Você está na página 1de 50

A

SO

T
O
D
R

E
A E
C
LL

R N
Y IE

C
O N
R A
D

N
. -
R
.D IO

O
F V
O

C
R
P F
– –
II

A
E
N

I
A
IR IO

S
L E LC
A
SI

E
A –
R IA

O
B
A N

P
R Â
U IV
T D
A E
R –
E
IT K
L IC
R
E
“Poesia concreta: produto de uma evolução crítica de
formas dando por encerrado o ciclo histórico do verso
(unidade rítmico-formal), a poesia concreta começa por
tomar conhecimento do espaço gráfico como agente
estrutura. espaço qualificado: estrutura espácio-temporal,
em vez de desenvolvimento meramente temporístico-
linear, daí a importância da idéia de ideograma, desde o seu
sentido geral de sintaxe espacial ou visual, até o seu sentido
específico de método de compor baseado na justaposição
direta – analógica, não lógico-discursiva – de elementos.”

(PIGNATARI, Décio,CAMPOS, Aroldo, CAMPOS, Augusto. Plano-


Piloto para poesia Concreta. Noigrandes n⁰4, São Paulo, 1958)
“Um
“Umcoup
coupde dedés
désjamais
jamais
n’abolira
n’aboliralelehasard”
hasard”
(MALLARMÉ,
(MALLARMÉ,Stéphane.
Stéphane.1897)
1897)

“Primeiro poema em que


a comunicação não se faz
no nível do tema, mas da
própria estrutura verbo-
visual”
(BOSI, Alfredo.1970) ““
“ O movimento emerge em plena década de 50 e desde sempre se
constituiu num problematizador de questões culturais, não só no
Brasil, como também numa visada internacionalista- passando por
Estados Unidos e Europa, atingindo as plagas do Oriente [...]”
(NASCIMENTO, Evando. Uma poética de tradu/ição. p.39)

“Um estrutura rompendo com os parâmetros da discursividade


tradicional. Não mais sintaxe gramatical e sua lógica coercitiva. Não
os dogmas da metrificação. Mas sim um sintaxe estrutural, cuja
regra única é a possibilidade infinita de combinações de elementos
por justaposição”
(Idem. p.42)

“Se fosse preciso escolher uma palavra para resumir a teoria da


poesia concreta esta seria radicalidade”
(Ibid. p.40)
• “A poesia concreta, ou Concretismo, impôs-se, a partir de
1956, como a expressão mais viva e atuante da nossa
vanguarda estética.” (BOSI, Alfredo.1970)

• Haroldo de Campo, Décio Pignatari, Augusto de Campos

• Pontos de ligação com o formalismo de 45

• Antologias de Noigrandes

• Plano Piloto para a poesia Concreta


TA
E
E
D

R
O
ST

A C
U
G

D N
U
A
,
O

A CO
P

I
M
A
C

R
E
D

O A
O

I
LD

E
O

S
R
A

T E
H
I,
R

O
TA
A
N 60

P
IG 19
P -
I O S
C PO
É
D AM
C
“A verdade é que as “subdivisões prismáticas da Idéia”
de Marllamé, o método ideogrâmico de Pound, a
apresentação “verbi-voco-visual” joyciana e a mímica
verbal de Cummings convergem para um novo conceito
de composição, para uma nova teoria de forma ---um
organograma --- onde noções tradicionais como
princípio-meio-fim, silogismo, verso, tendem a
desaparecer e ser superadas por uma organização
poético-gestaldiana, poético-musical, poético-
ideogrâmica da estrutura.”
(CAMPOS, Augusto, p.25)
“Quando surge a poesia Processo
escrita as malhas sociais Mallarmeano
já começaram a
emaranhar-se, e o poeta •Emprego de tipos
vê reduzindo-se seu diversos
auditório, até que suas
excogitações poéticas se
•Posição das linhas
transformem no
monólogo dos dias tipográficas
atuais.”
•Espaço Gráfico
(PIGNATARI,Décio,p.11)
•Uso especial da
folha

(PIGNATARI, Décio)
Poesia e paraíso
perdido

“A arte da poesia •Influência da música


implica a idéia de
progresso, não no •Cultomorfológico
sentido de hierarquia
de valor, mas no de •Arte, “coisa viva”
metamorfose
vetoriada, de
transformação
qualitativa, de A obra de arte
culturmorfologia: aberta
“‘make it new’”
• Concepções de
(CAMPOS,Haroldo,p.26)
estrutura
pluridividida ou
capitalizada

