faz que fique uma
camada de ar frio e poluído próximo à superfície. Esse fenômeno gera uma série de doenças respiratórias.

HORA DE PRATICAR!
1. (VUNESP — 2021) Observe os gráficos que representam a distribuição das Unidades de Desenvolvimento Humano
(UDHs) segundo as faixas do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre o período de 2000 e 2010
para a Região Metropolitana de Natal, Rio Grande do Norte.

2000 2010

32% 36%
29%
11%
36%

69
12%

8-
19% 17%

86
8%

9 6.
.4
33
Muito baixo Baixo Médio Alto Muito alto

-4
O
(Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras, 2014, p. 68)
IR
M

A análise do gráfico e a comparação entre o período de 2000 a 2010 permitem afirmar que
A
R

a) no período estudado, há uma concentração das UDHs nas faixas mais elevadas do IDHM, com uma redução das UDHs
E
R

que trazem os índices mais baixos.


EI

b) ocorreu um acréscimo de concentração das UDHs nas faixas de menor IDHM em especial na categoria ‘muito baixo’ e
R

‘baixo’.
IF

c) do ponto de vista do IDHM, é possível dizer que houve uma piora na qualidade de vida da população entre os dois anos
N
LI

considerados na análise.
O

d) os resultados comparativos entre os dois períodos não permitem obter conclusões significativas acerca da distribui-
R

ção das UDHs e tampouco sobre o IDHM.


A
K

e) a categoria de IDHM ‘muito alto’ indica que a faixa etária da população apresenta aumento da expectativa de vida,
LI

assim como redução do nível de escolaridade da população.


IE
C

2. (VUNESP — 2022) Esse modelo vincula-se a um compromisso entre três contradições fundamentais: os interesses
A

das gerações atuais diante dos das gerações futuras, os interesses dos países industrializados e os dos países em
R
G

desenvolvimento, as necessidades dos seres humanos e as da preservação dos ecossistemas.

(Yvette Veyret (org.). Dicionário do meio ambiente, 2012. Adaptado.)

O modelo citado no excerto caracteriza

a) um plano de uso e ocupação do solo orientado pelo valor de mercado dos insumos naturais.
b) uma relação sociedade-natureza pautada pelo desenvolvimento sustentável.
c) um conjunto de diretrizes para a elaboração de novas fronteiras políticas.
d) uma rede hierarquizada de interesses corporativos para o marketing positivo de produtos.
e) um projeto de biossegurança para a implantação de empreendimentos urbanos.

3. (VUNESP — 2022) Analise a imagem.

152
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Mecanização, Produção em massa, Computador
Sistemas
força hidráulica, linha de montagem, e
ciberfísicos
máquina a vapor eletricia automação

(http://especiais.estadao.com.br Adaptado.)

Os elementos encontrados na imagem fazem referência

a) ao mercantilismo.
b) ao processo de metropolização.
c) às revoluções industriais.
d) ao processo de conurbação das cidades.
e) à gentrificação.

4. (VUNESP — 2022) O mundo está cada vez mais interligado, o que contribui de modo decisivo para a criação de uma ordem
econômica multilateral. Assim, o termo “multilateralismo” aplica- se a um sistema internacional, no qual diversos Estados
passam a se relacionar por princípios democráticos e a considerar os interesses de cada um na tomada de decisões.

(James O. Tamdjian e Ivan L. Mendes. Geografia, 2013. Adaptado.)

Considerando o excerto, o marco que deu início à atual ordem econômica multilateral foi

a) o término da Guerra Fria.

69
b) a criação da Organização das Nações Unidas.

8-
c) o neocolonialismo no continente africano.

86
d) a adoção do ouro como lastro econômico.

6.
e) o fim da Segunda Guerra Mundial.

9
.4
33
5. (VUNESP — 2021) Analise a charge.

-4
O
Estudo mostra que concentração de gases do efeito estufa bate recorde
IR
ACHO QUE
M
O PROTETOR
A

FATOR 100
TÁ FICANDO
R

MUITO FRACO!
E
R
EI
R
IF
N
LI
O
R
A
K
LI
IE

(Blog do Lute. www.hojeemdia.com.br. 20.12.2019. Adaptado)


C
A
R

Ironizado na charge, o efeito estufa é


G

a) um fenômeno natural intensificado por atividades humanas.


b) um fenômeno restrito às grandes cidades.
c) o resultado da elevação do nível do mar.
GEOGRAFIA GERAL

d) o aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico.


e) a precipitação carregada de ácidos nítrico e sulfúrico.

6. (VUNESP — 2021) De uns tempos pra cá, o termo “gentrificação” passou a povoar discussões sobre a ocupação
humana nos bairros das cidades. Virou praxe encarar a mudança de perfil em determinadas regiões como “ocupação
hipster”. O termo pode parecer novo, mas seus efeitos são velhos conhecidos, muito antes da banquinha de fanzines1
e aquele café (que também é uma floricultura) abrirem perto de sua casa. Em São Paulo, seus efeitos podem ser vistos
desde o início do século 20, com a transformação do Vale do Anhangabaú em via ou com a inauguração do Teatro
Municipal e do Jardim da Luz, na região central.

(Tiago Dias. https://tab.uol.com.br. 10.07.2020. Adaptado.)


153
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1
Da junção em inglês das palavras fanatic e magazine, a) quilombos.
fanzines são pequenas publicações caseiras, produzi- b) aglomerados subnormais.
das por entusiastas de determinado assunto. c) aglomerados urbanos.
Caracteriza uma consequência do processo urbano d) palafitas.
destacado no excerto e) residências padrão.

a) a concentração fundiária, que amplia a posse do Estado 9 GABARITO


sobre propriedades de interesse econômico estratégico.
b) a valorização imobiliária, que compromete a permanência
de pessoas com menor renda nas áreas ressignificadas. 1 A
c) a fragmentação dos limites municipais, que perdem sen-
2 B
tido com a expansão da mancha urbana entre cidades
vizinhas. 3 C
d) o estímulo à formação de megalópoles, que inserem
pequenas cidades na lógica da globalização. 4 A
e) o movimento migratório de retorno, que auxilia a reapro- 5 A
priação do espaço urbano por populações tradicionais.
6 B
7. (VUNESP — 2022) Observe o gráfico.
7 C

8 B
Centro-Oeste

Norte

Nordeste ANOTAÇÕES
Sul

69
8-
Sudeste

86
10

6.
0 20 30 40 50 60 70

9
.4
33
2007/2008 2017/2018

-4
O
(Confederação Nacional da Indústria – CNI) IR
M

A partir da leitura dos dados do gráfico e dos conheci-


A

mentos sobre a participação industrial das regiões, é


R
E

correto afirmar que


R
EI

a) a instalação de várias multinacionais do setor de infor-


R
IF

mática nas regiões Nordeste e Norte são responsáveis


N

pelo aumento da participação industrial.


LI

b) o fraco crescimento de participação da região Sul


O

deve ser atribuído, entre outros, à expansão da agroin-


R
A

dústria instalada no Centro-Oeste.


K

c) o processo de descentralização industrial ocorrido no


LI

Brasil é fator importante para explicar a perda de parti-


IE

cipação industrial do Sudeste.


C
A

d) o crescimento da participação das regiões Norte e


R

Nordeste deve-se, principalmente, à expansão da


G

indústria extrativa mineral.


e) a redução do papel do Sudeste está relacionada ao
fato de a região apresentar fraco crescimento dos
setores de construção civil e metalúrgico.

8. (VUNESP — 2022) “Consiste em uma forma de ocupação


irregular de terrenos de propriedade alheia – públicos ou
privados – para fins de habitação em áreas urbanas e,
em geral, caracterizados por um padrão urbanístico irre-
gular, carência de serviços públicos essenciais e localiza-
ção em áreas com restrição à ocupação.”

O texto, de autoria do portal do IBGE e discutido no


livro do Atlas do Brasil – Disparidades e dinâmicas do
154 território, aponta o conceito de
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z Visão de Tarefas: permite alternar entre os pro-
gramas em execução e abre novas áreas de traba-
lho. Seu atalho de teclado é: Windows+TAB;
z Microsoft Edge: navegador de Internet padrão do
Windows 10. Ele está configurado com o buscador
NOÇÕES DE padrão Microsoft Bing, mas pode ser alterado;
z Microsoft Loja: loja de app’s para o usuário baixar
INFORMÁTICA novos aplicativos para Windows;
z Windows Mail: aplicativo para correio eletrôni-
co, que carrega as mensagens da conta Microsoft
e pode se tornar um hub de e-mails com adição de
outras contas;
MS-WINDOWS 10 z Barra de Acesso Rápido: ícones fixados de pro-
gramas para acessar rapidamente;
NOÇÕES DE SISTEMA OPERACIONAL WINDOWS: z Fixar itens: em cada ícone, ao clicar com o botão
WINDOWS 10 direito (secundário) do mouse, será mostrado o
menu rápido, que permite fixar arquivos abertos
O sistema operacional Windows foi desenvolvido recentemente e fixar o ícone do programa na bar-
pela Microsoft para computadores pessoais (PC) em ra de acesso rápido;
meados dos anos 80, oferecendo uma interface gráfi- z Central de Ações: centraliza as mensagens de
ca baseada em janelas, com suporte para apontadores segurança e manutenção do Windows, como as
como mouses, touch pad (área de toque nos portáteis), atualizações do sistema operacional. Atalho de
canetas e mesas digitalizadoras. teclado: Windows+A (Action). A Central de Ações
Atualmente, o Windows é oferecido na versão 10, não precisa ser carregada pelo usuário, ela é car-
que possui suporte para os dispositivos apontadores regada automaticamente quando o Windows é
tradicionais, além de tela touch screen e câmera (para inicializado;
z Mostrar área de trabalho: visualizar rapidamen-
acompanhar o movimento do usuário, como no siste-
te a área de trabalho, ocultando as janelas que
ma Kinect do videogame Xbox).

69
estejam em primeiro plano. Atalho de teclado:
Em concursos públicos, as novas tecnologias e

8-
Windows+D (Desktop);
suportes avançados são raramente questionados. As

86
z Bloquear o computador: com o atalho de tecla-
questões aplicadas nas provas envolvem os concei-

6.
do Windows+L (Lock), o usuário pode bloquear o
tos básicos e o modo de operação do sistema opera-

9
computador. Poderá bloquear pelo menu de con-

.4
cional em um dispositivo computacional padrão (ou trole de sessão, acionado pelo atalho de teclado

33
tradicional). Ctrl+Alt+Del;

-4
O sistema operacional Windows é um software z Gerenciador de Tarefas: para controlar os aplica-
O
proprietário, ou seja, não tem o núcleo (kernel) dispo- tivos, processos e serviços em execução. Atalho de
IR
nível e o usuário precisa adquirir uma licença de uso teclado: Ctrl+Shift+Esc;
M

da Microsoft. z Minimizar todas as janelas: com o atalho de


A

O Windows 10 apresenta algumas novidades em


R

teclado Windows+M (Minimize), o usuário pode


relação às versões anteriores, como assistente virtual,
E

minimizar todas as janelas abertas, visualizando


R

navegador de Internet, locais que centralizam infor- a área de trabalho;


EI

mações etc. z Criptografia com BitLocker: o Windows oferece o


R
IF

sistema de proteção BitLocker, que criptografa os


z Botão Iniciar: permite acesso aos aplicativos ins- dados de uma unidade de disco, protegendo contra
N
LI

talados no computador, com os itens recentes no acessos indevidos. Para uso no computador, uma
O

início da lista e os demais itens classificados em chave será gravada em um pendrive, e para aces-
R

ordem alfabética. Combina os blocos dinâmicos e sar o Windows, ele deverá estar conectado;
A
K

estáticos do Windows 8 com a lista de programas z Windows Hello: sistema de reconhecimento facial
LI

do Windows 7; ou biometria, para acesso ao computador sem a


IE

z Pesquisar: com novo atalho de teclado, a opção necessidade de uso de senha;


C

pesquisar permite localizar, a partir da digitação z Windows Defender: aplicação que integra recur-
A

de termos, itens no dispositivo, na rede local e na sos de segurança digital, como o firewall, antivírus
R
G

Internet. Para facilitar a ação, tem-se o seguinte e antispyware.


atalho de teclado: Windows+S (Search);
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

z Cortana: assistente virtual. Auxilia em pesquisas O botão direito do mouse aciona o menu de con-
de informações no dispositivo, na rede local e na texto, sempre.
Internet.
CONCEITO DE PASTAS, DIRETÓRIOS, ARQUIVOS E
ATALHOS
Importante!
No Windows 10, os diretórios são chamados de
A assistente virtual Cortana é uma novidade do pastas e algumas pastas são especiais, contendo cole-
Windows 10 que está aparecendo em provas de ções de arquivos que são chamadas de Bibliotecas. Ao
concursos com regularidade. Semelhante ao todo são quatro Bibliotecas: Documentos, Imagens,
Google Assistente (Android), Siri (Apple) e Ale- Músicas e Vídeos. O usuário poderá criar Bibliotecas
xa (Amazon), essa integra recursos de acessi- para sua organização pessoal, uma vez que elas oti-
bilidade por voz para os usuários do sistema mizam a organização dos arquivos e pastas, inserindo
operacional. apenas ligações para os itens em seus locais originais. 155
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Exabyte
Petabyte (EB)
Terabyte (PB)
Gigabyte (TB)
Megabyte (GB) trilhão
Kilobyte (MB) bilhão
(KB) mil milhão
Byte
(B)

Pasta com Pasta sem Pasta vazia Ainda não temos discos com capacidade na ordem
subpasta subpasta
de Petabytes (PB – quatrilhão de bytes) vendidos
comercialmente, mas quem sabe um dia... Hoje estas
O sistema de arquivos NTFS (New Technology File medidas muito altas são usadas para identificar gran-
System) armazena os dados dos arquivos em locali- des volumes de dados na nuvem, em servidores de
zações dos discos de armazenamento. Por sua vez, os redes, em empresas de dados etc.
arquivos possuem nome e podem ter extensões. Vamos falar um pouco sobre Bytes: 1 Byte repre-
O sistema de arquivos NFTS suporta unidades de senta uma letra, ou número, ou símbolo. Ele é forma-
do por 8 bits, que são sinais elétricos (que vale zero
armazenamento de até 256 TB (terabytes, trilhões de
ou um). Os dispositivos eletrônicos utilizam o sistema
bytes)
binário para representação de informações.
O FAT32 suporta unidades de até 2 TB. A palavra “Nova”, quando armazenada no disposi-
Antes de prosseguir, vamos conhecer estes concei- tivo, ocupará 4 bytes. São 32 bits de informação grava-
tos. da na memória.
A palavra “Concursos” ocupará 9 bytes, que são 72
TERMO SIGNIFICADO OU APLICAÇÃO bits de informação.
Os bits e bytes estão presentes em diversos momen-
Unidade de disco de armazena- tos do cotidiano. Um plano de dados de celular ofere-
Disco de mento permanente, que possui um ce um pacote de 5 GB, ou seja, poderá transferir até

69
armazenamento sistema de arquivos e mantém os
5 bilhões de bytes no período contratado. A conexão

8-
dados gravados
Wi-Fi de sua residência está operando em 150 Mbps,

86
Estruturas lógicas que endereçam ou 150 megabits por segundo, que são 18,75 MB por

6.
as partes físicas do disco de arma-

9
Sistema de segundo, e um arquivo com 75 MB de tamanho leva-

.4
zenamento. NTFS, FAT32, FAT são rá 4 segundos para ser transferido do seu dispositivo

33
Arquivos
alguns exemplos de sistemas de ar- para o roteador wireless.

-4
quivos do Windows
Circunferência do disco físico (como
O
IR
Trilhas um hard disk HD ou unidades remo- Importante!
M

víveis ópticas)
A

O tamanho dos arquivos no Windows 10 é exi-


R

São ‘fatias’ do disco, que dividem as bido em modo de visualização de Detalhes, nas
E

Setores
trilhas
R

Propriedades (botão direito do mouse, menu de


EI

Unidades de armazenamento no contexto) e na barra de status do Explorador de


R

Clusters disco, identificado pela trilha e setor


IF

Arquivos. Poderão ter as unidades KB, MB, GB,


onde se encontra
N

TB, indicando quanto espaço ocupam no disco


LI

Estrutura lógica do sistema de ar- de armazenamento.


O

Pastas ou
quivos para organização dos dados
R

diretórios
A

na unidade de disco
K

Arquivos Dados. Podem ter extensões Quando os computadores pessoais foram apresen-
LI

tados para o público, a árvore foi usada como analo-


IE

Pode identificar o tipo de arquivo, gia para explicar o armazenamento de dados, criando
C

associando com um software que


A

o termo “árvore de diretórios”.


Extensão permita visualização e/ou edição.
R
G

As pastas podem ter extensões Documentos


como parte do nome Imagens
Folhas
Arquivos especiais, que apontam Músicas
para outros itens computacionais, Flores
Vídeos
como unidades, pastas, arquivos, Frutos
Atalhos dispositivos, sites na Internet, lo-
cais na rede etc. Os ícones possuem Pastas e Subpastas
uma seta, para diferenciar dos itens Tronco e Galhos
originais

O disco de armazenamento de dados tem o seu


tamanho identificado em Bytes. São milhões, bilhões e Diretório Raiz Raiz
até trilhões de bytes de capacidade. Os nomes usados
são do Sistema Internacional de Medidas (SI) e estão
156 listados na escala a seguir. Figura 4. Árvore de diretórios
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
No Windows 10, a organização segue a seguinte Arquivos ocultos, arquivos de sistema, arquivos
definição: somente leitura... os atributos dos itens podem ser
definidos pelo item Propriedades no menu de con-
z Pastas texto. O Explorador de Arquivos pode exibir itens que
„ Estruturas do sistema operacional: Arqui- tenham o atributo oculto, desde que ajuste a configu-
vos de Programas (Program Files), Usuários ração correspondente.
(Users), Windows. A primeira pasta da unida-
de é chamada raiz (da árvore de diretórios), ÁREA DE TRABALHO
representada pela barra invertida: Documen-
tos (Meus Documentos), Imagens (Minhas Ima- A interface gráfica do Windows é caracterizada
gens), Vídeos (Meus Vídeos), Músicas (Minhas pela Área de Trabalho, ou Desktop. A tela inicial do
Músicas) – bibliotecas; Windows exibe ícones de pastas, arquivos, programas,
„ Estruturas do Usuário: Documentos (Meus atalhos, barra de tarefas (com programas que podem
Documentos), Imagens (Minhas Imagens), ser executados e programas que estão sendo executa-
Vídeos (Meus Vídeos), Músicas (Minhas Músi- dos) e outros componentes do Windows.
cas) – bibliotecas; A área de trabalho do Windows 10, também conhe-
„ Área de Trabalho: Desktop, que permite aces- cida como Desktop, é reconhecida pela presença do
so à Lixeira, Barra de Tarefas, pastas, arquivos, papel de parede ilustrando o fundo da tela. É uma
programas e atalhos;
imagem, que pode ser um bitmap (extensão BMP),
„ Lixeira do Windows: Armazena os arquivos de
uma foto (extensão JPG), além de outros formatos grá-
discos rígidos que foram excluídos, permitindo
a recuperação dos dados. ficos. Ao ver o papel de parede em exibição, sabemos
que o computador está pronto para executar tarefas.
z Atalhos

„ Arquivos que indicam outro local: Extensão


LNK, podem ser criados arrastando o item com Lixeira Microsoft Google Mozilla Kaspersky Firefox
ALT ou CTRL+SHIFT pressionado.
Edge Chrome Thunderbird Secure Co..

69
z Drivers

8-
„ Arquivos de configuração: Extensão DLL e Provas

86
Downloads Lista de Extra - dicas
Anteriores caragua.docx
e-mails par.. Ebook-Curs. concursos.txt
outras, usadas para comunicação do software

6.
com o hardware.

9
.4
33
O Windows 10 usa o Explorador de Arquivos (que Figura 1. Imagem da área de trabalho do Windows 10.

-4
antes era Windows Explorer) para o gerenciamento
de pastas e arquivos. Ele é usado para as operações
O
Na área de trabalho podemos encontrar Ícones
IR
de manipulação de informações no computador, e estes podem ser ocultados se o usuário escolher
desde o básico (formatar discos de armazenamento)
M

‘Ocultar ícones da área de trabalho’ no menu de


A

até o avançado (organizar coleções de arquivos em contexto (botão direito do mouse, Exibir). Os ícones
R

Bibliotecas).
representam atalhos, arquivos, pastas, unidades de
E

O atalho de teclado Windows+E pode ser acionado


R

discos e componentes do Windows (como Lixeira e


para executar o Explorador de Arquivos.
EI

Como o Windows 10 está associado a uma con- Computador).


R

No canto inferior esquerdo encontraremos o botão


IF

ta Microsoft (e-mail Live, ou Hotmail, ou MSN, ou


Outlook), o usuário tem disponível um espaço de Iniciar, que pode ser acionado pela tecla Windows ou
N

pela combinação de teclas Ctrl+Esc. Ao ser acionado, o


LI

armazenamento de dados na nuvem Microsoft One-


O

Drive. No Explorador de Arquivos, no painel do lado menu Iniciar será apresentado na interface de blocos
R

direito, o ícone OneDrive sincroniza os itens com a que surgiu com o Windows 8, interface Metro.
A

nuvem. Ao inserir arquivos ou pastas no OneDrive, A ideia do menu Iniciar é organizar todas as opções
K

eles serão enviados para a nuvem e sincronizados instaladas no Windows 10, como acessar Configura-
LI

com outros dispositivos que estejam conectados na


IE

ções (antigo Painel de Controle), programas instalados


C

mesma conta de usuário. no computador, apps instalados no computador a par-


A

Os atalhos são representados por ícones com uma tir da Windows Store (loja de aplicativos da Microsoft)
R

seta no canto inferior esquerdo, e podem apontar para etc.


G

um arquivo, pasta ou unidade de disco. Os atalhos são Ao lado do botão Iniciar encontramos a caixa de
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

independentes dos objetos que os referenciam, por- pesquisas (Cortana). Com ela, poderemos digitar ou
tanto, se forem excluídos, não afetam o arquivo, pasta ditar o nome do recurso que estamos querendo exe-
ou unidade de disco que estão apontando.
cutar e o Windows 10 apresentará a lista de opções
Podemos criar um atalho de várias formas
semelhantes na área de trabalho e a possibilidade de
diferentes:
buscar na Internet. Além da digitação, podemos falar
z Arrastar um item segurando a tecla Alt no teclado, o que estamos querendo procurar, clicando no micro-
e ao soltar, o atalho é criado; fone no canto direito da caixa de pesquisa.
z No menu de contexto (botão direito) escolha A seguir, temos o item Visão de Tarefas sendo uma
“Enviar para... Área de Trabalho (criar atalho); novidade do Windows 10, que permite visualizar os
z Um atalho para uma pasta cujo conteúdo está sen- diferentes aplicativos abertos (como o atalho de tecla-
do exibido no Explorador de Arquivos pode ser do Alt+Tab clássico) e alternar para outra Área de
criado na área de trabalho arrastando o ícone da Trabalho. O atalho de teclado para Visão de Tarefas é
pasta, mostrado na barra de endereços e soltando- Windows+Tab.
-o na área de trabalho.
157
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Enquanto no Windows 7 só temos uma Área de Aplicativo que está em execução 1 vez possui um
Trabalho, o Windows 10 permite trabalhar com várias pequeno traço azul abaixo do ícone.
áreas de trabalho independentes, onde os programas
abertos em uma não interfere com os programas
abertos em outra.
A seguir, a tradicional Barra de Acesso Rápido, que
organiza os aplicativos mais utilizados pelo usuário,
permitindo o acesso rápido, tanto por clique no mou- Aplicativo que está em execução mais de 1 vez pos-
se, como por atalhos (Windows+1 para o primeiro, sui um pequeno traço segmentado azul no ícone.
Windows+2 para o segundo programa etc.) e também
pelas funcionalidades do Aero (como o Aero Peek, que
mostrará miniaturas do que está em execução, e con-
sequente transparência das janelas).
A Área de Notificação mostrará a data, hora, men-
sagens da Central de Ações (de segurança e manuten-
ção), processos em execução (aplicativos de segundo
plano) etc. Atalho de teclado: Windows+B.
Por sua vez, em “Mostrar Área de Trabalho”, o
atalho de teclado Windows+D mostrará a área de tra-
balho ao primeiro clique e mostrará o programa que
estava em execução ao segundo clique. Se a opção 1 +1 não está em
execução execução execução
“Usar Espiar para visualizar a área de trabalho ao
posicionar o ponteiro do mouse no botão Mostrar
Área de Trabalho na extremidade da barra de tarefas”
estiver ativado nas Configurações da Barra de Tare- ÁREA DE TRANSFERÊNCIA
fas, não será necessário clicar. Bastará apontar para
visualizar a Área de Trabalho. Um dos itens mais importantes do Windows não é
Uma novidade do Windows 10 foi a incorporação visível como um ícone ou programa. A Área de Trans-

69
dos Blocos Dinâmicos (que antes estavam na interface ferência é um espaço da memória RAM, que armazena

8-
Metro do Windows 8 e 8.1) no menu Iniciar. Os blocos uma informação de cada vez. A informação armaze-

86
são os aplicativos fixados no menu Iniciar. Se quiser nada poderá ser inserida em outro local, e ela acaba

6.
ativar ou desativar, pressione e segure o aplicativo trabalhando em praticamente todas as operações de

9
manipulação de pastas e arquivos.

.4
(ou clique com o botão direito do mouse) que mostra o

33
bloco dinâmico e selecione Ativar bloco dinâmico ou No Windows 10, se quiser visualizar o conteúdo
da Área de Transferência, acione o atalho de teclado

-4
Desativar bloco dinâmico.
Windows+V (View).
O
Ao acionar o atalho de teclado Ctrl+C (Copiar),
Navegador padrão do
IR
Atalhos
Windows 10 estamos copiando o item para a memória RAM, para
M
Itens Excluídos
ser inserido em outro local, mantendo o original e
A
R

criando uma cópia.


E

Ao acionar o atalho de teclado PrintScreen, esta-


R

Lixeira Microsoft Google Mozilla Kaspersky Firefox Arquivos


mos copiando uma “foto da tela inteira” para a Área
EI

Pastas de
Edge Chrome Thunderbird Secure Co..
Arquivos
de Transferência, para ser inserida em outro local,
R
IF

como em um documento do Microsoft Word ou edição


N

Provas Downloads
caragua.docx Lista de Extra - dicas Central pelo acessório Microsoft Paint.
LI

Anteriores e-mails par. Ebook-Curs. concursos.txt de Ações


Ao acionar o atalho de teclado Alt+PrintScreen,
O

Botão Iniciar Barra de Área de


Cortana Visão de Tarefas Acesso rápido Notificação estamos copiando uma ‘foto da janela atual’ para a
R
A

Área de Transferência, desconsiderando outros ele-


K

mentos da tela do Windows.


LI

Ao acionar o atalho de teclado Ctrl+V (Colar), o


IE

Barra de Tarefas conteúdo que está armazenado na Área de Transfe-


C

rência será inserido no local atual.


A
R

Figura 2. Elementos da área de trabalho do Windows 10.


G

Dica
Mostrar área de trabalho agora está no canto infe-
rior direito, ao lado do relógio, na área de notifica- As três teclas de atalhos mais questionadas
ção da Barra de Tarefas. O atalho continua o mesmo: em questões do Windows são Ctrl+X, Ctrl+C
Win+D (Desktop) e Ctrl+V, que acionam os recursos da Área de
Transferência.

As ações realizadas no Windows, em sua quase


totalidade, podem ser desfeitas ao acionar o atalho de
Aplicativos fixados na Barra de Tarefas são ícones teclado Ctrl+Z imediatamente após a sua realização.
que permanecem em exibição todo o tempo. Por exemplo, ao excluir um item por engano, e pres-
sionar Del ou Delete, o usuário pode acionar Ctrl+Z
(Desfazer) para restaurar ele novamente, sem neces-
sidade de acessar a Lixeira do Windows.

158
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
E outras ações podem ser repetidas, acionando o
OPERAÇÕES COM TECLADO
atalho de teclado Ctrl+Y (Refazer), quando possível.
Para obter uma imagem de alguma janela em Atalhos de teclado Resultado da operação
exibição, além dos atalhos de teclado PrintScreen e Não é possível recortar e colar na
Alt+PrintScreen, o usuário pode usar o recurso Instan- Ctrl+X e Ctrl+V
mesma pasta. Será exibida uma
tâneo, disponível nos aplicativos do Microsoft Office. na mesma pasta
mensagem de erro
Outra forma de realizar esta atividade é usar a Fer-
ramenta de Captura (Captura e Esboço), disponível no Ctrl+X e Ctrl+V Recortar (da origem) e colar (no
Windows. em locais diferentes destino). O item será movido
Mas se o usuário quer apenas gravar a imagem Copiar e colar. O item será dupli-
capturada, poderá fazer com o atalho de teclado Win- Ctrl+C e Ctrl+V
cado. A cópia receberá um sufixo
dows+PrintScreen, que salva a imagem em um arquivo na mesma pasta
(Copia) para diferenciar do original
na pasta “Capturas de Tela”, na Biblioteca de Imagens.
Copiar (da origem) e colar (no
A área de transferência é um dos principais recur- Ctrl+C e Ctrl+V
destino). O item será duplicado,
sos do Windows, que permite o uso de comandos, em locais diferentes
mantendo o nome e extensão
realização de ações e controle das ações que serão
desfeitas. Deletar, apagar, enviar para a Li-
xeira do Windows, podendo recu-
Tecla Delete em um
MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PASTAS perar depois, se o item estiver em
item do disco rígido
um disco rígido local interno ou
Ao nomear arquivos e pastas, algumas regras pre- externo conectado na CPU
cisam ser conhecidas para que a operação seja reali- Será excluído definitivamente. A
zada com sucesso. Tecla Delete em Lixeira do Windows não armaze-
um item do disco na itens de unidades removíveis
z O Windows não é case sensitive. Ele não faz distin- removível (pendrive), ópticas ou unidades
ção entre letras minúsculas ou letras maiúsculas. remotas
Um arquivo chamado documento.docx será consi-
derado igual ao nome Documento.DOCX; Independentemente do local
Shift+Delete onde estiver o item, ele será ex-

69
z O Windows não permite que dois itens tenham o
cluído definitivamente

8-
mesmo nome e a mesma extensão quando estive-

86
rem armazenados no mesmo local; Renomear. Trocar o nome e a

6.
z O Windows não aceita determinados caracteres extensão do item. Se houver ou-

9
nos nomes e extensões. São caracteres reservados, tro item com o mesmo nome no

.4
para outras operações, que são proibidos na hora

33
mesmo local, um sufixo numérico
de nomear arquivos e pastas. Os nomes de arqui- F2
será adicionado para diferenciar

-4
vos e pastas podem ser compostos por qualquer os itens. Não é permitido reno-
caractere disponível no teclado, exceto os carac-
O
mear um item que esteja aberto
IR
teres * (asterisco, usado em buscas), ? (interroga- na memória do computador
M

ção, usado em buscas), / (barra normal, significa


A
R

opção), | (barra vertical, significa concatenador de


Lixeira
E

comandos), \ (barra invertida, indica um caminho),


R

“ (aspas, abrange textos literais), : (dois pontos, sig-


EI

nifica unidade de disco), < (sinal de menor, signi- Um dos itens mais questionados em concursos
R

fica direcionador de entrada) e > (sinal de maior, públicos é a Lixeira do Windows. Ela armazena os
IF

significa direcionador de saída); itens que foram excluídos de discos rígidos locais,
N

internos ou externos conectados na CPU.


LI

z Existem termos que não podem ser usados, como


O

CON (console, significa teclado), PRN (printer, sig- Ao pressionar o atalho de teclado Ctrl+D, ou a
R

nifica impressora) e AUX (indica um auxiliar), por tecla Delete (DEL), o item é removido do local original
A

referenciar itens de hardware nos comandos digi- e armazenado na Lixeira.


K

tados no Prompt de Comandos. (por exemplo, para Quando o item está na Lixeira, o usuário pode
LI
IE

enviar para a impressora um texto através da linha escolher a opção Restaurar, para retornar ele para o
C

de comandos, usamos TYPE TEXTO.TXT > PRN). local original. Se o local original não existe mais, pois
A

suas pastas e subpastas foram removidas, a Lixeira


R

recupera o caminho e restaura o item.


G

Entre os caracteres proibidos, o asterisco é o mais


conhecido. Ele pode ser usado para substituir de zero Os itens armazenados na Lixeira poderão ser
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

à N caracteres em uma pesquisa, tanto no Windows excluídos definitivamente, escolhendo a opção “Esva-
como nos sites de busca na Internet. ziar Lixeira” no menu de contexto ou faixa de opções
As ações realizadas pelos usuários em relação à da Lixeira.
manipulação de arquivos e pastas pode estar condi- Quando acionamos o atalho de teclado Shift+De-
cionada ao local onde ela é efetuada, ou ao local de lete, o item será excluído definitivamente. Pelo Win-
origem e destino da ação. Portanto, é importante veri- dows, itens excluídos definitivamente ou apagados
ficar no enunciado da questão, geralmente no texto após esvaziar a Lixeira não poderão ser recuperados.
associado, estes detalhes que determinarão o resulta- É possível recuperar com programas de terceiros, mas
do da operação. isto não é considerado no concurso, que segue a con-
As operações podem ser realizadas com atalhos figuração padrão.
de teclado, com o mouse, ou com a combinação de Os itens que estão na Lixeira podem ser arrastados
ambos. As bancas organizadoras costumam questio- com o mouse para fora dela, restaurando o item para
nar ações práticas nas provas e, na maioria das vezes o local onde o usuário liberar o botão do mouse.
utilizam imagens nas questões.
159
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A Lixeira do Windows tem o seu tamanho definido Extensões de Arquivos
em 10% do disco rígido ou 50 GB. O usuário poderá
alterar o tamanho máximo reservado para a Lixei- O Windows 10 apresenta ícones que representam
ra, poderá desativá-la excluindo os itens diretamen- arquivos, de acordo com a sua extensão. A extensão
te e configurar Lixeiras individuais para cada disco caracteriza o tipo de informação que o arquivo arma-
conectado. zena. Quando um arquivo é salvo, uma extensão é
atribuída para ele, de acordo com o programa que o
OPERAÇÕES COM MOUSE criou. É possível alterar esta extensão, porém corre-
mos o risco de perder o acesso ao arquivo, que não
RESULTADO DA será mais reconhecido diretamente pelas configura-
AÇÃO DO USUÁRIO
OPERAÇÃO ções definidas em Programas Padrão do Windows.
Clique simples no botão
Selecionar o item
principal
Clique simples no botão Exibir o menu de contexto do Importante!
secundário item
Existem arquivos sem extensão, como itens do
Executar o item, se for exe- sistema operacional. Ela é opcional e procu-
cutável. Abrir o item, se for ra associar o arquivo com um programa para
editável, com o programa pa-
visualização ou edição. Se o arquivo não possui
Duplo clique drão que está associado. Nos
programas do computador,
extensão, o usuário não conseguirá executar ele,
poderá abrir um item através por se tratar de conteúdo de uso interno do siste-
da opção correspondente ma operacional (que não deve ser manipulado).
Renomear o item. Se o nome
já existe em outro item, será Confira na tabela a seguir algumas das extensões e
Duplo clique pausado
sugerido numerar o item re-
ícones mais comuns em provas de concursos.
nomeado com um sufixo
Arrastar com botão principal EXTENSÃO ÍCONE FORMATO

69
pressionado e soltar na mes- O item será movido
Adobe Acrobat. Pode ser criado e

8-
ma unidade de disco
editado pelos aplicativos Office.

86
Arrastar com botão principal Formato de documento portável
PDF

6.
pressionado e soltar em ou- O item será copiado (Portable Document Format) que

9
tra unidade de disco poderá ser visualizado em várias

.4
33
plataformas
Arrastar com botão secun- Exibe o menu de contexto,

-4
dário do mouse pressionado podendo “Copiar aqui” (no Documento de textos do Microsoft
e soltar na mesma unidade local onde soltar) Word. Textos com formatação que
DOCX
O
podem ser editados pelo LibreOffice
IR
Arrastar com botão secun- Writer
Exibe o menu de contexto, po-
M

dário do mouse pressionado


A

dendo “Copiar aqui” (no local


e soltar em outra unidade de Pasta de trabalho do Microsoft
R

onde soltar) ou “Mover aqui”


disco Excel. Planilhas de cálculos que
E

XLSX
R

podem ser editadas pelo LibreOf-


EI

fice calc
Arrastar na mesma unidade, será movido. Arras-
R

tar entre unidades diferentes, será copiado.


IF

Apresentação de slides do Micro-


N

soft PowerPoint, que poderá ser


PPTX
LI

editada pelo LibreOffice Impress


OPERAÇÕES COM TECLADO E MOUSE
O
R

AÇÃO DO USUÁRIO RESULTADO DA OPERAÇÃO


A

Texto sem formatação. Formato


K

O item será copiado, quando padrão do acessório Bloco de No-


Arrastar com o botão princi- TXT
LI

a tecla CTRL for liberada, in- tas. Poderá ser aberto por vários
pal pressionado um item com
IE

dependente da origem ou do programas do computador


a tecla CTRL pressionada
C

destino da ação
A

Rich Text Format – formato de


R

O item será movido, quando


Arrastar com o botão princi- texto rico. Padrão do acessó-
G

a tecla SHIFT for liberada, in-


pal pressionado um item com RTF rio WordPad, este documento de
dependente da origem ou do
a tecla SHIFT pressionada texto possui alguma formatação,
destino da ação
como estilos de fontes
Arrastar com o botão prin-
Será criado um atalho para o Formato de vídeo. Quando o Win-
cipal pressionado um item
item, independente da origem dows efetua a leitura do conteúdo,
com a tecla ALT pressionada
ou do destino da ação MP4, AVI, exibe no ícone a miniatura do pri-
(ou CTRL+SHIFT)
MPG meiro quadro. No Windows 10, Fil-
Clique em itens com o botão mes e TV reproduzem os arquivos
principal, enquanto mantém Seleção individual de itens de vídeo
a tecla CTRL pressionada
Formato de áudio. O Gravador de
Seleção de vários itens. O Som pode gravar o áudio. O Win-
Clique em itens com o botão primeiro item clicado será o MP3 dows Media Player e o Groove Mu-
principal, enquanto mantém início, e o último item será o sic podem reproduzir o som
a tecla SHIFT pressionada final, de uma região contínua
de seleção
160
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
EXTENSÃO ÍCONE FORMATO
Modos de Exibição do Windows 10

Formato de imagem. Quando o


Windows efetua a leitura do con-
BMP, GIF,
teúdo, exibe no ícone a miniatura
JPG, PCX,
da imagem. No Windows 10, o
PNG, TIF
acessório Paint visualiza e edita
os arquivos de imagens
Formato ZIP, padrão do Windows
para arquivos compactados. Não
ZIP necessita de programas adicio-
nais, como o formato RAR, que exi-
ge o WinRAR
Biblioteca de ligação dinâmica do z Ícones extras grandes: ícones extra grandes com
Windows. Arquivo que contém in- nome (e extensão);
DLL formações que podem ser usadas z Ícones grandes: ícones grandes com nome (e
por vários programas, como uma extensão);
caixa de diálogo
z Ícones médios: ícones médios com nome (e exten-
Arquivos executáveis, que não são) organizados da esquerda para a direita;
necessitam de outros programas z Ícones pequenos: ícones pequenos com nome (e
EXE, COM, para serem executados
BAT extensão) organizados da esq. para a direita;
z Listas: ícones pequenos com nome (e extensão)
organizados de cima para baixo;
z Detalhes: ícones pequenos com nome, data de
Uma das extensões menos conhecidas e mais ques- modificação, tipo e tamanho;
tionadas das bancas é a extensão RTF. Rich Text For- z Blocos: ícones médios com nome, tipo e tamanho,
mat, uma tentativa da Microsoft em criar um padrão organizados da esq. para a direita;
de documento de texto com alguma formatação para z Conteúdo: ícones médios com nome, autores, data
de modificação, marcas e tamanho.

69
múltiplas plataformas. A extensão RTF pode ser aber-

8-
ta pelos programas editores de textos, como o Micro-

86
soft Word e LibreOffice Writer, e é padrão do acessório Um dos temas mais questionado em provas ante-
riores são os modos de exibição do Windows. Se tem

6.
do Windows WordPad.

9
Se o usuário quiser, pode acessar Configurações um computador com Windows 10, procure visualizar

.4
(atalho de teclado Windows+I) e modificar o progra- os modos de exibição no seu Explorador de Arquivos.

33
ma padrão. Alterando esta configuração, o arquivo Praticar a disciplina no computador ajuda na memo-

-4
será visualizado e editado por outro programa de rização dos recursos.
escolha do usuário.
O
IR
2. Barra ou linha de título
As Configurações do Windows e dos programas
M

3. Minimizar 4. Maximizar 5. fechar


instalados estão armazenados no Registro do Windo-
A
R

ws. O arquivo do registro do Windows pode ser edi-


E

tado pelo comando regedit.exe, acionado na caixa de


R

diálogo “Executar”. Entretanto, não devemos alterar


EI

suas hives (chaves de registro) sem o devido conheci-


R
IF

mento, pois poderá inutilizar o sistema operacional. Área de trabalho do aplicativo


No Windows 10, Configurações é o Painel de Con-
N
LI

trole. A troca do nome alterou a organização dos itens


O

de ajustes do Windows, tornando-se mais simples e 1. Barra de menus


R

6. Barra de Rolagem
intuitivo.
A
K

Através deste item o usuário poderá instalar e


Figura 3. Elementos de uma janela do Windows 10.
LI

desinstalar programas e dispositivos, configurar o


IE

Windows, além de outros recursos administrativos.


C

Por meio do ícone Rede e Internet do Windows 10, 1. Barra de menus: são apresentados os menus com
A

os respectivos serviços que podem ser executados


R

acessado pela opção Configurações, localizada na lista


no aplicativo;
G

exibida a partir do botão Iniciar, é possível configu-


rar VPN, Wi‐Fi, modo avião, entre outros. VPN/ Wi-Fi/ 2. Barra ou linha de título: mostra o nome do arqui-
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Modo avião/ Status da rede/ Ethernet/ Conexão disca- vo e o nome do aplicativo que está sendo execu-
da/ Hotspot móvel/ Uso de dados/ Proxy. tado na janela. Através dessa barra, conseguimos
Modo Avião é uma configuração comum em smar- mover a janela quando a mesma não está maximi-
tphones e tablets que permite desativar, de manei- zada. Para isso, clique na barra de título, mante-
ra rápida, a comunicação sem fio do aparelho – que nha o clique e arraste e solte o mouse. Assim, você
inclui Wi‑Fi, Bluetooth, banda larga móvel, GPS, GNSS, estará movendo a janela para a posição desejada.
NFC e todos os demais tipos de uso da rede sem fio. Depois é só soltar o clique;
No Explorador de Arquivos do Windows 10, ao 3. Botão minimizar: reduz uma janela de documen-
exibir os detalhes dos arquivos, é possível visualizar to ou aplicativo para um ícone. Para restaurar a
informações, como, por exemplo, a data de modifica- janela para seu tamanho e posição anteriores, cli-
ção e o tamanho de cada arquivo. que neste botão ou clique duas vezes na barra de
títulos;

161
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
4. Botão maximizar: aumenta uma janela de docu- Cada item (pasta ou arquivo) armazena uma série
mento ou aplicativo para preencher a tela. Para de informações relacionadas a si próprio. Estas infor-
restaurar a janela para seu tamanho e posição mações podem ser consultadas em Propriedades,
anteriores, clique neste botão ou clique duas vezes acessado no menu de contexto, exibido quando clicar
na barra de títulos; com o botão direito do mouse sobre o item.
5. Botão fechar: fecha o aplicativo ou o documento. Ao clicar com o botão direito sobre o ícone da
Solicita que você salve quaisquer alterações não Lixeira, será mostrado o menu de contexto, e esco-
salvas antes de fechar. Alguns aplicativos, como lhendo ‘Esvaziar Lixeira’, os itens serão removidos
os navegadores de Internet, trabalham com guias definitivamente, utilizando o Windows, não haverá
ou abas, que possui o seu próprio controle para meio de recuperá-los.
fechar a guia ou aba. Atalho de teclado Alt+F4;
6. Barras de rolagem: as barras sombreadas ao PROGRAMAS E APLICATIVOS
longo do lado direito (e inferior de uma janela de
documento). Para deslocar-se para outra parte do Os programas associados ao Windows 10 podem
documento, arraste a caixa ou clique nas setas da ser classificados em:
barra de rolagem.
z Componentes do sistema operacional;
USO DOS MENUS z Aplicativos e Acessórios;
z Ferramentas de Manutenção e Segurança;
No Windows 10, tanto pelo Explorador de Arquivos z App’s – aplicativos disponíveis na Loja (Windows
como pelo menu Iniciar, encontramos as opções para Store) para instalação no computador do usuário.
gerenciamento de arquivos, pastas e configurações.
O Windows 10 disponibiliza listas de atalho como Dica
recurso que permite o acesso direto a sítios, músicas,
documentos ou fotos. O conteúdo dessas listas está Os acessórios do Windows são aplicativos nati-
diretamente relacionado com o programa ao qual vos do sistema operacional, que estão dispo-
elas estão associadas. O recurso de Lista de Atalhos, níveis para utilização mesmo que não existam
novidade do Windows 7 que foi mantida nas versões outros programas instalados no computador. Os

69
seguintes, possibilita organizar os arquivos abertos acessórios oferecem recursos básicos para ano-

8-
por um aplicativo ao ícone do aplicativo, com a possi- tações, edição de imagens e edição de textos.

86
bilidade ainda de fixar o item na lista.

6.
No Explorador de Arquivos do Windows 10, os

9
Na primeira categoria encontramos o Configura-

.4
menus foram trocados por guias, semelhante ao ções (antigo Painel de Controle). Usado para realizar

33
Microsoft Office. Ao pressionar ALT, nenhum menu as configurações de software (programas) e hardware

-4
escondido será mostrado (como no Windows 7), mas (dispositivos), permite alterar o comportamento do
os atalhos de teclado para as guias Arquivo, Início,
O
sistema operacional, personalizando a experiência no
IR
Compartilhar e Exibir. Windows 7. No Windows 10 o Painel de Controle cha-
M

ma-se Configurações, e pode ser acessado pelo atalho


A

de teclado Windows+X no menu de contexto, ou dire-


R

tamente pelo atalho de teclado Windows+I.


E
R

Na segunda categoria, temos programas que reali-


EI

zam atividades e outros que produzem mais arquivos.


R

Por exemplo, a calculadora. É um acessório do Windo-


IF

ws 10 que inclui novas funcionalidades em relação às


N
LI

versões anteriores, como o cálculo de datas e conver-


O botão direito do mouse exibe a janela pop-up
O

são de medidas. Temos também o Notas Autoadesivas


R

chamada “Menu de Contexto”. Em cada local que for (como pequenos post its na tela do computador).
A

clicado, uma janela diferente será mostrada. Outros acessórios são o WordPad (para edição
K

As opções exibidas no menu de contexto contém de documentos com alguma formatação), Bloco de
LI

as ações permitidas para o item clicado naquele local.


IE

Notas (para edição de arquivos de textos), MSPaint


C

Através do menu de contexto da área de trabalho, (para edição de imagens) e Visualizador de Imagens
A

podemos criar nova pasta (Ctrl+Shift+N), novo Atalho, (que permite ver uma imagem e chamar o editor
R

ou novos arquivos (Imagem de bitmap [BMP Paint],


G

correspondente).
Documento do Microsoft Word [DOCX Microsoft E finalmente, as ferramentas do sistema. Desfrag-
Word], Formato Rich Text [RTF WordPad], Documen- mentar e Otimizar Unidades1 (antigo Desfragmenta-
to de Texto [TXT Bloco de Notas], Planilha do Micro- dor de Discos, para organizar clusters2), Verificação de
soft Excel [XLSX Microsoft Excel], Pasta Compactada Erros (para procurar por erros de alocação), Backup
[extensão ZIP], entre outros). do Windows (para cópia de segurança dos dados do
usuário) e Limpeza de Disco (para liberar espaço livre
Dica no disco).

Arquivos de imagens são editados pelo acessó-


rio do Windows Microsoft Paint, que no Windo- Desfragmentar e Otimizar Unidades
ws 10 oferece a versão Paint 3D.
Aplicativo da área de trabalho

1 Em cada local do Windows, o item poderá ter um nome diferente. “Desfragmentar e Otimizar Unidades” é o nome do recurso. “Otimizar e
desfragmentar unidade” é o nome da opção.
162 2 Unidades de alocação. Quando uma informação é gravada no disco, ela é armazenada em um espaço chamado cluster.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Otimizar e desfragmentar unidade WINDOWS 10 O QUE
A otimização das unidades do computador pode O novo navegador da Microsoft
ajudá-lo a funcionar com mais eficiência. Microsoft Edge está disponível somente no Win-
dows 10
Otimizar
Com funcionamento análogo à
Google Play Store e à Apple Sto-
Windows Store re, o ambiente permite comprar
No menu Iniciar, em Ferramentas Administrativas jogos, apps, filmes, músicas e
do Windows, encontraremos os outros programas, programas de TV
como por exemplo: Agendador de Tarefas, Gerencia- O recurso permite visualizar da-
mento do Computador, Limpeza de Disco etc. Na par- Desktops virtuais dos de vários computadores em
te de segurança encontramos o Firewall do Windows, uma única tela
um filtro das portas TCP do computador, que autoriza
Windows Update, Windo-
ou bloqueia o acesso para a rede de computadores, e Fornecimento do Windows como
ws Update for Business,
de acesso externo ao computador. um serviço, para manter o Win-
Current Branch for Busi-
dows atualizado
ness e Long Term Servi-
Windows as a Service – WaaS
cing Branch
Firewall do Windows
Intregração com Windo-
Painel de controle Aplicativos Fotos aprimorado
ws Phone
O modo tablet deixa o Windo-
A tabela a seguir procura resumir os recursos e ws mais fácil e intuitivo de usar
Modo tablet
com touch em dispositivos tipo
novidades do Windows 10. Confira.
conversíveis
Email, Calendário, Notí-
WINDOWS 10 O QUE Executar aplicativos Metro (Win-
cias, entre outros – tam-
dows 8 e 8.1) em janelas
Gerenciamento de arquivos e bém foram melhorados.
Explorador de Arquivos

69
pastas do computador Compartilhar sua rede Wi-Fi com

8-
Compartilhar Wi-Fi
Referência ao local no gerencia- os amigos sem revelar a senha

86
dor de arquivos e pastas para Sincronizar dados entre seu PC e

6.
Este Computador Complemento para
unidades de discos e pastas

9
smartphone ou tablete, seja iOs
Telefone

.4
Favoritas ou Android.

33
Ferramenta de sistema para or- Configurações > Sistema Analisar o espaço de armazena-

-4
Desfragmentar e Otimi- ganizar os arquivos e pastas do > Armazenamento mento em seu PC
zar Unidades computador, melhorando o tem-
O
Usar o comando Ctrl + V no
IR
po de leitura dos dados Prompt de Comandos
prompt de comando
M

Win+S Pesquisar
A

Assistente pessoal semelhante a


R

Pressionar DEL em um item Cortana Siri da Apple, que já está disponí-


Envia imediatamente
E

selecionado vel em português


R
EI

Permite configurar software e Na área de notificações do Win-


Configurações
R

hardware do computador dows 10, a Central de Notifica-


IF

Home, Pro, Enterprise, ções reúne as mensagens do


N

Edições do Windows Central de Notificações


Education. e-mail, do computador, de se-
LI

gurança e manutenção, entre


O

Integração com Xbox, modo


R

Xbox (Games, músicas = outras


multiplayer gratuito, streaming
A

Groove)
K

de jogos do Xbox One


Quando você clica duas vezes em um arquivo,
LI

Com blocos dinâmicos


como por exemplo, uma imagem ou documento, o
IE

Menu Iniciar
(live tiles)
C

arquivo é aberto no programa que está definido como


A

Hyperboot & InstantGo Inicialização rápida o “programa padrão” para esse tipo de arquivo no
R

Windows 10. Porém, se você gosta de usar outro pro-


G

Menu Iniciar, Barra


de Tarefas e Blocos Fixar aplicativos grama para abrir o arquivo, você pode defini-lo como
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Dinâmicos padrão. Disponível em Configurações, Sistema, Aplica-


tivos Padrão.
Autenticação biométrica permite
Windows Hello logar no sistema sem precisar de
senhas
Acessar os documentos do
OneDrive diretamente do Win-
OneDrive integrado
dows Explorer e Explorador de
Arquivos
Permite alternar de maneira fá-
cil entre os modos de desktop e
Continuum
tablet, sendo ideal para disposi-
tivos conversíveis

163
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O Bloco de Notas (notepad.exe): é um acessório do Windows para edição de arquivos de texto sem formatação,
com extensão TXT.

69
8-
86
96.
.4
33
-4
O
IR
O WordPad (wordpad.exe) é um acessório do Windows para edição de arquivos de texto com alguma formata-
M
ção, com extensão RTF e DOCX.
A

O WordPad se assemelha ao Microsoft Word, com recursos simplificados.


R
E
R
EI
R
IF
N
LI
O
R
A
K
LI
IE
C
A
R
G

O Paint (mspaint.exe) é o acessório do Windows para edição de imagens BMP, GIF, JPG, PNG e TIF.

164
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A Ferramenta de Captura é um aplicativo da área de trabalho do Windows 10, que permite copiar parte de
alguma tela em exibição.

Notas Autoadesivas (que agora se chama Stick Notes) é um aplicativo do Windows 10, que permite a inserção
de pequenas notas de texto na área de trabalho do Windows, como recados do tipo Post-It.
As Anotações podem ser vinculadas ao Microsoft Bing e assistente virtual Cortana. Assim, ao anotar um ende-
reço, o mapa é exibido. Ao anotar um número de voo, as informações serão mostradas sobre a partida.
O aplicativo “Filmes e TV” pode ser usado para visualização de vídeos, assim como o “Windows Media Player”.
O Prompt de Comandos (cmd.exe) é usado para digitar comandos em um terminal de comandos.
O Microsoft Edge é o navegador de Internet padrão do Windows 10 . Podemos usar outros navegadores, como
o Internet Explorer 11 , Mozilla Firefox , Google Chrome , Apple Safari, Opera Browser, etc.
O Windows Update (verificar se há atualizações) é o recurso do Windows para manter ele sempre atualizado.
Está em Configurações (atalho de teclado Windows+I), Atualização e segurança.

69
8-
86
96.
.4
33
-4
O
IR
M
A
R
E
R
EI
R
IF
N
LI

INTERAÇÃO COM O CONJUNTO DE APLICATIVOS MS-OFFICE 2010


O
R

z Os documentos de texto produzidos pelo Microsoft Word 2010 possuem a extensão DOCX;
A
K

z Os documentos de texto habilitados para macros3, possuem a extensão DOCM;


LI

z Um modelo4 de documento é um arquivo que pode ser usado para criar novos arquivos a partir de uma for-
IE

matação preestabelecida. A extensão é DOTX;


C

z Um modelo de documento habilitado para macros contém além da formatação básica para criação de outros
A

documentos, comandos programados para automatização de tarefas. A extensão é DOTM;


R
G

z As pastas de trabalho produzidas pelo Microsoft Excel 2010 possuem a extensão XLSX;
z As pastas de trabalho habilitadas para macros possuem a extensão XLSM;
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

z As pastas de trabalho do tipo modelo, possuem a extensão XLTX;


z As pastas de trabalho do tipo modelo habilitadas para macros possuem a extensão XLTM;
z O arquivo do Excel que contém os dados de uma planilha que não foi salva, que pode ser recuperada pelo
usuário, possui a extensão XLSB (binário);
z O arquivo com extensão CSV (Comma Separated Values) contém textos separados por vírgula, que podem ser
importados pelo Excel, podem ser usados em mala direta do Word, incorporados a um banco de dados, etc;
z Um arquivo com a extensão. contact é um contato, que pode ser usado no Outlook 2016;
z Arquivos compactados com extensão ZIP podem armazenar outros arquivos e pastas;
z Os arquivos compactados podem ser criados pelo menu de contexto, opção Enviar para, Pasta Compactada;

3 Macros são pequenos programas desenvolvidos dentro de arquivos do Office, para automatização de tarefas. Os códigos dos programas
são escritos em linguagem VBA – Visual Basic for Applications. Arquivos com macros podem conter vírus, e no momento da abertura, o
programa perguntará se o usuário deseja ativar ou não as macros.
4 Template = modelo de documento, planilha ou apresentação, com a formatação básica a ser usada no novo arquivo. 165
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Os arquivos de Internet, como páginas salvas, rece- ATALHO AÇÃO
bem a extensão HTML e uma pasta será criada
para os arquivos auxiliares (imagens, vídeos, etc.); Acessa o segundo programa da barra
Win+2
de tarefas
z O conteúdo de arquivos do Office pode ser transfe-
rido para outros arquivos do próprio Office através Win+B Acessa a Área de Notificação
da Área de Transferência do Windows; Win+D Mostra o desktop (área de trabalho)
z O conteúdo formatado do Office poderá ser trans-
Win+E Abre o Explorador de Arquivos
ferido para outros arquivos do Windows, mas a
formatação poderá ser perdida; Feedback – hub para comentários
Win+F
sobre o Windows.
Atalhos de Teclado – Windows 10 Win+I Configurações (Painel de Controle)
Bloquear o Windows
Win+L
Dica (Lock, bloquear)
Minimiza todas as janelas e mostra
Os atalhos de teclado do Windows são de ter- Win+M a área de trabalho, retornando como
mos originais em inglês. Por serem atalhos de estavam antes
teclado do sistema operacional, são válidos
Selecionar o monitor/projetor que será
para os programas que estiverem sendo execu- Win+P usado para exibir a imagem, podendo
tados no Windows. repetir, estender ou escolher
Search, para pesquisas (substitui o
Win+S
ATALHO AÇÃO Win+F)
Alterna para o próximo aplicativo em Exibe a lista dos aplicativos em execu-
Alt+Esc Win+Tab
execução ção em 3D (Visão de Tarefas)
Exibe a lista dos aplicativos em Menu de acesso rápido, exibido ao lado
Alt+Tab Win+X
execução do botão Iniciar
Volta para a pasta anterior, que es-
Backspace tava sendo exibida no Explorador de

69
Arquivos

8-
Ctrl+A Selecionar tudo MS-WORD 2010

86
6.
Copia o item (os itens) para a Área de
Ctrl+C

9
Transferência ESTRUTURA BÁSICA DOS DOCUMENTOS

.4
33
Ctrl+Esc Botão Início
Os documentos produzidos com o editor de textos

-4
Ctrl+E / Ctrl+F Pesquisar Microsoft Word possuem a seguinte estrutura básica:

O
Ctrl+Shift+Esc Gerenciador de Tarefas IR
Cola o item (os itens) da Área de Trans- z Documentos – arquivos DOCX criados pelo Micro-
M
Ctrl+V soft Word 2007 e superiores. Os documentos são
ferência no local do cursor
A

arquivos editáveis pelo usuário, que podem ser


R

Move o item (os itens) para a Área de


Ctrl+X compartilhados com outros usuários para edição
E

Transferência
R

colaborativa;
EI

Ctrl+Y Refazer z Os Modelos (Template), com extensão DOTX, con-


R

Desfaz a última ação. Se acabou de têm formatações que serão aplicadas aos novos
IF

renomear um arquivo, ele volta ao documentos criados a partir dele. O modelo é usa-
N

Ctrl+Z nome original. Se acabou de apagar um do para a padronização de documentos;


LI

arquivo, ele restaura para o local onde z O modelo padrão do Word é NORMAL.DOTM
O

estava antes de ser deletado


R

(Document Template Macros – modelo de docu-


A

Del Move o item para a Lixeira do Windows mento com macros). As macros são códigos desen-
K

volvidos em Visual Basic for Applications (VBA)


LI

F1 Exibe a ajuda
para a automatização de tarefas;
IE

F11 Tela Inteira z Páginas – unidades de organização do texto, segun-


C

do a orientação, o tamanho do papel e margens.


A

Renomear, trocar o nome: dois arquivos


R

com mesmo nome e mesma extensão As principais definições estão na guia Layout, mas
G

não podem estar na mesma pasta, se também encontrará algumas definições na guia
F2 já existir outro arquivo com o mesmo Design;
nome, o Windows espera confirmação, z Seção – divisão de formatação do documento,
símbolos especiais não podem ser onde cada parte tem a sua configuração. Sempre
usados, como / | \ ? * “ < > : que forem usadas configurações diferentes, como
Pesquisar, quando acionado no Explo- margens, colunas, tamanho da página, orientação,
F3
rador de Arquivos. Win+S fora dele cabeçalhos, numeração de páginas, entre outras,
F5 Atualizar
as seções serão usadas;
z Parágrafos – formado por palavras e marcas de
Exclui definitivamente, sem armazenar formatação. Finalizado com Enter, contém forma-
Shift+Del
na Lixeira tação independente do parágrafo anterior e do
Win Abre o menu Início parágrafo seguinte;
Acessa o primeiro programa da barra z Linhas – sequência de palavras que pode ser um
Win+1 parágrafo, ocupando uma linha de texto. Se for
de tarefas
finalizado com Quebra de Linha, a configuração
atual permanece na próxima linha;
166
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Palavras – formado por letras, números, símbolos, Os modos de exibição estão na guia “Exibir”, que
caracteres de formatação etc. faz parte da Faixa de Opções. Ela é o principal elemen-
to da interface do Microsoft Office.
Os arquivos produzidos nas versões anteriores do
Acesso Rápido Guia Atual Item com Listagem Guias ou Abas
Word são abertos e editados nas versões atuais. Arqui-
vos de formato DOC são abertos em Modo de Compa-
tibilidade, com alguns recursos suspensos. Para usar
todos os recursos da versão atual, deverá “Salvar
como” (tecla de atalho F12) no formato DOCX.
Os arquivos produzidos no formato DOCX poderão
ser editados pelas versões antigas do Office, desde que
instale um pacote de compatibilidade, disponível para
download no site da Microsoft.
Os arquivos produzidos pelo Microsoft Office Caixa de Diálogo do Grupo Grupo Ícone com Opções
podem ser gravados no formato PDF. O Microsoft
Word, desde a versão 2013, possui um recurso que
Figura 1. Faixa de opções do Microsoft Word
permite editar um arquivo PDF como se fosse um
documento do Word.
Para mostrar ou ocultar a Faixa de Opções, o ata-
O Microsoft Word pode gravar o documento no for-
lho de teclado Ctrl+F1 poderá ser acionado. Na versão
mato ODT, do LibreOffice, assim como é capaz de editar
2007 ela era fixa e não podia ser ocultada. Atualmen-
documentos produzidos no outro pacote de aplicativos.
te ela pode ser recolhida ou exibida, de acordo com a
Durante a edição de um documento, o Microsoft
preferência do usuário.
Word:
A Faixa de Opções contém guias, que organizam os
ícones em grupos.
z Faz a gravação automática dos dados editados en-
quanto o arquivo não tem um nome ou local de
GUIA GRUPO ITEM ÍCONE
armazenamento definidos. Depois, se necessário,
o usuário poderá “Recuperar documentos não sal-

69
Recortar
vos”;

8-
z Faz a gravação automática de auto recuperação

86
dos arquivos em edição que tenham nome e local Copiar

6.
definidos, permitindo recuperar as alterações que

9
Área de

.4
não tenham sido salvas; Transferência

33
z As versões do Office 365 oferecem o recurso de Colar

-4
“Salvamento automático”, associado à conta Mi-
crosoft, para armazenamento na nuvem Microsoft Pincel de
O
Formata-
IR
OneDrive. Como na versão on-line, a cada altera- Página
ção
M
ção, o salvamento será realizado. Inicial
A

Nome da
R

Calibri (Corp)
O formato de documento RTF (Rich Text Format) é fonte
E
R

padrão do acessório do Windows chamado WordPad, Tamanho


EI

e por ser portável, também poderá ser editado pelo da fonte


R

Microsoft Word. Fonte


IF

Aumentar
N

fonte
Dica
LI
O

Diminuir
R

Em questões de informática nos concursos as fonte


A

extensões dos arquivos produzidos pelo usuário


K

Folha de
costumam ser questionadas com regularidade.
LI

Rosto
IE
C

Ao iniciar a edição de um documento, o modo Página em


Páginas
A

de exibição selecionado na guia Exibir é “Layout de Branco


R

Impressão”. O documento será mostrado na tela da


G

mesma forma que será impresso no papel. Quebra de


NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O Modo de Leitura permite visualizar o documen- Página


to sem outras distrações como a Faixa de Opções com
os ícones. Neste modo, parecido com Tela Inteira, a Tabelas Tabela
Inserir
barra de título continua sendo exibida.
O modo de exibição “Layout da Web” é usado para Imagem
visualizar o documento como ele seria exibido se esti-
vesse publicado na Internet como página web.
Em “Estrutura de Tópicos” apenas os estilos de Imagens
Títulos serão mostrados, auxiliando na organização Ilustrações Online
dos blocos de conteúdo.
O modo “Rascunho”, que antes era modo “Nor-
Formas
mal”, exibe o conteúdo de texto do documento sem os
elementos gráficos (imagens, cabeçalho, rodapé) exis-
tentes nele.
167
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
As guias possuem uma organização lógica, sequen- Assim como no Windows, as operações com mouse
cial, das tarefas que serão realizadas no documento, e teclado também são questionadas nos programas do
desde o início até a visualização do resultado final. Microsoft Office. Entretanto, por terem conteúdos dis-
tintos (textos, planilhas e apresentações de slides), a
BOTÃO/GUIA DICA seleção poderá ser diferente para algumas ações.
Comandos para o documento atual.
Arquivo Salvar, salvar como, imprimir, Salvar e MOUSE TECLADO AÇÃO SELEÇÃO
enviar Selecionar Seleciona o
- Ctrl+T
Tarefas iniciais. O início do documento, tudo documento
acesso à Área de Transferência, forma- Botão 1 clique na Posiciona o
Página Inicial -
tação de fontes, parágrafos. Formata- principal palavra cursor
ção do conteúdo da página Botão 2 cliques na Seleciona a
-
Tarefas secundárias. Adicionar um ob- principal palavra palavra
Inserir jeto que ainda não existe no documen- Botão 3 cliques na Seleciona o
to. Tabela, Ilustrações, Instantâneos -
principal palavra parágrafo
Configuração da página. Formatação Botão 1 clique na Selecionar
Layout da -
global do documento, formatação da principal margem a linha
Página
página
Botão 2 cliques na Seleciona o
Reúne formatação da página e plano -
Design principal margem parágrafo
de fundo
Botão 3 cliques na Seleciona o
Índices e acessórios. Notas de rodapé, -
Referências principal margem documento
notas de fim, índices, sumários etc.
Seleciona
Correspon- Mala direta. Cartas, envelopes, etique- Selecionar
- Shift+Home até o início
dências tas, e-mails e diretório de contatos até o início
da linha
Correção do documento. Ele está fi- Seleciona

69
cando pronto... Ortografia e gramática, Selecionar
Revisão - Shift+End até o final

8-
idioma, controle de alterações, comen- até o final
da linha

86
tários, comparar, proteger etc.

6.
Seleciona
Visualização. Podemos ver o resulta-

9
Ctrl+Shif- Selecionar até o

.4
Exibir do de nosso trabalho. Será que ficou -
t+Home até o início início do

33
bom? documento

-4
Seleciona
EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE TEXTOS O
IR
Ctrl+Shif- Selecionar até o
-
M
t+End até o final final do
A

A edição e formatação de textos consiste em apli- documento


R

car estilos, efeitos e temas, tanto nas fontes, como nos


Botão Seleção Palavra por
E

parágrafos e nas páginas. Ctrl


R

principal individual palavra


Os estilos fornecem configurações padronizadas
EI
R

para serem aplicadas aos parágrafos. Estas formata- Seleção de


IF

ções envolvem as definições de fontes e parágrafos, Botão Seleção um ponto


Shift
N

sendo úteis para a criação dos índices ao final da edi- principal bloco até outro
LI

ção do documento. Os índices são gerenciados através local


O

das opções da guia Referências.


R

Botão
Seleção Seleção
A

No Microsoft Word estão disponíveis na guia Pági- principal Ctrl+Alt


K

na Inicial, e no LibreOffice Writer estão disponíveis no bloco vertical


pressionado
LI

menu Estilos.
IE

Com a ferramenta Pincel de Formatação, o usuá- Seleção


C

rio poderá copiar a formatação de um local e aplicar Botão vertical,


A

Seleção
principal Alt iniciando
R

em outro local no mesmo documento, ou em outro bloco


G

arquivo aberto. Para usar a ferramenta, selecione o pressionado no local do


‘modelo de formatação no texto’, clique no ícone da cursor
guia Página Inicial e clique no local onde deseja apli-
car a formatação. Dica
O conteúdo não será copiado, somente a
formatação. Teclas de atalhos e seleção com mouse são
Se efetuar duplo clique no ícone, poderá aplicar a importantes, tanto nos concursos como no dia
formatação em vários locais até pressionar a tecla Esc a dia. Experimente praticar no computador. No
ou iniciar uma digitação. Microsoft Word, se você digitar =rand(10,30) no
início de um documento em branco, ele criará
Seleção um texto ‘aleatório’ com 10 parágrafos de 30
frases em cada um. Agora você pode praticar à
Através do teclado e do mouse, como no sistema vontade.
operacional, podemos selecionar palavras, linhas,
parágrafos e até o documento inteiro.
168
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
CABEÇALHOS

Localizado na margem superior da página, poderá ser configurado em Inserir, grupo Cabeçalho e Rodapé5.
Poderá ser igual em toda a extensão do documento, diferente nas páginas pares e ímpares (para frente e verso),
semelhante ao da seção anterior, diferente para cada seção do documento, ser ocultado na primeira página etc.,
como podemos observar, são várias as opções de personalização.
Os cabeçalhos aceitam elementos gráficos, como tabelas e ilustrações.
A formatação de cabeçalho e rodapé, é diferente entre os programas do Microsoft Office. No Microsoft Word o
cabeçalho tem 1 coluna. No Excel, são 3 colunas. No Microsoft PowerPoint... depende. Poderá ter 2 ou 3 colunas.
A numeração de páginas poderá ser inserida no cabeçalho e/ou rodapé.

Digite aqui.

Digite aqui. Digite aqui. Digite aqui.

PARÁGRAFOS

Edição e Formatação de Parágrafos

Os parágrafos são estruturas do texto que são finalizadas com Enter.

69
Um parágrafo poderá ter diferentes formatações. Confira:

8-
86
z Marcadores – símbolos no início dos parágrafos;

6.
Numeração – números, ou algarismos romanos, ou letras, no início dos parágrafos;

9
z

.4
� Aumentar recuo – aumentar a distância do texto em relação à margem;

33
� Diminuir recuo – diminuir a distância do texto em relação à margem;

-4
� Alinhamento – posicionamento em relação às margens esquerda e direita. São 4 alinhamentos disponíveis:

O
Esquerda, Centralizado, Direita e Justificado; IR
� Espaçamento entre linhas – distância entre as linhas dentro do parágrafo;
M

z Espaçamento antes – distância do parágrafo em relação ao anterior;


A

z Espaçamento depois – distância do parágrafo em relação ao seguinte;


R

z Sombreamento – preenchimento atrás do parágrafo;


E
R

z Bordas – linhas ao redor do parágrafo.


EI
R

Recuo especial de primeira linha


IF

- apenas a primeira linha será


N

deslocada em
LI

relação à margem esquerda


O
R
A

Margem esquerda Margem direita


K

2 2 4 6 8 10 10 14 16
LI
IE

Recuo deslocamento - as
C
A

Recuo esquerda - todas as linhas serão deslocadas em


R

linhas serão deslocadas relação à margem esquerda, Recuo direito - todas as


G

em relação à margem exceto a primeira linha linhas serão deslocadas em


esquerda relação à margem direita
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Figura 2. Recuos de parágrafos (nos símbolos da régua)

Nos editores de textos, recursos que conhecemos no dia a dia possuem nomes específicos. Confira alguns
exemplos:

z Recuo – distância do texto em relação à margem;


z Realce – marca-texto, preenchimento do fundo das palavras;
z Sombreamento – preenchimento do fundo dos parágrafos;
z Folha de Rosto – primeira página do documento, capa;
z SmartArt – diagramas, representação visual de dados textuais;
z Orientação – posição da página, que poderá ser Retrato ou Paisagem;

5 O grupo Cabeçalho e Rodapé permite a inserção de um Cabeçalho (na margem superior), Rodapé (na margem inferior) e Número de Página
(no local do cursor, na margem superior, na margem inferior, na margem direita/esquerda) 169
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z Quebras – são divisões, de linha, parágrafo, colunas ou páginas;
z Sumário – índice principal do documento.

Dica
Fontes e Parágrafos são os itens mais questionados do edital de Microsoft Word.

Muitos recursos de formatação não são impressos no papel, mas estão no documento. Para visualizar os carac-
teres não imprimíveis e controlar melhor o documento, você pode acionar o atalho de teclado Ctrl+* (Mostrar
tudo).

CARACTERES NÃO IMPRIMÍVEIS NO EDITOR MICROSOFT WORD


Tecla(s) Ícone Ação Visualização

Enter - Quebra de Parágrafo – muda de parágrafo e pode mudar a formatação

Shift+Enter - Quebra de Linha – muda de linha e mantém a formatação atual

Quebra de página – muda de página, no local atual do cursor. Dispo-


Ctrl+Enter ou ...Quebra de
nível na guia Inserir, grupo Páginas, ícone Quebra de Página, e na guia
Ctrl+Return páginas...
Layout, grupo Configurar Página, ícone Quebras

Quebra de coluna – indica que o texto continua na próxima coluna. ... Quebra de
Ctrl+Shift+ Enter
Disponível na guia Layout, grupo Configurar Página, ícone Quebras coluna..

Ctrl+Alt+ Enter - Separador de Estilo – usado para modificar o estilo no documento

69
Insere uma marca de tabulação (1,25cm). Se estiver no início de um

8-
TAB
texto, aumenta o recuo

86
6.
- - Fim de célula, linha ou tabela

9
.4
33
ESPAÇO Espaço em branco

-4
Ctrl+Shift+
Espaço em branco não separável
Espaço
O
IR
abc
M
- - Texto oculto (definido na caixa Fonte, Ctrl+D)
A
R

- - Hifens opcionais
E
R
EI

- - Âncoras de objetos
R
IF
N

- - Selecionar toda a tabela


LI
O
R
A

- - Campos atualizáveis pelo Word


K
LI
IE
C
A

FONTES
R
G

Edição e Formatação de Fontes

As fontes são arquivos True Type Font (.TTF) gravadas na pasta Fontes do Windows, e aparecem para todos os
programas do computador.
As formatações de fontes estão disponíveis no grupo Fonte, da guia Página Inicial.

