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disciplina MFT0808 – Estágio Supervisionado em Prótese Auditiva 2023/01

faculdade de medicina da universidade de são paulo - curso de fonoaudiologia

PORTFOLIO

Aparelho de Amplificação Sonora


e Implante Coclear

Mariana L. Cordeiro

Docente responsável: Prof. Carlas Matas; Docente colaboradora: Jeziela Moro


Preceptora: Carol Rocha e Thamires Santos
Sobre Perdas auditivas...

Moderadamente severa a profunda


Leve a moderada
sereva

Sensação de intensidade para Crescimento da sensação de intensidade Sensação de intensidade


sons intensos, resolução de abaixo da curva normal; reduzida para sons intensos;
frequências e habilidades de Resolução de frequência e habilidade de Pode identificar ruídos
compreensão no ruído como compreensão de fala afetadas; ambientais e vogais, mas
ouvinte normal; Dificuldade em comunicar-se em grupos ou não consoantes;

na presença de ruído; Faixa dinâmica reduzida
Perda de sensibilidade para sons Perda de CCI: menos informação disponível Inteligibilidade reduzida em
menos intensos, pouca/nenhuma para ser transmitida ao cérebro, mesmo para situações difíceis;
para intensos; sons intensos;

Necessidade: ganho para os sons Necessidade: ganho para sons menos Necessidade: ganho para
menos intensos. intensos e pouco ganho para os todos os sons.
Etiologias +FREQUENTES

SURDEZ PRÉ-LINGUAL SURDEZ PÓS-LINGUAL


Acontece antes do desenvolvimento da linguagem É aquela que acomete a pessoa depois desta já ter
falada e/ou no momento do nascimento. Nesse subtipo, aprendido a falar e até mesmo após ter aprendido a
a criança ainda não havia aprendido o significado das ler. Portanto, como já houve um desenvolvimento da
palavras, portanto, não possui memória auditiva, ou seja, fala e da linguagem, a pessoa será capaz de atribuir
não aprendeu as relações entre sons e imagens. significado aos sons.
Surdez Congênita É a surdez adquirida na fase gestacional. O sujeito pode apresentar dificuldade
na assimilação da fala, por ser pré-lingual e pode ocorrer nos períodos:

São casos em que os sujeitos (pai e mãe) podem apresentar suscetibilidade


pré-gestacional – em gerar um filho surdo:

Fatores genéticos: são as variações do organismo durante a sua constituição na


gestação;
Fatores hereditários: são as informações genéticas que passam de pais para
filhos;
Mães com idade acima de 35 anos têm mais possibilidade de gerar filhos com
algum tipo de deficiência em relação a gestantes entre 20 e 35 anos;
Multiparidade de 5 ou mais fetos pode gerar bebês de baixo peso e maiores
complicações na gravidez;
Intervalo gestacional de menos de dois anos entre uma gravidez e outra;
Incompatibilidade sanguínea da mãe e do bebê;
Doenças preexistentes.
Surdez Congênita É a surdez adquirida na fase gestacional. O sujeito pode apresentar dificuldade
na assimilação da fala, por ser pré-lingual e pode ocorrer nos períodos:

Ocorre no útero materno, da fecundação ao nascimento, quando a criança está


Pré-natal – suscetível a adquirir a surdez através da mãe, devido à presença de fatores, como:

Idade da gestante: acima ou abaixo do Fatores genéticos e hereditários;


período mais fértil da mulher; Carências alimentares da mãe;
Eclampsia: mulheres que sofrem de Exposição à radiação;
pressão alta durante a gravidez, além de
Diabetes;
prejudicar o feto, é a maior causa de
Drogas em geral: fumo, álcool e ilícitas;
morte materna no Brasil;
Ingestão de remédios ototóxicos;
Doenças infectocontagiosas: rubéola (se
Incompatibilidade sanguínea da mãe e do bebê;
caracteriza por defeitos nervosos,
Anomalias craniofaciais, incluindo as que envolvem
mentais, oculares, auditivos e
cardiovasculares), toxoplasmose, sífilis, o pavilhão auricular, canal auditivo externo,

herpes, CMV, outras; apêndices auriculares, coloboma auris e


Consanguinidade; malformações no osso temporal.
Surdez Congênita É a surdez adquirida na fase gestacional. O sujeito pode apresentar dificuldade
na assimilação da fala, por ser pré-lingual e pode ocorrer nos períodos:

perinatal – ocorre no momento do parto ou nas primeiras horas após. Os principais fatores são:

Pós-maturidade; Prematuridade: mais de 4% das


Anóxia; crianças consideradas de alto
Fórceps; risco são diagnosticadas como
Traumas no parto; Portadoras de deficiência auditiva
Baixo peso (1 000g); de graus moderado a profundo,
Infecção hospitalar (atingem o conforme ASHA (American Speech
bebê durante ou após o parto); Hearing Association).
Surdez adquirida:
a pessoa fica surda em decorrência de problemas após o seu nascimento e,
dependendo da época da lesão, poderá desenvolver a oralidade com maior facilidade
(pós-lingual). Ocorre no período:

ocorre após o nascimento, por: Convulsões;


pós-natal –
Caxumba, diabetes;
Medicamentos ototóxicos em excesso ou sem
Sífilis;
orientação médica;
Herpes vírus e varicela;
Otite média persistente por mais de três
Tumores benignos e malignos: neurinoma,
meses;
colesteatoma, hemangioma, glomus,
Cuidado intensivo neonatal por mais de cinco
carcinoma;
dias, ou qualquer uma das seguintes
Trauma cranioencefálico, principalmente
ocorrências, independentemente da
com fratura de base de crânio/osso temporal
permanência: ECMO, ventilação assistida,
que necessite de hospitalização;
exposição a medicamentos ototóxicos
Quimioterapia;
(gentamicina e tobramicina) ou diuréticos de
Presbiacusia;
alça (furosemida/ Lasix), e hiperbilirrubinemia
PAIR: perda auditiva induzida por ruídos;
que exija exanguíneotransfusão;
Exposição a sons impactantes (explosão).
Surdez adquirida:
a pessoa fica surda em decorrência de problemas após o seu nascimento e,
dependendo da época da lesão, poderá desenvolver a oralidade com maior facilidade
(pós-lingual). Ocorre no período:

pós-natal – ocorre após o nascimento, por:


Achados físicos, tais como mecha branca frontal, que estão associados a síndromes que
sabidamente incluem perda auditiva sensorioneural ou condutiva permanente;
Meningite: causa inflamação da membrana que envolve o cérebro. Além dessa infecção atingir a
garganta, o nariz e os ouvidos, pode destruir o órgão de Corti e o nervo auditivo;
Sarampo: o vírus do sarampo pode levar a uma infecção no ouvido médio ou danificar a cóclea.
Essas complicações podem surgir como resultado direto da infecção do sarampo, mas a
vacinação preventiva pode afastar essas graves consequências;
Distúrbios neurodegenerativos, como a síndrome de Hunter ou neuropatias sensório-motoras,
como a ataxia de Friedreich e a síndrome de Charcot-Marie-Tooth;
Síndromes associadas à perda auditiva de início precoce, progressiva ou de manifestação tardia,
tais como neurofibromatose, osteopetrose e síndrome de Usher. Outras síndromes frequentemente
identificadas são Waardenburg, Alport, Pendred e Jervell e LangeNielson.
Patologias Audiológicas (+ vistas no estágio)
Patologia Perda Definição/caracterização IRF Curva Reflexos

Envolve a janela oval da orelha e o estribo. A perda da audição


Otosclerose PA condutiva Compromete a
ocorre de forma condutiva, devido a fixação e engrossamento Curva Ar Reflexos ausentes
Estapediana progressiva discriminação
de pequenos ossos da articulação do ouvido.