• Noção visual de
espaço gráfico

(CAMPOS, Augusto,1970)
POESIA CONCRETA E O MOVIMENTO

“A atitude crítica do concretismo o leva a absorver as


preocupações das demais correntes artísticas,
buscando superá-las pela empostação coerente,
objetiva, dos problemas. Todas as manifestações
visuais o interessam. [...] Uma arte geral da
linguagem, propaganda impressa, rádio, televisão,
cinema, uma arte popular. A importância do olho na
comunicação mais rápida: desde os anúncios
luminosos até às histórias em quadrinhos.”
(PIGNATARI, Décio, P.40/41)
POESIA CONCRETA E A PALAVRA

“ O poeta concreto não volta a face às palavras, não lhes


lança olhares oblíquos: vai direto ao seu centro, para
viver e vivificar a sua facticidade.[...] Contra a
organização sintática perspectivista, onde as palavras
vêm sentar-se como “ cadáveres em banquete”, a poesia
concreta opõe um novo sentido de estrutura, capaz de,
no momento histórico, captar, sem desgastes, ou
regressão, o cerne da experiência humana poetizável.”

(CAMPOS, Augusto, p.44)


POESIA CONCRETA E A FORMA
“A poesia como invenção de formas, sente a s mesmas
premências que as outras artes afins: música e pintura. A
melodia na música, a figura na pintura, o discurso-
conteudístico-sentimental na poesia são fósseis gustativos que
nada mais dizem à mente contemporânea.[...] Dizemos que
poesia concreta visa como nenhuma outra a comunicação. Não
nos referimos, porém, à comunicação-signo, mas à
comunicação de formas. A presensificaçao do objeto verbal,
direta, sem biombos se subjetivismos encantatórios ou de
efeito cordial. Não há cartão de visitas para o poema: há o
poema.”
(CAMPOS, Augusto, p.49/50)
(CAMPOS , Haroldo. Nascemorre.1958)
EXPOSIÇÃO NACIONAL DE ARTE CONCRETA
“Este foi o primeiro confronto nacional de artes de
vanguarda realizado no país, tanto no que se refere às
artes visuais como à poesia concreta: este fato é de
grande importância para o público, que assim teve a
oportunidade de entrar em contato com todo um
pensamento visual em marcha, com suas hesitações e
arrancadas, mas perseguindo objetivos comuns, que se
traduzem, em última análise, pela liquidação da trôpega
tradição expressionista da arte moderna brasileira ( a
abstrata inclusive).”
(PIGNATARI, Décio, p.58)
CONCRETISMO NA PINTURA DE VOLPI

(VOLPI, Alfredo. Fachada com bandeirinhas, 1950, Têmpera sobre tela, Acervo Particular)
(VOLPI, Alfredo. Xadrez Branco e Vermelho, 1950,óleo sobre tela, Acervo Particular)

“Volpi, além do mais, é um dos raros artistas brasileiros que não só não decaiu
depois dos 40, mas teve a sábia e justa coragem de dar um belíssimo “ salto
qualitativo” em plena maturidade. Por tudo isto, os concretistas, que empenhados
justamente na fundação de uma tradição do rigor para a cultura brasileira forma
entre os primeiros a chamar a atenção para o “caso” Volpi, consideram-no não
somente o maior pintor brasileiro, mas entre os grandes num confronto
internacional.”
(PIGNATARI, Décio, p.61)
“ Como não está ligado à comunicação de conteúdos e usa a
palavra (som, forma visual, cargas de conteúdo) como material de
composição e não como veículo de interpretações do mundo
objetivo , sua estrutura é seu verdadeiro conteúdo”
(CAMPOS, Haroldo,p.73)

“O que um leitor de um poema concreto precisa saber é que uma


dada conotação será lícita num plano exclusivamente material [...]
Qualquer outra ‘demarrage’ catártica, qualquer outro desvio
subjetivista, é alheio ao poema.”
(Idem,p.74)
ESTRUTURA ESPAÇO-TEMPORAL

“A poesia concreta ,
ao buscar um
instrumento que a
traga para junto das
coisas, uma linguagem
que tenha, sobre a
poesia de tipo verbo-
discursivo, a
superioridade de
envolver, além de uma
estrutura temporal,
uma dimensão
espacial, ou mais
exatamente, que
opere espaço-
temporalmente.”

(CAMPOS,Haroldo,p.72)

(GRUNEWALD, José Lino, 1960)


“[...] caminhos
promissores enquanto
rompem as barreiras
tradicionais entre as
artes sonoras e as
artes plásticas, e
convergem para uma
percepção mais rica
do todo
espaciotemporal em
que está imersa nossa
sensibilidade.”