Calibri 11
N I S abc x2 x2

170
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Nomes de fontes como Calibri (fonte padrão do Word), Arial, Times New Roman, Courier New, Verdana, são os
mais comuns. Atalho de teclado para formatar a fonte: Ctrl+Shift+F.
A caixa de diálogo Formatar Fonte poderá ser acionada com o atalho Ctrl+D.
Ao lado, um número indica o tamanho da fonte: 8, 9, 10, 11, 12, 14 e assim sucessivamente. Se quiser, digite o
valor específico para o tamanho da letra.
Atalhos de teclado: Pressione Ctrl+Shift+P para mudar o tamanho da fonte pelo atalho. E diretamente pelo
teclado com Ctrl+Shift+< para diminuir fonte e Ctrl+Shift+> para aumentar o tamanho da fonte.
Estilos são formatos que modificam a aparência do texto, como negrito (atalho Ctrl+N), itálico (atalho Ctrl+I)
e sublinhado (atalho Ctrl+S). Já os efeitos modificam a fonte em si, como texto tachado (riscado simples sobre as
palavras), subscrito (como na fórmula H2O – atalho Ctrl + igual), e sobrescrito (como em km2 – atalho Ctrl+Shift+mais)
A diferença entre estilos e efeitos é que, os estilos podem ser combinados, como negrito-itálico, itálico-subli-
nhado, negrito-sublinhado, negrito-itálico-sublinhado, enquanto os efeitos são concorrentes entre si.
Concorrentes entre si significa que você escolhe o efeito tachado ou tachado duplo, nunca os dois simultanea-
mente. O mesmo para o efeito TODAS MAIÚSCULAS e Versalete. Sobrescrito e subscrito, Sombra é um efeito indepen-
dente, que pode ser combinado com outros. Já as opções de efeitos Contorno, Relevo e Baixo Relevo não, devem
ser individuais.
Finalizando... Temos o sublinhado. Ele é um estilo simples, mas comporta-se como efeito dentro de si mesmo.
Temos então Sublinhado simples, Sublinhado duplo, Tracejado, Pontilhado, Somente palavras (sem considerar os
espaços entre as palavras), etc. São os estilos de sublinhados, que se comportam como efeitos.

Dica
As questões sobre Fontes são práticas. Portanto, se puder praticar no seu computador, será melhor para a
memorização do tema. As questões são independentes da versão, portanto, poderá usar o Word 2007 ou
Word 2016, para testar as questões de Word 2010.

COLUNAS

69
O documento inicia com uma única coluna. Em Layout da Página podemos escolher outra configuração, além

8-
86
de definir opções de personalização.

6.
As colunas poderão ser definidas para a seção atual (divisão de formatação dentro do documento) ou para o

9
documento inteiro. Assim como os cadernos de provas de concursos, que possuem duas colunas, é possível inserir

.4
uma ‘Linha entre colunas’, separando-as ao longo da página.

33
-4
O
IR
M
A

Colunas
R
E
R

Uma
EI
R

Duas
IF
N
LI

Três
O
R
A

Esquerda
K
LI

Direita
IE
C
A
R
G

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

MARCADORES SIMBÓLICOS E NUMÉRICOS

São várias as possibilidades de marcadores que podem ser utilizadas. Veremos a seguir algumas opções:

• Usados por parágrafos, apresentam símbolos no início de cada, do lado esquerdo;


171
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o Podem ser círculos preenchidos (linha acima), ou círculos vazios, como esta;

 Outra forma de apresentação são quadrados, ou então;


O desenho do Office;

 Um símbolo neutro;
 Setas;
 Check... ou qualquer símbolo que o usuário deseja personalizar.
Ao pressionar duas vezes Enter, sairá da formatação dos marcadores simbólicos, retornando ao Normal.
Os marcadores numéricos são semelhantes aos marcadores simbólicos, mas com números, letras ou algaris-
mos romanos. Podem ser combinados com os Recuos de parágrafos, surgindo o formato Múltiplos Níveis.

NÚMEROS LETRAS
1. Exemplo a. Exemplo
2. Exemplo b. Exemplo
3. Exemplo c. Exemplo
4. Exemplo d. Exemplo
ROMANOS MÚLTIPLOS NÍVEIS
1) Exemplo
i. Exemplo
a) Exemplo
ii. Exemplo
2) Exemplo
iii. Exemplo
a) Exemplo
iv. Exemplo
i) Exemplo

Para trabalhar com a formatação de marcadores Múltiplos níveis, o digitador poderá usar a tecla TAB para

69
aumentar o recuo, passando os itens do primeiro nível para o segundo nível. E também pelo ícone Aumentar
recuo, presente na guia Página Inicial, grupo Parágrafo. Usando a régua, aumentando o recuo também.

8-
86
6.
Dica

9
.4
Ao teclar Enter em uma linha com marcador ou numeração, mas sem conteúdo, você sai do recurso, vol-

33
tando à configuração normal do parágrafo. Se forem listas numeradas, itens excluídos dela provocam a

-4
renumeração dos demais itens.
O
IR
TABELAS
M
A
R

As tabelas são estruturas de organização muito utilizadas para um layout adequado do texto, semelhante a
E

colunas, com a vantagem que estas não criam seções exclusivas de formatação.
R

As tabelas seguem as mesmas definições de uma planilha de Excel, ou seja, tem linhas, colunas, são formadas
EI

por células, e estas poderão conter também fórmulas simples.


R
IF

Ao inserir uma tabela, seja ela vazia, a partir de um desenho livre, ou convertendo a partir de um texto, uma pla-
nilha de Excel, ou um dos modelos disponíveis, será apresentada a barra de ferramentas adicional na Faixa de Opções.
N
LI

Um texto poderá ser convertido em Tabela, e voltar a ser um texto, se possuir os seguintes marcadores de for-
O

matação: ponto e vírgula, tabulação, enter (parágrafo) ou outro específico.


R

Algumas operações são exclusivas das Tabelas, como Mesclar Células (para unir células adjacentes em uma
A
K

única), Dividir células (para dividir uma ou mais células em várias outras), alinhamento do texto combinando
LI

elementos horizontais tradicionais (esquerda, centro e direita) com verticais (topo, meio e base).
IE

O editor de textos Microsoft Word oferece ferramentas para manipulação dos textos organizados em tabelas.
C

O usuário poderá organizar as células nas linhas e colunas da tabela, mesclar (juntar), dividir (separar), visua-
A

lizar as linhas de grade, ocultar as linhas de grade, entre outras opções.


R
G

E caso a tabela avance em várias páginas, temos a opção Repetir Linhas de Cabeçalho, atribuindo no início da
tabela da próxima página, a mesma linha de cabeçalho que foi usada na tabela da página anterior.
As tabelas do Word possuem algumas características que são diferentes das tabelas do Excel. Geralmente estes
itens são aqueles questionados em provas de concursos.
Por exemplo, no Word, quando o usuário está digitando em uma célula, ocorrerá mudança automática de
linha, posicionando o cursor embaixo. No Excel, o conteúdo ‘extrapola’ os limites da célula, e precisará alterar as
configurações na planilha ou a largura da coluna manualmente.
Confira na tabela a seguir algumas das diferenças do Word para o Excel.

WORD EXCEL
Tabela, Mesclar Todos os conteúdos são mantidos Somente o conteúdo da primeira célula será mantido
Em inglês, com referências direcionais Em português, com referências posicionais
Tabela, Fórmulas
=SUM(ABOVe) =SOMA(A1:A5)
Tabelas, Fórmulas Não recalcula automaticamente Recalcula automaticamente e manualmente (F9)
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WORD EXCEL
Tachado Texto Não tem atalho de teclado Atalho: Ctrl+5
Quebra de linha manual Shift+Enter Alt+Enter
Pincel de Formatação Copia apenas a primeira formatação da origem Copia várias formatações diferentes
Ctrl+D Caixa de diálogo Fonte Duplica a informação da célula acima
Ctrl+E Centralizar Preenchimento Relâmpago
Ctrl+G Alinhar à Direita (parágrafo) Ir para...
Ctrl+R Repetir o último comando Duplica a informação da célula à esquerda
F9 Atualizar os campos de uma mala direta Atualizar o resultado das fórmulas
F11 - Inserir gráfico
Finaliza a entrada na célula e mantém o cursor na
Ctrl+Enter Quebra de página manual
célula atual
Alt+Enter Repetir digitação Quebra de linha manual
Finaliza a entrada na célula e posiciona o cursor na
Shift+Enter Quebra de linha manual
célula acima da atual, se houver
Shift+F3 Alternar entre maiúsculas e minúsculas Inserir função

IMPRESSÃO

Disponível no menu Arquivo e pelo atalho Ctrl+P (e também pelo Ctrl+Alt+I, Visualizar Impressão), a impres-
são permite o envio do arquivo em edição para a impressora. A impressora listada vem do Windows, do Painel
de Controle.
Podemos escolher a impressora, definir como será a impressão (Imprimir Todas as Páginas, ou Imprimir Sele-
ção, Imprimir Página Atual, imprimir as Propriedades), quais serão as páginas (números separados com ponto e

69
vírgula/vírgula indicam páginas individuais, separadas por traço uma sequência de páginas, com a letra s uma

8-
seção específica, e com a letra p uma página específica).

86
Havendo a possibilidade, serão impressas de um lado da página, ou frente e verso automático, ou manual.
O agrupamento das páginas permite que várias cópias sejam impressas uma a uma, enquanto Desagrupado, as

9 6.
páginas são impressas em blocos.

.4
As configurações de Orientação (Retrato ou Paisagem), Tamanho do Papel e Margens, podem ser escolhidas no

33
momento da impressão, ou antes, na guia Layout da Página. A última opção em Imprimir possibilita a impressão

-4
de miniaturas de páginas (várias páginas por folha) em uma única folha de papel.

O
IR
M
A
R
E

1
R
EI
R

Imprimir
IF
N
LI
O

EPSON8D025B(L5190 SERIES)
R

Pronto
A
K
LI
IE
C

Imprimir Todas as Páginas


A

Tudo
R

Imprimir
G

Imprimir em Um Lado
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Apenas imprimir um lado d..

Agrupado
1;2;3 1;2;3; 1;2;3;

Orientação Retrato

A4
21cm x 29,7 cm

Margens Personalizadas

1 Página por Folha

Configurar Página

173
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CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE Conforme observado na imagem acima, o núme-
PÁGINAS ro de página poderá ser inserido no Início da Página
(cabeçalho), ou no Fim da página (rodapé), ou nas
As quebras são divisões. E podem ser do tipo Pági- margens da página, e na posição atual do cursor.
na ou de Seção.
Podem ser automáticas, como quando formata- LEGENDAS
mos um texto em colunas. Mas também podem ser
manuais, como Ctrl+Enter para quebra de página, Uma legenda é uma linha de texto exibida abaixo
Shift+Enter para quebra de linha, Ctrl+Shift+Enter de um objeto para descrevê-lo. Podem ser usadas em
para quebra de coluna, e outras. Figuras (que inclui Ilustrações) ou Tabelas.
Disponível na guia Referências (índices), as legen-
Quebras das podem ser inseridas na configuração padrão ou
personalizadas. Depois, podemos criar um índice
específico para elas, que será o Índice de Ilustrações.
No final do grupo Legendas, da guia Referências, no
Word 2010, encontramos o ícone “Referência Cruzada”.
Em alguns textos, é preciso citar o conteúdo de outro
local do documento. Assim, ao criar uma referência
cruzada, o usuário poderá ir para o local desejado pelo
autor e a seguir retornar ao ponto em que estava antes.

Inserir
Legenda

Legenda

69
8-
Legenda

86
Figura 1
Opção

9 6.
Rótulo: Figura

.4
33
Posição: Abaixo do item selecionado

-4
Excluir rótulo da legenda

Novo rótulo Excluir Rótulo Numeração...

Se envolvem configurações diferentes, temos Quebras.


O
IR
Auto Legenda... OK Cancelar
Cabeçalhos diferentes... quebras inseridas. Colu-
M

nas diferentes... quebras inseridas. Tamanho de pági-


A
R

na diferente... quebra inserida.


E

ÍNDICES
R
EI

Basicamente, é todo o conjunto disponível na guia


R
IF

Referências.
Quebra
Os índices podem ser construídos a partir dos Esti-
N

de Página
LI

los usados na formatação do texto, ou posteriormente


O

através da adição de itens manualmente.


R

Sumário – principal índice do documento.


A

Numeração de Páginas
Notas de Rodapé – inseridas no final de cada pági-
K

na, não formam um índice, mas ajudam na identifica-


LI

Disponível na guia Inserir permite que um núme- ção de citações e expressões.


IE

ro seja apresentado na página, informando a sua Notas de Fim – inseridas no final do documento,
C

numeração em relação ao documento.


A

semelhante a Notas de Rodapé.


R

Combinado com o uso das seções, a numeração de Citações e Bibliografia – permite a criação de
G

página pode ser diferente em formatação a cada seção índices com as citações encontradas no texto, além
do documento, como no caso de um TCC. das Referências Bibliográficas segundo os estilos
padronizados.
Legendas – inseridas após os objetos gráficos (ilus-
trações e tabelas), podem ser usadas para criação de
um Índice de Ilustrações.
Índice – para marcação manual das entradas do
índice.
Índice de Autoridades – formato próprio de cita-
ção, disponível na guia Referências.
Os índices serão criados a partir dos Estilos utili-
zados durante o texto, como Título 1, Título 2, e assim
por diante. Se não forem usados, posteriormente o
usuário poderá ‘Adicionar Texto’ no índice principal
(Sumário), Marcar Entrada (para inserir um índice) e
até remover depois de inserido.
174
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Os índices suportam Referências Cruzadas, que permitem ao usuário navegar entre os links do documento de
forma semelhante ao documento na web. Ao clicar em um link, o usuário vai para o local escolhido. Ao clicar no
local, retorna para o local de origem.

Dica
A guia Referências é uma das opções mais questionadas em concursos públicos por dois motivos: envol-
vem conceitos de formatação do documento exclusivos do Microsoft Word e é utilizado pelos estudantes na
formatação de um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso).

INSERÇÃO DE OBJETOS

Disponíveis na guia Inserir, os objetos que poderiam ser inseridos no documento estão organizados em
categorias:
Páginas – objetos em forma de página, como a capa (Folha de Rosto), uma Página em Branco ou uma Quebra
de Página (divisão forçada, quebra de página manual, atalho Ctrl+Enter).

z Tabelas: conforme comentado anteriormente, organizam os textos em células, linhas e colunas;


z Ilustrações: Imagem (arquivos do computador), ClipArt (imagens simples do Office), Formas (geométricas),
SmartArt (diagramas), Gráfico e Instantâneo (cópia de tela ou parte da janela).

Na sequência dos objetos para serem inseridos em um documento, encontramos:

69
8-
z Links: indicador para acessar a Internet via navegador, ou acionar o programa de e-mail, ou criação de refe-

86
rência cruzada.

96.
.4
Cabeçalho e Rodapé

33
-4
z Texto: elementos gráficos como Caixa de Texto, Partes Rápidas (com organizador de elementos do documen-
to), WordArt (que são palavras com efeitos), Letra Capitular (a primeira letra de um parágrafo com destaque),
O
Linha de Assinatura (que não é uma assinatura digital válida, dependendo de compra via Office Marketplace),
IR
Data e Hora, ou qualquer outro Objeto, desde que instalado no computador;
M
A

z Símbolos: inserção de Equações ou Símbolos especiais.


R
E

CAMPOS PREDEFINIDOS
R
EI
R

Para essa seção, temos destaque para Linha de Assinatura e Data e Hora.
IF

Estes campos são objetos disponíveis na guia Inserir que são predefinidos. Após a configuração inicial, são
N

inseridos no documento.
LI

Além da configuração da Linha de Assinatura, existem outras opções, como ‘Data e Hora’, ‘Objeto’ e dentro do
O

item Partes Rápidas, no grupo Texto, da guia Inserir, a opção Campo.


R
A

Entre as categorias disponíveis, encontramos campos para: automação de documento, data e hora, equações
K

e fórmulas, índices, informação sobre o documento, informações sobre o usuário, mala direta, numeração e vín-
LI

culos e referências.
IE
C

CAIXAS DE TEXTO
A
R
G

Esta ferramenta possibilita a inserção de caixas de textos pré-formatadas, ou desenhar no documento, acei-
tando configurações de direção de texto (semelhante a uma tabela) e também configurações de bordas e sombrea-
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

mento, semelhante a uma Forma.


Qualquer forma geométrica composta poderá ser caixa de texto.
Uma nova guia de opções será apresentada após a última, denominada Ferramentas de Caixa de Texto, permi-
tindo Formatar os elementos de Texto e do conteúdo da Caixa de Texto.
Nas opções disponibilizadas, será possível controlar o texto (direção do texto), definir estilos de caixa de texto
(preenchimento da forma, contorno da forma, alterar forma, estilos predefinidos), efeitos de sombra e efeitos 3D.

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Atalhos de Teclado – Word 2010

ATALHO AÇÃO ÍCONE


Ctrl+A Abrir – carrega um arquivo da memória permanente para a memória RAM
Salvar – grava o documento com o nome atual, substituindo o anterior. Caso não tenha
Ctrl+B
nome, será mostrado Salvar como

Ctrl+C Copiar – o selecionado será copiado para a Área de Transferência

Ctrl+D Formatar Fonte

Ctrl+E Centralizar – alinhamento de texto entre as margens

Ctrl+G Alinhar à direita – alinhamento de texto na margem direita

Ctrl+I Estilo Itálico

Ctrl+J Justificar – alinhamento do texto em ambas margens esquerda e direita

Ctrl+L Localizar – procurar uma ocorrência no documento

Ctrl+M Estilo normal

Ctrl+N Estilo Negrito


Ctrl+O Novo documento

69
Ctrl+Q Alinhar à esquerda – alinhamento de texto na margem esquerda

8-
86
Ctrl+R Refazer

9 6.
Ctrl+S Estilo Sublinhado simples

.4
33
Ctrl+Shift+ > Aumentar o tamanho da fonte

-4
O
Pincel de Formatação - para copiar a formatação de um local e aplicá-la a outro, seja no
IR
Ctrl+Shift+C Pincel de
mesmo documento ou outro aberto Formatação
M
A

Ctrl+T Selecionar tudo – seleciona todos os itens Selecionar Tudo


R
E
R

Ctrl+U Substituir – procurar uma ocorrência e trocar por outra


EI
R
IF

Ctrl+V Colar – o conteúdo da Área de Transferência é inserido no local do cursor


N
LI
O

Ctrl+X Recortar – o selecionado será movido para a Área de Transferência


R
A
K

Ctrl+Z Desfazer
LI
IE

F1 Ajuda
C
A

F5 Ir para (navegador de páginas, seção etc)


R
G

F7 Verificar ortografia e gramática – procurar por erros ou excesso de digitação no texto

F12 Salvar como

Shift+F1 Revelar formatação

Shift+F3 Alternar entre maiúsculas e minúsculas

176
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MS-EXCEL 2010
INTRODUÇÃO

As Planilhas de cálculos são amplamente utilizadas nas empresas para as mais diferentes tarefas. Desde a cria-
ção de uma agenda de compromissos, passando pelo controle de ponto dos funcionários e folha de pagamento, ao
controle de estoque de produtos e base de clientes. Diversas funções internas oferecem os recursos necessários
para a operação.
O Microsoft Excel apresenta grande semelhança de ícones com o Microsoft Word. O Excel “antigo” usava os
formatos XLS e XLT em seus arquivos, atualizado para XLSX e XLTX, além do novo XLSM contendo macros. A
atualização das extensões dos arquivos ocorreu com o Office 2007, e permanece até hoje.

Importante!
As planilhas de cálculos não são banco de dados. Muitos usuários armazenam informações (dados) em
uma planilha de cálculos como
se fosse um banco de dados, porém o Microsoft Access é o software do pacote Microsoft Office desenvolvi-
do para esta tarefa. Um banco de dados tem informações armazenadas em registros, separados em tabelas,
conectados por relacionamentos, para a realização de consultas.

MS-EXCEL 2010

Começaremos agora a analisar ferramentas básicas disponíveis no programa Microsoft Excel 2010.

Guias – Excel 2010

69
8-
LEMBRETE

86
BOTÃO/GUIA
(VÁLIDO PARA EXCEL 2010/2013)

96.
Arquivo Comandos para o documento atual: Salvar, salvar como, imprimir, salvar e enviar

.4
33
Tarefas iniciais: O início do trabalho, acesso à Área de Transferência (Colar Especial), formatação
Página Inicial

-4
de fontes, células, estilos etc.

O
Tarefas secundárias: Adicionar um objeto que ainda não existe. Tabela, Ilustrações, Instantâ-
Inserir
IR
neos, Gráficos, Minigráficos, Símbolos etc.
M
A

Layout da Página Configuração da página: Formatação global da planilha, formatação da página


R

Funções: Permite acesso a biblioteca de funções, gerenciamento de nomes, auditoria de fórmu-


E

Fórmulas
R

las e controle dos cálculos


EI

Informações na planilha: Possibilitam obter dados externos, classificar e filtrar, além de outras
R

Dados
IF

ferramentas de dados
N

Correção do documento: Ele está ficando pronto... Ortografia e gramática, idioma, controle de
LI

Revisão
alterações, comentários, proteger etc.
O
R

Exibição Visualização: Podemos ver o resultado de nosso trabalho. Será que ficou bom?
A
K

Atalhos de teclado – Excel 2010


LI
IE
C

Os atalhos de formatação (Ctrl+N para negrito, Ctrl+I para itálico, entre outros) são os mesmos do Word 2010.
A
R
G

ATALHO AÇÃO ÍCONE


NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Ctrl+1 Formatar células


CTRL+PgDn Alterna entre guias da planilha, da direita para a esquerda.
CTRL+PgUp Alterna entre guias da planilha, da esquerda para a direita.
Ctrl+R Repetir o conteúdo da célula que está à esquerda
Ctrl+G Ir para, o mesmo que F5, tanto no Word como Excel

Ctrl+J Mostrar fórmulas (guia Fórmulas, grupo Auditoria)

F2 Edita o conteúdo da célula atual


F4 Refazer
F9 Calcular planilha manualmente
177
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
ESTRUTURA BÁSICA DAS PLANILHAS

Espaço de Trabalho – um conceito muito interessante do Excel 2010, que já existia antes, e no Office 2013 foi
estendido para os outros aplicativos, é o espaço de trabalho. Assim, quando temos vários arquivos abertos, pode-
mos salvar o espaço de trabalho. Em outro momento, quando abrirmos o arquivo do espaço de trabalho, todas as
planilhas que estavam abertas serão reabertas, posicionando o cursor na célula em que deixamos antes.
A planilha em Excel, ou folha de dados, poderá ser impressa em sua totalidade, ou apenas áreas definidas pelo
Área de Impressão, ou a seleção de uma área de dados, ou uma seleção de planilhas do arquivo, ou toda a pasta
de trabalho.
Ao contrário do Microsoft Word, o Excel trabalha com duas informações em cada célula: dados reais e dados
formatados.
Por exemplo, se uma célula mostra o valor 5, poderá ser o número 5 ou uma função/fórmula que calculou e
resultou em 5 (como =10/2).

CONCEITOS DE CÉLULAS, LINHAS, COLUNAS, PASTAS E GRÁFICOS

69
z Célula: unidade da planilha de cálculos, o encontro entre uma linha e uma coluna. A seleção individual é com

8-
86
a tecla CTRL e a seleção de áreas é com a tecla SHIFT (assim como no sistema operacional);
z Coluna: células alinhadas verticalmente, nome das com uma letra;

96.
z Linha: células alinhadas horizontalmente, numeradas;

.4
33
-4
Barra de Acesso Rápido Coluna

O
Barra de Fórmulas
IR
Faixa
M

de Opções
A
R
E
R
EI
R
IF

Célula
N
LI
O
R
A
K
LI
IE
C

Linha
A
R
G

z Planilha: o conjunto de células organizado em uma folha de dados. Na versão atual são 65546 colunas (nomea-
das de A até XFD) e 1048576 linhas (numeradas);
z Pasta de Trabalho: arquivo do Excel (extensão XLSX) contendo as planilhas, de 1 a N (de acordo com quanti-
dade de memória RAM disponível, nomeadas como Planilha1, Planilha2, Planilha3);
z Alça de preenchimento: no canto inferior direito da célula, permite que um valor seja copiado na direção
em que for arrastado. No Excel, se houver 1 número, ele é copiado. Se houver 2 números, uma sequência será
criada. Se for um texto, é copiado. Mas texto com números é incrementado. Dias da semana, nome de mês e
datas são sempre criadas as continuações (sequências);
z Mesclar: significa simplesmente “Juntar”. Havendo diversos valores para serem mesclados, o Excel manterá
somente o primeiro destes valores, e centralizará horizontalmente na célula resultante.

178
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Mesclar e Centralizar Formatos de Números, Disponível na Guia Página
Mesclar e Centralizar
Inicial
Mesclar através Geral
Mesclar Células 123 Sem formato especifico
G H
Desfazer Mesclagem de Células
Número
12 4,00
E após a inserção dos dados, caso o usuário deseje,
poderá juntar as informações das células. Moeda
Existem 4 opções no ícone Mesclar e Centralizar, R$4,00
disponível na guia Página Inicial:
Contábil
z Mesclar e Centralizar – Une as células seleciona- R$4,00
das a uma célula maior e centraliza o conteúdo da
nova célula. Este recurso é usado para criar rótu- Data Abreviada
04/01/1900
los (títulos) que ocupam várias colunas;
z Mesclar através – Mesclar cada linha das células Data Completa
selecionadas em uma célula maior; quarta-feira, 4 de janeiro de 1900
z Mesclar células – Mesclar (unir) as células selecio-
nadas em uma única célula, sem centralizar; Hora
z Desfazer Mesclagem de Células – desfaz o proce- 00:00:00
dimento realizado para a união de células.
Porcentagem
ELABORAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS 400,00%

A tabela de dados, ou folha de dados, ou planilha 1 Fração


de dados, é o conjunto de valores armazenados nas
2 4
Científico
células. Estes dados poderão ser organizados (classi-
102

69
ficação), separados (filtro), manipulados (fórmulas 4,00E+00

8-
e funções), além de apresentar em forma de gráfico

86
Texto
(uma imagem que representa os valores informados). ab

6.
4

9
Para a elaboração, poderemos:

.4
33
z Digitar o conteúdo diretamente na célula. Basta
Dica

-4
iniciar a digitação, e o que for digitado é inserido As informações existentes nas células poderão
O
na célula; ser exibidas com formatos diferentes. Uma data,
IR
z Digitar o conteúdo na barra de fórmulas. Disponí- por exemplo, na verdade é um número formata-
M

vel na área superior do aplicativo, a linha de fór- do como data. Por isso conseguimos calcular a
A

mulas é o conteúdo da célula. Se a célula possui um


R

diferença entre datas.


valor constante, além de mostrar na célula, este
E
R

aparecerá na barra de fórmulas. Se a célula possui Os formatos Moeda e Contábil são parecidos entre
EI

um cálculo, seja fórmula ou função, esta será mos-


R

si. Mas possuem exibição diferenciada. No formato


trada na barra de fórmulas;
IF

de Moeda, o alinhamento da célula é respeitado e o


z O preenchimento dos dados poderá ser agilizado
N

símbolo R$ acompanha o valor. No formato Contábil,


LI

através da Alça de Preenchimento ou pelas opções o alinhamento é ‘justificado’ e o símbolo de R$ fica


O

automáticas do Excel; posicionado na esquerda, alinhando os valores pela


R

z Os dados inseridos nas células poderão ser forma-


A

vírgula decimal.
K

tados, ou seja, continuam com o valor original (na


LI

linha de fórmulas) mas são apresentados com uma


Moeda
IE

formatação específica;
R$4,00
C

z Todas as formatações estão disponíveis no atalho


A

de teclado Ctrl+1 (Formatar Células);


R
G

z Também na caixa de diálogo Formatar Células,


encontraremos o item Personalizado, para criação
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

de máscaras de entrada de valores na célula.

Contábil
R$4,00

179
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O ícone % é para mostrar um valor com o forma- OPERADORES ARITMÉTICOS OU MATEMÁTICOS
to de porcentagem. Ou seja, o número é multiplica-
Divide 25 por 10,
do por 100. Exibe o valor da célula como percentual / (barra) Divisão = 25 / 10
resultando em 2,5
(Ctrl+Shift+%)
Faz 20 por cento,
%
Percentual = 20% ou seja, 20 dividi-
FORMATO PORCENTAGEM (percentual)
do por 100
VALOR
PORCENTAGEM E 2 CASAS
Faz 3 elevado a 2,
Exponencia-
1 100% 100,00% =3^2 3 ao quadrado = 9
^ ção
=8^(1 Faz 8 elevado a
(circunflexo) Cálculo de
0,5 50% 50,00% /3) 1/3, ou seja, raiz
raízes
cúbica de 8
2 200% 200,00%

100 10000% 10000,00% Ordem das operações matemáticas:


0,004 0% 0,40% z ( ) → parênteses
z ^ → exponenciação (potência, um número elevado
O ícone 000 é o Separador de Milhares. Exibir o a outro número)
valor da célula com um separador de milhar. Este z * ou / → multiplicação (função MULT) ou divisão
comando alterará o formato da célula para Contábil z + ou - → adição (função SOMA) ou subtração
sem um símbolo de moeda.
Como resolver as questões de planilhas de cálculos?
SEPARADOR
FORMATO z Leitura atenta do enunciado (português e interpre-
VALOR DE MILHARES
CONTÁBIL tação de textos)
000
z Identificar a simbologia básica do Excel
1500 R$1.500,00 1.500,00 (informática)
z Respeitar as regras matemáticas básicas

69
16777418 R$16.777.418,00 16.777.418,00 (matemática)

8-
z Realizar o teste, e fazer o verdadeiro ou falso

86
1 R$1,00 1,00
(raciocínio lógico)

6.
400 R$400,00 400,00

9
.4
OPERADORES RELACIONAIS, USADOS EM TESTES

33
27568 R$27.568,00 27.568,00
Símbolo Significado Exemplo Comentários

-4
Se o valor de A1

O
ß,0 ,0 0
= SE (A1 > 5 for maior que 5,
Os ícones ,0 0 à,0 são usados para Aumentar
IR
> (maior) Maior que
; 15 ; 17 ) então mostre 15,
casas decimais (Mostrar valores mais precisos exibin-
M

senão mostre 17
A

do mais casas decimais) ou Diminuir casas decimais


R

(Mostrar valores menos precisos exibindo menos Se o valor de A1


E

= SE (A1 < 3 for menor que 3,


casas decimais). < (menor) Menor que
R

; 20 ; 40 ) então mostre 20,


EI

Quando um número na casa decimal possui valor senão mostre 40


R

absoluto diferente de zero, ele é mostrado ao aumen-


IF

Se o valor de A1
tar casas decimais. Se não possuir, então será acres-
for maior ou igual
N

centado zero. >= (maior Maior ou = SE (A1 >=


LI

a 7, então mostre
Quando um número na casa decimal possui valor ou igual) igual a 7;5;1)
O

5, senão
absoluto diferente de zero, ele poderá ser arredonda-
R

mostre 1
A

do para cima ou para baixo, ao diminuir as casas deci-


K

Se o valor de A1
mais. É o mesmo que aconteceria com o uso da função
LI

for menor ou igual


ARRED, para arredondar. <= (menor Menor ou = SE (A1 <=
IE

a 5, então mostre
ou igual) igual a 5 ; 11 ; 23 )
C

11, senão
A

Simbologia Específica mostre 23


R
G

Se o valor de A1
Cada símbolo tem um significado, e nas tabelas a <> (menor = SE (A1 <> for diferente de 1,
Diferente
seguir, além de conhecer o símbolo, conheça o signifi- e maior) 1 ; 100 ; 8 ) então mostre 100,
cado e alguns exemplos de aplicação. senão mostre 8
Se o valor de A1
OPERADORES ARITMÉTICOS OU MATEMÁTICOS = SE (A1 = 2 for igual a 2, então
= (igual) Igual a
Símbolo Significado Exemplo Comentários ; 10 ; 50 ) mostre 10, senão
mostre 50
Faz a soma de
+ (mais) Adição = 18 + 2
18 e 2
Princípios dos operadores relacionais:
Subtrai 5 do va-
- (menos) Subtração = 20 – 5
lor 20
z Um valor jamais poderá ser menor e maior que
Multiplica 5 (mul-
outro valor ao mesmo tempo.
* (asterisco) Multiplicação =5*4 tiplicando) por 4
(multiplicador) z Uma célula vazia é um conjunto vazio, ou seja, não
é igual a zero, é vazio.
180
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z O símbolo matemático ≠ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <>
z O símbolo matemático ≥ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use >=
z O símbolo matemático ≤ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <=

OPERADORES DE REFERÊNCIA
Símbolo Significado Exemplo Comentários
=$A1 Trava a célula na coluna A
Travar uma
$ (cifrão) =A$1 Trava a célula na linha 1
célula
=$A$1 Trava a célula A1, ela não mudará
!
Planilha = Planilha2!A3 Obtém o valor de A3 que está na planilha Planilha2
(exclamação)
Pasta de
[ ] (colchetes) =[Pasta2]Planilha1!$A$2 Informa o nome de outro arquivo do Excel, onde deverá buscar o valor
Trabalho
=’C:\FernandoNishimura\ Informa o caminho de outro arquivo do Excel, onde deverá encontrar
‘ (apóstrofo) Caminho
[pasta2.xlsx]Planilha1’!$A$2 o arquivo para buscar o valor
; (ponto e
Significa E = SOMA (15 ; 4 ; 6 ) Soma 15 e 4 e 6, resultando em 25
vírgula)
: (dois Significa
= SOMA (A1:B4) Soma de A1 até B4, ou seja, A1, A2, A3, A4, B1, B2, B3, B4
pontos) ATÉ
Espaço Intersecção =SOMA(F4:H8 H6:K10) Executa uma operação sobre as células em comum nos intervalos

Princípios dos Operadores de Referência

z O símbolo de cifrão transforma uma referência relativa ( A1 ) em uma referência mista ( A$1 ou $A1 ) ou em
referência absoluta ( $A$1 )
z O símbolo de exclamação busca o valor em outra planilha, na mesma pasta de trabalho ou em outro arquivo.

69
Ex.: =[Pasta2]Planilha1!$A$2

8-
86
6.
Importante!

9
.4
33
O símbolo de cifrão é um dos mais importantes na manipulação de fórmulas de planilhas de cálculos. Todas

-4
as bancas organizadoras questionam fórmulas com e sem eles nas referências das células.

O
IR
SÍMBOLOS USADOS NAS FÓRMULAS E FUNÇÕES
M
A

Símbolo Significado Exemplo Comentários


R
E

= 15 + 3 Faz a soma de 15 e 3
Início de fórmula, função
R

= (igual) = SOMA ( 15 ; 3 ) Compara o valor de A1 com 5, e caso seja ver-


EI

ou comparação.
=SE ( A1 = 5 ; 10 ;11 ) dadeiro, mostra 10, caso seja falso, mostra 11
R
IF

Identifica uma função ou = HOJE ( ) Retorna a data atual do computador


N

( )parênteses os valores de uma opera- = SOMA (A1;B1) Faz a soma de A1 e B1


LI

ção prioritária. = (3+5) / 2 Faz a soma de 3 e 5 antes de dividir por 2


O
R

A função SE tem 3 partes, e estas estão sepa-


A

; (ponto e vírgula) Separador de argumentos. =SE ( A1 = 5 ; 10 ; 11 )


radas por ponto e vírgula
K
LI

=SOMA(F4:H8 Executa uma operação sobre as células em


Espaço Intersecção.
IE

H6:K10) comum nos intervalos


C
A
R

As fórmulas e funções começam com o sinal de igual. Outros símbolos podem ser usados, mas o Excel substi-
G

tuirá pelo sinal de igual.


NOÇÕES DE INFORMÁTICA

SÍMBOLOS PARA TEXTOS


Símbolo Significado Exemplo Comentários
Apresenta o texto Fernando.
“ (aspas duplas) Texto exato = “Fernando”
Se usado em testes, é “igual a”
Exibe os zeros não significativos, 0001 como texto
‘(apóstrofo) Número como texto ‘0001
(ex.: placa de carro)
= “Fernando ”&” Exibe “Fernando Nishimura” (sem as aspas), o resul-
& (“E” comercial) Concatenar
Nishimura” tado da junção dos textos individuais

O símbolo & é usado para concatenar dois conteúdos, como por exemplo: =”15”&”A45” resulta em 15A45. Pode-
remos usar a função CONCATENAR, ou a função CONCAT, para obter o mesmo resultado do símbolo &.
181
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CORRESPONDÊNCIA DE SÍMBOLOS E FUNÇÕES NO EXCEL
Símbolo Significado Exemplo Comentários
+ (sinal de mais) SOMA Adição =15+7 é o mesmo que =SOMA(15;7)
* (asterisco) MULT Multiplicação =12*3 é o mesmo que =MULT(12;3)
^ (circunflexo) POTÊNCIA Exponenciação =2^3 é o mesmo que =POTÊNCIA(2;3)
RAIZ Raiz quadrada =4^(1/2) é o mesmo que =RAIZ(4)
& (E comercial) CONCATENAR Juntar textos =A1&A2&A3 é igual a =CONCATENAR(A1;A2;A3)
Converte em
“ (aspas) TEXTO =”150144” é o mesmo que =TEXTO(150144).
texto

Erros

Quando trabalhamos com planilhas de cálculos, especialmente no início dos estudos, é comum aparecerem
mensagens de erros nas células, decorrente da falta de argumentos nas fórmulas, referências incorretas, erros de
digitação, entre outros. Vamos ver algumas das mensagens de erro mais comuns que ocorrem nas planilhas de
cálculos.
As planilhas de cálculos oferecem o recurso “Rastrear precedentes”, dentro do conceito de Auditoria de Fór-
mulas. Com este recurso, muito questionado em concursos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o usuário poderá
ver setas na planilha indicando a relação entre as células, e identificar a origem das mensagens de erros.
A seguir, os erros mais comuns que podem ocorrer em uma planilha de cálculos no Microsoft Excel:

z #DIV/0! – indica que a fórmula está tentando dividir um valor por 0;


z #NOME? – indica que a fórmula possui um texto que o Excel 2007 não reconhece;
z #NULO! – a fórmula contém uma interseção de duas áreas que não se interceptam;

69
z #NUM! – a fórmula apresenta um valor numérico inválido;

8-
z #REF! – indica que na fórmula existe a referência para uma célula que não existe;

86
z #VALOR! – indica que a fórmula possui um tipo errado de argumento;

6.
z ##### – indica que o tamanho da coluna não é suficiente para exibir seu valor.

9
.4
33
USO DE FÓRMULAS, FUNÇÕES E MACROS

-4
Funções Básicas
O
IR
M
z SOMA(valores) : realiza a operação de soma nas células selecionadas. No Microsoft Excel, a função SOMA
A

efetua a adição dos valores numéricos informados em seus argumentos. Se existirem células com textos, elas
R

serão ignoradas. Células vazias não são somadas.


E
R
EI

=SOMA(A1;A2;A3) Efetua a soma dos valores existentes nas células A1, A2 e A3.
R

=SOMA(A1:A5) Efetua a soma dos 5 valores existentes nas células A1 até A5


IF

=SOMA(A1;34;B3) Efetua a soma dos valores da célula A1, com 34 (valor literal) e B3.
N

=SOMA(A1:B4) Efetua a soma dos 8 valores existentes, de A1 até B4. O Excel não faz ‘triangulação’, operando
LI

apenas áreas quadrangulares.


O
R

=SOMA(A1;B1;C1:C3) Efetua a soma dos valores A1 com B1 e C1 até C3.


A

=SOMA(1;2;3;A1;A1) Efetua a soma de 1 com 2 com 3 e o valor A1 duas vezes.


K
LI

z SOMASE(valores;condição): realiza a operação de soma nas células selecionadas, se uma condição for aten-
IE
C

dida. A sintaxe é =SOMASE(onde;qual o critério para que seja somado)


A
R

=SOMASE(A1:A5;”>15”) Efetuará a soma dos valores de A1 até A5 que sejam maiores que 15
G

=SOMASE(A1:A10;”10”) Efetuará a soma dos valores de A1 até A10 que forem iguais a 10.

z MÉDIA(valores): realiza a operação de média nas células selecionadas e exibe o valor médio encontrado.

=MEDIA(A1:A5) Efetua a média aritmética simples dos valores existentes entre A1 e A5. Se forem 5 valores,
serão somados e divididos por 5. Se existir uma célula vazia, serão somados e divididos por 4. Células vazias não
entram no cálculo da média.

z MED(valores): informa a mediana de uma série de valores.


Mediana é o ‘valor no meio’. Se temos uma sequência de valores com quantidade ímpar, eles serão ordenados
e o valor no meio é a sua mediana. Por exemplo, para os valores (5,6,9,3,4), ordenados são (3,4,5,6,9) e a media-
na é 5.
Se temos uma sequência de valores com quantidade par, a mediana será a média dos valores que estão no
meio. Por exemplo, para os valores (2,13,4,10,8,1), ordenados são (1,2,4,8,10,13), e no meio temos 4 e 8. A média
182 de 4 e 8 é 6 ((4+8)/2).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z MÁXIMO(valores): exibe o maior valor das célu- As funções CONT são usadas para informar a
las selecionadas. quantidade de células, que atendem às condições
especificadas.
=MAXIMO(A1:D6) Exibe qual é o maior valor na
área de A1 até D6. Se houver dois valores iguais, ape- z CONT.NÚM - para contar quantas células possuem
nas um será mostrado. números.
z CONT.VALORES - quantidade de células que estão
z MAIOR(valores;posição): exibe o maior valor de preenchidas.
uma série, segundo o argumento apresentado. z CONTAR.VAZIO - quantidade de células que não
Valores iguais ocupam posições diferentes. estão preenchidas.
z CONT.SE - quantidade de células que atendem a
=MAIOR(A1:D6;3): Exibe o 3º maior valor nas célu- uma condição específica.
las A1 até D6. z CONT.SES - quantidade de células que atendem a
várias condições simultaneamente.
z MÍNIMO(valores): exibe o menor valor das célu- z CONT.VALORES(células): esta função conta todas
las selecionadas. as células em um intervalo, exceto as células va-
zias.
=MINIMO(A1:D6):Exibe qual é o menor valor na
área de A1 até D6. =CONT.VALORES(A1:A10): Informa o resultado da
contagem, informando quantas células estão preen-
z MENOR(valores;posição): exibe o menor valor de chidas com valores, quaisquer valores.
uma série, segundo o argumento apresentado.
Valores iguais ocupam posições diferentes. z CONT.NÚM (células): conta todas as células em
um intervalo, exceto células vazias e células com
=MENOR(A1:D6;3) Exibe o 3º menor valor nas célu- texto.
las A1 até D6.
=CONT.NÚM(A1:A8): Informa quantas células no
z SE(teste;verdadeiro;falso): avalia um teste e intervalo A1 até A8 possuem valores numéricos.

69
retorna um valor caso o teste seja verdadeiro ou

8-
outro caso seja falso. z CONT.SE(células;condição): Esta função con-

86
ta quantas vezes aparece um determinado valor

6.
(número ou texto) em um intervalo de células (o

9
Esta função é muito solicitada em todas as bancas.

.4
A sua estrutura não muda, sendo sempre o teste na usuário tem que indicar qual é o critério a ser

33
primeira parte, o que fazer caso seja verdadeiro na contado)

-4
segunda parte, e o que fazer caso seja falso na últi-

O
ma parte. Verdadeiro ou falso. Uma ou outra. Jamais =CONT.SE(A1:A10;”5”) Efetua a contagem de quan-
IR
serão realizadas as duas operações, somente uma tas células existem no intervalo de A1 até A10 conten-
M

delas, segundo o resultado do teste. do o valor 5.


A

A função SE usa operadores relacionais (maior,


R

z CONT.SES(células1;condição1;células2;condi-
E

menor, maior ou igual, menor ou igual, igual, diferen-


R

te) para construção do teste. As aspas são usadas para ção2) : Esta função conta quantas vezes aparece
EI

textos literais. um determinado valor (número ou texto) em um


R

intervalo de células (o usuário tem que indicar


IF

=SE(A1=10;”O valor da célula A1 é 10”;”O valor da qual é o critério a ser contado), atendendo a todas
N
LI

célula A1 não é 10”) as condições especificadas.


O

=SE(A1<0;”O valor da célula A1 é negativo”;”O


R

valor não é negativo”) =CONT.SES(A1:A10;”5”;B1:B10;”7”) Efetua a conta-


A
K

=SE(A1>0;”O valor da célula A1 é positivo”;”O valor gem de quantas células existem no intervalo de A1 até
LI

não é positivo”) A10 contendo o valor 5 e ao mesmo tempo, quantas


IE

células existem no intervalo de B1 até B10 contendo


C

É possível encadear funções, ampliando as áreas o valor 7.


A

de atuação. Por exemplo, um número pode ser negati-


R
G

vo, positivo ou igual a zero. São 3 resultados possíveis. z CONTAR.VAZIO (células) : conta as células vazias
de um intervalo.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

=SE(A1=0;”Valor é igual a zero”;SE(A1<0;”Valor é


negativo”;”Valor é positivo”)) =CONTAR.VAZIO(A1:A8) Informa quantas células
vazias existem no intervalo A1 até A8.
Neste exemplo, se for igual a zero (primeiro teste),
exibe a mensagem e finaliza a função. Mas se não for z SOMASE(células para testar;teste;células para
igual a zero, poderá ser menor do que zero (segundo somar): Efetua um teste nas células especificadas,
teste), e exibe a mensagem “Valor é negativo”, encer- e soma as correspondentes nas células para somar.
rando a função. E por fim, se não é igual a zero, e não Os intervalos de teste e de soma podem ser os
é menor que zero, só poderia ser maior do que zero, mesmos.
e a mensagem final “Valor é positivo” será mostrada.
Obs.: o sinal de igual, para iniciar uma função, é =SOMASE(A1:A10;”>6”;A1:A10) somará os valores
usado somente no início da digitação da célula. de A1 até A10 que sejam maiores que 6.

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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
=SOMASE(A1:A10;”<3”;B1:B10) somará os valores z ARRED(valor;casas decimais): Exibe um número
de B1 até B10 quando os valores de A1 até A10 forem com a quantidade de casas decimais, arredondan-
menores que 3. do para cima ou para baixo.

z SOMASES(células para somar; células1; teste1; =ARRED(PI();3) exibir o valor de PI com 3 casas
células2; teste2): Verifica as células que atendem decimais – valor 3,14159 exibe 3,142.
aos testes e soma as células correspondentes.
Os intervalos de teste e de soma podem ser os z HOJE() – Exibe a data atual do computador.
mesmos. z AGORA() – Exibe a data e hora atuais do compu-
z MÉDIASE(células para testar;teste;células para tador.
calcular a média): Efetua um teste nas célu- z DIA(data) – Extrai o número do dia de uma data.
las especificadas, e calcula a média das células z MÊS(data) – Extrai o número do mês de uma data.
correspondentes. z ANO(data) – Extrai o número do ano de uma data.
Os intervalos de teste e de média podem ser os z DIAS(data1;data2) - Informa a diferença em dias
mesmos. entre duas datas.
z PROCV(valor_procurado; matriz_tabela; núm_ z DIAS360(data1;data2) – Informa a diferença em
índice_coluna; [intervalo_pesquisa]): A função dias entre duas datas (ano contábil, de 360 dias)
PROCV é utilizada para localizar o valor_procu- z POTÊNCIA(base;expoente)
rado dentro da matriz_tabela, e quando encon- Eleva um número (base) ao expoente informado.
trar, retornar à enésima coluna informada em
núm_índice_coluna. A última opção, que será =POTÊNCIA(2;4) 2 elevado à 4, 24, 2x2x2x2 = 16
VERDADEIRO ou FALSO, é usada para identificar
se precisa ser o valor exato (F) ou pode ser valor z MULT(número;número;número; ... )
aproximado (V). Multiplica os números informados nos argumentos.

Por exemplo: FUNÇÕES LÓGICAS


Retorna VERDADEIRO se
=PROCV(105;A2:C7;2;VERDADEIRO) e

69
E (Função E) todos os seus argumentos
=PROCV(“Monte”;B2:E7;2;FALSO)

8-
forem VERDADEIROS

86
A função PROCV é um membro das funções de pes- Retorna VERDADEIRO se

6.
quisa e Referência, que incluem a função PROCH. OU (Função OU) um dos argumentos for

9
.4
Use a função TIRAR ou a função ARRUMAR para VERDADEIRO

33
remover os espaços à esquerda nos valores da tabela. Inverte o valor lógico do

-4
NÃO (Função NÃO)
argumento

O
z Esquerda (texto;quantidade): Extrai de uma
FALSO (Função FALSO) Retorna o valor lógico FALSO
IR
sequência de texto, uma quantidade de caracteres
M

especificados, a partir do início (esquerda). VERDADEIRO (Função Retorna o valor lógico


A

VERDADEIRO) VERDADEIRO
R

= Esquerda (“Fernando Nishimura”;8) exibe


E

Retornará um valor que você


R

“Fernando” especifica se uma fórmula


EI

SEERRO (Função
for avaliada para um erro; do
R

z DIREITA (texto;quantidade): Extrai de uma sequên- SEERRO)


IF

contrário, retornará o resul-


cia de texto, uma quantidade de caracteres especifi- tado da fórmula
N
LI

cados, a partir do final.


O
R

=DIREITA (“Polícia Federal”;7) exibe “Federal”.


A

Importante!
K
LI

z CONCATENAR(texto1;texto2; ... ): Junta os textos Foram apresentadas muitas funções neste


IE

especificados em uma nova sequência. material, não é verdade? Existem milhares de


C

funções no Microsoft Excel e LibreOffice Calc.


A

=CONCATENAR(“Escrevente “;”Técnico “;”Judiciá-


R

Em concursos públicos, estas são as mais


G

rio”) – exibe “Escrevente Técnico Judiciário”. questionadas.

z INT(valor): Extrai a parte inteira de um número.


IMPRESSÃO
=INT(PI()) parte inteira do valor de PI – valor
3,14159 exibe 3. A impressão no Excel é semelhante ao Word. Dife-
re ao oferecer o item Área de Impressão, que permite
z TRUNCAR(valor;casas decimais): Exibe um ao usuário escolher uma área de uma planilha para
número com a quantidade de casas decimais, sem ser impressa.
arredondar. Outro item exclusivo que o Excel oferece é a pos-
sibilidade de imprimir os títulos das colunas e linhas,
=TRUNCAR(PI();3) exibir o valor de PI com 3 casas fazendo com que a impressão seja muito parecida
decimais – valor 3,14159 exibe 3,141. com a tela que está sendo visualizada.
Ambos estão na guia Layout da Página.

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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
E na caixa de diálogo de impressão (Ctrl+P) temos o ajuste da impressão (zoom), permitindo ajustar para caber
em uma página, ajustar apenas as linhas, apenas as colunas, e mudar as quebras de páginas arrastando a divisão
na tela.

Arquivo

Área de
impressão
Definir área de impressão
Limpar área de impressão

Arquivo

Imprimir
Títulos

Imprimir Títulos
Especificar linhas e colunas a serem
repetidas em cada página impressa

INSERÇÃO DE OBJETOS

A inserção de objetos contém os mesmos itens do Microsoft Word, mas o destaque são os Gráficos.

69
8-
Arquivo

86
6.
9
.4
Tabela

33
dinâmica

-4
Inserir Tabela dinâmica

O
IR
Clique aqui para resumir os dados
M
usando uma tabela dinâmica ou para
A

inserir um gráfico dinâmico.


R

As tabelas dinâmicas tornam mais


fácil organizar e resumir dados
E

complicados, bem como analisar


R

detalhes
EI
R
IF

A tabela e o gráfico dinâmico possibilitam resumir os dados rapidamente, a partir de critérios padronizados
N

no Excel.
LI
O
R
A
K
LI
IE
C
A
R
G

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Os gráficos são representações visuais de dados da planilha. De acordo com a opção escolhida, teremos uma
forma de apresentação. Alguns gráficos são indicados para situações específicas. Outros gráficos são generalistas.

Gráficos

Além da produção de planilhas de cálculos, o Microsoft Excel (e o LibreOffice Calc) produz gráficos com os
dados existentes nas células.
Gráficos são a representação visual de dados numéricos, e poderão ser inseridos na planilha como gráficos
‘comuns’ ou gráficos dinâmicos.
Os gráficos dinâmicos, assim como as tabelas dinâmicas, são construídos com dados existentes em uma ou
várias pastas de trabalho, associando e agrupando informações para a produção de relatórios completos.

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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Os gráficos de Colunas representam valores em
colunas 2D ou 3D. São opções do gráfico de Colu-
nas: Agrupada, Empilhada, 100% Empilhada, 3D
Agrupada, 3D Empilhada, 3D 100% Empilhada, e
3D.
z O gráfico do tipo Mapa, exibe a informação de
acordo com cada região. Sua única opção é o Mapa
Coroplético.

z Os gráficos de Linhas representam valores com z Os gráficos de Ações necessitam que os dados este-
linhas, pontos ou ambos. São opções do gráfico de jam organizados em preço na alta, preço na baixa
Linhas: Linha, Linha Empilhada, 100% Empilha- e preço no fechamento. Datas ou nomes das ações
da, com Marcadores, Empilhada com Marcadores, serão usados como rótulos. São exemplos de gráficos
100% Empilhada com Marcadores, e 3D. de Ações: Alta-Baixa-Fechamento, Abertura-Alta-
-Baixa-Fechamento, Volume-Alta-Baixa-Fechamen-
to, e Volume-Abertura-Alta-Baixa-Fechamento.

69
8-
z Os gráficos de Pizza representam valores propor-

86
cionalmente. São opções do gráfico de Pizza: Pizza,

6.
Pizza 3D, Pizza de Pizza, Barra de Pizza, e Rosca.

9
.4
33
-4
O
IR
z Os gráficos de Barras representam dados de forma
M
A

semelhante ao gráfico de Colunas, mas na horizon- z Os gráficos de Superfície parecem com os gráficos
R

tal. São opções dos gráficos de Barras: Agrupadas, de Linhas, e preenchem a superfície com cores.
E

Empilhadas, 100% Empilhadas, 3D Agrupadas, 3D São exemplos de gráficos de Superfície: 3D, 3D


R
EI

Empilhadas, e 3D 100% Empilhadas. Delineada, Contorno e Contorno Delineado.


R
IF
N
LI
O
R
A

z Os gráficos de Área representam dados de forma


K

semelhante ao gráfico de Linhas, mas com preen- z Os gráficos de Radar são usados para mostrar a evo-
LI

chimento até a base (eixo X). São opções dos grá- lução de itens. São exemplos de gráficos de Radar:
IE

Radar, Radar com Marcadores, e Radar Preenchido.


C

ficos de Área: Área, Área Empilhada, Área 100%


A

Empilhada, Área 3D, Área 3D Empilhada, e Área


R

3D 100% Empilhada.
G

z O gráfico do tipo Mapa de Árvore é usado para mos-


z Os gráficos de Dispersão representam duas séries trar proporcionalmente a hierarquia dos valores.
de valores em seus eixos. São opções dos gráficos
de Dispersão: Dispersão, com Linhas Suaves e Mar-
cadores, com Linhas Suaves, com Linhas Retas e
Marcadores, com Linhas Retas, Bolhas e Bolhas 3D.

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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z O gráfico do tipo Explosão Solar se assemelha ao gráfico de Rosca, mas o maior valor será o primeiro da série
de dados.

z Os gráficos do tipo Histograma são usados para séries de valores com evolução, como idades da população. São
exemplos de gráficos do tipo Histograma: Histograma e Pareto.

z O gráfico do tipo Caixa Estreita é usado para projeção de valores.

z O gráfico do tipo Cascata exibe e destaca as variações dos valores ao longo do tempo.

69
8-
86
9 6.
.4
33
-4
z O gráfico do tipo Funil alinha os valores em ordem decrescente.

O
IR
M
A
R
E
R

z Os gráficos do tipo Combinação permitem combinar dois tipos de gráficos para a exibição de séries de dados.
EI
R

São exemplos de gráficos do tipo Combinação: Coluna Clusterizada-Linha, Coluna Clusterizada-Linha no Ei-
IF

xo Secundário, Área Empilhada-Coluna Clusterizada, e a possibilidade de criação de uma Combinação Perso-


N

nalizada.
LI
O
R
A
K
LI
IE
C

CAMPOS PREDEFINIDOS
A
R
G

Semelhante ao Word, o Excel poderá operar com os mesmos campos. Campos são variáveis inseridas na plani-
lha de dados, que serão atualizadas segundo a necessidade.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Data e Hora, Linha de Assinatura, Cabeçalho e Rodapé, entre muitos outros.


Uma das principais diferenças entre o editor de textos e o editor de planilhas é o Cabeçalho e Rodapé. Enquan-
to no editor de textos eles são únicos, no Excel estão divididos em 3 partes.

Lado esquerdo do cabeçalho Cabeçalho Lado direito do cabeçalho


Número da Página: 1 Número da Páginas: 3
Quantidade
São José do Campo 173

187
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Lado esquerdo do rodapé Lado direito do rodapé
28/09/2014 - 11:05 Rodapé C:\users\FernandoNishimuta\Documents\Paasta1

CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS

O Excel é mais simples em relação ao Word, quando o assunto são as Quebras.

E para habilitar esta visualização, basta ativar o item na guia Exibição.

69
8-
Visualização da Quebra de Página

86
Exibir uma prévia dos luga-

6.
res onde as páginas irão que-

9
brar quando o documento for

.4
impresso.

33
-4
A numeração de páginas está associada ao Cabeçalho e Rodapé.

O
IR
M
A

Cabeçalho
R

(nenhum)
E
R

Página 1
EI

Página 1de ?
R

Plan 1
IF

Confidencial; 28/09/2014; Página 1


N

Pasta 1
LI
O

OBTENÇÃO DE DADOS EXTERNOS


R
A
K

O Excel poderá trabalhar com as informações inseridas pelo usuário na planilha, e com dados provenientes de
LI

outros locais. Disponível na guia Dados, o grupo ‘Obter Dados Externos’.


IE
C
A
R
G

Do Access Importar dados de um banco de dados do Microsoft Access

Da Web Importar dados de uma página Web (Internet)

188
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Importar dados de um arquivo de texto (formato TXT, ou CSV – texto separado por
De Texto
vírgulas/ponto e vírgula)

Importar dados de outras fontes.

De Outras
Fontes

Conexões Obter dados externos usando uma conexão existente – conectar a uma fonte de dados
Existentes externa, selecionando uma opção de uma lista de fontes usadas com frequência

CLASSIFICAÇÃO DE DADOS

A classificação de dados é uma parte importante da análise de dados.


Você pode classificar dados por texto (A a Z ou Z a A), números (dos menores para os maiores ou dos maiores
para os menores) e datas e horas (da mais antiga para a mais nova e da mais nova para a mais antiga) em uma ou

69
mais colunas. Você também poderá classificar por uma lista de clientes (como Grande, Médio e Pequeno) ou por

8-
formato, incluindo a cor da célula, a cor da fonte ou o conjunto de ícones. A maioria das operações de classificação

86
é identificada por coluna, mas você também poderá identificar por linhas.

6.
Disponível na guia Dados, e na guia Página Inicial, a classificação poderá ser de texto, números, datas ou horas,

9
por cor da célula, cor da fonte ou ícones, por uma lista personalizada, linhas, por mais de uma coluna ou linha, ou

.4
por uma coluna sem afetar as demais.

33
-4
Arquivo Página Inicial

O
A IR
Z
Classificar
M
e filtrar
A Classificar de A a Z
A

Z
Z Classificar de Z a A
R

A
Classificação Personalizada
Filtro
E

Limpar
R

Reaplicar
EI
R

Arquivo
IF

Limpar
Reaplicar
Classificar Filtro
N

Avançado
LI

Classificar e filtrar
O
R

CLASSIFICAÇÃO COMENTÁRIOS
A
K
LI

A classificação de dados alfanuméricos poderá ser ‘Classificar de A a Z’


IE

Classificar texto em ordem crescente, ou ‘Classificar de Z a A’ em ordem decrescente. É


C

possível diferenciar letras maiúsculas e minúsculas


A
R

Quando a coluna possui números, podemos ‘Classificar do menor para o maior’


G

Classificar números
ou ‘Classificar do maior para o menor’
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Se houver datas ou horas, podemos ‘Classificar da mais antiga para a


Classificar datas ou horas mais nova’ ou ‘Classificar da mais nova para a mais antiga’, resumindo,
cronologicamente
Se você tiver formatado manual ou condicionalmente um intervalo de célu-
Classificar por cor de célula, cor de las ou uma coluna de tabela, por cor de célula ou cor de fonte, poderá classi-
fonte ou ícones ficar por essas cores. Também será possível classificar por um conjunto de
ícones criados ao aplicar uma formatação condicional
Você pode usar uma lista personalizada para classificar em uma ordem defi-
Classificar por uma lista personalizada nida pelo usuário. Por exemplo, uma coluna pode conter valores pelos quais
você deseja classificar, como Alta, Média e Baixa
Na caixa de diálogo Opções de Classificação, em Orientação, clique em
Classificar linhas
Classificar da esquerda para a direita e, em seguida, clique em OK
189
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CLASSIFICAÇÃO COMENTÁRIOS
Classificar por mais de uma coluna ou
Na caixa de diálogo Classificar, adicione mais de um critério para ordenação
linha
Classificar uma coluna em um interva- Basta selecionar a coluna desejada, e na janela de diálogo, manter o item
lo de células sem afetar as demais “Continuar com a seleção atual”

MS-POWERPOINT 2010
INTRODUÇÃO

As apresentações de slides criadas pelo Microsoft PowerPoint 2010/2013/2016/2019 são arquivos de extensão
.PPTX. Caso contenham macros (comandos para automatização de tarefas) será atribuída a extensão .PPTM. e
ainda podemos trabalhar com os modelos (extensão .POTX e POTM).
Apesar de ser um aplicativo com finalidade diferente do editor de textos, ele possui muitas semelhanças que
acabam ajudando quem está iniciando nele. Da mesma forma que o editor de textos, é possível trabalhar com
seções (divisões), é possível inserir números de slides, é possível comparar apresentações etc.

EXTENSÃO TIPO DE ARQUIVO CARACTERÍSTICAS


PPT Apresentação editável Versão 2003 ou anterior
PPS Apresentação executável Versão 2003 ou anterior
POT Modelo de apresentação Versão 2003 ou anterior
PPTX Apresentação editável Versão 2007 ou superior

69
Versão 2007 ou superior, que não

8-
PPSX Apresentação executável necessita de programas para ser

86
visualizada

6.
Recursos para padronização de novas

9
POTX Modelo de apresentação

.4
apresentações

33
Recursos para padronização e

-4
POTM Modelo de apresentação com macros
automatização de novas apresentações

O
Formato do LibreOffice Impress, que
IR
ODP Open Document Presentation pode ser editado e salvo pelo Microsoft
M

PowerPoint
A
R

Formato de documento portável, sem


E

PDF/XPS Portable Document Format alguns recursos multimídia inseridos na


R

apresentação de slide
EI
R
IF

Guias – PowerPoint 2010


N
LI
O

BOTÃO/GUIA LEMBRETE
R
A

Arquivo Comandos para a apresentação atual: Salvar, salvar como, imprimir, Salvar e enviar
K
LI

Tarefas iniciais: O início do trabalho, acesso à Área de Transferência, formatação de slides, fontes, pará-
Página Inicial
IE

grafos, desenho e edição


C

Tarefas secundárias: Adicionar um objeto que ainda não existe. Tabelas, Imagens, Ilustrações, Links, Tex-
A

Inserir
R

tos, Símbolos e Mídia (Vídeo e/ou Áudio)


G

Configuração da página: Temas para toda a apresentação, ou apenas slides selecionados, e Plano de
Design
Fundo
Transições Animação entre os slides: Permitem visualizar, atribuir e configurar intervalo para a mudança de slides
Efeitos de animação para os objetos: Permitem visualizar, atribuir, configurar animação avançada e definir
Animação
seus intervalos
Apresentações
Iniciar apresentação de slides: configurar, definir resolução e escolha de monitores
de Slides
Correção da apresentação: Ela está ficando pronta... Revisão de Texto, Idioma, Comentários, Comparar e
Revisão
Compartilhar
Visualização: Modos de Exibição de Apresentação, Modos de Exibição Mestres, Mostrar (na janela do
Exibição
PowerPoint), Zoom, Cor/Escala de Cinza, Janela e Macros

190
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Dica
As guias de opções do Microsoft PowerPoint são semelhantes às guias dos demais programas do Microsoft
Office. As guias Apresentações de Slides, Transições e Animações são as mais questionadas em provas de
concursos.

Atalhos de Teclado – PowerPoint 2010

Os atalhos de formatação (Ctrl+N para negrito, Ctrl+I para itálico, entre outros) são os mesmos do Word 2010.

ATALHO AÇÃO
Ctrl+M Inserir novo slide
F5 Iniciar apresentação de slides a partir do início (primeiro slide)
Shift+F5 Iniciar apresentação de slides a partir do slide atual
E ou ponto Durante a apresentação, esconde a apresentação, mostrando um fundo preto (escuro)
C ou vírgula Durante a apresentação, esconde a apresentação, mostrando um fundo branco (claro)
R ou mais ( + ) Para e reinicia uma apresentação automática
Durante a apresentação, mostra uma caneta para anotações, e o usuário poderá salvar estas
Ctrl+C (Caneta)
anotações na apresentação ao final

ATALHO AÇÃO
Ctrl+T (Target) Durante a apresentação, alterar o ponteiro para seta
Ctrl+E (Erase) Durante a apresentação, alterar o ponteiro para borracha
Ctrl+M (Mostrar) Durante a apresentação é para Mostrar ou Ocultar as marcações da caneta

69
Durante a apresentação, apaga o desenho da tela (mantendo o slide intacto,
D

8-
sem as alterações feitas durante o modo de apresentação)

86
ESC, Ctrl+Break ou hífen (traço) Sair do modo de Apresentação de Slides e voltar à edição

9 6.
p, clicar com o botão esquerdo, enter, page

.4
33
down, seta para a direita, seta para baixo Executar a próxima animação ou avançar para o próximo slide
ou barra de espaços

-4
a, clicar com o botão direito, page up,
O
IR
seta para a esquerda, seta para cima ou Executar a animação anterior ou voltar ao slide anterior
M
backspace
A
R
E

ATALHO AÇÃO
R
EI

Menu de contexto (popup) ou slide anterior


Clicar com o botão direito
R

(durante a apresentação)
IF
N

Shift+F9 Mostrar ou ocultar a grade


LI
O

Alt+F9 Mostrar ou ocultar as guias


R
A

número + Enter Ir para o slide número.


K
LI

V Vai para o próximo slide, se oculto


IE
C

Manter os botões Direito e Esquerdo do mouse pressio-


A

Durante a apresentação, retorna ao primeiro slide


nados por dois segundos
R
G

Ctrl+H ou Ctrl+U Ocultar/Mostrar seta ao mover o mouse


NOÇÕES DE INFORMÁTICA

ESTRUTURA BÁSICA DAS APRESENTAÇÕES

As apresentações de slides podem ser gravadas em formato de imagens (JPG, PNG), slide por slide, e até trans-
formadas em vídeo (extensão MP4).
Os recursos do PowerPoint, como animações, transições, narração, serão inseridos no vídeo, que poderá ser
reproduzido em outros dispositivos, como Smart TV em totens de propagandas.

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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Figura 1. Para produzir um vídeo da apresentação, acessar o botão Arquivo, menu Exportar, item Criar Vídeo.

Vamos conhecer alguns termos usados no aplicativo de edição de apresentações de slides.

z Slide: unidade de edição, como uma página da apresentação;


z Slide Mestre: slide com o modelo de formatação que será usado pelos slides da apresentação atual;
z Design: aparência do slide ou de toda a apresentação. O design combina cores, estilos e padrões para que a
aparência tenha um visual harmonizado. O PowerPoint oferece “Ideias de Design” a cada objeto inserido no
slide

69
z Layout: disposição dos elementos dentro do slide. Quando a apresentação é iniciada, o slide de slide de título

8-
é apresentado. O usuário poderá alterar para outro layout. Cada slide da apresentação poderá ter um layout

86
diferente;

9 6.
.4
33
-4
O
IR
Slide de Título Título e Conteúdo Cabeçalho da Duas Partes de Comparação
M

Seção Conteúdo
A
R
E
R
EI
R
IF

Somente Título Em Branco Conteúdo com Imagem com


N

Legenda Legenda
LI
O

Figura 2. Layout de slide


R
A
K

z Seção: divisão de formatação dentro da apresentação (usadas para Apresentações Personalizadas). Poderá ter
LI

‘duas apresentações’ dentro de uma, e no início, escolher qual delas será exibida para o público;
IE

z Transições: animação entre os slides. Ao selecionar algum efeito de animação entre os slides (guia Transições,
C

grupo Transição para este slide), será disponibilizada a opção para configuração do Intervalo;
A
R

z Animação: animação dentro do slide, em um objeto do slide. Um objeto poderá ter diversas animações simul-
G

taneamente, enquanto a transição do slide é única. Poderão ser de Entrada, Ênfase, Saída ou Trajetórias de
Animação.

CONCEITOS DE SLIDES

Conforme observado no item anterior, os slides são as unidades de trabalho do PowerPoint. Assim como as
páginas de um documento do Microsoft Word, os slides possuem configurações como margens, orientação, núme-
ros de páginas (slides, no caso), cabeçalhos e rodapés etc.
O PowerPoint trabalha com 4 conceitos principais de slides:

z Slide (modo de exibição Normal): cada slide é mostrado para edição de seu conteúdo;
z Slide Mestre: para alterar o design e o layout dos slides mestres, alterando toda a apresentação de uma vez;
z Folhetos Mestre: para alterar o design e layout dos folhetos que serão impressos;
z Anotações Mestras: para alterar o design e layout das folhas de anotações.

192
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Dica
O slide mestre é o item mais questionado entre os modos de slides, seguido de Anotações (modo de apre-
sentação do Narrador).

69
Figura 3. Modo de exibição Normal, para edição da apresentação de slides

8-
86
Nos modos de exibição, na guia Exibição, ocorreu uma pequena mudança em relação às versões anteriores,

6.
com a inclusão do item Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos:

9
.4
33
z Normal: no modo de exibição Normal, miniaturas dos slides ou os tópicos aparecerão no lado esquerdo, o apa-

-4
recerá no centro (sendo possível sua edição) e na área inferior da tela aparecerá a área de anotações. Ajustar

O
à janela encaixa o slide na área. IR
z Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: para editar e alternar entre slides no painel de estrutura de tópi-
M

cos. Útil para a criação de uma apresentação a partir dos tópicos de um documento do Microsoft Word.
A

z Classificação dos Slides: no modo de exibição Classificação de Slides, apenas miniaturas dos slides serão
R

mostradas. Estas miniaturas poderão ser organizadas, arrastando-as. As operações de slides estão disponíveis,
E
R

como Excluir slide, Ocultar slide etc. Mas não é possível editar o conteúdo. Somente após duplo clique será
EI

possível a edição do conteúdo.


R

z Anotações: Exibir a página de anotações para editar as anotações do orador da forma como ficarão quando
IF

forem impressas.
N
LI

z Modo de Exibição de Leitura: Exibir a apresentação como uma apresentação de slides que cabe na janela. A
O

barra de título do PowerPoint continuará sendo exibida.


R
A
K

ANOTAÇÕES
LI
IE

Durante uma apresentação de slides em um projetor, o narrador poderá acessar as suas anotações enquanto a
C

imagem do slide aparece para o público.


A

Anotações do orador poderão ser inseridas no slide enquanto estiver em modo de edição Normal. Estará dis-
R
G

ponível na parte inferior da janela de edição.


NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O modo de exibição Anotações serve para visualizar como serão impressos os slides e as anotações. É possível
editar o conteúdo das anotações no modo de exibição Anotações.
Para modificar o layout ou design, é preciso acessar Anotações Mestras (na guia Exibição), e as configurações
aplicadas serão válidas para toda a apresentação.

193
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Modo de Exibição Anotações Linhas de grade são exibidas ao fundo do slide,
orientando o posicionamento dos elementos.

Réguas Guias

Linhas de Grade
[Texto] [Texto]
Anotações do orador
[Texto] [Texto]

[Texto]

Todos os elementos visuais que compõe a interface


do programa, podem ser ativados ou desativados na
guia Exibição.

CABEÇALHOS E RODAPÉS
z Anotações Mestras

08/02/2021 O PowerPoint é diferente dos demais aplicativos


Cabeçalho
com relação ao cabeçalho e rodapé, por oferecer dife-
rentes configurações de acordo com o tipo de exibição

69
ou formato utilizado.

8-
Clique para editar o título Mestre

86
6.
• Clique para editar os estilos de texto Mestres

9
.4
• Segundo nível
• Terceiro nível

33
• Quarto nível
• Quinto nível

-4
O
IR
M
A
R

Clique para editar os estilos de texto Mestres


E

Segundo nível
R

Terceiro nível
Quarto nível
EI

Quinto nível
R
IF
N
LI
O

O slide possui apenas Rodapé. Na área inferior do


R
A

slide, poderá ser apresentada a data e hora (no lado


K

esquerdo), um texto de Rodapé (na área central) e


LI

o número do slide (no lado direito). Opcionalmente,


IE

poderá não ser mostrado no primeiro slide da apresen-


C

tação (que seria como uma folha de rosto, uma capa).


A
R

Rodapé < nº >


G

Dica
Anotações poderão ser adicionadas nos slides,
exibidos em tela somente para o apresentador
ou impressos. Os elementos de uma anotação
não aparecem no slide exibido para o público.