Fechamento ou oclusão do MAE. Geralmente unilateral,


PA condutiva de Reflexos todos
Malformações podendo ser bilateral. Crianças ou adultos dependendo da Variável Curva A
grau variado ausentes
etiologia

Mal funcionamento da tuba auditiva (TA) e/ou obstrução


Disfunção PA condutiva, uni Reflexos todos
causando redução da pressão dentro da OM.; Mais frequente IRF normal Curva C
tubária ou bil ausentes
em crianças, podendo ocorrer em adultos.

PA condutiva de
Otite média Caracterizada pela presença de liquido estéril na OM. Mais Reflexos
grau leve a IRF normal Curva B
secretora frequente em crianças até 6 anos. Podendo ser unl ou bilateral ausentes
moderado

Avaliação
Otite média Inflamação da orelha média decorrente de processo
audiológica não
aguda infeccioso advindo da rinofaringe
indicada
Patologia Perda Definição/caracterização IRF Curva Reflexos

Otosclerose PANS bilateral Acometimento da cóclea e vestíbulo (com ou IRF compatível c/ a


Curva Ar RA ausentes
coclear progressiva sem rigidez do ligamento anular do estribo PA

PANS, configuração Não há uma causa bem definida, ocorrendo uma IRF compatível RA presentes,
Doença de
ascendente, unilateral e hipertensão endolinfática (hidropsia com o grau da Curva A indicando
Meniere
flutuante (fase inicial) endolinfática), com a tríade sintomática perda recrutamento

PANS unilateral, com


Tumor histologicamente benigno, que cresce na
configuração Incompatível com a RA elevados ou
Schwanoma bainha de Schwann do VIII par craniano, bem Curva A
descendente ou perda mono e diss ausentes
mais frequente no ramo vestibular.
irregular

PANS bilateral, acomete RA presentes,


Perda Alteração dos limiares auditivos provocados pela Dificuldade no
frequências altas (3k, 4k recrutamento
induzida por exposição a níveis elevados de pressão sonora entendimento de Curva A
e 6k), recuperação em nas frequências
ruído - PAIR por tempo prolongado fala
8k altas

PANS unilateral ou
assimétrica, com Curva A (s/ RA presentes,
Trauma Caracterizada pela presença de líquido estéril na
limiares normais de 250 Normal/pouco comprometiment recrutamento
acústico OM. Mais frequente em crianças até 6 anos.
a 2k Hz e queda abrupta alterado o da membrana) nas frequências

Podendo ser uni ou bilateral
em 3k, 4k e/ou 6k Hz, c/
altas
recuperação em 8k Hz
Patologia Perda Definição/caracterização IRF Curva Reflexos

PANS bilateral
Afecção iatrogêncica provocada por IRF compatível
assimétrica RA presentes,
Ototoxicidade drogas medicamentosas que alteram o com o grau da Curva A
descendente, acomete

funcionamento da orelha interna perda


frequências altas

PANS lentamente Alteração decorrente do processo de Reflexos


Presbiacusia IRF compatível
progressiva, bilateral, envelhecimento. Achatamento e atrofia Curva A presentes com
sensorial com a perda
simétrica, descendente do Órgão de Corti recrutamento

PANS rapidamente IRF mais alterado do que


Alteração decorrente do processo de
Presbiacusia progressiva, com perda o esperado pelos
envelhecimento. Diminuição do número Curva A RA elevados/ausentes
neural mais acentuada nas achados audiométricos
de unidades neurais funcionais
frequências altas (incompatível

Surdez da orelha interna, severa ou total, Ipsi presentes do lado não


que aparece de forma repentina ou muita acometido e ausentes no lado
Surdez IRF conforme o grau da Curva A
PANS unilateral rápida, sem sinais acompanhantes, sem acometido, contralaterais
súbita PA

causa evidente e sem nenhuma presentes somente nas


tendência a regressão espontânea frequências não atingidas.

Condições que podem ser encontradas


em pacientes de todas as idades, adultos
Neuropatia PANS bil de grau
ou crianças, compatíveis com função IRF incompatível Curva A RA ausentes
Auditiva moderado
normal das células ciliadas externas e
alteração na sincronia neural
Aparelho de Amplificação
SONORA INDIVIDUAL
É basicamente um miniamplificador fabricado em um laboratório
de acústica, respeitando normas e padrões internacionais.
Tem por objetivo amplificar sons, de modo a atender as
necessidades básicas de comunicação social do indivíduo
portador de perda auditiva.
Protocolo de Adaptação
AASI
Avaliação do Seleção das características
indivíduo candidato; da prótese auditiva;

Verificação das Avaliação de Orientação e aconselhamento


características resultados (validação); ao paciente usuário das
selecionadas;
próteses auditivas.

Avaliação do indivíduo candidato;


Avaliação otorrinolaringológica;

Avaliação audiológica audiometria tonal limiar (VA


e VO), vocal (LRF e IRF), medidas de imitância
acústica (timpanometria e reflexos acústicos);

Inspeção otoscópica;

Anamnese completa (considerando dados otológicos


e audiológicos - incluindo zumbido, hipersensibilidade
e exposição a ruídos); avaliação das necessidades
não auditivas e;
Uso de questionários (COSI, APHAB, HHIE, HHIA).
SELEÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DAS Próteses auditivas
Conhecimento do estilo de vida do paciente e a avaliação das
necessidades auditivas.
Ter informações sobre a destreza manual, habilidade visual;
Adaptação bilateral como primeira opção, sendo a possibilidade da
adaptação monoaural devendo ser bem justificada e para casos
específicos;
Utilização de métodos prescritivos validados (NAL-NL ou DSL).
Seleção das características das Próteses auditivas

O QUE SE ESPERA DE UM APARELHO AUDITIVO?

A) A amplificação dos sons de fraca intensidade para que estes se


tornem audíveis;

B) A introdução de alguma forma de compressão para manter o nível


do sinal confortável;

C) Evitar ultrapassar o limiar de desconforto;


D) Não usar a compressão até um ponto determinado, permitindo,


antes disso, a amplificação linear.

Seleção das características das Próteses auditivas

Componentes DAS PROTÉSES


Microfone ou transdutor de entrada Molde
Capta o som do meio ambiente e transforma-o em onda
Tem
a função de fixação,
elétrica equivalente, que será processada dentro da prótese
vedação e condução do
auditiva. Podem apresentar caracteristicas especiais quanto à

som amplificado para a


sensibilidade, direção da fonte sonora e resposta de
membrana timpânica do
frequências transmitidas.
usuário do aparelho.
MICROFONES - DIRECIONAL O microfone direcional capta
de forma variável os sons vindos de diferentes ângulos;
MICROFONES - OMNIDIRECIONAL Os microfones Amplificador
omnidirecionais captam de forma praticamente idêntica Aumenta a intensidade das ondas elétricas captadas
todos os ângulos de incidência da onda sonora.

pelo microfone. È responsável pelas caracteristicas de


Receptor ganho da prótese auditiva.
Transforma a energia elétrica já amplificada em onda sonora
e a transmite à orelha do cliente. O som, então, é transmitido Limitador de saída
pelo molde auricular ou diretamente para a membrana
Recurso encontrado em alguns aparelhos para
timpanica do usuário da protese auditiva.
graduar a saída do som.
Seleção das características das Próteses auditivas

Componentes DAS PROTÉSES


pilha
Fonte de energia que alimenta
Chave liga/desliga
todos os componentes O tipo de Controla mudança de função. Existem dois tipos de recursos para ligar e desligar a

pilha usada vai depender do prótese: através da chave liga/desliga, e da abertura e fechamento do

modelo da prótese auditiva. compartimento da bateria.