(BOSI,Alfredo,1970,p.515) “Por outro lado: a


abolição sistemática do
ritmo frásico resulta de
uma atitude rija e
unilateral. A fala
humana é normalmente
modulada, e os metros,
fixos ou livres, não
“A simples leitura nasceram do arbítrio
mental será tanto mais acadêmico, mas são
rica quanto mais possibilidades musicais
próxima se colocar da da linguagem”
previsão dos efeitos
de uma tal (BOSI,Alfredo,1970,p.515)
vocalização”

(CAMPOS, Haroldo. P.80 )


(AZEREDO, Ronaldo. 1957)
POEMAS CONCRETOS

(https://www.youtube.com/watch?v=yC3e7rmSYM4)
“As artes visuais encontraram na arquitetura e no urbanismo,
bem como no desenho industrial, no cinema, na propaganda,
um vasto campo possível de aplicações, enquanto, por
urgência de uma comunicação mais rápida e incisiva - mais
econômica - a nossa época se colocava sob o signo da
comunicação não-verbal. A música nova, eletrônica, já
começa a ser introduzida no cinema, na televisão e no rádio,
para efeitos de sonoplastia. A poesia concreta, por recente,
apenas principia a entrever possibilidades utilitárias na
propaganda, nas artes gráficas, no jornalismo.”

(PIGNATARI, Décio, p.109)


"Velho ou novo, florescente ou
"O material da poesia concreta é a decadente, o que é importante na
linguagem; seu motivo, ou modelo, história do poema em forma de
comumente a fala discursiva, mas o coisa é a sua significação como
que é criado não é o discurso real - forma: sua contribuição básica para
o que é criado é uma aparição a re-crição sem fim da arte
composta e ordenada de uma nova poética."
experiência humana." (BOLTENHOUSE, apud , P.131)
(SCRIBNER, Charles ,1957, apud p.148)

“Tudo isto não indica outra coisa


senão que: a vontade de construir
superou a vontade de expressar, ou
de se expressar.”

(PIGNATARI, Décio, P.125)

(GRUNEWALD, José Lino, 1960)


TEMPERATURA INFORMACIONAL DO TEXTO
“Temperatura informacional do texto. Convencionando-se como 1 o limite
mais alto da temperatura informacional do texto, ela será num texto dado,
tanto maior quanto mais próxima de 1. “as palavras disponíveis são bem
empregadas, pois mesmo as palavras raras são utilizadas com frequências
apreciáveis”. Temperatura baixa por outro lado, ocorre quando “as palavras
são mal empregadas, pois as palavras raras são extremamente raras”.
(CAMPOS , Haroldo.p.136)
“Assim, serão especifico da realização de ordem estética e não
exclusivamente linguístico-estatisiticas que envolverão a necessidade de
um teor mais alto ou mais baixo, máximo ou mínimo, na temperatura
informacional de um dado texto artístico.”

(Idem.p.137/138)
ABORDAGEM DO PRODUTO ESTÉ TICO
“A poesia concreta pretende criar novas reações
semânticas para a abordagem do produto estético, e se
isto não se faz de um dia para o outro, face ao lastro
negativo das convenções e dos interesses contrariados,
não há dúvida de que o produto concreto , mesmo para
aqueles que não o aceitam como poesia, já se comunica
na própria medida em que se dá esse repúdio e nas
próprias associações que provoca com o mundo de
realidades cotidianas, cinema, televisão, técnicas da
imprensa, propaganda, etc, que nos cerca.”
(CAMPOS , Haroldo.p.136)
INFORMAÇÃ O ESTÉ TICA
“ Assim, serão especifico da realização de ordem estética e não
exclusivamente linguístico-estatisiticas que envolverão a necessidade de
um teor mais alto ou mais baixo, máximo ou mínimo, na temperatura
informacional de um dado texto artístico.”
(CAMPOS, Haroldo, p.137/138)

CONTEXTO DE UMA VANGUARDA


“A poesia concreta fala a linguagem do homem de hoje. Livra-se do
marginalismo artesanal, da elaborada linguagem discursiva e da alienação
metafórica que transformaram a leitura da poesia em nosso tempo.”