RÉGUA E GUIAS

As réguas são exibidas na parte superior e lateral


no modo de edição. O atalho é Alt+Shift+F9.
As guias são exibidas no meio do slide (vertical e
horizontalmente).
194
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
As Anotações e folhetos (que são impressos), pos- Como pode ser visto na tabela, os botões de ação,
suem cabeçalho e rodapé. No cabeçalho poderá ser animações e transições de slides não serão gravados
mostrada a Data e hora (lado direito) ou um texto no arquivo PDF da apresentação. Para manter os
(lado esquerdo). No rodapé poderá ser mostrado o recursos multimídia, deve salvar como vídeo.
número da página impressa (no lado direito) ou um
texto (lado esquerdo).
A Data e Hora é uma informação que pode ser adi- Importante!
cionada pelo ícone Data e Hora, do grupo Texto, da
guia Inserir, e também pelo ícone Cabeçalho e Roda- O formato PDF é portável, e poderá ser usado
pé, pertencente ao mesmo grupo. em qualquer plataforma. Praticamente todos os
programas disponíveis no mercado reconhecem
NOÇÕES DE EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE o formato PDF.
APRESENTAÇÕES
Confira a seguir os ícones do aplicativo, que costu-
A preparação de uma apresentação de slides seque
mam ser questionados em provas.
uma série de recomendações, quanto a quantidade de
texto, quantidade de slides, tempo da apresentação
etc. Para entrar em modo de apresentação de
Entretanto, para concursos públicos, o foco é outro. slides do começo, devemos pressionar F5
O questionamento é sobre como fazer, onde configu-
rar, como apresentar etc. A outra forma de iniciar uma apresentação de
Para entrar em modo de apresentação de slides do slides é a partir do Slide Atual, pressionando
começo, devemos pressionar F5. Podemos escolher o Shift+F5 ou clicando no ícone da guia Apre-
ícone ‘Do Começo’ na guia Apresentações de Slides, sentação de Slides
grupo Iniciar Apresentação de Slides. E ainda clicar Apresentar on-line: Transmitir a apresenta-
no ícone correspondente na barra de status, ao lado ção de slides para visualizadores remotos
do zoom. que possam assisti-la em um navegador da
A apresentação iniciará, e ao contrário do modo de

69
Web
exibição Leitura em Tela Inteira, a barra de títulos não

8-
será mostrada. Apresentação de Slides Personalizada: Criar

86
A outra forma de iniciar uma apresentação de sli- ou executar uma apresentação de slides

6.
des é a partir do Slide Atual, pressionando Shift+F5 ou personalizada. Uma apresentação de slides

9
.4
clicando no ícone da guia Apresentação de Slides. personalizada exibirá somente os slides se-

33
Durante a apresentação de slides, as setas de direção lecionados. Este recurso permite que você

-4
permitem mudar o slide em exibição. O Enter passa para tenha vários conjuntos de slides diferentes
o próximo slide. O ESC sai da apresentação de slides. (por exemplo, uma sucessão de slides de 30
O
minutos e outra de 60 minutos) na mesma
IR
Segurar a tecla CTRL e pressionar o botão princi-
apresentação
M
pal (esquerdo) do mouse exibirá um ‘laser pointer’ na
A

apresentação. Configurar Apresentação de Slides: Configu-


R

Pressionar a letra C ou vírgula deixará a tela em rar opções avançadas para a apresentação
E

branco (clara). Pressionar E ou ponto final deixa a tela


R

de slides, como o modo de quiosque (em que


EI

preta (escura). a apresentação reinicia após o último slide, e


R

A edição dos elementos textuais e parágrafos segue continua em loop até pressionar ESC), apre-
IF

os princípios do editor de textos Word. E os comandos sentação sem narração, vários monitores,
N

também são os mesmos. Por exemplo, o Salvar como


LI

avançar slides, etc


PDF.
O

Ocultar Slide: Ocultar o slide atual da apre-


R

De acordo com o formato escolhido, alguns recur-


A

sos poderão ser desabilitados. sentação. Ele não será mostrado durante a
K

apresentação de slides de tela inteira


LI

FORMATO ANIMAÇÕES TRANSIÇÕES ÁUDIO Testar Intervalos: Iniciar uma apresentação


IE
C

PPTX X X X de slides em tela inteira na qual você possa


A

testar sua apresentação. A quantidade de


R

PPSX X X X tempo utilizada em cada slide é registrada e


G

PDF - - - você pode salvar esses intervalos para exe-


NOÇÕES DE INFORMÁTICA

cutar a apresentação automaticamente no


MP4 X X X
futuro
JPG/PNG - - -
Gravar Apresentação de Slides: Gravar narra-
ções de áudio, gestos do apontador laser ou
FORMATO VÍDEO HIPERLINKS intervalos de slide e animação para reprodu-
PPTX X X ção durante a apresentação de slides

PPSX X X Álbum de Fotografias: criar ou editar uma


apresentação com base em uma série de
PDF - X imagens. Cada imagem será colocada em um
MP4 X X slide individual
JPG/PNG - -
Tabela. Recursos disponíveis ( X ), recursos indisponíveis ( - )
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Ação
Ação: Adicionar uma ação ao objeto selecio-
nado para especificar o que deve acontecer
Adicionar uma ação ao objeto selecionado para
quando você clicar nele ou passar o mouse
especificar o que deve acontecer quando você clicar
sobre ele
nele ou passar o mouse sobre ele.
Inserir número do slide: o número do slide re- É possível associar um hiperlink para o próximo
flete sua posição na apresentação slide, slide anterior, primeiro slide, último slide, último
slide exibido e finalizar a apresentação, tanto ao clicar
Inserir vídeo no slide: permite inserir um vi- como ao passar o mouse sobre o objeto.
deoclipe no slide É possível associar um programa para ser aberto,
uma macro (pequeno programa) para ser executado
Inserir áudio no slide: permite inserir um clipe ou outra ação do objeto.
de áudio no slide É possível associar um som para ser tocado (ou
interromper o som que estiver em execução) ao clicar
Gravação de tela: gravar o que está sendo no objeto ou passar o mouse sobre o objeto.
exibido na tela e inserir no slide As ações estão disponíveis na guia “Inserir”, grupo
Links, ícone Ação.
Formas: linhas, retângulos, formas básicas,
setas largas, formas de equação, fluxograma,
estrelas e faixas, textos explicativos e botões
de ação

Dica
O slide oculto existe na apresentação, aparece
na edição, mas não é mostrado em modo de
apresentação de slides para o público. E também poderemos inserir uma ação no ícone

69
“Formas”, tanto em Página Inicial, grupo Desenho,
INSERÇÃO DE OBJETOS como em Inserir, Ilustrações. Apenas os ícones serão

8-
86
apresentados. Veja a descrição de cada um a seguir.
Os objetos poderão ser inseridos no PowerPoint

6.
de diferentes maneiras. A mais simples e óbvia é por

9
.4
meio da guia “Inserir.” Mas podemos adicionar tam-

33
bém no slide, na guia “Revisão (Comentários)” e até

-4
converter o que já existe na apresentação.
Voltar ou Anterior; Avançar ou Próximo; Início;
O
IR
Dica Final; Página Inicial; Informações; Retornar; Filme;
M

Documento; Som; Ajuda; Personalizar.


A

Objetos comuns, presentes em todos os progra-


R

mas do Microsoft Office, as Ilustrações (Ima- Inserir Número do Slide


E

gem, SmartArt, Caixa de Texto) são itens pouco


R
EI

questionados em provas. Quando aparecem em Disponível na guia “Inserir”, grupo Texto, permite
R

uma questão de PowerPoint, basta lembrar do Inserir o número do slide. O número do slide reflete
IF

ícone no Word, pois são iguais. sua posição na apresentação.


N
LI
O

Álbum de Fotografias
R
A
K

Novo Álbum de Fotografias – criar ou editar uma


LI

apresentação com base em uma série de imagens.


IE

Cada imagem será colocada em um slide individual.


C

Será possível selecionar fotografias de pastas, dis-


A

cos, inserir caixa de texto, mudar todas as fotografias Inserir Vídeo no Slide
R
G

para preto e branco, acrescentar legendas abaixo das


fotografias, ajustar ao slide, ajustar a imagem (bri- Disponível na guia “Inserir”, grupo Mídia, permite
lho, contraste, rotação) e associar um tema para a inserir um videoclipe no slide. Poderá ser um vídeo do
apresentação. arquivo (armazenado no computador), vídeo do site
ou vídeo de Clipart.

196
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Inserir Áudio no Slide z Agrupar: Unir dois ou mais objetos selecionados
para que sejam tratados como um único objeto;
Disponível na guia “Inserir”, grupo Mídia, per- z Desagrupar: Separar um conjunto de objetos
mite inserir um clipe de áudio no slide. Poderá ser agrupados para que se tornem novamente objetos
um áudio do arquivo (armazenado no computador), individuais;
áudio de Clipart ou Gravar áudio. z Reagrupar: se executarmos o Desagrupar, o
item Reagrupar se torna disponível, voltando o
Agrupamento;
z Alinhar: posiciona o objeto em relação às margens
ou à grade do slide;
z Girar: permite alterar a posição do objeto, rotacio-
nando em torno de seu próprio eixo;
z Painel de Seleção: mostrar o Painel de Seleção
para ajudar a selecionar objetos individuais e para
Inserir Formas alterar a ordem e a visibilidade desses objetos.

Disponível em “Página Inicial”, grupo Desenho, Dica


assim como em Inserir, Ilustrações, em Formas pode-
remos inserir Linhas, Retângulos, Formas Básicas, Os gráficos são representações visuais de dados
Setas largas, Formas de Equação, Fluxograma, Estre- numéricos. Todos os programas do Microsoft
las e faixas, Textos explicativos e Botões de Ação. Office permitem a inserção de gráficos. É pos-
sível vincular uma planilha de cálculos do Excel
para exibição em uma apresentação de slides.

NUMERAÇÃO DE PÁGINAS

Pertencente à guia “Inserir”, grupo Texto, o Inserir


Número do Slide serve para Inserir o número do slide.

69
O número do slide reflete sua posição na apresentação.

8-
Será aberta a caixa de diálogo “Cabeçalho e Roda-

86
E todas as formas/objetos do slide, poderão ser pé”, para que o usuário possa habilitar a sua exibição,

6.
organizados, aplicados estilos rápidos, definir a cor de remover do slide de título, aplicar ao slide atual ou

9
.4
preenchimento, contorno da forma e efeitos da forma aplicar a todos os slides.

33
(sombra, reflexo, brilho, bordas suaves, bisel, rotação

-4
3d).

O
IR
M
A
R
E
R
EI
R
IF
N
LI
O
R

Se estivermos no modo de exibição será aberta


A

a caixa de diálogo para “Inserir número da página”


K
LI

nas Anotações ou Folhetos. Esta opção é válida para a


IE

impressão das miniaturas na página.


C
A

BOTÕES DE AÇÃO
R

Organizar
G

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Veremos a seguir algumas funções referentes à


organização do Microsoft PowerPoint:

z Trazer para a Frente: Trazer o objeto seleciona- Veremos a seguir as funções dos botões de ação
do para frente de todos os outros objetos, a fim de (imagem acima). São elas: Voltar ou Anterior; Avan-
que nenhuma parte dele seja ocultada por outro çar ou Próximo; Início; Final; Página Inicial; Infor-
objeto; mações; Retornar; Filme; Documento; Som; Ajuda;
z Enviar para Trás: Enviar o objeto selecionado Personalizar.
para trás de todos os outros objetos;
z Avançar: Trazer o objeto selecionado para a frente z Voltar ou Anterior: voltará para o slide anterior.
para que menos objetos fiquem à frente dele; Se estamos no slide 5, volta para o slide 4;
z Recuar: Enviar o objeto selecionado para trás para z Avançar ou Próximo: avançará para o slide
que ele fique oculto atrás dos objetos à frente dele; seguinte. Se estamos no slide 5, avança para o slide
6;
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Início: volta para o primeiro slide da apresentação, sempre;
z Final: vai para o último slide da apresentação, sempre;
z Página Inicial: o mesmo que o botão de ação Início, mas com o ícone de Home (página inicial);
z Informações: o mesmo que o ícone Ação, mas com o ícone de Informações;
z Retornar: retorna para o último slide exibido. Em uma apresentação de slides não sequencial, passamos pelos
slides 1, 2, 5, 7, 4 e 3. Estamos no slide 5. Ao clicar em Retornar, voltará para o slide 2, porque este foi o último
a ser mostrado;
z Filme: permite adicionar uma mídia do tipo vídeo. Poderá ser um vídeo do arquivo (armazenado no compu-
tador), vídeo do site ou vídeo de Clipart;
z Documento: permite adicionar uma ação ‘Executar programa’. Será mostrado um ícone de documento;
z Som: permite adicionar uma mídia do tipo som. Poderá ser um áudio do arquivo (armazenado no computa-
dor), áudio de Clipart ou Gravar áudio;
z Ajuda: o mesmo que o ícone Ação, mas com o ícone de Ajuda;
z Personalizar: o mesmo que o ícone Ação, mas sem nenhum ícone.

Dica
Os botões de Ação são elementos visuais inseridos no slide, que ao serem clicados, executam uma ação
programada. Permite a personalização da navegação entre slides, para além da sequência original da
apresentação.

ANIMAÇÃO E TRANSIÇÃO ENTRE SLIDES

As animações são aplicadas aos objetos do slide. Possuem uma guia própria, mas no Painel de Animação é que
encontramos as opções de como eles estão configurados:

69
8-
86
96.
.4
33
-4
O
IR
M
A
R
E
R
EI
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A
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Em Animações, grupo Visualização, ícone “Visualizar”, podemos Visualizar as animações neste slide, ou desa-
tivar a AutoVisualização das animações;
z Em Animações, grupo Animação, encontramos as opções de efeitos de entrada, saída e ênfase, além das traje-
tórias de animação. As opções de Efeito permitem escolher a direção que o efeito usará;
z Em Animações, grupo Animação Avançada, encontramos “Adicionar Animação”, esta função permite que pos-
samos Escolher um efeito de animação para adicionar aos objetos selecionados. A nova animação será aplica-
da após qualquer animação já existente no slide;
z O Painel de Animação permite visualizar e organizar as animações no slide, possibilitando definir animações
personalizadas;
z Em Disparar podemos “Definir” uma condição inicial especial para uma animação. Você pode definir uma
animação para iniciar depois de você clicar em uma forma ou quando a reprodução da mídia alcançar um
indicador;
z No Word temos o Pincel de Formatação (assim como no PowerPoint, guia “Página Inicial”) com o objetivo de
copiar a formatação de um local e aplicar em outro. No PowerPoint temos o Pincel de Animação (Alt+Shift+c),
que pode Copiar a animação de um objeto e aplicá-la a outro objeto.

Todos os itens comentados neste tópico estão no Painel de Animação (que apresenta a Linha do tempo
avançada).

69
8-
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96.
.4
33
-4
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M
A
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E
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IF

z No PowerPoint temos o Pincel de Animação (Alt+Shift+c), que pode Copiar a animação de um objeto e aplicá-la
a outro objeto;
N
LI

z Ícone do mouse no Painel de Animação: a animação será executada ao clicar;


O

z Ícone de relógio no Painel de Animação: a animação será executada após a anterior;


R

z Ausência de ícones no Painel de Animação: a animação será executada com a anterior;


A
K

z Em Animações, grupo “Intervalo”, temos o ícone Iniciar. Nele definimos o Intervalo de Tempo da Animação,
LI

que pode escolher quando uma animação iniciará a execução. As animações podem começar após um clique
IE

do mouse, ao mesmo tempo em que a animação anterior ou após a conclusão da animação anterior;
C

z Em Animações, grupo “Intervalo”, temos o ícone Iniciar. Nele definimos o Intervalo de Tempo da Animação,
A

que pode escolher quando uma animação iniciará a execução. As animações podem começar após um clique
R
G

do mouse, ao mesmo tempo em que a animação anterior ou após a conclusão da animação anterior;
z Em Animações, grupo “Intervalo”, temos o ícone Duração da Animação. Especificar a duração de uma
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

animação;
z Em Animações, grupo “Intervalo”, temos o ícone Atraso da Animação. Executar a animação após um determi-
nado número de segundos;
z E, finalmente, em Reordenar animação, podemos “Mover Antes” – mover a animação atual para executá-la
mais cedo ou “Mover Depois” – mover a animação atual para executá-la mais tarde;
z Em “Opções do efeito”, o usuário pode associar um som para a animação, configurar para que um áudio seja
executado durante toda a apresentação, entre outros.

Se existe uma animação, ela aparecerá no Painel de Animação. O número na frente é para indicar a ordem da
animação. No exemplo acima, temos 7 objetos com animação de entrada, em 4 momentos de animação “ao clicar”.
Observamos que a animação antes e depois da animação 4 possuem um “relógio”, e isso quer dizer que elas
acontecem “após o anterior”. A quinta animação na lista está alinhada com o término da quarta animação. Este é
o padrão. Já a última animação na lista está “distante” do término da penúltima animação. Isto significa que ela
tem “atraso”. 199
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A animação após a terceira não possui ícone. Isto significa que ela acontecerá “com a anterior”, simultanea-
mente à animação 3. O traço vertical nas duas últimas animações serve para mostrar que elas estão associadas
entre si.
Um traço vertical durante o comando “Visualizar” mostra em qual momento está a sequência das animações.

TRANSIÇÕES ENTRE SLIDES

De forma semelhante ao item Animações, as Transições também possuem uma guia específica. As transições
são efeitos de animação aplicados na mudança dos slides, quando avançamos a apresentação.
A principal diferença para a guia Animações é a possibilidade de criar apresentações com passagem automá-
tica de slides, após um determinado tempo. Para fazer isto, basta atribuir um valor em Após, no item “Avançar
Slide”, grupo “Intervalo”, da guia Transições.

A seguir, uma imagem com todas as opções de Transição para este slide, disponível no PowerPoint 2010.

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96.
.4
33
-4
O
IR
M
A
R
E
R
EI
R
IF
N

z Transições do grupo Sutil: Recortar, Esmaecer, Empurrão, Revelar, Dividir, Revelar, Barras Aleatórias, For-
LI
O

ma, Descobrir, Cobrir, Piscar;


R

z Transições do grupo Empolgante: Dissolver, Xadrez, Persianas, Relógio, Ondulação, Colmeia, Brilho, Vortex,
A

Rasgar, Alternar, Inverter, Galeria, Cubo, Portas, Caixa, Zoom;


K

z Transições do grupo Conteúdo Dinâmico: Panorâmica, Roda Gigante, Transportadora, Girar, Janela, órbita,
LI
IE

Voar Através.
C
A
R
G

CORREIO ELETRÔNICO
O e-mail (Electronic Mail, correio eletrônico) é uma forma de comunicação assíncrona, ou seja, mesmo que o
usuário não esteja on-line, a mensagem será armazenada em sua caixa de entrada, permanecendo disponível até
ela ser acessada novamente.
O correio eletrônico (popularmente conhecido como e-mail) tem mais de 40 anos de existência. Foi um dos
primeiros serviços que surgiu para a Internet, e se mantém usual até os dias de hoje.

200
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
PROGRAMA CARACTERÍSTICAS FORMA DE ACESSO CARACTERÍSTICAS
Protocolo SMTP para enviar mensagens e
POP3 para receber. As mensagens são trans-
O Mozilla Thunderbird é um cliente de Cliente de E-mail
feridas do servidor para o cliente e são apa-
e-mail gratuito com código aberto que po- gadas da caixa de mensagens remota
derá ser usado em diferentes plataformas
Protocolo IMAP4 para enviar e para receber
mensagens. As mensagens são copiadas do
Webmail
O eM Client é um cliente de e-mail gratui- servidor para a janela do navegador e são
mantidas na caixa de mensagens remota
to para uso pessoal no ambiente Windo-
ws e Mac. Facilmente configurável. Tem
a versão Pro, para clientes corporativos

O Microsoft Outlook, integrante do paco-


te Microsoft Office, é um cliente de e-mail Servidor de e-mails
que permite a integração de várias con- Servidor de e-mails

tas em uma caixa de entrada combinada

O Microsoft Outlook Express foi o cliente


Receber – POP3 Receber IMAP4
de e-mail padrão das antigas versões do
Windows. Ainda aparece listado nos edi-
tais de concursos, porém não pode ser
utilizado nas versões atuais do sistema
operacional Usuário Usuário

Webmail. Quando o usuário utiliza um


@ navegador de Internet qualquer para
acessar sua caixa de mensagens no ser- Cliente de e-mail Navegador de Internet
vidor de e-mails, ele está acessando pela
modalidade webmail Figura 4. Usando o protocolo POP3, a mensagem é transferida para
o programa de e-mail do usuário e removida do servidor. Usando

69
o protocolo IMAP4, a mensagem é copiada para o navegador de

8-
Dica Internet e mantida no servidor de e-mails.

86
Apesar de existirem diversas opções para com-

6.
Os protocolos de e-mails são usados para a troca

9
posição, envio e recebi mento de mensagens de mensagens entre os envolvidos na comunicação.

.4
eletrônicas, as bancas preferem as questões

33
O usuário pode personalizar a sua configuração, mas
sobre o cliente de e-mail Microsoft Outlook,

-4
em concursos públicos o que vale é a configuração
integrante do pacote Microsoft Office. padrão, apresentada neste material.
O
SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) é o Protoco-
IR
O Microsoft Outlook possui recursos que permitem o lo para Transferência Simples de E-mails. Usado pelo
M

acesso ao correio eletrônico (e-mail), organização das men-


A

cliente de e-mail para enviar para o servidor de men-


sagens em pastas, sinalizadores, acompanhamento e tam-
R

sagens, e entre os servidores de mensagens do reme-


bém recursos relacionados a reuniões e compromissos.
E

tente e do destinatário.
R

Os eventos adicionados ao calendário podem ser


EI

POP3 ou apenas POP (Post Office Protocol 3) é o


enviados na forma de notificação por e-mail para os
R

Protocolo de Correio Eletrônico, usado pelo cliente de


participantes.
IF

e-mail para receber as mensagens do servidor remoto,


O Outlook possui o programa para instalação no
N

computador do usuário e a versão on-line. Essa ver- removendo-as da caixa de entrada remota.
LI

IMAP4 ou IMAP (Internet Message Access Protocol)


O

são pode ser gratuita (Outlook.com, antigo Hotmail)


é o Protocolo de Acesso às Mensagens via Internet é
R

ou corporativa (Outlook Web Access – OWA, integran-


A

te do Microsoft Office 365). usado pelo navegador de Internet (sobre os protoco-


K

los HTTP e HTTPS) na modalidade de acesso webmail,


LI

transferindo cópias das mensagens para a janela do


IE

navegador e mantendo as originais na caixa de men-


C

sagens do servidor remoto.


A

Usuário
R
G

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

@
Servidor Exchange Enviar e Receber Servidor Gmail
SMTP

Figura 3. Para acessar as mensagens armazenadas em um Enviar – SMTP


servidor de e-mails, o usuário pode usar um cliente de e-mail ou o Enviar e Receber
navegador de Internet Receber – POP3 IMAP4

Formas de Acesso ao Correio Eletrônico


Remetente Destinatário
Cliente
Podemos usar um programa instalado em nosso Webmail

dispositivo (cliente de e-mail) ou qualquer navegador Figura 5. O remetente está usando o programa Microsoft Outlook
de Internet para acessarmos as mensagens recebi- (cliente) para enviar um e-mail. Ele usa o seu e-mail corporativo
das. A escolha por uma ou por outra opção vai além (Exchange). O e-mail do destinatário é hospedado no servidor
da preferência do usuário. Cada forma de acesso tem Gmail, e ele utiliza um navegador de Internet (webmail) para ler e
responder os e-mails recebidos.
suas características e protocolos. Confira. 201
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
PREPARO E ENVIO DE MENSAGENS

Ao redigir um novo e-mail, o usuário poderá preen-


cher os campos disponíveis para destinatário(s), título
da mensagem, entre outros.
Para enviar a mensagem, é preciso que exista
um destinatário informado em um dos campos de
destinatários.
Se um destinatário informado não existir no servi-
USO DE CORREIO ELETRÔNICO
dor de e-mails do destino, a mensagem será devolvida.
Se a caixa de entrada do destinatário não puder rece-
Para utilizar o serviço de correio eletrônico, o ber mais mensagens, a mensagem será devolvida. Se
usuário deve ter uma conta cadastrada em um serviço o servidor de e-mails do destinatário estiver ocupado,
de e-mail. O formato do endereço foi definido inicial- a mensagem tentará ser entregue depois.
mente pela RFC822, redefinida pela RFC2822, e atuali- O e-mail pode ser enviado para vários destinatá-
zada na RFC5322. rios, porém o remetente é somente um endereço, o
endereço do usuário que envio a mensagem de cor-
Dica reio eletrônico.
Conheça estes elementos na criação de uma nova
RFC é Request for Comments, um documento
mensagem de e-mail.
de texto colaborativo que descreve os padrões
de cada protocolo, linguagem e serviço para ser
CAMPOS DE UMA MENSAGEM DE E-MAIL
usado nas redes de computadores.
CAMPO CARACTERÍSTICAS
De forma semelhante ao endereço URL para recur- Identifica o usuário que está enviando
sos armazenados em servidores, o correio eletrônico a mensagem eletrônica, o remetente.
também possui o seu formato. FROM (De)
É preenchido automaticamente pelo
Existem bancas organizadoras que consideram o sistema

69
formato reduzido usuário@provedor no enunciado
Identifica o (primeiro) destinatário da

8-
das questões, ao invés do formato detalhado usuá-
mensagem. Poderão ser especifica-

86
rio@provedor.domínio.país. Ambos estão corretos.
dos vários endereços de destinatários

6.
nesse campo e serão separados por

9
CAMPOS DE UM ENDEREÇO DE E-MAIL – USUÁRIO@ TO (Para)

.4
vírgula ou ponto e vírgula (segundo o

33
PROVEDOR.DOMÍNIO.PAÍS
serviço). Todos que receberem a men-

-4
COMPONENTE CARACTERÍSTICAS sagem conhecerão os outros destina-

O
Antes do símbolo de @, identifica um tários informados nesse campo
Usuário
IR
único usuário no serviço de e-mail Identifica os destinatários da men-
M

Significa AT (lê-se “em” ou “no”) e é sagem que receberão uma cópia do


A
R

usado para separar a parte esquerda, CC e-mail. CC é o acrônimo de Carbon


E

@ que identifica o usuário, da parte a sua (com cópia ou Copy (cópia carbono)
R

direita, que identifica o provedor do cópia carbono) Todos que receberem a mensagem
EI

serviço de mensagens eletrônicas conhecerão os outros destinatários


R
IF

Imediatamente após o símbolo de informados nesse campo


N

@, identifica a empresa ou provedor Identifica os destinatários da men-


LI

Nome do que armazena o serviço de e-mail (o BCC sagem que receberão uma cópia do
O

domínio servidor de e-mail executa softwares


R

(CCO – com e-mail. BCC é o acrônimo de Blind


A

como o Microsoft Exchange Server por cópia oculta ou Carbon Copy (cópia carbono oculta).
K

exemplo) cópia carbono Todos que receberem a mensagem


LI

Identifica o tipo de provedor, por oculta) não conhecerão os destinatários in-


IE

exemplo: COM (comercial), .EDU (edu- formados nesse campo


C
A

cacional), REC (entretenimento), GOV SUBJECT Identifica o conteúdo ou título da


Categoria do
R

(governo), ORG (organização não go-


G

domínio (assunto) mensagem. É um campo opcional


vernamental) etc., de acordo com as
definições de Domínios de Primeiro Anexar Arquivo: Identifica o(s) arqui-
Nível (DPN) na Internet vo(s) que está(ão) sendo enviado(s)
junto com a mensagem. Existem res-
Informação que poderá ser omitida, ATTACH
trições quanto ao tamanho do anexo
quando o serviço está registrado nos (anexo)
e tipo (executáveis são bloqueados
Estados Unidos. O país é informado por
País pelos webmails). Não são enviadas
duas letras, como: BR, Brasil; AR; Argen-
tina; JP; Japão; CN; China; CO; Colômbia;
pastas
etc. O conteúdo da mensagem de e-mail
Mensagem poderá ter uma assinatura associa-
da inserida no final
Quando o símbolo @ é usado no início, antes do
nome do usuário, identifica uma conta em rede social.
Para o endereço URL do Instagram: <https://www.ins- As mensagens enviadas, recebidas, apagadas ou
tagram.com/novaconcursos/>, o nome do usuário é @ salvas, estarão em pastas do servidor de correio ele-
202 novaconcursos. trônico, nominadas como ‘caixas de mensagens’.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A pasta Caixa de Entrada contém as mensagens
recebidas, lidas e não lidas.
A pasta Itens Enviados contém as mensagens efe- Anexar Anexar Assinatura Atribuir
tivamente enviadas. Arquivo Item ▾ Política
A pasta Itens Excluídos contém as mensagens Cartão de visita
apagadas.
Calendário...
A pasta Rascunho contém as mensagens salvas e
não enviadas. Item do Outlook
A pasta Caixa de Saída contém as mensagens que
Figura 6. Anexar Item permite a inserção de elementos do correio
o usuário enviou, mas que ainda não foram transfe-
eletrônico.
ridas para o servidor de e-mails. Semelhante ao que
ocorre quando enviamos uma mensagem no app Anexar arquivos significa que o arquivo será
WhatsApp, mas estamos sem conexão com a Internet. enviado junto com a mensagem de e-mail. O correio
A mensagem permanece com um ícone de relógio, eletrônico pode ter o conteúdo da mensagem formata-
enquanto não for enviada. do (padrão HTML) ou texto sem formatação.
No e-mail enviado como texto sem formatação,
Dica não é possível inserir imagens ou elementos gráficos
no corpo da mensagem. Para enviar imagens em uma
Quando estamos conectados em uma conexão mensagem que está como texto sem formatação, ape-
de Internet do tipo banda larga, a velocidade de nas se anexar o arquivo da imagem no e-mail.
acesso é tão rápida que nem vemos a mensa- Quando o e-mail é enviado como texto formatado
gem passar pela Caixa de Saída. Porém, ao cli- (HTML), uma imagem poderá ser enviada como anexo
car em Enviar, a mensagem vai primeiro para a ou inserida dentro do corpo do e-mail.
Caixa de Saída, e depois de enviada, é armaze-
nada na pasta de Itens Enviados. Outras Operações com o Correio Eletrônico

Lixo Eletrônico ou SPAM é um local para onde são O usuário poderá sinalizar a mensagem, tanto as
direcionadas as mensagens sinalizadas como lixo. mensagens recebidas como as mensagens enviadas.

69
Spam é o termo usado para referir-se aos e-mails Ele poderá solicitar confirmação de entrega e confir-

8-
não solicitados, que geralmente são enviados para mação de leitura. A mensagem recebida poderá ser

86
um grande número de pessoas. Quando o conteúdo impressa, visualizar o código fonte ou ignorar mensa-

6.
é exclusivamente comercial, esse tipo de mensagem

9
gens de um remetente.

.4
é chamado de UCE (do inglês Unsolicited Commercial Confira a seguir as operações ‘extras’ para o uso do

33
E-mail – e-mail comercial não solicitado). Estas mensa- correio eletrônico com mais habilidade e profissiona-

-4
gens são marcadas pelo filtro AntiSpam, que procura lismo, facilitando a organização do usuário.

O
identificar mensagens enviadas para muitos destina- IR
tários ou com conteúdo publicitário irrelevante para Ação e Características
M

o usuário.
A

z Marcar como não lida: Uma mensagem lida


R

ANEXAÇÃO DE ARQUIVOS
E

poderá ser marcada como mensagem não lida;


R

z Alta prioridade: Quando marca a mensagem


EI

Os anexos são arquivos enviados com as mensa- como Alta Prioridade, o destinatário verá um pon-
R

gens de correio eletrônico. Vale lembrar que não é


IF

to de exclamação vermelho no destaque do título;


possível enviar uma pasta de arquivos. z Baixa prioridade: Quando o remetente marca a
N
LI

Cada serviço de e-mail possui um limite para o mensagem como Baixa Prioridade, o destinatário
O

tamanho máximo dos anexos. Quando o usuário pre- verá uma seta azul apontando para Baixo no des-
R

cisar transferir arquivos muito grandes, pode utili- taque do título;


A

zar algum serviço de armazenamento de dados na


K

z Imprimir mensagem: O programa de e-mail ou


nuvem, como o Google Drive, o Microsoft OneDrive, ou
LI

navegador de Internet prepara a mensagem para


IE

o WeTransfer (site para envio de arquivos com tama- ser impressa, sem as pastas e opções da visualiza-
C

nho de até 2 GB). ção do e-mail;


A

Para enviar muitos arquivos como anexo, é possí- z Ver código fonte da mensagem: As mensagens
R
G

vel compactar os arquivos em uma pasta compactada. possuem um cabeçalho com informações técnicas
A pasta compactada é um recurso do sistema ope- sobre o e-mail, e o usuário poderá visualizar elas;
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

racional Windows, para criação de um arquivo com z Ignorar: Disponível no cliente de e-mail e em
extensão ZIP, que pode conter arquivos e pastas. Ao alguns webmails, ao ignorar uma mensagem, as
compactar arquivos, o tamanho de cada item costu- próximas mensagens recebidas do mesmo reme-
ma reduzir, e o arquivo ZIP, compatível com o sistema tente serão excluídas imediatamente ao serem
operacional Windows, poderá ser anexado de uma armazenadas na Caixa de Entrada;
vez, sem precisar repetir o procedimento arquivo por z Lixo Eletrônico: Sinalizador que move a mensa-
arquivo. gem para a pasta Lixo Eletrônico e instrui o correio
Além da opção Anexar Arquivo, o cliente de e-mail eletrônico para fazer o mesmo com as próximas
oferece o recurso Anexar Item. Com o Anexar Item, o mensagens recebidas daquele remetente;
usuário poderá adicionar outra mensagem de e-mail z Tentativa de Phishing: Sinalizador que move a
que recebeu, cartões de visita, anexar contatos, com- mensagem para a pasta Itens Excluídos e instrui o
promissos do calendário de reuniões etc. serviço de e-mail sobre o remetente da mensagem
estar enviando links maliciosos que tentam captu-
rar dados dos usuários; 203
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Confirmação de Entrega: O servidor de e-mails
do destinatário envia uma confirmação de entre- INTERNET
ga, informando que a mensagem foi entregue na
Caixa de Entrada dele com sucesso; A Internet é a rede mundial de computadores que
z Confirmação de Leitura: O destinatário pode surgiu nos Estados Unidos com propósitos militares,
confirmar ou não a leitura da mensagem que foi para proteger os sistemas de comunicação em caso de
enviada para ele. ataque nuclear, durante a Guerra Fria.
Na corrida atrás de tecnologias e inovações, Esta-
Dica dos Unidos e União Soviética lançavam projetos que
procuravam proteger as informações secretas de
A Confirmação de Entrega e a Confirmação de ambos os países e seus blocos de influência.
Leitura são opções do correio eletrônico que são ARPANET, criada pela ARPA, sigla para Advanced
muito usadas em ambientes corporativos, para Research Projects Agency, era um modelo de troca e
oficializar a comunicação entre os usuários. compartilhamento de informações que permitisse a
descentralização das mesmas, sem um ‘nó central’,
A confirmação de entrega é independente da con- garantindo a continuidade da rede mesmo que um nó
firmação de leitura. Quando o remetente está elabo- fosse desligado.
rando uma mensagem de e-mail, ele poderá marcar A troca de mensagens começou antes da própria
as duas opções simultaneamente. Se as duas opções Internet. Logo, o e-mail surgiu primeiro, e depois veio
forem marcadas, o remetente poderá receber duas a Internet como conhecemos e usamos.
confirmações para a mensagem que enviou, sendo Ela passou a ser usada também pelo meio educa-
uma do servidor de e-mails do destinatário e outra do cional (universidades) para fomentar a pesquisa aca-
próprio destinatário. dêmica. No início dos anos 90 ela se tornou aberta e
comercial, permitindo o acesso de todos.

Servidor Exchange Servidor Gmail


Enviar e-mail

69
com confirmação O servidor confirma a
Usuário Modem

8-
de entrega entrega do e-mail na caixa
de entreda do destinatário Internet
Provedor de Acesso

86
Recebendo a

6.
confirmação de entrega Figura 1. Para acessar a Internet, o usuário utiliza um modem

9
.4
que se conecta a um provedor de acesso através de uma linha

33
Destinatário telefônica
Webmail

-4
Remetente
Cliente
A navegação na Internet é possível através da com-
O
binação de protocolos, linguagens e serviços, operan-
IR
Figura 7. Quando uma mensagem é enviada com Confirmação de
do nas camadas do modelo OSI (7 camadas) ou TCP (5
M
Entrega, o remetente recebe a confirmação do servidor de e-mails
camadas ou 4 camadas).
A

do destinatário, informando que ela foi armazenada corretamente


R

na Caixa de Entrada do e-mail do destinatário. A Internet conecta diversos países e grandes cen-
E

tros urbanos por meio de estruturas físicas chamadas


R

Enviar e-mail de backbones. São conexões de alta velocidade que


EI

permitem a troca de dados entre as redes conectadas.


R
IF

Servidor Exchange Servidor Gmail O usuário não consegue se conectar diretamente no


N

Enviar e-mail backbone. Ele deve acessar um provedor de acesso ou


LI

O destinatário
com confirmação uma operadora de telefonia através de um modem, e
O

de leitura confirma a leitura


da mensagem a empresa se conecta na “espinha dorsal”.
R

Recebendo a
A

confirmação de leitura Após a conexão na rede mundial, o usuário deve


K

utilizar programas específicos para realizar a navega-


LI

Remetente Destinatário ção e acesso ao conteúdo oferecido pelos servidores.


IE

Cliente
Webmail
C

CONCEITO USO COMENTÁRIOS


A
R

Figura 8. Quando uma mensagem é enviada com Confirmação de Conhecida como nuvem e tam-
G

Leitura, o destinatário poderá confirmar (ou não) que fez a leitura do bém como World Wide Web, ou
conteúdo do e-mail. WWW, a Internet é um ambiente
Conexão entre
Internet inseguro, que utiliza o protoco-
computadores
Ao “Responder”, a resposta será enviada para o lo TCP para conexão em con-
junto a outros para aplicações
remetente do e-mail. específicas
Ao “Encaminhar”, a resposta será enviada para
Ambiente seguro que exige iden-
outros destinatários, com os anexos. tificação, podendo estar restri-
Ao “Responder para todos”, a resposta será envia- to a um local, que poderá acessar
Conexão com
da para o remetente do e-mail e para outros destinatá- Intranet
autenticação
a Internet ou não. A Intranet uti-
liza o mesmo protocolo da Inter-
rios visíveis do e-mail. net, o TCP, podendo usar o UDP
também
Conexão remota segura, prote-
Conexão entre gida com criptografia, entre dois
Extranet dispositivos ou dispositivos, ou duas redes. O
redes acesso remoto é geralmente su-
portado por uma VPN
204
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Os editais costumam explicitar Internet e Intranet, NAVEGADOR DESENVOLVEDOR CARACTERÍSTICAS
mas também questionam Extranet. A conexão remota
Edge
segura que conecta Intranet’s através de um ambiente Navegador padrão do
inseguro que é a Internet, é naturalmente um resulta- Windows 10, que subs-
Microsoft
do das redes de computadores. tituiu o Microsoft Inter-
net Explorer

INTERNET, INTRANET E EXTRANET Internet Navegador padrão do


Explorer Windows 7, um dos
Redes de
computadores mais questionados em
Microsoft
concursos públicos, por
ser integrante do siste-
ma operacional
Internet Intranet Extranet
Firefox
Rede mundial de Rede local de Acesso remoto Software livre e multi-
computadores acesso restrito seguro
plataforma que é leve,
Mozilla
intuitivo e altamente
Utiliza os mesmos expansível
Protocolos TCP/IP protocolos da Protocolos seguros
Internet
Chrome
Padrão de
Família TCP/IP
Criptografia em Um dos mais populares
comunicação VPN navegadores do merca-
Google
do, multiplataforma e
A Internet é transparente para o usuário. Qualquer de fácil utilização
usuário poderá acessá-la sem ter conhecimento técnico
Safari Desenvolvido original-
dos equipamentos que existem para possibilitar a conexão.
mente para aparelhos da
Apple Apple, atualmente está
NAVEGAÇÃO NA INTERNET
disponível para outros
sistemas operacionais

69
Nos concursos públicos e no dia a dia, estes são os
Opera

8-
itens mais utilizados pelas pessoas para acessar o con-
Navegador leve com

86
teúdo disponível na Internet. proteções extras contra

6.
As informações armazenadas em servidores, Opera
rastreamento e minera-

9
sejam páginas web ou softwares como um serviço ção de moedas virtuais

.4
(SaaS – camada mais alta da Computação na Nuvem),

33
são acessadas por programas instalados em nossos

-4
dispositivos. São eles: Microsoft Edge
O
IR
z Navegadores de Internet ou browsers, para con- Navegador multiplataforma da Microsoft, padrão
M

teúdo em servidores web; no Windows 10, atualmente é desenvolvido sobre


A
R

z Softwares de correio eletrônico, para mensa- o kernel (núcleo) Google Chromium, o que traz uma
E

gens em servidores de e-mail; série de itens semelhantes ao Google Chrome.


R

z Redes Sociais, para conteúdos compartilhados Integrado com o filtro Microsoft Defender SmartS-
EI

por empresas e usuários; creen, permite o bloqueio de sites que contenham


R

phishing (códigos maliciosos que procuram enganar o


IF

z Sites de Busca, como o Google Buscas e Microsoft


usuário, como páginas que pedem login/senha do car-
N

Bing, para encontrar informações na rede mundial;


tão de crédito).
LI

z Grupos de Discussão, tanto no contexto de What-


Outro recurso de proteção é usado para combater
O

sApp e Telegram, como no formato clássico do


R

vulnerabilidades do tipo XSS (cross-site-scripting), que


A

Facebook e Yahoo Grupos. favorecem o ataque de códigos maliciosos ao compar-


K

tilhar dados entre sites sem permissão do usuário.


LI

Este tópico é muito prático e nos concursos públi- Ele substituiu o aplicativo Leitor, tornando-se o
IE

cos são questionados os termos usados nos diferentes visualizador padrão de arquivos PDFs no Windows
C

softwares, como “Histórico”, para nomear a lista de 10. Foram adicionados recursos que permitem ‘Dese-
A
R

informações acessadas por um navegador de Internet. nhar’ sobre o conteúdo do PDF.


G

Ao navegar na Internet, comece a observar os deta- Mantém as características dos outros navegado-
res de Internet, como a possibilidade de instalação de
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

lhes do seu navegador e as mensagens que são exi-


bidas. Estes são os itens questionados em concursos extensões ou complementos, também chamados de
públicos. plugins ou add-ons, que permitem adicionar recursos
específicos para a navegação em determinados sites.
As páginas acessadas poderão ser salvas para aces-
Ferramentas e Aplicativos Comerciais de Navegação sar off-line, marcadas como preferidas em Favoritos,
consultadas no Histórico de Navegação ou salvas
As informações armazenadas em servidores web como PDF no dispositivo do usuário.
são arquivos (recursos) identificados por um endere- Coleções no Microsoft Edge, é um recurso exclusivo
ço padronizado e único (endereço URL), exibidas em para permitir que a navegação inicie em um dispositi-
um browser ou navegador de Internet. vo e continue em outro dispositivo logado na mesma
Eles são usados nas redes internas, pois a Intranet utili- conta Microsoft. Semelhante ao Google Contas, mas
za os mesmos protocolos, linguagens e serviços da Internet. nomeado como Coleções no Edge, permite adicionar
Confira a seguir os principais navegadores de sugestões do Pinterest.
Internet disponíveis no mercado.
205
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Outro recurso específico do navegador é a repro- Alguns recursos do navegador são ‘emprestados’
dução de miniaturas de vídeos ao pesquisar no site do site de buscas, como a tradução automática de
Microsoft Bing (buscador da Microsoft). páginas pelo Google Tradutor.
É possível compartilhar o uso do navegador com
Internet Explorer outras pessoas no mesmo dispositivo, de modo que
cada uma tenha suas próprias configurações e arqui-
Foi o navegador padrão dos sistemas Windows,
vos. O navegador Google Chrome possui níveis dife-
e encerrou na versão 11. Alguns concursos ainda o
rentes de acessos, que podem ser definidos quando o
questionam. Suas funcionalidades foram mantidas no
usuário conecta ou não em sua conta Google.
Microsoft Edge, por questões de compatibilidade.
A compatibilidade é um princípio no desenvolvi-
mento de substitutos para os programas, que deter- z Modo Normal: sem estar conectado na conta Goo-
mina que a nova versão ou novo produto, terá os gle, o navegador armazena localmente as informa-
recursos e irá operar como as versões anteriores ou ções da navegação para o perfil atual do sistema
produtos de origem. operacional. Todos os usuários do perfil poderão
O atalho de teclado para abrir uma nova janela de consultar as informações armazenadas;
navegação InPrivate é Ctrl+Shift+P. z Modo Normal conectado na conta Google: o
As Opções de Internet, disponível no menu Fer- navegador armazena localmente as informações
ramentas, também poderá ser acessado pelo Painel da navegação e sincroniza com outros dispositivos
de Controle do Windows, devido à alta integração do conectados na mesma conta Google;
navegador com o sistema operacional. z Modo Visitante: o navegador acessa a Internet,
mas não acessa as informações da conta Google
Mozilla Firefox registrada;
z Modo de Navegação Anônima: o navegador aces-
O Mozilla Firefox é o navegador de Internet que, sa a Internet e apaga os dados acessados quando a
como os demais browsers, possibilita o acesso ao con- janela é fechada.
teúdo armazenado em servidores remotos, tanto na
Internet como na Intranet.
É um navegador com código aberto, software livre, Importante!
que permite download para estudo e modificações.

69
Possui suporte ao uso de applets (complementos de A navegação anônima é um recurso que muitos

8-
terceiros), que são instalados por outros programas usuários utilizam para aumentar a sua privaci-

86
no computador do usuário, como o Java. dade enquanto navega na Internet. Entretanto,

6.
Oferece o recurso Firefox Sync, para sincronização ela não te deixa anônimo. As informações aces-

9
de dados de navegação, semelhante ao Microsoft Con- sadas serão registradas em dispositivos na rede

.4
tas e Google Contas dos outros navegadores. Entretan-

33
e pelos servidores que foram acessados.
to, caso utilize o modo de navegação privativa, estes

-4
dados não serão sincronizados.
Assim como nos outros navegadores, é possível
O
O navegador Google Chrome, quando conectado
IR
definir uma página inicial padrão, uma página inicial em uma conta Google, permite que a exclusão do his-
M

escolhida pelo usuário (ou várias páginas) e continuar tórico de navegação seja realizada em todos os dis-
A

a navegação das guias abertas na última sessão.


R

positivos conectados. Esta funcionalidade não estará


No navegador Firefox, o recurso Captura de Tela disponível, caso não esteja conectado na conta Google.
E
R

permite copiar para a Área de Transferência do com- Como já dito, um dos atalhos de teclado diferente
EI

putador, parte da imagem da janela que está sendo no Google Chrome em comparação aos demais nave-
R

acessada. A seguir, em outro aplicativo o usuário gadores é F6. Para acessar a barra de endereços nos
IF

poderá colar a imagem capturada ou salvar direta- outros navegadores, pressione F4. No Google Chrome
N

mente pelo navegador. o atalho de teclado é F6.


LI

Snippets fazem parte do navegador Firefox. Eles


O

Para verificar a versão atualmente instalada do


oferecem pequenas dicas para que você possa apro-
R

Chrome, acesse no menu a opção “Ajuda” e depois


A

veitar ao máximo o Firefox. Também pode aparecer “Sobre o Google Chrome”. Se houver atualizações pen-
K

novidades sobre produtos Firefox, missão e ativismo dentes, elas serão instaladas. Se as atualizações foram
LI

da Mozilla, notícias sobre integridade da internet e instaladas, o usuário poderá reiniciar o navegador.
IE

muito mais. Caso o navegador seja reiniciado, ele retornará nos


C
A

mesmos sites que estavam abertos antes do reinício,


R

Google Chrome com as mesmas credenciais de login.


G

O Google Chrome permite a personalização com


O navegador mais utilizado pelos usuários da temas, que são conjuntos de imagens e cores combina-
Internet é oferecido pela Google, que mantém serviços das para alterar a visualização da janela do aplicativo.
como Buscas, E-mail (Gmail), vídeos (Youtube), entre
muitos outros. Conceitos e Funções Válidas para Todos os
Uma das pequenas diferenças do navegador em Navegadores
relação aos outros navegadores é a tecla de atalho
para acesso à Barra de Endereços, que nos demais é
z Modo normal de navegação: as informações
F4 e nele é F6. Outra diferença é o acesso ao site de
pesquisas Google, que oferece a pesquisa por voz se serão registradas e mantidas pelo navegador. His-
você acessar pelo Google Chrome. tórico de Navegação, Cookies, Arquivos Temporá-
Outro recurso especialmente útil do Chrome é o rios, Formulários, Favoritos e Downloads;
Gerenciador de Tarefas, acessado pelo atalho de tecla- z Modo de navegação anônima: as informações
do Shift+Esc. Quando guias ou processos do navegador de navegação serão apagadas quando a janela for
não estiverem respondendo, o gerenciador de tarefas fechada. Apenas os Favoritos e Downloads serão
poderá finalizar, sem finalizar todo o programa. mantidos;
206
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Dados de formulários: informações preenchidas z Para reduzir o zoom, o usuário pode pressionar
em campos de formulários nos sites de Internet; Ctrl + - (menos);
z Favoritos: endereços URL salvos pelo usuário z Definir zoom em 100% – Ctrl+0 (zero);
para acesso posterior. Os sites preferidos do usuá- z Para acessar a página inicial do navegador
rio poderão ser exportados do navegador atual e – Alt+Home;
importados em outro navegador de Internet; z Para visualizar os downloads em andamento ou
z Downloads: arquivos transferidos de um servidor concluídos – Ctrl+J;
remoto para o computador local. Os gerenciadores z Localizar um texto no conteúdo textual da página
– Ctrl+F;
de downloads permitem pausar uma transferência
z Atualizar a página – F5;
ou buscar outras fontes caso o arquivo não esteja
z Recarregar a página – Ctrl+F5.
mais disponível;
z Uploads: arquivos enviados do computador local
Nos navegadores de Internet, os links poderão ser
para um servidor remoto; abertos de 4 formas diferentes.
z Histórico de navegação: são os endereços URL
acessados pelo navegador em modo normal de z Clique - abre o link na guia atual;
navegação; z Clique + CTRL - abre o link em uma nova guia;
z Cache ou arquivos temporários: cópia local dos z Clique + SHIFT - abre o link em uma nova janela;
arquivos acessados durante a navegação; z Clique + ALT - faz download do arquivo indicado
z Pop-up: janela exibida durante a navegação para pelo link.
funcionalidades adicionais ou propaganda;
z Atualizar página: acessar as informações armaze- CONCEITOS DE URL
nadas na cópia local (cache);
z Recarregar página: acessar novamente as infor- Na Internet, as informações (dados) são arma-
mações no servidor, ignorando as informações zenadas em arquivos nos servidores de Internet. Os
armazenadas nos arquivos temporários; servidores são computadores, que utilizam pastas ou
z Formato PDF: os arquivos disponíveis na Internet diretórios para o armazenamento de arquivos. Ao
no formato PDF podem ser visualizados direta- acessarmos uma informação na Internet, estamos
mente no navegador de Internet, sem a necessida- acessando um arquivo. Mas como é a identificação

69
deste arquivo? Como acessamos estas informações?
de de programas adicionais.

8-
Por meio de um endereço URL.

86
O endereço URL (Uniform Resource Locator) que
Recursos de Sites, Combinados com os Navegadores

6.
define o endereço de um recurso na rede. Na sua tra-
de Internet

9
dução literal, é Localizador Uniforme de Recursos, e

.4
possui a seguinte sintaxe:

33
z Cookies: arquivos de texto transferidos do ser-

-4
vidor para o navegador, com informações sobre protocolo://máquina/caminho/recurso
O
as preferências do usuário. Eles não são vírus de IR
computador, pois códigos maliciosos não podem z “protocolo” é a especificação do padrão de comu-
M

infectar arquivos de texto sem formatação; nicação que será usado na transferência de dados.
A

z Feeds RSS: quando o site oferece o recurso RSS, Poderá ser http (Hyper Text Transfer Protocol –
R

o navegador receberá atualizações para a página protocolo de transferência de hipertexto), ou https


E
R

assinada pelo usuário. O RSS é muito usado entre (Hyper Text Transfer Protocol Secure – protocolo
EI

sites para troca de conteúdo; seguro de transferência de hipertexto), ou ftp (File


R

z Certificado digital: os navegadores podem utili- Transfer Protocolo – protocolo de transferência de


IF

zar chaves de criptografia com mais de 1024 bits, arquivos), entre outros;
N

z “://” faz parte do endereço URL para identificar


LI

ou seja, aceitam certificados digitais para valida-


que é um endereço na rede e não um endereço
O

ção de conexões e transferências com criptografia


R

e segurança; local como “/” no Linux ou “:\” no Windows;


A

z Corretor ortográfico: permite a correção dos z “máquina” é o nome do servidor que armazena a
K

informação que desejamos acessar;


LI

textos digitados em campos de formulários, a par-


z “caminho” são as pastas e diretórios onde o arqui-
IE

tir de dicionários on-line disponibilizados pelos


vo está armazenado;
C

desenvolvedores dos navegadores.


z “recurso” é o nome do arquivo que desejamos
A
R

acessar.
G

Atalhos de Teclado
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Vamos conferir os endereços URL a seguir e suas


z Para acessar a barra de endereços do navegador, características.
pressione F4 ou Ctrl+E. No Google Chrome é F6;
z Para abrir uma nova janela, pressione Ctrl+N;
ENDEREÇO URL
z Para abrir uma nova janela anônima no Microsoft CARACTERÍSTICAS
FICTÍCIO
Edge ou Google Chrome, pressione Ctrl+Shift+N. No
Internet Explorer e Mozilla Firefox é Ctrl+Shift+P; Usando o protocolo http, acessare-
z Para fechar uma janela, pressione Alt+F4; mos o servidor abc, que é comercial
(.com), no Brasil (.br). Acessaremos
z Para abrir uma nova guia, pressione Ctrl+T;
a divisão multimídia (www) com ar-
z Para fechar uma guia, pressione Ctrl+F4 ou Ctrl+W; http://www.abc.com.
quivos textuais, vídeos, áudios e ima-
z Para reabrir uma guia fechada, pressione Ctrl+ br/
gens. O recurso acessado é o index.
Shift+T; html, entendido automaticamente pelo
z Para aumentar o zoom, o usuário pode pressionar navegador, por não ter nenhuma espe-
Ctrl + = (igual); cificação de recurso no fim
207
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
ENDEREÇO URL
CARACTERÍSTICAS
FICTÍCIO
Usando o protocolo https, acessare- Servidor DNS
mos o servidor abc, que é comercial
https://mail.abc. (.com) e pode estar registrado nos
com/caixa s/inbox/ Estados Unidos. Acessaremos o dire- Internet
tório caixas, subdiretório inbox. Aces- Endereço URL
Usuário
saremos o serviço mail no servidor
Usando o protocolo de transferência Figura 2. Os endereços URL’s são reconhecíveis pelos usuários,
de arquivos ftp, acessaremos o servi- mas os dados são armazenados em servidores web com números
ftp://ftp.abc.g ov.br/ de IP. O servidor DNS traduz um URL em número de IP, permitindo a
dor ftp da instituição governamental
edital.pdf navegação na Internet.
(gov) brasileira (br) chamada abc, que
disponibiliza o recurso edital.pdf
Dica
Outra forma de analisar um endereço URL é na sua
sintaxe expandida. Quando navegamos em sites na Os endereços URLs apontam para recursos na
Internet, nos deparamos com aquelas combinações de rede, que na verdade são arquivos. Os servido-
símbolos que não parecem legíveis. Mas, como tudo res são computadores e todos os dados arma-
na Internet está padronizado, vamos ver as partes de zenados neles são arquivos. As pastas são
um endereço URL ‘completão’. identificadas no endereço URL como o caminho,
Confira: dentro da árvore de diretórios do servidor.

esquema://domínio:porta/caminho/recurso?- LINKS
querystring#fragmento
Transferência de Informação e Arquivos
Onde “esquema” é o protocolo que será usado na
transferência. Cada sistema operacional tem o seu sistema de
arquivos, para endereçamento das informações arma-

69
z “domínio” é o nome da máquina, o nome do site; zenadas nos discos de armazenamento. Diretamente,

8-
z “:” e “porta”, indicam qual, entre as 65536 portas não é possível a comunicação ou leitura destes dados.

86
TCP, serão usadas na transferência; A família de protocolos TCP/IP procura normatizar

6.
z “caminho” indica as pastas no servidor, que é um o envio e recebimento das informações entre disposi-

9
.4
computador com muitos arquivos em pastas; tivos conectados em rede, através dos protocolos de

33
z “recurso” é o nome do arquivo que está sendo transferência. Um protocolo é um padrão de comuni-

-4
acessado; cação, uma linguagem comum aos dois dispositivos
z “?” é para transferir um parâmetro de pesquisa, envolvidos na comunicação, que possibilita a transfe-
O
IR
usado especialmente em sites seguros; rência de dados.
M
z “#” é para especificar qual é a localização da infor- Alguns dos principais protocolos de transferência
A

mação dentro do recurso acessado (marcas). de arquivos são:


R
E

z HTTP – Hyper Text Transfer Protocol: protocolo


R

Exemplo:
EI

de transferência de hipertextos;
R

https://outlook.live.com:5012/owa/hotmail?path=/mail/ z HTTPS – Hyper Text Transfer Protocol Secure:


IF

inbox#open protocolo seguro de transferência de hipertextos;


N

z FTP – File Transfer Protocol: protocolo de trans-


LI

esquema: https://
ferência de arquivos;
O

domínio: outlook.live.com
R

z SMTP – Simple Mail Transfer Protocol: protoco-


A

porta: 5012 lo simples de transferência de e-mail;


K

caminho: /owa/
LI

Conhecer o funcionamento dos protocolos de


IE

recurso: hotmail
Internet auxilia na compreensão das tarefas cotidia-
C
A

querystring: path=/mail/inbox nas que envolvem as redes de computadores. Mensa-


R

fragmento: open gens de erros, problemas de conexão, instabilidades


G

e problemas de segurança da informação se tornam


mais claros para quem conhece os protocolos e seu
Quando o usuário digita um endereço URL no seu
funcionamento.
navegador, um servidor DNS (Domain Name Server –
servidor de nomes de domínios) será contactado para
traduzir o endereço URL em número de IP. A infor- z HTTP – Hyper Text Transfer Protocol: protocolo
mação será localizada e transferida para o navegador de transferência de hipertextos:
que solicitou o recurso.
„ Opera pela porta TCP 80;
„ Transfere arquivos HTML (Hyper Text Mar-
kup Language – linguagem de marcação de
hipertextos);
„ Protocolo mais utilizado para navegação, tanto
na Internet como na Intranet;

208
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
„ As tags (comandos) HTML são interpretadas pelo FTP – File Transfer Protocol _ Protocolo de Transferência de arquivos
Porta TCP 20 (dados) e 21 (controle)
navegador de Internet, que exibe o conteúdo;
„ Arquivos HTML podem ser produzidos em edi- FTP – Comando OPEN (iniciar
transferência)
tores de textos sem formatação (como o Bloco
de Notas) ou em editores de textos completos
FTP – Comando PUT (para upload,
(como o Microsoft Word). adicionar arquivos)

HTTP - Hyper Text Transfer Protocol - protocolo de transferência de FTP – Comando GET (para download,
hipertextos — Porta TCP 80 baixar arquivos)
Servidor
Cliente FTP – dados transferidos para a Web
HTTP - request (requisição) Web solicitação GET

HTTP - response (resposta) FTP – comando CLOSE


Cliente WEB (finalizar transferência)
Servidor WEB

z HTTPS – Hyper Text Transfer Protocol Secure: z SMTP – Simple Mail Transfer Protocol: protocolo
protocolo seguro de transferência de hipertextos: simples de transferência de e-mail:

„ Opera pela porta TCP 443; „ Pode operar pelas portas TCP 25, 587, 465, ou
„ Transfere arquivos HTML, ASP, PHP, JSP, DHT- 2525;
ML etc; „ A porta 25 é a mais antiga, e atualmente é blo-
„ Protocolo mais utilizado para navegação segu- queada pela maioria dos servidores, para evi-
ra, tanto na Internet como na Intranet; tar spam;
„ A porta 587 é a padrão, com suporte para TLS
„ As tags (comandos) HTML não mudam, mas pos-
(camada adicional de segurança);
suem comandos adicionais (scripts) que com-
„ A porta 465 foi atribuída para SMTPS (SMTP
plementam a exibição de conteúdo específico;
sobre SSL), mas foi reatribuída e depreciada;

69
„ Utiliza criptografia, acionando camadas adicio- „ A porta 2525 não é uma porta oficial, mas mui-

8-
nais como SSL e TLS na conexão; to usada por provedores para substituir a porta

86
587, quando ela estiver bloqueada;

6.
„ Transfere a mensagem de e-mail do cliente

9
HTTP - Hyper Text Transfer Protocol Secure - protocolo seguro de transferência de

.4
hipertextos - Porta TCP 443
para o servidor, e de um servidor para outro

33
servidor.

-4
HTTPS - request (requisição)
SMTP – Simple Mail Transfer Protocol – Protocolo de Transferência
Cliente WEB
O
Simples de E-mail – Porta TCP 25, 587, 465, ou 2525
IR
HTTPS - certificado digital
M
Identidade confirmada
SMTP – enviar SMTP – enviar
A

e-mail
R

Servidor WEB e-mail


E

HTTPS - response (resposta) Cliente


R

E-mail Servidor Servidor


EI

E-mail E-mail
R

„ O protocolo HTTPS é o mais questionado em


IF

provas de concursos, tanto em Conceitos de


Dica
N

Internet e Intranet, como em Transferência


LI

de dados e arquivos, como em Segurança da O protocolo https é o mais questionado em pro-


O

Informação.
R

vas de concursos públicos. Implementa segu-


A

rança na conexão, possibilitando a troca de


K

z FTP – File Transfer Protocol: protocolo de trans- dados segura entre o cliente e o servidor.
LI

ferência de arquivos:
IE
C

SITES
A

„ Opera com duas portas TCP, uma para dados


R

(20) e outra para comandos (21);


G

Os sites, como observado, são localizações na rede.


„ Transfere qualquer tipo de informação; Um site pode armazenar um conjunto de domínios
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

„ Pode transferir em modo byte a byte (arquivos ou pastas ou arquivos. A primeira página de um site é
de textos) ou bit a bit (arquivos executáveis); o seu índice (index.html, index.php, home.asp etc) e a
„ Os navegadores de Internet possuem suporte partir dela poderemos acessar as outras informações
para acesso aos servidores FTP; armazenadas.
É possível acessar diretamente uma informação,
„ O usuário pode instalar um cliente FTP dedi- digitando o seu endereço na Barra de Endereços.
cado ao acesso aos servidores FTP, que opera Os recursos de sites acessados pelo usuário serão
de forma mais rápida que nos navegadores de armazenados em uma lista, no computador local,
Internet; chamada Histórico. Podemos excluir todo o histórico
„ Pode utilizar criptografia; através das opções de Internet existentes no menu/
„ O modo anônimo caiu em desuso, e poucos ser- função Ferramentas dos navegadores, ou evitar o seu
vidores FTP ainda aceitam conexão anônima. registro, utilizando o modo anônimo de navegação
(Navegação InPrivate).
209
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Os nomes entre os navegadores mudam um pouco, Favoritos
mas o princípio de funcionamento é semelhante. Outra
diferença é o atalho de teclado associado. Confira: São os links de páginas que o usuário adicionou
em seu bookmarks, dentro de seu navegador web. As
z Internet Explorer: Navegação InPrivate (Ctrl+ informações de favoritos produzem arquivos LNK
Shift+P) (links, atalhos), armazenados na pasta Favoritos, do
computador local, do usuário.
Arquivo Editar Exibir FavoritosFerramentas Ajuda Os itens existentes em Favoritos não estão disponí-
Excluir Histórico de Navegação
Navegação InPrivate
Ctrl+Shift+Del
Ctrl+Shift+P
veis em modo off-line, somente quando conectados à
Internet, sujeito à disponibilidade do recurso no servi-
dor. Páginas dinâmicas (como o Mural de Recados do
z Mozilla Firefox: Nova janela privativa (Ctrl+ Facebook), não serão adicionadas corretamente aos
Shift+P) Favoritos, gerando erro no acesso.
No menu Ferramentas, Opções de Internet, guia
Geral, Excluir Histórico de Navegação, o navegador
sugere manter os dados relacionados aos sites Favori-
tos, como cookies e arquivos temporários da Internet
que estejam associados, agilizando a navegação do
usuário nos sites
Para adicionar a página atual, teclar CTRL+D. Para
verificar os itens existentes, teclar CTRL+B.

Histórico de Navegação

Os recursos de sites acessados pelo usuário serão


z Google Chrome: Nova janela anônima
armazenados em uma lista, no computador local,
(Ctrl+Shift+N)
chamada Histórico. Podemos excluir todo o histórico

69
através das opções de Internet existentes no menu/

8-
função Ferramentas dos navegadores, ou evitar o seu

86
registro, utilizando o modo anônimo de navegação

6.
(incógnito).
Nova guia Ctrl+T

9
Nova janela Ctrl+N

.4
Nova janela anônima Ctrl+Shift+N

33
z Internet Explorer: Navegação InPrivate

-4
z Microsoft Edge: Nova janela InPrivate
O
Arquivo Editar Exibir FavoritosFerramentas Ajuda
(Ctrl+Shift+N)
IR
Excluir Histórico de Navegação Ctrl+Shift+Del
M
Navegação InPrivate Ctrl+Shift+P
A
R

z Mozilla Firefox: Janela privativa (via menu)


E
R
EI

Arquivo Editar Exibir Histórico Favoritos Ferramentas Ajuda


R
IF

Nova aba Ctrl+T


Nova janela Ctrl+N
N
LI

Nova janela privativa Ctrl+Shift+P


O
R
A

z Google Chrome: Janela anônima


K

Cada informação acessada será copiada para o


LI

computador local, e então exibida rapidamente em


IE

caso de navegação entre páginas (Voltar ou Próximo),


C
A

por meio das ferramentas de navegação de páginas do Nova guia Ctrl+T


R

navegador (ou teclas Alt+seta à esquerda para Voltar e


G

Nova janela Ctrl+N


Alt+seta à direita para Próximo).
Ao pressionar F5, o navegador recarrega a página Nova janela anônima Ctrl+Shift+N

armazenada localmente e exibe novamente na janela


do navegador. Os itens diferentes serão confirmados
Cada informação acessada será copiada para o
na sequência.
computador local, e então exibida rapidamente em
Ao pressionar Ctrl+F5, toda a página é recarregada
caso de navegação entre páginas (Voltar ou Próximo),
na origem, ignorando a cópia local.
Todos os dados acessados em modo “normal” de através das ferramentas de navegação de páginas do
navegação serão copiados para o computador. Acessan- navegador (ou teclas Alt+seta à esquerda para Voltar,
do a pasta de arquivos temporários, é possível recuperar e Alt+seta à direita para Próximo).
algum arquivo que foi acessado recentemente e não está Todos os dados acessados em modo “normal” de
disponível no site de origem (como vídeos, por exemplo). navegação serão copiados para o computador. Aces-
Os arquivos temporários aceitam o sinal de inter- sando a pasta de arquivos temporários, é possível
rogação no nome, porque na simbologia dos servi- recuperar algum arquivo que foi acessado recente-
dores, o sinal de interrogação indica que é um item mente e não está disponível no site de origem (como
210 temporário, que em breve será excluído. vídeos, por exemplo).
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BUSCA
COMANDO USO EXEMPLO
Na Internet, os sites (sítios) de busca e pesquisa têm Resultados de ape- livro site:www.uol.
site
como finalidade apresentar os resultados de endere- nas um site com.br
ços URLs com as informações solicitadas pelo usuário. Somente um tipo de apostila
Google Buscas, da empresa Google, e Microsoft filetype
arquivo filetype:pdf
Bing, da Microsoft, são os dois principais sites de pes-
quisa da atualidade. No passado, sites como Cadê, Definição de um
define define:smtp
Aonde, Altavista e Yahoo também contribuíram para a termo
acessibilidade das informações existentes na Internet,
intitle No título da página intitle:concursos
indexando em diretórios os conteúdos disponíveis.
Os sites de pesquisas foram incorporados aos No endereço URL da
inurl inurl:nova
navegadores de Internet, e na configuração dos bro- página
wsers temos a opção “Mecanismo de pesquisa”, que
Pesquisa o horário
permite a busca dos termos digitados diretamente na
barra de endereços do cliente web. Esta funcionalida- time em determinado time:japan
de transforma a nossa barra de endereços em uma local
omnibox (caixa de pesquisa inteligente), que preenche related Sites relacionados related:uol.com.br
com os termos pesquisados anteriormente e oferece
sugestões de termos para completar a pesquisa. Versão anterior do
cache cache:uol.com.br
O Microsoft Edge tem o Microsoft Bing como busca- site
dor padrão. O Mozilla Firefox e o Google Chrome têm
Páginas que con-
o Google Buscas como buscador padrão. As configura- link:
ções podem ser personalizadas pelo usuário. link tenham link para
novaconcursos
Os sites de pesquisas incorporam recursos para ope- outras
rações cotidianas, como pesquisa por textos, imagens, Informações de um location:méxico
notícias, mapas, produtos para comprar em lojas on-line, location
determinado local terremoto
efetua cálculos matemáticos, traduz textos de um idio-
ma para outro, entre inúmeras funcionalidades. Além
Os comandos são seguidos de dois pontos e não pos-
do mais, eles também ignoram pontuação, acentuação e

69
não diferenciam letras maiúsculas de letras minúsculas, suem espaço com a informação digitada na pesquisa.
O site de pesquisas Google também oferece respos-

8-
mesmo que sejam digitadas entre aspas.

86
E além de todas estas características, os sites de tas para pedidos de buscas. O site Microsoft Bing ofe-

6.
pesquisa permitem o uso de caracteres especiais (sím- rece mecanismos similares.

9
bolos) para refinar os resultados e comandos para As possibilidades são quase infinitas, pois os assis-

.4
selecionar o tipo de resultado da pesquisa. Nos con- tentes digitais (Alexa, Google Assistent, Siri, Cortana)

33
cursos públicos, estes são os itens mais questionados. permitem a pesquisa por voz. Veja alguns exemplos

-4
Ao contrário de muitos outros tópicos dos editais de pedidos de buscas nos sites de pesquisas.
O
de concursos públicos, esta parte você consegue prati- IR
car, até no seu smartphone. Comece a usar os símbolos
M

e comandos nas suas pesquisas na Internet, e visuali- PEDIDO USO EXEMPLO


A

ze os resultados obtidos. traduzir maçã


R

traduzir ... para.. Google Tradutor


para japonês
E
R

SÍMBOLO USO EXEMPLO lista telefôni- Páginas com o Lista telefôni-


EI

ca:número telefone ca:99999-9999


R

Pesquisa exata, na
IF

Aspas mesma ordem que Cotação da bol-


“Nova Concursos” código da ação GOOG
N

duplas forem digitados os sa de valores


LI

termos
O

Previsão do
clima localidade clima são paulo
R

Menos ou Excluir termo da concursos tempo


A

traço pesquisa –militares


K

Status de um
concursos código do voo ba247
LI

Til (acento) Pesquisar sinônimos voo (viagens)


IE

~públicos
C

Substituir termos na Os resultados apresentados pelas pesquisas do


A

pesquisa, para pes-


R

site são filtrados pelo SafeSearch. O recurso procura


G

quisar “inscrições en-


filtrar os resultados com conteúdo adulto, evitando
Asterisco cerradas”, e “inscri- inscrições *
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

a sua exibição. Quando desativado, os resultados de


ções abertas”, e “ins-
conteúdo adulto serão exibidos normalmente.
crições suspensas”
etc. No Microsoft Bing, na página do buscador www.
bing.com, acesse o menu no canto superior direito e
Cifrão Pesquisar por preço celulares $1000 escolha o item Pesquisa Segura.
Intervalo de datas ou campeão No Google, na página do site do buscador www.goo-
Dois pontos
preço 1980..1990 gle.com, acesse o menu Configurações no canto inferior
Pesquisar em redes Instagram: @ direito e escolha o item Configurações de Pesquisa.
Arroba As bancas costumam questionar funcionalidades
sociais novaconcursos
do Microsoft Bing que são idênticas às funcionalida-
Pesquisar nas marca-
Hashtags #informática des do Google Buscas. Ao inserir o nome do navegador
ções de postagens
da Microsoft na questão, a banca procura desestabi-
lizar o candidato com a dúvida acerca do recurso
questionado.
211
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
IMPRESSÃO DE PÁGINAS

O navegador de Internet poderá imprimir a página que está sendo acessada, se for possível (existem páginas
com restrições impostas por scripts Java).
No Internet Explorer, é possível escolher as opções de configuração de página, disponíveis no menu Arquivo,
Configurar página (imagem a seguir).

Configurar Página, do Internet Explorer

69
A configuração da página do Internet Explorer para impressão está dividida nas configurações para Opções

8-
do papel, Margens, Cabeçalhos e Rodapé. Possuem três partes (semelhante ao Microsoft Excel), sendo esquerda,

86
centro e direita. Em cada local é possível incluir uma informação (e personalizar a fonte utilizada).

6.
O Mozilla Firefox não possui uma tela própria para impressão, e utiliza a mesma janela do sistema operacional

9
.4
instalado no computador.

33
-4
O
IR
M
A
R
E
R
EI
R
IF
N
LI
O
R
A
K
LI
IE

Imprimir, do Mozilla Firefox


C
A
R
G

212
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Janela de Impressão do Google Chrome

Caso seja selecionado o item “Gráficos de segundo plano”, as imagens e propagandas serão impressas também.
Caso seja selecionado “Apenas seleção”, somente a região selecionada será impressa.
Opcionalmente é possível salvar a página como PDF, muito útil para gravar as informações que seriam impres-
sas em um arquivo PDF no computador. O arquivo PDF, formato do Adobe Acrobat, reproduz exatamente o que
seria impresso no papel.

Importante!
Entre os tópicos do edital, este é um dos recursos menos questionados. De acordo com a impressora que o
usuário possui, alguns recursos adicionais poderão aparecer na caixa de diálogo de impressão, acionada pelo
atalho de teclado Ctrl+P.

HORA DE PRATICAR!
1. (VUNESP — 2022) Têm-se os seguintes elementos dentro de uma pasta do Microsoft Windows 10, em sua configura-
ção original:

69
8-
86
96.
.4
33
-4
O
IR
M
A
R
E

Assinale a alternativa correta, quando o usuário clica no item destacado a seguir, do grupo Mostrar/ocultar, guia Exibir,
R
EI

para ativá-lo.
R
IF
N
LI
O
R
A
K
LI
IE
C
A
R
G

a) Apenas os arquivos Documento, Imagem e Arquivo terão suas extensões apresentadas, respectivamente .rtf, .png e .txt.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

b) Apenas os elementos Pasta 2, Documento, Imagem e Arquivo terão suas extensões apresentadas, respectivamente
.zip, .rtf, .png e .txt.
c) Apenas os elementos Pasta 2, bate-papo, Documento, Imagem e Arquivo terão suas extensões apresentadas, respec-
tivamente .zip, .btp, .rtf, .png e .txt.
d) Apenas os elementos Pasta 2 e Pasta 1 terão suas extensões apresentadas, ambas .zip.
e) Apenas os elementos Pasta 2, bate-papo, Documento, Imagem, Arquivo e Pasta 1 terão suas extensões apresentadas,
respectivamente .zip, .btp, .rtf, .png, .txt e.zip.

2. (VUNESP — 2022) Tem-se a seguir o conteúdo de uma pasta chamada C:\DOCAS do Microsoft Windows 10, em sua
configuração original.

213
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Um usuário criou uma subpasta chamada Organização, dentro da pasta C:\DOCAS. Considerando que esse usuário
tem todas as permissões no computador, assinale a alternativa com o(s) elemento(s) da pasta C:\DOCAS que pode(m)
ser movido(s) para dentro da subpasta Organização.

a) Pesquisa, apenas.
b) Pesquisa e Planejamento, apenas.
c) Norma.rtf, Parecer.jpg e Processos.txt, apenas.
d) Norma.rtf, Parecer.jpg, Pesquisa e Processos.txt, apenas.
e) Norma.rtf, Parecer.jpg, Pesquisa, Planejamento e Processos.txt

3. (VUNESP — 2021) Em uma pasta do Microsoft Windows 10, em sua configuração geral original, mas com uma confi-
guração específica para que os arquivos ocultos sejam exibidos, existem 4 arquivos e 1 pasta, tal qual apresentado na
imagem a seguir.

69
8-
86
96.
.4
33
-4
O
O arquivo Arq1.txt está configurado como oculto. O arquivo Arquivo A.txt está configurado como apenas leitura. Os
IR
demais arquivos e a pasta Pasta 1 não possuem nenhuma configuração específica. Assinale a alternativa que indica
M

qual(is) item(ns) será(ão) apagado(s) quando o usuário selecionar todos, pressionando as teclas CTRL+A e pressio-
A

nando, em seguida, a tecla Delete.


R
E
R

a) Pasta 1, apenas.
EI

b) Arq1.txt, Arq2.txt, Arquivo A.txt e Arquivo B.txt, apenas.


R

c) Pasta 1, Arq2.txt, e Arquivo B.txt, apenas.


IF

d) Arq2.txt, e Arquivo B.txt, apenas.


N
LI

e) Pasta 1, Arq1.txt, Arq2.txt, Arquivo A.txt e Arquivo B.txt.


O
R

4. (VUNESP — 2021) Um usuário do MS-Word 2010, em português e em sua configuração padrão, digitou uma frase e, na
A
K

sequência, selecionou uma de suas palavras, conforme figura a seguir:


LI
IE

Água mineral sem gás.


C
A

Caso, em seguida, clicar sobre o botão


R
G

presente no grupo Fonte da guia Página Inicial, ocorrerá o seguinte:

a) a palavra “mineral” passará a ter todas as suas letras grafadas em maiúsculas.


b) a palavra “mineral” ficará com todas as suas letras no formato de fonte do tipo sobrescrito.
c) o tamanho da fonte de todas as letras da palavra “mineral” será diminuído.
d) somente o tamanho da fonte da letra ‘m’ da palavra “mineral” será diminuído.
e) somente a letra ‘m’ da palavra “mineral” ficará grafada em maiúscula.

5. (VUNESP — 2021) Observe a lista de ações executadas, nessa ordem, a partir de um documento vazio do MS-Word
214 2010, em sua configuração padrão.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
1 – Digitar a palavra “Um” seguida de um espaço em branco.
2 – Clicar no ícone Negrito.
3 – Digitar a palavra “Dois” seguida de um espaço em branco.
4 – Clicar em Sublinhado.
5 – Digitar a palavra “Quatro” seguida de um espaço em branco.
6 – Clicar em Sobrescrito.
7 – Digitar a palavra “Oito” seguida de um espaço em branco.
8 – Clicar em Subscrito.
9 – Digitar a palavra “Dezesseis” seguida de um espaço em branco.