Retroauricular-675.
Minirretroauricular-13.
Controle de volume
Gradua a intensidade de saida
Intra-auricular e microcanal ou

É uma pequena rodinha cuja rotação permite o ajuste manual do volume de


CIC-230 ou 10.
acor do com as necessidades individuais. Em alguns tipos de aparelho, o volume
Intracanal-312.
pode ser regulado pelo controle remoto.
chave de seleção de entrada
Os aparelhos de amplificação retroauricular podem ter uma chave onde aparecem as letras M, MT ou T, sendo que em alguns
aparelhos pode estar juntamente com a chave liga/desliga. Quando presente, normalmente deve estar na posição M,
ativando o microfone para amplificação, tanto dos sons ambientais, quanto de fala. A posição T ativa a bobina telefònica (ou
bobina de indução magnética), que possibilita a captação e amplificação somente dos sons oriundos do telefone. A posição
MT permite tanto a recepção dos sons ambientais, quanto do telefone.
Seleção das características das Próteses auditivas

Tipos DE AMPLIFICAÇÃO
Amplificação linear
Significa que a variação do Nível de Pressão Sonora (NPS) de saída tem uma relação constante e
direta com a variação do sinal de entrada. O NPS de saída tem um aumento de número de decibéis
equivalente ao aumento no NPS de entrada até o ponto onde é atingido o nível de saturação da
prótese auditiva. A amplificação linear é também descrita como tendo, na região de operação, razão
de 1:1 dB; inclinação de 45 graus ou ganho constante.

Amplificação não linear


A maioria dos sistemas de amplificação não linear consiste em alguma forma de
compressão.

Compressão ou Controle Automático de Ganho (AGC) é um sistema utilizado para


descrever a redução automática do ganho da prótese auditiva a partir de um
determinado NPS de entrada, normalmente para evitar um nível de saída
excessivamente intenso. O resultado é uma razão de entrada e saída da prótese
menor que 1:1. O ganho é reduzido por outros meios que não o corte de picos.
Seleção das características das Próteses auditivas

Modelos DE AASI

Em perdas bilaterais é recomendada a adaptação binaural (ambas as orelhas)


em virtude do processo de estimulação central, localização sonora,
Retroauricular (BTE) lateralidade e estereofonia, favorecendo, assim, o desenvolvimento global

Concentra microfone, amplificador e receptor em uma unidade que


se encaixa atrás da orelha;
O microfone normalmente se situa no topo ou do lado de trás da prótese;
Todos os componentes eletrônicos estão numa caixa, em formato de vírgula, que se adapta atrás do
pavilhão auricular. A abertura do microfone localiza-se na parte superior da orelha, e um tubo em forma
de gancho contorna o pavilhão auricular e acopla o receptor ao molde auricular.

Receptor no canal (RIC)


Não é customizado
para cada usuário, mas é fabricado com diferentes tamanhos de receptores para
se adaptar aos diversos tamanhos de orelhas e necessidades de amplificação;
O RIC é bem-aceito e apresenta alta potência e discrição;
O receptor no canal pode medir até menos de 1 centímetro e é indicado para pacientes com perdas auditivas leves
a profundas;
Basicamente, ele fica localizado atrás da orelha e conectado ao canal auditivo por um fio fino e transparente, que
conta com um receptor na ponta.
Seleção das características das Próteses auditivas

intra aural
Os componentes estão completamente inseridos dentro do molde auricular do usuário, na área da concha e meato acústico externo.
Podem ser adaptadas a graus de perdas leves até moderadamente severas. Conforme o espaço que ocupam na orelha externa, as
próteses intra-aurais podem ser denomina- das intra-auricular ou intracanal.

Intra-auricular (ITE) Podem ser também chamadas de ITE (in the ear). Se o
Primeira prótese miniaturizada aparelho ocupar totalmente a concha do pavilhão, será

ocupando parte do conduto auditivo chamado de prótese intra-auricular do tipo concha


externo e da concha do pavilhão

auricular de forma completa ou


e, se ocupar somente parte da concha, de prótese
incompleta (tipo concha ou mela
intra-auricular do tipo meia concha
concha). Possui recursos para uma
boa adaptação em perdas auditivas do tipo leve à severa. São as próteses que possibilitam maior ganho acústico, versatilidade de uso
de ventilação e maior número de controles internos. Proporcionam maior segurança na adaptação e minimizam a ocorrência de
realimentação acústica.
Seleção das características das Próteses auditivas

intra canal (ITc)


Tem como seu diferencial estético o fato de ter a maior
parte da cápsula encaixada dentro do canal auditivo,
porém continuam visíveis na orelha externa. Tem o
tamanho um pouco maior que os aparelhos auditivos
Convencional
CIC (microcanal), o que permite a presença do controle ou caixa
de volume e botão de programação, sendo estes
opcionais. São indicados para pessoas com perda Todos os componentes
auditiva de grau leve a moderada. eletrônicos estão localizados em
uma caixa, geralmente presa na
roupa do paciente na altura do

microcanal (CIC) peito. Esta caixa


mediante um fio, a um receptor
conecta-se,

São colocadas completamente dentro do canal auditivo externo.


externo (fora da caixa da
Em decorrência de sua posição na orelha, torna-se necessária a
prótese), que é acoplado à orelha
presença de um fio conectado à prótese para facilitar sua retirada.
por um molde auricular do tipo
É a prótese mais discreta disponível no mercado e geralmente, direto. Nos casos de adaptações
cobre perdas auditivas leves e moderadas; por via óssea, o receptor externo é
Vantagens em relação intracanais: menor distorção, menor substituído por um receptor do
possibilidade de realimentação acústica, melhora da localização tipo vibrador.
sonora, facilidade ao telefone. Possibilidade de utilizar fones de
ouvido, facilidade de remoção, estética.
Seleção das características das Próteses auditivas

Soluções PARA PERDAS UNILATERAIS/ASSIMÉTRICAS


Perda auditiva unilateral (PAUn) caracteriza-se pela dificuldade na percepção da fala em situação de ruído, localização sonora e
maior esforço para compreensão da fala. Há dificuldade quando a origem do discurso está localizada no lado prejudicado,
provavelmente devido à exploração reduzida do processamento binaural da informação

CROS Bicros
Contralateral Routing Signal é uma opção para indivíduos com É projetada para pessoas com perda auditiva total em um
PAUn. Um microfone é colocado na orelha prejudicada e envia um ouvido e perda auditiva em algum nível na outra. Em ambos os
sinal por meio da tecnologia wireless para um receptor acoplado casos o aparelho auditivo entrega o som combinado e
na orelha com audição normal. amplificado a partir de ambos os dispositivos na melhor orelha.

Quando você tem uma Quando você tem uma


orelha sem audição e a orelha completamente
outra com audição sem audição e uma perda
normal. auditiva na outra orelha.

Seleção das características das Próteses auditivas

Adaptação ABERTA
A oclusão do meato acústico externo na adaptação de próteses auditivas pode causar diversas dificuldades para o usuário,
especialmente quando existe certa conservação da audição na região de frequências baixas e médias.
As maiores queixas: qualidade pouco natural da própria voz e aumento da intensidade de ruídos gerados internamente, como ao
mastigar. Essas dificuldades, que assumem a denominação geral de efeito de oclusão, são oriundas da vibração gerada nas paredes do
meato acústico externo, durante as atividades mencionadas, que, por sua vez, é transmitida à membrana timpânica, quando o canal é
ocluído, reforçando a intensidade das baixas frequências.