(Ibid,p.152)
(GRUNEWALD, José Lino, 1960)
de sol a sol
soldado
de sal a sal
salgado
de sova a sova
sovado
de suco a suco
sugado
de sono a sono
sonado
sangrado
de sangue a sangue

(CAMPOS, Haroldo)
GREVE, DE AUGUSTO CAMPOS

(https://www.youtube.com/watch?v=VLu9Kx5whqA&feature=youtu.be )
IA
ES
O
P IA
T I G
N
A O FA
,
A OP Poesia concreta:
SI
E T R
O
P AN Memória e
E desmemória

(CAMPOS, Augusto.1975)
AS CARTAS DE FERREIRA GULLAR E
AUGUSTO DE CAMPOS
“Gostaria de comentar acerca de tuas experiências, mas talvez isso se
fizesse mais fácil para mim se me desses uma explicação detalhada e
precisa do que pretendes. Era possível mesmo agora, opinar. Mas tenho
trabalhado demais e não sobra tempo para pensar, organizar as impressões
das várias leituras que fiz dos poemas. Explica-me: as relações da
experiência com a música; a função da cor; o critério das variações das
cores, etc. espero.”
(p.59)

“ Dizer apenas que criticou os poemas, considerando-os “ uma experiência


interessante mas frustrada”, não dá nem de leve, a medida de quão
interessada foi por ele julgada a experiência; a ponto de o meu interlocutor
escrever que o problema fundamental da nova poesia lhe parecia expresso
em tais poemas e manifestar por ele “o maior respeito”. É dizer pouco, para
não dizer nada.”
(p.60)
TEMA
“Talvez se você usasse menos temas em cada poema,
simplificando-lhes assim a estrutura, você possibilitaria maior
desenvolvimento ao tema principal, dando-lhe tempo para existir e
para, assim segurar, como uma viga mestra, a totalidade do
poema.”

PALAVRA
(p.61)

“Eis por desligar a palavra de qualquer de seus elementos é mata-


la, é fazê-lo um simples ser ótico ou auditivo, é atira-la ao mundo
da pintura ou da música. A poesia depende de que se mantenha de
qualquer maneira, a unidade desses três elementos.”

SINTAXE (p.62)

“Creio ser a sintaxe, que é o elemento principal da linguagem


discursiva, o ponto crucial, o problema fundamental da nova poesia.”
(p.63)
FERREIRA GULLAR - CONCEITOS DE POESIA

(https://www.youtube.com/watch?v=Ys4OxQOPXtQ)
O:
Ç Ã
U /I A
T
A D CR E
R
T C O N
A
D OE S IA

C A AP
TI A N 02
É IC - 20
PO CRÍ ento
T
Clique no ícone para adicionar uma imagem
A A E c im
U M R I Nas
E O o
T nda
Ev
ISOMORFISMO
“[...]poemas falando de pássaros, ou linhas oblíquas significam a
chuva caindo, e assim por diante- tais disposições aparecem como
aproximações grosseiras do ideal isomórfico.”

(NASCIMENTO, Evando,p.43)

PAIDEUMA
“A ordenação do conhecimento de modo que o próximo homem
(ou geração) possa achar, o mais rapidamente possível, a parte viva
dele e gastar um mínimo de tempo com itens obsoletos.”

(POUND, Erza, Abc da Literatura, apud p.39)


INFLUÊ NCIAS DO CONCRETISMO
• Stephané Mallarmé

• Erza Pound

• James Joyce

• Roman Jakobson

• Max Bensen
UMA POÉ TICA DE TRADU/IÇÃ O
“O traduzir antes de tudo, como um gesto crítico, seletivo, não era
suficiente conhecer as obras no original, impunha traduzí-las ,
passando-as para o quadro da cultura nacional. Assim foi que se
fizeram inúmeras traduções do paradigma primacial, Mallarmé,
Joyce, Pound [...] foram atrás de outros nomes e obras
estrangeiros. Alguns bastante conhecidos, como Edgar Allan Poe,
Vladmir Maikovski e Goethe; outros menos presentes na ordem do
dia, como os poetas provençais, os “metafísicos/’, ingleses, o último
Holderin, a poesia russa moderna... Tradução da tradição, sempre
com o critério da inventividade textual.”
(NASCIMENTO, Evando,p.49)
UMA POÉ TICA DE TRADU/IÇÃ O

“Haroldo vai demonstrar todo o poder demoníaco e corrosivo da


tradução para com o original”

“O que há, na verdade, são leitores e tradutores mais ou menos


talentosos, capazes de materializar o quase impraticável: ler-
traduzir o texto dentro de certos limites e ao mesmo tempo, ativar
a pluralidade inesgotável de suas significações.”