Após essas ações, o número de palavras em negrito é

a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.

6. (VUNESP — 2021) No Microsoft Word 2010 em sua configuração padrão, é possível aumentar o nível de uma lista
numerada pressionando a tecla

a) Enter.
b) Shift.
c) Tab.
d) Ctrl.
e) Alt.

7. (VUNESP — 2021) Elaborou-se uma planilha no MS-Excel 2010 com os seguintes valores:

69
8-
86
96.
.4
33
-4
O
IR
M

Posteriormente, as seguintes fórmulas foram inseridas:


A
R
E

– em A4: =A2*20%
R

– em B4: =MÁXIMO(A1:C2;7)
EI
R

– em C4: =SE(MÉDIA(A1:C3)>10;”A”;”B”)
IF
N

Os valores que serão exibidos nas células A4, B4 e C4 serão, respectivamente:


LI
O

a) 0,8 ; 7 ; A
R
A

b) 0,8 ; 7 ; B
K

c) 4,8 ; 7 ; B
LI

d) 4,8 ; 9 ; A
IE

e) 4,8 ; 9 ; B
C
A
R

8. (VUNESP — 2021) Analise a planilha elaborada no Microsoft Excel 2010, em sua configuração padrão.
G

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A linha pontilhada no gráfico representa 215


O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) a série de números do intervalo A1:A9.
b) a linha de tendência da série de dados apresentada no gráfico.
c) o número da linha de cada registro da série no gráfico.
d) a média dos valores apresentados no gráfico.
e) o desvio padrão dos valores apresentados no gráfico.

9. (VUNESP — 2021) As células de uma planilha que está sendo elaborada com programa MS-Excel 2010, em sua confi-
guração padrão, foram preenchidas conforme mostrado na figura a seguir.

Se a fórmula =A1*B$1 foi digitada na célula C1 e, em seguida, essa célula C1 for selecionada e depois copiada para as
células C2 e C3, o valor numérico obtido em C3 será

a) 24.
b) 26.
c) 33.
d) 34.
e) 68.

69
10. (VUNESP — 2021) Considere as marcações sobre uma forma inserida em uma apresentação do Microsoft Power

8-
Point 2010 em sua configuração padrão:

86
96.
.4
33
-4
O
IR
M
A
R
E
R
EI
R

As marcações indicadas como 1, 2 e 3 permitem ajustar, respectivamente:


IF
N
LI

a) rotação, profundidade 3D e largura da figura.


O

b) altura da figura, comprimento da seta e largura da figura.


R

c) rotação, altura e largura da figura.


A
K

d) rotação da figura, comprimento da seta e largura da figura.


LI

e) comprimento da seta, altura da figura e largura da figura.


IE
C

11. (VUNESP — 2021) Tem-se a seguinte apresentação, criada no Microsoft PowerPoint 2010, em sua configuração
A

original.
R
G

216
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Ao pressionar a tecla F5 para iniciar o Modo de Apresentação, assinale a alternativa que indica qual(is) AutoForma(s)
será(ão) exibida(s).

a) Quadrado e triângulo, apenas, do slide 1.


b) Círculo, quadrado e triângulo, do slide 1.
c) Hexágono apenas, do slide 2.
d) Círculo, apenas, do slide 1.
e) Círculo, quadrado e triângulo, do slide 1 e hexágono, do slide 2.

12. (VUNESP — 2021) Considere a URL fictícia a seguir:

https://google-facebook.itau.com/instagram.php?dominio=vunesp.com.br

Essa URL fictícia, caso fosse válida, pertenceria ao domínio:

a) google.com
b) facebook.com
c) instagram.com
d) itau.com
e) vunesp.com.br

13. (VUNESP — 2021) Navegando na Internet usando o Internet Explorer 11, em sua configuração original, um usuário tem
4 abas abertas, conforme imagem a seguir, com a aba da Vunesp ativa.

69
8-
86
96.
.4
33
-4
O
Atribuindo um número de 1 a 4, respectivamente para cada aba da imagem, assinale a alternativa que apresenta cor-
IR
retamente qual(is) aba(s) será(ão) fechada(s) ao se pressionar CTRL+F4.
M
A
R

a) 1, 2, 3 e 4.
E

b) 2, 3 e 4, apenas.
R

c) 4, apenas.
EI

d) 1, 2 e 3, apenas.
R
IF

e) 1, apenas.
N
LI

14. (VUNESP — 2022) Um usuário abriu o Google Chrome versão 101, em sua configuração padrão. O atalho por teclado
O

para abrir uma janela de navegação anônima é:


R
A
K

a) Ctrl + A
LI

b) Ctrl + N
IE

c) Ctrl + Shift + N
C

d) Ctrl + T
A
R

e) Ctrl + Shift +T
G

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

15. (VUNESP — 2021) Por meio do Google Chrome 78, em sua configuração padrão, um advogado deseja imprimir uma
página sendo exibida, para fazer um registro.

Assinale a alternativa que apresenta o atalho por teclado usado para imprimir a página.

a) Ctrl + P
b) Ctrl + U
c) Ctrl + I
d) Alt + J
e) Alt + M

16. (VUNESP — 2021) Um usuário estava com várias guias abertas em uma janela do navegador Microsoft Edge, em sua
configuração padrão. Assinale a alternativa que apresenta o atalho por teclado que permite fechar a guia atual.

217
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) Ctrl + Enter 9 GABARITO
b) Ctrl + F
c) Ctrl + H
d) Ctrl + W 1 B
e) Ctrl + J
2 E
17. (VUNESP — 2022) Imagine que o usuário diretor.finan- 3 E
ças@empresa.com enviou um e-mail através da sua
conta no Gmail. O campo CC está preenchido com 4 C
gerente.depto01@empresa.com e gerente.depto02@
5 D
empresa.com, e o campo CCO está preenchido com
fornecedor@defora.com. A partir daí, pode-se concluir 6 C
que
7 B
a) o gerente.depto02@empresa.com não consegue
8 B
visualizar todos os destinatários do e-mail.
b) todas as pessoas que receberam o e-mail necessaria- 9 D
mente têm conta no Gmail.
c) o e-mail foi enviado com cópia oculta para gerente. 10 D
depto01@empresa.com.
11 C
d) o fornecedor@defora.com não consegue visualizar
quem mais recebeu o e-mail. 12 D
e) todos os destinatários conseguem visualizar quem
recebeu o e-mail. 13 E

14 C
18. (VUNESP — 2021) Um especialista em saúde elaborou
um relatório por meio do MS-Word 2016, em sua con- 15 A
figuração padrão, sobre um estudo recente acerca de

69
imunidade de rebanho. Para incluir o arquivo docx do 16 D

8-
relatório em uma mensagem de e-mail que está sendo

86
17 A
preparada, esse especialista precisará utilizar o recur-

6.
so seguinte:

9
18 A

.4
33
a) Anexo. 19 E

-4
b) Cc.
20 E
O
c) Cco. IR
d) Agenda.
M

e) Inclusão.
A
R

19. (VUNESP — 2022) Um usuário do software de correio ANOTAÇÕES


E
R

eletrônico Gmail clicou no seguinte botão presente em


EI

sua barra de ferramentas:


R
IF
N
LI
O
R
A

O efeito dessa ação é


K
LI

a) denunciar spam.
IE

b) arquivar mensagem.
C
A

c) selecionar mensagem.
R

d) mover para uma pasta.


G

e) marcar uma mensagem como não lida.

20. (VUNESP — 2022) Para se pesquisar por um termo


exato usando o site de pesquisas Google, é preciso
colocar esse termo entre

a) chaves.
b) colchetes.
c) asteriscos.
d) traços.
e) aspas.

218
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Importante: direitos e garantias não podem ser
confundidos. Direitos são bens e vantagens prescritos
na norma constitucional, como, por exemplo, o direito
de ir e vir (liberdade de locomoção). Garantias são os
instrumentos através dos quais se assegura o exercí-
NOÇÕES DE cio do referido direito, tanto preventivamente, como,
por exemplo, o habeas corpus, quanto repressivamen-
ADMINISTRAÇÃO te, quando, por exemplo, busca assegurar a sua repa-
ração no caso de violação.

PÚBLICA Antes de adentrar no estudo dos direitos e garan-


tias fundamentais propriamente ditos, é importante
conhecermos suas características. A primeira delas é
a universalidade, ou seja, os direitos e garantias fun-
damentais aplicam-se a todos os indivíduos.
A historicidade é outra característica a ser men-
CONSTITUIÇÃO FEDERAL cionada, uma vez que os direitos e garantias são frutos
de um desenvolvimento histórico, ou seja, são traça-
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS dos e estruturados de acordo com o desenvolvimento
da própria sociedade. Considerar o contexto histórico
Antes de adentrarmos especificamente no tema, é extremamente importante para se entender o por-
é válido fazermos uma breve introdução quanto às quê da proteção dada pelos direitos fundamentais.
gerações dos direitos fundamentais. Como exemplo, pode-se citar as políticas afirmativas,
Os direitos fundamentais são segregados em gera- como a política de quotas em concursos públicos.
ções devido ao fato de não terem surgido todos ao Além dessas, os direitos e garantias fundamen-
mesmo tempo; portanto, são classificados conforme a tais têm, como característica, a inalienabilidade. Por
terem a liberdade, a justiça e a paz como fundamento,
doutrina majoritária em:
não podem ser transferidos ou negociados. Assim, são
conferidos a todos os indivíduos, que deles não podem
z Direitos de Primeira Geração: os quais se tradu- se desfazer, porque são indisponíveis, tendo em vista

69
zem na liberdade quanto à atuação do Estado nas a proteção da pessoa humana.

8-
ações de indivíduo. Aqui estão compreendidos os A imprescritibilidade também é uma de suas

86
direitos civis e políticos; características, visto que não deixam de ser exigíveis

6.
z Direitos de Segunda Geração: aqui compreen- em razão da falta de uso, ou seja, não prescrevem. Por

9
didos os direitos decorrente das obrigações do exemplo, o fato de determinada pessoa passar grande

.4
parte de sua vida sem ter uma religião específica não

33
Estado em prol dos indivíduos (direito à saúde,
educação e o direito ao trabalho), tendo como pri- a impede de optar por uma ou outra ou, até mesmo,

-4
mazia o valor “igualdade”; por nenhuma, pois seu direito à liberdade de crença
z Direitos de Terceira Geração: são os direitos rela- O
e exercício de culto não se perde em razão do tempo.
IR
cionado ao valor “fraternidade”. São direitos que Verifica-se, ainda, a irrenunciabilidade como uma
M

característica importante, na medida que nenhum ser


A

vão além do individual; busca-se o bem coletivo


humano pode abrir mão de possuir direitos fundamen-
R

(ex.: direito a um meio ambiente ecologicamen-


tais. O indivíduo pode não usufruir deles adequadamen-
E

te equilibrado, direito do consumidor e direito ao


R

te, mas não pode renunciar à possibilidade de exercê-los.


EI

desenvolvimento). Outra característica dos direitos fundamentais é


R

a indivisibilidade. Não existe hierarquia entre tais


IF

Dica direitos, pois todos possuem o mesmo valor. Conse-


N

quentemente, eles são indivisíveis na medida em que,


LI

Leve em conta os valores compreendidos em para a garantia de um, pressupõe-se a observância


O

cada geração (lema da Revolução Francesa),


R

dos demais. Sendo assim, quando um deles é violado,


A

pois isso também já foi cobrado em muitas os outros também o são.


K

questões de prova. Por fim, outra característica importante é a limi-


LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


� 1ª geração — liberdade tabilidade, isto é, os direitos fundamentais não são
IE

� 2ª geração — igualdade absolutos, de modo que podem ser limitados sempre


C

que houver uma hipótese de colisão de direitos fun-


A

� 3ª geração — fraternidade/solidariedade
R

damentais. É da limitabilidade que advém a regra de


G

que nenhum direito é absoluto. Por exemplo, mes-


Os direitos e garantias fundamentais estão discipli- mo possuindo o direito de locomoção, não é possível
nados no Título II, da CF, de 1988. Em síntese, a norma ingressar em uma propriedade alheia fora das hipó-
constitucional divide tais elementos em cinco grupos, teses previstas na CF, de 1988 (quais sejam: convite,
a saber: desastre, flagrante delito, prestar socorro ou ordem
judicial durante o dia), podendo, inclusive, caracteri-
z Direitos individuais e coletivos; zar o crime de invasão de domicílio.
z Direitos sociais;
z Direitos de nacionalidade; Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
z Direitos políticos;
z Partidos políticos. Os direitos individuais e coletivos estão disciplina-
dos no art. 5º, da CF, de 1988. Muito cobrado em provas
Neste sentido, conclui-se que os direitos funda- de concursos públicos, esse dispositivo é o mais exten-
mentais constituem o gênero, do qual os direitos so dessa norma, sendo composto pelo caput (capítulo),
individuais, coletivos, sociais, nacionais e políticos por 78 (setenta e oito) incisos e 4 (quatro) parágrafos.
são espécies. Vejamos cada uma de suas partes: 219
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distin- Atenção! Existem dois tipos de igualdade: a for-
ção de qualquer natureza, garantindo-se aos bra- mal e a material. A igualdade formal consiste em tra-
sileiros e aos estrangeiros residentes no País tar a todos de maneira igual, independentemente de
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, qualquer condição. Já a igualdade material busca a
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos igualdade de fato, para que todos tenham os mesmos
termos seguintes: direitos e obrigações. Trata-se, portanto, da igualdade
efetiva, real, concreta ou situada. Assim, a igualdade
O caput do art. 5º traz os cinco pilares dos direitos nada mais é que tratar igualmente os iguais, com os
individuais e coletivos, quais sejam: vida, liberdade, mesmos direitos e obrigações, e desigualmente os
igualdade, segurança e propriedade. Deles decor- desiguais, na medida de sua desigualdade.
rem todos os demais direitos estruturados nos seus
incisos, como, por exemplo, do direito à vida, decor- Art. 5º [...]
rem o direito à integridade física e moral, a proibição II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
da pena de morte e a proibição de venda de órgãos. fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Quando a Constituição fala “brasileiros e estrangei-
ros residentes no país”, não significa que o estrangei- O inciso II decorre do direito à segurança. Trata-se,
ro não residente não possua direitos, pois os direitos portanto, da segurança em matéria pessoal estampa-
fundamentais são destinados a qualquer pessoa que da pelo princípio da legalidade. Em síntese, todas as
se encontre em território nacional. pessoas estão submetidas ao império da lei, de modo
A CF, de 1988, adota o critério quantitativo para que somente a lei pode obrigar alguém a fazer ou
definir os titulares dos direitos fundamentais, ou seja, deixar de fazer algo. Assim sendo, somente a lei pode
a população brasileira — todos aqueles que residem limitar a vontade do indivíduo e obrigá-lo a fazer ou
em território brasileiro. não fazer algo, como, por exemplo, o uso obrigatório
Além disso, o caput traz o princípio da isonomia de máscaras faciais de proteção.
ou da igualdade (“todos são iguais perante a lei, sem Ressalta-se que o princípio da legalidade possui
distinção de qualquer natureza”). Tal princípio tem, duas facetas, sendo uma delas destinada aos parti-
como fundamento, o fato de que todos nascem e vivem culares e a outra destinada à Administração. A lega-
com os mesmos direitos e obrigações perante o Estado lidade aplicada ao particular difere-se da legalidade

69
brasileiro. São destinatários do princípio da igualdade aplicada à Administração, tendo em vista que ao par-

8-
tanto o legislador como os aplicadores da lei. ticular tudo pode se não proibido por lei. Já em rela-

86
ção à Administração, seus atos são engessados, sendo

6.
z Igualdade na lei: direcionado ao legislador, de assim, somente pode praticar atos dispostos em lei.

9
.4
modo a vedar a elaboração de dispositivos que Art. 5º [...]

33
estabeleçam desigualdades ou privilégio entre as III - ninguém será submetido a tortura nem a tra-

-4
pessoas; tamento desumano ou degradante;
z Igualdade perante a lei: direcionado aos aplica-
O
IR
dores da lei, uma vez que não é possível utilizar O inciso III decorre do direito à vida, por decorrer
M
critérios discriminatórios na aplicação da norma, da violação à integridade humana, tanto física como
A

salvo nos casos em que a própria norma consti- psicológica. Torturar1 é causar ao indivíduo sofrimento
R

tucional estabelece a aplicação desigual. Como físico ou mental como forma de intimidação ou castigo.
E

exemplo, podem-se citar o caso da exclusão de


R

É, também, utilizar-se de métodos como forma de anu-


EI

mulheres e eclesiásticos do serviço militar obriga- lar a personalidade ou diminuir a capacidade física ou
R

tório em tempo de paz, ou os casos de existência metal, mesmo que sem dor. Assim, a CF, de 1988, veda
IF

de um pressuposto lógico e racional que justifique tanto a tortura como qualquer tipo de tratamento desu-
N

a desequiparação efetuada, como a existência de mano ou degradante. Temos como exemplo prático de
LI

assentos reservados para gestantes, idosos e pes- tal inciso a Súmula Vinculante nº 11, a qual dispõe sobre
O
R

soas com deficiência nos transportes coletivos. o uso de algemas, que, se for de forma arbitrária, pode
A

acarretar em tratamento desumano ou degradante.


K

Art. 5º [...]
LI

I - homens e mulheres são iguais em direitos e Súmula Vinculante nº 11 Só é lícito o uso de alge-
IE

obrigações, nos termos desta Constituição; mas em casos de resistência e de fundado receio de
C

fuga ou de perigo à integridade física própria ou


A
R

O inciso I decorre do direito à igualdade. Trata-se alheia, por parte do preso ou de terceiros, justifi-
G

da igualdade entre homens e mulheres. Inicialmen- cada a excepcionalidade por escrito, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente
te, há de se esclarecer que os direitos das mulheres são
ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato
relativamente recentes, de modo que grande parte da
processual a que se refere, sem prejuízo da respon-
legislação anterior à CF, de 1988, estabelecia situações sabilidade civil do Estado.
diferenciadas entre homens e mulheres, como, por
exemplo, a necessidade de autorização marital para Art. 5º [...]
que a esposa ocupasse cargo público ou exercesse a IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo
profissão fora do lar e o fato de o marido ser tido como vedado o anonimato;
o chefe da sociedade conjugal, competindo a ele, entre
outros deveres, a administração dos bens do casal. Todas as pessoas possuem direito atinentes à
Assim sendo, esse inciso foi direcionado tanto liberdade de foro íntimo, ou seja, de ter convicções
ao legislador, para que corrigisse tais desigualdades religiosas, filosóficas, políticas, entre outras, possuin-
legais, como aos operadores do direito, para que não do, portanto, o direito de pensar. Além disso, possuem
fossem mais estabelecidos critérios discriminatórios. direito de expressar livremente esses pensamentos.

220 1 Conceito em conformidade com o art. 2º, da Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Assim, o direito à expressão do pensamento, que Art. 5º [...]
decorre do direito à liberdade de expressão (sendo VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação
este fundamento do Estado Democrático de Direito), de assistência religiosa nas entidades civis e
está disciplinado no inciso IV. militares de internação coletiva;
O pensamento em si é absolutamente livre, por ser
uma questão de foro íntimo. O indivíduo pode pen- O inciso VII é decorrência do direito à liberdade de
sar em que quiser, sem que o Estado possa interferir. crença e culto, de modo a garantir aos internados em
estabelecimentos prisionais e de saúde o acesso à assis-
No entanto, quando este pensamento é exteriorizado,
tência espiritual e religiosa; contudo, lembre-se de que
passa a ser possível a tutela e proteção do Estado.
essa admissão não influi no fato de o Estado ser laico.
Cumpre mencionar que é da liberdade de expres-
são que decorrem a proibição de censura e a vedação
Art. 5º [...]
do anonimato, por exemplo. Portanto, ao mesmo tem- VIII - ninguém será privado de direitos por moti-
po que a Constituição assegura a liberdade de mani- vo de crença religiosa ou de convicção filosófi-
festação de pensamento, ela obriga que as pessoas ca ou política, salvo se as invocar para eximir-se
assumam a responsabilidade pelo que exteriorizam. de obrigação legal a todos imposta e recusar-se
Além disso, a vedação ao anonimato é aplicada, a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
também, às denúncias. Segundo o STF, é vedado o
recebimento de denúncias anônimas, contudo, isso O inciso VIII traz a chamada escusa de consciên-
não impede que o Estado apure de forma sumária a cia ou objeção de consciência. Trata-se do direito de
verossimilhança das alegações. não cumprir um serviço obrigatório por razões rela-
cionadas a sua consciência ou crença, de modo a asse-
Art. 5º [...] gurar que não ocorrerá a perda dos direitos civis ou
V - é assegurado o direito de resposta, proporcio- políticos em decorrência de tal recusa. Por exemplo:
nal ao agravo, além da indenização por dano mate- a pessoa que, por questão religiosa, seja contrária ao
rial, moral ou à imagem; serviço militar poderá alegar tal imperativo de cons-
ciência em seu alistamento militar. No entanto, a CF,
A expressão do pensamento é livre, porém, não de 1988, estabelece que, mesmo que dispensada da

69
é absoluta. Assim, a pessoa é livre para expor sua prática dessa atividade, ela terá que cumprir serviço

8-
opinião, porém, atingindo-se a honra de alguém, alternativo.

86
por exemplo, ela poderá ser responsabilizada civil e

6.
Art. 5º [...]

9
penalmente. Além disso, a CF, de 1988, estabelece o

.4
IX - é livre a expressão da atividade intelectual,
direito de resposta, ou seja, o exercício do direito de

33
artística, científica e de comunicação, indepen-
defesa da pessoa que foi ofendida em razão da mani-

-4
dentemente de censura ou licença;
festação do pensamento de outra, como, por exemplo,
no caso de notícia inverídica ou errônea. Salienta-se
O
IR
O inciso IX trata da liberdade de expressão das
por fim que o direito de resposta é aplicado tanto à
M
atividades intelectual, artística, científica e de comu-
pessoa física quanto à jurídica.
A

nicação. Assim, a CF, de 1988, veda, expressamente,


R

qualquer atividade de censura ou licença, inclusive a


E

proveniente de atuação jurisdicional.


R

Importante!
EI

Cumpre esclarecer os conceitos de censura e


R

O inciso V prevê a indenização por dano material, licença:


IF

moral ou à imagem. De acordo com a Súmula nº


N

z Censura é a verificação da compatibilidade ou não


LI

37, do Superior Tribunal de Justiça2, esses danos


entre um pensamento que se pretende expressar
O

são acumuláveis.
R

com as normas legais vigentes;


A

z Licença é a exigência de autorização para que o


K

pensamento possa ser exteriorizado.


LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


Art. 5º [...]
IE

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de


Art. 5º [...]
C

crença, sendo assegurado o livre exercício dos


A

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada,


cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
R

a honra e a imagem das pessoas, assegurado o


G

proteção aos locais de culto e a suas liturgias;


direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação;
A liberdade de consciência abrange a liberdade
de consciência em sentido estrito, ou seja, a liber- O inciso X decorre do direito à vida e traz a pro-
dade de pensamento de foro íntimo em questões não teção dos direitos de personalidade, ou seja, o direi-
religiosas, tais como convicções de ordem ideológica to à privacidade. Trata-se dos atributos morais que
ou filosófica. Abrange, ainda, a liberdade de crença, devem ser preservados e respeitados por todos, uma
isto é, a liberdade de pensamento de foro íntimo em vez que a vida não deve ser protegida apenas em seus
questões de natureza religiosa. Com relação à religião, aspectos materiais.
o inciso VI assegura tanto a liberdade de crença (foro Aqui, torna-se necessário explicar alguns termos:
íntimo), ou seja, de ter uma religião, como a liberdade intimidade é o direito de estar só, ou seja, de não ser
de expressão, isto é, de culto. Além disso, estabelece perturbado em sua vida particular; vida privada refe-
a liberdade religiosa, ou seja, de mudar de crença ou re-se ao relacionamento de um indivíduo com seus
religião e de manifestação. familiares e amigos, quer em seu lar quer em locais
2 Súmula nº 37 (STJ) São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato. 221
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
fechados; honra é o atributo pessoal que compreende A inviolabilidade das comunicações pessoais
tanto a autoestima (honra subjetiva) quanto a reputa- está disciplinada no inciso XII e também decorre do
ção de que goza a pessoa no meio social (honra objeti- direito à segurança. O dispositivo considera comuni-
va); imagem é a expressão exterior da pessoa, ou seja, cações pessoais:
seus aspectos físicos (imagem-retrato), bem como a
exteriorização de sua personalidade no meio social z As correspondências: comunicações recebidas
(imagem-atributo). em casa, como, por exemplo, as cartas, as contas,
os comunicados e avisos comerciais;
Art. 5º [...] z A comunicação telegráfica: comunicados mais
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém rápidos, que podem ser enviados tanto na forma
nela podendo penetrar sem consentimento do escrita como pela internet, tais como o telegrama;
morador, salvo em caso de flagrante delito ou z A comunicação de dados: comunicação feita por
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante meio de rede de computadores, como, por exem-
o dia, por determinação judicial; plo, a compra de produtos online ou homebank;
z As comunicações telefônicas: ligações feitas e
A inviolabilidade do domicílio está prevista no recebidas por meio de telefone fixo ou móvel.
inciso XI, do art. 5º, e decorre do direito à segurança.
O dispositivo traz a regra de que a casa é inviolável Embora não conste do inciso, o sigilo foi estendi-
e o ingresso nela deve ser feito com o consentimento do aos dados telemáticos por meio da Lei nº 9.296,
do morador. Considera-se casa o lugar, não aberto ao de 1996. Assim, estão protegidas as mensagens troca-
público, em que uma pessoa vive ou trabalha. Trata- das por meio de Skype, e-mail, WhatsApp, Messenger,
-se, portanto, de um conceito amplo, o qual se refere entre outros.
ao lugar reservado à intimidade e à vida privada do É importante mencionar que as violações de cor-
indivíduo. respondência e de comunicação telegráfica são cri-
O conceito jurídico de casa está previsto nos §§ 4º e mes previstos no art. 151, do Código Penal, e na Lei nº
5º, do art. 150, do Código Penal. Vejamos: 6.538, de 1978, a qual dispõe sobre os serviços postais.
Cabe consignar, ainda, que a quebra das comuni-
Art. 150 (Código Penal) [...] cações telefônicas é admitida mediante autorização

69
§ 4º A expressão «casa» compreende:
judicial (“salvo no último caso”) para fins de investiga-

8-
I - qualquer compartimento habitado;

86
ção criminal ou instrução processual penal. Portanto,
II - aposento ocupado de habitação coletiva;
somente para fins penais.

6.
III - compartimento não aberto ao público, onde

9
Atenção! Como não existe direito absoluto, é pos-

.4
alguém exerce profissão ou atividade.
sível a quebra do sigilo das demais comunicações

33
§ 5º Não se compreendem na expressão «casa»:
mediante autorização judicial.

-4
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habita-
ção coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do
n.º II do parágrafo anterior; Art. 5º [...]
O
IR
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero. XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofí-
M

cio ou profissão, atendidas as qualificações profis-


A

sionais que a lei estabelecer;


R

O dispositivo traz três exceções à regra. A primei-


E

ra exceção é a possibilidade de ingresso no caso de fla-


R

grante delito ou desastre, ou seja, é possível ingressar O direito de exercício de qualquer atividade
EI

no local se um crime estiver ocorrendo ou tiver aca- profissional decorre do direito à liberdade. Trata-se
R
IF

bado de ocorrer, por exemplo. A segunda exceção per- da faculdade de escolher o trabalho que se pretende
exercer. No entanto, é necessário atender às qualifica-
N

mite a entrada no local para prestar socorro, como,


LI

por exemplo, no caso de o imóvel estar pegando fogo e ções profissionais exigidas pela lei, como, por exem-
O

ter alguém em seu interior. Por fim, é possível ingres- plo, para ser médico, um dos requisitos é ter feito
R

faculdade de Medicina em território nacional ou ter


A

sar na casa mediante autorização judicial, como, por


K

exemplo, quando o juiz expede um mandado judicial sido aprovado em exame de revalidação no caso de
LI

para busca de algum(a) objeto/pessoa no local. faculdade estrangeira.


IE

É importante consignar que, mesmo com autoriza- Essa é uma norma constitucional de eficácia con-
C

ção judicial, o ingresso deve ocorrer apenas durante tida, ou seja, uma norma que produz todos os efeitos.
A
R

o dia, ou seja, durante o período noturno, dependerá No entanto, cabe destacar que uma norma infracons-
G

do consentimento do morador. Assim sendo, durante titucional (lei) pode conter o seu alcance ao fixar
o dia, exibindo-se o mandado judicial, a busca pode condições ou requisitos para o pleno exercício da pro-
ser realizada mesmo sem a concordância do morador, fissão, como, por exemplo, a regra de que, para advo-
sendo possível, inclusive, o arrombamento de porta se gar, é necessária a aprovação no exame da Ordem dos
houver necessidade. Advogados do Brasil.
Atenção! O inciso III, do art. 22, da Lei nº 13.869,
de 2019, estabelece como dia o período compreendido Art. 5º [...]
entre as 5h e 21h. XIV - é assegurado a todos o acesso à informação
e resguardado o sigilo da fonte, quando necessá-
Art. 5º [...] rio ao exercício profissional;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e
das comunicações telegráficas, de dados e das O inciso XIV disciplina o direito de informação,
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, que é um dos desdobramentos do direito à liberdade.
por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que O direito à informação possui tríplice alcance, por
a lei estabelecer para fins de investigação criminal englobar o direito de informar, de se informar e de
222 ou instrução processual penal; ser informado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
No Brasil, é proibida a associação para fins ilícitos,
Importante! como, por exemplo, a associação para fins contrários
à lei penal. Também é vedada a associação de caráter
A liberdade de informação jornalística está pre- paramilitar, ou seja, a associação civil e desvinculada
vista no § 1º, do art. 220, da CF, de 1988, e é do Estado, que se encontra armada e com estrutura
mais abrangente que a liberdade de imprensa, similar às instituições militares, de modo a se utilizar
que assegura o direito de veiculação de impres- de táticas e técnicas policiais ou militares para alcan-
sos sem qualquer tipo de restrição por parte do çar os seus objetivos.
Estado.
Art. 5º [...]
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei,
Ressalta-se, ainda, que o dispositivo resguarda o a de cooperativas independem de autorização,
sigilo da fonte quando necessário ao exercício profis- sendo vedada a interferência estatal em seu
sional. Deste modo, por exemplo, nenhum jornalista funcionamento;
poderá ser obrigado a revelar o nome de seu infor-
mante ou a fonte de suas informações. Além disso, seu
silêncio não poderá sofrer qualquer sanção. O inciso XVIII disciplina o direito de associação.
Trata-se da possibilidade de criação de sindicatos sem
Art. 5º [...] a interferência do Estado.
XV - é livre a locomoção no território nacional
em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos Art. 5º [...]
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair XIX - as associações só poderão ser compulso-
com seus bens; riamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no
A liberdade de ir e vir encontra-se disciplinada no primeiro caso, o trânsito em julgado;
inciso XV, do art. 5º, da CF, de 1988. Trata-se, portan-
to, do direito de locomoção, que é um dos desdobra- O inciso XIX, que também disciplina o direito de
mentos do direito à liberdade. Observa-se, no entanto,
associação, estabelece que as associações somente
que a liberdade de locomoção é restrita a tempo de
paz, ou seja, no caso de decretação de guerra, passa a poderão ter suas atividades suspensas ou encerra-

69
viger a lei marcial, de modo que o ir e vir dos indiví- das compulsoriamente (a força) por decisão do Poder

8-
duos pode sofrer limitações. Judiciário. Salienta-se, por necessário, que, no caso de

86
A garantia constitucional que objetiva assegurar o dissolução da associação, esta somente poderá ocor-

6.
direito de locomoção é o habeas corpus, que será tra- rer após o trânsito em julgado, ou seja, quando não

9
.4
tado adiante. couber mais recursos.

33
Art. 5º [...]

-4
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem Importante!
armas, em locais abertos ao público, indepen-
O
IR
dentemente de autorização, desde que não � Dissolução das associações: decisão judicial
M

frustrem outra reunião anteriormente convoca- + trânsito em julgado;


A
R

da para o mesmo local, sendo apenas exigido pré- � Suspensão das associações: decisão judicial.
E

vio aviso à autoridade competente;


R
EI

O inciso XVI traz outro desdobramento do direito Art. 5º [...]


R

à liberdade: o direito de reunião. Por reunião, enten-


IF

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-


de-se o agrupamento organizado de pessoas de cará- -se ou a permanecer associado;
N

ter transitório e voltado para determinada finalidade.


LI

Portanto, é preciso que o evento seja organizado e


O

preencha os seguintes requisitos: reunião pacífica e O inciso XX, que também disciplina o direito de
R

associação, estabelece que não é possível obrigar


A

sem armas; fins lícitos; aviso prévio à autoridade com-


K

petente e local aberto ao público. qualquer pessoa a se associar, ou seja, o indivíduo tem
LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


O STF, quanto à “Marcha da Maconha”, entendeu liberdade de escolha, podendo optar por fazer parte do
IE

que a passeata é constitucional, assim, compatível grupo ou não. Além disso, uma vez associado, ele será
C

com o direito de reunião. Contudo, é inadmissível a livre para decidir se permanece ou não associado. Por-
A

incitação ao uso de entorpecentes.


R

tanto, compreende o direito de associar-se a outras pes-


G

Atenção! Aviso prévio não se confunde com auto- soas para formação de uma entidade, como também de
rização. Para se reunir, é preciso, apenas, comunicar deixar de participar quando for de seu interesse.
à autoridade local, a fim de evitar, por exemplo, que,
no mesmo local, dia e hora, coincidam agrupamentos Art. 5º [...]
de pessoas com posicionamentos distintos (exemplo:
XXI - as entidades associativas, quando expressa-
manifestações pró-aborto e contrária ao aborto). mente autorizadas, têm legitimidade para repre-
sentar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
Art. 5º [...]
XVII - é plena a liberdade de associação para fins
lícitos, vedada a de caráter paramilitar; O inciso XXI é o último dispositivo que trata do
direito de associação. Ele se refere à representação do
A liberdade de associação encontra-se disciplina- filiado pela associação, quer em âmbito judicial quer
da no inciso XVII. Diferentemente da reunião, a asso- em âmbito extrajudicial, isto é, ele se refere à legitima-
ciação não possui caráter transitório. Portanto, se o ção da associação para atuar em nome dos associados.
caráter do agrupamento for permanente, tem-se uma Cabe esclarecer que representante é aquele
associação. É importante mencionar que tanto a reu- que age em nome alheio, defendendo direito alheio.
nião como a associação devem possuir fins pacíficos. No caso das associações, para que estas atuem na 223
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
condição de representantes, é preciso autorização é prévia, sendo o prazo de resgate (Títulos da Dívida
expressa dos filiados, não bastando que exista auto- Pública) de 10 (dez) anos para bens urbanos e de 20
rização em estatuto. Assim sendo, só poderão atuar se (vinte) anos para bens rurais. Ainda, não confunda
devidamente autorizadas pelos associados. desapropriação com expropriação, que consiste na
Além disso, ao contrário da representação, a subs- perda da propriedade no caso de cultivo de substân-
tituição judicial ou extrajudicial da associação inde- cias entorpecentes ou de trabalho escravo. Nela, não
pende de autorização, uma vez que, na substituição, a há pagamento de indenização.
associação atua em nome próprio, defendendo direito
alheio (dos associados). Art. 5º [...]
XXV - no caso de iminente perigo público, a auto-
Art. 5º [...] ridade competente poderá usar de propriedade
XXII - é garantido o direito de propriedade; particular, assegurada ao proprietário indeniza-
ção ulterior, se houver dano;
O direito de propriedade encontra-se disciplina-
do no inciso XXII, do art. 5º. Tratam-se dos direitos A requisição temporária da propriedade está
pessoais de natureza econômica. disciplinada no inciso XXV. Trata-se da possibilidade
De acordo com o art. 1.228, do Código Civil, o direi- de o Poder Público, em momentos de calamidade (já
to de propriedade consiste na faculdade de usar, gozar ocorrida ou prestes a ocorrer), ingressar na posse de
e dispor da coisa, assim como o direito de reavê-la do bem particular, para assegurar a preservação de direi-
poder de quem quer que, injustamente, a possua ou a tos mais importantes que a propriedade, tais como a
detenha. vida e a integridade das pessoas. Por exemplo, no caso
Observa-se, no entanto, que, em termos constitu- de uma enchente em um determinado local, o Poder
cionais, o direito de propriedade é mais amplo que no Público fazer de um imóvel privado, próximo ao local,
direito civil, por abranger qualquer direito de conteú- um hospital de atendimento às vítimas.
do patrimonial ou econômico, ou seja, tudo aquilo que A requisição temporária é uma exceção ao princí-
possa ser convertido em dinheiro, alcançando crédi- pio da indenização prévia, uma vez que o pagamento
tos e direitos pessoais. está condicionado à existência de danos.

69
Art. 5º [...]
Art. 5º [...]

8-
XXVI - a pequena propriedade rural, assim defi-
XXIII - a propriedade atenderá a sua função

86
nida em lei, desde que trabalhada pela família,
social;

6.
não será objeto de penhora para pagamento de

9
débitos decorrentes de sua atividade produtiva,

.4
O inciso XXIII traz um limite ao direito de pro-

33
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu
priedade. Assim, a utilização de um bem deve ser fei- desenvolvimento;

-4
ta de acordo com a conveniência social da utilização

O
da coisa, ou seja, atendendo a sua função social. Por- O inciso XXVI disciplina a impenhorabilidade
IR
tanto, o direito do dono deve ajustar-se aos interesses da pequena propriedade rural, por ser esta consi-
M

da sociedade. derada bem de família e, portanto, insuscetível de


A
R

penhora, de modo a ficar a salvo de execuções por


Art. 5º [...]
E

dívidas decorrentes da atividade produtiva. Além


R

XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para disso, a CF, de 1988, estabelece que esta deverá rece-
EI

desapropriação por necessidade ou utilidade ber os recursos previstos em lei que financiem o seu
R

pública, ou por interesse social, mediante justa


IF

desenvolvimento.
e prévia indenização em dinheiro, ressalvados
N

Embora o dispositivo não conceitue pequena pro-


os casos previstos nesta Constituição;
LI

priedade rural, o entendimento mais amplo é de que


O

esta possui área entre 1 (um) e 4 (quatro) módulos fis-


R

O inciso XXIV trata da hipótese mais drástica do


A

cais, na qual a família trabalha, consistindo, pois, na


poder de intervenção do Estado na economia: a desa-
K

sua única fonte de sobrevivência.


propriação. A desapropriação é o ato pelo qual o
LI
IE

Estado toma para si ou para outrem (terceira pessoa) Art. 5º [...]


C

bens de particulares, por meio do pagamento de jus- XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo
A

ta e prévia indenização. Portanto, trata-se de uma das


R

de utilização, publicação ou reprodução de suas


G

hipóteses de aquisição originária da propriedade. É obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo
cabível a desapropriação nas seguintes hipóteses: que a lei fixar;

z Por necessidade pública: hipótese na qual o bem O inciso XXVII disciplina o direito de proprieda-
a ser desapropriado é imprescindível para a reali- de intelectual, ou seja, a proteção legal e o reconheci-
zação de uma atividade essencial do Estado; mento de autoria em produções. Existem três tipos de
z Por utilidade pública: hipótese na qual o bem não propriedade intelectual, quais sejam:
é imprescindível, mas é conveniente para a reali-
zação de uma atividade estatal; z Propriedade industrial: criações que movimen-
z Por interesse social: hipótese na qual a desapro- tam o mercado e são empregadas para manter a
priação é conveniente para o desenvolvimento da competitividade. Seu foco é voltado para a área
sociedade. empresarial. São exemplos: as patentes, marcas,
desenhos, indicações geográficas, entre outros;
Atenção! Não confundir com desapropriação z Direitos autorais: criações artísticas, culturais e
sancionatória, hipótese em que o bem não respeita a científicas, como, por exemplo, as obras intelec-
224 função social da propriedade. Nela, a indenização não tuais, literárias e artísticas;
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z Proteção sui generis: são as criações híbridas, Art. 5º [...]
isto é, aquelas que se encontram em um estado XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situa-
intermediário entre a propriedade industrial e dos no País será regulada pela lei brasileira em
os direitos autorais. Exemplos: a topografia dos benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sem-
circuitos integrados (mask works), a proteção de pre que não lhes seja mais favorável a lei pes-
Cultivares (obtenções vegetais ou variedades vege- soal do de cujus;
tais) e conhecimentos tradicionais associados aos
recursos genéticos. Ainda com relação ao direito de herança, o inci-
so XXXI estabelece a lei que deverá ser aplicada caso
Neste sentido, a CF, de 1988, garante aos autores o a sucessão envolva bens de estrangeiros situados no
direito exclusivo de utilização, publicação ou repro- Brasil. Assim, a regra é que se aplica a lei brasileira
dução de suas obras, sendo esse direito transmitido sempre que esta beneficiar cônjuge ou filho brasilei-
aos herdeiros do autor (direitos sucessórios) pelo tem- ro. No entanto, caso a lei estrangeira (lei do país do
po que a lei fixar. de cujus) seja mais benéfica a estas pessoas, ela é que
será aplicada.
Art. 5º [...]
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: Art. 5º [...]
a) a proteção às participações individuais em XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a
obras coletivas e à reprodução da imagem e voz defesa do consumidor;
humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento O inciso XXXII traz a proteção ao consumidor
econômico das obras que criarem ou de que parti- como um dos direitos e deveres individuais e coleti-
ciparem aos criadores, aos intérpretes e às respecti- vos. Como consequência, a defesa do consumidor será
vas representações sindicais e associativas; promovida por meio do Estado. Vale lembrar que é
a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, conheci-
O inciso XXVIII também protege a propriedade da como Código de Defesa do Consumidor (CDC), que
intelectual. Deste modo, o dispositivo assegura a estabelece as regras de proteção ao consumidor.
proteção de tais direitos ao indivíduo que participou

69
de obra coletiva, além de proteger a reprodução da Art. 5º [...]

8-
imagem e voz humanas. Ainda, assegura o direito de XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos

86
fiscalização do aproveitamento econômico tanto nas públicos informações de seu interesse particu-

6.
obras individuais como nas coletivas. lar, ou de interesse coletivo ou geral, que serão

9
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsa-

.4
Art. 5º [...] bilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja

33
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos imprescindível à segurança da sociedade e do

-4
industriais privilégio temporário para sua utili- Estado;
zação, bem como proteção às criações industriais,
O
IR
à propriedade das marcas, aos nomes de empresas O inciso XXXIII decorre do direito de informação.
M

e a outros signos distintivos, tendo em vista o inte- Trata-se de assegurar aos indivíduos o conhecimento
A

resse social e o desenvolvimento tecnológico e eco- de informações relativas à sua pessoa, quando cons-
R

nômico do País; tantes de banco de dados de entidades governamen-


E
R

tais ou abertas ao público, bem como de informação


EI

O último dispositivo que trata da propriedade de interesse da coletividade. Aqui, vale mencionar
R

intelectual é o inciso XXIX, garantindo aos autores de que não óbice à divulgação da remuneração de ser-
IF

inventos industriais os privilégios para sua utilização, vidor público.


N

ainda que de forma temporária. Além disso, assegu-


LI
O

ra a proteção às criações industriais, à propriedade Art. 5º [...]


R

das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos XXXIV - são a todos assegurados, independente-
A

distintivos. mente do pagamento de taxas:


K

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em


LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso
IE

Art. 5º [...]
de poder;
C

XXX - é garantido o direito de herança;


A

b) a obtenção de certidões em repartições públi-


R

cas, para defesa de direitos e esclarecimento de


G

O direito de herança, que decorre do direito à


situações de interesse pessoal;
propriedade, está disciplinado no inciso XXX. Trata-
-se da modificação da titularidade do bem em decor-
rência do falecimento (sucessão hereditária). Assim, o O inciso XXXIV disciplina o direito de petição e o
patrimônio do de cujus transmite-se aos seus herdei- direito de certidão. O dispositivo assegura aos indi-
ros, os quais se sub-rogam nas relações jurídicas do víduos o direito de formular pedidos para a Adminis-
falecido, tanto no ativo como no passivo, até os limites tração Pública em defesa de seus direitos e, quando
da herança. cabível, de terceiros, bem como de formular reclama-
ções contra atos ilegais e abusivos cometidos pelos
agentes do Estado. Assegura, ainda, o direito de plei-
Importante! tear, do Estado, documento expedido por este, que,
por possuir fé pública, é utilizado para comprovar a
O direito de sucessão está regulado no Código existência de um fato. Deste modo, assegura ao indi-
Civil. víduo a obtenção de certidão para a defesa de direitos
ou esclarecimento de situações de interesse pessoal.

225
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O exercício de tais direitos é gratuito, ou seja, inde- z Ato jurídico Perfeito: trata-se do ato realizado
pendem de qualquer pagamento. Importante men- validamente sob a vigência de uma lei, mesmo que
cionar que, embora o dispositivo empregue o termo esta tenha sido posteriormente revogada ou modi-
“taxas”, esta foi utilizada em sentido amplo, visto que ficada. Exemplo: adolescente que se casou antes
proíbe a cobrança de qualquer importância (taxa, tarifa de ter completado a idade núbil nas hipóteses per-
ou preço público). A função da gratuidade é não obstar mitidas pelo Código Civil terá seu casamento como
ou dificultar o exercício do direito, uma vez que pessoas válido mesmo após a alteração da lei civil, pela Lei
sem recursos financeiros teriam dificuldades de exercer nº 13.811, de 2019, que proibiu, expressamente, o
seu direito se este fosse condicionado ao pagamento. casamento de menor de 16 (dezesseis) anos, pois
seus efeitos são protegidos pela lei anterior;
z Coisa Julgada: é a autoridade dada às decisões
Importante! do Poder Judiciário quando destas não caiba mais
recurso, de modo a impedir a modificação ou dis-
Fique atento ao remédio constitucional aplicado cussão da decisão de mérito. Exemplo: uma ação de
para sanar ilegalidade quanto ao direito de certidão paternidade foi julgada procedente após o supos-
— Mandado de Segurança —, pois as bancas cos- to pai ter se recusado a realizar o exame de DNA.
tumam tentar confundir o candidato, dizendo que Assim, não é possível que, tempos depois, o suposto
o remédio constitucional cabível é o habeas data. pai resolva fazer o exame para se eximir da paterni-
dade, pois a decisão não pode ser mais modificada.
Art. 5º [...]
Atente-se: a coisa julgada divide-se em coisa julga-
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder
da material — quando impede a discussão em qual-
Judiciário lesão ou ameaça a direito;
quer processo — e coisa julgada formal — quando
impede a discussão no mesmo processo.
O princípio da inafastabilidade de jurisdição
ou do controle do Poder Judiciário está disciplina-
Art. 5º [...]
do no inciso XXXV. Tal princípio é um desdobramento
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
do direito à segurança (garantias jurisdicionais). Esse

69
princípio garante que todas as pessoas tenham acesso
A proibição dos tribunais de exceção, que decor-
ao Poder Judiciário.

8-
re do direito à segurança, encontra-se prevista no inci-

86
so XXXVII. Busca-se proibir que os tribunais ou juízos

6.
Art. 5º [...]
sejam criados especialmente para julgar determina-

9
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido,

.4
o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; dos crimes ou pessoas (nos casos concretos).

33
Atenção! Tribunal de exceção não se confunde

-4
O inciso XXXVI é, também, um desdobramento do com Justiças especializadas e foro privilegiado.

O
direito à segurança. Trata-se da garantia constitucio- IR
Art. 5º [...]
nal de que as novas leis não retirem das pessoas os
M
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a
direitos que elas adquiriram por meio de lei antiga, de
A

organização que lhe der a lei, assegurados:


modo que as situações disciplinadas por uma norma
R

a) a plenitude de defesa;
E

devem continuar protegidas por esta mesmo depois de b) o sigilo das votações;
R

sua revogação ou substituição por outra em três casos3: c) a soberania dos veredictos;
EI
R

d) a competência para o julgamento dos crimes


IF

z Direito Adquirido: é o direito assegurado à pessoa dolosos contra a vida;


quando esta cumpriu todos os requisitos para a sua
N
LI

concessão pela norma anterior antes de ocorrer a alte- Outro desdobramento do direito à segurança é a
O

ração legal. Exemplo: uma pessoa completou o tempo garantia do julgamento pelo Tribunal do Júri em
R

de contribuição previsto pela lei para aposentar, mas


A

crimes dolosos contra a vida, ou seja, homicídio (art.


K

optou por permanecer trabalhando. Se nova lei alterar 121, CP), induzimento, instigação ou auxílio a suicídio
LI

os requisitos para aposentadoria, de modo a aumentar ou à automutilação (art. 122, CP), infanticídio (art. 123,
IE

o tempo de contribuição, essa pessoa não será prejudi- CP) e aborto (arts. 124 a 128, CP); contudo, salienta-se
C

cada, pois adquiriu o direito pela lei anterior; que lei ordinária poderá ampliar a competência do
A
R

Tribunal do Júri, não havendo qualquer ofensa quan-


G

Atenção! Direito adquirido não se confunde com to ao disposto na CF.


expectativa de direito. Se a pessoa não completou Trata-se de direito do indivíduo de ser julgado por
todos os requisitos para a concessão do direito, ela seus pares e, não, por um juízo de critério eminente-
não tem direito adquirido e, sim, expectativa de direi- mente técnico.
to. Exemplo: falta, para o indivíduo, um mês para que
se complete o tempo de contribuição previsto pela lei Súmula Vinculante nº 45 A competência consti-
para se aposentar. Antes de preencher tal requisito, tucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro
a lei é alterada e o tempo majorado. Esta pessoa não por prerrogativa de função estabelecido exclusiva-
poderá se aposentar, pois tinha apenas expectativa mente pela Constituição Estadual.
de direito, uma vez que todos os requisitos não foram
preenchidos para a sua concessão;

3 Em conformidade com o art. 6º, do Decreto Lei nº 4.657, de 1942 (Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro). Veja: “A Lei em vigor terá
efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. § 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado
segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. § 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ale, possa exer-
cer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. § 3º Chama-se coi-
226 sa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso”.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 5º [...] Dica: para lembrar dos crimes, memorize: T T T
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defi- H ou 3TH:
na, nem pena sem prévia cominação legal;
Tortura;
Os princípios da anterioridade e da reserva Tráfico;
da lei penal (nullum crimen, nulla poena, sine lege) Terrorismo;
encontram-se disciplinados no inciso XXXIX. Em sín- Hediondos.
tese, pelo princípio da reserva legal, não há crime sem
lei que o defina, nem pena sem cominação legal. Já A graça e o indulto são modalidades de perdão
pelo princípio da anterioridade, a lei que estabelece o concedidas pelo Presidente da República, de modo
crime e a pena deve ser anterior a sua prática. a extinguir a punibilidade do agente. Enquanto, na
graça, o perdão é concedido de forma individual por
Art. 5º [...] meio de decreto e mediante provocação do interes-
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para bene- sado, no indulto, o perdão é coletivo e concedido por
ficiar o réu; decreto, o qual não possui destinatário certo e inde-
pende de provocação. O indulto pode ser total ou par-
O princípio da irretroatividade da lei penal mais cial (comutação).
gravosa está disciplinado no inciso XL. Em termos de Já a anistia é o perdão concedido pelo Congresso
direito penal, a regra é a lei do tempo do crime, ou seja, Nacional, por meio de lei, aos crimes e atos adminis-
será aplicada a lei do tempo da ação ou omissão. É pos- trativos. Na anistia, exclui-se o crime, rescinde-se a
sível, no entanto, aplicar lei posterior caso esta seja condenação e extingue-se totalmente a punibilidade.
mais benéfica ao réu. Exemplo: nova lei deixa de consi- Cabe destacar que a anistia pode ser concedida pelas
derar o fato como crime ou diminui a sua pena. Assembleias Legislativas, porém se restringe aos atos
A retroatividade da lei penal mais benéfica é abso- administrativos, como, por exemplo, às transgres-
luta, isto é, ela desconstituirá, inclusive, condenações sões disciplinares de servidores estaduais.
já transitadas em julgado. Exemplo: sujeito que cum- É importante mencionar que esses crimes são
pre pena por um crime que lei posterior deixou de prescritíveis, além de ser cabível a liberdade provi-
considerar respectivo ato como crime (caso de abolitio sória. Ainda, a Lei nº 9.455, de 1997, trata dos crimes

69
criminis) será colocado em liberdade. de tortura; a Lei nº 11.343, de 2006, dos crimes de dro-

8-
gas; a Lei nº 13.260, de 2016, do terrorismo; a Lei nº

86
Art. 5º [...] 8.072, de 1990, cuida dos crimes hediondos.

6.
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atenta-

9
.4
tória dos direitos e liberdades fundamentais; Art. 5º [...]

33
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescri-

-4
O inciso XLI decorre do direito à igualdade. tível a ação de grupos armados, civis ou milita-
Trata-se da necessidade de reconhecer que todos os res, contra a ordem constitucional e o Estado
indivíduos possuem os mesmos direitos e as mesmas Democrático; O
IR
proteções. Além disso, a lei não só não poderá ser apli-
M

O inciso XLIV também traz hipóteses de não con-


A

cada de modo discriminatório, como também deverá


R

punir tais discriminações com base em qualquer con- cessão de fiança, cuja ação ou omissão pode ser julga-
E

dição pessoal, como sexo, cor, origem, entre outras. da a qualquer tempo, independentemente da data em
R

que foi cometido. Tratam-se dos crimes desenvolvidos


EI

pelas organizações criminosas contra a ordem consti-


R

Art. 5º [...]
IF

XLII - a prática do racismo constitui crime tucional e democrática, como, por exemplo, no golpe
N

inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de de Estado. Cabe lembrar que a Lei nº 12.850, de 2013,
LI

reclusão, nos termos da lei; é que trata das organizações criminosas.


O
R

Dica
A

O inciso XLII trata da prática de racismo. Embora


K

a Constituição não tipifique o crime, ela manda crimi-


Para auxiliá-lo na memorização do conteúdo
LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


nalizar a conduta de racismo. Além disso, estabelece
IE

dos últimos 3 incisos, leve em consideração o


a não concessão de fiança ao racismo (inafiançável)
C

e, ainda, que o ato pode ser julgado a qualquer tempo,


seguinte mnemônico: RAAÇÃO 3TH.
A

RA — racismo
R

independentemente da data em que foi cometido, pois


G

não se sujeita ao decurso do tempo (imprescritível). AÇÃO — ação de grupos armados


Vale lembrar, aqui, que a Lei nº 7.716, de 1989, é a Lei 3TH — tortura, tráfico, terrorismo, hediondos
do Racismo, e a Lei nº 12.288, de 2010, estabelece o
Estatuto da Igualdade Racial. Esquematizando todo o conteúdo relacionado
ao mnemônico, temos:
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e Inafiançáveis  RAAÇÃO 3TH
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tor- Imprescritíveis  RAAÇÃO
tura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas Insuscetíveis de graça ou anistia  3TH
afins, o terrorismo e os definidos como crimes
hediondos, por eles respondendo os mandantes, os Art. 5º [...]
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; XLV - nenhuma pena passará da pessoa do
condenado, podendo a obrigação de reparar
O inciso XLIII estabelece os crimes em que não o dano e a decretação do perdimento de bens
cabe fiança nem perdão, ou seja, graça, indulto e ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores
anistia. Embora o dispositivo não mencione o indulto, e contra eles executadas, até o limite do valor do
ele também não é cabível nos crimes elencados. patrimônio transferido; 227
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O princípio da intranscendência ou personali- Art. 5º [...]
zação da pena está disciplinado no inciso XLV. Tra- XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimen-
ta-se da impossibilidade da pena ser aplicada a outra tos distintos, de acordo com a natureza do deli-
pessoa que não o delinquente, uma vez que somente to, a idade e o sexo do apenado;
o autor da infração penal pode ser responsabiliza-
do. Com a morte do condenado, declara-se extinta a O inciso XLVIII traz um dos princípios relativos
punibilidade do crime. Assim, a pena não poderá ser à execução da pena privativa de liberdade. Trata-
cumprida, por exemplo, pelos familiares ou herdeiros -se da exigência de que o cumprimento da pena seja
do autor do crime se este houver falecido. No entanto, feito de acordo com a natureza do crime, a idade e
refere-se apenas à esfera penal, ou seja, a obrigação o sexo do apenado. É por essa razão que os adoles-
civil de reparar os danos pode ser estendida aos seus centes ficam em estabelecimentos distintos dos adul-
sucessores até o limite do valor do patrimônio trans- tos, assim como as mulheres permanecem em local
ferido (herança). diverso dos homens. Esse dispositivo decorre tanto do
Atenção! Multa é uma espécie de pena (art. 32, CP) direito à segurança como do direito à vida.
e, portanto, não pode ser imposta aos herdeiros.
Art. 5º [...]
Art. 5º [...] XLIX - é assegurado aos presos o respeito à inte-
XLVI - a lei regulará a individualização da pena gridade física e moral;
e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade; O inciso XLIX estabelece outro princípio relativo
b) perda de bens; à execução da pena privativa de liberdade: a pro-
c) multa; teção à integridade física e moral do preso. Busca-se,
d) prestação social alternativa; portanto, proteger os indivíduos da força do Estado.
e) suspensão ou interdição de direitos; Trata-se, também, de um dos desdobramentos do
direito à segurança, por envolver garantias proces-
Dica: a fim de auxiliá-lo na memorização, guarde o suais; e do direito à vida, por envolver a integridade
mnemônico 3PMS (RI): do indivíduo.

69
3P — Privação ou restrição da liberdade (não esque- Art. 5º [...]

8-
ça que no primeiro “p” há, implícito, um “r” da L - às presidiárias serão asseguradas condições

86
pena de restrição); perda de bens; prestação social para que possam permanecer com seus filhos

6.
alternativa; durante o período de amamentação;

9
M — Multa;

.4
O inciso L traz um princípio relativo à execução

33
S — Suspensão ou interdição de direitos (lembre-se de
que aqui também há, implícito, um “i” de interdição). da pena privativa de liberdade. Trata-se do direito

-4
dos filhos de permanecerem com suas mães e serem
O inciso XLVI disciplina o princípio da individua- O
amamentados por elas durante a execução da pena.
IR
lização da pena, uma vez que as penas devem ser Vale destacar que o art. 89, da Lei nº 7.210, de 1984
M

previstas, impostas e executadas, em conformidade (Lei de Execução Penal), estabelece que a penitenciá-
A
R

com as condições pessoais de cada réu. Para tanto, a ria de mulheres terá uma seção para gestantes e par-
E

individualização deve operar-se em três fases distin- turientes e uma creche para abrigar crianças entre 6
R

tas: legislativa, no momento em que elabora a norma; (seis) meses e 7 (sete) anos.
EI
R

judicial, no momento da dosimetria da pena; executi-


IF

va, na execução penal. Art. 5º [...]


N

LI - nenhum brasileiro será extraditado, sal-


LI

Art. 5º [...] vo o naturalizado, em caso de crime comum,


O

XLVII - não haverá penas: praticado antes da naturalização, ou de com-


R

provado envolvimento em tráfico ilícito de


A

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada,


K

nos termos do art. 84, XIX; entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
LI

b) de caráter perpétuo;
IE

c) de trabalhos forçados; A proibição de extradição de brasileiro encon-


C

d) de banimento; tra-se disciplinada no inciso LI. Extradição é uma


A

e) cruéis; medida de cooperação internacional em que um Esta-


R
G

do entrega a outro Estado, a pedido deste, indivíduo


O inciso XLVII, que decorre tanto do direito à vida que deva responder a processo penal ou cumprir
como do direito à segurança, estabelece a proibição pena. De acordo com a Norma Constitucional, o Brasil
de determinadas penas. Assim, é vedada a pena de não entrega brasileiro para responder processo penal
morte em tempos de paz. Isso porque, quando decla- ou cumprir pena em outro país.
rada a guerra pelo Presidente da República após a É possível, no entanto, a entrega de brasileiro
autorização do Congresso Nacional, vigora a parte ati- naturalizado, ou seja, que tenha adquirido a nacio-
nente aos tempos de guerra4 do Código Penal Militar nalidade brasileira por outro motivo que não vincu-
(CPM) e do Código de Processo Penal Militar (CPPM), lado ao nascimento (filiação ou local do nascimento),
que estabelece, em determinados casos, a pena de desde que seja por crime comum e que este tenha
morte. Exemplo: traição (art. 355, CPM)5. sido praticado antes de sua naturalização e, portanto,
4 Art. 15 (CPM) O tempo de guerra, para os efeitos da aplicação da lei penal militar, começa com a declaração ou o reconhecimento do estado
de guerra, ou com o decreto de mobilização se nele estiver compreendido aquele reconhecimento; e termina quando ordenada a cessação das
hostilidades.
5 Art. 355 Tomar o nacional armas contra o Brasil ou Estado aliado, ou prestar serviço nas forças armadas de nação em guerra contra o Brasil: Pena
228 - morte, grau máximo; reclusão, de vinte anos, grau mínimo.
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quando o agente tinha outra nacionalidade. Também Como consequência, as partes têm acesso a tudo
é possível a extradição de brasileiro naturalizado por que consta dos autos, como, por exemplo, todas as
comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entor- provas produzidas pela outra parte, podendo mani-
pecentes e drogas afins, praticado antes ou depois da festar-se ou não. Além disso, a defesa pode ser exerci-
naturalização. da de forma ampla, como, por exemplo, é possível ao
indivíduo optar pela autodefesa (quando permitido)
Art. 5º [...] ou pela defesa técnica. Assim, a ampla defesa garan-
LII - não será concedida extradição de estrangei- te ao agente a possibilidade de se defender sem qual-
ro por crime político ou de opinião; quer impedimento aos seus direitos constitucionais.
Ademais, destaca-se o conteúdo da Súmula Vincu-
No que se refere à extradição de estrangeiro, o lante nº 14, a qual dispõe sobre o acesso a procedi-
inciso LII veda a entrega por crime político ou de mento investigatório por defensor do investigado.
opinião. Considera-se um crime como político se ele
envolver ações ou omissões que prejudicam os inte- Súmula Vinculante nº 14 É direito do defensor,
resses do país, do governo ou do sistema político. no interesse do representado, ter acesso amplo aos
O crime político pode ser de dois tipos: próprio e elementos de prova que, já documentados em pro-
impróprio. Crime político próprio é aquele capaz de cedimento investigatório realizado por órgão com
competência de polícia judiciária, digam respeito
ameaçar a ordem institucional ou o sistema vigente.
ao exercício do direito de defesa.
Já o crime político impróprio é aquele crime comum
quando conexo ao crime político, de modo a ter Observe que os documentos referentes às diligên-
natureza comum, mas conotação político-ideológica, cias em curso não são de apresentação obrigatória,
como, por exemplo, a extorsão mediante sequestro tendo em vista a possibilidade de frustrá-las.
para obter fundos para determinado grupo político. Imagine, por exemplo, que em determinada inves-
Ainda há o crime de opinião, que é aquele que se con- tigação tenha sido deferida, pelo Poder Judiciário, a
figura com o abuso da liberdade de expressão ou de interceptação telefônica de determinado investigado.
pensamento, como, por exemplo, nos casos dos crimes Ora, é óbvio que o acesso, pelo advogado do investi-
contra a honra. gado, comprometeria a diligência, já que este poderia

69
avisar seu cliente da medida.
Art. 5º [...]

8-
LIII - ninguém será processado nem sentencia-

86
Art. 5º [...]
do senão pela autoridade competente; LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas

96.
obtidas por meios ilícitos;

.4
O princípio do juiz natural ou do juiz competen-

33
te encontra-se disciplinado no inciso LIII. Trata-se da A proibição de prova ilícita encontra-se estabele-

-4
garantia de que nenhuma pessoa será processada ou cida no inciso LVI. As provas obtidas de forma ilícita

O
julgada por uma autoridade especialmente designada são absolutamente nulas, não podendo gerar qual-
IR
para o caso. Deste modo, as regras de competência quer efeito no convencimento do juiz.
M

devem estar restabelecidas no ordenamento jurídico,


A

z Prova ilícita é aquela que viola direito material.


de forma a assegurar que o julgamento seja realizado
R

Exemplos: confissão mediante tortura e intercep-


E

por um juiz independente e imparcial.


tação telefônica sem autorização judicial;
R
EI

Art. 5º [...]
z Prova ilegítima é aquela que viola direito proces-
R

sual. Exemplo: confissão do acusado em juízo sem


IF

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de


seus bens sem o devido processo legal; a presença do advogado.
N
LI

O Supremo Tribunal Federal, adequadamente,


O

O princípio do devido processo legal está disci-


R

adotou, por maioria de votos, a denominada teoria


plinado no inciso LIV. Trata-se do desdobramento do
A

fruits of poisonous tree (frutos da árvore envenenada).


K

direito à segurança, de modo a garantir que os indi-


São nulas tanto as provas produzidas de forma ilícita
LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


víduos não sejam presos nem percam seus bens por
como também as derivadas (surgidas em decorrência
IE

atuação arbitrária do poder do Estado. Assim sendo,


da prova ilícita), ainda que obtidas de forma regular.
C

deverá existir um processo com todas as etapas pre-


A

Há contaminação do vício original, com exclusão


R

vistas em lei e com todas as garantias constitucionais.


da prova ilícita, bem como de suas derivações.
G

Se tais regras não forem observadas, o processo é pas-


sível de nulidade. Art. 5º [...]
LVII - ninguém será considerado culpado até
Art. 5º [...] o trânsito em julgado de sentença penal
LV - aos litigantes, em processo judicial ou admi- condenatória;
nistrativo, e aos acusados em geral são assegu-
rados o contraditório e ampla defesa, com os O inciso LVII traz o princípio da presunção de ino-
meios e recursos a ela inerentes; cência ou da presunção de culpabilidade. Assim, antes
da condenação definitiva em um processo criminal,
O inciso LV traz o princípio do contraditório e da as pessoas ainda não são consideradas culpadas. Isso
ampla defesa. Tal princípio objetiva garantir a igual- ocorre porque quem possui o ônus de provar a culpa é
dade das partes de uma relação processual, bem como o Ministério Público, como órgão titular da ação penal
a segurança processual. Assim sendo, a parte contrá- pública e da vítima, no caso de ação penal privada. Des-
ria necessita ser ouvida (audiatur et altera pars), pois te modo, não compete ao acusado provar sua inocência,
não podem ser atribuídas a uma parte vantagens de mas ao Ministério Público ou à vítima comprovar a res-
que a outra não disponha. ponsabilidade do réu até a última instância. 229
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Art. 5º [...]
LVIII - o civilmente identificado não será subme- Importante!
tido a identificação criminal, salvo nas hipóteses
previstas em lei; A restrição da publicidade é popularmente
conhecida como segredo de Justiça.
A proibição da identificação criminal da pes-
soa já civilmente identificada encontra-se no inciso
Art. 5º [...]
LVIII. Entende-se, por identificação, o processo utili-
LXI - ninguém será preso senão em flagrante
zado para se estabelecer a identidade de pessoas ou
delito ou por ordem escrita e fundamentada de
coisas. Assim, se o indivíduo apresenta documento de
autoridade judiciária competente, salvo nos casos
identidade civil válido e sem qualquer suspeita funda-
de transgressão militar ou crime propriamen-
da de falsidade, ele não poderá ser identificado crimi-
te militar, definidos em lei;
nalmente, ou seja, por meio do processo datiloscópico.
O objetivo do dispositivo é evitar o constrangimento Pelo inciso LXI, depreende-se que a liberdade é a
pessoal de pessoas já identificadas civilmente. regra e a prisão é a exceção. Por essa razão, o dispo-
Cumpre esclarecer que a Lei nº 12.037, de 2009, sitivo fixa as hipóteses em que o indivíduo será preso.
disciplina o inciso e estabelece quais documentos ser-
Assim, a CF, de 1988, protege os indivíduos da força do
vem para a identificação civil. Ainda, a regra da não
Estado, uma vez que veda a prisão arbitrária ou abu-
identificação criminal não é absoluta e abarca exce-
siva e estabelece que a restrição da liberdade só será
ções. No entanto, tais exceções devem estar discipli-
legítima quando respeitados os parâmetros legais.
nadas em lei.6
Trata-se de um dos desdobramentos do direito à segu-
Art. 5º [...] rança, por envolver garantias processuais.
LIX - será admitida ação privada nos crimes de Em termos de processo penal, existem dois tipos
ação pública, se esta não for intentada no prazo de prisão. A prisão pena que é aquela decorrente de
legal; sentença penal condenatória transitada em julgado,
ou seja, o processo foi finalizado, a pessoa condena-

69
O inciso LIX traz a possibilidade de ação penal da e não cabe mais recurso, ingressando na fase de

8-
privada subsidiária à ação penal pública. Assim, execução penal. Além disso, há a prisão processual,

86
nos casos em que o representante do Ministério Públi- que tem função acautelatória e é aquela que ocorre

6.
co não ofereceu a denúncia, não requereu diligências durante a fase de investigação, instrução e antes do

9
ou não ordenou o arquivamento do Inquérito Policial,

.4
julgamento definitivo, como a prisão em flagrante, a

33
no prazo legal, admite-se o oferecimento da queixa prisão temporária e a prisão preventiva.

-4
crime.
Portanto, durante o curso do processo, o indiví-
A CF, de 1988, não estabeleceu hipótese de restri-
O
duo somente será preso se estiver em flagrante delito
ção quanto à aplicação da ação penal privada subsi-
IR
(estiver cometendo o delito, acabou de cometê-lo, foi
diária da pública nos processos relativos aos delitos
M

perseguido logo após ou foi encontrado logo depois,


A

previstos na legislação especial, como, por exemplo,


R

nas ações em que se apuram crimes eleitorais. com algo que faça presumir ser o autor da infração)7
E

ou se for determinado pelo juiz nos demais casos das


R

prisões acautelatórias.
EI

Art. 5º [...]
R

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos Observa-se, ainda, que o inciso traz exceções, quais
IF

atos processuais quando a defesa da intimida- sejam: transgressão militar ou crime propriamen-
N

de ou o interesse social o exigirem; te militar, definido em lei. Quanto às transgressões,


LI

estas estão previstas nos regulamentos disciplinares,


O
R

Como regra, todo processo é público, ou seja, é tanto das Forças Armadas como das Forças Auxiliares.
A

permitido o acesso aos atos. No entanto, em alguns A elas é aplicado procedimento de apuração especí-
K

casos, tais como ações de divórcio, guarda, entre fico, também garantindo o contraditório e a ampla
LI

outros, essa publicidade é restrita às partes e seus pro-


IE

defesa. Já os crimes militares encontram-se previstos


C

curadores, com o objetivo de resguardar a intimidade no Código Penal Militar, porém esse diploma não defi-
A

dos envolvidos.
R

ne quais são os crimes propriamente militares.


Também é possível restringir a publicidade quan-
G

do o interesse da sociedade exigir, como, por exemplo, Art. 5º [...]


em determinados crimes ou atos, envolvendo crianças LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se
e adolescentes. É importante mencionar, no entanto, encontre serão comunicados imediatamente ao
que a restrição da publicidade dos atos processuais não juiz competente e à família do preso ou à pessoa
poderá prejudicar o interesse público à informação. por ele indicada;

6 Art. 3º (Lei nº 12.037, de 2009) Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando: I - o documento
apresentar rasura ou tiver indício de falsificação; II - o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado; III - o indicia-
do portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si; IV - a identificação criminal for essencial às investigações poli-
ciais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério
Público ou da defesa; V - constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações; VI - o estado de conservação ou a distân-
cia temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais. Parágrafo
único. As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos autos do inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que considera-
das insuficientes para identificar o indiciado.
7 Art. 302 (CPP) Considera-se em flagrante delito quem: I -está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; III - é perseguido, logo após, pela
autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; IV - é encontrado, logo depois, com instru-
230 mentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Como a prisão em flagrante é a única modalida- Art. 5º [...]
de de prisão acautelatória que não conta com ordem LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela
judicial prévia, visto que é imposta no momento em mantido, quando a lei admitir a liberdade provi-
que a infração penal é praticada ou em momentos sória, com ou sem fiança;
após, faz-se necessária sua comunicação imediata ao
juiz, para que este possa efetuar o controle de legali- O inciso LXVI reforça que a regra é a liberdade e
dade da prisão. sua supressão é apenas medida excepcional e somente
A CF, de 1988, não fixa o prazo da comunicação, deve ser decretada nos casos em que a norma autorizar.
porém o art. 306, do Código de Processo Penal, estabe-
Art. 5º [...]
lece que a comunicação será imediata e os autos reme-
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo
tidos em até 24 (vinte e quatro) horas após a prisão. a do responsável pelo inadimplemento voluntário
Além da comunicação ao juiz, a CF, de 1988, prevê a e inescusável de obrigação alimentícia e a do
comunicação à família do preso ou pessoa por ele indi- depositário infiel;
cada, com o escopo não só de dar notícia de seu para-
deiro, como também de prestar-lhe a assistência devida. O inciso LXVII trata da prisão civil por dívida.
Considera-se prisão civil a medida privativa da liber-
Art. 5º [...] dade que não possui caráter de pena e que tem como
LXIII - o preso será informado de seus direitos, finalidade compelir o devedor a satisfazer uma obri-
entre os quais o de permanecer calado, sendo- gação. Atualmente, a única hipótese de prisão por
-lhe assegurada a assistência da família e de dívidas é a de caráter alimentar, ou seja, o indivíduo
advogado; deixou de pagar a pensão alimentícia devida.
Por se tratar de uma norma constitucional de efi-
Considerando que a liberdade é a regra e a sua res- cácia contida, a prisão do depositário infiel, prevista
trição só é legítima quando efetuada nos estritos limites na CF, de 1988, embora constitucional, tornou-se ilíci-
legais, o inciso LXIII estabelece que o preso em flagran- ta em razão das seguintes Súmulas:
te deve ser comunicado dos seus direitos. Entre esses
Súmula Vinculante nº 25 (STF) É ilícita a prisão
direitos, encontra-se o de permanecer em silêncio.

69
civil de depositário infiel, qualquer que seja a moda-
O silêncio do preso é apenas silêncio e não poderá

8-
lidade do depósito.

86
ser utilizado de forma contrária. O acusado não é obri-

6.
gado a produzir provas contra si mesmo. Ao se calar, Súmula nº 419 (STJ) Descabe a prisão civil do

9
esse silêncio não pode ser considerado como prova. depositário judicial infiel.

.4
Além disso, o dispositivo também estabelece a assis-

33
tência da família e do advogado, garantindo tanto o apoio Art. 5º [...]

-4
pessoal como a assistência técnica que lhe é devida.
O
LXVIII - conceder-se-á habeas-corpus sempre que
IR
Art. 5º [...] alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
M

violência ou coação em sua liberdade de loco-


A

LXIV - o preso tem direito à identificação dos


R

moção, por ilegalidade ou abuso de poder;


responsáveis por sua prisão ou por seu interro-
E

gatório policial;
R

O inciso LXVIII traz um dos remédios constitucio-


EI

nais: o habeas corpus (HC). Remédios constitucio-


R

O inciso LXIV também decorre do direito à segu-


IF

nais são as ações constitucionais previstas na própria


rança, uma vez que busca prevenir a prisão arbitrária. Constituição com a finalidade de reclamar o restabele-
N

Assim, é assegurada ao indivíduo a identificação dos


LI

cimento de direitos fundamentais violados.