Adaptação aberta:
Eliminação ou redução do efeito de oclusão, um
efeito colateral indesejável, causado pela
inserção de um corpo estranho que bloqueia a
entrada do meato acústico externo, quando o
indivíduo possui audição próxima do normal em
frequências baixas. A não oclusão do meato
acústico externo permite o escape das baixas
frequências geradas durante a vocalização, o que
é principal motivo para as queixas de autofonia do
usuário de próteses auditivas
Seleção das características das Próteses auditivas

Seleção do tipo de prótese DE ACORDO COM O GRAU DA PA


Intra- Intra-
Retro- Intra Mini Micro
Grau de perda auricular auricular Comentários
auricular canal canal canal
concha ½ concha

Leve # # # # # # Importante: lembrar do efeito de oclusão

Leve/moderada # # # # # # Importante: ventilação, exceto no micro canal

Moderada # # # # R # Maior versatilidade de adaptação

Moderada/severa # # # R N #
Importante: ganho acústico. Risco de
Severa # # R N N R
realimentação acústica!
Severa/profunda # R N N N N

Profunda # N N N N N Única opção

R= risco elevado, mas possível, dependendo da tecnologia utilizada


N= Não tente. Incidência elevada de falhas ou adaptação totalmente inviável.

Seleção das Retro- Intra- Intra Micro Haste de


Grau de perda Caixa
características das auricular auricular canal canal óculos
Próteses auditivas ###
Facilidade de inserção e remoção # ### ### # #

Facilidade de manipulação dos controles externos ### ## # ### ###

Vantagens e
Limitações Versatilidade eletroacústica programável ### ### ### ###

Versatilidade eletroacústica analógica ## # # ##


DE CADA TIPO DE
PRÓTESE AUDITIVA Ganho acústico e saída máxima elevados ## # ## ###

Microfones direcionais ### ###

Compatibilidade com telefone ### # # ### ### #

Aceitação estética # # ## ###

Custo ## ### ### ### # #


Seleção das características das Próteses auditivas

Marcas de AASI
Seleção das características das Próteses auditivas

MoldesAURICULARES
Ligar acusticamente a prótese à orelha do usuário;
Prover uma vedação acústica satisfatória;
Conceito e
Reter a prótese no pavilhão auditivo;
funções Modificar acusticamente o sinal produzido pela prótese;
Ser confortável para uso por um longo período de tempo;
Ser esteticamente aceitável e facilmente manuseado pelo paciente.

gancho
tubo de molde auricular
controle de volume

chave liga e desliga


molde

compartimento da pilha
Seleção das características das Próteses auditivas

MoldesAURICULARES
São peças individualmente confeccionadas geralmente de
acrílico ou silicone;
Conceito e Inseridas no meato acústico externo, têm como função
funções primária conduzir o som amplificado pela prótese auditiva
até a membrana timpânica. Podem ser fabricados com
diversos materiais em diferentes estilos e configurações.

No caso de aparelhos
Para aparelhos de caixa o Nos aparelhos intra-
retroauriculares, o molde
molde é acoplado por uma aurais e intracanais, o
é acoplado ao ganho do
arruela que o conecta molde é a própria caixa
aparelho através de um
diretamente ao receptor. do aparelho.
tubo plástico.

Seleção das características das Próteses auditivas

MoldesAURICULARES
etapas da pré-moldagem
1.Inspeção do MAE Para a moldagem será necessário o seguinte
material:

Antes de iniciar o processo de moldagem, é importante Otoscópio, já utilizado para inspecionar o meato

examinar o pavilhão e o meato acústico externo através acústico externo;

do uso de um otoscópio. Esta inspeção fornece


importantes informações Lanterna;

O tamanho da impressão a ser tomada; Bloqueador ou otoblock-pedaço de algodão

O comprimento, a direção e o diâmetro; amarrado a uma linha ou fio de náilon, ou uma

A forma e o contorno do MAE. espuma já preparada para este fim;

A presença de qualquer problema que possa impedir a Massa propriamente dita, especifica para

moldagem (otites corpo estranho, rolha de cerume...). impressão de orelha (as mais utilizadas são à base

Quando problemas deste tipo são encontrados, é de silicone, constituídas de duas massas que

necessário encaminhar para um procedimento reagem entre si);

otorrinolaringológica.
Seringa ou pistola.
Seleção das características das Próteses auditivas

MoldesAURICULARES
etapas da pré-moldagem
2. Otoblock
A próxima etapa para a confecção do pré-molde é um tampão de algodão Os principais objetivos do
(atoblock) preso a uma linha. Este tampão é introduzido no meato acústico tampão são prevenir que o
externo para impedir o avanço da massa e ajudar na retirada do pré-molde material de impressão não
O tampão deve ser introduzido no meato com o auxílio da lanterna até a atinja a membrana timpânica;
segunda curva. Deve-se olhar com o otoscópio após a introdução para dar segurança, quando o
garantir que o bloqueador esteja fechando, completamente, o diâmetro do material de impecs sio for
meato introduzido no meato
assegurar um completo corte
3. Impressão transversal do meato
Deve-se seguir a seguinte sequência para a impressão:

a) Misture a massa e coloque dentro da seringa;

b) Pressione a massa dentro da seringa e retire o início do material para eliminar as bolhas de ar;

c) Introduza a massa no meato, preenchendo-o;

d) Preencha toda a área da concha, delicadamente;

e) Após o completo preenchimento, toque com o seu dedo delicadamente;

f) Espere a massa endurecer e, então, retire a moldagem.


Seleção das características das Próteses auditivas

MoldesAURICULARES
etapas da pré-moldagem
4. Retirada da orelha
A melhor forma de avaliar se a impressão está pronta para ser retirada é fazer nela uma marca com a unha se
o material de impressão ficar marcado, aguarde mais alguns instantes para retirar a moldagem: se não ficar,
significa que o processo de enrijecimento se completou, e a impressão pode ser retirada.
Sua retirada deverá ser feita com cuidado, soltando-se a área da anti-hélix e girando a impressão para a
frente e para fora, até desprendê-la completamente, puxando juntamente o fio do tampo

5.Reexaminar o MAE
Reexamine o meato acústico externo para certificar-se de que nenhum resíduo do material de moldagem ou fibra do tampão de algodão
permaneceu em seu interior. Analise o trabalho atentamente antes de enviá-lo para o laboratório.

6. Avaliar a moldagem
Se o canal é suficientemente longo para mostrar o início da segunda curva; se a porção do hélix está claramente definida na impressão; se o trágus
está claramente definido, para auxiliar no momento do corte para confecção, principalmente de próteses intra-aurais; se a concha está completa;
se há marcas de solda (causadas pelo material de impressão que secou muito rapidamente); se estão todas as depressões da concha
preenchidas e não pressionadas demais contra a mesma.

Exemplos de pré-moldes satisfatórios Não atingiu a Espaços


segunda curva vagos/preenchimentos
Seleção das características das Próteses auditivas

MoldesAURICULARES
etapas da pré-moldagem
6. Avaliar a moldagem feita

Atenção especial deve ser dada para o diâmetro e comprimento do canal da impressão, conforme o
grau da perda auditiva do paciente:

Para perdas leves o canal deve ser curto e alcançar a primeira curva do MAE;

Para perdas moderadas: o canal deve ir além da primeira curva, e o diâmetro deve ser capaz de
acomodar opções acústicas que poderão ser necessárias;

Para perdas severas e profundas: o canal pode precisar ser alongado e ampliado além da segunda
curva, e o diâmetro sempre deve estar completo.

As reações negativas da criança ao uso do aparelho podem estar relacionadas com problemas nos
moldes, como: reações alérgicas ao material; desconforto; moldes muito justos ou folgados, etc.

