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Texto 4- Conflitos internacionais (Guerra do Iraque)

Após sofrer com os atentados de 11 de setembro, os Estados Unidos decidiram empreender uma
“guerra contra o terror” apontando os governos que poderiam representar riscos à paz mundial.
Nesse sentido, o presidente norte-americano George W. Bush e seu Conselho de Estado
passaram a fazer uma campanha política pregando a intervenção no chamado “eixo do mal”.
Entre os países que compunham esse grupo, estaria o Iraque, na época, liderado pelo ditador
Saddam Hussein. .Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, o governo americano
passou a argumentar que as possíveis armas iraquianas poderiam não apenas ser usadas pelo
Iraque, mas também cair nas mãos de grupos armados internacionais, como a Al-Qaeda.
Saddam Hussein negava ainda manter armas químicas ou mesmo um programa nuclear - como
foi argumentado por alguns na época -, e analistas apontavam para o fato de que o regime
secular iraquiano era inimigo de militantes islamistas como Osama bin Laden.
Isso não impediu que grande parte da população americana acreditasse em alguma ligação entre
o líder iraquiano e o 11 de Setembro. Segundo pesquisa do Instituto Gallup, de agosto de 2002,
53% dos americanos acreditavam que Saddam estava "pessoalmente envolvido" nos ataques em
Nova York, Washington e Pensilvânia. A parcela dos que não acreditavam nessa tese era de
34%. Outra pesquisa, feita pelo jornal The Washington Post em setembro de 2003, apontava que
69% dos americanos consideravam "pelo menos provável" a possibilidade de Saddam Hussein
ter desempenhado "algum papel" nos atentados de 2001. Em 22 de novembro, o Conselho de
Segurança das Nações Unidas adotou a resolução 1441, que elevava a pressão sobre Saddam
Hussein. A medida dizia que o Iraque não havia "fornecido uma revelação precisa, total, final e
completa" de todos os seus "programas para desenvolver armas de destruição em massa e
mísseis balísticos" de grande alcance. Afirmava ainda que o Iraque continuava em "violação
material" de suas responsabilidades, exigia que Bagdá desse acesso total aos inspetores da ONU
e falava em "graves consequências" caso o país continuasse violando suas obrigações. Estados
Unidos e Reino Unido tentaram compor uma coalizão internacional ampla, como a que
participava, desde 2001, da guerra no Afeganistão contra o Taliban. Essa aliança seria feita em
torno de uma nova resolução do Conselho de Segurança que autorizaria uma ofensiva militar
contra o Iraque.
No mês seguinte, o secretário de Estado americano, Colin Powell, fez uma dramática
apresentação no Conselho de Segurança mostrando imagens e relatando informações que,
segundo ele, provavam que Saddam Hussein tinha armas químicas e biológicas. No entanto, a
ideia de uma segunda resolução do conselho, aprovando a ação militar, foi abandonada quando
França e Rússia posicionaram-se contra a guerra. No dia 19 de março de 2003, o presidente
Bush anunciou, em mensagem pela televisão, que forças dos EUA haviam iniciado o
bombardeio contra o Iraque. Devido ao poderio e à velocidade do ataque, os americanos
chamaram a ofensiva de "shock and awe" - em português, "choque e espanto". Cerca de 150 mil
soldados americanos foram enviados ao Iraque no primeiro mês.
a do Iraque também teve grande impacto político no Reino Unido. Parceiro de George W. Bush
na invasão e ocupação do Iraque, o premiê Tony Blair foi acusado por muitos de ter mentido
sobre as verdadeiras razões para a guerra. Em julho de 2003, uma polêmica reportagem de rádio
da BBC sugeria que um relatório de inteligência sobre as supostas armas de destruição em
massa iraquianas havia sido produzido sob influência política do governo, que negava a
acusação.
guerra do Iraque, afinal, continuou sem seu principal motivo declarado. As supostas armas de
destruição em massa de Saddam Hussein nunca foram encontradas porque não existiam. Em
agosto de 2006, em entrevista coletiva, o presidente Bush falou publicamente sobre Saddam não
ter nem os armamentos nem relação alguma com o 11 de Setembro. Bush, porém, tentou
justificar a guerra em outros termos. "A principal razão pela qual nós entramos no Iraque foi
que, na época, nós pensávamos que ele tivesse armas de destruição em massa. Acontece que ele
não tinha - mas ele tinha a capacidade de fabricar armas de destruição em massa. Mas eu
também falei do sofrimento humano no Iraque e da necessidade de avançar a pauta da
liberdade." Quando um repórter lhe perguntou, "Mas o que o Iraque tinha a ver com o ataque ao
World Trade Center?", Bush respondeu: "Nada. (...) Ninguém jamais sugeriu, neste governo,
que Saddam Hussein encomendou o ataque".
muitos críticos apontam que a guerra teve suas motivações fundadas em outras questões
subjacentes. No campo político, o ataque serviria para reafirmar a hegemonia político-militar
dos EUA após os atentados de 11 de setembro. Além disso, a guerra traria grandes vantagens
econômicas para as nações envolvidas com o controle sob as reservas de petróleo encontradas
em território iraquiano.

1° Quais países estavam envolvidos neste conflito?

2° Quais razões e interesses motivaram este conflito?

3° Qual a participação das potências mundiais neste conflito?

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