O

responsáveis por sua prisão e interrogatório, uma O HC é uma dessas ações constitucionais, sendo
R

vez que lhe é garantido questionar a competência ou utilizado para a tutela da liberdade de locomoção
A
K

atribuição dessas autoridades em conformidade com sempre que alguém estiver sofrendo ou na iminência
LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


a norma vigente e os princípios constitucionais e de de sofrer constrangimento ilegal do seu direito de ir
IE

direitos humanos. e vir. Tal ação pode ser utilizada tanto em questões
C

penais como em questões civis, desde que haja cons-


A

trangimento ilegal efetivo ou potencial ao direito de ir


R

Art. 5º [...]
G

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxa- e vir. Exemplo: prisão por débitos alimentares.
da pela autoridade judiciária; Existem três modalidades de HC, quais sejam:

O inciso LXV traz mais um dos desdobramentos z Habeas Corpus liberatório ou repressivo, em que
do direito à segurança ao prever o relaxamento da a ordem é concedida para fazer cessar o constrangi-
prisão ilegal. Assim, se o magistrado constatar que a mento à liberdade de locomoção quando já existente;
z Habeas Corpus preventivo, em que a ordem é
prisão foi ilegal, ele deverá colocar o preso em liber-
concedida quando houver ameaça ao direito de ir
dade de forma imediata e sem condições. Exemplo: o
e vir, de modo a impedir que uma pessoa venha a
indivíduo foi preso em flagrante, porém não se enqua-
ter restringido seu direito;
drava nas hipóteses de flagrância do art. 302, do CPP. z Habeas Corpus de ofício, em que a ordem é
Relaxa-se prisão ilegal e revoga-se as demais pri- concedida pela autoridade judicial sem pedido,
sões cautelares, uma vez que estas necessitam de quando esta verificar, no curso de um proces-
requisitos para serem decretadas e não estão estes so, que alguém está sofrendo ou na iminência de
presentes. O magistrado deve revogar a prisão ou sofrer constrangimento ilegal em sua liberdade de
substituí-la por medidas cautelares diversas. locomoção. 231
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Não cabe HC nos seguintes casos: a) partido político com representação no Con-
gresso Nacional;
z Perda de patente; b) organização sindical, entidade de classe ou
z Perda de cargo; associação legalmente constituída e em funciona-
z Pena de multa; mento há pelo menos um ano, em defesa dos inte-
resses de seus membros ou associados;
z Bens apreendidos (Obs.: no caso do passaporte, o
STJ diz que caberá o HC. Já o STF diz que não cabe);
Do mesmo modo que o MS individual, é possível
z Pena extinta.
ingressar com mandado de segurança coletivo nos
casos de direitos coletivos, assim entendidos como
De acordo com o § 2º, do art. 142, não caberá habeas
os transindividuais, cuja natureza for indivisível, ou
corpus em relação a punições disciplinares militares.
seja, de que sejam titulares grupos ou categorias de
Além dos militares das Forças Armadas, essa disposi-
pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por
ção é estendida aos membros das Polícias Militares e uma relação jurídica básica, e direitos individuais
dos Corpos de Bombeiros Militares (art. 42, CF, de 1988). homogêneos, assim entendidos como aqueles decor-
No entanto, é cabível o HC se a sanção militar tiver rentes de origem comum e de atividade ou situação
sido aplicada de forma ilegal por autoridade incompe- específica da totalidade ou de parte dos associados ou
tente ou em desacordo com as formalidades legais ou membros do impetrante.
além dos limites fixados em lei. Trata-se de inovação da CF, de 1988, para a tute-
la de direitos coletivos líquidos e certos, também não
Art. 5º [...] amparados por HC ou habeas data, quando o respon-
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para sável pela ilegalidade for autoridade pública ou agen-
proteger direito líquido e certo, não amparado te de pessoa jurídica no exercício de atribuições do
por habeas-corpus ou habeas-data, quando o Poder Público.
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for O MS coletivo segue as mesmas regras do individual.
autoridade pública ou agente de pessoa jurídi-
Para partidos políticos, exige-se representação no
ca no exercício de atribuições do Poder Público;
Congresso Nacional (pelo menos, um deputado ou
senador do partido). Para associação, exige-se que ela

69
O inciso LXIX traz outro remédio constitucional: o tenha sido constituída há, pelo menos, um ano.

8-
mandado de segurança (MS). Se o HC tutela a liber-

86
dade de locomoção e o habeas data, o acesso e a retifi- Art. 5º [...]

6.
cação de dados, o MS é cabível para os demais direitos, LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sem-

9
sendo que seu objetivo e alcance é feito por exclusão. pre que a falta de norma regulamentadora tor-

.4
Cabe destacar que a lei que disciplina o MS é a Lei nº

33
ne inviável o exercício dos direitos e liberdades
12.016, de 2009. constitucionais e das prerrogativas inerentes à

-4
O MS é cabível quando houver direito líquido e nacionalidade, à soberania e à cidadania;
certo, ou seja, direito que pode ser comprovado de O
IR
plano e que se apresenta de forma manifesta. Deste O inciso LXXI traz o mandado de injunção (MI),
M

ação constitucional para a tutela dos direitos previs-


A

modo, a prova deve ser toda pré-constituída, sendo


R

que os documentos comprobatórios do direito devem tos na CF, de 1988, inerentes à nacionalidade, à sobe-
E

acompanhar a própria petição inicial, salvo se estes rania e à cidadania, os quais não podem ser exercidos
R

em razão da falta de norma regulamentadora. Portan-


EI

estiverem em repartição ou em poder de autoridade


to, são pressupostos para o MI:
R

que se recuse a fornecê-los por certidão. Consequen-


IF

temente, no MS, não há fase instrutória


N

O MS pode ser de duas espécies: z Existência de um direito constitucionalmente pre-


LI

visto com relação à nacionalidade, soberania e


O

cidadania;
R

z Mandado de segurança repressivo, cuja ordem


A

de segurança objetiva cessar constrangimento ile- z A não autoaplicabilidade desse direito;


K

gal já existente; z Falta de norma infraconstitucional regulamenta-


LI

z Mandado de segurança preventivo, cuja ordem dora que inviabilize o exercício do direito previsto
IE

na CF, de 1988.
C

de segurança busca pôr fim à iminência de cons-


A

trangimento ilegal a direito líquido e certo.


R

Cabe lembrar que a lei que disciplina o MI é a Lei


G

nº 13.300, de 2016.
Não cabe MS contra:
A omissão normativa decorrente da não elabora-
ção de ato legislativo ou administrativo permite ao
z Ato do qual caiba recurso com efeito suspensivo,
indivíduo, ao Ministério Público e à Defensoria públi-
independentemente de caução;
ca ingressarem com o MI.
z Decisão judicial da qual caiba recurso com efeito Atualmente, adota-se a Teoria Concretista, ou
suspensivo; seja, o magistrado resolve o caso concreto (sentença
z Decisão judicial transitada em julgado. normativa) e não mais comunica o Poder Legislativo
para suprir a omissão.
Por fim, seu prazo (decadencial) de impetração
é de 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência do Art. 5º [...]
interessado do ato impugnado. LXXII - conceder-se-á habeas-data:
a) para assegurar o conhecimento de informa-
Art. 5º [...] ções relativas à pessoa do impetrante, constan-
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser tes de registros ou bancos de dados de entidades
232 impetrado por: governamentais ou de caráter público;
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
b) para a retificação de dados, quando não se Art. 5º [...]
prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica
administrativo; integral e gratuita aos que comprovarem insufi-
ciência de recursos;
O habeas data (HD) é o remédio constitucional
para a tutela do direito de informação e de intimida- O inciso LXXIV garante o acesso à Justiça a todas
de do indivíduo, de modo a garantir ao impetrante as pessoas. Assim sendo, o Estado brasileiro deve-
o conhecimento de informações pessoais constantes rá prestar a assistência jurídica de forma integral e
de banco de dados de entidades governamentais ou gratuita àqueles que comprovarem insuficiência de
abertas ao público, bem como o direito de retificação recursos financeiros. Esse direito instrumentaliza-se
dessas informações quando errôneas. por meio da Defensoria Pública ou por meio do convê-
Cumpre salientar que a lei que disciplina o HD é nio com a Defensoria Pública/Ordem dos Advogados
a Lei nº 9.507, de 1997. Por essa lei, o HD também é do Brasil através da nomeação de advogado dativo.
cabível no que há registrado no inciso III, art. 7º. Veja:
Art. 5º [...]
Art. 7° (Lei nº 9.507, de 1997) [...] LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro
III - para a anotação nos assentamentos do interes- judiciário, assim como o que ficar preso além do
sado, de contestação ou explicação sobre dado ver- tempo fixado na sentença;
dadeiro mas justificável e que esteja sob pendência
judicial ou amigável. O inciso LXXV visa evitar abusos por parte do
Poder Público ao prever a responsabilidade civil do
Ademais, a informação, a retificação ou a anotação Estado nos casos de erro do Poder Judiciário e prisão
foram negadas pela Administração Pública (entidades por tempo além do fixado em sentença.
governamentais da Administração direta ou indireta) A responsabilidade civil do Estado será estudada
ou particular (pessoas jurídicas de direito privado) posteriormente.
que mantenham banco de dados aberto ao público.
Art. 5º [...]
O HD pode ser impetrado por qualquer pessoa,

69
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente
física ou jurídica, brasileira ou estrangeira, desde que

8-
pobres, na forma da lei:
as informações solicitadas digam respeito ao próprio

86
a) o registro civil de nascimento;
indivíduo. Além disso, o HD não é instrumento jurídi-

6.
b) a certidão de óbito;

9
co adequado para se ter acesso aos autos do processo

.4
administrativo disciplinar (PAD).

33
Ao garantir a gratuidade das certidões de nasci-

-4
mento e óbito, a CF, de 1988, assegura que as pessoas
Art. 5º [...] possam ser registradas e possam usufruir dos direitos
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para
O
personalíssimos decorrentes, como, por exemplo, os
IR
propor ação popular que vise a anular ato lesivo
M
direitos de possuir um nome, de poder ser matricula-
ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado
A

do em uma escola, entre outros. Assim, a CF, de 1988,


R

participe, à moralidade administrativa, ao meio


garante que a falta de recursos financeiros não seja
E

ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,


considerada um obstáculo para o exercício de tais
R

ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento


EI

direitos.
de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
R
IF

Art. 5º [...]
N

O inciso LXXIII traz outro remédio constitucional:


LXXVII - são gratuitas as ações de habeas-cor-
LI

a ação popular. Trata-se da ação constitucional colo-


O

pus e habeas-data, e, na forma da lei, os atos


cada à disposição de qualquer cidadão para fiscalizar
R

necessários ao exercício da cidadania.


A

o Poder Público. Cabe esclarecer que cidadão é aque-


K

le que possui capacidade eleitoral ativa, ou seja, que O inciso LXXVII trata da gratuidade dos remédios
LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


pode votar. Portanto, a ação popular é cabível para os
IE

constitucionais de habeas corpus e habeas data. A


maiores de 16 (dezesseis) anos se eleitores.
C

finalidade do dispositivo é garantir o acesso de todas


A

Atenção! Não há necessidade de os menores de 18 as pessoas a esses remédios constitucionais.


R

(dezoito) anos serem assistidos, pois consiste em um


G

direito político. Ademais, quanto aos estrangeiros, é Art. 5º [...]


possível o ajuizamento da ação popular pelo portu- LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrati-
guês em situação de equiparação com brasileiro. vo, são assegurados a razoável duração do pro-
Em regra, a ação popular é gratuita. O motivo da cesso e os meios que garantam a celeridade de sua
gratuidade é permitir o acesso ao Poder Judiciário de tramitação.
todos os cidadãos para a defesa dos atos lesivos do
Poder Público. No entanto, o inciso LXXIII estabelece Este inciso trata o princípio da celeridade pro-
uma exceção: haverá custas e sucumbência caso o autor cessual. Desta forma, a CF, de 1988, assegura a todos,
ingresse com a ação com má-fé e esta seja comprovada. quer no âmbito judicial, quer no âmbito administra-
tivo, a duração razoável do processo, bem como dos
meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
Importante!
Art. 5º [...]
A má-fé deve ser sempre provada, enquanto a § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias
boa-fé é sempre presumida. fundamentais têm aplicação imediata. 233
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito Art. 5º [...]
à proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal
digitais. Penal Internacional a cuja criação tenha mani-
festado adesão.
Por fim, em recentíssima alteração constitucional,
a Emenda Constitucional nº 115, de 10 de Fevereiro de Esse parágrafo também foi incluído pela Emenda
2022, adicionou o inciso LXXIX ao art. 5º da CF, o qual Constitucional nº 45, de 2004. O Tribunal Penal Inter-
busca incluir a proteção de dados pessoais entre os nacional (TPI) encontra-se disciplinado no Estatuto
direitos e garantias fundamentais. Ademais, embora de Roma e tem como finalidade julgar os crimes de
não seja objeto de estudo deste tópico, cabe ressaltar genocídio, crimes de guerra, crimes contra a humani-
que a competência para legislar sobre a proteção e dade e crimes de agressão.
tratamento de dados pessoais é de privativa da União. Atenção! Não confundir o TPI com a Corte Inter-
De acordo com o § 1º, os direitos e garantias indi- nacional de Justiça, também conhecida como Tribu-
viduais e coletivos previstos no art. 5º estão prontos nal de Haia, que é o órgão jurídico da Organização das
para serem aplicados e exigidos, uma vez que não Nações Unidas.
dependem da existência de qualquer outra norma
para produzir efeitos. Dos Direitos Políticos
Atenção! Não confundir aplicação imediata com a
aplicabilidade da norma constitucional (norma cons- Tem regras fixadas pela constituição no Capítulo
titucional de eficácia plena, contida e limitada). IV referente à participação popular no processo polí-
tico, art.14 e seguintes da Constituição.
Art. 5º [...] Os direitos políticos conferidos à população brasi-
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Consti- leira são o sufrágio universal, o voto direto e secreto
tuição não excluem outros decorrentes do regime e a participação em plebiscitos, referendos ou inicia-
e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados tivas populares.
internacionais em que a República Federativa do Sufrágio universal é o direito de homens e mulhe-
Brasil seja parte. res naturalizados ou nascidos em um país de partici-
par das eleições, ou seja:

69
O § 2º estabelece que o rol de direitos e deveres

8-
disposto no art. 5º é exemplificativo e não taxativo. z Capacidade eleitoral ativa: direito de votar;

86
Portanto, podem existir outros direitos em outros dis- z Capacidade eleitoral passiva: direito de ser

6.
positivos da CF, de 1988, em outros diplomas legais, votado.

9
.4
em tratados internacionais, entre outros.

33
Condições de Elegibilidade

-4
Art. 5º [...]

O
§ 3º Os tratados e convenções internacionais Conforme § 3º, art. 14, da CF, são condições de ele-
IR
sobre direitos humanos que forem aprovados, em gibilidade, na forma da lei:
M
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
A

por três quintos dos votos dos respectivos membros,


R

serão equivalentes às emendas constitucionais. Nacionalidade brasileira


E

Não ter direitos políticos cassados


R

Alistamento eleitoral
EI

O § 3º estabelece as regras para a incorporação ELEGIBILIDADE


Domicilio eleitoral na circunscrição
R

do tratado internacional que verse sobre direi- correspondente


IF

tos humanos. Via de regra, o tratado internacional, Filiação partidária


N

após a sua celebração e assinatura pelo Presidente da


LI
O

República, passa por referendo parlamentar para sua A constituição também define a idade mínima que
R

incorporação. Assim, o Poder Legislativo o aprova, cada candidato, correspondente a seu cargo, deve ter:
A

por meio de um Decreto Legislativo, e o remete ao Pre-


K

sidente da República para sua ratificação, por meio de


LI

z Presidente + Vice Senador: 35 anos;


IE

Decreto. O Decreto do Executivo é, por sua vez, pro- z Governador + Vice dos Estados e DF: 30 anos;
C

mulgado e publicado em Diário Oficial da União e pas- z Deputado Federal, Estadual e Distrital, Prefeito +
A

sa a ter força de lei. Vice e Juiz de Paz e 21 anos;


R
G

No caso de tratado sobre direitos humanos, a CF, z Vereador: 18 anos.


de 1988, disciplinou a possibilidade de sua incorpo-
ração, seguindo os mesmos procedimentos cabíveis Perda ou Suspensão dos Direitos Políticos
para as Emendas Constitucionais, ou seja, dois turnos
em cada Casa do Congresso Nacional e aprovação por A perda ou suspensão dos direitos políticos estão
3
/5 dos votos. Deste modo, o tratado passa a ser incor- apresentadas no art. 15 da Constituição.
porado, no ordenamento jurídico, com força de nor- Como o nome já diz, a suspensão é o cancelamento
ma constitucional. por um tempo determinado, já a perda, o cancelamen-
O § 3º, do art. 5º, da CF, de 1988, foi incluído pela to por prazo indeterminado. Vejamos em quais situa-
Emenda Constitucional nº 45, de 2004. Portanto, ape- ções podem ocorrer perda ou suspensão, analisando o
nas os tratados incorporados após essa Emenda e art. 15 da CF, de 1988.
seguindo os parâmetros do dispositivo possuem força
de norma constitucional. Para os incorporados ante- Art. 15 É vedada a cassação de direitos políticos,
riormente, caso se refiram aos direitos humanos, são cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
considerados supralegais. Para todos os demais trata- I - cancelamento da naturalização por sentença
234 dos, força legal. transitada em julgado; PERDA.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
II - incapacidade civil absoluta; (grifo nosso) O Princípio da Publicidade exige a divulgação dos
Suspensão atos da Administração Pública com o objetivo de per-
III - condenação criminal transitada em julgado, mitir o conhecimento e o controle por toda a sociedade,
enquanto durarem seus efeitos; SUSPENSÃO pois ao administrador compete agir com transparência.
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta Por fim, o Princípio da Eficiência impõe à Admi-
ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; nistração a obrigação de realizar suas atribuições com
PERDA.
rapidez, perfeição e rendimento, pois quem adminis-
V - improbidade administrativa, nos termos do art.
tra gere algo que pertence à sociedade. Assim, cabe
37, § 4º. SUSPENSÃO
ao administrador zelar pelos interesses públicos com
plena satisfação do administrado e com o menor custo
Dica para a sociedade.
Não existe a cassação dos direitos políticos.
Dica
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Para memorizar os princípios, utilize o mnemô-
Da Administração Pública
nico LIMPE:
Legalidade
z Disposições Gerais Impessoalidade
Moralidade
A Administração Pública tem suas regras discipli- Publicidade
nadas nos arts. 37 a 41, da CF, de 1988. Eficiência

Art. 37 A administração pública direta e indi- Art. 37 [...]


reta de qualquer dos Poderes da União, dos Esta- I - os cargos, empregos e funções públicas são
dos, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá acessíveis aos brasileiros que preencham os
aos princípios de legalidade, impessoalidade, requisitos estabelecidos em lei, assim como aos
moralidade, publicidade e eficiência e, também, estrangeiros, na forma da lei;

69
ao seguinte:
No que se refere à forma de acesso por brasileiro

8-
86
Conforme se observa do caput, do art. 37, a Admi- naturalizado, há de se esclarecer, inicialmente, que se
nistração Pública divide-se em Administração trata dos cargos não privativos de brasileiros natos,

96.
Pública Direta, que é composta pelos quatro entes uma vez que os cargos privativos de brasileiro nato

.4
federativos (União, Estados, Municípios e Distrito constam expressamente no § 3º, art. 12, da CF, de 1988.

33
Federal), e Administração Pública Indireta, compos- Observa-se que os cargos não privativos de brasilei-

-4
ta pelas autarquias, fundações públicas, sociedades de ros natos podem ser preenchidos por brasileiros (natos
economia mista e empresas públicas.
O
ou naturalizados) de forma ampla. Vale frisar que pode
IR
Via de regra, a Administração Pública submete-se a lei estabelecer requisitos limitadores, tais como for-
M

a um regime jurídico de direito público, ou seja, a sua mação escolar, idade, entre outros. Em contrapartida,
A
R

atuação independe da concordância dos administra- para que o estrangeiro possa ter acesso a tais cargos,
E

dos, pois se funda na própria soberania estatal. a lei deve especificar as hipóteses de admissibilidade.
R

O regime jurídico de direito público faz com que a Há que se fazer, aqui, duas observações quanto à
EI

Administração se sujeite a limites, que, por vezes, são aplicabilidade da norma. Com relação aos brasileiros, a
R
IF

mais estritos do que aqueles a que estão submetidos norma constitucional é de eficácia contida, ou seja, todos
os particulares. Como exemplo, pode-se citar o dever
N

os brasileiros têm acesso aos cargos, empregos e funções


LI

de observância da finalidade pública. públicas. A norma infraconstitucional pode conter tais


O

Esse regime de prerrogativas e sujeições para a efeitos, estabelecendo critérios diferenciados. Portanto,
R

Administração Pública encontra-se expresso em for-


A

todos os brasileiros têm acesso a todos os cargos, empre-


K

ma de princípios. De acordo com o dispositivo, são gos e funções desde que a norma não restrinja.
LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


princípios que regem a Administração Pública direta Já para os estrangeiros, a norma constitucional é
IE

e indireta: legalidade, impessoalidade, moralidade, de eficácia limitada, ou seja, para que o estrangeiro
C

publicidade e eficiência. tenha acesso, faz-se necessária norma infraconstitu-


A

O Princípio da Legalidade estabelece a sujeição


R

cional regulando a hipótese. Deste modo, os estran-


G

da Administração Pública aos mandamentos da lei. geiros têm acesso somente aos cargos, empregos e
A legalidade traduz o sentido de que a Administra- funções públicos que a lei autorizar.
ção Pública somente pode fazer o que a lei manda ou
permite, bem como somente pode proibir o que a lei Art. 37 [...]
expressamente proíbe. II - a investidura em cargo ou emprego públi-
O Princípio da Impessoalidade traz a neutrali- co depende de aprovação prévia em concurso
dade necessária para o exercício da atividade admi- público de provas ou de provas e títulos, de
nistrativa. Destinado tanto ao administrador como ao acordo com a natureza e a complexidade do cargo
administrado, esse princípio impõe a objetividade e a ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
isonomia da conduta administrativa. as nomeações para cargo em comissão declarado
O Princípio da Moralidade diz respeito à moral em lei de livre nomeação e exoneração;
administrativa. Segundo ele, os atos da administra-
ção pública devem ser balizados nas matrizes éticas O inciso II estabelece a necessidade de procedi-
dominantes. A finalidade do princípio é fixar limites mento administrativo destinado à seleção das pessoas
à atuação da Administração, evitando, por exemplo, o que irão ocupar empregos públicos ou cargos públicos
excesso de poder ou desvio de finalidade. de provimento efetivo ou vitalício. Trata-se, portanto, 235
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
de uma forma de escolha para atender aos princípios Art. 37 [...]
da igualdade e da moralidade administrativa, evitan- V - as funções de confiança, exercidas exclusivamen-
do-se, com isso, que o ingresso no serviço público se dê te por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os
por critérios de favorecimento pessoal ou nepotismo. cargos em comissão, a serem preenchidos por servi-
Os concursos públicos devem ser abertos a todos dores de carreira nos casos, condições e percentuais
os interessados. Portanto, não se admite que a seleção mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atri-
ocorra de forma interna (concursos internos). buições de direção, chefia e assessoramento;
Cabe consignar que os concursos públicos podem
ser de provas ou de provas e títulos. Deste modo, O inciso V trata de duas situações distintas: a fun-
não se admite concurso apenas de títulos nem admis- ção de confiança e o cargo de confiança (em comissão).
são sem concurso público. Observa-se, no entanto, Cargo público é a unidade estrutural e funcional em
que existem exceções à regra relativa aos concur-
que o servidor exerce suas atribuições e responsabili-
sos públicos para os seguintes casos:
dades, ou seja, é o local dentro da estrutura organiza-
z Cargos de mandato eletivo; cional que deve ser atribuído a um servidor. Já função
z Cargo comissionado; pública é a própria atribuição e responsabilidade.
z Contratação temporária por excepcional interesse Em regra, os cargos públicos somente podem ser
público; criados, transformados ou extintos por lei. Assim,
z Ex-combatente que tenha efetivamente participa- cabe ao Poder Legislativo, com a sanção do chefe do
do de operações bélicas durante a Segunda Guerra Poder Executivo, dispor sobre a criação, transforma-
Mundial (inciso I, art. 53, ADCT); ção e extinção de cargos, empregos e funções públicas.
z Outras hipóteses: Ministros ou Conselheiros dos A iniciativa da lei que cria, extingue ou transforma
Tribunais de Contas; Ministros do STF, do STJ, TSE, cargos, varia conforme o caso. Por exemplo, no caso
TST e STM; integrantes do quinto Constitucional dos cargos do Poder Judiciário, dos Tribunais de Con-
dos Tribunais Judiciários. tas e do Ministério Público, a lei será de iniciativa dos
respectivos Tribunais ou Procuradores-Gerais.
Art. 37 [...] Excepciona a regra quando os cargos ou funções
III - o prazo de validade do concurso público será
se encontrarem vagos, uma vez que a Emenda Cons-
de até dois anos, prorrogável uma vez, por
titucional nº 32, de 2001, possibilitou a extinção por

69
igual período;
meio de decreto do Presidente da República. Com rela-

8-
O inciso III traz o prazo de validade do concurso ção aos Governadores e Prefeitos, a extinção do cargo

86
público, que é de até 2 (dois) anos. Assim sendo, cabe vago é possível se houver semelhante previsão nas

6.
ao edital definir qual o prazo do concurso, não poden- respectivas Constituições Estaduais ou Leis Orgânicas

9
.4
do, no entanto, ser superior a 2 (dois) anos. (princípio da simetria).

33
Além disso, é possível a prorrogação do prazo de vali- No que se refere às garantias e características

-4
dade por uma única vez e por igual período, ou seja, se o especiais, os cargos podem ser classificados em vitalí-
prazo de validade do edital é de 1 (um) ano, ele somente cios, efetivos e comissionados:
poderá ser prorrogado por 1 (um) ano. Aqui, cabe uma
O
IR
observação importante: a prorrogação só é possível ser
M

feita enquanto não expirado o prazo inicial. z Cargo vitalício é aquele com a maior garantia em
A

O candidato que for aprovado em concurso público relação à permanência. Trata-se daquele destina-
R

dentro do número de vagas previstas no edital, estando do a receber o ocupante em caráter permanente,
E
R

tal concurso dentro do prazo de validade, possui o direi- como no caso dos magistrados (inciso I, art. 95, CF,
EI

to subjetivo de ser nomeado, assim como a prioridade de 1988), os de membros do Ministério Público (alí-
R

na nomeação. Em contrapartida, o candidato aprovado nea “a”, inciso I, § 5º, art. 128, da CF, de 1988) e os
IF

fora do número de vagas possui mera expectativa de de ministros do Tribunal de Contas (§ 3º, art. 73, CF,
N

direito à nomeação, devendo submeter-se ao juízo de de 1988). A vitaliciedade é adquirida após 2 (dois)
LI

conveniência e oportunidade da Administração.


O

anos de efetivo exercício no cargo e tais servido-


R

res só poderão ser demitidos por sentença judicial


A

Art. 37 [...]
transitada em julgado;
K

IV - durante o prazo improrrogável previsto no edi-


z Cargo efetivo é aquele provido por concurso
LI

tal de convocação, aquele aprovado em concurso


IE

público de provas ou de provas e títulos será con- público, cujos integrantes possuem a estabilida-
C

vocado com prioridade sobre novos concursa- de, ou seja, após 3 (três) anos de efetivo exercí-
A

dos para assumir cargo ou emprego, na carreira; cio, só poderão ser demitidos por decisão judicial
R
G

transitada em julgado, processo administrativo


O inciso IV regula a hipótese de novo concurso para disciplinar ou processo de avaliação periódica de
o mesmo cargo enquanto os candidatos aprovados em desempenho;
certame anterior e com prazo de validade não expirado z Cargo em comissão é aquele preenchido de acordo
ainda não foram convocados. Assim, estabelece a priori- com a confiança. Como regra, ele deve ser preenchi-
dade de convocação destes em face dos novos aprovados. do preferencialmente por servidores de carreira.
Portanto, para os demais casos (pessoal de fora da
Importante! Administração), a nomeação deve ser exceção.

Segundo entendimento do STF, para gozar da prio- Além disso, é importante frisar que a nomeação aos
ridade na nomeação, não basta ao candidato a cargos em comissão somente é possível para os cargos
mera aprovação, sendo necessário que ele tenha de chefia, direção ou assessoramento. Portanto, para
sido classificado dentro do número de vagas dis- as atribuições de execução e, não, para as atribuições
ponibilizadas no concurso, ou seja, se o edital pre- técnicas e operacionais. Exemplo: cabe a nomeação
viu uma vaga e foram aprovados dois candidatos, para cargo em comissão de Secretário de Transportes,
236 somente o primeiro tem prioridade de nomeação. por demandar conhecimento específico e confiança. Já
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
para o motorista, isso não é cabível, pois, diferentemen- estas essenciais e necessárias à coletividade. Para tan-
te do Secretário, sua atribuição é meramente operacio- to, a Norma Constitucional prevê que os termos e limi-
nal e não demanda a relação de confiança. tes devem ser estabelecidos em lei.
Como regra, os cargos em comissão são de livre Ainda não foi elaborada lei para dar aplicabilidade
nomeação e exoneração (ad nutum). A exceção a essa ao inciso VII. Por essa razão, o STF proferiu a seguinte
regra é o que se intitula nepotismo (favorecimento decisão nos autos do Mandado de Injunção 670-ES:
de parentes em detrimento de pessoas mais qualifi-
cadas). Importante salientar que essa prática também STF, MI 670-ES: Mandado de injunção. Garantia
pode ocorrer de forma cruzada. Por exemplo: quando fundamental (CF, Art. 5º, inciso LXXI). Direito de
autoridades, a fim de omitir o nepotismo, nomeiam greve dos servidores públicos civis (CF, Art. 37,
para determinado cargo parentes um do outro de inciso VII). Evolução do tema na jurisprudência
maneira recíproca. do Supremo Tribunal Federal (STF). Definição dos
Vejamos, a seguir, o texto da Súmula Vinculante nº parâmetros de competência constitucional para
13, do STF, relativa ao tema: apreciação no âmbito da justiça federal e da jus-
tiça estadual até a edição da legislação específica
Súmula Vinculante nº 13 A nomeação de cônju- pertinente, nos termos do art. 37, VII, da CF. Em
ge, companheiro, ou parente, em linha reta, cola- observância aos ditames da segurança jurídica e à
teral ou por afinidade, até o 3º grau, inclusive, da evolução jurisprudencial na interpretação da omis-
autoridade nomeante ou de servidor da mesma pes- são legislativa sobre o direito de greve dos servido-
soa jurídica, investido em cargo de direção, chefia
res públicos civis, fixação do prazo de 60 (sessenta)
ou assessoramento, para o exercício de cargo em
dias para que o Congresso Nacional legisle sobre
comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gra-
a matéria. Mandado de injunção deferido para
tificada na administração pública direta e indireta,
em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do determinar a aplicação das Leis n°s 7.701/1988 e
Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o 7.783/1989.
ajuste mediante designações recíprocas, viola a CF.
Seguimos com os incisos do art. 37, da CF, de 1988:
A Súmula Vinculante nº 13 aplica-se apenas aos

69
cargos de natureza administrativa, estando de Art. 37 [...]

8-
fora do seu âmbito as nomeações para cargos políti- VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empre-

86
cos. Exemplo: o STF considerou válida a nomeação gos públicos para as pessoas portadoras de defi-

6.
para o cargo de Secretário Estadual de Transportes ciência e definirá os critérios de sua admissão;

9
.4
de irmão de Governador de Estado sob a alegação de

33
que o cargo em questão possuía natureza política (Rcl O inciso VIII estabelece a reserva de vagas para

-4
6.650-MC-AgR). pessoas com deficiência. Trata-se de uma norma
Por fim, para o exercício da função de confiança, constitucional de eficácia limitada, ou seja, que depen-
O
IR
o pressuposto é que o nomeado já exerça cargo na de da edição de lei infraconstitucional para poder
M
Administração. Exemplo: um escrevente técnico é gerar os efeitos.
A

nomeado para a função de assessor do juiz. Com relação à reserva, cumpre salientar que as
R

atribuições do cargo devem ser compatíveis com a


E
R

deficiência. Ainda, a reserva é de até 20% (vinte por


EI

Importante! cento) das vagas oferecidas no concurso, isto é, a CF,


R

de 1988, fixou apenas o limite máximo (teto) do núme-


IF

� Função de confiança: deve ser agente público;


ro a ser reservado.
N

� Cargo em confiança: pode ou não ser agente


LI

público. O § 1º, art. 37, do Decreto nº 3.298, de 1999, esta-


O

belece o percentual mínimo de 5% das vagas e, no


R

caso de o número obtido ser fracionado, o número de


A
K

Art. 37 [...] vagas será elevado até o primeiro número inteiro sub-
LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


VI - é garantido ao servidor público civil o direito à sequente, ou seja, arredondado para cima.
IE

livre associação sindical;


C

Art. 37 [...]
A

O inciso VI decorre do direito à liberdade do art. 5º,


R

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por


G

da CF, de 1988. Lembrem-se: ninguém é obrigado a se tempo determinado para atender a necessidade
associar ou a se manter associado. temporária de excepcional interesse público;

Art. 37 [...]
O servidor temporário encontra-se disciplinado
VII - o direito de greve será exercido nos termos e
no inciso IX. Trata-se de uma categoria à parte, uma
nos limites definidos em lei específica;
vez que não titulariza cargo público nem possui
O direito de greve dos servidores públicos é dife- qualquer vínculo trabalhista regido pela CLT, sendo
rente do direito dos demais trabalhadores da inicia- regida por regime especial veiculado por meio de lei
tiva privada. Enquanto estes podem interromper específica de cada ente da federação.
completamente suas atividades, o servidor público O servidor público exerce funções públicas sem
precisa garantir que os serviços sejam mantidos e em ocupar cargos ou empregos públicos e sua contra-
percentual que possa atender à população. Trata-se tação é por tempo determinado e para atender
da aplicação do princípio da continuidade, uma vez necessidade temporária de excepcional interesse
que não é possível a interrupção total das atividades público. Por exemplo: agente sanitário em caso de
prestadas pela Administração à população por serem surto de dengue. 237
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Art. 37 [...] no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio
X - a remuneração dos servidores públicos e dos Desembargadores do Tribunal de Justiça,
o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centési-
poderão ser fixados ou alterados por lei especí- mos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos
fica, observada a iniciativa privativa em cada caso, Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito
assegurada revisão geral anual, sempre na mesma do Poder Judiciário, aplicável este limite aos mem-
data e sem distinção de índices; bros do Ministério Público, aos Procuradores e aos
Defensores Públicos;
O inciso X trata da remuneração dos servidores
públicos. Cumpre esclarecer, no entanto, que remu- Com relação ao teto do funcionalismo público, a
neração é o gênero, do qual salário, vencimentos e CF, de 1988, estabeleceu duas regras. A primeira é a
subsídios são espécies. Salário é a contraprestação do teto geral, ou seja, o limite máximo de remune-
pecuniária paga aos empregados públicos, regidos ração, que é o valor dos subsídios dos Ministros do
pela CLT. Vencimento é a modalidade remunerató- Supremo Tribunal Federal. Já a segunda regra trata
ria da maioria dos servidores submetidos a regime do denominado subteto, ou seja, o teto para os Esta-
jurídico estatutário, englobando o vencimento-base e dos, Municípios e Distrito Federal.
as vantagens pecuniárias. Já subsídio é uma parcela Vale destacar que o dispositivo previu duas hipóte-
única, sem qualquer acréscimo, obrigatória para as ses de subtetos: o teto único e o teto por Poder. O teto
seguintes categorias: único tem, como base, a fixação de um valor máximo
estabelecido para fins remuneratórios. Já o teto por
z Membros de Poder (chefes dos Poderes Executivos, Poderes faz com que cada ente político adote um sub-
senadores, deputados, vereadores, magistrados), teto próprio para a fixação dos subsídios.
detentores de mandato eletivo, Ministros de Esta- O Executivo tem, como subteto, os subsídios do
do e Secretários Estaduais e Municipais; Governador. O Legislativo tem, como subteto, os sub-
z Ministros ou Conselheiros dos Tribunais de Contas; sídios dos deputados estaduais, que, por sua vez, não
z Membros do Ministério Público; poderão exceder 75% dos subsídios dos deputados
z Integrantes das carreiras pertencentes à Advocacia federais. Por fim, o Judiciário adota, como subteto, o
Geral da União, à Procuradoria-Geral da Fazenda valor de 90,25% dos subsídios do Supremo Tribunal

69
Nacional, às Procuradorias dos Estados e do Dis- Federal, ressaltando que esse subteto se aplica tão

8-
trito Federal e às Defensorias Públicas da União, somente aos seus servidores e, não, aos membros da

86
DF e Territórios e Defensorias Públicas Estaduais Magistratura, pois a estes é aplicado o teto do Supre-

6.
(art. 135, CF); mo Tribunal Federal.

9
.4
z Servidores policiais integrantes da Polícia Fede-

33
ral, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Art. 37 [...]

-4
Federal, Polícias Civis, Polícias Militares e Corpos XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legis-
de Bombeiros Militares. lativo e do Poder Judiciário não poderão ser
O
superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
IR
M

Vejamos, a seguir, o texto da Súmula nº 679, do STF:


A

A isonomia dos vencimentos dos servidores dos


R

três Poderes está disciplinada no inciso XII. Sua finali-


Súmula n° 679 (STF) A fixação de vencimentos dos
E

dade é manter a paridade.


R

servidores públicos não pode ser objeto de conven-


EI

ção coletiva. É importante o texto da Súmula Vinculante nº 37,


R

do STF:
IF

No que se refere à revisão, o dispositivo trata ape-


N

nas da revisão geral, ou seja, do reajuste anual genéri- Súmula Vinculante nº 37 Não cabe ao Poder Judi-
LI

ciário, que não tem função legislativa, aumentar


O

co, que tem por objetivo repor as perdas inflacionárias


vencimentos de servidores públicos sob fundamen-
R

do período, sendo aplicável a todos os servidores. Por-


A

to de isonomia.
tanto, não a confunda com reajuste específico, que é
K

aquele aplicado apenas a alguns cargos ou carreiras


LI

Art. 37 [...]
IE

funcionais, com a finalidade de evitar a defasagem XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de


C

remuneratória. quaisquer espécies remuneratórias para o efeito


A
R

de remuneração de pessoal do serviço público;


G

Art. 37 [...]
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de A vedação à vinculação e à equiparação de
cargos, funções e empregos públicos da administra-
remunerações encontra-se prevista no inciso XIII.
ção direta, autárquica e fundacional, dos membros
Sobre isso, vejamos o texto da Súmula nº 681:
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores
Súmula nº 681 (STF) É inconstitucional a vincula-
de mandato eletivo e dos demais agentes políticos
ção do reajuste de vencimentos de servidores esta-
e os proventos, pensões ou outra espécie remu-
duais ou municipais a índices federais de correção
neratória, percebidos cumulativamente ou não,
monetária.
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer
outra natureza, não poderão exceder o subsídio
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Atenção! Há duas exceções à regra de não vincu-
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos lação, quais sejam:
Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Esta-
dos e no Distrito Federal, o subsídio mensal do z A equiparação de vencimentos e vantagens entre
Governador no âmbito do Poder Executivo, o os Ministros do TCU e do STJ (§ 3º, art. 73, CF, de
238 subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais 1988);
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z A vinculação entre o subsídio dos Ministros dos Importante!
Tribunais Superiores e o subsídio mensal fixado
para os Ministros do STF (inciso V, art. 93, da CF). Cargos burocráticos não são considerados como
técnicos. Para ser enquadrado como cargo téc-
Art. 37 [...] nico passível de acumulação, é necessária for-
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por mação específica na área de atuação. Portanto,
servidor público não serão computados nem cargo técnico é aquele que requer conhecimento
acumulados para fins de concessão de acréscimos específico na área de atuação do profissional,
ulteriores; com habilitação específica de grau universitário
ou profissionalizante (ensino médio).
O inciso XIV trata da vedação ao efeito repicão ou
efeito cascata, ou seja, veda-se que a mesma vanta-
gem seja repetidamente computada para o cálculo das Em síntese:
demais vantagens. A finalidade do dispositivo é evitar
que, na base de cálculo de uma vantagem remunera- z Regra: não acumulação de cargos públicos
remunerados;
tória, seja acrescida outra vantagem. Por exemplo: se
z Exceção: acumulação de cargos públicos remune-
o servidor faz jus e recebe um adicional por tempo
rados, quando há compatibilidade de horários e
de serviço, não é possível inseri-lo na base de cálcu-
nas seguintes hipóteses:
lo para a concessão de outra gratificação, como, por
exemplo, uma gratificação de produtividade.
„ Dois cargos de professor;
„ Um cargo de professor com outro técnico ou
Art. 37 [...]
científico;
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de
„ Dois cargos privativos de profissionais de saú-
cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressal-
de, com profissões regulamentadas.
vado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos
arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
Art. 37 [...]
XVII - a proibição de acumular estende-se a empre-
A irredutibilidade dos subsídios e dos venci-

69
gos e funções e abrange autarquias, fundações,
mentos dos ocupantes de cargos, funções e empregos

8-
empresas públicas, sociedades de economia mis-
públicos encontra-se estabelecida no inciso XV. Trata-

86
ta, suas subsidiárias, e sociedades controladas,
-se da impossibilidade de redução do valor nominal, direta ou indiretamente, pelo poder público;

96.
ou seja, se a remuneração é de R$ 5.000,00, não pode-

.4
rá reduzi-lo para valor inferior. No entanto, é possível O inciso XVII estende a regra da não acumulação

33
que ocorra a redução real, ou seja, que o poder aquisi- para a Administração Indireta. Portanto, a proibição

-4
tivo desse valor seja atingido pela inflação. aplica-se às autarquias, fundações e empresas públi-

O
cas, sociedades de economia mista, bem como às suas
IR
Art. 37 [...] subsidiárias, além das sociedades controladas direta
M

XVI - é vedada a acumulação remunerada de ou indiretamente pelo poder público.


A

cargos públicos, exceto, quando houver compa-


R

tibilidade de horários, observado em qualquer Art. 37 [...]


E
R

caso o disposto no inciso XI: XVIII - a administração fazendária e seus servi-


EI

a) a de dois cargos de professor; dores fiscais terão, dentro de suas áreas de com-
R

b) a de um cargo de professor com outro técni- petência e jurisdição, precedência sobre os demais
IF

co ou científico; setores administrativos, na forma da lei;


N

c) a de dois cargos ou empregos privativos


LI

O inciso XVIII trata da precedência da Administra-


O

de profissionais de saúde, com profissões


R

regulamentadas; ção Fazendária e seus servidores fiscais aos demais


A

setores administrativos. Isso significa dizer que, den-


K

O inciso XVI trata da vedação de acumulação de tro da estrutura da Administração Pública, esta deverá
LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


dar prioridade para os serviços atinentes à arrecada-
IE

cargos. Como regra, é vedada a acumulação remu-


ção dos tributos, por se tratar dos recursos essenciais
C

nerada de cargos públicos. No entanto, é possível a


A

acumulação se houver compatibilidade de horários ao seu funcionamento.


R
G

entre os cargos e somente em três hipóteses.


A primeira refere-se ao magistério e traz a pos- Art. 37 [...]
sibilidade de acumular dois cargos de professor XIX - somente por lei específica poderá ser criada
autarquia e autorizada a instituição de empre-
(ex.: cargo de professor da rede municipal no perío-
sa pública, de sociedade de economia mista e
do matutino e cargo de professor da rede estadual no de fundação, cabendo à lei complementar, neste
período noturno). último caso, definir as áreas de sua atuação;
A segunda hipótese é a acumulação de um cargo
de professor com outro técnico ou científico (ex.: Para que uma autarquia seja criada, faz-se neces-
cargo técnico em enfermagem em hospital estadual sária a autorização legislativa (lei específica), de modo
com carga horária compatível com cargo de professor a adquirir a personalidade jurídica com a própria lei.
de ensino médio estadual). Em contrapartida, é preciso lei que autorize a criação
Por fim, é possível a acumulação de dois cargos das empresas públicas, sociedades de economia mista
privativos de profissionais da saúde, com profissões e fundações, devendo, posteriormente, ser registra-
regulamentadas (Ex.: Cargo de dentista, em um muni- das, a fim de adquirirem a personalidade jurídica.
cípio, durante o período matutino, com outro cargo de Ressalta-se, por fim, que, para as fundações, uma lei
dentista, em outro município, no período vespertino). complementar deve definir as áreas de sua atuação. 239
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
LEI ESPECÍFICA LEI COMPLEMENTAR O § 1º trata das regras de publicidade dos atos,
programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
� Cria as autarquias e as funda- � Especifica a área de
ções públicas de direito públi- atuação das fundações
públicos. Esse dispositivo é consequência direta do
co (já que estas últimas são princípio da impessoalidade, pois tal publicidade deve
equiparadas a autarquias) ser de caráter informativo, educativo ou de orienta-
� Autoriza a criação das demais ção social, ou seja, a propaganda pública não pode ser
entidades (empresa pública, um meio para promoção pessoal.
sociedade de economia mista
e fundações públicas de direi-
É por esse motivo que não é permitido ao Governa-
to privado) dor ou ao Prefeito, por exemplo, continuar a utilizar
o slogan de campanha após ser eleito, uma vez que
Art. 37 [...] vincularia aquela atividade pública a sua pessoa.
XX - depende de autorização legislativa, em cada
caso, a criação de subsidiárias das entidades Art. 37 [...]
mencionadas no inciso anterior, assim como a § 2º A não observância do disposto nos incisos II
participação de qualquer delas em empresa privada; e III implicará a nulidade do ato e a punição da
autoridade responsável, nos termos da lei.
Veja que em relação às subsidiárias e à participa-
ção em empresa privada há a necessidade de autori- O § 2º traz a responsabilidade do agente público
zação legislativa, independente da vinculação, ou seja, pela não observância da regra de que, para contratação
não importa se é vinculada à entidade que é criada de pessoal, o concurso público é indispensável. Conse-
por lei. Para exemplificar, imaginemos uma subsidiá- quentemente, se houver ingresso de pessoal sem o devi-
ria XY da autarquia X. A autarquia foi criada por lei, e
do processo de seleção, haverá nulidade da nomeação,
sua subsidiária foi criada por autorização legislativa.
devendo a autoridade sofrer as punições em conformi-
dade com a norma infraconstitucional. Além disso, o
Art. 37 [...]
XXI - ressalvados os casos especificados na legisla- prazo de validade do concurso também implica em nuli-
ção, as obras, serviços, compras e alienações dade da nomeação e responsabilidade do agente.

69
serão contratados mediante processo de licitação
pública que assegure igualdade de condições a Art. 37 [...]

8-
86
todos os concorrentes, com cláusulas que esta- § 3º A lei disciplinará as formas de participação
beleçam obrigações de pagamento, mantidas as do usuário na administração pública direta e

96.
condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o indireta, regulando especialmente:

.4
qual somente permitirá as exigências de qualifica- I - as reclamações relativas à prestação dos servi-

33
ção técnica e econômica indispensáveis à garantia ços públicos em geral, asseguradas a manutenção

-4
do cumprimento das obrigações. de serviços de atendimento ao usuário e a avalia-

O
ção periódica, externa e interna, da qualidade dos
IR
Outra regra contida na Constituição é a exigência serviços;
M

de licitação pública para contratação de obras, ser- II - o acesso dos usuários a registros administrati-
A

viços, compras e alienações, ressalvados os casos


R

vos e a informações sobre atos de governo, obser-


de dispensa e inexigibilidade previstos em lei.
E

vado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;


R

Vale frisar, aqui, que é assegurada a todos a igualda- III - a disciplina da representação contra o exercí-
EI

de de condições, com cláusulas que estabeleçam obriga- cio negligente ou abusivo de cargo, emprego ou fun-
R

ções de pagamento, mantidas as condições efetivas da


IF

ção na administração pública.


proposta, nos termos da lei, a qual somente permitirá
N

as exigências de qualificação técnica e econômica indis-


LI

O § 3º remete à preocupação do legislador para que


O

pensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.


haja um controle social, de modo a estabelecer meios
R
A

para que qualquer pessoa comunique as irregularida-


Art. 37 [...]
K

XXII - as administrações tributárias da União, des ou ilegalidades praticadas pelos agentes públicos.
LI

Trata-se, portanto, da possibilidade de controle para


IE

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,


evitar os atos de improbidade administrativa, ou seja,
C

atividades essenciais ao funcionamento do Estado,


A

exercidas por servidores de carreiras específicas, de condutas ilegais, desonestas, abusivas e incorretas.
R

terão recursos prioritários para a realização


G

de suas atividades e atuarão de forma integrada, Art. 37 [...]


inclusive com o compartilhamento de cadastros e § 4º Os atos de improbidade administrativa
de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. importarão a suspensão dos direitos políticos,
a perda da função pública, a indisponibilidade
O inciso XXII traz mais uma regra de prioridade da dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma
parte fiscal e de arrecadação. Assim, a Administração e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação
tributária de qualquer dos entes da federação possui penal cabível.
recurso prioritário para a realização de suas atividades.
De acordo com o § 4º, as penalidades para os atos
Art. 37 [...] de improbidade são as seguintes: suspensão dos
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras,
direitos políticos; perda de função pública; indispo-
serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá
ter caráter educativo, informativo ou de orien- nibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, sem
tação social, dela não podendo constar nomes, prejuízo da ação penal cabível, ou seja, aplica-se a
símbolos ou imagens que caracterizem promoção penalidade administrativa cumulativamente com a
240 pessoal de autoridades ou servidores públicos. sanção penal (se o fato constituir crime).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Dica Entende-se por pessoa jurídica de direito privado
prestadora de serviços públicos as empresas públicas,
Para decorar os atos de improbidade administra- sociedades de economia mista e as concessionárias e
tiva, memorize o mnemônico PARIS: permissionárias, isto é, aquelas empresas seleciona-
Perda de função pública das por procedimento licitatório para desempenhar
Ação penal cabível (se for o caso) serviço público. Por exemplo: serviço de transporte
Ressarcimento ao erário público urbano.
Indisponibilidade de bens
Suspensão dos direitos políticos Art. 37 [...]
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restri-
Art. 37 [...] ções ao ocupante de cargo ou emprego da adminis-
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição tração direta e indireta que possibilite o acesso a
para ilícitos praticados por qualquer agente, informações privilegiadas.
servidor ou não, que causem prejuízos ao erário,
ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. O § 7º pressupõe a existência de regras éticas de
conduta das autoridades da Administração Pública,
Nos termos do § 5º, os prazos prescricionais e as de modo a tentar minimizar a possibilidade de con-
ações de ressarcimento serão disciplinadas em lei. flito entre o interesse privado e o dever funcional.
Vale lembrar que a lei que disciplina as regras apli- Ainda, objetiva-se a criação de mecanismos, a fim de
cáveis aos agentes públicos nos casos de improbidade regulamentar o acesso às informações.
administrativa é a Lei nº 8.429, de 1992.
Art. 37 [...]
Art. 37 [...] § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e financeira dos órgãos e entidades da admi-
as de direito privado prestadoras de serviços nistração direta e indireta poderá ser amplia-
públicos responderão pelos danos que seus da mediante contrato, a ser firmado entre seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, administradores e o poder público, que tenha por
assegurado o direito de regresso contra o respon- objeto a fixação de metas de desempenho para o

69
sável nos casos de dolo ou culpa. órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:

8-
I - o prazo de duração do contrato;

86
O § 6º trata da responsabilidade civil objetiva II - os controles e critérios de avaliação de desem-

6.
penho, direitos, obrigações e responsabilidade dos

9
do Estado, o que significa que o Estado é responsável

.4
dirigentes;
civilmente pelos atos praticados por seus agentes ou

33
III - a remuneração do pessoal.
pelos prestadores de serviço público de forma obje-

-4
tiva, isto é, independentemente de culpa. Trata-se da
O § 8º busca alcançar melhores resultados na
chamada Teoria do Risco Administrativo.
O
IR
Administração Pública por meio da criação de novos
Portanto, o Estado é responsável quando um de seus
M
instrumentos no âmbito do Direito Público, de modo
agentes, no desempenho da função, gera dano a um ter-
A

a conferir maior autonomia ou estabelecer parcerias


R

ceiro, independentemente da comprovação de dolo


com entidades privadas sem fins lucrativos. Dessas
E

ou culpa, sendo necessário, apenas, demonstrar o nexo


R

medidas, atente-se para o contrato de gestão.


causal da atividade do agente e o dano de terceiro.
EI

Entende-se por contrato de gestão o contrato admi-


R

Cumpre mencionar, por necessário, que é pos-


nistrativo firmado pelo Poder Público na condição de
IF

sível ao Estado ingressar com ação regressiva para


contratante e entidade privada ou da Administração
N

cobrar do agente o valor que pagou a esse terceiro.


LI

Indireta, no qual é instrumentalizada parceria.


No entanto, ao contrário do que ocorre com o Esta-
O
R

do, a responsabilidade do agente é subjetiva, ou seja, Art. 37 [...]


A

para que ele seja responsabilizado civilmente, é pre-


K

§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empre-


ciso demonstrar que houve dolo ou culpa. Em relação
LI

sas públicas e às sociedades de economia mis-


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
a isso, vejamos, de forma simples o exposto no fluxo-
IE

ta, e suas subsidiárias, que receberem recursos


grama a seguir:
C

da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos


A

Municípios para pagamento de despesas de pes-


R

soal ou de custeio em geral.


G

Agente causa dano a


um terceiro por dolo ou As regras com relação ao teto e subteto da remu-
culpa neração são estendidas aos empregados das empresas
públicas e sociedades de economia mista, bem como
às suas subsidiárias. No entanto, conforme o dispos-
Estado pleiteia o to no § 9º, incidirá sobre as remunerações de direto-
ressarcimento em Terceiro entra com ação res de empresas estatais que receberem recursos dos
decorrência do fato contra o Estado entes da federação para pagamento de despesas de
praticado pelo terceiro pessoal ou de custeio em geral, como, por exemplo,
nos casos da EMBRAPA e da Radiobrás.
O modo pelo qual a Lei Complementar nº 101, de
2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) denomina as
Estado indeniza o
terceiro lesado empresas públicas e sociedades de economia mis-
ta encaixa-se como “empresa estatal dependente”,
expressão disposta no § 9º. 241
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 37 [...] Vejamos a decisão do STF no julgamento da ADI
§ 10 É vedada a percepção simultânea de pro- 6.221 MC:
ventos de aposentadoria decorrentes do art. 40
ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de car- A faculdade conferida aos Estados para a regulação
go, emprego ou função pública, ressalvados os do teto aplicável a seus servidores (art. 37, § 12, da
cargos acumuláveis na forma desta Constitui- CF) não permite que a regulamentação editada com
ção, os cargos eletivos e os cargos em comissão fundamento nesse permissivo inove no tratamento
declarados em lei de livre nomeação e exoneração. do teto dos servidores municipais, para quem o art.
37, XI, da CF, já estabelece um teto único.
O § 10 veda a percepção simultânea de proventos Art. 37 [...]
de aposentadoria com remuneração de cargo, empre- § 13 O servidor público titular de cargo efetivo
go ou função pública, ressalvada a hipótese de cargos poderá ser readaptado para exercício de cargo
acumuláveis, na forma da Constituição, cargos eleti- cujas atribuições e responsabilidades sejam com-
vos e cargos em comissão. Esse dispositivo foi acres- patíveis com a limitação que tenha sofrido em sua
centado pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998, capacidade física ou mental, enquanto permanecer
que também resguardou o direito daqueles servidores nesta condição, desde que possua a habilitação e
aposentados que, até a data da promulgação da Emen- o nível de escolaridade exigidos para o cargo de
da, retornaram à atividade antes da proibição. destino, mantida a remuneração do cargo de origem.
Dica: a proibição aplica-se aos servidores públicos
O § 13 trata da possibilidade de readaptação do
efetivos e aos militares, tanto das Forças Armadas como
servidor público. A readaptação é o provimento deri-
das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares.
vado que consiste na investidura do servidor em cargo
de atribuições e responsabilidades compatíveis com
Vejamos a repercussão geral reconhecida com
a limitação que tenha sofrido em sua capacida-
mérito julgado pelo STF:
de física ou mental verificada em inspeção médica.
Deste modo, o servidor será efetivado em cargo com
Há remansosa jurisprudência desta Corte nesse
atribuições semelhantes, respeitando-se a habilitação
sentido, afirmando a impossibilidade da acumula-
exigida, assim como o nível de escolaridade e a equi-
ção tríplice de cargos públicos, ainda que os provi-

69
valência de vencimentos.
mentos nestes tenham ocorrido antes da vigência

8-
da EC n° 20/1998. [...] o art. 11 da EC n° 20/1998 No caso de inexistir cargo vago, o servidor exercerá

86
possibilita a acumulação, apenas, de um provento suas atribuições como excedente, permanecendo nessa

6.
de aposentadoria com a remuneração de um cargo situação até a ocorrência de vaga no cargo compatível.

9
.4
na ativa, no qual se tenha ingressado por concurso
Art. 37 [...]

33
público antes da edição da referida emenda, ainda
§ 14 A aposentadoria concedida com a utiliza-

-4
que inacumuláveis os cargos. Em qualquer hipóte-
ção de tempo de contribuição decorrente de
se, é vedada a acumulação tríplice de remunera-
O
cargo, emprego ou função pública, inclusive do
ções, sejam proventos, sejam vencimentos. (ARE
IR
Regime Geral de Previdência Social, acarretará o
848.993 RG)
M

rompimento do vínculo que gerou o referido


A

tempo de contribuição.
R

Art. 37 [...]
E

§ 11 Não serão computadas, para efeito dos limi- O § 14 disciplina o rompimento do vínculo quan-
R

tes remuneratórios de que trata o inciso XI do


EI

do o agente público solicita aposentadoria e utiliza-se


caput deste artigo, as parcelas de caráter inde-
R

do tempo de contribuição decorrente daquele cargo,


IF

nizatório previstas em lei. emprego ou função pública. Assim, o servidor será


N

desligado da Administração Pública.


LI

O § 11 traz uma regra com relação ao teto e subte- Neste sentido, o agente público que pretende se apo-
O

to do funcionalismo público. Trata-se do não cômputo sentar não poderá mais continuar a trabalhar no local em
R
A

das verbas indenizatórias, tais como diárias, ajuda de que utilizou o tempo para comprovação de contribuição.
K

custo, entre outras, no limite remuneratório.


LI

Art. 37 [...]
IE

Art. 37 [...] § 15 É vedada a complementação de aposenta-


C

§ 12 Para os fins do disposto no inciso XI do caput dorias de servidores públicos e de pensões por
A

morte a seus dependentes que não seja decorrente


R

deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distri-


G

to Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda do disposto nos §§ 14 a 16 do art. 40 ou que não
às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como seja prevista em lei que extinga regime próprio de
limite único, o subsídio mensal dos Desembarga- previdência social.
dores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado
O § 15 proíbe toda espécie de complementação que
a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por
cento do subsídio mensal dos Ministros do Supre-
não seja aquela decorrente de Regime de Previdência
mo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto Complementar, como, por exemplo, as complementa-
neste parágrafo aos subsídios dos Deputados ções com base na Lei Estadual (São Paulo) nº 200, de
Estaduais e Distritais e dos Vereadores. 1974, pagas a ex-empregados e a seus dependentes da
Nossa Caixa, BANESPA, SABESP, VASP e FEPASA.
O dispositivo regulamenta a possibilidade de fixa- Art. 37 [...]
ção do subteto de forma única. Nesse caso, o valor § 16 Os órgãos e entidades da administração públi-
máximo da remuneração para todo e qualquer servi- ca, individual ou conjuntamente, devem realizar
dor corresponderá ao subsídio dos desembargadores avaliação das políticas públicas, inclusive com
do Tribunal de Justiça, ficando de fora desse subteto divulgação do objeto a ser avaliado e dos resulta-
242 apenas o subsídio dos deputados e dos vereadores. dos alcançados, na forma da lei.
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O § 16 foi acrescido pela Emenda Constitucional nº de agentes públicos. A expressão agente público é uti-
109, de 2021, e tem como objetivo aprimorar o meca- lizada como gênero, designando toda e qualquer pessoa
nismo de participação da sociedade na Administração que exerça uma função pública, quer de forma remune-
Pública. rada ou gratuita, quer de natureza política ou adminis-
trativa, quer com investidura definitiva ou transitória.
Art. 38 Ao servidor público da administração dire- Os agentes públicos dividem-se em quatro catego-
ta, autárquica e fundacional, no exercício de manda- rias, quais sejam:
to eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual
ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego Agentes políticos
ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado
do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado Servidores públicos
optar pela sua remuneração; AGENTES
III - investido no mandato de Vereador, havendo PÚBLICOS
Particulares em
compatibilidade de horários, perceberá as vanta-
público
gens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo
da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo
compatibilidade, será aplicada a norma do inciso Militares
anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para
o exercício de mandato eletivo, seu tempo de servi- Os agentes políticos são aqueles que exercem as
ço será contado para todos os efeitos legais, exceto típicas atividades de governo, ou seja, são responsá-
para promoção por merecimento; veis por fixar as metas e diretrizes políticas do Estado,
V - na hipótese de ser segurado de regime próprio tais como os chefes do Poder Executivo (Presidente,
de previdência social, permanecerá filiado a esse Governador e Prefeito e seus vices) e seus auxiliares
regime, no ente federativo de origem.
diretos (Ministros e Secretários) e os membros do
Poder Legislativo (Senadores, Deputados federais,
O art. 38 estabelece regras relativas ao servidor

69
Deputados estaduais e Vereadores).
público da Administração direta, autárquica e funda-

8-
Os particulares em colaboração com o Poder
cional que passar a desempenhar cargo eletivo, ou

86
Público são aqueles que prestam serviços ao Estado,
seja, for eleito para o Poder Executivo ou Legislativo.

6.
porém sem vínculo estatutário ou celetista de tra-
Ao servidor público estadual, quando eleito para

9
balho, podendo ou não ter remuneração. Exemplo:

.4
cargo eletivo federal, estadual e distrital, aplica-se

33
jurados, mesários, notários e registradores (serviços
a seguinte regra: afastamento do cargo público esta-

-4
notariais).
dual para se dedicar exclusivamente ao mandato,
Os servidores públicos civis dividem-se em:
O
recebendo obrigatoriamente a remuneração do IR
cargo para o qual foi eleito. Em contrapartida, quan-
z Servidores públicos estatutários: exercem cargo
M

do o servidor público estadual é eleito para cargo eleti-


A

público (vitalício, efetivo ou comissionado) e estão


vo municipal, podem ocorrer duas situações distintas.
R

vinculados a um estatuto;
Se o cargo é de prefeito, ele será afastado para dedi-
E

z Empregados públicos: possuem emprego público


R

cação exclusiva do cargo e pode escolher entre a


EI

remuneração do cargo público ou do cargo eletivo. e vinculam-se às regras da Consolidação das Leis
R

Já se o cargo é de vereador, é necessário saber do Trabalho (CLT);


IF

se há ou não compatibilidade de horário. Se houver z Servidores temporários: categoria à parte, por-


N

que não titularizam cargo público nem possuem


LI

compatibilidade de horários, ele não precisa se


qualquer vínculo trabalhista regido pela CLT, como
O

afastar, podendo exercer as duas atividades ao mes-


R

mo tempo, recebendo pelos dois. Se não houver com- os empregados públicos. São contratados por tem-
A

po determinado para atender à necessidade tem-


K

patibilidade, aplica-se a mesma regra do prefeito,


porária de excepcional interesse público por meio
LI

ou seja, será afastado para dedicação exclusiva do


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
de um processo de seleção simplificado. Exercem
IE

cargo, podendo escolher entre a remuneração do


C

cargo público ou do cargo eletivo. funções públicas sem ocupar cargos ou empregos
A

públicos e são regidos por regime especial, veicu-


R

lado por meio de lei específica.


G

SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

Eleito para cargo federal, Os servidores da Administração Pública direta,


Eleito para cargo municipal
estadual ou distrital
das autarquias e das fundações públicas estão sujei-
Prefeito Vereador tos ao regime jurídico de direito público adminis-
trativo, instituído em lei, a qual também instituirá
� Com compatibilidade planos de carreira. O regime adotado é o estatutário.
Afastamento
Afastamento do cargo de horário: não se
público e remuneração do
do cargo e
afasta do cargo Não obstante, lei assegurará aos servidores isonomia
opção entre a
cargo eletivo
remuneração � Sem compatibilidade de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou
eletiva ou do de horário: aplica-se assemelhadas do mesmo Poder ou entre servidores
cargo a mesma regra do dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, exce-
prefeito
tuadas as vantagens de caráter individual e as relati-
vas à natureza ou ao local de trabalho.
Para que a Administração Pública possa desem-
penhar suas atividades, ela necessita de pessoas que z Dos Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos
exerçam as atribuições dos órgãos públicos, ou seja, Territórios 243
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A Emenda Constitucional n° 18, de 1998 modificou Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos
o texto constitucional, que antes consagrava os mili- de Bombeiros Militares, instituições organizadas
tares como servidores públicos e dispôs dos militares com base na hierarquia e disciplina, são militares
como um grupo separado, ou seja, formalmente dei- dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
xaram de ser tratados pela Constituição como servi- § 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Dis-
dores públicos. trito Federal e dos Territórios, além do que vier a
Entretanto, na prática não houve mudanças e con- ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do
tinuam sendo agentes públicos. Bem como, são remu- art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei
nerados por subsídio, conforme § 4°, art. 39 da CF. estadual específica dispor sobre as matérias do art.
142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato conferidas pelos respectivos governadores.
eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários § 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, do
Estaduais e Municipais serão remunerados exclu- Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o que for
sivamente por subsídio fixado em parcela única, fixado em lei específica do respectivo ente estatal.
vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adi- § 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do Distrito
cional, abono, prêmio, verba de representação ou Federal e dos Territórios o disposto no art. 37, inci-
outra espécie remuneratória, obedecido, em qual- so XVI, com prevalência da atividade militar.
quer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
Conforme nova redação atribuída pela Emenda
A Seção III do Título III da Constituição que trata Constitucional nº 109, de 2019, para fins de aposenta-
dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Ter- doria será assegurada a contagem recíproca do tempo
ritórios tem apenas o art. 42, pois as forças armadas de contribuição entre o Regime Geral de Previdência
são tratadas em capítulo diverso (art. 142), ou seja, após Social e os regimes próprios de previdência social, e
a EC n° 18, de 1998 a Constituição passou a tratar de destes entre si, observada a compensação financeira,
forma diversa os militares, dividindo em dois capítu- de acordo com os critérios estabelecidos em lei. Bem
los. Conforme considerações de Alexandre de Moraes: como, o tempo de serviço correspondente será conta-
do para fins de disponibilidade (§ 9°, art. 40 da CF).
A organização e o regime únicos dos servidores Ainda, terão contagem recíproca para fins de ina-

69
públicos militares já diferiam entre si, até porque tivação militar ou aposentadoria e a compensação
financeira será devida entre as receitas de contribuição

8-
o ingresso nas Forças Armadas dá-se tanto pela via
referentes aos militares e as receitas de contribuição

86
compulsória do recrutamento oficial, quanto pela
aos demais regimes. Por exemplo, caso o militar tenha

6.
via voluntária do concurso de ingresso nos cursos
atuado nas forças armadas e posteriormente tomou

9
de formação dos oficiais; enquanto o ingresso dos

.4
servidores militares das polícias militares ocor- posse em cargo público poderá averbar esse tempo que

33
re somente por vontade própria do interessado, atuou como militar para fins de aposentadoria civil.

-4
que se submeterá a obrigatório concurso público. Por conseguinte, a Emenda Constitucional nº 101,
de 2019 também incluiu o § 3º ao art. 42 da CF para
O
(MORAES, 2011, p. 413) IR
vedar a acumulação remunerada de cargos públicos
M

Entenda: pelos militares, ou seja, determinou a aplicação do


A

inciso XVI, art. 37 da CF para os militares dos Estados,


R

DF e Territórios, vejamos.
E

MILITARES NA CF, DE 1988


R
EI

Art. 37 [...]
Polícia Militar Forças Armadas
R

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos


IF

Art. 42 da CF Arts. 142 e 143 da CF públicos, exceto, quando houver compatibilidade


N

de horários, observado em qualquer caso o dispos-


LI

Ingresso: Ingresso: to no inciso XI:


O
R

a) a de dois cargos de professor;


A

z Voluntário: mediante z Compulsório b) a de um cargo de professor com outro técnico ou


K

aprovação em con- – recrutamento científico;


LI

curso público z Voluntário – curso de c) a de dois cargos ou empregos privativos de profis-


IE

formação sionais de saúde, com profissões regulamentadas;


C
A
R

Conforme art. 42 da CF, com base na hierarquia e Dica


G

disciplina, os militares dos Estados, Distrito Federal e


Territórios são compostos por membros das Polícias Cuidado ao responder questão de prova: confor-
Militares e Corpos de Bombeiros Militares. Ainda, o me a Constituição Federal (EC nº18, de 1998), os
mencionado dispositivo no § 1º dispõe que os milita- militares não são denominados como servidores
res são alistáveis e elegíveis, devendo ser observadas públicos civis.
as regras do § 8º, art. 14, da CF:
DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES
Art. 14 [...] DEMOCRÁTICAS
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as
seguintes condições:
Da Segurança Pública
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá
afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será A segurança pública é dever do Estado, direito e res-
agregado pela autoridade superior e, se eleito, pas- ponsabilidade de todos, a qual objetiva a preservação da
sará automaticamente, no ato da diplomação, para ordem pública e da incolumidade de pessoas e do patrimô-
244 a inatividade. [ nio, conforme consagra o art. 144 do texto constitucional.
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É exercido por meio de órgãos federais e esta- Art. 144 [...]
duais como a polícia federal, polícia rodoviária fede- § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão
ral, polícia ferroviária federal, polícias civis, polícias permanente, organizado e mantido pela União e
militares, o corpo de bombeiros militares e as polícias estruturado em carreira, destina-se a:
penais federal, estadual e distrital, esta última acres- I - apurar infrações penais contra a ordem polí-
tica e social ou em detrimento de bens, serviços e
centada pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019.
interesses da União ou de suas entidades autárqui-
Conforme o § 8º do art. 144 da CF os municípios cas e empresas públicas, assim como outras infra-
podem constituir guardas municipais destinados à pro- ções cuja prática tenha repercussão interestadual
teção de seus bens, serviços e instalações (deve atuar ou internacional e exija repressão uniforme, segun-
somente na municipalidade). Cuidado! Esse órgão não do se dispuser em lei;
integra a estrutura de segurança pública para exercer II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entor-
a função de polícia ostensiva. pecentes e drogas afins, o contrabando e o desca-
Para o STF os órgãos que compõe a segurança minho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros
pública estão relacionados nos incisos I ao VI do art. órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;
144 da CF, sendo esse rol taxativo, ou seja, não podem
Conforme considerações do STF, na busca e apreen-
os municípios ou estados criarem outros órgãos para
são de tráfico de drogas o cumprimento da ordem
integrarem à segurança pública. judicial pela polícia militar não contamina o flagrante
e a busca e apreensão realizadas.
Art. 144 A segurança pública, dever do Estado,
direito e responsabilidade de todos, é exercida para Art. 144 [...]
a preservação da ordem pública e da incolumidade III - exercer as funções de polícia marítima, aero-
das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes portuária e de fronteiras;
órgãos: IV - exercer, com exclusividade, as funções de polí-
I - polícia federal; cia judiciária da União.
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal; z Polícia Rodoviária Federal (art. 144, § 2º da CF):
IV - polícias civis; é órgão permanente, organizado e mantido pela
V - polícias militares e corpos de bombeiros União, tem como função o patrulhamento ostensi-

69
militares. vo das rodovias federais;

8-
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. z Polícia Ferroviária Federal (art. 144, § 3º da CF):

86
é órgão permanente, organizado e mantido pela

6.
Sobre o Departamento de Trânsito o STF já manifestou: União, tem como função o patrulhamento ostensi-

9
Os Estados-membros, assim como o Distrito Fede- vo das ferrovias federais.

.4
33
ral, devem seguir o modelo federal. O art. 144 da Cons-
A Polícia Ferroviária Federal surgiu no Brasil em

-4
tituição aponta os órgãos incumbidos do exercício da
1852 por Decreto Imperial, nessa época era denomi-
segurança pública. Entre eles não está o Departamen-
O
nada como “Polícia dos Caminhos de Ferro” e tinha o
to de Trânsito. Resta, pois, vedada aos Estados-mem-
IR
objetivo de cuidar das riquezas que eram transporta-
bros a possibilidade de estender o rol, que esta Corte
M

das pelos trilhos de ferro.


A

já firmou ser numerus clausus, para alcançar o Depar-


Entretanto, apesar de ter autorização na atual
R

tamento de Trânsito. constituição, hoje essa polícia não existe de fato.


E

[ADI 1.182, voto do rel. min. Eros Grau, j. 24-11-


R
EI

2005, P, DJ de 10-3-2006.] z Polícias Civis (art. 144, § 4º da CF): são dirigidas


R

Vide ADI 2.827, rel. min. Gilmar Mendes, j. 16-9- por delegados de carreiras e subordinadas aos
IF

2010, P, DJE de 6-4-2011 Governadores dos estados ou DF têm função de


N

Serviços da segurança pública são custeados polícia judiciária (exercício da segurança pública)
LI

mediante impostos, sendo que não é permitida a cria- e apuração de infrações penais, salvo as militares.
O
R

ção de taxa para esta finalidade, ainda, a remunera-


A

ção dos servidores será exclusivamente por subsídio Art. 144 [...]
K

§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de


fixado em parcela única, na forma do § 4º do art. 39
LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


polícia de carreira, incumbem, ressalvada a compe-
da CF, de 1988.
IE

tência da União, as funções de polícia judiciária e a


C

apuração de infrações penais, exceto as militares.


A

Art. 39 A União, os Estados, o Distrito Federal e


R

os Municípios instituirão conselho de política de Fique atento que o § 4º, art. 144 não menciona a
G

administração e remuneração de pessoal, integra- atividade penitenciária como atividade da polícia civil.
do por servidores designados pelos respectivos A Constituição do Brasil – § 4º, art. 144 – define
Poderes. [...] incumbirem às polícias civis “as funções de polícia
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as
eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários militares”. Não menciona a atividade penitenciária,
Estaduais e Municipais serão remunerados exclu- que diz com a guarda dos estabelecimentos prisionais;
sivamente por subsídio fixado em parcela úni- não atribui essa atividade específica à polícia civil.
ca, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, (STF. ADI 3.916, rel. min. Eros Grau, DJE de 14-5-2010)
adicional, abono, prêmio, verba de representação
ou outra espécie remuneratória, obedecido, em z Polícias militares e Corpo de Bombeiros Militar
qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (art. 144, § 5º da CF): as polícias militares cabem
à polícia ostensiva sendo atribuído a preservação
z Polícia Federal (art. 144, § 1º da CF): é órgão per- da ordem pública e ao corpo de bombeiros milita-
manente, organizado e mantido pela União. Exer- res objetivam a execução das atividades de defesa
ce a função de polícia judiciária da União, que está civil, prevenção e combate a incêndios, buscas e
disposto nos incisos I ao IV, vejamos: salvamentos públicos. 245
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Ainda, conforme consagra § 6º do art. 144 da CF O impedimento compreende afastamentos tem-
ambos “subordinam-se, juntamente com as polícias civis porários, tais como viagens ou ausências para reali-
e as polícias penais estaduais e distrital, aos Governado- zar tratamento de saúde. A vacância é ocasionada
res dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios”. por impossibilidade categórica e decisiva de exercer a
função pública, como, por exemplo, a morte, a renún-
z Polícias Penais Federal, estaduais e distrital cia, a perda do mandado etc.
(art. 144 § 5º-A): foi incluído pela Emenda Cons-
Art. 38 [...]
titucional nº 104 de 2019, às polícias penais cabe
Parágrafo único. O Vice-Governador, além de
à segurança dos estabelecimentos penais, vincula-
outras atribuições que lhe forem conferidas por lei
das ao órgão administrador do sistema penal da complementar, auxiliará o Governador, sempre que
unidade federativa a que pertencem. for por ele convocado para missões especiais.