Seleção das características das Próteses auditivas

MoldesAURICULARES
Materiais

Acrilico
Silicone
O acrílico rígido ou metacrilato de metil O silicone é macio, hipoalergénico, proporciona maior
tem formato definitivo e permite qualquer vedação e maior conforto, mas tem a desvantagem de ser
modificação estética ou acústica, é de poroso e de difícil polimento. Os maiores problemas desse

fácil limpeza, com maior durabilidade. material estão relacionados com a colocação e fixação do

Existe o risco de ocorrerem lesões no tubo plástico da arruela, além de ser um material difícil de

pavilhão auricular ou meato acústico ser perfurado. Por essa razão, não é possível realizar neles
muitas das modificações estéticas e, em especial, as
externo quando, sob ação de impactos,
acústicas.
eles se quebrarem.
Seleção das características das Próteses auditivas

MoldesAURICULARES
Tipos de molde
Invisível simples
A área do hélix e parte da concha são
suprimidas, tornando-o mais fácil de ser Canal
inserido e retirado da orelha. Por essa Tem toda a área da concha e do hélix removida, restando apenas
razão, é especialmente indicado para o canal. Ele é discreto e fácil de inserir, mas a retenção no MAE
idosos o para indivíduos com problemas pode ser um problema decorrente do movimento da mandíbula,
de destreza manual. Molde bastante possibilitando a microfonia
utilizado, porque veda com eficiência o Pode ser adaptado em paciente com um conduto longo e,
MAE na maioria das adaptações, deixando preferencialmente com perdas auditivas leves e moderadas.
um espaço aberto na concha (o que o Geralmente é indicado para atender necessidades estéticas,
torna mais estético). Material: acrílico ou devendo ser longo a fim de evitar problemas de deslocamento
silicone. e microfonia durante a fala e a mastigação. Material: acrílico ou
Invisível duplo ou esqueleto sem, ou com hélix silicone.
A duplicidade das hastes permite maior
firmação e estabilidade. É similar ao molde Aberto
concha, sendo removida a parte central, Consiste em uma diminuição tanto no diâmetro como no
fornecendo melhor conforto e menor volume. comprimento do canal do molde. Pode ser usado quando a
Material: acrílico ou silicone. ventilação se torna insuficientes, a microfonia pode ocorrer com
mais facilidade. Material: acrílico ou silicone.
Seleção das características das Próteses auditivas

MoldesAURICULARES
Tipos de molde
Direto ou regular
Passarinho ou semiesqueleto
usado nos aparelhos de caixa ou convencional (bolso), onde o
A ausência da parte posterior da concha facilita
receptor é acoplado por uma arruela de metal com mola de
pressão. Atualmente é raro. Deve preencher toda a concha do
sua inserção e remoção. Especialmente indicado
pavilhão auricular, já que, geralmente, é utilizado em aparelhos para idosos e adultos, quando houver dificuldades
de grande potência com maior risco de ocorrer realimentação. O motoras, pavilhão auricular pequeno ou
molde é ligado a um receptor externo conectado à prótese de fio. enrijecimento excessivo da cartilagem. Material:
Material: acrílico ou silicone. acrílico.
Concha
Preenche completamente a área da concha, proporcionando
maior vedação acústica e impedindo microfonia e
Tampão
incrementando o ganho do AASI. É o tipo de molde mais indicado
Semelhante ao molde concha, mas sem apresentar
para as próteses de grande ganho e saída, pois a ocorrência de
perfuração do canal. Indicado nos casos crônicos de
microfonia é diretamente proporcional à potência do AASI
infecção, perfuração da membrana timpânica, uso de
tubos de ventilação. Tem por objetivo impedir a entrada
Uma versão mais leve do molde concha pode ser feita,
de água e variações de pressão na membrana
removendo-se grande parte do material da concha, deixando
timpânica. Material: acrílico ou silicone (mais utilizado).
esta área escavada. Este tipo de molde é o concha escavada e é
indicado para crianças usuárias de AASI potente. Material:
acrílico/silicone.
Seleção das características das Próteses auditivas

MoldesAURICULARES
aconselhamento e cuidados
Higiene
retroauricular com
tubo fino (Open Fit)

retroauricular
convencional (BTE)
retroauricular com

tecnologia receptor no

canal (RIC)

Seleção das características das Próteses auditivas

MoldesAURICULARES
aconselhamento e cuidados
Manutenção A necessidade de confeccionar um novo molde
está relacionada com alguns fatores:

Crescimento do conduto auditivo;


Deterioração do material;
Alteração da curva audiométrica;
Se o molde estiver machucando, pequeno, provocando alergias ou qualquer motivo que
esteja prejudicando a boa adaptação da prótese;
Aconselha-se a refazer o molde entre 3 e 6 meses em crianças de até 5 anos, a partir
de então deve-se seguir a troca anual;
É importante verificar, periodicamente, o tubo do molde em sua mudança de coloração,
enrijecimento e danificação (furos);
No caso de adultos, em razão da acomodação do molde, pode "alargar" um pouco a
orelha, e o molde tornar-se folgado;
Um novo tipo de molde promete melhora na amplificação.
Seleção das características das Próteses auditivas

MoldesAURICULARES
Opções acústicas
As opções acústicas podem agir em três diferentes áreas de frequência. Nas
frequências baixas, a ventilação faz a diferença; nas frequências médias são os
atenuadores ou filtros e, nas frequências altas, é o efeito corneta.

Ventilação
Consiste na abertura de um orifício paralelo, diagonal ou externo ao canal, onde está inserido
o tubo plástico, que estabelece uma ligação entre o meio ambiente e a cavidade situada à
frente da membrana timpânica. Os sons graves refletem-se com maior facilidade, havendo,
então, escape pela ventilação
Indicada para:
Indivíduos com perda leve ou audição normal para as frequências baixas e maior perda nas
frequências altas (Rampa de Sky);
Quando existe sensação de eco, ressonância da própria voz (autofonia) e/ou sensação de
orelha tampada (plenitude auricular);
Quando existe a necessidade de aeração da orelha média.
Seleção das características das Próteses auditivas

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CaracterísticasELETROACÚSTICAS
Ganho Acústico Resposta em frequências
A quantidade de É a relação de
amplificação fornecida amplificação que existe
por uma prótese auditiva entre as diversas
é o seu ganho acústico. frequências na resposta
Ganho acústico = Saída da prótese auditiva.
(dB) – Entrada (dB) 40dB Cada frequência
= 100 dB – 60dB necessita de um grau de
amplificação
Saída máxima
Saída máxima de uma prótese auditiva é o maior
nível de pressão sonora que ela deve ou é capaz
de produzir. É um dado que costuma ser fornecido
em uma frequência em particular ou em um
gráfico, em função da frequência, nas fichas
técnicas.
Seleção das características das Próteses auditivas

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CaracterísticasELETROACÚSTICAS
São formulas matemáticas que geram as características
Métodos prescritivos
eletroacústicas de próteses auditivas.

DSL v.5 NAL-NL2

Evitar desconforto durante o uso da prótese


auditiva. Recomendar características de Busca maximizar a inteligibilidade de fala, ganhos e
compressão apropriadas para o grau e ajustes diferentes para mulheres e homens, novos
configuração da perda auditiva, tornando uma usuários, adaptação unilateral e bilateral. Crianças e
faixa ampla de estímulos audíveis. Para perdas adultos e línguas tonais e não tonais, tempos de
condutivas e mistas fornecem mais ganho, com ataque da compressão para perdas
limites de conforto mais elevados, torna o ganho severas/profundas.
mais linear

