Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
crises?
Pouco depois do incidente cerca de 60% dos americanos disseram que os ataques
mudaram permanentemente a maneira como o país vive, mais do que o número que se
sentia assim no décimo aniversário. Um país sempre preparado para a guerra, para o
confronto, aparelhado desde os tempos da Guerra Fria para reagir a qualquer ataque dos
inimigos do Oriente. Assim eram os Estados Unidos até 11 de setembro de 2001.
O planejamento
A força aérea americana também foi colhida de surpresa. O treinamento dos pilotos era
para neutralizar sequestradores que pousam aviões e exigem resgate. Não para ataques
suicidas. Uma pergunta que todos fizeram: por que esse cenário nunca foi contemplado
nas simulações de crises das forças de defesa americanas? Teria havido aí uma falha
grave de gestão de riscos, portanto?..
No World Trade Center reinava o caos, com os dois prédios em chamas. Pessoas
corriam para todos os lados, sem saber de fato o que estava acontecendo. Em Nova
York, o chefe dos bombeiros, mesmo avaliando os riscos da operação, tomou outra
decisão certa: entrar no prédio. “Um prédio queimando é um prédio em demolição”,
disse o comandante. Mas a obrigação dos soldados do fogo era tentar salvar o maior
número de pessoas no incêndio, até porque havia dezenas, se não centenas, de pessoas
pedindo para serem resgatadas. Essa operação ousada de entrar nas torres em chamas
custaria a vida de 373 bombeiros, sepultados quando as duas torres caíram.
Nesses momentos de crise e conturbação, em que a maioria das autoridades está atônita
ou em pânico, proliferam os boatos. Rumores de novos sequestros inundam as
comunicações e congestionam as linhas, tanto das autoridades, quanto dos controles de
tráfego aéreo. “Apesar de toda a hierarquia, a cadeia de comando, os equipamentos
sofisticados, nada funcionava.