Como se pode observar, além das funções exerci-


das pelo Vice-Governador reguladas pela Constituição
do Estado e pela legislação infraconstitucional, ele
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO deverá comparecer à presença do Governador sem-
PAULO pre que for convocado.

DA ORGANIZAÇÃO E PODERES Art. 39 A eleição do Governador e do Vice-Governa-


dor realizar-se-á no primeiro domingo de outubro,
Do Poder Executivo em primeiro turno, e no último domingo de outu-
bro, em segundo turno, se houver, do ano anterior
ao do término do mandato de seus antecessores, e a
z Seção I — Do Governador e Vice-Governador do posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano sub-
Estado sequente, observado, quanto ao mais, o disposto no
art. 77 da Constituição Federal. (NR)
O Poder Executivo do Estado tem, como líder, o
Governador do Estado, o qual possui a função de Redação dada pela EC nº 21, de 2006, demonstran-
administrar os interesses públicos do Estado. Cabe a do o período em que deverão ocorrer as eleições de

69
ele exercer a função típica (ou função preponderante) primeiro e segundo turnos para Governador do Esta-

8-
e as funções atípicas (ou não preponderantes). do. Cabe lembrar que o art. 77, da CF, deve ser aplica-

86
A função típica é dividida em função de governo do nessas eleições naquilo que lhe for compatível.

6.
e função administrativa. A função de governo guarda A seguir, faremos as adequações do texto da CF

9
relação com a tomada de decisões políticas, nos limi-

.4
para a correta interpretação em face da Constituição

33
tes de suas atribuições fixados por nossa legislação. estadual de São Paulo (CE/SP). Vejamos:

-4
Dentre os principais objetivos da função administra-
tiva, estão as atividades de fomento, de intervenção e Art. 77 A eleição do Governador e do Vice-Governa-
a prestação de serviços públicos no âmbito do Estado. O
dor do Estado realizar-se-á, simultaneamente, no
IR
Por outro lado, a função atípica pode ser de legis- primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e
M

no último domingo de outubro, em segundo turno,


A

lar e julgar. A primeira representa a produção de atos


se houver, do ano anterior ao do término do man-
R

normativos infralegais, como, por exemplo, a edição dato do governador que estiver vigente.
E

de Decretos do Governador, resolução, portaria etc.


R

§ 1º A eleição do Governador importará a do Vice-


Já a função de julgar tem, como essência, a tomada
EI

-Governador com ele registrado.


R

de decisões em processos administrativos, tais como § 2º Será considerado eleito Governador o candi-
IF

a aplicação de sanções a servidores e particulares dato que, registrado por partido político, obtiver a
N

que mantêm vínculo específico com a administração maioria absoluta de votos, não computados os em
LI

pública estadual. branco e os nulos.


O

§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria abso-


R

Art. 37 O Poder Executivo é exercido pelo Governador luta na primeira votação, far-se-á nova eleição em
A
K

do Estado, eleito para um mandato de quatro anos, até vinte dias após a proclamação do resultado,
LI

podendo ser reeleito para um único período subse- concorrendo os dois candidatos mais votados e
IE

quente, na forma estabelecida na Constituição Federal. considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria
C

(NR) dos votos válidos.


A

§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer


R

morte, desistência ou impedimento legal de candi-


G

A redação desse artigo foi dada pela EC nº 21, de


2006, prevendo um mandato de 4 (quatro) anos de dato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de
duração, sendo possível uma única reeleição no perío- maior votação.
do subsequente. § 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, rema-
nescer, em segundo lugar, mais de um candidato
Art. 38 Substituirá o Governador, no caso de impedi- com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.
mento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Governador.
Agora, atente-se ao dispositivo legal que trata das
hipóteses de impedimento ou vacância simultâneas
do Governador e do Vice-Governador do Estado.
Importante!
O Vice-Governador é o substituto natural do Art. 40 Em caso de impedimento do Governador e
do Vice-Governador, ou vacância dos respectivos
Governador do Estado nas hipóteses de impe-
cargos, serão sucessivamente chamados ao exer-
dimento ou vacância do cargo ocupado por ele. cício da Governança o Presidente da Assembleia
Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça.
246
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Fixe, pois, que os substitutos do Governador do Esta- Voltando à CE/SP, veja o que dispõe o art. 43:
do são, respectivamente, o Vice-Governador do Estado,
o Presidente da Assembleia Legislativa do Estado e, por Art. 43 O Governador e o Vice-Governador tomarão
fim, o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado. Tal posse perante a Assembleia Legislativa, prestando
linha de substituição do governador deve ser acionada, compromisso de cumprir e fazer cumprir a Consti-
seguindo a estrita ordem estabelecida pelo dispositivo tuição Federal e a do Estado e de observar as leis.
da Constituição do Estado de São Paulo. Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data
fixada para a posse, o Governador ou o Vice-Gover-
Art. 41 Vagando os cargos de Governador e Vice- nador, salvo motivo de força maior, não tiver assu-
-Governador, far-se-á eleição noventa dias depois mido o cargo, este será declarado vago.
de aberta a última vaga.
§ 1º Ocorrendo a vacância no último ano do período
O Governador e o Vice-Governador do Estado
governamental, aplica-se o disposto no artigo anterior.
§ 2º Em qualquer dos casos, os sucessores deverão tomarão posse perante a Assembleia Legislativa do
completar o período de governo restante. Estado, demonstrando as fortes raízes estabelecidas
pelo sistema de freios e contrapesos fixado em nosso
Pode-se entender, então, que a vacância é ocasio- ordenamento jurídico pátrio.
nada pela impossibilidade categórica e decisiva do Tradicionalmente, a posse do Chefe do Executivo
exercício da função de Governador. Vagos ambos os ocorre no primeiro dia do ano posterior ao ano em
cargos (Governador e Vice-Governador), assumirá que a eleição foi realizada. Contudo, caso a posse não
um de seus substitutos naturais, elencados no art. 40, ocorra em 10 dias após a data designada pela Assem-
da CE/SP, sendo de responsabilidade deste uma das bleia Legislativa do Estado, o cargo será declarado
seguintes situações: vago, devendo ser aplicado o disposto no art. 41, da
„ Se a vacância se der nos 03 (três) primeiros anos CE/SP, salvo motivo de força maior.
do mandato, seu substituto natural convocará Caso ocorra motivo de força maior que impeça o
novas eleições estaduais, objetivando a regula- Governador e o Vice-Governador de tomarem posse,
rização da Chefia do Poder Executivo do Estado; ela será efetivada assim que cessar o referido motivo.
„ Se a vacância se der no último ano do período Cabe, ainda, observar que, nos termos do art. 46,

69
governamental, seu substituto natural deverá da CE/SP, o Governador e o Vice-Governador devem

8-
assumir a função de Governador (ou Chefe do fazer a declaração pública de bens.

86
Executivo Estadual).

6.
Art. 44 O Governador e o Vice-Governador não

9
.4
Conforme preceituado pelo parágrafo 2º, do art. poderão, sem licença da Assembleia Legislativa,

33
41, em qualquer das hipóteses acima, o sucessor do ausentar-se do Estado por período superior a quin-

-4
Governador deverá exercer a função de Chefe do ze dias, sob pena de perda do cargo.
Executivo Estadual objetivando completar o período
O
Parágrafo único. O pedido de licença, amplamente
IR
governamental restante, ou seja, o que faltar para motivado, indicará, especialmente, as razões da
M

completar o período de 04 anos de mandato. viagem, o roteiro e a previsão de gastos.


A
R

Art. 42 Perderá o mandato o Governador que assu-


O Governador e o Vice-Governador poderão ausen-
E

mir outro cargo ou função na administração públi-


R

tar-se do Estado nas seguintes hipóteses:


EI

ca direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude


R

de concurso público e observado o disposto no art.


IF

38, I, IV e V, da Constituição Federal. „ Até 15 dias: independentemente do pedido de


N

licença à Assembleia Legislativa;


LI

Esse dispositivo elenca duas situações distintas, „ Mais de 15 dias: mediante pedido de licença à
O

quais sejam: Assembleia Legislativa.


R
A

„ Regra: caso o Governador do Estado assuma


K

O pedido de licença deve ser formulado pelo


LI

outro cargo ou função pública na administra-


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Governador ou Vice-Governador e encaminhado à
IE

ção direta ou indireta, perderá o mandato;


Assembleia Legislativa do Estado, devendo apontar as
C

„ Exceção: caso o Governador do Estado tenha


A

sido aprovado em concurso público de prova razões pelas quais a viagem se faz necessária, o rotei-
R

ro adotado e a previsão de gastos. Cabe destacar que


G

ou provas e títulos, poderá tomar a posse desde


que observado o disposto nos incisos I, IV, e V, ele deve ser amplamente motivado, ou seja, o Chefe do
art. 38, da CF, in verbis: Poder Executivo ou o seu Vice deverá trazer as razões
de fato e de direito que fundamentam seu pedido.
Art. 38 (CF, de 1988) Ao servidor público da adminis-
tração direta, autárquica e fundacional, no exercício de Art. 45 O Governador deverá residir na Capital do
mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: Estado.
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual
ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego
O Poder Executivo do Estado tem sede no Palácio
ou função;
dos Bandeirantes, localizado no Morumbi, na Cidade
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para
o exercício de mandato eletivo, seu tempo de servi- de São Paulo. A Capital do Estado também sedia os
ço será contado para todos os efeitos legais, exceto Poderes Legislativo e Judiciário do Estado.
para promoção por merecimento;
V - na hipótese de ser segurado de regime próprio Art. 46 O Governador e o Vice-Governador deve-
de previdência social, permanecerá filiado a esse rão, no ato da posse e no término do mandato, fazer
regime, no ente federativo de origem. declaração pública de bens. 247
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Para a posse do Governador e do Vice-Governador O inciso aponta que o Chefe do Executivo do Estado
do Estado, bem como para o término de seu mandado, faz parte do processo legislativo estadual, sancionan-
será elaborada declaração pública de bens e valores do, promulgando e publicando as normas aprovadas
que compõem seu patrimônio privado. pela Assembleia Legislativa do Estado. Cabe, ainda,
Esse dispositivo da CE/SP está em conformidade com ao Governador, o exercício das atribuições de editar
os termos do art. 13, da Lei Federal nº 8.429, de 1992, Decretos e Regulamentos para dar fiel cumprimento
conhecida como Lei de Improbidade Administrativa. às leis, típico exemplo do exercício do Poder Regula-
A aludida declaração deve compreender imóveis, mentar, editando atos normativos infralegais.
móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações e qualquer
outra espécie de bens e valores patrimoniais localizada Art. 35 [...]
no país ou no exterior e, quando for o caso, abrangerá IV - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou compa-
nheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a O Governador, para vetar um projeto de lei, preci-
dependência econômica do declarante, excluídos ape- sa informar à Assembleia Legislativa os motivos pelos
nas os objetos e utensílios de uso doméstico. quais o projeto é considerado inconstitucional ou con-
trário ao interesse público.
z Seção II – das Atribuições do Governador
Lembre-se: o veto pode ser total ou parcial.
Vale observar que o veto parcial pode abranger
Atribuição, também chamada de competência, pode
por inteiro o artigo, o parágrafo, o inciso ou a alínea,
ser conceituada como o poder conferido pelo ordena-
mas não pode se voltar sobre palavras ou expressões,
mento jurídico a um agente público para o exercício de
sob pena de modificar o conteúdo da norma aprovada
suas funções públicas, visando atingir o interesse público.
pela Assembleia Legislativa.
O dispositivo legal a seguir elenca as atribuições pri-
vativas do Governador do Estado e traz um rol meramen-
Art. 35 [...]
te exemplificativo de algumas das competências do Chefe
V - prover os cargos públicos do Estado, com as
do Executivo do Estado. Vale lembrar que, ao longo do
restrições da Constituição Federal e desta Consti-
texto da CE/SP, existem outras atribuições que podem ser
tuição, na forma pela qual a lei estabelecer;

69
desempenhadas por essa autoridade. Vejamos:

8-
A promoção dos diversos cargos existentes no Esta-

86
Art. 47 Compete privativamente ao Governador, além
do de São Paulo é competência privativa do Governa-

6.
de outras atribuições previstas nesta Constituição:

9
I - representar o Estado nas suas relações jurídicas, dor, devendo observar as regras estabelecidas nas

.4
políticas e administrativas; Constituições Federal e Estadual de São Paulo e, ainda,

33
[...] nas leis infraconstitucionais aplicadas ao caso.

-4
Parágrafo único. A representação a que se refere o

O
inciso I poderá ser delegada por lei, de iniciativa do Art. 35 [...] IR
Governador, a outra autoridade. VI - nomear e exonerar livremente os Secretários
M

de Estado;
A
R

Conforme preceitua o parágrafo único desse arti- VII - nomear e exonerar os dirigentes de autar-
E

go, essa atribuição pode ser delegada a outro agente quias, observadas as condições estabelecidas nesta
R

público, desde que exista lei estadual, de iniciativa do Constituição;


EI

Governador do Estado, prevendo essa possibilidade.


R
IF

Os cargos de Secretários de Estado e Dirigente de


N

Art. 35 [...] Autarquia são considerados cargos demissíveis ad


LI

II - exercer, com o auxílio dos Secretários de Estado, nutum, ou seja, são cargos de livre nomeação e livre
O

a direção superior da administração estadual; exoneração por parte do Governador. Neste sentido,
R
A

também recebem o nome de cargo em comissão.


K

Trata-se de típica função de chefia da administra- Nosso ordenamento jurídico não exige a motiva-
LI

ção estadual na qual o Governador do Estado, com ção para que ocorra a exoneração desses cargos, mas,
IE

o auxílio de seus Secretários de Estado (arts. 51 e


na hipótese de existir fundamentação para esse ato, os
C

seguintes, da CE/SP), determina a direção superior da


A

motivos devem ser verdadeiros, sob pena de nulidade


R

administração do Estado de São Paulo.


do ato administrativo.
G

Art. 35 [...]
Art. 35 [...]
III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis,
bem como, no prazo nelas estabelecido, não infe- VIII - decretar e fazer executar intervenção nos
rior a trinta nem superior a cento e oitenta dias, Municípios, na forma da Constituição Federal e
expedir decretos e regulamentos para sua fiel exe- desta Constituição;
cução, ressalvados os casos em que, nesse prazo,
houver interposição de ação direta de inconstitu- Trata-se de hipótese de intervenção estadual na
cionalidade contra a lei publicada; (NR) qual o Estado de São Paulo, por ato do Governador,
intervirá nos municípios que estão localizados dentro
Previamente, cabe consignar que esse inciso foi desse Estado. Trata-se de medida extrema, que relati-
incluído pela EC nº 24, de 2008, e, ainda, é objeto de viza o pacto federativo.
Ação Direta de Constitucionalidade em trâmite peran-
te o STF sob o nº 4.052, de 2008, sendo que, até a data Art. 35 [...]
de conclusão deste material, a Suprema Corte não IX - prestar contas da administração do Estado à
248 proferiu decisão final ao caso. Assembleia Legislativa, na forma desta Constituição;
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O dever de prestar contas decorre do fato de o A pretensão, aqui, é atingir a descentralização da
Governador administrar algo que não lhe pertence. administração pública, por meio da concessão e das
Em última análise, os bens e interesses do Estado per- permissões dos serviços públicos estaduais.
tencem ao povo.
Art. 35 [...]
Art. 35 [...] XIX - dispor, mediante decreto, sobre:
X - apresentar à Assembleia Legislativa, na sua ses- a) organização e funcionamento da administração
são inaugural, mensagem sobre a situação do Esta- estadual, quando não implicar aumento de despe-
do, solicitando medidas de interesse do Governo; sa, nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando
Essa mensagem tem por pretensão apontar ao vagos.
Poder Legislativo do Estado a real situação do Estado
e, com isso, auxiliar na tomada das decisões políticas Redação dada pela EC nº 21, de 2006.
consubstanciadas por meio da legislação estadual.
Trata-se dos chamados decretos autônomos, que
permitiram ao Governador do Estado a edição de
Art. 35 [...]
XI - iniciar o processo legislativo, na forma e nos
atos primários, ou seja, decretos que são editados em
casos previstos nesta Constituição; decorrência diretamente do Texto Constitucional esta-
dual, que não necessitam de lei ou outro dispositivo
A CE/SP permite ao Governador do Estado a ini- que permita a sua existência.
ciativa de projetos de lei que irão tramitar perante a Com a edição da citada Emenda Constitucional,
Assembleia Legislativa do Estado. houve permissão, na Constituição estadual, para os
decretos autônomos, sendo que as hipóteses de sua
Art. 35 [...] existência estão elencadas nas alíneas “a” e “b”. Cabe
XII - fixar ou alterar, por decreto, os quadros, venci- frisar que, nas hipóteses elencadas nas alíneas desse
mentos e vantagens do pessoal das fundações insti- dispositivo constitucional, a Assembleia Legislativa
tuídas ou mantidas pelo Estado, nos termos da lei; deixou de ter competência para essas disciplinas. A
competência para a edição dos decretos autônomos é

69
O quadro dos servidores do Estado, seus venci- privativa do Governador do Estado.

8-
mentos e vantagens são fixados ou alterados pelo

86
Governador por meio de Decreto. z Seção III — Da Responsabilidade do Governador

6.
É importante consignar que o ato normativo não

9
Art. 48 São crimes de responsabilidade do Gover-

.4
pode ser arbitrário, ou seja, o Chefe do Executivo

33
deverá agir dentro da estrita legalidade. nador os que atentem contra a Constituição Federal

-4
ou a do Estado, especialmente contra:”
Art. 35 [...] I - a existência da União;
XIII - indicar diretores de sociedade de economia
O
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder
IR
mista e empresas públicas; Judiciário, do Ministério Público e dos poderes
M
A

constitucionais das unidades da Federação;


R

Os Diretores das sociedades de economia mista III - o exercício dos direitos políticos, individuais e
E

e das empresas públicas são cargos demissíveis ad sociais;


R

nutum, ou seja, são de livre provimento e exoneração. IV - a segurança interna do País;


EI
R

V - a probidade na administração;
IF

Art. 35 [...] VI - a lei orçamentária;


XIV - praticar os demais atos de administração, nos
N

VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.


LI

limites da competência do Executivo; Parágrafo único. A definição desses crimes, assim


O

XV - subscrever ou adquirir ações, realizar ou como o seu processo e julgamento, será estabeleci-
R

aumentar capital, desde que haja recursos hábeis,


A

da em lei especial
de sociedade de economia mista ou de empresa
K

pública, bem como dispor, a qualquer título, no todo


LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


IE

ou em parte, de ações ou capital que tenha subscri-


Importante!
C

to, adquirido, realizado ou aumentado, mediante


A

autorização da Assembleia Legislativa;


R

XVI - delegar, por decreto, a autoridade do Execu- Esse artigo foi declarado inconstitucional em con-
G

tivo, funções administrativas que não sejam de sua trole concentrado de constitucionalidade, pelo STF,
exclusiva competência; na ADI nº 2.220, de 2000, julgado em 16/11/2011.

As competências que não são exclusivas do Gover-


Art. 48 São crimes de responsabilidade do Gover-
nador podem ser delegadas às autoridades do Poder
nador ou dos seus Secretários, quando por eles pra-
Executivo mediante decreto, o qual limitará os pode-
ticados, os atos como tais definidos na lei federal
res de atuação do agente delegado.
especial, que atentem contra a Constituição Federal
Art. 35 [...] ou a do Estado, especialmente contra [...].
XVII - enviar à Assembleia Legislativa projetos de
lei relativos ao plano plurianual, diretrizes orça-
Essa redação foi dada pela EC nº 24, de 2008, e é
mentárias, orçamento anual, dívida pública e ope- objeto da ADI nº 4.052-9. Em verdade, a expressão “cri-
rações de crédito; mes de responsabilidade” deve ser entendida como
XVIII - enviar à Assembleia Legislativa projeto de infração político-administrativa, sujeitando o Chefe
lei sobre o regime de concessão ou permissão de do Poder Executivo ao processo de impeachment, nos
serviços públicos; termos da Lei Federal nº 1.079, de 1950. 249
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A doutrina não considera os chamados crimes de Art. 50 Declarado inconstitucional, em controle
responsabilidade como crime propriamente dito, por- concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal.
que a expressão “crime” é um conceito utilizado pelo
direito penal, para fazer referência a condutas huma- Esse artigo foi declarado inconstitucional pelo STF,
nas sujeitas à pena privativa de liberdade. em controle concentrado de constitucionalidade, no
bojo da ADI nº 2.220, de 2000, julgada em 16/11/2011.
Art. 49 Admitida a acusação contra o Governador,
por dois terços da Assembleia Legislativa, será ele
submetido a julgamento perante o Superior Tribu- z Seção IV — Dos Secretários de Estado
nal de Justiça, nas infrações penais comuns.
O cargo de Secretário de Estado é considerado
Na hipótese de o Governador praticar infração
demissível ad nutum, ou seja, é de livre nomeação
penal comum, ou seja, qualquer crime ou contraven-
e exoneração desde que preenchidos os requisitos
ção penal previsto em nosso ordenamento jurídico
elencados no art. 1º, da CE/SP. Em outras palavras, o
que não guarde relação com o exercício de seu car-
Governador não precisa fundamentar a decisão que
go terá julgamento perante o STJ desde que a acusa-
decide por nomear ou exonerar os ocupantes des-
ção contra ele seja admitida por 2/3 dos membros da
se cargo. Contudo, em que pese não ser necessária a
Assembleia Legislativa do Estado.
motivação desse ato (nomeação ou exoneração), caso
Art. 49 [...] o Chefe do Executivo do Estado opte por fundamentar
§ 1º Declarado inconstitucional, em controle con- sua escolha, apontando as razões de fato e de direito
centrado, pelo Supremo Tribunal Federal. para a nomeação ou a exoneração de um Secretário
§ 2º Declarado inconstitucional, em controle con- de Estado, os pressupostos fáticos vinculam a prática
centrado, pelo Supremo Tribunal Federal. do ato administrativo de tal sorte que, se os pressu-
postos de fato forem verdadeiros, o ato administrativo
Ambos os parágrafos foram declarados inconstitu- é válido, mas, se os pressupostos de fato forem falsos
cionais pelo STF, em controle concentrado de constitu- ou inexistentes, o ato administrativo será nulo, em
cionalidade, no bojo da ADI nº 2.220, de 2000, julgada homenagem à Teoria dos Motivos Determinantes do
em 16/11/2011.

69
Direito Administrativo.

8-
Art. 49 [...]

86
§ 3º O Governador ficará suspenso de suas funções: Art. 51 Os Secretários de Estado serão escolhidos

6.
1. Nas infrações penais comuns, recebida a denún- entre brasileiros maiores de vinte e um anos e no

9
.4
cia ou queixa-crime pelo Superior Tribunal de exercício dos direitos políticos.

33
Justiça;

-4
Para a nomeação de um indivíduo ao cargo de
Caso o STJ receba a denúncia ou a queixa-crime
O
Secretário de Estado, a CE/SP exige o preenchimento
ofertada em desfavor do Governador do Estado pela
IR
de três requisitos, quais sejam:
prática de crime comum, o Chefe do Poder Executi-
M
A

vo Estadual ficará suspenso de suas funções, devendo


R

assumir a frente da Administração Pública Estadual z Ser brasileiro, nato ou naturalizado. Exclui-se, des-
E

seu substituto natural. ta forma, a nomeação de estrangeiros a este cargo;


R

z Ter mais de 21 anos de idade, ou seja, menores de


EI

Art. 49 [...]
R

21 anos não podem ser nomeados;


IF

2. Declarado inconstitucional, em controle concen- z Estar em pleno exercício de seus direitos políticos,
N

trado, pelo Supremo Tribunal Federal. ou seja, pode votar e ser votado.
LI
O

O item 2, do § 3º, desse dispositivo legal foi declara-


R

do inconstitucional pelo STF, em controle concentrado Art. 52 Os Secretários de Estado, auxiliares diretos
A

e da confiança do Governador, serão responsáveis


K

de constitucionalidade, no bojo da ADI nº 2.220, de


pelos atos que praticarem ou referendarem no exer-
LI

2000, julgada em 16/11/2011.


cício do cargo, bem como por retardar ou deixar de
IE

praticar, indevidamente, ato de ofício.


C

§ 4º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o


A

julgamento não estiver concluído, cessará o afasta-


R

mento do Governador, sem prejuízo do prossegui-


G

A redação do art. 52 foi dada pela EC nº 24, de


mento do processo. 2008, e é objeto da ADI nº 4.052-9, de 2008, em trâmi-
te perante o STF. Esse dispositivo atribui ao cargo de
Caso não tenha concluído o julgamento do crime
Secretário de Estado a responsabilidade em decorrên-
comum praticado pelo Governador do Estado em 180
cia do exercício de sua função.
dias, perante o STJ, o Chefe do Poder Executivo do Estado
deverá retornar ao exercício de suas funções regulares.
Art. 52 [...]
§ 5º Declarado inconstitucional, em controle con- § 1º Os Secretários de Estado responderão, no
centrado, pelo Supremo Tribunal Federal. prazo estabelecido pelo inciso XVI do artigo 20,
§ 6º Declarado inconstitucional, em controle con- os requerimentos de informação formulados por
centrado, pelo Supremo Tribunal Federal. Deputados e encaminhados pelo Presidente da
Assembleia após apreciação da Mesa, reputando-se
Ambos os parágrafos foram declarados inconstitu- não praticado o ato de seu ofício sempre que a res-
cionais pelo STF, em controle concentrado de constitu- posta for elaborada em desrespeito ao parlamentar
cionalidade, no bojo da ADI nº 1.021, de 1994, julgada ou ao Poder Legislativo, ou que deixar de referir-se
250 em 19/10/1995. especificamente a cada questionamento feito.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Tal redação foi dada pela EC nº 24, de 2008, e é § 1º Aplica-se o disposto no “caput” deste artigo aos
objeto da ADI nº 4.052-9, de 2008, em trâmite perante Diretores de Agências Reguladoras.
o STF. O inciso XVI, art. 20, da CE/SP, possui a seguinte
redação, in verbis: Tal redação foi dada pela EC nº 27, de 2009. Esse dis-
positivo legal consagra a existência do sistema de freios
Art. 20 Compete exclusivamente à Assembleia e contrapesos criados em nosso ordenamento jurídico,
Legislativo: trazendo obrigação semestral ao Secretário de Estado
XVI - requisitar informações dos Secretários de de prestar contas e informações às Comissões Perma-
Estado, dirigentes, diretores e superintendentes de nentes da Assembleia Legislativa do Estado.
órgãos da administração pública indireta e funda-
cional, do Procurador-Geral de Justiça, dos Reitores Art. 52-A [...]
das universidades públicas estaduais e dos direto- § 2º Aplicam-se aos procedimentos previstos neste
res de Agência Reguladora sobre assunto relacio- artigo, no que couber, aqueles já disciplinados em
nado com sua pasta ou instituição, importando Regimento Interno do Poder Legislativo.
crime de responsabilidade não só a recusa ou o não
atendimento, no prazo de trinta dias, bem como o A redação foi dada pela EC nº 27, de 2009. A CE/SP
fornecimento de informações falsas. (g.n). visa integrar o preceito constitucional do Estado de São
Paulo com o Regimento Interno da Assembleia Legislati-
O requerimento de informações do Poder Legislativo va do Estado, desde que haja compatibilidade entre eles.
tem por pretensão requisitar informações ou esclareci- Art. 52-A [...]
mentos dos Secretários de Estados e demais autoridades § 3º O comparecimento do Secretário de Estado,
listadas no inciso XVI, do art. 20, da CE/SP, de assuntos com a finalidade de apresentar, quadrimestral-
pertinentes à Secretaria, ou outro órgão público por ele mente, perante Comissão Permanente do Poder
dirigido. Tal requerimento deve ser cumprido no prazo Legislativo, a demonstração e a avaliação do cum-
de 30 dias pelo titular da pasta (Secretário de Estado) sob primento das metas fiscais por parte do Poder
pena de crime de responsabilidade. Vale consignar que Executivo suprirá a obrigatoriedade constante do
a prestação de informações falsas também ensejará a “caput” deste artigo. (Redação dada pela Emenda
existência do crime de responsabilidade. Constitucional nº 31, de 21/10/2009)

69
8-
Art. 52 [...] O Secretário de Estado poderá adotar a providên-

86
§ 2º Para os fins do disposto no § 1º deste artigo, cia prevista no caput desse artigo ou a constante no

6.
§ 3º. É importante frisar que o objetivo de ambos os

9
os Secretários de Estado respondem pelos atos dos

.4
dirigentes, diretores e superintendentes de órgãos da dispositivos legais é o mesmo: a fiscalização das ativi-

33
administração pública direta, indireta e fundacional dades do Poder Executivo pelo Poder Legislativo.

-4
a eles diretamente subordinados ou vinculados.
Art. 52-A [...]
O
IR
Tal redação foi dada pela EC nº 24, de 2008, e é § 4º No caso das Universidades Públicas Estaduais e
M

objeto da ADI nº 4.052-9, de 2008, em trâmite perante da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
A

Paulo, incumbe, respectivamente, aos próprios Reito-


o STF. A administração pública indireta encontra-se
R

res e ao Presidente, efetivar, anualmente e no que cou-


subordinada ou vinculada à administração pública
E

ber, o disposto no “caput” deste artigo. (Acrescentado


R

direta. O PROCON, a Fundação CASA, o IPEM, que são


EI

pela Emenda Constitucional nº 37, de 05/12/2012)


considerados administração pública indireta são vin-
R

culados à Secretaria da Justiça e Cidadania do Esta-


IF

A redação foi dada pela EC nº 37, de 2012. As obri-


do, que é administração direta. Isso quer dizer que as
N

gações constantes do caput do art. 52 são estendidas


LI

informações requisitadas ao PROCON, por exemplo, às universidades públicas do estado e, ainda, à Funda-
O

serão prestadas pelo Secretário da Justiça e Cidadania. ção de Amparo à Pesquisa do Estado.
R
A
K

§ 3º Aos diretores de Agência Reguladora aplica-se Art. 53 Os Secretários farão declaração pública de
LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


o disposto no § 1º deste artigo. (NR) bens, no ato da posse e no término do exercício do
IE

cargo, e terão os mesmos impedimentos estabeleci-


C

A redação foi dada pela EC nº 24, de 2008, e é objeto dos nesta Constituição para os Deputados, enquan-
A

to permanecerem em suas funções.


R

da ADI nº 4.052-9, de 2008, em trâmite perante o STF. As


G

agências reguladoras exercem o papel de fiscalização,


Na posse do Secretário de Estado, bem como no
regulamentação e controle de produtos e serviços de
término do exercício do seu cargo, será elaborada
interesse público. A título de exemplo, pode-se citar a
ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), a ANATEL declaração pública de bens e valores que compõem
(Agência Nacional de Telecomunicação), a ANVISA seu patrimônio privado.
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) etc. As agên- Esse dispositivo da CE/SP está em conformidade com
cias reguladoras também têm a obrigação de prestar os termos do art. 13, da Lei Federal nº 8.429, de 1992,
informações requisitadas pela Assembleia Legislativa. conhecida como Lei de Improbidade Administrativa.
A aludida declaração deve compreender imóveis,
Art. 52-A Caberá a cada Secretário de Estado, semes- móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações e qualquer
tralmente, comparecer perante a Comissão Perma- outra espécie de bens e valores patrimoniais, localiza-
nente da Assembleia Legislativa a que estejam afetas da no país ou no exterior e, quando for o caso, abran-
as atribuições de sua Pasta, para prestação de con- gerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou
tas do andamento da gestão, bem como demonstrar companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam
e avaliar o desenvolvimento de ações, programas e sob a dependência econômica do declarante, excluídos
metas da Secretaria correspondente. apenas os objetos e utensílios de uso doméstico. 251
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Do Poder Judiciário Art. 80 O Tribunal de Justiça Militar do Estado,
com jurisdição em todo o território estadual e com
z Do Tribunal de Justiça Militar e dos Conselhos de sede na Capital, compor-se-á de sete juízes, dividi-
Justiça Militar. dos em duas câmaras, nomeados em conformidade
com as normas da Seção I deste Capítulo, exceto o
disposto no art. 60, e respeitado o art. 94 da Consti-
Conforme preceitua a Constituição Federal, os
tuição Federal, sendo quatro militares Coronéis da
Estados podem criar a Justiça Militar desde que seu
ativa da Polícia Militar do Estado e três civis.
número de militares efetivos seja superior a vinte mil
integrantes, nos termos do § 3º, art. 125, da CF, de 1988.
O Tribunal de Justiça Militar do Estado é composto
O número de efetivos da Polícia Militar do Estado de
por 07 Juízes, sendo 04 militares Coronéis da ativa da
São Paulo é superior a esse número, o que permitiu a
Polícia Militar do Estado de São Paulo e 03 civis. Este
criação da citada justiça nesse Estado.
Tribunal será dividido em suas Câmaras para proferir
suas decisões colegiadas.
Art. 79-A A Justiça Militar do Estado será consti-
tuída, em primeiro grau, pelos juízes de Direito e
A seguir, observe o artigo que nos traz a com-
pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo petência do Tribunal de Justiça Militar (2º grau de
Tribunal de Justiça Militar. (Redação acrescida pela jurisdição), podendo processar e julgar as situações
EC nº 21, de 2006) elencadas nos incisos citados.

A Justiça Militar do Estado é dividida em primeiro Art. 81 Compete ao Tribunal de Justiça Militar pro-
grau de jurisdição e em segundo grau de jurisdição. cessar e julgar:
I - originariamente, o Chefe da Casa Militar, o
Comandante-Geral da Polícia Militar, nos crimes
z Em primeiro grau de jurisdição, é composta por
militares definidos em lei, os mandados de seguran-
juízes de direito e pelo Conselho de Justiça; ça e os “habeas corpus”, nos processos cujos recur-
z Em segundo grau de jurisdição, é formada pelo sos forem de sua competência ou quando o coator
Tribunal de Justiça Militar. ou coagido estiverem diretamente sujeitos a sua
jurisdição e às revisões criminais de seus julgados e
A composição do Tribunal de Justiça Militar encon- das Auditorias Militares;

69
tra-se elencada no art. 80, da CE/SP. II - em grau de recurso, os policiais militares, nos

8-
crimes militares definidos em lei, observado o dis-

86
Art. 79-B Compete à Justiça Militar estadual pro- posto no art. 79-B.

6.
cessar e julgar os militares do Estado, nos crimes § 1º Compete ainda ao Tribunal exercer a correi-

9
ção geral sobre as atividades de Polícia Judiciária

.4
militares definidos em lei e as ações judiciais con-
Militar, bem como decidir sobre a perda do posto e

33
tra atos disciplinares militares, ressalvada a com-
da patente dos Oficiais e da graduação das praças.

-4
petência do júri quando a vítima for civil, cabendo
ainda decidir sobre a perda do posto e da patente
dos oficiais e da graduação das praças. (NR) – Reda-
O
Além de suas atribuições ordinárias, a Polícia Militar
IR
ção acrescida pela EC nº 21, de 2006. do Estado exerce a função de Polícia Judiciária Militar,
M

tendo por pretensão cumprir ou fazer cumprir as deter-


A

minações da Justiça Militar. Tais atividades estão sujeitas


R

Esse dispositivo aborda a competência da Justiça


à atividade de correição do Tribunal de Justiça Militar.
E

Militar (1º grau de jurisdição), cujos limites são pro-


R

cessar e julgar os militares do Estado de São Paulo em:


EI

Art. 81 [...]
R

§ 2º Compete aos juízes de Direito do juízo militar


IF

z Crimes militares definidos em Lei, podendo ser de processar e julgar, singularmente, os crimes mili-
N

duas espécies, quais sejam: tares cometidos contra civis e as ações judiciais
LI

contra atos disciplinares militares, cabendo ao Con-


O

„ Crime propriamente militar (somente pode ser selho de Justiça, sob a presidência do juiz de Direi-
R
A

praticado por militar); to, processar e julgar os demais crimes militares.


K

„ Crime impropriamente militar (pode ser pratica-


LI

do pelo militar ou pelo civil, a depender do caso); A redação foi dada pela EC nº 21, de 2006. Como
IE

vimos, o primeiro grau de jurisdição da Justiça Militar


C

z Ações contra os atos disciplinares militares, que é composto pelos Juízes de Direito e pelo Conselho de
A
R

são atos administrativos praticados com base nos Justiça, sendo certo que esse dispositivo fixa a compe-
G

poderes disciplinares e hierárquico. tência de cada um desses órgãos.

Ademais, a Justiça militar tem competência para Art. 81 [...]


§ 3º Os serviços de correição permanente sobre as
decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais
atividades de Polícia Judiciária Militar e do Presí-
e da graduação das praças. dio Militar serão realizados pelo juiz de Direito do
juízo militar designado pelo Tribunal.

Importante! Tal redação foi dada pela EC nº 21, de 2006. As ati-


Na hipótese de ocorrer crime doloso praticado vidades atinentes à corregedoria da Polícia Judiciária
Militar e do Presídio Militar serão realizadas por um
por militar contra a vida de civil, a competência
juiz de Direito e, não, pelos Coronéis da ativa. Tais ati-
será do Tribunal de Justiça do Estado de São vidades exercidas pelo magistrado decorre de desig-
Paulo e da Justiça Militar. nação do Tribunal de Justiça Militar.

252
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 82 Os juízes do Tribunal de Justiça Militar e os A inelegibilidade pode ser compreendida como
juízes de Direito do juízo militar gozam dos mesmos a ausência da capacidade eleitora passiva, ou seja,
direitos, vantagens e subsídios e sujeitam-se às mes- o indivíduo não pode ser candidato a cargo político,
mas proibições dos Desembargadores do Tribunal
não podendo, por consequência, ser votado. Ela está
de Justiça e dos juízes de Direito, respectivamente.
prevista nos §§ 4º, 7º e 9º, art. 14, da CF, de 1988, sen-
do que a legislação infraconstitucional estabelecerá
A redação foi dada pela EC nº 21, de 2006. Os magis-
trados que exercem suas funções públicas perante a outras hipóteses para a sua ocorrência.
Justiça Militar do Estado possuem os mesmos direitos, A Lei Complementar nº 64, de 1990, estabelece os
vantagens, subsídios e proibições dos demais Magis- demais casos de inelegibilidade e os prazos de cessa-
trados do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. ção. Se o indivíduo foi declarado inelegível, não pode-
rá ser nomeado para ocupar os cargos elencados no
Art. 82 [...] art. 111-A, da CE/SP, mesmo que esses cargos sejam
Parágrafo único. Os juízes de Direito do juízo mili- demissíveis ad nutum.
tar serão promovidos ao Tribunal de Justiça Militar
nas vagas de juízes civis, observado o disposto nos Art. 112 As leis e atos administrativos externos deve-
artigos 93, III e 94 da Constituição Federal. (NR) rão ser publicados no órgão oficial do Estado, para
que produzam os seus efeitos regulares. A publica-
Redação dada pela EC nº 21, de 2006. Este disposi- ção dos atos não normativos poderá ser resumida.
tivo trata das promoções dos juízes militares alocados
perante a Justiça Militar.
A publicação das leis e dos atos administrativos é
necessária para que tais normas possam iniciar a pro-
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
dução de seus esperados efeitos legais. O órgão oficial
de publicidade do Estado de São Paulo é o Diário Oficial
Da Administração Pública
do Estado, sob responsabilidade da Imprensa Oficial. A
publicidade das normas e atos administrativos poderá
z Disposições Gerais
ser feita na íntegra ou em resumo a depender do caso.
Art. 111 A administração pública direta, indireta

69
Art. 113 A lei deverá fixar prazos para a prática
ou fundacional, de qualquer dos Poderes do Esta-
dos atos administrativos e estabelecer recursos

8-
do, obedecerá aos princípios de legalidade, impes-

86
adequados à sua revisão, indicando seus efeitos e
soalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade,
forma de processamento.

6.
finalidade, motivação, interesse público e eficiência.

9
.4
(NR) – Redação dada pela EC nº 21, de 2006.
Esse preceito constitucional do Estado é tratado pela

33
Lei Estadual nº 10.177, de 1998, que regula o processo

-4
Esse dispositivo visa estabelecer os princípios bási-
cos da Administração Pública do Estado, quais sejam: administrativo perante a administração pública estadual.
Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, O
IR
Finalidade, Motivação, Interesse Público e Eficiência. Art. 114 A administração é obrigada a fornecer a
M

Assim, o art. 111, da CE/SP possui enorme semelhança qualquer cidadão, para a defesa de seus direitos e
A
R

com o disposto no art. 37, da CF, de 1988. esclarecimentos de situações de seu interesse pes-
E

soal, no prazo máximo de dez dias úteis, certidão


R

de atos, contratos, decisões ou pareceres, sob pena


Dica
EI

de responsabilidade da autoridade ou servidor que


R

negar ou retardar a sua expedição. No mesmo pra-


IF

Memorize os princípios básicos da Administra- zo deverá atender às requisições judiciais, se outro


N

ção Pública pelo mnemônico “L.I.M.P.E.”, que


LI

não for fixado pela autoridade judiciária.


significa:
O
R

Legalidade O direito de se obter certidões dos órgãos públicos


A

Impessoalidade
K

para a defesa de direitos e esclarecimento de situa-


Moralidade
LI

ções de interesse pessoal é previsto na alínea “b”, inci-


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
IE

Publicidade so XXXIV, art. 5º, da CF, de 1988. Vale destacar que a


C

Eficiência recusa imotivada por parte da Administração Pública


A

permite a impetração do habeas data, nos termos do


R
G

É importante saber que, ao mnemônico “L.I.M.P.E.”, LXXII, art. 5º, da CF, de 1988.
se deve acrescentar os princípios da Finalidade, da
Motivação e do Interesse Público.
Importante!
Art. 111-A É vedada a nomeação de pessoas que
se enquadram nas condições de inelegibilidade O prazo estabelecido pela CE/SP é de 10 dias
nos termos da legislação federal para os cargos de úteis, sendo que seu descumprimento acarretará
Secretário de Estado, Secretário-Adjunto, Procura- a responsabilidade do servidor ou da autoridade
dor-Geral de Justiça, Procurador-Geral do Estado,
que recusar seu fornecimento ou retardar sua
Defensor Público-Geral, Superintendentes e Dire-
tores de órgãos da administração pública indireta, expedição.
fundacional, de agências reguladoras e autarquias,
Delegado-Geral de Polícia, Reitores das universida-
des públicas estaduais e ainda para todos os cargos Esse prazo (10 dias) também deve ser observado
de livre provimento dos poderes Executivo, Legisla- pelo Estado de São Paulo para cumprir as requisições
tivo e Judiciário do Estado. (NR) – Redação acresci- judiciais, caso não seja fixado outro prazo pela auto-
da pela EC nº 34, de 2012. ridade judicial. 253
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 115 Para a organização da administração públi- Art. 115 [...]
ca direta e indireta, inclusive as fundações instituídas V - as funções de confiança, exercidas exclusiva-
ou mantidas por qualquer dos Poderes do Estado, é mente por servidores ocupantes de cargo efetivo,
obrigatório o cumprimento das seguintes normas: e os cargos em comissão, a serem preenchidos por
I - os cargos, empregos e funções públicas são aces- servidores de carreira nos casos, condições e percen-
síveis aos brasileiros que preenchem os requisitos tuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
forma da lei; (Redação dada pela EC nº 21, de 2006) (NR) – Redação dada pela EC nº 21, de 2006.

Os cargos, empregos e funções públicas do Estado Há significativa distinção entre função (ou cargo)
de São Paulo são acessíveis aos brasileiros natos e natu- de confiança e cargo em comissão. O cargo de con-
ralizados, sendo que estrangeiros poderão ter acesso a fiança só pode ser ocupado por servidores públicos
eles na forma e nos casos estabelecidos em Lei.
de carreira, aprovados em concurso público de pro-
vas ou provas e títulos. Já o cargo em comissão pode
Art. 115 [...]
ser ocupado por servidores públicos ou particulares,
II - a investidura em cargo ou emprego público
depende de aprovação prévia, em concurso públi- a depender da autoridade nomeante.
co de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as Ambos os cargos são demissíveis ad nutum, ou seja,
nomeações para cargo em comissão, declarado em são de livre provimento e livre exoneração, a cargo da
lei, de livre nomeação e exoneração; autoridade nomeante. Os indivíduos são nomeados
para exercer atribuições de direção (comando de mais
Existem duas formas para a investidura perante o de um departamento), chefia (comando de um único
Estado de São Paulo, quais sejam: departamento) ou assessoramento (auxílio à autori-
dade no desempenho de funções públicas).
z Concurso público de provas ou provas e títulos, que
permite a investidura em cargo ou emprego público; Art. 115 [...]
z Nomeação em cargos em comissão, chamados de VI - é garantido ao servidor público civil o direito à
demissíveis ad nutum, nos casos em que a legisla- livre associação sindical, obedecido o disposto no

69
ção do Estado assim permite. art. 8º da Constituição Federal;

8-
86
Art. 115 [...] Nos termos do inciso V, art. 8º, da CF, de 1988, o

6.
III - o prazo de validade do concurso público será de servidor público é livre para escolher entre filiar-se

9
até dois anos, prorrogável uma vez, por igual perío-

.4
ou não ao sindicato de sua categoria.
do. A nomeação do candidato aprovado obedecerá

33
à ordem de classificação;

-4
Art. 115 [...]
VII - o servidor e empregado público gozarão de
O concurso público terá prazo de validade de até 2
O
estabilidade no cargo ou emprego desde o registro
IR
(dois) anos, sendo admitida a prorrogação desse pra-
M
de sua candidatura para o exercício de cargo de
zo por uma única vez. O candidato aprovado em con-
A

representação sindical ou no caso previsto no inci-


R

curso público de provas ou provas e títulos deverá ter so XXIII deste artigo, até um ano após o término
E

sua nomeação na exata ordem da lista dos aprovados, do mandato, se eleito, salvo se cometer falta grave
R

sendo possível impetrar mandado de segurança caso


EI

definida em lei;
essa não seja respeitada.
R

VIII - o direito de greve será exercido nos termos


IF

e nos limites definidos em lei específica; (Redação


N

Art. 115 [...] dada pela EC nº 21, de 2006)


LI

IV - durante o prazo improrrogável previsto no


O

edital de convocação, o aprovado em concurso


R

O servidor público do Estado de São Paulo possui


público de provas ou de provas e títulos será con-
A

direito de greve, o qual também está previsto no inciso


K

vocado com prioridade sobre novos concursados


VII, art. 37, da CF, de 1988. Vale dizer que, até a data de
LI

para assumir cargo ou emprego, na carreira;


conclusão deste material, não há lei que regulamente
IE
C

Durante o prazo de vigência de um concurso o direito de greve no serviço público, sendo que, por
A

público (até 2 anos, podendo ser prorrogado por igual força da jurisprudência do STF (MI nº 670, 708 e 712),
R

é possível aplicar a Lei de Greves da iniciativa privada


G

período), poderão surgir novas vagas para o mesmo


cargo e, por isso, é possível a abertura de novo concur- (Lei nº 7.783, de 1989) aos servidores públicos.
so público na pendência de nomeação dos aprovados Importante observar que os militares não têm
no certame anterior. direito à greve, nos termos do inciso IV, § 3º, do art.
Importante observar que os candidatos aprovados 142, da CF, de 1988.
no concurso anterior têm prioridade na nomeação em
relação aos candidatos aprovados no novo concurso. Art. 115 [...]
Cabe, ainda, consignar a existência de duas Súmulas IX - a lei reservará percentual dos cargos e empre-
do STF aplicáveis ao caso, quais sejam: gos públicos para os portadores de deficiências,
garantindo as adaptações necessárias para a sua
„ Súmula n° 15 (STF) Dentro do prazo de vali- participação nos concursos públicos e definirá os
dade do concurso, o candidato aprovado tem critérios de sua admissão;
direito à nomeação quando o cargo for preen-
chido sem a observância da classificação. Esse dispositivo da Constituição do Estado está em
„ Súmula n° 17 (STF) A nomeação de funcionário conformidade com o Estatuto da Pessoa com Deficiên-
254 sem concurso pode ser desfeita antes da posse. cia (Lei nº 13.146, de 2015).,
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 115 [...] Art. 115 [...]
X - a lei estabelecerá os casos de contratação por XVIII - é vedada a acumulação remunerada de car-
tempo determinado, para atender a necessidade gos públicos, exceto quando houver compatibilida-
temporária de excepcional interesse público; de de horários:
XI - a revisão geral anual da remuneração dos ser- a) de dois cargos de professor;
vidores públicos, sem distinção de índices entre b) de um cargo de professor com outro técnico
servidores públicos civis e militares, far-se-á sem- ou científico;
pre na mesma data e por lei específica, observada a c) a de dois cargos ou empregos privativos de
iniciativa privativa em cada caso; profissionais de saúde, com profissões regula-
XII - em conformidade com o art. 37, XI, da Consti- mentadas; (Redação dada pela EC nº 21, de 2006)
tuição Federal, a remuneração e o subsídio dos ocu-
pantes de cargos, funções e empregos públicos da A regra perante a CE/SP é a vedação da acumula-
administração direta, autárquica e fundacional, os ção de dois cargos públicos. Contudo, nas hipóteses
proventos, pensões ou outra espécie remunerató- elencadas nas alíneas desse dispositivo constitucional
ria, percebidos cumulativamente ou não, incluídas estadual, é permitida a acumulação de dois cargos aos
as vantagens pessoais ou de qualquer outra natu- servidores do Estado de São Paulo.
reza, não poderão exceder o subsídio mensal do
Governador no âmbito do Poder Executivo, o sub- Art. 115 [...]
sídio dos Deputados Estaduais no âmbito do Poder XIX - a proibição de acumular estende-se a empre-
Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do gos e funções e abrange autarquias, fundações,
Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e empresas públicas, sociedades de economia mista,
vinte e cinco centésimos por cento do subsídio men- suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta
sal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal ou indiretamente, pelo Poder Público;
Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável XX - a administração fazendária e seus agentes fis-
este limite aos membros do Ministério Público, cais de rendas, aos quais compete exercer, privati-
aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (NR) vamente, a fiscalização de tributos estaduais, terão,
– Redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, dentro de suas áreas de competência e jurisdição,
de 14/02/2006. precedência sobre os demais setores administrati-
vos, na forma da lei;

69
Esse dispositivo fixa o limite da remuneração ou sub- XX-A - a administração tributária, atividade essen-

8-
sídios dos servidores públicos do Estado de São Paulo. cial ao funcionamento do Estado, exercida por

86
No Poder Legislativo Estadual, as vantagens pessoais servidores de carreiras específicas, terá recursos

6.
ou de qualquer outra natureza não poderão exceder o prioritários para a realização de suas atividades e

9
atuará de forma integrada com as administrações

.4
subsídio mensal do Governador do Estado.

33
tributárias da União, de outros Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, inclusive com o comparti-

-4
Art. 115 [...]
lhamento de cadastros e de informações fiscais, na
O
XIII - até que se atinja o limite a que se refere o
forma da lei ou convênio; (NR)
IR
inciso anterior, é vedada a redução de salários que
XXI - a criação, transformação, fusão, cisão, incor-
M
implique a supressão das vantagens de caráter
poração, privatização ou extinção das socieda-
A

individual, adquiridas em razão de tempo de ser-


R

des de economia mista, autarquias, fundações e


viço, previstas no artigo 129 desta Constituição. empresas públicas depende de prévia aprovação da
E

Atingido o referido limite, a redução se aplicará


R

Assembleia Legislativa;
EI

independentemente da natureza das vantagens XXII - depende de autorização legislativa, em cada


R

auferidas pelo servidor; caso, a criação de subsidiárias das entidades men-


IF

XIV - os vencimentos dos cargos do Poder Legislati- cionadas no inciso anterior, assim como a partici-
N

vo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores pação de qualquer delas em empresa privada;
LI

aos pagos pelo Poder Executivo; XXIII - fica instituída a obrigatoriedade de um


O
R

Diretor Representante e de um Conselho de Repre-


A

Os vencimentos dos servidores do Poder Legisla- sentantes, eleitos pelos servidores e empregados
K

tivo e do Poder Judiciário não poderão ser maio- públicos, nas autarquias, sociedades de economia
LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


res do que aqueles pagos pelo Poder Executivo do mista e fundações instituídas ou mantidas pelo
IE

Estado a seus servidores. Poder Público, cabendo à lei definir os limites de


C

sua competência e atuação;


A
R

Art. 115 [...] XXIV - é obrigatória a declaração pública de bens,


G

XV - é vedada a vinculação ou equiparação de antes da posse e depois do desligamento, de todo o


quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de dirigente de empresa pública, sociedade de econo-
remuneração de pessoal do serviço público, obser- mia mista, autarquia e fundação instituída ou man-
vado o disposto na Constituição Federal; tida pelo Poder Público;
XVI - os acréscimos pecuniários percebidos por ser-
vidor público não serão computados nem acumula- Esse dispositivo da CE/SP está em conformidade com
dos para fins de concessão de acréscimos ulteriores os termos do art. 13, da Lei Federal nº 8.429, de 1992,
sob o mesmo título ou idêntico fundamento; conhecida como Lei de Improbidade Administrativa.
XVII - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de A declaração deve compreender imóveis, móveis,
cargos e empregos públicos são irredutíveis, obser- semoventes, dinheiro, títulos, ações e qualquer outra
vado o disposto na Constituição Federal; (Redação espécie de bens e valores patrimoniais localizada no
dada pela EC nº 21, de 2006) país ou no exterior e, quando for o caso, abrangerá
os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou compa-
Esse dispositivo estabelece o princípio da irreduti- nheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a
bilidade dos subsídios ou vencimentos dos servidores dependência econômica do declarante, excluídos ape-
do Estado de São Paulo. nas os objetos e utensílios de uso doméstico. 255
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O servidor público do Estado que se recusar a informativo e de orientação social, dela não poden-
fazer a declaração pública de bens ou a fizer, usando do constar nomes, símbolos e imagens que carac-
informações falsas, será punido com pena de demis- terizem promoção pessoal de autoridades ou
são a bem do serviço público, conforme disciplinado servidores públicos.
pela Lei de Improbidade Administrativa.
Esse dispositivo está em conformidade com o pre-
Art. 115 [...] visto no § 1º, art. 37, da CF, de 1988. Tem por pretensão
XXV - os órgãos da administração direta e indire- esclarecer que a publicidade, no sentido de propa-
ta ficam obrigados a constituir Comissão Interna ganda, é admitida perante a Administração Pública
de Prevenção de Acidentes - CIPA - e, quando assim do Estado, sendo que deve possuir caráter educativo,
o exigirem suas atividades, Comissão de Controle informativo e de orientação social.
Ambiental, visando à proteção da vida, do meio Ao proibir a utilização de nomes, símbolos e imagens,
ambiente e das condições de trabalho dos seus ser- a Constituição do Estado visa proibir a promoção pessoal
vidores, na forma da lei; do administrador público, pois os feitos são do Estado e,
XXVI - ao servidor público que tiver sua capacida- não, do político ou do servidor que está a sua frente.
de de trabalho reduzida em decorrência de acidente
de trabalho ou doença do trabalho será garantida a Art. 115 [...]
transferência para locais ou atividades compatíveis § 2º É vedada ao Poder Público, direta ou indire-
com sua situação; tamente, a publicidade de qualquer natureza fora
do território do Estado, para fins de propaganda
Esse dispositivo da CE/SP assegura o direito do ser- governamental, exceto às empresas que enfrentam
vidor a ser readaptado em outro local de trabalho ou concorrência de mercado e divulgação destinada a
em outra atividade laborativa, desde que sua capaci- promover o turismo estadual. (NR) – Redação dada
dade para o trabalho seja reduzida por acidente de pela Emenda Constitucional nº 29 de 21/10/2009.
trabalho ou por doença do trabalho. Tal inciso deve
ser lido em consonância com a redação do § 9º, art. Em regra, o preceito constitucional do Estado proí-
115, da CE/SP. be a realização de publicidade fora dos limites terri-
toriais do Estado de São Paulo. Contudo, em caráter
Art. 115 [...] excepcional, poderá ser feita publicidade fora do ter-

69
XXVII - é vedada a estipulação de limite de idade ritório nacional nas hipóteses em que tiver, por pre-
para ingresso por concurso público na administra-

8-
tensão, a promoção do turismo nesse Estado.

86
ção direta, empresa pública, sociedade de economia
mista, autarquia e fundações instituídas ou manti- Art. 115 [...]

96.
das pelo Poder Público, respeitando-se apenas o limi- § 3º A inobservância do disposto nos incisos II, III

.4
te constitucional para aposentadoria compulsória; e IV deste artigo implicará a nulidade do ato e a

33
punição da autoridade responsável, nos termos

-4
Esse dispositivo constitucional estadual está em da lei.
conformidade com a Súmula n° 683, do STF, in verbis:
O
IR
o limite de idade para a inscrição em concurso público Relembre os incisos II, III e IV, do art. 115, da CE/SP:
M
só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição,
A

quando possa ser justificado pela natureza das atribui- Art. 115 Para a organização da administração públi-
R

ções do cargo a ser preenchido. ca direta e indireta, inclusive as fundações instituídas


E

ou mantidas por qualquer dos Poderes do Estado, é


R

Art. 7º (CF, de 1988) São direitos dos trabalhado- obrigatório o cumprimento das seguintes normas:
EI

[...]
R

res urbanos e rurais, além de outros que visem à


IF

melhoria de sua condição social (inciso XXX) proi- II - a investidura em cargo ou emprego público
depende de aprovação prévia, em concurso públi-
N

bição de diferença de salários, de exercício de fun-


LI

ções e de critério de admissão por motivo de sexo, co de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as
O

idade, cor ou estado civil; nomeações para cargo em comissão, declarado em


R

lei, de livre nomeação e exoneração;


A

Voltando ao estudo do art. 115, da CE/SP: III - o prazo de validade do concurso público será de
K

até dois anos, prorrogável uma vez, por igual perío-


LI

Art. 115 [...] do. A nomeação do candidato aprovado obedecerá


IE

XXVIII - os recursos provenientes dos descontos à ordem de classificação;


C
A

compulsórios dos servidores públicos, bem como a IV - durante o prazo improrrogável previsto no
R

contrapartida do Estado, destinados à formação de edital de convocação, o aprovado em concurso


G

fundo próprio de previdência, deverão ser postos, público de provas ou de provas e títulos será con-
mensalmente, à disposição da entidade estadual vocado com prioridade sobre novos concursados
responsável pela prestação do benefício, na forma para assumir cargo ou emprego, na carreira.
que a lei dispuser;
XXIX - a administração pública direta e indireta, as
universidades públicas e as entidades de pesquisa
técnica e científica oficiais ou subvencionadas pelo Importante!
Estado prestarão ao Ministério Público o apoio Caso seja necessário aplicar as regras elenca-
especializado ao desempenho das funções da Cura- das nos incisos transcritos, o ato administrativo
doria de Proteção de Acidentes do Trabalho, da
praticado será considerado nulo. A nulidade pos-
Curadoria de Defesa do Meio Ambiente e de outros
interesses coletivos e difusos. sui efeitos ex tunc, ou seja, todas as consequên-
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, cias geradas pela prática do ato visto como nulo
serviços e campanhas da administração pública devem ser desfeitas, retornando-se ao status
direta, indireta, fundações e órgãos controlados quo antes da prática do ato administrativo.
pelo Poder Público deverá ter caráter educacional,
256
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 115 [...] Nas hipóteses de readaptação do servidor público
§ 4º As pessoas jurídicas de direito público e as de estadual, não poderá haver qualquer redução de seus
direito privado, prestadoras de serviços públicos, vencimentos ou subsídios.
responderão pelos danos que seus agentes, nes-
sa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o Art. 115 [...]
direito de regresso contra o responsável nos casos § 10 A aposentadoria concedida com a utilização de
de dolo ou culpa. tempo de contribuição decorrente de cargo, empre-
go ou função pública, inclusive do Regime Geral de
A responsabilidade de administração pode ocor- Previdência Social, acarretará o rompimento do
rer por dois tipos de condutas, quais sejam: condutas vínculo que gerou o referido tempo de contribuição.
comissivas e condutas omissivas. Art. 116 Os vencimentos, vantagens ou qualquer
No que tange às condutas comissivas — danos parcela remuneratória, pagos com atraso, deverão
causados por condutas positivas (ou por ação) dos ser corrigidos monetariamente, de acordo com os
índices oficiais aplicáveis à espécie.
servidores públicos do Estado de São Paulo —, deve-
mos adotar a chamada Teoria Objetiva, ou seja, a res-
ponsabilidade da administração será fixada quando Na hipótese de o Estado de São Paulo atrasar os
vencimentos ou subsídios dos servidores públicos,
restar comprovada a conduta, o resultado e o nexo
estes valores deverão ser corrigidos monetariamente.
de causalidade entre elas, sendo irrelevante a análise
subjetiva da conduta. Em outras palavras, na respon-
Dos Servidores Públicos do Estado
sabilidade objetiva, não há questionamento acerca do
elemento subjetivo (dolo ou culpa).
z Dos Servidores Públicos Civis
Já na responsabilidade por condutas omissivas —
condutas negativas (ou decorrentes de atos omissivos)
Art. 124 Os servidores da administração pública
—, devemos adotar a Teoria Subjetiva. Nessa teoria,
direta, das autarquias e das fundações instituídas
além de restar provada a conduta, o resultado e o ou mantidas pelo Poder Público terão regime jurí-
nexo de causalidade entre elas, dever-se-á comprovar dico único e planos de carreira.
a existência de dolo ou culpa na conduta do servidor.

69
Os servidores públicos do Estado são regulados
Art. 115 [...]

8-
pela Lei nº 10.261, de 1968, conhecida como Estatuto

86
§ 5º As entidades da administração direta e indire- dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo.
ta, inclusive fundações instituídas ou mantidas pelo

6.
O plano de carreira estipula, previamente, o cami-

9
Poder Público, o Ministério Público, bem como os
nho que cada um dos servidores deverá percorrer

.4
Poderes Legislativo e Judiciário, publicarão, até o

33
para ascender hierarquicamente dentro da Adminis-
dia trinta de abril de cada ano, seu quadro de car-

-4
tração Pública. Cada cargo ou emprego possui o pró-
gos e funções, preenchidos e vagos, referentes ao
prio plano de carreira, haja vista as peculiaridades
O
exercício anterior.
de cada uma das atribuições relativas aos cargos ou
IR
§ 6º É vedada a percepção simultânea de proventos
emprego público.
M

de aposentadoria decorrentes dos artigos 40, 42 e


A

142 da Constituição Federal e dos artigos 126 e 138


R

desta Constituição com a remuneração de cargo, Art. 124 [...]


E

§ 1º A lei assegurará aos servidores da administração


R

emprego ou função pública, ressalvados os cargos


EI

acumuláveis na forma desta Constituição, os car- direta isonomia de vencimentos para cargos de atri-
R

gos eletivos e os cargos em comissão declarados em buições iguais ou assemelhados do mesmo Poder, ou
IF

lei de livre nomeação e exoneração. entre servidores dos Poderes Legislativo, Executivo e
N

Judiciário, ressalvadas as vantagens de caráter indivi-


§ 7º Não serão computadas, para efeito dos limites
LI

dual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.


remuneratórios de que trata o inciso XII do “caput”
O

§ 2º No caso do parágrafo anterior, não haverá


R

deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório


alteração nos vencimentos dos demais cargos da
A

previstas em lei.
K

carreira a que pertence aquele cujos vencimentos


§ 8º Para os fins do disposto no inciso XII deste arti-
LI

foram alterados por força da isonomia.


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
go e no inciso XI do art. 37 da Constituição Federal,
IE

§ 3º Aplica-se aos servidores a que se refere o


poderá ser fixado no âmbito do Estado, mediante
C

“caput” deste artigo e disposto no art. 7º, IV, VI, VII,


A

emenda à presente Constituição, como limite único,


VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII,
R

o subsídio mensal dos Desembargadores do Tribu-


G

XXIII e XXX da Constituição Federal.


nal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte
e cinco centésimos por cento do subsídio mensal
Art. 7º (CF, de 1988) São direitos dos trabalhado-
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se
res urbanos e rurais, além de outros que visem à
aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios
melhoria de sua condição social.
dos Deputados Estaduais.
[...]
§ 9º O servidor público titular de cargo efetivo IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente
poderá ser readaptado para exercício de cargo unificado, capaz de atender a suas necessidades
cujas atribuições e responsabilidades sejam com- vitais básicas e às de sua família com moradia, ali-
patíveis com a limitação que tenha sofrido em sua mentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higie-
capacidade física ou mental enquanto permanecer ne, transporte e previdência social, com reajustes
nessa condição, desde que possua a habilitação e o periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo,
nível de escolaridade exigidos para o cargo de des- sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
tino, mantida a remuneração do cargo de origem. VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em
convenção ou acordo coletivo;
Aqui, é interessante observar, novamente, os comen- VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo,
tários feitos sobre o inciso XXVI, art. 115, da CE/SP. para os que percebem remuneração variável; 257
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
VIII - décimo terceiro salário com base na remune- V - na hipótese de ser segurado de regime próprio
ração integral ou no valor da aposentadoria; de previdência social, permanecerá filiado a esse
IX - remuneração do trabalho noturno superior à regime, no ente federativo de origem.
do diurno; § 1º Fica assegurado ao servidor público, eleito para
XII - salário-família pago em razão do dependente ocupar cargo em sindicato de categoria, o direito
do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; de afastar-se de suas funções, durante o tempo em
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito que durar o mandato, recebendo seus vencimentos
horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada e vantagens, nos termos da lei.
a compensação de horários e a redução da jornada, § 2º O tempo de mandato eletivo será computado
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; para fins de aposentadoria especial.
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmen-
te aos domingos; Art. 126 O Regime Próprio de Previdência Social
XVI - remuneração do serviço extraordinário supe- dos servidores titulares de cargos efetivos terá
rior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; caráter contributivo e solidário, mediante contri-
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo buição do Estado de São Paulo, de servidores ati-
menos, um terço a mais do que o salário normal; vos, de aposentados e de pensionistas, observados
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
e do salário, com a duração de cento e vinte dias; atuarial. (Redação dada pela EC nº 49, de 2020)
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em
lei; O caráter contributivo diz respeito ao fato de o ser-
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher,
vidor público do Estado contribuir diretamente para a
mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
aposentadoria. Já o caráter solidário é um sistema que
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por
conta com a contribuição do ente público, dos servido-
meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades res ativos, inativos e pensionistas, os quais darão apor-
penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; te financeiro ao Regime Próprio de Previdência Social.
XXX - proibição de diferença de salários, de exercí-
Art. 126 [...]
cio de funções e de critério de admissão por motivo
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de pre-
de sexo, idade, cor ou estado civil;
vidência de que trata este art. serão aposentados:

69
§ 4º Lei estadual poderá estabelecer a relação entre
1 - por incapacidade permanente para o trabalho,

8-
a maior e a menor remuneração dos servidores
no cargo em que estiver investido, quando insusce-

86
públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto
tível de readaptação, hipótese em que será obriga-

6.
no art. 37, XI, da Constituição Federal e no art. 115,
tório realizar avaliações periódicas para verificar

9
XII, desta Constituição.

.4
a continuidade das condições que ensejaram a con-
§ 5º É vedada a incorporação de vantagens de

33
cessão da aposentadoria, na forma da lei;
caráter temporário ou vinculadas ao exercício de

-4
2 - compulsoriamente, nos termos do art. 40, § 1º,
função de confiança ou de cargo em comissão à
inciso II, da Constituição Federal;
O
remuneração do cargo efetivo. (Redação dada pela IR
EC nº 49, de 2020)
M
Art. 40 (CF, de 1988) [...]
A

§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de


A incorporação de vantagens permite que os valores
R

previdência social será aposentado: (inciso II) com-


recebidos pelos servidores públicos estaduais passem a
E

pulsoriamente, com proventos proporcionais ao


R

ser parte integrante de sua remuneração ou subsídios.


EI

tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de


A CE/SP proíbe a incorporação de vantagens tem-
R

idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na


porárias ou vinculadas ao cargo de confiança ou cargo
IF

forma de lei complementar;


em comissão. Contudo, não há vedação para a incor-
N
LI

poração de vantagens definitivas nos vencimentos Art. 126 [...]


O

dos servidores do Estado de São Paulo. 3 - voluntariamente, aos 62 (sessenta e dois) anos de
R

idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos de ida-


A
K

Art. 125 O exercício do mandato eletivo por servi- de, se homem, observados o tempo de contribuição e os
LI

dor público far-se-á com observância do art. 38 da demais requisitos estabelecidos em lei complementar.
IE

Constituição Federal.
C

Os itens 1, 2 e 3, do § 1º, possuem redação dada


A

Art. 38 (CF, de 1988) Ao servidor público da adminis- pela EC nº 49, de 2020. O dispositivo aponta as três for-
R

mas de aposentadoria prevista na CE/SP, quais sejam:


G

tração direta, autárquica e fundacional, no exercício de


mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual z Por incapacidade permanente;
ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego z Compulsória — aposentadoria obrigatória aos 70
ou função anos ou aos 75 anos de idade a depender da previ-
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado são de Lei Complementar;
do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado z Voluntária, na qual soma-se tempo de serviço, ida-
optar pela sua remuneração de (62 anos se mulher e 65 anos se homem) e tem-
III - investido no mandato de Vereador, havendo com- po de contribuição.
patibilidade de horários, perceberá as vantagens de
seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remu- Art. 126 [...]
neração do cargo eletivo, e, não havendo compatibili- § 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser
dade, será aplicada a norma do inciso anterior; inferiores ao valor mínimo a que se refere o § 2º do art.
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para 201 da Constituição Federal ou superiores ao limite
o exercício de mandato eletivo, seu tempo de servi- máximo estabelecido para o Regime Geral de Previ-
ço será contado para todos os efeitos legais, exceto dência Social, quanto aos servidores abrangidos pelos
258 para promoção por merecimento; §§ 14, 15 e 16. (Redação dada pela EC nº 49, de 2020)
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Art. 201 (CF, de 1988) [...] Art. 126 [...]
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de § 8º Declarado inconstitucional, em controle con-
contribuição ou o rendimento do trabalho do segu- centrado, pelo Supremo Tribunal Federal nos autos
rado terá valor mensal inferior ao salário-mínimo. da ADI nº 582, de 1991, julgada em 17/06/1999.
§ 8º-A É assegurado o reajustamento dos benefí-
Art. 126 [...] cios para preservar-lhes, em caráter permanente, o
§ 3º As regras para cálculo de proventos de aposen- valor real, conforme critérios estabelecidos em lei.
tadoria serão disciplinadas por lei. § 9º O tempo de contribuição federal, estadual, dis-
§ 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios trital ou municipal será contado para fins de apo-
diferenciados para concessão de benefícios no regi- sentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A
me próprio previsto no “caput”, ressalvados, nos do art. 201 da Constituição Federal, e o tempo de
termos definidos em lei complementar, os casos de serviço correspondente será contado para fins de
aposentadoria de servidores: disponibilidade. (Redação dada pela Emenda Cons-
1 - com deficiência; titucional nº 49, de 06/03/2020)
2 - integrantes das carreiras de Policial Civil, Polícia
Art. 201 (CF, de 1988) [...]
Técnico Científica, Agente de Segurança Penitenciá-
§ 9º Para fins de aposentadoria, será assegurada a
ria e Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária;
contagem recíproca do tempo de contribuição entre
3 - que exerçam atividades com efetiva exposição a
o Regime Geral de Previdência Social e os regimes
agentes nocivos químicos, físicos e biológicos prejudi-
próprios de previdência social, e destes entre si,
ciais à saúde, ou à associação desses agentes, não se
observada a compensação financeira, de acordo
permitindo a caracterização por categoria profissional
com os critérios estabelecidos em lei.
ou ocupação. (Redação dada pela EC nº 49, de 2020)
§ 9º-A O tempo de serviço militar exercido nas ativida-
des de que tratam os arts. 42, 142 e 143 e o tempo de
Todos os servidores do Estado, em regra, estão contribuição ao Regime Geral de Previdência Social ou
sujeitos ao mesmo Regime Próprio da Previdência a regime próprio de previdência social terão contagem
Social. Entretanto, é importante consignar que exis- recíproca para fins de inativação militar ou aposenta-
tem alguns servidores e/ou cargos sujeitos a regras doria, e a compensação financeira será devida entre as
distintas, regulamentadas por Lei Complementar, receitas de contribuição referentes aos militares e as
quais sejam: receitas de contribuição aos demais regimes.

69
8-
z Pessoa com deficiência; Art. 126 [...]

86
z Membros da Segurança Pública; § 10 A lei não poderá estabelecer qualquer forma de

6.
contagem de tempo de contribuição fictício.

9
z Aqueles que exercem atividades expostas a agen-

.4
tes nocivos à saúde, tais como químicos, físicos e

33
biológicos. Tempo de contribuição fictício é todo aquele con-

-4
siderado em lei como tempo de contribuição para fins

O
Art. 126 [...] de concessão de aposentadoria, sem que haja, por par-
IR
§ 5º Os ocupantes do cargo de professor terão a te do servidor, a prestação do serviço público e a cor-
M

idade mínima reduzida em 5 (cinco) anos em rela- respondente contribuição previdenciária.


A

ção àquelas previstas no item 3 do § 1º, desde que


R

comprovem tempo de efetivo exercício das funções Art. 126 [...]


E
R

de magistério na educação infantil, no ensino fun- § 11 Aplica-se o limite fixado no art. 115, XII, des-
EI

damental ou no médio, nos termos fixados em lei ta Constituição e do art. 37, XI, da Constituição
R

complementar. (NR) – Redação dada pela EC nº 49, Federal à soma total dos proventos de inatividade,
IF

de 2020. inclusive quando decorrentes da acumulação de


N

cargos ou empregos públicos, bem como de outras


LI

Os professores possuem tempo menor de aposen- atividades sujeitas a contribuição para o regime
O
R

tadoria, quando comparados com outros servidores, geral de previdência social, e ao montante resul-
A

haja vista a peculiaridade de suas atribuições. tante da adição de proventos de inatividade com
K

remuneração de cargo acumulável na forma desta


LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


Constituição, cargo em comissão declarado em lei
IE

Art. 126 [...]


de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.
C

§ 6º Declarado inconstitucional, em controle con-


A

centrado, pelo Supremo Tribunal Federal, nos autos § 12 Além do disposto neste artigo, serão observa-
R

da ADI nº 755, de 1992, julgada em 01/07/1996. dos no Regime Próprio de Previdência Social, no
G

§ 6º-A Ressalvadas as aposentadorias decorrentes que couber, os requisitos e os critérios fixados para
dos cargos acumuláveis na forma da Constituição o Regime Geral de Previdência Social. (Redação
Federal, é vedada a percepção de mais de uma apo- dada pela EC nº 49, de 2020)
sentadoria à conta de Regime Próprio de Previdên-
cia Social, aplicando-se outras vedações, regras e O § 12 permite a aplicação subsidiária das regras
condições para a acumulação de benefícios previ- do Regime Geral de Previdência Social (INSS) ao Regi-
denciários estabelecidas no Regime Geral de Previ- me Próprio de Previdência Social quando houver
dência Social. compatibilidade entre as normas.
§ 7º A pensão por morte dos servidores de que trata
o item 2 do § 4º será concedida de forma diferen- Art. 126 [...]
ciada, nos termos da lei. (Redação dada pela EC nº § 13 Ao agente público ocupante exclusivamen-
49, de 2020) te de cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração, de outro cargo temporário
A pensão por morte dos membros da Seguran- - inclusive aos detentores de mandato eletivo - ou de
ça Pública possui regras próprias, fixadas em lei emprego público, aplica-se o Regime Geral de Previ-
infraconstitucional. dência Social. (Redação dada pela EC nº 49, de 2020) 259
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Caso o agente público do Estado seja ocupante de instruído com prova de ter cumprido os requisitos
cargo em comissão ou detentor de mandato eletivo, necessários à obtenção do direito, poderá cessar o
estará sujeito às regras do Regime Geral de Previdên- exercício da função pública, independentemente de
cia Social (INSS) e, não, àquelas previstas para o Regi- qualquer formalidade.
me Próprio de Previdência Social. Art. 127 Aplica-se aos servidores públicos esta-
duais, para efeito de estabilidade, o disposto no art.
Art. 126 [...] 41 da Constituição Federal.
§ 14 O Estado, desde que institua regime de pre-
vidência complementar para os seus respectivos Art. 41 (CF, de 1988) São estáveis após três anos
servidores titulares de cargo efetivo, poderá fixar, de efetivo exercício os servidores nomeados para
para o valor das aposentadorias e pensões a serem cargo de provimento efetivo em virtude de concur-
concedidas pelo regime de que trata este artigo, o so público.
limite máximo estabelecido para os benefícios do § 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
regime geral de previdência social de que trata o I - em virtude de sentença judicial transitada em
art. 201 da Constituição Federal. julgado;
§ 15 O Regime de Previdência Complementar de que II - mediante processo administrativo em que lhe
trata o § 14 oferecerá plano de benefícios somente seja assegurada ampla defesa;
na modalidade contribuição definida, observará o III - mediante procedimento de avaliação periódi-
disposto no art. 202 da Constituição Federal e será ca de desempenho, na forma de lei complementar,
efetivado por intermédio de entidade fechada de assegurada ampla defesa.
previdência complementar. § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do
§ 16 Somente mediante sua prévia e expressa opção, servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual
o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo
servidor que tiver ingressado no serviço público até de origem, sem direito a indenização, aproveitado
a data da publicação do ato de instituição do cor- em outro cargo ou posto em disponibilidade com
remuneração proporcional ao tempo de serviço.
respondente regime de previdência complementar.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desneces-
(Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 21,
sidade, o servidor estável ficará em disponibilidade,
de 14/02/2006)
com remuneração proporcional ao tempo de serviço,

69
até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
O Regime de Previdência Complementar é consi- § 4º Como condição para a aquisição da estabilida-

8-
derado um regime que pode ser instituído pelos entes

86
de, é obrigatória a avaliação especial de desempe-
federados (União, estados, Distrito Federal e municí- nho por comissão instituída para essa finalidade.