Estratégia de normalização da sensação de Estratégia de equalização da sensação de intensidade,


intensidade, em cada frequência. pelo menos em frequências médias.
Verificação das características selecionadas;
Determinar se as características
selecionadas estão conforme as
Verificação subjetiva Verificação objetiva
necessidades audiológicas,
cosméticas, conforto e Alvos gerados por métodos
Procedimento comportamental
desempenho eletroacústico real prescritivos validados utilizando um
medidas em campo livre com teste de
(adaptação física e fala e limiares com e sem prótese. sinal calibrado de fala.
desempenho).
Ganho Funcional Medidas com Microfone Sonda
Facilidade de inserção e
• Avaliação subjetiva • Avaliação objetiva
remoção;
• Nível mínimo de resposta • NPS gerado pela amplificação ao nível da
Conforto para o
• Alta variabilidade no teste-reteste membrana timpânica
molde/aparelho;
• Influência da orelha testada • Baixa variabilidade no teste-reteste
Aparência e angulação do • Pouca especificidade de frequência • Não sofre influência da orelha testada
microfone; • Não avalia saída máxima • Apresenta especificidade de frequência
Não ocorrência de microfonia. • Não possibilita a avaliação das • Avalia a saída máxima
características avançadas das • Possibilita a avaliação das características
próteses auditivas avançadas das próteses auditivas
VALIDAÇÃO DO USO DAS PRÓTESES AUDITIVAS
Medir o benefício, satisfação, melhoria

na qualidade de vida dos pacientes,


relacionamento social e estado
emocional, por meio da utilização do
questionário
COSI, do questionário SADL
(Satisfaction with Amplification in Daily
Life) e a análise do tempo médio de
uso das próteses auditivas, por meio
do registro de dados do dispositivo.
Outros questionários: APHAB, HHIE,
HHIA, IOI-HA
ORIENTAÇÃO E ACONSELHAMENTO AO usuário de Protese auditiva
Monitorar a perda auditiva e a efetividade do uso do aparelho. A
orientação adequada durante o período de adaptação e o
acompanhamento do paciente são essenciais para o uso efetivo do
AASI.

A orientação deve incluir: informações com relação ao


funcionamento, manipulação, colocação e retirada do AASI;
cuidados gerais, de manutenção e higiene; inserção e remoção da
pilha; uso no telefone entre outros. Orientações em grupo ou
individualmente, paciente acompanhado.
Orientação e aconselhamento ao usuário de Protese auditiva

O aparelho auditivo, por ser um aparelho


eletrônico, necessita de alguns cuidados

Não ficar exposto à umidade; Na transpiração excessiva (ginástica) o


aparelho deve ser retirado. Não deve ser
Não ser molhado; exposto ao sol e nem ao calor do secador
de cabelo;
Não ser colocado quando o cabelo
estiver molhado. Não ser utilizado na Evite quedas para não afetar sua estrutura
chuva; eletrônica. Mantenha-o fora do alcance de
animais;
Não ser usado na piscina ou na praia;
Quando não estiver usando o aparelho, é
Não colocará spray de cabelo, creme ou importante deixá-lo desligado.com bateria
perfume na área de contato com o fora do compartimento para não haver
aparelho auditivo; oxidação (ferrugem).
AdaptaçãoPEDIÁTRICA
AVALIAÇÃO
- PEATE Clic é importante para ver o caminho da audição, mas não dá os limiares por frequência
• SELEÇÃO E ADAPTAÇÃO:
- Deve fornecer audibilidade
- Ponto de partida para todo o processo clínico + etapa de seleção e adaptação das próteses
consistente e completa
- Avaliação eletrofisiológica nas frequências específicas para respostas mais certeiras
- Solução validada para a
- Imitanciometria: conhecer condições de orelha media para garantir amplificação adequada +
criança/bebê
orientar a família
Imitancio + PEATE de frequência específica por VO → básicos • MODELO DE AASI PARA CRIANÇA:
BTE (resistente à criança) →
- Métodos objetivos, e subjetivos, para ter quantidade de informação suficiente e seguir o
audibilidade consistente e
processo
moldável ao crescimento
Molde de silicone: vedação da
orelha menor + conforto
• SELEÇÃO E ADAPTAÇÃO:
Regra de prescrição de ganho para
Gaveta de bateria com trava: somente os pais conseguem abrir criança = DSL 5.0 → sem
LED de status: criança não consegue avisar quando bateria acabar modificação devido ao chip do
Hook pediátrico fabricante
Compatibilidade com microfone remoto e/ou sistema FM
AdaptaçãoPEDIÁTRICA
Memória: acompanhamento da consistência do uso da prótese, ambientes, intensidade mais exposta
Cores divertidas – criança participa da escolha
Marca dedicada para adaptação pediátrica → algoritmos conforme a idade
RECD: diferença entre o NPS medido na orelha da criança e o NPS medido no acoplador 2cc

VERIFICAÇÃO ACOMPANHAMENTO E ACONSELHAMENTO


Confirmar se a amplificação é suficiente Garantir que a criança receba tratamento adequado
Prótese é colocado no acoplador, para simular a orelha da Orientações claras para proporcionar ouso consistente do aparelho
criança, e medir o quanto de audibilidade a prótese fornece Suporte emocional e ajuste pessoal para os responsáveis
conforme os estímulos → pode ser feito paralelo ao software Adequar expectativas durante o processo de reabilitação

VALIDAÇÃO
Benefício para a criança → avaliação dos resultados
Uso de questionários: PEACH // LittlEars // ELF – Early Listening Functions // Escala de integração auditiva significativa para crianças pequena
Implante
COCLEAR
O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia,
sendo uma das alternativas para a reabilitação de indivíduos
com perdas auditivas de grau severo a profundo que não
apresentaram bons resultados com o uso de aparelhos de
amplificação sonora.
Componentes e funcionamento do Implante coclear
Unidade externa
O processador da fala capta o som e
converte-o em código digital;

O processador transmite a informação


por radiofrequência através da antena
para o implante;

O implante converte o código digital em


sinais elétricos enviados para a espiral
Unidade interna de elétrodos;

Os elétrodos estimulam assim as fibras


nervosas da cóclea que transmitem a
informação ao córtex auditivo. É
restabelecida a sensação auditiva do
indivíduo.
Critérios de candidatura
Conforme a Portaria 2.776 de 18 de dezembro de 2014, o Ministério da Saúde definiu que as pessoas com surdez neurossensorial
bilateral de grau severo a profundo, tem indicação ao implante coclear consoante os seguintes critérios.

IDADE CRONOLÓGICA ATÉ 3 ANOS E 11 MESES IDADE CRONOLÓGICA 7 ATÉ 11 ANOS E 11 MESES
Necessário ter experiência com AASI de no mínimo 3 meses e 18 Ter resultado menor ou igual que 60% de reconhecimento de
meses no caso de perda auditiva severa; sentenças em conjunto aberto com AASI na melhor orelha e
igual ou menor que 50% na orelha a ser implantada, com
Limiares de campo livre, com AASI, piores que 50 dB nas percepção de fala diferente de zero em conjunto fechado;
frequências de 500 a 4000 Hz.; Uso de AASI contínuo e efetivo desde no mínimo dois anos;

Em caso de meningite e/ou surdez profunda com etiologia Presença de código linguístico oral em desenvolvimento,
genética comprovada, a idade mínima requerida é de 6 meses, e comportamento linguístico predominantemente oral.
nesses casos não é obrigatório experiência prévia com AASI.

IDADE CRONOLÓGICA ATÉ 6 ANOS E 11 MESES IDADE CRONOLÓGICA A PARTIR DE 12 ANOS


Resultado igual ou inferior que 60% de reconhecimento de
Presença de indicadores favoráveis para o sentenças em conjunto aberto com AASI na melhor orelha e
desenvolvimento de linguagem oral; igual ou menor que 50% na orelha a ser implantada;
Uso de AASI efetivo desde o diagnóstico;
Resultado igual ou inferior a 60% no reconhecimento de sentenças em
Nos casos dos pré-linguais, a percepção de fala deve ser
conjunto aberto com AASI na melhor orelha e igual ou menor que 50% na
diferente de zero em conjunto fechado e haver presença de
orelha a ser implantada.
código linguístico oral estabelecido.
Critérios de candidatura

ADULTOS Resultado igual ou inferior que 60% de reconhecimento de sentenças em conjunto aberto
com AASI na melhor orelha e igual ou menor que 50% na orelha a ser implantada;

Nos casos dos pré-linguais a percepção de fala deve ser diferente de zero em
conjunto fechado e haver presença de código linguístico oral estabelecido;
Uso de AASI contínuo e efetivo desde o diagnóstico.

