Você está na página 1de 1

A Guerra ao Terror

O início do século XXI ficou marcado com as imagens veiculadas ao vivo pelas emissoras de TV
do mundo todo retratando o choque dos aviões contra as duas torres do World Trade Center, em
11 de setembro de 2001. O próprio quartel-general do exército dos Estados Unidos, o Pentágono,
também foi atingido por um desses aviões de carreira, levando o governo recém-empossado de
George W. Bush a declarar a Guerra ao Terror.
Essa guerra não estava direcionada a um país específico, mas a uma prática de ação política
pautada em atentados terroristas. Foi ela que fomentou a política bélica do governo norte-
americano na primeira década do século XXI, levando o país a declarar unilateralmente guerras ao
Afeganistão e ao Iraque.

A Doutrina Bush (uma série de medidas adotadas pelos dois governos de George W. Bush na
Guerra ao Terror) caracterizou-se, internamente, por medidas policiais de controle sobre a
população do país e, externamente, pela ação agressiva contra alguns países, alinhados ao que foi
chamado de Eixo do Mal, formado por Coreia do Norte, Irã e Iraque.
A primeira invasão promovida pelos EUA após o 11 de Setembro de 2001 ocorreu no
Afeganistão, país comandado pelo grupo fundamentalista islâmico Talibã e acusado de abrigar as
tropas da Al-Qaeda, responsável pela organização dos atentados em território americano. A ação
militar dos EUA conseguiu derrubar o governo dos mulás do Talibã e constituir um governo mais
próximo aos seus interesses.
Em 2003, em ação conjunta à Inglaterra, o governo de Bush afirmou que o Iraque, comandado
por Saddam Hussein desde o final da década de 1970, detinha um grande arsenal de armas de
destruição em massa e representava um perigo à população mundial. Este foi o argumento para
depor o antigo ditador iraquiano, que foi perseguido enquanto as tropas anglo-americanas
bombardeavam fortemente o país. Encontrado em um esconderijo e condenado à morte, Saddam
Hussein foi enforcado em 2006.
A Guerra ao Terror adotou ações unilaterais pelos EUA, já que não foi aprovada pelos demais
países-membros do Conselho de Segurança da ONU. A recusa da invasão pelo Conselho não
impediu que os EUA e a Grã-Bretanha invadissem o país árabe, afirmando que havia armas de
destruição em massa, o que nunca foi comprovado.

Além disso, os EUA passaram a prender os supostos acusados de terrorismo que capturaram
pelo mundo na prisão localizada na base militar de Guantánamo, na Ilha de Cuba. Situada fora
das fronteiras norte-americanas, a prisão não se submete às leis de país algum, ficando os
prisioneiros sujeitos às regras e julgamentos apenas do exército dos EUA. Essas medidas são
duramente criticadas, tanto dentro como fora do país, pois não garantem direitos mínimos de
defesa aos prisioneiros, o que é agravado pelo fato de ao longo da História os sucessivos governos
dos EUA terem sempre se apresentado como defensores da liberdade dos indivíduos.

Você também pode gostar