(NASCIMENTO, Evando,p.59)
“ A ‘física’ da tradução está em ser ela a possibilidade de revelação
daquilo que todas as diferenças fonológicas escondem: a linguagem
se apoia em sons e sentidos que provisoriamente se distinguem
entre si, mas que podem ser infinitamente reconvertidos uns nos
outros. A musicalidade dos idiomas é o ser da tradução literária,
um espaço sonoro em que as diferenças não se anulam
propriamente, melhor dizendo, é ai mesmo, nesse lugar anterior a
todas as diferenças opositivas que o jogo das significações não se
interrompe jamais. Todo sentido pode reverter em seu contrário,
todo som pode destoar de sua clave- mas todos os signos serão
“concretos”: audíveis, fragrantes, visíveis, tangíveis [...]”
(NASCIMENTO, Evando,p.62)
TA
RE
C O
N SM
CO ALI
A C
0

I
9
9

S I
1

E P
-
E

O O
N
O

P TR
R
R
E
P

E
S
LE
R
A
H
C
“As primeiras observações sobre possíveis afinidades entre a
poesia concreta e a musica popular brasileira datam de 1960,
quando Brasil Rocha Brito valoriza algumas palavras críticas de
Augusto de Campos em um primeiro balanço interpretativo do
movimento da bossa nova.”

“É a partir do surgimento do movimento tropicália (1967) que


começa haver maiores vínculos entre o grupo Noigandres e o
campo da musica popular.”

(PERRONE, Charles, p.55)


TROPICALISMO E CONCRETISMO
• II Festival Nacional da Musica popular, TV Excelsior

• Dossiê... Música brasileira

• Artigos de Augusto Campos, laudatórios sobre os jovens


baianos, musica "Domingo no parque " de Gilberto Gil, e
para " Alegria alegria", de Caetano Veloso.

• Trabalho coletivo tropicalista


MEDLEY- TROPICALISMO

Batmacumba (Veloso-Gil)
Júlia/Moreno (Caetano Veloso)
Relance (Caetano Veloso-Pedro Novis)
Asa ( Caetano Veloso)
Domingo no parque – (Gilberto Gil)
E SM
A G A
GU E T
I N M8
L AS
A 9 7
Da razão
ET UTRCampo
- 1
s

M O de antropofágica:
E aroldo Diálogo e diferença
H
na cultura brasileira
“A ‘Antropofagia’ ‘ Oswaldiana’ , é o pensamento da devoração
crítica do legado cultural universal, elaborado não a partir da
perspectiva submissa e reconciliada do “bom selvagem” (idealizado
sob o modelo das virtudes européias no Romantismo brasileiro de
tipo nativista, em Gonçalves Dias e José de Alencar, por exemplo),
mas segundo o ponto de vista desabusado do “mal selvagem”,
devorador de brancos, antropófago.”

(CAMPOS, Haroldo, p.234)


BARROCO E RAZÃ O ANTROPOFÁ GICA

“Já no Barroco se nutre uma possível “razão antropofágica”


desconstrutora do logocentrismo que herdamos do Ocidente.
Diferencial no universal começou por aí a torção e a contorção de
um discurso que nos pudesse desensimesmar do mesmo.”

(CAMPOS, Haroldo, p.243)


I A
AG
OF
OP 1
9
9
7

R
-

T
SO
LO

N
E
V

A
O
N
TA
E
A
C
“[...] o fato de que a poesia não é propriamente literatura,
valorizam os aspectos físicos da palavra, criando um tipo de poema
que foi qualificado inicialmente como visual- já que, sobre o papel,
a ênfase caía na tipografia, no uso da cor e dos espaços em branco-
mas que eles sempre quiseram, na expressão de Joyce.”
(VELOSO, Caetano. )
ANTROPOFAGIA

• O reflexo da poesia concreta nas artes

• Chico

• Vanguarda

• Antropofagia
CAETANO VELOSO- DE PALAVRA EM PALAVRA

(https://www.youtube.com/watch?v=jz4QD23DVpA&list=RDjz4QD23DVpA)
CONCLUSÃO

“Sem dúvida, a atuação da vanguarda concretista


instalou definitivamente a necessidade de pensar não só
na modernidade, mas também as relações do processo
cultural brasileiro com a informação cultural estrangeira.
Definitivamente, instalou-se um debate que vai
desenvolver-se, de várias formas, até nossos dias: a
questão mesma da modernidade.”
(HOLLANDA, Heloísa Buarque. Impressões de viagem, p.43)

Você também pode gostar