Em todos os casos, deve haver CRITÉRIOS de reimplante Critérios de


adequação psicológica e A indicação de reimplante deverá ocorrer contraindicação
motivação da família ou do nos seguintes casos:
l em
rd e z p r é- lin g u a
indivíduo para o uso do
a) Falha do dispositivo interno; - Su
b) Complicações que necessitem de s ce n te s e a d u ltos não
implante, acesso à terapia adole
explantação;
s p e lo m é to d o oral;
fonoaudiológica em sua cidade c) Declínio do desempenho auditivo, por falha reabilitado
Pac ie nt e s c o m agenesia
de origem compromisso em do dispositivo (unidade) interno fora da -
o u d o ne rv o c o clear
zelar pelo componente externo.
cobertura de garantia assegurada pelo
coclear
fabricante.
bilateral;
ic a ç õ es c lín ic as.
- Contraind
Critérios de candidatura

CRITÉRIOS
ESPECIAIS
1. Espectro da Neuropatia Auditiva 4. Cegueira associada independente da idade e
2. Em crianças pré-linguais época da instalação da surdez
a) Uso obrigatório de AASI por um tempo mínimo de 12
a) Resultado igual ou menor que 60% de reconhecimento de
meses em prova terapêutica fonoaudiológica;
sentenças em conjunto aberto com uso de AASI na melhor orelha
b) Nestes casos o desempenho nos testes de percepção e igual ou menor do que 50% na orelha a ser implantada;
auditiva da fala é soberano ao grau da perda auditiva; b) Adequação psicológica e motivação do paciente para o uso
do implante coclear, manutenção/cuidados e para o processo de
c) Idade mínima de 30 meses para as perdas
reabilitação fonoaudiológica;
moderadas e 18 meses para as perdas severas a
profunda. A idade mínima não é exigência nos casos c) Condições adequadas de reabilitação na cidade de origem
com etiologia genética do espectro da neuropatia (referência/contra-referência);
auditiva comprovada. d) Compromisso em zelar dos componentes externos do implante
coclear e realizar o processo de reabilitação fonoaudiológica;
3. Em pacientes pós-linguais e) Exceto pacientes com agenesia coclear ou do nervo coclear e

a) Nestes casos o desempenho nos testes de contra-indicações clínicas.


percepção auditiva da fala é soberano ao grau da
perda auditiva.
Modelos de IC

Modelos de IC
Modelos de IC

Modelos de IC
Modelos de IC

Modelos de IC
Modelos de IC

Modelos de IC
Modelos de IC

Modelos de IC
Pré OPERATÓRIO
O profissional realiza avaliações que irão constituir a base para tomada de decisão se o paciente irá receber o implante.

As avaliações realizadas com mais frequência Potencias Evocados Auditivos;


nesse período são: Emissões Otacústicas;
Audiometria tonal liminar via aérea e via óssea; Testes de percepção de fala;
Medidas de imitância acústica; Audiometria em campo livre com AASI.

A avaliação do paciente candidato ao implante coclear é um processo necessário multiprofissional que pode ser
demorado, pois há etapas que devem ser necessariamente cumpridas para que se obtenha o melhor resultado
possível em termos de benefício ao paciente.

Otorrinolaringologista; - Fonoaudiólogo Audiologista; O fonoaudiólogo é um dos


Equipe otologista Pediatra; fonoaudiólogo Reabilitador; profissionais que compõem a equipe
multidisciplinar multidisciplinar de implante coclear.
Sua atuação é indispensável para a
Psicólogo; Professor. Geneticista; adequada reabilitação do paciente
Assistente Social;
implantado e se dá em todas as
etapas do processo, nos períodos pré,
peri e pós-operatório.
Fluxograma
Avaliação
Médica Adaptação do AASI e programa de reabilitação

Avaliação
Audiológica Apto
Se não aceito como
candidato, outras
Teste com Avaliação do alternativas são
Implante Coclear analisadas
AASI benefício do AASI

Não apto Aprovado Reprovado

RM e TC

Avaliação Avaliação Reunião da equipe para definir se


Psicológica Social o paciente é candidato
Pré-operatório

INSTRUMENTOS DISPONÍVEIS PARA A MENSURAÇÃO DO DESEMPENHO


AUDITIVO
Audição Audição
Crianças Adulto
Detecção de sons de Ling e/ou Detecção de sons de Ling
ambientais e/ou ambientais
IT-MAIS/MAIS; PEACH; PRISE; Closet set; Lista de
TACAM; GASP Sentenças no silêncio e ruído
Índice de reconhecimento de fala HINT; APHAB; COSI; HHIA; HHIE
Categoria de Audição
Pré-operatório

CATEGORIA DE AUDIÇÃO
0 1 2 3 4 5 6
Não Identificação de Identificação de palavras Reconhecimento
Detecção. Padrão Iniciando a
detecta a de palavras por meio do por meio do de
identificação de
fala percepção reconhecimento da reconhecimento da palavras em
palavras
vogal consoante conjunto aberto

CATEGORIA DE LINGUAGEM
1 2 3 4 5
Esta criança não Esta criança Esta criança Esta criança constrói Esta criança constrói frases de
fala e pode fala apenas constrói frases frases de 4 ou 5 palavras, mais de 5 palavras, usando
apresentar palavras de 2 ou 3 e inicia o uso de elementos conectivos,
vocalizações isoladas. palavras. elementos conectivos conjugando verbos, usando
indiferenciadas. (pronomes, artigos, plurais, etc. É uma criança
preposições). fluente na linguagem oral.
Intra-operatório

Intra OPERATÓRIO
No momento da cirurgia, o fonoaudiólogo atua fazendo verificações para garantir o bom funcionamento do componente interno (ímã,
receptor-estimulado e eletrodos).
São realizadas duas avaliações:

TELEMETRIA DE IMPEDANCIAS NEUROTELEMETRIA


Objetivo de avaliar a integridade do dispositivo interno após a inserção realizada pelo cirurgião; É a verificação o potencial de
Determina se a corrente apropriada está sendo enviada para o dispositivo; ação do nervo auditivo do
Analisa quais são as limitações dos geradores de corrente, sem a necessidade de eletrodos paciente frente ao estímulo
externos; elétrico gerado pelo implante
Mede a voltagem entre os eletrodos. coclear.

As principais são:

Complicações a) necrose do flap muscular (complicação mais frequente);


b) paralisia ou paresia facial (0,71% casos, geralmente tardia);
c) saída de liquor (gusher) principalmente em pacientes com
d) mastoidite;
e) extrusão do implante;
f) infecção da ferida cirúrgica ;
displasia de Mondini e aqueduto vestibular alargado; g) meningite;
h) quebra do feixe de eletrodos.
Pós-operatório

Pós CIRÚRGICO
Ativação
Um mês após a cirurgia, pode ser realizada a ativação, que depende da liberação do cirurgião.
Nessa etapa, será realizado o acoplamento do processador de fala ao computador mediante uma interface para ser
realizada a programação por meio de um software.

O mapeamento pretende determinar os níveis de conforto do paciente, por meio de software apropriado, com respostas
comportamentais observadas no paciente frente aos estímulos gerados pelo software ou de maneira objetiva mediante
pesquisa do Reflexo estapediano evocado eletricamente. Após esta primeira fase, é então ligado o processador de fala.