6.
pios) com a pretensão de complementar os proventos

9
.4
de aposentadoria dos servidores públicos do Estado, Art. 128 As vantagens de qualquer natureza só pode-

33
podendo fixar o limite máximo estabelecido para rão ser instituídas por lei e quando atendam efetiva-

-4
os benefícios do Regime Geral de Previdência Social mente ao interesse público e às exigências do serviço.
(RGPS) para os valores de aposentadoria e pensões.
O
Art. 129 Ao servidor público estadual é assegurado
IR
o percebimento do adicional por tempo de serviço,
M

Art. 126 [...] concedido no mínimo por quinquênio, e vedada a


A

§ 17 Todos os valores de remuneração considerados sua limitação, bem como a sexta-parte dos venci-
R

para o cálculo do benefício previsto no § 3º serão mentos integrais, concedida aos vinte anos de efeti-
E

devidamente atualizados, na forma da lei. vo exercício, que se incorporarão aos vencimentos


R
EI

§ 18 Incidirá contribuição sobre os proventos de para todos os efeitos, observado o disposto no art.
R

aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de 115, XVI, desta Constituição.


IF

que trata este artigo que superem o limite máximo


N

estabelecido para os benefícios do regime geral de Os servidores públicos do Estado têm direito ao
LI

previdência social de que trata o art. 201 da Consti- adicional por tempo de serviço público, que será pago
O

tuição Federal, com percentual igual ao estabelecido a cada 5 anos de efetivo serviço público estadual e, ao
R
A

para os servidores titulares de cargos efetivos. completar 25 anos de efetivo serviço público, a pro-
K

§ 19 Observados os critérios a serem estabelecidos porção de 1/6 de seus vencimentos integrais.


LI

em lei, o servidor titular de cargo efetivo que tenha Os adicionais elencados nesse artigo incorporarão
IE

completado as exigências para a aposentadoria os vencimentos do servidor público estadual.


C

voluntária e que opte por permanecer em atividade


A

poderá fazer jus a um abono de permanência equi-


R

Art. 129 [...]


G

valente, no máximo, ao valor da sua contribuição


Parágrafo único. O disposto no “caput” não se apli-
previdenciária, até completar a idade para aposen-
ca aos servidores remunerados por subsídio, na
tadoria compulsória. (NR)
forma da lei. (Redação dada pela EC nº 49, de 2020)
§ 20 Fica vedada a existência de mais de um Regime
Próprio de Previdência Social para os servidores
titulares de cargos efetivos e de mais de um órgão O adicional por tempo de serviço público não é pago
ou entidade gestora desse regime, abrangidos todos aos servidores remunerados por subsídios. Subsídio
os Poderes, os órgãos e as entidades autárquicas pode ser compreendido como sendo uma das moda-
e fundacionais, que serão responsáveis pelo seu lidades de retribuição paga a certos agentes públicos
financiamento, observados os critérios, os parâme- em parcela única, sendo vedado o acréscimo de qual-
tros e a natureza jurídica definidos em lei comple- quer gratificação, adicional, abono prêmio, verba de
mentar federal. representação ou outra espécie de renumeração.
§ 21 O rol de benefícios do Regime Próprio de Pre-
vidência Social fica limitado às aposentadorias e à Art. 130 Ao servidor será assegurado o direito de
pensão por morte. remoção para igual cargo ou função, no lugar de
§ 22 O servidor, após noventa dias decorridos da residência do cônjuge, se este também for servidor
260 apresentação do pedido de aposentadoria voluntária, e houver vaga, nos termos da lei.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Parágrafo único. O disposto neste art. aplica-se z Dos Servidores Públicos Militares
também ao servidor cônjuge de titular de mandato
eletivo estadual ou municipal. Art. 138 São servidores públicos militares esta-
Art. 131 O Estado responsabilizará os seus servido- duais os integrantes da Polícia Militar do Estado.
res por alcance e outros danos causados à adminis-
tração, ou por pagamentos efetuados em desacordo A CE/SP compreende os militares como servidores
com as normas legais, sujeitando-os ao sequestro e públicos estaduais. Vale lembrar que a Polícia Militar
perdimento dos bens, nos termos da lei. do Estado é composta pela própria Polícia Militar e,
Art. 132 Os servidores titulares de cargos efetivos ainda, pelo Corpo de Bombeiros Militar.
do Estado, incluídas suas autarquias e fundações,
desde que tenham completado cinco anos de efetivo Art. 138 [...]
exercício, terão computado, para efeito de aposen- § 1º Aplica-se, no que couber, aos servidores a que
tadoria, nos termos da lei, o tempo de contribuição se refere este artigo, o disposto no art. 42 da Cons-
ao regime geral de previdência social decorrente tituição Federal.
de atividade de natureza privada, rural ou urbana,
hipótese em que os diversos sistemas de previdên- O art. 42, da CF, de 1988, cuja redação foi dada pela
cia social se compensarão financeiramente, segun- EC nº 18, de 1998, elenca os principais direitos atinen-
do os critérios estabelecidos em lei. tes aos Militares dos Estados.
Art. 133 revogado pela Emenda Constitucional
nº 49, de 06/03/2020, assegurada a concessão das Art. 138 [...]
incorporações que, na data da promulgação da § 2º Naquilo que não colidir com a legislação espe-
Emenda Constitucional nº 103, de 12/11/2019, cífica, aplica-se aos servidores mencionados neste
tenham cumprido os requisitos temporais e norma- artigo o disposto na seção anterior.
tivos previstos na legislação então vigente.
Art. 134 O servidor, durante o exercício do manda- A seção anterior é a Seção I, na qual vimos sobre os
to de vereador, será inamovível. Servidores Públicos Civis.

Art. 138 [...]


O servidor público do Estado que for eleito ao car-
§ 3º O servidor público militar demitido por ato admi-
go de vereador de Município não poderá ser removi- nistrativo, se absolvido pela Justiça, na ação referente

69
do do local de suas atribuições enquanto perdurar o ao ato que deu causa à demissão, será reintegrado à

8-
mandato eletivo. Corporação com todos os direitos restabelecidos.

86
6.
Art. 135 Ao servidor público titular de cargo efeti- No processo administrativo que acarreta a

9
vo do Estado será contado, como efetivo exercício,

.4
demissão ou a demissão a bem do serviço público do
para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o

33
Militar do Estado deve ser assegurado o contraditó-
tempo de contribuição decorrente de serviço pres-

-4
tado em cartório não oficializado, mediante certi- rio e a ampla defesa, nos termos do inciso LV, art.
5º, da CF, de 1988. O ato administrativo irregular que
O
dão expedida pela Corregedoria-Geral da Justiça. IR
Art. 136 O servidor público civil demitido por ato admi- deu ensejo à instauração do Processo Administrativo
M

nistrativo, se absolvido pela Justiça, na ação referente Disciplinar poderá, ainda, fazer nascer um processo
A

ao ato que deu causa à demissão, será reintegrado ao judicial, havendo, então, dois procedimentos (admi-
R

serviço público, com todos os direitos adquiridos. nistrativo e judicial) apurando a ocorrência do ato
E
R

administrativo pelo Militar do Estado.


EI

Ao processo administrativo que acarreta a demis- A absolvição do Militar no processo judicial, na


R

são ou a demissão a bem do serviço público do Esta- hipótese de demissão ou de demissão a bem do servi-
IF

do deve ser assegurado o direito ao contraditório e à ço público, acarreta sua reintegração aos quadros da
N

ampla defesa, nos termos do inciso LV, art. 5º, da CF,


LI

Corporação, sendo-lhe assegurado o restabelecimento


de 1988. O ato administrativo irregular que deu ense-
O

de todos os seus direitos perdidos com a demissão ou


R

jo à instauração do Processo Administrativo Discipli- com a demissão a bem do serviço público.


A

nar poderá, ainda, fazer nascer um processo judicial,


K

ou seja, tem-se dois procedimentos (administrativo e Art. 138 [...]


LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


judicial) apurando a ocorrência do ato administrativo § 4º O oficial da Polícia Militar só perderá o posto
IE

pelo servidor do Estado. A absolvição do servidor no e a patente se for julgado indigno do Oficialato ou
C
A

processo judicial, na hipótese de demissão ou demis- com ele incompatível, por decisão do Tribunal de
R

são a bem do serviço público, acarreta sua reintegra- Justiça Militar do Estado.
G

ção aos quadros do serviço público do Estado de São


Paulo, sendo-lhe assegurado o restabelecimento de A perda do posto e da patente de Oficial só ocor-
todos os seus direitos perdidos com a demissão ou rerá por decisão proferida pelo Tribunal de Justiça
com a demissão a bem do serviço público. Militar do Estado. Essa decisão deverá considerá-lo
indigno ao Oficialato ou considerar que sua conduta
Art. 137 A lei assegurará à servidora gestante seja incompatível com tal carreira. As hipóteses em
mudança de função, nos casos em que for recomen- que o Oficial é considerado indigno ou haja incom-
dado, sem prejuízo de seus vencimentos ou salários patibilidade estão previstas nas legislações estaduais
e demais vantagens do cargo ou função-atividade. infraconstitucionais, tais como a Lei Orgânica e o
Estatuto da Polícia Militar do Estado.
A servidora gestante tem direito à mudança de
função todas as vezes em que a função por ela desen- Art. 138 [...]
volvida colocar em risco a sua saúde ou a do feto, § 5º O oficial condenado na Justiça comum ou mili-
sendo-lhe, ainda, assegurada a manutenção de seu tar à pena privativa de liberdade superior a dois anos,
vencimento ou salário e demais vantagens atinentes por sentença transitada em julgado, será submetido
ao cargo ou emprego por ela ocupado. ao julgamento previsto no parágrafo anterior. 261
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Caso o Oficial seja condenado à pena privativa de z Da Polícia Militar
liberdade superior a dois anos, por sentença transi-
tada em julgado, será submetido a julgamento para A Constituição Federal, no inciso V, art. 144, com-
verificar se é ou não indigno do Oficialato ou se existe binado com o § 6º, destaca a Polícia Militar do Estado
incompatibilidade com ele. como um dos órgãos públicos responsáveis pela Segu-
Caso a condenação do Oficial seja menor ou igual rança Pública. Veja o que dispõe a CE/SP:
a dois anos, não será submetido a aludido julga-
mento perante o Tribunal de Justiça Militar, sendo
Art. 141 À Polícia Militar, órgão permanente,
que o mesmo preceito é aplicado em face da sentença
incumbe, além das atribuições definidas em lei, a
que não tenha trânsito em julgado.
polícia ostensiva e a preservação da ordem pública.
Art. 138 [...]
O policiamento ostensivo é uma das modalidades
§ 6º O direito do servidor militar de ser transferido
de exercício da atividade policial na qual os policiais
para a reserva ou ser reformado será assegurado, ain-
da que respondendo a inquérito ou processo em qual- militares são identificados de relance, seja pela farda,
quer jurisdição, nos casos previstos em lei específica. pelos equipamentos, armamento, viatura ou outros.
Tem como pretensão prevenir a ocorrência de crimes
ou infrações administrativas sujeitos ao controle das
Nos casos previstos na Lei Orgânica e no respec-
instituições de segurança pública. O policiamento
tivo Estatuto, os Militares do Estado têm direito de
ostensivo pode ser realizado a pé, motorizado, monta-
serem transferidos para a reserva ou serem reforma-
do em bicicletas etc.
dos, mesmo na pendência de tramitação de inquérito
A preservação da ordem pública é uma decor-
ou processo de qualquer jurisdição.
rência do policiamento ostensivo a qual promove
uma sensação de paz e calmaria no seio social.
Da Segurança Pública
Art. 141 [...]
z Disposições Gerais § 1º O Comandante-Geral da Polícia Militar será
nomeado pelo Governador do Estado dentre oficiais
Art. 139 A Segurança Pública, dever do Estado, da ativa, ocupantes do último posto do Quadro de

69
direito e responsabilidade de todos, é exercida para Oficiais Policiais Militares, conforme dispuser a lei,
a preservação da ordem pública e incolumidade

8-
devendo fazer declaração pública de bens no ato da

86
das pessoas e do patrimônio. posse e de sua exoneração.

96.
Esse dispositivo está em conformidade com o O Comandante-Geral da PM é um cargo privativo

.4
art. 144, da CF, de 1988, existindo, ao mesmo tempo, dos oficiais da ativa, que será exercido por meio de

33
duas vertentes à Segurança Pública. Em um primeiro nomeação do Governador do Estado, tratando-se, a

-4
momento, é vista como uma obrigação do Estado e, bem da verdade, de um cargo demissível ad nutum,
em um segundo instante, como direito e responsa-
O
ou seja, é de livre nomeação e exoneração desde que
IR
bilidade de todos, que envolve todos os membros da
preenchidos os requisitos legais.
M
sociedade, bem como o próprio Estado.
No momento da posse, bem como no da exonera-
A

Os objetivos da Segurança Pública é preservar a


R

ordem pública e a incolumidade (ausência de perigo) ção, deverá ocorrer a declaração pública de bens de
E

às pessoas e ao patrimônio. que trata o art. 13, da Lei nº 8.429, de 1992 (Lei de
R

Improbidade Administrativa). Tal declaração deve-


EI

rá conter todos os bens imóveis, móveis, semoven-


R

Art. 138 [...]


IF

§ 1º O Estado manterá a Segurança Pública por meio tes, dinheiro, títulos, ações e qualquer outra espécie
de bens e valores patrimoniais localizada no país ou
N

de sua polícia, subordinada ao Governador do Estado.


LI

§ 2º A polícia do Estado será integrada pela Polícia no exterior e, quando for o caso, abrangerá os bens
O

Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro,


R

dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a depen-


A

§ 3º A Polícia Militar, integrada pelo Corpo de Bom-


K

beiros é força auxiliar, reserva do Exército. dência econômica do declarante, excluídos apenas os
LI

objetos e utensílios de uso doméstico.


IE

Nos mesmos termos do art. 144, da CF, de 1988, a


C

Segurança Pública é mantida por meio de dois órgãos Art. 141 [...]
A

Estaduais, quais sejam: Polícia Civil e Polícia Militar,


R

§ 2º Lei Orgânica e Estatuto disciplinarão a orga-


G

ambas subordinadas ao Governador do Estado. nização, o funcionamento, direitos, deveres, vanta-


A Polícia Civil, nos termos do § 4º, art. 144, da CF, gens e regime de trabalho da Polícia Militar e de
de 1988, é dirigida por delegados de polícia de car- seus integrantes, servidores militares estaduais,
reira, aos quais incumbem, ressalvada a competência respeitadas as leis federais concernentes.
da União, as funções de polícia judiciária e a apura-
ção de infrações penais, exceto as militares. Os integrantes dos quadros da Polícia Militar do
À Polícia Militar, nos moldes do § 5º, art. 144, da
Estado são servidores públicos militares do Estado de
CF, de 1988, cabe a polícia ostensiva e a preservação
da ordem pública. São Paulo, sendo que o funcionamento, os direitos e
No Estado de São Paulo, por escolha política, a Polí- deveres de seus integrantes, as vantagens e o regime
cia Militar tem, como integrante, o Corpo de Bombeiros de trabalho são disciplinados por sua Lei Orgânica e
Militar, cuja responsabilidade, além daquelas previstas respectivo Estatuto.
em lei, é a execução de atividades de defesa civil.
Por fim, cabe consignar que a polícia militar é Art. 141 [...]
força auxiliar e reserva do Exército, sendo que essa § 3º A criação e manutenção da Casa Militar e
previsão está em consonância ao disposto no § 6º, art. Assessorias Militares somente poderão ser efetiva-
262 144, da CF, de 1988. das nos termos em que a lei estabelecer.
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A Casa Militar é um órgão do Gabinete do Gover- ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível
nador destinado à prestação de serviços à comu- à segurança da sociedade e do Estado;
nidade, prioritariamente, na área de redução de Art. 37º [...]
desastres, por intermédio de intervenções preven- § 3º A lei disciplinará as formas de participação do
tivas, de socorro, assistenciais ou recuperativas, de usuário na administração pública direta e indireta,
modo sistêmico e com ênfase no desenvolvimento e regulando especialmente: [...]
na proteção do ser humano. Ela tem, por finalidade, a Inciso II. O acesso dos usuários a registros admi-
execução das atividades de: nistrativos e a informações sobre atos de governo,
observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
z Segurança Comunitária voltada para o entorno Art. 216 [...]
da sede do Poder Executivo Estadual; § 2º Cabem à administração pública, na forma da
lei, a gestão da documentação governamental e as
z Segurança Física dos Palácios do Governo e do
providências para franquear sua consulta a quan-
Fundo Social de Solidariedade do Estado de São
tos dela necessitem.
Paulo — FUSSESP;
z Segurança e Atendimento Funcional do Gover-
Com base, portanto, nas previsões constitucionais,
nador do Estado e de dignitários.
foi necessária uma lei que regulamentasse o acesso à
Art. 141 [...] informação, protegendo os direitos fundamentais.
§ 4º O Chefe da Casa Militar será escolhido pelo Gover- A Administração Pública Direta (União, Estados,
nador do Estado entre oficiais da ativa, ocupantes do Distrito Federal e Municípios) será responsável por
último posto do Quadro de Oficiais Policiais Militares. garantir o acesso à informação, estando, também,
subordinada a essas regras.
O Chefe da Casa Militar é um cargo em demissí- A subordinação se dará aos Órgãos Públicos que inte-
vel ad nutum de escolha privativa do Governador do gram os três Poderes, quais sejam: Legislativo, Judiciário
Estado dentre os oficiais da ativa, ocupantes do último e Executivo. Entretanto, não somente esses, estendendo-
Posto de Oficiais Policiais Militares. -se o alcance à Corte de Contas e ao Ministério Público.
Atenção: Corte de Contas são os Tribunais de Con-
Art. 142 Ao Corpo de Bombeiros, além das atribui- tas brasileiros, sendo órgãos independentes e técnicos

69
ções definidas em lei, incumbe a execução de ativi- que auxiliam o Poder Legislativo, possuindo, como

8-
dades de defesa civil, tendo seu quadro próprio e especialidade, a fiscalização, sob o aspecto técnico,

86
funcionamento definidos na legislação prevista no das contas públicas.

6.
§ 2º do artigo anterior.

9
Além da subordinação da Administração Pública

.4
Direta, teremos a da Administração Pública Indireta,

33
No Estado de São Paulo, a Polícia Militar e o Corpo composta pelas Autarquias, Fundações Públicas,

-4
de Bombeiros Militares formam um órgão único cha- Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista,
mado de Polícia Militar do Estado, ao passo que, em
O
abarcando, ainda, outras entidades controladas,
IR
alguns Estados brasileiros, por opção política, existe direta ou indiretamente, pela União, Estados, Dis-
M
a criação de dois órgãos, quais sejam: a Polícia Militar
trito Federal e Municípios.
A

e o Corpo de Bombeiros. É o que ocorre, por exemplo,


R

no Estado de Minas Gerais.


E

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a


R

serem observados pela União, Estados, Distrito


EI

Importante! Federal e Municípios, com o fim de garantir o aces-


R
IF

so a informações previsto no inciso XXXIII do art.


Como a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216
N

Militar são órgãos únicos do Estado de São Pau-


LI

da Constituição Federal.
O

lo, a Lei Orgânica e o Estatuto daqueles deverão Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta
R

abordar, também, as atividades desses. Lei:


A
K

I - os órgãos públicos integrantes da administração


LI

direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluin-


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
IE

do as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério


C

Público;
A

II - as autarquias, as fundações públicas, as empre-


R

LEI FEDERAL Nº 12.527, DE 2011 – LEI


G

sas públicas, as sociedades de economia mista e


demais entidades controladas direta ou indire-
DE ACESSO À INFORMAÇÃO tamente pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios.
Aqui, daremos início ao estudo da Lei nº 12.527, de
2011 (Lei de Acesso à Informação) que regula o aces-
O art. 2º estabelece, ainda, a aplicação da Lei, no
so às informações. O direito do acesso à informação
que couber, às entidades privadas sem fins lucrativos
possui guarida constitucional conforme estabelece o
que recebam, para realização de ações de interesse
inciso XXXIII do art. 5º, o inciso II do § 3º do art. 37 e
o § 2º do art. 216 da Constituição Federal. Observe os público, recursos públicos diretamente do orçamen-
dispositivos abaixo: to ou mediante subvenções sociais, contrato de ges-
tão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou
Art. 5º [...] outros instrumentos congêneres.
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos A publicidade a que estão submetidas as entidades
públicos informações de seu interesse particular, citadas refere-se à parcela dos recursos públicos
ou de interesse coletivo ou geral, que serão presta- recebidos e a sua destinação, sem prejuízo das pres-
das no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, tações de contas a que estejam legalmente obrigadas. 263
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 2º Aplicam-se as disposições desta Lei, no que z Integridade: qualidade da informação não modifi-
couber, às entidades privadas sem fins lucrativos cada, inclusive quanto à origem, trânsito e destino;
que recebam, para realização de ações de interes- z Primariedade: qualidade da informação coletada
se público, recursos públicos diretamente do orça- na fonte, com o máximo de detalhamento possível,
mento ou mediante subvenções sociais, contrato de sem modificações.
gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajus-
tes ou outros instrumentos congêneres. O Estado tem o dever de garantir o acesso à infor-
Parágrafo único. A publicidade a que estão sub- mação por meio de procedimentos objetivos e ágeis,
metidas as entidades citadas no caput refere-se
de forma transparente, clara e em linguagem de
à parcela dos recursos públicos recebidos e à sua
fácil compreensão.
destinação, sem prejuízo das prestações de contas
a que estejam legalmente obrigadas.
Art. 5º É dever do Estado garantir o direito de aces-
so à informação, que será franqueada, mediante
Portanto, a Lei abrangeu um rol bem extenso, procedimentos objetivos e ágeis, de forma transpa-
visando a garantia e a proteção ao acesso à informação. rente, clara e em linguagem de fácil compreensão.
Como dito, o ponto basilar da Lei é a proteção dos
direitos fundamentais do acesso às informações, DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA
levando em consideração formas de execução em DIVULGAÇÃO
conformidade com os princípios básicos da Adminis-
tração Pública, além de algumas diretrizes. A seguir, No tocante ao acesso à informação e sua divul-
em conformidade com o estabelecido no art. 3º, foram gação, os órgãos e entidades do Poder Público pos-
listadas tais diretrizes: suem os seguintes deveres: gestão transparente da
informação, proteção da informação e proteção da
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA LEI DE ACESSO À informação sigilosa e pessoal.
INFORMAÇÃO
Art. 6º Cabe aos órgãos e entidades do poder públi-
Observância da publicidade como preceito geral e
I co, observadas as normas e procedimentos específi-
do sigilo como exceção

69
cos aplicáveis, assegurar a:
I - gestão transparente da informação, propiciando

8-
Divulgação de informações de interesse público,
II

86
independentemente de solicitações amplo acesso a ela e sua divulgação;
II - proteção da informação, garantindo-se sua dis-

96.
Utilização de meios de comunicação, viabilizados ponibilidade, autenticidade e integridade; e

.4
III III - proteção da informação sigilosa e da infor-
pela tecnologia da informação

33
mação pessoal, observada a sua disponibilidade,

-4
Fomento ao desenvolvimento da cultura de autenticidade, integridade e eventual restrição de
IV
transparência na Administração Pública
O
acesso. IR
Desenvolvimento do controle social da Administração
M

V Além dos direitos já mencionados, o art. 7º da Lei


A

Pública
elenca um rol de direitos que devem ser observados,
R

conforme estabelece a Lei de Acesso à Informação:


E
R

Para adentrarmos nas peculiaridades da Lei, será


EI

necessária a compreensão de alguns conceitos. Previs- I - orientação sobre os procedimentos para a con-
R

tos no art. 4º, tais conceitos são muito relevantes ao secução de acesso, bem como sobre o local onde
IF

nosso estudo. Vejamos: poderá ser encontrada ou obtida a informação


N
LI

almejada;
O

z Informação: dados, processados ou não, que II - informação contida em registros ou documen-


R

podem ser utilizados para produção e transmis- tos, produzidos ou acumulados por seus órgãos ou
A

são de conhecimento, contidos em qualquer meio, entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos;
K

suporte ou formato; III - informação produzida ou custodiada por pes-


LI

z Documento: unidade de registro de informações,


IE

soa física ou entidade privada decorrente de qual-


qualquer que seja o suporte ou formato;
C

quer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo


A

z Informação Sigilosa: aquela submetida tempora- que esse vínculo já tenha cessado;
R

riamente à restrição de acesso público em razão IV - informação primária, íntegra, autêntica e


G

de sua imprescindibilidade para a segurança da atualizada;


sociedade e do Estado; V - informação sobre atividades exercidas pelos
z Informação Pessoal: aquela relacionada à pessoa órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua polí-
natural identificada ou identificável; tica, organização e serviços;
z Tratamento da Informação: conjunto de ações refe- VI - informação pertinente à administração do
rentes à produção, recepção, classificação, utilização, patrimônio público, utilização de recursos públi-
acesso, reprodução, transporte, transmissão, distri- cos, licitação, contratos administrativos; e
buição, arquivamento, armazenamento, eliminação, VII - informação relativa:
avaliação, destinação ou controle da informação; a) à implementação, acompanhamento e resulta-
z Disponibilidade: qualidade da informação que dos dos programas, projetos e ações dos órgãos e
pode ser conhecida e utilizada por indivíduos, entidades públicas, bem como metas e indicadores
equipamentos ou sistemas autorizados; propostos;
z Autenticidade: qualidade da informação que b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações
tenha sido produzida, expedida, recebida ou modi- e tomadas de contas realizadas pelos órgãos de
ficada por determinado indivíduo, equipamento controle interno e externo, incluindo prestações de
264 ou sistema; contas relativas a exercícios anteriores.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
§ 1º O acesso à informação previsto no caput não Feito isto, o responsável pela guarda da informa-
compreende as informações referentes a projetos ção extraviada deverá, no prazo de 10 (dez) dias,
de pesquisa e desenvolvimento científicos ou tecno- justificar o fato e indicar testemunhas que com-
lógicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança provem sua alegação.
da sociedade e do Estado.
§ 5º Informado do extravio da informação soli-
A despeito de um documento estar parcialmente em citada, poderá o interessado requerer à auto-
sigilo, não é lícito proibir que a parte não tenha acesso ridade competente a imediata abertura de
àquela parcela não protegida por sigilo. Vejamos: sindicância para apurar o desaparecimento da res-
pectiva documentação.
§ 2º Quando não for autorizado acesso integral § 6º Verificada a hipótese prevista no § 5º deste artigo,
o responsável pela guarda da informação extraviada
à informação por ser ela parcialmente sigilosa, é
deverá, no prazo de 10 (dez) dias, justificar o fato e
assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio
indicar testemunhas que comprovem sua alegação.
de certidão, extrato ou cópia com ocultação da par-
te sob sigilo.
O art. 8º estabelece mais um dever dos órgãos e enti-
§ 3º O direito de acesso aos documentos ou às infor-
dades, os quais estão obrigados a promoverem a divul-
mações neles contidas utilizados como fundamen-
gação em local de fácil acesso, no âmbito de suas
to da tomada de decisão e do ato administrativo
será assegurado com a edição do ato decisório
competências, de informações de interesse coletivo
respectivo. ou geral por eles produzidas ou custodiadas.

Art. 8º É dever dos órgãos e entidades públicas


A negativa de acesso à informação de forma injus-
promover, independentemente de requerimentos,
tificada sujeitará, o responsável, às medidas discipli- a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito
nares previstas no art. 32. de suas competências, de informações de inte-
Neste momento, podemos aproveitar para desta- resse coletivo ou geral por eles produzidas ou
car um assunto comumente cobrado em provas. custodiadas.
§ 1º Na divulgação das informações a que se refere

69
o caput, deverão constar, no mínimo:

8-
Importante! I - registro das competências e estrutura organiza-

86
cional, endereços e telefones das respectivas unida-
A parte que buscar acesso a informações de

6.
des e horários de atendimento ao público;

9
caráter coletivo poderá impetrar mandado de II - registros de quaisquer repasses ou transferên-

.4
segurança contra a autoridade que lhe negar, cias de recursos financeiros;

33
injustificadamente, o acesso a informações III - registros das despesas;

-4
IV - informações concernentes a procedimentos
quando sejam essas de caráter público, geral e
O
licitatórios, inclusive os respectivos editais e resul-
desprovidas de sigilo. Em contrapartida, quan-
IR
tados, bem como a todos os contratos celebrados;
M
do lhe for negado o acesso a informações de V - dados gerais para o acompanhamento de pro-
A

caráter pessoal, a parte poderá impetrar habeas gramas, ações, projetos e obras de órgãos e enti-
R

data. dades; e
E
R

VI - respostas a perguntas mais frequentes da


EI

sociedade.
R

Art. 5º LXIX - conceder-se-á mandado de segu-


IF

rança para proteger direito líquido e certo, não Os órgãos e entidades deverão utilizar todos os meios
N

amparado por habeas corpus ou habeas data, quan- e instrumentos legítimos que dispuserem e, obrigatoria-
LI
O

do o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder mente, devem promover a divulgação em sítios ofi-
R

for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica ciais da rede mundial de computadores (internet). O §
A

no exercício de atribuições do Poder Público; 3º estabelece os requisitos para a divulgação.


K

LXXII - conceder-se-á habeas data:


LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


IE

a) para assegurar o conhecimento de informações § 2º Para cumprimento do disposto no caput,


C

relativas à pessoa do impetrante, constantes de os órgãos e entidades públicas deverão utilizar


A

registros ou bancos de dados de entidades governa- todos os meios e instrumentos legítimos de que
R

mentais ou de caráter público; dispuserem, sendo obrigatória a divulgação


G

b) para a retificação de dados, quando não se em sítios oficiais da rede mundial de computa-
prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou dores (internet).
administrativo; § 3º Os sítios de que trata o § 2º deverão, na forma
§ 4º A negativa de acesso às informações objeto de de regulamento, atender, entre outros, aos seguin-
pedido formulado aos órgãos e entidades referidas tes requisitos:
no art. 1º, quando não fundamentada, sujeitará o I - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo
responsável a medidas disciplinares, nos termos do que permita o acesso à informação de forma obje-
art. 32 desta Lei. tiva, transparente, clara e em linguagem de fácil
compreensão;
II - possibilitar a gravação de relatórios em
Dando prosseguimento ao estudo da Lei, o § 5º
diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos
determina o que deverá ser feito quando houver e não proprietários, tais como planilhas e texto, de
extravio de informação (documento). Neste caso, o modo a facilitar a análise das informações;
interessado deverá requerer à autoridade competente III - possibilitar o acesso automatizado por siste-
a imediata abertura de sindicância para apuração do mas externos em formatos abertos, estruturados e
desaparecimento da documentação. legíveis por máquina; 265
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
IV - divulgar em detalhes os formatos utiliza- A identificação do solicitante não poderá repri-
dos para estruturação da informação; mir as exigências que inviabilizem a solicitação
V - garantir a autenticidade e a integridade para o acesso a informações de interesse público (§
das informações disponíveis para acesso; 1º). Assim sendo, os órgãos e entidades devem viabi-
VI - manter atualizadas as informações dispo- lizar o encaminhamento de pedidos por meio de seus
níveis para acesso; sites oficiais na internet.
VII - indicar local e instruções que permitam O § 3º, por fim, veda qualquer exigência quanto
ao interessado comunicar-se, por via eletrôni-
aos motivos determinantes da solicitação de infor-
ca ou telefônica, com o órgão ou entidade deten-
mações de interesse público.
tora do sítio; e
O art. 11 impõe ao órgão ou entidade a obrigação
VIII - adotar as medidas necessárias para garantir
a acessibilidade de conteúdo para pessoas com
de autorizar ou conceder o acesso imediato à infor-
deficiência, nos termos do art. 17 da Lei nº 10.098, mação disponível.
de 19 de dezembro de 2000, e do art. 9º da Conven- Não sendo possível conceder o acesso imediato, o
ção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, órgão ou entidade que receber o pedido deverá em
aprovada pelo Decreto Legislativo nº 186, de 9 de prazo não superior a 20 (vinte) dias. Vejamos o § 1º:
julho de 2008.
I - comunicar a data, local e modo para se realizar a
O § 4º estabelece que municípios com população consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão;
de até 10.000 (dez mil) habitantes ficam dispensa- II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa,
dos da divulgação obrigatória na internet, manti- total ou parcial, do acesso pretendido; ou
da a obrigatoriedade de divulgação, em tempo real, III - comunicar que não possui a informação, indi-
de informações relativas à execução orçamentária e car, se for do seu conhecimento, o órgão ou a entida-
financeira, nos critérios e prazos previstos na Lei de de que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a
Responsabilidade Fiscal. esse órgão ou entidade, cientificando o interessado
da remessa de seu pedido de informação.
§ 4º Os Municípios com população de até 10.000 (dez
mil) habitantes ficam dispensados da divulgação O prazo referido supracitado poderá ser prorro-
obrigatória na internet a que se refere o § 2º, manti- gado por mais 10 (dez) dias, mediante justificativa

69
da a obrigatoriedade de divulgação, em tempo real, expressa, da qual será cientificado o requerente (§ 2º).

8-
de informações relativas à execução orçamentária O órgão ou entidade poderá oferecer meios para

86
e financeira, nos critérios e prazos previstos no art. que o próprio requerente possa pesquisar a informa-

6.
73-B da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de ção de que necessitar (§ 3º).

9
.4
2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).

33
Art. 11 [...]

-4
O acesso a informações públicas está disciplinado § 4º Quando não for autorizado o acesso por se tra-
no art. 9º determinando que deverá ser assegurado
O
tar de informação total ou parcialmente sigi-
mediante criação de serviço de informações ao cida-
IR
losa, o requerente deverá ser informado sobre a
dão e realização de audiências ou consultas públi-
M
possibilidade de recurso, prazos e condições para
A

cas, incentivo à participação popular, dentre outros. sua interposição, devendo, ainda, ser-lhe indicada a
R

autoridade competente para sua apreciação.


E

Art. 9º O acesso a informações públicas será asse- § 5º A informação armazenada em formato digital
R

gurado mediante:
EI

será fornecida nesse formato, caso haja anuência


I - criação de serviço de informações ao cidadão,
R

do requerente (§ 5º)
IF

nos órgãos e entidades do poder público, em local § 6º caso a informação solicitada esteja disponí-
N

com condições apropriadas para: vel ao público em formato impresso, eletrônico


LI

a) atender e orientar o público quanto ao acesso a ou em qualquer outro meio de acesso universal,
O

informações; serão informados ao requerente, por escrito,


R

b) informar sobre a tramitação de documentos nas


A

o lugar e a forma pela qual se poderá consul-


K

suas respectivas unidades; tar, obter ou reproduzir a referida informa-


LI

c) protocolizar documentos e requerimentos de ção, procedimento esse que desonerará o órgão ou


IE

acesso a informações entidade pública da obrigação de seu fornecimento


C

II - realização de audiências ou consultas públicas, direto, salvo se o requerente declarar não dis-
A

incentivo à participação popular ou a outras for-


R

por de meios para realizar por si mesmo tais


G

mas de divulgação. procedimentos.


DO PROCEDIMENTO DE ACESSO À INFORMAÇÃO
Vale destacar, de acordo com o art. 12, que o servi-
A base do procedimento de acesso à informação ço de busca e fornecimento da informação deverá,
consiste na garantia de qualquer interessado apresen- em regra, ser gratuito, salvo nas hipóteses de repro-
tar pedido de acesso a informações aos órgãos e entida- dução de documentos pelo órgão ou entidade pública
des referidos no art. 1º, por qualquer meio legítimo, consultada, situação em que poderá ser cobrado exclu-
devendo o pedido conter a identificação do requeren- sivamente o valor necessário ao ressarcimento do
te e a especificação da informação requerida. custo dos serviços e dos materiais utilizados.

Art. 10 Qualquer interessado poderá apresentar Art. 12. O serviço de busca e de fornecimento de
pedido de acesso a informações aos órgãos e enti- informação é gratuito.
dades referidos no art. 1º desta Lei, por qualquer § 1º O órgão ou a entidade poderá cobrar exclu-
meio legítimo, devendo o pedido conter a identifica- sivamente o valor necessário ao ressarcimento
ção do requerente e a especificação da informação dos custos dos serviços e dos materiais utilizados,
266 requerida. quando o serviço de busca e de fornecimento da
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
informação exigir reprodução de documentos pelo
órgão ou pela entidade pública consultada. DELIBERAÇÃO DA CGU (PRAZO: 5 DIAS)
§ 2º Estará isento de ressarcir os custos previstos Quando não forem observados os procedimentos
no § 1º deste artigo aquele cuja situação econômi-
III de classificação de informação sigilosa estabele-
ca não lhe permita fazê-lo sem prejuízo do sustento
cidos na Lei
próprio ou da família, declarada nos termos da Lei
nº 7.115, de 29 de agosto de 1983. Quando estiverem sendo descumpridos prazos ou
IV
outros procedimentos previstos nesta Lei
Importante!
O recurso será dirigido à Controladoria-Geral da
O indivíduo, sendo hipossuficiente, será isento do União, desde que, previamente, seja submetido a exa-
pagamento das custas, pois as custas poderão me de admissibilidade por, pelo menos, uma autori-
acarretar prejuízo ao seu sustento e de toda famí- dade hierarquicamente superior àquela que exarou a
lia, devendo, contudo, ser declarado pelo indivíduo. decisão impugnada, que deliberará no prazo de 5 dias
de acordo com o § 1º do art. 16.
E, finalmente, uma vez negado o acesso à infor-
Caso ocorra a manipulação de documento que pos-
mação pela Controladoria-Geral da União, poderá ser
sa prejudicar sua integridade, a informação contida
deverá ser oferecida à consulta de cópia, com certi- interposto recurso à Comissão Mista de Reavaliação
ficação de que esta confere com o original, conforme de Informações (§ 2º).
dispõe o art. 13. No caso de indeferimento de pedido de desclas-
Havendo, ainda, a impossibilidade de obtenção de sificação de informação, protocolado em órgão da
cópias, o interessado poderá solicitar que, as suas expen- Administração Pública Federal, poderá o requerente
sas, sob supervisão de servidor público, e a reprodução recorrer ao Ministro de Estado da área, sem prejuízo
seja feita por outro meio que não ponha em risco a con- das competências da Comissão Mista de Reavaliação
servação do documento original (parágrafo único). de Informações conforme dispõe o artigo 17.
E, finalmente, para fechar o tópico, o art. 14 estabelece Este recurso somente poderá ser dirigido às autori-
ser direito do requerente a obtenção de inteiro teor de dades mencionadas depois de submetido à apreciação
decisão de negativa de acesso por certidão ou cópia.

69
de, pelo menos, uma autoridade hierarquicamente
superior à autoridade que exarou a decisão impug-

8-
RECURSOS

86
nada e, no caso das Forças Armadas, ao respectivo
Comando (§ 1º).

6.
A partir do art. 15, a Lei trata dos recursos que

9
Em caso de indeferimento, cabe recurso à Comis-

.4
poderão ser interpostos em caso de recurso dos órgãos
são Mista de Reavaliação de Informações (§ 2º).

33
ou entidades referidas no art. 1º.
Seguindo, o teor do art. 18 dispõe sobre os procedi-

-4
mentos de revisão de decisões denegatórias. Vejamos:
Art. 15 No caso de indeferimento de acesso a infor-
mações ou às razões da negativa do acesso, poderá O
IR
o interessado interpor recurso contra a decisão no Art. 18 Os procedimentos de revisão de decisões
M

denegatórias proferidas no recurso previsto no art.


A

prazo de 10 (dez) dias a contar da sua ciência.


15 e de revisão de classificação de documentos sigi-
R

Parágrafo único. O recurso será dirigido à auto-


losos serão objeto de regulamentação própria dos
E

ridade hierarquicamente superior à que exarou a


R

decisão impugnada, que deverá se manifestar no Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério


EI

prazo de 5 (cinco) dias. Público, em seus respectivos âmbitos, assegura-


R

do ao solicitante, em qualquer caso, o direito de


IF

ser informado sobre o andamento de seu pedido.


N

Tendo em vista o disposto no artigo, a Lei estabe-


Art. 19 [...]
LI

lece, portanto, o prazo de 10 (dez) dias, contados da § 2º Os órgãos do Poder Judiciário e do Ministério
O

ciência, para a promoção da interposição de recurso


R

Público informarão ao Conselho Nacional de Justiça


contra o indeferimento de acesso a informações ou
A

e ao Conselho Nacional do Ministério Público, res-


K

às razões da negativa. O recurso deverá ser dirigido pectivamente, as decisões que, em grau de recurso,
LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


à autoridade hierarquicamente superior à que exa- negarem acesso a informações de interesse público.
IE

rou a decisão impugnada, que deverá se manifestar


C

no prazo de 5 (cinco) dias.


A

Dica: será aplicado, subsidiariamente, no caso de


R

Caso haja negativa de acesso à informação pelos não existir previsão na Lei, o processo administrativo
G

órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o no âmbito da Administração Pública Federal (Lei nº
requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da 9.784, de 29 de janeiro de 1999).
União (CGU). Esta, por sua vez, deliberará no prazo
de 5 (cinco) dias nos casos previstos nos incisos do DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO
art. 16. Veja a tabela a seguir:
A partir do art. 21 a Lei estabelece uma série as
DELIBERAÇÃO DA CGU (PRAZO: 5 DIAS) regras para a restrição do acesso à informação.
Em caso de negativa de acesso à informação não
I Art. 21 Não poderá ser negado acesso à informa-
classificada como sigilosa ção necessária à tutela judicial ou administrati-
Quando a decisão de negativa de acesso à infor- va de direitos fundamentais.
mação total ou parcialmente classificada como Parágrafo único. As informações ou documentos
II sigilosa não indicar a autoridade classificadora ou que versem sobre condutas que impliquem viola-
a hierarquicamente superior a quem possa ser di- ção dos direitos humanos praticada por agentes
públicos ou a mando de autoridades públicas não
rigido pedido de acesso ou desclassificação
poderão ser objeto de restrição de acesso. 267
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O artigo supracitado veda expressamente a negati- É de suma importância que você tenha em mente
va de acesso a informações que inviabilizem a busca todos os prazos, pois as bancas adoram cobrar esse ponto:
pela satisfação de violação a direitos fundamentais e
a direitos humanos. CATEGORIA PRAZO
De acordo com o art. 22, a previsão prevista no arti-
go anterior não exclui as demais hipóteses legais de Ultrassecreta 25 anos
sigilo e de segredo de justiça, nem as hipóteses de
Secreta 15 anos
segredo industrial que decorrem da exploração dire-
ta de atividade econômica pelo Estado ou por qual- Reservada 05 anos
quer que tenha vínculo com o poder público.
Quando as informações ou documentos versarem
sobre violação de direitos humanos praticadas por Além disso, se for transcorrido o prazo de classifi-
agentes públicos ou a mando de autoridades públicas cação ou consumado o evento que defina o seu termo
não poderão ser objeto de restrição de acesso. final, a informação tornar-se-á, automaticamente, de
Lembre-se: violação dos direitos humanos pratica- acesso público.
da por agentes = não pode restringir o acesso.
Art. 24 [...]
Classificação da Informação quanto ao Grau e § 2º As informações que puderem colocar em
Prazos de Sigilo risco a segurança do Presidente e Vice-Presiden-
te da República e respectivos cônjuges e filhos(as)
serão classificadas como reservadas e ficarão sob
O art. 23 prevê as hipóteses que são consideradas
sigilo até o término do mandato em exercício ou do
imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Esta- último mandato, em caso de reeleição.
do e, portanto, passíveis de classificação as informa- § 3º Alternativamente aos prazos previstos no
ções cuja divulgação ou acesso irrestrito possam: § 1º, poderá ser estabelecida como termo final de
restrição de acesso a ocorrência de determinado
I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais evento, desde que este ocorra antes do transcurso
ou a integridade do território nacional; do prazo máximo de classificação.
II - prejudicar ou pôr em risco a condução de § 4º Transcorrido o prazo de classificação ou

69
negociações ou as relações internacionais do consumado o evento que defina o seu termo

8-
País, ou as que tenham sido fornecidas em cará- final, a informação tornar-se-á, automatica-

86
ter sigiloso por outros Estados e organismos mente, de acesso público.

6.
internacionais; § 5º Para a classificação da informação em

9
III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde

.4
determinado grau de sigilo, deverá ser obser-

33
da população; vado o interesse público da informação e uti-
IV - oferecer elevado risco à estabilidade finan-

-4
lizado o critério menos restritivo possível,
ceira, econômica ou monetária do País; considerados:
V - prejudicar ou causar risco a planos ou opera-
O
I - a gravidade do risco ou dano à segurança da
IR
ções estratégicos das Forças Armadas; sociedade e do Estado; e
M

VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pes- II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o


A

quisa e desenvolvimento científico ou tecnológico,


R

evento que defina seu termo final.


assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas
E
R

de interesse estratégico nacional; A fim de classificar o sigilo da informação, deverá


EI

VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de


ser observado o interesse público da informação e utili-
R

altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus


IF

zado o critério menos restritivo possível, considerados


familiares; ou
a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade
N

VIII - comprometer atividades de inteligência, bem


LI

como de investigação ou fiscalização em andamen- e do Estado (I) e o prazo máximo de restrição de acesso
O

to, relacionadas com a prevenção ou repressão de ou o evento que defina seu termo final (II).
R
A

infrações.
K

Da Proteção e do Controle de Informações Sigilosas


LI

De acordo com o art. 24, caput, a informação obser-


IE

vará o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade A lei estabelece, ainda, algumas regras quanto à
C

proteção e controle de informações sob sigilo. Neste


A

à segurança da sociedade ou do Estado, tendo como


R

poder dos órgãos e entidades públicas, poderá ser clas- sentido, o art. 25 impõe ao Estado o dever de contro-
G

sificada como ultrassecreta, secreta ou reservada. lar o acesso e a divulgação de informações sigilosas
produzidas por seus órgãos e entidades, assegurando
Art. 24 A informação em poder dos órgãos e enti- a sua proteção.
dades públicas, observado o seu teor e em razão de
sua imprescindibilidade à segurança da sociedade Art. 25 É dever do Estado controlar o acesso e a
ou do Estado, poderá ser classificada como ultras- divulgação de informações sigilosas produzidas
secreta, secreta ou reservada. por seus órgãos e entidades, assegurando a sua
§ 1º Os prazos máximos de restrição de acesso à proteção.
informação, conforme a classificação prevista no § 1º O acesso, a divulgação e o tratamento de infor-
caput, vigoram a partir da data de sua produção e mação classificada como sigilosa ficarão restritos
são os seguintes: a pessoas que tenham necessidade de conhecê-la
I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; e que sejam devidamente credenciadas na forma
II - secreta: 15 (quinze) anos; e do regulamento, sem prejuízo das atribuições dos
III - reservada: 5 (cinco) anos. agentes públicos autorizados por lei.

268
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
§ 2º O acesso à informação classificada como sigi- Exemplo: O Presidente da República realiza a dele-
losa cria a obrigação para aquele que a obteve de gação de seu poder para um agente público, tornando
resguardar o sigilo. esse agente público responsável, não podendo, por-
§ 3º Regulamento disporá sobre procedimentos e tanto, transferir tal poder para outro agente público,
medidas a serem adotados para o tratamento de pois é vedada a subdelegação.
informação sigilosa, de modo a protegê-la contra Ademais, é importante que você saiba que, quando
perda, alteração indevida, acesso, transmissão e se tratar de Comandantes da Marinha, do Exército e da
divulgação não autorizados.
Aeronáutica e Chefes de Missões Diplomáticas e Con-
sulares permanentes no exterior, responsáveis pela
Observe que o § 1º reserva o acesso às informações classificação de informação no grau ultrassecreto, esta
sigilosas aqueles que necessitem do acesso a elas, deverá ser ratificada pelos respectivos Ministros de
bem como aos agentes públicos devidamente cre- Estado em prazo devidamente regulamentado (§ 2º).
denciados, devendo, essas pessoas, resguardar sigilo
acerca dessas informações. Art. 27 [...]
Com base no art. 26, as autoridades públicas deve- § 3°A autoridade ou outro agente público que clas-
rão adotar as providências necessárias para que sificar informação como ultrassecreta deverá enca-
seus subordinados hierarquicamente conheçam as minhar a decisão de que trata o art. 28 à Comissão
normas e observem as medidas e procedimentos de Mista de Reavaliação de Informações, a que se refe-
segurança correspondentes às informações sigilosas. re o art. 35, no prazo previsto em regulamento.

Art. 26 As autoridades públicas adotarão as pro- Conforme dispõe o art. 28, para ocorrer a classifi-
vidências necessárias para que o pessoal a elas cação de informações, seja qual o for o grau de sigi-
subordinado hierarquicamente conheça as normas lo, deverá ser formalizada em decisão, contendo os
e observe as medidas e procedimentos de seguran- seguintes elementos:
ça para tratamento de informações sigilosas.
Parágrafo único. A pessoa física ou entidade pri-
z Assunto sobre o qual versa a informação;
vada que, em razão de qualquer vínculo com o
z Fundamento da Classificação;
poder público, executar atividades de tratamento
de informações sigilosas adotará as providências z Indicação do prazo de sigilo, contado em anos,

69
necessárias para que seus empregados, prepostos meses ou dias ou do evento que defina o seu termo

8-
ou representantes observem as medidas e procedi- final;

86
mentos de segurança das informações resultantes z Identificação da autoridade que a classificou.

6.
da aplicação desta Lei.

9
.4
Dica

33
Procedimentos de Classificação, Reclassificação e
Vale ressaltar que a decisão será abarcada

-4
Desclassificação
pelo mesmo nível que a informação tiver sido
O
entabulada. Exemplo: se a decisão considerou
IR
Para adentrarmos nesse assunto, torna-se necessá-
a informação secreta, a decisão também será
M
ria a apresentação do art. 27:
A

secreta e não ultrassecreta.


R

Art. 27 A classificação do sigilo de informações


E

no âmbito da administração pública federal é de Art. 29 A classificação das informações será rea-
R
EI

competência: valiada pela autoridade classificadora ou por


R

I - no grau de ultrassecreto, das seguintes autoridade hierarquicamente superior, mediante


IF

autoridades: provocação ou de ofício, com vistas à sua desclassi-


N

a) Presidente da República; ficação ou à redução do prazo de sigilo.


LI

b) Vice-Presidente da República; § 1º O regulamento a que se refere o caput deverá


O

c) Ministros de Estado e autoridades com as mes- considerar as peculiaridades das informações produ-
R

zidas no exterior por autoridades ou agentes públicos.


A

mas prerrogativas;
K

d) Comandantes da Marinha, do Exército e da Aero- § 2º Na reavaliação a que se refere o caput, deve-


LI

rão ser examinadas a permanência dos motivos


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
náutica; e
IE

e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares do sigilo e a possibilidade de danos decorrentes do


C

permanentes no exterior; acesso ou da divulgação da informação.


A

II - no grau de secreto, das autoridades referidas no § 3º Na hipótese de redução do prazo de sigilo da


R

informação, o novo prazo de restrição manterá


G

inciso I, dos titulares de autarquias, fundações ou


empresas públicas e sociedades de economia mista; e como termo inicial a data da sua produção.
III - no grau de reservado, das autoridades refe-
ridas nos incisos I e II e das que exerçam funções A reavaliação, realizada pela autoridade classifi-
de direção, comando ou chefia, nível DAS 101.5, cadora ou superior hierárquico, consiste no exame da
ou superior, do Grupo-Direção e Assessoramento classificação das informações quanto à sua desclassifi-
Superiores, ou de hierarquia equivalente, de acordo cação ou redução do prazo de sigilo estabelecido. Para
com regulamentação específica de cada órgão ou que ocorra a reavaliação, é necessário o exame de duas
entidade, observado o disposto nesta Lei. peculiaridades: permanência dos motivos do sigilo (con-
tinuidade dos motivos e fatos que, inicialmente, levaram
Com relação ao Grau ultrassecreto e secreto, pode- à classificação) e possibilidade de danos decorrentes do
rá ser delegada pela autoridade responsável para acesso ou da divulgação da informação.
um agente público, vedada a subdelegação. Ou seja, Todavia, caso se entender necessária a redução do
uma vez delegada a competência, não poderá ser dele- prazo de sigilo da informação, o novo prazo de restrição
gada novamente. manterá, como termo inicial, a data da sua produção (§ 3º).
269
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 30 A autoridade máxima de cada órgão ou
entidade publicará, anualmente, em sítio à disposi- DISPENSA DE CONSENTIMENTO PARA
ção na internet e destinado à veiculação de dados DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES PESSOAIS
e informações administrativas, nos termos de
Prevenção e diagnóstico médico para quando a
regulamento:
pessoa estiver, física ou legalmente, incapaz e
I - rol das informações que tenham sido desclassifi- I
cadas nos últimos 12 (doze) meses;
para utilização, única e exclusivamente, para o
II - rol de documentos classificados em cada grau tratamento médico
de sigilo, com identificação para referência futura; Realização de estatísticas e pesquisas científicas
III - relatório estatístico contendo a quantidade de
de evidente interesse público ou geral, previstos
pedidos de informação recebidos, atendidos e inde- II
em lei, sendo vedada a identificação da pessoa a
feridos, bem como informações genéricas sobre os
solicitantes.
que as informações se referirem
[...] III Cumprimento de ordem judicial
§ 2° Os órgãos e entidades manterão extrato com a
lista de informações classificadas, acompanhadas IV Defesa de direitos humanos
da data, do grau de sigilo e dos fundamentos da
classificação. V Proteção do interesse público e geral preponderante

Das Informações Pessoais


Contudo, com base no § 4º, do ar. 31, a restrição de
acesso à informação relativa à vida privada, honra e
De acordo com o art. 31, o tratamento das informa-
imagem de pessoa não poderá ser invocada com o
ções pessoais deve ser feito de forma transparente e
intuito de prejudicar processo de apuração de irre-
com respeito à intimidade, à vida privada, à honra
gularidades em que o titular das informações estiver
e à imagem das pessoas, bem como às liberdades e
envolvido, bem como em ações voltadas para a recu-
garantias individuais, direitos estes resguardados pela
peração de fatos históricos de maior relevância.
Constituição Federal de 1988, conforme dispõe o art. 5°:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção RESPONSABILIDADES

69
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros

8-
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilida- As responsabilidades são um ponto importante da

86
de do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segu- nossa matéria. A seguir, analisaremos quais condutas

6.
rança e à propriedade, nos termos seguintes: [...] são consideras ilícitas.

9
O art. 32 estabelece, em seus incisos, as condutas ilí-

.4
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada,

33
a honra e a imagem das pessoas, assegurado o citas no âmbito da Lei de Acesso à Informação. Vejamos:

-4
direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação; I - recusar-se a fornecer informação requerida nos
O
termos desta Lei, retardar deliberadamente o seu
IR
As informações pessoais relativas à intimidade, fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de
M

vida privada, honra e imagem observarão o seguinte: forma incorreta, incompleta ou imprecisa;
A
R

II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, des-


E

Art. 31 [...] truir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total


R

I - terão seu acesso restrito, independentemente ou parcialmente, informação que se encontre sob
EI

de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de sua guarda ou a que tenha acesso ou conhecimen-
R

to em razão do exercício das atribuições de cargo,


IF

100 (cem) anos a contar da sua data de produção,


a agentes públicos legalmente autorizados e à pes- emprego ou função pública;
N

III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicita-


LI

soa a que elas se referirem; e


O

II - poderão ter autorizada sua divulgação ou ções de acesso à informação;


R

acesso por terceiros diante de previsão legal IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar
A

ou consentimento expresso da pessoa a que elas ou permitir acesso indevido à informação sigilosa
K

se referirem. ou informação pessoal;


LI

§ 2º Aquele que obtiver acesso às informações de V - impor sigilo à informação para obter proveito
IE

pessoal ou de terceiro, ou para fins de ocultação de


C

que trata este artigo será responsabilizado por seu


A

uso indevido. ato ilegal cometido por si ou por outrem;


R

VI - ocultar da revisão de autoridade superior com-


G

O consentimento para a autorização e divulgação petente informação sigilosa para beneficiar a si ou


a outrem, ou em prejuízo de terceiros; e
de informações pessoais não será exigido quando as
VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, docu-
informações forem necessárias para os casos previstos
mentos concernentes a possíveis violações de direi-
nos incisos do § 3º. Vejamos quais são essas hipóteses: tos humanos por parte de agentes do Estado.

Pelas condutas descritas anteriormente, poderá


o militar ou agente público responder, também, por
improbidade administrativa, englobando apenas a
esfera administrativa (§ 2º).

270
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Ademais, é necessária a visualização do art. 32, pessoais, cabendo a apuração de responsabilidade
parágrafo 1º: funcional nos casos de dolo ou culpa, assegurado o
respectivo direito de regresso.
Art. 32 [...] Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se
§ 1º Atendido o princípio do contraditório, da à pessoa física ou entidade privada que, em virtu-
ampla defesa e do devido processo legal, as condu- de de vínculo de qualquer natureza com órgãos ou
tas descritas no caput serão consideradas: entidades, tenha acesso a informação sigilosa ou
I - para fins dos regulamentos disciplinares das pessoal e a submeta a tratamento indevido.
Forças Armadas, transgressões militares médias
ou graves, segundo os critérios neles estabelecidos, O artigo supramencionado impõe a responsabilida-
desde que não tipificadas em lei como crime ou con- de aos órgãos e entidades públicas (responsabilidade
travenção penal; ou objetiva) quando a divulgação de informações sigilosas,
II - para fins do disposto na Lei nº 8.112, de 11 de de forma indevida ou não autorizada, causa danos.
dezembro de 1990, e suas alterações, infrações admi-
Nesse caso, por tratar-se de responsabilidade obje-
nistrativas, que deverão ser apenadas, no mínimo, com
tiva do Poder Público, esse responde diretamente
suspensão, segundo os critérios nela estabelecidos.
pelas ocorrências supracitadas, cabendo a apuração
Uma vez esclarecido o entendimento quanto às de responsabilidade funcional nos casos de dolo ou
condutas ilícitas, podemos avançar as sanções que a culpa, assegurando-lhe o direito de regresso.
Lei n° 12.527, de 2011 estabelece no art. 33, são elas: Tal previsão é estendida à pessoa física ou entida-
de privada que, em virtude de vínculo com órgãos ou
I - advertência; entidades públicas, tenha acesso à informação sigi-
II - multa; losa ou pessoal e a submeta a tratamento indevido.
III - rescisão do vínculo com o poder público;
IV - suspensão temporária de participar em licitação DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
e impedimento de contratar com a administração
pública por prazo não superior a 2 (dois) anos; e Conforme o decorrer dos tópicos, vimos um pou-
V - declaração de inidoneidade para licitar ou con- co sobre a Comissão Mista de Reavaliação de Infor-
tratar com a administração pública, até que seja
mações. Vale destacar que ela foi instituída, visando
promovida a reabilitação perante a própria autori-

69
decidir, no âmbito da Administração Pública Federal,
dade que aplicou a penalidade.

8-
sobre o tratamento e a classificação de informações

86
As sanções de advertência, rescisão do vínculo sigilosas, tendo, como competência e atribuição, as

6.
com o poder público e a suspensão temporária de seguintes condutas, possuindo como base o art. 35:

9
.4
participar da licitação e impedimento de contratar

33
com a administração pública poderão ser cumuladas z Requisitar da autoridade que classificar informa-

-4
com a imposição de multa (§ 1º). ção como ultrassecreta e secreta esclarecimento
Nos casos de cumulação das sanções descritas com ou conteúdo parcial ou integral da informação;
O
z Rever a classificação de informações ultrassecre-
IR
a imposição de multa, será assegurado o direito de
tas ou secretas, de ofício ou mediante provocação
M
defesa do interessado pelo prazo de 10 dias (§ 1º).
A

A reabilitação será autorizada somente quando o de pessoa interessada. Com isso, a revisão deverá
R

interessado efetivar o ressarcimento ao órgão ou enti- ocorrer, no máximo, a cada 4 (quatro) anos, após a
E

reavaliação prevista no art. 39, quando se tratar de


R

dade dos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo


EI

da sanção aplicada (2 anos) com base no inciso IV (§ 2º). documentos ultrassecretos ou secretos;
R

A declaração de inidoneidade para licitar ou contratar


IF

com a administração pública é de competência exclusi- Portanto, a não deliberação sobre a revisão pela
N

va da autoridade máxima do órgão ou entidade pública, Comissão Mista de Reavaliação de Informações, gera-
LI

rá a desclassificação automática das informações;


O

facultada a defesa do interessado, no respectivo processo,


R

no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista (§ 3º).


A

z Prorrogar o prazo de sigilo de informação clas-


K

Art. 33 [...] sificada como ultrassecreta sempre por prazo


LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


§ 1º As sanções previstas nos incisos I, III e IV pode- determinado, enquanto o seu acesso ou divulga-
IE

rão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, ção puder ocasionar ameaça externa à soberania
C

assegurado o direito de defesa do interessado, no


A

nacional ou à integridade do território nacional


R

respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias. ou grave risco às relações internacionais do país,
G

§ 2º A reabilitação referida no inciso V será auto- sendo esse prazo limitado à uma única renovação.
rizada somente quando o interessado efetivar o
ressarcimento ao órgão ou entidade dos prejuízos
Art. 36 O tratamento de informação sigilosa resul-
resultantes e após decorrido o prazo da sanção
tante de tratados, acordos ou atos internacionais
aplicada com base no inciso IV.
atenderá às normas e recomendações constantes
§ 3º A aplicação da sanção prevista no inciso V é
desses instrumentos.
de competência exclusiva da autoridade máxima
do órgão ou entidade pública, facultada a defesa do
interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 Avançando no conteúdo, devemos analisar o dis-
(dez) dias da abertura de vista. posto no art. 37:

Por fim, estabelece o art. 34: Art. 37 É instituído, no âmbito do Gabinete de Segu-
rança Institucional da Presidência da República, o
Art. 34 Os órgãos e entidades públicas respondem Núcleo de Segurança e Credenciamento (NSC), que
diretamente pelos danos causados em decorrên- tem por objetivos:
cia da divulgação não autorizada ou utilização I - promover e propor a regulamentação do cre-
indevida de informações sigilosas ou informações denciamento de segurança de pessoas físicas, 271
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empresas, órgãos e entidades para tratamento de e consolidando a publicação de informações esta-
informações sigilosas; e tísticas relacionadas no art. 30;
II - garantir a segurança de informações sigilosas, IV - pelo encaminhamento ao Congresso Nacional
inclusive aquelas provenientes de países ou orga- de relatório anual com informações atinentes à
nizações internacionais com os quais a República implementação desta Lei.
Federativa do Brasil tenha firmado tratado, acordo,
contrato ou qualquer outro ato internacional, sem
prejuízo das atribuições do Ministério das Relações
Exteriores e dos demais órgãos competentes.
Parágrafo único. Regulamento disporá sobre a DECRETO Nº 58.052, DE 2012 –
composição, organização e funcionamento do NSC. REGULAMENTA A LEI Nº 12.527,
DE 2011, QUE REGULA O ACESSO A
Já com relação ao art. 38, a informação de pessoa,
física ou jurídica, constante de registro ou banco de INFORMAÇÕES, E DÁ PROVIDÊNCIAS
dados de entidades governamentais ou de caráter CORRELATAS
público, deverá ser analisada e aplicada a Lei que
regula o direito de acesso a informações e disciplina o O Decreto nº 58.052, de 2012 é o grande responsá-
rito processual do habeas data (Lei nº 9.507, de 1997). vel por regulamentar a Lei Federal nº 12.527, de 18 de
De acordo com a previsão do art. 39, os órgãos e novembro de 2011, que regula o acesso a informações
entidades públicas deverão proceder à reavaliação e dá providências correlatas no Estado de São Paulo.
das informações classificadas como ultrassecretas e Como base introdutória, temos o art. 1º.
secretas no prazo máximo de 2 (dois) anos, contado
do termo inicial de vigência desta Lei. Art. 1º Este decreto define procedimentos a serem
observados pelos órgãos e entidades da Adminis-
Art. 39 [...] tração Pública Estadual, e pelas entidades privadas
§ 2º No âmbito da administração pública federal, a sem fins lucrativos que recebam recursos públicos
reavaliação poderá ser revista, a qualquer tempo, estaduais para a realização de atividades de inte-
pela Comissão Mista de Reavaliação de Informa- resse público, à vista das normas gerais estabele-

69
ções, observados os termos desta Lei. cidas na Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro

8-
§ 3º Enquanto não transcorrido o prazo de reavalia- de 2011.

86
ção previsto no caput, será mantida a classificação

6.
da informação nos termos da legislação precedente. Nota-se que o art. 1º aborda a abrangência do Decre-

9
§ 4º As informações classificadas como secretas e to, dispondo os procedimentos que deverão ser obser-

.4
vados pela Administração Pública Estadual. Chamo a

33
ultrassecretas não reavaliadas no prazo previsto
no caput serão consideradas, automaticamente, de sua atenção para esse ponto, uma vez que esse decreto

-4
acesso público. não se aplica à Administração Pública Federal.
O
Ademais, outro ponto interessante é que o Decreto
IR
E, por fim, temos os arts. 40 e 41, dispondo sobre: apresentou um rol de direitos fundamentais, no que
M

tange ao acesso a documentos, informações e dados,


A
R

Art. 40 No prazo de 60 (sessenta) dias, a contar dando-se através de:


E

da vigência desta Lei, o dirigente máximo de cada


R

órgão ou entidade da administração pública fede-


EI

Observância da publicidade com preceito geral e


ral direta e indireta designará autoridade que lhe
R

do sigilo como exceção


IF

seja diretamente subordinada para, no âmbito do


respectivo órgão ou entidade, exercer as seguintes
N

Implementação da política estadual de arquivos


LI

atribuições: e gestão de documentos


O

I - assegurar o cumprimento das normas relativas


R

ao acesso a informação, de forma eficiente e ade-


A

Divulgação de informações de interesse


K

quada aos objetivos desta Lei; público, independentemente de solicitações


DIREITOS
LI

II - monitorar a implementação do disposto nesta FUNDAMENTAIS


IE

Lei e apresentar relatórios periódicos sobre o seu Utilização de meios de comunicação,


C

cumprimento; viabilizados pela tecnologia da informação


A

III - recomendar as medidas indispensáveis à imple-


R

mentação e ao aperfeiçoamento das normas e pro-


G

Fomento ao desenvolvimento da cultura de


cedimentos necessários ao correto cumprimento do transparência na Administração Pública
disposto nesta Lei; e
IV - orientar as respectivas unidades no que se refe- Desenvolvimento do controle social da
re ao cumprimento do disposto nesta Lei e seus Administração Pública

regulamentos.
Art. 41 O Poder Executivo Federal designará órgão
O Decreto compreende, também, alguns conceitos
da administração pública federal responsável:
e definições importantes ao seu estudo. Vejamos:
I - pela promoção de campanha de abrangência
nacional de fomento à cultura da transparência na
administração pública e conscientização do direito z Arquivos Públicos: conjuntos de documentos pro-
fundamental de acesso à informação; duzidos, recebidos e acumulados por órgãos públi-
II - pelo treinamento de agentes públicos no que se cos, autarquias, fundações instituídas ou mantidas
refere ao desenvolvimento de práticas relacionadas pelo Poder Público, empresas públicas, sociedades
à transparência na administração pública; de economia mista, entidades privadas encarrega-
III - pelo monitoramento da aplicação da lei no âmbi- das da gestão de serviços públicos e organizações
272 to da administração pública federal, concentrando sociais, no exercício de suas funções e atividades;
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Autenticidade: qualidade da informação que tenha „ Segurança (grau de sigilo, informações sobre
sido produzida, expedida, recebida ou modificada por criptografia, assinatura digital e outras marcas
determinado indivíduo, equipamento ou sistema; digitais);
z Classificação de sigilo: atribuição, pela autori- „ Contexto tecnológico (formato de arquivo,
dade competente, de grau de sigilo a documentos, tamanho de arquivo, dependências de hard-
dados e informações; ware e software, tipos de mídias, algoritmos de
z Credencial de Segurança: autorização, por escrito, compressão) e localização física do documento;
concedida por autoridade competente, que habilita
o agente público estadual, no efetivo exercício de z Primariedade: qualidade da informação coletada
cargo, função, emprego ou atividade pública, a ter na fonte, com o máximo de detalhamento possível,
acesso a documentos, dados e informações sigilosas; sem modificações;
z Criptografia: processo de escrita à base de méto- z Reclassificação: alteração, pela autoridade com-
dos lógicos e controlados por chaves, cifras ou petente, da classificação de sigilo de documentos,
códigos, de forma que somente os usuários autori- dados e informações;
zados possam restabelecer sua forma original; z Rol de documentos, dados e informações sigi-
z Custódia: responsabilidade pela guarda de docu- losas e pessoais: relação anual, a ser publicada
mentos, dados e informações; pelas autoridades máximas de órgãos e entidades,
z Dado Público: sequência de símbolos ou valores, de documentos, dados e informações classificadas,
representado em algum meio, produzido ou sob no período, como sigilosas ou pessoais, com identi-
a guarda governamental, em decorrência de um ficação para referência futura;
processo natural ou artificial, que não tenha seu z Serviço ou atendimento presencial: aquele pres-
acesso restrito por legislação específica; tado na presença física do cidadão, principal bene-
z Desclassificação: supressão da classificação de ficiário ou interessado no serviço;
sigilo por ato da autoridade competente ou decur- z Serviço ou atendimento eletrônico: aquele pres-
so de prazo, tornando irrestrito o acesso a docu- tado remotamente ou à distância, utilizando meios
mentos, dados e informações sigilosas; eletrônicos de comunicação.
z Documentos de arquivo: todos os registros de infor-
mação, em qualquer suporte, inclusive o magnético Tabela de documentos, dados e informações

69
ou óptico, produzidos, recebidos ou acumulados por sigilosas e pessoais: relação exaustiva de documen-

8-
órgãos e entidades da Administração Pública Esta- tos, dados e informações com quaisquer restrições de

86
dual, no exercício de suas funções e atividades; acesso, com a indicação do grau de sigilo, decorrente

6.
z Disponibilidade: qualidade da informação que pode de estudos e pesquisas promovidos pelas Comissões de

9
.4
ser conhecida e utilizada por indivíduos, equipamen- Avaliação de Documentos e Acesso - CADA, e publica-

33
tos ou sistemas autorizados; da pelas autoridades máximas dos órgãos e entidades;

-4
z Documento: unidade de registro de informações, Tratamento da informação: conjunto de ações
qualquer que seja o suporte ou formato; referentes à produção, recepção, classificação, utiliza-
O
IR
z Gestão de documentos: conjunto de procedimen- ção, acesso, reprodução, transporte, transmissão, dis-
M
tos e operações técnicas referentes à sua produção, tribuição, arquivamento, armazenamento, eliminação,
A

classificação, avaliação, tramitação, uso, arquiva- avaliação, destinação ou controle da informação.


R

mento e reprodução, que assegura a racionaliza-


E

ção e a eficiência dos arquivos;


R

DO ACESSO A DOCUMENTOS, DADOS E


EI

z Informação: dados, processados ou não, que INFORMAÇÕES


R

podem ser utilizados para produção e transmis-


IF

são de conhecimento, contidos em qualquer meio, Com relação ao acesso a documentos, dados e
N

suporte ou formato; informações, o art. 4º estabelece três deveres da


LI

z Informação Pessoal: aquela relacionada à pessoa


O

Administração Pública Estadual: promover a gestão


R

natural identificada ou identificável; transparente de documentos, dados e informações,


A

z Informação sigilosa: aquela submetida tempora- assegurando sua disponibilidade, autenticidade e


K

riamente à restrição de acesso público em razão integridade, para garantir o pleno direito de acesso
LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


de sua imprescindibilidade para a segurança da (I); divulgar documentos, dados e informações de
IE

sociedade e do Estado;
C

interesse coletivo ou geral, sob sua custódia, inde-


A

z Integridade: qualidade da informação não modifi- pendentemente de solicitações (II); proteger os docu-
R

cada, inclusive quanto à origem, trânsito e destino; mentos, dados e informações sigilosas e pessoais,
G

z Marcação: aposição de marca assinalando o grau por meio de critérios técnicos e objetivos, o menos
de sigilo de documentos, dados ou informações, restritivo possível (III).
ou sua condição de acesso irrestrito, após sua
desclassificação;
z Metadados: são informações estruturadas e codi-
ficadas que descrevem e permitem gerenciar,
compreender, preservar e acessar os documentos
digitais ao longo do tempo e referem-se a:

„ Identificação e contexto documental (identifica-


dor único, instituição produtora, nomes, assun-
to, datas, local, código de classificação, tipologia
documental, temporalidade, destinação, versão,
documentos relacionados, idioma e indexação);
273
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Além disso, o Decreto, visando garantir a efetividade
DEVERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA da Política de gestão, apresenta o art. 6º:
ESTADUAL

Art. 6º Para garantir efetividade à política de arqui-


vos e gestão de documentos, os órgãos e entidades
da Administração Pública Estadual deverão:
Promover a gestão transparente de documentos, dados e
informações, assegurando sua disponibilidade, autenticidade,
I - providenciar a elaboração de planos de classi-
e integridade, para garantir o pleno direito de acesso ficação e tabelas de temporalidade de documentos
de suas atividades-fim, a que se referem, respectiva-
mente, os artigos 10 a 18 e 19 a 23, do Decreto nº
48.897, de 27 de agosto de 2004;
Divulgar documentos, dados e informações de interesse II - cadastrar todos os seus documentos no Sistema
coletivo ou geral, sob sua custódia, independentemente de Informatizado Unificado de Gestão Arquivística de
solicitações Documentos e Informações - SPdoc.
Parágrafo único. As propostas de planos de classifica-
ção e de tabelas de temporalidade de documentos deve-
Proteger os documentos, dados e informações sigilosas e rão ser apreciadas pelos órgãos jurídicos dos órgãos e
pessoais, por meio de critérios técnicos e objetivos, o menos entidades e encaminhadas à Unidade do Arquivo Públi-
restritivo possível co do Estado para aprovação, antes de sua oficialização.

Portanto, no âmbito da Administração Pública


Sabendo quais são as atividades da Administração
Estadual, deverá haver uma equipe capacitada, com
Pública Estadual, devemos saber qual será o órgão
infraestrutura e preparo para:
responsável pela gestão dos documentos, dados e
informações. Para isso, instituiu-se a Unidade do
z Realizar o atendimento presencial e/ou eletrônico
Arquivo Público do Estado, na condição de órgão
na sede e nas unidades subordinadas, prestando
central do Sistema de Arquivos do Estado de São
orientação ao público sobre os direitos do reque-
Paulo – SAESP.
rente, o funcionamento do Serviço de Informações
Perante o órgão central, podemos atribuir a ele a
ao Cidadão - SIC, a tramitação de documentos, bem

69
responsabilidade pela implementação, organização
como sobre os serviços prestados pelas respectivas

8-
e formulação da política estadual de arquivos e
unidades do órgão ou entidade;

86
gestão de documentos, possuindo o grande dever de
z Protocolar documentos e requerimentos de acesso

6.
apresentar as normas, os requisitos técnicos comple-
a informações, bem como encaminhar os pedidos

9
mentares e os procedimentos, visando o tratamento

.4
de informação aos setores produtores ou detento-

33
da informação.
res de documentos, dados e informações;

-4
z Controlar o cumprimento de prazos por parte dos
Dica
O
setores produtores ou detentores de documentos,
IR
Tratamento da informação é o conjunto de ações dados e informações;
M

z Realizar o serviço de busca e fornecimento de


referentes à produção, recepção, classificação,
A

documentos, dados e informações sob custódia do


R

utilização, acesso, reprodução, transporte, trans-


respectivo órgão ou entidade, ou fornecer, ao reque-
E

missão, distribuição, arquivamento, armazena-


R

rente, orientação sobre o local onde encontrá-los.


mento, eliminação, avaliação, destinação ou
EI
R

controle da informação. Com isso, as autoridades máximas dos órgãos e


IF

entidades da Administração Pública Estadual deverão


N

Ademais, é necessário destacar que integram a designar, no prazo de 30 dias, os responsáveis pelos
LI

política estadual de arquivos e gestão de documentos: Serviços de Informações ao Cidadão - SIC.


O

O Serviço de Informações ao Cidadão – SIC, portanto,


R
A

é um serviço independe do meio de utilização, mas deverá


K

Os serviços de protocolo e arquivo dos apresentar a identificação com ampla visibilidade.


LI

órgãos e entidades Já na conduta de visar a grande eficácia e garantia,


IE

deverá:
C
A
R

z Manter intercâmbio permanente com os serviços


G

de protocolo e arquivo;
As Comissões de Avaliação de z Buscar informações junto aos gestores de sistemas
Documentos e Acesso - CADA informatizados e bases de dados, inclusive de por-
tais e sítios institucionais;
INTEGRAM A POLÍTICA
ESTADUAL DE z Atuar de forma integrada com as Ouvidorias.
ARQUIVOS E GESTÃO
DE DOCUMENTOS
O Sistema Informatizado Unicodificado Importante!
de Gestão Arquivística de Documentos e
Informações - SPdoc A Casa Civil deverá providenciar a contratação
de serviços para o desenvolvimento de “Sistema
Integrado de Informações ao Cidadão”, capaz de
interoperar com o SPdoc, a fim de ser utilizado por
Os Serviços de Informações ao Cidadão todos os órgãos e entidades nos seus respectivos
- SIC Serviços de Informações ao Cidadão - SIC.
274
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A Unidade do Arquivo Público do Estado, da Casa Quanto ao acesso aos dados, informações e docu-
Civil, será a responsável por adotar as providências mentos, não estão abrangidas as informações refe-
necessárias para a organização dos serviços da rentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento
Central de Atendimento ao Cidadão – CAC, com a científicos ou tecnológicos, cujo sigilo seja impres-
finalidade de coordenar a integração sistêmica dos cindível à segurança da sociedade e do Estado.
Serviços de Informações ao Cidadão – SIC, instituídos No entanto, existem algumas informações que pos-
nos órgãos e entidades, realizar a consolidação e siste- suem uma característica mista ou parcial, como, por
matização de dados, bem como a elaboração de esta- exemplo, uma informação com uma certa quantida-
tísticas sobre as demandas de consulta e os perfis de de sigilosa e a outra parte, livre de acesso. Portanto,
usuários, visando o aprimoramento dos serviços. quando estivermos diante de uma informação parcial
ou mista, não será autorizado o acesso integral à infor-
Adotar as providências necessárias
mação por ser ela parcialmente sigilosa. É assegurado
para a organização dos serviços da o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão,
Central de Atendimento ao Cidadão extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo.
- CAC Já o direito de acesso aos documentos, aos dados ou às
informações neles contidas, utilizados como fundamen-
to da tomada de decisão e do ato administrativo, será
Integração Sistêmica dos Serviços de assegurado com a edição do ato decisório respectivo.
Informações ao Cidadão - SIC No que tange a negativa de acesso às informações,
UNIDADE DO ARQUIVO objeto de pedido formulado aos órgãos e entidades da
PÚBLICO DO ESTADO Administração Pública direta ou indireta, quando não
Realizar a Consolidação e
fundamentada, sujeitará o responsável a medidas dis-
sistematização de dados ciplinares, que veremos em tópico específico.
Informado do extravio da informação solicitada,
poderá o interessado requerer à autoridade compe-
Elaboração de estatísticas sobre as tente a imediata abertura de sindicância para apurar
demandas de consulta e os perfis de o desaparecimento da respectiva documentação. No
usuários caso em que seja identificado o extravio, o responsá-

69
vel pela guarda da informação extraviada deverá, no

8-
prazo de 10 (dez) dias, justificar o fato e indicar teste-

86
Portanto, para que ocorra a fiscalização e o contro-
munhas que comprovem sua alegação.

6.
le desses dados, os Serviços de Informações ao Cida-

9
dão (SIC) deverão fornecer, periodicamente, à Central

.4
Das Comissões de Avaliação de Documentos e
de Atendimento ao Cidadão (CAC), dados atualizados

33
Acesso
dos atendimentos prestados.

-4
O art. 10 estabelece, dentre outros direitos, o de
Aqui há uma curiosidade, pois, as Comissões de
obter acesso aos documentos, dados e informações, os
O
IR
Avaliação de Documentos de Arquivo passaram a ser
quais estão descritos abaixo:
M

denominadas como Comissões de Avaliação de Docu-


A

mentos e Acesso (CADA), com isso, verifica-se a movi-


R

I - Orientação sobre os procedimentos para a conse-


mentação da Administração Pública Estadual.
E

cução de acesso, bem como sobre o local onde pode-


R

Diante dessa alteração, nasce um questionamento,


rá ser encontrado ou obtido o documento, dado ou
EI

a quem a Comissões de Avaliação de Documentos e


informação almejada;
R

Acesso (CADA) será vinculada?


IF

II - Dado ou informação contida em registros ou


Com a finalidade da fiscalização e controle, atri-
N

documentos, produzidos ou acumulados por seus


bui-se essa vinculação ao Gabinete da autoridade
LI

órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos


O

públicos; máxima do órgão ou entidade, sendo as Comissões


R

III - Documento, dado ou informação produzida ou integradas por servidores de nível superior das áreas
A

jurídica, de administração geral, de administração


K

custodiada por pessoa física ou entidade privada


financeira, de arquivo e protocolo, de tecnologia da
LI

decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
IE

ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha informação e por representantes das áreas específicas
C

cessado; da documentação a ser analisada, devendo ser com-


A

IV - Dado ou informação primária, íntegra, autên- postas sempre em número ímpar, englobando apenas
R

5, 7 ou 9 membros.
G

tica e atualizada;
V - Documento, dado ou informação sobre ativida- Ademais, a Lei estabeleceu algumas atribuições
des exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as à Comissões de Avaliação de Documentos e Acesso –
relativas à sua política, organização e serviços; CADA, sendo, em especial, apresentada pelo art. 12:
VI - Documento, dado ou informação pertinen-
te à administração do patrimônio público, utili- I - Orientar a gestão transparente dos documentos,
zação de recursos públicos, licitação, contratos dados e informações do órgão ou entidade, visando
administrativos; assegurar o amplo acesso e divulgação;
VII - Documento, dado ou informação relativa: II - Realizar estudos, sob a orientação técnica da
a) à implementação, acompanhamento e resulta- Unidade do Arquivo Público do Estado, órgão cen-
dos dos programas, projetos e ações dos órgãos e tral do Sistema de Arquivos do Estado de São Pau-
entidades públicas, bem como metas e indicadores lo - SAESP, visando à identificação e elaboração de
propostos; tabela de documentos, dados e informações sigilo-
b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações sas e pessoais, de seu órgão ou entidade;
e tomadas de contas realizadas pelos órgãos de III - Encaminhar à autoridade máxima do órgão
controle interno e externo, incluindo prestações de ou entidade a tabela mencionada acima, bem como
contas relativas a exercícios anteriores. as normas e procedimentos visando à proteção de 275
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
documentos, dados e informações sigilosas e pes- 2. Indicar as razões de fato ou de direito da recusa,
soais, para oitiva do órgão jurídico e posterior total ou parcial, do acesso pretendido;
publicação; 3. Comunicar que não possui a informação, indicar,
IV - Orientar o órgão ou entidade sobre a correta se for do seu conhecimento, o órgão ou a entidade
aplicação dos critérios de restrição de acesso cons- que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a
tantes das tabelas de documentos, dados e informa- esse órgão ou entidade, cientificando o interessado
ções sigilosas e pessoais; da remessa de seu pedido de informação.
V - Comunicar à Unidade do Arquivo Público do
Estado a publicação de tabela de documentos,
O prazo de 20 (vinte) dias poderá ser prorrogado
dados e informações sigilosas e pessoais, e suas
eventuais alterações, para consolidação de dados,
por mais 10 dias, devendo justificar o seu pedido.
padronização de critérios e realização de estudos Vale destacar, conforme § 3º, art. 15, que, desde
técnicos na área; que não ocorra prejuízo da segurança e da proteção
VI - Propor à autoridade máxima do órgão ou enti- das informações e do cumprimento da legislação apli-
dade a renovação, alteração de prazos, reclassifi- cável, o Serviço de Informações ao Cidadão – SIC do
cação ou desclassificação de documentos, dados e órgão ou entidade poderão oferecer meios para que
informações sigilosas; o próprio interessado possa pesquisar a informa-
VII - Manifestar-se sobre os prazos mínimos de res- ção de que necessitar, como, por exemplo em aplica-
trição de acesso aos documentos, dados ou infor- tivos, sites e outros canais de comunicação.
mações pessoais;
Já com base no § 4º, art. 15, quando não for autori-
VIII - Atuar como instância consultiva da autorida-
zado o acesso por se tratar de informação total ou par-
de máxima do órgão ou entidade, sempre que pro-
vocada, sobre os recursos interpostos relativos às cialmente sigilosa, o interessado deverá ser informado
solicitações de acesso a documentos, dados e infor- sobre a possibilidade de recurso, prazos e condições
mações não atendidas ou indeferidas, nos termos para sua interposição, devendo, ainda, ser-lhe indica-
do parágrafo único do artigo 19 deste decreto; da a autoridade competente para sua apreciação.
IX - Informar à autoridade máxima do órgão ou É importante destacar que a informação armaze-
entidade a previsão de necessidades orçamentá- nada em formato digital será fornecida nesse formato,
rias, bem como encaminhar relatórios periódicos caso haja anuência do interessado.

69
sobre o andamento dos trabalhos. Com relação ao § 6º, art. 15, quando for solicita-

8-
da a informação e ela estiver disponível ao público

86
Visando a eficiência na prestação de serviços, em formato impresso, eletrônico ou em qualquer

6.
poderá, a Comissão, realizar o chamamento de servi- outro meio de acesso universal, serão informados

9
dores que possam contribuir com seus conhecimentos

.4
ao requerente, por escrito, o lugar e a forma pela
e experiências, bem como constituir subcomissões e

33
qual se poderá consultar, obter ou reproduzir a
grupos de trabalho, valendo ressaltar que esse chama-

-4
referida informação, procedimento este que desone-
mento se dará por convocação. rará o órgão ou entidade pública da obrigação de seu
E, por fim, à Unidade do Arquivo Público do Esta-
O
IR
fornecimento direto, salvo se o requerente declarar
do, órgão central do Sistema de Arquivos do Estado de
M
não dispor de meios para realizar por si mesmo tais
São Paulo – SAESP, responsável por propor a política
A

procedimentos.
R

de acesso aos documentos públicos, caberá o reexa-


Ademais, o serviço de busca e fornecimento deve-
E

me, a qualquer tempo, das tabelas de documentos,


R

rá ser gratuito.
dados e informações sigilosas e pessoais dos órgãos e
EI

entidades da Administração Pública Estadual.


R
IF
N

Do Pedido Importante!
LI
O

Avançando no tópico, deverá ser apresentado, ao Não se aplicará a gratuidade, quando ocorrer
R

a reprodução de documentos pelo órgão ou


A

Serviço de Informações ao Cidadão – SIC do órgão ou


K

entidade, um pedido, devendo constar a identificação do entidade pública consultada, situação em que
LI

interessado e a especificação da informação requerida. poderá ser cobrado exclusivamente o valor


IE

Com isso, o Decreto apenas estabeleceu uma regra necessário ao ressarcimento do custo dos ser-
C

para solicitar a informação, que compreende o ato de


A

viços e dos materiais utilizados, a ser fixado em


R

portar algum documento de identificação do interes- ato normativo pelo Chefe do Executivo, obser-
G

sado. Preenchendo esse requisito, o Serviço de Infor- vando as condições do indivíduo hipossuficien-
mações ao Cidadão – SIC ou a entidade responsável te, que não possua condições de arcar com as
pela informação devem conceder o acesso imediato
custas sem prejudicar seu sustento ou de seus
às informações disponíveis, atentando-se às informa-
familiares.
ções sigilosas.
Ademais, ocorrerão casos em que não será possí- Por exemplo, a expedição de segunda via do
vel a prestação das informações de maneira imediata. Registro Geral (R.G.).
Visando essas situações, o Decreto entabulou o § 1º,
art. 15, dispondo:
Quando se tratar de acesso à informação contida
em documento cuja manipulação possa prejudicar
Art. 15 [...]
§ 1º Na impossibilidade de conceder o acesso imediato, sua integridade, deverá ser oferecida a consulta de
o Serviço de Informações ao Cidadão - SIC do órgão ou cópia, com certificação de que esta confere com o ori-
entidade, em prazo não superior a 20 (vinte) dias, deverá: ginal, com a atualização e a tecnologia. Geralmente, os
1. Comunicar a data, local e modo para se realizar a documentos possuem QR Code, visando a celeridade
276 consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão; na verificação.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O interessado poderá requerer as suas expensas de requerimentos, a divulgação em local de fácil
sob Grupo Técnico de supervisão de servidor público, acesso, no âmbito de suas competências, de documen-
solicitando que a reprodução seja feita por outro meio tos, dados e informações de interesse coletivo ou geral
que não ponha em risco a conservação do documen- por eles produzidas ou custodiadas. Para isso é muito
to original. No entanto, para isso, deverá ocorrer a utilizado sites, facilitando assim o cumprimento da
impossibilidade das cópias. divulgação.
Com isso, o Decreto estabeleceu um rol exemplifi-
Art. 18 É direito do interessado obter o inteiro teor cativo que deverá conter, conforme § 1º, art. 23:
de decisão de negativa de acesso, por certidão ou
cópia. I - Registro das competências e estrutura organiza-
cional, endereços e telefones das respectivas unida-
Dos Recursos des e horários de atendimento ao público;
II - Registros de quaisquer repasses ou transferên-
Há casos em que poderão ser negados os pedidos
cias de recursos financeiros;
perante ao órgão público, visando um método para
III - Registros de receitas e despesas;
proteção das garantias do solicitante. Entabulou-se IV - Informações concernentes a procedimentos
os Recursos em que poderão ser utilizados nos casos licitatórios, inclusive os respectivos editais e resul-
de indeferimento de acesso aos documentos, dados e tados, bem como a todos os contratos celebrados;
informações ou às razões da negativa do acesso, bem V - Relatórios, estudos e pesquisas;
como o não atendimento do pedido, podendo o inte- VI - Dados gerais para o acompanhamento da exe-
ressado interpor recurso contra a decisão no prazo cução orçamentária, de programas, ações, projetos
de 10 dias a contar de sua ciência, devendo ser ende- e obras de órgãos e entidades;
reçada à unidade superior da que proferiu a decisão, VII - Respostas a perguntas mais frequentes da
que exarou a decisão impugnada, a qual deverá se sociedade.
manifestar, após eventual consulta à Comissão de
Avaliação de Documentos e Acesso – CADA e ao Portanto, nota-se que aos órgãos e entidades esta-
órgão jurídico no prazo de 5 dias. duais compete a utilização de meios e instrumentos
O art. 20 dispõe, com relação à conduta de negar o legítimos de que dispuserem, sendo obrigatória a

69
acesso ao documento, dado e informação por parte dos divulgação em sítios oficiais da rede mundial de

8-
órgãos ou entidades da Administração Pública Estadual, computadores (internet).

86
o interessado poderá recorrer, no prazo de 10 (dez) dias, Para isso, o Decreto apresentou, no § 3º, art. 23,

6.
à Ouvidoria Geral do Estado, da Secretaria de Governo, alguns requisitos, sendo eles:

9
que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se:

.4
1. Conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que

33
I - O acesso ao documento, dado ou informação não permita o acesso à informação de forma objeti-

-4
classificada como sigilosa for negado. va, transparente, clara e em linguagem de fácil

O
II - A decisão de negativa de acesso ao documento, compreensão; IR
dado ou informação, total ou parcialmente clas- 2. Possibilitar a gravação de relatórios em diversos
M

sificada como sigilosa, não indicar a autoridade formatos eletrônicos, inclusive abertos e não pro-
A

classificadora ou a hierarquicamente superior prietários, tais como planilhas e texto, de modo a


R

a quem possa ser dirigido o pedido de acesso ou facilitar a análise das informações;
E

desclassificação.
R

3. Possibilitar o acesso automatizado por sistemas


EI

III - Os procedimentos de classificação de sigilo não externos em formatos abertos, estruturados e legí-
R

tiverem sido observados. veis por máquina;


IF

IV - Estiverem sendo descumpridos prazos ou outros 4. Divulgar em detalhes os formatos utilizados para
N

procedimentos previstos na Lei Federal nº 12.527, de estruturação da informação;


LI

18 de novembro de 2011. 5. Garantir a autenticidade e a integridade das


O
R

informações disponíveis para acesso;


Portanto, podemos extrair que a Ouvidoria Geral
A

6. Manter atualizadas as informações disponíveis


K

do Estado será a responsável por analisar o recurso, para acesso;


LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


devendo ser o Recurso dirigido a ela logo depois de 7. Indicar local e instruções que permitam ao inte-
IE

submetido à apreciação de, pelo menos, uma autori- ressado comunicar-se, por via eletrônica ou telefô-
C

dade hierarquicamente superior àquela que exarou a nica, com o órgão ou entidade detentora do sítio;
A
R

decisão impugnada. 8. Adotar as medidas necessárias para garantir


G

No caso em que for analisada a procedência das a acessibilidade de conteúdo para pessoas com
razões do recurso, a Ouvidoria Geral do Estado deter- deficiência.
minará ao órgão ou entidade que adote as providên-
cias necessárias para dar cumprimento. Extrai-se que os documentos que contenham
Com relação ao caso de ser negado o acesso ao informações deverão estar cadastrados no Sistema
documento, dado ou informação pela Ouvidoria Geral Informatizado Unificado de Gestão Arquivística de
do Estado, o requerente poderá, no prazo de 10 Documentos e Informações – SPdoc.
(dez) dias a contar da sua ciência, interpor recurso Ademais, com base no art. 25, a autoridade máxi-
à Comissão Estadual de Acesso à Informação. ma de cada órgão ou entidade estadual publicará,
anualmente, em sítio próprio, bem como no Portal da
DA DIVULGAÇÃO DE DOCUMENTOS, DADOS E Transparência e do Governo Aberto:
INFORMAÇÕES
I - rol de documentos, dados e informações que tenham
Vale destacar, tendo como base a divulgação e o art. sido desclassificadas nos últimos 12 (doze) meses;
23, que é dever dos órgãos e entidades da Administra- II - rol de documentos classificados em cada grau
ção Pública Estadual promover, independentemente de sigilo, com identificação para referência futura; 277
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
III - relatório estatístico contendo a quantidade de – CADA a que se referem os arts. 11 e 12 deste Decre-
pedidos de informação recebidos, atendidos e inde- to, promover os estudos necessários à elaboração de
feridos, bem como informações genéricas sobre os tabela com a identificação de documentos, dados e
solicitantes. informações sigilosas e pessoais, visando assegurar a
Art. 26 Os órgãos e entidades da Administração sua proteção.
Pública Estadual deverão prestar no prazo de 60
(sessenta) dias, para compor o “Catálogo de Sis-
temas e Bases de Dados da Administração Públi-
ca do Estado de São Paulo - CSBD”, as seguintes Importante!
informações:
I - tamanho e descrição do conteúdo das bases de Não poderá ser negado o acesso à informação
dados; necessária à tutela judicial ou administrativa
II - metadados; de direitos fundamentais. Já os documentos,
III - dicionário de dados com detalhamento de conteúdo; dados e informações que versem sobre condu-
IV - arquitetura da base de dados; tas que impliquem violação dos direitos huma-
V - periodicidade de atualização;
nos praticada por agentes públicos ou a mando
VI - software da base de dados;
VII - existência ou não de sistema de consulta à
de autoridades públicas não poderão ser objeto
base de dados e sua linguagem de programação; de restrição de acesso.
VIII - formas de consulta, acesso e obtenção à base
de dados.
§ 1º - Os órgãos e entidades da Administração Reforço que sempre serão respeitados os casos de
Pública Estadual deverão indicar o setor respon- sigilo e de segredo de justiça, ou segredo industrial
sável pelo fornecimento e atualização permanente decorrentes da exploração direta de atividade econô-
de dados e informações que compõem o «Catálogo mica pelo Estado, por pessoa física ou entidade privada
de Sistemas e Bases de Dados da Administração que tenha qualquer vínculo com o Poder Público.
Pública do Estado de São Paulo - CSBD».
DA CLASSIFICAÇÃO, RECLASSIFICAÇÃO E
Com relação ao § 2º, art. 26, o desenvolvimento do DESCLASSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS, DADOS E

69
“Catálogo de Sistemas e Bases de Dados da Adminis- INFORMAÇÕES SIGILOSAS

8-
tração Pública do Estado de São Paulo – CSBD”, coleta

86
de informações, manutenção e atualização perma- O art. 30 estabelece as situações imprescindíveis à

6.
nente ficará a cargo da Fundação Sistema Estadual de segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, pas-

9
.4
Análise de Dados - SEADE. síveis de classificação de sigilo.

33
Por fim, o “Catálogo de Sistemas e Bases de Dados

-4
da Administração Pública do Estado de São Paulo – I - Pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou
CSBD”, bem como as bases de dados da Administração a integridade do território nacional;
O
IR
Pública Estadual deverão estar disponíveis no Portal II - Prejudicar ou pôr em risco a condução de nego-
M
Governo Aberto SP e no Portal da Transparência Esta- ciações ou as relações internacionais do País, ou as
A

dual, nos termos da legislação pertinente, com todos que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por
R

os elementos necessários para permitir sua utilização outros Estados e organismos internacionais;
E

por terceiros, como a arquitetura da base e o dicioná- III - Pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da
R
EI

rio de dados, tendo como base legal o § 3º, art. 26. população;
R

IV - Oferecer elevado risco à estabilidade financei-


IF

DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO A DOCUMENTOS, ra, econômica ou monetária do País;


N

DADOS E INFORMAÇÕES V - Prejudicar ou causar risco a planos ou opera-


LI

ções estratégicos das Forças Armadas;


O

VI - Prejudicar ou causar risco a projetos de pes-


R

Com relação às restrições, o Decreto dispôs sobre


A

as passíveis de restrição de acesso, no âmbito da quisa e desenvolvimento científico ou tecnológico,


K

assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas


Administração Pública Estadual, duas categorias de
LI

de interesse estratégico nacional;


IE

documentos, dados e informações:


VII - Pôr em risco a segurança de instituições ou de
C

altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus


A
R

SIGILOSOS familiares;
G

VIII - Comprometer atividades de inteligência, bem como


Aqueles submetidos, temporariamente, à restrição de de investigação ou fiscalização em andamento, relacio-
acesso público em razão de sua imprescindibilidade nadas com a prevenção ou repressão de infrações.
para a segurança da sociedade e do Estado
É de suma importância que você tenha em mente
todos os prazos, pois as bancas adoram cobrar esse
PESSOAIS
ponto. Para te ajudar, montei uma tabela bem espe-
Aqueles relacionados à pessoa natural identificada ou cial e recomendo a sua memorização, de acordo com
identificável, relativas à intimidade, vida privada, honra o art. 31:
e imagem das pessoas, bem como às liberdades e ga-
rantias individuais CATEGORIA PRAZO
Ultrassecreta 25 anos
Portanto, caberá aos órgãos e entidades da Admi- Secreta 15 anos
nistração Pública Estadual, por meio de suas respecti-
Reservada 05 anos
278 vas Comissões de Avaliação de Documentos e Acesso
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Com base no § 2º, art. 31, os documentos, dados e A partir daqui, surge-nos um questionamento com
informações que puderem colocar em risco a seguran- relação à classificação de sigilo de documentos, dados e
ça do Governador e Vice-Governador do Estado e informações no âmbito da Administração Pública Esta-
respectivos cônjuges e filhos (as) serão classificados dual, Direta e Indireta: de quem é a competência?
como reservados e ficarão sob sigilo até o término
do mandato em exercício ou do último mandato, Art. 33 A classificação de sigilo de documentos,
em caso de reeleição. dados e informações no âmbito da Administração
Pública Estadual, a que se refere o inciso II do arti-
go 32 deste decreto, é de competência:
Dica
I - no grau de ultrassecreto, das seguintes autoridades:
Conforme § 3º, art. 31, alternativamente aos a) Governador do Estado;
prazos previstos no § 1º deste artigo, poderá b) Vice-Governador do Estado;
ser estabelecida como termo final de restrição c) Secretários de Estado e Procurador Geral do
Estado;
de acesso a ocorrência de determinado evento,
d) Delegado Geral de Polícia e Comandante Geral
desde que este ocorra antes do transcurso do
da Polícia Militar;
prazo máximo de classificação. II - no grau de secreto, das autoridades referidas
no inciso I deste artigo, das autoridades máximas
Se acaso for transcorrido o prazo de classificação de autarquias, fundações ou empresas públicas e
ou consumado o evento que defina o seu termo final, sociedades de economia mista;
o documento, dado ou informação tornar-se-á, auto- III - no grau de reservado, das autoridades referi-
maticamente, de acesso público. das nos incisos I e II deste artigo e das que exer-
çam funções de direção, comando ou chefia, ou de
§ 5º Para a classificação do documento, dado ou infor- hierarquia equivalente, de acordo com regulamen-
mação em determinado grau de sigilo, deverá ser tação específica de cada órgão ou entidade, obser-
observado o interesse público da informação, e utiliza- vado o disposto neste decreto.
do o critério menos restritivo possível, considerados:
1. A gravidade do risco ou dano à segurança da Importante: § 1º - A competência prevista nos inci-
sociedade e do Estado; sos I e II deste artigo, no que se refere à classificação

69
2. O prazo máximo de restrição de acesso ou o como ultrassecreta e secreta, poderá ser delegada

8-
evento que defina seu termo final. pela autoridade responsável a agente público, vedada

86
a subdelegação.

6.
No art. 32 e seus respectivos incisos, notamos que

9
É de suma importância que, quando ocorrer a

.4
a informação da classificação de sigilo de documen- decisão dos Secretários de Estado e Procurador Geral

33
tos, dados e informações no âmbito da Administração do Estado, esta deverá ser ratificada (confirmada)

-4
Pública Estadual deverá ser realizada através de dois pela Comissão Estadual de Acesso à Informação.
meios. São eles:
O
Com relação ao art. 34, a classificação de docu-
IR
mentos, dados e informações será reavaliada pela
M
I - publicação oficial, pela autoridade máxima do autoridade classificadora ou por autoridade hierar-
A

órgão ou entidade, de tabela de documentos, dados


quicamente superior, mediante provocação ou de
R

e informações sigilosas e pessoais, que em razão de


ofício, nos termos e prazos previstos em regulamen-
E

seu teor e de sua imprescindibilidade à segurança


R

to, com vistas a sua desclassificação ou à redução do


EI

da sociedade e do Estado ou à proteção da inti-


prazo de sigilo, levando em consideração as peculia-
R

midade, da vida privada, da honra e imagem das


IF

pessoas, sejam passíveis de restrição de acesso, a ridades das informações produzidas no exterior por
autoridades ou agentes públicos.
N

partir do momento de sua produção.


LI

II - análise do caso concreto pela autoridade res- Na reavaliação deverão ser examinadas a perma-
O

ponsável ou agente público competente, e formali- nência dos motivos do sigilo e a possibilidade de danos
R

zação da decisão de classificação, reclassificação decorrentes do acesso ou da divulgação da informa-


A
K

ou desclassificação de sigilo, bem como de restri- ção. Já na hipótese de redução do prazo de sigilo da
LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


ção de acesso à informação pessoal, que conterá, informação, o novo prazo de restrição manterá, como
IE

no mínimo, os seguintes elementos: termo inicial, a data da sua produção.


C

a) assunto sobre o qual versa a informação;


A

b) fundamento da classificação, reclassificação ou


R

DA PROTEÇÃO DE DOCUMENTOS, DADOS E


G

desclassificação de sigilo, observados os critérios INFORMAÇÕES PESSOAIS


estabelecidos no artigo 31 deste decreto, bem como
da restrição de acesso à informação pessoal;
No que corresponde ao tratamento de documen-
c) indicação do prazo de sigilo, contado em anos,
meses ou dias, ou do evento que defina o seu termo tos, dados e informações pessoais, deverá ser feito de
final, conforme limites previstos no artigo 31 deste forma transparente, respeitando a intimidade, vida
decreto, bem como a indicação do prazo mínimo de privada, honra e imagem das pessoas, além de abar-
restrição de acesso à informação pessoal; car as garantias individuais.
d) identificação da autoridade que a classificou, Correspondentes aos documentos, dados e infor-
reclassificou ou desclassificou. mações pessoais, relativas à intimidade, vida privada,
honra e imagem, possuindo como base o art. 35:

Importante! 1. Terão seu acesso restrito, independentemente


de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de
No que tange o prazo de restrição de acesso, 100 (cem) anos a contar da sua data de produção, a
ele iniciará da data da produção do documento, agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa
dado ou informação. a que elas se referirem; 279
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
2. Poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso providências necessárias para que seus empregados,
por terceiros diante de previsão legal ou consenti- prepostos ou representantes observem as medidas e
mento expresso da pessoa a que elas se referirem. procedimentos de segurança das informações resul-
tantes da aplicação deste decreto.
Portanto, o indivíduo que possua o acesso às infor-
mações, poderá ser responsabilizado, se acaso, utilizá-
-lo de forma indevida. Importante!
De acordo com o § 3, art. 35, o consentimento não
será exigido quando as informações forem necessá- O acesso a documentos, dados e informações
sigilosos, originários de outros órgãos ou insti-
rias para as seguintes finalidades listadas abaixo:
tuições privadas, custodiados para fins de instru-
ção de procedimento, processo administrativo
1. À prevenção e diagnóstico médico, quando a pes-
soa estiver física ou legalmente incapaz, e para uti- ou judicial, somente poderá ser realizado para
lização única e exclusivamente para o tratamento outra finalidade se autorizado pelo agente cre-
médico; denciado do respectivo órgão, entidade ou insti-
2. À realização de estatísticas e pesquisas científi- tuição de origem.
cas de evidente interesse público ou geral, previstos
em lei, sendo vedada a identificação da pessoa a
que as informações se referirem; Segundo o art. 39, para a produção, manuseio,
3. Ao cumprimento de ordem judicial; consulta, transmissão, manutenção e guarda de docu-
4. À defesa de direitos humanos; mentos, dados e informações sigilosos, observarão
5. À proteção do interesse público e geral medidas especiais de segurança, como, por exemplo,
preponderante. a implementação de programas que visam à proteção
ao acesso dos dados.
Vale destacar que não poderá ser invocada com o Os documentos sigilosos deverão seguir algumas
intuito de prejudicar processo de apuração de irre- regras para sua expedição e tramitação, tendo que
gularidades em que o titular das informações estiver obedecer às seguintes prescrições, conforme é dispos-
envolvido, ocorrendo, assim, a restrição de acesso aos to no art. 40:

69
documentos, dados e informações relativos à vida pri-

8-
vada, honra e imagem de pessoa. I - deverão ser registrados no momento de sua pro-

86
dução, prioritariamente em sistema informatizado

6.
Dica de gestão arquivística de documentos;

9
.4
II - serão acondicionados em envelopes duplos;

33
Os documentos, dados e informações identifi- III - no envelope externo não constará qualquer indi-

-4
cados como pessoais somente poderão ser for- cação do grau de sigilo ou do teor do documento;
necidos pessoalmente, com a identificação do IV - o envelope interno será fechado, lacrado e expe-
O
dido mediante relação de remessa, que indicará,
IR
interessado.
necessariamente, remetente, destinatário, número
M

de registro e o grau de sigilo do documento;


A

Da Proteção e do Controle de Documentos, Dados e


R

V - para os documentos sigilosos digitais deverão ser


Informações Sigilosos
E

observadas as prescrições referentes à criptografia.


R
EI

O dever do controle ao acesso e a divulgação de Com isso, o Decreto, visando à proteção dos dados
R

documentos, dados e informações sigilosas, tem, como


IF

e a segurança dos usuários, estipulou que a expedi-


responsável, a Administração Pública Estadual, pos-
N

ção, tramitação e entrega de documento ultrassecreto


LI

suindo sob seu controle os órgãos e entidades, asse- deverá ser realizada por agente público credenciado,
O

gurando a proteção contra perda, alteração indevida, sendo entregue pessoalmente.


R

acesso, transmissão e divulgação não autorizados.


A

É vedada a entrega através de correspondência.


K

Conforme § 2º, art. 36, o acesso, a divulgação e o Entretanto, alguns casos demandarão atendimento ao
LI

tratamento de documentos, dados e informações, princípio da oportunidade ou, nestes, serão considera-
IE

classificados como sigilosos, ficarão restritos a dos os interesses da segurança da sociedade e do Estado,
C

pessoas que tenham necessidade de conhecê-la e podendo utilizar-se o adequado meio de criptografia.
A

que sejam devidamente credenciadas, sem prejuízo


R

Com relação à expedição dos documentos que


G

das atribuições dos agentes públicos autorizados por são reservados, esta poderá ser realizada mediante o
lei, como, por exemplo, um funcionário que seja res- serviço postal (correios ou empresa autorizada), com
ponsável pela manutenção ou atualização do sistema. opção de registro, mensageiro oficialmente designa-
Portanto, criou-se a obrigação, para aqueles que do, sistema de encomendas ou, quando for o caso,
obtém tal autorização, de resguardar restrição de mala diplomática, valendo ressaltar, novamente, que
acesso aos documentos, dados e informações classifi- poderá ser realizada por outro meio, inclusive usu-
cados como sigilosos ou identificados como pessoais. fruindo dos recursos de criptografia compatíveis com
Já as autoridades públicas adotarão as providências o grau de sigilo do documento.
necessárias para que o pessoal a elas subordinado hie-
rarquicamente conheça as normas e observe as medi- Art. 43 Cabe aos agentes públicos credenciados res-
das e procedimentos de segurança para tratamento de ponsáveis pelo recebimento de documentos sigilosos:
documentos, dados e informações sigilosos e pessoais. I - verificar a integridade na correspondência rece-
A pessoa física ou entidade privada que, em razão bida e registrar indícios de violação ou de qualquer
de qualquer vínculo com o Poder Público, execu- irregularidade, dando ciência do fato ao seu supe-
tar atividades de tratamento de documentos, dados rior hierárquico e ao destinatário, o qual informará
280 e informações sigilosos e pessoais deverá adotar as imediatamente ao remetente;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
II - proceder ao registro do documento e ao controle Art. 50 A marcação da reclassificação e da desclas-
de sua tramitação. sificação de documentos, dados ou informações
Art. 44 O envelope interno só será aberto pelo des- sigilosos obedecerá às mesmas regras da marcação
tinatário, seu representante autorizado ou auto- da classificação.
ridade competente hierarquicamente superior, Parágrafo único. Havendo mais de uma marcação,
observados os requisitos do artigo 62 deste decreto. prevalecerá a mais recente
Art. 45 O destinatário de documento sigiloso comu-
nicará imediatamente ao remetente qualquer indí- Ademais, visando assegurar o sigilo de documen-
cio de violação ou adulteração do documento. tos, dados e informações o Decreto aprovou o uso de
código, cifra ou sistema de criptografia no âmbito da
Visando, novamente, à proteção dos dados os docu- Administração Pública Estadual e das instituições de
mentos, dados e informações sigilosos, serão manti- caráter público.
dos em condições especiais de segurança, na forma do Para que circulassem fora de área ou instalação
regulamento interno de cada órgão ou entidade e de sigilosa, os documentos, dados e informações sigi-
acordo com o art. 46, as empresas que realizam a losos, produzidos em suporte magnético ou óptico,
guarda dos documentos secretos e ultrassecretos deverão, necessariamente, estar criptografados, con-
são obrigadas a utilizar de cofre forte ou estrutura forme é apresentado no art. 52.
que ofereça segurança equivalente ou superior.
Art. 53 A aquisição e uso de aplicativos de cripto-
Art. 47 Os agentes públicos responsáveis pela grafia no âmbito da Administração Pública Esta-
guarda ou custódia de documentos sigilosos os dual sujeitar-se-ão às normas gerais baixadas pelo
transmitirão a seus substitutos, devidamente con- Comitê de Qualidade da Gestão Pública - CQGP.
feridos, quando da passagem ou transferência de Parágrafo único - Os programas, aplicativos, sis-
responsabilidade. temas e equipamentos de criptografia são consi-
derados sigilosos e deverão, antecipadamente, ser
Portanto, o grau de sigilo é essencial para verificar submetidos à certificação de conformidade.
o procedimento adequado para a proteção e, com isso, é
obrigatório que seja indicado em todas as páginas do docu- Tendo como base o art. 54, aplicam-se aos progra-

69
mento, nas capas e nas cópias, se houver, pelo produtor mas, aplicativos, sistemas e equipamentos de cripto-

8-
do documento, dado ou informação, após classificação, ou grafia todas as medidas de segurança previstas neste

86
pelo agente classificador que juntar a ele documento ou Decreto para os documentos, dados e informações

6.
informação com alguma restrição de acesso. sigilosos e, também, os seguintes procedimentos:

9
.4
E se forem mistos os graus de documentos?
I - realização de vistorias periódicas, com a finali-

33
Pode ocorrer de o documento conter uma folha de
dade de assegurar uma perfeita execução das ope-

-4
grau ultrassecreto e outra folha de nível secreto ou
rações criptográficas;
reservado. Nesses tipos de casos, o documento será
O
II - elaboração de inventários completos e atualiza-
IR
tratado nos termos de seu grau de sigilo mais elevado. dos do material de criptografia existente;
M
Com relação à marcação, o documento deverá ser III - escolha de sistemas criptográficos adequados a
A

marcado em local que possibilite a leitura e permita cada destinatário, quando necessário;
R

cópias do documento, devendo ser numeradas todas IV - comunicação, ao superior hierárquico ou à


E
R

as folhas, devendo a juntada ser precedida de termo autoridade competente, de qualquer anormalidade
EI

próprio, consignando o número total de folhas acres- relativa ao sigilo, à inviolabilidade, à integridade,
R

cidas ao documento. à autenticidade, à legitimidade e à disponibilida-


IF

Ademais, é importante a análise do art. 49, que tra- de de documentos, dados e informações sigilosos
N

ta sobre a fotografia e filmes cinematográficos: criptografados;


LI

V - identificação e registro de indícios de violação


O

ou interceptação ou de irregularidades na trans-


R

Art. 49 A marcação em extratos de documentos,


A

esboços, desenhos, fotografias, imagens digitais, missão ou recebimento de documentos, dados e


K

multimídia, negativos, diapositivos, mapas, cartas informações criptografados.


LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


e fotocartas obedecerá ao prescrito no artigo 48
IE

deste decreto. Conforme § 1º, art. 54, a autoridade máxima do


C

órgão ou entidade da Administração Pública Estadual


A

§ 1º Em fotografias e reproduções de negativos sem


R

legenda, a indicação do grau de sigilo será no verso responsável pela custódia de documentos, dados e
G

e nas respectivas embalagens. informações sigilosos e detentor de material cripto-


§ 2º Em filmes cinematográficos, negativos em gráfico designará um agente público responsável
rolos contínuos e microfilmes, a categoria e o grau pela segurança criptográfica, devidamente creden-
de sigilo serão indicados nas imagens de abertura ciado, incumbindo ao agente providenciar as condi-
e de encerramento de cada rolo, cuja embalagem ções de segurança necessárias ao resguardo do sigilo
será tecnicamente segura e exibirá a classificação de documentos, dados e informações durante sua pro-
do conteúdo. dução, tramitação e guarda, em suporte magnético ou
§ 3º Os esboços, desenhos, fotografias, imagens digi- óptico, bem como a segurança dos equipamentos e
tais, multimídia, negativos, diapositivos, mapas, cartas sistemas utilizados.
e fotocartas de que trata esta seção, que não apresen-
tem condições para a indicação do grau de sigilo, serão
guardados em embalagens que exibam a classificação Importante!
correspondente à classificação do conteúdo.
As cópias de segurança de documentos,
Com relação à desclassificação e à remarcação de dados e informações sigilosos deverão ser
documentos, vejamos o que diz o art. 50: criptografadas. 281
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Já os equipamentos e sistemas utilizados para É importante destacar que compete aos agentes
a produção e guarda de documentos, dados e infor- públicos credenciados a realização da reprodução e
mações sigilosos poderão estar ligados às redes de autenticação de cópias de documentos, dados e infor-
comunicação de dados, desde que possuam sistemas mações sigilosos. Ademais, serão autorizadas e forne-
de proteção e segurança adequados, nos termos das cidas as certidões de documentos sigilosos que não
normas gerais baixadas pelo Comitê de Qualidade da puderem ser reproduzidos, integralmente, em razão
Gestão Pública – CQGP, conforme art. 55. das restrições legais ou do seu estado de conservação.
É importante destacar que caberá providenciar Vale ressaltar, que deverá ser providenciada a eli-
a descriptação, após a sua desclassificação, ao órgão minação de provas ou qualquer outro recurso que
responsável pela criptografia de documentos, dados e possam dar origem à cópia não autorizada, do todo
informações, em consonância com o art. 56. ou parte, o responsável pela preparação ou repro-
dução de documentos sigilosos.
Da Preservação e Eliminação Ademais, sempre que a preparação, impressão ou,
se for o caso, a reprodução de documentos, dados e
É importante destacar que os dados, informações e informações sigilosos forem efetuadas em tipografias,
documentos sigilosos, considerados de guarda perma- impressoras, oficinas gráficas, ou similares, essa ope-
nente, somente poderão ser recolhidos à Unidade do ração deverá ser acompanhada por agente público cre-
Arquivo Público do Estado após a sua desclassificação. denciado, que será responsável pela garantia do sigilo
No entanto, não se encaixarão, nessa regra, os docu- durante a confecção do documento, conforme art. 68.
mentos de guarda permanente de órgãos ou entidades O art. 69 do Decreto prevê disposições inerentes à
extintos ou que cessaram suas atividades. gestão de contratos:
Tendo encerrado os prazos previstos nas tabelas
de temporalidade de documentos ultrassecreto, secre- Art. 69 O contrato cuja execução implique o aces-
to e reservado, os documentos, dados e informações so por parte da contratada a documentos, dados
sigilosos de guarda temporária somente poderão ser ou informações sigilosas, obedecerá aos seguintes
eliminados após 1 (um) ano, a contar da data de sua requisitos:
desclassificação, a fim de garantir o pleno acesso às I - Assinatura de termo de compromisso de manu-

69
informações neles contidas, conforme art. 59. tenção de sigilo;

8-
II - O contrato conterá cláusulas prevendo:

86
Art. 60 A eliminação de documentos dados ou infor- a) obrigação de o contratado manter o sigilo relati-

6.
mações sigilosas em suporte magnético ou ótico que vo ao objeto contratado, bem como à sua execução;

9
b) obrigação de o contratado adotar as medidas de

.4
não possuam valor permanente deve ser feita, por
segurança adequadas, no âmbito de suas ativida-

33
método que sobrescreva as informações armazena-
des, para a manutenção do sigilo de documentos,

-4
das, após sua desclassificação, se acaso não estiver
ao alcance do órgão a eliminação, deverá ser pro- dados e informações aos quais teve acesso;

O
videnciada a destruição física dos dispositivos de c) identificação, para fins de concessão de creden-
IR
armazenamento. cial de segurança, das pessoas que, em nome da
M

contratada, terão acesso a documentos, dados e


A

informações sigilosos.
R

Da Publicidade dos Atos Administrativos


E
R

Para que isso ocorra, os órgãos contratantes da


EI

A publicação de atos administrativos referentes a


Administração Pública Estadual fiscalizarão o cum-
R

documentos, dados e informações sigilosos poderá ser


IF

primento das medidas necessárias à proteção dos


efetuada mediante extratos, com autorização da auto-
documentos, dados e informações de natureza sigi-
N

ridade classificadora ou hierarquicamente superior.


LI

losa transferidos aos contratados ou decorrentes da


Os extratos deverão limitar-se ao seu respectivo
O

execução do contrato.
R

número, ao ano de edição e à sua ementa, redigidos


A

por agente público credenciado, de modo a não com-


K

DAS RESPONSABILIDADES
prometer o sigilo, conforme art. 61.
LI
IE

E, por fim, dependerá de autorização da autoridade


Para tratarmos das Responsabilidades, analisare-
C

classificadora ou autoridade competente hierarquica-


A

mos, primeiro, o que texto do art. 71 do Decreto em


mente superior, a publicação de atos administrativos
R

estudo.
G

que trate de documentos, dados e informações sigilo-


sos para sua divulgação ou execução.
Art. 71 Constituem condutas ilícitas que ensejam
responsabilidade do agente público:
Da Reprodução e Autenticação
I - recusar-se a fornecer documentos, dados e
informações requeridas nos termos deste decreto,
De acordo com o Os Serviços de Informações ao retardar deliberadamente o seu fornecimento ou
Cidadão – SIC dos órgãos e entidades da Administração fornecê-la intencionalmente de forma incorreta,
Pública Estadual serão responsáveis pela reprodução incompleta ou imprecisa;
total ou parcial de documentos, dados e informações II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, des-
sigilosos. Entretanto, para isso, deverá obter autoriza- truir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total
ção expressa, conforme art. 66. ou parcialmente, documento, dado ou informação
que se encontre sob sua guarda ou a que tenha
§ 1º A reprodução do todo ou de parte de documen- acesso ou conhecimento em razão do exercício das
tos, dados e informações sigilosos terá o mesmo atribuições de cargo, emprego ou função pública;
grau de sigilo dos documentos, dados e informa- III - agir com dolo ou má-fé na análise das solici-
282 ções originais tações de acesso a documento, dado e informação;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar entidade pública, facultada a defesa do interessado,
ou permitir acesso indevido ao documento, dado e no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias
informação sigilosos ou pessoal; da abertura de vista.
V - impor sigilo a documento, dado e informação para Ademais, os órgãos e entidades públicos respon-
obter proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de dem, diretamente, pelos danos causados em decor-
ocultação de ato ilegal cometido por si ou por outrem; rência da divulgação não autorizada ou utilização
VI - ocultar da revisão de autoridade superior compe- indevida de informações sigilosas ou informações
tente documento, dado ou informação sigilosos para
pessoais, cabendo a apuração de responsabilidade
beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuízo de terceiros;
funcional nos casos de dolo ou culpa, assegurado o
VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, docu-
respectivo direito de regresso, aplicando-se à pessoa
mentos concernentes a possíveis violações de direi-
física ou entidade privada que, em virtude de vínculo
tos humanos por parte de agentes do Estado.
de qualquer natureza com órgãos ou entidades, tenha
acesso à informação sigilosa ou pessoal e a submeta a
Portanto, o agente público que tiver acesso a
tratamento indevido, conforme art. 75.
documentos, dados ou informações sigilosas, nos ter-
mos deste Decreto, é responsável pela preservação
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
de seu sigilo, ficando sujeito às sanções administra-
tivas, civis e penais, em caso de eventual divulgação
não autorizada, tendo como relação o art. 72. De acordo com o art. 76, o documento, dado ou
informação sigilosos resultantes de tratados, acordos
Art. 73 Os agentes responsáveis pela custódia de ou atos internacionais, deverão seguir às regras pre-
documentos e informações sigilosos sujeitam-se às vistas no Decreto.
normas referentes ao sigilo profissional, em razão Ademais, aplica-se, no que couber, a Lei que regula
do ofício, e ao seu código de ética específico, sem o direito de acesso a informações e disciplina o rito
prejuízo das sanções legais. processual do habeas data (Lei n° 9.507, de 1997), em
relação à informação de pessoa, física ou jurídica,
Possuindo o entendimento das condutas ilíci- constante de registro ou banco de dados de entidades
tas, podemos avançar nas sanções que o Decreto nº governamentais ou de caráter público.
Além disso, o decreto, em seu art.78, apresentou a

69
58.052, de 2012, poderá aplicar, sendo elas previstas
no art. 74: competência da Secretaria de Governo, com relação

8-
ao acesso.

86
6.
Art. 74 A pessoa física ou entidade privada que

9
detiver documentos, dados e informações em vir- Art. 78 Cabe à Secretaria de Gestão Pública:

.4
tude de vínculo de qualquer natureza com o poder I - realizar campanha de abrangência estadual de

33
público e deixar de observar o disposto na Lei fede- fomento à cultura da transparência na Administra-

-4
ral nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e neste ção Pública Estadual e conscientização do direito

O
decreto estará sujeita às seguintes sanções: fundamental de acesso à informação;
IR
I - advertência; II - promover treinamento de agentes públicos no
M

II - multa; que se refere ao desenvolvimento de práticas rela-


A

III - rescisão do vínculo com o poder público; cionadas à transparência na Administração Públi-
R

IV - suspensão temporária de participar em licita- ca Estadual;


E

ção e impedimento de contratar com a Administra- III - formular e implementar política de segurança
R
EI

ção Pública Estadual por prazo não superior a 2 da informação, em consonância com as diretrizes da
R

(dois) anos; política estadual de arquivos e gestão de documentos;


IF

V - declaração de inidoneidade para licitar ou con- IV - propor e promover a regulamentação do cre-


N

tratar com a Administração Pública Estadual, até denciamento de segurança de pessoas físicas,
LI

que seja promovida a reabilitação perante a pró- empresas, órgãos e entidades da Administração
O

pria autoridade que aplicou a penalidade. Pública Estadual para tratamento de informações
R

sigilosas e pessoais.
A
K
LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


Importante! E, por fim, a Ouvidoria Geral do Estado será res-
IE

ponsável pela fiscalização da aplicação da Lei Federal


C

Atente-se ao fato de que as sanções de adver- nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e deste Decre-
A

tência, rescisão do vínculo com o poder público


R

to no âmbito da Administração Pública Estadual, sem


G

e suspensão temporária poderão ser aplicadas prejuízo da atuação dos órgãos de controle interno.
juntamente com a multa, assegurado o direito de
defesa do interessado, no respectivo processo, DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
no prazo de 10 dias, analisando a situação eco-
nômica do indivíduo e gravidade da infração. Com relação às disposições transitórias, o Decreto,
em sua atribuição, instituiu o Grupo Técnico, junto ao
Comitê de Qualidade da Gestão Pública – CQGP, visan-
O § 2º, art. 74, por sua vez, estabelece que a reabilita- do promover os estudos necessários à criação, com-
ção será autorizada somente quando o interessado efeti- posição, organização e funcionamento da Comissão
var o ressarcimento, ao órgão ou entidade, dos prejuízos Estadual de Acesso à Informação.
resultantes e após decorrido o prazo da sanção, possuin-
do, como prazo máximo, o período de 2 anos. Art. 1º [...]
No que tange ao § 3º, art. 74, a aplicação da sanção Parágrafo único. O Presidente do Comitê de Qua-
da declaração de inidoneidade para licitar ou con- lidade da Gestão Pública designará, no prazo de
tratar com a administração pública é de competên- 30 (trinta) dias, os membros integrantes do Grupo
cia exclusiva da autoridade máxima do órgão ou Técnico. 283
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GRACIELI KAROLINI FREIRE RAMIRO - 433.496.868-69, vedada, por quaisquer meios e
a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Os órgãos e entidades da Administração Pública o Judiciário e o Ministério Público, que são regulados
Estadual, por sua vez, deverão proceder à reavaliação por leis específicas.
dos documentos, dados e informações classificados d) as autarquias e fundações (excetuando-se as funda-
como ultrassecretos e secretos no prazo máximo de ções públicas).
2 (dois) anos. e) as entidades controladas direta ou indiretamente pela
Vale destacar que, enquanto não transcorrer o União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
prazo, será mantida a classificação dos documentos,
dados e informações nos termos da legislação prece- 2. (VUNESP — 2022) Cabe aos órgãos e às entidades
dente, conforme é disposto no art. 2º. do poder público, observadas as normas e os proce-
dimentos específicos aplicáveis, assegurar a prote-
ção da informação sigilosa e da informação pessoal,
Importante! observada a sua disponibilidade, autenticidade, inte-
gridade e eventual restrição de acesso. Trata-se de
Abarcando o âmbito da Administração Pública uma especificação constante da
Estadual, a reavaliação poderá ser revista, a qual-
quer tempo, pela Comissão Estadual de Acesso a) Lei Federal nº 13.709 de agosto de 2018 – Lei Geral de
à Informação. Proteção de Dados Pessoais.
b) Lei Federal nº 8.159 de 8 de janeiro de 1991 – Lei dos
Arquivos.
O Decreto apresentou, ainda, as atribuições da c) Lei Federal nº 12.527 de 18 de novembro de 2011 – Lei
autoridade máxima de cada órgão ou entidade da de Acesso à Informação.
Administração Pública Estadual, dispondo: d) Lei Federal nº 11.419 de 19 de dezembro de 2006 – Lei
da Informatização do Processo Judicial.
Art. 3º No prazo de 30 (trinta) dias, a contar da e) Lei Federal nº 12.965 de 23 de abril de 2014 – Lei
vigência deste decreto, a autoridade máxima de sobre o uso da Internet no Brasil.
cada órgão ou entidade da Administração Pública
Estadual designará subordinado para, no âmbito 3. (VUNESP — 2022) De acordo com a Lei de Acesso à
do respectivo órgão ou entidade, exercer as seguin- Informação (Lei nº 12.527, de 18/11/2011), o órgão ou

69
tes atribuições: entidade pública deverá autorizar ou conceder o aces-
I - planejar e propor, no prazo de 90 (noventa) dias, so imediato à informação disponível. Porém, não sen-

8-
86
os recursos organizacionais, materiais e humanos, do possível conceder o acesso imediato, o órgão ou
bem como as demais providências necessárias à entidade que receber o pedido deverá tomar algumas

96.
instalação e funcionamento dos Serviços de Infor- providências, dentre as quais, em prazo não superior a

.4
mações ao Cidadão - SIC, a que se refere o artigo 7º

33
deste decreto; a) 90 (noventa) dias, prorrogável por mais 30 (trinta) dias,

-4
II - assegurar o cumprimento das normas relativas indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total
ao acesso a documentos, dados ou informações,
O
ou parcial, do acesso pretendido.
IR
de forma eficiente e adequada aos objetivos da Lei b) 7 (sete) dias úteis, improrrogável, fornecer a informa-
M
Federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e des- ção solicitada.
A

te decreto; c) 120 (cento e vinte) dias, prorrogável por mais 30 (trin-


R

III - orientar e monitorar a implementação do dis- ta) dias, informar as providências que vêm sendo rea-
E

posto na Lei Federal nº 12.527, de 18 de novembro


R

lizadas visando à localização da informação.


EI

de 2011, e neste decreto, e apresentar relatórios d) 30 (trinta) dias úteis, comunicar que não possui a
R

periódicos sobre o seu cumprimento; informação solicitada.


IF

IV - recomendar as medidas indispensáveis à imple- e) 20 (vinte) dias, comunicar a data, local e modo para
N

mentação e ao aperfeiçoamento das normas e pro- se realizar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a
LI

cedimentos necessários ao correto cumprimento do certidão.


O

disposto neste decreto;


R

V - promover a capacitação, o aperfeiçoamento e a


A

4. (VUNESP — 2022) De acordo com a Lei nº 12.527, de18


K

atualização de pessoal que desempenhe atividades


de novembro de 2011, o tratamento das informações
LI

inerentes à salvaguarda de documentos, dados e


pessoais deve ser feito de forma transparente. Segun-
IE

informações sigilosos e pessoais.


do o art. 31 dessa norma, as informações pessoais,
C
A

relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem,


R

terão acesso restrito a agentes públicos legalmente


G

autorizados, pelo prazo máximo de


HORA DE PRATICAR!
a) 100 anos, mas poderão ser divulgadas com autorização
1. (VUNESP — 2022) A Lei nº 12.527, de 18/11/2011, da pessoa a que se referirem antes de findo esse prazo.
conhecida como Lei de Acesso à Informação, dispõe b) 50 anos, para informações pessoais classificadas
sobre os procedimentos a serem observados com o como informação ultrassecreta.
objetivo de garantir esse acesso. Subordinam-se ao c) 15 anos, quando a pessoa tiver uma função pública, caso
regime desta Lei, por exemplo, em que são classificadas de informações secretas.
d) 10 anos, após o falecimento, para divulgar ações de
a) as empresas públicas ou privadas, com ou sem con- servidores do Serviço Nacional de Informação (SNI).
trole direto ou indireto da União, Estados, Distrito Fede- e) 5 anos, para revelar teor do voto de parlamentares em
ral e Municípios. sessões classificadas como reservadas.
b) as empresas públicas, excetuando-se as sociedades
de economia mista. 5. (VUNESP — 2022) A pessoa física ou entidade priva-
c) os órgãos públicos integrantes da administração dire- da que detiver informações em virtude de vínculo de
284 ta dos Poderes Executivo e Legislativo, não incluindo qualquer natureza com o poder público, e deixar de
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
observar o disposto na Lei de Acesso à Informação e) Ele visa garantir os direitos fundamentais do cidadão
(Lei nº 12.527, de 18/11/2011), estará sujeita a san- brasileiro, que não podem ser restringidos em nenhu-
ções, dentre as quais, ma hipótese.

a) rescisão do vínculo com o poder público, multa e 9. (VUNESP — 2021) Assinale a alternativa correta sobre
prisão temporária de 30 (trinta) dias, prorrogável em o mandado de segurança.
caso de não pagamento da multa.
b) impedimento definitivo e permanente de contratar com a) Não cabe mandado de segurança contra atos praticados
a administração pública, não sendo possível a sua rea- pelos administradores de empresas públicas, de socie-
bilitação perante a autoridade que aplicou a penalidade. dade de economia mista e de concessionárias de servi-
c) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar ço público, salvo contra os atos de gestão comercial.
com a administração pública, até que seja promovida b) Não se concederá mandado de segurança, entre
a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou outras hipóteses, quando se tratar de ato do qual caiba
a penalidade. recurso administrativo com ou sem efeito suspensivo,
d) advertência, multa de até 100 (cem) salários mínimos independentemente de caução.
e prisão, em caso de não pagamento da multa. c) Na hipótese de ser concedida liminar, os seus efeitos,
e) suspensão temporária de participar em licitação e salvo se revogada ou cassada, persistirão até o trânsi-
impedimento de contratar com a administração públi- to em julgado da decisão.
ca por prazo não superior a 10 (dez) anos. d) Não se concederá mandado de segurança que tenha
por objeto, entre outros casos, a compensação de
6. (VUNESP — 2022) Assinale a alternativa que diz res- créditos tributários e a entrega de mercadorias e bens
peito à modalidade de eficácia de princípio que propõe provenientes do exterior.
se possa exigir do Judiciário a invalidade da revoga- e) A sentença deverá ser necessariamente proferida em
ção de normas que, regulamentando o princípio, con- 30 (trinta) dias e, se concedida a segurança, pode ser
cedam ou ampliem direitos fundamentais, sem que executada provisoriamente, e estará sujeita obrigato-
a revogação em questão seja acompanhada de uma riamente ao duplo grau de jurisdição.
política substitutiva ou equivalente.
10. (VUNESP — 2022) Segundo a Constituição Federal,

69
sempre que a falta de norma regulamentadora torne

8-
a) Simétrica.
inviável o exercício dos direitos e liberdades constitu-

86
b) Diferida.
cionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade,

6.
c) Interpretativa.

9
à soberania e à cidadania, conceder-se-á
d) Preceptiva.

.4
33
e) Vedativa do retrocesso.
a) o mandado de segurança.

-4
b) o habeas data.
7. (VUNESP — 2021) Considerando o disposto na Cons-
O
c) a ação civil pública.
tituição Federal, assinale a alternativa que aponta uma
IR
d) o habeas corpus.
situação que, em tese, viola um dos direitos ou garan-
M

e) o mandado de injunção.
A

tias individuais do cidadão brasileiro.


R
E

11. (VUNESP — 2022) Nos termos da Constituição Fede-


a) Ordem emanada de juiz que determina à polícia que
R

ral, assinale a alternativa correta.


EI

seja efetuada a escuta telefônica de réu em processo


R

civil de reparação de danos.


IF

a) Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social


b) Ordem de prisão civil por dívida do responsável pelo
terá direito a uma renda básica familiar, garantida pelo
N

inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação


LI

poder público em programa permanente de transfe-


alimentícia.
O

rência de renda, cujas normas e requisitos de acesso


R

c) Policial, sem mandado judicial, adentra em domicílio, serão determinados em lei, observada a legislação fis-
A

durante à noite, sem consentimento do morador, para


K

cal e orçamentária.
efetuar prisão em flagrante.
LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


b) Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qual-
d) Mandado judicial de prisão cumprido por policiais
IE

quer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos


C

civis às 9h00 dentro da residência do réu. estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do


A

e) Suspensão das atividades de associação civil, de fins direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e
R

lícitos, por decisão judicial, em caráter liminar.


G

à propriedade, entre outros, no termo seguinte: é livre


a manifestação do pensamento, sendo autorizado o
8. (VUNESP — 2021) Assinale a alternativa correta no anonimato.
tocante ao direito à informação previsto na Constitui- c) Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social
ção Federal. terá direito a uma renda básica familiar, garantida pelo
poder público em programa temporário de transfe-
a) É um direito que pode ser exercido pelo cidadão brasi- rência de renda, cujas normas e requisitos de acesso
leiro, sendo, contudo, vedado aos estrangeiros. serão determinados por decretos e regulamentos do
b) A recusa em prestar a informação solicitada pode Poder Executivo.
gerar responsabilidade ao servidor público. d) Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qual-
c) Ele pode ser exercido para obter informação de inte- quer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
resse pessoal, mas não quando a informação é de estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
interesse coletivo. direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
d) A solicitação da informação depende do pagamento propriedade, entre outros, no termo seguinte: é plena a
da respectiva taxa, que, se não for paga, pode gerar a liberdade de associação para fins lícitos, autorizando-
recusa da sua prestação. -se a de caráter paramilitar. 285
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a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
e) Todo brasileiro, estando ou não em situação de vul- a) os analfabetos e os militares alistáveis.
nerabilidade social, terá direito a uma renda básica b) os estrangeiros e os conscritos, durante o serviço mili-
familiar, garantida pelo poder público em programa tar obrigatório.
permanente de transferência de renda, cujas normas c) os estrangeiros naturalizados e os condenados por
e requisitos de acesso serão determinados em lei. sentença judicial.
d) os militares alistáveis e o cônjuge do Presidente da
12. (VUNESP — 2022) Quanto aos direitos sociais previs- República.
tos no art. 7º da Constituição Federal de 1988, é corre- e) o cônjuge e os parentes consanguíneos e afins, de
to afirmar que Governadores e Prefeitos, no território nacional.

a) cabe à legislação infraconstitucional, observadas as 16. (VUNESP — 2022) Os partidos políticos adquirem per-
regras de competência, a disciplina da extensão aos sonalidade jurídica:
servidores públicos civis dos direitos sociais estabele-
cidos no art. 7º do Texto Constitucional. a) com o registro civil como pessoa jurídica de direito pri-
b) a Constituição não prevê o direito ao seguro-desem- vado na forma da lei civil.
prego, em caso de desemprego involuntário, mas ape- b) com o registro no Tribunal Superior Eleitoral como
nas a legislação infraconstitucional. pessoa jurídica de direito público interno.
c) é constitucional lei que vincule o valor do salário míni- c) após a conjugação de dois requisitos, quais sejam,
mo nacional à variação do preço da gasolina nos pos- com o registro na forma da lei civil e registro no Tribu-
tos de combustíveis. nal Superior Eleitoral.
d) o rol de garantias do art. 7º da Constituição exaure a d) como pessoa jurídica de natureza mista, independen-
proteção jurídica aos direitos sociais. temente de qualquer registro.
e) viola a Constituição o estabelecimento de remunera-
ção inferior ao salário mínimo para as praças presta- 17. (VUNESP — 2022) Sobre os partidos políticos, é corre-
doras de serviço militar inicial. to afirmar, com base na Constituição Federal, que

13. (VUNESP — 2022) Suponha que Josh e Mary, casa- a) os partidos políticos, após adquirirem personalidade
dos, cidadãos americanos, estavam de férias no Brasil jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatu-

69
quando, devido a uma intercorrência médica, Mary deu tos na Junta Comercial.

8-
à luz prematuramente ao seu filho Brad. Considerando b) é facultada aos partidos a celebração de coligações

86
o disposto na Constituição Federal, é correto afirmar partidárias nas eleições proporcionais.

6.
que Brad c) somente terão direito a recursos do fundo partidário e

9
.4
acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei,

33
a) é brasileiro naturalizado e poderá perder sua natura- os partidos políticos que tiverem elegido pelo menos

-4
lização em virtude da prática de atividade nociva ao quinze deputados federais.

O
interesse nacional. d) não estão os partidos obrigados à vinculação entre as
IR
b) no futuro poderá se candidatar para o cargo de Pre- candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital
M

sidente e Vice-Presidente da República Federativa do ou municipal.


A

Brasil. e) os parlamentares que se desligarem do partido pelo


R

c) é brasileiro naturalizado e no futuro poderá ocupar o qual tenham sido eleitos perderão, em qualquer situa-
E
R

cargo de Presidente da Câmara dos Deputados. ção, o respectivo mandato.


EI

d) deve ser considerado como brasileiro nato, mas não


R

poderá ocupar o cargo de oficial das Forças Armadas, 18. (VUNESP — 2022) Quanto ao regramento constitucio-
IF

pois seus pais são estrangeiros. nal sobre a Administração Pública, assinale a alterna-
N

e) apenas será considerado brasileiro após residir por tiva correta.


LI
O

um ano ininterrupto no Brasil e comprovar que tem


R

idoneidade moral. a) Os cargos, empregos e funções públicas no Brasil não


A

são acessíveis aos estrangeiros.


K

14. (VUNESP — 2022) Rômulo se tornou brasileiro naturali- b) As funções de confiança serão exercidas, preferencial-
LI
IE

zado no ano de 2012 e cometeu crime de estupro no ano mente, por servidores ocupantes de cargo de carreira
C

de 2013 quando residia na Itália. E Remo é cidadão chi- técnica ou profissional.


A

leno, residente no Brasil, mas que havia sido condenado c) Os cargos em comissão serão exercidos exclusiva-
R
G

no ano de 2015 em seu país por crime político. No ano de mente por servidores ocupantes de cargo efetivo.
2021, a Itália e o Chile apresentaram ao Estado brasileiro, d) O direito de greve será exercido nos termos e nos limi-
pelas vias adequadas, os respectivos pedidos de extra- tes definidos em lei complementar.
dição de Rômulo e Remo. Considerando o disposto na e) A remuneração dos servidores públicos somente
Constituição Federal sobre a extradição, é correto afirmar, poderá ser fixada por lei específica.
nessa situação hipotética, que
19. (VUNESP — 2022) A segurança pública, de acordo com
a) ambos poderão ser extraditados. a Constituição Federal, é exercida para a preservação
b) nenhum deles poderá ser extraditado. da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
c) Rômulo não poderá ser extraditado, mas Remo, sim. patrimônio, por intermédio, dentre outros, das
d) Rômulo poderá ser extraditado, mas Remo, não.
e) Rômulo não poderá ser extraditado, mas Remo, sim, a) polícias civis, a quem cabe exercer as funções de polí-
se a decisão condenatória for homologada no Brasil. cia marítima, aeroportuária e de fronteiras.
b) polícias militares, a quem cabe exercer as funções de
15. (VUNESP — 2022) De acordo com a Constituição polícia judiciária, inclusive da União.
286 Federal, são inelegíveis:
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c) guardas municipais, responsáveis pela educação, b) Os recursos correspondentes às dotações orçamen-
engenharia e fiscalização de trânsito. tárias, exceto os créditos suplementares e especiais,
d) polícias penais, responsáveis pela segurança dos destinados ao Poder Legislativo serão entregues até o
estabelecimentos penais. dia 20 de cada mês, em duodécimos.
e) polícias rodoviárias dos Estados, que exerce o patru- c) A concessão de aumento de remuneração pelos
lhamento ostensivo das rodovias federais. órgãos e entidades da administração indireta só pode-
rá ocorrer se houver prévia dotação orçamentária.
20. (VUNESP — 2022) Consta da Constituição do Estado d) Os recursos financeiros, provenientes da exploração
de São Paulo que de gás natural, que couberem ao Estado, estão condi-
cionados à aplicação na construção, desenvolvimento
a) é vedada a publicidade de qualquer natureza, fora do e manutenção do sistema estadual de gás canalizado.
território do Estado, para fins de propaganda do turis- e) A despesa de pessoal inativo não ficará sujeita aos limi-
mo estadual. tes da lei complementar de responsabilidade fiscal.
b) o direito à livre associação sindical é garantia do servi-
dor público civil. 24. (VUNESP — 2022) Quanto aos orçamentos públicos,
c) a administração é obrigada a fornecer a qualquer cida- assinale a alternativa que atende aos comandos da
dão, no prazo máximo de 5 dias, certidão de atos, con- Constituição do Estado de São Paulo.
tratos, decisões ou pareceres.
d) a revisão geral anual da remuneração dos servidores a) A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá o orça-
públicos far-se-á em índices distintos entre civis e
mento fiscal referente aos Poderes do Estado, seus
militares.
fundos, órgãos e entidades da administração direta e
e) é obrigatória a declaração pública de bens antes da
indireta.
posse e depois do desligamento, dos servidores públi-
cos civis e militares. b) Leis de iniciativa do Poder Legislativo estabelecerão o
plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orça-
mentos anuais.
21. (VUNESP — 2022) Nos moldes do que dispõe expres-
samente a Constituição do Estado de São Paulo, se c) A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá as
um servidor público tiver sua capacidade de trabalho diretrizes, objetivos e metas da administração pública
reduzida em decorrência de acidente de trabalho ou estadual para as despesas relativas aos programas de

69
doença do trabalho, ele duração continuada.

8-
d) A lei orçamentária será acompanhada de demons-

86
a) terá garantida a sua transferência para locais ou ativi- trativo dos efeitos decorrentes de isenções, anistias,

6.
remissões, subsídios e benefícios de natureza finan-

9
dades compatíveis com sua situação.

.4
b) deverá ser aposentado por invalidez, com proventos ceira, tributária e creditícia.

33
proporcionais ao tempo de serviço. e) O Governador enviará à Assembleia Legislativa, nos

-4
c) deverá ser aposentado por invalidez, com proventos prazos estabelecidos pela Constituição Estadual, a lei
dispondo sobre o plano plurianual, a lei de diretrizes
O
integrais correspondentes ao seu cargo. IR
d) passará a receber parte dos seus vencimentos por meio orçamentárias e a lei orçamentária para o exercício
M

de auxílio-saúde a ser pago pela Previdência do Estado. subsequente.


A

e) será readaptado em outro cargo, compatível com sua con-


R

dição, com vencimentos proporcionalmente reduzidos. 25. (VUNESP — 2022) A Constituição do Estado de São
E
R

Paulo, ao tratar da fiscalização contábil, financeira e


EI

22. (VUNESP — 2021) É correto afirmar sobre a Polícia orçamentária do Estado, das entidades da adminis-
R

Militar, com base na Constituição do Estado de São tração direta e indireta e das fundações instituídas ou
IF

Paulo, que mantidas pelo Poder Público, estabelece que


N
LI

a) lhe incumbe, ressalvada a competência da União, as fun-


O

a) a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, ope-


R

ções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais. racional e patrimonial do Estado, das entidades da
A

b) a remoção de integrante da carreira de soldado da Polícia administração direta e indireta será exercida, exclusi-
K

Militar somente poderá ocorrer mediante pedido do inte- vamente, pela Assembleia Legislativa.
LI

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


ressado ou manifestação favorável da Casa Militar.
IE

b) o Tribunal de Contas do Estado decidirá sobre presta-


c) o Comandante-Geral da Polícia Militar será nomeado
C

ção anual de contas da administração financeira dos


dentre oficiais da ativa ou da reserva, ocupantes dos dois
A

Municípios, exceto a dos que tiverem Tribunal próprio.


R

últimos postos do Quadro de Oficiais Policiais Militares.


c) o Tribunal de Contas prestará suas contas, anualmen-
G

d) aos soldados é assegurada independência funcional


te, à Assembleia Legislativa, no prazo de sessenta
pela livre convicção nos atos de polícia ostensiva,
dias, a contar da abertura da sessão legislativa.
cabendo-lhes definir discricionariamente o procedi-
mento mais apropriado em cada situação. d) os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário pode-
e) ao Corpo de Bombeiros, além das atribuições defini- rão manter, de forma integrada, sistema de controle
das em lei, incumbe a execução de atividades de defe- interno com a finalidade de avaliar o cumprimento das
sa civil. metas previstas no plano plurianual.
e) os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem
23. (VUNESP — 2022) Assinale a alternativa que está de conhecimento de qualquer irregularidade, ilegalidade,
acordo com o regramento estabelecido pela Constitui- ou ofensa aos princípios do art. 37 da Constituição
ção do Estado de São Paulo para as finanças públicas. Federal, dela darão ciência a Assembleia Legislativa.

a) A criação de cargos ou a alteração de estrutura de car-


reiras, pelas fundações instituídas ou mantidas pelo
Poder Público, dispensam prévia dotação orçamentária.
287
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9 GABARITO

1 E

2 C

3 E

4 A

5 C

6 E

7 A

8 B

9 E

10 E

11 A

12 A

13 B

14 B

15 B

69
16 A

8-
86
17 D

96.
18 E

.4
33
19 D

-4
20 B
O
IR
21 A
M
A

22 E
R
E

23 C
R
EI

24 C
R
IF

25 C
N
LI
O
R
A

ANOTAÇÕES
K
LI
IE
C
A
R
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288
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