Frequência dos Ativação 1 mês 3 mês 3 mês


mapeamentos

2 anos 1 ano 1 ano 6 mês 6 mês

A reação Varia muito, sendo sempre um momento de bastante ansiedade não só para o paciente e sua família,
mas para todos os profissionais envolvidos. Neste momento, alguns testes são realizados para
incial... conhecer a sensação auditiva do paciente e sua reação frente aos estímulos.
Pós-operatório

Pós CIRÚRGICO
menor nível de
Medidas subjetivas
estimulação
em que o estímulo é
• Níveis de estimulação de T detectado.

• Sweep C maior nível de


estimulação
• Balanceamento
elétrica percebido
• Técnica de Condicionamento como confortável.
• Contagem de bips
• Observação do Comportamento auditivo
• Relato do paciente

Número de • Número de filtros independentes de Número de • Número de contatos


Canais informação, liberados, em paralelo eletrodos elétricos inseridos na
para a orelha interna. cóclea.
Pós-operatório

Crianças Adultos
Na ativação deixar os níveis C entre 5-10qu, se criança não
tiver experiência auditiva; Expectativas com base na experiência auditiva;
Observação comportamental; Considerar o período de “aclimatização”;
Se possível, fazer provas objetivas, como o Reflexo Orientar sobre os alarmes privados.
estapediano evocado eletricamente (ESRT);
Relatório da Reabilitadora.
Para verificar o mapa:

Escalas de Loudness Escalas de Loudness


Comportamento Feedback
auditivo;
- Crianças do paciente; - Adultos
Medidas objetivas Testes de
(ESRT, potenciais de percepção
longa latência); da fala;
Medidas subjetivas Audiometria
(testes de em campo
percepção de fala e livre.
sons de ling.);
VRA ou Audiometria
Condicionada.
Quando há um implante Os benefícios são:

Solução Bimodal
coclear em uma orelha e um Qualidade de som superior;
aparelho auditivo na orelha Localização de fonte sonora

oposta. (sentido espacial);


Reconhecimento de voz no ruído
Apreciação de música.

A solução auditiva Naída bimodal da AB e da Phonak, fornece o primeiro aparelho auditivo especialmente
projetado para trabalhar com um sistema de implante coclear. Ela é composta pelo processador de som
Naída CI* e pelo aparelho auditivo Naída™ Link.** Como usam a mesma plataforma, os dispositivos Naída são
capazes de se comunicar um com o outro, de forma que nenhuma outra combinação entre aparelho auditivo
e implante coclear consegue fazer.
O processador de som Naída CI e o aparelho auditivo Naída Link combinam os recursos: tecnologia de
processamento de som; volume adaptativo; alerta de programas; cores.

Com um processador de som Cochlear ™ Nucleus® 8 e um aparelho auditivo ReSound, é possível controlar
as configurações e transmitir som diretamente para ambas as orelhas de um dispositivo Apple compatível.

Os dispositivos Oticon Medical e Oticon são ambos desenvolvidos para fornecer uma fala clara e com o
mínimo de distorção usando os princípios de BrainHearing™. Mesmo que um implante coclear Neuro 2 e
um aparelho auditivo Oticon usem diferentes formas de transmissão de sinais sonoros para o cérebro,
ambos são desenvolvidos para perceber a fala com mais clareza.
Orientações gerais

CuidadosGERAIS
Detectores de metais (Bancos e Aeroportos);
Voos (pouso e decolagem);
Conexão com rádio, TV e sistemas de FM;
Descarga eletrostática;
Cirurgias e Exames (RM) - Avisar sempre o médico/equipe de implante coclear;
Não derrubar e não molhar o processador;
Para tomar banho lembrar de retirá-lo;
O processador de áudio é um equipamento eletrônico. A transpiração natural e a umidade são
fatores que prejudicam o funcionamento do dispositivo;
É recomendado o uso diário do desumidificador elétrico ou sílica.
Reabilitação auditiva

Importância DA REABILITAÇÃO AUDITIVA


ORALISMO COMUNICAÇÃO TOTAL
Objetiva-se pela inserção da criança surda na É uma filosofia educacional, envolve também
comunidade de ouvintes, oferecendo-a condições aprendizagem da língua oral pela criança surda,
para o desenvolvimento da língua oral. A mas acreditando que nenhum aspecto, cognitivo,
linguagem deve restringir-se à oralidade, devendo emocional ou social seja deixado à margem só
ser unicamente por meio desta, a comunicação pelo aprendizado da oralidade. Defende, com isso,
dos surdos. a utilização de qualquer recurso espaço-visual
como facilitador da comunicação e interação

BIMODALISMO BILINGUISMO
Consiste em trabalhar com duas línguas no
Trabalha o aproveitamento do resíduo auditivo contexto escolar e, neste caso, as línguas em
em conjunto com a apresentação da língua oral questão são a Língua Portuguesa (escrita) e a
e gestual da criança. Prioriza a oralidade, pois Língua Brasileira de Sinais - Libras. A metodologia
usa a língua de sinais como apoio para tradução Bilíngue é utilizada atualmente com surdos em
simultânea. algumas instituições educacionais brasileiras
Reabilitação auditiva

Libras LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

Libras é a sigla da Língua Brasileira de Sinais, uma língua de modalidade gestual-visual onde é possível se
comunicar mediante gestos, expressões faciais e corporais;
É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão desde 24 de abril de 2002, através da Lei n.º 10.436.
A Libras é muito utilizada na comunicação com pessoas surdas, sendo, portanto, uma importante ferramenta de
inclusão social.
A Libras não é uma gestualização da língua
portuguesa, e sim uma língua à parte.

1 - A configuração da mão;
2 - Ponto ou local de articulação;
CINCO PARÂMETROS FORMATIVOS 3 - O movimento;
4 - Orientação/direcionalidade;
5 - Expressão facial e/ou corporal.
Educação Inclusiva
É baseado no princípio de que todos os estudantes, independentemente de suas habilidades auditivas, têm o
direito de receber uma educação de qualidade em um ambiente inclusivo.

ESTRATÉGIAS E RECURSOS
Língua de sinais: É importante oferecer aulas Formação de professores: Os professores devem
de língua de sinais para que os surdos possam receber treinamento adequado sobre educação
se comunicar de forma efetiva. Intérpretes de inclusiva e estratégias de ensino para alunos
língua de sinais podem ser disponibilizados nas surdos.
salas de aula
Ambiente inclusivo: É fundamental promover um
Tecnologia assistiva: Inclui sistemas de
ambiente inclusivo nas escolas, onde os alunos
amplificação sonora, aparelhos auditivos,
surdos se sintam acolhidos e incluídos. Isso pode
implantes cocleares, legendas em tempo real,
incluir a sensibilização de toda a comunidade
softwares de reconhecimento de fala e outros
escolar, a promoção de atividades de integração
Adaptação de materiais: Isso pode envolver o entre alunos surdos e ouvintes, e a criação de
uso de imagens, vídeos, recursos visuais e oportunidades para a participação ativa de todos
materiais didáticos específicos para a língua os alunos em atividades extracurriculares e
de sinais. eventos escolares.
O Estágio:
Pontos positivos: Pontos a serem melhorados:

Pontualidade de saída;
Cronograma organizado
Priorizar por visitas a empresas (de AASI e IC) que não
previamente; comprometa horário e mobilidade dos estagiários. Empresas
de mais fácil acesso;
Supervisões frequentes; Horário da regência incompatível com o horário do
componente curricular na universidade. NÃO É POSSÍVEL
Preceptora atenta às CHEGAR ÀS 13H em ponto;
necessidades do estágio; Treinamento mais efetivo no começo do estágio (aulas
teóricas);
Profissionais do serviço Proporcionar maiores oportunidades de conhecimento
empáticos, receptivos e prático. Ex. observar mais etapas da Adaptação - Verificação
e Validação, realizar audiometrias, programações no IC, etc.;
prontos para ajudar.
Maior acesso a prontuário e informações do paciente do
Implante, o que facilitaria a supervisão.

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